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Uso clínico e
interpretação
Editado por
Lawrence G. Weiss
Pearson Assessment, San Antonio, Texas, USA
Thomas Oakland
University of Florida, Gainesville, Florida, USA
Glen P. Aylward
Southern Illinois University School of Medicine, Springfield, Illinois, USA
1ª Edição 2017
Responsabilidade editorial Ana Carolina Neves
Coordenação editorial Brunna Pinheiro Cardoso
Assistência editorial Karoline Cussolim
Elisabete Moura Rocha
Tradução Marina Caproni
Revisão de tradução Thais Giammarco
Revisão Rhennan Felipe Siqueira Santos
Diagramação eletrônica Bonifácio Estúdio
Foto de capa viki2win
ISBN 978-85-8040-788-4
ISBN do título original 978-01-2810-205-3
1. Psicologia infantil
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
As opiniões expressas neste livro, bem como seu conteúdo, são de responsabilidade de seus autores,
não necessariamente correspondendo ao ponto de vista da editora.
Prefácio IX
Lista de colaboradores XI
1
Base teórica e estrutura
das Escalas Bayley de
desenvolvimento de bebês e
crianças pequenas - 3a edição
Marites Piñon
Introdução 1
Justificativa para o Bayley-III 2
Literatura acadêmica para as Escalas Bayley-III 12
Visão geral da estrutura do teste 14
Resumo das características 19
Referências 20
Introdução 25
Conteúdo 25
Administração 27
Pontuação 29
Interpretação 32
Pontos fortes e limitações 32
Uso na população clínica 34
Estudo de caso: Katie 34
Referências 37
3
A Escala de linguagem
Bayley-III
Elizabeth R. Crais
Introdução 39
Conteúdo 41
Administração e pontuação 45
Interpretação 48
Pontos fortes e limitações 50
Uso na população clínica 51
Estudo de caso: Jack 52
Resumo 58
Referências 59
Introdução 63
Conteúdo 63
Administração e pontuação 100
Pontos fortes e limitações 108
Uso na população clínica 109
Estudo de caso: Matthew 113
Referências 119
5
A Escala socioemocional
Bayley-III
Cecilia Breinbauer, Twyla L. ManciL e Stanley
Greenspan
Introdução 123
Conteúdo 124
Administração e pontuação 127
Padronização, confiabilidade e validade 135
Pontos fortes e limitações 137
Uso na população clínica 138
Estudo de caso: Steven 143
Referências 145
Introdução 147
Comportamento adaptativo em crianças pequenas 148
Escala de comportamento adaptativo 153
Estudo de caso: Rochelle 158
Referências 165
7
Classificação
neurodesenvolvimental
infantil Bayley (BINS): Teste e
propósito diferentes
Glen P. Aylward
Histórico 167
Classificação neurodesenvolvimental infantil Bayley 171
Descrição dos conjuntos de itens da BINS 177
Estudos usando a BINS 181
Casos clínicos 184
Resumo 186
Apêndices 187
Referências 192
Janeiro de 2010,
Lawrence G. Weiss
Thomas Oakland
Glen P. Aylward
XI
Marites Piñon
Walden University, Northbrook, IL
INTRODUÇÃO
QUALIDADE PSICOMÉTRICA
minados. Novos itens foram adicionados a cada escala para fornecer mais profun-
didade e amplitude na medição do desenvolvimento infantil. Por exemplo, tanto
itens mais fáceis quanto mais desafiadores foram adicionados às escalas cognitiva,
de linguagem e motora, fornecendo assim uma medição mais precisa do desen-
volvimento inicial e posterior, especialmente na base e no topo das escalas. Além
disso, as habilidades cognitivas e de linguagem são avaliadas separadamente. As
habilidades de linguagem são medidas de maneira mais precisa com informações
sobre as habilidades de linguagem receptiva e expressiva das crianças. As habi-
lidades motoras são medidas de maneira mais precisa com informações sobre o
desenvolvimento motor fino e grosso das crianças. Tais qualidades expandem e
fortalecem a cobertura do conteúdo e facilitam a aplicação clínica.
As qualidades psicométricas da escala são geralmente avaliadas pelo exame
de sua confiabilidade e validade (American Educacional Research Association
et al., 1999). A confiabilidade da escala foi avaliada tanto em relação às amos-
tras normativas quanto clínicas por meio de estudos que examinaram sua con-
sistência interna, a concordância interexaminadora e a estabilidade teste-reteste.
Esses resultados indicam que as Escalas Bayley-III são confiáveis e mantêm um
nível aceitável de precisão.
A validade da escala foi avaliada por meio de estudos que examinaram as
intercorrelações de seus subtestes, sua estrutura interna por meio de análise fato-
rial e sua relação com outras medidas (Wechsler Preschool and Primary Scales
of Intelligence, Wechsler, 2002; Preschool Language Scale – Fourth edition,
Zimmerman, Steiner, & Pond, 2002). Os perfis das pontuações de nove grupos clí-
nicos e de grupos de controle não clínicos combinados também foram comparados.
A confirmação da validade das escalas individuais e dos subtestes é encon-
trada nos dados que mostram subtestes que formam cada escala em correlação
mais forte com sua escala intencionada do que com outras escalas. Análises
fatoriais confirmam uma estrutura de três fatores, dando então suporte à inclu-
são de escalas motoras, de linguagem e cognitivas. Embora, como esperado, as
três escalas compartilhem alguma variância comum, elas são suficientemente
independentes umas das outras a fim de garantir sua medição separadamente.
APLICAÇÃO CLÍNICA
Síndrome de Down
Crianças com síndrome de Down geralmente apresentam propensão a defi-
ciência intelectual de leve a moderada, assim como um atraso motor e de lin-
guagem (Davis, 2008). Estudos longitudinais indicaram declínios no QI ao
longo do tempo, com maior déficit verbal do que déficits de processamento
visual presentes desde a infância (Carr, 2005). Vários déficits motores, incluindo
hipertonia, hiperreflexia e atrasos no planejamento motor e coordenação motora
são também comuns entre crianças com síndrome de Down (Davis, 2008).
O Bayley-III foi administrada em 90 crianças de 5 a 42 meses de idade diag-
nosticadas com síndrome de Down, com QI (medido ou estimado) entre 55 e
75, atendendo aos critérios de inclusão no estudo. Em comparação com um
grupo de controle combinado não clínico, essas crianças marcaram de 2,5 a 3
desvios a menos e mostraram menos variabilidade entre as pontuações do sub-
teste e de composição.
Paralisia cerebral
A paralisia cerebral (PC) descreve um conjunto de condições crônicas, não
progressivas, de deficiência postural e motora (Koman, Smith, & Shilt, 2004).
Indivíduos com PC não conseguem controlar os movimentos e a postura de
forma adequada. O funcionamento intelectual pode variar de um desenvolvi-
mento normal até uma deficiência intelectual severa (Vargha-Khadem, Isaacs,
van der Werf, Robb, & Wilson, 1992). Problemas comportamentais podem tam-
bém estar presentes entre crianças com paralisia cerebral que apresentam um
atraso intelectual (Eisenhower, Baker, & Blacher, 2005).
Esperava-se que o desempenho de crianças diagnosticadas com PC fosse
menor no Bayley-III, particularmente na escala motora. O teste foi administrado
para 73 crianças diagnosticadas com PC, com idade entre 5 e 42 meses. Todas
as pontuações de subteste e na composição para o grupo de PC foram signifi-
cativamente mais baixas do que aquelas para o controle combinado. Tanto os
resultados-padrão para habilidade motora fina quanto grossa foram significati-
vamente menores para o grupo de PC do que para o grupo de controle, sendo o
desempenho motor grosso relativamente mais deficiente do que o fino. A média
baixa de pontuação cognitiva para o grupo de PC é notável. Apesar de a defi-
ciência intelectual não ser uma característica da PC, às vezes ela está presente.
Os médicos devem ter cuidado para não generalizar conclusões sobre o funcio-
namento intelectual para todas as crianças diagnosticadas com PC.
CARACTERÍSTICAS ADMINISTRATIVAS