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de Stephen Guise
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Blog primário – foco, hábitos, pequenos passos, etc.
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Informações suplementares do livro
Direitos Autorais e Aviso Legal
Mini-hábitos™ de Stephen Guise
Copyright 2013, Todos os Direitos Reservados
Aviso Legal:
As informações contidas neste livro expressam a opinião do autor e são baseadas
em suas experiências e observações pessoais. O autor não assume qualquer
responsabilidade quanto ao uso ou incapacidade de usar parte ou todas as
informações contidas neste livro, e não assume nenhuma responsabilidade por
perdas ou danos de qualquer natureza, que possam ser incorridos pelo leitor
como resultado das ações decorrentes do uso de informações encontradas neste
livro. Use essas informações por sua conta e risco.
O autor se reserva o direito de fazer quaisquer alterações que considerar
necessárias para futuras versões da publicação, a fim de assegurar sua precisão.
Prefácio
Eu fiz experiências com estratégias de desenvolvimento pessoal por uma década.
Quando, acidentalmente, comecei meu primeiro mini-hábito - e as mudanças que
eu fiz foram realmente duradouras - me dei conta de que as estratégias
anteriores, nas quais confiei por tanto tempo, foram completos fracassos.
Quando algo funciona, significa que o que não funciona é exposto. A ciência em
Mini-hábitos expõe os resultados previsivelmente inconsistentes da maioria das
estratégias de crescimento pessoal conhecidas e revela porque mini-hábitos
criam uma consistência notável.
Um mini-hábito é um comportamento positivo muito pequeno que você se
obriga a fazer todos os dias; sua natureza "pequena demais para fracassar" o
torna leve, excepcionalmente poderoso e uma estratégia superior de construção
de hábitos.
Esta estratégia permitirá que você se prepare melhor para mudar sua vida do que
99% das pessoas que você vê andando por aí neste mundo. As pessoas, muitas
vezes, pensam que elas são a razão pela qual não atingem uma mudança
duradoura; mas o problema não reside nelas e sim em sua estratégia. Você pode
conquistar coisas incríveis sem a culpa, a intimidação e os fracassos repetidos
associados a estratégias do tipo "ficar motivado", resoluções ou mesmo "apenas
faça isso". Para fazer alterações duradouras, você precisa parar de lutar contra o
seu cérebro. Quando você começar a jogar pelas regras do seu cérebro - como os
mini-hábitos lhe mostram - a mudança duradoura não será tão difícil.
Outros Produtos de Stephen Guise
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Como este Livro está Estruturado
Há sete partes principais em Mini-hábitos. O objetivo final deste livro é ajudá-lo
a acrescentarpermanentementecomportamentos habituais e saudáveis à sua
vida. As três primeiras partes discutem a construção do hábito, o cérebro, a força
de vontade, a motivação e como eles se relacionam entre si. As duas partes
seguintes discutem conclusões lógicas e científicas sobre a melhor forma de
utilizar essas informações. As três últimas partes lhe mostram como aplicá-las.
Aqui estão as sete partes em detalhes:
1. Introdução ao Mini-hábitos
Aqui, você vai descobrir o que é um mini-hábito. Esta parte inclui a história de
como eu fiz de uma única flexão um treino completo (que se tornou um mini
fenômeno chamado "O Desafio de uma Flexão"). Também vamos explorar por
que é tão importante desenvolver ativamente os hábitos.
O que estabelece: o que é um mini-hábito, a importância dos hábitos e como me
deparei com meu primeiro mini-hábito.
2. Como Seu Cérebro Funciona
Na parte dois, vamos dar uma olhada no cérebro humano. Compreender o
cérebro pode ajudar tremendamente na nova formação do hábito, porque você
pode empregar estratégias superiores com esse conhecimento. Vamos aprender
sobre as partes ativas e passivas do cérebro (ou seja, consciente e subconsciente),
e como elas funcionam juntas para moldar o nosso comportamento diário.
O que estabelece: o funcionamento interno do cérebro humano relacionado à
mudança de comportamento e criação de novos hábitos.
3. Força de Vontade Vs. Motivação
Temos duas estratégias para a tomada de medidas –ficar motivado, para que
queiramos completar a tarefa, ou insistir usando a força de vontade. Uma delas é
melhor que a outra? Usamos as duas? A Ciência revela o vencedor e sugere a
única e melhor maneira de aplicá-la.
O que estabelece: por que é melhor usar exclusivamente a força de vontade (com
os mini-hábitos) e ignorar completamente a motivação.
4. A Estratégia dos Mini-hábitos
As três primeiras partes estabeleceram as bases para este conceito de ações
minúsculas, diárias; nas próximas duas partes, discutiremos qual é a razão disso
e como deve funcionar. Mini-hábitos são mais eficazes com a mentalidade
adequada e esta parte o ajuda a chegar a esta mentalidade.
O que estabelece: a conexão entre a estratégia dos Mini-hábitos e tudo o que
aprendemos sobre a mudança de hábito até agora.
5. A Diferença dos Mini-hábitos
Esta parte analisa as vantagens das diferenças de estratégias dos Mini-hábitos e
como elas podem funcionar para você quando as outras não funcionam.
O que estabelece: tudo o que torna os mini-hábitos excepcionalmente eficazes.
6. Mini-hábitos - Oito Passos Para a Grande Mudança
Estes oito passos lhe mostrarão como escolher seus hábitos, planejar sua jornada
e dar os primeiros pequenos passos. Cada passo é dividido de forma detalhada,
explicando exatamente por que é necessário, estratégias diferentes a serem
empregadas e a melhor forma de executá-las.
O que estabelece: como aplicar mini-hábitos à sua vida, do estágio de "eu quero
criar um novo hábito" ao sucesso.
7. Oito Regras dos Mini-hábitos
Esta última parte aborda as oito regras da estratégia dos Mini-hábitos. Estas
regras irão mantê-lo no caminho certo e garantirão que você maximize o seu
potencial e os seus resultados.
O que estabelece: as regras dos mini-hábitos que o ajudarão a obter grandes
resultados, evitando ao mesmo tempo os erros de quebra de hábitos.
***
Você está pronto para descobrir como hábitos menores levam a resultados
maiores? Espero que sim, porque eu estou animado para lhe mostrar. Vamos lá!
Sumário
Parte 1
Introdução aos Mini-hábitos
Como Tudo Começou: O Desafio de Uma Flexão
Somente para Bons Hábitos
Uma Breve Sinopse dos Mini-hábitos
Sobre Hábitos e o Cérebro
Parte 2
Como Seu Cérebro Funciona
Cérebros Estáveis, Lentos nas Mudanças
O Repetidor Estúpido e o Gerente Esperto
O Córtex Pré-Frontal
Os Núcleos da Base
Parte 3
Motivação Vs. Força de Vontade
Os Inúmeros Problemas de “Ficar Motivado”
Por Que a Força de Vontade Supera a Motivação
Como a Força de Vontade Funciona
Parte 4
A Estratégia dos Mini-hábitos
Usando a Força de Vontade no Estilo dos Mini-hábitos
Como os Mini-hábitos Expandem sua Zona de Conforto
Os Dois Momentos de Resistência
Mini-hábitos no Momento
Parte 5
A Diferença dos Mini-hábitos
Mini-hábitos Podem Competir com Seus Hábitos Existentes
Pequenos Passos e Força de Vontade São um Time Vencedor
Outros Métodos Lhe Dirão Que Não Faz Mal Desistir Cedo Demais
Mini-hábitos Aumentam Sua Autoeficácia
Mini-hábitos Lhe Dão Autonomia
Mini-hábitos Unem o Abstrato e o Concreto
Mini-hábitos Destroem o Medo, a Dúvidas, a Intimidação e a Hesitação
Mini-hábitos Criam Efeitos de Bônus Incríveis de Aumento da Atenção Plena e Força de Vontade
Parte 6
Mini-hábitos – Oito Pequenos Passos Para Uma Grande Mudança
Passo 1: Escolha Seus Mini-hábitos e Plano de Hábitos
Passo 2: Use a “Furadeira Por Que” em Cada Mini-hábito
Passo 3: Defina Seus Gatilhos do Hábito
Passo 4: Crie Seu Plano de Recompensa
Passo 5: Anote Tudo
Passo 6: Pense Pequeno
Passo 7: Cumpra Sua Programação e Abandone as Expectativas Elevadas
Passo 8: Atenção Para os Sinais do Hábito
Parte 7
Oito Regras dos Mini-hábitos
1. Nunca, Jamais Trapaceie
2. Alegre-se com Todo o Progresso
3. Recompense-se Muitas Vezes, Especialmente Após um Mini-Hábito
4. Mantenha-se Equilibrado
5. Se Sentir Uma Resistência Forte, Recue e Vá com Calma
6. Lembre-se de Como Isso é Fácil
7. Nunca Pense Que Um Passo é Muito Pequeno
8. Coloque Energia Extra e Ambição Nas Repetições Extras, Não Em Uma Exigência Maior
Considerações Finais
Uma Modificação Opcional
Aplique Esta Estratégia Em Outro Lugar
Quer Mais?
Introducão aos Mini-hábitos
"As emoções irão servir ou dominar, dependendo de quem está no
comando". — Jim Rohn
Explicação do gráfico: a motivação está no eixo x, e o custo da força de vontade,
no eixo y. Quando a motivação está em seu pico (canto inferior direito), o custo
da força de vontade é zero ou insignificante. Isso porque você não precisa se
forçar a fazer algo que você, realmente, já quer fazer. Mas quando a motivação
cai para zero, uma forte resistência interna significa que o “custo” da força de
vontade é alto (canto superior esquerdo, onde o custo da força de vontade é 100
e a motivação é 0).
Discutiremos mais a respeito dessa relação no capítulo força de vontade, mas
tudo o que você precisa saber agora é que quando você não está motivado para
fazer algo, o "custo da força de vontade" dispara. E quando o custo da força de
vontade é alto, torna-se difícil para você manter um comportamento ao longo do
tempo (e transformá-lo em um hábito).
Agora, vamos dar uma olhada em "ficar motivado", que domina a literatura de
autoajuda, apesar de ser completamente ineficaz a longo prazo.
Os Inúmeros Problemas de “Ficar Motivado”
Ficar motivado funciona? A resposta é um enlouquecedor às vezes. Às vezes,
você pode criar a motivação para se exercitar ou escrever 2.000 palavras, mas
outras vezes, você acaba tirando um cochilo, assistindo TV ou, então, tomando
cerveja. Este é um problema enorme porque…
Se ficar motivado é a sua estratégia, você não consegue construir hábitos.
Sabemos que os hábitos exigem repetição consistente. Não foi até o décimo dia
de tentativa que, no estudo previamente citado, os cérebros dos participantes
entenderam o padrão, e comportamentos demoram muito mais tempo do que isso
para serem reconhecidos.
Não me interprete mal aqui. A motivação é um sentimento importante com
muitos benefícios. Mas pense nisso como um bônus, algo de bom quando
aparece. Eu sei que é possível que, atualmente, você conte com ficar motivado,
por isso o objetivo da próxima seção é convencê-lo a esquecer isso. Eu
realmente quero que você repudie o conceito para o seu próprio bem e aqui estão
as razões.
A Motivação não é Confiável
A motivação não é confiável porque é baseada em como você se sente e nós
sabemos, há séculos, que os sentimentos humanos são fluidos e imprevisíveis.
Muitas coisas podem alterar seus sentimentos: um evento, níveis de açúcar no
sangue, depressão, flutuações químicas, hormônios, saúde, estímulos externos,
níveis de energia, crenças e vômito de gato. Em outras palavras, qualquer coisa
pode alterar seus sentimentos. Você realmente deseja colocar suas esperanças em
algo tão... volátil? A regra nº 1 de qualquer fundação é que ela deve ser sólida. A
motivação é como construir uma casa sobre líquido. (Não se atreva a mencionar
os barcos-casa – estraga a analogia.)
Todo mundo tem dias de “baixa”, em que a energia é um pouco menor. Isso
significa que sua motivação para fazer coisas produtivas também será menor.
Esta estratégia nos faz recorrer a coisas como vídeos motivacionais, artigos,
podcasts de autoajuda, falas de automotivação e outros incrementos de curto
prazo.
E pense nisso: com uma estratégia de "ficar motivado", não somente você tem
que estar motivado para fazer algo, mas também precisa estar motivado a maior
parte do tempo para fazê-lo. Assim, para ficar motivado a se exercitar, você teria
que querer se exercitar mais do que você quer comer batatas fritas e assistir TV.
Você só terá sucesso às vezes.
As atividades que são boas para nós (comer brócolis cru, correr 16 quilômetros
e, em seguida, comer mais brócolis), não são coisas fáceis de ficarmos
motivados a fazer. As recompensas de curto prazo dos brócolis crus e do
exercício encontram muita dificuldade em competir com o sorvete no sofá
enquanto assiste a um filme. Minha motivação para fazer o último continua alta.
Você não Ficará Motivado Sempre
A teoria da motivação de crescimento é assim: se eu quiser fazer alguma coisa,
não preciso me obrigar a fazê-lo (use a força de vontade)! Isso é verdade.
Quando você está motivado, é fácil fazer as coisas e isso não exige muita (se
exigir) força de vontade. Você se lembra do gráfico no início deste capítulo?
Quando você está totalmente motivado, o custo da força de vontade é zero. Esta
parece ser a melhor maneira a princípio e mais ainda quando se considera que a
força de vontade é um recurso limitado (isso será visto mais tarde). Isso faz com
que a motivação seja altamente desejável em teoria, mas como se costuma dizer,
"Toda rosa tem seus espinhos, que furam o dedo e fazem você dizer palavrão na
frente do seu sobrinho".9
Problema: a motivação não é fácil (e, às vezes, quase impossível) de cultivar sob
demanda. Não procure além de suas próprias experiências para perceber isso.
Quão fácil tem sido motivar-se quando você está cansado, doente, com
enxaqueca, sente-se “pra baixo” ou, simplesmente, quer apenas fazer algo mais
divertido? Esta ideia de mudar o que você deseja simplesmente concentrando-se
em benefícios, realmente desconsidera o poder e a influência de como nos
sentimos. É difícil mudar seus sentimentos através do pensamento. Quando
temos uma grande quantidade de energia, uma mentalidade saudável e nenhuma
grande tentação é que obtemos sucesso com a motivação. Mas quando chega a
hora de agir e o cenário parece muito menos favorável, nós vamos decidir "fazer
isso amanhã".
Quando eu estava cansado e havia tido uma dor de cabeça recente, não havia
nenhuma frase motivacional ou pensamento que me fizesse trabalhar neste livro.
Eu também não queria ficar motivado. Eu queria dormir! Felizmente, eu não
confiava em motivação.
Haverá momentos em sua vida em que você não estará motivado a ficar
motivado. Isso significa que você... tenha paciência comigo aqui... não quer
querer que queira se exercitar. (Sim, foram três “querer” de uma vez só!) Isso lhe
deixa perceber o quão longe de tomar medidas você pode chegar com o
pensamento baseado na motivação. Em vez de apenas fazer algo, você tem que
querer fazer isso, mas às vezes você tem que construir a motivação apenas para
querer estar motivado. É tão louco quanto parece. Se você não quiser ficar
motivado e ficar motivado era a sua estratégia para fazer as coisas, você perdeu a
batalha antes de ter começado. E seus hábitos irão morrer cedo.
Algumas Pessoas Pensam, Habitualmente, Que a Motivação é a Única Base
para Agir
Embora ficar motivado tenha sido consagrado por escritores papagueadores de
autoajuda como O caminho para conseguir agir e melhorar a sua vida, algumas
pessoas o questionam. É um procedimento padrão. Sites motivacionais abundam
e prosperam, já que as pessoas os visitam para sua "correção motivacional". Eu
tenho que admitir que ficar motivado é uma estratégia melhor do que nada, mas
nada não é difícil de superar.
Como exemplo, o efeito desejado de exercício tem três causas possíveis:
motivação, força de vontade ou hábito. Apesar de toda ação ser uma combinação
de motivação e força de vontade, nós tendemos a confiar mais em uma ou em
outra. Depois, existe aquele híbrido estranho de tentar ficar motivado enquanto
diz que você precisa fazer aquilo de qualquer maneira (isso geralmente acontece
quando a batalha está perdida).
Um hábito destrutivo é acreditar que você tem que estar motivado para agir. Não
é um problema quando você gostaria de estar motivado, mas sim quando você
não pode fazer nada a menos que esteja motivado. Esta é a maneira perfeita de
entrar numa espiral de preguiça. Ser preguiçoso faz você se sentir preguiçoso e
se você sempre se sente preguiçoso e segue esta regra de motivação, então você
vai continuar sendo preguiçoso. Não há nenhuma saída!
Essa ideia de que a motivação precede a ação pode tornar-se profundamente
enraizada na psique de uma pessoa. Mas não há nenhuma regra que diga que
seus sentimentos e ações devem sempre corresponder. Isso cria um estilo de vida
frustrante, confinado.
A Motivação nos Condena ao Fracasso Através da Lei da Diminuição do
Entusiasmo
Ok, digamos apenas que você é capaz de ficar motivado para ler durante duas
horas todos os dias. E digamos que você seja capaz de fazer isso por três
semanas seguidas. A esta altura, você provavelmente tem um hábito muito fraco
começando a se formar para esse comportamento. Mas uma vez que você
depende da motivação, este período de transição crucial significará,
provavelmente, o fim do seu progresso.
"A lei da diminuição do entusiasmo" não é uma lei real, mas um termo que
inventei porque é mais descritivo que o princípio econômico correspondente: "A
Lei da Utilidade Marginal Decrescente". Esta lei econômica diz que você vai
aproveitar a sua quinta fatia de pizza marginalmente menos do que sua quarta
fatia e sua quarta fatia menos do que a terceira. Quando se trata de
comportamento por repetição, o mesmo tipo de coisa acontece.
Quando um comportamento começar sua transição para o hábito, você se tornará
menos emocional sobre ele. Ele irá até mesmo começar a parecer chato e
corriqueiro. Conte com isso. Jeremy Dean diz em seu livro, Making Habits,
Breaking Habits10, que "um hábito não apenas voa cognitivamente sob o radar;
ele também faz isso emocionalmente. [...] O ato de executar um hábito é,
curiosamente, desprovido de emoção". Dra. Wood e seus colegas observaram
esta ocorrência em um estudo que conduziram na Texas A&M. Quando os
participantes realizavam um comportamento habitual, eram decididamente
menos emocionais sobre ele. É por isso que pensar que você precisa de
motivação para agir funciona contra você na construção de hábito. A repetição
não nos deixa mais animados para fazer as coisas, ela nos deixa menos
animados; os hábitos mais animados oferecem menos resistência e mais
automaticidade. Dean diz: "O fato de que o comportamento habitual não
desperta emoções fortes é uma de suas vantagens". Isso é verdade, porque tudo
que dependa de emoção humana é completamente duvidoso.
O entusiasmo inicial de começar algo é um aliado no início, mas torna-se um
inimigo formidável quando desaparece e faz você se perguntar se algo está
errado. No entanto, você reduz significativamente o risco por não depender da
sua motivação e sentimentos em primeiro lugar.
É ótimo estar entusiasmado, mas vamos admitir essa mentalidade como um
bônus, ao invés de um estímulo para agir. É melhor fazer alguma coisa porque
você optou por fazê-lo, uma base sólida que não flutua descontroladamente. A
falta de entusiasmo depois de algum tempo é, contraintuitivamente, um sinal
positivo de que o controle está se mudando paraos mais estáveis e automatizados
núcleos da base.
Esta diminuição de entusiasmo previsível é uma das razões pelas quais você vê
tantas pessoas abandonarem seus planos de exercícios depois de janeiro. Apesar
de seu sucesso ao se exercitar, elas irão perceber, eu não estou mais me sentindo
motivado, e parar de se exercitar. Talvez se elas entendessem por que não se
sentem mais motivadas, ficariam incentivadas e continuariam.
Como estratégia principal, a motivação pode ser boa o suficiente para você se
virar na vida (talvez), mas é uma má escolha em comparação com a força de
vontade. Embora a força de vontade seja a melhor estratégia, a maioria das
pessoas não sabe como usá-la e drena suas reservas de força de vontade
rapidamente.
Apesar de tudo que eu disse, não se preocupe, você ainda pode desfrutar muito
de suas rotinas. Você sempre será um ser humano com sentimentos e emoções!
Não estou pedindo que você nunca mais sinta novamente. Estou pedindo que
você nunca deixe que seus sentimentos o impeçam de novo.
Por Que a Força de Vontade Supera a Motivação
Agora que já esmaguei a motivação, vou lhe dizer como conseguir mais disso.
Contradição? Não, a razão pela qual não gosto da motivação não é porque ela
seja ruim. Por exemplo, eu preciso de um nível básico de motivação para
escrever estas palavras. Mas a motivação, não por culpa própria, tem sido usada
por todos os cantos como a solução para o crescimento pessoal. É como se eu lhe
dissesse que cenouras curam o câncer. As cenouras são boas para você, mas
provavelmente não irão curar ninguém de câncer. Então essa coisa boa (a
cenoura) agora foi transformada em um inimigo da verdade e está enganando as
pessoas. Desta forma, a motivação é uma cenoura do mal.
A estratégia da força de vontade dos Mini-hábitos é muito propícia à motivação
que, mais uma vez, é boa, mas não confiável. Descobri que, usando a força de
vontade, a motivação torna-se mais confiável; a motivação vem rápido quando
você age primeiro. Existem três razões pelas quais forçar-se a agir com força de
vontade é muito melhor do que tentar ficar motivado.
A Força de Vontade é Confiável
Ao contrário das técnicas baseadas em motivação, a força de vontade é
extremamente confiável. Se você se força a fazer algo, não importa o que, isso é
confiável. Claro, apenas se você puder se forçar a fazê-lo. E acontece que estas
duas próximas vantagens da força de vontade tornarão isso ainda mais confiável.
A Força de Vontade Pode Ser Fortalecida
Ao contrário da motivação, a força de vontade pode ser reforçada como um
músculo. O pesquisador de autocontrole prestigiado, Professor Roy Baumeister,
descobriu em 1999 que os estudantes que tinham exercido sua força de vontade
para melhorar a sua postura durante duas semanas, "mostraram uma melhora
significativa nas medidas subsequentes de autocontrole" em comparação àqueles
que não tinham trabalhado na sua postura. Outro estudo descobriu que um
programa de exercícios aeróbicos de dois meses resultou em melhorias em
outras atividades de autocontrole não relacionadas.
Este é o ouro do autoaperfeiçoamento. Estes estudos sugerem que podemos
fortalecer a nossa própria capacidade de melhorar a nós mesmos!
Mas se algo não funciona na primeira vez e nem em nenhum momento depois,
então você está andando em círculos ao tentar continuamente. A motivação
funciona às vezes, por isso é difícil avaliar. Mas se você olhar para os seus
resultados a longo prazo usando a motivação, verá que ela não está funcionando
de forma consistente. A motivação não é algo fácil de melhorar, seja porque,
quando o seu cão morrer, seu humor vai piorar; ou quando você está cansado ou
de mau humor, não vai se sentir disposto a se exercitar. Você pode, no entanto,
melhorar sua capacidade de agir apesar de sentir resistência devido ao trauma
emocional, falta de confiança, mau humor, ou baixos níveis de energia. Esta é a
força de vontade.
Estratégias de Força de Vontade Podem Ser Programadas
Se depender da motivação, você terá dificuldade em aderir a um cronograma.
Quando chegar a hora de escrever, quem sabe se você estará motivado ou não? É
um calendário imprevisível e não amigável.
Porém, usando a força de vontade você pode agendar uma atividade e fazê-la,
quer você esteja motivado no momento ou não. Isto permite a consistência, que
pode ser usada com facilidade pelo hábito e pelo calendário. Hábitos não são
feitos a partir de um plano geral para escrever quando você pode ou se exercitar
quando as estrelas estiverem alinhadas. Você tem que colocar a tarefa em seu
calendário e executá-la e isso requer força de vontade.
A grande questão permanece: como podemos manter o sucesso consistente
usando a força de vontade? Para responder a essa pergunta, vamos resumir o que
a ciência nos diz sobre a força de vontade e começar daí.
Como a Força de Vontade Funciona
Costumava-se acreditar que a força de vontade era um recurso ilimitado da,
bem... vontade. A ideia era que, se você quisesse algo o suficiente, sempre teria
força de vontade suficiente para consegui-lo. Essa ideia mudou quando
Baumeister realizou um estudo um tanto quanto cruel em 1996. Tudo começou
com 67 pessoas em uma sala, que foi prontamente invadida pelo cheiro tentador
de biscoitos de chocolate recém-assados. Em seguida, levaram os biscoitos e
outras delícias de chocolate para a sala. Aqui está a virada cruel – apenas alguns
dos participantes receberam os biscoitos de chocolate para comer. Para os outros,
Deus os ajude, foram dados, ao invés disso, rabanetes para comerem como
petiscos! Mesmo sendo uma pessoa que ama petiscos de rabanetes crus, creio
que não seja agradável.
Os cientistas do estudo observaram, de forma bem-humorada, que vários
comedores de rabanete pareceram “demonstrar um claro interesse nos
chocolates, a ponto de olharem ansiosamente para a exposição de chocolates e,
em alguns casos, até mesmo pegarem cookies para cheirá-los”. Como eu disse,
cruel.
Depois disso, os participantes do teste do chocolate e do rabanete receberam,
igualmente, um enigma para resolver. Aqueles que comeram rabanetes gastaram
menos da metade do tempo tentando resolver o quebra-cabeça do que aqueles
que tinham comido chocolate, e eles tentaram resolver menos vezes antes de
desistirem. Parece que ter de comer rabanetes em vez de biscoitos drenou sua
vontade de continuar lutando com o quebra-cabeça. Baumeister chamou este
fenômeno de "esgotamento do ego". Existem dezenas de estudos que
comprovam os resultados deste estudo inovador.
Decisões Também Drenam a Força de Vontade!
Não basta culpar os rabanetes. Um estudo de autocontrole descobriu que pessoas
que tomavam uma decisão difícil no início do dia estavam mais propensas a
ceder a uma tentação mais tarde, mostrando uma diminuição do autocontrole.
Parece que as grandes decisões compartilham o mesmo tanque de energia que a
nossa força de vontade. Imagino que qualquer coisa que use o córtex pré-frontal
poderia ter esse efeito, porque o córtex pré-frontal lida com a memória de curto
prazo e o pensamento atual. Mas você normalmente não pensaria que tomar uma
decisão difícil poderia afetar negativamente a sua capacidade de resistir ao
sorvete ou de se forçar a exercitar-se no final do dia.
Isto significa uma coisa - precisamos maximizar as nossas reservas de
autocontrole para sermos eficazes na mudança de nós mesmos. Incluo isto
apenas para mostrar como outras coisas podem minar nossas reservas de força de
vontade, tornando a filosofia que inspira os mini-hábitos ainda mais importante.
Uma Meta-Análise Importante Sobre a Força de Vontade
Uma meta-análise é um "estudo dos estudos" que tenta extrair conclusões
importantes do corpo de trabalhos relacionados a um determinado tema. Isso
ajuda a suavizar possíveis aberrações de estudos individuais. Se algo é
verdadeiro em dezenas de estudos conduzidos adequadamente e milhares de
participantes, há uma probabilidade muito alta de que os dados sejam confiáveis,
esclarecedores e úteis.
Em 2010, foi feita uma meta-análise de 83 estudos de esgotamento do ego.
Esgotamento do ego significa, basicamente, a mesma coisa que força de vontade
ou o esgotamento do autocontrole, por isso vou usar esses termos como
sinônimos. A partir desta meta-análise, os cinco maiores fatores encontrados
para a causa de esgotamento do ego foram esforço, dificuldade percebida, afeto
negativo, cansaço subjetivo e níveis de glicose no sangue. Estes fatores são,
então, os cinco maiores obstáculos que nos impedem de sustentar o sucesso com
uma estratégia baseada na força de vontade. O que faremos, uma vez que já
esgotamos nossa força de vontade? Toda esperança é, então, perdida? Segundo a
análise, os incentivos motivacionais, treinamentos em tarefas de autocontrole e
suplementação de glicose promoveram um autocontrole melhor em pessoas com
esgotamento do ego.
Isto nos fornece uma riqueza de informações sobre a melhor forma de gerenciar
a força de vontade. Aqui está uma importante recapitulação sobre motivação e
força de vontade, para desenvolver esta próxima parte da estratégia dos Mini-
hábitos como forma de acrescentar hábitos saudáveis à sua vida:
Novos comportamentos (ou não hábitos) são iniciados usando motivação ou
força de vontade.
A motivação não é confiável, por isso não pode ser a estratégia para a construção
de hábitos.
A força de vontade é confiável, mas apenas se você não ficar sem ela.
Existem cinco causas principais de esgotamento da força de vontade: esforço,
dificuldade percebida, afeto negativo, cansaço subjetivo e níveis de glicose
no sangue.
Se conseguirmos superar com êxito estes cinco obstáculos, devemos encontrar o
sucesso.
No próximo capítulo, discutiremos como os mini-hábitos se encaixam em tudo o
que abordamos até agora, começando com estas cinco causas principais do
esgotamento da força de vontade.
A Estratégia dos Mini-hábitos
“Se você não executa suas ideias, elas morrem”. — Roger von Oech
Algumas regras são feitas para serem quebradas. Estas não são, mas a citação de
Dalai Lama ainda se aplica. Depois de dominar algo, você pode gerenciá-lo sem
regras. A chave está em compreender os princípios subjacentes destas regras.
Uma vez que estas regras sejam úteis e positivas de qualquer maneira, você não
precisa pensar em quebrá-las. Na verdade, se você está lutando para fazer
progressos com seus mini-hábitos, provavelmente é porque está quebrando uma
dessas regras.
1. Nunca, Jamais Trapaceie
Existem algumas maneiras de enganar o sistema de mini-hábitos. A primeira e
mais comum delas é dar a si mesmo um mini-hábito como uma flexão por dia,
mas secretamente exigir que você faça mais do que a única flexão. A razão pela
qual você precisa ser muito, muito cuidadoso para não fazer isso é porque cada
pedacinho extra de exigência que você coloca em si mesmo, irá exigir mais força
de vontade para cumprir. E, embora você possa, provavelmente, lidar com essa
carga de força de vontade extra, talvez esteja aspirando por muitos hábitos de
uma vez, e queremos garantir o sucesso, não seguir a linha de sucesso e fracasso.
Você está sempre autorizado a fazer mais, então deixe que as repetições extras
venham de você, não de sua exigência. Se quiser fazer mais em qualquer sessão,
mas sentir resistência, defina pequenos requisitos adicionais após o seu mini-
hábito.
Ao contrário de outros programas de hábitos e estratégias de autoajuda, o
desânimo é muito raro com os mini-hábitos. Se você só tem de fazer uma única
flexão ou abdominal, o que pode impedi-lo de ter sucesso? Não importa que seu
objetivo seja pequeno. Você está treinando seu cérebro para o sucesso e criando
uma versão menor do que você espera realizar um dia (e dependendo da sua
vontade, algum dia poderia ser muito em breve!). Se os seus resultados são
como os meus, você poderá atingir suas metas maiores mais cedo do que o
esperado. Mas, por favor, por favor, não deixe que suas expectativas se elevem.
Espere pouco e você terá fome de fazer mais. Quando você percebe quão
poderosa é a partida, e que sim, você teve muita motivação para fazer essas
coisas o tempo todo (que estavam dormentes até você começá-las), a vida fica
muito emocionante.
2. Alegre-se com Todo o Progresso
Ser feliz com um progresso pequeno é diferente de ter baixos padrões. Há uma
citação de Bruce Lee que resume tudo: "Seja feliz, mas nunca satisfeito". Bruce
Lee fez mais com o seu tempo de vida limitado de 32 anos do que duas pessoas
comuns fazem com 80 anos cada, então acredito nele.
No TED21 Talk de Derek Sivers, ele mostrou um vídeo de um homem dançando
em um campo, em um evento ao ar livre. O homem parecia um pouco bobo lá
fora sozinho, dançando freneticamente ao som da música. Depois de alguns
segundos de dança, outra pessoa se juntou a ele. Em seguida, mais duas. Depois
de mais alguns segundos, outra pessoa se juntou a eles. E depois outra. E quando
o grupo chegou a cerca de 10 pessoas, uma multidão gigante de pessoas correu
para se juntar a eles. Dezenas de pessoas estavam dançando descontroladamente.
É um espetáculo e tanto!
E como isso começou? Com um homem dançando.
Este conceito mostra exatamente o que os mini-hábitos podem fazer por você. A
multidão de pessoas que se juntou depois é como seus sonhos adormecidos -
tímidos e com medo de agir. Eles não são confiantes o suficiente para dançar no
centro das atenções. Aquele primeiro homem dançando é como sua decisão de
dar o primeiro pequeno passo. Então você percebe, ei, estou realmente fazendo
isso bem agora. Isso é quando seus sonhos e paixões latentes correm para
incentivá-lo. Você já tem toda a inspiração de que precisa dentro de você, mas
pode estar adormecida. Desperte-a com os mini-hábitos.
Mini-hábitos são um truque muito simples do cérebro em sua essência, mas
também uma filosofia de vida que valoriza começar, deixar a ação preceder a
motivação e acreditar que pequenos passos podem se tornar grandes avanços.
Quando você completa um mini-hábito, isso significa que o seu mini-homem
está dançando – torça por ele, porque ele está começando a sua festa de
crescimento pessoal! Comemore todo o progresso.
3. Recompense-se Muitas Vezes, Especialmente Após Um Mini-
hábito
E se as recompensas, por si só, fossem gratificantes? Ou seja, e se houvesse
benefício em receber uma recompensa além da própria recompensa? Nós
geralmente pensamos em recompensas como coisas que conseguimos por fazer
algo de bom, mas as recompensas também podem dar de volta. Quando você
completa um mini-hábito e se recompensa por isso, seja com comida, uma noite
de diversão, ou um monólogo no espelho sobre o quão incrível você é, sua
recompensa vai lhe dar algo em troca, encorajando-o a realizar o seu mini-hábito
novamente.
Em último caso, isso cria um ciclo de feedback positivo. Você vai ficar "viciado"
em viver uma vida ótima e, se isso não for ideal, eu não sei o que é. Um
comportamento perfeito irá recompensá-lo agora e mais tarde. Como
comportamentos mais saudáveis (como mastigar brócolis crus) oferecem uma
recompensa limitada agora e recompensas maiores a longo prazo, é útil anexar
algum tipo de incentivo à atividade nos estágios iniciais. Mais tarde, quando
percebe quão grande você se parece e se sente, você pode ter certeza que seja por
causa dos brócolis e sorrir.
Começar é a parte mais difícil, tanto no momento quanto nos primeiros dias de
construção do hábito. Inicialmente, você verá resultados limitados. Depois de
um treino duro você sentirá dor, mas olhará no espelho e não verá nenhuma
mudança. Depois de comer brócolis, você vai se sentir da mesma forma. Depois
de escrever no primeiro dia, você não terá um livro completo. Mas quando faz
essas coisas a longo prazo, você pode acabar com um corpo em forma e saudável
e com vários romances completos.
Eu não imagino que as pessoas vão se esquecer de recompensar-se, mas esta
"regra" está aqui, só para constar.
4. Mantenha-se Equilibrado
Vise uma mentalidade calma e confie no processo. Nestes últimos meses em que
vi tanto progresso, não fiquei animado demais ou "nas alturas". Tem sido chato
às vezes. A diferença entre vencedores e perdedores é que os perdedores
desistem quando as coisas ficam chatas e monótonas. Não se trata de motivação;
trata-se de aproveitar e conservar sua força de vontade para formar bons hábitos
ao longo da vida.
A mentalidade calma é a melhor atitude para a construção de hábitos porque é
estável e previsível. Você pode ficar animado à medida que progride, mas não
deixe que a excitação se torne a base para agir. Esta mudança para a dependência
de motivação/emoções é o que frustra muitos planos de desenvolvimento
pessoal!
5. Se Sentir Uma Resistência Forte, Recue e Vá com Calma
A “sabedoria” popular nos diz que temos de superar os fortes sentimentos de
resistência. Bem, isso é estúpido. Nós já estabelecemos que a força de vontade é
limitada e, se você está indo além da sua capacidade agora, isso significa que
você vai frcassar mais tarde. Se você pensar que pode simplesmente fazer isso
mais tarde, bem, então você não está levando em conta que pode não ter desejo
ou força de vontade suficiente para fazê-lo mais tarde.
Vamos imaginar o seguinte: Você está sentado e pretende se exercitar, mas você
realmente não sente vontade. Existe uma resistência intensa. O que você faz?
Neste cenário, não lute com seu cérebro se você pode persuadi-lo a fazer as
coisas à sua maneira. Sugira tarefas progressivamente menores e menores até
que a resistência que você sente seja mínima.
Se o seu objetivo é se exercitar na academia, recue até que sua exigência seja
dirigir até a academia. Digamos que isso é muito ruim e o melhor que você pode
fazer é abrir sua gaveta de roupas. Depois de fazer isso, pegue sua roupa de
treino e coloque-a. Se isso parece estúpido para você, ótimo! Quando parece
estúpido, significa que seu cérebro está dando o seu aval. Estes passos
"ridiculamente pequenos" escorregam sob o radar do cérebro como um ladrão de
joias especialista evita câmeras de segurança e sensores de movimento. E antes
que seu cérebro perceba, você estará em uma esteira na academia. Nenhum
passo é pequeno demais.
A boa notícia é que mesmo que você se estresse, a solução para agir apesar do
estresse está nos passos pequenos estúpidos. O estresse é a exaustão da força de
vontade - acontece quando as pessoas se obrigam a fazer muito por muito tempo.
Mas, quando você está exausto no chão, pode apelar para o seu cérebro e dizer:
"Ei, poderíamos fazer apenas uma flexão agora?" Depois disso, você pode ficar
motivado para fazer mais, ou você pode definir mais alguns desses passos
pequenos estúpidos.
Se você acha que essa estratégia parece absoluta e completamente ridícula e
estúpida, é porque você acha que pode fazer mais. Seu orgulho está lhe dizendo
que você é melhor do que ter que quebrar as tarefas em pequenos passos. Mas
cada realização gigante é feita de pequenos passos, de qualquer maneira, e fazê-
los um por vez não é fraqueza e sim precisão. Antes de fazer a primeira flexão
do Desafio de Uma Flexão, eu me sentia "superior" a fazê-lo. Eu pensei que uma
flexão era inútil (porque é como bater palmas à medida que o exercício
acontece). Mas quando isso me ajudou a me exercitar por 30 minutos, minha
mente mudou. Então, tente fazer isso e veja por si mesmo como você pode ser
quase impossível de deter com esta estratégia.
Quando sinto resistência em qualquer tarefa, eu a torno menor. Problema
resolvido.
6. Lembre-se de Como Isso é Fácil
Quando você olha para sua minitarefa e sente resistência, provavelmente não
está pensando sobre como ela é fácil.
Quando eu estava há um mês com meus mini-hábitos, senti uma forte resistência
de ler minhas duas páginas tarde da noite. Eu estava pensando em quanto tinha
lido no dia anterior e assumi que precisava repetir isso. Eu tive de me lembrar
que a exigência ainda eram apenas duas páginas.
Outra anedota interessante e encorajadora em favor dos mini-hábitos está
relacionada com o livro de Allen Carr, chamado “O Método Fácil de Parar de
Fumar”. O livro de Carr tem produzido resultados maiores do que o esperado
para ajudar as pessoas a pararem de fumar. E você sabe qual é a técnica básica?
Sabe qual é a diferença entre o livro de Carr e a maioria das outras estratégias
para parar de fumar?
Rick Paulas discute o surpreendente sucesso do livro em seu artigo:
O mais chocante sobre o conteúdo do livro é, talvez, o que está faltando. Não
há estatísticas sobre câncer de pulmão, ataques cardíacos ou acidentes
vasculares cerebrais. Nenhuma tática de intimidação, como as que os
brincalhões sociais do TheTruth.com se envolvem. Não há ameaças veladas
sobre o estado de sua vida sexual, concentrando-se em mau hálito e dentes
manchados. "As crises de saúde tornam mais difícil [parar]", escreve Carr. E
são, obviamente, ineficazes.
[Paulas menciona como o livro repete] Deixar de fumar é fácil. Deixar de
fumar é fácil. Deixar de fumar é fácil.
“É muito repetitivo”, diz Tompkins [um fumante]. “E eu estava ciente disso
enquanto lia. Tipo...é algum tipo de hipnose?”
O seminário de cinco horas de Carr baseado no livro tem uma taxa de sucesso de
53,3%, e isso é absolutamente uma pancada nos outros métodos (que têm uma
taxa de sucesso de cerca de 10-20%). É surpreendente, porque são apenas
informações. Não é mão na massa. Não é um adesivo que libera nicotina na
corrente sanguínea.
E o segredo? O ingrediente-chave? A mágica?
Ele leva os fumantes a acreditarem, consciente e subconscientemente, que parar
de fumar é fácil. Quando você acredita, como muitos acreditam, que parar de
fumar é tão difícil - não faz sentido que, talvez, seja sua própria mente quem
torna isso difícil?
Mini-hábitos fazem você acreditar que a adição de comportamentos saudáveis é
fácil. Mesmo que você esteja cético agora, você não tem escolha a não ser
acreditar quando começa a acontecer.
Esqueça os fracassos para ficar motivado; esqueça as batalhas épicas da força de
vontade. A exigência é tão pouca que é possível não perder nunca. E quando
você nunca perde, você tende a ganhar. Com o tempo, sua mente subconsciente
vai mudar e ficará mais fácil mudar o seu comportamento a partir daí.
E deixe-me perguntar: por que estes (e outros comportamentos saudáveis)
sempre foram difíceis, em primeiro lugar? Qual é o desafio em digitar palavras?
O que é tão difícil em movimentar seu corpo? Qual é a grande dificuldade em
ficar sentado por uma hora para compreender um texto? A razão pela qual estes
se tornaram desafios gigantes em nossas vidas é porque fomos doutrinados por
uma sociedade baseada na motivação, que diz que você tem que ficar super
entusiasmado para viver seus sonhos ou lavar sua roupa. Nossos cérebros foram
treinados incorretamente com as normas sociais, crenças limitantes e metas
esmagadoras.
A típica mente subconsciente da pessoa é completamente selvagem, dominando
o córtex pré-frontal, porque as pessoas ficam sem energia tentando mudar seu
cérebro mal calibrado de uma vez. Mini-hábitos são o caminho para você dizer,
Não, sabe o quê? Não é difícil me exercitar. Isso é fácil. Vou abaixar e fazer uma
única flexão agora e isso é muito, muito fácil. É tão fácil, que eu posso fazer isso
todos os dias. E vou. Então você estará em posição de flexão, tendo começado e
perceberá que também é fácil fazer mais uma flexão... e que é relativamente fácil
fazer muitas mais depois disso. E, a esta altura, você estará inspirado a continuar,
porque seu desejo existente de se exercitar na vida irá se conectar com a
percepção de que você realmente pode fazer isso.
Estou animado por você. Você vai perceber que fácil e difícil são relativos. Por
que outra razão algumas pessoas lutam para levantar da cama e correr em volta
do quarteirão, enquanto outras participam de corridas de 200 quilômetros? É
uma diferença da mente. Usando a maioria das estratégias disponíveis para você
hoje, você vai lutar poderosamente para mudar seu cérebro. Elas são todas
baseadas em motivá-lo ou lhe dizer que você não pode desistir quando fica
difícil. Mas esse tipo de inspiração barata não vai durar.
Mini-hábitos são projetados para mudar seu cérebro e sua vida de dentro para
fora. Seu minirrequisito se torna uma faísca recorrente dentro de você que
se recusa a morrer. ISSO é inspirador. Você estará na terceira semana e
perceberá, uau, eu ainda estou fazendo isso. Em seis semanas, você verá os
resultados (contagem de palavras, músculos, perda de peso, etc.) e as crenças
anteriores sobre o que você poderia fazer irão se desfazer diante de seus olhos.
Enquanto você pensar pequeno, você será um rolo compressor. O impulso que
você cria e a mudança de mentalidade que terá lugar irão surpreendê-lo, como
me surpreenderam.
Você sabia que está lendo a prova dos mini-hábitos? Como é que um cara
cronicamente indisciplinado escreve este livro, enquanto escreve artigos de
4.000 palavras para o seu blog? Eu me dei um pequeno requisito: apenas
escrever 50 palavras por dia. Na primeira semana, minha média foi de cerca de
1.000 palavras. Na segunda semana, 1.500. Na terceira semana, 2.000 palavras
por dia. Eu não estava tentando mais; era mais fácil do que antes.
Espero que você possa ver as mudanças no futuro com o uso dos mini-hábitos.
Tudo bem ficar animado, mas a emoção não vai sustentá-lo. Essa será sua
devoção diária para fazer a menor coisa a fim de fazer a maior diferença em sua
vida.
Se você é cético, tudo bem também – apenas experimente e verá.
7. Nunca Pense Que Um Passo é Muito Pequeno
Se você acha que um passo é muito pequeno, está abordando isso pelo ângulo
errado. Todo grande projeto é feito de pequenos passos, assim como todo
organismo é feito de células microscópicas. Dar pequenos passos o mantém no
controle do seu cérebro. Pequenos passos são, por vezes, a única maneira de
seguir em frente se você tiver pouca força de vontade. Aprenda a amá-los e você
verá resultados incríveis!
8. Coloque Energia Extra e Ambição nas Repetições Extras, Não
Em Uma Exigência Maior
Se você está ansioso por fazer grandes progressos, despeje essa energia em suas
repetições extras. Exigências maiores parecem boas no papel, mas somente a
ação conta. Seja a pessoa com objetivos embaraçosos e resultados
impressionantes, em vez de uma das muitas pessoas com objetivos
impressionantes e resultados embaraçosos.
Considerações Finais
4 Duck Hunt é um dos jogos para NES. O objetivo do modo A é acertar todos os patos, sem deixar nenhum
fugir. O limite de tiros por pato é de três tiros e, se o jogador errar os três, ele vai consequentemente fugir do
jogador. São vários níveis. À medida que o jogador consegue passar deles, os patos vão voar cada vez mais
rápido e o jogo vai ficar cada vez mais difícil.
5 Em Inglês (N.T.)
7 Touchdown (TD) é uma pontuação do futebol americano. Ele vale 6 pontos e é conseguido com o jogador
cruzando a linha de gol, sem ser obstruído. Logo depois de marcá-lo, o time ganha a oportunidade de
converter um chute de ponto extra, valendo mais um ponto, ou então tenta uma conversão de dois
pontos cruzando a linha de gol novamente, com um passe ou uma corrida. Fonte: Wikipédia (N.T.)
8 Quarterback (QB) é uma posição do futebol americano. Jogadores de tal posição são membros da equipe
ofensiva do time (do qual são líderes) e alinham-se solo atrás da linha central, no meio da linha ofensiva.
Sua função é dar o inicio as jogadas e fazer passes para os wide receivers e também, porém nem tantas
vezes, para os tight ends. É ele que dá a bola para o corredor iniciar uma jogada de corrida, os corredores
são geralmente o halfback e, em algumas poucas jogadas, o fullback. Fonte: Wikipédia (N.T)
9 "Every Rose Has Its Thorn" é uma canção do álbum Can't Be Tamed, da cantora pop americana Miley
Cyrus. É uma versão da música da banda Poison que atingiu o 13º lugar em UK em 1988. (N.T.)
11 Anchorman: The Legend of Ron Burgundy, ou simplesmente Anchorman (O Âncora: A Lenda de Ron
Burgundy (título no Brasil)) é um filme de comédia de 2004 dirigido por Adam McKay, estrelado por Will
Ferrell, e escrito por McKay e Ferrell. O filme é feito em tom de gozação sobre a cultura da década de
1970. Ele retrata uma estação de TV de San Diego, onde existem confrontos do personagem título de Ferrell
com seu novo homólogo feminino. Este filme é o número 100 em 100 filmes mais engraçados do Bravo,
número 6 no top 100 filmes de comédia de Time Out de todos os tempos e 113 das 500 Melhores Filmes de
Todos os Tempos da Empire. Fonte: Wikipédia (N.T)
16 Trabalhador compulsivo ou Workaholic designa uma pessoa viciada em trabalho. As pessoas viciadas
em trabalho sempre existiram. No entanto, esta última década acentuou sua existência motivada pela alta
competitividade, vaidade, ganância, necessidade de sobrevivência ou ainda alguma necessidade pessoal de
provar algo a alguém ou a si mesmo. Fonte: Wikipédia. (N.T.)
17 Bad Lip Reading (abreviado como BLR) é um canal no YouTube, executado por um indivíduo anônimo
no negócio de produção de música, que satiriza clips de filmes, programas de TV, músicas, esportes e
notícias políticas por produzir trabalho vocal bem-humorado que coincide com os movimentos dos lábios
dos alvos. Em abril de 2015, o canal Bad Lip Reading do YouTube tinha acumulado mais de 4,3 milhões de
assinantes e mais de 474 milhões vistas em seus vídeos. Fonte: Wikipedia. (N.T.)