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Crítica | Amor

27 de Janeiro de 2006 — Filosofia

Amor
Martha Nussbaum
Universidade de Chicago

Entende-se habitualmente que o amor é uma poderosa emoção que


implica uma intensa ligação a um objecto e uma grande valorização desse
objecto. Em algumas acepções, contudo, o amor não implica, de todo,
emoção, mas somente um interesse activo no bem-estar do objecto. Noutras situações o amor é
essencialmente uma relação que implica permutação e reciprocidade, mais propriamente que
uma emoção. Além disso, há muitas variedades de amor, incluindo o amor erótico-romântico, o
amor da amizade e o amor filantrópico. Culturas diferentes também admitem diferentes tipos de
amor. O amor tem, igualmente, uma arqueologia complicada: porque tem fortes conexões com
experiências de afecto precoces, pode existir na personalidade a diferentes níveis de
profundidade e nitidez, apresentando problemas específicos para o autoconhecimento. É um
erro tentar fazer uma descrição excessivamente uniformizada de um tão complexo conjunto de
fenómenos.

O amor tem sido entendido por muitos filósofos como fonte de grande riqueza e energia na vida
humana. Mas mesmo aqueles que exaltam a sua contribuição têm-no visto como uma potencial
ameaça à vida virtuosa. Por esta razão, os filósofos na tradição ocidental têm-se preocupado em
apresentar descrições da reforma ou "elevação" do amor, com vista a demonstrar que há formas
de conservar a energia e a beleza desta paixão, ao mesmo tempo que se eliminam as suas más
consequências.

1. Amor: emoção, relação, acção

Entende-se frequentemente que o amor é uma emoção poderosa. Parece implicar quer uma
intensa ligação a um objecto quer uma elevada valorização do objecto. Muitas vezes, embora
nem sempre, o objecto é visto como algo de que alguém necessita na sua própria vida; por esta
razão, o amor é muitas vezes relacionado com projectos de posse ou incorporação, e com
emoções ciumentas para com o objecto visto como independente e capaz de frustrar as
necessidades do amante. Espinosa (1677) sustentou que o amor implica ter consciência do
objecto enquanto algo que suscita o próprio bem-estar de alguém. Visto que todos os objectos
particulares são, também, em virtude da sua separação do eu, capazes de frustrar o bem-estar,

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todo o amor, concluiu Espinosa, é essencialmente ambivalente, misturado com raiva e mesmo
ódio. Pode-se, contudo, defender que o amor é uma emoção ou emoções, enquanto se insiste que
estas emoções podem ser isentas de ciúme e desejo possessivo. Assim, Platão, no Fedro, concebe
o amor como uma poderosa reacção à beleza e ao mérito, que está estreitamente ligada, nas
pessoas virtuosas, à veneração e ao temor; deste modo, respeita a separação do objecto e procura
o seu bem. Estas considerações descrevem diferentes experiências, podendo ambas ser reais
(como Platão, ao contrário de Espinosa, reconheceu).

O amor não é apenas uma emoção: pode também ser um tipo de relação. Aristóteles, na Ética a
Nicómaco, insistiu que o amor (da amizade) implica sempre conhecimento mútuo e
benevolência recíproca. Embora qualquer descrição do amor necessite de abrir caminho para
amores que não são correspondidos, ou que são dirigidos para objectos que não podem retribuir
(como bebés ou alguns animais) ou que não podem fazê-lo tão claramente (como Deus), a
insistência de Aristóteles na interacção e na reciprocidade fornece um ingrediente importante
para uma descrição normativa de muitos tipos de amor humano, quer da amizade quer
romântico-erótico. Com efeito, a recusa em conceber o amor em termos relacionais é uma
deficiência central em muitos casos de amor erótico, nos quais o objecto amado é, de facto,
tratado como um objecto a ser possuído e imobilizado. Embora Proust pensasse que tais
desígnios eram essenciais ao amor erótico, pode-se duvidar disto.

Alguns amores podem não envolver, de modo algum, uma emoção forte. Kant (1797) insistiu que
o "amor patológico" (amor que envolve uma emoção passiva) era inferior ao "amor prático", uma
ligação activa ao bem dos outros, incluindo emoções de respeito e preocupação. Quer
concordemos quer não, devíamos reconhecer que este comprometimento prático activo é um
tipo de amor: o amor filantrópico, por exemplo, pode ser melhor entendido desta forma. Os
estóicos gregos acreditavam que mesmo o amor erótico podia ser repensado de uma forma que o
tornasse compatível com a apatheia, impassibilidade, própria dos doutos. Seria um entusiasmo
activo acerca do bem-estar do objecto, sem as correntes da passividade angustiante que
habitualmente caracteriza a ligação erótica.

2. Tipos de amor

O inglês, como o latim, tem apenas um único vocábulo para uma extensa família de experiências
diferentes. Outras línguas, como o grego antigo e o japonês moderno, tornam as diferenças
inequívocas desde o início através do uso de vocábulos diferentes. Mas, mesmo em inglês e
latim, podemos distinguir diferentes espécies de amor. O amor erótico-romântico está
estreitamente ligado ao desejo sexual, enquanto o amor da amizade aparentemente não está.
Considera-se frequentemente na era moderna que o amor dos pais pelos filhos e dos filhos pelos

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pais tem uma dimensão erótica; mas esta não era a perspectiva da maioria das culturas mais
primitivas, nem é verosímil ser verdadeira em culturas onde os pais em boa situação financeira
raramente viam os seus filhos. A cultura grega antiga considerou que o eros era sexual,
preocupado com a posse e potencialmente destrutivo; a philia, que podia prevalecer quer entre
amigos quer entre parentes, era vista como mútua e recíproca, preocupada com o bem-estar, e
uma força cultural positiva. A agape cristã é distinta de ambos estes amores pelo seu carácter
essencialmente altruísta; o seu paradigma é a dádiva que Cristo fez da sua vida para a redenção
da humanidade pecadora.

Podemos também classificar os amores pelo seu tipo de objecto. Nós amamos outras pessoas, e é
razoável esperar que estes amores envolverão alguma reciprocidade e mutualidade. Os amores
das pessoas pelos animais podem ser muito intensos; variam muito no tipo de reciprocidade que
oferecem. As pessoas também amam intensamente objectos inanimados, como obras de arte e
beleza natural. Tais amores não podem ser recíprocos. O amor também pode ter como objecto
uma abstracção moral, como a justiça social ou o bem da humanidade. No modelo
estóico-kantiano este tipo de amor é especialmente bem explicado, como algo que envolve um
comprometimento activo mais do que uma emoção.

O amor de Deus ou dos deuses tem sido entendido de muitas formas diferentes. Os estóicos
pensavam que amar Deus era amar o propósito racional que dá vida ao universo; tal amor era
melhor entendido como uma forma de pensamento activo, sem qualquer receptividade
emocional. O amor intellectualis dei, de Espinosa, segue este paradigma. Santo Agostinho,
criticando a apatheia estóica, insistiu que uma forma de amor fortemente emocional, misturado
com temor, culpa e dor, é mais apropriado a uma vida cristã. Muitos pensadores cristãos seguem
a sua influência. As concepções judaicas do amor de Deus tendem a dar ênfase à acção correcta,
quer ritual quer ética. O moderno pensamento religioso continua estes debates.

3. Diferença cultural

A maioria das sociedades abrange tipos e concepções de amor muito diferentes. Mas as
diferenças multiculturais também complicam a análise. As sociedades diferem a) no
comportamento que consideram adequado numa relação de amor; assim, os amantes
americanos modernos comportam-se publicamente de formas que teriam sido inconcebíveis na
Índia do séc. XIX. A diferença também está presente b) nas regras que as sociedades ensinam a
respeito dos objectos de amor adequados; assim, a Atenas do séc. V a. C. ensinava aos homens
jovens que se esperava que eles tivessem fortes desejos eróticos quer por homens quer por
mulheres; muitas culturas modernas não transmitem esta ideia. As sociedades também diferem
c) nas suas avaliações normativas das diferentes espécies do amor em si - discordando, por

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exemplo, sobre se o amor erótico é nobre ou indecoroso, bom ou mau. Pode-se esperar que todas
estas diferenças moldem não somente os conceitos mas também a própria experiência do amor.

De uma forma mais interessante, as sociedades também diferem d) na taxinomia exacta dos
tipos de amor que a sua linguagem e forma de vida exibem e perpetuam. Por exemplo, o grego
antigo eros é imaginado como um terrível poder que domina a personalidade e faz que ela se fixe
num objecto com uma intensidade irresistível. O seu objectivo é supostamente a posse do
objecto. O amor palaciano medieval, em contraste, põe a ênfase na pureza ideal e afastamento do
seu objecto e associa o amor a uma terna e cortês atenção para com esse objecto. Aqueles que,
hoje em dia, perderam as crenças e as formas de vida que fundamentaram o amor palaciano não
podem ter experiência daquela paixão exactamente.

As diferenças na taxinomia são muitas vezes descobertas e depois modeladas pela terminologia.
Assim, o facto de os gregos antigos distinguirem o eros da philia e os romanos usarem apenas o
vocábulo amor provavelmente moldou o pensamento e a experiência pelo menos até
determinado ponto, embora os romanos distinguissem claramente diferentes variedades de
amor (analogamente no mundo moderno, o facto de o japonês ter várias palavras distintas para
aquilo que o inglês chama "amor" provavelmente revela alguma diferença real na experiência,
ainda que estas diferenças não devam ser sobrestimadas). No mundo moderno, o entendimento
da diferença cultural é dificultado pelo contacto intercultural e pela tradução de textos
formativos: assim, o facto de o japonês ai ser usado para traduzir o bíblico agape exprime, sem
dúvida, a evolução daquele conceito enquanto aplicado à experiência.

4. Amor e desenvolvimento humano

As pessoas começam a ter emoções fortes antes de poderem mover-se ou falar. A combinação da
maturidade cognitiva com o desamparo físico de um bebé humano dá origem a uma complexa e
ambivalente vida emocional, à medida que vê que muitos objectos de que necessita para
conforto e sobrevivência são também distintos e insubmissos. A perspicaz conjectura de
Espinosa acerca da relação entre amor e cólera tem, presentemente, recebido muitas vezes
confirmação clínica e experimental. Uma tarefa do desenvolvimento humano é gerir e até
mesmo superar esta ambivalência, a qual existirá em muitas formas diferentes em diferentes
vidas, à medida que o amor é poderosamente moldado pela identidade individual dos objectos
de afecto precoces.

As experiências precoces que moldam o padrão dos amores de uma pessoa são imperfeitamente
recordadas, se o são de todo; mesmo traduzi-las para palavras é modificá-las. E, não obstante,
parece provável que elas ensombram as experiências mais tardias de uma pessoa. Proust alvitrou

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de forma plausível que quando um adulto abraça um amante, ele ou ela estão, ao mesmo tempo,
a abraçar a sombra de um objecto mais primitivo. Deste modo, Albertine é também a mãe cujo
beijo de boa noite o rapazinho tão ansiosamente esperou. E, contudo, é difícil compreender estas
facetas de si mesmo; e na medida em que se consegue fazê-lo, altera o passado tornando-o
preciso e articulado. Portanto, é provável que o autoconhecimento das pessoas no amor seja
muito imperfeito.

5. Amor e bem humano: a elevação do amor

O amor é geralmente reconhecido como uma fonte de beleza e apreço na vida. Por esta razão,
nenhum filósofo propôs a sua completa remoção. Mas considera-se também que acarreta várias
dificuldades para a pessoa que aspira a uma vida recta e virtuosa. Uma preocupação é que o
amor implica parcialidade: concentrando-se intensamente no apreço de um único objecto, a
pessoa perde de vista as afirmações legítimas de outros objectos e metas. A segunda preocupação
é com a excessiva indigência: permitindo a um único objecto tornar-se central para a sua vida, os
amantes colocam-se a si próprios à mercê de acontecimentos que não podem controlar,
sacrificando, deste modo, a sua dignidade e poder. Finalmente, em parte por causa desta
passividade, o amor está muitas vezes ligado à raiva e vingança, quer contra o objecto amado
quer contra um rival, ou ambos. Uma sociedade que quer reduzir a raiva e a violência pode ter,
portanto, razões para desencorajar o amor.

Os filósofos na tradição ocidental têm, por conseguinte, estado preocupados com o projecto de
construir uma reforma ou "elevação" do amor que nos permitiria conservar o seu mistério e
beleza embora depurando os seus excessos deformadores. Para Diotima, no Banquete de Platão,
a elevação implica centralmente a ideia de um objecto abstracto. Desde que alguém perceba que
o objecto real do seu amor não é um corpo nem mesmo uma pessoa completa, mas a beleza que
está alojada naquele corpo ou pessoa, então esse alguém pode começar um processo de reforma,
comparado à subida de uma escada, através do qual, afinal, chega a amar toda a beleza no
universo e, mais do que isso, a contemplar a forma imortal da própria beleza em toda a sua
harmonia. Desta forma, os amantes tornam-se invulneráveis às vicissitudes da vida: o objecto do
seu amor nunca os trairá ou desapontará.

Os proponentes cristãos da "escada" do amor tendem a criticar o plano de Platão pelo seu
objectivo de auto-suficiência pessoal. A modéstia genuína exige que se mantenha uma constante
consciência da própria imperfeição e miséria. Os autores cristãos também se esforçam por
manter o amor de indivíduos específicos como parte do amor purificado.

Espinosa regressou à proposta platónica para a reforma contemplativa do amor:

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concentrando-se na independência da mente de contingências externas, em última instância


uma pessoa vem a amar a estrutura determinista do universo inteiro e a mente é libertada da
passividade e ambivalência que caracterizam os afectos humanos.

Uma notável interpretação moderna da tradição platónica pode ser encontrada em À la


Recherche du Temps Perdu (À Procura do Tempo Perdido) (1914-27), de Proust, que afirma que
cada um dos amores de um escritor é como um degrau numa escada que o conduz a formas
superiores, nas quais, sozinho, o seu intelecto encontra conforto e deleite. Usando o próprio
passado de dor e vulnerabilidade como matéria-prima para um trabalho criativo, supera-se a
vulnerabilidade e alcança-se uma espécie de independência do tempo e da morte.

Nenhum destes reformadores gosta muito dos seres humanos reais. Por essa razão, esta tradição
dá origem a uma contratradição que tenta restituir aos seres humanos uma grande aceitação dos
seus amores como eles são, vendo o próprio interesse na elevação como uma doença que
necessita de cura. Muita desta tradição subsiste fora da filosofia. Um exemplo extraordinário é o
Ulisses (1922), de Joyce, que divertidamente vira de pernas para o ar a escada de Diotima,
sugerindo que é somente na emoção inconstante e imperfeita que o amor verdadeiro pode ser
encontrado. Ao conectar o idealismo religioso ao anti-semitismo e o amor pelo corpo, de Bloom,
a um amor filantrópico geral, Joyce sugere, também, que a tradição de elevação pode ser a causa
dos ódios sociais, em vez de a sua cura.

Martha Nussbaum

Referências e leitura adicional

Aristóteles (cerca de meados do século 4.º a.C.) Nicomachean Ethics, tradução com
anotações de T. Irwin, Indianapolis, IN: Hackett Publishing Company, 1985, livros VIII,
IX. (Sobre o amor da amizade.)
Agostinho (397-401) Confessionum libri tredecim (Confessions), tradução de F.J. Sheed,
Indianapolis, IN: Hackett Publishing Company, 1993. (Sustenta que o amor altamente
emotivo é mais apropriado a uma vida cristã.)
Agostinho (413-27) De civitate Dei (The City of God), tradução de P. Levine, Loeb Classical
Library, Cambridge, MA: Harvard University Press, 1966. (Debate os sentimentos
adequados a uma vida cristã.)
Bowlby, J. (1982) Attachment and Loss, Nova Iorque: Basic Books, 3 volumes, 2.ª edição.
(Importante estudo psicológico do desenvolvimento do amor nas crianças.)
Cavell, S. (1969) "The Avoidance of Love: a Reading of King Lear", em Must We Mean
What We Say?, Cambridge: Cambridge University Press; re-imp. 1976. (Influente

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discussão dos motivos das pessoas para evitar o amor.)


Dante (1313-21) Divina Commedia, tradução de. J. Ciardi, The Divine Comedy, Nova
Iorque: E.P. Dutton, 3 volumes, 1989. (O mais influente relato cristão medieval do amor,
combinando perspectives teóricas com aspectos extraídos da tradição do amor palaciano.)
Espinosa, B. (1677) Ethica Ordine Geometrico Demonstrata (Ethics Demonstrated in a
Geometrical Manner), tradução de E. Curley, Ethics, Harmondsworth: Penguin, 1996.
(Analisa o carácter ambivalente do sentimento humano e propõe um processo pelo qual
podemos ser libertados da escravidão, em favor do amor intelectual de Deus.)
Hume, D. (1739/40) A Treatise of Human Nature, ed. L.A. Selby-Bigge, revista por P.H.
Nidditch, Oxford: Clarendon Press, 2.ª edição, 1978. (Importantes discussões do amor e do
ódio.)
Joyce, J. (1922) Ulysses, Nova Iorque: Modern Library, 1961. (Sugere que o amor real se
encontra apenas na emoção imperfeita da vida diária.)
Kant, I. (1797) Metaphysische Anfangsgründe der Tugendlehre, tradução de. J.W.
Ellington, Metaphysical Principles of Virtue, Indianapolis, IN: Hackett Publishing
Company, 1964. (Discussão da relação entre o amor enquanto paixão e o amor como um
comprometimento activo.)
Klein, M. (1921-45) Love, Guilt, and Reparation and Other Works, 1921-45, Londres:
Tavistock, 1985. (Importante tratamento psicanalítico do amor, ciúme e culpa.)
Murdoch, I. (1993) Metaphysics as a Guide to Morals, Nova Iorque: Allen Lane, The
Penguin Press. (A romancista filósofa debate a relação entre o amor e uma visão do bem.)
Nussbaum, M. (1995) "Eros and the Wise: The Stoic Response to a Cultural Dilemma",
Oxford Studies in Ancient Philosophy 13: 231-67. (Debate o projecto estóico de haver amor
erótico sem carência e vulnerabilidade.)
Platão (c. 386-380 a.C.) Symposium, tradução de A. Nehamas e P. Woodruff, Indianapolis,
IN: Hackett Publishing Company, 1989. (Propõe a elevação do amor à contemplação da
beleza ideal.)
Platão (c. 366-360 a.C.) Phaedrus, tradução de A. Nehamas e P. Woodruff, Indianapolis,
IN: Hackett Publishing Company, 1995. (Uma descrição da paixão erótica misturada com
reverência e temor.)
Price, A. (1989) Love and Friendship in Plato and Aristotle, Oxford: Clarendon Press.
(Excelente tratamento dos textos, com achegas subtis sobre o tópico.)
Proust, M. (1914-27) À la recherche du temps perdu, tradução de C.K. Scott Moncrieff e T.
Kilmartin, Remembrance of Things Past, Nova Iorque: Random House, Vintage, 1981.
(Grande romance filosófico que analisa a relação do amor com a carência, o ciúme e a
criatividade artística.)
Vlastos, G. (1973) "The Individual as Object of Love in Plato's Dialogues", em Platonic

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Studies, Princeton, NJ: Princeton University Press. (Importante análise e crítica das
perspectivas antigas do amor.)

Tradução de Claudino Caridade


Publicado em Routledge Encyclopedia of Philosophy, org. Edward Craig (Londres: Routledge, 1998)

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