Você está na página 1de 298

MAIORES ESTILISTAS E MARCAS DO MUNDO

Gabrielle Bonheur Chanel (1883-1971):

“Vista-se mal, e notarão o vestido. Vista-se bem, e notarão a mulher!”

O maior ícone da moda de todos os tempos! Prezando sempre pelo conforto e


praticidade, numa época de apertados espartilhos, em que a mulher nada mais era do
que uma espécie de espelho da riqueza de seu marido, Chanel fez uma mistura do
vocabulário de roupas femininas e masculinas e criou uma moda que deu ao usuário um
sentimento de luxo íntimo, em lugar da ostentação.

Coco foi a responsável pela invenção das primeiras calças femininas, lançamento de
roupas com tecido xadrez, blusas de malha fina, calças boca de sino. Foi ela quem criou
o hábito da bolsa tiracolo e do cardigã. Não podemos esquecer de seu famoso vestido
“pretinho básico”, que caiu nas graças das grandes celebridades da época em 1926,
quando Chanel usou um de seus modelos na capa da Vogue. 

Chanel foi uma revolucionária, libertando a mulher nos anos 20 daqueles trajes super
rígidos do final do século XIX, uma das suas características marcantes é que ela criou
uma moda simples e elegante, transformou as peças masculinas para o mundo feminino
criando as calças compridas feminina inspiradas nas calças de boca larga usadas por
marinheiros, incluiu o jersey nas suas coleções, tecido antes usado só nas peças íntimas
dos homens, o suéter e os casacos em estilo militar são umas das várias inovações da
estilista.

O estilo que Chanel criou perdura até os dias atuais: os botões dourados, broches, o
famoso PRETINHO BÁSICO lançado em 1926 que até hoje reina nos guarda roupas
femininos, o corte do seu cabelo, o que ficou conhecido com o seu nome (reto acima
dos ombros), o sapato bicolor com bico arredondado, bolsa com alças de corrente
dourada (em couro matelassado) o perfume CHANEL Nº 5 (hoje o perfume mais
vendido no mundo), e os colares de pérolas falsas são com certeza estilos que ficaram
eternizados!
Elsa Schiaparelli (1890-1973)

Dizem as boas línguas que Elsa era a grande rival de Coco e as duas, inclusive, viviam
se alfinetando através de entrevistas para jornais e revistas. Se Chanel forneceu
elegância, praticidade e liberdade ao guarda-roupa feminino, Schiaparelli pensava nas
mulheres que se vestiam para elas mesmas, com roupas fortes que passavam longe do
padrão “aprovado pelos maridos” e pela sociedade da época. Elsa caminhava sempre
naquela linha tênue entre a arte e a moda. Essas características de sua personalidade a
aproximaram de grandes artistas da vanguarda da época, como Salvador Dalí – eles
trabalharam em conjunto e ela inclusive produziu peças a partir das criações do artista.

Talvez Elsa não tenha se dado conta naquele período, mas promoveu a primeira abertura
da rigidez da vestimenta às possibilidades de expressão e liberdade de várias gerações e,
na minha opinião, aí reside a sua importância, foi nesse aspecto que ela se eternizou.

Vestidos com lagostas estampadas, chapéu em forma de sapato, em forma de mão,


bolsa-telefone, bolsos em forma de gaveta, botões de cabeça de palhaço compõe sua
imensa lista de criações. Schiaparelli foi a principal protagonista do uso de cores não
tradicionais e batizou o tom que hoje conhecemos por “rosa shock”. Também fez
figurinos de vários filmes, inclusive de  “Moulin Rouge”, em 1952.

Era completamente contra a moda industrial e focava, principalmente, na produção


artística e experiência do consumidor com suas criações. 

Quando explodiu a Segunda Guerra, decidiu fechar sua Maison e colaborar com os
esforços antinazistas nos EUA (aprende, Chanel! hahaha), retornando à França após o
fim do conflito. Reabriu a sua loja e lançou mais alguns produtos associados a seu
nome.

 Christian Dior (1905-1957)

“Nós saímos de uma época de guerra, de uniformes, de mulheres-soldados, de ombros


quadrados e estruturas de boxeador. Eu desenho femmes-fleurs, de ombros doces,
bustos suaves, cinturas marcadas e saias que explodem em volumes e camadas. Quero
construir meus vestidos, moldá-los sobre as curvas do corpo. A própria mulher definirá
o contorno e o estilo.”

Um homem tímido, porém extremamente temperamental. Dior transformou a maneira


de se vestir após a Segunda Guerra e criou o estilo dos anos 50. Em contraponto ao
racionamento da guerra, Christian inovou trazendo luxuosos vestidos que usavam 8
vezes mais tecidos do que os de outras grifes.

Em 1947, apresentou sua primeira coleção, batizada de “New Look” pela revista
Bazaar. Ao contrário da moda prática de Chanel, Dior compunha suas coleções com
saias amplas quase até os tornozelos, cinturas bem marcadas e ombros naturais,
prezando por uma mulher feminina e elegante.

O modelo que se tornou o símbolo do “New Look” foi o chamado tailleur Bar, um
casaquinho de seda acinturado, com uma saia ampla e plissada até um pouco abaixo dos
joelhos (40cm do chão era o padrão de Christian). Luvas, sapatos de salto e chapéu
ompletavam o figurino impecável do estilista.
Faleceu em 1957 de problemas cardíacos e sua marca ficou aos cuidados do então
assistente, de apenas 21 anos,  Yves Saint-Laurent. Atualmente,o talentoso designer
John Galliano carrega o legado do lendário designer em Paris, onde  cria alta costura,
chique prêt-a-porter e acessórios de luxo para Dior. O talento de Galliano e
seus incríveis desfiles garantem que a marca continue forte e viável no mundo até hoje.

YVES SAINT-LAURENT (1936-2008)

Yves nasceu na Argélia, após sua família ter saído da França. Ele sempre gostou das
artes e retornou a Paris em 1954 onde frequentou uma escola especializada. Ganhou um
concurso internacional e chamou tanto a atenção que foi contratado para auxiliar
Christian Dior.

Após a morte deste, ele ficou responsável pela maison e em sua primeira coleção fez um
grande sucesso lançando peças como saias evasês e vestidos trapézio. Após ter ido para
a guerra, retornou para Paris e decidiu abrir seu negócio próprio, que tem como marca
registrada as siglas YSL. Em 1965, lançou vestidos tubinhos que se tornariam símbolos
dele e de uma época. Um ano depois, criou o terno feminino e depois também lançou
moda com o casaco marinheiro, o blazer e o vestido-camisa. Naquela mesma década,
abriu uma boutique apenas para homens. Lançou as coleções 40, África e Rússia.

Em 1993, vendeu sua grife para um grupo de empresários e 6 anos depois, a marca foi
comprada pelo empresário François Pinault, que também é dono da Gucci. Em 2002, ele
deixou o mundo da moda e realizou um grande desfile com suas peças mais famosas.
Faleceu de câncer, em Paris.

Yves Saint Laurent tornou-se popular nos círculos da moda devido a sua criatividade
em redesenhar as roupas consideradas masculinas e torná-las parte do guarda
roupa feminino. Talvez, um dos estilistas mais famosos da França, Yves foi o primeiro a
introduzir uma roupa poderosa para as mulheres na forma de “ternos” no ano de 1966.
Foi ele também quem criou o  smoking dos homens. O legado de moda mais importante
que ele deixou para trás é a roupa de forma “pronto para vestir“.

PIERRE CARDIN

O francês de origem italiana é elogiado por suas peças do século 20 que pareciam ser do
século 25. Como Cardin chegou à fama na época da corrida espacial, suas criações
assumiu um ar de futurismo. Seus chamados vestidos bolha teve todos os ingredientes
de ficção científica, combinando elegância terrena com cores e design avant garde. Ele
podia parecer maluco, mas as roupas de Cardin mostrou uma liberdade de expressão que
destacou ideais maiores, em particular, a emancipação das mulheres. O designer
visionário caiu em desgraça crítica quando ele ligou seu nome a itens menos elegantes,
de carros até guarda chuvas, mas a seu legado futurista vai viver até o infinito e além.
 RALPH LAUREN

A sofisticação, na verdade, sempre fora a sua meta de Ralph Lauren. Desde adolescente,
ele admirava a elegância natural do duque de Windsor, dos atores Cary Grant e Fred
Astaire e da atriz Greta Garbo, gente que não precisava exibir etiquetas para se destacar.
E quando viu que as portas do mundo da moda se abriam para ele, decidiu que suas
roupas seriam, antes de tudo, sofisticadas.

Das roupas à decoração de interiores, na verdade, a assinatura de Ralph Lauren sempre


garante, mais do que moda, um estilo de vida.

Além da alta costura, a grife Ralph Lauren também se notabiliza pelos sofisticados
perfumes Polo apresentados em quatro versões: green, blue, black e red.

CALVIN KLEIN

Na sua adolescência, Klein aprendeu sozinho a costurar e a fazer esboços de roupa,


tendo sido muito influenciado pela mãe e pela avó, grandes clientes de lojas de
vestuário.

Suas linhas clássicas e suaves começaram então a aparecer em coleções sportswear.


Cada novo lançamento seu transformava-se em sucesso. Com a sobriedade como sua
marca registrada, ele foi caminhando para uma criação cada vez mais sofisticada,
sempre respeitando os conceitos de harmonia de proporções. Com os jeans, Calvin
Klein tornou-se um verdadeiro mito – ter um ‘Calvin’ passou a ser um sonho mundial
de consumo.

GIORGIO ARMANI

Segundo a revista "New York", "ninguém corta calças e blazers como Giorgio Armani".
É o estilista italiano mais bem sucedido atualmente. As duas grifes principais de Giorgio
Armani são a Emporio Armani, luxuosa, mas com estilo mais informal, e a Armani
Privé, especializada em vestidos incríveis feitos para serem usados e exibidos em
tapetes vermelhos.

Giorgio Armani não deixa as roupas com perfeição de corte apenas para celebridades. O
estilista abusa de ternos, calças e camisas da alfaiataria mais fina, que podem ser mais
ou menos formais.

Giorgio Armani é conhecido por sua alfaiataria perfeita. Aposta em cores suaves (como
o preto e branco do longo de Reese Witherspoon), tecidos luxuosos (Anne Hathaway) e
formatos estruturados (Lea Michele). Suas criações tratam de peças glamorosas,
clássicas e ao mesmo tempo criativas.

Giorgio Armani, um excelente estilista italiano, especialmente conhecido por sua moda
masculina de linhas limpas, sob medida. Armani também foi o primeiro designer
a proibir modelos que tem um índice de massa corporal baixo com menos de 18 anos.
Ele é verdadeiramente uma lenda viva e um grande designer de moda.

 GIANNI VERSACE

Gianni Versace correu um verdadeiro império da moda por 20 anos, até que foi
tragicamente assassinado em sua casa em Miami no final dos anos 90. Nascido na Itália,
o estilista estreou sua própria coleção em 1978. Desde o início, a marca Versace foi
caracterizada por estilos chamativos e glamourosos. A Versace estética foi marcado por
cores fortes, cortes ousados e sex appeal acima de tudo. Versace também foi inovador
com seus materiais, e gostava de experimentar novas técnicas, como o uso de lasers para
fundir borracha e couro. A grife hoje é comandada pela irmã de Gianni, Donatella
Versace.

VALENTINO

Valentino tem em mente que: “nenhum homem gostaria de sair com uma mulher que
parece um homem” por isso seus modelos são extremamente femininos e possuem
características próprias como os cortes diferenciados de sua grife,que é querida por
famosos do mundo inteiro é uma das mais poderosas grifes do mundo; a marca
Valentino também possui uma linha de cosméticos e de perfumes famosos como Rockin
Rose e V. 

 DOLCE & GABBANA

Domenico Dolce e Stefano Gabbana: Dolce & Gabbana

Os italianos Domenico Dolce e Stefano Gabbana são os responsáveis pelo estilo das
marcas Dolce&Gabbana, mais glamorosa e bastante usada para famosas em tapetes
vermelhos, e da D&G, grife do mesmo grupo, porém mais jovem e descontraída.
O estilo da dupla é clássico, mas moderno e irreverente ao mesmo tempo. Não abrem
mão de um bom smoking, mas também não tem medo de fechar um desfile com jeans
rasgados, por exemplo.

Entre suas principais clientes estão celebridades como Madonna, Naomi Campbell, e
Scarlett Johansson

O estilo desenvolvido por Domenico Dolce e Stefano Gabbana está entre um dos mais
sexies do mundo. A grife procura realçar a beleza característica da mulher italiana,
apostando em peças de cortes e formatos sensuais, como vemos no vestido usado pela
top Isabeli Fontana, em estampas selvagens (Helen Mirren) e na renda (Diane Kruger

MARC JACOBS: LOUIS VUITTON

Marc Jacobs é o estilista da criatividade. Alguns dizem que ele é para os EUA o
que Miuccia Prada é para a Itália: o desfile imperdível, o estilista que
surpreende, agrada e assusta todo mundo da plateia duas vezes por ano. Assina
não só o styling da Louis Vuitton, mas também duas marcas que levam seu
nome: a Marc Jacobs e a Marc by Marc Jacobs, com roupa mais casual.

Sua criatividade se espalha também para seu estilo pessoal: aposta em smokings,
camisas semiabertas ou mesmo kilt, para passarelas e eventos mais formais.

Entre suas principais clientes estão celebridades como Leighton Meester, Jessica
Biel e Sofia Coppola.
LOUIS VUITTON (1821-1892)

Louis Vuitton era fabricante de bolsas no século XIX na cidade de Paris e


confeccionava suas bolsas e malas na cidade. Ficou conhecido por ter um desenho
diferente dos que eram utilizados na época. Em 1896, foi criado o monograma que
identificou a marca para evitar falsificações. Já em 1930, a marca chegou a diversos
países, levando suas bolsas femininas para milhares de consumidoras.

A empresa realizou uma fusão com algumas marcas de luxo. Em 1998, foi contratado o
estilista Marc Jacobs, que desenhou roupas e acessórios para a marca. Sem alterar a
essência das bolsas, ele tem conseguido manter as clientes da marca e administrar sua
própria marca.

GUCCI

A definição que mais se encaixa com a Gucci é sofisticação. A estilista Frida


Giannini vem apostando em cores fortes, para realmente impactar com beleza
exuberante quem assiste aos tapetes vermelhos, como mostram os vestidos de
Jennifer Lopez e Anne Hathaway. O destaque dos vestidos da Gucci vai também
para os detalhes e acabamentos, com franjas e penas (Hilary Swank).

EMILIO PUCCI

Ousadia. Essa é a palavra-chave para definir as criações de Peter Dundas para a


Emilio Pucci. Estampas geométricas e com arabescos, além de fendas e decotes
generosos aguçam a sensualidade de quem veste as peças da grife, como
mostram Beyoncé, Ciara e Halle Berry.

KARL LAGERFELD

À frente da Chanel desde 1983, como designer e diretor criativo, Karl Lagerfeld
é um dos mais importantes nomes da moda da atualidade. Isso porque, o Kaiser
ainda se dedica à direção de vídeos, fotografia de campanhas e ilustrador.

Dono de um perfil multifacetado, o Kaiser não poderia ser um homem de


imagem simples. Não à toa, surge sempre com looks impecáveis em eventos
fashion e é conhecido por usar acessórios cheio de estilo, como grandes anéis,
luvas, colares, clutch e óculos escuros.

VERSACE

Mesmo tendo um lado delicado, como prova o look usado por Kate Hudson, a
Versace abusa da sensualidade em suas coleções. Não à toa, grandes fendas
costumam aparecer em vestidos ultrafemininos, como mostram os desfilados por
Lea Michele e Mila Kunis. Tudo para causar impacto e chamar a atenção.

STELLA MCCARTNEY

Filha o ex-Beatle Paul McCartney, Stella McCartney possui uma grife


homônima e já virou queridinhas de muitas celebridades.

Dona de um estilo clássico, a estilista inglesa costuma desfilar looks de


alfaiataria, com referências masculinas, e produções minimalistas.

A grife Stella McCartney preza pela sutileza e veste mulheres elegantes, na


maioria das vezes, minimalistas, como prova o look de Reese Witherspoon.
Entretanto, inovações parecem sempre bem-vindas. Hailee Steinfeld, por
exemplo, veste um modelo assimétrico da grifecom tecido trabalhado, enquanto
Rihanna esbanja exuberantes curvas com um longo rendado aberto nas laterais.

ALEXANDER MCQUEEN

Alexander McQueen fundou a própria marca em 1992 e recebeu diversos


prêmios como o melhor designer britânico. Entretanto, em fevereiro de 2010 o
designer suicidou-se e deu fim à sua prestigiosa carreira.

O estilo de Mcqueen era único e não passava despercebido. Dava toque pessoais
aos tradicionais smokings e não se intimidava ao usar saias escocesas em tapetes
vermelhos.

A grife é conhecida por sua dramaticidade, peças com estruturas exuberantes e


combinações da alfaiataria britânica com costuras francesas. A estrutura em
formato ampulheta é uma de suas marcas registradas (Gisele Bündchen) e a
aplicação de brilhos e rendas em demasia é velha conhecida de seus admiradores
(Sarah Jessica Parker).

A última novidade da grife surgiu com o casamento mais esperado do século.


Sarah Burton trouxe ainda mais à tona o nome Alexander McQueen ao assinar o
vestido de noiva de Kate Middleton.

VALENTINO

Fundador da companhia Valentino SpA, Valentino Garavani é um estilista


italiano se dedica à moda desde 1960. Devido a isso, tem a sua imagem
reconhecida mundialmente.

Elegância é o que não falta a um dos grandes mestres do mundo da moda. Terno,
lenço no bolso e sapatos sempre muito bem envernizados compõem as suas
produções.

A grife Valentino é sinônimo de opulência, extravagância e drama. O intuito é


valorizar a silhueta das mulheres de maneira consciente (Kristen Stewart) e
prezar pelos detalhes de tecidos (Zooey Deschanel)e bordados (Dakota
Fanning).

ROBERTO CAVALLI

Desde o seu primeiro desfile em 1970, no Salão de Prêt-à-Porter de Paris, o


italiano Roberto Cavalli é sinônimo de glamour.

E a denominação não se restringe somente às suas criações. Ela vale também


para o estilo pessoal do designer, que adora looks total black. Um dos destaques
de suas produções são também as echarpes que costumam ser usadas em looks
mais básicos.

Os vestidos das grife Roberto Cavalli inegavelmente não economizam no


glamour, com um certo toque rock (Lea Michele) e muito animal print (Rachel
Bilson). Mas as mais discretas também tem vez, basta ver o look desfilado por
Halle Berry. É preciso atitude!

CRISTÓBAL BALENCIAGA (1895-1972)

Estilista que nasceu na região basca da Espanha e ainda adolescente foi trabalhar como
aprendiz de alfaiate na cidade de Madrid. Abriu uma casa de costura em sua cidade e,
em 1936, mudou-se para Paris e lá lançou sua primeira coleção. Ele era capaz não só de
desenhar suas criações, mas também cortá-las e costurá-las.
Suas roupas eram elegantes, dramáticas e representavam sua inspiração. Lançou peças
como cintura estreita, quadris marcados, jaquetas largas, boleros e vestidos. Em 1948,
lançou um perfume e durante a década de 50 ditou a moda feminina com casacos,
vestidos e saias mais curtas. Em sua última coleção, lançou jaquetas e saias menores.
Aposentou-se em 1968 e faleceu aos 77 anos. Em 2011, a marca foi comprada pela
Gucci.

GIVENCHY (1927)

Francês nascido na cidade de Beauvais e desde criança já apreciava o mundo da moda.


Apesar de sua família desejar sua formação como advogado, ele ingressou na Escola de
Belas Artes. Realizou trabalhos com Christian Dior e Elsa Schiaparelli e abriu sua
própria loja em 1952. No ano seguinte, ele começou uma amizade com a atriz Audrey
Hepburn.

Ele foi o responsável pela criação das roupas que a atriz usou em vários filmes. Ela
utilizou modelos como vestidos pretos e com cintura marcada. Representava muita
elegância e a atriz chegou a requisitar que somente ele desenhasse suas roupas nos
filmes. Posteriormente, ele recebeu a influência do estilista Balenciaga.

Criou os modelos largos, peças que podiam ser combinadas e blusas feitas com tecidos
de camisas. Em 1981, a marca foi vendida para uma empresa de marcas de luxo. O
estilista fez seu último desfile em 1995.

ANDRÉ COURRÈGES (1923)

Estilista que nasceu na cidade francesa de Pau, ele se interessou pelo design e estudou
em uma escola de engenharia civil. Em 1949, ele começou a trabalhar com Cristóbal
Balenciaga e trabalhou com ele por uma década. Em 1961, abriu sua própria maison e
nos primeiros anos, causou polêmica quando lançou as primeiras pantalonas.

Em 1964, o estilista apresentou uma coleção com tons de branco e totalmente futurista e
recebeu o nome de “space age”. Ele desenhava roupas pensando nas mulheres do futuro
e no conforto das roupas que elas iriam usar. Na década de 70, lançou perfumes e
roupas masculinas. Tornou-se um grande símbolo da alta-costura moderna e inovadora.

ALEXANDRE HERCHCOVITCH
O estilista paulistano, que começou aos 10 anos de idade a dar palpites nas roupas que a
mãe, dona de uma confecção de lingeries, produzia, é hoje conhecido mundialmente.
Apresenta coleções na São Paulo Fashion Week e também na Semana de Moda de Nova
York. Tem lojas no Brasil e uma loja no Japão. Exporta linha de jeanswear para os
Estados Unidos e Reino Unido. Já esteve à frente da Cori (2002 a 2007), da Ellus e
Zoomp. Em 2006 assumiu a direção da Faculdade de Moda da FMU, em São Paulo,
mesmo ano em que criou os uniformes do Mc Donald's Brasil. É diretor de criação do
Senac. Já desenvolveu diversos produtos para marcas de óculos escuros, objetos de
decoração, joias e calçados. Também já criou coleção infantil especialmente para a rede
C&A.  Atuou como jurado dos programas Brazil's Next Top Model e mais recentemente
STEFANO PILATI
Já imaginou a responsabilidade que é assumir a maison de um dos maiores estilistas de
todos os tempos? O italiano Stefano Pilati sabe exatamente como é essa tarefa. Ele foi o
escolhido para substituir Tom Ford, em 2004, na maison Yves Saint Laurent. Com
excelência, manteve a identidade da marca com uma revisão da qualidade, com cores e
silhuetas mais ousadas. Começou a carreira em uma pequena fábrica de veludo. Em
pouco tempo era o estilista responsável por todas as coleções da empresa, apresentando-
as aos principais estilistas europeu do início dos anos 90. Foi assistente de Giorgio
Armani, em 1993. Em 1995, foi convidado pela Prada para fazer parte do departamento
de pesquisa e desenvolvimento da marca. três anos depois estava trabalhando como
estilista assistente de Miuccia Prada, na Miu Miu.

JOHN GALLIANO
O estilista britânico é da turma de gênios da St. Martins formado em 1983. Começou,
cerca de um ano depois, trabalhando em sua marca própria, em Londres, mas
rapidamente se mudou para Paris, onde sua carreira decolou. Trabalho à frente da
Givenchy, entre 1995 e 1997. Mas a glória veio quando assumiu a maison Christian
Dior, revitalizando a marca que completara 50 anos, tanto no prêt-à-porter, quanto alta-
costura. Com olhar moderno e fresco, trouxe para o universo Dior elementos do street e
esporte, com formas clássicas e tradicionais. Uma de suas coleções mais expressivas foi
a vista em 2003, inspirada no cinema bollywoodiano, repleta de elementos da cultura
pop indiana. Com o mesmo amor, drama e ousadia provocativa e visualmente
perturbadora ele também está à frente de sua marca própria, homônima, que assim como
a Dior desfila na Semana de Moda de Paris.

MIUCCIA PRADA
A estilista italiana, diretora criativa da Prada e Miu Miu, é formada em ciências políticas
e já atuou como militante do Partido Comunista Italiano. No entanto, é na moda que
está sua vocação. A cada temporada, ao menos um dos itens de suas coleções vira
tendências mundial. É a queridinha da editora da Vogue América, Anna Wintour, que já
afirmou ir à Semana de Moda de Milão apenas para ver as coleções Prada. É
considerada a responsável pelo reposicionamento da Prada, quando assumiu a maison
(fundada em 1913) em 1978, quando lançou um modelo de bolsa preta de nylon que
virou febre entre as celebridades. Ao estilo da Prada ela trouxe um pouco de sua
experiência política, com formas mais retas, referências masculinas e pegada intelectual
nas coleções. 

VIVIENNE WESTWOOD
O nome da inglesa Vivienne Westwood, nascida em Glossop, no Derbyshire, começou a
ficar conhecido no início dos anos 70.

Westwood vendia couro preto, estampas de animais e tecido de rede com rasgos,
rachaduras e presos com alfinetes-de-ama. O estilo punk tinha ali sua perfeita
representação. Os estilos vinil, fetiche e sado-masoquista viram a luz do dia com
Westwood, ao mesmo tempo em que as mulheres desfrutavam de uma liberdade até aí
desconhecida. As punks desenvolveram uma imagem muito própria, uma nova estética
e uma linguagem sem inibições, além das pressões sociais e dos códigos do vestuário.

Camisetas estampadas com frases eróticas, como “ele lhe agarrou os seios e encostou-a
contra a parede” eram peças encontradas em sua boutique. No início dos anos 80,
Vivienne Westwood desistiu dos alfinetes-de-ama e mostrou uma moda romântica,
sempre com referências históricas. Chegou ao final da década lançando o barroquismo e
o body suit em Lycra, e aos anos 90 sem se preocupar tanto com consumidores jovens.

Invenções como a crinolina descartável, também chamada mini-cri, a armadura para o


traseiro, o sapato de cunha e o twin set com pérolas para o homem provocaram, ano
após ano, muita consternação, para depois aparecerem em coleções de outros estilistas.

Com o tempo, as criações irreverentes da estilista acabaram influenciando até mesmo o


prêt-à-porter, como foi o caso do estilo que levou o nome de pauperismo, e que era
exatamente o que seu nome sugeria.

Em pleno século 21, Vivienne Westwood continua fiel ao tipo de moda que criou:
exagerada, sem ajustes tradicionais, surpreendente e anárquica, combinando técnicas e
materiais tradicionais com a modernidade e uma franca ironia.

JEANNE LANVIN (1867 – 1946)

Jeanne Lanvin foi uma das estilistas mais influentes do século 20, com criações que
marcaram definitivamente suas primeiras décadas. Nascida na região da Bretanha
francesa, foi aprendiz de costureira e, mais tarde, chapeleira, profissão com a qual
iniciou sua carreira em Paris, em 1890, abrindo seu negócio.

Duas décadas mais tarde, as clientes que compravam seus chapéus encantaram-se com
as roupas que Jeanne fazia para sua irmã mais nova e para sua filha, passando a
encomendar-lhe peças combinadas para mães e filhas, o que deu origem à sua casa de
alta costura.

Em 1910, o orientalismo, que exercia grande influência em toda a Europa, fez com que
Jeanne Lanvin passasse a apresentar roupas bastante exóticas, feitas em tecidos
preciosos como veludos e cetins. Às vésperas da 1ª Guerra Mundial, ela criou os
chamados robes de style, com cintura marcada e saias fartamente rodadas, que
estiveram em moda, com pequenas modificações, até o início dos anos 20.
Seus vestidos tinham, sempre, uma concepção romântica. Eram inspirados em formas
vitorianas suavizadas e generosamente adornados com bordados, e uma severidade
muitas vezes atenuada por babados. Tudo o que ela criava transformava-se em sucesso:
seus vestidos chemisiers, um bolero inspirado nos costumes bretões, vestidos bordados
com miçangas – especiais para dançar -, vestidos esportivos de jérsei de lã xadrez com
fios dourados e prateados, além de pijamas para festas e capinhas. Seu trabalho era
facilmente identificável pelo uso de bordado e pelo fino acabamento. O uso frequente de
um determinado tom de azul fez com que aquela cor ficasse conhecida como ‘o azul
Lanvin’.

MADELEINE VIONNET (1876 – 1975)


Madeleine Vionnet nasceu em Aubervilles, na França, e ainda adolescente começou seu
aprendizado como costureira. Foi para Paris, passou algum tempo em Londres e, em
1901, aos 25 anos, estava de volta à França. Seis anos mais tarde, estava trabalhando na
Maison de Jacques Doucet, muito conceituada no final do século 19 e no começo do
século 20, onde permaneceu por cinco anos.

Em 1912, afinal, Madeleine Vionnet inaugurava sua própria casa. Fechou-a durante a 1ª
Guerra Mundial, e quando a reabriu, pouco tempo depois, começou a ganhar a
preferência de muitas atrizes da época. Com um estilo inovador, costumava criar seus
modelos diretamente em um manequim em miniatura.

Duas de suas principais características eram o drapeado e o corte enviesado, para os


quais encomendava tecidos com o dobro de largura do que o habitual – seus tecidos
prediletos eram o crepe, a gabardine e o cetim, que ela manejava com maestria, a ponto
de ser considerada a estilista que mais contribuições técnicas deu à alta costura.
Descartou o espartilho e usou costuras diagonais e bainha aberta, para obter formas
simples e helênicas. As aberturas de suas roupas eram sempre surpreendentes, laterais,
ou na parte de trás, mas também criou peças sem qualquer fenda e que precisavam ser
vestidas com cuidado pela cabeça. Seus taillerurs possuíam saias nesgadas ou
enviesadas.

Seus períodos de maior sucesso foram o final dos anos 20 e o começo da década de 30.
Atribui-se a ela a divulgação da gola capuz e da frente-única. Forma e caimento suaves
eram seus objetivos para conseguir o máximo do estilismo, ou seja, vestidos que se
amoldavam com perfeição ao corpo. Madeleine Vionnet aposentou-se em 1939.
     PAUL POIRET

     Paul Poiret nasceu em 1879 na França e ficou conhecido como o Imperador
da moda Belle Époque. Era filho de comerciante. Na juventude trabalhou em
ume fábrica de guarda-chuva, foi nessa época que se interessou por moda
e começou a desenhar seus primeiros croquis.
     Em 1901 foi trabalhar co Worth, estilista que dominou a moda francesa no
fim do século XIX. Abriu o próprio ateliê em 1903.
     Causou uma verdadeira revolução no mundo da moda, afrouxou a silhueta
feminina, eliminou os espartilhos, e foi o responsável pelo uso de cinta liga,
meia cor da pele, turbantes e pantalonas bufantes. Inventou a jupeculotte,
uma saia-calça com uma abertura junto aos calcanhares muito estreitas, e a
saia gravata.
      Os motivos orientais tinham grande influência em suas criações. Foi o
primeiro estilista a lançar seu próprio perfume totalmente concebido por ele,
fragrância, frasco, embalagem, publicidade e até a distribuição. O nome do
perfume era o mesmo da sua filha mais velha: Rosine.
     Muito copiado, incentivou e contribuiu na criação do sindicato dos
costureiros. Paul Poiret perdeu sua posição de quando a alfaiataria e as cores
sóbrias de Chanel entraram em cena nos anos 20. Suas clientes e assistentes
debandaram para outras maisons, e endividado, Paul Poiret morreu pobre e
esquecido, porém sua obra contribui para que a moda continua-se vi

 MARIANO FORTUNY

 Pintor, cenógrafo, inventor, fotógrafo, escultor, artista plástico e estilista,


Mariano Fortuny foi um dos principais nomes da moda do início do século XX.
Nasceu em Granada na Espanha e seus vestidos datados de 1907 não são
considerado moda, e sim, obras de arte.
     Suas criações tinha grande influência grega. Fortuny inventou o vestido
Delphos, vestido de seda plissado. O plissado bem pequeno era feito na
máquina de plissar seda inventada pelo próprio estilista.

    
JEAN PATOU

    Jean Patou foi influenciado  primeiro pela Família, seu pai tinha um
importante curtume da época onde ele começou a trabalhar em 1907. Cinco
anos depois abriu sua primeira maison com roupas que fizeram um sucesso
imediato.
     Patou foi estilista inovador como poucos conseguiram ser, ele renovou a
malharia da época, assim como a as roupas de praia. Seus vestidos eram
compostos de muitos babados, criou a saia-sino, vestiu grandes atrizes como
Bennett, Mary Pickford e Loise Brooks, mais o seu maior sucesso foi no campo
dos esportes, vestiu a estrela do tênis Suzanne Lenglen tanto dentro da
quadra, quanto no dia-a-dia

                         
     Desenvolveu algumas pesquisas de tecidos junto a indústrias Bianchini-
Férier, buscando melhorar suas roupas esportivas e trajes de banho. Em 1929,
ano de sua morte, Patou lançou a linha princesa, composta por vestidos de
cintura alta.
     A casa de Patou existe até hoje, e continua a ter uma produção de muita
qualidade em diversos produtos.

Nina Ricci
Nina foi desde sempre apaixonada por moda. Começou a aprender o ofício de
costureira aos 13 anos. Em 1908 entrou no mundo da moda como designer da
casa de Raffin, onde permaneceu durante duas décadas.

                               

     Incentivada pelo filho em 1932, já com 42 anos, Nina resolve abris sua
casa. Uma das suas principais característica era trabalhar com o tecido
diretamente no manequim, isso fazia com que ela tivesse uma dimensão exata
do tamanho do vestido. Destacou-se por usar peles e couro em suas criações.

     Em 1950, Nina con70 anos, começa a se afastar da área do designer. Com
88 anos ela morre, e 18 anos depois o seu, sua marca então foi entregue ao
genro de Nina, Gilles Fuchs.
    Hoje a marca dispõe de roupas masculinas, perfume, prêt-à-porter,
acessórios de moda, lingerie e maquiagem.
MARCEL ROCHAS

     Foi um renomado estilista e perfumista francês, começou sua carreira aos
23 anos quando montou sua própria maison em Paris. Na década de 30 tornou-
se referência no mundo da moda. Foi o primeiro designer de casacos e saias
com 2/3 de comprimento do bolso.
    Marcel preferia fazer roupas para jovens. Se inspirava na esposa, e criou os
ombros largos e os bolsos aplicados sobre as saias, usava sempre tecidos
nobres e finos, sedas, rendas e peles.

                       

LOUISE BOULANGER

   Louise Melenot aos 13 anos foi aprendiz de costureira. em 1927, ela e seu
marido Lois Boulanger abriu sua maison. Com uma clientela própria, Louise
não competia com os outros estilistas da época.
    Criava roupas elegantes e muitas vezes cortadas do viés, seus vestidos de
noite, na frente eram na altura do joelho e atrás, chegava à altura do
tornozelo. As cores fortes como o laranja, rosa quente, rosa abobora, azul
gelo e azul safira, e os tecidos pesados como o tafetá eram marcas registradas
de Louise.
     
       Gostava mais de tecidos impressos do que os bordados, era inovadora e
moderna. Criou o vestido Pouf, que era montado ao redor do tronco, abaixo
da cintura e coberto por camadas ou plissado na parte de trás do quadril
dando um efeito bouffant a roupa, o que lembra muito os vestidos balonê.

BILL GIBB

William Elphinstone "Bill" Gibb (1943-1988) foi um designer de moda escocês que
se tornou famoso nos anos 60 e 70 por seus projetos incomuns e lisonjeiros. [1]

Início da vida e educação


Gibb nasceu perto de New Pitsligo , uma pequena aldeia em Aberdeenshire, na Escócia
[2], e foi educado na Academia Fraserburgh . [3] Seus professores o incentivaram a se
candidatar a uma escola de arte em Londres, e, em 1962, Gibb foi à Escola de Arte de
São Martinho . [3] Depois de se formar no topo da aula, Gibb recebeu uma bolsa de
estudos para o Royal College of Art , mas antes de completar seu diploma, ele partiu
para começar em negócios. [2]

Design de moda

Em 1967, Gibb foi um dos seis jovens designers convidados a apresentar seus projetos
em Nova York, o que levou a um passeio de pesquisa de três meses nos Estados Unidos
com seu então namorado [4], o artista e designer têxtil Kaffe Fassett , que permaneceria
Um amigo muito próximo e colaborador de design. [3] Ao retornar a Londres, Gibb e
um grupo de amigos co-fundaram a boutique de Alice Paul, para a qual Gibb projetou
roupas tipicamente atrasadas dos anos 60 de minifaldas e casacos compridos, enquanto
seus amigos lidavam com o marketing e fabricação. [3] Entre 1969-1972, como
designer freelancer, Gibb projetou para a casa de moda de Londres Baccarat . [5] Em
1972, Gibb lançou sua própria empresa, Bill Gibb Fashion Group, que funcionou até
1988 e, em 1975, abriu sua primeira loja em Londres, em Bond Street. [5]

Beatrix Miller da Vogue escolheu um dos desenhos de Gibb para o Baccarat, uma saia
de tartan e uma blusa impressa vestida com um colete de malha Kaffe Fassett, como o
vestido do ano de 1970. [6] O design de Gibb foi descrito como o epítome da nova
tendência emergente para o eclecticismo romântico no design de moda britânico, além
de demonstrar como os artesanatos tradicionais, como manequins, eram aceitáveis para
a moda tradicional. [6] No mesmo ano, Harrods abriu uma área dedicada para os
projetos de Gibb, chamando-o de "Bill Gibb Room", [3] e o modelo Twiggy se
aproximou de Gibb para criar vários vestidos historicamente inspirados para ela. Ela
usava um vestido de noite "renascentista" com têxteis impressos com base em desenhos
de Hans Holbein de 1520 para o Daily Fashion Mirror 's Fashion Celebrity Dinner em
1970. [7] Outro vestido feito de vários têxteis padronizados que Twiggy usava para o
estreno de 1971 de The Boy O amigo atraiu uma grande atenção da mídia. [3] [4] [8]

Gibb não era um bom empresário [10] e seu negócio não teve sucesso financeiro e entrou
em colapso em 1977, 1979 e 1980. [3] [10]

Na década de 1980, ele estava produzindo coleções de pequenas cápsulas, além de


projetar para clientes privados individuais e licenciando seu nome para fabricantes e
promoções, incluindo um conjunto de pedidos por correspondência para leitores da
Revista britânica Women's Journal . [3] Em 1985, ele fez um retorno com sua coleção
"Bronze Age", co-projetada com Kaffe Fassett e com chapéus de Stephen Jones [11],
porém não atraiu compradores. [12]

Gibb foi descrito como "um dos seres humanos mais gentis, gentis e atenciosos que já
conheci" e um "homem sem malícia" pelo jornalista Jack Webster . [13] Twiggy
descreveu-o como seu "cavaleiro em armadura brilhante", [8] e como um "fazendeiro
doce e ensolarado em corduroys largos que eu adorava". [10]

Por um tempo, no final da década de 1960, Gibb estava em um relacionamento com


Kaffe Fassett , que permaneceu um amigo e colega no fim. [10]
Na época da morte de Gibb no câncer de intestino em 1988, o Daily Mail informou que
ele morreu de AIDS , o que foi fortemente negado por seus amigos e familiares. [10] [14]
Webster, escrevendo para o Glasgow Herald também refutou fortemente essas
afirmações, ressaltando que o hospital havia confirmado que era câncer de intestino. [13]
Apesar disso, Bill Gibb ainda é listado como uma morte de AIDS. [15]

John Galliano também falou em elogio do trabalho de Bill Gibb por refletir a "essência
romântica do estilo britânico". [8]

ZANDRA RHODES

Rhodes foi uma das novas ondas de designers britânicos que colocaram Londres na
vanguarda da cena internacional da moda na década de 1970. Seus projetos são
considerados declarações claras e criativas, dramáticas, mas graciosas, corajosas, mas
femininas. A inspiração de Rhodes tem sido de material orgânico e natureza. Suas
impressões não convencionais e coloridas eram muitas vezes inspiradas na viagem;
Tiras de chevron da Ucrânia e os símbolos do indiano norte-americano, flores
japonesas, caligrafia e conchas. [1] Sua abordagem para a construção de roupas pode ser
vista em seu uso de costuras expostas invertidas e em seu uso de pinos de segurança e
lágrimas de jóias durante a era punk . [ Citação necessária ]

Ela fez o seu maior espetáculo em 1977 com o estabelecimento em punk, que ela
chamou de Conceptual Chic . Ela usava kilts e pinos de segurança - pré Versace - para
formar uma espécie de bordado, misturado com figuras suavemente esculpidas na tela
de seda ou no tecido Ultrasuede recém-desenvolvido. [1]

DENER PAMPLONA DE ABREU


Nascido no arquipélago do Marajó, em 1945 sua família mudou-se para o Rio de
Janeiro, onde começou a desenhar seus primeiros vestidos. Seu primeiro contato com a
moda teve lugar em 1948, com apenas treze anos de idade, na Casa Canadá, então
importante butique carioca.

Dois anos depois, em 1950, após fazer o vestido de debutante de Danuza Leão, foi
contratado para um estágio com Ruth Silveira, dona de um importante ateliê, onde
aprimorou seus desenhos. Em 1954, transferiu-se para São Paulo para trabalhar na
butique Scarlett. Três anos depois, inaugurou seu próprio ateliê, denominado Dener
Alta-Costura, na praça da República. No ano seguinte ganhou dois prêmios por sua
coleção, sendo descoberto pelos meios de comunicação. Seu ateliê foi então transferido
para a avenida Paulista.

Em 1963, já prestigiado, foi escolhido o estilista oficial da primeira-dama da República,


Maria Teresa Fontela Goulart, esposa de João Goulart. Era também amigo da primeira-
dama, que disse sobre ele: Dener foi muito importante nesta minha vida, a pública,
porque a gente pode pensar que não é, mas postura é uma coisa importante.[1] Dener
casou-se em 1965 com Maria Stella Splendore, uma de suas manequins (como se
chamavam à época as modelos de passarela), de quem se separaria quatro anos mais
tarde. Teve dois filhos do casamento, Frederico Augusto (morto em 1992) e Maria
Leopoldina, que em 2007 morava com a mãe numa comunidade hare krishna no interior
de São Paulo. Há especulações na mídia de que Maria Leopoldina seja filha, na verdade,
do cantor Roberto Carlos, ex-amante de Maria Stella.[2] Desse relacionamento teria
surgido inspiração para a canção A Namoradinha de um Amigo Meu. Além disso, é dito
que Dener tentou esclarecer suas suspeitas para Maria Leopoldina em seu leito de
morte.[3]

Em 1968, fundou a "Dener Difusão Industrial de Moda", considerada a primeira grife de


moda criada no Brasil. Em 1970 foi convidado a participar do júri de "Programa Flávio
Cavalcanti". Dois anos depois lança sua autobiografia, Dener - o luxo, e o livro Curso
Básico de Corte e Costura. Ao longo dos anos 70, Dener disputou com Clodovil
Hernandes o título de papa da alta costura brasileira. Em 1975 casou-se novamente,
desta vez com uma cliente, Vera Helena Carvalho, separando-se em 1977. Seus
problemas com o alcoolismo agravaram-se em 1978, morrendo em 9 de novembro do
mesmo ano em decorrência de uma cirrose hepática.

CLODOVIL HERNANDES

Clodovil em 2009.

O interesse de Clodovil por moda começou ainda criança, quando ele dava palpites de
vestuário para a mãe, as tias e as primas, escondido do pai, que não podia saber.
Quando estava estudando em um colégio interno católico, recebeu o apelido de "Jacques
Fath", um costureiro francês famoso da época. No último ano do normal, aos dezesseis
anos, uma colega lhe perguntou por que não desenhava vestidos, embora Clodovil
sequer conhecesse a existência da profissão. Pegou então uma página de caderno e
desenhou onze vestidos, dos quais vendeu seis para uma loja do centro de São Paulo,
ganhando mais dinheiro do que a mesada que o pai lhe mandava.

O talento de Clodovil para a moda foi reconhecido por mulheres de variadas origens
sociais, desde artistas como Elis Regina e Cacilda Becker a empresárias como Hebe
Alves (antiga proprietária das lojas Mappin)[5] e às famílias Diniz e Matarazzo, para as
quais a linha prêt-à-porter era muito apreciada.[6] Em 1960 ganhou o primeiro Agulha
de Ouro. Pioneiro, por anos seria um dos pilares da alta costura, numa sociedade que
importava modelos europeus, inaugurou uma moda made in Brazil.[1] Segundo Costanza
Pascolato, “Esse termo 'alta costura' cabe especificamente às coleções de Paris.
Podemos dizer que o Clô fez uma ‘moda de ateliê’ muito requintada e luxuosa,
destinada a ocasiões específicas, como casamentos e coquetéis”, define.[7]

Zuzu Angel

Personagem notória do Brasil da época da ditadura militar, ficou conhecida nacional e


internacionalmente não apenas por seu trabalho inovador como estilista de moda mas
também por sua procura pelo filho, militante, assassinado pelo governo e transformado
em desaparecido político, em que enfrentou as autoridades da época e levou sua busca a
se tornar conhecida no exterior.

Nascida em Curvelo, Minas Gerais, mudou-se quando criança para Belo Horizonte,
onde começou a costurar e criar modelos, fazendo roupas para as primas,[2] mudando-se
depois para a Bahia, onde passou a juventude. A cultura e cores desse estado
influenciaram significativamente o estilo das suas criações. Pioneira na moda brasileira,
fez sucesso com seu estilo em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos.

Em 1947, foi morar na cidade do Rio de Janeiro e nos anos 50 iniciou seu trabalho
como estilista, quando fazia roupas principalmente para alguns familiares próximos. No
princípio dos anos 70, após muitos anos de costura e investindo um dinheiro que teve
que juntar a vida toda, abriu uma loja de roupas em Ipanema.
Seu estilo misturava renda, seda, fitas e chitas com temas regionais e do folclore, com
estampados de pássaros, borboletas e papagaios. Zuzu também trouxe para a moda as
pedras brasileiras, fragmentos de bambu, de madeira e conchas.[2]

Vestidos de Zuzu Angel em exposição sobre a trajetória da estilista, em Brasília. Foto:


Luiz Murauskas / Ministério da Cultura

Trabalhando muito, com o tempo fez algumas amizades importantes no bairro e através
de ajudas de pessoas ricas e bem intencionadas que reconheciam seu trabalho teve a
oportunidade de expandir seus negócios e começou a realizar desfiles de moda nos
EUA. Nestes desfiles, sempre abordou a alegria e riqueza de cores da cultura brasileira,
fazendo sucesso no universo da moda daquela época. Suas roupas eram bem costuradas
e muito coloridas, pois ela passou a, além de costurar, desenhá-las e pintá-las. O anjo,
de seu sobrenome, passou a ser uma das marcas registradas de suas criações.[3] Foi ela
quem trouxe para o Brasil e popularizou no universo da moda nacional o termo "fashion
designer".[4]

Nos anos 1940, Zuzu conheceu o americano Norman Angel Jones em Belo Horizonte,
com quem iniciou um relacionamento amoroso e se casou em 1947. Após alguns anos
juntos, foram para o Rio de Janeiro, mudando-se depois para Salvador, onde ela morou
muitos anos. Lá, Zuzu engravidou e deu à luz seu filho, chamado Stuart Edgar.

Suas roupas passaram a ser vendidas em lojas de renome como Bergdorf Goodman,
Saks, Lord & Taylor, Henry Bendell e Neiman Marcus.[7] Com sua relativa notoriedade
internacional, ela envolveu em sua causa celebridades de Hollywood que eram suas
clientes, como Joan Crawford, Liza Minelli e Kim Novak.[8]

Foram anos em busca do corpo do filho, sem poder dar-lhe um enterro, pois o corpo de
Stuart nunca foi encontrado e consta como desaparecido político brasileiro.[12] Mesmo
depois de Stuart morto, o governo militar espalhava cartazes com o rosto de Stuart e o
rótulo "Procurado".[10]

A busca de Zuzu pelas explicações, pelos culpados e pelo corpo do filho só terminou
com sua morte, ocorrida na madrugada de 14 de abril de 1976, num acidente de carro na
Estrada da Gávea, à saída do Túnel Dois Irmãos (Estrada Lagoa-Barra), Rio de Janeiro,
hoje batizado com seu nome. O carro dirigido por ela, um Karmann Ghia TC, derrapou
na saída do túnel e saiu da pista, chocou-se contra a mureta de proteção, capotando e
caindo na estrada abaixo, matando-a instantaneamente.[3] Está sepultada no Cemitério de
São João Batista, no Rio de Janeiro.
Uma semana antes do acidente, Zuzu deixara na casa de Chico Buarque de Hollanda um
documento que deveria ser publicado caso algo lhe acontecesse, em que escreveu:. "Se
eu aparecer morta, por acidente ou outro meio, terá sido obra dos assassinos do meu
amado filho".[2]

HERMÈS

Seus lenços são estampados com cavalos, carruagens e escudos reais. Suas bolsas e
acessórios, cujos preços são comparados a carros de luxo, são escandalosamente
laranjas em formatos estranhos. Seriam cafonas se não fossem assinadas pelo bom gosto
da marca francesa HERMÈS (se pronuncia “êrmés”), sinônimo mundial de sofisticação
em artigos de luxo com suas peças elegantes. A marca se especializou em vender
sonhos, em traduzir, através de seus produtos, sua filosofia de trabalho e sua forma de
enxergar o mundo, como confirma a frase “os melhores presentes vem em uma caixa
laranja”. HERMÈS é um mito, um ícone, uma lenda que representa o que há de melhor
(e mais caro) no universo do luxo. 

A história 
A tradicional e sofisticada marca francesa HERMÈS, que ficou conhecida
mundialmente pela cor laranja, começou sua rica história em 1837 quando um seleiro,
chamado Thierry Hermès, abriu uma pequena oficina em Paris onde vendia acessórios
em couro como baús para carruagens, selas, rédeas, estribos, cintos com porta-moeda,
botas e luvas (tanto longas como curtas). A oficina, localizada em uma região de Paris
conhecida como Grands Boulevards, onde na época soavam os cascos dos cavalos, foi
chamada inicialmente de Caléche, que depois daria nome a um dos mais conhecidos
perfumes da grife. Os produtos eram fabricados com tamanho esmero, que em 1867
suas selas mereceram um importante prêmio na Exposição Universal ocorrida em Paris.
Essas selas de cavalos eram vendidas para a aristocracia francesa. Em 1880 foi instalada
uma sofisticada loja no número 24 da rua Faubourg Saint-Honoré, época em que o filho
do fundador assumiu os negócios e passou a vender também outros objetos feito em
couro, como por exemplo, bolsas, pochetes, sacolas e até casacos. Em 1892, a empresa
lançou o modelo de bolsa grande, com fechamento feito por duas tiras que prendiam a
“tampa” superior. Na verdade, essa seria a essência da bolsa que viria a se tornar o
símbolo da HERMÈS.
A partir de 1914, com o advento do automóvel, a marca se reinventou. Isto porque,
Adolphe e Émile-Maurice, filhos mais novos do fundador, após uma viagem aos
Estados Unidos fizeram uma constatação importante: as pessoas estavam viajando
muito mais e com maior facilidade. E foi justamente nisso que os irmãos vislumbraram
uma enorme oportunidade para a empresa se desenvolver, oferecendo aos consumidores
a linha de malas, com formato e fechamento exclusivos. A técnica do pesponto no couro
foi adaptada às linhas de bagagens, bolsas e carteiras em 1918. Uma das novidades da
próxima década foi o lançamento, em 1923, das bolsas com zíper, uma grande novidade
para época. Ainda nesta década, seu neto, Émile-Maurice, começou a desenhar roupas
feitas de couro de veado. Isto culminou com o lançamento da primeira coleção feminina
no ano de 1929.

O principal negócio da empresa era a produção artesanal de peças de couro, apesar de


ter-se tornado famosa por dois produtos: lenços de seda com motivos equestres e a bolsa
de couro em forma de trapézio chamada “Kelly”. A fama internacional dessa bolsa se
deve a princesa Grace Kelly. A bolsa de couro foi criada em 1935 e tinha um formato
em trapézio, alça curta e fecho em metal. O nome, adotado oficialmente em 1956, foi
uma homenagem da marca à princesa de Mônaco, afinal ela jamais se separava de suas
bolsas HERMÈS, principalmente em suas frequentes aparições na então cultuada revista
americana Life. A mais famosa dessas fotos mostrava a princesa tentando cobrir a
barriga com a bolsa HERMÈS para supostamente esconder a gravidez.

Em 1940, quando a Segunda Guerra Mundial fez praticamente sumir o estoque da


embalagem de cor bege utilizada pela grife, foi preciso ser trocada pela única cor
disponível naquele momento: a laranja. Era o início do surgimento de um símbolo de
reconhecimento da marca. Rapidamente, ter um produto embalado em uma caixa
laranja, sua cor oficial, passou a ser objeto de desejo de ricos e famosos no mundo
inteiro. Quando Émile-Maurice morreu em 1951, seu genro Robert Dumas assumiu o
comando dos negócios. Ele foi o responsável pela introdução das gravatas, malas de
viagens, toalhas de praia e perfumes da marca no mercado. A tradição de criar objetos
para a casa vem desde a origem da marca. No início, eram produzidas apenas pequenas
peças como cinzeiros e toalhas. Em 1974, surgiu o departamento Maison, na loja de
Faubourg Saint-Honoré, em Paris, com a venda dos primeiros conjuntos de toalhas
impressas, conhecidas como Léopards. Atualmente, o departamento de lifestyle do
grupo desenvolve coleções de mobiliário para escritório, mesa e tapeçarias. Nos anos de
1980, a marca francesa conquistou um ar despretensioso, sem jamais perder o glamour.
Depois de uma passagem gloriosa do designer belga Martin Margiela, a HERMÈS
contratou em 2003 o renomado Jean-Paul Gaultier para assumir o posto de estilista da
grife. Gaultier, que ficou sete anos no comando criativo da marca, foi substituído em
2011 por Christophe Lemaire, que assumiu a divisão feminina de prêt-à-porter.

Outra aposta mais recente da marca francesa foi a criação em 2009 da PETIT H, cuja
missão é reaproveitar de forma criativa os materiais descartados em suas oficinas.
Comandada por Pascale Mussard, tataraneta do fundador da empresa, tiras de couro e
sobras de seda e tecidos se transformam em produtos. Tiras de couro viram molduras de
espelho. Cavalinhos e bichos de pelúcia nasceram de sobras de tecido. Uma sineta de
cristal era, antes, uma taça com defeito no cálice. Com isso, a marca francesa evita o
descarte de material e ainda fatura. Uma carteira de crocodilo, pequena, sai por US$ 70.
Uma pulseira de metal revestido de tecido, o mesmo dos lenços, custa aproximadamente
US$ 300. Já entre os itens de decoração, um dos mais caros é um enorme urso panda,
feito de sobras do couro de bolsas e roupas. Preço do mimo: US$ 100 mil. As peças
rodam o mundo em mostras itinerantes nos desfiles da HERMÈS.

A chave do sucesso da grife francesa sempre foi à elegância e a sobriedade em suas


coleções. HERMÈS não é uma marca que segue qualquer estilo. Na verdade, dita
tendências, faz estilo. A união entre tradição e inovação, entre tecnologia e talento, é o
segredo que confere tamanho frescor a uma marca nascida no século 18, que enlouquece
as mulheres mais sofisticadas ao redor do planeta com suas famosas bolsas e echarpes.
A demora em conseguir os itens mais celebrados da marca, como a Kelly, uma
tradicional bolsa executiva, e a Birkin, feita especialmente para Jane Birkin (que é co-
autora da bolsa), gerou uma das maiores lendas envolvendo a HERMÈS: a fila de
espera.

A linha do tempo 
1923 
● Lançamento da bolsa BOLDIE, primeiro modelo a ter zíper como fecho. 
1930 
● Lançamento da bolsa PLUME, com seu retângulo clássico carregado por Catherine
Deneuve. 
1951 
● Lançamento do primeiro perfume da marca chamado EAU d’HERMÈS. 
1958 
● Lançamento da bolsa TRIM, feita de lona com bordas de couro, uma das preferidas
de Jack Kennedy. 
1961 
● Lançamento do perfume CALÉCHE, um dos mais famosos da história, que possuía
uma fragrância deliciosa, suave e refrescante, resultado de uma combinação de
essências de néroli, bergamota, limão, lírio-do-vale, sândalo e vetiver. 
1969 
● Lançamento da bolsa CONSTANCE, modelo a tiracolo com fecho de ferragem em
forma de H. 
1972 
● Lançamento da primeira coleção de sapatos femininos. 
1974 
● Lançamento do perfume feminino AMAZONE. 
1976
● Lançamento dos famosos braceletes esmaltados. 
1984 
● Lançamento da bolsa BIRKIN. Este modelo de bolsa surgiu de uma situação
inusitada: em um voo entre Paris e Londres a cantora e atriz Jane Birkin viajava ao lado
de Jean-Louis Dumas, herdeiro e então presidente da HERMÈS. Durante a viagem ela
reclamou que não existia no mercado uma bolsa grande e prática o suficiente para a vida
de uma mulher moderna. E o presidente atendeu sua solicitação. Geralmente o preço
desta bolsa, um dos maiores sucessos até os dias de hoje, começa em US$ 6.000 e pode
alcançar facilmente cinco dígitos. A preciosidade pode ser encontrada em vários
tamanhos: 25, 30, 35 e 40 cm de largura. A bolsa é a queridinha entre as celebridades,
como a inglesa Victoria Beckham, que possui cerca de 100 unidades. A mais desejada
dessas bolsas é feita de couro de crocodilo, criado em cativeiro, que chega a custar €35
mil. Mas também pode ser feita em couro de bezerro e avestruz. 
1995 
● Lançamento do perfume feminino 24 FAUBOURG. 
1999 
● Lançamento do perfume feminino HIRIS. 
2000 
● As sofisticadas porcelanas da marca passam a serem vendidas em suas lojas. 
● Lançamento do perfume feminino ROUGE HERMÈS. 
2005 
● Lançamento do comércio online para a venda de seus produtos sofisticados. Os
produtos somente são entregues na França, Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. 
2007 
● Foi responsável pela criação do helicóptero mais sofisticado do mercado. Tendo como
base o elegante modelo EC135 da Eurocopter, o interior do veículo aéreo da grife
francesa foi concebido pelo designer italiano Gabriele Pezzini, seguindo a tradição de
luxo e sobriedade da marca até os últimos detalhes. Equipado com bancos forrados de
pele, frigobar e oferecendo um grande conforto, o helicóptero se tornou o transporte
ideal para viagens aéreas de pequena e média distância. Tendo a produção limitada a
seis unidades anuais, o EC135 HERMÈS poderá ser personalizado pelo cliente, não só
na cor exterior, como igualmente nos materiais utilizados na cabine. 
● Lançamento da LINDY BAG, charmosa bolsa que possui várias facetas, é dobrável,
tem dois compartimentos distintos e pode ser usada como bolsa de mão ou a tiracolo. 
2010 
● Lançamento do perfume unissex VOYAGE D’HERMÈS, inspirado e idealizado pelo
perfumista da marca Jean-Claude Ellena. O perfume tem um cheiro almiscarado, fresco
e arborizado. Vem em um frasco especialmente concebido e inspirado em uma lupa e
possui uma tampa de alumínio que gira revelando o spray. 
● Lançamento de uma coleção exclusiva de joias criada por Pierre Hardy. A HERMÈS,
que até então só vendia joias em prata, estreou no segmento da alta joalheria com 14
peças que remetem às raízes equestres da marca e levou dois anos para ser concluída.
As joias são feitas sob medida ao gosto do cliente. 
● Inauguração de sua primeira loja dedicada exclusivamente ao segmento masculino,
localizada na Madison Avenue em Nova York. A enorme loja possui quatro andares. 
2011 
● Lançamento do perfume UN JARDIN SUR LE TOIT. 
2014 
● Lançamento da linha LE BAIN, composta por xampu revitalizante, gel tonificante,
hidratante para o corpo, leite para o corpo, sabonete e espuma para banho. Todos os
aromas foram desenvolvidos a partir dos clássicos perfumes clássicos da marca.
Desenhados por artistas conhecidos, os lenços seguem um longo processo de criação e
fabricação, que pode chegar a 30 messes, e necessitam em média de 24 cores diferentes,
mas elas podem chegar a 42. São vários modelos, longos, triangulares e quadrados, e o
mais famoso é o carré HERMÈS de 90×90 cm. Um luxo tipicamente francês. O sucesso
destes lenços não se mede apenas por quem os usa, mas também pelo número de
pessoas que os compram: a cada 25 segundos é vendido um novo exemplar em algum
lugar no mundo, principalmente no período do final de ano. Por ano são lançadas duas
coleções contendo 12 lenços que custam em média US$ 375 cada. Os tradicionais
lenços de seda são feitos, até hoje, de forma artesanal em um ateliê na cidade de Lyon
(região sudeste da França), que produz mais de 1 milhão de unidades por ano. Toda
seda utilizada pela HERMÈS é oriunda a partir de criações de bichos-da-seda no interior
de São Paulo e do Paraná. Para fabricar um carré de 90 cm², são necessários os fios de
300 casulos, totalizando 450 km. Cada um dos lenços tem um tema específico e também
as iniciais do desenhista que criou a estampa, como se fosse uma gravura de 65 gramas.
Calcula-se que já tenham sido fabricadas 2.500 estampas por diferentes designers e
artistas plásticos.

Obras-primas olfativas 
A aventura olfativa da HERMÈS começou verdadeiramente em 1951 com o lançamento
do Eau d’Hermès, uma fragrância criada por Edmond Roudnitska. O lançamento de
Calèche, o primeiro perfume feminino da marca, confirmaria, dez anos mais tarde, o
compromisso da marca francesa em criar verdadeiras obras olfativas embaladas em
frascos icônicos. Por isso, os perfumes são pensados, elaborados e produzidos como
verdadeiros poemas. Atualmente os perfumes são criados a partir da inspiração de Jean
Claude Ellena e de seu talento para transformar, como ninguém, mensagens em aromas.
Desde 2004 no cargo, o perfumista tem carta branca da empresa para ousar nas suas
criações, além de um orçamento irrestrito e autorização permanente para viagens
inspiradoras. Tanto investimento por parte de uma marca famosa por suas bolsas e
acessórios em couro se justifica: a cada dois itens vendidos pela HERMÈS, um é
perfume. Uma de suas últimas novidades no segmento, lançada em 2013, atende pelo
nome de ÉPICE MARINE, cujo frasco de 100 ml custa chega a custar R$ 825. Ao
longo de sua história a marca já lançou no mercado mais de 56 perfumes.

A produção artesanal 
Cada produto HERMÈS é exclusivo. E caro. Modelos de bolsas feitos de pele de
crocodilo podem chegar a R$ 180.000. Ainda hoje, mais de 175 anos depois de sua
fundação, a empresa continua trabalhando com o mesmo padrão de qualidade e sempre
primando pelo trabalho artesanal, pela exclusividade dos produtos e pelo valor agregado
em cada peça. A HERMÈS se orgulha de ser uma empresa moderna, atual, mas que
nunca deixou de perder sua identidade e preocupação em elaborar produtos que sejam
fruto do talento humano, muito mais que da tecnologia. Todos os dias, cada um dos
mais de 1.800 artesões que trabalham nas oficinas do grupo se dedica a produção de
uma única peça, do começo ao fim do processo. O principal ateliê de artigos de couro,
onde são produzidas as bolsas mais desejadas do mundo, está localizado em Pantin, uma
cidadezinha na periferia da capital francesa, e onde trabalham aproximadamente 390
artesões. A empresa tem mais nove centros de produção espalhados pela França, onde
dão expediente outros 1.430 especialistas em fabricar os produtos em couro.

A HERMÈS definitivamente não foi afetada pelas ideias do americano Henry Ford, que
criou a linha de montagem. Tudo é fabricado sem pressa, no tempo exigido para garantir
que cada detalhe receba a atenção necessária. Cada artefato que sai de seus ateliês é
assinado pelo profissional que o fez, permitindo assim rastrear com precisão eventuais
defeitos de cada peça. Uma bolsa HERMÈS que precise de conserto será reparada pelo
mesmo artesão que a confeccionou. A produção escassa é o que garante a HERMÈS
uma aura de exclusividade. E todas as peças são “Made in France”. Essa situação é
mais evidente no segmento de bolsas, o produto de maior sucesso da marca. Para ter
acesso a alguns dos modelos Birkin ou Kelly, os mais cobiçados do planeta, é preciso
esperar dois anos e pagar aproximadamente R$ 25.000. Apesar de relativamente
pequena, a HERMÈS tem conseguido se destacar em meio a um universo dominado por
poderosos e gigantescos conglomerados de luxo. Para garantir este status a marca
mantém uma intransigência quase visceral em relação aos padrões exigidos para as
matérias-primas empregadas na confecção de seus artigos.

No início de 2007, os diretores da empresa dispensaram um lote inteiro de pele de


crocodilo simplesmente porque a tonalidade apresentada pelo couro do animal,
levemente amarelada, não condizia com a cor esperada pela marca. As clientes que
estavam na fila à espera de uma bolsa feita com o material, uma das mais caras da grife
francesa, estimada em R$ 80.000, tiveram que se conformar com um novo prazo de
entrega, dois anos mais tarde. Apesar deste incidente, não houve desistência nos
pedidos. Por isso, hoje em dia, existem filas de espera quilométricas para alguns desses
produtos, com destaque para os acessórios de equitação e as bolsas Kelly e Birkin.
Somente 4% do couro de cada fornecedor é aprovado pelo crivo dos funcionários,
treinados para perceber o mais sutil dos defeitos — se um crocodilo foi mordido por
outro, por exemplo, sua pele é recusada. Por isso, recentemente a HERMÈS investiu na
criação própria de crocodilos para produção de couro e assim confeccionar boa parte de
seus produtos. E, para garantir a integridade da pele do animal, mantém os bichos
separados, para não brigarem. As bolsas também podem utilizar couro de avestruz da
África do Sul e do lagarto da Ilha de Java.
Tamanho cuidado reflete no preço e na escassez da peça. Uma “Birkin Croco” é quase
tão rara quanto uma joia de rubi. Para estipular o valor de cada modelo de bolsa são
levados em consideração três fatores: o tamanho, a matéria-prima utilizada e o tempo
para a confecção (um processo que dura de 24 a 48 horas) – isso sem adição de
impostos de cada país. Por exemplo, uma bolsa Kelly de crocodilo tamanho 28 custa
€14.900. E um terço disso se for de couro de bezerro Box. Se todas as variações de
tamanho, cor, matéria-prima e detalhes oferecidos pela marca — só o modelo de bolsa
Kelly pode vir em 200 combinações — não forem suficientes para satisfazer as clientes
mais exigentes, a HERMÈS mantém ainda um ateliê de encomendas especiais para
atender a qualquer capricho.

Dados corporativos 
● Origem: França 
● Fundaçã o: 1837 
● Fundador: Thierry Hermès 
● Sede mundial: Paris, França 
A marca no Brasil 
Somente no mês de setembro de 2009 a tradicional grife francesa desembarcou no país
com a inauguração de uma luxuosa loja no sofisticado shopping Cidade Jardim em São
Paulo. A decoração é impecável: o piso de mármore moleanos veio de Portugal; a
mobília, de madeira cerejeira, da França, e as luminárias patenteadas, da Alemanha. Na
quarta loja da América Latina são comercializados cinco mil itens das 17 linhas, todos
bem organizados por temas e cores. Tem gravatas e os tradicionais lenços de seda, joias
de prata e perfumes, enxoval de bebê, artigos de decoração, sapatos, roupas e até selas e
estribos. E, é claro, as cobiçadas bolsas. Há 40 modelos diferentes disponíveis na loja,
incluindo as famosas e desejadas Birkin e Kelly.

Você sabia? 
● Os produtos em couro representam 30% do faturamento da marca e as roupas 15%. 
● Desde sua inauguração a grife francesa nunca fechou uma loja no mundo inteiro. 
● A marca francesa é parceira do cavaleiro brasileiro Rodrigo Pessoa em seus trajes de
equitação. HERMÈS ainda é patrocinadora oficial de todo o material para a prática da
equipe americana de hipismo. 

BENETTON

Quem resiste à maciez de uma blusa de lã tão prática e colorida? Ou a uma linha de
malas escandalosamente chamativa? As roupas e acessórios da marca italiana
BENETTON são modernas, ousadas, diferentes e com colorido vibrante. E se existe
uma grife polêmica no mundo, com suas campanhas ousadas, repletas de críticas sociais
e muitas vezes chocantes, a BENETTON é a marca que sempre está em evidência, e
continua atual, jovem e multicolorida. 
A história 
Tudo começou em 1963 na pacata cidade de Ponzano Veneto, próximo a Treviso,
quando Giuliana Benetton decidiu tecer uma blusa de lã bem colorida que os amigos e
vizinhos adoraram. Seu irmão mais velho, Luciano, que havia trabalhado em uma loja
de roupas para sustentar sua família, começou a vender as roupas coloridas que a irmã
confeccionava em seu tempo livre. Com 30 mil liras, obtidas à custa da venda de uma
bicicleta e um acordeão, eles adquiriram uma máquina de tecer malhas de tricô,
passando a produzir regularmente blusas de alta qualidade, vendidas sob a etiqueta
“Très Jolie”. As malhas eram vendidas para as lojas na região de Veneto, Veneza e
Roma. Deste modo foi criada em 1965 a empresa Maglificio di Ponzano Veneto dei
Fratelli (algo como “Malharia dos irmãos de Ponzano Veneto”), uma empresa familiar
gerida pelos quatro irmãos - Luciano, Giuliana, Gilberto e Carlo - e cuja grande aposta
era a diversidade de cores em pulôveres de tricô. A aposta de Luciano foi marcada
justamente pelas inúmeras opções de cores, que se tornariam mundialmente conhecidas
e um dos ícones da marca italiana. Com o êxito obtido dos pulôveres coloridos foi
necessário investir novamente na empresa e o negócio começou a florescer.

Luciano com uma estratégia de marketing até então inovadora conseguiu modificar por
completo o mercado de vestuário. Ao vender apenas para lojas especializadas em roupas
de malha, ele aproveitou a experiência e o empenho dos vendedores; concedeu
descontos para pagamentos à vista; comprou e adaptou máquinas de segunda mão, que
ao serem mais baratas continuavam a executar o trabalho pretendido. Além disso, em
uma época em que predominavam roupas de tons sóbrios (como cinza, bege e preto),
aquelas blusas de lã coloridas se tornaram uma grande novidade e conquistaram muitos
jovens. A partir de 1966, o grupo passou a contar com a colaboração do estilista francês
Lison Bonfils, uma parceria que deu bons resultados já que ajudou a expandir o
negócio. Três anos após o aparecimento da primeira fábrica, a BENETTON inaugurou a
primeira loja própria na pequena cidade de Belluno localizada na região de Veneto nos
belos Alpes Italianos. Inicialmente a loja foi chamada de My Market e só vendia
produtos da marca italiana. Foi um sucesso imediato devido às características apelativas
das roupas e ao ambiente acolhedor do estabelecimento.
Em 1969, a expansão da BENETTON levou a marca a abrir uma loja na Rua Bonaparte,
em Paris, onde, graças ao estilo e às cores das roupas (pulôveres disponíveis em
aproximadamente 50 cores diferentes), conquistou de imediato o público jovem. Apesar
disso, a marca apostou no mercado doméstico nos dez primeiros anos de vida, tendo
conseguido abrir mais de 200 lojas nesse período. Um fato interessante é que o nome
BENETTON não aparecia em todas as lojas. Algumas delas eram antes denominadas
pelas marcas que vendiam - Sisley, Tomato, Merceria e 012 - pois deste modo, caso
alguma dessas marcas fracassasse, a marca BENETTON não sofreria consequências
negativas. Em meados dos anos de 1970, as vendas no mercado italiano estabilizaram, e
a empresa passou a prestar mais atenção aos outros mercados europeus. Os fortes
investimentos no mercado exterior fizeram com que aproximadamente 60% da
produção da empresa fosse exportada em 1978.

A década de 1980 começou com a inauguração de uma enorme loja na badalada


Madison Avenue em Nova York, ingressando oficialmente no mercado americano; e
com o ingresso no mercado japonês através da inauguração de uma loja em Tóquio no
ano de 1982. Para se ter uma ideia da expansão, só no ano de 1986, aproximadamente
800 pontos de venda da BENETTON foram abertos em diversas partes do mundo.
Nesta época, a empresa era administrada familiarmente, já que era dirigida somente
pelos quatro irmãos. Luciano, o fundador, ficou responsável pelo marketing; Guiliana
dirigia o departamento de design; Gilberto era o administrador responsável pelas
finanças; e Carlo tratava da produção. A estratégia da BENETTON, que na época já
possuía nove fábricas espalhadas pela Itália, França e Escócia, passava pela
internacionalização e diversificação dos produtos da marca. A quantidade de produtos
oferecida era imensa e destinada a todos os públicos: mulheres, homens e crianças.
Além disso, foi nesta época que a marca lançou seus famosos relógios, iniciando assim
a diversificação na linha de produtos. No início dos anos de 1990 a marca se tornou
popular e virou objeto de desejo de milhões de jovens em centenas de países.
Especialmente depois de apostar na mensagem comercial United Colors of Benetton.
Foi também neste período que a BENETTON começou a investir na inauguração de
lojas no formato megastore.

Mais recentemente, em 2015, a marca italiana por ocasião da comemoração de seus 50


anos, lançou uma coleção-cápsula de aniversário 100% em caxemira (cinco modelos
que ilustram as cinco décadas de vida da marca). Cada um dos modelos homenageou
um elemento central da identidade da marca – herança, técnica, cor, desempenho –,
reinterpretar e investir em significações dinâmicas e contemporâneas. A aposta estava,
além de tudo, ligada a uma campanha institucional batizada de “A Collection Of Us”
(apresentava cinco mulheres de idades e de horizontes diferentes, mas que exibiam cada
uma delas uma mensagem de emancipação e de legitimação, levantando uma questão: e
se cada mulher pudesse se tornar atriz da sua história?) e ao “Benetton Women
Empowerment Program”, um programa cujo propósito é promover a igualdade de
gênero e garantir que as meninas de hoje tenham um futuro justo enquanto mulheres.
Além disso, em 2016, a marca lançou sua primeira coleção dedicada a atividades físicas
como a corrida e a ioga, batizada de Natural Performance e composta de tops, shorts,
camisetas ou ainda agasalhos.
A empresa nasceu do espírito de um gênio do marketing, que soube transformar um
insignificante negócio familiar em um dos maiores e mais revolucionários impérios da
indústria da moda. A imagem das lojas é também um fator publicitário importante,
divulgando os produtos e a imagem da marca. Existem certos casos em que as lojas
promovem eventos culturais para jovens. Multicolorida como os artigos que produz, a
saga da BENETTON é a história de uma família e de uma empresa presente
mundialmente. A BENETTON é muito mais que uma marca que vende peças coloridas
e modernas. Virou um estilo de vida.

A linha do tempo 
1974 
● Aquisição da SISLEY, destinada a um público mais velho e conservador, nascida em
1968 na França como uma marca de jeans. 
1987 
● Lançamento do perfume COLORS. 
1988 
● Introdução de uma linha de relógios com a marca BENETTON. 
● Através de contratos de licenciamento introduziu no mercado sua linha de calçados. 
2007 
● Lançamento da marca Undercolors of Benetton, que compreendia uma linha de
roupas íntimas, moda praia e roupas para dormir. A marca é vendida em mais de 900
lojas em 50 países ao redor do mundo. 
● Lançamento da linha de óculos batizada de Dress Your Face! (em inglês, “vista o seu
rosto”). Uma única armação pode ser combinada com 87 tipos de acessórios (bem
coloridos, seguindo o espírito da marca BENETTON), transformando-a cada vez em um
modelo diferente. 
2010 
● Lançamento da coleção I Colori, composta por 4 fragrâncias com frascos em cores
que celebram a diversidade cultural em todo o mundo: Rosso e Giallo para mulheres,
Verde e Blu para homens. 
2012 
● Lançamento do primeiro comércio eletrônico da marca, inicialmente na Europa.
Dados corporativos 
● Origem: Itália 
● Fundaçã o: 1965 
● Fundador: Giuliana, Carlo, Gilberto e Luciano Benetton 
● Sede mundial: Ponzano Veneto, Treviso, Itália 

Você sabia? 
● A marca BENETTON se transformou em um conceito mundial, que exporta não
somente seus próprios produtos, que vão desde malhas até roupas e acessórios, como
também produção tecnológica e know-how. A equipe de designers da empresa é
composta por mais de 300 pessoas. 
● A linha para bebê da marca italiana tem como mascote o simpático Coelhinho
Benetton. 
● A pronúncia: “BÊ-nê-tôn”, com todas as vogais fechadas e ênfase na primeira sílaba. 

CAROLINA HERRERA

Os valores da marca CAROLINA HERRERA podem ser transmitidos em apenas quatro


palavras: elegância, atemporalidade, sofisticação e luxo. Tantos suas coleções de roupas
e acessórios, quanto seus cobiçados perfumes, são originais e marcantes, utilizados por
pessoas chiques e modernas que buscam algo único. De Jacqueline Onassis à atriz de
Hollywood Renée Zellweger, sua clientela atravessou décadas. O gosto refinado
transformou suas roupas clássicas e atemporais em sucesso garantido entre as pessoas
que procuram luxo e discrição. 

A história 
A estilista Maria Carolina Josefina Pacanins y Niño (foto abaixo), conhecida
simplesmente como Carolina Herrera, nasceu no dia 8 de janeiro de 1939 na cidade de
Caracas, filha de um casal, descendente de uma família aristocrática venezuelana.
Quando tinha 13 anos, a avó levou-a a uma viagem à Paris, onde ela descobriu e se
encantou com o trabalho de um dos gênios da moda, o estilista espanhol Cristóbal
Balenciaga, que lhe serviria de inspiração no seu trabalho. Aos 25 anos, começou a
trabalhar como relações públicas na tradicional Casa Pucci, na Venezuela. Conheceu
então Maria Teresa Herrera, mãe de Don Reinaldo Herrera Guevara, editor da revista
Vanity Fair, com quem se casaria em 1968 e herdaria o sobrenome Herrera. Este foi o
segundo casamento de Carolina. Após ter, durante anos, feito parte da lista das mulheres
mais bem-vestidas dos Estados Unidos, em setembro de 1980, ela apresentou como teste
seu primeiro trabalho no mundo da moda.
Muito bem recebido pela crítica especializada, conseguiu o apoio de um investidor
venezuelano, Armando de Armas, para fundar sua empresa no ano seguinte. Nessa
altura, mudou-se permanentemente com a família para Nova York. Estabelecida na
cidade, foi somente em abril, encorajada pela lendária editora da revista Vogue, Diana
Vreeland, que ela apresentou oficialmente sua primeira coleção prêt-à-porter no
Metropolitan Club, com sobreposição de tecidos diferentes em comprimentos variados,
e rapidamente conquistou clientes importantes, entre as quais a rainha dos cosméticos
Estée Lauder e a ex-primeira dama Jacqueline Kennedy Onassis, que encomendou à
Carolina Herrera o vestido de casamento de sua filha Caroline. Imediatamente suas
criações elegantes ganharam as araras das grandes lojas de departamentos. Fez com
facilidade a transição para os modelos mais enxutos de meados da década de 1980 e se
tornou famosa por suas elegantes roupas para o dia e para a noite. Uma de suas peças
mais famosas é a universal e democrática camisa branca. Usada à exaustão por Carolina
e seu séquito de seguidoras, a peça se transformou em uma espécie de cartão de visitas e
levou a grife para o patamar das mais adoradas entre as mulheres da alta sociedade.
 

Carolina Herrera começou também a fazer coleções de vestidos de noiva, mas foram os
perfumes que contribuíram para divulgar o seu nome no mundo inteiro. Isto aconteceu
em 1988, quando a empresa espanhola de perfumaria Antonio Puig criou o famoso
perfume feminino CAROLINA HERRERA. A partir deste momento a estilista
construiria um verdadeiro império que se consolidou com lançamento de sucessos como
o Herrera for Men, primeiro perfume masculino da marca, inspirado nos dois homens
com principal participação na vida da estilista, o marido Reinaldo Herrera e o pai
Guillermo Pacanins, lançado em 1991; e o 212, uma das fragrâncias de maior sucesso
da grife, inspirada em um estilo vanguardista nova-iorquino e lançada no mercado em
1997 em sua versão feminina. Seus primeiros perfumes se transformaram, em menos de
uma década, em verdadeiros clássicos do mundo das fragrâncias e continuam atuais
como no dia de seus lançamentos. Sem contar nos milhões de dólares que trouxeram
para os cofres a empresa.
Depois vieram os acessórios, como malas, bolsas, sapatos, óculos, artigos de couro,
lenços e a maior novidade, a coleção masculina. Depois de quase duas décadas
vendendo seus produtos em sofisticadas lojas de departamentos, a primeira loja própria
da marca CAROLINA HERRERA NEW YORK foi inaugurada somente no ano de
2000, na célebre Madison Avenue, em plena Nova York. Nos anos seguintes a marca
introduziu produtos em inúmeros segmentos, inclusive uma segunda linha de roupas e
acessórios com preços mais em conta. Além disso, em 2006 inaugurou mais uma
luxuosa loja em Melrose Place na cidade de Los Angeles.

Em 2008, a estilista e sua filha Carolina Adriana (responsável pela elaboração do bem
sucedido 212, a primeira fragrância de sua criação) participaram de um jantar em
comemoração aos 20 anos da primeira fragrância de sua grife, realizado na Casa
Fasano, em São Paulo. A celebração foi acompanhada por uma mostra de vestidos e
perfumes lançados pelas marcas CAROLINA HERRERA NEW YORK e CH
CAROLINA HERRERA. A estilista explicou o motivo da escolha do Brasil, e
principalmente da cidade de São Paulo para essa celebração: “Escolhi lançar a
exposição em São Paulo, porque o perfume tem sido um hit (de vendas) aqui por 20
anos”, disse a venezuelana. A exposição ocupava a primeira sala do espaço, alugado
para eventos de luxo. Textos contavam a história de cada fragrância, com sua inspiração
e descrição das notas, ao lado de pôsteres das campanhas publicitárias, dos produtos em
suas diferentes embalagens ao longo dos anos.

Em 2010, a marca inaugurou sua primeira loja no Brasil, situada no badalado Shopping
Cidade Jardim, em São Paulo. A loja oferece todos os produtos que fazem a fama
internacional da marca: perfumes, acessórios, moda feminina e masculina. Apesar do
espírito cosmopolita que cerca a loja, a decoração imita uma casa de campo, com ar
intimista. A linha infantil, assinada por uma das filhas da estilista que dá nome a grife,
atende dos pés à cabeça tanto meninos quanto meninas, com sapatos, vestidinhos e
camisas pólo. Para quem gosta de ser fashion em todos os momentos, vale a pena
garimpar entre a infinidade de acessórios produzidos pela marca: é possível encontrar
até mesmo selas para cavalo. A marca CAROLINA HERRERA é conhecida
principalmente por seus modelos chiques de um ombro só, vestidos de noiva e longos
de gala, usados por celebridades nos tapetes vermelhos mundo afora. Por isso, até os
dias de hoje, sua clientela se mantém estrelada, e inclui algumas das mulheres mais
elegantes do show business, como Katie Holmes, Meryl Streep, Penélope Cruz, Dita
von Teese e Renée Zellweger.

A linha do tempo 
1987 
● Lançamento de sua primeira coleção de vestidos de noiva. 
1989 
● Lançamento de uma linha de roupas mais esportivas. 
1990 
● Lançamento da primeira coleção de joias. 
1994 
● Lançamento do perfume FLORÉ, com acentuados aromas florais. 
1996 
● Lançamento do perfume AQUAFLORE. 
1997 
● Lançamento do icônico perfume 212 na versão feminina. 
● Lançamento de sua primeira coleção de acessórios que incluía bolsas e outros artigos
de couro, lenços e gravatas. 
1999 
● Lançamento da versão masculina do perfume 212 MEN. 
2001 
● Lançamento da marca CH CAROLINA HERRERA, composta por acessórios e
roupas (para mulheres, homens e crianças) mais esportivas e acessíveis, que custam
aproximadamente 1/3 da marca CAROLINA HERRERA NEW YORK. A primeira loja
da marca foi inaugurada na cidade de Madri. 
● Inauguração de quatro novas lojas da marca CH Carolina Herrera nas cidades de
Houston, Nova York, Las Vegas e Coral Gables (Flórida). Atualmente a marca possui
mais de 100 lojas ao redor do mundo. 
2002 
● Lançamento do perfume feminino CHIC. A versão masculina foi lançada dois anos
depois. 
2004 
● Lançamento do perfume 212 SEXY, sucesso de vendas no mundo inteiro e que, no
Brasil, se esgotou em apenas um mês após sua estreia, fazendo com que a marca
alcançasse o primeiro lugar entre os perfumes femininos mais vendidos. 
2005 
● Lançamento do perfume masculino HERRERA ACQUA. 
2007 
● Lançamento do perfume CH CAROLINA HERRERA, uma fusão entre o
contemporâneo e o tradicional, também em seu frasco, que utilizava materiais como
couro e prata. 
● Lançamento da edição especial de verão do famoso perfume chamado 212 SPLASH.
O já clássico frasco (agora em tons aquáticos) da fragrância normal foi colocado dentro
de uma embalagem transparente no formato de uma lata de refrigerante. 
2008 
● Inauguração de uma loja âncora na cidade de Dallas. 
2009 
● Inauguração de uma loja âncora na cidade Miami. 
2010 
● Lançamento do perfume 212 VIP. Frases como “Você está na lista?” e “Esta é uma
festa privada” fizeram parte da campanha destacando que quem usa o perfume está em
evidência ou no centro das atenções. A fragrância foi desenvolvida pelo renomado
perfumista Alberto Morillas, Carolina Herrera e sua filha. 
● Para ajudar na divulgação da importância do auto-exame na prevenção do câncer de
mama a Lojas Renner firmou parceria com a estilista e lançou com exclusividade a
fragrância CH Ser. O perfume ganhou frasco em versão rosa e combinava a leveza do
floral com o exotismo das notas orientais. 
2011 
● Lançamento da primeira coleção de óculos. 
2013 
● Lançamento do perfume CH EAU DE PARFUM SUBLIME. Para completar o
lançamento, a marca apresentou uma coleção cápsula de acessórios (cinto, luvas,
sapatos, faixa de cabelo) em tons de roxo, para seguir a linha do perfume. 
2015 
● Lançamento da fragrância CH MEN AFRICA, com notas exóticas, frasco moderno
(com padrão camuflado) e inspirado no pôr-do-sol da savana africana. 
● Lançamento da HERRERA CONFIDENTIAL, uma série de novas fragrâncias e
óleos criados a partir de infusões inspiradas nas tradições do Oriente Médio, tendo como
base única o óleo de Uod, que vem da madeira da árvore tropical Agar e é conhecido
como ouro líquido por sua raridade e dificuldade de extração.

A criação da primeira fragrância 


O perfume nasceu de um encontro social em Nova York, cidade eternamente ligada à
estilista venezuelana. Caminhando entre convidados, Carolina Herrera passou perto de
Don Mariano Puig, diretor da empresa de perfumaria espanhola Antonio Puig, que
percebeu um aroma de grande personalidade e perguntou a sua origem. Ela explicou que
não se tratava de nenhuma fragrância, senão de um resultado experimental com óleo e
essências de jasmim e cravo, flores muito presentes em recordações de sua vida na
Venezuela. Dois anos depois, a difícil tarefa de traduzir um universo emocional em uma
fragrância resultou no lançamento do primeiro perfume da marca CAROLINA
HERRERA. A empreitada mudou o rumo dos negócios e a linha de perfumes ganhou
papel fundamental no faturamento milionário da marca.

A nova musa dos perfumes 


A filha da estilista, Carolina Adriana Herrera, começou a trabalhar com a mãe em 1997,
depois de ter estudado bioquímica e biologia em Nova York. A oportunidade de se
envolver na área dos perfumes surgiu por acaso, quando em um verão lhe pediram ajuda
para desenvolver um aroma, nascia, então, o perfume feminino 212 que, dois anos
depois, chegaria ao mercado na versão masculina para, em seguida, dar início a uma
completa linha de produtos que consagraram a marca. A jovem participou desde então
do desenvolvimento dos aromas, das embalagens, imagem e conceito dos perfumes, que
têm sido a “bandeira” da marca por mais de 20 anos. Ela costuma dizer “que o sucesso
dos perfumes CAROLINA HERRERA resultam da combinação do aroma, de quem o
vende e do marketing”. Todos os perfumes têm uma imagem ou uma identidade: uma
ideia do que é a mulher/homem que o usa.

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundaçã o: 1981 
● Fundador: Carolina Herrera 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos 
Você sabia? 
● Para o aguardado casamento entre os personagens da saga Crepúsculo, Edward Cullen
e Bella Swan, vividos pelos atores Robert Pattinson e Kristen Stewart, Carolina Herrera
foi convidada a criar o belo vestido usado em cena pela noiva. Avaliado em US$ 35 mil,
o vestido integrou o figurino do filme Amanhecer Parte 1, lançado em 2011, e logo seu
desenho discreto e sofisticado na frente com transparência e bordados nas costas foi
copiado por jovens noivas mundo afora.

CHRISTIAN LOUBOUTIN

Comecem a reparar nas fotografias tiradas nos “Red


Carpets” ou os famosos tapetes vermelhos onde as celebridades param para ser clicadas.
Reparem que as mulheres se viram de lado e erguem levemente o pé para mostrar um
solado vermelho. Esta é a marca registrada que consagrou Christian Louboutin, um dos
maiores designers de sapatos do momento. O francês é um dos nomes atuais que dita
moda nos pés das celebridades de Hollywood. E é fácil reconhecer à distância quem
calça seus extravagantes modelitos. Sola vermelha e saltos altíssimos aos quais nem
Angelina Jolie, mesmo grávida, resiste. Além dela, a lista de clientes ilustres inclui a
descolada Victoria Beckham, Katie Holmes, Nicole Richie, Kate Winslet e Dita Von
Teese. Todas elas mulheres lançadoras de tendências e que sabem se equilibrar com
leveza em cima do salto.

A história
Antes que a maioria das mulheres comuns conseguisse decorar Manolo Blahnik, o
peculiar nome que se transformou em sinônimo dos sapatos mais chiques do planeta,
outro estilista, de nome mais complicado ainda, vai assumindo a posição de autor do
salto agulha que toda consumidora louca por moda (e com a carteira recheada de
dinheiro) precisa ter. Christian Louboutin, mistura de francês com vietnamita, não é
novato no ramo, mas agora chegou ao topo, segundo as caprichosas preferências do
mercado de luxo. Tem duas marcas registradas: o salto altíssimo (na faixa dos 12 a 13
centímetros) e a sola laqueada pintada de vermelho-sangue.
Em entrevista à apresentadora americana Oprah Winfrey, ele contou que a idéia de
pintar a sola de vermelho laqueado veio num momento em que ele achava que suas
criações precisavam de um toque especial. “Uma funcionária minha sempre pintava as
unhas. Um dia peguei o esmalte dela, passei na sola, e o sapato ganhou vida” disse o
designer. Depois disso, nunca mais os solados de um LOUBOUTIN passaram
despercebidos. Em 1979, com apenas 15 anos, ele já conhecia a noite parisiense, as
salas de música e teatros da cidade e, vidrado por esse universo sensual, decidiu criar
sapatos para vender às dançarinas do Moulin Rouge e do Folies Bèrgere.

Fascinado por sapatos desde criança, o designer usou como base de suas primeiras
coleções rascunhos de infância feitos em seus cadernos de escola. Sem loja, ele ia a
cabarés e boates para vender seus sapatos. “As mulheres ficavam nuas, mas
continuavam calçadas”, contou ele certa vez em uma entrevista à revista Marie Claire.
Na época, porém, eram freqüentes os “nãos” de mulheres que alegavam não ter
dinheiro. Ex-aprendiz do mestre Charles Jourdan (com ele aperfeiçoou os mais ou
menos 100 passos para a confecção de um salto agulha perfeito) no começo da década
de 80, Louboutin trabalhou para grandes grifes mundiais, como Roger Vivier (o criador
do salto agulha), Christian Dior, Chanel e Yves Saint Laurent, e até como paisagista e
colaborador da revista Vogue, antes de se estabelecer, com a ajuda de dois amigos, por
conta própria em Paris, no ano de 1992, com a inauguração de sua primeira loja na
Galerie Vero-Dodat, uma elegante galeria parisiense próxima ao Museu do Louvre.

Um exemplar da sua primeira fornada foi direto para o acervo permanente do Instituto
de Moda do Metropolitan Museum de Nova York. A segunda coleção, intitulada
“Trash”, não tinha nada de lixo, mas utilizava como decoração bilhetes de ônibus,
tampas de latinha de cerveja e outras traquitanas do cotidiano. Quatro meses após a
inauguração da boutique, uma jornalista americana da W Magazine estava em Paris para
descobrir novos endereços “trend” na cidade. Foi quando ela ouviu uma animada
conversa de duas mulheres sobre os sapatos da boutique de Christian Louboutin; uma
delas era a Princesa Caroline de Mônaco. A matéria foi publicada, o negócio decolou e
o resto é história.

Os sapatos de Louboutin não são mesmo para qualquer uma. Dois anos mais tarde, em
1994, a marca inaugurou uma loja na cidade de Nova York. Um modelo básico custa
em torno de US$ 500, mas pode ultrapassar facilmente a cifra de US$ 1.000
dependendo do material com o qual é feito. O preço não é exatamente de obra de arte,
mas o designer já transformou seus sapatos em peças dignas de exposição, literalmente.
Recentemente, o cineasta David Lynch, de quem é amigo íntimo, fotografou os modelos
e organizou uma mostra em Paris em 2007. Também recentemente o estilista, famoso
por seus sapatos de salto alto que viraram hit fashion, apresentou uma novidade que
deixou muita gente surpresa: um tênis. O par de tênis estampado e texturizado como um
leopardo estava a mostra em recente evento para a imprensa, organizado pela marca.
Em 2007 a marca inaugurou sua primeira loja na Ásia, localizada em Hong Kong.

. O renome da marca CHRISTIAN LOUBOUTIN e da sola vermelha é tamanho que em


2009 a empresa assinou um contrato de um ano com a Mattel, fabricante da boneca
Barbie, já que três modelos da boneca produzidos neste ano calçavam sapatos de sola
vermelha. Não é à toa que a CHRISTIAN LOUBOUTIN é considerada pelo Luxury
Institute, há três anos seguidos, a marca de sapatos mais desejada do mundo.

Estilo próprio
O estilista conquistou o mundo da moda com modelos completamente despojados,
primando pelo design e pela combinação de cores e adornos arrojados, com saltos que já
chegaram a 25 centímetros de altura, num modelo feito por encomenda. Nas lojas, o
máximo à venda são 16 centímetros de altura, mas Louboutin revela que a média dos
modelos fica com módicos sete ou oito centímetros.

Seus sapatos são fabricados na Itália, em uma cidade perto de Milão, e criados no atelier
do designer, em Paris. Seu modelo mais caro, chamado de Lady Rings, é de camurça
com cristais, e tem preço de €1.290. O Pesce, fazendo jus ao nome, desenha com
recortes de couro uma exótica carpa. O preço médio fica em torno dos 500 euros.
Recentemente, dois modelos feitos em parceria com o bordador Jean-François Lesage,
em homenagem a Maria Antonieta, prometem virar peça de museu. Produzidos em
edição limitada de apenas 36 pares, as peças foram colocadas à venda por US$ 6.295
apenas na butique da Madison Avenue, em Nova York.

Dados corporativos
● Origem: França
● Fundação: 1992
● Fundador: Christian Louboutin
● Sede mundial: Paris, França
● Proprietário da marca: Christian Louboutin LLC
BVLGARI

Ela é famosa por suas criações exuberantes. Os relógios são enormes, as joias refulgem
com suas pedras raras e coloridas e os perfumes encantam por seus aromas únicos.
Cobriu de joias celebridades e famílias reais por décadas como Sophia Loren, Grace
Kelly, Audrey Hepburn, Ingrid Bergman, Susan Sarandon, Nicole Kidman e Claudia
Schiffer. Uma marca secular que fez história com o melhor estilo do design italiano. Em
Roma, Paris, Londres, Nova York ou Los Angeles, B V L G A R I (escrita em romano
antigo, em que a letra “u” dá lugar ao “v) é a palavra que designa excelência, design
moderno, prestigio e o mais puro luxo. E a marca italiana é a expressão mais sofisticada
para o estilo e a beleza. Clássica e contemporânea ao mesmo tempo, a B V L G A R I
mantém o seu legado de 130 anos com um sentido atemporal de beleza refinada. 

A história 
A saga começou em meados do século 19 quando Sotirio Voulgaris, um artesão
descendente de uma família grega que trabalhava fazendo escultura em peças e objetos
de prata e ferro no pequeno vilarejo de Paramythia na região de Epirus, imigrou para a
Itália, juntamente com um amigo, o macedônio Sotirios Demetrios Kremos, onde na
primavera de 1884 abriu sua primeira loja na Via Sistina em Roma, para comercializar
pulseiras, cinturões e pequenas joias. Regressou à Grécia para se casar. De volta à Itália
viu seus negócios prosperarem e tornou-se um famoso ourives, em cuja loja era possível
comprar presentes sofisticados e talheres cinzelados. Seus primeiros clientes famosos
foram a filha de Benito Mussolini e seu marido, o Conde Ciano. Em 1894 seu
sobrenome, agora Bulgari, aparecia pela primeira vez na fachada da loja, que havia se
mudado para o número 28 da Via dei Condotti. A partir de 1895 outras lojas foram
inauguradas em cidades como Sanremo, Nápoles, Bellagio e Sorrento.

Com a ajuda de seus filhos, Constantino e Giorgio, em 1905 foi aberta outra loja na Via
Condotti, com a finalidade de atrair turistas britânicos e americanos e que até os dias de
hoje permanece como a principal loja da marca no mundo. Durante as primeiras décadas
do século XX, os dois irmãos desenvolveram um grande interesse por pedras preciosas e
joias. Foi nesta época que a B V L G A R I ingressou de vez na esfera das grandes grifes
internacionais e no mercado de luxo com a apresentação de um par de brincos criado
por Constantino Bulgari em estilo Art Deco, feitos com diamantes, safiras, rubis e
esmeraldas, especialmente criado para a exposição Internacional de Artes e Joalheria em
Paris no ano de 1925. Neste momento a clientela da marca começava a se tornar
internacional. Nesta década a loja localizada na Via Condotti já exibia vitrines com
display que davam mais ênfase às joias, destacando-as como verdadeiras obras de arte.

Em 1932, com a morte do fundador da empresa, seus dois filhos assumiram


definitivamente os negócios, e a partir de então, as joias guiariam os rumos da B V L G
A R I pelas próximas décadas. Esse período também testemunhou a criação de um dos
maiores e mais duradouros sucessos da grife: o anel Trombino, cujo nome deriva de seu
formato, que lembra um pequeno trompete. Porém, a peça que se tornou símbolo da
grife só foi lançada no final dos anos de 1940: o inconfundível relógio com pulseiras em
forma de serpente, feito com elos de ouro e diamantes. Neste momento, as joias já eram
o maior destaque das vitrines e podiam ser vistas adornando os membros das mais
nobres famílias europeias. Este período marcou a história da B V L G A R I porque
representou uma libertação quanto aos padrões franceses de confecções de joias que era
seguido até então. Com isso, a marca passou a criar um estilo próprio, inspirado no
classicismo grego e romano e com um toque de renascença italiana.

Na década de 1950 a empresa começou a lançar suas coleções únicas com design
diferenciado. Nesse período a Itália tornou-se o centro europeu do design e a B V L G A
R I levou a revolução da cor para um nível superior. Desafiando a tradicional escola
parisiense de joalheria centrada em diamantes, a marca italiana desenvolveu um estilo
arrojado e inédito explorando inusitadas combinações cromáticas como rubis e
esmeraldas, e toda a paleta de safiras. A joalheria ganhou vida em um arco-íris de
combinações de cores. Os anos de 1960 foram marcados pelo enorme sucesso entre as
principais estrelas do cinema, o que contribuiu para que a B V L G A R I se tornasse um
mito em seu segmento. Foi neste período que a grife italiana também criou uma
variedade extraordinária de broches florais chamados Tremblant. Eles eram feitos de tal
forma que as corolas eram presas à montagem por molas, permitindo assim que a
inflorescência vibrasse a qualquer momento.

Somente na década de 1970 a marca começou sua expansão internacional, abrindo lojas
nas cidades de Nova York (1970), Genebra (1974), Monte Carlo (1977) e Paris (1979).
Nesta época, foi lançado o modelo Tubogas, uma atualização do já consagrado relógio
de serpente, que ganhou um bracelete flexível com elástico de ouro feito de maneira
completamente artesanal. Em 1977, a marca introduziu sua primeira coleção de
relógios, imprimindo seu estilo característico. Pouco depois, em 1980, a empresa criou a
BULGARI TIME, uma subsidiária localizada na cidade suíça de Neuchatel
responsável pela produção exclusiva de suas coleções de relógios, incluindo a
fabricação de todas as peças, inclusive os mecanismos de alta tecnologia. Durante esta
década, a expansão internacional da marca se acelerou ao comando dos netos do
fundador, Paolo e Nicola, e no início dos anos de 1990, a grife italiana ampliou
consideravelmente sua linha de relógios.

De 1993 a 2003, a marca B V L G A R I, sinônimo de glamour e luxo, aumentou seu


lucro líquido, incrementou sua rede de sofisticadas lojas (incluindo a primeira unidade
em solo brasileiro no ano de 2003), ingressou em novos mercados e ampliou sua gama
de produtos passando a comercializar uma completa e sofisticada coleção de perfumes;
lenços de seda; canetas; gravatas; acessórios em couro, incluindo as cobiçadas bolsas;
óculos e armações de receituário; peças de decoração; pratarias; e uma linha de produtos
de mesa e presentes. Isto sem contar os luxuosos hotéis da marca.

Em 2007, a grife italiana estreou no segmento de cosméticos com o lançamento de uma


completa linha de produtos para os cuidados da pele (Bvlgari Gem Essence). Todos os
produtos da linha foram formulados com gemas e pedras preciosas, como safira e
turmalina, dissolvidas em pó, sem a utilização de solventes químicos na fórmula. Os
ingredientes têm alto poder energético, grande concentração de minerais e
oligoelementos, que, além de hidratar a pele, ativam a renovação celular. A Gem
Essence é composta por três linhas: Precieuse, indicada para peles maduras; Lumiere,
para peles jovens, mas que precisam de vida e luminosidade; e uma terceira linha, de
limpeza. No total são 15 produtos, praticamente convertidos em joias a julgar pelos
frascos. A linha atualmente é distribuída em 250 pontos de vendas selecionados na
Itália, Espanha, França, Suíça e Ásia, e, em 2008, estreou no mercado americano.

Mais recentemente, no início de 2011, o poderoso conglomerado de luxo LVMH


adicionou mais uma joia à sua coroa ao comprar por US$ 6 bilhões a italiana B V L G A
R I. Com isso, a família fundadora da empresa italiana se tornou a segunda maior
acionista do grupo LVMH, depois da família do diretor executivo Bernard Arnault. Sem
dúvida, a B V L G A R I se consolidou como uma poderosa potência europeia no
segmento de luxo que não pára de crescer. Assim como a maioria das grandes marcas de
luxo, a B V L G A R I também enfrenta duras batalhas para evitar que seu design
permaneça único. Desde a década de 1970, boa parte das peças mais valiosas da marca
italiana, entre colares, braceletes e brincos, passou a ser caracterizada por desenhos
requintados e fechos grandes e pesados, feitos de ouro e aço negro. E mais: cada peça
tem um número de série registrado que pode comprovar sua autenticidade.

Em 2013, a ex-primeira-dama da França Carla Bruni se tornou a nova garota-


propaganda da B V L G A R I. A franco-italiana foi clicada pelo fotógrafo Terry
Richardson usando peças da linha “Diva”. 2014 marcou o 130º aniversário da B V L G
A R I, um nome emblemático da excelência italiana. Incentivada por 2.700 anos de
história romana, a marca presta homenagem ao seu rico passado incorporando designs
modernos. Conhecidas pela audácia de estilo e uma tendência pela cor, suas peças são
reconhecíveis imediatamente. Criadas com a sensualidade do volume, um amor pela
linearidade e uma reverência pela arte e arquitetura das raízes gregas e romanas, estas
características icônicas estão presentes em cada uma das criações da B V L G A R I.

A linha do tempo 
1977 
● Lançamento de um clássico da marca: o relógio B V L G A R I - B V L G A R I, que
possuía o duplo logotipo gravado na catraca externa em baixo relevo. 
1991 
● Lançamento da coleção de joias NATURALIA, cujas peças tinham o formato
estilizado de peixes, conchas e pássaros. 
1993 
● Lançamento do primeiro perfume da marca, Bvlgari Eau Parfumée au The Vért,
uma colônia de chá-verde dedicada a homens e mulheres. Inicialmente era um perfume
dado aos clientes de suas boutiques e depois se tornou uma das fragrâncias mais
clássicas da marca italiana. 
1994 
● Lançamento da linha CHANDRA, com provocativas joias que misturavam porcelana
e ouro. 
● Lançamento da coleção de relógios esportivos e para mergulho. 
● Lançamento do perfume Bvlgari pour Femme. A versão masculina (Bvlgari pour
Homme) seria lançada no ano seguinte. 
1996 
● Lançamento de uma sofisticada coleção de lenços de seda. 
● Lançamento da TRIKA, uma linha de joias com formas sinuosas e sofisticadas
técnicas de produção. 
● Lançamento do EXTRÊME, uma versão mais concentrada do primeiro perfume da
marca. 
1997 
● Lançamento da primeira coleção de óculos. 
● Lançamento de uma linha de acessórios em couro, incluindo bolsas, cintos e
carteiras. 
1998 
● Lançamento do relógio ALUMINIUM, confeccionado com caixa de alumínio e
pulseira de borracha com alumínio. Para promover o lançamento do novo produto a
marca italiana adesivou a fuselagem de um enorme Boeing 747 da companhia aérea
Alitalia com a fotografia do relógio. 
● Lançamento do perfume B V L G A R I BLACK. 
● Lançamento da PETITS ET MAMANS, uma colônia sem álcool com essência de
camomila desenvolvida para crianças. Hoje em dia esta linha também oferece sabonetes
e xampus. 
2000 
● Lançamento da linha de joias B.ZERO I, que imediatamente se tornou consagrada e
desejada por todas as mulheres de extremo bom gosto por conter todos os elementos que
marcam o estilo da grife: o movimento fluido da espiral central, a reinterpretação das
joias da linha Tubogas (que foram extremamente cobiçadas nos anos de 1970) e o
logotipo duplo B V L G A R I - B V L G A R I, gravado nas laterais dos anéis. Cobertos
por diamantes e outras pedras preciosas, os detalhes da linha também ganharam vida,
mais tarde, em pulseiras e braceletes, pingentes, brincos, relógios de pulso e estão
presentes até em algumas bolsas. 
● Lançamento da coleção de relógios RETTANGOLO com sua inconfundível caixa
em formato de retângulo. 
● Lançamento da nova linha de acessórios em couro que misturava materiais como
náilon e couro, borracha e seda com textura de couro de crocodilo e acabamento
requintado. 
● Lançamento do perfume feminino BLV, com sua fragrância floral e amadeirada. 
2001 
● Lançamento da gargantilha LUCEA. 
● Lançamento do perfume BLV POUR HOMME. 
2003 
● Lançamento do perfume feminino OMNIA, que vinha acondicionado em um frasco
extremamente moderno representando dois anéis entrelaçados. 
2004 
● Lançamento do relógio ERGON, que rapidamente se tornaria um ícone da marca
italiana. 
● Lançamento da coleção de joias ASTRALE, em ouro e diamantes raros. 
2005 
● Inauguração da primeira loja da marca com venda exclusiva de acessórios (batizada
de B V L G A R I ACCESSORIES), localizada na cidade de Osaka no Japão. 
● Lançamento do perfume AQVA POUR HOMME. 
● Lançamento da bolsa TWIST. 
2006 
● Lançamento dos perfumes VOILE DE JASMIN e ROSE ESSENTIELLE. 
● Inauguração de novas lojas da B V L G A R I ACCESSORIES em Tóquio, Seul,
Washington, Xangai, Milão e Florença. 
2007 
● Lançamento da coleção de joias ELISIA. 
2008 
● Lançamento da coleção de bolsas S.BULGARI, cujo design e inspiração remetem aos
primórdios da marca italiana. 
● Lançamento do perfume JASMIN NOIR, uma rica mistura de volúpia de seiva
verde, gardênia, alcaçuz e preciosas notas lenhosas com acentos de amêndoa, licor e
feijão Tonka, encarnando a essência da marca e refletindo os mais ricos e mais nobres
códigos do legado de uma joalheria de luxo. 
● Lançamento do perfume AQVA MARINE, inspirado nas cores e na transparência de
águas cristalinas e que contava com um componente recém-chegado ao mundo da
perfumaria, a posidônia, uma espécie de alga encontrada nas profundezas do oceano. 
2010 
● Lançamento da coleção de bolsas Isabella Rossellini, disponível em uma grande
variedade de cores e materiais, incluindo couro, pelo de pônei e pelo de bezerro, que
marcam a personalidade multifacetada de Isabella. Cada versão é revestida internamente
com um tecido assinado por ela, com curvas que imitam um caracol, como um desenho
lúdico, uma homenagem ao seu empenho e paixão pela educação ambiental e biológica. 
2014 
● Lançamento do perfume OMNIA INDIAN GARNET, cuja fragrância tem notas
florais e amadeiradas, que se iniciam com a mistura da Mandarina e do Açafrão, a
Tuberosa da Índia e o Osmanto. 
● Lançamento em comemoração aos 130 anos da marca de uma coleção exclusiva com
reinterpretações de icônicas peças que fizeram parte de sua trajetória. Todos os itens são
dedicados a cidade de Roma, local onde a marca foi fundada e que é constante fonte de
inspiração em suas criações.

As sofisticadas lojas 
Suas chiques e sofisticadas lojas estão espalhadas por cidades como Nova York,
Beverly Hills, São Francisco, Boston, Tóquio, Chicago, Las Vegas, Houston, Orlando,
Milão, Dubai, Roma, Paris, Londres e São Paulo. Uma loja que é um mundo. Assim
pode ser definida a sede da grife italiana no Japão, inaugurada em 2007 e que ocupa
nada menos que um prédio inteiro de 10 andares em Ginza, um bairro de Tóquio que é o
equivalente à Quinta Avenida de Nova Iorque, servindo de base para as lojas âncora das
grandes marcas de luxo internacionais. A enorme loja fica nos três primeiros andares.
Seus 940 m² de área abrigam seções de joias, relógios e acessórios de couro, além de
espaços reservados para atender noivas e compradores de peças caríssimas e exclusivas.
Quatro pavimentos são dedicados à gastronomia. Eles contêm um café, uma loja de
chocolates, um restaurante com mesas para acomodar confortavelmente 54 pessoas,
duas salas de jantar privadas e um terraço. Nos demais pisos ficam escritórios de
funcionários e a administração.

O design das lojas na cidade de São Paulo une inovações arquitetônicas com materiais
clássicos das tradições italianas. Madeira de pêra e delicadas tiras de sicômoro
mesclam-se aos mármores italianos Rosa Asiago e Botticino. A exclusividade está
presente em todos os detalhes da Maison. O primeiro andar da loja da Rua Haddock
Lobo, por exemplo, é reservado à joalheria e aos relógios, enquanto o segundo andar
tem um parapeito em mármore Encausto amarelo que circunda o espaço loft, dedicado
aos acessórios e às vendas particulares. Quanto aos afortunados que entrarem na loja,
localizada no Shopping Iguatemi, serão recebidos com os últimos lançamentos da
marca, como os relógios Ergon, em várias versões, e a coleção de joias Astrale em ouro
e diamantes raros lapidados com esmero. Aliás, a mesma variedade de coleções das
lojas de Roma, Paris ou Nova York, está ao alcance também dos brasileiros como
perfumes, gravatas de sete dobras em seda pura, bolsas, acessórios masculinos e
femininos em couro confeccionados à mão, lenços e echarpes com estampas
diferenciadas, entre outros itens luxuosos. Se você tem uma joia ou relógio da marca B
V L G A R I, certamente faz ideia da precisão e do rigor com que a empresa italiana
molda seus artigos. Tudo milimetricamente correto, elegante e funcional.

Uma galeria, uma sala de estar, um tesouro: localizado no primeiro andar da histórica
boutique na Via Condotti 10, em Roma, o DOMVS é um lugar em que a história da
marca e de sua evolução estilística é contada por mostras atualizadas regularmente das
esplêndidas peças exclusivas pertencentes à coleção Heritage, com apoio de fotografias
e croquis antigos. O espaço também expõe imagens e pertences das inesquecíveis divas
cujo charme extraordinário foi celebrado e acentuado pelas criações da marca: Elizabeth
Taylor, Sophia Loren, Anna Magnani, Ingrid Bergman, Anita Eckberg, Gina
Lollobrigida e muitas outras. O nome DOMVS — “casa” em latim — foi escolhido para
transmitir a natureza íntima e acolhedora dos ambientes que abrigam o coração e as
raízes da B V L G A R I. É um espaço para aficionados da B V L G A R I e por quem
deseja mergulhar no mundo da marca, vivenciando toda a magia da arte, do glamour e
da habilidosa técnica artesanal dos 130 anos de sua história.

Dados corporativos 
● Origem: Itália 
● Fundaçã o: 1884 
● Fundador: Sotirio Georges Bulgari 
● Sede mundial: Roma, Itália 
● Proprietá rio da marca: Bulgari S.p.A. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton S.A.) 
● Chairman: Paolo Bulgari 
● CEO: Jean-Christophe Babin 
● Faturamento: €1.8 bilhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 300 
● Presença global: 150 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Maiores mercados: Japão, Estados Unidos e Itália 
● Funcioná rios: 4.000 
● Segmento: Joalheria e moda de luxo 
● Principais produtos: Joias, relógios, óculos, perfumes e bolsas 
● Concorrentes diretos: Cartier, Tiffany & Co., Van Cleef & Arpels, Harry
Winston, Boucheron e Graff 
● Ícones: O design de suas joias 
● Website: www.bulgari.com/pt-br 

Você sabia? 
● B V L G A R I é a terceira maior joalheria do mundo, atrás apenas da Cartier e da
Tiffany & Co. 
● A marca já lançou no mercado aproximadamente 60 perfumes. 
● Paolo Bulgari, atual presidente do conselho, é neto do fundador da empresa, onde
começou a trabalhar com 18 anos. 
● A marca italiana é responsável pela criação e produção de boa parte dos objetos de
luxo que decoram as cabines das instalações da companhia de cruzeiros marítimos
Silversea. 

CALVIN KLEIN

Peças simples, sóbrias, fluídas e essencialmente confortáveis, mas sem abrir mão de
tecidos refinados, qualidade no acabamento e fabricação sofisticada. Um visual
totalmente casual chique. Campanhas sexys, originais e polêmicas onde modelos
mostram seus corpos em poses sensuais e quase sempre provocativas. A marca
CALVIN KLEIN se transformou em sinônimo de chique, casual, sensual e provocante,
conquistando um lugar de destaque no panteão do universo fashion. 

A história 
De origem judaica, o estilista Calvin Richard Klein nasceu no dia 19 de novembro de
1942 no tradicional bairro do Bronx em Nova York e desde criança sempre foi
apaixonado por moda, acompanhando constantemente sua mãe nas compras de roupas.
Ainda menino, aprendeu sozinho a desenhar e a costurar. Assim, ele começou por vestir
as bonecas da irmã, para depois se aventurar a fazer vestidos para a mãe, utilizando para
isso uma máquina de costura que a avó o ensinou a usar. Seu autodidatismo lhe rendeu
bolsas de estudo na New York High School of Art and Design (escola secundária
especializada em arte) e no Fashion Institute of Technology, conhecido como FIT, uma
das maiores instituições de ensino superior de moda dos Estados Unidos, na qual se
formou em 1962. Depois de trabalhar como aprendiz em uma loja de casacos
masculinos, ele e seu colega de infância, Barry Schwartz, com apenas US$ 10 mil de
capital, lançaram sua primeira coleção masculina e feminina de paletós, casacos e capas
em 1968 em um showroom dentro do York Hotel. Surgia assim a marca CALVIN
KLEIN na cidade de Nova York. Inicialmente a nova grife vendia suas criações em
pequenas quantidades para grandes e badaladas lojas de departamento.

A combinação do talento de designer de Klein e a grande percepção administrativa para


os negócios de Schwartz, logo chamaram a atenção do mundo badalado da moda. O
primeiro grande sucesso surgiu quase imediatamente, ao chamar a atenção do presidente
da loja de departamento Bonwit Teller, Don O’Brien, que impressionado com o estilo
minimalista do jovem estilista, proporcionou-lhe uma enorme encomenda no valor de
US$ 50.000, uma quantia bastante significativa para a época, principalmente se
considerar que Calvin Klein ainda era um ilustre desconhecido. Isto ocorreu quando o
executivo viu o jovem estilista empurrando uma arara de roupas pelo corredor do York
Hotel e, fascinado, fechou o negócio. A partir deste momento, o jovem estilista foi se
aperfeiçoando na arte de confeccionar roupas masculinas, especialmente paletós,
casacos e blazers.

O estilista, que seria apelidado de “O Conquistador” pelo jornal Women’s Wear Daily e
considerado uma das 25 personalidades mais influentes na América pela conceituada
revista Time, começava a conquistar á todos com seu estilo esportivo minimalista. O
maior reconhecimento viria em 1973, quando o estilista entrou para a história do mundo
da moda ao receber o prestigiado prêmio Coty Award, o qual viria a conquistar
novamente em 1974 e 1975. Pouco depois, lançava uma coleção de roupas esportivas
femininas, seguida de outras coleções voltadas para o mesmo público, como seus
famosos lingeries. As linhas clássicas e suaves começaram a aparecer em coleções
sportswear, com japonas, suéteres de gola rolê e calças estreitas. Em 1977 o sucesso da
marca era traduzido em um faturamento superior a US$ 30 milhões. Neste momento a
marca iniciou o licenciamento para estampar a CALVIN KLEIN em sapatos, lenços,
cintos e até óculos.

No final dessa década o nome CALVIN KLEIN começou a ser reconhecido no mundo
todo, especialmente depois do lançamento de sua coleção de calças jeans por preços
acessíveis, estrelada por uma campanha comercial em que a jovem e bela Brooks
Shields era a personagem. Em apenas uma semana o sucesso era evidente: 200.000
pares de calças comercializadas. Calvin foi o primeiro estilista a colocar o jeans na
passarela, em uma atitude provocativa aos mais conservadores. Mesmo assim foi
seguido pelos demais estilistas da época e o jeans definitivamente conquistou espaço na
sociedade no acessório de moda. Nesta época, tendo a sobriedade como sua marca
registrada, ele caminhou para uma criação mais sofisticada, utilizando tecidos como a
seda, o crepe, linhos e lãs, para criar roupas de linha alongada, de ombros estruturados,
sempre respeitando os conceitos de harmonia de proporções.
Na década de 1980 a grife resolveu diversificar seus produtos com o lançamento de
coleções de roupas íntimas e perfumes que fariam enorme sucesso junto ao público, e
seriam responsáveis pelo enorme crescimento do faturamento. Outra tendência
internacional dos anos 1990 seguida à risca por Calvin Klein foi a criação de uma marca
alternativa, a CK CALVIN KLEIN, que representava uma versão jovem, urbana e
colorida das linhas de roupas masculinas, femininas e de acessórios da marca. Nesta
década a marca possuía seis lojas próprias nos Estados Unidos, e outras unidades
espalhadas em vários países como Espanha, Japão, França, Suíça e Cingapura.

Em 2002 a marca inaugurou sua primeira loja âncora em solo francês, localizada na
tradicional Av. Montaigne.

Em todos esses anos a CALVIN KLEIN construiu uma marca sinônimo de moda prática
e urbana: saias de couro, golas rolê, sapatilhas ou botas, acompanhadas por pouco brilho
e acessórios discretos.

A linha do tempo 
1978 
● Lançamento do CALVIN KLEIN (primeiro perfume masculino da marca), além de
uma completa linha de cosméticos, especialmente para o cuidado da pele. 
● Lançamento oficial da linha CALVIN KLEIN JEANS, composta por calças jeans
para concorrer com a Levi’s. 
● Lançamento da primeira coleção completa masculina, composta por gravatas, ternos,
cassacos e roupas esportivas. 
1982 
● Lançamento da coleção de roupas íntimas CALVIN KLEIN UNDERWEAR. Foi a
primeira vez na história da moda que roupas íntimas masculinas foram consideradas
itens da alta costura. As cuecas CALVIN KLEIN tinham desenho único, levando o
nome da grife gravado no elástico da cintura. Pela primeira vez, as boas e velhas cuecas,
até então apenas funcionais e confeccionadas sem a menor preocupação estética, foram
elevadas ao posto de objetos de desejo tanto pelo design quanto pela provocação das
campanhas publicitárias. 
1983 
● Lançamento da linha de lingeries, cujo design das peças era baseado nos modelos
masculinos. 
1985 
● Lançamento do perfume OBSESSION, com uma polêmica campanha publicitária
carregada de conteúdo homossexual, sob o comando do fotógrafo Bruce Weber. Vários
jornais americanos se recusaram a publicar o anúncio, mesmo assim o perfume, que
custava US$ 170, se transformaria em um estrondoso sucesso. A campanha custou
impressionantes US$ 17 milhões. 
1988 
● Lançamento do perfume feminino ETERNITY com suas essências florais. A linha
também contava com creme para o corpo que possuía a mesma essência do perfume. A
versão masculina seria lançada no ano seguinte. 
1989 
● Criação da CALVIN KLEIN ACESSORIES, divisão responsável por criar e
produzir bolsas, malas, carteiras, cintos e lenços. 
● Inauguração da primeira loja própria da marca, localizada no subúrbio de Dallas e que
vendia a linha tradicional, esportiva, roupas íntimas, acessórios, calçados, cosméticos e
perfumes. 
1991 
● Lançamento do perfume feminino ESCAPE. 
● Lançamento da coleção esportiva feminina. 
1993 
● Lançamento do perfume Escape na versão masculina. 
1994 
● Primeira grife de alta costura a lançar um perfume unissex com a introdução do CK
ONE seguido da campanha publicitária “Be Good. Be Bad. Just Be” (“Seja bom. Seja
mau. Apenas seja”). O perfume figura até hoje na lista dos 10 mais populares do
mundo. 
1995 
● Lançamento, sob licença, de uma coleção para casa composta por toalhas de banho,
toalhas de mesa, lençóis, entre outros itens. 
● Inauguração de uma loja âncora em Nova York. 
1996 
● Lançamento da linha CALVIN KLEIN EYEWEAR, cujos óculos valorizavam o
conforto com design simples, sutilmente sexy e moderno. 
1997 
● Lançamento, através de um acordo de licenciamento, de uma coleção de relógios. 
● Lançamento do perfume CONTRADICTION. 
1998 
● Lançamento da coleção de óculos CLASSIC EDITION, série de armações de
receituário inspirada em design de óculos antigos. Basicamente de metal, linhas
arredondadas e no estilo flutuante, tinha um delicado trabalho na ponte tal qual peças do
passado. 
1999 
● Lançamento de uma linha de underwear para crianças. 
2000 
● Lançamento do perfume feminino TRUTH. A versão masculina foi introduzida dois
anos depois. 
2002 
● Lançamento do perfume CRAVE. 
2004 
● Lançamento do perfume CK ONE SUMMER. 
2005 
● Lançamento dos perfumes OBSESSION NIGHT e EUPHORIA. 
2007 
● Lançamento do perfume CK IN2U. A embalagem do perfume era feita de plástico
com vidro, imitando um iPod. 
● Lançamento da CALVIN KLEIN GOLF, uma completa linha de roupas e acessórios
para golfe. 
2008 
● Lançamento do perfume masculino EUPHORIA INTENSE. 
● Lançamento da CALVIN KLEIN BEAUTY, primeira linha de maquiagem da
marca. Uma das novidades é que cada item vinha enriquecido com cosméticos
exclusivos que traziam os mais modernos conceitos de cores e texturas. Eram mais de
200 opções, tudo com um design inovador e cores ousadas. 
2009 
● Lançamento do perfume masculino CK FREE. 
2010 
● Lançamento do perfume feminino CALVIN KLEIN BEAUTY. 
● Lançamento da CALVIN KLEIN X ELEMENTS, nova coleção que trazia cuecas
nos modelos slip, boxer e samba-canção, em cores que representavam os quatro
elementos da natureza: ar, terra, fogo e água. Os modelos que participaram do
lançamento da nova linha foram: os atores Kellan Lutz (terra) e Mehcad Brooks (fogo),
o jogador de futebol Hidetoshi Nakata (ar) e o tenista Fernando Verdasco (água). 
2011 
● Lançamento da linha CK ONE LIFESTYLE, composta por perfumes, roupas
íntimas e calças jeans, e cujas peças tem um visual mais despojado e linhas
contemporâneas. 
● Lançamento do perfume CK ONE SHOCK. 
2012 
● Lançamento do perfume masculino ENCOUNTER. 
2013 
● Lançamento do perfume feminino DOWNTOWN.

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundaçã o: 1968 
● Fundador: Calvin Klein e Barry Schwartz 
● Sede mundial: New York City, New York 
Você sabia? 
● Desde sua primeira fragrância, a CALVIN KLEIN já lançou mais de 100 perfumes. 
● Calvin Klein e suas criações apareceram pela primeira vez na tradicional revista
Vogue no dia 1 de setembro de 1969. Até hoje, foram mais de 37 aparições nas capas da
revista. 

CHRISTIAN DIOR

A marca CHRISTIAN DIOR é um ícone da moda de alta costura. Afinal é impossível


imaginar a história da moda sem Christian Dior. Ele inventou o chamado “New Look”,
que ao longo de sua história fez a própria tradução física dos sonhos e da fantasia
humana através de seus vestidos. A marca é, talvez, a mais influente e chique do
fascinante e extravagante mundo da alta costura. Fruto da cabeça criativa e inovadora,
que adorava romper e quebrar tendências, do estilista Christian Dior. Moda para
mulheres, homens, crianças, joias e perfumes incríveis, relógios, maquiagens, acessórios
e muito estilo. Hoje, a DIOR é um império do luxo, admirada no mundo inteiro. 
A história 
Considerado o new look da moda internacional até hoje, Christian Dior era uma pessoa
de temperamento difícil e complicado, apesar de tímido, mas conhecia como poucos seu
ofício quando desenhava croquis para a alta costura francesa. O estilista nasceu na
cidade de Granville, balneário conhecido como a “Mônaco do norte da França”, em 21
de janeiro de 1905. Na época, a família Dior tinha uma boa situação financeira, fazendo
parte da burguesia rica, seu pai era um próspero comerciante de fertilizantes, o que lhe
garantiu uma infância e juventude tranquila. Seriam as roseiras de sua mãe, Madeleine,
que inspirariam o futuro estilista a criar seus modelos florais e orientais para, como
dizia ele, “embelezar as mulheres”. Mesmo com o grande interesse em artes,
especialmente o desenho, estudou ciências políticas, por influência de seu pai, com a
intenção de seguir carreira diplomática. Após terminar o curso, gastou seu tempo
viajando pela continente europeu, até que, em 1928, abriu uma pequena galeria de artes,
em sociedade com o amigo Jacques Bonjean, onde a dupla vendia alguns desenhos de
Picasso e chegou a expor alguns trabalhos de Christian Bérard. Mas a crise econômica
mundial forçou a interrupção do negócio.

Em meados de 1934, Dior enfrentou uma grave doença. E o que é pior, não podia contar
mais com o dinheiro da sua família que, desde 1931, atravessava vários problemas
financeiros, muito em virtude da crise econômica que assolava o mundo. Em 1935,
recuperado e disposto, esse determinado francês da Normandia começou a desenhar
croquis para o Figaro Illustre, jornal parisiense que os publicava semanalmente na seção
de alta costura. Depois de conseguir vender uma coleção de desenhos de modelos de
chapéus, o inventivo Dior elaborou croquis de roupas e acessórios para várias Maisons
de Paris, até que, em 1938, ingressou de cabeça no universo da alta costura ocupando o
cargo de assistente do estilista suíço Robert Piguet. Nesse ínterim, explodia a Segunda
Guerra Mundial e Dior foi convocado para a batalha, na qual atuou como soldado do
corpo de engenheiros.

Em 1941, já trabalhando na Maison do estilista francês Lucien Lelong, conheceu o


francês Pierre Balmain, que mais tarde se tornaria um grande e influente estilista
francês. Nessa altura, o estilista, então com 41 anos de idade, almejava ter a sua própria
Maison e conseguiu concretizar o sonho com a ajuda financeira do então magnata e
empresário dos tecidos, Marcel Boussac, no dia 16 de dezembro de 1946 com a
fundação da The House of Dior. O lendário endereço, em Paris, o número 30 da
Avenida Montaigne é o mesmo até os dias de hoje. No dia 12 de fevereiro de 1947, após
um árduo trabalho, e ajudado pela sua equipe, que incluía Pierre Cardin, lançou sua
primeira coleção feminina batizada de “Carolle”, que apresentou uma revolucionária
saia na altura do tornozelo, apelidada pela redatora da conceituada revista americana
Harper’s Bazaar, Carmel Snow, de “New Look” (novo visual). Contendo inúmeras
variações e novidades para época, a coleção se tornou um sucesso imediato,
principalmente pelos ombros arredondados, cinturas acentuadas, saias rodadas, vestidos
suntuosos, fartos, com cintura bem fininha e ombros à mostra. O modelo que se tornou
o símbolo do “New Look” foi o tailleur Bar, um casaquinho de seda bege acinturado,
ombros naturais e ampla saia preta prissada, que vinha quase até a altura dos tornozelos.
Luvas, sapato de salto alto e chapéu completavam o sofisticado figurino, que foi
seguido fielmente a partir da próxima década.
 

Além de causar fascínio pela sua elegância e luxo, o conceito do New Look vinha
carregado de extravagância e exagero: vestidos tradicionalmente feitos com 5 metros de
tecido, agora usavam até 40 metros. Ele conquistou de cara o mundo da alta costura pela
ousadia e por causar impacto com suas roupas – afinal, para ele, “as peças eram feitas
não somente para serem bonitas, mas também para chocar”. O estilista conseguiu
mudar o conceito de praticidade e simplicidade das roupas femininas, até então uma
necessidade dos tempos de guerra e uma tendência da moda criada por Chanel. Após
alguns anos de reclusão, a mulher pós-guerra queria se sentir novamente feminina e
estava ansiosa em recuperar a elegância e o luxo verdadeiro. Nos bailes, que à época se
sucediam aos jantares, as mulheres ricas e célebres compareciam usando DIOR. O
estilista criou modelos extremamente femininos, luxuosos, sofisticados e elegantes,
inspirados na moda da segunda metade do século 19. Os vestidos eram mais longos, o
busto mais acentuado, a cintura bem marcada e as saias amplas.

Ainda em 1947 foi criada a divisão de perfume, conhecida como PARFUMS


CHRISTIAN DIOR, que iniciou suas atividades com o lançamento da fragrância Miss
Dior, um verdadeiro clássico até os dias de hoje, criado com a colaboração grandes
perfumistas, como por exemplo, Jean Carles e Paul Vacher e, em homenagem a sua
irmã Catherine. Nessa época, Dior desenvolve e inicia projetos ainda considerados
revolucionários, no pequeno e restrito mundo da alta costura: cria um departamento de
peles e assina licenças com fabricantes de acessórios. Em apenas um ano, a coleção
New Look teve mais de dez mil encomendas. A volta por cima da beleza feminina fez a
cabeça de mulheres célebres, como por exemplo, Eva Perón, Grace Kelly e Marlene
Dietrich, para quem ele criou o guarda-roupa inteiro do filme “Stage Fright”, de Alfred
Hitchcock.
Em 1949, dois anos após a inauguração, a MAISON DIOR já era responsável por mais
de 5% das exportações francesas. Nesta época, Christian Dior já tinha uma boutique de
luxo em Nova York, em plena Quinta Avenida, além de estar bem estabelecido para
assinar contratos de licenças com empresas americanas. No ano de 1954, ele mudou
tudo com a apresentação da linha H (H de haricot vert, uma vagem comprida): nada de
busto e cintura apertada. Dior inovou mais uma vez ao imprimir estilo com vestidinhos
tubulares que escondiam as formas. O vestido-saco revolucionou de forma
surpreendente cabeças e corpos. Também criou modelos luxuosos, com muita seda e
tule bordado, além dos vestidos de tecidos transparentes, com saias sobrepostas e
comprimentos dos mais diversos.

A linha Y surgiu em 1955 e mostrava um corpo longo com a parte superior mais pesada,
além de golas grandes que se abriam em forma de V. A linha A trouxe vestidos e saias
que se abriam a partir do busto ou da cintura para formar os dois lados de um A. Com
apenas 52 anos de idade e dez anos depois de fundar sua Maison, Christian Dior morreu
precocemente no dia 23 de outubro de 1957, durante suas férias no litoral italiano, após
sofrer um ataque cardíaco fulminante. Deixou um verdadeiro império do luxo, com 22
coleções, 28 ateliês e 1.200 empregados. Os números impressionavam: em dez anos de
existência, foram vendidos mais de 100 mil vestidos, um milhão e quinhentos mil
metros de tecido decorados e 16 mil croquis realizados. Além disso, ele ingressou no
mercado de massa em Nova York, foi capa da revista Time (segurando a inseparável
tesoura de costura), e, ao democratizar suas criações, foi acusado de banalizar a cultura
francesa. Estava adiante de seu tempo. Inaugurou lojas DIOR na Inglaterra, México,
Cuba, Canadá e Japão.

Para assumir a direção de criação da grife, após sua morte, foi escolhido o então jovem
(com apenas 21 anos) assistente, irrequieto e talentoso Yves Saint-Laurent, que
provocou protestos dos discípulos de Dior por ter criado peças poucos tradicionais para
a marca, como jaquetas de couro e vestidos curtos. Apesar disso, a primeira coleção da
DIOR após a morte de seu mentor foi magnífica e aclamada pelos críticos. Realizada
em apenas nove semanas, as roupas possuíam cortes perfeitos, tecidos requintados e
detalhes meticulosos, assim como Christian Dior a faria.
Em 1960, Saint-Laurent após ser chamado pelo exército, e dois anos depois de resolver
abrir sua própria Maison, é substituído por Marc Bohan, um estilista francês mais
experiente e conservador. Seus modelos mais influentes foram apresentados em 1966,
baseados no filme Dr. Jivago, com casacos amplos de cintura apertada, vestidos longos
e botas. No final desta década, dois acontecimentos foram de extrema importância para
a marca: em 1967 a inauguração da primeira loja exclusivamente masculina (DIOR
HOMME) e, em 1969, o estabelecimento da divisão de cosmético, que seria
responsável por consolidar a marca DIOR ainda mais como um ícone do segmento de
luxo. A partir de 1989, o italiano Gianfranco Ferré, em uma clara tentativa de renovação
da Maison, foi escolhido como o novo diretor de criação da marca CHRISTIAN DIOR.
Logo em sua primeira coleção ganhou o Dedal de Ouro oferecido pela empresa Helena
Rubinstein ao melhor estilista de cada temporada. Em 1990, lojas sofisticadas da DIOR
foram inauguradas em lugares luxuosos de Nova York, Los Angeles e Tóquio. Apesar
do crescimento, nenhum desses três nomes conseguiu perpetuar com a mesma
intensidade o brilho característico de Christian Dior. A mais reverenciada marca da
moda então se tornou uma Bela Adormecida no universo da moda.

O ressurgimento começaria em 1996, quando John Galliano, que apesar da cidadania


inglesa nasceu em Gibraltar, assumiu o cargo de diretor criativo da grife, responsável
pela criação das coleções de alta costura e prêt-à-porter feminino. E chegou para
incendiar a marca francesa. O estilista assumiu o posto criativo da CHRISTIAN DIOR
com o respaldo de ninguém menos que Bernard Arnault, o todo-poderoso do grupo
LVMH, influente conglomerado do segmento de marcas de luxo, que havia adquirido a
grife francesa em 1985. Ao colocar Galliano, um rebelde, inglês e iniciante, à frente da
MAISON DIOR, os franceses ficaram chocados. Porém, apenas um ano depois, a marca
voltou a gerar dinheiro e lucros. John Galliano causou uma verdadeira reviravolta
saudável na DIOR. Houve dois “escândalos”, no bom sentido da palavra, que fizeram
com que a marca voltasse aos tempos de glórias: a simples contratação de John Galliano
e a “coleção dos mendigos”, que causou frisson ao desfilar modelos vestidos como
mendigos na passarela. O estilista, sempre convicto de que o esquisito, mesmo
chocante, vende, colocou então nas passarelas trapezistas, acrobatas chineses, monges
Shaolin, freiras e esfinges. Considerado um gênio rebelde, o estilista falava pouco em
público, mas não precisava disso para virar notícia. Em um dos seus últimos desfiles de
alta costura, modelos exibiram vestidos em estilo imperial, recobertos de bordados
preciosos. Enquanto isso, uma banda de hard rock tocava e destruía seus instrumentos a
chutes e pauladas.

Nomeado diretor artístico de todas as coleções femininas DIOR (alta-costura, prêt-à-


porter, acessórios, cosméticos e sapatos) em 1999, ele também passou a cuidar da
comunicação da marca, desde as campanhas publicitárias até o design das vitrines.
Apesar do enorme sucesso, seu temperamento forte e rebeldia iriam causar problemas
para a marca. E isto aconteceu no início de março de 2011 quando o estilista, filho de
um encanador inglês e de uma espanhola, depois de ter sido suspenso de suas atividades
após ser detido em Paris, acusado de insultos antissemitas á um casal em um bar, foi
demitido pela marca francesa. Após Bill Gaytten assumir o posto como interino,
finalmente em 2012, o belga Raf Simons foi nomeado novo diretor criativo da Maison.

A linha do tempo 
1949 
● Lançamento do icônico perfume DIORAMA. 
1953 
● Lançamento do EAU FRAÎCHE, primeiro perfume unissex na história do segmento. 
1954 
● Lançamento do primeiro produto de maquiagem da grife, o lápis de boca
(delineador). 
1955
● Lançamento de sua primeira linha de batons (batizada de ROUGE DIOR), composta
por oito tonalidades de vermelho, cor que se tornaria símbolo da marca. 
1956 
● Lançamento do perfume DIORISSIMO, baseado no lírio do vale, flor predileta do
estilista. 
1963 
● Lançamento do perfume DIORLING. 
1966 
● Lançamento da primeira fragrância masculina da marca, chamada EAU SAUVAGE. 
1967 
● Lançamento da primeira coleção BABY DIOR, especialmente criada para crianças de
0 a 4 anos. 
1968 
● A marca uniu a moda e a beleza ao lançar uma linha de maquiagens chamada
HYDRA DIOR. 
● Lançamento da CHRISTIAN DIOR TRICOT, uma coleção de roupas feitas em
crochê. 
1969 
● Lançamento da EXPLOSION OF COLOR, uma completa e moderna linha de
maquiagens composta por blush, pós, delineadores, entre outros itens. 
1970 
● Revolucionou ao introduzir o desfile de produtos de maquiagem, mostrando cores e
tendências que marcaram época, estabelecendo a DIOR como uma gigante no mundo da
moda. 
● Lançamento da DIOR HOMME, primeira coleção masculina da marca. 
1972 
● Lançamento do perfume DIORELLA, um verdadeiro “sopro de ar fresco”. 
1973 
● Lançamento de uma linha para tratamento da pele. 
1975 
● Lançamento do BLACK MOON, primeiro relógio da marca DIOR. 
1979 
● Lançamento do perfume DIORESSENCE. 
1980 
● Lançamento do perfume masculino JULES. 
1983 
● Lançamento do CAPTURE, um creme anti-idade que possuía em sua formulação
lipossomas, microcápsulas que penetram na pele e previnem o envelhecimento. 
1985 
● Lançamento do POISON, um dos perfumes de maior sucesso da grife francesa. 
1988 
● Lançamento do perfume masculino FAHRENHEIT, que se transformaria em um
fenômeno de vendas.
1991 
● Lançamento do perfume feminino DUNE, que ganharia sua versão masculina seis
anos mais tarde. 
1995 
● Lançamento do perfume DOLCE VITTA em sua tradicional embalagem amarela. 
● Lançamento da bolsa LADY DIOR, cuja característica principal era o “cannage” –
desenho de cana da Índia - com letras DIOR soltas na alça. O nome é uma homenagem
à princesa Diana, embaixadora mundial da marca e amiga pessoal de Bernard Arnault,
presidente do conselho e principal executivo do Grupo LVMH. 
1996 
● Relançamento da coleção de óculos da grife ao comando de John Galliano. Os
primeiros óculos com a marca DIOR foram lançados no final da década de 1960. 
1998 
● Lançamento do perfume HYPNOTIC POISON. 
● Lançamento de sua primeira linha de joias, criada e dirigida por Victoire de
Castellane. 
1999 
● Lançamento do J’ADORE, um perfume refrescante com misturas de orquídeas,
violetas, rosas e um tipo especial de almíscar. O perfume foi batizado com esse nome
graças à expressão usada constantemente por John Galliano (traduzida do francês,
significa “eu adoro”). 
● Lançamento da famosa bolsa saddle bag, modelo em forma de sela com alça curta.
Todos os anos esse modelo ganha novas versões, aumentando ainda mais a enorme
legião de fãs. 
2001 
● Em janeiro, o estilista francês Hedi Slimane estreou a nova DIOR HOMME,
aclamada como uma das melhores coleções de moda masculina da atualidade, com
pitadas de androginia e glamour do rock’n roll.
2002 
● Lançamento do perfume feminino FOREVER and EVER. 
● Lançamento do perfume ADDICT. 
2003 
● Lançamento do perfume feminino CHRIS 1947 em homenagem a fundação da grife. 
2005 
● Lançamento dos perfumes MISS DIOR CHÉRIE (para um público feminino mais
jovem) e DIOR HOMME. 
2006 
● Lançamento do DIOR CAPTURE TOTALE, primeiro produto anti-idade baseado
em uma extensa pesquisa tecnológica e sociológica, que oferece resultados
extraordinários e conta com tecnologias de vanguarda em sua composição, com a
utilização do Complexo Alpha-Longoza. 
● Lançamento da DIOR GAUCHO, bolsa extravagante com grandes fivelas e chaves
penduradas, que rapidamente se tornou a preferida de celebridades como Sienna Miller,
Keira Knightley, Penélope Cruz e Gisele Bündchen. Inspirada nos pampas, o modelo
tem versões em jeans, náilon e couro. 
2007 
● Lançamento do perfume feminino MIDNIGHT POISON com o slogan “A new
Cinderella was born”. O perfume era uma mistura perfeita de rosa da Bulgária, jasmim,
flor de laranjeira, baunilha e sândalo. 
2008 
● Lançamento do DIOR PHONE, um luxuoso celular com acabamento de diamantes
incrustados e detalhes em couro de jacaré. Além de câmera, tela touchscreen e o nome
da marca, o aparelho vinha com um mini-celular, apelidado de “My Dior”, que servia
para prender do lado de fora da bolsa ou colocar no bolso, para quando alguém ligar,
não fosse preciso revirar toda a bolsa para atender a chamada. 
2009 
● Lançamento do DIOR SÉRUM DE ROUGE, um batom cuja textura saturada com
ingredientes ativos e enriquecida com puros pigmentos enche os lábios de cores
luminosas e destacam sua aparência dia após dia. Para ajudar no combate ao tempo,
principal causa da perda de volume e descoloração dos lábios, o Centro de Inovação
Dior desenvolveu um exclusivo complexo de ingredientes ativos que age tanto na
superfície quanto no interior dos lábios. Dia após dia, eles recuperam sua firmeza e
curvas suntuosas. Claramente definido, o contorno dos lábios se torna mais proeminente
e reconquista seu tom rosado natural. 
2011 
● Lançamento da coleção de maquiagem GRIS MONTAIGNE, inspirada na primeira
loja da grife e baseada nos tons rosa e cinza. A exclusiva paleta Dior Cannage, realçada
pelos famosos amuletos em metal D-I-O-R, se tornou uma verdadeira vitrine para os
olhos e objeto de desejo para milhões de mulheres. 
2012 
● Inauguração em Taipei (Taiwan) da sua maior loja no mundo. Com 19.410 m², o
primeiro andar é reservado para joias, relógios, bolsas e artigos de couro, além de contar
com uma área exclusiva para criar versões customizadas da icônica bolsa Lady Dior. O
espaço ainda abriga a DIOR COUTURE (alta costura), três salões destinados ao prêt-à-
porter, um destinado aos sapatos e dois andares para a DIOR HOMME, a coleção
masculina da grife.

A joia da coroa 
A loja âncora (chamada em inglês de flagship store) da DIOR na lendária Avenue
Montaigne 30, em Paris, foi reinaugurada em 2009 para ser reconhecida com uma das
mais luxuosas do planeta. A reforma fez parte das comemorações pelos 60 anos da grife
francesa e a reabertura contou com a presença de celebridades como Sharon Stone,
Elton John, Juliette Binoche e Monica Belluci. Entre as novidades do projeto assinado
pelo arquiteto Peter Marino estão um salão de sapatos exclusivos para clientes VIPs,
com os modelos apresentados na última coleção de alta-costura, e frases escritas na
parede como “Look Good” ou “J’adore” pelo artista Rob Wynne. A ideia foi criar um
clima “residencial” dentro da loja, resgatando elementos do legado de Christian Dior. A
loja ampliou seus salões para a coleção prêt-à-porter e deu maior destaque para as
bolsas. Os modelos Samurai e Gaucho, além da clássica Lady Dior em novos materiais
são as atuais campeãs de vendas na DIOR.
Dados corporativos 
● Origem: França 
● Fundaçã o: 16 de dezembro de 1946 
● Fundador: Christian Dior 
● Sede mundial: Paris, França 
Você sabia? 
● A marca tem toda sua linha de cosméticos desenvolvida no Dior Science
Observatory, um centro de inovação localizado em Paris, onde mais de 200
pesquisadores criam produtos com texturas surpreendentes, sistemas de hidratação
únicos da pele e formulações revolucionárias. 
● Algumas referências informam que o estilista Christian Dior morreu de ataque
cardíaco em 1957 após engasgar com uma espinha de peixe, outras dizem que o ataque
foi resultado de um ardente encontro amoroso. Porém, não se sabe ao certo qual o
verdadeiro motivo de sua morte até hoje. 
● A DIOR tem em seus arquivos mais de 143 perfumes criados. 

DOLCE & GABBANA

A mulher que veste a grife DOLCE & GABBANA é sexy, gosta de transparência,
contrapondo-se a tecidos masculinos de riscas “diplomáticas”, com gravata ou camisa
masculina, mas sempre de salto, o que lhe confere um caminhar extremamente
feminino. E o mesmo vale para o homem. Relaxado, veste-se para si mesmo, pode ir ao
escritório com um impecável traje de risca “diplomática” ou, diferentemente, com calça
jeans e um blazer. As peças assinadas pela dupla tornaram-se super cobiçadas no mundo
fashion, e a personalidade de ambos, se emaranhou de tal forma na estética
deslumbrante criada por eles que celebridades, clientes e até compradores da indústria
da moda pronunciam o sobrenome dos estilistas italianos como se fosse uma alma
inseparável: DOLCE & GABBANA. 

A história 
Domenico Dolce, nascido na cidade de Polizzi Generosa, em Palermo na Sicília, e
Stefano Gabbana, natural de Milão, se conheceram ainda como aspirantes à estilista, no
início dos anos de 1980, na cidade de Milão, enquanto trabalhavam como assistentes do
designer Giorgio Correggiari. Um deles (Domenico), filho de alfaiate, e o outro
(Stefano), filho de um operário industrial. Juntos tiveram uma clara visão de como
queriam vestir uma mulher. Abriram um pequeno ateliê no ano de 1982 em Milão, onde
trabalhavam em regime de freelancer para grandes casas da moda daquela capital, e,
usando estampas de leopardo e zebra, começaram a definir o estilo inconfundível de sua
futura marca: nascia uma nova geração de estilistas italianos. Ternos de alfaiataria
colados ao corpo e corpetes confeccionados com tecidos nobres e cores vibrantes
trouxeram nova vitalidade à sensualidade, feminilidade e poder. O processo de criação
dessa dupla era semelhante à criação do figurino de um filme. Eles idealizavam a
história, o ambiente, a época e vestiam seus personagens imaginários. Sem falar na
maior e mais constante fonte de inspiração: a Sicília, localizada no Mediterrâneo Sul,
com tradições e paixões que são, até os dias de hoje, a marca registrada de cada coleção
DOLCE & GABBANA. A mulher do sul da Itália, austera, poderosa, devastadoramente
sexy e com fortes traços católicos é parte fundamental do imaginário da dupla, assim
como os chefões da máfia italiana dos anos de 1930 e os camponeses proletários de
camiseta regata, suspensórios e sandálias de couro.

Apaixonados pelo barroco e pelo estilo de vida do sul da Itália, eles uniram seus
sobrenomes em 1985 quando lançaram a primeira coleção, batizada de Donna-Donna,
em um desfile no mês de outubro, na prestigiada semana da moda em Milão, incluídos
na categoria “novos talentos”. Como não tinham dinheiro para contratar modelos, eles
foram ajudados por amigos para conseguir mostrar suas primeiras criações na passarela.
Surgia assim a grife DOLCE & GABBANA. Imediatamente, se tornaram os
queridinhos da imprensa especializada e conquistaram seu espaço no mundo da moda
italiana. Em agosto de 1987, a dupla abriu as portas do seu primeiro showroom e atraiu
fãs muito famosas, como por exemplo, Madonna e Isabella Rossellini, que foram a
“rampa de lançamento” da marca italiana, que ganhou projeção global da noite para o
dia. No final desta década a DOLCE & GABBANA começou a inaugurar suas
primeiras lojas próprias: Tóquio, em 1989; Milão, em 1990; e Hong Kong, em 1991.

A década de 1990 começou com o lançamento da primeira coleção masculina da marca.


A dupla ousou, em 1991, ao vestir as super modelos da época, como Linda Evangelista,
Naomi Campbell e Christy Turlington, com peças da coleção masculina. Neste mesmo
ano lançou sua primeira coleção licenciada de lenços. No ano seguinte lançou seu
primeiro perfume. Esta década também foi marcada pelo surgimento de uma dos
maiores símbolos da D&G: as estampas de onça. Ainda nesta década teve início uma
forte associação da marca com as grandes estrelas da música pop, através da criação dos
figurinos originais para alguns dos mais bem-sucedidos shows de todos os tempos:
Madonna – Girlie Show (1993) e Music (2000); Whitney Houston – My Love is Your
Love (1999); Mary J. Blige – Mary Tour (2000) e No More Drama (2002); e Alicia
Keys – Tour Verão 2002.
O negócio, que começou com uma linha de roupas femininas, cresceu
consideravelmente ao longo dos anos, e passou a englobar calçados, bolsas e acessórios.
Nos anos 2000, a marca reintegrou a produção e a distribuição de lingeries, de moda
praia e acessórios em tecido (lenços e gravatas), antes licenciadas. Uma nova divisão foi
também inaugurada: de couros e calçados. Paralelamente, uma linha de relógios foi
lançada no mercado. A diversificação não se restringiu apenas em sua linha de produtos,
como por exemplo, quando no mês de outubro de 2006, a marca inaugurou o DOLCE &
GABBANA GOLD em Milão. O luxuoso espaço de com uma área de 1.500 m² abriga
quatro diferentes ambientes: café, bar, bistrô e restaurante. Decorado com inúmeros
detalhes de ouro cuidadosamente escolhidos pelos donos da marca mais jovial e sensual
da Itália, o espaço agrada a todos os gostos com o agito das noites em Milão e os pratos
mais requintados da tradicional gastronomia italiana. Ainda em 2006, a marca abriu sua
primeira loja em Xangai na China, com direito a um exclusivo e luxuoso bar
especializado no mais tradicional Martini italiano.

A DOLCE & GABBANA, reconhecida como uma influência revolucionária na moda


internacional, foi a primeira a aplicar os cristais Swarovski nos relógios (mais
precisamente no modelo “Jaclyn”) para criar o efeito fantástico de “diamantes
brilhantes”, o que revolucionou o segmento dos relógios fashion. A badalada marca
italiana só desembarcou no Brasil em 2004, com a inauguração de uma loja no luxuoso
shopping Iguatemi em São Paulo. Atualmente a marca italiana possui sete lojas no país.
Hoje em dia, a marca oferece uma vasta gama de produtos em várias categorias, como
coleções femininas e masculinas, a infantil D&G Junior, jeans, óculos, lingeries,
calçados, acessórios e perfumes (segmento onde a marca é uma das líderes mundiais).

Nos últimos anos a marca italiana tem lidado com polêmicas e escândalos. Os estilistas
foram acusados de sonegação de impostos na Itália. Depois de muitas batalhas jurídicas,
foram absolvidos. Mais recentemente, Domenico Dolce (na foto abaixo a direita) e
Stefano Gabbana (na foto abaixo a esquerda), que são assumidamente gays e até já
foram namorados (se separaram em 2005), criticaram publicamente o casamento
igualitário e a adoção por homossexuais. Foram criticados por muitos famosos,
incluindo o cantor Elton John, que propôs um boicote a marca; e a cantora e atriz
Courtney Love e a tenista Martina Navratilova, que se propuseram a queimar as peças
que possuem da dupla italiana. E a resposta veio no desfile da marca, na semana de
moda de Milão, no dia 1º de março de 2015, quando a DOLCE & GABBANA
apresentou uma coleção em homenagem às mães, com modelos grávidas e segurando
bebês na passarela.
A linha do tempo 
1989 
● Lançamento da primeira coleção de roupas íntimas e moda de praia. 
1990 
● Lançamento da primeira coleção masculina. 
1992 
● Lançamento do primeiro perfume feminino. 
● Lançamento de uma linha com visual “hippie chique” composta por vestidos floridos,
plataformas, jeans estilizados, patchworks e bordados. 
● Lançamento das primeiras coleções de gravatas. 
● Lançamento da coleção de noivas, que seria encerrada em 1998. 
1993 
● Lançamento da coleção masculina de roupas íntimas, que se tornaria um verdadeiro
sucesso no mundo inteiro. 
1994 
● Lançamento do tradicional e famoso perfume DOLCE & GABBANA POUR
HOMME com sua inconfundível embalagem azul-marinho em veludo. 
● Lançamento da marca D&G voltada para um público mais jovem e descolado, e mais
acessível economicamente. A marca foi extinta em 2012. 
● Lançamento da linha de roupas e acessórios DOLCE & GABBANA BASIC,
vendida apenas na loja de Milão. 
● Lançamento da DOLCE & GABBANA HOME COLLECTION, uma pequena
linha de objetos de decoração para casa. 
● Inauguração de sua loja âncora em Milão no luxuoso endereço Via Della Spiga. 
1995 
● Lançamento da nova coleção de jeans da grife. 
● Lançamento da linha de óculos com a marca D&G em parceria com a Marcolin. 
1997 
● Lançamento do perfume By DOLCE & GABBANA. 
1999 
● Lançamento dos perfumes D&G FEMININE e D&G MASCULINE, seguido pela
introdução de uma completa linha produtos para proteção solar. 
2000 
● Lançamento da linha de relógios, masculinos e femininos, batizada de D&G TIME. 
2001 
● Lançamento do perfume feminino LIGHT BLUE. 
● Lançamento da DOLCE & GABBANA JUNIOR, uma linha compostas por roupas,
calçados e acessórios para crianças até 11 anos. 
● Lançamento da coleção SPECIAL PIECES, formadas por peças em edição limitada
e vendidas somente em suas lojas próprias. 
2003 
● Lançamento do perfume feminino SICILY DOLCE & GABBANA. 
2004 
● A grife passou a ser responsável pela criação dos uniformes formais (ternos, cintos,
camisas e sapatos) do time de futebol do Milan. 
● Inauguração da primeira loja da marca na Espanha (Madri). 
2005 
● Lançamento da D&G JEWELS, uma linha de joias para homens e mulheres. 
2006 
● Lançamento, em parceria com a Motorola, do celular MOTORAZR V3i DOLCE &
GABBANA com acabamento em ouro. 
● Lançamento do DOLCE & GABBANA THE ONE, perfume feminino com
fragrâncias de flores orientais. A campanha de lançamento do novo perfume tinha a
musa Gisele Bündchen como principal figura. A versão masculina foi lançada no ano
seguinte. 
● Lançamento da coleção DOLCE & GABBANA ANIMALIER, composta por vários
modelos de bolsas, cintos, carteira e outros acessórios com a tradicional estampa de
onça, uma das marcas registrada da grife italiana desde os anos de 1990. 
2007 
● Lançamento da primeira coleção de malas e pastas masculinas feitas em couro de
crocodilo. 
2009 
● Lançamento da sua primeira linha de batom, com vendas exclusivas na loja de
departamento Saks Fifth Avenue em Nova York e em Beverly Hills, ingressando no
segmento de maquiagem. A bela Scarlett Johansson era o rosto da nova campanha
publicitária da marca italiana para seus batons. O ensaio fotográfico foi inspirado em
Marilyn Monroe, mostrando uma maquiagem marcante que procura valorizar
especialmente os lábios. 
● Lançamento do perfume ROSE THE ONE. A campanha de lançamento teve como
garota-propaganda a atriz Scarlett Johansson. 
● Lançamento da coleção D&G ANTHOLOGY, composta por cinco perfumes, cuja
campanha de lançamento estava repleta de famosos completamente nus. Para a
campanha a marca reuniu algumas super modelos dos anos de 1990 como Claudia
Schiffer, Eva Herzigova e Naomi Campbell. Já a ala masculina ficou por conta do ex
BBB Fernando Fernandes e dos modelos Noah Mills e Tyson Ballou. 
● Lançamento de seu comércio online, inicialmente disponível em 31 países ao redor do
mundo. 
2010 
● Ninguém menos que Madonna se uniu a grife italiana para criar uma coleção de
óculos de sol, batizada de MDG. 
2014 
● Lançamento do perfume masculino DOLCE & GABBANA POUR HOMME
INTENSO. 
● Lançamento de uma linha de cuidados com a pele.
Os ícones 
A marca DOLCE & GABBANA, ao longo de sua história, lançou peças que se
tornaram verdadeiros ícones, como corpetes e sutiãs que são usados como roupas;
ternos de risca de giz com ares de “chefão do crime”; casacos com estampas e bordados
extravagantes; tecidos cujas estampas imitam a pele de animais, como leopardo, onça,
zebra, cobra e até cavalo; e referências religiosas em imagens de santos, vestidos batina,
terços, crucifixos, véus e medalhinhas. Outro ícone da D&G é o “IL VESTITO
SICILIANO” (O Vestido Siciliano) que é basicamente um vestido preto, bem ao estilo
das viúvas.

Dados corporativos 
● Origem: Itália 
● Fundaçã o: 1985
● Fundador: Domenico Dolce e Stefano Gabbana 
● Sede mundial: Milão, Itália 

Você sabia? 
● A linha principal da grife italiana é a Dolce&Gabbana (escrita sem espaços, ao
contrário do nome da empresa/marca). 

DONNA KARAN

Por que será que, em meio a tantos novos estilistas, Donna Karan continua sendo a
queridinha de nove entre dez mulheres? A resposta parece ser simples: ela apostou nas
mulheres comuns - nem tão altas nem tão magras como gostariam de ser, mas que
desejam ser elegantes sem ter um corpo de modelo. Com um olho nas ruas e outro nas
mulheres comuns, Donna Karan tornou-se a primeira estilista americana a influenciar o
mundo com sua moda criativa e inovadora, através de um estilo urbano, sofisticado e
acessível. Quem abrir o guarda-roupa de qualquer garota de razoável poder aquisitivo e
muitas horas de compras em Nova York vai encontrar, com certeza, ao menos uma
camiseta com as duas iniciais que fazem hoje o sonho de consumo de milhares de
mulheres pelo mundo afora: DK. 

A história 
O destino de Donna Karan estava mesmo ligado à moda. Filha de um dono de
armarinho e de uma modelo e representante de vendas de uma confecção, essa nova-
iorquina nascida no tradicional bairro de Queens como Donna Ivy Faske (foto abaixo),
em 2 de outubro de 1948, teve sua primeira experiência profissional ainda no colégio,
durante as férias de verão, ao trabalhar com a estilista Liz Claiborne. Mais tarde, ela
frequentou a Parsons School of Design, de Nova York, de onde saíram nomes como
Tom Ford e Marc Jacobs, e logo nas férias do segundo ano foi contratada para desenhar
para Anne Klein, famosa estilista de roupas esportivas para jovens mulheres, que foi a
primeira a combinar vestidos e casaquinhos, vestidos de cintura justa com blazers e
jaquetas de aviador.

Já formada passou um ano no ateliê antes de ir trabalhar para a Addenda, uma indústria
de confecção. Em 1968, voltou para o ateliê de Klein e, após a morte de Anne, em 1974,
ela e Louis Dell’Olio se tornaram estilistas da empresa para terminar uma coleção
incompleta. Juntos, os dois deram nova vida às roupas da marca, transformando
modelos originais de sportswear em peças extremamente atuais através de uma
modelagem simples e preços acessíveis. Depois de 15 anos na Anne Klein, Donna
sentiu o impulso de ter sua própria grife ao perceber sua dificuldade (e a de tantas outras
mulheres) para encontrar o que realmente precisava no guarda-roupa. “A ideia veio
quando tentava limpar meu closet do excesso. Precisava tornar fácil a escolha de
roupas pela manhã. Então, resolvi meu problema com o mínimo de peças coordenáveis
de diversas maneiras”, costuma contar Donna Karan.

Junto com seu segundo marido, o escultor Stephan Weiss, montou um império que a
colocou no mesmo patamar de importância de outros consagrados estilistas americanos,
como Ralph Lauren e Calvin Klein. Fundou sua empresa na cidade de Nova York em
1984 e, em sua primeira coleção, lançada no ano seguinte, colocou na passarela uma
mulher quase minimalista aos olhos da época, vestindo jérsei e crepe de lã, com botas
pesadas e joias assinadas por Robert Lee Morris. De olho nas ruas e nas mulheres
comuns, que buscam a elegância, mas não têm tempo de sobra nem corpo de modelo,
apostou na fórmula simples de valorizar os pontos positivos da silhueta feminina e
disfarçar os eventuais defeitos.
Ao se livrar dos excessos típicos dos anos de 1980 e focar sua criação para as mulheres
comuns, Donna Karan descobriu o segredo do sucesso. Como não poderia deixar de ser,
a fórmula de valorizar os pontos positivos da silhueta feminina e disfarçar os negativos
deu muito certo e ela acabou chamando a atenção da crítica e do público com um
bodysuit preto (mais conhecido no Brasil somente como “body”), inicialmente com
botões, para ser usado com calça, com saia, por baixo de casacos ou sozinho mesmo.
Era modelado segundo os princípios das peças capazes de firmar o corpo e corrigir as
imperfeições. Também revolucionou o conceito da moda feminina na época ao lançar, o
que, ela mesma batizou, de “Seven Easy Pieces”, que correspondia a sete peças de
roupa que podiam ser combinadas e usadas a qualquer hora do dia e da noite, durante a
semana ou em finais de semana. Tratava-se de um guarda roupa muito feminino e
completo composto de sete peças intercambiáveis. O conceito inovador para a época fez
muito sucesso entre as nova-iorquinas. Rapidamente também os sapatos DONA
KARAN entraram na lista do “must have” de celebridades e de outras tantas mulheres
comuns, se tornando uma espécie de objetos de desejo.

Nascida e criada em Nova Iorque a estilista acertou ao associar sua marca à cidade,
fonte de inspiração e lar das mulheres urbanas e dinâmicas, motivada pelo desejo de
atender o público jovem e, especialmente, sua filha Gaby, com a criação de uma
segunda marca, a DKNY (iniciais de Donna Karan New York) composta por peças e
acessórios mais despojados e acessíveis. A marca se transformou em um enorme
sucesso mundial com suas peças descontraídas e modernas. Em dez anos o sucesso da
marca DONNA KARAN estava consolidado, abrangendo roupas femininas, masculinas,
linha jovem, lingeries, sapatos, acessórios em geral e até perfumes, lançados no início
dos anos de 1990. Nos anos seguintes inaugurou suas primeiras lojas âncoras em
Londres (1994) e Nova York (1999), e expandiu sua linha de produtos com o
lançamento de roupas íntimas masculinas, coleções para casa, relógios, óculos e novos
perfumes que se tornaram um sucesso em vendas. Além disso, para ganhar ainda mais
visibilidade e estilo, a grife investiu em garotas-propagandas célebres, como por
exemplo, a atriz Demi Moore.

Em novembro de 2001, a empresa Donna Karan International (DKI), que atravessava


uma fase de prejuízos econômicos, apesar do enorme volume de vendas, foi adquirida
pelo conglomerado de marcas de luxo LVMH, que pagou aproximadamente US$ 250
milhões. Com isso, a DONNA KARAN alavancou sua expansão internacional,
ingressando em vários novos mercados pelo mundo afora. Em 2002, o fotógrafo Peter
Lindbergh fez as fotos de um livro-catálogo com modelos vestindo a grife em meio aos
ícones da cidade, como os táxis amarelos e a estátua da liberdade. A campanha foi um
verdadeiro sucesso e impulsionou ainda mais as vendas da marca. Nos últimos anos,
várias lojas foram inauguradas, especialmente em países do continente asiático, como
China, Japão, Índia, Cingapura, e Hong King, e as marcas DONNA KARAN NEW
YORK e DKNY licenciadas para outras categorias de produtos. Hoje em dia a grife
simboliza o desejo da mulher cosmopolita que não abre mão de design e qualidade em
boas peças e acessórios que valorizem o corpo e a personalidade feminina.
A linha do tempo 
1988 
● Criação da DKNY, direcionada a um público mais jovem e que apresenta uma moda
mais urbana, moderna e acessível. 
1990 
● Lançamento da DKNY JEANS, uma linha de roupas jeans. 
1991 
● Lançamento da marca DONNA KARAN MENSWEAR, voltada totalmente para o
público masculino. 
1992 
● Lançamento do DONNA KARAN, primeiro perfume feminino da marca. 
● Lançamento dos produtos de beleza da marca DKNY. 
● Lançamento da coleção infantil DKNY KIDS. 
● Lançamento da coleção masculina de roupas DKNY MEN. 
1994 
● Lançamento do DK MEN FUEL, primeiro perfume masculino da marca. 
● Lançamento dos perfumes CASHMERE MIST e DONNA KARAN BEAUTY. 
1999 
● Lançamento da DKNY ACTIVE, linha de roupas esportivas da grife. 
● Lançamento do perfume DKNY WOMEN. 
2000 
● Lançamento da primeira coleção de relógios da grife. 
● Lançamento da DKNY UNDERWARE, linha de roupas íntimas masculinas. 
● Lançamento do perfume DKNY MEN. 
2001 
● Lançamento da DKNY HOME COLLECTION, uma completa linha de roupas
(cama/mesa/banho) e acessórios para casa. 
2002 
● Lançamento do perfume BLACK CASHMERE. 
● Lançamento do perfume DKNY ENERGY. 
2004 
● Lançamento do perfume DKNY BE DELICIOUS, nas versões para mulheres e
homens. 
2005 
● Lançamento do comércio eletrônico em sua página na internet. 
2006 
● Lançamento do perfume DONNA KARAN GOLD. 
2007 
● Lançamento do perfume feminino DKNY DELICIOUS NIGHT. 
2009 
● Lançamento do perfume LOVE FROM NEW YORK. 
2010 
● Lançamento do perfume feminino PureDKNY, que trazia como slogan “só uma gota
de baunilha”, definindo assim perfeitamente a nova fragrância. Além da leveza do
aroma, a marca pensou também em uma embalagem perfeita, fabricada em papel de
floresta reciclável, com energia 100% renovável e protegida com material
biodegradável. O frasco era simples e em forma de gota d’água, feito em vidro 100%
reciclável e com tampa em alumínio puro. 
2014 
● Lançamento da coleção DKNYRamadan, uma linha de roupa feminina exclusiva
para países do Médio Oriente. A linha cumpre os requisitos impostos pelo hijab (código
de vestuário) daqueles países e apresenta como principais apostas peças de vestuário
feitas de tecidos soltos e ondulantes que cobrem todo o corpo, tal como exige a religião
muçulmana. A nova coleção foi inicialmente lançada no Líbano, Jordânia e Iraque. 
● Lançamento do perfume DKNY MY NY, uma homenagem à cidade que a estilista
tanto ama. Para estrelar a campanha do novo perfume, que tem notas de framboesa,
pimenta, baunilha, almíscar e âmbar, a marca escalou mais uma vez a cantora Rita Ora.

A pronúncia 
“Dona Quérham”. O segredo da pronúncia correta está no segundo nome, porque, no
primeiro, a fala de “Donna” é igual em português. No “Karan”, é preciso um pouco de
carinho para pronunciá-lo: além do “ka” da primeira sílaba ser a tônica e transformar-se
em “quÉ”, para falar a segunda sílaba de forma perfeita, é preciso dar uma
“enroladinha” na língua: o “ran” parece que ganha um “h” entre o “r” e o “am”, a fim de
que saia corretamente: “quérham”.

A evolução visual 
Apesar da “marca mãe” (DONNA KARAN NEW YORK) não ter modificado sua
identidade visual ao longo dos anos, a grife DKNY teve seu logotipo alterado, adotando
uma nova tipografia de letra, muito mais fina e moderna, passando assim uma imagem
de sofisticação.
Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundaçã o: 1984 
● Fundador: Donna Karan 
● Sede mundial: New York City, New York 
● Proprietá rio da marca: Donna Karan International 

Você sabia? 
● Em 1974, Donna se casou com Mark Karan, o homem que lhe daria o sobrenome que
a tornou famosa. 

ELIZABETH ARDEN

Ela inventou a indústria da beleza nos Estados Unidos. Revolucionou o mercado com
maquiagens e cosméticos, fazendo com que milhares de mulheres ressaltassem sua
beleza. Transformou a simples porta vermelha de suas lojas em um ícone que representa
os melhores parâmetros de serviço, elegância e um símbolo de luxo e qualidade.
ELIZABETH ARDEN, foi, e ainda é, uma das marcas de cosmético e beleza mais
influentes do mundo. 

A história 
Nascida Florence Nightingale Graham (foto abaixo) em 31 de dezembro de 1878 nos
subúrbios de Toronto (em Woodbridge, Ontário), ela perdeu sua mãe aos seis anos de
idade, mas continuou vivendo com seu pai e irmãos, apesar das enormes dificuldades.
Cursou e se formou em enfermagem. Anos mais tarde, em sua cozinha, começou a
formular cremes para queimaduras e elaborou loções e pastas cosméticas, utilizando
gorduras, leites e outras substâncias. Estas substâncias eram diferentes das utilizadas
pelos médicos da época, e tinham finalidades hidratantes e nutritivas. Logo a cozinha
passou a ser seu laboratório, e ela começou a dedicar seu tempo em busca do creme
perfeito. Os odores que vinham da cozinha incomodavam os vizinhos, que achavam que
a família de Florence estava passando necessidades e não tinham dinheiro para comprar
comida fresca e, por isso, consumiam ovos podres.

Florence passou por momentos difíceis, desacreditada até mesmo por sua família. Mas
como uma grande guerreira foi, aos 30 anos de idade, para a cidade de Nova York em
1908, viver com seu irmão. Cheia de esperanças e expectativas, rapidamente se inseriu
na cultura da cidade. Ela teve diversos trabalhos breves, incluindo um como guarda-
livros na E.R. Squibb Pharmaceuticals Company, que a introduziu no mundo da
cosmética e onde aprendeu muito sobre tratamentos de pele. Também conheceu um
químico e juntos começaram a elaborar o “creme perfeito”, o seu grande sonho. Ao
mesmo tempo foi trabalhar no salão de beleza de Eleanor Adair e dominou a arte da
massagem facial orientada e treinada pelo maior especialista da época. A partir daí,
Florence estava se tornando uma esteticista e também empreendedora. Finalmente, em
1910, ela abriu seu primeiro salão de beleza em uma loja na 5ª Avenida em Nova York,
com US$ 6.000 emprestados de seu irmão mais velho. Com a célebre frase “ser bela e
natural é um direito de toda mulher”, ela introduziu o conceito de Spa Day, e
transformou o país no principal destino de resort spas do mundo. O espaço
disponibilizava serviços de manicure, limpezas de pele e o famoso creme Arden.
Florence, com sua visão empreendedora, então mudou seu nome para ELIZABETH
ARDEN, uma homenagem a sua sócia Elizabeth Hubbard (Arden foi retirado de um
poema de Alfred Lord Tennyson), e instalou na loja uma enorme porta vermelha, que
viria a tornar-se a imagem da marca, dando os primeiros passos na construção do seu
império. Começou também a divulgar seu negócio com a propaganda de seus cremes e
de suas massagens relaxantes e rejuvenecedoras.

Já como Elizabeth Arden, começou a frequentar lugares importantes da sociedade e foi


assim que seu salão logo passou a ser conhecido como o melhor da cidade. Elizabeth
Arden idealizou a beleza completa, com a pele tratada com cremes e loções específicas
para adstringir, tonificar e hidratar. Elizabeth Arden fez do seu salão um perfeito
complexo da beleza. Em 1912, ela criou um batom vermelho como símbolo da
independência feminina, e marchou com aproximadamente 15 mil mulheres pela 5ª
Avenida, defendendo o direito ao voto feminino. Em sua primeira viagem a Paris, ainda
em 1912, se encantou com a prática da maquiagem das mulheres francesas, o chamado
estilo “visual total” (Total Look), coordenando maquiagens nos lábios, olhos e esmalte
nas unhas; e o uso do ruge e do pó. Quando retornou a Nova York introduziu para sua
clientela uma completa linha de maquiagem, com muitas cores. Isto em uma época em
que o uso de produtos cosméticos era malvisto na América, associado a prostitutas e
mulheres fáceis. Além disso, criou um creme facial fluído e suave, quando até então
eles eram feitos a partir de produtos petrolíferos, sendo oleosos e desagradáveis.
Desenvolveu também uma vasta gama de tons para base, que dessem um aspecto natural
à pele feminina e, dessa forma, começou a disseminar a ideia de que a maquiagem era
própria para todas as mulheres, e mesmo necessária para realçar a sua beleza mantendo
a naturalidade.

Dois anos depois, sua linha de maquiagem, chamada Venetian, seu famoso creme facial
Amoretta, comercializado em um frasco sofisticado, e a loção Arden Skin Tonic,
tornaram-se um sucesso instantâneo. Em pouco tempo, a maquiagem, antes exclusiva
das atrizes de cinema, se tornou uma coisa fashion e acessível para as demais mulheres.
Em 1920, mais de cem produtos levavam a marca ELIZABETH ARDEN, e dois anos
depois, ela inaugurava seu primeiro salão na cidade de Paris, iniciando um processo de
internacionalização da marca. Com o sucesso de seu salão, os produtos da marca eram
encontrados também nas mais sofisticadas lojas de departamento do mundo. Foi
também, Elizabeth Arden que introduziu pioneiramente na indústria as chamadas
“Consultoras de Beleza” como conhecemos hoje em dia.

Na década seguinte havia em sua linha mais de 600 produtos, tornando a ELIZABETH
ARDEN uma das mais conhecidas do mundo na época, estando presente em todos os
cantos do mundo. Para ter uma ideia, nesta época afirmava-se que existiam apenas três
marcas americanas conhecidas em todo planeta: máquinas de costura Singer, Coca-Cola
e Elizabeth Arden. Ainda nesta década, ela inaugurou o Maine Chance Beauty Resort
em 1934, quando converteu sua casa de verão localizada na cidade de Mount Vernon no
belo estado de Maine em um resort, e, criou e lançou, no ano seguinte, seu primeiro
perfume. O Blue Grass Perfume by Elizabeth Arden tinha uma suave e doce fragrância
floral que combinava lavanda, jasmim, entre outras. Nos anos seguintes a empresa
lançou outros perfumes, que utilizavam a “fixação” (duração) como maior argumento.
Os perfumes de ELIZABETH ARDEN usavam o seguinte slogan: “Meu perfume dura
24 horas”.

Quando começou a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth lançou um batom vermelho


chamado Montezuma Red, o qual era para ser usado pelas mulheres das forças armadas,
como forma de dar vida aos uniformes e um toque a mais de feminilidade. Em 1946,
Elizabeth Arden se tornou uma das primeiras mulheres a estar na capa da renomada
revista Time, e também a apresentar um programa de rádio na NBC, o Elizabeth Arden
Way to Beauty. No período pós-guerra, na década de 1950, a marca foi a primeira a
introduzir no mercado fragrâncias voltadas exclusivamente para o público masculino.
Elizabeth Arden morreu aos 88 anos, no dia 18 de outubro de 1966, deixando uma
herança de fórmulas de cremes, loções e maquiagens de qualidade, além de uma
empresa com faturamento de US$ 66 milhões anuais. Sendo uma mulher modelo de
determinação, confiança, poder e luta, fez seu sonho se tornar realidade, transformando-
se um ícone feminino.

Na década de 1980 a empresa diversificou seu portfólio com a introdução de uma linha
de protetores solares. Depois de passar pelas mãos do Laboratório Eli Lilly e também da
Unilever, a ELIZABETH ARDEN se tornou uma empresa independente em 2003.
Nessa época passou a contar com a bela atriz Catherine Zeta-Jones como o rosto de sua
marca. O reposicionamento da marca visava conquistar a mulher atarefada que
consegue conciliar o papel de profissional, mãe e esposa, como Catherine. Outra
inovação da marca foi o lançamento da Elizabeth Arden Open for Beauty Express
Stores, máquinas automáticas, localizadas dentro de shopping centers e lojas de
departamento, que vendem produtos de maquiagem e tratamento de pele da marca.

A história de ELIZABETH ARDEN, cujos produtos já foram utilizados pela rainha


Mary, Rainha Elizabeth II, Marilyn Monroe, Jacqueline Kennedy, Marlene Dietrich e
Joan Crawford, sempre esteve entrelaçada com a história de Nova York. Para
comemorar esse legado nova-iorquino, mais recentemente a marca lançou o 5th
AVENUE NYC PREMIERE, uma versão chique e sensual do clássico perfume 5th
AVENUE. Provocante e sedutora, esta nova edição limitada celebra a necessidade
feminina imperativa de não só ter o melhor, mas de ser a primeira a tê-lo. O frasco
icônico celebra o inconfundível skyline de Manhattan, e a embalagem no moderno tom
de berinjela evoca a sensualidade da mulher elegante que frequenta a badalada 5ª
Avenida.
A linha do tempo 
1932 
● Lançamento de uma inovadora linha de batom com cores diferentes. Antes, os batons
eram comercializados apenas em cores básicas. 
1934 
● Lançamento do EIGHT HOUR CREAM SKIN PROTECTANT, um
revolucionário creme facial que garantia até 8 horas de hidratação. O creme faz enorme
sucesso por mais de oitenta anos, ganhando o apelido de “Miracle Cream”, e foi re-
lançado em 1989. 
1935 
● Lançamento da STAGE & SCREEN, uma linha de maquiagens desenvolvida e
direcionada ao segmento de cinema. 
1940 
● Lançamento da sua primeira linha de esmaltes. 
1945 
● Introdução em seus salões e spas de uma linha de roupa assinada por Charles James.
Depois, outros estilistas famosos assinaram as coleções como Antonio Castillo,
Fernando Sarmi e Oscar de la Renta. 
1953 
● Lançamento do perfume masculino ARDEN FOR MEN. 
1989 
● Lançamento do perfume feminino RED DOOR, uma mistura de rosas vermelhas,
violetas, jasmim, lírios do vale, orquídeas e um toque de mel. A embalagem
representava a icônica porta vermelha de suas lojas, se tornando um best seller
instantâneo. Até hoje, o perfume já vendeu 50 milhões de unidades. 
1990 
● Lançamento do tratamento anti-rugas em cápsulas CERAMIDE. Desde seu
lançamento o tratamento já vendeu mais de 500 milhões de cápsulas no mundo inteiro. 
1991 
● Lançamento do perfume feminino WHITE DIAMONDS, que em pouco tempo se
tornou o perfume mais vendido dos Estados Unidos. Foi um dos primeiros perfumes de
sucesso a ser assinado por uma celebridade: Elizabeth Taylor. 
1994 
● Lançamento do perfume feminino SUNFLOWERS, uma mistura exótica de melão,
pêssego, jasmim e rosas. 
● Lançamento do TRUE LOVE, uma fragrância feminina romântica com jasmim,
sândalo, iris, lótus e outras flores. 
1996 
● Lançamento do perfume feminino 5th AVENUE, cujo nome era uma homenagem a
rua em que a primeira loja da marca foi instalada e também uma das mais
movimentadas e estilosas da América. 
1999 
● Lançamento do perfume GREEN TEA, que trazia na composição o chá verde. No
perfume homeopático, o aroma de chá verde ajudava a relaxar a mente, fortalecer o
corpo e confortar a alma. 
2005 
● Lançamento do PREVAGE, um revolucionário creme anti-rugas. Era o primeiro
tratamento cosmético elaborado com Idebenona, antioxidante que modifica a reação em
corrente que faz com que a pele apresente um aspecto prematuramente envelhecido. O
creme já ganhou mais de 60 premiações internacionais. 
2006 
● Lançamento do perfume feminino ELIZABETH ARDEN MEDITERRANEAN,
que contou com a atriz Catherine Zeta-Jones em sua campanha de divulgação. 
2009 
● Lançamento do perfume PRETTY, cujas notas combinam mandarina Italiana, flor de
laranja, pimenta rosada e néctar de pêra. 
2012 
● Lançamento da VISIBLE DIFFERENCE, uma linha básica para o cuidado da pele
direcionada para mulheres entre 20 e 30 anos. 
2014 
● Lançamento da nova fragrância UNTOLD, uma luxuosa e moderna composição
floral que celebra a sofisticação da mulher moderna multifacetada.

Dado corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundaçã o: 1910 
● Fundador: Elizabeth Arden e Elizabeth Hubbard 
● Sede mundial: Miramar, Flórida, Estados Unidos 
Você sabia? 
● A enorme contribuição de Elizabeth Arden para o universo da cosmética foi premiada
em 1962, pelo governo francês, que a agraciou com o prestigioso “Légion D’Honneur”. 
● Seu nome virou sinônimo de luxo e glamour. Tanto que, na diplomacia, o termo
“Circuito Elizabeth Arden” designa as embaixadas que estão situadas nas capitais
mais visadas e badaladas (Roma, Paris, Londres e Washington). 

ESTÉE LAUDER

ESTÉE LAUDER tem uma história, uma tradição e uma filosofia única e especial, que a
transformaram numa referência no mundo da beleza. Qual o segredo deste sucesso, que
dura mais de 60 anos? O fato das criações combinarem ingredientes raros, tecnologias
revolucionárias, texturas gratificantes, aromas sofisticados e embalagens elegantes. Os
produtos Estée Lauder reúnem CIÊNCIA e LUXO, a fim de proporcionarem benefícios
reais e experiências sensorialmente positivas.

A história
Filha de imigrantes judaico-húngaros, Estée Lauder começou vendendo cremes para o
rosto que eram fabricados por seu tio John Schotz, um químico vienense, em sua
própria cozinha. Foi seu tio quem lhe ensinou a preparar o creme para a face, ao qual
batizou de “Super-Rich All Purpose Cream”, e vivia testando-o na família e nos
amigos. Nos anos seguintes, dedicou-se ao aperfeiçoamento do produto criado por John.
Seus primeiros clientes foram Florence Morris, a proprietária de um salão de beleza no
bairro de Upper West Side em Nova York, e suas freguesas. Tinha encontrado uma
platéia cativa e interessada em ver o que ela tinha para mostrar e oferecer. Quando
Florence abriu um novo salão na região de Upper East Side, ela conseguiu a concessão
para os produtos de estética e, assim, expandiu seus negócios, passando a vender os
cremes para residências e vários salões de beleza de hotéis de luxo de Nova York.
Decidida a dar às mulheres a oportunidade de se sentirem belas, ela, juntamente com
seu marido, Joseph Lauder, fundou, em 1946, uma empresa fabricante de produtos de
beleza e cosméticos com seu nome (ESTÉE LAUDER COMPANIES), que
rapidamente se tornou sinônimo de qualidade, feminilidade e sofisticação.

Nesta época, o casal tinha somente US$ 50.000 para investir em comunicação, muito
pouco para que alguma agência de publicidade se sentisse atraída a assumir a conta da
marca. Assim, em vez de utilizar a quantia em propaganda, eles a gastaram em amostras
grátis que o filho Leonard levava de táxi a espetáculos de caridade para senhoras no
sofisticado hotel Waldorf Astoria de Nova York. Assim nasceu a estratégia de
marketing “boca a boca”, que surtia notável impacto de divulgação. Enquanto ela
cuidava do marketing e das vendas, seu marido se ocupava do setor administrativo-
financeiro. Começaram vendendo quatro produtos para a pele: um óleo de limpeza, uma
loção nutritiva, o creme “Super-Rich All Purpose” e uma linha de maquiagem que
incluía pó de arroz, sombra para os olhos e batom. As embalagens eram de um azul tão
singular e característico de seus produtos que o tom ficou conhecido como “Azul
Lauder”, além de se tornar um dos símbolos mais fortes da marca.

Neste mesmo ano, inaugurou o Beauty Salon de Miami, especialmente para loiras
platinadas. Lá, vendia cremes e foi a primeira a tocar nas clientes para ensiná-las a usar
cremes e maquiagens, inaugurando o “talk and touch”. Enquanto isso, as famosas
“Lauder Girls” percorriam os Estados Unidos para vender seus produtos. Dois anos
depois, em 1948, alcançou o sucesso introduzindo seus produtos na luxuosa loja de
departamento Saks, na Quinta Avenida. Diz-se que teria sido submetida à prova através
de um produto contra acne desenvolvido especialmente para a filha do gerente geral
dessa loja. O primeiro pedido, no valor de US$ 800, quantia significativa para a época,
foi vendido em 48 horas. Para divulgar a novidade, a Saks distribuía para todos os
consumidores que comprassem qualquer produto da loja um pequeno cartão de visitas
branco com a seguinte frase escrita em dourado: “Saks Fifth Avenue is proud to present
the Estée Lauder line of cosmetics: now available a tour cosmetics departament” (A
Saks tem orgulho de apresentar a linha de cosméticos Estée Lauder: disponível agora na
nossa seção de cosméticos). A partir daí, cada um dos seus lançamentos veio
acompanhado de um estrondoso sucesso.
Assim, a empresa continuou em vertiginoso impulso ascendente assinando alguns
contratos de exclusividade com outras lojas de departamentos igualmente famosas como
a Neiman Marcus. Em 1953, mais um marco na trajetória de sucesso da marca: a
introdução no mercado da primeira fragrância com o selo ESTÉE LAUDER, o Youth
Dew, um óleo de banho com um cheiro tão suave que podia ser usado como perfume.
Resultado: foi o perfume mais vendido do mundo, durante anos. Determinada a atingir
um número cada vez maior de mulheres, Estée Lauder lançou-se à conquista de outros
mercados, além do norte-americano. Conta-se que, um dia, acidentalmente, espirrou
algumas gotas da fragrância Youth Dew no chão da Galeria Lafayette, em Paris. O
cheiro espalhou-se pela loja e as clientes começaram a se perguntar que agradável
perfume era aquele.

A empresária marcava mais um tento na sua escalada rumo ao sucesso, dando os


primeiros passos no mercado europeu nos anos de 60, principalmente quando seus
produtos começaram a serem vendidos pela tradicional loja de departamentos Harrods,
em Londres, no ano de 1960. No ano seguinte, ingressou oficialmente no mercado
asiático com a abertura de um escritório em Hong Kong, e mais tarde tornou-se a
primeira empresa de cosméticos americana a entrar na antiga União Soviética. Foi
também na década de 60 que começou a produzir uma linha masculina chamada Aramis
(lançada em 1964).

No mesmo período, seus filhos Leonard e Ronald e suas noras começaram a trabalhar
na empresa. Criando seus próprios laboratórios de pesquisas de alta tecnologia, através
de renomados cientistas e dermatologistas, Estée tornou-se referência absoluta na
pesquisa científica no ramo da cosmetologia. Ansiosa em permitir que toda mulher
ficasse o mais bonita possível, Estée Lauder lançou coleções de maquiagem todas
personalizadas de acordo com as estações do ano, com as coleções dos estilistas ou
mesmo quando recebia encomenda focada em temas previamente escolhidos. Foi
somente em 1995 que Estée Lauder afastou-se do mundo dos negócios.

Ao longo da trajetória da empresa, ela procurou participar ativamente de cada uma de


suas etapas. Foi responsável direta pelo desenvolvimento e lançamento dos perfumes
Azurée, em 1969; Aliage, a primeira fragrância da categoria esportiva do mundo, em
1972; Private Collection, em 1973; White Linen, em 1978; Cinnabar, em 1978; e
Beautiful, em 1985. Apenas os membros da família conheciam as fórmulas de cada
fragrância. A originalidade e a determinação da empresária em oferecer inovações às
clientes fizeram até com que encomendasse aos cientistas da NASA um produto com
características nutritivas à base de algas marinhas. O resultado foi o Creme de la Mer.

O filho Leonard Lauder, que presidiu a empresa de 1972 a 1995, foi o principal
responsável por seu crescimento através de lançamentos de novas marcas, aquisições de
outras (como a canadense M.A.C., comprada em 1994; a Bobbi Brown, adquirida em
1995; a tradicional Aveda, em 1997; e a inglesa Jo Malone, em 1999) e vendas em
âmbito internacional. A empresa cresceu também através da “auto-concorrência”,
lançando marcas como a CLINIQUE, primeira marca de cosméticos desenvolvida
dermatologicamente, não alérgica e sem perfume, em 1968.
Somente sob a marca ESTÉE LAUDER são comercializados 29 prestigiosos perfumes
femininos:
● Aliage
● Azurée
● Beautiful
● Beautiful Love
● Beautiful Sheer
● Beyond Paradise
● Bronze Goddess
● Cinnabar
● Estée
● Intuition
● Knowing
● Pleasures
● Pleasures Bloom
● Pleasures Delight
● Pleasures Exotic
● Pleasures Intense
● Private Collection
● Private Collection Amber Ylang Ylang
● Private Collection Jasmine White Moss
● Private Collection Tuberose Gardenia
● Pure White Linen
● Pure White Linen Light Breeze
● Sensuous
● Sensuous Noir
● Spellbound
● Tuscany Per Donna
● White Linen
● Wild Elixir
● Youth-Dew
A origem do nome
A escolha do nome com o qual se tornou internacionalmente conhecida começou bem
antes da marca surgir. Segundo relatos, seus familiares costumavam chamá-la pelo
apelido “Esty” (cuja pronúncia correta seria És-ti). Um dia, no entanto, um funcionário
da escola pública na qual estudava a chamou de Estée, maneira pela qual acabou sendo
sempre identificada pelos colegas, adotando, então, o apelido. Enquanto se dedicava aos
negócios, em janeiro de 1930, ela se casou com Joseph H. Lauter, filho de Lillian e
William Lauter, imigrantes judeus vindos da Galícia. O casal posteriormente mudou o
nome para Lauder. A escolha do nome da marca foi então uma conseqüência desses
acontecimentos: a junção do apelido dela com o sobrenome do marido.

O gênio por trás da marca


Se a intuição e a beleza são qualidades femininas, Estée Lauder foi intensamente
mulher. Nascida Josephine Esther Mentzer, em 1 de julho de 1908 (mas a família diz
que ela pode ter nascido dois anos antes disso), na comunidade de Corona, no subúrbio
nova-iorquino do Queens, era a caçula da uma família que incluía seis irmãos - seis
homens e uma mulher. Seu pai, Max - judeu de origem húngara - era um alfaiate que
abriu mão de sua profissão quando comprou uma loja de ferragens, no bairro onde
viviam, e sua mãe Rose (Schotz Rosenthal) era imigrante húngara. Criada no
apartamento que havia sobre a loja, a jovem Josephine costumava ajudar o pai a arrumar
a mercadoria nas prateleiras e a decorar as vitrines. Foi com a mãe, no entanto, que a
então futura empresária desenvolveu a idéia de que a mulher deveria ser bela. Foi com
Rose que ela aprendeu a importância de cuidar da pele. Foi ela quem lhe falou dos
danos que o sol poderia causar, assim como era ela quem usava luvas e guarda-chuva
para se proteger dos raios solares. Ela se lembraria das palavras maternas pelo resto de
sua vida. Muito já se escreveu sobre esta mulher que conquistou o título de “Rainha
Americana dos Cosméticos”, tornando-se uma das empresárias mais respeitadas e bem-
sucedidas do país.
Já se disse até que, quando o então presidente americano, Ronald Reagan, recebeu o
príncipe Charles e a princesa Diana (ou Lady Di como era comumente chamada) na
Casa Branca, e pediu que três pessoas também estivessem presentes: o ator Robert
Redford, o cantor Bruce Springsteen e Estée Lauder. Boatos à parte, a maneira singular
e o dinamismo com que a empresária gerenciava seus negócios, desde o início de sua
carreira, garantiram-lhe a admiração tanto dos amigos quanto de seus concorrentes.
Sobre ela, há um consenso: Estée Lauder transformou a beleza em um grande negócio,
cultivando métodos originais de vendas e distribuindo amostras grátis às clientes. Na
verdade, foi pioneira na adoção desta estratégia, que atualmente é prática comum. Estée
Lauder costumava dizer que “Beleza é uma questão de atitude. Não há mulheres feias,
apenas mulheres que não se cuidam ou que não acreditam serem atraentes”. A autora
destas palavras, proferidas inúmeras vezes ao longo dos últimos 60 anos, era Estée
Lauder, uma das maiores empresárias do setor de cosméticos do mundo. Tendo
construído um império industrial de estética que sobreviveu a sua criadora, ela
acumulou inúmeros títulos ao longo de sua vida, tornando-se uma espécie de lenda no
jet-set internacional. Os convites para suas badaladas festas eram intensamente
disputados e sua lista de convidados incluía personalidades como Nancy Reagan e a
princesa Diana, entre outras. Em 1988, Estée Lauder foi a única mulher presente em
uma lista elaborada pela revista Time, com os 20 empresários mais influentes e geniais
do século XX. Na filantropia, contribuiu assiduamente para um centro nacional de
câncer e com a Liga de Manhattan. A empresa inclusive possui a linha Pink Ribbon
Collection, cuja venda é revertida para pesquisas contra o câncer de mama. Sua família
é também conhecida por apoiar instituições beneficentes judaicas e de outras minorias.
Estée Lauder morreu no dia 24 de abril de 2004 aos 97 anos em função de uma parada
cardiorrespiratória.

Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Fundação: 1946
● Fundador: Estée e Joseph Lauder
● Sede mundial: New York City, New York

.
FENDI

“Deus, me dê Fendi”. A brincadeira, inscrita em camisetas e que virou um mantra na


boca dos descolados, é um jogo de palavras que traduz com perfeição o culto pelas
roupas e acessórios dessa grife italiana, cujas bolsas e casacos de pele desfilam nos
ambientes mais luxuosos e sofisticados do mundo. Seu logotipo composto por duas
letras F é visto e reconhecido como símbolo de status no mundo inteiro. A FENDI traz o
sobrenome da lendária família italiana, interpretando o passado de maneira
contemporânea, homenageando a tradição artesanal e celebrando a geração de novos e
preciosos materiais com valiosos detalhes. A grande popularidade da grife, no entanto,
deve-se mesmo às bolsas, que jamais economizaram na exibição do logotipo e fizeram
dele um verdadeiro e disputado símbolo de status.

A história
Tudo começou em 1918 quando Adele Casagrande, cuja família era formada por ricos
produtores de couro de Florença, abriu uma pequena loja de artigos de couro e peles na
Via Del Plebiscito no centro de Roma, que fabricava também bolsas de couro macio
com refinamento de formas, texturas e minuciosos acabamentos de fechos e fivelas,
além de sacolas de verão feitas com tiras de lona. Quando ela se casou com Edoardo
Fendi em 1925, eles tomaram a decisão de mudar o nome da loja para FENDI. Era o
período do pós-guerra, onde a classe média estava tentando se reerguer e voltar a ter
hábitos consumistas. Foi com esse cenário que a loja rapidamente se tornou um sucesso,
vendendo malas de couro e outros artigos para uma clientela cativa. O negócio
prosperou e uma nova loja foi inaugurada na Via Piave em 1932, uma área residencial
que estava se tornando um centro comercial da época. O crescimento da FENDI, já bem
conhecida e conceituada em Roma, com importantes clientes assíduos, começou a
romper as fronteiras da região, tornando-se um símbolo de estilo e bom gosto para as
mulheres italianas.
Depois da Segunda Guerra Mundial, em 1946, a segunda geração da família começou
aos poucos a ingressar nos negócios. A primeira a trabalhar na empresa foi Paola, filha
mais velha e então com 15 anos na época, que depois assumiria a divisão de peles,
seguida de suas irmãs Anna (divisão de couro), Franca (relacionamento com clientes),
Carla (coordenadora de negócios) e Alda (departamento de vendas). Com cinco ativas e
talentosas jovens mulheres ao leme, a FENDI começou a galgar seu sucesso no mundo
da alta costura. As jovens implantaram ideias modernas e criaram linhas arrojadas de
produtos (malas, bolsas e casacos de pele). Em 1964, a marca que já era muito
conhecida na Itália, abriu uma de suas muitas lojas nesse período, na sofisticada Via
Borgognona. Em 1965 uma aliança, que mudaria os rumos da marca, foi selada entre a
empresa e o jovem designer alemão Karl Lagerfeld (hoje também o atual estilista da
Maison Chanel), que assumiu como diretor criativo da grife, apresentando uma nova
leitura aos casacos de pele, fora da alta costura e dentro do prêt-à-porter (expressão em
francês para roupa comprada pronta em lojas) como a jaqueta jeans com acabamento em
pele. Foi ele o responsável pela criação do logotipo com os duplos F invertidos
(chamado de “Zucca” quando é maior e “Zucchino” quando é menor), que mais tarde
foi adicionando à lista de símbolos de status internacional, e, ajudado pelas irmãs,
revolucionou o tratamento das peles e de outros tecidos.

Outros materiais, como fibras entrelaçadas e até mesmo peles revestidas em ouro 24
quilates, passaram a ser aplicados nos acessórios da marca italiana. Bordados,
impressões e cores também fizeram parte de suas coleções ao longo dos anos. O que era
uma peça preciosa, mas rígida e pesada se tornou leve, macia e pra lá de elegante. A
equipe comandada pelo alemão trabalhou para inventar novas maneiras de se trabalhar
com as peles (curtimento, tingimento e tratamento), além de ter introduzido peles
inusitadas, transformando-as em acessórios de moda. A FENDI conquistou prestígio e a
liderança no setor, utilizando peles tingidas, com mão de obra de alta qualidade e
refinada técnica de corte, trunfos que valeram à marca italiana a conquista de vários
prêmios internacionais.

Em 1968, as malas e bolsas da FENDI foram descobertas em Roma por Marvim Traub,
então presidente da famosa loja de departamento americana Bloomingdale’s, que as
levou para serem vendidas em Nova York. Não demorou muito para os produtos da
marca despertar a atenção de várias outras lojas americanas que queriam tê-los para
vender á seus consumidores, fazendo com que hoje em dia a FENDI seja a marca com
maior número de representações dentro das tradicionais lojas de departamento
americanas.

Na década de 70, a marca alcançou um grande reconhecimento e seus produtos eram


vendidos nas melhores lojas do mundo. A empresa lançou uma nova linha de produtos e
acessórios, como luvas, jeans, gravatas, óculos, relógios, isqueiros e canetas em 1984.
No ano seguinte, para comemorar os 60 anos da marca, organizou um suntuoso desfile
no Museu de Arte Moderna de Roma. Somente em 1989, inaugurou sua primeira loja
em solo americano, localizada em plena Quinta Avenida. Era a primeira vez que todos
os produtos da marca podiam ser encontrados em um mesmo lugar. Em 1994, Silvia
Venturini Fendi, neta dos fundadores, começou a trabalhar na Direção Artística da
marca (especialmente acessórios), e foi a principal responsável pela criação em 1997 de
um ícone da FENDI: a bolsa baguette, que se tornou extremamente popular nas mãos de
Madona e Carrie Bradshaw, personagem do seriado Sex and the City, interpretada por
Sarah Jessica Parker.

Em 1999, a marca foi comprada pelo poderoso grupo LVMH, mantendo os membros da
família em cargos importantes dentro da empresa. Somente dois anos mais tarde, em
2001, a FENDI inaugurou sua primeira loja âncora na cidade de Paris, o centro da alta
costura mundial. Em 2005, a FENDI celebrou seu 80º aniversário com a abertura da
nova sede PALAZZO FENDI em Roma, que abriga os estúdios, ateliês de pele, além
de ser a maior loja da marca no mundo. Nos anos seguintes a marca continuou lançando
bolsas de enorme sucesso no mercado mundial, sempre ditando tendência no segmento
e arrebatando a atenção e preferência das celebridades. Luxo, fantasia, qualidade. Com
um pé na tradição e outro na modernidade, a marca italiana Fendi continua
arrebanhando cada vez mais fiéis para o irresistível pecado do consumo de luxo.

A linha do tempo
1966
● Lançamento da primeira coleção de peles assinada por Karl Lagerfeld. Foi um
sucesso imediato para os novos consumidores.
1967
● A grife italiana desenvolveu um trabalho inovador em casacos e mantôs de pele,
utilizando coelhos e esquilos.
● Lançamento de um casaco reversível forrado de pele e outro em estilo quimono,
misturando linda e perfeitamente pele com couro e vários tecidos.
1968
● A grife organizou um desfile no Japão e não demorou muito para que seus produtos
estivessem disponíveis no mercado daquele país.
1969
● Lançamento da primeira coleção de roupas prêt-à-porter no Palazzo Pitti em Florença,
depois que as irmãs não encontravam mais roupas de outras marcas para complementar
o visual dos desfiles dos casacos de pele da marca.
1985
● Lançamento do primeiro perfume feminino chamado Fendi for Women. Nos anos
seguintes a linha foi expandida com a introdução do Theorema Uomo e Fendi Uomo
(para homens), introduzido em 1988; e Celebration e Fantasia (para mulheres).
● Lançamento da primeira linha de móveis e objetos de decoração da grife italiana.
1987
● Lançamento da FENDISSIME, uma linha de produtos voltados para o público jovem
e moderno, que rapidamente cresceu separadamente da marca principal, conquistando
assim novos consumidores.
1989
● Licenciamento do nome e do logotipo da FENDI para a empresa Cross Pens fabricar
sofisticados instrumentos para a escrita. O acordo não durou muito.
1990
● Lançamento da linha FENDI UOMO, composta por roupas e acessórios masculinos
para qualquer momento e circunstância da vida.
1991
● Lançamento de sua primeira linha de joias e de óculos.
1997
● Lançamento da baguette (pequena bolsa retangular e simples), uma criação de Silvia
Venturini, e que se tornaria, dois anos depois, a bolsa mais vendida no mundo. O nome
surgiu por acaso, quando, em seu lançamento, no outono, alguém comentou que o modo
certo de usá-la era debaixo do braço, da mesma maneira que os franceses carregam o
referido pão - e não como uma bolsa de mão. Até hoje, mais de 1.000 modelos e
versões, utilizando diferentes materiais (de crocodilo a cashmere, com gravações em
relevo, metal, pele e até pedras), foram criados para esta linha de bolsa da marca
italiana, que chegam a custar mais de US$ 30 mil em suas edições mais exclusivas. A
icônica bolsa, que na verdade introduziu o conceito de “it bag” (a Baguette), já vendeu
mais de 1 milhão de modelos desde seu lançamento.
1998
● Lançamento, em uma homenagem a criação made by hand, da coleção de bolsas La
Selleria, uma série limitada em “cuoio fiore” (flor de couro).
2001
● Lançamento da bolsa mini-baguette, mais macia e cilíndrica que o modelo tradicional.
2005
● Lançamento da bolsa SPY FENDI, que rapidamente se transformou em um
fenômeno entre as celebridades mundiais.
2006
● Lançamento da B FENDI, uma coleção de bolsas extravagantes que utilizam
materiais diversos como jeans, náilon e couro.
2007
● Lançamento do perfume feminino FENDI PALAZZO. A embalagem do perfume
vista de frente reproduz a imagem do próprio Palácio FENDI, na Itália, como elemento
decorativo. O frasco, criado por Karl Lagerfeld e produzido pela Pochet, é simples, mas
a decoração foi feita de forma criativa, o que torna o produto diferenciado. O lado de
traz do frasco foi decorado com o padrão que reproduz as linhas do Palácio Fendi. No
painel frontal, um filete de platina em todo o perímetro funciona como uma moldura.
Apenas 18 meses depois, a marca italiana decidiu retirar o perfume do mercado.
Segundo a empresa, apesar das vendas serem boas, elas ficaram aquém das expectativas
em 2008.
2008
● Lançamento, em parceria com a marca japonesa Aprica, de uma linha de produtos
infantis compostas por carrinhos, sapatos e até uma série de brinquedos chamada “Life
Toys”.
2010
● Lançamento do novo perfume da marca: FAN di FENDI. O frasco é uma joia
extremamente preciosa e perfeitamente atemporal. Os códigos marcantes da marca são
reafirmados: a fivela de ouro (da bolsa baguette) é trabalhada na embalagem do perfume
e a tampa é uma referência ao fecho da bolsa Peekaboo envernizada. Sua fragrância é
um floral luminoso baseado na elegância do couro, contém notas de Pera, Groselha,
Tangerina da Calábria, Pimenta Rosa, Patchouli, Jasmim Amarelo e Rosa Damasceno.
2011
● Lançamento da FENDI KIDS, uma linha de roupas e acessórios desenvolvida
especialmente para crianças entre 3 meses e 12 anos.
● Lançamento, em parceria com a italiana Inglesina, reconhecida pelos luxuosos
produtos para o público infantil, de uma linha de carrinhos e cadeirinhas para bebê.
2012
● Inauguração da primeira loja FENDI KIDS (roupas e acessórios para bebês e
crianças), localizada no Dubai.

Peças artesanais
Em um culto a tradição, bolsas, pastas executivas, valises, malas e artigos de couro são
criados tomando como inspiração o passado com adição da qualidade e refinamento de
seguir a evolução em seu design único e incomparável. Made by hand (feito à mão), é
um dos essenciais elementos genuínos da FENDI, detalhes que nos remetem a
preciosidade de cada peça na coleção, confeccionados inteiramente de modo artesanal,
com o mesmo cuidado com que em 1925 um grande seleiro romano colocou o logotipo
de prata nas bolsas criadas por Adele Fendi. Para se ter uma ideia deste processo,
apenas três artesãos são capacitados para confeccionar à mão uma bolsa “baguette”, que
demora aproximadamente 12 dias para ficar pronta. Uma edição limitada de apenas 100
modelos chegou recentemente às lojas europeias, a preços que atingem facilmente os
US$ 3 mil. Hoje, no Palácio Fendi, a magnífica sede da grife em Roma, compradores do
mundo todo se debruçam sobre criações como as bolsas Maserati, Peekaboo e Spy,
produzidas por artesãos da Toscana, com as mais suaves peles e com versões sob
medida, que chegam a custar até 25 mil libras.

Mas, talvez a bolsa que retrate melhor toda essa preocupação da FENDI em investir nas
pesquisas por materiais diferentes e em técnicas que possam expressar o luxo e a
elegância seja a Straw Twins, uma peça versátil para a mulher moderna, que completa o
visual de fim de semana, ótima para um passeio de barco ou ainda para ir às compras. O
corpo da bolsa é todo feito em fibra de ráfia trançada e costurada à mão, e está
disponível em sua cor natural dourada ou em preto. As alças em couro preto dão um
toque de charme ao modelo, que tanto pode ser elegantemente carregada nas mãos,
como pode ser pendurada no ombro, através de uma tira ajustável também em couro
preto, assumindo um visual mais despojado. O tradicional logotipo da FENDI une as
alças ao corpo da bolsa. Seu interior é forrado em tecido e não possui divisórias, o que
facilita carregar um netbook, ou aquela necessaire um pouco maior. Há apenas um bolso
com zíper para levar os pertences menores. Todos os adornos em metal são dourados,
desde o fecho magnético, o zíper do bolso interno, os pés que protegem a parte inferior
da bolsa, até a plaquinha que leva o nome da marca.

Muita controvérsia
Por muito tempo, as peles de animais foram banidas das passarelas, em nome da moda
politicamente correta. Pele e couros sintéticos, no entanto, não se comparam ao luxo das
peças autênticas, que aos poucos estão conquistando novamente seu lugar nos guarda-
roupas de celebridades e, consequentemente, na alta costura. A FENDI tem lugar de
destaque neste cenário, já que Karl Lagerfeld é o estilista que mais revolucionou a arte
de trabalhar com peles. Basta entrar no site oficial da marca para perceber o uso de
couros de cobras e peles de ursos, entre outros animais, em suas peças. E foi justamente
isso que fez com que a marca italiana se tornasse um dos principais alvos de ativistas e
associações que defendem os direitos dos animais. Um exemplo do mais recente
protesto ocorreu no mês de julho de 2011 na Coréia do Sul, em que muitos ativistas
despedaçaram um animal de mentira e deixaram escorrer sangue falso do mesmo sobre
o nome FENDI. Os ativistas também pediram apoio em uma campanha de boicote à
grife italiana. O próprio Karl Lagerfeld, em uma entrevista recente colou ainda mais
“lenha” nessa polêmica discussão: Em um mundo onde se come carne, utilizar o couro
para sapatos, roupa e bolsas torna a discussão sobre as peles infantil.

Dados corporativos
● Origem: Itália
● Fundaçã o: 1925
● Fundador: Adele Casagrande e Edoardo Fendi
● Sede mundial: Roma, Itália

FIORUCCI

Biquínis surpreendentemente coloridos, jeans


surpreendentemente justos, camisetas e acessórios extravagantes, com muito brilho e
cores berrantes, especialmente rosa-choque. Para a marca italiana FIORUCCI, nada é
sagrado. A grande idéia é transformar algo comum e ordinário em moda. E esta é a real
magia da FIORUCCI, o nome de um look (visual), de um conceito, de um fenômeno
empresarial e social.
-
A história
Tudo começou em 1962, quando o italiano Elio Fiorucci herdou de seu pai uma
sapataria na cidade de Milão. Na época com apenas 22 anos, levou três pares de
galochas brilhantes e coloridas para uma revista de moda semanal de Milão e convenceu
os editores a publicarem uma foto. A idéia, aparentemente estranha, virou sensação no
país da noite para o dia. Começava a surgir o espírito da marca FIORUCCI. Em meados
desta década, começou a viajar para Londres, buscando roupas da moda. Em 1967,
enquanto a América curtia Bob Dylan, The Doors, LSD e os jovens se vestiam de modo
a chocar a sociedade, Milão era uma cidade conservadora e intocável pela insanidade.
Foi nesse cenário que a loja da FIORUCCI em Milão, localizada na Galleria Passerella,
abriu suas portas no dia 31 de maio como uma alternativa de estilo de compras. Naquela
época, a loja tinha paredes laqueadas de branco, com uma grande escala azul, onde
subiam e desciam as primeiras mini-saias ao som dos Beatles. Projetado pela escultora
Amália Del Ponte, o espaço foi inaugurado pelo popular cantor italiano Adriano
Celentano, que apareceu na abertura em um Cadillac cor-de-rosa.
-
-
Elio trouxe a cultura jovem de Londres e da América para Milão e a apresentou aos
jovens italianos, que adoraram. Eles mal haviam visto camisetas, jeans e glitter, e agora
já podiam comprar tudo isso. Nada da FIORUCCI era original, exceto ela toda. A loja
logo se tornou ponto de encontro dos modernos italianos. Em 1971, no meio da Guerra
do Vietnam, o camuflado era o novo uniforme dos jovens pacifistas. A estampa
camuflada tornou-se um clássico, ocasionalmente usado pela marca, em tons menos
bélicos. Em 1974 uma segunda loja foi inaugurada na cidade de Milão em plena Via
Torino e no ano seguinte em Londres, localizada na famosa Kings Roads. Ainda em
1975, os designers da grife, seguiram a trilha dos hippies e encontraram no Afeganistão
aqueles casacos e jaquetas bordados com pele de ovelha, que iriam ser adotados por
uma geração inteira. Eles abriram um caminho para uma grande gama de cores, roupas
de brilhos exóticos, retirados de pequenos mercados ao redor do mundo.
--
A FIORUCCI fez grande sucesso nos Estados Unidos com a inauguração da loja na
cidade de Nova York em 1976. Entre os assíduos freqüentadores estava Andy Warhol
que se divertia muito comprando objetos de plástico e onde, todos os sábados,
autografava cópias da sua revista, a “Interview”. Era o começo da conquista dos jovens
americanos. No ano de 1978, a montadora Alfa Romeo quis renovar o seu famoso carro
Giulietta e pediu para a marca vesti-lo para a ocasião. A FIORUCCI contratou dois
designers para a tarefa: os arquitetos Ettore Sotsass e Andréa Branzi. Sem alterar
qualquer aspecto técnico-estrutural, os designers interferiram na atmosfera com o mote
de “tudo é possível”. Até rodas azuis claras e a superfície do chassi de casca de laranja.
O projeto deu ainda mais visibilidade para a grife italiana. Nesta década a marca se
tornou famosa e ícone de uma geração. Viajando constantemente, Elio colhia idéias e
peças que passava a uma equipe de estilistas. As roupas das lojas FIORUCCI eram
jovens, novas e, com freqüência, divertidas: galochas de plástico em cores fortes;
acessórios eletrônicos; camisetas com estampas computadorizadas; meias e lenços
fluorescentes e jeans justos e anatômicos, que fizeram enorme sucesso.
-
-
A marca captou o espírito do momento para um mercado predominantemente jovem,
reciclando idéias antigas. No início dos anos 80, a coleção de camisetas, tops e
moletons, ilustrados com os desenhos de Walt Disney nasceram. O sucesso de vendas
foi tanta, que o nome da FIORUCCI entrou para a “American Multinational’s book of
fame” por ter estendido a lenda do Mickey Mouse para os adultos e o universo da moda.
Em 1983 inaugurou sua loja em Paris com um grande show da cantora Madonna. Era o
jeito FIORUCCI de fazer barulho e chamar a atenção da mídia.
-
-
Em 1989, passando por uma grave crise financeira (chegou a pedir falência) e de
identidade, a FIORUCCI foi adquirida pela EDWIN, uma gigante japonesa do jeans
Premium, por meros US$ 41 milhões em 1990. Respeitando a origem da marca italiana,
todos os designers, confecção da imagem e comunicação, permaneceram no escritório
de Milão. Os novos administradores ampliam o sucesso: além do vestiário, a
FIORUCCI lança, no final da década, dois perfumes jovens e muitos outros acessórios.
Pouco anos depois, em 1993, à partir de uma idéia da designer Gioia Magnani, um
pequeno coração (estreito e comprido) apareceu pela primeira vez em uma camiseta
comemorativa do Dia dos Namorados. E, logo depois, tornou-se a perfeita alusão para o
frasco do segundo perfume da marca: Fiorucci Loves You. Inevitavelmente, transcendeu
a ação inicial, tornando-se mais um ícone da marca.
-
-
À partir de 2004 começa a sua expansão de franquias pela Ásia, com aberturas de uma
rede de lojas no Japão (loja âncora em Tóquio), Coréia do Sul, China e Hong Kong. E à
partir de 2007 começa novamente a expansão da FIORUCCI no Brasil. Apesar do
império FIORUCCI ter passado por vários donos e mesmo com o passar dos anos e as
mudanças, seu visual continua o mesmo: divertido e anti-fashion.
-
A linha do tempo
1968
● Lançamento das camisetas com temas indianos cheias de cores vibrantes e brilhos.
Elas se tornaram um sucesso instantâneo.
1975
● Lançamento da linha de roupas infantis com a marca FIORUCCINO.
1978
● Em parceria com a Metalflex, a grife foi uma das primeiras a lançar uma linha de
óculos.
1979
● Inauguração da famosa loja da grife em Los Angeles, na badalada região de Beverly
Hills.
1982
● Em parceria com a DuPont, faz o primeiro jeans com strecht do mundo.
● Re-introduziu a mini-saia com enorme sucesso. Em apenas dois meses, mais de 100
mil peças foram vendidas.
● Promove o show lendário com Simon and Garfunkel em pleno Central Park, em Nova
York.
1983
● Lançamento de uma linha de ginástica composta por calças de lycra, body, polainas e
colãs.
1985
● A grife foi coroada como “Rei do Jeans” na Europa.
1989
● Produz outra linha de design, desta vez assinado pela inglesa Vivienne Wetwood.
1997
● Licencia sua primeira linha de produtos para casa.
1999
● Lançamento do primeiro perfume da marca.
2001
● Lançamento do perfume Fiorucci Love You.
2002
● Desenvolve um projeto de designer, através do FIORUCCI DESIGN OFFICE, para
os assentos dos aviões da companhia aérea Eurofly. Com motivos havaianos, os
assentos se tornaram uma sensação entre os turistas. Devido ao bom resultado, a
FIORUCCI estendeu o contrato: a partir de 2004, produtos da marca eram
comercializados dentro das aeronaves; criou os uniformes dos comissários de bordo; e
remodelou novamente os assentos.
2003
● Lançamento da primeira linha de maquiagem da grife.
2004
● Lançamento de sua linha de roupas íntimas e moda praia.
2007
● Lançamento, em comemoração aos 40 anos da grife, de uma calça jeans com
modelagem sequinha e o bolso bordado com a frase Love Fiorucci.
-
-
As lojas e produtos
A FIORUCCI é inovadora na forma como moldou o conceito e visual de suas lojas. Ao
invés de apenas trabalhar com a moda (vestuário: confecção e calçados), ela se
transformou em uma pequena loja de conveniência, onde produtos inovadores estão ao
alcance do consumidor. Desde roupas femininas, masculinas, infantis, sapatos, bolsas,
acessórios, roupas íntimas e de banho, perfumes, maquiagens, até produtos para casa e
gadgets, podem ser encontrados em suas deliciosas e divertidas lojas, que no mundo,
fazem do ato de ir às compras, antes de tudo uma “experiência dos sentidos”.
-
-
Os clientes são envolvidos pela música vibrante, pelo perfume de café expresso ou
incenso, pelos produtos acessíveis ao toque, chocolates e deliciosas balas a vontade e
pela exibição da moda em cores berrantes e formas intensas. Hoje, o jeans é o carro-
chefe da marca, podendo ser encontrado em suas lojas próprias e tantas outras
localizadas nos locais mais badalados do mundo. Foi FIORUCCI a primeira a lançar nas
boutiques o jeans, antes vendido e posicionado como calças de trabalho. Já em 1976, a
FIORUCCI vendia seu jeans por um preço acessível, posicionado com o slogan “todos
podem ter”. Nesta época, custava aproximadamente 9.000 liras, enquanto um vidro de
xampu custava 4.000 liras.
-
Criando estilos
Ao longo dos anos a FIORUCCI ficou conhecida por seus produtos - diferentes e
inusitados - e campanhas, deixando célebres algumas imagens, que trazem um revival
instantâneo da marca. Mas são os detalhes que fazem a alma e o espírito da marca
italiana: botões multicoloridos em camisas masculinas, a costura metálica em xales
outrora comuns, exatamente o que fez daquela primeira galocha Crayola diferente de
qualquer outra no mundo. A FIORUCCI consagrou alguns ícones:
- Logomarca dos anjinhos
- Calça jeans
- Dourado (em sapatos, bolsas, botas, jeans, cintos e malas)
- Estampas de animais (tecido sintético reproduzindo as pele)
- Estrelinhas coladas nas roupas em cores pastéis e brilhantes
- O coração
- Estampas militares
- Bolsas de plástico
- Listras
- Grafismos
- Roupas em Lycra
--
A logomarca dos anjos
Em 1970, FIORUCCI se tornou uma marca de verdade, adotando um logotipo, com a
força de um ícone arquétipo: os dois pequenos anjos, os quais - desde então - se
tornaram o símbolo mundial da marca, um gráfico decorativo colocado em cima de
vestuários, acessórios e aparelhos. Os anjos, em estilo vitoriano, adaptados pelo artista
gráfico italiano Ítalo Lupi, não foram escolhidos por acaso. Enquanto símbolos de
liberdade e movimento são apropriados à grife que ao mesmo tempo deu início a uma
verdadeira e própria revolução de cores, de fantasia e de liberdade.
-
-

● Origem: Itália
● Fundação: 31 de maio de 1967
● Fundador: Elio Fiorucci
● Sede mundial: Milão, Itália

A marca no Brasil
A marca foi introduzida no Brasil pela especialista em moda Glória Kalil (ela
representou a marca no país por 17 anos, e tudo era fabricado aqui), sua representante
de 1976 a 1992. Ícone dos anos 80, a FIORUCCI lançou moda entre os jovens
brasileiros, conquistou também os fashionistas da época com seus jeans e camisetas
badalados e caros. Mas inexplicavelmente caiu em desgraça, devido a popularização de
seus produtos e a queda de qualidade na produção de suas peças. Como em um passe de
mágica, a grife perdeu seu apelo e praticamente sumiu do mercado brasileiro. Em 2007,
a FIORUCCI, agora em novas mãos, começou novamente reconquistar o consumidor
brasileiro com seus produtos, e principalmente com seu forte conceito. Para 2009, a
marca pretende abrir pelo menos três lojas próprias. Os famosos anjinhos que eram
obrigatórios nos anos 80 estão de volta ao Brasil com um mix de produto completo.

-
Você sabia?
● A FIORUCCI é líder italiana em exportação no seu segmento.
-

GIORGIO ARMANI

Ternos bem cortados, paletós simples e versáteis. Alfaiataria confortável e elegante para
homens e mulheres. Cores básicas como preto, cinza, bege, branco e variações de tons
off-white. Vestidos de noite cheios de glamour, que abusam da silhueta “sereia” e do
brilho dos paetês. Clientes mais que famosos que desfilam suas criações não somente
nas badaladas passarelas da moda como nas telas de verdadeiros sucessos de
Hollywood. Isso é uma breve descrição da marca GIORGIO ARMANI, comandada
com maestria pelo estilista italiano de mesmo nome, que soube transformar seu
inesgotável talento em um verdadeiro império.

A história
O estilista Giorgio Armani, conhecido como o “Imperador de Milão”, nasceu em 11 de
julho de 1934 na cidade de Piacenza, localizada no norte da Itália (ao sul de Milão). A
paixão pela moda não se manifestou cedo e o jovem italiano chegou a cursar dois anos
de medicina na Universidade de Milão antes de aceitar, aos 20 anos, o trabalho de
vitrinista e depois se tornar comprador de moda masculina na renomada loja de
departamentos La Rinascente, localizada na cidade de Milão. Sua irmã mais nova, a
bela Rosanna, que trabalhava como modelo, o introduziu no restrito círculo da moda
italiana da época e, a partir daí, seu currículo ganhou conteúdo graças a trabalhos como
assistente, por nove anos, de Nino Cerruti. Em 1970, iniciou sua carreira independente
no mundo da moda, encorajado pelo seu grande amigo Sergio Galeotti, desenhando e
costurando para inúmeras grifes famosas, inclusive Emanuel Ungaro.

Alguns anos se passaram até que o estilista criasse sua empresa e lançasse sua própria
marca, em parceria com seu companheiro Sergio Galeotti. Para isso ele vendeu seu
carro (um velho Volkswagen), investiu cerca de US$ 10 mil, alugou um pequeno
escritório em Milão, contratou uma jovem estudante de moda e uma secretária. Era o
início da GIORGIO ARMANI. Em 24 de julho de 1975, apresentou sua primeira
coleção, composta por roupas femininas e masculinas e seu estilo logo se tornou
símbolo de elegância, com uma alfaiataria sofisticada, altas doses de androginia,
vestidos de noite cheios de glamour, sobriedade nas cores e nenhuma influência das
tendências da época, constituindo roupas e acessórios atemporais. Ficou conhecido
como “The King of Jackets” depois de lançar sua coleção masculina, onde apresentou
ternos e blazers com cortes sóbrios e exclusivos.

Em 1978 foi lançada a luxuosa linha GIORGIO ARMANI LE COLLEZIONI,


compostas por roupas femininas e masculinas, no mercado americano e canadense. Era
o começo da expansão internacional da grife. Rapidamente, Giorgio Armani se
transformou em um dos estilistas mais influentes dos anos 80, começando com a
inauguração de sua primeira loja na cidade de Milão e passando pela criação de sua
segunda marca, a EMPORIO ARMANI, de produtos casuais e valores mais acessíveis.
O sucesso era tanto, que em 1982, o retrato de Giorgio Armani foi capa da célebre
revista Time: ele era apenas o segundo estilista a receber essa homenagem, depois de
Christian Dior. Ainda nesta década a marca começou sua expansão com o lançamento
de suas primeiras fragrâncias, acessórios, roupas íntimas, roupas para crianças, além da
inauguração de sua loja âncora na cidade de Nova York e o ingresso no mercado
japonês, para delírio de suas fervorosas consumidoras asiáticas.
Foi também nesta década, em 1985, que o estilista sofreu um dos maiores baques de sua
vida: a morte de seu sócio Sergio Galeotti, vitimado por um câncer. Porém, Giorgio
Armani, apesar de abatido, assumiu o comando da empresa e nos anos seguintes
conseguiu fazê-la crescer muito, tornando-a uma das mais desejadas no segmento de
luxo. Em 1998 a marca inaugurou sua primeira loja na China. Desde 2002, a Ásia tem
sido foco de uma estratégia de expansão do grupo ARMANI, iniciada com a
inauguração de uma loja de mais de 3.000 m² em Hong Kong – o investimento se reflete
nos números de hoje, já que a região é um dos grandes mercados de prosperidade da
marca. China, Índia e Rússia também ganharam unidades da grife italiana.

No início de 2009, a marca italiana inaugurou uma mega loja, quase 4.000 m² que
abrigam três coleções (Armani Jeans, Emporio Armani e Giorgio Armani), um
restaurante e uma loja de chocolates, na esquina da Quinta Avenida com a Rua 56. A
loja fica perto de outras marcas de moda como Gucci, Prada, Versace, Fendi e Bottega
Veneta. A ideia foi levar um pouco do caos de Nova Iorque para dentro da loja, que
possui uma fachada de vidro e uma escada escultural no seu interior. A nova loja
representa a interpretação de Armani sobre a tendência atual de misturar estilos e
sobrepor produtos com preços variados. A loja não utiliza divisão de espaços para evitar
que barreiras psicológicas sejam criadas. Giorgio Armani atingiu um patamar de
adoração criando um ímã ao redor de seu nome, o que permitiu estender sua grife para
as mais variadas áreas. É possível ver sua marca em roupas, hotéis, carro, chocolate,
perfume, óculos, móveis, televisão, telefones celulares, entre outros objetos. Todo esse
sucesso não aconteceu por acaso. Sua reputação foi lapidada ao longo do tempo graças
ao estilo clean de suas coleções, que valorizam a simplicidade e a leveza dos detalhes –
dentro do conceito “menos é mais”.

A linha do tempo
1980
● Criação da GIORGIO ARMANI PARFUMS através de uma aliança com a empresa
Helena Rubinstein (atualmente pertencente à francesa L’Óreal).
1981
● Lançamento da EMPORIO ARMANI, com inauguração de sua primeira loja em
Milão, contendo, além de roupas, também roupas íntimas e uma linha de acessórios para
homens e mulheres, com um estilo mais informal e preços mais acessíveis.
● Lançamento da ARMANI JEANS, marca de roupas confeccionadas em jeans, com
visual mais despojado e preço mais acessível, comercializada especialmente dentro de
lojas de departamento.
● Lançamento da ARMANI JUNIOR, composta por uma linha de roupas para meninos
e meninas acima dos cinco anos.
1982
● Lançamento da primeira fragrância feminina batizada de ARMANI.
● Lançamento da GIORGIO ARMANI UNDERWEAR (roupas íntimas), EMPORIO
ARMANI SWIMWEAR (moda praia) e EMPORIO ARMANI ACESSORIES.
1983
● Lançamento da primeira fragrância masculina, também batizada de ARMANI.
1986
● Inauguração da primeira loja ARMANI JUNIOR em Milão.
1987
● Lançamento de sua primeira linha de óculos (GIORGIO ARMANI OCCHIALI).
1989
● Inauguração do primeiro restaurante ARMANI EXPRESS na cidade de Londres.
● Lançamento da EMPORIO ARMANI GIFT COLLECTION, uma linha de
acessórios para presentes.
● Lançamento da linha para casa e banheiro da marca EMPORIO ARMANI.
1991
● Lançamento da marca esportiva ARMANI EXCHANGE (também conhecida por
A/X), composta por roupas e acessórios básicos com perfil jovem e urbano.
1992
● Lançamento do perfume feminino GIO, um dos maiores sucessos da grife.
1995
● Lançamento do perfume feminino ACQUA DI GIO, seguido da versão masculina no
ano seguinte.
● Lançamento da linha de roupas e acessórios para esportes na neve (GIORGIO
ARMANI NEVE) e golfe (GIORGIO ARMANI GOLF).
1997
● Inauguração das três primeiras lojas da ARMANI COLLEZIONI em Milão, Tóquio
e Londres. As lojas vendiam coleções clássicas e esportivas, além de acessórios.
● Lançamento da EMPORIO ARMANI OROLOGI (relógios).
1999
● Lançamento da GIORGIO ARMANI BEAUTY COMPONENTS, uma linha de
maquiagens composta por blush, sombras de olho e batons.
● Início de seu comércio on-line, primeiramente nos Estados Unidos.
2000
● Inauguração de um de seus “templos” localizado na Via Manzoni, às portas do
Quadrilátero da Moda, em Milão. Com três andares e mais de 8.000 m², ocupa o antigo
prédio da Generali, tradicional seguradora italiana, datado de 1937, e abriga, além do
universo Emporio Armani, os espaços Armani Libri (livros), Armani Fiori (flores),
Armani Dolci (chocolates), Armani Arte, Armani Casa, Armani Jeans, Armani Café e
ainda restaurantes e a Sony Gallery, local perfeito para os amantes da tecnologia.
● Lançamento da GIORGIO ARMANI COSMETICI, uma completa de produtos de
beleza.
● Inauguração de sua primeira loja ARMANI CASA em Milão, com vasta linha de
decoração.
2001
● Inauguração da primeira loja em Milão da GIORGIO ARMANI ACCESSORI.
2002
● Lançamento da linha de joias EMPORIO ARMANI GIOIELLI e criação da
ARMANI DOLCI (chocolates, cafés e chás).
2003
● GIORGIO ARMANI e Mercedes-Benz anunciaram uma parceria no mínimo luxuosa
para a criação da Mercedes CLK Giorgio Armani, modelo esportivo desenhado com a
participação do estilista. A ideia surgiu do sucesso obtido pela montadora alemã ao
patrocinar a retrospectiva de 25 anos de carreira do estilista, concebida pelo museu
americano Guggenheim, e exibida em Berlim, Londres, Tóquio e Xangai.
● Inauguração do primeiro ARMANI/PRIVÉ, um super exclusivo bar/lounge em
Milão.
2005
● Criação da linha de alta-costura GIORGIO ARMANI PRIVE.
2006
● Lançamento do perfume feminino ARMANI CODE, definido pelo próprio estilista
como simples, sensual e cativante. A embalagem do perfume é um trabalho primoroso
do designer Fabien Baron. Atualmente é o sexto perfume mais vendido do mundo.
2007
● Inauguração no dia 7 de novembro do primeiro SPA ARMANI, localizado dentro de
sua mega-loja no elegante bairro de Ginga, em Tóquio no Japão. Inspirado nas antigas
termas romanas, o SPA proporciona à endinheirada clientela, variados momentos de
puro prazer e bem-estar. O espaço total ocupa cerca de 6.000 m², distribuídos por doze
andares.
● Lançamento, em parceria com a coreana Samsung, do primeiro celular assinado pelo
estilista italiano. Baseado no modelo Samsung P520, o novo celular GIORGIO
ARMANI é equipado com uma tela sensível ao toque e câmera digital de 3 megapixels.
● Lançamento da linha de cuidados para mulheres (Crema Nera) e para homens (Skins
Minerals).
● Lançamento do perfume feminino ARMANI DIAMONDS, com a campanha de
estreia trazendo não só o rosto, mas também a voz da cantora Beyoncé.
● Lançamento do perfume masculino ARMANI ATTITTURE.
2008
● Apresentação no dia 16 de abril, em parceria com a Samsung, de uma linha de
televisão LCD de 46’ e 52’ desenhada pelo estilista italiano.
● Lançamento do perfume feminino ONDES e do masculino DIAMONDS.
● Lançamento de uma luxuosa linha de instrumentos de escrita.
● Desenvolvimento da linha ARMANI/DADA (cozinhas).
● Lançamento da LUXURY TRAVELLER COLLECTION, uma coleção de malas
de viagens femininas e masculinas. O conjunto de três peças para mulheres inclui uma
bolsa de viagem, mala e frasqueira, tudo em pele de crocodilo e em diversas cores. Para
os homens, há três tamanhos de malas e pastas em preto ou em marrom tabaco.
2009
● Lançamento do ARMANI ONDE, um trio de fragrâncias orientais para mulheres. As
três fragrâncias são: Mystère (frasco roxo) inspirada nas mulheres dos haréns, Vertige
(frasco rosa) inspirada na Índia e Extase (frasco verde) inspirada no Oriente Médio.
● Lançamento do perfume feminino IDOLE d’ARMANI.
2010
● Lançamento do perfume ACQUA di GIOIA, que foi desenvolvido com inspiração
nas águas marinhas.
● Lançamento, em parceria com a Reebok, da linha esportiva EMPORIO ARMANI
EA7, que oferece desde tênis até roupas e acessórios para a prática de exercícios físicos.
2012
● Inauguração da venda on-line dos artigos de floricultura da ARMANI FIORI
(lançada em 2000), que oferece sofisticados vasos e arranjos com flores selecionadas e
até mesmo velas. A chique floricultura tem lojas físicas em Munique, Hong King, Kuala
Lumpur, Dubai, Milão, Cidade do Kuwait e Seul.

O gênio por trás da marca


Giorgio Armani é conhecido por ser um viciado em trabalho e várias vezes arrogante ou
rude em situações delicadas. Suas desavenças com outros diversos estilistas italianos,
como por exemplo, com Gianni Versace, ficaram bastante conhecidas. Sempre vestindo
camiseta e calça jeans, e com um eterno bronzeado contrastando com os cabelos
impecavelmente brancos, parece ter descoberto o segredo da eterna juventude. Parte
desse segredo reside em sua sábia rotina de trabalho. De segunda a sexta, trabalha duro
no escritório de Milão. Mas, toda sexta-feira à tarde, ele pega o carro e, uma hora
depois, está chegando a seu paraíso privado, a magnífica Villa Rivara, uma imponente
construção de 25 cômodos. Lá, esquece tudo e se dedica apenas a passar o tempo da
maneira mais agradável possível. Construída pelo Conde Cella di Rivara, em 1945, no
estilo dos palácios do século XVIII, a vila é cercada por um parque de 100 km², com
lago, pomar e uma horta de onde se tiram os tomates para o molho das massas caseiras.
No interior, o estilista criou uma atmosfera relaxante, com luzes difusas e cores quentes.
Um estilo bem diferente do complexo milanês, o Palazzo Durini, onde ele vive, trabalha
e apresenta suas coleções: de um lado fica o escritório e, de outro, seu apartamento.

Giorgio Armani sabe o valor da autoindulgência que seus produtos de luxo


proporcionam, mas nem por isso se atém apenas aos prazeres da vida. O estilista
italiano, aliás, é conhecido por seu comprometimento em inúmeras causas humanitárias,
incluindo até uma recente parceria com o vocalista da banda irlandesa U2, Bono Vox.
Entre seus projetos de maior reconhecimento, é possível citar a Casa Armani, lar de
reabilitação infantil na Tailândia, criado em 1999 e, mais recentemente, uma campanha
de Natal para financiar uma fundação de apoio a portadores da síndrome de Down –
iniciativa que teve como inspiração a pequena Antonella, com a qual o estilista posou
para um calendário. A fortuna pessoal do estilista italiano é avaliada em US$ 7 bilhões.

A evolução visual
Durante muitos anos a marca italiana utilizou em seu logotipo, além do nome do
estilista, as iniciais GA dispostas em forma de círculo. Apesar de não fazer mais parte
do logotipo, essas iniciais ainda são aplicadas em inúmeros produtos da grife.

Dados corporativos
● Origem: Itália
● Fundaçã o: 24 de julho de 1975
● Fundador: Giorgio Armani e Sergio Galeotti
● Sede mundial: Milão, Itália
Você sabia?
● A marca GIORGIO ARMANI é a mais desejada pelos brasileiros, segundo uma
pesquisa global realizada pela empresa britânica Nielsen. A pesquisa indicou que 37%
dos brasileiros entrevistados preferiam comprar produtos da marca, caso dinheiro não
fosse um impedimento.
● A filial da ARMANI no Brasil é a única no mundo em que o cliente pode parcelar
suas compras em até dez vezes no cartão de crédito.

GIVENCHY

Givenchy é mais do que um estilista, é uma lenda. Seu nome está atrelado à sofisticação
e ao requinte, ao corte perfeito, ao equilíbrio, acima de tudo. A extrema elegância
sempre foi a principal marca das criações clássicas de Hubert de Givenchy, um francês
reconhecido mundialmente por seu trabalho coerente e requintado, e cuja marca é
sinônimo de luxo. Casual chique, elegância aristocrática e feminilidade, tudo
combinado no mundo atemporal da grife GIVENCHY. 

A história 
O estilista Hubert James Taffin de Givenchy (foto abaixo) nasceu no dia 21 de fevereiro
de 1927 na pequena cidade francesa de Beauvais. Filho do marquês Lucien Taffin de
Givenchy e de Béatrice de Givenchy, seu avô dirigia uma oficina de tapetes na cidade.
Muito cedo ele já demonstrava seu interesse pela moda. Aos dez anos, quando foi visitar
uma exposição de figurinos dos mais famosos estilistas franceses, ele se identificou
imediatamente com o universo luxuoso da alta-costura, contrariando o sonho de seus
pais, que queriam vê-lo ser um advogado. Não houve tempo para cursar direito. Aos 17
anos ingressou na Escola de Belas Artes de Paris e trabalhou como assistente com
grandes nomes da moda como Jacques Fath, Robert Piguet, Lucien Lelong, Pierre
Balmain e, mais tarde, em 1949, foi braço direito de Elsa Schiaparelli. Esse contato
direto com grandes mestres propiciou toda a experiência necessária para que ele
pensasse em abrir seu próprio negócio.
Foi então que o estilista, no dia 2 de fevereiro de 1952, aos 24 anos de idade, inaugurou
sua própria Maison, localizada no número 8 da Rue Alfred de Vigny, na Monceau Plain,
a oeste de Paris. E o reconhecimento foi quase imediato, fazendo soprar um vento de
renovação, adaptado às novas exigências das mulheres elegantes, após anos de um
monopólio quase absoluto de Dior e seu New Look. Muitas das criações de Givenchy
eram feitas com tecido de camisaria. Em sua primeira coleção apresentou a blusa
Bettina, uma homenagem à modelo Bettina Graziani, nome da sua principal diva e
também relações públicas da marca alguns anos mais tarde, e que foi uma de suas
criações de maior sucesso. A blusa tinha a gola larga e aberta, e mangas que
terminavam em babados de bordado inglês. Com este sucesso, a fama de Givenchy se
consolidou. Também fez muito sucesso com a criação de peças independentes e
coordenáveis - pois, até então, blusas e saias (ou calças) só podiam ser usadas como um
conjunto - e com as suas famosas blusas de tecidos de camisas. No ano seguinte abriu
sofisticadas lojas em cidades como Buenos Aires, Roma e Zurique. Suas criações eram
luxuosas e cheias de estilo, com nítida influência do estilista Cristóbal Balenciaga, e
Givenchy jamais negou que o trabalho do mestre espanhol o inspirava. Balenciaga e
Givenchy se conheceram em 1953 e foram amigos até a morte do estilista espanhol, em
1972.

Foi também em 1953 que Hubert de Givenchy conheceu a sua verdadeira musa
inspiradora, a atriz Audrey Hepburn, e passou a criar modelos para seus filmes, como
Sabrina (1954) e Cinderela em Paris (1957). O filme Sabrina ganhou o Oscar de melhor
figurino, assinado por Edith Head - a designer mais requisitada de Hollywood na época
-, a qual não deu o devido crédito a Givenchy pelo famoso vestido de baile, usado por
Audrey Hepburn no filme. Em resposta, a atriz exigiu que, em seus próximos filmes
todo seu guarda-roupa fosse feito pelo estilista francês. Mas a imagem mais
inesquecível da atriz americana é a do filme Bonequinha de Luxo (1961), de Blake
Edwards, com um vestido preto longo, piteira e colar de pérolas. “As roupas dele são as
únicas nas quais me sinto eu própria. É muito mais que um couturier, é um criador de
personalidade”, costumava dizer a atriz. Além de Audrey Hepburn, ele vestiu outras
personalidades famosas como Dolores Guinness, Greta Garbo, Elizabeth Taylor,
Marlene Dietrich, Jacqueline Kennedy, Grace Kelly e a duquesa de Windsor,
representantes também de inquestionável elegância e glamour.

Durante os anos de 1950, ele criou vários modelos de vestidos “chemisier”, na forma de
saco, largos na parte superior e afunilando-se em direção à bainha. Ainda em 1953 um
vestido de Givenchy foi parar na capa da influente revista Elle. Givenchy foi o primeiro
estilista de alta-costura a apresentar uma coleção de prêt-à-porter feminina, intitulada
“Givenchy Université”, em 1954, uma verdadeira democratização da roupa de
qualidade. Em 1956, mais uma vez quebrou as regras e se tornou o primeiro estilista a
apresentar as suas coleções simultaneamente a clientes e à imprensa. Em 1957, lançou o
seu primeiro perfume feminino, chamado L’Interdit, em homenagem a atriz Audrey
Hepburn, que emprestou seu rosto para a campanha publicitária do produto. Nos anos
seguintes o estilista apresentou grandes novidades, como por exemplo, em 1959 ao
lançar Monsieur Givenchy, seu primeiro perfume masculino; em 1961 com a mudança
de sua Maison para a pomposa Avenida George V; e, em 1969, ao ingressar para o
universo da moda masculina com o lançamento da linha “Gentleman Givenchy”. Nos
anos seguintes a grife iniciou uma enorme diversificação de produto com o lançamento
de uma coleção de óculos, tecidos para móveis, toalhas de mesa, gravatas, sapatos e até
joias. Givenchy marcou a década de 1980 com a utilização de tecidos com estampas
inspiradas em artistas como Miró, Matisse e Bérard.

Apesar do sucesso e do glamour da marca, a Maison se encontrava com sérios


problemas financeiros, o que culminou com sua venda, em 1988, para a Louis Vuitton.
A coleção de perfumes já havia sido vendida para a Veuve Clicquot em 1981, que
depois seria comprada pela LV e formaria o poderoso grupo LVMH, atual proprietário
da GIVENCHY. O estilista francês se despediu das passarelas em 11 de julho de 1995
com um desfile para poucos, sob os aplausos de toda sua equipe e dos mais importantes
estilistas do mundo sentados na primeira fileira. Foram convidados apenas amigos
pessoais, estilistas e principais clientes. A aposentadoria de Monsieur Hubert abriu
caminho para uma total reformulação da GIVENCHY, com a contratação de John
Galliano, depois Alexander McQueen e, por último, Julien MacDonald - três jovens,
britânicos, teatrais e nada convencionais. Galliano teve uma passagem rápida em 1996 e
rapidamente foi para a Dior, cedendo espaço para o então recém-descoberto talento de
McQueen, eleito na mesma época o melhor estilista do ano pelo Conselho Britânico de
Moda, tornando-se o “queridinho” da mídia especializada. Em março de 2001,
MacDonald fez sua elogiada estreia, com uma coleção que fundiu harmoniosamente a
jovialidade e a extravagância de seus dois predecessores com a feminilidade e a
sofisticação de Hubert de Givenchy.

Finalmente, em 2005, foi anunciada a chegada do italiano Riccardo Tisci à


GIVENCHY, com a esperança de manter viva a tradição, o requinte e principalmente o
prestígio de uma das maiores grifes da alta costura. Porque como dizia o próprio
Givenchy, “Sucesso não é prestígio. O sucesso é passageiro, o prestígio é outro
assunto. Ele persiste depois da gente. É preciso trabalhar para não ter trabalhado em
vão”. Em março de 2008 a marca inaugurou sua nova loja-conceito na Faubourg Saint-
Honoré, ou seja, na rua mais chique de Paris, apresentando o novo espírito da marca que
equilibrava espaço e privacidade. Na época, os especialistas acreditavam que a nova loja
poderia render aproximadamente €6 milhões durante o primeiro ano. Tudo em um
momento que a GIVENCHY estava comemorando o retorno à lucratividade e o
aumento das vendas. Em 2010, a GIVENCHY estarreceu milhões de pessoas e quebrou
paradigmas ao lançar uma célebre campanha estrelada por Lea T (filha do ex-jogador
Toninho Cerezo), a primeira modelo transexual que irrompeu no mundo da moda.

A linha do tempo 
1970 
● Lançamento do perfume feminino GIVENCHY III, com o famoso slogan “Who knows
why we remember a woman and not another one? Givenchy III gives memory to men”. 
1975 
● Lançamento do perfume masculino GIVENCHY GENTLEMAN. 
1980 
● Lançamento do perfume feminino L’EAU de GIVENCHY. 
1984 
● Lançamento do perfume feminino YASATIS, tendo como garota-propaganda a
modelo Carla Bruni, que chegou a ser a primeira-dama francesa. 
● Lançamento de duas linhas esportivas: GIVENCHY KNITWEAR e GIVENCHY
LIFE. 
1986 
● Lançamento do perfume masculino XERYUS. 
1989 
● Criação da divisão GIVENCHY BEAUTÉ para comercializar linhas de cosméticos e
maquiagens. O primeiro lançamento da linha foi PRISME, sombra com uma
combinação rara de quatro cores para um resultado personalizado e elegante e cuja
tradicional embalagem representava o famoso logotipo 4G da marca. 
● Lançamento da SWISSCARE for GIVENCHY, uma linha de produtos para a pele. 
1990 
● Inauguração da primeira boutique masculina da grife em Paris. 
1991 
● Lançamento do famoso perfume feminino AMARIGE, um dos ícones da marca
francesa. 
● Inauguração do primeiro SPA GIVENCHY, próximo a Paris. A grife francesa foi
pioneira no segmento de SPAS de luxo e possui atualmente unidades localizadas nas
Ilhas Mauritius, Shirai (Japão), Montreal (Canadá) e Montreux na Suíça. Todos
apresentam salas de tratamento espaçosas e aconchegantes com vista para paisagens
únicas, banhadas por luz natural. 
1996 
● Lançamento do perfume feminino ORGANZA. 
1998 
● Lançamento do perfume masculino PI by GIVENCHY. 
2002 
● Lançamento do perfume masculino GIVENCHY POUR HOMME. 
2003 
● Lançamento do perfume VERY IRRÉSISTIBLE GIVENCHY, tendo em sua
campanha o rosto da atriz Liv Taylor. A versão masculina do perfume seria lançada dois
anos depois. 
2005 
● Lançamento da GIVENCHY LE MAKEUP, uma linha de maquiagem
extremamente chique e moderna com cores inovadoras e novas fórmulas, que permitiam
total controle sobre os efeitos na pele. 
● Lançamento do perfume feminino MY GIVENCHY. 
2006 
● Lançamento do perfume feminino ANGE ou DÉMON, personificado pela bela Marie
Steiss, filha do ex-primeiro ministro francês Dominique de Villepin. 
● Lançamento do perfume feminino ABSOLUTELY GIVENCHY. 
2008 
● Lançamento do perfume masculino π NEO, uma releitura do PI, lançado há mais de
10 anos. A embalagem futurista foi criada pelo designer Serge Mansur, que se inspirou
na forma de uma pirâmide – o frasco não é exatamente triangular – e sim um quadrado
com um corte no meio com um metal prateado nas bordas. O líquido da fragrância tem
um tom azul acinzentado e é leve e fresco, além de fixar muito bem na pele. 
● Lançamento do perfume masculino PLAY. 
● Lançamento do GIVENCHY LE SOIN NOIR, um novo creme para
rejuvenescimento que leva em sua formulação um ingrediente exótico: seiva de alga
negra. O produto protege o DNA das células contra a radiação, além de refazer a
conexão entre elas, combatendo os sinais de envelhecimento. 
● Lançamento do PHENOMEN’EYES, uma máscara com um novo aplicador esférico
para um efeito fenomenal no olhar. Evita que os cílios fiquem com efeito pegajoso, pois
seu aplicador distribui uniformemente sua fórmula à base de ceras fluidas que permitem
uma fácil aplicação. 
2010 
● Lançamento do perfume feminino EauDemoiselle, uma nova fragrância dedicada às
jovens mulheres, que procuram um perfume sensual e com personalidade. 
2011 
● Lançamento do perfume feminino DAHLIA NOIR, que se tornou um enorme
sucesso. 
2013 
● Lançamento do perfume masculino GIVENCHY GENTLEMAN ONLY. Para a
nova fragrância, a marca propôs um perfume amadeirado mais moderno. 
● Lançamento do LE ROUGE GIVENCHY, mais do que um batom, é um novo
acessório atemporal. A embalagem luxuosa é envolta por couro e inspirada na alta-
costura. 
2014 
● Lançamento do perfume feminino DAHLIA DIVIN. Os cuidados podem ser vistos
em todas as etapas, desde a concepção da fórmula assinada pelo renomado perfumista
François Demachy, e na qual se destacam acentos florais amadeirados, até a escolha da
atriz e cantora americana Alicia Keys, que emprestou sua beleza para a campanha de
lançamento.

Os ícones 
Givenchy é considerado um dos nomes mais importantes e influentes que a moda já
conheceu, deixando um legado de sofisticação e inovação como: 
● A blusa Bettina (inspirada em sua principal modelo, Bettina Graziani), uma camisa
branca com babados nas mangas e peças coordenáveis. 
● O pretinho bá sico de corte reto, usado por Audrey Hepburn no filme Bonequinha de
Luxo. Talvez o vestido preto mais famoso do mundo. 
● O vestido “chemisier” em forma de saco, largo na parte superior e justo na bainha,
lançado em 1957. 
● O casaco balão, criado em 1958. 
● Vestidos tipo envelope, transpassados, criados em 1966.

A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas alterações ao longo dos anos. O
famoso logotipo da grife, chamado de 4G (pois é composto por quatro letras G, que
formam um quadrado) foi criado em 1970 por Pierre Dinand. Após passar por mais uma
modificação (onde a tipografia de letra foi afinada e a palavra Paris adicionada abaixo
do nome), mais recentemente a marca simplificou seu logotipo, que ganhou uma
tipografia de letra mais encorpada. O tradicional símbolo 4G continua em uso em seus
produtos, especialmente na GIVENCHY BEAUTY, sua linha de cosméticos,
maquiagens e perfumes.

Dados corporativos 
● Origem: França 
● Fundaçã o: 2 de fevereiro de 1952 
● Fundador: Hubert de Givenchy 
● Sede mundial: Paris, França 

Você sabia? 
● Todas as mulheres da família Kennedy usaram GIVENCHY no funeral do ex-
presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, assassinado em 1963. O vestido da
viúva, Jacqueline Kennedy, foi enviado às pressas de Paris para a ocasião. Comenta-se
que, na época, o ateliê de GIVENCHY tinha um tipo de tecido especial para cada
mulher da família Kennedy. 

GUCCI

Vestidos deslumbrantes. Alguns com decotes provocativos. Perfumes com aromas


exóticos e inconfundíveis. Sapatos clássicos com ares modernos. Bolsas que são
carregadas por lindas e famosas mulheres nos quatro cantos do mundo. Celebridades,
escândalos, enormes fortunas e muito glamour sempre foram associados ao nome
GUCCI, marca que mais sintetiza a elegância italiana no mercado de luxo. 

A história 
Guccio Gucci, filho de um artesão de origem humilde, adquiriu bom gosto e elegância
encantando-se com o luxo das malas com brasões das famílias nobres enquanto
trabalhava como ascensorista, maleiro e posteriormente Maitrê no famoso e requintado
hotel Savoy de Londres na virada do século 19. Em 1921, depois de seu retorno para
cidade de Florença, abriu uma pequena loja com suas economias (30 mil liras), cujo
intuito era vender acessórios de viagem (malas e valises de luxo), feitos em couro de
alta qualidade proveniente da região da Toscana pelos melhores artesãos da cidade,
incluindo membros da sua própria família. Sua modesta loja era apenas um reflexo de
seu estilo: andava sempre bem vestido e impecável pelas ruas de Florença. A alta
burguesia e a nobreza florentina logo reconheceram a excelência e originalidade dos
produtos e em pouco tempo a marca superou os limites da cidade, impondo-se como
uma das mais conhecidas entre a elite do país. Com o aumento das vendas, ele
conseguiu abrir atrás de sua pequena loja, uma oficina para produzir suas próprias
mercadorias.

Nos anos de 1930, a empresa passou a conquistar uma sofisticada clientela internacional
em função de suas coleções exclusivas de bolsas, luvas, sapatos e cintos. Necessitando
expandir seu negócio a empresa mudou-se para um lugar maior em Lungarno
Guicciardini em 1937. Foi a partir deste ano que estribos e franjas se tornaram a
assinatura equestre da marca italiana. Em poucos anos os produtos da marca, que
incluíam malas, baús de viagem, luvas, sapatos e cintos, com um design de inspiração
equestre, atraíram uma clientela ainda mais sofisticada.

Com o grande sucesso de seu negócio e clientes famosos, a marca abriu sua primeira
loja na cidade de Roma em 1938 no sofisticado endereço da Via Condotti. No ano
seguinte seus filhos, Aldo, Vasco e Ugo, ingressaram no negócio. Em 1947 a GUCCI
lançou no mercado o que viria a se tornar um ícone da marca: a bolsa com alça de
bambu, que literalmente seduziu com seu charme e elegância centenas de celebridades.
Somente no final desta década a GUCCI adotou oficialmente o logotipo GG, que
continha duas letras G, uma normal e outra invertida, entrelaçadas. O novo logotipo
começou aparecer em todas as bolsas e malas da marca, dando um ar mais aristocrático
aos produtos. Pouco tempo depois, outro filho do estilista, Rodolfo, ingressou na
empresa e abriu uma loja na cidade de Milão em 1951. Dois anos mais tarde falecia o
fundador da empresa. Neste mesmo ano seus filhos, Aldo e Rodolfo, abriram uma loja
na cidade de Nova York, onde as celebradas estrelas de Hollywood contribuíram e
muito para que a marca italiana brilhasse nas principais capitais do luxo; seguida de
unidades na Filadélfia, San Francisco, Beverly Hills e Palm Beach, dando início à
internacionalização da marca GUCCI.

Ainda nesta década, em 1953, a marca lançou outro ícone, o horsebit loafer, calçado
estilo mocassim com fivela de metal, além da assinatura verde e vermelha, um dos
principais símbolos de identificação da marca no mundo, que se tornou presença
garantida no guarda-roupa do homem moderno. Nesta época, celebridades como Sofia
Loren, Ingrid Bergman, John Kennedy e sua então esposa Jacqueline Kennedy eram
alguns dos fiéis clientes da marca. Essas celebridades eram constantemente fotografadas
portando artigos clássicos da marca, como a bolsa de couro com alça de bambu ou o
mocassim. Na década seguinte, após introduzir os tecidos estampados com as duas
letras G entrelaçadas e a estampa floral criada especialmente para Grace Kelly, a
empresa já vendia seus produtos em lojas próprias nas cidades de Londres (inaugurada
em 1967, sendo a primeira na Europa fora da Itália), Paris, Tóquio (1971), Chicago e
Hong Kong. Grace Kelly, Peter Sellers e Audrey Hepburn contribuíram para que a
marca se tornasse sinônimo de bom gosto e sofisticação na badalada Hollywood,
ganhando inúmeros adeptos entre as estrelas do cinema mundial. Em 1974, existiam 14
lojas e 46 franquias da GUCCI em todo o mundo, muito graças à expansão que Aldo
realizou, especialmente para o mercado japonês. Além disso, ele diversificou com o
lançamento de uma linha de perfumes, promovendo um novo negócio dentro da
empresa para que seus filhos, membros da terceira geração, pudessem trabalhar.

Em 1989, quando a imagem da marca começava a se deteriorar no mercado de luxo,


Domenico Del Sole, funcionário de um dos escritórios americanos de advocacia que
prestavam serviços à GUCCI, foi indicado para moderar e buscar soluções para as
divergências internas da empresa, especialmente entre membros da família. No mesmo
período a Investcorp, empresa de investimento árabe, adquiriu 50% do capital da
empresa com a saída de Aldo Gucci. Maurizzio, o último membro da família
trabalhando na empresa, acabou vendendo sua participação acionária em 1993 por não
se entender com o grupo de investidores. Com Maurizzio fora de cena, a GUCCI passou
a ser liderada por Domenico Del Sole, que transferiu a sede da empresa de Milão para
Casellina e nomeou o estilista Tom Ford – que já trabalhava na grife desde 1990 – como
diretor de criação. Começava aí a nova fase da GUCCI. Além do relançamento das
bolsas com alças de bambu e dos mocassins com bridão, da bolsa Horsebilt Clutch, que
se tornou um sucesso entre as estrelas de Hollywood, ele passou a assinar todas as
coleções, escolher os fotógrafos, decidir o tema das campanhas publicitárias e até
escolher a arquitetura e decorações das lojas. Os rostos nas campanhas também
mudaram. Audrey Hepburn e Grace Kelly deram lugar à Madonna e Tina Turner. As
coleções cheias de sensualidade eram bem acolhidas pela imprensa especializadas e um
investimento milionário em campanhas para lá de provocativas foi realizado.

Em 2000 a empresa pertencia a um grupo de acionistas, entre eles Bernard Arnault


(dono do grupo de luxo LVMH) e François Pinault (então dono do grupo PPR). Embora
Arnault quisesse aumentar suas ações para ter mais controle sobre a empresa, Del Sole e
Ford conseguiram privilegiar Pinault, que através de negociações meio que impostas,
foi aumentando seu capital até tornar-se o único proprietário da GUCCI em 2004. No
mesmo ano, Del Sole e Ford saíram da empresa e a estilista de ascendência romena
Frida Gianini passou a responder pela direção de criação da marca. Com dinheiro em
caixa e criatividade de sobra, a GUCCI voltou aos editoriais de moda e às capas das
revistas de moda. Foi a mais retumbante volta por cima da moda internacional, criando
uma tendência no mercado do luxo.
No dia 8 de fevereiro de 2008 foi inaugurada a maior loja da grife italiana no mundo.
Com uma espaçosa área de 14.020m², a loja possui três andares totalmente climatizados
e iluminados naturalmente. Expressando todo o requinte da marca italiana, o interior da
loja possui detalhes decorativos como suportes de vidro e ouro polido. Além disso, o
exterior do prédio revestido de vidro brilhante, compõe uma visão admirável para
aqueles que o veem. A sofisticação da GUCCI foi rigorosamente traduzida nesta nova
loja, que, entre outros detalhes de luxo, tem o piso coberto de mármore branco, com
algumas listras de mármore preto, se estendendo pelas paredes e pelo teto. O
revestimento das maçanetas das portas se alterna em ouro e vidro com listras.
Minuciosos detalhes que proporcionam uma experiência única aos clientes e
admiradores que a visitam. Projetada por Frida Giannini, diretora criativa da marca e
pelo célebre arquiteto James Carpenter, a nova flagship tem andares extremamente
luxuosos e está localizada em plena 5ª Avenida em Nova York. Para causar expectativa
e interação com o público, a marca lançou o site GucciLovesNY na semana da moda na
cidade. Os visitantes do site concorriam a uma bolsa exclusiva da marca. Para participar
era só enviar uma foto usando algum acessório GUCCI no lugar preferido de Nova
York.

A GUCCI inaugurou sua primeira loja no Brasil no final deste mesmo ano, no Shopping
Iguatemi em São Paulo. A loja abriu as portas em 30 de novembro contando com 470m²
e seguindo o mesmo projeto da unidade de Nova York. Nas araras, todas as peças: do
prêt-à-porter aos perfumes, passando pela coleção masculina completa de acessórios,
sapatos e lançamentos simultâneos com as principais flagships ao redor do mundo. Hoje
o logotipo da grife italiana brilha nas mãos da estilista Frida Giannini, responsável pelos
acessórios e o prêt-à-porter feminino e masculino. A estilista tem conseguido equilibrar
doses certas de elegância, sensualidade e modernidade, além de inserir a marca no
âmbito cultural. Além de aclamada por muitos, a marca italiana participa dos principais
eventos de moda do mundo.

A linha do tempo 
1925 
● Lançamento das malas de viagem de couro maleável. 
1932 
● Lançamento dos sapatos tipo mocassin. 
1964 
● Lançamento do cinto com fivela contendo as famosas as iniciais de Guccio Gucci. 
1969 
● Lançamento da bolsa com alça para o ombro (inicialmente batizada de HOBO),
especialmente desenvolvida e criada para Jacqueline Kennedy, que até hoje é conhecida
como “Jackie O”. O modelo foi relançado em 1999, vendendo o número recorde de seis
mil peças. 
1979 
● Criação da GUCCI ACCESSORIES COLLECTION (GAC), divisão responsável
por produtos como perfumes, canetas, relógios, isqueiros, entre outros acessórios. 
1997 
● Lançamento do perfume feminino ENVY com fragrâncias florais. 
1999 
● Lançamento do perfume RUSH acondicionado em um frasco moderno e jovial. 
2001 
● Lançamento do perfume feminino RUSH 2, feito de uma composição de essências de
madeira de palmeira, flor de nasciso, lírio do vale, freesia, gardênia, rosa e almiscar,
resultando em um aroma refrescante. 
2008 
● Lançamento de uma coleção exclusiva chamada GUCCI LOVES NY. Desenhadas
por Frida Giannini, as peças desta linha fazem uma homenagem a cidade de Nova York
e somente podem ser adquiridas na loja da 5ª Avenida. Entre elas, estão as jaquetas e
bolsas de couro, material ícone da marca. 
● Lançamento de uma coleção especial com edição limitada, chamada 8-8-2008
LIMITED EDITION. Oito exclusivos acessórios que remetiam à esportes de
competição foram desenvolvidos por Giannini, como o relógio I-Gucci, equipado com
tecnologia digital, pulseira vermelha de couro e detalhes cromados. Porém, a peça mais
inusitada desta coleção foi a bicicleta vermelha com listras verdes, equipada com
lanterna e duas charmosas bolsas GUCCI sobre a roda traseira. 
● Lançamento do perfume GUCCI by GUCCI, com notas de goiaba, mel e florais,
embalado em um frasco marrom, em estilo art déco, contendo o logotipo da marca em
letras douradas. A garota propaganda da fragrância foi a brasileira Raquel Zimmerman. 
2009 
● Lançamento do perfume feminino FLORA By GUCCI. 
2010 
● Lançamento de sua primeira linha de roupas e acessórios infantis. A linha possui duas
coleções: uma dedicada às crianças mais crescidinhas e outra para os bebês. Entre as
peças da coleção baby, é possível encontrar grandes clássicos da marca, entre eles os
famosos trech em dimensões micro, mas também babadores e macaquinhos. Para
festejar o lançamento desta nova linha, a marca anunciou a intenção de doar US$ 1
milhão à UNICEF para um programa de construção de escolas na África. 
● Lançamento do perfume masculino GUCCI by GUCCI POUR HOMME SPORT,
que evoca a liberdade de estar ao ar livre e o desejo pelo esporte. Ao mesmo tempo,
doce e refrescante, a criação exclusiva desta fragrância garante que ela também seja
bem acabada e complexa. 
● Lançamento do perfume GUILTY. O conceito da fragrância dá ênfase na jovialidade
e sensualidade urbana, e foi criado para mostrar o lado ousado e sexy da marca. Os
rostos da campanha publicitária foram da cantora e atriz Evan Rachel Wood e do ator
Chris Evans. 
2011 
● Lançamento da coleção 1921, que em homenagem aos 90 anos da GUCCI propõe
acessórios de prêt-à-porter masculinos e femininos, fazendo alusão ao universo da
marca desde a época de sua criação. Clássicos da marca como bolsas e mocassins são
oferecidos em uma infinidade de cores e materiais. Bambu, pelica e crocodilo aparecem
em tons de castanho escuro, rosa, caqui, verde e cereja. Todos os modelos levam a
assinatura G. Gucci Firenze 1921. 
● A diretora criativa da marca, Frida Giannini, assina o FIAT 500 by GUCCI. Esta
edição especial era uma versão personalizada do conhecido modelo citadino da
montadora italiana, em colaboração com Centro de Estilo Fiat. Um dos detalhes mais
marcantes deste modelo era uma faixa verde/vermelho/verde, típica da GUCCI, ao
longo da carroceria, junto às molduras das janelas.

Uma família polêmica 


O reconhecimento da marca como ícone de sofisticação trouxe fama, dinheiro e,
sobretudo, conflitos familiares, especialmente na década de 1980, depois que Aldo
Gucci foi citado em um escândalo de fraude fiscal que atingiu a cifra de US$ 7 milhões.
Batalhas judiciais, desentendimentos e intrigas entre os membros da família
colaboraram para que grife entrasse em um período de inércia criativa, além de
problemas financeiros e a frequente citação da palavra “falência”. Nesta época,
arremessos de cinzeiros e palavrões eram comuns na sala de reuniões da diretoria. Em
1989, uma empresa de investimentos árabe, a Investcorp, adquiriu aproximadamente
50% do comando da GUCCI. Para completar, em 1995, o último membro da família a
dirigir a empresa, Maurizio Gucci, sobrinho de Aldo e neto do fundador da grife, foi
assassinado quando chegava a seu escritório, em Milão, a mando de sua ex-mulher,
Patrizia Reggiani. Anos depois, Patrizia, conhecida como Viúva Negra pela imprensa
italiana e condenada a 26 anos de prisão, pediu permissão à justiça para cumprir a
sentença em prisão domiciliar. Misteriosamente, todos os funcionários que trabalhavam
na papelada do caso foram acometidos por sintomas como irritação na garganta, pele
rachada e enjoos. A doença desconhecida foi apelidada de “a maldição de Maurizio”,
pois muitos acreditavam que se tratava de uma manobra sobrenatural do fantasma do
executivo para impedir que sua ex-esposa saísse da cadeia. Tal processo foi
abandonado, já que todos os funcionários da justiça de Milão se recusaram a mexer nos
papéis da apelação. Ela foi colocada em liberdade no mês de setembro de 2013.

Eternizando a história 
No dia 26 de setembro de 2011, a marca italiana resolveu eternizar sua história com a
inauguração do GUCCI MUSEO na pitoresca cidade de Florença, em plena Piazza
della Signoria. O museu ocupa três andares do Palazzo della Mercanzia, um palácio
construído em 1337. O aconchegante museu conta em detalhes a trajetória de Guccio
Gucci e como sua marca tornou-se uma grife de prestígio internacional. O museu conta
com um grande e valioso acervo de peças antigas, algumas delas verdadeiros clássicos
da marca italiana. Como as bolsas de bambu usadas por Jackie Onassis e Sofia Loren,
acessórios de esportes, as primeiras malas de viagens, coleções prêt-à-porter, um
Cadillac Seville com a característica estampa da marca, entre muitos outros itens.

Além disso, vídeos mostram como o couro é trabalhado e a maneira como são feitos os
exclusivos produtos da marca, a mão, demostrando o cuidado que cada peça demanda.
Para completar, o espaço conta ainda com charmoso um café, uma loja (batizada de
Icon Store, que oferece produtos exclusivos da marca encontrados somente ali) e uma
agradável livraria especializada em moda, arte e fotografia.

Dados corporativos 
● Origem: Itália 
● Fundaçã o: 1921 
● Fundador: Gauccio Gucci 
● Sede mundial: Florença, Itália 
Você sabia? 
● O sultão de Brunei foi responsável pelo maior pedido que a GUCCI já recebeu: 27
jogos de malas em couro de crocodilo no valor de US$ 2.4 milhões. 
● O Brasil é o único país na América do Sul que possui lojas da GUCCI. São ao todo
cinco lojas: três em São Paulo (shopping Iguatemi, shopping Cidade Jardim e JK
Iguatemi), uma loja em Brasília (shopping Iguatemi) e a última no Rio de Janeiro
(shopping de luxo Village Mall). A loja do shopping JK Iguatemi é dedicada
exclusivamente ao público masculino. 

HELENA RUBINSTEIN

Mulher excepcional, exigente, curiosa, elegante, Helena Rubinstein, a “imperatriz da


beleza”, como ficou conhecida, conquistou milhões de mulheres democratizando a
cosmética com seus produtos de alta qualidade e comprovados efeitos, transformando
sua grife, carinhosamente chamada de HR, em um ícone do segmento. 

A história 
A história começou no dia 25 de dezembro de 1872, em um subúrbio de Cracóvia, na
Polônia, quando nasceu Chaja Rubinstein (foto abaixo), em uma família humilde de
judeus ortodoxos, que somente mais tarde adotaria o nome de Helena. Motivada por
uma incrível determinação, ela parte aos 24 anos de idade para a Austrália, com o
objetivo de se juntar a um tio que nem conhecia. Na bagagem do navio alemão que a
levou, uma mala e doze preciosos potes de creme para tratar a pele, um presente de sua
mãe. Depois de tanto ouvir elogios sobre seu rosto sem manchas, traçou um plano
ambicioso: recriar a fórmula do hidratante facial, receita de um amigo húngaro da
família dos tempos da Cracóvia, especialista em cosméticos. A jovem e perseverante
polonesa arrumou um emprego como assistente de um farmacêutico e através de muitas
pesquisas conseguiu produzir com base no creme que havia trazido da Polônia uma
fórmula própria que foi batizada de Crème de Valaze, que continha vários ingredientes
exóticos da Europa e Ásia. Inicialmente passou a vendê-lo por correspondência. Esse
creme de tratamento facial, formulado à base de lanolina, se transformou em um enorme
sucesso e lhe abriu as portas para uma nova vida, inaugurando assim seu império do
setor de beleza e revolucionou os conceitos de tratamentos tradicionais.

O produto facial fez sucesso imediato entre as mulheres, pois tinha um efeito
restaurador e suavizador nas peles ressecadas e queimadas pelo sol em um clima
inóspito como o da Austrália. Em 1902, Helena Rubinstein abriu o primeiro instituto de
beleza do mundo na cidade australiana de Melbourne, associando pela primeira vez na
história a dermatologia à cosmética. “Toda mulher pode ser bonita. Bastam 15 minutos
diários e cinco dólares ao ano em creme facial”, ludibriava Helena Rubinstein. Seus
cremes, considerados milagrosos, faziam mais do que hidratar, suas fórmulas chegaram
a ser consideradas milagrosas ao combater rugas e os efeitos do vento e do sol sobre a
pele. Pioneira nos cuidados com a beleza sob o ponto de vista científico, Helena
Rubinstein ensinava as australianas a limpar, tonificar e hidratar a pele, além de manter
distância do sol. Helena também possuía um senso aguçado de marketing: aproximava-
se das estrelas do teatro para oferecer seus tratamentos e também presenteava as
jornalistas que a entrevistavam.

O segundo instituto foi inaugurado em Mayfair, bairro elegante e sofisticado de


Londres, em 1908, e pouco depois outra unidade abriu as portas na cidade de Paris. Foi
Helena quem também introduziu, em 1910, a inovadora classificação entre peles seca,
normal e oleosa, que até hoje serve de parâmetro na indústria global de cosméticos,
recomendando proteção e hidratação personalizada. Em 1915, ela se mudou para Nova
York, onde solidificou seu império com a inauguração de outros institutos de beleza em
Nova York, Chicago, Boston e San Francisco. Somente a partir de 1917, começou a
fabricar e distribuir seus produtos em grande escala. Depois da Primeira Guerra
Mundial, ofereceu cosméticos personalizados a suas clientes, determinando o tipo de
pele de cada uma delas. Ela também foi responsável pelo conceito de regime imposto às
mulheres. Trabalhadora incansável, Helena Rubinstein criou o conceito de beleza
saudável, lançando hidratante suave, pó-de-arroz e bases coloridas, e foi a primeira a
produzir uma linha de cosméticos exclusiva para os homens. Foi nesta década que a
marca lançou seu primeiro perfume, batizado de Mahatma.

À frente de seu tempo, Helena Rubinstein foi uma grande pioneira na indústria da
beleza, ao distribuir seus produtos em lojas de departamento e ao criar a profissão de
demonstradora de cosméticos, pois achava imprescindível que as vendedoras soubessem
tudo sobre os produtos que comercializavam. Mas Helena também era empreendedora.
Vendeu sua empresa para o Lehman Brothers em 1928 por US$ 7 milhões. Não gostou
dos rumos que a empresa tomou na época e a adquiriu de volta em 1930 por US$ 1
milhão. Foi neste período da Grande Depressão Americana que ela inaugurou salões e
lojas em doze grandes cidades americanas. Em 1932 a HR (como a marca ficou mais
conhecida) trouxe os primeiros produtos para o Brasil. Em 1936 foi lançado o perfume
Apple Blossom, que se tornou um verdadeiro sucesso de vendas.

Assim que terminou a Segunda Guerra, em setembro de 1945, Helena tomou o primeiro
navio rumo a Paris. Chegando lá, encontrou um cenário devastador: amigos haviam sido
mortos, seu apartamento fora pilhado pelos nazistas, que também tomaram seu salão de
beleza, destruíram sua fábrica e roubaram as fórmulas de seus cosméticos. Helena,
então, arregaçou as mangas e voltou a fabricar seus produtos de novo na cozinha de
casa. Em 1953, ela inovou mais uma vez ao criar a Fundação Helena Rubinstein,
sediada em Nova York, que patrocinava projetos que visavam os direitos e o bem-estar
das mulheres e das crianças, e o desenvolvimento da educação, da ciência e da cultura.
“Fiquei rica graças às mulheres, portanto esse dinheiro deve ser usado para o
benefício delas e de seus filhos”, dizia ela, dona de um espetacular acervo de arte com
obras de Henri Matisse, Joan Miró, Andy Warhol, Salvador Dalí e Pablo Picasso, que
ficavam expostas em uma galeria de sua cobertura, em Nova York.

Em 1956, levou um elemento ativo biológico para seus cremes, com o composto GAM,
que conservava os tecidos. A partir daí, todo cosmético seria regenerador e teria a
ciência moderna em suas fórmulas. Isso deu início a uma verdadeira corrida por
desenvolvimento de tecnologias. Surgiu o colágeno como princípio ativo e começaram
as linhas antienvelhecimento. A visionária da beleza morreu no dia 1 de abril de 1965,
aos 93 anos de idade, deixando um legado para o segmento de beleza: a marca
HELENA RUBINSTEIN. Sempre a frente de seu tempo, Helena lançou protetores
solares, autobronzeadores resistentes à água, cremes modeladores para o corpo e rímel a
prova d’água (este introduzido em 1939). Era incansável. E inovadora. A polonesa foi
pioneira nos cuidados com a pele, ensinou mulheres do mundo inteiro o poder da
cosmética e consagrou-se como a “imperatriz da beleza” ao se tornar dona de uma das
maiores fortunas do mundo na época.

Mais de duas décadas depois, em 1988, a grife HR foi adquirida pelo grupo francês
L’Oréal que continuou mantendo os mesmos princípios defendidos por sua criadora:
linhas de produtos oriundos de uma pesquisa apurada, baseada na tecnologia mais
avançada e em um conhecimento cada vez mais aprofundado dos mecanismos do
funcionamento da pele. Desde então as novidades introduzidas pela marca continuaram
surpreendendo o mercado, como por exemplo, o Force C, um creme
antienvelhecimento, que utiliza de forma pioneira a Vitamina C para amenizar, ou
mesmo reverter, os efeitos perversos dos radicais livres, lançado em 1995; e o Existence
Firmnesse, um produto que proporciona maior firmeza à pele utilizando em sua
formulação o soro; introduzido em 1997. Outro exemplo de sucesso foi o perfume floral
Wanted, lançado em 2009. Além disso, a HR continuou apostando em grandes estrelas
para divulgar sua luxuosa marca. Um exemplo disso é a bela atriz Demi Moore que
estrelou campanhas da marca nos últimos anos.

A eterna juventude? 
Uma revolução está em curso no mundo dos cosméticos. Segundo a marca HELENA
RUBINSTEIN, três fórmulas mágicas abrem as portas à eterna juventude. A marca
declina a sua mestria em três cremes para diferentes faixas etárias. Gold Future
(primeiro tratamento energizante essencial, com ouro micro ativo, que explora as
virtudes terapêuticas milenares do ouro, um cuidado único para preservar o capital de
juventude, assegurando luminosidade, conforto e alisamento – o triângulo dourado que
assegura vitalidade à pele e, em simultâneo, reforça as suas defesas naturais), Prodigy
(concentrado global anti-idade, com bio-seiva “encapsulada”, desenvolvido através de
pesquisas dermatológicas realizadas pelos Laboratórios Helena Rubinstein, que
conseguiram identificar os cinco mecanismos principais implicados no processo do
envelhecimento cutâneo e no aparecimento dos sinais da idade) e Life Pearl Cellular
(creme de renovação celular, baseado na vitalidade fascinante da Pérola Negra e
inspirando em um novo tratamento de compensação para lutar contra os efeitos visíveis
das carências hormonais, que se traduzem em secura cutânea, pele fragilizada, flácida e
com manchas de pigmentação). Esta revolucionária criação de HELENA RUBINSTEIN
foi formulada a partir de três ativos valiosos, altamente concentrados, indispensáveis
para nutrir a pele, atenuar as rugas, refirmar o contorno do rosto e reacender a
luminosidade da pele. São três luxuosos concentrados de vida, na linha dos tratamentos
de maior prestígio da marca HR, correspondentes às diversas etapas da vida das
mulheres. Representam um importante e revolucionário avanço na indústria da
cosmética.

A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas modificações ao longo dos anos.
Primeiro adotou uma nova tipografia de letra, mais sofisticada, além das iniciais HR,
que passaram a fazer parte da identidade visual da marca. Na última modificação as
iniciais HR foram posicionadas acima do nome e ganharam um novo design, além da
cor dourada, tão associada à marca. O nome da marca também ganhou uma nova
tipografia de letra, porém bastante similar a anterior.

Dados corporativos 
● Origem: Austrália 
● Fundaçã o: 1902 
● Fundador: Helena Rubinstein 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos 

Você sabia? 
● Comparada a mulheres como Coco Chanel, Elizabeth Arden e Estée Lauder, Helena
tinha como lema a seguinte frase sobre o trabalho: “Nada melhor para evitar rugas do
rosto e do espírito”. 
● Se a marca Maybelline popularizou o rímel, foi Helena Rubinstein quem aperfeiçoou
a invenção, ao desenhar a embalagem automática até hoje utilizada pela indústria. 

JEAN PAUL GAULTIER

Conhecido como o “enfant terrible” da moda


francesa, Jean Paul Gaultier tem alma de popstar, alcançou o estrelato quando Madonna
empunhou um sutiã de cone em uma turnê mundial e, com sua criatividade e ousadia à
flor da pele, se tornou um dos maiores expoentes da moda, assim como fez com sua
marca. Sua maior inspiração, tanto na moda quanto na perfumaria, onde suas
fragrâncias são campeãs de venda, é o corselet rosa e a camisa de marinheiro, ícones
usados nos frascos de seus dois mais famosos perfumes.

A história
Nascido no dia 24 de abril de 1952 em Arcueil, um subúrbio de Paris, quando menino
Jean Paul Gaultier pouco queria saber dos brinquedos que tanto encantavam a garotada
da época. Queria mesmo era criar bijuterias e acessórios com elementos que achava no
lixo. Isso já revelava seu espírito transgressor e o precoce talento de unir opostos
completos em uma peça de roupa. Não é à toa que a imprensa e a crítica de moda são
unânimes em afirmar que Gaultier foi o responsável por levantar a discussão sobre o
limiar entre o bom e o mau gosto por meio da prática da subversão. Depois de enviar
seus desenhos para todos os importantes estilistas da época, no dia do seu aniversário de
18 anos, em 24 de abril de 1970, recebeu um contato da Maison Pierre Cardin: o
autodidata Jean Paul Gaultier havia conseguido seu primeiro emprego com um dos mais
importantes criadores da época.
No ano seguinte, uma rápida passagem por Jacques Esterel e pela Jean Patou, e então
voltou a trabalhar com Pierre Cardin em 1974 para cuidar da loja do estilista francês em
Manila nas Filipinas, onde chegou a desenhar para a primeira-dama do país e mulher do
ditador Ferdinand Marcus, Imelda. E, finalmente, em 1976, já de volta a França,
Gaultier, com a ajuda de seu parceiro Francis Menuge, assinou a sua primeira coleção e
no ano seguinte inaugurou sua própria Maison. Era o surgimento oficial da marca JEAN
PAUL GAULTIER e do estilo irreverente que se baseava mais no movimento punk
londrino da época do que nas tendências da moda parisiense.

O nome de Gaultier ficará para sempre gravado na história da moda como um estilista
que rompeu conceitos há muito estabelecidos, o que resultou em seu apelido: “enfant
terrible” (“criança terrível” em português). Nos anos 80, ele ousou ao deixar aparente a
lingerie, trazendo-a do interior para o exterior. E, em 1988, recriou a tradicional
construção do traje masculino, ao propor saia para os homens, inspirado no kilt, o traje
típico dos escoceses. Uma imagem dessa revolução lhe valeu, seis anos depois, o lugar
no pôster principal de uma badalada exposição no Metropolitan Museum de Nova
Iorque com o título Coração valente: homens de saia, com imagens e peças de top
estilistas do mundo fashion, entre eles o próprio Jean Paul Gaultier. Causou também
grande impacto nos desfiles ao utilizar modelos nada convencionais, como homens
idosos e mulheres gordas, modelos tatuadas e com piercings, entre outras
excentricidades. Isto lhe valeu muita crítica, mas também trouxe enorme popularidade
para sua marca.

Em 1990, seu talento recebeu a coroação final ao ser ungido pela deusa máxima do pop,
Madonna, que o elegeu como o estilista de sua turnê “Blond ambition” (do inglês,
“ambição loira”). Graças a sua intimidade com a subversão, o estilista trouxe a lingerie
à mostra e imortalizou em Madonna o corpete com os bojos cônicos, imagem que ficou
registrada como um dos ícones do final do século. Esse foi apenas o início de uma
íntima parceria entre a diva loira e o estilista, que muito rendeu - inclusive um pedido de
casamento. Em 1995, Gaultier revelou à imprensa que, por várias vezes, teria proposto
matrimônio à popstar, que lhe disse: “sim, Jean Paul, eu me casarei com você porque é
o único homem que não me fez sofrer”. Quando questionado pela imprensa porque a
idéia de matrimônio não teria sido concretizada, Gaultier inteligentemente retrucou:
“um dia, nos casaremos de verdade, o que acontece é que ainda não criei um vestido
de casamento adequado”.
Brincadeiras à parte, por duas temporadas, Madonna brilhou em desfiles do amigo. E,
de acordo com a sua postura polêmica da época, sempre causando furor. Gaultier
também deu um toque de Midas para o segmento dos cosméticos. Vários de seus
perfumes bateram recordes de vendas por anos seguidos. O primeiro, feminino, foi
lançado em 1993 e a embalagem remetia ao corpete criado para Madonna. O masculino
Le Male arrasou quarteirão: ainda é best-seller em muitos países da Europa. Seus
perfumes foram inovadores: os frascos tinham forma de corpos de homens e mulheres, e
alguns vinham acondicionados em lata. Tal sucesso impulsionou o lançamento não
apenas de cosméticos, mas também de uma linha de maquiagem para homens. Delírio
para modernos e metrossexuais.

Outro ponto alto de sua carreira foi o ingresso no mundo da alta costura. Em 1997, ano
em que completava duas décadas de sua marca própria, debutou no topo do mundo da
moda e, ao lado de seu contemporâneo e também brilhante estilista, o francês Thierry
Mugler, se celebrizou por renovar o mundo da alta costura, com desfiles performáticos e
inesquecíveis. Em 2003, aceitou o convite da tradicional Hermés e assumiu a direção
criativa da Maison francesa, sendo a primeira vez na sua carreira que desenharia para
outra marca. Gaultier repaginou a estética tradicional da marca e foi muito elogiado pela
imprensa, além de trazer enormes ganhos financeiros para a Hermés até 2010, quando
deixou o cargo. Depois de muita negociação, em 2011, o grupo espanhol Puig (que
detém as marcas Nina Ricci, Paco Rabanne e Carolina Herrera) adquiriu 60% da
empresa, sendo 45% comprados do grupo Hermès e 15% do próprio Gaultier. Hoje em
dia a marca possui três coleções principais assinadas pelo estilista: GAULTIER PARIS
(alta-costura) e JEAN PAUL GAULTIER (ready-to-wear), para mulheres e homens.

A linha do tempo
1988
● Lançamento da JUNIOR GAULTIER, coleção de roupas para adolescentes e jovens.
1992
● Lançamento da GAULTIER JEANS, coleção baseada em peças jeans com influência
da moda de rua.
● Lançamento de uma pequena coleção de móveis.
1993
● Lançamento do CLASSIQUE, primeiro perfume feminino da marca.
1994
● Lançamento do JPG by GAULTIER, uma linha mais esportiva e direcionada aos
jovens.
1995
● Lançamento do LE MÂLE, primeiro perfume masculino da JEAN PAUL
GAULTIER.
1997
● Lançamento da primeira coleção de alta-costura da marca francesa.
1999
● Lançamento do perfume feminino FRAGILE.
2002
● Inauguração de sua primeira loja própria nos Estados Unidos, localizada em Nova
York.
2003
● Lançamento de sua primeira linha de cosmético masculina.
2005
● Lançamento do perfume unissex GAULTIER².
2007
● Lançamento do perfume masculino FLEUR du MÂLE.
2008
● Lançamento do perfume feminino MA DAME.
2009
● Relançamento da JUNIOR GAULTIER, agora com roupas voltadas para crianças.
2011
● Lançamento da GALTIER BEBÉ, uma linha de roupas e acessórios para bebês e
crianças até dois anos. A nova marca é composta por macacões de tricô, camisetas no
estilo marinheiro, além de bodys com as cores da label, vermelho, azul e branco.

Dados corporativos
● Origem: França
● Fundação: 1977
● Fundador: Jean Paul Gaultier
● Sede mundial: Paris, França
Você sabia?
● As extravagâncias de Jean Paul Gaultier o tornaram mais famoso do que muitos dos
estilistas contemporâneos e lhe valeram alguns convites para atividades fora do mundo
da moda, como a apresentação de um programa televisivo inglês chamado “Eurotrash”.

KENZO

KENZO hoje é sinônimo de fragrâncias cobiçadas, aprisionadas em frascos simples e


belos. Mas também, há mais de quatro décadas a grife é sinônimo de inovação e
ousadia, aliando a tradição milenar japonesa às novas tendências da moda internacional.
A mistura de padrões e estilos é a imagem da marca, que mistura ideias orientais e
ocidentais, transformando modelos tradicionais em roupas contemporâneas e
inovadoras.

A história
Moda “made in japan?”. Estranho. Mas foi isso que o renomado e famoso estilista
Kenzo Takada, que nasceu na cidade de Himeji no dia 27 de fevereiro de 1939, fez.
Formado em artes, iniciou sua carreira como estilista desenhando moldes para uma
revista de Tóquio, depois de terminar seus estudos na renomada Bunka Fashion College.
Em 1964, mudou-se para a cidade de Paris, onde pretendia passar somente seis meses
para assistir espetáculos, conhecer a moda e o estilo de vida dos franceses. Depois de
cinco meses, queria ficar mais. Começou a procurar emprego e conseguiu mostrar seus
croquis para o costureiro Louis Féraud, que tinha Maison em Cannes e foi prestigiado
por muitas estrelas do festival, e para a influente revista Elle. Eles acabaram comprando
os desenhos e indicaram o caminho das pedras ao jovem estilista.
Em cinco dias, o jovem e talentoso estilista conseguiu trabalho, e no restante da década
criou inúmeras coleções como free-lancer. Nesse período, Kenzo só tinha dinheiro para
comprar tecidos em brechós e a maioria do que conseguia eram retalhos. Como
resultado ele tinha que improvisar misturando muitos tecidos diferentes e ás vezes com
estampas muito diversas para fazer uma peça. As estampas coloridas nasceram da
necessidade dessa improvisação, mas acabaram se tornando uma de suas marcas
registradas. Em 1970, o talentoso estilista resolveu alçar voo solo, realizou seu primeiro
desfile na Galeria Vivienne, onde logo depois inaugurou sua própria loja, chamada na
época de Jungle Jap. O sucesso foi quase imediato, com uma de suas modelos
estampando a capa da prestigiosa revista Elle, trazendo mais visibilidade para seu
trabalho.

Rapidamente, se tornou conhecido e mudou o nome da loja para KENZO. Ele


conquistou a França com um conceito inteiramente novo de moda: a recriação da figura
humana de um modo até então não tentado, com novos volumes e proporções. Suas
primeiras roupas, de algodão, foram muito populares e fizeram enorme sucesso. No ano
seguinte, realizou desfiles em Nova York e Tóquio, iniciando assim seu reconhecimento
internacional. Suas primeiras criações tinham evidentes referências da vestimenta
tradicional japonesa, o quimono, mas foi a amplitude de suas peças que atraiu mais
atenção. Em 1972, a marca KENZO já estava bem estabelecida e conhecida
inicialmente por seus modelos audaciosos, em extravagantes cores de cabúqui ou tons
austeros.

Um mestre em misturar estampas e sobreposições, Kenzo produziu blusas, túnicas,


batas, calças largas e roupas de veludo estampado em estilo japonês e deu especial
atenção à malharia. Seu criativo tratamento de tendências em malha firmou sua posição
como estilista de prêt-à-porter, injetando cor e novas proporções em modelos clássicos.
As ideias e a influência de KENZO foram de longo alcance. Ele conseguiu com sucesso
misturar ideias orientais e ocidentais, transformando modelos tradicionais em roupas
inovadoras e contemporâneas.
Kenzo Takada entrou para a história da moda como um dos estilistas mais
reverenciados - e copiados também. Inovador e criativo, ele era especialista em
impressionar a todos com seus desfiles. Em 1977, apresentou sua coleção na
inauguração da mítica boate Studio 54, em Nova York, com sua amiga Grace Jones
cantando pela primeira vez em público. Dois anos depois, encerrou um desfile realizado
em uma tenda de circo na cidade de Zurique montado em um elefante. A década de 80
foi uma época de consagração. Logo no início o estilista lançou sua primeira coleção
masculina e inaugurou lojas em Saint Tropez, Lille, Bordeaux e Lyon, assim como em
Londres, Milão, Copenhagen e Tóquio. Depois, quase no final da década, criou o
primeiro perfume da marca, chamado Kenzo by Kenzo.

Em 1990 suas coleções foram expandidas, passando a contar com jeans, roupa infantil,
produtos para decoração, óculos e outros produtos. O crescimento da marca chamou a
atenção de grandes grupos. No ano de 1993 a marca KENZO, que a essa altura reunia
coleções de roupas feminina, masculina e infantil, além da rentável linha de perfumes,
foi adquirida por US$ 80 milhões pelo poderoso conglomerado francês LVMH,
proprietário de marcas luxuosas como Louis Vuitton, Moët et Chandon, Givenchy e
TAG Heuer. Em 1999 o estilista, às vésperas de completar 60 anos, se despediu das
passarelas, deixando inúmeros discípulos no comando da marca.

Em 2003, o italiano Antonio Marras assumiu o comando criativo da coleção feminina


da KENZO, e nos anos seguintes, fez com que a grife renascesse, criando coleções
modernas, mas sem deixar a essência de KENZO desaparecer. O resultado foi um
enorme aumento em suas vendas, e, em 2008, ele assumiu o comando criativo de todas
as linhas da grife. Recentemente, em 2011, a KENZO passou por um profundo processo
de reinvestimento nas divisões de moda e perfumaria, o que levou à contratação de Eric
Marachelle, da grife infantil Catimini, como novo CEO, e Patricia Tranvouëz, ex-
diretora da marca Sephora que também pertence ao grupo LVMH, para chefiar a área de
perfumes. Além disso, a talentosa dupla californiana formada por Humberto Leon e
Carol Lim substituiu o estilista italiano Antonio Marras na direção criativa da marca

KENZO faz parte de um mundo poético, colorido e atemporal, com uma capacidade de
se regenerar e reconstruir independente de tendências ligadas a um período de tempo.
Influências étnicas, o forte uso de cores e estampas ousadas faz parte do estilo
inconfundível da marca, que continua uma das principais referências em moda
contemporânea.

A linha do tempo
1983
● Lançamento da primeira coleção masculina.
1986
● Lançamento de sua primeira coleção de roupas para adolescentes (KENZO
JUNIOR).
● Lançamento de sua primeira coleção de jeans.
1987
● Lançamento da coleção de cama, mesa e banho.
● Lançamento de sua primeira coleção de roupas para crianças.
1988
● Lançamento do primeiro perfume da marca, chamado Kenzo by Kenzo.
1991
● Lançamento do primeiro perfume masculino, chamado Kenzo pour Homme.
1992
● Lançamento da linha KENZO MAISON composta por tecidos para decoração.
2000
● Lançamento do perfume feminino Flower by Kenzo, até hoje o mais vendido da
marca (mais de 6 milhões de unidades por ano), responsável por 45% do faturamento da
KENZO PARFUMS no mundo. Criado pelo perfumista da Firmenich, Alberto Morillas,
a fragrância surgiu com o intuito de desenvolver um perfume único e atemporal. E
conseguiu.
2001
● Lançamento da KENZOKI, uma linha de tratamento para pele inspirada numa
filosofia milenar da Ásia. A prática do Ki visa o equilíbrio ideal de todas as energias que
circulam em todos nós e em todo o universo. Esta harmonia profunda e autêntica nos
conduz à conciliação do corpo e do espírito, à energia do zen. Todos os sentidos são
despertados. Atualmente a linha concilia beleza com a harmonia do espírito através de
quatro gamas de produtos que servem a todos os sentidos. Com essências naturais, que
relaxam, à base do lotus branco; que energizam, com a folha do bambu; que causam
euforia, como a flor do gengibre; e que despertam sensualidade, como o vapor do arroz.
2006
● Lançamento do perfume KENZO AMOUR, uma criação modelada pelos tons
amadeirados do patchouli, do bálsamo de benjoim do Sião, do âmbar e de incenso. A
forma e a cor do frasco de ouro mate fazem uma alusão a uma oferenda que se revela na
luz.
● Lançamento do perfume Flower By Kenzo versão Eau de Toillete, uma fragrância
com menor concentração de óleos essenciais em sua fórmula o que a torna mais suave.
Ideal para pessoas com alta sensibilidade olfativa e para o uso diário.
2008
● Lançamento do perfume 7.15 am in Bali, uma viagem olfativa pela ilha exótica
repleta de praias paradisíacas marcada por notas doces, sensuais e gastronômicas,
apresentadas pelos aromas da fruta do maracujá, de favas de baunilha e das flores de
jasmim, a flor dos deuses na Indonésia.
● Para celebrar a abertura de sua nova loja conceito a algumas quadras da Via
Montenapoleone, a marca lança uma edição limitada de pequenas bolsas, as chamadas
Candy Box.
● Lançamento de uma coleção de móveis, tapetes e acessórios sob a marca KENZO
MAISON.
● Lançamento do perfume masculino KENZO POWER, criado pelo perfumista
Olivier Polge, que tem uma flor como fonte de inspiração. Para criar a embalagem deste
perfume, o designer Kenya Hara se inspirou nas antigas garrafas de saquê e desenhou
uma que parece um cilindro de metal espelhado, com uma inscrição do nome do
perfume na parte inferior.
2011
● Lançamento do perfume MADLY KENZO (que visa atrair o público jovem e trouxe
mais dinamismo à marca não só com a proposta, mas também com a aproximação da
mídia digital).
● Lançamento do perfume FLOWER TAG, com notas de groselha, tangerina, jasmim
e baunilha, tem aroma floral, frutado e fresco e embalagem com um design inspirado no
grafismo.
2012
● Em conjunto com a californiana VANS lançou uma coleção limitada de tênis,
composta por seis modelos, com estampas de flores e listras.

Dados corporativos
● Origem: França
● Fundaçã o: 1970
● Fundador: Kenzo Takada
● Sede mundial: Paris, França

LACOSTE

Amarela. Rosa. Azul. Verde. Vermelha. Todas as cores do arco-íris. Uma combinação
de tons quase surreal. Sempre com um pequeno “Crocodilo Verde” estampado no peito.
As camisas pólos LACOSTE se tornaram um verdadeiro ícone clássico nos ambientes
mais refinados do mundo, um símbolo de elegância e qualidade. Das quadras de tênis
para o mundo, a marca francesa é um símbolo de classe há mais de sete décadas
oferecendo roupas e acessórios para pessoas de bom gosto. E com seu estilo
“unconventional chic” (algo como “chique não convencional”) a marca consegue a
proeza de agradar ao público nas mais diferentes regiões do planeta.

A história
Tudo começou em 1927 quando o tenista francês Jean René Lacoste foi o principal
responsável pela primeira vitória de seu país na Taça Davis e colecionou títulos nos
famosos torneios de Roland Garros, Wimbledon e Forrest Hills. Durante estas
competições ele foi apelidado de “Le Crocodile” pela agência de notícias Associated
Press, após o tenista ter feito uma aposta com o capitão da equipe de tênis da França
para Copa Davis. O técnico prometeu oferecer-lhe uma mala de crocodilo caso ele
ganhasse um jogo importante para a sua equipe (ao lado de Jean Borotra, Henri Cochet
e Jacques Brugnon, ele formava os famosos Mosqueteiros, que defenderam a França por
seis torneios seguidos). O fim do campeonato trouxe duas vitórias para o tenista:
arrebatou a taça dos americanos, vencendo o lendário Bill Tilden, e provou que sua
trajetória de sucesso iria muito além das quadras. O público americano rapidamente
adotou este apelido que representava a tenacidade e a agressividade que René
demonstrou nas quadras de tênis: se movendo freneticamente em ziguezague e
perseguindo sua presa sem cansar.
O amigo Robert George desenhou então para René um crocodilo que foi bordado na
camisa que ele usava nas quadras de jogo. A camisa, em algodão com malha arejada e
confortável, que absorvia perfeitamente a transpiração em climas mais quentes, tinha
mangas curtas com gola e pequenos botões que iam do pescoço ao peito, e, era usada
juntamente com um blazer azul-marinho, também desenhado por ele e com o símbolo
do crocodilo. O uniforme inusitado apareceu pela primeira vez no Torneio Aberto dos
Estados Unidos. Uma das espectadoras mais assíduas destes encontros esportivos da
Copa Davis era a vencedora do aberto de Golfe da Grã-Bretanha, Simone Thion de la
Chaume, que se tornaria esposa de René. Pouco anos depois, aos 25 anos, ele
abandonou as quadras por causa de uma tuberculose e dedicou-se totalmente a uma
idéia genial: fazer confortáveis camisas de malha para a prática do tênis e carimbá-las
com o bichano que um dia deu a ele muita sorte.

Em 1933, juntamente com André Gillier, proprietário de uma das maiores fábricas
francesas de roupas, ele fundou a La Chemise Lacoste para produzir e comercializar a
camisa pólo bordada com o logotipo que tinha criado para seu uso pessoal nas quadras
de tênis, bem como certo número de outros modelos de camisas concebidas para a
prática do tênis, golfe e esportes marítimos, como por exemplo, o iatismo. Foi a
primeira vez que uma marca estampou sua etiqueta do lado de fora da roupa, tornando o
logotipo visível. Uma idéia que prosperou desde então. Essa primeira camisa foi
batizada de LACOSTE L.12.12 (L representa LACOSTE, 1 é uma referência ao tecido
original de algodão petit piquê, 2 significa a manga curta e o segundo 12 se relaciona
com o número de protótipos que tiveram que ser produzidos até René ficar satisfeito
com o resultado, dando uma perspectiva única sobre o sentido de perfeccionismo e
abordagem de transmissão do desenho do campeão). A camisa era confeccionada em
um tecido leve e fresco, que proporcionava mais conforto e resistência. A primeira
camisa LACOSTE era branca, ligeiramente mais curta que as atuais, de mangas curtas,
com colarinho de bordos cortados, confeccionada em um tecido emblemático, jérsei de
piquê miúdo, e um crocodilo verde bordado na altura do coração.

A camisa LACOSTE constituiu imediatamente uma revolução junto aos jogadores de


tênis da época, os quais vestiam durante os jogos, nessa altura, incômodas camisas de
estilo clássico, em tecido tramado com duas teias, de mangas compridas.
Imediatamente, virou um uniforme nas quadras francesas, e René, o garoto-propaganda
perfeito. Rapidamente as camisetas pólo LACOSTE desbancaram as tradicionais
camisas de colarinho duro, vendendo aproximadamente 300 mil unidades em 1939. O
que havia de tão revolucionário na camisa? A qualidade da malha – leve, flexível,
ventilada – e o desenho inovador. O algodão, proveniente do Egito, dos Estados Unidos
e do Peru, o processo de elaboração do fio e a exigência de qualidade da fibra
mostravam um pouco da importância do produto. Nesta época a empresa investiu no
progresso e crescimento das vendas junto ao consumidor. Durante um bom tempo, ele
só produziu camisas brancas, com um catálogo direcionado exclusivamente para tênis,
golfe e iatismo. Com o início da Segunda Guerra Mundial, a empresa interrompeu a
produção, retomando suas vendas ao mercado somente em 1946.

As exportações começaram em 1951 para a Itália, assim como a comercialização das


versões coloridas das tradicionais camisas pólos. Celebridades adotaram a nova moda.
Audrey Hepburn eternizou a dobradinha com calça capri. Jackie Kennedy usava dentro
e fora das quadras. No ano seguinte a marca ingressou no enorme mercado americano
com o início da exportação de seus produtos para o país. René revolucionou o mercado
do tênis ao inventar em 1963 as raquetes feitas de aço tubular, muito superior às
produzidas em madeira, extremamente pesadas. As raquetes eram distribuídas pela
marca esportiva Wilson nos Estados Unidos. Este modelo de raquete ganhou 46 títulos
em torneios do Grand Slam entre 1966 e 1978 e foi utilizada por tenistas famosos como
Jimmy Connors e Billie Jean King. Foi também, em 1963, que seu filho mais velho,
Bernard, assumiu o comando da empresa.

A partir dos anos 70, o crocodilo da LACOSTE estendeu-se a inúmeras peças, tanto no
vestuário feminino (especialmente os tradicionais vestidos) como no masculino, além de
acessórios, calçados e até perfumes. Somente em 1978 os produtos da marca
começaram a ser distribuídos no Brasil. No ano de 1981 a empresa inaugurou a primeira
Boutique LACOSTE do mundo, localizada na badalada Avenida Victor Hugo em Paris.
Mas foi também nesta década que a marca francesa começou a perder participação de
mercado: os clientes fiéis, principalmente pessoas ligadas aos esportes, estavam
envelhecendo e a nova geração não encontrava atrativos nos modelos básicos oferecidos
pela marca. Nas quadras, o crocodilo perdeu terreno para outras grifes que patrocinavam
maciçamente atletas de grande destaque.

Na década de 90, a empresa iniciou uma expansão e modernização da sua rede de lojas,
inaugurando em 1994 a primeira unidade na China; no ano seguinte as primeiras lojas
nos Estados Unidos, localizadas nas badaladas Palm Beach e Bal Harbour, no estado da
Flórida; além de lojas em Moscou e Nova York. Mas, foi também a partir desta década
que a popularidade da marca LACOSTE entrou definitivamente em queda, até que o
estilista francês Christophe Lemaire assumiu a direção criativa da marca em 2000.
Rapidamente ele implantou uma nova filosofia e modernizou a imagem da marca, sem
deixar de manter o estilo criado por René Lacoste. Isto incluiu a inauguração de mais
lojas em cidades como Düsseldorf, Tóquio, Orlando, Istambul e Dallas, no ano de 2002;
e no ano seguinte com a introdução de um novo e refinado conceito de decoração e
design para suas boutiques.
Foi nesta época que a LACOSTE resolveu modernizar sua tradicional e clássica linha de
produtos, surgindo assim outros itens: novas coleção para crianças e mulheres, calçados,
novos e deliciosos perfumes, óculos, roupa íntima masculina, malas, sacolas, bolsas,
mini vestidos e até uma coleção de cama, mesa e banho. Outra atitude importante foi a
contratação de atletas renomados para serem embaixadores da marca pelo mundo como
o tenista Andy Roddick, a golfista mexicana Lorena Ochoa e o golfista espanhol Jose-
Maria Olazabal, além de patrocinar torneios importantes como o Aberto da Austrália
(tênis) e várias etapas do circuito de golfe profissional. A marca chegou a ganhar as
prateleiras da sofisticada boutique Colette, templo da moda dos modernos parisienses,
com uma camisa pólo preta com jacaré prateado, em edição limitada. No mês de
setembro de 2010, o português Felipe Oliveira Baptista assumiu o cargo de diretor
criativo da marca substituindo Christophe Lemaire que foi para a sofisticada Hermès.
Mas nessa época, a marca LACOSTE já estava totalmente modernizada e atenta às
principais tendências da moda. Recentemente a marca francesa contratou o tenista
Gustavo Kuerten como embaixador global. Foi desta maneira que o “Crocodilo” da
LACOSTE tornou-se famoso no mundo inteiro.

A linha do tempo
1959
● Lançamento da coleção para crianças.
1960
● Lançamento dos shorts e das camisas pólos listradas, acrescentando mais produtos ao
seu catálogo.
1963
● Criação do primeiro calçado para tênis com a marca francesa.
1968
● Firmou um contrato de licenciamento com Jean Patou para fabricação da colônia
LACOSTE EAU de TOILETTE.
1974
● René inventa o “damper” que será utilizado nas raquetes LACOSTE de aço. Esta peça
patenteada, situada na extremidade do cabo da raquete, absorve as vibrações ao mesmo
tempo melhorando a precisão e aumentando a restituição de energia.
1981
● Lançamento de uma linha de óculo solares.
1984
● Lançamento de uma nova linha de produtos de perfumaria para homens juntamente
com Jean Patou.
1985
● Criação de calçados para a prática do tênis, fabricados na França, seguida da criação
de calçados para usar em embarcações (para a prática de iatismo), em 1986, e de
calçados para outdoor (atividades ao ar livre) em 1988.
● Apresentação no Salão Náutico de Paris do barco LACOSTE 42 (o produto de maior
dimensão assinado pela marca). Desenhado pelos arquitetos americanos Stephens et
Sarkman, foi construído em edição limitada.
1988
● Lançamento da raquete EQUIJET. Pela sua forma especial, esta raquete aliava as
vantagens do crivo pequeno às do crivo grande. O tenista Guy Forget ganhou a Copa
Davis três anos mais tarde, em 1991, com esta raquete.
1993
● Assinatura de um acordo de licença com a sociedade suíça ROVENTA-HENEX para
a concepção e fabricação de uma linha de relógios LACOSTE.
1995
● Criação de um novo conceito de mobiliário para as lojas LACOSTE, pelo decorador
Yves Taralon.
1999
● Lançamento em setembro do primeiro perfume feminino, batizado de LACOSTE for
WOMEN.
2000
● Lançamento da primeira linha de roupas íntimas masculinas.
● Lançamento da linha de malas, sacolas e bolsas em couro através de um acordo com a
Samsonite.
2001
● Em julho, pela primeira vez em sua história, a LACOSTE decidiu desfilar em Paris,
apresentando coleções para a estação Primavera-Verão. Desfilou uma coleção
masculina elegante e esportiva, com tecidos mais nobres, inspirada no glamour dos anos
30. Na coleção feminina, pantalonas com transparência, malhas decotadas, calças e
shorts com novíssimos shapes, sandálias recortadas e uma profusão de releituras de
clássicos.
2002
● Lançamento mundial do perfume LACOSTE POUR HOMME com uma campanha
publicitária de grande envergadura. Desde as primeiras semanas de lançamento, o
perfume se tornou um best-seller nas perfumarias do mundo inteiro. A versão feminina
foi lançada no ano seguinte.
2004
● Lançamento do perfume feminino TOUCH of PINK, personificado por Natasha
Thomas, uma jovem cantora e modelo.
2005
● Lançamento do LACOSTE ESSENTIAL, uma fragrância que alia discrição e
exuberância, frescura e conforto, classicismo e modernismo.
2006
● Lançamento do perfume LACOSTE INSPIRATION.
2007
● Lançamento de uma sofisticada linha de cama, mesa e banho.
2009
● A marca francesa ingressa na luta contra o câncer de mama ao lançar a linha feminina
PINK CROC COLLECTION (camisas, bolsas, relógios, óculos e acessórios, todos na
cor rosa), onde 10% das vendas eram revertidos para a instituição americana Breast
Cancer Research Foundation.
● Lançamento do perfume masculino LACOSTE CHALLENGE, cuja campanha
publicitária era estrelada pelo ator Hayden Christensen.
2010
● Lançamento do perfume masculino LACOSTE ESSENTIAL SPORT.
2012
● Lançamento da linha de perfumes masculinos EAU de LACOSTE L.12.12,
composta por três fragrâncias: Blanc, Bleu e Vert, que capturam a sensação refrescante,
leveza e frescor.

A famosa camisa polo


A partir do ano 2000 a LACOSTE se modernizou e ganhou um tom mais jovial,
contudo sem perder a elegância e a identidade. Suas famosas e clássicas camisas pólo,
um verdadeiro ícone da marca, também: novas cores foram criadas, a modelagem ficou
mais estreita, mais justa e curta, ganhando até modelo estonado. Isso sem contar a linha
feminina. Cada pólo da grife francesa tem um preço médio de aproximadamente €65 na
Europa, US$ 75 nos Estados Unidos e R$ 200 no Brasil. O seu custo deve-se ao
processo de fabricação: são usados mais de 20 quilômetros de fio de algodão para cada
camisa e o processo de tingimento leva mais de 12 horas para ser completado. Uma das
maiores evoluções da camisa pólo foi o modelo “pique strech”, uma mescla formada por
94% de algodão e 6% de elastano. O tecido diferenciado proporciona mais conforto,
leveza e uma real liberdade de movimentos para quem veste a camisa pólo LACOSTE.
O material possibilita também uma maior criatividade e permite conceber uma linha
mais atual. Atualmente as camisas pólos são vendidas em mais de 60 cores.

A reinterpretação do crocodilo
Como parte da estratégia de rejuvenescimento da marca, a empresa lançou no mercado
em 2010 a LACOSTE L!VE, uma marca (ou linha, como muitos queiram) que aposta
no conceito jovem e urbano e mistura o estilo original da LACOSTE com a arte de rua
das grandes cidades mundiais. Essa linha oferece coleções masculina e feminina com
acessórios, calçados, calças, casacos e jaquetas, com modelagens mais ajustadas, para
um público alvo entre 15 e 25 anos. A LACOSTE L!VE foi criada para brincar com os
clássicos e reinventar o futuro. E para reforçar sua identidade e criar uma imagem
própria e exclusiva perante o público, a LACOSTE L!VE decidiu investir em uma
estratégia diferenciada para suas lojas e apostou no marketing sensorial para conquistar
os jovens consumidores, transmitindo sua identidade, conceito, valores e atributos por
meio de impulsos que mexem com os sentidos do ser humano e torna mais agradável a
experiência da compra.

Essas lojas também investiram em uma com uma atmosfera descontraída e decoração
diferenciada, substituindo os tradicionais manequins por painéis magnéticos; araras
giratórias para melhor exposição dos produtos; adesivos coloridos no piso que
rementem a uma quadra; equipamentos eletrônicos de última geração; e até mesas de
pebolim para que seus clientes se divirtam. A primeira boutique LACOSTE L!VE foi
inaugurada em setembro de 2010, no descolado bairro do Soho, em Nova York. Já com
mais de 40 lojas espalhadas pelo mundo, em 2012 a marca inaugurou a 1ª unidade no
Brasil da LACOSTE L!VE, localizada no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo.

Lacoste: 1933 vs. 2083


Em 2008, para celebrar 75 anos da marca, a empresa lançou uma campanha publicitária
especial e um site (lacoste-future.com) com design futurista. O tema principal era
mostrar os esportes, no caso o tênis, daqui á 75 anos, ou seja, no ano de 2083. Em
poucos segundos a LACOSTE contava, através de uma linha do tempo, sua rica
trajetória até como seria seu futuro. Para assistir ao filme clique no ícone abaixo.

Dados corporativos
● Origem: França
● Fundaçã o: 1933
● Fundador: René Lacoste e André Gillier
● Sede mundial: Paris
● Proprietá rio da marca: Lacoste S.A.

Você sabia?
● Todos os anos mais de 60 milhões de itens são vendidos sob o nome LACOSTE. Isto
equivale a dois itens da marca vendidos a cada segundo.
● Alertada contra o volume absurdo de 3.5 milhões de artigos falsificados, a LACOSTE
gasta a mesma quantidade de euros por ano para proteger a marca, checar os mercados,
coletar e processar informações até tomar providências legais.
● Em 2011 a marca francesa tentou proibir que Anders Behring Breivik, um norueguês
que matou 77 pessoas em Oslo no dia 22 de julho, continuasse utilizando suas camisas
nas idas ao tribunal, quando era exaustivamente fotografado. A escolha do atirador
norueguês por blusas da LACOSTE se transformou em um verdadeiro pesadelo para a
grife francesa, causando enorme indignação por parte da empresa. Além de usar as
roupas “do jacarezinho”, o atirador chegou a citar a grife em seu manifesto online,
dizendo que “pessoas refinadas como ele deveriam usar marcas como a Lacoste”.

LANCÔME

A beleza das mulheres vai muito além das aparências: é uma emoção à flor da pele. Um
despertar dos sentidos. É o reflexo de uma harmonia entre corpo, alma e espírito. A
LANCÔME acredita que cada mulher tem uma beleza própria e quer dar a ela o prazer
de desfrutá-la, oferecendo-lhe as melhores inovações científicas. Para LANCÔME, a
beleza do futuro será vibrante, generosa e multifacetada, cujos produtos mesclam o mais
refinado luxo com a sempre desejada modernidade, e maquiagens expressam a essência
da criatividade. Hoje em dia dificilmente não há frasqueira que não ostente ao menos
um rímel ou batom da marca, uma verdadeira referência quando o assunto é
maquiagem. 

A história 
Inspirado pela grande paixão por fragrâncias e pelo sonho em divulgar o espírito e a
cultura francesa, Armand Petitjean, que havia sido aluno de François Coty (considerado
o pai da perfumaria de luxo do século XX), lançou a marca LANCÔME no dia 21 de
fevereiro de 1935 com a apresentação de cinco fragrâncias diferentes em uma feira de
perfumaria na cidade de Bruxelas na Bélgica. As cinco fragrâncias (Tropiques, Tendres
Nuits, Kypre, Bocage e Conquête) eram vendidas em frascos criados pelo habilidoso
artista George Delhomme, que viria dar forma aos mais belos e elegantes frascos de
perfumes do mundo. Os famosos frascos atualmente são peças de colecionadores, como
por exemplo, os dos perfumes Cachet Bleu (1935) e The Amphora of Marrakech
(1947), que são os mais disputados nos dias de hoje.

Além disso, a nova empresa oferecia também um pó chamado Conquête. Já em 1936 a


empresa ingressou no mercado de cosméticos com o lançamento do creme Nutrix, que
possuía em sua formulação o sérum natural, ingrediente com qualidades nutritivas e
regenerativas, cuja fórmula permanece imutável até hoje. Outra novidade foi o
lançamento, pouco depois, de seu primeiro batom: o famoso Rose de France. Era o
começo de uma marca ícone neste segmento, com seus perfumes de prestígio, cremes
revolucionários e maquiagens inovadoras.

Somente em 1950 os produtos da marca foram introduzidos no mercado americano.


Apenas cinco anos depois os produtos da marca já estavam disponíveis em 98 países ao
redor do mundo. Em 1964 a marca foi comprada pela empresa francesa L’Oréal. Nos
anos seguintes, se beneficiando do aporte financeiro e da vasta experiência da nova
proprietária, a marca introduziu no mercado uma enorme variedade de produtos de alta
qualidade conquistando grande e inabalável reputação em seu segmento. Mas não foi
somente na perfumaria que a LANCÔME se destacou. Entre os inúmeros produtos
lançado neste período, a marca francesa foi responsável pela introdução em 1970 da
primeira máscara de cílios.

Somente em 1990 a marca chegou ao Brasil com linhas de tratamento solar, maquiagem
e perfumes, tornando-se a número 1 na categoria de produtos de luxo. Nesse mesmo
ano, Sicos, a fábrica da LANCÔME em Caudry, no norte da França, festejou seus 20
anos de funcionamento. Como presente recebeu o acento que coroa a sua sigla: SICÔS.
Em 1995, se tornou a primeira marca do segmento a lançar cosméticos com tecnologia
de nanocápsulas, minúsculas partículas que fazem com que os ingredientes penetrem
mais profundamente na pele.

Em 2015 a LANCÔME comemora 80 anos. E as celebrações começaram com uma


pomposa festa em Paris. Isto não seria possível sem as mulheres que hoje personificam
a marca: Julia Roberts, Penélope Cruz, Kate Winslet, entre outras beldades, estavam
todas no palco, juntas pela primeira vez, para desejar um feliz aniversário à icônica
marca francesa. Isabella Rossellini, que honrou a marca com o seu charme e beleza por
muitos anos, foi a mestre de cerimônia. A festa é apenas um dos destaques de uma
comemoração que começou oficialmente em janeiro com o lançamento de um livro que
comemora a herança da marca, batizado de “Editions du Regard”. Foi seguido pelo
lançamento dos primeiros produtos de edição limitada vendidos somente pela internet –
três tons do lendário L’Absolu Rouge. A comemoração atingirá o seu clímax em
dezembro com o lançamento de duas edições extremamente limitadas: a reedição de Les
Jumelés, um estojo de joias com batons do patrimônio de LANCÔME, e uma versão
muito especial do novo La Vie est Belle l’Extrait, criada com o mais antigo alto
joalheiro da França, Mellers dit Mellerio.

O sucesso das inovações da marca deve-se em grande parte aos “técnicos” que saem da
escola LANCÔME e que divulgam a mensagem da marca pelo mundo inteiro. A beleza
é uma ciência viva que precisa ser constantemente reinventada. Desde sua fundação a
marca tem superado incansavelmente as fronteiras entre tecnologia e criação,
estabelecendo novos limites. São três centros master de Pesquisa e Desenvolvimento
(França, Estados Unidos e Japão), 3.000 pesquisadores, parcerias constantes com
grandes nomes do mundo da ciência (biólogos, dermatologistas e farmacêuticos) e mais
de 300.000 mulheres entrevistadas em todos os países do mundo nos últimos três anos.
Tudo isso permite que a LANCÔME tenha um conhecimento inigualável sobre a pele,
seus mecanismos e necessidades específicas. Ao longo de sua rica história a marca
francesa criou best-sellers como a máscara para cílios Ôscillation, o batom L’Absolu
Rouge, o tratamento facial Rénergie e os perfumes Magnifique e Trésor. Além é claro
da premiada máscara Hypnôse. Por isso LANCÔME é a marca de beleza que chega o
mais próximo do coração das mulheres.

Hoje em dia através de contínuos investimentos em pesquisa e tecnologia, oferece às


consumidoras produtos inovadores e da mais alta qualidade, que se traduzem em linhas
completas de tratamento para rosto e corpo, maquiagem e perfumes. A marca alia
experiência, criatividade e sonho para oferecer a cada mulher seu ritual de beleza
personalizado, para cada fase de sua vida, como o mais delicioso de seus batons, Rose
de France, primeiro batom perfumado de rosa búlgara natural; ou a máscara Ôscillation,
inventando e reinventando a linguagem da beleza, ao permanentemente quebrar as
fronteiras da experiência, emoção e luxo no estilo francês. Além disso, a marca cria
cores e texturas deliciosas, e embalagens que são pequenas obras de arte: caixas de pó
refinadas, tampas trabalhadas e douradas a ouro fino, verdadeiros porta joias para
batons. Não por acaso, por oito décadas, LANCÔME, marca líder no mercado de beleza
de luxo do mundo, é exemplo de beleza e glamour com o refinado toque francês.

A linha do tempo 
1947 
● Lançamento do PROGRÉS, primeiro creme que realçava a proteção natural da pele. 
● Lançamento do perfume MARRAKECH, cujos vidros eram assinados pela
renomada empresa de cristais Lalique. 
1950 
● Lançamento do perfume MAGIE, um verdadeiro sucesso que vinha embalado em um
frasco moderno que representava a silhueta de uma mulher vestida de quimono. 
1952 
● Lançamento do TRÉSOR, a primeira edição de um perfume almiscarado oriental
apresentado em um aprimorado frasco-diamante. O perfume se transformou em um
ícone da marca francesa. 
1955 
● Lançamento da linha OCÉANE, produtos feitos a base de água pura do mar e
enriquecidas com algas e oligoelementos. 
1957 
● Lançamento do perfume ENVOL, feito a base de rosa e jasmim. 
1967 
● Lançamento do perfume CLIMAT. 
1968 
● Lançamento do perfume masculino BALAFRE. 
1969 
● Lançamento do Ô, uma fragrância fresca ao estilo eau de toilette. 
● Desenvolvimento do BIEBFAIT de MATIN, primeiro creme hidratante protetor com
cor. 
1971 
● Lançamento do perfume SIKKIM. 
1978 
● Lançamento do perfume MAGIE NOIRE. 
1985 
● Lançamento do perfume masculino SAGAMORE. 
1986 
● Lançamento do NIOSÔME, um creme anti-envelhecimento que de forma pioneira
utilizava em sua formulação lipossomas, micro-cápsulas que penetram na pele e
previnem o envelhecimento. 
1987 
● Lançamento do Ô INTENSE, um perfume mais intenso que o original. 
1989 
● Lançamento do NOCTOSÔME, um creme para tratamento noturno da pele. 
1995 
● Lançamento do POÊME, um dos perfumes mais conhecidos da marca. 
1996 
● Lançamento do Ô for MEN, uma nova água de toalete para homens. 
1997 
● Lançamento da linha SÔLEIL, composta por bloqueadores e bronzeadores que
protegem contra os raios solares mais fortes do verão intenso. 
1999 
● Lançamento do Ô OUI!, um perfume com fragrância ainda mais fresca que o
tradicional Ô. 
2000 
● Lançamento do MIRACLE, um agradável perfume floral. 
2003 
● Lançamento do RESOLUTION, um creme de tratamento anti-rugas intensivo com
D-Contraxol, que atua amenizando os efeitos das contrações feitas no cotidiano: rir,
franzir as sobrancelhas, apertar os olhos, vincar a testa, etc. E mais, em apenas quatro
semanas prometia rugas menores e pele mais lisa. 
● Lançamento do perfume ATTRACTION. 
2004 
● Lançamento do perfume MIRACLE SO MAGIC. 
● Lançamento da máscara HYPNÔSE, que trazia o maior segredo de beleza das
francesas: olhares hipnotizantes. Para dar a todas as mulheres esse dom, a marca
imaginou um novo gênero de máscara de cílios. Uma revolução com volume
extravagante para um efeito encantador, a máscara já curvou, maximizou e alongou
milhões de cílios ao redor do mundo, formando uma verdadeira arma de sedução e
oferecendo um impulso de confiança que torna qualquer olhar irresistível e
inesquecível. 
2005 
● Lançamento do HYPNOSE, um perfume acondicionado em um frasco inspirado em
um produto dos anos de 1950, chamado Trésor Magic. Foi o 50.º perfume criado pela
marca francesa. 
● Aumento de rugas acentuadas, marcas de pigmentação e mudança nos contornos
faciais foram os sinais clínicos observados e avaliados por mais de vinte anos e que
forneceram um quadro muito claro da ação do envelhecimento para a criação do creme
de reconstrução profunda ABSOLUE PREMIUM βx. 
2008 
● Lançamento do OSCILLATION, um rímel vibrante que se tornou um verdadeiro
sucesso. Apertando um pequeno botão na base, a haste oscila 7.000 vezes por minuto,
evitando que os cílios grudem com o excesso de produto, dando livre acesso para novas
camadas. 
● Lançamento do MAGNIFIQUE, um perfume referido como uma fragrância floral
amadeirada com notas de rosa, madeira nagarmota, vetiver, sândalo, rosa da Bulgária e
jasmim. O perfume tem o slogan “You are unique; you are Magnifique” (Você é única;
você é magnífica). 
2009 
● Um estudo detalhado de neuromediadores liberados na pele permitiu que a marca
entendesse melhor a principal função da substância P no fenômeno conhecido como
“pele cansada”. O complexo ACTICALM patenteado no produto de cuidado com a
pele HYDRA ZEN consiste na descoberta de um ingrediente ativo que neutraliza os
efeitos da substância P (segundo testes in vitro). 
● Lançamento do HYPNOSE SENSES, uma versão mais leve e refrescante do famoso
perfume. 
● Lançamento da máscara HYPNÔSE DRAMA, que proporciona 14 vezes mais
volume para os cílios. 
2010 
● Lançamento do RÉNERGIE LIFT VOLUMETRY, um poderoso creme contra o
envelhecimento da pele que utiliza o complexo GF-Volumetry, concebido para reforçar
a comunicação celular, tornando a pele imediatamente mais firme. Em termos práticos,
se nota uma melhoria na qualidade da pele (brilho, elasticidade e firmeza). O produto se
tornou um verdadeiro sucesso de venda depois der ser indicado por cirurgiões plásticos
americanos. 
2011 
● Lançamento do VISIONNAIRE, um creme para pele com a molécula LR 2412, que
promete corrigir ao longo do uso os poros, as imperfeições e pequenas rugas. 
2012 
● Lançamento do perfume LA VIE EST BELLE, cuja campanha de estréia teve como
garota-propaganda a bela atriz Julia Roberts. 
● Lançamento do ABSOLUE L’EXTRAIT, um inovador cerme anti-envelhecimento.
Apelidado de ultimate regeneration elixir, é um concentrado de rosas com ativos
capazes de estimular células encontradas na camada dérmica da pele. 
2014 
● Lançamento da linha de maquiagem em edição limitada FRENCH BALLERINE.

A origem do nome 
O acento circunflexo em cima da letra O (LANCÔME) foi introduzido em 1935 quando
Petitjean estava procurando um nome para sua empresa que soasse tipicamente francês
como Vendôme ou Brantône. Um de seus colaboradores sugeriu o nome de um castelo
na região do Loiret: “Lancosme” (o “s” não se pronunciava). Petitjean resolveu trocar o
S pelo O com acento, formando a palavra LANCÔME. Em 2004, mais íntima, mais
emotiva, mais viva, mais humana e mais sensível, a marca passou a se expressar na
primeira pessoa e optou por uma assinatura nova, feita à mão, com sua própria
interpretação do circunflexo - uma expressão verdadeiramente moderna da sua
proximidade com as mulheres. O logotipo atual apresenta apenas o nome da marca com
a palavra Paris abaixo.

Dados corporativos 
● Origem: França 
● Fundaçã o: 21 de fevereiro de 1935 
● Fundador: Armand Petitjean 
● Sede mundial: Paris, França 

Você sabia? 
● Ao longo de sua história a LANCÔME criou mais de 50 fragrâncias. Desta riqueza,
de paixão com a criatividade, dois grandes perfumes históricos destacaram-se e
mantêm-se atemporais: Magie e Trésor. 

BURBERRY

O xadrez mais famoso do mundo aparece em biquínis, sungas, maiôs, bonés, cintos,
gravatas, bolsas e outros acessórios, além é claro dos tradicionais casacos, conhecidos
como trench coats. Para quem não conhece a aristocrática inglesa BURBERRY, uma
boa introdução, é saber que a marca é responsável pelo desenvolvimento da gabardine.
É a marca que saiu da chuva para os desfiles de moda no segmento de luxo e conquistou
consumidores elegantes em todas as partes do mundo. 

A história 
Tudo começou em 1856 quando o jovem Thomas Burberry, então com apenas 21 anos,
abriu uma pequena e modesta loja em Basingstoke, Hampshire, na Inglaterra,
especializada em roupas para atividades esportivas, como a caça e a pesca. O jovem
aprendiz de tecelão se preocupava muito com a qualidade de suas peças, que ganharam
a confiança dos ingleses e transformaram sua loja em um grande empório em menos de
20 anos, que atendia principalmente a rica e sofisticada clientela da região. A inovação
veio com a criação da gabardine em 1879, um tecido impermeável, respirável e
extremamente resistente para dias de chuva, que virou matéria-prima de capas de chuva
e da indumentária para facilitar a vida de exploradores e esportistas. O tecido
impermeável, macio e chique caiu perfeitamente bem sobre a chuvosa Inglaterra e ainda
como opção para o lazer no campo e no mar, tão comum entre a aristocracia da época.
A invenção seria patenteada em 1888. Pouco depois, em 1891, com o nome de Thomas
Burberry & Sons a empresa inaugurou uma nova loja na região de West End em
Londres. Devido á praticidade da gabardine, em 1895, Thomas foi “convocado” pelo
exército britânico para desenvolver um casaco para os oficiais, que seria o antecessor do
trench coat (em inglês, casaco de trincheira). Era o surgimento da famosa capa de
chuva, adaptada ao estilo militar. Em 1909, a marca inaugurou sua primeira loja em
Paris, ingressando assim na “capital da moda”.

Em 1911, equipados com barracas e casacos desenvolvidos pela BURBERRY, o


explorador norueguês Roald Amundsen e sua equipe se tornaram os primeiros a chegar
ao Polo Sul. No ano seguinte foi patenteado o casaco Tielocken, antecessor do trench
coat, que possuía fechamento simples com cinto e fivela, e apenas um botão na gola.
Em 1914, a empresa foi comissionada pelo escritório de guerra para adaptar o antigo
casaco dos oficiais para combate. Adicionou as dragonas para exibir as patentes dos
oficiais, a aba sobreposta no peito oferecia maior proteção, enquanto o protetor contra
chuva na parte superior das costas garantia que a água não entrasse em contato com o
corpo, e ali nascia o verdadeiro trench coat, um casaco extremamente quente e
resistente, que durante a Primeira Guerra Mundial foi vestido por meio milhão de
soldados britânicos, fato que ajudou a aumentar sua popularidade. Até o final da década,
a BURBERRY viu seus tradicionais casacos equiparem exploradores, pilotos de aviões
e esquiadores. Em 1919, o rei George V se tornou fã da marca e contribui para sua
popularização.

Nos anos de 1920, o tecido xadrez (bege, preto, vermelho e branco), introduzido em
1924 e logo depois patenteado, que é marca registrada da BURBERRY, passou a ser
utilizado no forro desses casacos. O trench coat, forrado com tecido xadrez, ganhou as
ruas, se atrelando cada vez mais a um conceito de elegância, que vestiu de políticos a
estrelas de cinema, como quando foi utilizado pelos atores Humphrey Bogart e Ingrid
Bergman no mítico filme Casablanca, ou ainda vestiu a dupla Audrey Hepburn e
George Peppard na inesquecível cena final de beijo sob a chuva em Bonequinha de
Luxo. Em razão da importância da marca no mercado britânico (e mundial), em 1955, a
BURBERRY foi condecorada com uma Royal Warrant (uma menção honrosa dada a
comerciantes e marcas) pela majestade Rainha Elisabeth II. Também neste ano, a marca
foi comprada pelo grupo Great Universal Stores (GUS). Já em 1989, a marca se tornou
fornecedora oficial do Príncipe Charles, futuro rei da Inglaterra.

A marca começou sua internacionalização na década de 1970, quando uma loja âncora
foi inaugurada em plena Manhattan. Mas nem tudo foi glamour na história da
tradicional marca britânica. Na segunda metade do século XX, a marca em si ficou
perdida no acelerado mundinho fashion e relacionada a um público acima de 50 anos. A
clientela da marca BURBERRY dividia-se entre velhinhas de bochechas rosadas e
turistas japoneses de passagem pelo Reino Unido. As lojas mais sofisticadas nem sequer
tinham estoque de seus produtos e a empresa parecia condenada a uma caretice eterna.
Mas, a reviravolta começou em 1997 quando a empresa GUS (que detinha a maior parte
das ações da empresa) convidou a americana Rose Marie Bravo, então presidente da
tradicional loja de departamento Saks Fifth Avenue, para ser a principal executiva da
marca. A partir dali, se iniciou o processo de criação de uma nova imagem: uma
BURBERRY totalmente fashion. Uma de suas principais providências foi recrutar
Roberto Menichetti, ex-estilista da Jil Sander para comandar a criação das novas
coleções da marca britânica.

Em 1998, ele desenvolveu uma linha de vestuário chamada BURBERRY PRORSUM


(mesmo nome que aparece na bandeira do símbolo da marca), que possuía produtos com
valor um pouco mais caro, misturando estampas e cores, sobrepondo peças,
embaralhando o clássico com o novo. Outra providência da executiva foi contratar o
fotógrafo Mario Testino para cuidar das campanhas publicitárias e recrutar Kate Moss, a
modelo que tem uma das imagens mais valiosas do mundo da moda, para ser a garota-
propaganda da marca, que causou furor ao aparecer de biquíni em uma das campanhas.
Resultado: sem perder os tradicionais compradores, a faixa etária do público-alvo
mudou de 50 para 30 anos. Ou melhor, se expandiu: agrada de avós aos netos e também
à quarta geração da família, já que a marca começou a desenvolver sua linha infantil e
baby. Mas o time só ficou completo em 2000 com a chegada do estilista britânico
Christopher Bailey, vindo do Grupo Gucci. Foi neste mesmo ano que a marca resolveu
implantar a estratégia de inaugurar novas e sofisticadas lojas em várias cidades do
mundo, como por exemplo, Los Angeles, Düsseldorf, Berlim, Barcelona e Nova York.

Nas próximas coleções, o estilista introduziu visuais mais casuais, adicionando um


fulgor boêmio à herança de design da famosa marca britânica. Contrabalançar a tradição
da marca com uma estética moderna foi essencial para a consolidação da BURBERRY
no segmento de luxo. É verdade que as roupas dos desfiles vendem pouco, mas servem
de inspiração para as linhas efetivamente rentáveis, como por exemplo, a BURBERRY
LONDON, coleção mais extensa e popular, a alfaiataria contemporânea da
BURBERRY BLACK LABEL até a casual BURBERRY BRIT, que não existiam
antes de Rose Marie assumir a presidência da empresa, assim como bolsas, óculos de
sol, sapatos, lingeries sensuais, linha infantil e até cobertores para cachorros. Além
disso, linha de perfumes, jeans, camisaria e básicos produzem visuais irreverentes.

O grande mérito da dupla Rose Marie e Bailey foi pegar um produto empoeirado, mas
com pedigree, sacudi-lo e reinventá-lo em uma linguagem jovem e moderna – sem
perder um pingo sequer da elegância britânica. O resultado: o xadrez mais famoso do
mundo agora aparece conectado a figuras como Kate Moss, Madonna, Liam Galagher,
vocalista do Oasis, além da atriz Emma Watson, que foi modelo da BURBERRY por
um bom tempo, e devido ao seu sucesso nos filmes de Harry Potter influenciou os mais
jovens a se interessar pela marca britânica. Em 2005 a marca britânica iniciou vendas
através de seu comércio eletrônico nos Estados Unidos. No ano seguinte disponibilizou
as vendas online para o Reino Unido e em 2007 para toda a Europa. Recentemente a
marca voltou a estar em evidência: a bolsa Knight Bag, em couro preto, salpicada de
metal na superfície e fecho lateral com chave já foi vista nos braços de Cameron Diaz,
Jessica Alba e da modelo britânica Agyness Deyn, se transformando em objeto de
desejo das ricas e famosas. Foi assim que a centenária grife inglesa transformou a capa
de chuva em ícone fashion, conquistou o mundo com sua inconfundível estampa xadrez
e assegurou seu lugar entre as marcas mais valiosas do mundo.
A linha do tempo 
1910 
● Lançamento da linha feminina de roupas. 
1960 
● Lançamento do casaco masculino em algodão. 
1967 
● Lançamento de uma linha de guarda-chuvas com a tradicional estampa xadrez. 
1981 
● Lançamento da linha de produtos de banheiro. 
1988 
● Lançamento da coleção THOMAS BURBERRY, com peças que custavam cerca de
30% mais barato que as linhas normais da marca. 
1991 
● Lançamento de seus primeiros perfumes. 
1997 
● Lançamento do perfume feminino BURBERRY WEEKEND. 
2000 
● Lançamento do perfume BURBERRY TOUCH. 
2001 
● Apresentação de uma releitura do tradicional trench coat, em versão rosa, batizado de
“Candy Check”. 
2002 
● Inauguração da primeira loja na Itália, em Milão. 
2004 
● Lançamento de uma linha de roupas íntimas masculinas e da confecção dos
tradicionais casacos (trench coat) sob medida. 
2005 
● Lançamento do perfume BURBERRY BRIT for MEN. 
● Lançamento da linha de roupas e acessórios para golfe. 
● Lançamento da BURBERRY DOG COLLECTION, uma pequena e sofisticada
linha de roupas e acessórios para cachorros. 
2006 
● Lançamento da fragrância BURBERRY LONDON WOMAN, inspirada na cidade
de Londres, presente até na composição do perfume, com as rosas inglesas. 
● Lançamento da BURBERRY ICONS, acessórios desenhados pelo diretor criativo
Christopher Bailey em comemoração aos 150 anos da marca. 
2007 
● Lançamento da BURBERRY ENFANT, primeira coleção infantil da marca inglesa. 
● Lançamento da sua primeira coleção de óculos. 
2008 
● Lançamento do perfume masculino BURBERRY THE BEAT. O perfume gerou
US$ 30 milhões durante o seu primeiro ano de vendas somente nos Estados Unidos. 
● Lançamento da BURBERRY JOAILLERIE, nova coleção de bijuterias sofisticadas
da marca. 
2009 
● Lançamento do BURBERRY BRIT, uma linha de jeans e roupas casuais
direcionadas para um público jovem, que inaugurou suas primeiras lojas próprias em
Nova York. 
2010 
● Lançamento da BURBERRY BEAUTY, nova linha de maquiagem da marca
composta por 96 produtos entre bases, pós, sombras e batons feitos para serem usados
em qualquer lugar, a qualquer momento. As modernas embalagens seguem a
funcionalidade do casaco ícone da grife e têm fechos magnéticos. 
● Lançamento do perfume BURBERRY SPORT, nas versões feminina e masculina. 
2012 
● Lançamento da bolsa ORCHARD, cujo design octogonal e seus grandes zíperes e
ferragens douradas, foi inspirado em malas antigas e nas bucólicas paisagens dos
campos ingleses. O modelo, disponível em dois tamanhos e três tipos de revestimentos
(camurça, nubuck e napa), rapidamente se tornou queridinho de algumas poderosas da
moda, como Sarah Jessica Parker, e um verdadeiro sucesso de vendas. 
2013 
● Lançamento do perfume masculino BRIT RHYTHM. A versão feminina seria
lançada em janeiro de 2014. Para estrelar a campanha de lançamento a marca escolheu a
modelo Suki Waterhouse.

O ícone 
A BURBERRY não seria a mesma se não fosse seus tradicionais casacos em gabardine,
a mais pura representação da elegância britânica. E no coração do tradicional trench
coat da BURBERRY está a gabardine, tecido inventado em 1879 por Thomas Burberry.
O tecido impermeável revolucionou os casacos. Recebeu tripla proteção contra água,
enquanto os espaços abertos na costura permitiam ventilação. Oferecendo ampla
proteção contra climas extremos, os casacos da marca foram usados pelos primeiros
exploradores dos polos e pelos pioneiros da aviação. Depois, conquistaram os militares.
A partir da década de 1920 ganharam as ruas e, posteriormente conquistaram o mundo
da moda. Hoje em dia, mais de 100 processos individuais são necessários para
confeccionar um trench coat da marca inglesa. O mais elaborado deles é a costura á mão
do colarinho, exclusiva da BURBERRY. Levando até um ano para aprender a técnica, o
artesão deve fazer mais de 180 pequenas costuras no colarinho para criar uma curva
fluida que se posiciona perfeitamente no contorno da gola. Protegendo o casaco dos
elementos, o cinto é uma das marcas icônicas da peça e completa sua silhueta exclusiva.
O cinto possui quatro linhas de costura para mantê-lo firme e estruturado, enquanto as
argolas em D de metal fazem referência a sua tradição e foram originalmente utilizadas
para carregar equipamentos militares, como por exemplo, granadas.

Cada casaco é forrado com o tradicional xadrez da marca nas clássicas cores camel,
marfim, vermelho e preto. Cuidadosamente confeccionado e cortado, o forro é
costurado de forma a assegurar que o xadrez esteja simétrico. Cada linha do design
permanece contínua, demonstrando a excelência da alfaiataria da BURBERRY no
interior e exterior da peça. O tradicional casaco da grife inglesa está disponível em três
cortes nas três cores clássicas: mel, areia e preto. Antigamente, a BURBERRY tinha
somente um punhado de modelos do tradicional casaco: quase todos eram beges com
forro xadrez. Nos dias de hoje, a marca oferece 300 itens distintos — de capas e
jaquetas curtinhas ao clássico impermeável em uma série de cores e estilos vibrantes,
com detalhes como gola de vison, dragonas de couro de jacaré e mangas de couro com
tachas.

Dados corporativos 
● Origem: Inglaterra 
● Fundaçã o: 1856 
● Fundador: Thomas Burberry 
● Sede mundial: Londres, Inglaterra 

Você sabia? 
● A transformação da BURBERRY em um dos maiores fenômenos da indústria da
moda é apontada como um bem-sucedido e famoso case de marketing. E virou até
verbo. “Fazer uma Burberry” significa hoje tirar a poeira de uma marca tradicional,
modernizar as coleções e, claro, vender horrores. 
● O sucesso da marca britânica entre os jovens é tamanho que sua página no Facebook
conquistou mais de 17 milhões de fãs e seguidores. Uma conquista e tanto para a até
então recatada e clássica BURBERRY. E a marca utiliza com maestria a tecnologia a
seu favor. A partir de 2011 os desfiles são transmitidos ao vivo pelo canal da empresa
no YouTube. Além disso, as atendentes de 25 lojas da grife em 16 países foram
equipadas com iPads para que os clientes pudessem adquirir as peças da coleção antes
mesmo de as modelos deixarem a passarela. 

LOUIS VUITTON
Pense em uma marca luxuosa. Agora pense em bolsas e malas. Certamente a marca que
lhe veio à cabeça é a francesa LOUIS VUITTON. Assim, de maneira simples, apenas
com duas palavras, pode ser resumido o conceito que envolve duas das letras mais
famosas do alfabeto conhecido por viajantes há mais de um século: LV. Duas letras
poderosas capazes de levar mulheres do mundo todo a ficar em uma fila de espera para
comprar uma bolsa em valor que passam facilmente dos três dígitos. Ou ainda fazer
duas mil japonesas passarem a noite em claro, na calçada, aguardando a inauguração de
uma loja. O segredo de seu sucesso é aliar qualidade e exclusividade, criar objetos de
desejo em número limitado, que muitas sonham ter, mas nem todas conseguem. A LV é
muito mais do que uma grife, é uma lenda.

A história
A saga da tradicional marca francesa tem suas origens em uma pequena aldeia remota
na região de Jura, próximo à fronteira com a Suíça. Louis Vuitton nasceu em 1821 nos
seios de uma família pobre de moleiros e carpinteiros. Aos 14 anos, ele resolve viajar, a
pé (400 km), para Paris com o objetivo de aprender durante uma jornada de dois anos
como trabalhar com madeira. Depois, o jovem Vuitton foi contratado como aprendiz de
um fabricante de baús de viagem (antigas malas) que era usado pela alta sociedade em
suas mudanças e deslocamentos. O jovem rapaz trabalhou muito para criar algo
diferente, que fosse além de útil, prático e bonito. O conceito de aliar beleza e
praticidade foi pioneiro na época. O destino extraordinário de Louis Vuitton começou a
mudar em 1851 quando para cada viagem do imperador francês Napoleão III, ele era
trazido ao belíssimo Palais des Tuilleries para embalar as bagagens da imperatriz
Eugênia. A partir daí, sua sorte mudou e o jovem começou a colher os frutos de tanto
trabalho e pesquisa.

Em 1854 ele resolveu fundar a MAISON LOUIS VUITTON MALLETIER na Rua


Neuve-des-Capucines, no centro da capital francesa, próximo à famosa Place Vendôme.
A sua grande primeira ideia foi criar um tecido altamente resistente e revestido (uma
lona encerada impermeável, criando assim o conceito de malas “a prova d’água”), que
iria substituir o couro. Um golpe de gênio: utilizar um material menos restritivo do que
a pele natural e com melhor cheiro, já que as malas de couro da época eram famosas
pelo mau cheiro. Além disso, ele revestiu os cantos dos baús com ponteiras de metal,
tornando-os mais resistentes. E mesmo depois de aberta a oficina, ele ainda produzia
por encomenda produtos exclusivos e únicos para os abastados da época, como um baú
que virava cama, criado para atender a uma solicitação de um explorador europeu; outro
baú que virava charrete, para um viajante muito especial; e ainda, um baú flutuante para
os praticantes de balonismo que volta e meia caíam no mar. No ano seguinte, a Maison
transferiu a oficina e a residência familiar para a pequena e charmosa cidade de
Asnières-sur-Seine, localizada cerca de oito quilômetros de Paris. Desta forma, a
produção estaria mais próxima dos fornecedores da madeira que servia de estrutura para
as malas. Além disso, a empresa se aproveitaria do transporte fluvial para o escoamento
de sua produção de uma forma mais eficaz.

Pouco tempo depois, em 1858, ele criou as primeiras “malles plates”, um novo formato
de baú (com tampa reta, diferentemente do utilizado na época, com tampa abaulada para
permitir o escoamento da água da chuva, leve e à prova d’água), que facilitava a
arrumação nos porões dos navios e o empilhamento nos trens, e o revestiu com sua
assinatura em cinza. Tudo para atender às madames da época que viajavam de navio e
precisavam de uma mala que pudesse ao mesmo tempo transportar de tudo e com muita
classe. O material utilizado era sempre o mesmo: madeira, zinco, cobre e lonas
impermeáveis. A ferramenta: seu apuro artesanal que cativou muitos ricos e nobres da
época. Com o crescimento da empresa e a divulgação da marca ao redor do mundo,
Georges Vuitton, filho de Louis, uniu-se ao pai a partir de 1870 para a abertura de novas
lojas fora de seu país de origem, que aconteceria somente quinze anos depois.

Em 1876, a empresa teve que tomar sua primeira atitude em relação às imitações,
mudando sua já famosa lona cinza do modelo Trianon para as listras beges e marrons. O
posicionamento da marca em relação à viagem era tal que foram criados produtos sob
encomenda para esse fim: a “mala-cama”, em 1879; a “mala-secretária”; a mala de
sapatos; as famosas caixas de chapéus; e até reboques de camping. Em 1885 foi aberta a
segunda loja em Londres, localizada na badalada Oxford Street e primeira fora da
França. Com o passar dos anos seus produtos despertaram inveja e inspiraram inúmeros
imitadores. Georges Vuitton herdou o poder criativo do pai e continuou a inovação da
marca ao criar, em 1888, como forma de boicotar as imitações, uma nova impressão
batizada de “Damier” (que remete a um tabuleiro de jogo de damas) em marrom e bege
trazendo a inscrição “marque L. Vuitton déposée”, ou seja, marca registrada Louis
Vuitton. Foi em vão. A primeira utilização dos tradicionais monogramas das letras LV,
granulados e nas cores marrom e bege, juntamente com símbolos que reproduziam
flores, que hoje é a marca registrada da LOUIS VUITTON, aconteceu somente em 1896
quando Georges, filho de Louis, que morreu três anos antes, como mais uma tentativa
de diferenciar seus produtos das inúmeras imitações que eram fabricadas na época.
Rapidamente, os baús e malas com monogramas da marca caracterizavam as pessoas
ricas e de bom gosto nas viagens de trens e navios. E, depois, nas primeiras classes dos
aviões. Georges também foi responsável pela criação dos fechos invioláveis que
equipavam os produtos.

O The Louis Vuitton Building foi inaugurado em 1914 na cidade de Paris, em um


luxuoso endereço na Avenida Champs-Élysées, como a maior loja de produtos para
viagem do mundo. Nesse mesmo ano, a empresa ampliou sua atuação internacional com
inaugurações de lojas em Nova York, Bombaim, Washington, Londres, Alexandria e
Buenos Aires. Em 1936, Georges Vuitton faleceu e, novamente, a empresa foi passada
para o descendente direto da família, seu filho Gaston-Louis Vuitton. Sedento pela
descoberta de novos materiais, ele dedicou-se com afinco ao seu objetivo, e em 1959,
criou um tecido impermeável mais maleável à base de linho, algodão e PVC, utilizado
como matéria-prima nos modelos de bolsas até os dias de hoje. Em 1977, Henry
Recamier, genro da matriarca Renée Vuitton, assumiu o comando da empresa e iniciou
a verticalização dos negócios. A empresa, então com apenas duas lojas próprias,
alcançou vendas de US$ 12 milhões e lucro de US$ 1.2 milhões. Em 1978, a primeira
loja no Japão foi inaugurada e no início da década seguinte a expansão asiática chegou à
Taiwan e a Coréia do Sul.

Até meados dos anos 80, a LOUIS VUITTON parecia fadada a vender bolsas clássicas
para um público pequeno, porém muito fiel. Em 1987, o magnata francês Bernard
Arnault comprou a grife da família Vuitton e, com ela, ergueu os pilares do grupo
LVMH (Louis Vuitton Moët Henessy), maior conglomerado de marcas de luxo do
planeta. Em um mundo globalizado, enxergou o potencial que um nome com a tradição
da LOUIS VUITTON teria entre um público ansioso por consumir luxo de qualidade.
Em 1992, a primeira loja em território chinês foi inaugurada, de olho na enorme
população rica e crescente do país, que hoje é indubitavelmente uma grande potência
consumista, especialmente no segmento de luxo. Cultuada por esta qualidade, a marca
começou a se preocupar em lançar tendências em 1996, quando convocou sete estilistas
renomados - Helmut Lang, Azzedine Alaïa, Vivienne Westwood, Isaac Mizrahi, Romeo
Gigli, Manolo Blahnik e Sybilla - para reinventar seus acessórios, em uma homenagem
aos 100 anos dos famosos anagramas. Mas a injeção de dinheiro não foi suficiente.

Em 1997, Arnault contratou o estilista americano Marc Jacobs para renovar a LV e criar
sua primeira coleção de roupas, além de sapatos, relógios e até joias extremamente
sofisticadas. Reconhecido nos Estados Unidos por sua modernidade, o estilista
americano desembarcou em Paris como um quase desconhecido, mas mostrou a que
veio logo na primeira temporada. Transformou as bolsas LV em coqueluche. Disposto a
inovar, a célebre combinação do logotipo marrom e amarelo sobre o fundo de couro
marrom, dando um ar contemporâneo com símbolos da cultura pop e cores novas, o
americano vem convidando nos últimos anos artistas e designers para experiências mais
ousadas. Em 2001, Stephen Sprouse emplacou as bolsas grafitadas. Depois vieram os
trabalhos em patchwork da artista inglesa Julie Verhoeven, as cores fluorescentes do
diretor teatral Bob Wilson e os mangás do desenhista Takashi Murakami. Em outra
prova de ousadia, convidou a atriz Jennifer Lopez para ser garota-propaganda da grife
francesa, logo ela, que, com seus decotes exagerados e combinações esdrúxulas, já foi
eleita uma das mulheres mais mal vestidas de Hollywood. Para o estilista, ela
representava uma mulher influente, poderosa e cheia de glamour, do jeito que a cliente
LOUIS VUITTON se sente com as criações da marca.

Em 2004, quando comemorou seus 150 anos, a marca francesa inaugurou lojas em São
Paulo, Cidade do México, Nova York, Cancun, Joanesburgo e República Dominicana,
além da primeira loja global em Xangai na China. Os méritos de Marc Jacobs são
reconhecidos por todos. Sob seu comando, a marca cresceu 80%. Há mais de 150 anos a
LOUIS VUITTON conserva intacto o seu poder de atração, quer sobre as cabeças
coroadas quer sobre as estrelas de Hollywood, de Cary Grant a Marlene Dietrich, de
Sharon Stone a Jennifer Lopez. No segmento de malas, produto com o qual a tradicional
marca iniciou sua escalada rumo ao sucesso, sua missão continua sendo fazer da viagem
uma experiência pessoal e única. Mas sempre mantendo seus valores, que não mudaram
desde o ano de sua criação: originalidade, espírito “avant-garde”, qualidade, “saber
fazer” e paixão.

Recentemente, Yves Carcelle, um simpático francês que por 22 anos ocupa o cargo de
CEO da marca deve desocupar o posto a partir de 2013. O legado dele é inegável.
Embora não carregue o sangue Vuitton, ele é responsável pelas principais mudanças por
que passou a grife e a transformou de uma produtora local de bolsas em um colosso da
moda mundial. Durante sua gestão à frente da LV, ele acertou mais do que errou. A
marca passou de 125 lojas para 456. E, nos últimos cinco anos, a produção dobrou. Essa
capacidade de despertar desejo – entre celebridades, suas bolsas são quase um uniforme
– se deve, em grande parte, a sua gestão eficaz. Em sua cadeira irá sentar-se o espanhol
Jordi Constans. Mas estará seu sucessor à altura do desafio?

A linha do tempo
1901
● Com o lançamento da bolsa STEAMER, confeccionada em lona grossa e muito
resistente, criada para ser levada dentro das malas de viagens, a marca deu seu primeiro
passo para a diversificação de produtos, ingressando no mercado de bolsas, carro-chefe
da LOUIS VUITTON até os dias de hoje.
1929
● Lançamento do primeiro perfume da marca francesa.
1930
● Lançamento da KEEPALL BAG, a tradicional mala de mão, o item mais vendido da
marca e a primeira com tecido impermeável flexível.
1932
● Lançamento da bolsa NOÉ (estilo saco), um dos maiores sucessos da marca, que foi
desenvolvida com a finalidade de carregar garrafas de champanhe, mas acabou se
tornando uma bolsa venerada por milhares de mulheres de fino trato no mundo.
1933
● Lançamento da bolsa SPEEDY, que se uniu à linha existente, aumentando ainda mais
a gama de modelos fabricados pela marca. A bolsa, feita de couro com fecho de zíper e
a alça curta, desenvolvida para ser carregada nas mãos, se tornou um ícone quando
Audrey Hepburn solicitou um modelo menor nos anos 60. O modelo com o monograma
de quatro pétalas se tornou um dos mais famosos, desejados e vendidos da grife. A
icônica bolsa está disponível em três tamanhos: 25 (25cmx18cm), 30 (30cmx20cm) e 35
(35cmx23cm).
1966
● Lançamento da bolsa em formato cilíndrico PAPILLON, que significa borboleta,
fazendo referência principalmente às alças finas que lembram as asas do inseto.
1985
● Lançamento da linha EPI, composta por incríveis carteiras e malas de luxo, com
cores brilhantes e chamativas.
1993
● Lançamento da TAÏGA, uma linha de malas e pastas em couro para homens e
mulheres de negócios, que se destacava por seu visual sóbrio, composta por peças em
sua maioria na cor preta.
1994
● Desenvolvimento de produções editoriais com o lançamento de uma série de
publicações sobre viagens, intitulada “Voyager avec...”.
1996
● Lançamento em comemoração ao centenário da estampa original criada por Louis de
uma linha de carteiras que combinava o famoso monograma com detalhes de animais.
1997
● Lançamento de uma linha de canetas, desenvolvida por Anouska Hempel.
1998
● Lançamento da sua primeira coleção de roupas, assinada pelo estilista Marc Jacobs,
ingressando de vez no mundo fashion.
● Lançamento da linha de bolsas e carteiras com o tradicional monograma feito em
verniz colorido. O que era para ser uma tiragem especial se transformou em linha
permanente.
1999
● Lançamento do LOUIS VUITTON CITY GUIDE, um guia turístico de cidades do
mundo.
● Lançamento da coleção de bolsas MINI MONOGRAM, uma linha muito prática,
com detalhes em couro e de materiais livianos, respondendo à demanda de todas suas
consumidoras.
2000
● Inauguração de sua primeira loja no continente africano, localizada em Marrakesh no
Marrocos.
2001
● Lançamento da linha de joias, tendo como primeira peça o luxuoso bracelete
CHARM.
● Lançamento da linha de bolsas GRAFFITI, compostas por peças com estampas em
grafites, desenvolvida em colaboração com Stephen Sprouse, que causou frisson com
modelos exclusivos vendidos apenas para clientes importantes da marca.
2002
● Lançamento da linha de relógios com o modelo TAMBOUR.
2003
● Takashi Murakami colaborou com a marca criando os monogramas coloridos em 33
versões com fundos branco e preto, dando sequência à união entre arte e moda. Também
acrescentou flores ao tradicional monograma, mas apenas em algumas peças, cultivando
o ar de exclusividade, fundamental para o sucesso no mercado onde atua a LV.
2005
● Lançamento da nova coleção de relógios batizada SPEEDY.
2006
● Lançamento da linha ONATAH que trazia Gisele Bündchen como garota-
propaganda. Foi a primeira vez na história da grife que bolsas em camurça, onde as
flores do tradicional monograma aparecem como desenhos muito delicados, foram
perfurados na própria tela da bolsa.
2007
● Lançamento em edição limitadíssima da LOUIS VUITTON TRIBUTE
PATCHWORK, uma bolsa feita de 15 partes das melhores bolsas da marca, que
chegou a custar US$ 45.000.
2008
● Lançamento da linha de bolsas DAMIER GRAPHITE, com os tradicionais
monogramas da marca nas cores cinza e preta.
2009
● Lançamento da linha de sandálias SPICY, que se transformou em um verdadeiro
sucesso, especialmente por ser vista nos pés de celebridades como Heidi Klum, Victoria
Beckham e Madonna. Todos os seis modelos da coleção possuíam mais de 11
centímetros de salto e estilos diferentes e únicos. Eram pedras, cordas e penas que
marcaram o calçado. Uma verdadeira obra de arte.
● Lançamento da coleção de jóias L’AME du VOYAGE, criada por Lorenz Bäumer,
responsável pelos diamantes lapidados no formato da flor do monograma da LOUIS
VUITTON.
2010
● Lançamento da linha MONOGRAM IDYLLE, que apresenta bolsas de mão ou
tiracolo, e uma linha completa de viagem.
● Criação, a pedido da FIFA, de uma mala para guardar o troféu do Mundial de Futebol
da África do Sul. A mala com detalhes de ouro 18 quilates e malaquita semipreciosa,
coberta pelo icônico monograma da marca francesa e acompanhada por um par de
luvas, foi feita à mão nas históricas oficinas da LV em Asnières.
2012
● Desenvolvimento da carteira de mão Coquille D’Oeuf (casca de ovo, em francês),
feita com 12.500 fragmentos de casca de ovo, um trabalho que durou mais de 600 horas.
O preço: US$ 101 mil.
● Lançamento do aplicativo Louis Vuitton 100 Legendary Trunks, com o qual é
possível conhecer um pouco de uma das marcas mais cobiçadas através de muitas
informações e interatividade. Com mais de 1.000 ilustrações e documentos até então
não publicados, o aplicativo traz vídeos e uma apresentação cronológica da clássica
estampa utilizada por exploradores, aventureiros, estrelas de cinema, mágicos, escritores
e diversas personalidades desde 1854.

A qualidade
A marca francesa possui 14 ateliês espalhadas pelo mundo. Uma visita à primeira
fábrica da LOUIS VUITTON, localizada em Asniéres, no subúrbio de Paris, dá uma
pequena amostra de como esse modelo de sucesso funciona. Construído em 1859, atrás
da casa que já abrigou sete gerações da família Vuitton, o imenso galpão foi reformado
em 2005. Mas, apesar de ainda ser chamado de oficina e os funcionários de artesões, o
clima interno é o mesmo de uma linha de produção, e o sistema adotado igualmente nas
outras 13 fábricas ao redor do mundo. Cada unidade tem no máximo 250 funcionários,
que trabalham em um esquema inspirado no modelo Toyota de produção. As bolsas LV
são fabricadas somente na França, Espanha e Estados Unidos. Não existe LV legítima
feita em outros locais.

O processo de produção é de primeira. Os testes para avaliar a resistência dos produtos,


por exemplo, são feitos em máquinas de raio ultravioleta a equipamentos que abrem e
fecham o zíper das bolsas por até 5.000 vezes. Em vez de um artesão fazer uma bolsa do
começo ao fim, como era comum antes, as funções foram divididas. Cada bolsa é feita
por um grupo de seis a doze funcionários. Além de tornar mais ágil a produção e ajudar
a reduzir os defeitos, o novo modelo permitiu que a LOUIS VUITTON lançasse mais
produtos a cada ano (em 2011 foram aproximadamente 70 novos modelos de bolsas). O
tempo para a chegada de produtos às lojas também foi reduzido à metade. Para isso,
também foi importante a construção de um novo centro logístico. Localizado na cidade
de Cergy, a 30 quilômetros de Paris, dali saem os produtos que serão enviados a seis
centros regionais de distribuição espalhados pelo mundo. A marca LOUIS VUITTON
ostenta o título de campeã de falsificações no mundo. Duas batidas policiais são feitas a
cada semana no mundo a pedido da empresa para tentar conter a falsificação de seus
produtos.

A exclusividade
Apesar de possuir mais de 450 lojas espalhadas pelo mundo, a marca nunca perdeu o
caráter da exclusividade. No pitoresco vilarejo de Asnières-sur-Seine, a cerca de oito
quilômetros de Paris e às margens do rio Sena, uma casa em estilo art nouveau abriga o
espírito secular da tradicional marca francesa. Não só porque lá viveram o próprio Louis
com a esposa, filhos, netos e bisnetos, mas também porque nos fundos está localizado o
ateliê em que são feitas as bolsas e itens mais preciosos da grife, sob medida. O
responsável pelo departamento de pedidos especiais (conhecido como “Special
Orders”) é Patrick Vuitton, da quarta geração da família, que cresceu entre aquelas
roseiras. Esse departamento de aceita pedidos de qualquer lugar do mundo, oferecendo
aos clientes (consumidor final ou grandes empresas) realizarem seus desejos mais
extravagantes, por preços também pra lá de estratosféricos. De lá saem produtos feitos
sob medida, que não integram as coleções da marca, como por exemplo, um estojo com
quatro hashis (tradicionais pauzinhos ou palitinhos orientais que servem como talheres),
encomendado por uma grande empresa, que presenteou seus clientes vips com o mimo
que conta com o tradicional monograma LV gravado na madeira; casas de cachorro e
até mesmo roletas de jogo.

Dados corporativos
● Origem: França
● Fundação: 1854
● Fundador: Louis Vuitton
● Sede mundial: Paris, França
Você sabia?
● Existe uma lenda acerca dos baús de viagem da LOUIS VUITTON: muitos que
estavam a bordo do Titanic foram encontrados intactos, preservando inclusive o
conteúdo.
● Hoje em dia, a casa dos Vuitton em Asnières abriga um museu, que pode ser visitado
ao longo do ano sem necessidade de marcar hora. Lá é possível apreciar uma grande
coleção de malas e baús antigos e ainda passear pelos ambientes da casa, como a sala
toda decorada em estilo art noveau.
MARC JACOBS

MARC JACOBS faz o que quer, inventa, arrisca, gera polêmica e, no fim, todos amam
seu trabalho. Ex-diretor criativo da luxuosa Louis Vuitton, sua marca própria, MARC
JACOBS, causa verdadeiro furor entre as celebridades, conseguindo agradar
moderninhos e socialites sem perder sua veia underground. O sucesso é tanto, que antes
mesmo de lançar uma nova coleção suas peças são aguardadas ansiosamente pelo
público. 

A história 
Marc Jacobs, talvez o nome mais proeminente da moda fashion no mundo, nasceu no
dia 9 de abril de 1963 em Nova York nos seios de uma família judia. Embora tenha sido
criado em Nova Jersey, ele retornou a Nova York para cursar a New York High School
of Art and Design, onde se graduou em 1981. Começou a ganhar destaque no mundo da
moda quando ainda cursava a badalada Parsons School of Design. Isto porque ele
desenhou suéteres em tamanho muito maior que os usuais para sua tese de conclusão do
curso. Uma compradora da Charivari, uma tradicional butique feminina da cidade e
onde Jacobs já havia trabalhado como estoquista quando tinha apenas quinze anos,
gostou e decidiu produzir uma edição limitada dos suéteres. Começava então, de forma
tímida, a carreira de um dos maiores e mais ousados estilistas que o mundo já conheceu.

Ainda em 1984, o estilista desenhou uma coleção para a empresa Reuben Thomas, sob a
marca Sketchboock. Nessa época, juntamente com seu sócio e parceiro inseparável,
Robert Duffy, ele fundou a Jacobs Duffi Designs, empresa responsável por cuidar de
seus negócios. Somente em 1986 ele lançou sua primeira coleção feminina com a marca
MARC JACOBS. No ano seguinte ele recebeu o conceituado prêmio de jovem estilista
pela badalada The Council of Fashion Designers of America (CFDA). Tornou-se
conhecido no mundo da moda em 1993, ao desenhar e apresentar uma coleção em estilo
“grunge” (com elementos como estampas xadrez, tecidos em flanela e sobreposição),
baseada no tipo de som e indumentária que vinha da cidade de Seattle, na costa oeste,
onde grupos de rock como Nirvana e Soundgarden e meninos com bermudas até o meio
dos joelhos revolucionavam os costumes locais, para a tradicional marca Perry Ellis, na
qual trabalhava desde 1989 e da qual era diretor criativo, sendo imediatamente demitido
por tamanha ousadia. Foi então que ele, ainda em 1993, resolveu fundar a Marc Jacobs
International para cuidar dos interesses e expansão de sua marca nos Estados Unidos e
em outros países.

Rapidamente assinou seu primeiro contrato de licença com uma empresa japonesa, e,
em 1995, uma segunda coleção de prêt-à-porter feminino foi criada com o nome de
Marc Jacobs Look, passando a ser distribuída no mundo todo. Pouco mais tarde, depois
de anos só produzindo e criando moda para o público feminino, ele resolveu lançar sua
primeira coleção masculina. Em 1997 inaugurou sua primeira loja própria no descolado
bairro do SoHo em Nova York. Até então os produtos da marca eram encontrados
somente em sofisticadas lojas de departamento. Apoiado por nomes importantes da
moda, como Anna Wintour, a poderosa e temida editora-chefe da revista Vogue, que
abriu suas páginas para suas criações, Jacobs conseguiu proeminência sozinho no
mercado, recebendo diversos e importantes prêmios de moda nesta década.

Mas o grande desafio de sua carreira seria assumido ainda 1997 quando ele foi
contratado como diretor artístico da tradicional marca francesa Louis Vuitton. Sob seu
comando, a centenária Louis Vuitton foi reinventada, ganhando uma modernidade que
foi instantaneamente aprovada pelas consumidoras. Transformou a LV em um ícone da
moda de luxo, criou a linha de prêt-à-porter da grife; lançou coleções de sapatos, joias e
relógios; integrou a arte como referência de suas coleções; e fez com que o faturamento
da marca triplicasse em poucos anos. De roupas a acessórios e até a concepção das
vitrines das lojas, o controle de Marc Jacobs era total na LV. Nos anos seguintes a
ousadia do estilista, conhecido por não seguir as tendências universais da moda de cada
estação, ficou cada vez mais evidente, como na coleção de 2004/2005, quando,
ignorando o estilo safári seguido por outros grandes nomes do mercado, criou sua
coleção baseada em um estilo completamente feminino com seus modelos desfilando
entre 450.000 rosas na passarela. Marc Jacobs deixou a Louis Vuitton em 2013 para
dedicar-se aos próprios negócios e a sua própria marca.

Nos últimos anos, o grupo LVHM, que passou também a ser proprietário da MARC
JACOBS em 1997, expandiu e acelerou o processo de internacionalização da marca
própria do estilista com a inauguração de várias lojas nas mais badaladas cidades do
mundo (incluindo Paris, Londres, Tóquio, Madri, Chicago, Moscou, Dubai, Doha, Seul,
Beijing e Jacarta), além de ampliar consideravelmente o portfólio de produtos, que
agora englobam desde perfumes, relógios, óculos e acessórios diversos até uma
sofisticada linha de roupas para crianças. Outra estratégia da marca MARC JACOBS foi
acelerar a abertura de unidades dentro de sofisticadas lojas de departamento na região
asiática e no Oriente Médio.

Em 2013, a estilista resolveu se dedicar apenas as suas marcas próprias. Jacobs iniciou
então grandes mudanças, não somente na linha de produtos como também na imagem
de suas marcas. Para isso ele contratou Katie Hillier e Luella Bartley para assumirem os
cargos de diretora criativa e diretora de estilo da Marc by Marc Jacobs (agora conhecido
como MBMJ). Ao longo de todos esses anos Marc Jacobs conquistou uma reputação tão
alta que, em abril de 2010, a revista TIME apontou o estilista como uma das 100
pessoas mais influentes do mundo. Afinal, tudo o que leva o nome Marc Jacobs em
pouco tempo se torna cobiçado.

A linha do tempo 
1996 
● Lançamento da primeira coleção masculina da marca. 
2001 
● Lançamento da Marc by Marc Jacobs, uma segunda linha de roupas e acessórios
mais jovem e acessível. 
● Lançamento do perfume feminino Marc Jacobs by Marc Jacobs. 
2004 
● Lançamento do perfume feminino BLUSH. 
● Inauguração de sua primeira loja multimarca, localizada na cidade de Boston. Essa
loja vendia produtos de todas as marcas do estilista sob um mesmo teto pela primeira
vez. 
2005 
● Inauguração de três novas lojas na cidade de Los Angeles e uma unidade localizada
dentro do luxuoso shopping Bal Harbour em Miami na Flórida. 
● Lançamento da primeira coleção de relógios, em parceria com a Fossil. 
2006 
● Inauguração em janeiro da primeira loja própria no continente europeu, localizada na
Palais Royal em Paris. 
2007 
● Lançamento da LITTLE MARC JACOBS, uma completa linha de roupas e
acessórios para crianças (meninas e meninos). 
● Inauguração da primeira loja da marca em Londres. 
● Lançamento da primeira coleção de óculos. 
● Lançamento em setembro do perfume feminino DAISY. 
2008 
● Lançamento da primeira coleção de moda praia. 
● Lançamento de edições limitadas de várias fragrâncias da marca. 
● Inauguração de lojas próprias em cidades como Chicago, Paris Madri, Istambul e
Atenas. 
2009 
● Lançamento da primeira coleção de moda praia para crianças. 
● Lançamento do perfume feminino LOLA. 
● Inauguração de lojas próprias em Milão e São Paulo. Com quase 400 m², a loja de São
Paulo abrigava as linhas Marc Jacobs Collection e Marc by Marc Jacobs, mas fechou as
portas em 2014. 
2010 
● Lançamento do BANG, novo perfume masculino da marca, uma ousada combinação
“apimentada”, que reúne pimenta branca e preta, além de base amadeirada, notas de
vetiver, musgo branco e patchouli. Como não poderia faltar polêmica, a campanha de
lançamento foi estrelada pelo próprio Marc Jacobs, que ousadamente aparecia nu para a
divulgação de seu novo perfume. 
2012 
● Lançamento do perfume feminino DOT, cujo frasco é ornamentado com joaninhas de
acrílico. 
2013 
● Lançamento do HONEY, uma fragrância floral, ensolarada, feliz e enérgica. O frasco
do perfume possui simpáticas abelhas de acrílico. 
2014 
● Lançamento de uma linha de produtos voltados para a beleza masculina.
Aproximadamente um ano depois do primeiro lançamento e da abertura da loja loja
exclusiva para vender maquiagens da sua marca, foram apresentados três produtos
voltados para os homens: um gel anti-fadiga para a área dos olhos, um condicionador
para lábios e um gel para modelar sobrancelhas. 
● Inauguração em Nova York da loja DAISY MARC JACOBS TWEET SHOP, cujo
ousado conceito aposta em novas tendências tecnológicas. Isto porque, os clientes ao
tirarem fotografias e postarem mensagens com a #MJDaisyChain, recebem produtos e
brindes da marca MARC JACOBS, que incluem desde perfumes a colares. A melhor
foto de Instagram do dia recebe uma bolsa.

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundaçã o: 1984 
● Fundador: Marc Jacobs e Robert Duffy 
● Sede mundial: New York City, New York 

Você sabia? 
● O polêmico estilista é constantemente visto utilizando um kilt (um saiote masculino
escocês), que segundo ele próprio, virou uma espécie de “seu uniforme”. 
● Marc Jacobs já foi internado por conta da dependência de drogas e álcool em 2007.
Recuperou-se, apresenta o corpo malhado e com mais de 30 tatuagens. 
● Durante anos o estilista manteve relacionamento com o brasileiro Lorenzo Martone,
com quem chegou a trocar até alianças. Atualmente o estilista namora o mineiro Harry
Louis, um ex-ator de filmes pornôs. 
● Jacobs ficou em primeiro lugar entre os 10 estilistas mais bem pagos de 2014 segundo
a People With Money, com US$ 58 milhões calculados em rendimentos combinados. 

CACHAREL

Macias, românticas e puras, assim são as fragrâncias CACHAREL que conquistam


mulheres que têm orgulho de serem femininas. Cheias de luxo e encanto, as fragrâncias
levam as mulheres a um mundo delicado e exuberante. Com sua moda, a marca francesa
CACHAREL permanece fiel à vocação da marca. Uma dedicatória à juventude, por
meio de um território exclusivo de expressão: a verdadeira emoção. 

A história 
O estilista francês Jean Louis Henri Bousquet, filho de um vendedor de máquinas de
costura e que desde criança sempre esteve envolvido no mundo da moda, começou sua
carreira como aprendiz de alfaiate na pitoresca cidade de Nîmes. Em 1958 o jovem
resolveu se mudar para Paris e no dia 16 de março de 1962 criou oficialmente a marca
JEAN CACHAREL. O nome “Cacharel” deriva de um pequeno marreco (Anas
querquedula) da região de La Camargue. Sua primeira grande criação foi apresentada
no dia 8 de novembro de 1963 em Paris. Era uma camisa de crepe, um tecido
habitualmente usado na confecção de lingeries. A marca ganhou espaço na mídia pouco
tempo depois, quando a camisa de crepe foi parar na capa da renomada revista Elle,
projetando a CACHAREL internacionalmente. A camisa ganhou ainda mais
notoriedade quando a atriz Brigitte Bardot apareceu usando uma amarrada sob o peito.
Após isso, a peça entrou definitivamente em todos os guarda-roupas das mulheres
chiques e sofisticadas do mundo. A primeira coleção de roupa, chamada de “blouse”, foi
apresentada em 1964, mesmo ano em que a empresa foi fundada oficialmente. Sua linha
de design e criação feminina extremamente suave, com tons sensitivos e delicados, feito
de materiais finos e uma harmonia autêntica contribuíram ainda mais para o sucesso
inicial da marca.
Frente ao sucesso, em 1966 o jovem estilista instalou sua fábrica em Nîmes e contratou
profissionais altamente competentes para trabalhar com ele. Juntam-se à equipe a
talentosa fotógrafa Sarah Moon e o publicitário Robert Delpire na busca de uma
imagem típica da Maison, que acabou sendo definida pelo slogan “Flower Power”. No
ano de 1969 a marca resolveu diversificar seus negócios ingressando no mundo das
fragrâncias com o lançamento de seu primeiro perfume. Era o tímido início da
constituição de um verdadeiro império neste segmento. Nos anos de 1970 o estilista
passou a utilizar estampas inspiradas em padrões de tecelagens do Oriente e da África,
além de imortalizar as estampas “Liberty”, com flores campestres, miúdas e delicadas.
Outra novidade desta década foi o lançamento de sua primeira coleção infantil.

Foi também nesta década, em 1975, que a grife francesa procurou a também francesa
L’Oréal para que ela criasse um perfume marcante para CACHAREL. O resultado foi o
lançamento, em 1978, do perfume Anaïs-Anaïs, uma essência floral, cujo nome foi
inspirado na Deusa Persa do Amor, que foi eleito em 1981 o melhor perfume do mundo
e se tornou um verdadeiro ícone da marca. Pouco depois, em 1980, lançou seu primeiro
perfume masculino, o Cacharel Pour Homme. Nos anos seguintes muitos outros
perfumes de sucesso foram lançados, entre os quais Lou Lou, Eden, Loulou Blue, Noa,
Nemo, Gloria, Amor Amor e Promesse. Com isso, pouco a pouco, o prêt-à-porter
perdeu espaço e a perfumaria tornou-se o foco da marca.

No final de 1996, Jean Bousquet, principal executivo e criador da grife, resolveu


reassumir o controle da empresa, após ter dedicado 13 anos à carreira política. Nesse
período, ele se elegeu deputado e ocupou, por dois mandatos consecutivos, a prefeitura
de Nîmes. Seu objetivo era convertê-la novamente em uma das marcas líderes do
mercado da moda, com uma ideia simples: reinventar um prêt-à-porter autoral, a preços
acessíveis, para competir com os grandes lançamentos internacionais das grandes
indústrias da moda.

Em 2000, o casal Ignácio Ribeiro (brasileiro) e Suzanne Clements (inglesa) assumiu o


comando criativo da grife francesa. O primeiro trabalho da dupla pode ser visto no ano
seguinte quando a coleção primavera/verão foi apresentada, tendo como grande missão
inovar e ao mesmo tempo resgatar o estilo CACHAREL. A tradicional grife escolheu o
Carrousel du Louvre, em Paris, para apresentar sua coleção primavera-verão. Seria
apenas mais um desfile, como tantos outros, não fosse por um detalhe: a CACHAREL
despertou de um sono profundo que durou mais de 20 anos. Durante esse período a
marca ficou ausente dos eventos de grande porte da moda, vitrine maior do segmento de
alta costura. O longo jejum rendeu a CACHAREL o apelido de “A Bela Adormecida”
do mundo fashion. Nas mãos da dupla, o estilo da marca CACHAREL teve um
verdadeiro rejuvenescimento. Campanhas de marketing, layout das lojas, coordenação
dos lançamentos e até decoração de vitrines; nada era feito sem a aprovação da dupla.
Além da moda feminina – composta por aproximadamente 200 mil peças ao preço
médio de US$ 200 –, a dupla apostou nos demais itens incorporados a grife como
roupas masculinas e acessórios (incluindo gravatas, echarpes, sapatos, roupas íntimas
femininas, entre outros).
Em 2007, a dupla foi substituída pelo inglês Mark Eley e a japonesa Wakako
Kishimoto. No ano seguinte, a CACHAREL realizou um longo desfile no Carrousel du
Louvre, em Paris. Dividida em duas etapas, a apresentação sob o comando da dupla,
conhecida também como “Eley Kishimoto”, primeiro mostrou as novas propostas da
grife que hoje faz muito mais sucesso com sua linha de acessórios e perfumes do que
com as roupas propriamente ditas. A segunda parte foi dedicada a uma retrospectiva do
trabalho de Bousquet, com cores marcantes e muitas estampas de micro florais, um
traço muito forte do criador original. Em 2011, a marca francesa apresentou a nova
dupla de estilistas: os chineses Ling Liu e Dawei Sun, responsáveis pelas linhas
masculina, feminina e infantil, além da coleção de acessórios. O casal substituiu o belga
Cédric Charlier, que ocupou o posto durante pouco tempo, mas conseguiu rejuvenescer
a marca francesa. Entre as contribuições da CACHAREL para o mundo da moda
destacam-se as camisas com estampas florais, saias-calças, minissaias com três pregas
de cada lado. No Brasil, CACHAREL é praticamente sinônimo de um tipo de blusa de
malha mais ajustada ao corpo e com gola rolê, que se tornou referência para uma
geração de mulheres.

A linha do tempo 
1970 
● Criação da estampa LIBERTY, que se tornaria uma referência da marca francesa. 
1978 
● Lançamento da primeira coleção de jeans. 
1980 
● Lançamento do perfume masculino CACHAREL POUR HOMME. 
1987 
● Lançamento do perfume feminino LOU LOU, cujas notas combinam bergamota,
damasco, baunilha, almíscar e sândalo. O perfume se tornou um dos grandes ícones da
marca francesa. 
1991 
● Lançamento de uma linha feminina de cosméticos. 
1994 
● Lançamento do perfume feminino EDEN, com notas de flor de laranjeira, violeta,
mimosa, patchouli e sândalo. 
● Lançamento da coleção de roupas masculina. 
1998 
● Lançamento do perfume feminino NOA, um floral aromático com notas de almíscar
branco, peônia branca, café e coentro. 
2000 
● Lançamento do perfume masculino NEMO. 
● Lançamento da linha de acessórios. 
2001 
● Em parceria com a empresa Arnolfo di Cambio, criou uma linha de porcelanas e
cristais que somou ao mundo do luxo sua marca característica. 
2002 
● Lançamento do perfume GLORIA, marcando uma nova era para as fragrâncias
CACHAREL: um aroma vibrante e cativante, que revela a autoconfiança feminina, a
individualidade, juventude e prazer. 
2003 
● Lançamento do perfume feminino AMOR AMOR, com notas que combinam
tangerina, cereja preta, jasmim de quatro pétalas da Indonésia, lírio do vale, almíscar
branco e âmbar cinza. A versão masculina seria introduzida em 2006. 
2004 
● Lançamento de uma coleção de relógios e joias. 
2005 
● Lançamento do perfume feminino PROMESSE, feito com raras fragrâncias e
acondicionado em um moderno frasco. 
2006 
● Lançamento do perfume feminino NOA PERLE. 
2007 
● Lançamento do perfume feminino LIBERTÉ, que possui uma mistura de essências
como laranja, almiscar e baunilha e outras notas imperdíveis, resultando em um aroma
delicioso, suave e refrescante. Gisele Bündchen foi a garota-propaganda para o
lançamento do perfume, que possui uma frasco elegante e incandescente. 
● Inauguração de uma loja na sofisticada Rue du Faubourg Saint-Honoré em Paris. 
2008 
● Lançamento do perfume AMOR AMOR TENTATION, com notas compostas de
lírio branco e jasmim. As notas de fundo são compostas de baunilha e sândalo. 
2009 
● Lançamento da edição limitada do perfume AMOR AMOR SUNRISE. O novo
perfume prometia “uma explosão de frescor e frutas” para um tórrido verão. 
● Lançamento do perfume SCARLETT, cuja delicadeza e feminilidade estão
estampadas em seu frasco (que lembra porcelana ou marfim, em baixo relevo e com
motivos florais japoneses em tons pastéis) e em sua fragrância, uma mistura folhas de
chá, limão, pêra, jasmim, almíscar branco, sândalo e mel de Provence. “Mon secret est
à l’intérieur” (“meu segredo está no interior”) foi o slogan utilizado para sua estreia no
mercado. 
2011 
● Lançamento da LE JARDIN, uma coleção de perfumes dedicada aos jardins e as
flores, uma homenagem à primavera que se iniciava no hemisfério norte. A coleção
continha seis famosas fragrâncias da marca (Noa, Amor Amor, Scarlett, Anais Anais,
Lou Lou e Eden) sendo apresentadas em embalagens coloridas com estampas florais. 
2012 
● Lançamento do perfume floral CATCH ME.

Dados corporativos 
● Origem: França 
● Lançamento: 16 de março de 1962 
● Criador: Jean Louis Henri Bousquet 
● Sede mundial: Paris, França 

MOSCHINO
A italiana MOSCHINO ficou extremamente famosa por sua classe e pela excentricidade
e senso de humor, marcas registradas do estilista Franco Moschino. Inovadora,
irreverente, irônica e autoindulgente. São essas as principais características da grife
italiana que passou a ser cultuada por uma centena de celebridades mundo afora, como
por exemplo, Nicole Kidman, Beyoncé, Jessica Alba, e claro, Madonna e Lady Gaga.

A história
Franco Moschino nasceu na terra da moda, Milão. Começou sua carreira de estilista no
início dos anos 70. Estudou desenho em cursos noturnos da Academia de Belas Artes de
Milão e foi contratado pelo estilista Gianni Versace, com quem trabalhou até 1977,
criando inclusive as campanhas publicitárias da grife. Antes de lançar sua carreira solo,
ele ainda colecionou passagens por grifes de moda renomadas como Davidoff e Max
Mara, para aprender mais sobre a estrutura deste setor tão competitivo. A marca
MOSCHINO foi lançada oficialmente em 1983 e no ano seguinte já era apresentada a
primeira coleção feminina. Suas coleções eram explosões de cores, exagero e
excentricidade, com referências que nitidamente, ou propositalmente, esculhambavam
com o “fashion establishment”.

Ele chegou a ser processado pela Chanel, por conta de uma camiseta que brincava com
o perfume mais famoso da tradicional maison francesa. O estilista buscava boa parte de
sua inspiração na sua enorme paixão pelo teatro. Durante dez anos, MOSCHINO se
firmou no cenário internacional de moda como um dos nomes mais ousados e
inovadores, lançando sua coleção masculina em 1985, sua linha de jeans em 1986, e seu
primeiro perfume feminino em 1987. Somente em 1989 abriu sua primeira loja no
chique endereço da Via S.Adrea em Milão, que devido ao sucesso levou a inauguração
de uma segunda loja, também em Milão, para sua linha de jeans e sua linha jovem.

No início da próxima década, em 1991, o perfume da grife italiana foi oficialmente


lançado no mercado americano com um grande evento na sofisticada loja de
departamento Saks Fifth Avenue em Nova York. Em 1993, o estilista produziu um
grande desfile para comemorar uma década de sucesso. Na mesma época, inaugurou o
Projeto Smile, para arrecadar fundos através de eventos de moda para crianças
portadoras do vírus da AIDS. Tudo foi uma grande celebração, mas ele já estava doente
- segundo a família, ele tinha um tumor maligno no abdome, mas o que se comentava é
que ele estava com AIDS. O criador de uma moda assumidamente gay morreria
precocemente aos 44 anos de idade um ano mais tarde, no dia 18 de setembro.

Após sua morte, a marca principal (MOSCHINO), sua linha mais jovem, batizada de
MOSCHINO CHEAP AND CHIC, e MOSCHINO JEANS, passaram a ser comandadas
por Rosella Jardini, sua ex-assistente, e fazer parte a partir de 1999 do grupo Aeffe (que
também é proprietária das marcas Alberta Ferretti, Jean Paul Gaultier e Cacharel). Até
2001, foram inauguradas novas lojas próprias em cidades como Roma, Londres, Los
Angeles, Capri, Nova York, Dubai e Moscou. Entre 2002 e 2006, a MOSCHINO
inaugurou lojas âncoras (flagship Store) em Berlim, Paris, Milão e Mumbai, acelerando
assim ainda mais a internacionalização da marca. Nesta época, a marca iniciou, através
de parcerias, a distribuição de sua linha de produtos em badaladas lojas de
departamentos no continente asiático.

Em 2008, a MOSCHINO foi responsável pela criação de parte do figurino da nova turnê
da cantora Madonna, uma das fãs mais fervorosas da grife italiana. Hoje em dia, a
marca continua conseguindo captar a essência do espírito jovem e rebelde e trazer às
suas roupas, acessórios e perfumes, como uma forma de canalizar pensamentos e
desejos desse público. Afinal, a MOSCHINO é a prova de que é absolutamente possível
aliar humor e alta-costura e ser fashion sem pagar caro por tudo isso. Desde as suas
roupas, aos acessórios e perfumes, os produtos MOSCHINO marcam pela diferença.
Primando pela qualidade superior das matérias-primas nobres utilizadas, a marca é
famosa pelas estampas exclusivas impressas em veludo e outros materiais originais,
pelos ternos de cortes perfeitos e estruturas impecáveis, pelas aplicações e pormenores
únicos, que tornam as suas coleções inconfundíveis, únicas e inimitáveis. Apesar do
enorme sucesso da marca MOSCHINO, os perfumes (entre eles Oh! De Moschino e
Uomo?) são responsáveis pela maior parte dos lucros da empresa.

A linha do tempo
1988
● Lançamento da MOSCHINO CHEAP AND CHIC, uma marca mais irreverente e
acessível direcionada para um público mais jovem. Se a MOSCHINO já esbanjava
irreverência, a CHEAP AND CHIC é pura diversão fashion, com coleções lúdicas,
criações alegres e contemporâneas, combinações imprevisíveis, cultura pop urbana,
cores trendy e estampas. O conceito desta marca da grife italiana é o barato e chique
(como diz seu nome), com qualidade acima de tudo.
1989
● Lançamento da primeira coleção de calçados infantis da marca italiana.
1990
● Lançamento do primeiro perfume masculino da marca (POUR HOMME).
1994
● Lançamento da ECOUTURE, primeira coleção ecologicamente correta que utilizava
tecidos que não agrediam o meio ambiente durante o processo de fabricação.
1995
● Lançamento de sua primeira coleção de óculos para homens e mulheres.
1996
● Lançamento dos perfumes CHEAP AND CHIC by MOSCHINO e Oh! De
Moschino.
1997
● Lançamento do perfume masculino UOMO?.
2001
● Lançamento de sua linha de produtos voltada para crianças e adolescentes.
2003
● Lançamento do perfume feminino COUTURE!, em comemoração aos 20 anos da
marca italiana.
2007
● Lançamento do perfume FUNNY.
2008
● A MOSCHINO JEANS passa a se chamar LOVE MOSCHINO.
● Lançamento dos perfumes HIPPY FIZZ e GLAMOUR.
● Licenciamento de uma linha de jóias e relógios e coleções de guarda-chuvas.
2011
● Lançamento do perfume masculino MOSCHINO FOREVER.
2012
● Lançamento do perfume PINK BOUQUET.

Dados corporativos
● Origem: Itália
● Fundaçã o: 1983
● Fundador: Franco Moschino
● Sede mundial: Milão, Itália

Você sabia?
● Em um dos seus mais recentes shows, a cantora Madonna usou em parte figurinos da
marca italiana, como os famosos óculos em forma de coração.
● Uma das mascotes ícones da marca italiana é o urso Gennarino, que ao lado do ganso
Luisa fazem parte da comunicação da MOSCHINO estampando vários produtos.

NINA RICCI

Considerada um dos mitos da alta costura francesa, símbolo máximo do glamour


parisiense levando ao máximo a expressão da feminilidade. Roupas, bolsas e
principalmente fragrâncias de luxo desejadas por quem pode pagar caro por esses
objetos do mundo fashion. Assim pode ser definida a marca de luxo NINA RICCI. 

A história 
Maria Adelaide Nielli (foto abaixo) nasceu na cidade italiana de Turim no dia 14 de
janeiro de 1883, e aos cinco anos se mudou para Florença, onde foi educada. Foi
somente aos 12 anos que a estilista se mudou para a França e adotou a nacionalidade
francesa. Sem perder tempo, aos 14 anos, começou como aprendiz de costureira em um
atelier (Casa Raffing), se casou com o joalheiro italiano Luigi Ricci e, aos 22 anos, já
desenhava e vendia as suas próprias roupas para diversas casas de moda. Nina Ricci
começou a dedicar-se à alta-costura, a que acrescentava sempre um adereço para dar um
toque especial e personalizado às roupas feitas para as clientes ricas. Com a carreira
encaminhada e um futuro promissor, em 1932, aos 49 anos, já conhecida como Madame
Ricci, e em parceria com seu filho Robert, abriu sua própria Maison de alta costura.
Maria combinou seu apelido (“Nina”) ao sobrenome de casada (“Ricci”) para batizar
sua nova Maison de moda. Robert ajudava cuidando da administração, enquanto a mãe
ficava responsável exclusivamente pela criação das roupas.
Com sua Maison localizada na Rue des Capucines, Nina optou por deixar de vender as
suas criações a outras casas de moda e, em apenas sete anos, o negócio expandiu de tal
forma que passou a ocupar onze andares de três edifícios na mesma rua, cujos salões
ficavam lotados de clientes que apreciavam o refinamento dos vestidos, além da
maestria do corte e a capacidade de adaptar-se a personalidade de cada mulher.
Liberdade de movimento, elegância, romantismo e muito refinamento. As roupas
criadas por Nina Ricci tinham características em comum e não demoraram muito para
conquistar notoriedade na alta sociedade parisiense e estrelas do cinema francês como
Suzy Delair, Danielle Darrieux e Micheline Presle. O destaque de sua costura eram as
criações mais sofisticadas. Vestidos drapeados, camadas de renda e chiffon, sempre
realçando a feminilidade de quem usava. Além disso, foi ousada ao misturar cores
diferentes em um vestido, algo incomum para a época.

A cada ano, o visionário Robert se provava um exímio administrador do negócio e


queria aproveitar o grande sucesso das roupas NINA RICCI, para expandir a marca para
outras categorias. Foi então, que no ano de 1946, a marca ingressou no segmento da
perfumaria com o lançamento do Coeur-Joie (que significa em português “coração
feliz”). Mas o sucesso nesta categoria ainda estava por vir. Em 1948 foi lançado o
perfume Nina Ricci L’Air du Temps, que fazia referência à esperança do pós-guerra e
cujo frasco feito pela Lalique continha duas pombas de cristais simbolizando o amor e a
liberdade. Esse perfume se tornou um clássico e continua um campeão de vendas nos
dias de hoje. Pouco tempo depois, em 1952, surgiu uma das fragrâncias mais famosas e
consagradas da grife francesa, Fille d’Eve, apresentando em um icônico frasco no
formato de uma maçã, representando de forma ousada e provocativa o fruto proibido.
Até hoje, a marca NINA RICCI já criou mais de 60 perfumes.

O papel da marca na recuperação do glamour da moda francesa (e consequente


recuperação de vendas) no pós-guerra, foi essencial. Robert Ricci e Lucien Lelong
organizaram uma mostra em 1945, onde reuniram dezenas de modelos completos de
diversos estilistas franceses, feitos de tecidos luxuosos e do tamanho de bonecas, para
percorrer o mundo, estimulando o desejo das consumidoras pela moda francesa depois
de um período de discrição e crise. A mostra chamou-se Theatre de La Mode, e os
visuais incluíam miniaturas de casacos de peles, acessórios e joias, e acertaram em
cheio em criar um renovado desejo por moda e glamour.

Após recrutar jovens talentos da moda para sua Maison, Nina Ricci decidiu abandonar a
empresa na início da década de 1950 e deixou tudo para Robert, que se mostrou um
verdadeiro empresário de sucesso. O belga Jules-François Crahay, assistente direto de
Nina Ricci, assumiu o comando criativo da Maison em 1954. Uma de suas coleções, em
particular, foi bem recebida com grandes elogios e aclamação da crítica, especialmente
pelo “traje azafrán” e o “vestido de bolsa”. Robert expandiu o negócio ao acrescentar
várias novas fragrâncias à marca NINA RICCI, enquanto licenciava, de forma pioneira,
o nome a diversas empresas, especialmente para a produção da linha prêt-à-porter. A
coleção “Crocus” de 1959 alcançou um sucesso triunfal, que reforçou a fama mundial
do nome NINA RICCI. A marca deslumbrou a América em meados dos anos de 1960
com sua silhueta especial e foi uma das primeiras maisons francesas a criar o prêt-à-
porter. Mademoiselle Ricci, sua coleção, virou capa de várias revistas e assunto no
mundo da moda. Em 1963, Gerard Pipart assumiu o posto de estilista e continuou
apresentando vestidos elegantes e bonitos. Nina Ricci faleceu no dia 29 de novembro de
1970. Nove anos depois de sua morte, a marca ganhou uma loja na Avenida Montaigne,
ponto prestigiado no mundo da moda em Paris.

Na década seguinte, a marca continuou criando e lançando perfumes de sucesso, como


por exemplo, Fleur de Fleurs (1980), mais uma bela composição floral e, em 1987, a
última criação de Robert Ricci, que recebeu o nome de Nina em homenagem a sua mãe.
Em 1988, Robert faleceu, deixando uma marca conceituada, famosa, premiada,
sinônimo de elegância e bom gosto e que continua vestindo e perfumando celebridades
do mundo todo. Quem assumiu o comando dos negócios foi Gilles Fuchs, genro de
Nina Ricci, que através da contratação de jovens talentos expandiu a marca para outras
categorias, como prêt-à-porter e acessórios, especialmente bolsas. Em 1998, a NINA
RICCI foi adquirida pela espanhola Puig, que além de ser proprietária de grifes como
Carolina Herrera e Paco Rabanne, foi durante muitos anos distribuidora exclusiva dos
perfumes da grife francesa no mercado espanhol.

Nos anos seguintes a marca francesa ampliou sua linha de produtos com relógios,
óculos e calçados; reforçou a linha prêt-à-porter; continuou lançando perfumes de
sucesso, como o Love in Paris (2004), um floral oriental com baunilha e anis, e
L’Extase (2015), uma fragrância que é um convite ao erotismo feminino com poesia; e
inaugurou lojas próprias nas mais importantes cidades do mundo. Outro sucesso recente
da marca é a bolsa Irrisor, cujo tamanho grande é ideal para colocar laptop e outras
coisas, como carteira, passaporte e óculos de sol, além de ser revestida por uma
estrutura em couro (quando vazia não fica mole). Em 2015, o estilista francês
Guillaume Henry foi apontado como o novo diretor criativo da grife, apresentando sua
primeira coleção na temporada de inverno.

Dados corporativos 
● Origem: França 
● Fundaçã o: 1932 
● Fundador: Maria e Robert Ricci 
● Sede mundial: Paris, França 
Você sabia? 
● Nina Ricci costumava trabalhar com os tecidos diretamente no manequim para
garantir que eles tivessem forma e caimento perfeito depois de acabado. 
● A grife NINA RICCI criou os uniformes dos comissários de bordo da Air France nas
décadas de 1960 e 1970. 
● Coco Chanel tinha uma rivalidade pública com Nina Ricci, a qual chamava de “A
Italiana” ou “A senhora da esquina”. 

OSCAR DE LA RENTA

Um nome latino ecoa com pompa no universo da moda de luxo: Oscar de la Renta. Com
estilo único transformou seu nome e sua grife em sinônimos de tapete vermelho, uma
alusão aos seus luxuosos e impecáveis vestidos que constantemente desfilam nos corpos
de beldades nas mais badaladas premiações de gala ao redor do mundo. Referência no
mundo da moda, a grife se tornou muito conhecida por suas cores e elegância únicas,
conquistando clientes famosas e influentes como Hillary Clinton, Jacqueline Kennedy,
Barbara Walters, Sarah Jessica Parker, Nancy Reagan e Laura Bush. 

A história 
Oscar Aristides de la Renta Fiallo (foto abaixo) nasceu no dia 22 de julho de 1932 na
cidade de Santo Domingo, na ensolarada República Dominicana. Filho de mãe
dominicana e pai porto-riquenho, ele cresceu em um país cheio de flores e estampas
coloridas, e tiraria daí, anos mais tarde, sua inspiração para fazer moda. Deixou sua terra
natal ainda jovem, aos 18 anos, para estudar pintura na Real Academia de Belas Artes
de San Fernando, em Madri. Enquanto morou na Espanha, ele se interessou pelo mundo
da moda e começou a desenhar para as principais grifes do país. Ao desenhar um
vestido para a filha do embaixador americano no país, ele se tornaria internacionalmente
conhecido: sua criação foi capa da revista Life em 1956. Seu talento rapidamente
chamou a atenção de um mestre: Cristóbal Balenciaga, do qual foi aprendiz. Mais tarde,
em 1961, Oscar mudou-se para Paris, juntou-se a Antonio Castillo e passou a trabalhar
como assistente de costura na renomada Maison Lanvin.
Em 1963, o estilista disse a Diana Vreeland, então poderosa diretora da revista Vogue,
que desejava ingressar no segmento “prêt-à-porter”, porque era realmente onde estava o
dinheiro no universo da moda. A influente diretora então o aconselhou: “vá trabalhar
para Elisabeth Arden, pois assim irá construir sua reputação mais rapidamente”. E ele
seguiu o conselho da poderosa diretora. Foi para os Estados Unidos, onde começou a
trabalhar como assistente no salão de alta costura e prêt-à-porter para Elisabeth Arden.
Neste período, o estilista começou a vestir, ninguém menos, que a então primeira-dama
americana Jacqueline Kennedy, conquistando assim projeção internacional. Mais tarde
o estilista vestiria outras primeiras-damas americanas, como Betty Ford, Nancy Reagan,
Hillary Clinton e Laura Bush.

Em 1965, foi trabalhar para Jane Derby, conhecida por sua linha simples e especial para
o tipo feminino mignon. Quando Derby morreu no dia 9 de agosto do mesmo ano,
Oscar decidiu dar um novo rumo a sua vida profissional. Em 1966 o estilista, com a
ajuda de seu sócio Ben Shaw, comprou a empresa e resolveu iniciar sua carreira
independente lançando em Nova York a primeira coleção prêt-à-porter feminina. Era o
surgimento oficial da marca OSCAR DE LA RENTA. O sucesso de seu talento foi
praticamente instantâneo. E o sucesso fez o estilista conquistar, em 1967 e 1968, o
prestigiado Coty Award (o “Oscar” da indústria da moda americana). Nesta época,
Oscar alcançou seu primeiro grande êxito ao lançar uma coleção de roupas inspirada nas
tradições ciganas e russas. Na década de 1970, já com a América literalmente “aos seus
pés”, Oscar resolveu expandir seu talento para outros segmentos da moda de luxo e, em
1977, lançou sua primeira fragrância feminina (batizada de OSCAR), que durante anos
foi um verdadeiro sucesso de vendas.

Apesar da marca estar inserida totalmente no universo feminino, em 1980 ocorreu o


lançamento do primeiro produto voltado para o público masculino: o perfume Por Lui.
Em 1992, Oscar de la Renta se tornou o primeiro estilista latino-americano a ocupar o
cargo de diretor criativo de uma marca de luxo francesa, a Balmain, onde permaneceu
até 2002. Com a chegada do novo milênio a marca OSCAR DE LA RENTA ingressou
em novos segmentos da moda de luxo ao lançar uma linha de acessórios (2001), que
incluía bolsas, carteiras, cintos, lenços e sapatos; uma linha de móveis (2002); além de
uma sofisticada coleção de óculos e uma linha de roupas mais acessíveis (2004).

Foi somente no ano de 2004 que a marca inaugurou sua primeira loja exclusiva na
Madison Avenue, em Manhattan, Nova York. Nos anos seguintes, outras lojas OSCAR
DE LA RENTA foram inauguradas em badaladas cidades americanas como Bal
Harbour, Costa Mesa, Dallas, Las Vegas e Los Angeles. Em 2006, a marca criou a
OSCAR DE LA RENTA BRIDAL, especializada em luxuosos vestidos de noiva. A
marca iniciou sua expansão no exterior com a inauguração de lojas em Madri e Atenas,
em 2008, além de lançar uma sofisticada linha de joias em colaboração com Loulou de
la Falaise, musa da então Yves Saint Laurent. Foi também a partir desse ano que a
marca iniciou uma enorme e importante estratégia de reorganização interna, quando
decidiu entrar em uma disputa jurídica complexa contra a L’Oréal para reassumir o
controle de suas operações de cosméticos e fragrâncias, que haviam mudado de mãos
seis vezes nos últimos dez anos e perdido sua identidade e qualidade. E como resultado,
ocorreu o lançamento em 2011 do perfume feminino Live in Love.

No ano seguinte a marca ingressou no universo infantil com o lançamento de uma


completa linha de roupas e acessórios para crianças (meninas e meninos até 14 anos).
Além disso, lançou a coleção Home, composta por porta-retratos, vasos, louças,
enfeites, almofadas, lençóis, toalhas, etc. Em 2013, a marca inaugurou sua maior loja
própria no mundo, localizada na cidade de Londres. O espaço, situado no badalado
bairro de Mayfair, tem três andares, aproximadamente 1.000m² e abriga coleções
femininas, moda noiva, decoração, acessórios, beleza e moda infantil.

Outra novidade recente da grife: quase dois anos após se envolver em polêmica por
comentários antissemita e ser demitido da Christian Dior, John Galliano retornou à
moda fazendo uma espécie de estágio (três semanas) na OSCAR DE LA RENTA, o que
alimentou boatos de que o polêmico estilista pudesse ser o sucessor de Oscar. Mas, uma
semana antes de sua morte, Oscar nomeou Peter Copping, que havia trabalhado na Nina
Ricci, como novo diretor criativo de sua grife. E no dia 20 de outubro de 2014, Oscar de
la Renta faleceu aos 82 anos em sua casa na cidade de Kent, estado de Connecticut.
Apesar de lutar contra o câncer desde 2006, Oscar foi resiliente. Neste período de quase
dez anos, sua marca cresceu aproximadamente 50% e seu nome ficou ligado a
celebridades como Amy Adams, Hillary Clinton, Oprah Winfrey, Sarah Jessica Parker e
Penélope Cruz. Era o fim de uma trajetória de enorme sucesso que se manterá viva
através das suas magníficas criações e do seu legado no mundo da moda. Hoje em dia, a
OSCAR DE LA RENTA continua desenvolvendo roupas que até podem ser
consideradas extravagantes, mas que jamais deixam de lado o bom gosto e a
sofisticação. Sempre adepto de coleções temáticas, o estilista cria modelos de nítida
inspiração oriental e também cigana.

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundaçã o: 1966 
● Fundador: Oscar de la Renta 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos  
● Ícones: As flores e estampas coloridas 

Você sabia? 
● O DNA da OSCAR DE LA RENTA é colorido, feminino e sempre sofisticado,
admirada por seus vestidos de noite, tanto na linha de alta costura como no prêt-à-
porter. 
● A grife tornou-se um verdadeiro negócio de família: o CEO é Alex Bolen, a diretora
de criação para a divisão de licenciamento Eliza Bolen e o responsável pelo atelier de
design Moisés de la Renta, respectivamente, o cunhado, a enteada e o filho adotivo de
Oscar de la Renta. 

PACO RABANNE

Na história da moda, Paco Rabanne ficou famoso por suas roupas futuristas, que
fizeram o guarda-roupa das moderninhas na década de 1960. Sua grife é sinônimo de
perfumes campeões de vendas. Hoje em dia, a moda PACO RABANNE é tímida no
badalado mundo fashion, mas a marca continua muito forte com seus perfumes, relógios
e óculos.

A história
Paco Rabanne (imagem abaixo) nasceu no dia 18 de fevereiro de 1934 na cidade
espanhola de Passaia, na região basca, com o nome verdadeiro de Francisco Rabaneda y
Cuervo. Ainda enquanto jovem, a sua família mudou para França, para a região da
Bretanha, onde esteve exilada a partir do momento em que o ditador Franco tomou o
poder na Espanha. Enquanto a mãe se tornou uma colaboradora do conceituado estilista
espanhol Cristóbal Balenciaga, Paco, então com 17 anos, se inscreveu no curso de
arquitetura da Escola Nacional Superior de Belas Artes de Paris, onde se licenciou três
anos depois. O espanhol, contudo, optou pela moda e deu os primeiros passos no mundo
da alta-costura como produtor de botões, em casas renomadas como Dior, Givenchy,
Nina Ricci e Balenciaga. Depois, vieram os bordados, que revolucionavam o que existia
na época, com seus desenhos geométricos, sapatos, que desenhou para Charles Jourdan,
e gravatas, desenvolvidas para Pierre Cardin.

Em 1964, se tornou independente e começou a criar suas pró prias peças de vestuá rio,
lançando seus primeiros vestidos experimentais, feitos de materiais contemporâneos.
Ainda neste ano, no mês de julho, Paco Rabanne foi o primeiro estilista a escolher
modelos negras para desfilar nas passarelas. Dois anos mais tarde, apresentou uma
coleção muito original, sugestivamente chamada “12 vestidos impossíveis de usar em
materiais contemporâneos”. Desde essa época, Paco Rabanne revolucionou por várias
vezes as tradicionais tendências da moda, principalmente por recorrer a materiais pouco
usais na confecção de roupa como o plástico, couro fluorescente, alumínio, papel, cabos
de fibra ótica, penas de avestruz, puxadores de portas, correntes metálicas, entre muitos
outros.

Logo surgiram críticos diante de tanta inovaçã o. A diva Coco Chanel o chamou de
“metalúrgico”, criticando as desconfortáveis criações do estilista basco. A resposta de
Paco era que as mulheres devem vestir roupas cômodas, mas para conquistar um
homem, não deve haver limites para o sacrifício. Ganhou projeção em 1967 quando
desenhou o vestido futurista usado por Jane Fonda no filme de ficção científica
“Barbarella”, de Roger Vadim. A atriz norte-americana passou a integrar, juntamente
com as colegas Brigitte Bardot, Audrey Hepburn e Ursula Andrews, o grupo de vedetes
que vestiam as criações de Paco Rabanne.

Em 1969 o estilista ampliou sua á rea de atuaçã o ao lançar Calandre, primeiro de uma
série de bem sucedidos perfumes com a sua marca, que chamou a atenção por usar
chipre como nota básica, enquanto a moda era utilizar essências cítricas. Graças às suas
coleções de alta-costura, o estilista espanhol recebeu, em 1977, o prestigiado prêmio
Dedal Dourado (L’Aiguille d’Or). Na década de 1980, a grife PACO RABANNE
ganhou projeção internacional e passou a ser mais reconhecida por sua linha de
perfumes. Além disso, Paco Rabbane lançou coleções de móveis e toalhas de mesa,
linhas de cosméticos masculinos, relógios e óculos. O estilista era tão ousado que, em
1989, na segunda Nuit du Chocolat, Paco foi o primeiro a apresentar um vestido feito
inteiramente de chocolate. Em 1990, além de lançar sua primeira coleção de roupas para
mulheres, a grife inaugurou sua primeira loja em Paris.

Em junho de 1994, para celebrar o seu 60º aniversá rio e o 30º de sua carreira como
costureiro, Paco Rabanne apresentou de uma só vez 200 criações originais. A linha prét-
a-porter Paco, destinada a clientes mais jovens foi lançada no mês de novembro de
1997. Pouco depois, em 1999, Paco Rabanne se retirou, quase que totalmente, do
mundo da moda ao apresentar as suas últimas criações de alta-costura. A partir daí
passou a se dedicar apenas à supervisão de suas linhas de prét-a-porter e sportswear.
Nesta época, a grife PACO RABANNE brilhava em letras de prata no mundo inteiro
com 140 contratos de licença nos mais variados segmentos.

Apó s mais de quatro décadas produzindo criaçõ es futuristas, ele decidiu encerar sua
marca (especialmente a produçã o de roupas) em 2006 por motivos financeiros. As
vendas das coleções da grife despencaram no mercado de moda que, desde 2005, era
assinada pelo estilista Patrick Robinson. Coberto de honras e reconhecimento, tendo
desfilado no mundo inteiro, de Berlim a Sevilha, ele pertenceu à linhagem dos
costureiros-criadores: o importante para ele era criar volumes, modelos únicos
concebidos como móbiles no espaço, vestidos “piquenique” enfeitados com talheres de
plástico, boleros feitos de tampas de garrafas ou túnicas de plaquetas articuladas. A
partir de então, a marca PACO RABANNE, sob propriedade da espanhola PUIG desde
2000, também proprietária de grifes como Carolina Herrera e Jean Paul Gaultier,
existiria durante alguns anos somente nos segmentos de perfumes (coube a eles manter
viva a tradicional marca), relógios e óculos.
Mas aos poucos, a marca seria relançada no universo da moda. Primeiro, em 2010, com
uma coleção de bolsas, que incluía o icônico modelo tipo carteiro, originalmente feito
de correntes e que já foi usado por personalidades como a atriz Brigitte Bardot na
década de 1960. As novas versões eram feitas de metal, osso, couro vegetal e camurça.
Nos anos seguintes a PACO RABANNE lançou coleções de roupas femininas (primeiro
sob a direção do estilista indiano Manish Arora, e a partir de 2013 com Julien Dossena),
linhas de acessórios (incluindo sapatos e itens de couro), voltou aos desfiles e as
semanas de moda, criou o projeto Paco Lab (onde estilistas colaboradores desenvolvem
edições limitadas de peças e acessórios) e lançou seu comércio eletrônico.

Além disso, inaugurou no ano início de 2016 uma moderna loja âncora na luxuosa Rue
Cambon na cidade de Paris, no mesmo quarteirão onde Coco Chanel começou seu
império. O ambiente da nova loja transmite simplicidade e um ar minimalista, que
refletem as características da marca, considerada jovem e atemporal. Era o retorno em
grande estilo ao mercado de varejo depois de um hiato de quatorze anos. E também foi
o verdadeiro ressurgimento da grife PACO RABANNE no mundo da moda, que já
anunciou lojas físicas em Londres e Los Angeles para os próximos anos.

A linha do tempo
1973
● Lançamento do PACO RABANNE POUR HOMME, primeiro perfume masculino
da marca.
1979
● Lançamento do perfume METAL.
1981
● Lançamento da coleção de móveis e toalhas de mesa.
1983
● Lançamento da coleção de roupas masculinas.
1984
● Lançamento da linha de cosmético masculina.
1985
● Lançamento dos perfumes LA NUIT e SPORT.
1988
● Lançamento do perfume TENERE.
1990
● Lançamento da coleção de roupas para mulheres (women’s ready-to-wear).
1991
● Lançamento da linha de acessórios em couro.
1993
● Lançamento do XS, perfume masculino com suaves notas florais.
1996
● Lançamento do PACO, primeiro perfume unissex da marca apresentado em um
frasco de material reciclado.
1998
● Lançamento do perfume PACO ENERGY.
1999
● Lançamento do perfume feminino ULTRAVIOLET. A versão masculina foi lançada
dois anos depois.
2005
● Lançamento do perfume masculino BLACK XS. A versão feminina foi lançada dois
anos mais tarde.
2008
● Lançamento do perfume masculino 1 MILLION, cujo frasco possui o formato de
uma barra de ouro. O perfume foi um verdadeiro sucesso em muitos países, sendo o
mais vendido na França no ano de 2011.
2010
● Lançamento do perfume feminino LADY MILLION, cujo frasco possui o formato
de um diamante. A modelo Dree Hemingway era o rosto da nova fragrância. 
2013
● Lançamento do perfume masculino INVICTUS. Em 2015 foi o perfume masculino
mais vendido na França. 
2015
● Lançamento do perfume feminino OLYMPÉA. Criado pelo designer Marc Ange, o
frasco do perfume combina uma estética moderna com símbolos emprestados da
antiguidade, incluindo asas e folhas de louro. Para encarnar a nova fragrância, a marca
escolheu a bela modelo brasileira Luma Grothe.

Dados corporativos
● Origem: França
● Fundaçã o: 1964
● Fundador: Paco Rabanne
● Sede mundial: Paris, França

Você sabia?
● No mês de agosto de 1999, Paco Rabanne se viu envolvido em uma história curiosa
que quase acabou manchando a imagem conquistada ao longo de mais de três décadas
de carreira. O estilista, que é também astrólogo, resolveu fechar sua casa em Paris
porque estava convencido que no dia 11 desse mês a estação espacial russa MIR iria
cair sobre a capital francesa. Tal fato não aconteceu e Paco Rabanne foi alvo da chacota
geral da mídia. 

RALPH LAUREN

Suas roupas e acessórios combinam o estilo clássico e sofisticado com o despojado e


esportivo, em uma moderna interpretação americana da moda. E em sua grande maioria
carregam um símbolo de puro status: um jogador de pólo montado em seu cavalo. Das
roupas à decoração de interiores, a assinatura de RALPH LAUREN sempre garante,
mais do que moda, um estilo de vida sofisticado, que explora a combinação da atitude
americana, urbana e confiante, com a clássica elegância britânica. 

A história 
O ano era de 1964, as gravatas eram estreitas e o jovem Ralph Lauren chamava a
atenção pelas quais usava que tinham 10 centímetros de largura. Algumas lojas se
interessaram pela novidade e ele, que não era um designer, mas tinha ótimas ideias,
conseguiu convencer seu empregador a produzir algumas gravatas mais largas. Passo a
passo, os pedidos foram aumentando: as gravatas, em seda italiana e feitas à mão,
custavam o dobro das outras, mas vendiam sem parar. Porém, quando uma nova
administração encarregou-se dos negócios da empresa, a invenção de Ralph foi
descartada. Foi então que ele se transferiu para uma empresa maior, a Beau Brumell,
também de moda masculina, que decidiu criar uma marca para suas gravatas. Inspirado
na sofisticação do jogo de pólo à cavalo, Lauren criou uma coleção de gravatas
listradas, a qual nomeou POLO. O nome derivava de um esporte que simbolizava um
universo de estilo clássico e elegância discreta, principais virtudes da marca.

A sofisticação, na verdade, sempre fora a sua meta. Desde adolescente ele admirava a
elegância natural do duque de Windsor, dos atores Cary Grant e Fred Astaire e da atriz
Greta Garbo, pessoas que não precisavam exibir etiquetas para se destacarem. E quando
viu que as portas do mundo da moda se abriam para ele, decidiu que suas peças seriam,
antes de tudo, sofisticadas. Com ajuda financeira de Norman Hilton, um costureiro de
Manhattan, que lhe emprestou US$ 50 mil, Lauren fundou sua grife em 1967 com o
nome de POLO FASHIONS, inicialmente produzindo e vendendo apenas gravatas.
Não demorou muito ele resolveu começar a produzir sua primeira linha de roupas
masculinas, com os ombros naturais no estilo IVY LEAGUE (que define o estilo de se
vestir de alunos de um grupo de tradicionais faculdades como Yale, Columbia,
Princeton, Brown, Harvard, entre outras), vendidas em pequenas lojas de Nova York.
Clássica, mas contemporânea, a coleção foi um verdadeiro sucesso entre os americanos.
Em 1969, já com o nome POLO RALPH LAUREN, a marca possuía uma loja (na
verdade um espaço de exposição) dentro da luxuosa loja de departamento
Bloomingdale’s. Em 1970 ele recebeu seu primeiro prêmio Coty, um dos mais
importantes da moda americana por sua coleção masculina. A conquista fez com que
seu nome ficasse famoso no mundo da moda dos Estados Unidos.

Em 1971 ele revolucionou a moda ao lançar uma linha de ternos femininos com
alfaiataria clássica masculina. Além disso, foi a primeira vez que o logotipo da marca
apareceu nas peças de Lauren. Foi também nesse ano que a primeira loja da marca foi
inaugurada na sofisticada Beverly Hills, tornando Ralph Lauren o primeiro estilista a
abrir uma loja própria. Na loja que vendia roupas masculinas e femininas, tudo era
exposto com muito luxo e requinte. A coleção feminina era composta por suéteres Fair
Isle, saias pregueadas, camisas sem gola, vestidos de veludo com gola de renda, calças e
saias de flanela, inspirado nos trajes ingleses de montaria. Mas, desta vez, a reação não
foi boa - tudo era lindo, mas parecia uma versão feminina das peças masculinas. Em
1972 a famosa camisa pólo de dois botões, confeccionada em malha piquê, aparecia
pela primeira vez com o símbolo da marca (um jogador de pólo montado em seu
cavalo), podendo ser encontrada em 24 cores diferentes. A campanha publicitária
“Every team has its color - Polo has 24” (algo como “Todo time tem sua cor - Pólo tem
24”) foi lançada nessa mesma época com extremo sucesso. Rapidamente a camisa pólo
se tornou um clássico americano (e da marca) e mania mundial. Afinal, nenhuma outra
camisa conseguiu conjugar tão bem qualidade e variedade, sendo presença constante no
guarda-roupa do homem sofisticado, de bom gosto e moderno.

A marca se tornou conhecida em todo o mundo pela sofisticação de seus produtos, mas
foi em 1974 que Ralph Lauren ganhou maior visibilidade internacional e provou seu
estilo atemporal quando vestiu o ator Robert Redford no filme “O Grande Gatsby”. Em
1976, fez história ao se tornar o primeiro estilista a vencer o prêmio Coty feminino e
masculino no mesmo ano. Lauren já criava coleções femininas, mas foi apenas em 1977
que consagrou esta linha ao criar o figurino que a atriz Diane Keaton usou no filme
“Annie Hall”, de Woody Allen, exibido no Brasil como “Noivo Neurótico, Noiva
Nervosa”. Apesar de já terem sido apresentadas inúmeras coleções femininas com saias
e vestidos, sua marca registrada são as calças cáqui, camisas sociais brancas e
mocassins do tipo penny loafer. Pouco depois, em 1978, a marca surpreendeu a todos e
lançou a linha Western, inspirada na mistura entre caubóis e nativos americanos.

Os anos de 1970, de fato, deram início a uma avalanche da grife americana, que passou
a existir ao lado da POLO, e com o lançamento de roupas infantis, perfumes, acessórios
e, principalmente, sua “home collection”, uma linha de artigos para casa, composta por
itens que iam desde móveis antigos a lençóis, de delicados objetos de porcelana a
preciosos tapetes orientais - tudo exposto nas lojas de maneira tão elegante e ao mesmo
tempo tão casual, que se tinha a impressão de estar em uma casa cujo dono estava bem
ali, na sala ou no quarto ao lado. Em 1981, Ralph Lauren se tornou o primeiro estilista
americano a abrir loja na Europa, mais especificamente na cidade de Londres, em plena
Bond Street. A loja de Londres se tornou um grande sucesso, difundindo a marca pelo
continente europeu. A loja de Paris foi inaugurada em 1986, tornado-o o primeiro
estilista americano a possuir loja exclusiva na Cidade Luz. Nos anos seguintes, a marca
americana diversificou sua linha de produtos ingressando em outros segmentos,
lançando uma infinidade de perfumes, trajes esportivos, linha de bagagens, óculos,
objetos de couro, roupas íntimas e tapetes, além de criar outras marcas como a POLO
SPORT e inaugurar lojas nas principais cidades cosmopolitas do mundo. Com isso,
colocou ao alcance da classe média americana produtos com um quê de aristocracia. Em
1994, Tyson Beckford, se tornou um dos primeiros modelos negros a estrelar uma
campanha publicitária de uma grande grife americana, a POLO SPORT.

Em 1999, a RALPH LAUREN adquiriu por US$ 80 milhões a canadense CLUB


MONACO, marca com linhas de roupa, objetos de decoração, acessórios e cosméticos
voltada para pessoas modernas e jovens. Na época a marca tinha 56 lojas no Canadá e
13 nos Estados Unidos. Hoje em dia são 198 lojas espalhadas pelos territórios
americano e canadense, e mais 13 países. O tradicional cavalinho que é símbolo da
marca inspirou há alguns anos a criação da coleção BIG PONY, com peças de edição
limitada com o cavalo em versão maior. A coleção foi um verdadeiro sucesso de vendas
que passou a fazer parte da linha regular de produtos da marca.

Em 2003 a marca inaugurou na cidade de Nova York sua primeira loja exclusivamente
dedicada ao público infantil. Em continuidade aos seus planos de expansão
internacional, a RALPH LAUREN inaugurou luxuosas lojas em Milão (2004), Tóquio
(2006), Moscou (2007) e uma sofisticada butique na Avenue Montaigne, em Paris
(2008), uma das ruas de maior prestígio para as marcas de luxo no mundo. A loja,
voltada exclusivamente para o segmento feminino, reúne apenas as coleções de moda e
acessórios, utilizando os elementos mais luxuosos da marca. Na loja são vendidas as
bolsas Ricky, desenhadas pela mulher do estilista, Ricky Lauren. A bolsa em couro de
crocodilo feita à mão na Itália, cujo preço atinge facilmente US$ 22 mil, é vendida
somente sob encomenda, com quatro meses de prazo para a entrega.

Enquanto isso, a divisão de joias e relógios da RALPH LAUREN, criada em parceria


com a Compagnie Financière Richemont S.A., apresentou a sua primeira coleção em
janeiro no Salão Internacional da Alta Relojoaria, em Genebra. Também nesta época a
marca americana inovou de forma criativa com o lançamento do kit “Paint Your Own
Polo”, que incluía uma camisa pólo lisa, tintas coloridas, pincéis, carimbos e outros
materiais para que a criança pudesse customizar a peça. Outro atrativo era que 100% do
valor arrecadado foi destinado à uma instituição que cuida e ampara crianças com
câncer. Em 2010 a marca inaugurou o sofisticado restaurante Ralph’s dentro da nova
butique em Paris, localizada em Saint Germain, um bairro extremamente chique da
cidade. Em 2014, mais uma vez a marca ficou famosa por inovar e criar algo magnífico.
Durante a semana de moda de Nova York, a RALPH LAUREN transmitiu seu desfile
de moda em 4D, sob as águas do lago do Central Park, um espetáculo que prova que,
mesmo com quase meio século de vida, a marca continua sofisticada e elegante.

Ao longo de todos esses anos, com uma imagem atrelada à sofisticação e elegância
natural, a RALPH LAUREN se transformou em uma referência para o público
masculino e feminino no segmento de luxo. O homem que consome a marca é discreto,
mas ao mesmo tempo moderno, vibrante e nobre. A mulher é sofisticada e elegante sem
exagerar no luxo. São valores como esses que a marca vende a seus abonados
consumidores, através de produtos que levam a assinatura RALPH LAUREN e
transitam em diversos mundos, mas todos ligados à moda, como móveis e peças de
decoração, linhas de perfumaria, relojoaria, restaurantes, cafés, bares, linhas para
homem, para mulheres, para crianças e até para animais de estimação.

A grife americana já possuiu sete lojas no Brasil (4 em São Paulo, 2 no Rio e uma em
Belo Horizonte). Mas encerrou suas operações em 2001 alegando, entre outros fatores, a
dificuldade em combater as falsificações e a crítica situação financeira dos parceiros
locais. A RALPH LAUREN retornou ao país no mês de abril 2015, com operação
própria, ao inaugurar uma enorme e luxuosa loja de 850m², com direito a diversos
salões e um bar interno – onde é possível relaxar depois das compras degustando
coquetéis, cafés, petiscos e doces. Localizada no badalado Shopping Cidade Jardim, que
abriga algumas das principais grifes de luxo em São Paulo, a loja, que não vende as
tradicional as camisas pólo, conta com a coleção feminina Collection, versão mais
sofisticada da RALPH LAUREN, e a linha masculina Purple Label, juntamente com
alguns itens para casa, acessórios e artigos de couro, perfumes, calçados e relojoaria.
Miniaturas de carros antigos, que remetem à extensa coleção de carros do estilista Ralph
Lauren estão dispostos por toda a loja, incluindo algumas para venda.

A linha do tempo 
1972 
● Lançamento da linha de acessórios e calçados. 
1978 
● Lançamento da coleção de colônias masculinas, entre as quais a colônia pós-barba
(POLO for Men After Shave Balm) e o famoso perfume POLO for MEN, além da
colônia feminina LAUREN, sendo a primeira vez que um perfume masculino e um
feminino foram introduzidos no mercado ao mesmo tempo. O sucesso do perfume
masculino foi imediato e, mais de 30 anos após seu lançamento, POLO for MEN
(aquele acondicionado em um icônico vidro verde) ainda possui fiéis seguidores,
mantendo posto de destaque no mercado masculino de perfumes. 
● Introdução do estilo campestre: saias de brim usadas sobre camadas de anáguas de
algodão branco; casacos franjados de camurça; cintos de couro; e blusas leves de
mangas bufantes. 
● Lançamento da coleção de roupas para crianças POLO for BOYS, iniciando a longa
tradição da marca neste segmento. Atualmente a linha, batizada RALPH LAUREN
CHILDREN’S, oferece roupas e acessórios para meninos, meninas e bebês (incluindo
recém-nascidos). 
1980 
● Apresentação de capinhas com capuz; blusas de linho com babados; camisas de
madras, e saias rodadas, como parte de sua moda inspirada nos pioneiros americanos. 
1982 
● Lançamento de uma linha de malas. 
● Inauguração do primeiro Outlet (POLO RALPH LAUREN FACTORY STORE)
da marca na cidade de Lawrence no estado do Kansas, vendendo produtos com
pequenos defeitos e fora de coleção por preços mais em conta. 
1983 
● Lançamento da coleção RALPH LAUREN HOME, composta por toalhas de banho
e mesa, colchas, lençóis e papel de parede, sendo o primeiro estilista a criar linhas
específicas nesse segmento. 
1990 
● Lançamento da POLO GOLF, marca especificamente voltada para o tradicional e
chique esporte. A versão feminina da marca foi introduzida em 1998. Atualmente a
marca faz parte da linha RLX. 
● Lançamento do perfume SAFARI na versão feminina. Depois do anúncio que o
perfume tinha sido eleito “Perfume do Ano” nos Estados Unidos, as vendas no dia
seguinte na loja de departamento Bloomingdale’s alcançaram US$ 11 milhões. A versão
masculina seria introduzida dois anos depois. 
1993 
● Introdução da marca POLO SPORT, com roupas e acessórios mais esportivos, que
inaugurou a primeira loja no endereço 888 da Madison Street em Nova York. A versão
feminina foi lançada em 1996. A marca chegou a ser descontinuada em 2005, mas foi
relançada dez anos depois (em 2015), incluindo também roupas de alta performance
para práticas esportivas. 
● Lançamento da RRL (se pronuncia Double RL e cujo RR representa seu nome e de
sua mulher, Ralph e Ricky), uma linha de roupas, especialmente jeans e casacos, além
de acessórios inspirada no rancho do estilista localizado em Telluride no estado do
Colorado. Os produtos evocam o mais clássico estilo americano. 
1994 
● Lançamento da marca PURPLE LABEL, uma linha de roupas clássicas no estilo
inglês. A linha é composta por ternos, paletós, sobretudos, camisas sociais e calçados. 
1995 
● Lançamento da RALPH LAUREN PAINT, uma sofisticada linha de tintas para
decoração, inicialmente produzida pela Sherwin Williams. Atualmente a linha oferece
500 opções de cores, e é comercializada nas principais redes de varejo dos Estados
Unidos. 
1996 
● Lançamento da marca POLO JEANS Co., composta por uma linha casual para
consumidores mais jovens. Depois de se chamar POLO DENIM, com produtos
vendidos basicamente em lojas de departamento e na Europa, a marca foi
descontinuada. 
1998 
● Lançamento da linha RLX (abreviação de Ralph Lauren Extreme), uma marca
autêntica e especificamente técnica para a prática de esportes ao ar livre como tênis,
golfe, esqui na neve, vela e alpinismo. 
1999 
● Lançamento da marca RALPH by RALPH LAUREN, composta por uma linha de
roupas feminina para jovens entre 16 a 25 anos. 
● Inauguração do chique Restaurante RL em uma área adjacente a loja de Chicago, a
maior da marca no mundo. Outra unidade foi recentemente inaugurada em Paris com o
nome de RALPH’S. 
● Lançamento do perfume feminino ROMANCE. A versão masculina seria lançada
pouco depois. 
2000 
● Lançamento do comércio online, sendo a primeira marca de luxo americana a
disponibilizar este tipo de serviço. 
● Lançamento do perfume feminino RALPH, que nos anos seguintes ganhou variações
como as versões Cool (2004), Hot (2006), Rocks (2006) e Wild (2008). 
● Lançamento da coleção PINK PONY, onde cada peça (pólos, suéteres, carteiras e até
gravatas) tem estampado o famoso cavalinho da marca na cor rosa. Parte da arrecadação
dos produtos desta linha (aproximadamente 25%) é destinada à Pink Pony Foundation,
entidade criada pelo estilista que incentiva a pesquisa, o exame e o tratamento do câncer
de mama. Além disso, o estilista mantém em plena Madison Avenue, um dos endereços
mais cobiçados de Manhattan, o The Ralph Lauren Center for Cancer Care and
Prevention. O centro oferece exames, diagnósticos, tratamento para câncer e
psicoterapia, hematologia, cirurgia da mama e serviços de gastroenterologia. 
2001 
● Lançamento do perfume feminino GLAMOROUS. 
2002 
● Lançamento do perfume masculino POLO RALPH LAUREN BLUE, sinônimo de
“sensação azul cristalina” para o jovem urbano. 
2003 
● Lançamento do perfume feminino RALPH LAUREN BLUE, uma fragrância fresca
e sexy, consolidando a sua assinatura no mercado feminino de perfumes. 
● Lançamento dos perfumes masculinos ROMANCE SILVER e PURPLE LABEL. 
2004 
● Lançamento da marca RALPH LAUREN RUGBY, composta por uma ampla linha
de roupas voltada para um público universitário e jovem entre 16 e 25 anos. A primeira
loja da marca foi inaugurada na cidade de Boston. A marca foi descontinuada em 2013. 
● Lançamento do perfume feminino LAUREN STYLE. 
2005 
● Lançamento do perfume RALPH LAUREN BLACK. 
● Lançamento do perfume feminino PURE TURQUOISE. 
2006 
● Lançamento do perfume masculino DOUBLE BLACK. 
2007 
● Lançamento do POLO EXPLORER, um perfume amadeirado para um homem
aventureiro que está à procura de ousadia e estímulo. 
● Lançamento da LAUREN SPA, uma linha de roupas para cama feitas com materiais
100% orgânicos. 
2008 
● A marca, com a esperança de atrair um público jovem, lançou no mercado seu novo
perfume chamado POLO MODERN RESERVE. 
● Lançamento do perfume feminino LOVE. 
2009 
● Lançamento de sua primeira coleção de relógios de luxo. O resultado é uma coleção
com três peças que traduzem a visão de Ralph Lauren sobre o que é luxo atemporal. Os
relógios custavam a partir de US$ 9 mil. 
● Lançamento da coleção de perfumes masculinos POLO RED, WHITE e BLUE. 
2010 
● Lançamento da POLO BIG PONY FRAGRANCE COLLECTION, onde pela
primeira vez a marca apresentou simultaneamente quatro fragrâncias masculinas
fazendo referência aos quatro jogadores que compõem um time de pólo, esporte que
sempre inspirou a marca. A linha é comercializada em vidros coloridos e numerados de
1 a 4: Esporte (azul), Sedução (vermelho), Aventura (verde) e Estilo (laranja). A versão
feminina da linha foi lançada em 2012. 
2011 
● Lançamento da RALPH LAUREN FINE JEWELRY COLLECTION, uma
luxuosa linha de alta joalheria com desenhos clássicos. As joias surpreendem pela
riqueza de detalhes e pelo exímio trabalho artesanal. 
2014 
● Anunciou a POLOTECH, uma camiseta inteligente capaz de monitorar o
desempenho do usuário durante a prática de esportes. O produto pode mensurar a
respiração, batimentos cardíacos e nível de estresse. Todas as informações coletadas
pela camiseta inteligente são reunidas em um aplicativo para smartphone, assim como
fazem outros dispositivos com tecnologia chamada de “vestível”. 
2015 
● Inauguração, na cidade de Nova York, do THE POLO BAR, um sofisticado
restaurante localizado bem próximo à flagship store da marca na Quinta Avenida. O
local recebe seus clientes com um ambiente no qual as paredes são feitas de madeira
com quadros de temática equestre, além de sofás de couro caramelo com almofadas
envolvidas pela padronagem xadrez de fundo verde escuro, que faz parte do universo de
tradições fashion da marca. O restaurante serve hambúrgueres, steaks, corned beef,
sanduíches, tortas de caranguejo e pode atender até 180 clientes simultaneamente.

Uma tradição 
Um simpático ursinho de pelúcia se tornou um ícone da moda. E você sabe como? Em
um dos aniversários de Ralph Lauren sua equipe teve a criativa ideia de presenteá-lo
com um ursinho de pelúcia da marca Steiff. Resolveram ainda vesti-lo com um dos
looks assinatura de Ralph: calça jeans, jaqueta jeans com detalhes em veludo e camisa
xadrez. Ralph Lauren ficou tão encantando com o ursinho bem vestido que acabou
virando uma tradição: todo o ano ele ganhava de presente um novo ursinho com roupas
diferentes. Teve ursinho golfista, tenista, de smoking, colegial e muito mais. Mas Ralph
queria dividir essa mania com seus clientes e resolveu colocar a venda réplicas dos
ursinhos. Como as roupas eram feitas à mão, os ursinhos saíam caros demais, e logo
pouco acessíveis. Então, ele teve a ideia de lançar um suéter com a estampa do ursinho,
em 1991. Foi um verdadeiro sucesso.

O gênio por trás da marca 


Ralph Rueben Lipschitz nasceu no dia 14 de outubro de 1939 na cidade Nova York,
filho de uma dona de casa e um artista. O sobrenome, herança familiar de imigrantes
russos da cidade de Minsk, foi trocado por Lauren, por ser mais fácil de pronunciar e ser
lembrado (Ló-ren, igual ao da atriz italiana Sophia). Décadas depois seu nome passou a
ser sinônimo de elegância natural e estilo duradouro. “Minha meta é desenhar de modo
a atingir a melhor realidade imaginável”. Com essas palavras, descreve sua busca
criativa, mola propulsora de seu império internacional. Lauren é daqueles que
começaram do nada. O que o pai, um judeu ortodoxo, ganhava como pintor de paredes e
de murais, só permitia ao jovem Ralph vestir-se com roupas de segunda mão, refugos de
uniformes militares que ele combinava com velhos paletós de tweed, estilo que fazia
muito sucesso na classe média do violento bairro do Bronx em Nova York, onde
moravam os Lifshitz - pai, mãe, três filhos e uma filha. Para ajudar nas despesas da
casa, ainda enquanto estudava, o futuro estilista trabalhou na área de devolução de peças
de uma loja de departamentos. Mais tarde, depois de servir o exército, foi vendedor da
Brooks Brothers, tradicional loja de moda masculina, durante uma temporada de Natal.
Na época, Lauren fazia um curso de administração de empresas, à noite, e quando
terminou seu trabalho na loja onde ele tinha vontade de comprar tudo, passou a vender
luvas. Mas não demorou muito para tornar-se o vendedor regional de Nova York para
Abe Rivetz, produtor de gravatas de Boston. E foi justamente neste momento que
começou a nascer o seu gosto pela criação de moda.

Apesar de viver no mundo da moda, não é dos frequentadores mais entusiasmados de


suas festas, nas quais, ele próprio ironiza, a palavra de ordem é “que-ri-di-nha!”. O que
importa, Ralph diz, é o seu trabalho, e não suas performances sociais, fracas, segundo
ele, que não possuem o que chama de “conversa de coquetel”. O que importa é
continuar fazendo sua moda sofisticada, que permite a ele a melhor definição que tem
sobre seu trabalho: “Eu não vendo roupas, ou objetos de casa, eu vendo sonhos”.
Dono de um império gigantesco no segmento da moda o estilista, que em 1987 retirou
de forma bem-sucedida um tumor no cérebro, se dá ao luxo de ter as casas com as quais
sempre sonhou, assim como os carros (sua coleção milionária engloba mais de 70
modelos históricos da Ferrari, Bentley, Bugatti, Alfa Romeo, Jaguar, entre outros,
avaliada em mais de US$ 200 milhões), uma de suas grandes paixões, e um padrão de
vida que combina conforto, privacidade e exclusividade. Sua fortuna pessoal está
avaliada em US$ 6.9 bilhões. Conhecido também por suas obras filantrópicas, em 1996
foi agraciado com o prêmio Humanitarian Award, entregue pela princesa Diana. Em
uma de suas campanhas, arrecadou mais de US$ 2 milhões para pesquisas contra o
câncer de mama e a AIDS. Além desse comprometimento com um trabalho contínuo e
sério, o visionário designer americano cria campanhas sazonais, como por exemplo, em
2010 quando, com a terrível tragédia ocorrida no Haiti, fabricou uma camisa pólo com a
bandeira do país, sendo que 100% das vendas foram revertidos para ajudar na
reconstrução do Haiti. Outro exemplo, em 2012, com o furacão Sandy, ocorrido em
Connecticut, estado de New York, quando Ralph Lauren fez uma doação de mais de
US$ 2 milhões. Por tudo isso, ele é reconhecido internacionalmente não só por seu
estilo, mas também por seu caráter benemérito.

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundaçã o: 1967 
● Fundador: Ralph Lauren 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos 

Você sabia? 
● Sua tradicional e famosa linha de perfumes é produzida sob licença pela L’Oréal. 
● A marca tem uma forte relação com os esportes. Em 2005, expandiu sua participação
no segmento e se tornou a fornecedora oficial dos trajes do torneio de tênis US Open.
Pouco depois, em 2008, a marca se tornou fornecedora de todas as vestimentas dos
times olímpicos americanos. 
● Vários estilistas e designers, que ainda nem eram famosos, trabalharam para Ralph
Lauren, entre eles, John Varvatos, Vera Wang, Todd Snyder, Tory Burch e Michael
Bastian. 
● Um de seus filhos e possível sucessor, David Lauren, é casado com Lauren Bush, neta
do ex-presidente americano George Bush e sobrinha do também ex-presidente George
W. Bush. Os outros herdeiros de Ralph são Andrew, diretor de filmes independentes, e
Dylan, dona da Dylan’s Candy Bar, uma badalada rede de lojas que vende doces e
balas. 

PRADA

Imagine uma marca italiana que seja sinônimo de luxo e sofisticação no mundo inteiro.
Que até o Papa usa seus calçados. Ou melhor, até o Diabo veste. Chamar a italiana
PRADA de marca é um tremendo insulto. Chique e luxuosa, desperta nas mulheres um
intenso, e muitas vezes incontrolável, desejo por suas peças que mais parecem
verdadeiras joias do mundo da moda, chegando ao ponto da poderosa editora da revista
Vogue americana, Anna Wintour, declarar: “PRADA é o único motivo para alguém
assistir à temporada de moda em Milão”. Resumindo, PRADA é simplesmente divina.

A história
A tradicional grife italiana foi fundada na cidade de Milão em 1913 por Mario Prada,
um experiente artesão de bolsas, e seu irmão Martino, com o nome de Prada Brothers
(em italiano, Fratelli Prada). Começou a sua atividade comercial através do design e da
manufatura exclusiva de acessórios de luxo, como malas de viagem, bolsas e acessórios
em couro especiais e diferenciados, como, por exemplo, couro de leão marinho e
importados da Inglaterra, além de outros materiais de elevada qualidade. Ganhou
notoriedade ao longo das décadas por seus produtos de luxo. Já em 1919, a loja
localizada na Galleria Vittorio Emanuele II se transformou no local favorito da realeza
italiana e da aristocracia europeia, que buscava produtos elegantes e sofisticados,
fazendo com que a marca ganhasse prestígio. Além disso, a PRADA foi apontada como
fornecedora oficial da Família Real Italiana. Na época, os irmãos não admitiam que as
mulheres da família se envolvessem nos negócios, mas, ironicamente, foi a filha de
Mario, Luisa Prada, quem administrou a loja por quase 20 anos.

No ano de 1978, a neta de um dos fundadores, Miuccia Prada, juntamente com seu
futuro marido Patrizio Bertelli, assumiu o controle da empresa, que já tinha perdido
muito do seu brilho, e passou a criar produtos mais inovadores e contemporâneos. Nesta
época a PRADA faturava míseros US$ 450 mil por ano. Além disso, ingressou com
seus produtos em grandes e badaladas lojas de departamento. A ascensão da PRADA
como marca de luxo se deu somente no início da década de 1980, com o lançamento de
uma bolsa preta de linhas básicas. O acessório tornou-se febre entre atrizes e
celebridades, levando o nome da marca a um público maior e cheio de glamour. Pouco
depois, em 1983, a empresa inaugurou uma segunda loja também na cidade de Milão,
em plena Via della Spiga, um dos pontos europeus de referência para produtos de luxo.
Essa nova loja representava também uma nova imagem da marca, combinando
elementos tradicionais com uma arquitetura moderna, além de introduzir em sua
decoração a cor verde-palha, que se tornaria, nos anos seguintes, um símbolo padrão de
suas lojas.
Outro fator que contribuiu para a recuperação da marca italiana foi o lançamento de
uma simples, porém célebre, mochila preta de náilon, material utilizado para fazer
tendas militares, ajustada com tiras de couro. Além de ser bela a mochila era resistente.
Miuccia acertou em cheio em atender os anseios e as necessidades de suas ávidas
consumidoras: mulheres modernas que precisavam de praticidade, mas não abriam mão
da beleza. Bolsas e outros acessórios de náilon foram estampados com o triângulo
metálico invertido, onde era possível ler o nome da marca, e rapidamente se tornaram
objetos de desejo, usadas por modelos como Jerry Hall e Marie Helvin. “Uma bolsa ou
um sapato são boas maneiras de se identificar estilisticamente, sem ter que se estressar
com o look inteiro”, costuma afirmar a estilista. É da mesma época o tênis com cara de
sapato (ou será sapato com cara de tênis?) que chegou, viu e venceu no mundo dos
calçados. Começava então a transformação da marca PRADA em um ícone do mercado
de luxo mundial.

O processo de internacionalização da marca italiana foi acelerado com a inauguração


em 1986 das primeiras lojas em Nova York e Madri, seguidas por unidades em Londres,
Paris e Tóquio. No final desta década a PRADA entrou definitivamente no universo do
mundo fashion ao apresentar, em 1988, sua primeira coleção de roupas femininas,
aclamada pelas inovadoras linhas puristas e austeras, causando impacto e chamando a
atenção do mundo da moda para a marca. A coleção mostrava muitas novidades, novos
tecidos e tecnologias. O público, acostumado com a “sensualidade em forma de roupa”,
se surpreendeu com as linhas retas e o tom intelectual da coleção. A crítica comparou
PRADA à Gucci: enquanto a garota Gucci está tomando tequila no fundo de uma boate
vestindo mini-saia e top, a garota PRADA está num café lendo Proust.

Os anos 90 começaram com a criação da MIU MIU, uma espécie de segunda linha da
marca italiana batizada com o apelido de Miuccia, mais acessível e rapidamente adotada
pela juventude cosmopolita, conferindo-lhe o status de ícone da moda mundial. Quase
ao mesmo tempo a PRADA lançou no mercado sua primeira coleção masculina. Além
disso, a empresa criou a Fundação Prada, que promove projetos e exposições com foco
em arte contemporânea. Nos anos seguintes a PRADA lançou inúmeras novidades,
como por exemplo, uma linha esportiva, coleções de relógios, roupas íntimas,
cosméticos, perfumes e uma sofisticada linha de decoração para casa. Ainda nesta
década a marca ganhou enorme visibilidade com a inauguração de novas e modernas
lojas em Londres (1994), Nova York, San Francisco e Paris (1996). Nesta época a
marca possuía aproximadamente 40 lojas próprias, 20 das quais localizadas no Japão,
um dos mais importantes mercados da PRADA no mundo. Em 1998 a marca inaugurou
sua primeira loja exclusivamente dedicada ao público masculino na cidade de Los
Angeles.

Em 2008 a marca italiana lançou uma coleção de acessórios e uma linha limitada de
bijuterias com estilo retro. A marca selecionou materiais inovadores para as bijuterias,
como cristais tratados em choque térmico para criar um efeito “craquelado”. Os cristais
de vários tamanhos e formas foram aplicados em colares, brincos e pulseiras. Foi neste
mesmo ano, que a marca italiana ressuscitou as rendas, até então ligeiramente
esquecidas pela indústria fashion, em sua coleção de inverno, repleta de peças com corte
comportado e transparência. Em 2010 a marca italiana inaugurou quatro novas lojas em
Xangai, elevando o número de unidades no país para 38, demonstrando a importância
desse enorme mercado nos planos futuros da empresa. Mais recentemente, em 2012, a
marca inaugurou suas primeiras lojas no Brasil, México, Kuwait, Ucrânia e Marrocos.

Atualmente os preços dos sapatos da marca italiana variam entre US$ 400 à US$ 2.500,
as bolsas entre US$ 200 e US$ 7.000, as jaquetas entre US$ 3.000 à US$ 15.000 e os
vestidos entre US$ 1.500 à US$ 7.500. Afinal de contas, o luxo da PRADA tem seu
preço.

A linha do tempo
1979
● Lançamento da primeira coleção de sapatos femininos, que passaria a contar com uma
linha completa a partir de 1983.
1980
● Lançamento da coleção de bolsas em Pocono, um tipo de náilon usado pela marinha.
1984
● Lançamento da PRADA BACKPACK, uma mochila feita em náilon que se
transformaria em um dos ícones da marca italiana.
1988
● Lançamento da primeira coleção de roupas feminina da grife.
1993
● Lançamento da MIU MIU, uma marca mais jovem e ousada composta por roupas,
bolsas e calçados, além de acessórios. Essa marca descontraída investe em cores,
estampas e comprimentos mini. A partir de 2005 a empresa intensificou os esforços para
a marca MIU MIU ter imagem e personalidade independente da PRADA. Atualmente a
MIU MIU possui 131 lojas próprias em mais de 40 países.
1994
● Lançamento da primeira coleção masculina de roupas, calçados e acessórios.
1995
● Criação da FUNDAZIONE PRADA (Fundação Prada) para abrigar exposições de
arte e publicar livros.
1997
● Lançamento da PRADA SPORT LINEA ROSSA, uma linha esportiva de roupas e
acessórios, identificada pela tradicional “Linha Vermelha”.
2000
● Lançamento da primeira coleção de óculos de sol e armações da marca italiana.
● Lançamento de sua primeira linha de cosméticos.
2001
● Inauguração em Nova York da PRADA EPICENTER, uma loja-conceito com
arquitetura e design inovadores.
2004
● Lançamento do PRADA DONNA, primeiro perfume da marca.
● Lançamento do perfume feminino PRADA AMBER.
2006
● Lançamento do PRADA AMBER, primeiro perfume masculino da marca italiana.
2007
● Lançamento do perfume feminino PRADA INFUSION D’IRIS.
2008
● Lançamento do perfume masculino PRADA INFUSION D’HOMME.
● Lançamento dos óculos PRADA BUTTERFLY, que possuía proporções mais
avantajadas e linhas laterais em forma de asas de borboleta. Rapidamente Nicole Richie,
Paris Hilton, Brooke Shields e Gwen Stefani foram fotografadas usando os óculos, que
se transformaram em um enorme sucesso.
2009
● Lançamento do perfume PRADA L’EAU AMBRÉE.
● Lançamento de um livro que mostra os últimos 30 anos da marca italiana. Nas 706
páginas do livro estão não somente a trajetória histórica da empresa e as imagens dos
produtos mais famosos, mas também todo o processo criativo. Um dos conteúdos da
publicação são as 3.885 fotos em miniatura das bolsas e sapatos mais famosos da grife
italiana.
● Lançamento do PRADA TRANSFORMER, uma pioneira estrutura temporária, que
serve para acomodar uma variedade de eventos culturais. Constituída por quatro formas
geométricas básicas - um círculo, uma cruz, um hexágono e um retângulo envoltos em
uma membrana translúcida - projetadas para receber uma exposição de moda, um
festival de cinema, uma exposição de arte e um desfile de moda da marca italiana. A
primeira cidade a contar com o novo projeto foi Seul na Coréia do Sul.
2010
● Lançamento da coleção PRADA MADE IN, feita á mão e que combina estilos
artesanais de localidades diversas do mundo com a identidade da marca. Assim a
“Prada Made in Scotland” é uma coleção de kilts de tartan produzidos em oficinas
especializadas nas técnicas centenárias de tecelagem e confecção. Os bordados indianos
e seu colorido de encher os olhos também ganharam uma linha com a etiqueta de luxo,
“Prada Made in India”, que traz peças produzidas a mão com a técnica Chikan,
tradicional da Índia muçulmana. Do Peru, por sua vez, vem uma série de cardigãs e
blusas em malha de lã de alpaca, conhecida pelos Incas como o “ouro dos Andes”. O
Japão, curiosamente, também entrou na lista com o jeans produzido pela Dova,
considerada por Miuccia a fábrica de jeans mais sofisticada do planeta.
● Lançamento do PRADA PRIVATE, um serviço de personalização de óculos onde o
cliente tem a opção de trocar as iniciais “P” e “R”, que estão na lateral das hastes, por
outras duas letras quaisquer do alfabeto ou ainda alguns símbolos como números,
corações, estrelas e até caveiras.
● Lançamento do perfume feminino PRADA INFUSION DE TRUBÉREUSE.
● Lançamento do comércio online da grife italiana.
2011
● Lançamento do PRADA AMBER POUR HOMME INTENSE, uma edição
limitada da tradicional fragrância masculina da marca.
● Lançamento do CANDY, um perfume feminino doce, mas muito sensual.
2012
● Lançamento da RESORT 2012, que traz uma coleção (roupas, bolsas e sapatos) com
alguns elementos inspirados na coleção masculina, estampas divertidas e floridas, além
do visual anos 60.
● Lançamento do perfume masculino LUNA ROSSA.

PRADA + LG
A marca italiana inovou ao lançar no mês de maio de 2007, em parceria com a coreana
LG Electronics, o aparelho celular LG PRADA KE850. O celular, que estava sendo
desenvolvido desde 2005, chamado de “PRADA Phone by LG”, era esguio (12
milímetros de espessura), com tela sensível ao toque e câmera de 2 mega pixels. A
marca italiana ajudou a criar a interface do aparelho, os tons de chamada, o conteúdo
pré-instalado e os acessórios. Segundo a PRADA o objetivo do projeto era posicionar a
marca no segmento dos telefones celulares, que cada vez mais são sinônimos de estilo.
O aparelho, lançado ao preço de €600, vendeu 300 mil unidades em oitos países (Itália,
Alemanha, Reino Unido, França, Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong) nos
três primeiros meses. Em 18 meses foram mais de 1 milhão de unidades vendidas. No
Brasil, o celular chegou, meses depois, comercializado pelas operadoras Vivo, Claro e
Tim ao preço de R$ 1.900. A LG não comentou a razão pela qual optou por não lançar o
modelo nos Estados Unidos. Em 2009 a segunda geração do telefone celular foi lançada
no mercado; e 2012 a terceira geração do modelo chegou às lojas.

Experiência única
Além da moda, a empresa revoluciona na arquitetura, com seus projetos de lojas, com
jeito de galeria, sem nome na fachada e onde os produtos têm status de obras de artes,
assinados por importantes arquitetos contemporâneos como o visionário holandês Rem
Koolhaass, responsável pela filial de Nova York, inaugurada em 2001 no badalado
distrito do SoHo, erguida no local onde funcionou a filial do Museu Guggenheim. Ao
custo de US$ 40 milhões, o espaço de dois andares e 2.300m², assombra pela arquitetura
e encanta pela decoração, chegando a surpreender pelos sofisticados efeitos
tecnológicos. O nome do projeto não poderia ser mais sugestivo: PRADA
EPICENTER, um local em que moda, arte e arquitetura se relacionam com perfeição.
Algumas novidades incluem o elevador redondo de vidro (decorado com malas e bolsas
da marca) e as portas dos provadores feitas com painéis de cristal líquido que escurecem
quando o cliente entra para experimentar uma peça de roupa, garantindo sua
privacidade. Outra novidade está dentro dos provadores. O consumidor pode pendurar
peças de roupa e acessórios em uma espécie de cabide. As imagens são capturadas
através das etiquetas inteligentes e projetadas em uma tela de plasma. Basta apertar
botões nessa tela para o cliente misturar as peças até encontrar a melhor combinação ou
obter detalhes sobre os artigos como tamanhos, cores, materiais, número de peças no
estoque e preço – este, raramente abaixo dos quatro dígitos.

Produtos são exibidos em gaiolas de vidro penduradas no teto; outros, ainda, sobre
tablados de madeira em sala de piso quadriculado e teto de espelho. Resultado: a loja se
transformou em ponto turístico de Manhattan. A unidade de Tóquio (foto abaixo),
inaugurada em 2003 e assinada pela dupla suíça Jacques Herzog e Pierre de Meuron, é a
mais provocativa construção da capital japonesa. Este conceito de loja possui unidade
também em Beverly Hills (inaugurada em 2004).

O gênio por trás da marca


Hoje em dia, ela é considerada a papisa da moda. Maria Bianchi Prada nasceu no dia 10
de maio de 1949 em Milão, berço da moda italiana. Formada em ciências políticas e ex-
militante do Partido Comunista Italiano, em sua juventude, onde participava de
passeatas vestindo roupas do estilista Yves Saint Laurent, participou de movimentos
estudantis e quis trazer para suas coleções uma mulher inteligente, bem informada,
ousada e inovadora, bem diferente do estilo feminino e sensual pregado pelos seus
conterrâneos. Ela assumiu a empresa aos 28 anos, ocupando o lugar da mãe, a
contragosto. Porém, logo em seu primeiro desfile de prêt-à-porter, causou impacto e
ganhou importância.
Tímida, avessa a entrevistas, festas e eventos, representa, na moda, a intérprete de seu
tempo, uma verdadeira antena parabólica de vontades. Mais que isso: ela antecipa
vontades, lançando em seus desfiles em Milão uma moda que ainda nem sabíamos que
queríamos. Munida desse talento, transformou a PRADA, uma centenária marca italiana
de bagagens (herança do avô), na mais copiada grife de moda do planeta, presente nas
vitrines pop dos bairros chiques em pontos tão distantes quanto o Harajuku, em Tóquio,
e o SoHo, em Nova York. Seu toque de Midas fez da PRADA uma das marcas que mais
ditou tendências em acessórios ao longo dos últimos anos: bolsas com couro tie-dye,
laço no lugar das alças, modelo bowling. Das profundezas do universo da moda, como
uma sacerdotisa que fala por enigmas, Miuccia Prada comanda o espetáculo. Miuccia
foi a primeira estilista a aparecer, em 2008, na capa da The New York Magazine, uma
das publicações que mais dita tendências no mundo. A italiana é a única estilista que
consta na lista da revista Time das 100 pessoas mais influentes do mundo.

Dados corporativos
● Origem: Itália
● Fundaçã o: 1913
● Fundador: Mario e Marino Prada
● Sede mundial: Milão, Itália
● Website: www.prada.com

Você sabia?
● A luxuosa grife italiana foi mencionada em várias obras, como por exemplo, em 2003
no livro O Diabo Veste Prada, tanto no próprio título quanto nas roupas que os
personagens usaram em sua adaptação para o cinema em 2006.

TOMMY HILFIGER

A versatilidade de seus produtos agrada a jovens fãs de hip-hop, mas também se encaixa
no perfil de jovens mais “mauricinhos”, adeptos de um visual esportivo clássico. Suas
roupas unem o moderno (com visual um pouco despojado) ao clássico. TOMMY
HILFIGER, traduz como poucas marcas o estilo genuíno de vida americano em suas
criações com predominância das cores vermelha, branca e azul, presentes no logotipo
que mimetiza uma bandeira e em boa parte de seus produtos. 

A história 
Thomas “Tommy” Jacob Hilfiger (foto abaixo) nasceu no dia 24 de março de 1951, em
Elmira, uma cidade nos arredores de Nova York. O jovem americano descendente de
irlandeses começou sua carreira no mundo da moda em 1969, aos 18 anos, quando ainda
era um estudante, com apenas US$ 150 no bolso e 20 calças jeans tipo boca-de-sino no
banco traseiro de seu VW Fusca. O jovem viajava a Nova York para comprar os jeans,
customizava as peças e revendia aos amigos e clientes. Oito anos mais tarde, já
comandava uma rede de dez lojas de roupas e acessórios no estado de Nova York, a The
People’s Place (algo como “O lugar do povo”). Não demorou muito para começar a
desenhar roupas que seus clientes não achavam em outras lojas. A loja se tornou um
ponto de encontro de jovens da cidade, e oferecia mais que calças boca-de-sino e
camisetas tie-dye (do inglês, “amarrar” e “tingir”, expressão que denomina a técnica de
tingimento tão associada à estética dos anos de 1970), concursos e apresentações de DJs
eram constantes. Mas a crise econômica no final desta década fez com que o negócio
falisse.

Na transição de empresário para estilista de moda, em 1979, Tommy se mudou para a


cidade de Nova York com o intuito de se promover e desenvolver coleções próprias. Já
na “Big Apple”, o estilista trabalhou para a Jordache durante alguns anos, até fundar a
Tommy Hilfiger Corporation, com apoio do empresário indiano Mohan Murjani e
outros parceiros, e lançar a marca que leva seu nome, em 1985, com a apresentação de
sua primeira coleção de roupas masculinas. Originalmente, suas criações eram voltadas
aos jovens universitários americanos. O talento do estilista para a publicidade foi
decisivo para o sucesso da marca. A primeira campanha custou US$ 3 milhões e
rapidamente atraiu o interesse do público e da mídia ao proclamar em um enorme
outdoor em plena Times Square, coração de Manhattan, a si próprio como “um dos
quatro grandes nomes da moda masculina americana”, ao lado de Calvin Klein, Perry
Ellis e Ralph Lauren. Em 1986 as duas primeiras lojas próprias da marca foram
inauguradas em Nova York na Avenida Columbus e Los Angeles na badalada Rodeo
Drive (Beverly Hills). Em 1989 a marca expandiu a distribuição de seus produtos para o
Canadá e Panamá.
Depois de expandir sua rede de distribuição e linha de produtos, o estilista e seus sócios,
Silas Chou, Lawrence Stroll e Joel Horowitz, que compraram a TOMMY HILFIGER
em 1989, abriram o capital da empresa em 1992, que nesta época já atingia vendas
superiores a US$ 100 milhões. Com o dinheiro conseguido na Bolsa de Valores a
empresa começou a diversificar sua linha de produtos e ingressar em novos mercados,
como por exemplo, o japonês. Nos anos seguintes, meias, cintos, camisetas, casacos,
passaram a fazer parte de sua linha de produtos, que não parava de crescer. Até a
metade da década de 1990, o perfil de consumidor da TOMMY HILFIGER era
semelhante, na época, ao de marcas como Calvin Klein: homens brancos, de classe
média e meia idade. Foi quando o estilista percebeu que a imagem de sucesso e
elegância de suas roupas, muitas vezes associada à prática de esportes da alta sociedade
como iatismo e golfe geravam um grande desejo de consumo em jovens americanos de
classes menos favorecidas economicamente. Era o momento então de reformular a
imagem e o posicionamento da TOMMY HILFIGER para atender esse público. Essa
mudança foi acelerada quando o polêmico cantor de rap Snoop Dogg (na época,
conhecido como Snoop Doggy Dog) apareceu vestindo uma camisa TOMMY
HILFIGER no Saturday Night Live, popular programa de humor da televisão
americana, em 1994. Jovens negros aderiram à moda e as vendas da marca dispararam
praticamente da noite para o dia. O fenômeno surtiu efeito até mesmo nas criações do
estilista, que percebeu esse nicho e rapidamente passou a desenhar roupas mais largas e
casuais para suprir a demanda de consumidores ávidos pelo estilo streetwear (expressão
que define a moda nascida nas ruas). E o estilista aproveitou o vínculo musical para
vestir estrelas e celebridades. Lenny Kravitz e Aaliyah protagonizaram as suas
campanhas, e a marca patrocinou ainda turnês como a de Pete Townsend, em 1993, e a
de Britney Spears, em 1999.

Nesta década a marca começou a inaugurar mais lojas próprias e suas primeiras
unidades no conceito de outlet (lojas de desconto). A glória veio em 1995 quando
Tommy Hilfiger foi eleito estilista do ano pelo Council of Fashion Designers of
America. Nos anos seguintes a marca ingressou em novos mercados como Venezuela,
México, Chile, e em muitos países da Europa, além de lançar suas primeiras coleções
femininas, que fizeram tanto sucesso quanto a masculina. Nesta altura, a TOMMY
HILFIGER, já era uma marca global. E não parava de vender. A marca desembarcou no
Brasil somente em 1998, e pouco depois, em 2002, inaugurou uma loja na cidade alemã
de Düsseldorf. Nos últimos anos a TOMMY HILFIGER continuou lançando novos
produtos e ampliando suas linhas com introdução de outras marcas como H Hilfiger
(também conhecida como H by Tommy Hilfiger) e a Hilfiger Denim (linhas de roupas e
acessórios mais casuais). Em 2009, Tommy Hilfiger voltou às suas raízes para o
lançamento da sua maior loja no mundo, com impressionantes quatro andares, na cidade
de Nova York, em plena Quinta Avenida. Além disso, outras unidades foram
inauguradas no Egito, Bélgica, França, Alemanha e Grécia.

No início do mês de março de 2010, o conglomerado de vestuário Phillips-Van Heusen


Corporation, proprietário de marcas como Calvin Klein, BCBG Max Azria e Sean John,
comprou a marca TOMMY HILFIGER em um acordo de aproximadamente US$ 3
bilhões. Ainda este ano, uma das ações comemorativas dos 25 anos da marca foi o
lançamento de um novo perfume, o Loud, com versões para homens e mulheres. Seu
nome – do inglês, “alto” ou “barulhento” – tem tudo a ver com uma de suas principais
fontes de inspiração, a música. Afinal, ao longo desses anos a marca já vestiu artistas de
todos os estilos como Lenny Kravitz, David Bowie, Britney Spears, Mark Ronson,
Gwen Stefani, Usher e Destiny’s Child.

Em novembro de 2010 a marca inaugurou uma moderna e sofisticada loja âncora na


Avenida Champs-Élysées, em Paris. No final de 2014, o tenista espanhol Rafael Nadal
foi anunciado como embaixador global da marca para campanhas de underwear e para o
perfume TH Bold. Em 2015 a marca americana completa 30 anos de vida e a
comemoração foi bem longe dos Estados Unidos. Para celebrar três décadas de sucesso,
TOMMY HILFIGER, mirou na Ásia, mais precisamente em Pequim, na China, pra
festejar essa data tão importante. O desfile de inverno 2015, apresentado originalmente
em Nova York, em fevereiro, foi reproduzido por lá no final de maio, e logo em seguida
um jantar seguido da abertura da maior loja da marca no país, que já conta com
aproximadamente 100 unidades. Talvez o produto mais conhecido da marca seja a
camisa pólo. Não por acaso, a TOMMY HILFIGER tem mais de 50 modelos de
camisas pólo em seu portfólio, todas com personalidade diferente para se adaptar aos
seus variados tipos de consumidores.

A linha do tempo 
1992 
● Lançamento da coleção de meias para homens e meninos. 
1993 
● Lançamento da linha de cintos e acessórios de couro, além da coleção de roupas para
meninos de 8 à 20 anos. 
● Lançamento da coleção de roupas íntimas masculinas. 
1995 
● Lançamento da coleção de roupões, roupas de golfe e do perfume Tommy Fragrance
For Men. 
1996 
● Lançamento da coleção feminina, do perfume TOMMY GIRL, das roupas para
crianças entre 4 e 7 anos e da linha de óculos masculinos. 
1997 
● Lançamento da linha de calçados para homens e meninos. 
1998 
● Lançamento da coleção de cama, mesa e banho, além de óculos e calçados femininos. 
● Lançamento do perfume Hilfiger Athletics Fragrance for Men. 
● Lançamento da HILFIGER DENIM, uma linha de roupas mais modernas e
esportivas feitas em jeans. 
1999 
● Lançamento do site na internet, além de introduzir no mercado a linha de cosméticos
para o corpo e banho, e a coleção de bolsas femininas. 
2000 
● Lançamento da coleção esportiva para adolescentes, biquínis e roupas íntimas para
crianças. 
2001 
● Lançamento da coleção de relógios unissex. 
● Lançamento do perfume masculino T for Him. A versão feminina seria introduzida
no ano seguinte. 
2004 
● Lançamento da H HILFIGER, uma marca composta por roupas e acessórios mais
clássicos e de preço elevado. A marca foi extinta logo após a compra da TOMMY
HILFIGER pela PVH EM 2010. 
● Lançamento do perfume feminino TRUER STAR, com uma campanha estrelada pela
cantora Beyoncé Knowles. 
2005 
● Lançamento de seu comércio eletrônico. 
● Lançamento do perfume masculino TRUER STAR GOLD, que tinha como garoto-
propaganda Enrique Iglesias. 
2007 
● Lançamento do sofisticado perfume feminino DREAMING. 
● Inauguração da primeira loja Hilfiger Denim no bairro de SoHo em Nova York. 
2010 
● Lançamento da nova coleção de óculos da marca, que incluía modelos no estilo
aviador, silhuetas de inspiração retro e referências às décadas de 1970 e 1980 em
modelos de acetato, metal e titânio. Tanto as armações de receituário quanto os óculos
solares carregam as referências tão características do criador: estilo urbano e cool, mas
ao mesmo tempo clássico e sem deixar de lado as cores da bandeira americana. 
2014 
● Lançamento da coleção True to the Blue, que relembra os clássicos da marca
inspirado no jeans através de jaquetas, camisas jeans, camisa pólo, calças, shorts,
bermudas e macacão estilo jardineira. 
2015 
● Lançamento do novo perfume masculino TH BOLD.

Campanhas que fizeram história 


O cantor e astro do rock britânico David Bowie, conhecido como o “camaleão do rock”
e dono de um inegável senso de estilo, assinou contrato com a TOMMY HILFIGER no
final de 2003, para estrelar as campanhas da então nova linha da marca, a H Hilfiger
(linha mais clássica de roupas e acessórios), ao lado da mulher, a somaliana Iman
Abdulmajid, uma super modelo na década de 1980. Era a primeira vez que os dois,
casados desde 1992, apareceram juntos em uma campanha publicitária, lançada na
primavera de 2004 para a linha de roupas e acessórios mais sofisticada do estilista, até
então reconhecido por sua moda casual. As fotografias foram feitas na cidade de
Amsterdã pela prestigiada fotógrafa alemã Ellen Von Unwerth, cuja marca registrada
são as fotos em preto e branco, fugindo do padrão das imagens da “marca mãe”, sempre
coloridas, com ênfase especial para as cores da bandeira norte-americana (azul,
vermelho e branco).

Os logotipos 
A tradicional identidade visual da marca pode ser aplicada de várias formas, como
mostra a imagem abaixo.

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundaçã o: 1985 
● Fundador: Tommy Hilfiger 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos 

Você sabia? 
● A TOMMY HILFIGER tem sete lojas âncoras (flagship store), localizadas em Nova
York, Paris, Londres (duas unidades), Tóquio, Los Angeles e Düsseldorf. 
● Em 1997 e 1999, a TOMMY HILFIGER patrocinou as turnês mundiais dos Rolling
Stones, criando roupas exclusivas para o grupo. 
● A pronúncia correta da marca é “Tô-mi Ril-Fí-guer”. 

VALENTINO

Valentino, conhecido como o “Rei do Chique”, tornou-se ícone, um nome respeitado e


adorado pelas mais chiques celebridades do planeta, e transformou a história da alta
costura. O charme de suas criações encantava pela excelência e qualidade. O grande
diferencial do estilista foi justamente fazer uma moda luxuosa, soberba, mas elegante,
sem exageros desnecessários. A moda de Valentino seduziu e conquistou tanto
celebridades como mulheres normais, e sua marca se tornou uma das mais elegantes e
chiques do mundo fashion. Mesmo após a aposentadoria de Valentino, a marca italiana
continua a ser uma referência no tapete vermelho, onde muitas celebridades desfilam
com vestidos glamourosos com tradicional assinatura em “V”.

A história
Valentino Clemente Ludovico Garavani nasceu no dia 11 de maio de 1932, já com a
arte impressa em seu DNA e revelou-se um precoce talento. O menino de Voghera,
pequena cidade localizada entre Turim e Milão, ganhou esse nome em homenagem ao
maior astro do cinema mudo do início daquele século - o também italiano Rodolfo
Valentino - e adorava arquitetura, escultura e pintura, além de ser um competente
desenhista. Por conta disso, complementou seus estudos matriculando-se em um curso
de desenho de moda no Instituto Santa Maria em Milão. Mas aos 18 anos já estava em
Paris, para onde foi com o objetivo de estudar na Câmara Sindical da Alta Costura
(Chambre Syndicale de la Haute Couture). E, graças ao primeiro lugar em um concurso
de estilismo no ano de 1952 conseguiu um emprego no ateliê de Jean Dessès e, dos
cinco anos que lá passou, manteve os belos drapeados e as referências exóticas e muito
bem elaboradas.

Em 1957, se despede do mestre e segue o francês Guy Laroche, colega na Maison


Dessès, na abertura de seu ateliê próprio, para auxiliá-lo como estilista e também atuar
na área comercial. Mas também decide se lançar na moda por conta própria. Volta para
a Itália e abre seu próprio estúdio em 1959. Um acontecimento em particular iria mudar
sua carreira. O ano era 1960, época de ouro. Em meio a essa efervescência cultural e de
glamour, o jovem Valentino despontava no mundo da moda. Em Roma, por conta das
filmagens de Cleópatra, a estrela americana Elizabeth Taylor se encanta com o novo
estilista e encomenda um vestido branco para a estreia mundial de Spartacus. Isso
bastou para Valentino subir mais um degrau rumo á consagração: Taylor foi apenas a
primeira de uma longa lista de estrelas, beldades, famosas e socialites que se tornaram
suas clientes assíduas.
Pouco depois, em 1961, apresenta a primeira coleção (120 modelos) em Roma, no seu
ateliê da Via Condotti, apoiado financeiramente pelo pai. Mas sua primeira coleção
seria apresentada oficialmente somente em 1962 em um desfile no Palazzo Pitti na
cidade de Florença, então capital da moda italiana. Foi um sucesso. Valentino ainda era
um jovem criador em ascensão, mas, muito rapidamente, passou a ser considerado um
mestre da alta costura italiana. A explicação para isso é que parece ter “nascido pronto”:
diferentemente da maioria dos profissionais em começo de carreira, que está em busca
de um estilo próprio e segue vários caminhos até engrenar, aos 20 anos, ele já tinha um
talento amadurecido, criando vestidos muito bem equilibrados e exatos nas proporções.
Mal havia começado a carreira com a sua luxuosa alta costura, Valentino captou os
movimentos do mercado e, na primeira metade dos anos 60, lançou a coleção de prêt-à-
porter. Nessa mesma época, o então estudante de arquitetura que viria a ser seu parceiro
e sócio por muitos anos, Giancarlo Grammetti, une-se a ele e passa a atuar como diretor
comercial da grife, sendo responsável direto pela expansão internacional da marca que
se iniciou nesta década.

No ano de 1968, lançou a coleção denominada VALENTINO’S WHITE, onde o


famoso “V” apareceu pela primeira vez. A próxima década tem início com o
lançamento de sua coleção masculina e feminina “ready-to-wear” em 1972, além da
inauguração de suas primeiras boutiques nas cidades de Roma e Milão. Somente em
1975, Valentino realizou seu primeiro desfile na cidade de Paris. Em 1978 lançou seu
primeiro perfume (Valentino Classique) em noite de gala no teatro Champs Elisées na
cidade de Paris. A expansão da marca VALENTINO continuou com abertura de
sofisticadas boutiques nos Estados Unidos e Japão. Nos anos seguintes a marca
introduziu em sua linha novos produtos, como por exemplo, jeans, braceletes e colares,
camisetas, além de uma linha de decoração que incluía tecidos, estampas, papel de
parede e até móveis. Valentino assistiu a França e sua semana de moda, sempre a mais
poderosa do mundo, se curvarem aos seus pés. Nos opulentos anos 80, perfeitos para o
criador expressar seus luxuosos conceitos, tornou-se o primeiro estilista italiano aceito
sem restrições, já que apenas maisons locais (francesas), e desde que cumprissem uma
série de pré-requisitos, podiam integrar o tão restrito universo da alta costura e
estrangeiros só eram bem-vindos como membros-convidados. Nada mais natural para
quem possuía a alta costura como fonte principal de criação e referência para todo o seu
trabalho, do prêt-à-porter, passando pelos acessórios até os perfumes.

No final desta década, o estilista realizou um desfile triunfal com uma coleção inspirada
no Wiener Werkstätte, movimento artístico do início do século 20 formado por artesãos
vienenses, com desenhos geométricos inspirados em mobiliário e arquitetura, bolas
gigantes, listras largas e quadrados. Em 1991, um modelo de sua coleção primavera-
verão se celebrizou como um protesto à então recém iniciada Guerra do Golfo: o
“Vestido da Paz”, um tubo de crepe branco com a palavra “paz” em 14 línguas, bordada
na horizontal com pérolas prateadas e cinzas e acompanhado de um mantô curto de
cetim branco brilhante com a aplicação de uma pomba de pérolas. A relação de
Valentino com o universo dos óculos começou na primeira metade dos anos 90, quando
o estilista assinou um acordo de criação, produção e comercialização com a italiana
Luxottica e, em 1998, transferiu a licença para a Safilo. Tanto as armações de
receituário quanto os óculos solares respiravam o espírito de sofisticação e elegância
luxuosa do estilista.
No final dos anos 90, ele vendeu a marca para uma associação industrial comandada por
um herdeiro do Grupo Fiat, que pretendia criar um poderoso império de moda. A
estratégia não deu muito certo e acabou afundando a grife italiana, que já vinha
sofrendo com a falta de recursos para competir no mercado mundial da moda de luxo.
Depois de alguns anos de crise, em 2002, a VALENTINO foi adquirida pelo Marzotto
Group, conglomerado italiano de marcas de moda que atuava no ramo têxtil desde 1830,
que pagou US$ 210 milhões. Com a nova proprietária vieram muitas novidades, como
em 2003, quando lançou sua marca jovem, a RED VALENTINO (do inglês,
“vermelho”, fazendo uma alusão ao “Vermelho Valentino”) e, pouco depois o aclamado
perfume V.

Pouco depois, uma reestruturação do grupo reuniu suas marcas de moda (além de
VALENTINO, havia Hugo Boss, M Missoni e Marlboro Classics) em uma empresa
independente, batizada de VALENTINO FASHION GROUP, que já nascia com um
faturamento de €1.72 bilhões. E, para falar apenas de VALENTINO, a operação foi
dividida em quatro frentes de negócios: a primeira é a VALENTINO em si (que
compreende as divisões de maior prestígio, como alta costura, prêt-à-porter, acessórios,
perfumes, óculos, etc.), a segunda é composta por VALENTINO GARAVANI (divisão
de calçados, malas, bolsas e artigos em couro), seguida por VALENTINO ROMA
(coleção Prêt-à-Porter mais casual) e a quarta destina-se à marca de difusão RED
VALENTINO

Nos anos seguintes a grife italiana experimentou um grande período de expansão com
inauguração de lojas nas cidades de Bangkok, Honolulu, Buenos Aires e Dallas. Além
disso, em 2005, firmou um importante acordo para o desenvolvimento de uma linha de
decoração de interiores, expandindo assim ainda mais o universo da grife italiana. Em
2008, o estilista se aposentou e deixou a empresa. Mas, nessa altura, a marca
VALENTINO já havia entrado para a história da moda. Após a saída do mestre o cargo
de diretor de criação da marca foi assumido por Alessandra Facchinetti, que
permaneceu pouquíssimo tempo antes de passar o bastão para a dupla Pier Paolo
Piccioli e Maria Grazia Chiuri. A primeira coleção assinada pela dupla foi
extremamente elogiada pela crítica e provou ter conquistado celebridades e famosos,
como por exemplo, Jennifer Aniston, que escolheu um vestido da marca para a
cerimônia do Oscar em 2009. O sucesso da talentosa dupla chamou a atenção da família
real do Qatar, que em julho de 2012, através de seu fundo de investimento adquiriu o
VALENTINO FASHION GROUP (que inclui as marcas VALENTINO, MISSONI e
MARLBORO CLASSICS) por €700 milhões.

Os ícones
Várias de suas inovações ficarão para sempre inscritas na história da moda. Dentre elas,
o logotipo com a letra “V” que, em 1968, passou a aplicar em todas as suas peças de
prêt-à-porter, o que originou a estrutura de moda que perdura até hoje, em que o nome
do estilista tem um peso decisivo no sucesso de uma casa de moda e a assinatura vale
quase tudo. Outra de suas marcas registradas é o “Vermelho Valentino”. Tal qual a
italiana e grande rival de Coco Chanel, Elza Schiaparelli, que tinha o rosa choque como
a sua “cor oficial”, desde os primeiros dias de trabalho na Maison Dessès, Valentino se
encantou pelo vermelho e fez da cor uma de suas assinaturas - na época, frequentava a
Ópera de Barcelona e notou a força do vermelho nos figurinos: ao lado do preto e do
branco, não havia, para ele, cor mais bela do que o vermelho. E dele nunca mais se
separou. O estilista costuma dizer “O vermelho é fascinante, é vida, sangue da morte,
paixão, amor, a cura total da tristeza”. Outros ícones de Valentino foram: os vestidos
de noite, estampas animais (especialmente de leopardo, zebra e girafa) em preto e
branco, bordados, plissados, pregas horizontais e verticais que geram efeitos incomuns e
mantô duplo (duas peças no mesmo tom ou em cores contrastantes que se abotoam uma
a outra para se tornarem uma só vestimenta, mas também podem ser desmembradas em
duas, mais leves).

O adeus de um mito
No dia 23 de janeiro de 2008, tudo ficou diferente nas noites de gala. Valentino
Garavani, costureiro número um das celebridades, decidiu se aposentar depois de 45
anos vestindo estrelas como Sophia Loren, Elizabeth Taylor, Jacqueline Kennedy, Farah
Diba, Audrey Hepburn (que, apesar do acordo que tinha com a casa Givenchy, sempre
que podia queria ser vestida por Valentino) e Julia Roberts, só para citar algumas. Em
seu último desfile ele foi aplaudido de pé pelos 800 convidados numa tenda instalada
nos jardins do Museu Rodin, em Paris. O estilista formatou uma coleção destacada por
tailleurs em tons pastéis e longos vestidos como os que fizeram sucesso entre as
principais estrelas de Hollywood. Ao final, o grande estilista saudou os presentes na
passarela jogando beijos e abraços. Entre os convidados, destacava-se pelo entusiasmo a
atriz Uma Thurman. Na passarela estavam tops como Eva Herzigova e Natalia
Vodianova, enquanto na plateia se destacavam Lucy Liu, Miuccia Prada, Alber Elbaz e
Emanuel Ungaro. Na passarela, roupas clássicas e impecáveis, dignas do estilista, que
entre pretos e brancos não se esqueceu de seu tom favorito: o vermelho. A cor,
conhecida como “vermelho Valentino”, apareceu em modelos de decote V de chiffon
em 30 reproduções. Em nota oficial ele afirmou: “Eu quero dizer, como fazem os
ingleses: Gostaria de sair da festa quando ela ainda está cheia".

Além de ter conquistado a exigente clientela com seu glamour, Valentino também as
fascinou com suas frases marcantes, como “o vermelho é o meu preto”. Jacqueline
Kennedy, por exemplo, era uma discípula tão “obediente” que se casou com o armador
grego Aristóteles Onassis usando um vestido vermelho curto e moderníssimo. Por causa
do pedido de Jackie, Valentino estourou no mundo fashion, em 1968. Na semana
seguinte ao casamento, ele recebeu mais de 60 pedidos de noiva. O anúncio de
aposentadoria do estilista causou tristeza no mundo inteiro, já que os famosos ficaram
órfãos dos croquis do italiano - de seus bordados sofisticados, drapeados e plissados
perfeitos para vestir as milionárias americanas, condessas italianas e todas as beldades
de Hollywood, sua clientela mais fiel. Sua única frustração é não ter vestido a rainha
Elizabeth II, a única cliente que lhe faltava.

Dados corporativos
● Origem: Itália
● Fundaçã o: 1959
● Fundador: Valentino Garavani
● Sede mundial: Milão, Itália
A marca no mundo
O império da grife VALENTINO estende-se de Nova Iorque a Moscou, com seus
chiques produtos vendidos em 1.250 das mais badaladas lojas de departamento do
mundo e através de 129 sofisticadas lojas próprias em aproximadamente 80 países. A
marca italiana oferece também luxuosas coleções de óculos, bolsas, relógios e
acessórios, além de uma linha de cosméticos e de perfumes.

Você sabia?
● Em 1989 foi inaugurada a Academia Valentino, um espaço para apresentações de
arte.

VERSACE

“Um estilista deve ser, antes de tudo, um costureiro”. Com


esta declaração Gianni Versace se auto-definia com humildade. Ao longo de sua
brilhante carreira ele provocou, chocou e emocionou a todos, com seu talento, audácia e
inspiração. A melhor definição da badalada e chique grife italiana VERSACE é: uma
provocação visual que não esquece nem o conforto dos materiais nem a liberdade da
silhueta. O poder de sedução da grife é tão forte que se tornou a favorita de astros e
estrelas como Madonna, Michael Jackson, Sting, Bianca Jagger, Elizabeth Hurley, Elton
John, entre muitos outros, e virou símbolo de extravagância e sensualidade. Hoje em dia
a grife italiana é mais um estilo de vida do que uma propriamente uma marca. Afinal,
hoje em dia a VERSACE pode estar presente na sua casa, nas suas férias e também no
seu armário.

A história
O estilista Gianni Versace nasceu em uma família pobre na cidade de Reggio Calábria,
região italiana da Calábria, no dia 2 de dezembro de 1946, e herdou o talento da mãe,
Francesca, que dirigia um ateliê de costura. Trabalhou e aprendeu com ela por algum
tempo, desenhando as roupas que eram vendidas com razoável aceitação, até que, aos
25 anos, em 1972, recebeu uma encomenda do dono de uma confecção chamada
Florentine Flowers: deveria criar uma coleção, a ser produzida em Milão. O resultado
foi um sucesso, logo seguida por outra coleção criada para a empresa De Parisini. A
decisão, então, foi tomada: ele mudou-se para Milão, cidade onde começou a criar
coleções para marcas importantes da época como Genny, Complice e Callaghan.

Em julho de 1977, a respeitada revista de moda norte-americana Harper’s Bazaar já


previa uma carreira brilhante para o jovem estilista, que na época ainda criava para a
Complice. Finalmente em 1978 o estilista fundou a VERSACE COMPANY em
parceria com o irmão Santo, nomeado diretor geral, e sua irmã Donatella, responsável
pelas campanhas publicitárias, e, no mesmo ano, lançou sua primeira coleção feminina,
batizada de GIANNI VERSACE DONNA, na Galeria de Arte Permanente de Milão.
Em setembro desse mesmo ano, lançou suas roupas masculinas, em sua própria loja,
localizada na Via della Spiga. Logo, o “príncipe da moda”, como foi batizado mais
tarde, havia se tornado o “queridinho” da mídia especializada e seu estilo já era
inconfundível: a mulher VERSACE tinha uma imagem sexy e poderosa. Com seus
cortes distintos, Gianni tinha a fama de ser um excepcional alfaiate, que adorava utilizar
cores vibrantes e tecidos brilhantes, e não demorou muito para ganhar reconhecimento
internacional. O estilo da marca se caracterizava pela escolha de tecidos inéditos e sua
utilização criativa: a combinação de couro e seda, bordados e estampas, metais e
plásticos.

Seu estilo encontrou nos anos 80 o ambiente perfeito para tornar-se um sucesso no
mundo da moda. Com sua moda chamativa, de cortes distintos, além dos exageros bem
calculados que remetiam muito ao excesso desta década, conquistou artistas,
celebridades e até princesas. Lady Di era uma de suas amigas mais próximas e também
uma cliente fiel, apesar de seu estilo sóbrio e elegante. Mais uma prova da genialidade
do estilista. Em 1982 começou a fazer e criar roupas para óperas, balés e teatros,
iniciando uma forte relação da grife com as artes.

O estilista italiano foi um dos primeiros a explorar o couro na alta costura, mostrando
personalidade e inovação ao utilizar materiais inéditos a cada desfile. Criou o fenômeno
da “top model”, afinal supermodelos como Claudia Schiffer e Cindy Crawford
ganharam fama junto com a grife e se tornaram símbolos de beleza no mundo inteiro; e
ainda participou ativamente de projetos do show business. Estava à frente de seu tempo,
de seus colegas, mas soube cativar fãs e principalmente a crítica especializada. A
década de 90 começou com a apresentação de uma coleção de alta-costura; a
inauguração de lojas em Paris, Nova York e Londres; seguida, em 1994, pela loja
âncora da marca em Kurfürtendann na cidade de Berlim.

Na manhã de 15 de julho de 1997, uma notícia abalou o mundo da moda: Gianni


Versace foi morto com dois tiros na nuca na porta de sua mansão de 35 quartos,
localizada na badalada Ocean Drive em South Beach, na ensolarada Miami, quando se
preparava para uma breve caminhada matinal. O crime deu um final brusco e inesperado
a uma carreira que ainda estava no auge. O assassino, Andrew Cunanan, um gigolô
homossexual fanático por notoriedade, na época com 27 anos e suspeito de outros
quatro homicídios, o que o caracterizava como provável assassino em série, se suicidou
uma semana depois.

A tragédia deixou o mundo da moda perplexo, abalado e preocupado com o futuro de


uma das grifes mais bem sucedidas da atualidade. Quem herdaria a missão de dar
continuidade ao trabalho único de Gianni Versace? A resposta veio de forma rápida:
Donatella Versace, a irmã mais nova de Gianni, que foi sempre sua musa e conselheira.
Logo se firmou como braço direito do estilista, que não tomava decisões sem consultá-
la. No início, cuidava dos ensaios fotográficos e das campanhas publicitárias. Mais
tarde, passou a criar acessórios e, em 1993, já assinava coleções de roupas infantis para
a Versace Young. Com sua paixão pelo universo pop, teve peso decisivo para dar um
toque de contemporaneidade às campanhas publicitárias e, mais tarde, a Versus, a linha
jovem da marca. Após a morte do irmão, assumiu automaticamente a diretoria de
criação de todas as linhas, que vão do prêt-à-porter, passando pela Versus, o infantil, o
jeans, até óculos, perfumes, maquiagem e acessórios, sempre auxiliada pela sobrinha
Allegra Versace Beck (que ao completar 18 anos em 2004 se tornou dona de 50% do
império VERSACE).

Com um novo olhar sobre o mundo em plena virada do século e uma nova estratégia de
atuação, Donatella, definida como o alter ego do estilista, se lançou em busca de
segmentos alternativos, mas não menos lucrativos, como por exemplo, o lançamento de
uma linha de maquiagem, conhecida como VERSACE BEAUTY, e a inauguração de
um complexo formado por um condomínio de luxo e um hotel cinco estrelas, o Palazzo
Versace, na Austrália. Com muito talento e originalidade, a estilista manteve o clima de
escândalo que sempre acompanhou as criações e a vida de Versace. O bom momento
vivido pela grife italiana também coincidiu com a contratação de Gian Carlo Di Risio
como CEO em 2004. Ele colocou a casa em ordem. Fechou mais de 40 butiques em
todo o mundo, abriu escritórios em Nova York e Tóquio, além da filial de Milão,
assumiu o controle da maioria das lojas, que até então eram franquias, e investiu em
setores como hotelaria e decoração. O resultado: hoje a empresa respirou aliviada com
um excelente lucro operacional e um saldo de caixa de milhões de euros. Recentemente
a marca VERSACE inaugurou diversas lojas pelo mundo, sobretudo no continente
asiático. Hoje em dia, a marca VERSACE, de imediato, nos remete a um glamour
escandaloso, a uma sensualidade atrevida, à riqueza e à ousadia. Também nos faz
lembrar de vestidos majestosos, estampas rebuscadas, decotes e fendas.

A linha do tempo
1981
● Lançamento do primeiro perfume feminino da grife italiana.
1984
● Lançamento do primeiro perfume masculino da marca, batizado de VERSACE
L’HOMME.
1989
● Lançamento da VERSUS, segunda linha da grife, mais jovem e mais acessível.
1991
● Lançamento da VERSACE COUTURE JEANS, uma linha de roupas mais
despojadas, em especial calças jeans.
● Lançamento da linha SIGNATURE, com roupas de entonação clássica.
1992
● Lançamento dos famosos corpetes VERSACE, uma fusão de maiôs da época com
vestidos do século 18, com alças decoradas que faziam vezes tanto de ornamentos em
estilo rococó quanto de fivelas funcionais.
1993
● Criação da VERSACE YOUNG, composta por produtos direcionados para o público
infantil.
● Lançamento dos primeiros itens (tapetes, toalhas de mesa, lençóis, toalhas de banho e
luminárias) para decoração com a assinatura GV HOME SIGNATURE.
1994
● Lançamento, em parceria com Frank Muller, da primeira coleção de relógios da grife
italiana chamada Atelier.
● Lançamento da primeira coleção de jóias finas da grife italiana.
● Lançamento dos famosos perfumes VERSACE BLUE JEANS e VERSACE RED
JEANS.
1995
● Lançamento dos perfumes VERSACE BLONDE for HER e VERSACE BABY
BLUE JEANS.
1996
● Lançamento do perfume VERSACE GREEN JEANS.
● Lançamento do clássico perfume VERSACE DREAMER.
1997
● Lançamento do perfume VERSACE BLACK JEANS.
● Lançamento de seus primeiros produtos de maquiagem.
1999
● Lançamento do perfume masculino VERSUS.
2000
● Lançamento do perfume VERSACE ESSENCE.
2001
● Lançamento da primeira coleção de móveis da grife.
2006
● A Samsung uniu-se a Versus (linha de produtos da VERSACE voltada para os jovens)
para desenvolver o design da linha de celular Samsung E500. Além de ter uma
aparência totalmente feminina, este aparelho ainda possuía vários aplicativos onde além
de tirar as fotos, havia também um contador de calorias. Vale ressaltar que a tela
também podia ser utilizada como um espelho.
2007
● Apresentação do projeto para os helicópteros Agusta Westland. A parceria fashion
une a tecnologia e a eficiência da Agusta Westland na fabricação de helicópteros de
luxo com a irreverência e a criatividade da VERSACE em desenvolver exclusivos
designs para o interior destas aeronaves, usando materiais de primeira linha e
combinando elegância e conforto.
2008
● Inauguração da primeira loja VERSACE HOME, especializada em móveis e objetos
de decoração.
2009
● Lançamento do perfume feminino VERSENSE, direcionado para uma consumidora
mais jovem e moderna.
● Lançamento da VERSACE COLLECTION, linha que custa aproximadamente 30%
menos que a marca principal.
2011
● Lançamento do perfume feminino VERSACE VANITAS, cuja campanha de
lançamento trazia o rosto da linda modelo americana Lindsey Wixson, que com apenas
16 anos mostra uma carreira ascendente dentro do universo fashion.

Os ícones
Alguns ícones do estilo da grife italiana são: a reprodução de obras de artistas como
Andy Warhol (que teve seus trabalhos celebrados nas coleções da VERSACE em 1991
com referências a Marilyn Monroe e James Dean) e Klimt (serviu de inspiração para o
estilista, que, em meados dos anos 90, criou vários modelos com estampas do artista)
em suas coleções; aplicações de metal e efeito metalizado em tecidos fluidos;
substituição de costuras por grandes alfinetes dourados; referências ao Barroco (no
início dos anos 90, silhuetas sinuosas, estampas e acessórios com alusão ao barroco e
aos mosaicos bizantinos marcaram a temporada da grife) e à Renascença; estampas que
homenageiam as suas fontes de inspiração. Entre as suas criações mais famosas estão: o
vestido safety pin, imortalizado por Liz Hurley, composto de alfinetes de segurança
dourados que se prendiam ao tecido; sua coleção inspirada na Pop Art; a campanha
protagonizada por Madonna em 2000; e o lançamento de sua linha de decoração que
teve o ator Sylvester Stallone e Claudia Schiffer posando nus e escondendo as partes
sexuais com um prato e um cinzeiro.

Moda com arte


A inclinação para as artes era uma face marcante de Gianni Versace que, além de pintar
elaboradas estampas, buscava inspiração em obras de artistas consagrados e muitas
vezes as reproduzia em suas roupas. O italiano também revelou para o mundo o talento
de fotógrafos como Helmut Newton, Herb Ritts, Steven Meisel, Richard Avedon e
Bruce Weber. O estilista também se dedicou ao teatro e à dança, criando figurinos para
vários espetáculos como o “Lieb und Leid”, balé inspirado na sinfonia do compositor
austríaco Gustav Mahler, para o qual Gianni fez o figurino do espetáculo em 1983. Em
toda sua carreira, procurou transportar seu estilo erudito para o universo pop da moda,
reciclando as suas referências à Renascença e ao Barroco para adaptá-las à mulher
contemporânea. Essa paixão pelas artes se estendeu à encenação que é inerente ao
universo da música, seja ópera ou rock - e a atração entre VERSACE e esses artistas era
mútua. Elton John (o figurino da turnê mundial em 1992 foi criado por VERSACE),
Prince, Sting (emprestou sua imagem e extravagância em 1993 para uma campanha da
grife, vestindo terno, gravata e botas vermelhas), Madonna, Bon Jovi e Courtney Love
já apareceram em suas campanhas e a maioria deles manteve uma relação de amizade e
parceria com o estilista. Ele sempre soube captar muito bem a extravagância peculiar
desses artistas e vesti-los como verdadeiros ícones de seu tempo, enquanto emprestavam
sua imagem e seu apelo junto ao público para promover a marca italiana.

Dados corporativos
● Origem: Itália
● Fundação: 1978
● Fundador: Gianni Versace e Santo Versace
● Sede mundial: Milão, Itália

Você sabia?
● O ego altamente inflado de Gianni lhe rendeu rivais do quilate de Giorgio Armani,
outro célebre estilista italiano. Certa vez, Gianni disse que “Armani vestia as esposas e
Versace, as amantes”.

LE LIS BLANC
Apesar do pomposo nome francês, a Le Lis Blanc é genuinamente brasileira. Em quase
três décadas, não somente se tornou referência nacional em termos de sofisticação,
estilo e qualidade em moda feminina, como expandiu seu conceito para moda masculina
e infantil, cosméticos e até objetos de decoração. 

A história 
Tudo começou em 1982 quando a Restoque Comércio de Roupas Ltda. foi fundada na
cidade de São Paulo como um outlet de marcas famosas (com o nome de Estoque) por
Rahyja Calixto Afrange (que comprava e revendia roupas) e Waltraut Guida (uma ex-
balconista), mas ambas com vasta experiência nesse setor. Em 1988, Waltraut,
responsável pela parte de estilo e desenvolvimento de produtos, e Rahyja, responsável
pela área comercial, resolveram criar a marca Le Lis Blanc Deux (inicialmente batizada
assim) com o objetivo de desenvolver um negócio de moda feminina direcionada ao
público de alto padrão aquisitivo. As duas já começaram arriscando com uma loja no
sofisticado Shopping Iguatemi, em São Paulo. Não demorou muito para o pequeno
ponto (apenas 46 m²), localizado no último andar de um dos maiores e mais badalados
shoppings da cidade, ficar cheio e chamar a atenção do público feminino.

Rapidamente a marca conquistou uma clientela formada por mulheres com alto poder
aquisitivo, de diferentes faixas etárias, que procuravam produtos elegantes e femininos,
inspirados nas últimas tendências internacionais. Cinco anos depois, em 1993, como
fruto da boa aceitação dos produtos da Le Lis Blanc, a empresa inaugurou três novas
lojas, localizadas em áreas nobres na cidade de São Paulo, expandindo a sua área total
de vendas para 466 m². Sua expansão para os demais estados deu-se também
rapidamente, a partir de 1997, iniciando por Curitiba no Paraná e no ano seguinte,
inaugurando uma loja licenciada em Fortaleza.

Em 2001 a Le Lis Blanc passou também a vender seus produtos a selecionadas lojas
varejistas multimarcas, localizadas em cidades que apresentavam população com alto
poder aquisitivo. Essas lojas multimarcas não recebiam o direito de exploração da
marca Le Lis Blanc, mas adquiriam seus produtos para revendê-los. Ainda este ano,
atenta às movimentações globais do mundo da moda, onde grandes grifes têm um
perfume exclusivo para ambientes, a marca investiu na criação de sua linha própria: a
Le Lis Aromas. O portfólio da linha era composto inicialmente pelo aroma Alecrim
(em 2009 seria lançado o Âmbar) que surgiu da necessidade de criar uma identidade
única e diferenciada para suas lojas. Algo como uma lembrança olfativa da marca.
Atualmente essa linha é vendida em home spray, kit difusor, velas aromatizantes,
sabonete líquido e água para perfumar roupas. Pouco depois, em 2003, lançou sua
própria revista com o objetivo de consolidar a marca, reforçar a fidelidade de seus
clientes e transmitir ao seu público-alvo as tendências de moda e de estilo de vida
associadas à marca Le Lis Blanc. No ano seguinte, a marca inaugurou sua loja âncora
no Shopping Iguatemi, um espaço de 500 m² com atmosfera diferenciada e uma
arquitetura atraente e acolhedora.

No ano de 2005, inaugurou a primeira loja exclusiva da Linha Casa (conhecida como
Le Lis Blanc Casa), visando assim a diversificação da linha de produtos, ampliar o
conceito premium e reforçar a associação da marca com um estilo de vida desejado e
sofisticado, também dentro de casa. A nova marca oferecia móveis, tapetes, lustres,
porcelanas, vasos, copos, almofadas, talheres, cristais, artigos de cama, mesa e
decoração. Além disso, inaugurou lojas licenciadas em diversas cidades do país,
ampliando assim sua atuação geográfica. Em 2007, o fundo de investimento Artesia
adquiriu a marca Le Lis Blanc. Logo depois, em 2008, a empresa realizou a sua abertura
de capital (IPO, em inglês) na Bolsa de Valores e utilizou os recursos principalmente
para expandir sua base de lojas próprias, recomprar lojas licenciadas e iniciar o processo
de expansão de marcas. Com isso, ainda esse ano, a Le Lis Blanc adquiriu a Bo.Bô
(abreviação de Bourgeois Bohême), uma marca feminina criada em 2006 pelas estilistas
Flávia Viacava e Carla Di Palma e focada em mulheres jovens, de alto poder aquisitivo
e que têm estilo próprio, independente de tendências. A Le Lis Blanc possuía, no início
deste ano, 11 lojas próprias, finalizando com 33 lojas. Não demorou muito para a
empresa voltar a usar seu nome antigo (Restoque), com a Le Lis Blanc se tornando
apenas uma marca.

Em 2009 a novidade foi o lançamento de uma linha feminina de roupas, sapatos e


acessórios infantis (Le Lis Petit), direcionada para crianças de 2 a 10 anos. Já a linha
masculina infantil é batizada de Noir, Petit. Outra grande novidade foi o lançamento da
Água de Colônia 21 em comemoração aos 21 anos da marca. Em abril de 2012 a marca
expandiu seu segmento de atuação com o lançamento da Noir, Le Lis, especializada em
moda masculina. A nova marca surgiu do pedido de clientes da Le Lis Blanc, dos
shoppings centers e do próprio mercado de moda masculina, que exigia renovação.
Focando homens clássicos, mas de estilo mais contemporâneo, a nova marca oferecia
roupas para trabalhar, para ficar em casa, viajar e sair no fim de semana. Para estampar
sua primeira campanha publicitária, a marca escolheu o ator americano Matthew
McConaughey. Além disso, esse ano foi lançado no mercado a linha de cosméticos e
produtos de beleza Le Lis Beauté, que engloba itens de maquiagem e bem-estar. Outra
novidade deste ano foi a aquisição da Rosa Chá, marca focada na moda praia. A Le Lis
Blanc fechou este ano com mais de 80 lojas espalhadas pelo país.

No final de 2014, mais uma grande jogada de mercado: a empresa adquiriu a Dudalina,
fundada em 1957 e focada na produção e comercialização de camisas. No decorrer de
todos esses anos a Le Lis Blanc construiu uma imagem premium através do glamour de
suas campanhas publicitárias com astros de Hollywood e belas modelos (como Kendall
Jenner, Penélope Cruz, Lindsay Ellingson, Jerry Hall e Georgia May Jagger) ou flashes
de colunas sociais que tomam conta dos coquetéis de inaugurações de suas lojas. Com
atendimento diferenciado, acabamento impecável e posicionamento premium, a Le Lis
Blanc possui equipes de estilistas divididas por produtos, atualizando suas coleções de
acordo com as tendências da moda, sempre respeitando as preferências da mulher
brasileira. A marca conta ainda com artigos de decoração para casa e acessórios. Cada
uma de suas coleções chega a três mil itens diferentes. No segmento feminino, a marca
é conhecida por ser capaz de atender todas as necessidades da mulher, do dia a dia à
roupa de festa.

O nome e a evolução visual 


A grife brasileira tem nome francês, cujo significado é “O lírio branco”, demonstrando
desde o princípio a inocência, delicadeza, sofisticação, feminilidade que envolve a
marca. A pronúncia causa confusão porque, em francês, algumas letras finais são
omitidas. Nesse caso, porém, o “s” de Lis é pronunciado normalmente. O correto,
assim, é falar Le Lis Blã. Já em relação à identidade visual as mudanças foram poucas.
As principais delas aconteceram mais recentemente com a retirada da palavra “deux” do
nome e do lírio, um símbolo da marca (que ainda é utilizado ocasionalmente).
Dados corporativos 
● Origem: Brasil 
● Lançamento: 1988 
● Criador: Waltraut Guida e Rahyja Afrange 
● Sede mundial: São Paulo, Brasil 

A marca no Brasil 
Hoje em dia somente a marca Le Lis Blanc conta com 95 lojas próprias em 18 estados
brasileiros. A marca inda possui 3 lojas da Le Lis Blanc Casa e uma da Noir, Le Lis. A
Le Lis Blanc, que fatura aproximadamente R$ 420 milhões por ano, pertence à
Restoque, detentora de marcas como Bo.Bô, John John, Rosa Chá e Dudalina. Além
disso, o Grupo tem 5 unidades fabris nos Estados de Santa Catarina e Paraná e dois
centros de distribuição nos Estados de São Paulo e Santa Catarina. 

Você sabia? 
● Em 1996, a Le Lis Blanc foi a primeira marca de moda do mercado brasileiro a inserir
manequins com cabelo e rosto e vitrines com cenário. 
● Todas as unidades possuem um layout semelhante, com os produtos selecionados por
tema e cor, além de ocasiões de uso. 

ZARA

Lojas modernas, espaçosas e bem


iluminadas. Roupas, femininas, masculinas e infantis, que acompanham a tendência da
moda mundial. Um ambiente onde o cliente se sente a vontade, sem ser importunado
por vendedores insistentes. A fórmula de sucesso da rede espanhola ZARA, que se
transformou em fenômeno no mundo da moda, pode até ser simples de explicar, mas o
apetite de crescimento, certamente renderia um interessante case de marketing. De
Tóquio a Nova York, passando por Buenos Aires, Caracas, Andorra, Paris ou Milão, a
ZARA não deixa ninguém indiferente, levando moda e tendências para milhões de
ávidos consumidores.

A história
A história começou quando o empreendedor espanhol Amâncio Ortega Gaona largou os
estudos aos 14 anos para começar a trabalhar como garoto de recados da camisaria La
Gala, responsável por vestir a elite da cidade de La Coruña. Treze anos depois, ele
arriscou seu primeiro passo como empresário na área têxtil, trabalhando com a família
dentro de um galpão mal iluminado confeccionando roupões de banho e roupas íntimas
femininas. Em uma década ele construiu várias fábricas pela Espanha e exportava suas
roupas para vários países europeus. Em meados da década de 70, juntamente com sua
mulher, Rosalía Mera Goyenechea, ele resolveu ingressar no mercado de varejo,
inaugurando a primeira loja ZARA, um modesto estabelecimento que vendia roupas
femininas à preços acessíveis, no dia 15 de maio de 1975 na cidade de La Coruña,
localizada na província de Galícia, ao norte da Espanha. O nome escolhido inicialmente
para o novo negócio seria Zorba, mas este já estava registrado, e ZARA foi adotado
como segunda opção.
O sucesso da loja foi tão grande que em menos de 10 anos outras unidades foram
inauguradas em grandes cidades espanholas. Nesta época as lojas já vendiam coleção de
roupas femininas e masculinas alinhadas com as principais tendências mundiais,
literalmente abrindo o mundo da alta costura às classes sociais menos endinheiradas.
Isto porque a empresa começou à mudar o processo de design, fabricação e distribuição
com o objetivo de reduzir o tempo de produção, e assim responder rapidamente ás
novas tendências, o que chamava de moda instantânea. A empresa foi crescendo
silenciosamente, afastada da publicidade, até que na década de 80 começou sua
expansão internacional, inundando o mercado com roupas de design moderno e preços
acessíveis. No final de 1988 a empresa abriu sua primeira loja no Porto (Portugal), um
ano mais tarde deu um salto até Nova York; em seguida vieram Paris (1990), México
(1992), Grécia (1993), Bélgica, Suécia (1994), Noruega e Israel (1997), Alemanha,
Holanda e Brasil, todas em 1999.

Seu mais importante passo rumo à expansão internacional foi dado no dia 10 de abril de
2002, quando inaugurou sua primeira loja em Milão, a capital mundial da moda. Um
antigo cinema de três andares na rua mais comercial da cidade foi o local escolhido para
se fixar. O sucesso foi imediato. Sob o lema de moda sempre inovadora e a preços
competitivos a rede prosperou e se tornou um gigante, conquistando mercados em
diversos países, deixando a concorrência em pé de guerra. Em 2005, o principado mais
chique da Europa, Mônaco, se rendeu aos encantos da moda plebéia da espanhola
ZARA ao ganhar sua primeira loja. Em 2007, a empresa comemorou a inauguração de
sua milésima loja com uma unidade aberta na cidade italiana de Florença. Neste mesmo
ano, através da ZARA HOME, a marca lançou sua primeira bem sucedida inserção no
mundo do comércio eletrônico. Recentemente, em 2010, a marca ZARA lançou seu
comércio eletrônico em alguns de seus principais mercados (Espanha, França, Itália,
Portugal, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos). Hoje em dia, a marca ZARA, que
virou um case de marketing sem precedente no segmento, é conhecida como a máquina
da fazer moda.

A expansão da marca
A rede espanhola, que nasceu vendendo roupa e acessórios, estendeu seu mercado de
atuação a partir de 2003 com a criação da ZARA HOME, uma rede de lojas
especializada em artigos para o lar (com destaque para os artigos têxteis) como roupa de
cama, mesa e banho, além de objetos de decoração, como por exemplo, cristais, tapetes,
almofadas e móveis em madeira dos mais variados estilos e cores. Atualmente a ZARA
HOME conta com 303 unidades em 30 países. A empresa ainda possui uma linha para
os animais de estimação, além da ZARA HOME KIDS, composta por berços, lençóis e
adornos para os pequenos; e da ZARA KIDS, que oferece uma completa linha de
roupas, calçados e acessórios para crianças (incluindo recém-nascidos).

O segredo do sucesso
O quartel-general do império ocupa uma área construída de 600.000 metros quadrados
em Arteixo, cidade da província de La Coruña. São 16 fábricas ligadas ao centro
logístico por dois túneis e 210 quilômetros de trilhos, por onde transitam as roupas
acabadas para serem distribuídas. Hoje em dia, a ZARA possui 200 funcionários só em
seu time de criação, para conseguir responder imediatamente cada tendência que surge
na moda. Estes profissionais cruzam informações com as demandas de cada gerente de
loja e com os conselhos dos comerciantes. Tóquio é sua cidade favorita para inspiração
e para prever novas tendências. O resultado é quase instantâneo: enquanto as outras
lojas levam em torno de cinco meses para colocar uma nova coleção em exposição, a
ZARA transforma a última tendência em roupas prontas em apenas quinze dias – e a um
preço bem acessível, se comparado às lojas do mesmo patamar de conceito fashion. A
empresa revolucionou o setor têxtil quando teve a brilhante idéia de lançar uma
variedade de coleções a cada temporada, em vez das duas tradicionais coleções ao ano.

São novos artigos nas prateleiras duas vezes por semana. Todos os anos são mais de 11
mil novos itens colocados a disposição dos consumidores, uma média de 40 novos
produtos por dia, sendo que cada item é produzido em pequena escala e somente
reproduzido se obtiver sucesso nas vendas. Do contrário, é tirado da coleção. Um dos
segredos está na logística: a ZARA consegue distribuir produtos um dia depois após o
pedido ter sido feito pelas lojas da Europa, e dois dias depois no caso das unidades da
Ásia e do continente americano (incluindo o Brasil). E não existem diferenças entre as
linhas vendidas em cada um dos lugares – apesar das diferenças culturais, parece que a
moda já é globalizada - pelo menos para os clientes da ZARA. Mas, para que este
sistema seja rentável, demanda-se o maior volume possível, motivo pelo qual suas lojas
estão situadas em locais estratégicos que contam com mercadorias novas a cada semana,
o que lhes permite ter um tráfego constante de clientes. Os clientes da ZARA visitam as
vitrines e prateleiras dezessete vezes ao ano em média, em contraste às quatro visitas
feitas à concorrência. É por isso que suas vitrines, renovadas a cada duas semanas, são
grandes e chamativas, mostrando as mercadorias como se fossem estrelas.
Apesar deste modelo de sucesso a ZARA é acusada, por estilistas e artistas, de copiar
suas roupas e coleções. A rede se defende dizendo que a inspiração vem das ruas. Mas,
em 2003, por exemplo, na cerimônia de pedido da mão da princesa de Astúrias, a noiva
Letícia Ortiz usou um terno de seda branca assinado pela Armani. Duas semanas mais
tarde, um modelo parecido, de viscose branca, inundou as prateleiras da ZARA em todo
o mundo. Foi um sucesso de vendas. Em outro episódio recente, durante a turnê da
cantora Madona pela Espanha, a roupa utilizada por ela no show foi rapidamente
reproduzida pela ZARA. Na última apresentação da cantora no país, algumas garotas da
platéia usavam uma roupa igual a sua.

Uma crise evitável


A ZARA produz aproximadamente 75% de suas mercadorias na Europa. Somente as
peças mais elaboradas são feitas em oficinas no Peru, Marrocos, Camboja, Tailândia e
mais recentemente no Brasil (devido ao custo de importação). Para evitar ser atingida
por escândalos como o que abalou a americana Nike, acusada de exploração infantil em
2000, elaborou um código ético e revistou todas as oficinas para comprovar que nelas
não trabalhavam crianças, que pagavam segundo os contratos e que cumpriam com os
requisitos de higiene apropriados. Mas apesar de todos os seus esforços a empresa
espanhola foi atingida por um enorme escândalo em 2011 no Brasil, quando foi acusada
de trabalho escravo após denúncia de um programa de televisão. A grave acusação de
que empresas têxteis terceirizadas contratadas pela ZARA em São Paulo utilizavam
trabalho equivalente à escravidão, passou despercebido pela auditoria interna da
empresa por três anos. O resultado: uma avalanche de críticas nas redes sociais e ampla
cobertura negativa da mídia. Apesar da empresa ter apertado a fiscalização e feito
alterações em sua área produtiva no Brasil, a imagem da marca saiu arranhada deste
lamentável episódio.

Vender sem publicidade


Provavelmente, um dos grandes trunfos da empresa tenha sido se tornar famosa sem ter
que recorrer à publicidade tradicional. A ZARA faz anúncios ou campanhas
publicitárias. Todo seu marketing está centrado nas próprias lojas. Por isso, sempre se
instala nos melhores lugares, situados estrategicamente nas ruas ou centros mais
comerciais, como por exemplo, a Regent Street em Londres, Rue Rivoli em Paris,
Quinta Avenida em Nova York e Avenida das Américas no Rio de Janeiro. Tudo é
estudado, nos mínimos detalhes. A decoração da loja, as vitrines, os funcionários. Nada
é deixado ao acaso. Apesar disso, em ocasiões concretas foram feitas campanhas
publicitárias. Para ingressar no mercado italiano a ZARA fez publicidade. Mas logo se
viu que ela não teria feito falta alguma. Os consumidores, especialmente as mulheres,
são fiéis apenas às marcas de luxo, mas não às medianas ou populares. Por isso, que
sentido faz investir na marca? É melhor investir no negócio, segunda a empresa
espanhola.

Dados corporativos
● Origem: Espanha
● Fundação: 15 de maio de 1975
● Fundador: Amâncio Ortega Gaona e Rosalía Mera Goyenechea
● Sede mundial: Arteixo, La Coruña, Espanha

Você sabia?
● Atualmente a ZARA disponibiliza seu comércio eletrônico em 17 países da Europa,
mais Estados Unidos e Japão.

YVES SAINT-LAURENT (SAINT LAURENT PARIS)

Celebrado como um dos maiores estilistas do século 20, Yves Saint-Laurent, que
definiu o guarda-roupa da mulher contemporânea, integrou um famoso grupo de
designers franceses, responsável por transformar Paris na capital da moda mundial.
Além é claro de transformar a YVES SAINT-LAURENT em uma das mais míticas
marcas francesas no segmento de luxo, pioneira na popularização do prêt-à-porter e
reconhecida por sua praticidade conjugada com sofisticação.

A história
Yves Henri Donat Mathieu-Saint Laurent, conhecido mundialmente por apenas três
letra, YSL, tornou-se sinônimo de moda e alta costura. O mestre da moda nasceu no dia
1º de agosto de 1936 em Ora, cidadezinha litorânea localizada na Argélia, então colônia
francesa, e o interesse por moda nasceu cedo e, ainda criança, quando ele gostava de
criar bonecas de papel com detalhes complexos. Na sua adolescência, Yves desenhava
vestidos para a sua mãe e irmãs, demonstrando já o seu talento nato para a moda. Aos
dezessete anos, enquanto estudava em Paris na tradicional École de la Chambre
Syndicate de la Haute Couture (algo como “Escola da Câmara Sindical de Alta
Costura”), entrou, em 1954, em um concurso patrocinado pelo International Wool
Secretariat e conquistou o primeiro prêmio com um vestido para coquetel. Pouco tempo
depois, foi contratado pela tradicional marca Dior como assistente de modelagem.
Passou o seu primeiro ano realizando tarefas simples, decorando o estúdio e desenhando
acessórios. Eventualmente, entretanto, ele era autorizado a apresentar croquis para as
coleções de alta-costura. Assim, a cada temporada, mais modelagens suas eram aceitas
por Dior.

Quando Christian Dior faleceu, em 1957, o jovem argelino de espírito francês assumiu a
direção criativa da sofisticada e famosa grife com o desafio de salvar o negócio da ruína
financeira. As coleções desse estilista precoce criaram considerável controvérsia, afinal
não eram o que as pessoas e os clientes esperavam das coleções de Dior: o célebre
vestido TRAPÉZIO de 1958 era uma roupa considerada de “menina-moça”, um vestido
de ombros estreitos com um corpete semi-ajustado e saia curta, evasê, que se tornou
febre mundial e rendeu a seu criador o prêmio Neiman Marcus daquele ano, concedido
às maiores contribuições ao universo da moda pela renomada rede de lojas americana; a
recriação, em 1959, de uma versão mais curta da saia entravada; e as jaquetas de couro
preto, suéteres de gola rolê e bainhas adornadas com pele de 1960. Para entender o
impacto dessas suas criações já na época, basta observar a manchete de um dos
principais jornais de Paris, que estampou em sua capa “Yves Saint Laurent salvou a
França”, em referência à criação do vestido trapézio.

O público assistia a roupa moderna que se usava nas ruas ser reinventada nas mãos de
um costureiro. Mas foi então, que Yves Saint-Laurent foi convocado para servir o
exército francês na Guerra de Independência da Argélia em setembro de 1960. Pouco
depois, tendo recebido baixa por motivo de saúde, pois foi ferido durante um trote,
voltou para Paris e descobriu que Marc Bohan assumira o posto de estilista chefe na
Maison Dior. O mestre então, juntamente com a ajuda financeira de seu grande amigo
Pierre Bergé, fundou a própria Maison no dia 4 de dezembro de 1961, com a
inauguração do primeiro ateliê, localizado na Rue Spontini, em Paris. Era o começo de
uma marca gloriosa no mundo da moda. Sua primeira coleção foi lançada no dia 29 de
janeiro de 1962 em um memorável que apresentou uma bem-sucedida japona de lã azul-
marinho com botões dourados; e batas de trabalhador feitas de jérsei, seda e cetim.
Desde o início, a modernidade foi um dos fundamentos e inspirações da grife. Sendo
um visionário, o estilista começou a criar algo que não se via muito no mercado: roupas
práticas, mas com linhas muito sofisticadas.

Ano após ano, YSL deu mais contribuições notáveis à moda: em 1963, suas botas que
iam até as coxas foram amplamente copiadas; em 1965, fundiu arte à moda em seus
vestidos Mondrian, em jérsei branco de silhueta reta ornado de linhas verticais e
horizontais pretas e espaços com as cores primárias homenageando o mestre cubista
holandês; em 1966 lançou o smoking feminino, uma de suas inovações de maior
sucesso, composto por blusa transparente e calça masculina e que representava uma
provocação sexual e social, já que, na época, alguns lugares proibiam a presença de
mulheres vestindo calças; em 1967, os Knickers de veludo foram um lançamento
importante de suas coleções; no ano seguinte, apresentou blusas transparentes e a
clássica Saharienne, a jaqueta tipo safári; em 1969, o terninho; e, em 1971, o blazer.
Durante a década de 70, o mestre continuou a reinar em Paris. Afinal, ele era
provocativo e usava o seu talento a favor da emancipação feminina através de suas
roupas. Fato que causava polêmica entre o público conservador da época, mas era de
grande deleite para o mundo da moda e para as mulheres modernas.
Em 1976, uma das mais memoráveis coleções da época, apelidada de Russa ou Cossaca,
apresentou roupas camponesas exóticas. As saias compridas e rodadas, os corpetes e as
botas exerceram forte influência, enquanto o desfile transformou lenços e xales em
peças de moda permanentes. Na década de 80, homenageou em suas coleções, dentre
outros, Marcel Proust e Catherine Deneuve (sua amiga, cliente e espécie de embaixatriz
da Maison YSL). A sigla foi rapidamente compreendida como sinônimo de elegância e
passou a aparecer nas etiquetas de inúmeros produtos licenciados como perfumes,
bolsas e chapéus e óculos. Além disso, em 1985, o estilista foi condecorado pelo então
presidente francês François Miterrand com a legião de honra e ganhou o Oscar da
Moda. Em 1998, o estilista ganhou um desfile-retrospectiva em pleno campo de futebol,
antes da final da Copa do Mundo da França. Além disso, o guarda-roupa da equipe
francesa na competição foi assinado por ele. Em 1999, vendeu sua grife para o PPR
Group (Pinault-Printemps-Redoute), o terceiro maior conglomerado de marcas de luxo
do mundo, que também detém grifes celebradas de moda e acessórios, como Gucci,
Bottega Veneta e Balenciaga, além da alemã Puma, e continuou a frente da YSL. Com a
demissão de Alber Elbaz (que assinava a linha prêt-à-porter) em outubro de 2000, a
coleção Rive Gauche passou a ser criada pelo estilista Tom Ford, também designer da
Gucci na época.

Somente deixou o mundo da moda no dia 22 de janeiro de 2002, depois de 70 coleções


de alta costura e 200 desfiles no currículo, apresentando no Centro Georges Pompidou
um desfile retrospectivo de seus 40 anos de criação, com suas iniciais, YSL, sendo
conhecidas como sinônimo de alta-costura. Ao final do desfile, enquanto sua musa
Catherine Deneuve cantava “Ma plus belle histoire d’amour”, o estilista se despedia em
meio a aplausos e lágrimas. Um dos símbolos máximos da sofisticação e do bom gosto
no mundo da moda por quase quatro décadas, amigo de algumas das mais ricas e
famosas mulheres do planeta, todas suas clientes como Diane von Furstenberg, Loulou
de La Falaise e Catherine Deneuve, o estilista, transformou a YSL em um verdadeiro
ícone da moda de luxo, responsável por lançar uma infinidade de produtos que levam
sua marca e são vendidos em toda parte do mundo. A partir daí, ele se aposentou e
tornou-se cada vez mais recluso, vivendo em suas casas na Normandia e em Marrocos.
Yves Saint-Laurent morreu na cidade de Paris aos 71 anos, diagnosticado com câncer
cerebral, às 23h10min do dia 1 de junho de 2008.

A marca continuou suas criações e desfiles pelas mãos do italiano Stefano Pilati. O ano
de 2012 foi um período de mudanças profundas para a marca YVES SAINT-
LAURENT. Depois de ter empossado Heidi Slimane (ex-estilista principal de roupas
masculinas da Dior) como novo diretor artístico, a marca anunciou sua mudança de
nome. Perdeu o “Yves”, que evoca mais diretamente o criador homônimo da grife, e
passou a adotar simplesmente o nome SAINT LAURENT PARIS. Se para alguns
profissionais da moda, a YVES SAINT-LAURENT perdeu muito de sua identidade,
divulgando campanhas polêmicas como a estrelada por nomes como Marilyn Manson e
Courtney Love, para sua fiel e abastada clientela a marca continua sinônimo de
sofisticação. Em uma de suas coleções mais recentes, o polêmico estilista se inspirou no
grunge californiano dos anos 90. Hedi nunca escondeu seu verdadeiro plano quando
assumiu a Maison: de rejuvenescê-la, o que incluiu mudanças drásticas, do próprio
nome até a relocação do ateliê, de Paris para Los Angeles, além da parceria com Sky
Ferreira, que assinou coleção-cápsula para a marca.
A linha do tempo
1962
● Desenhou o figurino para Claudia Cardinale no filme “A Pantera Cor de Rosa”, de
Blake Edwards.
1964
● Lançamento de seu primeiro perfume feminino chamado Y.
1966
● Inauguração da primeira boutique SAINT LAURENT RIVE GAUCHE. A
inauguração da loja foi um dos acontecimentos mais importantes da grife francesa,
sendo que o estilista recebia pessoalmente clientes famosas do mundo do
entretenimento.
● Lançamento oficial da linha de prêt-à-porter.
● Lançamento da coleção com inspiração nas tradições primitivas africanas.
1968
● Inauguração da boutique YVES SAINT LAURENT RIVE GAUCHE na Madison
Avenue, em Nova York, para uma multidão de paparazzi e clientes.
1969
● Inauguração de sua primeira boutique de moda masculina chamada RIVE GAUCHE
HOMME.
1971
● Lançamento da coleção retrô anos 40.
● Ousou ao posar nu, fotografado por Jeanloup Sieff, para o lançamento do perfume
YSL POUR HOMME.
1976
● Lançamento da coleção inspirada nos balés russos.
1977
● Lançamento do perfume OPIUM com uma campanha clicada pelo fotógrafo Helmut
Newton e estrelada pela modelo Jerry Hall (ex-esposa de Mick Jagger). O slogan da
campanha era “Opium, para aqueles que são viciados em Yves Saint Laurent”.
Obviamente, a imprensa e o público conservador se indignaram, acusando o estilista de
fazer apologia às drogas. No entanto, as vendas da fragrância foram astronômicas.
1978
● Criação da YVES SAINT LAURENT BEAUTÉ, divisão para o desenvolvimento de
cosméticos e maquiagens. A linha de maquiagem lançada nesse mesmo ano tinha como
slogan “Yves Saint-Lauren gives a face to the woman he dresses” (algo como “Yves
Saint-Laurent dá um rosto para a mulher que ele veste”).
1981
● Lançamento do perfume KOUROS.
1983
● Lançamento do perfume PARIS, que foi mais um sucesso de vendas.
1989
● Lançamento do perfume JAZZ.
1992
● Lançamento da TOUCHE ECLAT, um corretivo em caneta que ilumina e disfarça
imperfeições na pele. Com sua sofisticada embalagem dourada e prometendo milagres
no rosto, até hoje o produto nunca sai da lista dos itens mais vendidos da marca
francesa. Segundo os cálculos da YSL, uma caneta destas é vendida a cada 20 segundos
em algum lugar do mundo.
1993
● Lançamento do perfume CHAMPAGNE.
2007
● Lançamento do perfume ELLE.
2009
● Lançamento do perfume PARISIENNE, que tinha como garota-propaganda a inglesa
Kate Moss. O objetivo era tornar o novo perfume o segundo maior produto da YSL,
depois do campeão de vendas Opium.
2012
● Lançamento da SAINT LAURENT VERMEIL, uma linha de joias masculina
(anéis, pulseiras e braceletes, em prata e ouro), cujas peças têm um estilo mais
minimalista em linhas ovais e retas, que expressam a tradição e o espírito da joalheria
parisiense.
● Lançamento do perfume feminino MANIFESTO, uma fragrância floral cuja garota-
propaganda é a atriz Jessica Chastain.
2013
● Inauguração no dia 9 de maio da maior flagship (loja âncora) da grife. Com 900m² de
puro luxo e ostentação com decoração Art Déco, a boutique abriu as portas na capital
francesa, no badalado endereço da Avenue Montaigne. A marca que passa por muitas
mudanças em suas propostas, incluindo o nome, agora SAINT LAUREN PARIS,
também irá inaugurar luxuosas lojas em Nova York, Londres, Hong Kong e Beverly
Hills.

Ícone dos cosméticos


A grife ficou mundialmente conhecida não somente por sua linha de roupas e
acessórios, mas também em virtude do enorme sucesso da YSL BEAUTÉ, criada em
1978 e que no ano de 2008 foi adquirida (com termos de licença) pela também francesa
L’Óreal por US$ 1.68 bilhões, incluindo a linha de perfumes. A partir de então um
grafismo e cor em forma de blush, sombras, batons e esmaltes, fez com que todos os
produtos da marca se afirmassem pela sedução e emoção para destacar a individualidade
de cada mulher.

Como se não bastasse as embalagens douradas luxuosas das maquiagens da grife, que se
tornaram um verdadeiro ícone, o conteúdo sempre primou pela qualidade e por seguir as
principais tendências do mercado mundial, transformando muitos de seus produtos em
verdadeiros best sellers, como por exemplo, o corretivo iluminador Touche Éclat, que
depois ganhou uma versão base; o batom “Rouge Pur” lançado no fim da década de
1970; o lápis “Dessin dês Lèvres” de 1980; e o “Gloss Pur” nº 49 de cor preta para o
inverno de 2008. A Quando o assunto é esmalte, a YSL é uma das marcas que mais
investem no segmento e possui uma linha completa com as mais diferentes nuances.

O museu da moda
Em 1986, Yves Saint-Laurent foi o primeiro estilista no mundo a exibir seus trabalhos
em um museu - o Louvre, em Paris. Esse era apenas o presságio do que estaria por vir:
em 2002, a despedida do gênio também marcou a inauguração do único museu no
mundo dedicado ao trabalho de um único estilista, a Fundação Pierre Bergé – Yves
Saint Laurent. Distante meia hora do centro da capital francesa, o museu conta com um
vasto acervo de 5 mil peças de vestuário, 2 mil pares de sapatos, mais de 10 mil
exemplares de joias e centenas de chapéus, reunidos desde os tempos em que o estilista
trabalhava na Maison Dior.

O ícone
Yves Saint-Laurent não foi somente um estilista, mas uma figura emblemática do
mundo da moda. Transgrediu com classe; revolucionou sem perder referências; mudou
a moda ao permanecer fiel à sua própria essência; transformou mantendo-se fiel ao seu
próprio estilo, ou seja, deixou um legado de autenticidade e criatividade dignos de
perpetuação. O estilista vestiu atrizes, primeiras-damas, cabeças coroadas da realeza
europeia, africana e asiática; criou joias, sapatos, acessórios como chapéus, bolsas e
outros tão significativos que hoje são procurados com lupa em brechós do mundo
inteiro. Difundiu a transparência e também a minissaia, criou vestidos de noiva, colocou
modelo negra nas passarelas, entre tantas outras propostas inovadoras.

A evolução visual
Em 2012 a marca francesa de luxo anunciou que mudaria o nome da linha de prêt-à-
porter para SAINT LAURENT PARIS. Com isso uma nova identidade visual foi
concebida para essa vertente da marca, que utiliza tipografia de letra moderna, deixando
de lado a sigla YSL e adotando o nome da linha todo por extenso. A mudança de nome
foi uma homenagem que faz alusão ao primeiro nome que a linha recebeu, ainda na
década de 1960: Saint Laurent Rive Gauche.

Apesar disso, o tradicional e icônico logotipo YSL permaneceu inalterado.

Dados corporativos
● Origem: França
● Fundaçã o: 1961
● Fundador: Yves Saint-Laurent e Pierre Bergé
● Sede mundial: Paris, França

Você sabia?
● Yves Saint-Laurent foi o primeiro estilista do mundo a usar manequins negras em
desfiles de moda.
● Em 1983, ele se tornou o primeiro estilista de moda vivo a ser honrado com uma
exposição de seu trabalho no Metropolitan Museum of Art (MoMa) em Nova York.

ZOOMP

Sem sombra de dúvida a ZOOMP influenciou


decisivamente a trajetória da moda contemporânea brasileira. Considerada por muitos
como uma marca de vanguarda, ela foi a responsável pela popularização do jeanswear
no país. Desde que surgiu a ZOOMP teve momentos de grande experimentação, como o
lançamento do jeans lavado, peça que causou frisson no mundo fashion e que é ícone da
marca até hoje.
-
A história
Tudo começou no início da década de 70, quando Renato Kherlakian, um jovem de
origem Armênia, cujos pais eram proprietários de uma grande loja de caxemira no
centro de São Paulo, começou sua trajetória no mundo da moda. Na então badalada
Galeria Ouro Fino, na Rua Augusta, zona sul de São Paulo, despertou a atenção de uma
consumidora, encantada com a camisa que o empresário vestia. Aquele encontro
rendeu-lhe a primeira encomenda. O primeiro passo foi apenas revender roupas, mas
logo começou a criar e produzir modelos próprios, que podiam ser encontrados nas mais
importantes lojas paulistanas. A marca ZOOMP foi criada somente em 1974, com o
objetivo de transformar o jeans em artigo de moda para jovens descolados.-
As primeiras calças jeans da marca, cujo corte vestia as brasileiras como uma luva,
foram distribuídas em butiques, freqüentadas por pessoas de alto poder aquisitivo. Com
muito requinte e sofisticação, a peça entrou de vez no guarda roupa da seleta clientela,
que não só a usava, mas começava a criar uma identidade com a marca e usar o próprio
corpo para divulgar a recém criada grife. Sua primeira coleção, chamada Sexy Jeans, foi
lançada em 1979. Sua estréia foi totalmente inusitada para o meio da moda. No Sandália
de Prata, tradicional casa de samba de São Paulo. Na platéia, 900 pessoas ansiosas por
assistir ao primeiro grande desfile de moda fora das tradicionais passarelas. A ZOOMP
inaugurava naquela noite um novo conceito de grife no Brasil e fazia do raio amarelo,
sua marca registrada, um dos símbolos de status mais cobiçados do país. A marca abriu
sua primeira loja no recém-inaugurado Shopping Eldorado em 1981, e nos anos
seguintes dominou o mercado, transformando o raio amarelo em um dos maiores
objetos de desejo da juventude.
--
A marca implantou um novo conceito de loja ao alinhavar a mesma linguagem para a
música ambiente, a cenografia das vitrines e a equipe de vendas, composta por jovens
formadores de opinião. O projeto arquitetônico era assinado por Sig Bergamin e as
cenografias feitas por Cristina de Sá, uma novidade para um mercado que acordava para
a necessidade de se imprimir ao ponto-de-venda a personalidade da marca. A receita
deu tão certo, que, em três anos, a ZOOMP já contava com cinco lojas próprias no eixo
Rio-São Paulo. A partir de 1984 iniciou grande plano de expansão e concessão de
franquias em todo o país.
--
Nos anos 90, a marca viveu momentos delicados diante da abertura do mercado aos
produtos importados, sendo obrigada a rever seus custos, a enxugar seus quadros e o
número de lojas. A marca então, tentando surpreender sua clientela, começou a inovar
em cada coleção lançada; rejuvenesceu o ambiente das lojas; lançou uma segunda
marca, a Zapping, inspirada no streetwear; e transformou a grife em um objeto de desejo
cada vez mais cobiçado. No início do novo milênio a ZOOMP chegou a ter 800
funcionários e 84 lojas espalhadas em dez países. Mas, a posição e o glamou da marca
começaram a ruir poucos anos depois. Afundada em pesadas dívidas a ZOOMP foi
adquirida em julho de 2006 pelo grupo Identidade Moda.
--
Porém, o que parecia a salvação se transformou em uma tragédia: a crise financeira só
piorou, surgiram inúmeros protestos na justiça, as coleções ficaram menos variadas e os
pedidos de entrega escassos, cancelamento do desfile na São Paulo Fashion Week (da
qual a ZOOMP havia participado de todas as edições), fechamento de boa parte de suas
lojas (hoje, apenas um punhado delas sobrevive), até afundar com pedido de falência
decretado no início do mês de fevereiro de 2009 (revogado poucos dias depois). Diante
de tantos problemas, a Global Capital, gestora do fundo de crédito, assumiu a ZOOMP,
e aos poucos está tentando recuperar a marca e seu prestígio. Uma tarefa considerada
dificílima, visto que a ZOOMP nem de longe tem o prestígio que possuía.
-
Dados corporativos
● Origem: Brasil
● Fundação: 1974
● Fundador: Renato Kherlakian
● Sede mundial: Barueri, São Paulo, Brasil

.
-
Você sabia?
● As campanhas publicitárias da marca eram de causar inveja a qualquer concorrente,
com a participação de muitas modelos famosas, entre elas Gisele Bündchen, Naomi
Campbell, Jeiza Chiminnazo, Eva Herzigova, Ana Cláudia Michels, Caroline Ribeiro e
Fernanda Tavares.
-

HUGO BOSS

HUGO BOSS é moda, estilo de vida e sucesso. Essas são as características presentes
nas suas roupas, acessórios, óculos, perfumes, cosméticos, relógios e artigos de couro.
Alguns de seus produtos são dinâmicos e cosmopolitas, e mesclam visuais sérios e
esportivos. Outros são jovens, e, pouco convencionais, antecipando tendências urbanas.
Há ainda os luxuosos, marcados por elegância e exclusividade. O design moderno e
elegante faz com que os produtos da marca alemã sejam reconhecidos por pessoas que
realmente tem bom gosto e estão dispostos a pagar caro por eles. 

A história 
A marca foi fundada em 1924, após o fim da Primeira Guerra Mundial, na pequena
cidade de Metzingen, localizada nas belas montanhas da Suábia no sul da Alemanha,
pelo alfaiate Hugo Ferdinand Boss, como uma pequena loja de roupas que
comercializava uniformes, macacões, vestimenta para trabalhadores e fardas militares.
Enquanto o país enfrentava uma difícil crise econômica, a empresa crescia.
Rapidamente a modesta empresa se tornou especialista em uniformes e capas de chuva e
logo a loja teve que ser transformada em uma pequena fábrica para atender a crescente
demanda. Porém, a crise econômica de 1929 obrigou a empresa a reduzir sua mão de
obra. Sua produção passou a concentra-se em uniformes de caça e artigos em couro.
Hugo então passou a trabalhar com 6 máquinas de costura e seus funcionários aceitaram
redução de salários para manter o que sobrou da empresa. Apesar dessas medidas
drásticas, em 1930 a empresa paralisou suas atividades devido à instabilidade
econômica que se vivia no país durante o período de pós-guerra. Mesmo ameaçado
constantemente pela bancarrota e várias dificuldades financeiras, Hugo não desistiu do
seu ganha-pão e reviveu o negócio em 1931, altura em que se associou ao partido
Nazista. A partir de 1933, e devido à popularidade crescente de Adolf Hitler, começou a
confeccionar os uniformes militares do Terceiro Reich, em especial os da temida SS.
Para garantir sua produção, ele recorreu à mão de obra quase escrava de franceses,
poloneses e dos deportados para os campos de concentração. O negócio nunca esteve
tão próspero. Após sua morte, em 1948, a empresa, então dirigida por seu genro, entrou
em um período de obscuridade, isto porque após a guerra, a demanda por uniformes
ficou escassa. A saída encontrada pela fábrica foi apostar na moda masculina. Nascia
assim, em 1953, o terno HUGO BOSS, que conquistou os homens de negócios por
suas linhas limpas, por trazer um tecido mais leve do que o usado comumente na
Alemanha e um desenho mais jovem. Foi a combinação justa e balanceada da dita
austeridade alemã para criar roupas que transmitiam por suas fibras e tramas a seriedade
de quem as usava. Em 1967, dois netos de Hugo, Uwe e Jochen Holy, assumiram o
controle da empresa e passaram a focar definitivamente os negócios somente em moda
masculina. A época não poderia ser melhor: surgiram com o nascimento dos primeiros
trabalhadores compulsivos e ambiciosos (conhecidos pela expressão em inglês,
workaholics) e logo viria uma geração inteira para vesti-los, os yuppies do fim dos anos
de 1970 e década de 1980.

Em 1970, a empresa lançou a BOSS, uma linha de prêt-à-porter que tinha como alvo os
jovens empresários com grandes potenciais de crescimento. Com tecido importado da
Itália, seus ternos atraíam os compradores não apenas pelo caimento impecável, mas
também pelos paletós de ombros estreitos, dois botões e curte justo, estilo predominante
na época. O sonho de ampliar a notoriedade da marca se tornou possível em 1972,
quando a HUGO BOSS passou a patrocinar equipes da Fórmula 1 e renomados atletas
de tênis e golfe, conquistando assim uma enorme exposição mundial através de esportes
de elite. Foi nesta década, em 1976, que a marca HUGO BOSS foi lançada no mercado
americano, um passo importante para o crescimento de suas vendas. Apesar de não
terem impressionado de imediato, o êxito dos ternos da grife estava garantida,
principalmente quando começaram a serem vestidos por estrelas como Sylvester
Stallone e Michael Jackson, o tenista Bjorn Borg, sem esquecer a dupla de detetives da
famosa série de televisão “Miami Vice”.

O auge da marca ocorreu na década de 1980, altura em que a HUGO BOSS iniciou a
produção de linhas de produtos mais econômicas, mas igualmente atrativas. A expansão
continuou em 1984 com o licenciamento de fragrâncias (extremamente importante por o
desenvolvimento global da marca) e, no ano seguinte, com a abertura de seu capital na
Bolsa de Valores. O fim da era yuppie e a nova modéstia da década de 1990 trouxeram
para a marca um novo período: além da marca principal BOSS – dedicada às linhas e
coleções mais clássicas – a empresa lançou mais duas segmentações, HUGO, voltada às
criações e coleções mais jovens, e BALDESSARINI, linha de luxo mais independente,
que seria descontinuada em 2006. A HUGO BOSS foi uma das primeiras marcas a se
desmembrar em outros nomes para atender melhor o público. Na época isso causou
certo estranhamento, mas hoje a ideia é seguida por diversas marcas e grifes do mundo
inteiro. Neste período através do licenciamento a marca alemã iniciou sua expansão
para outras categorias de produtos. A coleção também foi ampliada, passando a oferecer
linhas de camisas, gravatas, suéteres e jaquetas. Nesta época, a empresa chegou a ser
adquirida pelo grupo italiano Marzotto (hoje, Valentino Fashion Group). Em paralelo as
roupas, cosméticos, óculos e perfumes também passaram a fazer parte do catálogo da
marca alemã.
Em 1998, o terno “feminino” entrou no dicionário da HUGO BOSS. As coleções para
as mulheres seguiam o padrão masculino de peças com corte limpo e muitas vezes reto
e geométrico, sem grandes ornamentos, acessórios, decotes ou curvas. A sofisticação
estava na simplicidade e no uso de materiais que davam o toque final as roupa. Nos
anos seguintes também foram criadas linhas casuais (BOSS ORANGE), esportivas
(BOSS GREEN) e uma high end, que apresentava somente roupas de alta qualidade
(BOSS SELECTION). Depois de quase uma década de uma enorme reestruturação, a
HUGO BOSS recuperou seu prestígio e sofisticação de anos passados e voltou a ditar
tendência na moda mundial. Resultado, 2013 foi para a marca alemã o ano de maior
êxito financeiro em toda a sua história.

A linha do tempo 
1985 
● Após 60 anos dedicando-se à moda, a grife lança seu primeiro perfume masculino,
BOSS, ingressando assim em mais um rentável segmento de consumo. 
● Através de licenciamento a grife lança sua primeira coleção de óculos de sol. 
1987 
● Lançamento do perfume masculino BOSS SPORT. 
1989 
● Lançamento do BOSS WHITE, primeiro perfume feminino da marca alemã. 
1993 
● Lançamento da HUGO, linha voltada às criações mais jovens. A linha feminina foi
lançada no mercado em 1998. 
● Lançamento da BALDESSARINI, linha de luxo mais independente cuja direção
artística ficou a cargo do austríaco Werner Baldessarini. Essa linha foi descontinuada
em 2006. 
1995 
● Lançamento do perfume HUGO MAN, que impulsionou a marca em todo o mundo,
se transformando em um dos mais bem-sucedidos lançamentos em sua história. O
tradicional perfume inovou também na forma de seu frasco, inspirado em um autêntico
cantil militar, contendo um cinturão de lona verde que prende a tampa. Em 2009, foi
lançada uma edição especial com um novo frasco desenvolvido pelo designer Karim
Rashid, cuja tiragem foi de apenas 1.000 unidades. 
● Lançamento, através de licença, da primeira coleção de sapatos masculino da marca. 
1996 
● Lançamento da primeira coleção de relógios. 
1997 
● Lançamento da BOSS GOLF COLLECTION, roupas e acessórios cheios de estilo
para a prática do golfe. 
1998 
● Lançamento da primeira coleção de roupas feminina com a marca HUGO. 
● Lançamento do perfume masculino BOSS BOTTLED. 
1999 
● Lançamento da BOSS ORANGE, uma marca masculina com tendência esportiva e
casual, separando-se da imagem sofisticada da HUGO BOSS. A linha feminina seria
introduzida em 2006. 
● Lançamento do perfume masculino HUGO DARK BLUE. 
2000 
● Lançamento da BOSS WOMAN, composta da primeira coleção de prêt-à-porter
feminina, criada num estúdio independente em Milão e sob o comando de um estilista
de fora da empresa. A expansão não atingiu o sucesso esperado, levando seus dirigentes
a redirecionarem a produção feminina à Alemanha, onde os estilistas da grife
conseguiram salvar o projeto. Atualmente o diretor criativo desta linha é Jason Wu. 
2002 
● Lançamento de uma série limitada de bicicletas feitas em alumínio e visual retrô. 
● Lançamento do perfume masculino BOSS IN MOTION. 
2003 
● Lançamento da BOSS GREEN (antes conhecida como BOSS GOLF), linha onde
roupas casuais convergem com a moda atual, combinando materiais funcionais com um
vestuário esportivo. A linha é composta por peças especiais para a prática de golfe,
contemplando homens ativos e ligados à moda. A linha feminina foi lançada em 2010. 
● Inauguração de sua loja âncora em plena Avenida Champs-Elysées, em Paris. 
● Lançamento do perfume feminino BOSS INTENSE. 
2004 
● Lançamento da BOSS SELECTION, grife que enxerga a moda como manifestação
moderna do luxo. A atenção aos detalhes, aos tecidos mais seletos do mercado e a
elaboração artesanal caracterizam esta linha. 
● Já produzindo sob licença sapatos e artigos de couro, a operação foi totalmente
integrada a empresa. 
2005 
● Lançamento da BOSS SKIN, a linha de cosméticos masculinos da marca alemã. 
2007 
● Lançamento do perfume feminino BOSS FEMME. 
2008 
● Lançamento do comércio online, primeiramente no Reino Unido. 
2009 
● Introdução da BOSS SELECTION TAILORED LINE, uma exclusiva e sofisticada
linha de ternos onde todas as etapas envolvidas na criação e fabricação são feitas à mão.
Em 2011 essa linha foi integrada ao conceito MADE TO MEASURE (em português,
feito sob medida). Este novo conceito permite escolher entre uma variedade de tecidos
italianos e materiais sofisticados para que o cliente possa conceber seu próprio terno
feito sob medida, junto com camisas e gravatas. 
● Lançamento através de licença de suas primeiras roupas e acessórios direcionados
para crianças. 
● Lançamento do perfume feminino BOSS ORANGE. 
● Lançamento do perfume HUGO ELEMENT. 
● Lançamento de um celular HUGO BOSS em parceria com a Samsung. 
2011 
● Lançamento do perfume JUST DIFFERENT, que contou com o ator e músico Jared
Leto como garoto-propaganda. 
● Lançamento do perfume BOSS ORANGE MAN, que tinha como garoto-propaganda
o ator Orlando Bloom, escolhido por simbolizar o estilo de vida do homem
metropolitano que a marca reflete. 
● Lançamento da BOSS HOME, uma linha para casa que compreende roupas de cama,
banho e toalhas de praia modernas, elegantes e que apresentam acabamento de alta
qualidade. 
2013 
● Lançamento do perfume masculino HUGO RED.

O passado polêmico 
Sinônimo de elegância e luxo, a HUGO BOSS é um produto “Made in Germany”
altamente respeitado no mundo da moda. No entanto, a tradicional marca alemã carrega
um passado de envolvimento nazista. Hugo Ferdinand Boss teve uma relação muito
estreita com o nazismo. Em 1931 se filiou ao Partido Nacional-Socialista (NSDAP), de
Adolf Hitler. Antes e durante a Segunda Guerra Mundial, a empresa desenhou e
produziu uniformes de tropas e oficiais da Wehrmacht e SS. Além disso, a empresa foi
acusada de usar mão-de-obra forçada, onde os trabalhadores (cerca de 140, a maioria
mulheres) tinham uma carga diária de 12 horas, com um curto período de intervalo.
Outros 40 prisioneiros de guerra franceses trabalharam para a empresa entre outubro de
1940 a abril de 1941. O empresário, após o término da guerra, foi tachado de
“oportunista do Terceiro Reich“, multado em 80 mil marcos e privado de seus direitos
civis. Segundo dizem, Hugo era o alfaiate preferido de Adolf Hitler. Em 1997, Monika
Steilen, então porta-voz da empresa, declarou logo após uma notícia ser divulgada por
uma revista austríaca sobre o envolvimento da HUGO BOSS com o nazismo: “A
fábrica de roupas fundada pelo senhor Hugo Boss produziu roupas de trabalho e
achamos que também uniformes da SS. Até agora, nós não temos arquivos na
companhia e nós estamos tentando descobrir o que aconteceu“. Finalmente a marca
alemã emitiu um pedido formal de desculpas no dia 22 de setembro de 2011 por ter
usado mão de obra escrava na produção de uniformes nazistas durante a Segunda
Guerra Mundial. No comunicado, expressa o seu profundo pesar às vítimas que
sofreram na fábrica dirigida por Hugo Ferdinand Boss: “Nós nunca escondemos nada e
sempre buscamos trazer clareza ao que aconteceu no passado. É nossa
responsabilidade com a empresa, com nossos funcionários, nossos clientes e com todos
os interessados na história da Hugo Boss”. Era o reconhecimento de um passado
sombrio.

A relação com o esporte e a arte 


Não é só na moda que a HUGO BOSS mostra-se ativa. Ao longo da sua existência, a
grife sempre investiu em patrocínios e parcerias em diversas modalidades esportivas,
como por exemplo, a Fórmula 1 (cuja ligação começou em 1972, de 1981 a 2014
patrocinou a equipe e os pilotos da McLaren dentro e fora das pistas, em uma das mais
longas parcerias do mundo dos esportes, e a partir de 2015 irá exibir sua marca na
equipe Mercedes AMG Petronas), golfe (patrocinou e vestiu o jogador Bernhard Langer
em 1985 e hoje investe em torneios e grandes golfistas), tênis (patrocinou a Copa Davis
em 1985), esqui, iatismo (desde 2003) e até futebol (onde a marca, desde 2013 veste os
jogadores da seleção nacional da Alemanha com ternos e acessórios).

A marca tem também um importante papel no mundo das artes através do prêmio
HUGO BOSS ART PRIZE, que em parceria com o badalado Museu Guggenheim,
desde 1996, valoriza os artistas cujo trabalho representa um desenvolvimento
significativo da arte contemporânea. A premiação, feita a cada dois anos, com prêmio
de US$ 100 mil, é administrada pela Fundação Solomon R. Guggenheim e tem como
jurados um grupo de diretores, curadores e críticos de importantes museus
internacionais. A HUGO BOSS também mantém parceria com o pavilhão alemão da
Bienal de Veneza desde 2003. Mais recentemente, em 2013, foi criado o HUGO BOSS
ASIA ART AWARD, prêmio que visa reconhecer os avanços significativos da arte
contemporânea na Ásia, sendo concebido pelo Rockbund Art Museum.

A identidade visual 
A HUGO BOSS tem quatro linhas (ou como preferir sub-marcas) e cada uma tem uma
identidade visual própria. Sempre mantendo o logotipo da marca principal, as
identidades visuais de cada uma são diferenciadas por cores: preto (BOSS), laranja
(BOSS ORANGE), verde (BOSS GREEN) e vermelha (HUGO).

Dados corporativos 
● Origem: Alemanha 
● Fundaçã o: 1924 
● Fundador: Hugo Ferdinand Boss 
● Sede mundial: Metzingen, Alemanha 
Você sabia? 
● Tendo começado como um negócio familiar, nenhum membro da família Boss tem
alguma participação nos negócios hoje em dia. 

http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2006/06/hugo-boss-elegncia-alem.html

WRANGLER

Difícil pensar em uma peça do vestuário


mais democrática que o jeans. O tecido está em todo lugar. Nas ruas, nas araras do
supermercado, nas vitrines, nas passarelas e nas páginas de revistas, em todos os
modelos e cores, com preços para todos os bolsos. E um dos mais famosos do mundo é
o WRANGLER, um jeans extremamente associado ao mundo do rodeio e um
verdadeiro símbolo do estilo de vida country americano.

A história
A história começou em 1897 quando o jovem C.C. Hudson, então com 20 anos,
resolveu deixar a fazenda Spring Hill no condado de Williansom Country, estado do
Tennessee, em busca de oportunidades na emergente cidade têxtil de Greensboro,
localizada na Carolina do Norte. Ele conseguiu emprego em uma pequena fábrica de
roupas que confeccionava uniformes, onde ganhava 25 centavos de dólar por dia
costurando botões. Em 1904, quando a fábrica em que trabalhava fechou as portas, ele,
seu irmão Homer e alguns amigos, compraram máquinas de costura, alugaram um
pequeno espaço em cima de uma doceira e fundaram a empresa Hudson Overall
Company com o objetivo de produzir macacões em denim com qualidade e durabilidade
para os ferroviários da costa leste dos Estados Unidos. A empresa prosperou, e em
1919, se mudou para um espaço maior, inaugurando uma fábrica própria e passou a se
chamar Blue Bell Overall Company. O nome da empresa foi inspirado em um sino,
presente de um grupo de trabalhadores ferroviários para o fundador da empresa. Porém,
em 1926 a empresa foi comprada, por US$ 585 mil, pela Big Ben Manufactoring de
Kentucky.
Em meados da década de 30, após sua fusão com outras empresas rivais da região
tornou-se uma das mais importantes fabricantes de roupa de trabalho do mundo. Foi
nesta época, em 1936, que ocorreu o lançamento do Super Big Ben Overalls, um
macacão feito de jeans com tecido 100% sanforizado (que reduzia em 1% a
probabilidade de encolhimento) e extremamente resistente, o que se tornaria um padrão
para a indústria. No final desta década a empresa expandiu seu portfólio de produtos
para incluir marcas privadas de jeans. Foi então que adquiriu, em 1943, a empresa têxtil
Casey Jones Work-Clothes Company e os direitos da marca WRANGLER, até então
desconhecida e raramente utilizada pela antiga proprietária. A empresa decidiu então
que precisava de uma linha de jeans com sua marca que pudesse ser produzido em
grande escala.

Em 1947, após diversos testes com 13 protótipos de jeans, foi lançado no mercado o
autêntico WESTERN JEANS WRANGLER, desenhado por Ben Lichenstein
(apelidado de Rodeo Ben), um reconhecido alfaiate polonês da Filadélfia, amante de
rodeios e do estilo de vida do velho oeste, que conhecia a maioria dos melhores caubóis
americanos. Para adaptar o modelo aos detalhes de sua funcionalidade ele trabalhou
com estrelas do rodeio como Jim Shoulders, Freckles Brown, Bill Linderman, Todd
Whatley, Harry Tompkins e Cerald Robert. Estes caubóis fizeram o teste final antes da
calça jeans ser efetivamente aprovada. Nascia assim o famoso jeans COWBOY CUT
(corte caubói) 13MWZ (abreviação de “Men’s Western Zipper”), que trazia uma
etiqueta traseira de couro. A WRANGLER estava entre as primeiras marcas a
apresentar um jeans masculino com zíper e a primeira a introduzir um jeans que se
moldava ao formato do corpo. A aparência ajustada de alfaiataria e o cuidado com os
detalhes asseguraram a satisfação do consumidor. Em 1948, foi adotado o “W” para o
pesponto dos bolsos traseiros dos jeans da marca e a etiqueta de qualidade passou a
trazer o desenho do destemido caubói com uma tira de história em quadrinhos,
denominado Rodeo Series, para ser colecionada por crianças.

O 13MWZ, como ainda é conhecido, tornou-se o jeans nº 1 no mercado masculino de


western por ser “desenvolvido por caubóis para caubóis” e apesar das melhorias do
tecido, o jeans não mudou muito desde 1947. Não demorou muito para a empresa
começar a fabricar jaquetas e camisas do tipo “rancheiro”, as quais imitavam o que
havia de melhor na roupa dos autênticos caubóis. No ano de 1962 a empresa inaugurou
uma fábrica na Bélgica e a marca WRANGLER foi introduzida com sucesso no
continente europeu. Pouco depois, em 1964, a marca lançou o Broken Twill denim, uma
estrutura em sarja interrompida, assinada por John Neil Walter. Na década seguinte, os
jeans WRANGLER passaram a ser um ícone da cultura jovem e se tornaram um
símbolo da adolescência no mundo todo. Outro reconhecimento ocorreu em 1974,
quando a PRCA (Associação Americana Profissional dos Caubóis de Rodeio), tornou o
jeans Cowboy Cut 13MWZ da WRANGLER o primeiro e único jeans com sua
aprovação. Foi então que ficou conhecido pela maioria de seus consumidores como um
jeans “Pró Rodeio”. Hoje em dia, o jeans pode ser achado em 125 tamanhos com uma
grande variedade de cores e lavagens.

Em 1980 a marca WRANGLER desembarcou oficialmente no Brasil. Ainda nesta


década, em 1986, a empresa realizou uma fusão com a VF Corporation, tornando-se
uma das maiores produtoras de jeans do mundo. Como o conforto tornou-se um item
importante cada vez maior para o consumidor americano, na década de 90, o novo jeans
Cowboy Cut Relaxed Fit oferecia o mesmo conforto que um jeans contemporâneo mas
com a tradição do autêntico jeans western em estilo e funcionalidade. O sucesso da
marca pode ser comprovado em 1996, quando uma em cada cinco calças jeans vendidas
nos Estados Unidos era da marca WRANGLER. Para atender a alta demanda mundial,
em 2001, a marca iniciou a produção de seus famosos jeans no México. A marca se
tornou tão forte que a WRANGLER lançou roupas para esportes ao ar livre
(WRANGLER PRO GEAR), introduzida em 2003; roupas esportivas e despojadas (sob
a marca WRANGLER HERO) e até uma linha completa de móveis (WRANGLER
HOME) inspirados no mais puro estilo country.

A WRANGLER, historicamente, destacou-se como marca de jeans mais forte do


segmento country. Ela construiu o universo de sua marca com os elementos
significativos do mundo country, que, com todo seu conteúdo mítico, foi, e ainda
continua sendo, um poderoso motor de propulsão. A força da marca se deve, em parte, à
imagem de legitimidade e agilidade, sendo conhecida, incontestavelmente, como “uma
roupa para caubói”.

Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Lançamento: 1947
● Criador: Ben Lichenstein
● Sede mundial: Greensboro, North Carolina
.Você sabia?
● Em 1982 a marca patrocinou o lendário piloto da NASCAR Dale Eanrhardt, cujo
carro ficou conhecido como “Wrangler Jeans Machine”.

ADIDAS
Atletas no lugar mais alto do pódio. Quebras de recordes. Limites superados. Vitórias e
títulos. Dificilmente em alguma dessas situações esportivas as singelas “três listras” não
estiveram presentes. Nenhuma marca simboliza mais a eficiência e competitividade
alemã nos esportes que a adidas.

A história
As origens da marca datam de 1920 quando Adolph Dassler, filho de um sapateiro,
iniciou um pequeno negócio na cidade alemã de Herzogenaurach, localizada no coração
da Francônia, ao norte de Nuremberg, para produzir calçados esportivos e malas
militares e como forma de sustentar sua família. A velha lavanderia de sua mãe foi
rapidamente convertida em uma modesta oficina de 18 metros quadrados. Mas o jovem
fanático por esportes precisaria ser muito criativo para trabalhar nos difíceis anos do
pós-guerra, sem dispor de máquinas, eletricidade ou materiais adequados. Inicialmente,
o negócio era parecido com o de qualquer outro sapateiro, mas ele nunca desistiu de seu
sonho e da paixão por desenvolver calçados esportivos duráveis para proteger os atletas
de lesões. Todos os calçados eram de couro e feitos à mão.

Após um período difícil de inflação e desemprego, seu irmão, Rudolf, se juntou ao


negócio em 1924. Foi então que os irmãos fundaram no dia 1 de julho a “Gebrüder
Dassler Schuhfabrik” (em alemão, Fábrica de Calçados Esportivos dos Irmãos
Dassler), inicialmente empregando apenas 12 trabalhadores. Sendo um vendedor
treinado, Rudolf era responsável principalmente por tarefas administrativas, enquanto
Adolf concentrava-se no desenvolvimento e na produção. Em pouco tempo, trabalhando
dia e noite em sua oficina ampliada, os irmãos e seus funcionários conseguiam produzir
50 pares de calçados por dia. Em 1925, Dassler obteve suas primeiras patentes: uma
para um calçado de corridas com cravos forjados a mão, e outra para uma chuteira de
futebol com travas. Tudo motivado pela ideia que o guiou durante toda sua vida: a de
que cada atleta tivesse o calçado adequado para o esporte que praticava, evitando assim
lesões e melhorando o desempenho. O sucesso dos modelos serviu de incentivo para
Adi Dassler, que logo desenvolveu calçados esportivos específicos para outras
modalidades. Em 1927 os irmãos alugaram suas primeiras instalações e rapidamente a
produção subiu para 100 pares de calçados por dia.

Utilizando sua própria experiência e a ajuda de atletas e técnicos para desenvolver e


projetar seus calçados, já em 1928 alguns esportistas alemães disputaram os Jogos
Olímpicos de Amsterdã utilizando calçados especiais da oficina dos irmãos Dassler. No
ano seguinte, a empresa produziu suas primeiras chuteiras de futebol, com solado de
couro e travas combinadas com uma “barra de estabilização”. Nos Jogos Olímpicos de
Los Angeles, em 1932, o alemão Arthur Jonath tornou-se o primeiro atleta a ganhar uma
medalha usando calçados Dassler, tendo conquistado o bronze nos 100 metros rasos – o
endosso que faltava para os irmãos empreendedores. Nesta década, a oficina produzia,
com a ajuda de 100 funcionários, aproximadamente 30 modelos de calçados para 11
disciplinas esportivas diferentes, incluindo patins com quatro rodas.

Nas Olimpíadas de 1936, em Berlim, atletas usando calçados Dassler conquistaram


nada menos que 40 medalhas de ouro, incluindo quatro do lendário atleta americano
negro Jesse Owens, confirmando assim a reputação dos calçados Dassler entre os
esportistas mais famosos do mundo, despertando o interesse de treinadores de várias
equipes nacionais. Mas o ódio de Adolf Hitler foi tanto que, assim que a Segunda
Guerra Mundial começou, mandou confiscar a fábrica dos irmãos. Com o país em
escombros após o conflito, os irmãos retomaram o controle de seus negócios. Durante
este período, eles encontraram enormes dificuldades para manter o negócio em
funcionamento. A matéria-prima era escassa e eles tiveram que recolher dos escombros
da guerra lona de barracas, couro de luvas de baseball e borracha utilizadas pelos
americanos para poder fabricar seus calçados. Foi neste momento que os irmãos, devido
a divergências, especialmente políticas, resolveram seguir caminhos distintos. Rudi
fundou a Puma. Adi criou a adidas (escrita com letras minúsculas mesmo) com apenas
47 funcionários. O nome deriva da combinação de “ADI”, apelido de Adolph, e “DAS”
iniciais de seu sobrenome Dassler. A partir deste momento os irmãos e as famílias se
tornariam, não somente rivais, mas também inimigas.

A busca por uma imagem que chamasse a atenção, para tornar seus calçados mais
reconhecidos à distância, culminou com o famoso design das três listras, surgindo assim
um dos logotipos mais famosos do mundo. A marca adidas foi registrada somente em
18 de agosto de 1949. Também neste ano, as três listras são registradas oficialmente
como marca comercial da adidas. Adi então, concentrou seus esforços na criação de
novas chuteiras de futebol. O resultado: foram fabricadas as primeiras chuteiras de
futebol com travas de borracha moldada e ajustáveis. Nos Jogos Olímpicos de
Helsinque em 1952, a adidas foi a marca de calçados esportivos mais utilizada pelos
atletas. Foi neste evento que surgiram os primeiros calçados de corrida com travas
removíveis.

Outro acontecimento marcante para a adidas que ocorreu nesta olimpíada foi a
conquista de três medalhas de ouro por Emil Zatopek nos 5.000m, 10.000m e maratona,
utilizando calçados da marca. A conquista do Campeonato Mundial de Futebol pela
Alemanha em 1954 selou definitivamente o sucesso da marca adidas: na legendária
partida final contra a Hungria, conhecida como “a batalha de Berna”, os jogadores da
seleção alemã calçavam leves chuteiras de cano baixo com travas de náilon parafusáveis
especialmente desenvolvidas por Adi Dassler. Nesta época a empresa já produzia mais
de 450.00 pares de calçados todos os anos. Foi nos Jogos Olímpicos de Melbourne em
1956 que Horst, filho de Adi, deu início ao marketing esportivo moderno. No evento,
75% dos atletas que conquistaram medalhas utilizavam calçados da marca adidas.

No final desta década, em 1959, o estabelecimento e a construção de uma fábrica na


França foi a primeira tarefa atribuída a Horst, filho de Adi. Nos Jogos Olímpicos de
Roma em 1960, a americana Wilma Rudolph, apelidada de “Gazela Negra”, ganhou três
medalhas de ouro no atletismo utilizando calçados com travas para curta distância.
Nesta década, o sortimento de produtos se diversificou e cresceu, incluindo a fabricação
de bolas a partir de 1963 e de confecções esportivas desde 1967. Adi Dassler nunca se
cansou, até morrer em 1978, de buscar o modelo perfeito da chuteira, do tênis e das
bolas, o que se traduz em mais de 700 patentes e modelos registrados em todo o mundo.

No início dos anos 90, a marca resolveu investir na junção do esporte com o mundo da
moda, lançando produtos antigos e clássicos com uma nova interpretação. Fundindo-se
com o grupo francês Salomon, especializado em equipamentos para a prática de esqui
na neve, em 1997, após uma fase de fracassos financeiros, a então ADIDAS-
SALOMON passou a congregar a maior variedade do mundo em artigos esportivos, que
eram vendidos sob diferentes marcas, em um total de 600 modelos de calçados e 1.500
peças de confecção. A adidas também comprou as empresas Taylor Made Golf e
Maxfli, permitindo assim a concorrência com a Nike Golf. Em 2005, ano em que
vendeu a marca Salomon, a empresa deu um grande passo para tentar recuperar o
mercado mundial de equipamentos esportivos ao comprar a tradicional inglesa Reebok
por US$ 3.5 bilhões.

No ano seguinte executou outra manobra ousada ao pagar cerca de US$ 400 milhões
para ser patrocinadora oficial da liga profissional de basquete americana (NBA). Em
2008, a empresa inaugurou uma gigantesca loja com 3.170 m² distribuídos por quatro
andares, a maior da marca alemã, na cidade chinesa de Pequim, que servirá de modelo
para futuras lojas nas principais capitais cosmopolitas do mundo. Em 2011, a marca
inaugurou sua primeira Core Store em São Paulo, no shopping Pátio Higienópolis. O
conceito pretende atingir tanto os consumidores de produtos esportivos, quanto os
clientes comuns, que buscam apenas as coleções da marca. Com essa loja, a adidas
passou a contar com 11 lojas em São Paulo, seis a mais que Nova Iorque e sete a mais
que Londres.

A linha do tempo
1931
● Introdução dos primeiros calçados para a prática do tênis.
1950
● Introdução de uma chuteira versátil batizada de SAMBA. Esta chuteira foi criada para
melhor tração no gelo, na neve e em terreno congelado.
1952
● Introdução das primeiras malas esportivas.
1957
● Introdução da primeira chuteira em couro de canguru e solas com ar.
● Desenvolvimento da primeira meia-sola de poliamida para calçados de corrida.
1960
● Em comemoração aos Jogos Olímpicos de Roma, a adidas lança o tênis de
treinamento ITALIA, que se tornaria um dos maiores símbolos da marca, sendo
produzido até os dias de hoje em quantidades muito limitadas.
1963
● Início da produção das bolas de futebol.
1964
● Introdução do TOKIO 64, tênis de atletismo mais leve da época, pesando apenas 135
gramas cada.
1967
● Introdução da primeira linha de roupas esportivas com as tradicionais três listras.
1968
● Lançamento do adidas GAZELLE, um tênis de treinamento que se tornou um dos
maiores sucessos e ícone da marca alemã. Atualmente é um símbolo de status.
● Lançamento do ACHILLE, primeiro calçado desenvolvido para a prática do jogging.
● Primeira empresa do mundo a fabricar solas de poliuretano injetadas com várias
travas.
1972
● O tradicional chinelo ADILETTE foi lançado no mercado, tornando-se um dos
maiores clássicos da marca alemã.
● Desenvolvimento de calçados para corrida com meia-sola que possuía uma
combinação de pele de tubarão e poliamida para proporcionar maior tração.
1974
● Lançamento das primeiras raquetes de tênis.
1976
● Lançamento de um calçado para atletismo com “sistema Vario”, uma combinação de
plástico e metal intercambiáveis.
1982
● Lançamento da COPA MUNDIAL, que se tornou a chuteira mais vendida de todos
os tempos. Extremamente leve (pesa apenas 270g), com travas e solado de poliuretano,
o modelo faz sucesso até os dias.
1984
● Lançamento do MARATHON TRAINING, um revolucionário tênis de corrida com
um pequeno computador acoplado.
1988
● Introdução do revolucionário sistema TORSION, utilizado até hoje na produção de
muitos de seus modelos de calçados. O sistema proporciona estabilidade e controle dos
movimentos da parte da frente do pé e do calcanhar.
1991
● Lançamento da adidas EQUIPAMENT, uma linha de produtos esportivos
profissionais de alto desempenho contendo calçados e roupas. Esta linha foi renomeada
em 2002 para adidas SPORT STYLE.
1994
● Lançamento da adidas PREDATOR, uma revolucionária chuteira que logo se tornou
um grande sucesso no meio futebolístico e um dos produtos de maior sucesso da
poderosa marca alemã.
1996
● Lançamento das chuteiras com tecnologia TRAXION nas solas, representando um
novo marco de desenvolvimento no segmento.
2001
● Lançamento da adidas ORIGINALS, uma linha composta por jaquetas, tênis,
agasalhos e bolsas, produzida entre as décadas de 20 e 80, e relançada com novos
desenhos e interpretações, que se tornou carro-chefe da onda retro, e também uma
verdadeira mina de ouro para a marca, respondendo por cerca de 15% das receitas
globais da empresa. São peças decoradas com as indefectíveis três listras e o logotipo
em forma de trevo.
● Inauguração das duas primeira unidades da adidas ORIGINALS STORE nas cidades
de Berlim em setembro e Tóquio em dezembro, para vender os produtos “fashion” da
marca alemã. A loja se tornou um sucesso em cidades que possuem estreita relação com
a moda, como Barcelona, Milão, Nova Iorque, Amsterdã, Londres, São Paulo, Miami,
Seul e Hong Kong. Atualmente existem mais de 160 unidades ao redor do mundo.
● Lançamento do projeto “Experiência em Personalização”, que proporcionava aos
consumidores a oportunidade de criar seu próprio calçado exclusivo segundo suas
especificações pessoais exatas em termos de função, ajuste e aparência.
2002
● Lançamento da Y-3, uma linha fashion assinada pelo designer japonês Yohji
Yamamoto, composta por produtos com estilo minimalista e um toque futurista. O “Y”
vem de Yohji Yamamoto e o “3” representa a famosa assinatura de três listras e o hífen
‘ significa a ligação entre os dois.
2003
● Lançamento do adidas JetConcept, um revolucionário tecido empregado em trajes
aquáticos para nadadores profissionais que diminuía a resistência da água em relação ao
corpo. O produto ganharia enorme visibilidade com o nadador Ian Thorpe que utilizou a
vestimenta no campeonato mundial realizado em Barcelona onde conquistou três
medalhas de ouro, uma de prata e outra de bronze.
● Inauguração de sua nova loja de fábrica, localizada em sua sede, com 3.500 metros
quadrados.
2004
● Criação da linha de roupas feminina no estilo esporte/fashion assinada pela badalada
estilista Stella McCartney. A linha, batizada de adidas by Stella McCartney, foi
bastante aclamada pela crítica.
2005
● Lançamento do adidas a1, primeiro tênis inteligente do mundo. Possuía na sola um
microprocessador capaz de fazer 5 milhões de cálculos por segundo. O tênis sabia onde
pisava: um sensor instalado na parte inferior do calcanhar verificava a inclinação do
solo, o tipo de superfície (cimento, madeira, terra ou areia) e enviava esses dados ao
chip, que, então, ajustava o amortecimento do tênis de acordo com o impacto. O tênis
foi considerado a grande invenção de artigos esportivos da última década, e mesmo com
seu sistema computadorizado pesava apenas 425 gramas. Mas o preço não era nada
leve. Aqui no Brasil, chegou á custar R$ 1.000. Por isso mesmo, a adidas restringiu a
produção a 10.000 unidades.
● Lançamento do PROJECT FUSION, primeiro projeto de treinamento integrado do
mundo.
● Lançamento do adidas_1 BASKETBALL, primeiro tênis inteligente de basquete do
mundo.
2006
● Lançamento da adidas +F50 TUNIT, chuteira que tinha três opções de cravos, duas
de palmilhas e três de carcaças. Essa nova tecnologia revolucionária permitia que o
jogador modificasse a qualquer momento o calçado, adaptando-o para qualquer tipo de
campo, condição climática e estilo pessoal.
● Lançamento da inovadora coleção masculina PORSCHE DESIGN, composta por
peças para desempenho de alta tecnologia para o esporte e o design.
● Inauguração da Mi Adidas Innovation Center, uma espécie de centro tecnológico,
localizada na badalada Avenida Champs-Élysées em Paris, onde o consumidor pode
fazer o seu próprio tênis, customizado inclusive os pontos principais que tocam o chão
de forma específica para cada pé. No centro da loja existe uma passarela que capta o
movimento dos pés e informa ao computador central qual o maior ponto de impacto
para um caso específico. A partir daí o consumidor poderá escolher toda a estrutura
externa do tênis e depois de 3 a 4 semanas o tênis é entregue em sua residência.
2010
● Lançamento da linha adidas NEO, que traz uma variada gama de produtos que
misturam as características dos materiais esportivos com a casualidade do dia a dia,
tendo como principal objetivo criar artigos para todo tipo de ocasião com preços mais
acessíveis.
2012
● Lançamento do tênis Adidas adiZero F50 Runner 2, confeccionado em material
sintético, leve e resistente, com cabedal respirável, ideal para acompanhar os treinos
mais intensos. Possui uma estrutura sem costuras, tornando mais fáceis e ágeis os
movimentos durante a corrida. Indicado para corredores com menos de 80 kg, tem um
solado que proporciona um impacto muito mais suave, equilibrado e natural, além
oferecer uma maior resposta e propulsão em cada pisada.

Inovação Made in Germany


A marca alemã sempre primou pela busca da excelência em seus produtos, não medindo
esforços e investimentos em pesquisas e estudos que resultassem em tecnologias
inovadoras capaz de auxiliar o atleta, da melhor forma possível, durante a prática
esportiva. A marca alemã inovou ao longo da história introduzindo tecnologias como: a³
(introduzida em 2002) um sistema, com elementos moldados independentemente,
projetados para amortecer, direcionar e impulsionar os pés a cada passo; ClimaCool
(introduzida em 2002) que consistia em produtos com ventilação de 360º; e a a², um
sistema de gerenciamento de energia, que amortece, orienta e impulsiona o pé
proporcionando a passada perfeita.

Um ícone de travas
O futebol foi o esporte que impulsionou a ADIDAS rumo ao sucesso e reconhecimento
mundial. Tudo começou na década de 1920 quando as pesadas bolas e chuteiras (de
quase 1 kg) faziam com que os jogadores sentissem enorme dificuldade em arrematar
com qualidade. Para melhorar esse quesito os irmãos Dassler realizaram modificações
no calçado. Era o início de uma revolução no futebol. As inovações mais marcantes
começaram na década de 1950: os canos baixaram, as travas podiam ser trocadas de
acordo com o terreno e o peso foi reduzido para 500g. A partir de então, ao longo das
décadas, a marca alemã vem continuamente criando inovações (como por exemplo, a
utilização do tecido de couro de canguru) e utilizando o que há de mais moderno em
tecnologia para lançar modelos de chuteiras que facilmente caem no gosto de grandes
jogadores de futebol, já tendo calçado os pés de lendas, como por exemplo, Zinedine
Zidane, Zico, David Beckham, Raúl Gonzales, Kaká, Lotthar Mathaus, Lionel Messi,
entre outros craques.

O maior ícone da ADIDAS neste segmento apareceria em 1994: ADIDAS


PREDATOR, que tinha como principal atrativo linhas de borracha acopladas à parte
superior do cabedal, mais precisamente no “peito do pé”, que prometiam mais potência
ao chute. Em 1995, o modelo seguinte a ser lançado seria o RAPIER (primeira chuteira
da marca que trazia cores diferentes, até então a ADIDAS só fabricava modelos em
preto e branco). A PREDATOR TOUCH, lançada em 1996, foi inovadora pelo fato de
ter sido a primeira a utilizar solado com as travas do tipo “Traxion” e possuir uma
língua que cobria toda a área dos cadarços, o que proporcionava uma maior área de
chute. Lançada pouco antes do mundial da França, em 1998, a PREDATOR
ACCELERATOR, trazia uma reestilização do solado Traxion e a inovação dos laços
assimétricos, além de oferecer quatro diferentes combinações de cores (preto e branco;
preto, vermelho e branco; vermelho e preto; e branco e amarelo). Já a PREDATOR
PRECISION trouxe em 2000 as travas Traxion que eram intercambiáveis (fabricadas
em diversas alturas, permitia serem trocadas de acordo com a condição do gramado). O
modelo PREDATOR MANIA, lançado em 2002 e difundido na Copa do Mundo do
Japão e da Coréia do Sul, trouxe inovações e novas cores (como por exemplo,
champanhe e dourado). Já a PREDATOR PULSE, lançada para Eurocopa de 2004,
com as tradicionais cores preta e vermelha, trouxe consigo o PowerPulse, um sistema
de deslocamento de 40 gramas de peso para a ponta da chuteira que prometia otimizar o
centro de gravidade do usuário em relação ao ponto de impacto do chute. Em 2008 foi a
vez do modelo PREDATOR PowerSwerve, cuja novidade era um material chamado
“Smartfoam”, que segundo a marca prometia um aumento do controle, efeito e força
aos diversos movimentos do toque de bola. O penúltimo modelo dessa linha, lançado
em 2010 e batizado de PREDATOR X, utilizava tecnologia “PowerSpine”, que
prometia aumento no efeito posto na bola a cada chute.

Em 2012 a empresa lançou a última geração das chuteiras PREDATOR, batizada de


LETHAL ZONES, isto porque possui cinco “zonas letais” que prometem um arsenal
de possibilidades pra quem souber usá-las: uma zona de alta velocidade e dribles; outra
para o domínio perfeito; uma para impor velocidade na finalização do chute a gol; uma
para maior controle de bola e passes de longa distância e, ainda, um ponto ideal para
passes de precisão. A nova chuteira é o primeiro modelo desta linha equipada com a
tecnologia miCoach, o que significa que os jogadores podem acompanhar seu
desempenho compilando dados como distância, número de arrancadas e velocidade
máxima, e transferi-los para o celular ou computador. A chuteira também possui a
revolucionária estrutura da sola Sprint Frame, que oferece um equilíbrio perfeito entre
leveza (225g) e estabilidade, bem como a configuração das travas Traxion 2.0, que
garantem máxima aderência e aceleração. Como estratégia de marketing, a marca lança
um novo modelo da linha PREDATOR a cada dois anos, coincidindo com a Eurocopa e
a Copa do Mundo.

O escândalo
A história da empresa apresentada em sua página oficial na Internet está incompleta.
Talvez por que esteja indiretamente ligada a escândalos financeiros. Tudo começou
após um período de sérios problemas depois da morte repentina e precoce do filho de
Adolf Dassler, Horst, em 1987 aos 51 anos, quando a empresa foi comprada em 1989
por Bernard Tapie, um famoso empresário que fez fortuna resgatando empresas quase
falidas, desmantelando-as e vendendo-as parte por parte, por 1.6 bilhões de francos
franceses (US$ 320 milhões), dinheiro este originário de empréstimos. Ao assumir o
comando da empresa ele decidiu mudar a produção para o continente asiático, onde a
mão de obra era abundante e barata. Também contratou a cantora Madonna para
divulgar a marca no mundo. Porém, em 1992, não conseguiu pagar os juros de seu
empréstimo. Então, pediu ao banco Crédit Lyonnais para vender a empresa. Ao invés
disso, o banco acabou comprando a ADIDAS, o que é normalmente proibido pelas leis
francesas. Aparentemente, o banco estatal tentou fazer um favor ao polêmico
empresário, tentando livrá-lo dos problemas, já que ele era ministro de Assuntos
Urbanos no governo francês da época. Esquecendo por que o banco realmente comprou
a adidas, ele mais tarde processou-o, porque se sentiu lesado pela venda. Em fevereiro
de 1993, o banco vendeu a empresa alemã para Robert Louis-Dreyfus, um amigo do
próprio Bernard Tapie (e primo de Julia Louis-Dreyfus do famoso seriado de TV
Seinfeld). Robert se tornou o novo presidente da empresa. Ele também era presidente do
time de futebol Olympique de Marseille, ao qual Tapie era intimamente ligado. O
próprio Tapie foi à falência em 1994, sendo alvo de diversos processos, principalmente
relacionado à manipulação de resultados no futebol. Condenado, passou seis meses na
prisão La Santé em Paris em 1997 depois de ter sido sentenciado à 18 anos de reclusão.
Robert Louis-Dreyfus foi muito bem sucedido administrando a adidas até 2001.
Admitidamente, seu grande segredo foi simplesmente copiar com eficiência o que a
Nike e a Reebok faziam no mundo.

Dados corporativos
● Origem: Alemanha
● Fundaçã o: 18 de agosto de 1949
● Fundador: Adolph Dassler
● Sede mundial: Herzogenaurach, Alemanha
O valor

Você sabia?
● Atualmente, a adidas é a segunda maior empresa de equipamentos esportivos do
mundo, atrás da maior rival a Nike, e líder na Europa onde a marca americana é a
segunda. No entanto, é a maior distribuidora de equipamentos esportivos para futebol
com 40% do mercado mundial.
● Calçados feitos à mão para alguns nomes importantes, como David Beckham, ainda
são produzidos na Alemanha.
● Alguns fãs da marca dizem que adidas são as iniciais para All Day I Dream About
Sports (Todos os dias eu sonho com esportes), o que não é verdade.

NIKE

“If you have a body, you are an athlete”. Em português, “Se você tem um corpo, você é
um atleta”. Pode parecer um exagero, mas não é. É verdade. Mesmo você, que não faz
exercício físico, sabe disso. Já se você faz qualquer atividade física, sabe melhor do que
ninguém que a afirmação é rigorosamente verdadeira. Seja como for, mais que uma
simples frase, ela é a síntese da missão da NIKE que há mais de 40 anos atrás produzia
tênis e hoje fabrica desejos. Quem os compra, leva de brinde todo um ideal de vitória.
Mesmo que não ganhe uma medalha sequer, em qualquer competição esportiva. Tênis e
uma centena de outros produtos são apenas um endosso. Seu logotipo, que não carrega
mais o nome da marca, dispensa explicação. Talvez seja a mais contundente e
representativa síntese gráfica de uma marca. Nenhuma outra marca ligada aos esportes
voou tão alto nas asas de sua originalidade e relação com seus consumidores. O slogan
“Just do it” passa ideia de simplicidade. Mas não é tão fácil assim inovar e se manter
no topo por tanto tempo. No entanto, é o que a NIKE faz. E há décadas. NIKE é um
mito que patrocina mitos. 

A história 
A ideia de criar a NIKE surgiu de um projeto de MBA de Phil Knight, um ex-atleta de
corridas de média distância da universidade de Oregon, enquanto este frequentava o
curso de gestão administrativa da tradicional universidade de Stanford. Ele acreditava
que, ao importar tênis que eram fabricados no Japão, utilizando mão-de-obra barata,
poderia conquistar uma parcela de mercado da marca alemã Adidas. Começou então
pelos tênis de atletismo. Em 1963 foi ao Japão negociar com a marca Onitsuka Tiger (a
atual Asics) a importação e representação de tênis para atletismo, com o objetivo de
introduzi-los no mercado americano, que até aquele momento era dominado por marcas
alemãs. No ano seguinte a primeira remessa de 300 pares da Tiger chegava à cidade de
Portland, no Oregon, costa oeste dos Estados Unidos, em nome da empresa Blue Ribbon
Sports, que Phil Knight e Bill Bowerman, seu treinador de atletismo na universidade de
Oregon, haviam criado no dia 25 de janeiro com apenas US$ 1.000 e um aperto de mão.
No primeiro ano de existência a empresa faturou US$ 8.000.

Bill prontamente modificou o modelo, incorporando ao tênis a primeira entressola


completamente acolchoada, inovação radical para a época. O tênis caiu no gosto do
público e tornou-se o modelo da Tiger mais vendido em 1968. A dedicação à corrida era
tanta que ambos sentiram a necessidade de um tênis que pudesse contribuir para a
melhoria do desempenho dos atletas. Bowerman decidiu então, em 1970, testar um
solado de forma inusitada, mas que acabou dando certo: em sua cozinha despejou
borracha na chapa de waffles da esposa para criar um solado melhor, mais leve e
durável. Surgia então um tênis com uma sola leve e ondulada, muito mais aderente e
considerada revolucionária para a época. A dupla então começou a produzir seus
próprios tênis.

Esta parceria não poderia ser melhor, além de grandes amigos, ambos entendiam do
negócio que estavam começando. Enquanto Phil vendia os tênis no porta-malas de seu
carro nas competições de atletismo realizadas pelo território americano, Bill cuidava do
desenvolvimento e design de novos modelos. A partir daqui a tecnologia ligada ao
esporte nunca mais seria a mesma. Mas os novos tênis com a primeira entressola
inteiriça da história, que seriam produzidos inicialmente no México, precisavam de uma
marca. 

E isto aconteceu no ano de 1971, quando a jovem estudante de design gráfico,


Carolyn Davidson, criou por míseros US$ 35 o famoso símbolo da marca, chamado
Swoosh. O nome Nike surgiu logo depois e foi por sugestão de Jeff Johnson, ex-rival
de Phil nas pistas de atletismo e primeiro funcionário da Blue Ribbon Sports, que
havia sonhado com a Deusa grega da vitória, “Niké” (pronuncia-se niqué),
representada como uma jovem alada. Diziam os gregos que a Deusa podia voar e
correr em grandes velocidades. E nada mais apropriado para a nova marca que
surgia. 

A primeira aparição oficial da marca em eventos esportivos foi em 1972, nas


classificatórias olímpicas realizadas no estado do Oregon. Os atletas da maratona que
usaram o tênis NIKE CORTEZ classificaram-se entre o 4º e o 7º lugar, enquanto os
atletas da marca Adidas conquistaram os três primeiros lugares. Para promover a marca,
a empresa confeccionou camisetas distribuídas durante as eliminatórias, sendo o
primeiro item de vestuário da NIKE. Desde os corredores até fãs e juízes usaram as
camisetas. Foi neste mesmo ano que o Canadá se tornou o primeiro país estrangeiro a
receber os produtos da marca. Neste período Bowerman melhorou o material das solas
utilizando borracha mais flexível, mais elástica e menos compacta. Em 1976, nas
eliminatórias olímpicas americanas na cidade de Eugene, os tênis NIKE eram vistos em
abundância nos pés de jovens promessas do atletismo.

Sua verdadeira expansão internacional começou em 1978, ano em que a empresa passou
a ser oficialmente chamada NIKE Inc., com a entrada no mercado sul-americano e
distribuição dos produtos no continente europeu. Este ano foi marcante, pois mesmo
que de forma tímida, a empresa criou o departamento de futebol e assinou um contrato
para fornecer material esportivo com o time profissional de Portland. Nos dois anos
seguintes, a NIKE assinou contratos com dez associações regionais e quase 40
jogadores. O ano de 1980 foi marcado pela inauguração do primeiro laboratório de
pesquisa e desenvolvimento da empresa, onde era possível testar vários aspectos da
biomecânica e da fisiologia do corpo humano para desenvolver novos produtos. Pouco
depois, em 1982, ingressou no mercado europeu de futebol ao assinar contrato com o
lendário artilheiro Ian Rush, primeiro astro do esporte a entrar para a NIKE FUTEBOL,
e com o Sunderland F.C., que se tornou o primeiro time europeu a vestir um uniforme
criado pela NIKE. Nesse mesmo ano firmou contrato de patrocínio com o time francês
do Paris Saint-Germain. Nesta época a empresa já possuía uma linha de tênis com mais
de 200 modelos.

No final desta década, em 1988, a NIKE ingressou no segmento de calçados não


esportivos ao adquirir a Cole Haan, uma marca Premium de sapatos e acessórios, que a
empresa venderia no final de 2012. A década de 1980 ainda foi marcada por grandes
sucessos, principalmente com os lançamentos dos tênis NIKE AIR e AIR JORDAN,
que se tornaram objetos de desejo entre os jovens do mundo inteiro e impulsionaram
consideravelmente as vendas da empresa. No início dos anos de 1990, a NIKE sentiu a
necessidade de maior poder e controle no varejo e iniciou a inauguração de suas lojas
conceito, batizadas de NIKETOWN. Ainda nesta década o futebol se tornou
extremamente importante para a empresa, tanto em faturamento como em seus planos
de expansão internacional. E foi por isso, que em 1996, a NIKE investiu na qualidade
das chuteiras e inaugurou uma moderna fábrica para produzir esses calçados na antiga
cidade de Montebelluna, na Itália. De lá sairia a chutaria Air GX, em 1997. Essas
instalações continuam sendo fundamentais para desenvolvimento e testes, bem como
para todos os grandes projetos de chuteiras, incluindo a Magista Obra e a Mercurial
Superfly, lançadas em 2014.

Depois de passar por um período difícil entre 1993 e 1997, devido a um plano de
expansão e acusações de utilização de mão de obra infantil em suas fábricas no
continente asiático, o que levou a uma forte queda nas vendas e consequentemente no
faturamento, a NIKE se reposicionou: “decidimos que éramos uma empresa de artigos
esportivos e não apenas uma empresa de calçados”, afirmou Phil Knight tempos
depois. Além disso, a NIKE resolveu entrar para valer na briga direta pelo bilionário
mercado de futebol, esporte mais popular do planeta. A nova visão traduziu-se em
contratos de publicidade e patrocínios que tinham como objetivo alcançar uma
audiência esportiva mais ampla, patrocinando assim atletas individuais, como o jogador
de golfe Tiger Woods. No mês de fevereiro de 2002 anunciou a compra da marca de
roupas e equipamentos de surfe Hurley. No ano seguinte, adquiriu por US$ 305 milhões
a fabricante do tradicional tênis All Star, a Converse. A compra da marca All Star iria
ajudar a ocupar um espaço que a empresa ainda não havia conseguido se fixar: tênis de
preço mais acessível. Nesta época, a NIKE se tornou verdadeiramente uma marca
global, com o faturamento mundial superando o do mercado americano. A campanha
Joga Bonito, lançada em 2006, foi um sucesso mundial para a NIKE. Nela, o ex-
jogador francês Eric Cantona, frustrado com os aspectos negativos do futebol, cria uma
emissora para transmitir seu próprio manifesto defendendo os atributos que podem
salvar o esporte que ele ama: honra, garra, habilidade, alegria e espírito de equipe. Para
tanto, ele contou com a ajuda de craques como os brasileiros Ronaldinho Gaúcho e
Ronaldo Fenômeno, o francês Thierry Henry e o inglês Wayne Rooney. O sucesso da
campanha foi refletido em números: a marca vendeu mais de 2.4 milhões de uniformes
e aproximadamente 23 milhões de pares de chuteiras em todo o mundo, consolidando
assim uma posição de liderança, ao lado da rival Adidas, no segmento de futebol. Em
2007 a empresa surpreendeu o mundo ao adquirir por US$ 582 milhões a tradicional
UMBRO, marca britânica com uma sólida herança e com uma profunda experiência no
esporte mais popular do mundo e no maior mercado de futebol do planeta, acirrando
ainda mais a guerra com a rival Adidas. A Umbro seria vendida poucos anos depois.

Em 2008, os Jogos Olímpicos na China serviram de palco para a apresentação da


tecnologia Flywire, que permitia mudar a forma como calçados eram projetados,
reduzindo ao mínimo a quantidade de tecido necessária para estruturar o tênis. Essa
nova tecnologia, que consumiu sete anos de intensas pesquisas, foi inspirada nas
famosas pontes suspensas. Atualmente a NIKE trabalha com duas grandes categorias de
produtos: Performance (produtos para uso esportivo) e Sports Culture (produtos para
uso casual inspirados no esporte). E um de seus mais recentes lançamentos atende pelo
nome de NIKE ROSHE FLYKNIT, um tênis cujos designers da empresa conseguiram
criar um estilo dinâmico ao reunir 12 cores diferentes de fios que foram trabalhados em
ordem aleatória para criar os cabedais, fazendo com que não existam dois tênis
exatamente iguais. Focando apenas no que é realmente necessário, esse modelo não tem
adornos, apenas as necessidades básicas de um calçado, proporcionando respirabilidade
e amortecimento ultraleve em um design minimalista para todas as ocasiões.

Por tudo isso, a NIKE pertence àquele escasso time de empresas reputadas por
revolucionar o setor em que operam. Maior fabricante mundial de artigos esportivos, a
empresa foi pioneira no movimento de terceirização da produção, que acabou por se
tornar um padrão global. Sem fábricas próprias, a NIKE passou a se concentrar na
inteligência de marketing, design e inovação. Também transformou sua marca em um
ícone mundial ao casar cultura popular com esportes e elevar o culto ao atleta a um
ponto nunca antes imaginado. Nesse processo, criou o marketing esportivo moderno e
produziu uma legião de milionários e vitoriosos. Tênis inspirados em pontes.
Laboratórios que aplicam tecnologia espacial. Funcionários livres para treinar a
qualquer hora do dia. A NIKE é realmente uma empresa diferenciada.
A linha do tempo 
1971 
● Lançamento da chuteira THE NIKE, primeira tentativa da empresa em ingressar no
mundo do futebol. O calçado que custava US$ 16.95 não era muito resistente a climas
frios e úmidos, e logo foi “jogado pra escanteio” enquanto a empresa se concentrava em
calçados para corrida, tênis e basquete. 
1972 
● Lançamento do NIKE CORTEZ, primeiro tênis de corrida produzido pela empresa,
confeccionado em náilon e camurça, e que desde então se tornou um símbolo dentro da
NIKE. O tênis foi batizado com o nome do conquistador espanhol Hérnan Cortez que
dominou o México no século XVI. Desde gangues em Los Angeles, descendentes de
mexicanos, motoqueiros, grafiteiros, artistas e roqueiros, muita gente adotou o modelo
como “tênis oficial” nos anos de 1980 e 1990.
● Introdução de sua primeira linha de calçados, entre eles o conhecido “Moon Shoe”,
com seu solado baseado em “waffles”, distribuído largamente em competições
eliminatórias de atletismo pelos Estados Unidos. 
● Lançamento do NIKE BLAZER MID, tênis inspirado em um modelo utilizado pelo
jogador de basquete George “Iceman” Gervin da equipe do San Antonio Spurs durante a
década de 1970. 
1974 
● Lançamento do NIKE WAFFLE TRAINER, um tênis para treinamento com o
tradicional solado waffle. 
1975 
● Lançamento do NIKE ELITE, tênis de corrida que rapidamente se tornou um dos
mais estrondosos sucessos da marca. 
1977 
● Criação do NIKE AW77, um agasalho clássico de meio zíper com capuz estilo
mergulhador com camadas múltiplas. O AW77, que significa “Athletics West 1977”,
primeira organização americana apoiada pela NIKE, e que dava suporte aos atletas
americanos para que pudessem se dedicar inteiramente a seus treinamentos, foi criado
por Geoff Hollister, terceiro funcionário na história da empresa. 
1978 
● Lançamento do NIKE WALLY WAFFLE, BURT BRUIN e ROBBIE ROAD
RACER, primeira linha de calçados da marca voltada para o público infantil. 
● Lançamento do NIKE WINDRUNNER, o tradicional agasalho de náilon para
corrida, desenvolvido para resistir ao clima (chuva e vento) e oferecer condições
máximas de desempenho aos atletas. 
1979 
● Lançamento do NIKE TAILWIND, primeiro tênis com bolsas de ar no solado. Os
famosos tênis haviam estreado no dia 30 de novembro de 1978 na maratona de
Honolulu nos pés de pouquíssimos e selecionados atletas. 
● Lançamento do NIKE APPAREL, a linha de acessórios, vestuário e equipamentos da
marca. 1982 
● Lançamento do NIKE AIR FORCE I, primeiro tênis de basquete a utilizar a
tecnologia Air, e do NIKE AIR ACE, voltado para a prática do tênis. 
1983 
● Lançamento do NIKE PEGASUS, tênis de corrida mais celebrado entre os
corredores, amadores e profissionais, e o mais vendido de todos os tempos. O agora
clássico tênis tem seu nome em homenagem ao Pegasus, cavalo alado divino da
mitologia grega, e que tinha como objetivo ser um tênis de corrida para todo o tipo de
corredor proporcionando leveza, rapidez e amortecimento de qualidade. O tênis pesava
apenas 283 gramas, custava US$ 50 e foi concebido por Mark Parker, atual CEO da
empresa, mas então designer de tênis, e Bruce Kilgore, designer responsável pelo Air
Force 1. Em 1987, a febre do amortecimento Air entre os corredores levou a empresa a
incorporar a tecnologia no tênis e a mudar o nome para NIKE AIR PEGASUS. 
1985 
● Lançamento do AIR JORDAN, um tênis para a prática do basquete e primeiro
produto de uma extensa linha com a assinatura do jogador de basquete Michael Jordan.
Até hoje, a linha AIR JORDAN continua sendo uma das mais rentáveis para a empresa. 
● Lançamento do NIKE DUNK, um tênis de basquete que se tornou uma verdadeira
febre entre as equipes universitárias americanas da época. O modelo foi relançado em
1998 e se tornou um ícone da marca, presença constante desde então nos pés de
skatistas até em quadras de basquete. 
1986 
● Lançamento das linhas de vestuário e equipamentos para basquete e tênis, endossadas
pelos atletas Michael Jordan e Jonh McEnroe, respectivamente. 
1987 
● Lançamento dos tênis NIKE AIR e AIR CROSS TRAINING, este último voltado
para a prática da ginástica aeróbica. 
1988 
● Lançamento do NIKE AIR STAB, um tênis que utilizava a nova tecnologia de
estabilização chamada Footbridge. 
1990 
● Inauguração de sua primeira loja temática e conceitual, conhecida como
NIKETOWN, no centro da cidade de Portland, estado do Oregon. 
1991 
● Lançamento da linha de acessórios FIT, cujas peças utilizavam uma malha têxtil de
alta tecnologia. 
● Lançamento do NIKE AIR HUARACHE, tênis criado por Tinker Hatfield, designer
responsável por calçados de grandes sucessos da empresa. 
● Lançamento do NIKE AIR MAX 180, tendo como principal característica a
visibilidade de toda a bolsa de ar na parte traseira do tênis. 
1994 
● Lançamento da NIKE AIR DESCHUTZ, uma sandália feita em borracha que se
tornou um dos produtos mais vendidos da marca. 
1995 
● Lançamento do NIKE ZOOM AIR, sistema de amortecimento de baixo perfil que
oferecia proteção contra impactos. 
1996 
● Lançamento da NIKE EYEWEAR, uma linha de óculos esportivos modernos e
arrojados. 
1997 
● Lançamento do NIKE TRIAX, primeiro relógio especificamente desenvolvido para
atletas, que continha a caixa “torcida” para se adaptar melhor ao pulso. Com o passar
dos anos inúmeros modelos foram introduzidos no mercado. 
● Realiza testes de resistência com jogadores para criar uma chuteira premium, feita de
um novo tipo de couro sintético, o primeiro do gênero no mercado. Os atletas gostaram
tanto da chuteira que se recusaram a devolvê-la. No ano seguinte, na França, a nova
chuteira NIKE MERCURIAL estreou nos pés de Ronaldo. A chuteira era a mais leve
do mundo na época, proporcionando mais aderência e consequentemente maior
velocidade e precisão no chute. 
1998 
● Lançamento da NIKE AIR ZOOM M9, primeira chuteira feminina assinada pela
jogadora americana de futebol Mia Hamm. 
● Lançamento das famosas bolas de golfe da marca (NIKE GOLF BALLS).

1999 
● Lançamento do NIKEID.com, um site que disponibilizava vários modelos de tênis,
malas e relógios com inúmeras opções de personalização, permitindo ao cliente adaptar
o modelo com suas próprias especificações, escolhendo as cores e o estilo que
expressavam sua identidade. “Just do it – yourself” era a mensagem da NIKE para os
consumidores que procuravam produtos personalizados. 
2000 
● Lançamento do NIKE AIR PRESTO, um revolucionário tênis de corrida, disponível
em seis tamanhos diferentes e várias cores. 
● Lançamento da tecnologia SHOX, um sistema de amortecimento extremamente
moderno que utilizava colunas em forma de molas nos solados dos tênis. 
● Lançamento do SWIFT SUIT, uma roupa para atletismo que reduzia o atrito com a
pele em até 7%, podendo assim representar uma melhora de 0,02 segundos em uma
prova de 100 metros rasos. A roupa, um estranho macacão com capuz, criada para
facilitar a aerodinâmica do corpo nas provas de curta distância, se tornou sensação nas
Olimpíadas de Sydney. 
2001 
● Inauguração da NIKE GODDESS, uma loja totalmente voltada para o público
feminino, que abriu sua primeira unidade na cidade californiana de Newport Beach. Em
2004, a rede de lojas foi renomeada passando a chamar NIKEWOMEN. 
2002 
● Lançamento da NIKE COOL MOTION, uma tecnologia inovadora, aplicada em
roupas, baseada no conceito de duas camadas. A camisa e o calção apresentam dois
tecidos, um que fica em contato com a pele e tem a tecnologia DRI-FIT, e um externo,
impermeável, com elasticidade e recortes em mesh (tecido com orifícios), que
maximizam a regulagem térmica através do movimento do jogador. 
● Lançamento dos primeiros tacos de golfe profissionais da marca. O esporte se tornou
tão importante para a empresa que foi criada uma divisão chamada NIKE GOLF,
atualmente a maior do mundo no segmento, com faturamento superior a US$ 790
milhões. Essa divisão vende calçados, roupas e acessórios para a prática do golfe. 
● Lançamento do NIKE GO, um programa comunitário que visava incentivar a prática
de atividade física entre os jovens americanos. 
● Lançamento da NIKE SB (abreviação de “skateboarding”), uma linha de calçados
especificamente desenvolvida para skatistas, que incorporava tecnologia Zoom Air no
solado e língua acolchoada. Nos anos seguintes a linha passou a contar também com
vestuário e equipamentos. 
2004 
● Lançamento da NIKE TOTAL 90, uma avançada linha de bolas, chuteiras e roupas
voltadas para o futebol. 
2005 
● Lançamento da NIKE HERITAGE, uma linha de calçados, vestuário e
equipamentos que expressa a identidade da marca ao longo de sua história. 
● Lançamento do NIKE FREE, tênis que permitia total sensibilidade e flexibilidade em
alto desempenho. 
● Lançamento da NIKE MAXSIGHT, lentes de contato coloridas anti-reflexo para
utilização em vários esportes. 
2006 
● Lançamento do NIKE AIR MAX 360, um tênis revolucionário que não possuía
entressola, apenas ar. 
● Lançamento do NIKE+ iPod SPORT KIT, um sistema sem fios que permitia que o
tênis NIKE+ se comunicasse com o iPod Nano, fornecendo dados sobre a corrida do
atleta. 
2007 
● Lançamento do NIKE AIR NATIVE N7, um tênis desenhado especificamente para
os índios americanos, atendendo os requisitos de forma e largura dos pés dos nativos,
com design inspirado em sua cultura. Para desenvolver o primeiro tênis para uma etnia
ou raça específica, foram realizadas pesquisas com 200 índios de 70 tribos norte-
americanas antes do lançamento do produto. 
2008 
● Lançamento do NIKE ZOOM VICTORY, tênis de corrida mais leve do mundo
pesando apenas 93 gramas, e que possui pinos no solado, corpo feito de náilon
plastificado e sustentado por dezenas de fios de carbono. O tênis é 27 gramas mais leve
que seu antecessor (a sapatilha GOLDEN) que ajudou o americano Michael Johnson a
ganhar medalhas de ouro nas provas de 200 e 400 metros nas Olimpíadas de Atlanta em
1996. 
● Lançamento do NIKE LUNARLITE, um tênis composto de espuma especial
(inspirada na chegada do Homem à Lua), que permite corridas com menor desgaste
físico. 
● Lançamento do AIR JORDAN XX3, um tênis de basquete que utiliza as mais
avançadas tecnologias para comemorar os 23 anos de total supremacia do maior jogador
de basquete da história. ● Introdução da FLYWIRE, uma avançada tecnologia que
consumiu sete anos para ser desenvolvida e se inspirou em pontes suspensas, que
utilizam cabos para dar solidez às suas estruturas. Em vez de se apoiar em camadas de
tecidos para estruturar o calçado, o sistema usa a costura de fios finos e super-
resistentes. Além de permitir a combinação de leveza com resistência, o Flywire utiliza
um método de produção com máquinas de costura automatizadas. Os primeiros pares de
tênis usando o sistema foram apresentados nas pistas de corrida das Olimpíadas da
China. Hoje, essa tecnologia é utilizada em vários produtos, inclusive os tênis de
basquete. 
2009 
● Lançamento da PRO COMBAT, uma nova linha de produtos para esportes de
contato composta por acessórios que se ajustam perfeitamente ao corpo do atleta,
mantendo-o sempre seco, protegido e com total liberdade de movimentos. 
2011 
● Lançamento do NIKE LUNAR ELITE+2, um tênis de velocidade que reúne
estabilidade e agilidade para uma corrida mais rápida. O tênis tem como principal
característica a entressola mais baixa, feita com espumas de menores densidades que
proporcionam estabilidade e uma resposta mais rápida nas corridas em velocidade. 
2013 
● Desenhada para uma nova estirpe de atacantes, a chuteira HYPERVENOM foi
lançada para ajudar os jogadores a criar espaço mais rapidamente e conseguir chutar de
qualquer ângulo. Para enfrentar a crescente velocidade do jogo, a NIKE contou com as
opiniões de Neymar e Wayne Rooney. A inovação NIKESKIN, cujo cabedal de trama
flexível, unido por uma fina camada de poliuretano, garante a sensação mais próxima
possível de se jogar descalço. 
2014 
● Lançamento da linha HYPERWARM FLEX, cuja tecnologia aplicada em tecidos
(especialmente roupas de baixo de alta performance esportiva) responde à necessidade
de atletas para ter proteção, flexibilidade e conforto em climas frios. 
● Lançamento das revolucionárias chuteiras de cano alto, com cabedais Flyknit: a
MAGISTA e a MERCURIAL SUPERFLY.

Nike Air Max: a lenda 


Em toda empresa sempre existe um produto que marca literalmente sua história.
Revolucionário, pioneiro e campeão de vendas. Na NIKE não foi diferente. A empresa
não seria o que é hoje se não fosse NIKE AIR. Esta tecnologia revolucionária e
exclusiva de amortecimento começou a ser desenvolvida em 1978, oferecendo excelente
amortecimento e maior leveza aos atletas. A bolsa em poliuretano de ar (em substituição
a espuma) era embutida na entressola do tênis, oferecendo uma solução durável, leve e
versátil. Como a bolsa de ar não era visível, sua existência era indicada pela palavra
AIR. Este sistema foi desenvolvido por Frank Rudy, um ex-engenheiro aeroespacial da
NASA e maratonista. Após aperfeiçoamentos necessários, foi lançado em 1979 o
modelo NIKE AIR TAILWIND. Essa tecnologia não parou de ser desenvolvida e
aperfeiçoada, até que no dia 26 de março de 1987 surgia finalmente o famoso NIKE
AIR MAX pelas mãos do ex-atleta e arquiteto Tinker Hatfield que projetou o modelo
que revolucionaria o mercado. A força bruta e repetitiva do esporte poderia ocasionar
sérios danos ao corpo e ao desempenho do atleta. Para absorver e dispersar a força
destes impactos, a NIKE desenvolveu bolsas de grande volume, compostas por câmaras
de ar. Sob a forma de uma janela na sola, fez-se visível o invisível, e o sistema de
amortecimento a ar mudou para sempre a forma como a NIKE criava seus tênis. Um
detalhe curioso: muitas pessoas tinham medo que seus tênis explodissem nos pés, como
um plástico bolha. O que obviamente não acontecia. A composição do AIR não era a
mesma do ar que respiramos. A princípio as cápsulas continham hexafluoreto de
enxofre, substituído anos depois por nitrogênio.

Em 1990, com pequenas modificações e variedades de modelos, foi introduzido o Air


Max ’90. Seu sucessor, o Air Max 180, foi lançado mundialmente no mercado em 1991,
e tinha como principal característica a visibilidade de toda a bolsa de ar na parte traseira.
Dois anos depois, uma nova tecnologia chamada Blow Molding, onde as bolsas de ar,
com o dobro de densidade, envolviam a parte do calcanhar, absorvendo o impacto na
planta do pé, foi introduzida no Air Max ’93. No modelo Air Max ’95, a novidade eram
que as bolsas de ar se moviam para a parte dianteira do pé. Com néon na parte da frente,
o tênis recoberto com couro nobuck em um degrade que ia do cinza-claro ao cinza-
escuro e sola preta, era um modelo sem precedentes no mercado. A primeira sola com
bolsas de ar em toda sua extensão que permitiam literalmente caminhar sobre o ar foi
introduzida no modelo Air Max ’97 com sua famosa cor prateada. Em 2000 surgiu o Air
Presto, apelidado de “camiseta para seus pés”, de tão confortável e leve. Em 2003 foi a
vez do Air Max ’03 ser introduzido no mercado. Quando todos já achavam que havia
acabado as evoluções deste modelo, a NIKE surpreendeu e lançou, em 2006, um
modelo revolucionário chamado Air Max 360. Sem entressola, apenas ar. Era o mais
leve da história deste modelo.
Em 2014 o primeiro modelo desta linha, NIKE AIR MAX 1, completou 27 anos de
glórias. Primeiramente como um tênis para quem pratica esporte, ao longo dos anos este
modelo transcendeu barreiras e acabou se tornando um ícone de moda, disseminado por
ídolos do esporte, como Michael Jordan. Além disso, se tornou ícone cultural em 1989
através do filme “De Volta pro Futuro II”, que mexeu com a imaginação de milhares de
crianças e adolescentes do mundo todo quando Marty Mcfly, personagem de Michael J.
Fox, chegou ao ano de 2015 utilizando um par de tênis NIKE AIR MAG em cinza e
branco de cano alto, cuja principal característica era o sistema de cadarços com energia
que se ajustava automaticamente aos pés. E para comemorar tal data a empresa lançou
uma edição limitada que recebeu um tratamento de cores para o Air Max original. Com
a língua estampada com os detalhes do dia 26 de março, o Air Max 1 Air Max Day
combina a parte de cima original, em cor branca/vermelha, com uma entressola do
modelo volt, acentuando a visibilidade do “Air”.

O DNA da marca 
Apesar de atuar em várias modalidades esportivas hoje em dia, a NIKE jamais renegou
seu verdadeiro DNA: a corrida. Afinal foi esta modalidade que fez da NIKE o que ela é
hoje. E a corrida ainda continua na essência da marca americana, que parte do
oferecimento de todas as ferramentas para a prática do esporte, passa pelo incentivo e
alcance de novas metas e vai até a promoção de experiências e sensações por meio de
ativações. A corrida tornou-se uma plataforma agregadora de interesses comuns e
compartilhamento de experiências entre os públicos que se identificam com a NIKE.

Uma das ações pioneiras da marca neste âmbito é a realização de corridas de rua,
modalidade que se tornou muito popular no Brasil nos últimos anos. Em 2004, a
empresa promoveu sua primeira corrida proprietária, a Nike Women’s Marathon
(Maratona das Mulheres), que ocorre todos os anos na cidade de San Francisco na
Califórnia. O faturamento da corrida é convertido em doações para a Leukemia and
Lymphoma Society (LLS), associação americana que luta contra o câncer. Em dez
edições, mais de US$ 143 milhões foram arrecadados e, em 2013, 30.000 mulheres de
54 países participaram do evento. Desde 2005, a marca organizava outra corrida
proprietária, de 10 km e simultânea em oito cidades da América, batizada de Run
Americas Nike 10k. Em 2008, essa corrida envolveu outros continentes e ampliou para
25 cidades, mudando de nome para Human Race 10k.

A partir de 2009, lançou no Brasil a maior corrida de revezamento das Américas, a


600k, de São Paulo até o Rio de Janeiro. As equipes são formadas por convidados e por
meio de seletivas. Desde 2010, a marca promove a Nike Vênus 10k, corrida exclusiva
para mulheres em São Paulo e Rio de Janeiro. Essas corridas de rua promovem uma
alternativa aos atletas, já que podem treinar na rua, em trechos que normalmente não
poderiam, além de serem impactados pela marca em toda sua comunicação, que vai
desde o kit de corrida, o que inclui camisetas exclusivas e outros itens, a stands com
experiências individualizadas.

Além disso, a NIKE encontrou nas corridas uma forma de implantar uma rede global de
relacionamento. Batizada de NIKE PLUS, a comunidade de corredores entrou no ar em
13 de julho de 2006. Para participar dela o consumidor precisa comprar um tênis
acompanhado por um pequeno transmissor. O aparelho instalado no tênis permite ao
corredor coletar dados como distância percorrida, ritmo, tempo e gasto calórico e com a
ajuda de um iPod, iPhone ou Nike+ SportWatch GPS, essas informações podem ser
então transferidas para o site da NIKE. Lá, os usuários trocam mensagens, participam de
competições virtuais, recebem dicas de corrida e até discutem sobre músicas para
embalar os exercícios. O site, que conta com mais de 5.5 milhões de usuários, já teve 60
milhões de acessos em 160 países. Para a NIKE, essa experiência ajudou a vender
produtos e também se transformou em um case exemplar de marketing, já que ajuda a
fidelizar clientes e divulgar a marca com custos muito baixos.

Uma experiência única 


As lojas hoje em dia devem tornar-se algo mais do que apenas um simples lugar para se
fazer compras. Devem ser um ambiente que ofereça um mundo de experiências
multissensoriais, destinadas a criar um vínculo emocional com o consumidor. Pensando
nisso, a NIKETOWN foi desenvolvida e criada em 1990 na cidade de Portland, estado
do Oregon. A música era vibrante e tudo estava relacionado ao “estilo de vida NIKE”,
que faz dos esportes e seus astros o seu principal apelo. Os andares estavam divididos
pela finalidade de uso dos produtos - basquete, beisebol, corrida, futebol, futebol
americano, tênis - e cada espaço tinha atletas que o simbolizavam. Michael Jordan e
seus parceiros estavam enormes nas fotos, em seus melhores momentos. A maioria dos
espaços tinha sons e vídeos relacionados ao esporte, criando assim um ambiente único.
O sucesso da loja foi tamanho que a NIKE resolveu inaugurar outras unidades em
cidades como Chicago (1992), Atlanta (1993), Costa Mesa (1994) e Seattle (1996).

Ainda em 1996 a marca inaugurou sua loja em Nova York. Esta unidade, uma Flagship
(loja âncora) da marca, está localizada próximo à badalada Quinta Avenida em
Manhattan. O projeto e a execução consumiram quatro anos de trabalhos árduos. O
prédio encontrado propiciava a transformação almejada: queriam que a loja parecesse os
antigos e grandes ginásios urbanos encontrados nas metrópoles americanas. A fachada é
exatamente isto. Com cinco andares repletos de todos os tipos de artigos esportivos
imagináveis a loja trabalha com maestria o visual dos produtos. O último andar é
dedicado a uma espécie de oficina de customização de tênis, onde o cliente pode montar
seu próprio modelo, combinando cores no solado e no cabedal. Em uma semana, o tênis
exclusivo fica pronto no Nikeid.studio. Depois vieram as unidades de Boston (1997),
Honolulu (1997), Denver (1999), Miami (1998), Londres (1999), tornando-se a primeira
loja internacional da marca, seguida pela de Berlin e finalmente Paris (2003), no
luxuoso endereço da Champs-Elysées.

A NIKE inaugurou, no dia 13 de novembro de 2008, sua primeira loja própria no Brasil,
e um dos pontos altos do espaço, localizado na Praça dos Omaguás, no bairro de
Pinheiros (São Paulo), é o projeto arquitetônico, que teve como inspiração a estética dos
antigos ginásios esportivos e a cultura urbana. Desenvolvida pelas equipes de
arquitetura e marketing da NIKE e a LAB, escritório dos arquitetos Marino Barros e
Rodrigo Leopoldi, a loja conta com mais de 230 m² de área. Uma das preocupações dos
profissionais foi reforçar o contato com o território urbano, sendo o chão quase uma
extensão natural da rua. A loja vende, com exclusividade, alguns modelos específicos
dos ícones da marca, a maioria itens de colecionador e edições limitadas. Alguns deles
são as edições especiais do tênis Dunk e Cortez, além de camisetas, moletons e
windrunners (os tradicionais agasalhos para a prática da corrida, inclusive na chuva).
Atualmente a NIKE possui mais de 40 lojas próprias no Brasil.

Depois de adotar uma nova tipografia de letra em 1978, ousaram, investiram e


principalmente apostaram na verdadeira essência do branding para que o logotipo
pudesse dispensar o nome da marca. O resultado todo mundo pode ver hoje, uma das
marcas com maiores índices de respeitabilidade e relação emocional com o consumidor
representada apenas por um símbolo.

Ao longo dos anos o famoso símbolo da marca americana foi adotando também outras
cores (como por exemplo, vermelho ou laranja) dependendo da situação de uso ou
aplicação.

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundaçã o: 30 de maio de 1971 
● Fundador: Phil Knight e Bill Bowerman 
● Sede mundial: Beaverton, Oregon, Estados Unidos 
● Website: www.nike.com.br 

Você sabia? 
● A NIKE, líder mundial em vendas de material esportivo, só é a número 2 do mercado
na Europa perdendo apenas para a alemã Adidas em países como França, Espanha e
Alemanha e na Inglaterra onde a marca Umbro é líder no futebol. 
● Em 1987, a marca fez uma campanha publicitária com a música “Revolution”. Na
época, as faixas dos Beatles não podiam ser utilizadas com fins comerciais e a NIKE
acabou desembolsando US$ 15 milhões pelo uso não autorizado. 
● O paralelo com religião não é um exagero. Trata-se, provavelmente, de um caso único
de empresa em que funcionários tatuam no corpo a logomarca do empregador. O grupo
que deu início a essa tradição se chama Ekin (inversão da palavra Nike). É uma espécie
de tropa de elite surgida nos anos de 1970 que visitava lojas de material esportivo com
especialistas que instruíam sobre prevenção de lesões e organizavam pequenos cursos
de vendas. 

REEBOK
Seus produtos estão presentes em quase todas as academias de ginásticas do mundo.
Seus tênis são ideais para quem se preocupa com a saúde ao fazer exercícios físicos.
Uma simples caminhada, uma corrida básica, aeróbica, ginástica. Não importa a
modalidade de fitness, a marca REEBOK está presente em todos os momentos de uma
atividade física, quer seja profissional ou amadora, oferecendo o que há de melhor para
aumentar o desempenho. 

A história 
Em 1890, nos arredores da cidade inglesa de Bolton, o jovem Joseph William Foster,
membro do clube atlético British Bolton Primrose Harries, observou que vários
corredores eram mais rápidos do que ele, e começou a procurar uma forma de melhorar
seu desempenho nas pistas. Martelando um conjunto de pregos feitos por ele nas solas
de seus calçados descobriu que seu desempenho melhorava. Assim, em 1895, ele
constituiu a J.W. Foster and Sons e começou a confeccionar a mão os calçados para
atletismo com travas para os principais corredores do país. Uma curiosidade: o modelo
Foster Deluxe Spike foi líder em sua categoria por 50 anos, causando uma revolução em
relação à tecnologia usada na fabricação de calçados esportivos. Não demorou muito
para conquistar uma clientela internacional elitizada. Continuou a revolucionar a
indústria de calçados esportivos inventando outros produtos como o “Running Pump”
que foi apresentado em 1909. Nas olimpíadas de 1924 atletas já calçavam os tênis feitos
por Foster. Somente em 1958, quando a empresa passou para as mãos de seus filhos,
James e John, e de seus netos, Jeffrey e Joseph, surgiu a marca REEBOK, cujo nome foi
inspirado em uma espécie de antílope africano muito veloz chamado Rhebok (que
justamente significa antílope no idioma africâner).

Em 1979, Paul Fireman, um grande distribuidor de produtos esportivos, apresentou os


tênis REEBOK em uma Feira Internacional de Esportes. Negociou a licença e a
distribuição do produto para os Estados Unidos e nesse mesmo ano, três modelos foram
introduzidos no mercado americano custando US$ 60, sendo os tênis de corrida mais
caros na época. Em 1981, com as vendas excedendo US$ 1.5 milhões, a empresa
começou a dar o grande passo para o reconhecimento mundial da marca ao lançar, em
1982, o primeiro tênis atlético feminino, especialmente desenvolvido para a prática da
ginástica aeróbica, chamado Freestyle - conhecido atualmente como Classic - que se
tornou o tênis feminino mais vendido do mundo. Com este produto a REEBOK
antecipou e encorajou três tendências de peso que transformaram a indústria de calçados
esportivos: o exercício aeróbico, o fluxo das mulheres na prática esportiva e a
fabricação e aceitação do calçado esportivo adequadamente desenhado para adultos,
tanto para uso na rua como “casual”. O sucesso do produto levou ao lançamento da
versão com cano alto (identificada por dois velcros ao redor do tornozelo) e várias cores
como preta, vermelha, amarela, azul e até cor-de-rosa. Além disso, um modelo
masculino também foi lançado, o Ex-O-Fit, que foi desenhado pelo neto de Joseph
William, David Foster.
Em 1984 Paul Fireman comprou a empresa da família Foster. Nesta década a REEBOK
começou sua expansão internacional com a distribuição de seus produtos na Dinamarca
(1984), França (1984), Itália (1986), Suíça (1986), Suécia (1986), Alemanha (1987),
Espanha (1987) e Portugal (1987). Através de ofertas públicas de ações no final desta
década, a REEBOK captou aproximadamente US$ 160 milhões em capital,
possibilitando a diversificação de sua linha de produtos através da aquisição de outras
empresas de calçados, como por exemplo, a Rockport (uma das empresas mais
importantes em design de tênis casuais de alto conforto para caminhadas), Frye, Avia e
a italiana Ellesse (fabricante de calçados e roupas esportivas com preços elevados).
Além disso, nesta década a empresa lançou um de seus tênis de maior sucesso: Reebok
Court Royal Low, cujo couro macio proporcionava ao pé o apoio necessário e a
palmilha de espuma removível aumentava a proteção contra o impacto do solo. De 1988
até o fim de 1991 a REEBOK ampliou sua distribuição para 129 países ao redor do
mundo.

Em 1992, a REEBOK iniciou uma mudança de sua imagem, antes voltada somente para
a prática da ginástica e exercícios físicos, lançando linhas específicas para o futebol
americano, futebol, beisebol, basquete, track & field e outros esportes, aumentando sua
presença esportiva internacional com novos estilos de tênis e acessórios para a prática
de inúmeras modalidades. Essa mudança surtiu resultado na Olimpíada de Atlanta em
1996, onde 30% dos atletas utilizavam produtos com a marca REEBOK. Além disso, a
marca desenvolveu importantes tecnologias para aumentar o desempenho, entre as quais
a GraphLite (uma estrutura composta de grafite desenhada para suportar arcos leves),
Dynamic Cushioning (um solado desenhado para acolchoar calçados para exercícios de
caminhada) e a Hytrel Foam (um material durável para acolchoamento e adequado para
pular). Esta década marcou o início de uma estratégia importante para a exposição da
marca britânica: os grandes contratos publicitários com atletas de nome como o jogador
de basquete Allen Iverson e a tenista Venus Williams. Os contratos com grandes Ligas
Profissionais começaram em 2001 com a NBA (durou até 2006) e em 2002 com a NFL
(Liga Profissional de Futebol Americano), para licenciar produtos das equipes
profissionais.

Em 2006 a REEBOK foi vendida por US$ 3.8 bilhões para a alemã Adidas. Demissões,
reposicionamento de marca e revisão de metas de crescimento fizeram parte do projeto
de resgate de uma empresa apática quanto à evolução do setor. Seus tênis de US$ 60
eram vendidos em supermercados americanos ao lado de meias e shorts de poliéster
made in Taiwan. Além disso, completamente desmotivados, os departamentos de design
e gestão de produtos criavam itens de pouco impacto em um mercado ávido por
inovação. O trabalho dos alemães foi árduo e custoso, mas aos poucos conseguiu
reerguer e reestruturar a então combalida REEBOK no mercado mundial. A partir de
2008, a REEBOK iniciou o lançamento de seu comércio on-line em vários países do
mundo. Além disso, a marca iniciou o apoio e patrocínio ao CrossFit, programa de
treinamento que desafia a força e o condicionamento físico do aluno trabalhando suas
capacidades como resistência cardiovascular, resistência muscular, força, flexibilidade,
potência, velocidade, equilíbrio, coordenação, agilidade e precisão. Com isso, a
REEBOK lançou uma completa linha de calçados, vestuários, acessórios e
equipamentos para essa prática esportiva.

Em 2013, mais uma mudança radical, principalmente no posicionamento da marca no


mercado: a REEBOK vai deixando aos poucos a parte de esportes profissionais e mais
tradicionais, como por exemplo, tênis, futebol e basquete para a Adidas, da qual é
subsidiária, para focar-se no segmento de esportes relacionados a condicionamento
físico (training, running, outdoor, yoga, dance e aerobics), atividades amadoras que
trazem saúde e bem estar, sem ter o lado competitivo tão arraigado.

A linha do tempo 
1989 
● Introdução da tecnologia PUMP, dando um enorme passo para estabelecer-se na área
de tecnologia de desempenho. A tecnologia do sistema, um processo patenteado,
compunha-se de câmaras infláveis que podiam ser ajustadas as necessidades do usuário.
A princípio foi utilizada nos tênis de basquete e ginástica e posteriormente em calçados
para a prática do tênis, entre outros esportes. Com o lançamento e sucesso da linha de
calçados Pump, a REEBOK redirecionou seu marketing para a performance associada
com estilo. 
● Criação da REEBOK FITNESS, divisão de equipamentos de ginástica da marca, a
partir do lançamento de um produto, que ao longo do tempo, se tornou um equipamento
de ginástica de alta credibilidade e eficiência para exercícios cardiovasculares: o Step. A
partir de uma lesão no joelho, Gin Miller, um professor de educação física, desenvolveu
um sistema de treinamento para sua recuperação, que era baseado em exercícios a partir
de degraus no quintal de sua casa. Este foi o começo para a produção do REEBOK
STEP, artigo responsável por revolucionar os treinamentos físicos, conquistando clubes
e academias em todo o mundo. A REEBOK passava então a desenvolver não só
calçados e vestuário, mas também equipamentos inovadores para a prática de exercícios
físicos. 
1991 
● Firmou aliança com o golfista Greg Norman e criou uma das linhas mais exclusivas
de roupas de golfe e roupas casuais para homens. 
1992 
● Apresentação de duas tecnologias adicionais inovadoras: a Insta-Pump e a Pump
Custom Cushionig, que eram extensões da tecnologia Pump. 
● Lançamento da GraphLite, uma estrutura composta de grafite desenhada para
suportar arcos leves. 
1997 
● Introdução da tecnologia DMX em seus tênis, proporcionando um amortecimento
excepcional através de um exclusivo e único sistema de câmaras de ar. O jogador de
basquete Allen Iverson e a tenista Vênus Williams estrearam a campanha de lançamento
dessa nova tecnologia. 
1998 
● União das tecnologias DMX e 3D Ultralite (material extremamente flexível e de
pouco peso) em sua linha de tênis. 
1999 
● Lançamento do HYDROMOVE, um conceito têxtil baseado no conforto e na termo-
regulação. A sua estrutura permitia que o calor corporal expulsasse a transpiração
através do tecido para uma evaporação rápida. O atleta mantinha-se seco e a sua
temperatura corporal estável. Isto retardava o aparecimento da fadiga e também ajudava
a melhorar o desempenho. 
2002 
● Lançamento da RBK, uma linha de calçados e roupas urbanas direcionadas para os
jovens, que mistura os universos da música, moda e entretenimento. A campanha
mundial de lançamento contou com celebridades do RAP e HIP-HOP. 
2003 
● Inauguração das duas primeiras unidades da RBK CONCEPT STORE nas cidades
americanas de Nova York e Boston. Essas lojas conceitos são focadas em produtos
fashion, com uma limitada seleção de itens exclusivos. Calças tipo cargo e agasalhos
com detalhes sofisticados podem ser encontrados lado a lado aos tênis mais caros da
marca. O sucesso das lojas fez com que outras unidades fossem inauguradas nos anos
seguintes. 
2005 
● Lançamento da RBK HOCKEY, uma linha completa de equipamentos de alta
tecnologia para a prática profissional do hóquei no gelo. 
2008 
● Lançamento da SmoothFit, uma inovadora tecnologia para calçados desenvolvida em
parceria com alguns atletas patrocinados pela marca, como Lewis Hamilton, Carolina
Kluft e Thierry Henry. Com essa tecnologia todas as costuras são comprimidas e
termicamente vedadas, dando prioridade ao conforto e eliminando virtualmente toda a
fricção. 
2009 
● A REEBOK contratou um grupo de 20 instrutoras conhecidas mundialmente para
desenvolver em conjunto com o Cirque du Soleil uma inovadora e totalmente nova
forma de se mover. Este novo workout possuía dez grandes movimentos que eram todos
inspirados no Cirque du Soleil e projetados para agregar mais diversão ao fitness
feminino. Jukari Fit To Fly é uma experiência de exercício em grupo em que trabalha
arduamente o corpo. O nome tem origem em um dialeto do mundo que significa
“jogar”. A ideia é fazer com que as mulheres reflitam, rodopiem, suem e alonguem se
movimentando de uma forma nova e divertida. Para poder praticar a modalidade é
preciso ter um acessório, o FlySet, comercializado pela REEBOK. 
● Lançamento da revolucionária tecnologia EasyTone, que trabalha para intensificar a
atividade muscular e aumentar os resultados que seriam atingidos com o uso de tênis
tradicionais. Os modelos de tênis equipados com essa nova tecnologia de “casulos de
equilíbrio” ajudam a tonificar os músculos principais da perna e glúteo durante uma
simples caminhada. 
2010 
● Lançamento da linha FULL DMX, que possui solado com 13 câmaras de ar
interligadas oferecendo a mais completa versão do sistema exclusivo de amortecimento
de impactos, que reduz riscos de lesões aos pés, tornozelos e ligamentos. 
● Lançamento da ZIGTECH, uma tecnologia inteiramente baseada em energia. Essa
nova tecnologia transfere a energia de um zig-zag para outro no solado, criando assim
uma onda que impulsiona o atleta para frente a cada passo, tornando o treino mais
eficiente. 
2011 
● Lançamento do REAL FLEX, tênis desenvolvido para corrida e treinamento, cujas
características possibilitam que os pés tenham uma movimentação natural. Incorporando
o conceito “Barefoot”, que são calçados parecidos com sapatilhas, que melhora a
adaptação ao pé e dessa forma, proporciona a sensação de andar descalço. O tênis conta
com a tecnologia Realflex, que melhora a flexibilidade, equilíbrio e sensibilidade na
prática esportiva através de seus sensores independentes no solado. 
2013 
● Inauguração de um novo conceito de loja: REEBOK FitHub. Além de uma vasta
oferta exclusiva de produtos para fitness, incluem uma agenda de aulas de ginástica que
acontecem dentro das próprias lojas, garantindo assim uma nova e autêntica experiência
de compra.

Dados corporativos 
● Origem: Inglaterra 
● Fundaçã o: 1895 
● Fundador: Joseph William Foster 
● Sede mundial: Canton, Massachusetts 

GAP

A celebração máxima do “Streetwear Made in U.S.A.” com visuais básicos e coleções


neutras, necessária nos armários e closets mais versáteis e descolados do mundo. Assim
é a GAP, com suas roupas acessíveis e tendências que sintetizam o visual casual no
melhor estilo democrático como um bom moletom. GAP é fácil. Fácil de comprar, fácil
de usar e fácil de identificar. A marca virou ícone do varejo para uma geração de
consumidores que queria vestir um jeans básico e uma camiseta, em vez de roupas
formais, para trabalhar e passear. Marca queridinha dos americanos e com fãs em
centenas de países, a GAP é um sucesso para quem gosta de conforto e praticidade sem
deixar de ser “cool”. O jeans e peças-chave como os moletons traduzem a jovialidade da
marca, que veste com naturalidade todas as idades e tamanhos.

A história 
A GAP foi fundada na cidade de San Francisco, estado americano da Califórnia, no dia
21 de agosto de 1969, pelo casal Donald e Doris Fisher, como uma pequena loja de
roupas multimarcas, que vendia também discos de vinil (cujas vendas seriam
interrompidas seis meses depois) e tinha poucos empregados. O casal resolveu abrir a
loja, localizada no número 1.950 da Ocean Avenue, porque estavam extremamente
frustrados e descontentes com a falta de serviços decentes aos consumidores, entenda-se
atendimento, e a tendência da moda de outros varejistas, cujas calças jeans tinham
padronização de tamanho única. Inicialmente com o nome the gap, no começo escrito
com letras minúsculas, vendia calças e jaquetas jeans, especialmente da tradicional
marca Levi’s, além de camisetas e roupas básicas para o dia-a-dia. Nesta época a nova
loja vendia calças jeans que custavam em média aproximadamente US$ 7. A loja, cujo
público alvo variava entre jovens de 12 a 25 anos, tinha alguns diferenciais: provadores
completamente fechados e paredes utilizadas para expor as calças jeans. O nome da
nova loja derivou das crescentes diferenças entre crianças e adultos, a chamada
“geração gap”, que teve seu auge com o movimento hippie. A expressão popularizada
na década de 1960 foi criada para designar o conflito de gerações resultante das
diferenças entre pessoas de uma geração mais jovem e os mais velhos, particularmente
entre pais e filhos. Um dos lemas da empresa na época era “Levi’s para moças e
rapazes”.

As vendas atingiram o valor de US$ 2 milhões já em 1970, quando uma segunda loja foi
aberta na cidade de San José, também na Califórnia. Pouco depois, em 1972, a the gap
iniciou o lançamento de roupas com sua própria marca, e se tornou uma das primeiras
varejistas a utilizar o nome da loja como marca em seus produtos. No ano seguinte a
rede já possuía mais de 25 lojas, ingressando também na costa leste americana com a
inauguração de uma unidade em Voorhees, New Jersey. Além disso, neste mesmo ano a
marca estreou seu icônico jingle “Fall into the Gap” que viveu por anos na memória
dos consumidores americanos: “Fall into the Gap, Get to the Gap, We got 4 tones of
Levi’s waiting for you”. Nos anos seguintes a pequena rede de lojas conquistou uma
clientela fiel que procurava roupas casuais e versáteis para o dia-a-dia. Em meados de
1982 a the gap começou a investir mais em sua própria marca de roupa e pararia de
vender definitivamente os produtos da Levi’s uma década depois. Foi nesta época, em
1983, que a empresa comprou a Banana Republic, então com apenas duas lojas, uma
coleção centrada em roupas de viagens e temas de safári, um pequeno catálogo de venda
e US$ 10 milhões de faturamento anual.

Em 1984, a marca promoveu uma grande reformulação de suas lojas, que ganharam um
ambiente contemporâneo e arejado, exibindo as mercadorias dobradas sobre mesas em
vez de roupas penduradas em cabides. Pouco depois ingressou em um novo nicho de
mercado ao lançar roupas e acessórios para crianças. A primeira loja fora dos Estados
Unidos foi inaugurada na cidade de Londres em 1987, fazendo com que a marca
ganhasse projeção internacional. O faturamento, nesta época, atingia US$ 1 bilhão. No
ano seguinte a marca lançou uma enorme campanha publicitária, denominada
“Individuals of Style” (“estilos individuais”, em português), onde pela primeira vez
contratou celebridades para atuarem como modelos. Várias celebridades
protagonizaram a campanha nas próximas duas décadas, como por exemplo, a cantora
Madonna, o estilista Karl Lagerfeld e as atrizes Sarah Jessica Parker e Scarlett
Johansson. Além disso, a marca se reinventou para ser competitiva no mercado,
mudando seu visual e remodelando seu logotipo, agora escrito com letras maiúsculas e
sem a palavra “The”.

Nos pró ximos anos a expansã o da marca teve continuidade com a inauguraçã o da
primeira loja no Canadá em 1989 na cidade de Vancouver; com o início das vendas de
seus produtos na badalada Galeries Lafayette em Paris no ano de 1993; com a
inauguração, em 1995, de sua moderna loja âncora no sofisticado bairro de Ginza em
Tóquio; e com a inauguração de uma loja no Alaska em 1998, contando neste momento
com unidades em todos os 50 estados americanos. Esse enorme crescimento da GAP se
deveu a Millard Drexler, então CEO da empresa, que soube trabalhar como ninguém a
essência da marca e transformá-la em um símbolo da geração X. Seu foco em vender
roupas básicas como jeans, camisetas e a icônica calça cáqui (Khakis), além de
campanhas publicitárias divertidas e alegres, transformaram a GAP em um símbolo do
varejo americano.

Em 2006, iniciou uma ampla reforma e modernização de suas todas as lojas. As novas
unidades GAP tinham lousas na porta dos provadores, nas quais eram escritos o nome
do cliente; dentro deles, carpetes, controle de luminosidade e botão para chamar o
vendedor. Tudo para tornar o atendimento mais pessoal e casual. A entrada do
departamento masculino e a do feminino eram separadas e entre as araras havia
ambientes com poltronas, jornais e garrafinhas de água. A ideia era eliminar a imagem
de loja popular, com nenhuma personalidade e poucos agrados ao consumidor.

Em 2007, a marca iniciou a abertura de suas primeiras unidades no Oriente Médio e em


outros países asiá ticos (no Japã o a GAP já estava presente com mais de 90 unidades).
Dois anos mais tarde, deu continuidade a sua internacionalização com aberturas de lojas
no México, Israel, Jordânia e Romênia. Além disso, sua loja virtual estendeu seu
alcance de entrega para 90 países ao redor do mundo. Já em 2010, a GAP inaugurou sua
primeira loja âncora em Milão na Itália, que em seu dia de inauguração bateu todos os
recordes de vendas. Com a inauguração de quatro lojas na China a marca ingressou no
segundo maior mercado consumidor do planeta. Em 2011, mais novidades: inaugurou
suas primeiras lojas franqueadas no Cazaquistão, Sérvia, Polônia, Chile, Ucrânia, Egito
e Marrocos. Além disso, inaugurou sua primeira loja na América do Sul, em Santiago,
no Chile.

Finalmente em setembro de 2013, a GAP inaugurou sua primeira loja em solo


brasileiro, localizada no shopping JK Iguatemi, em São Paulo. A GAP já tem 10 lojas
no Brasil. Ainda este ano, para se conectar ainda mais aos fãs do Facebook, disseminar
o Casual American Style e apresentar todas as modelagens de calças jeans que a marca
oferece, a GAP lançou o aplicativo 1969 Denim, que agrega looks fashionistas do
mundo inteiro e tem ainda a missão de educar o consumidor sobre a história da marca e
servir de inspiração para os consumidores se vestirem com estilo e encontrarem a loja
mais próxima. Atualmente, a GAP faz mais uma tentativa de retomar o crescimento
investindo pesado na linha 1969, com jeans de cortes clássicos, e em parcerias com
grandes nomes da moda (como Stella McCartney, Diane von Furstenberg e Pierre
Hardy, que já criaram linhas infantis e de acessórios para a marca americana).

A linha do tempo 
1984
● Lançamento da famosa camiseta básica denominada Pocket T-Shirt, com bolso e
disponível em 21 cores para a temporada de férias. 
1986
● Inauguração da primeira GAP KIDS, uma loja com roupas e acessórios para crianças,
na cidade de San Mateo, estado da Califórnia. 
1990
● A linha BABY GAP, composta por roupas e acessórios para recém-nascidos, estreou
na loja GAP KIDS em San Francisco. 
1994
● Lançamento de seu primeiro perfume. 
● Inauguração em agosto da primeira GAP FACTORY OUTLET, uma ponta de
estoque para vender seus produtos por um preço mais em conta que nas lojas
tradicionais da marca. 
● Lançamento da marca OLD NAVY com a inauguração de sua primeira loja na cidade
de Colma na Califórnia. A marca possuía coleções simples, modernas e baratas. Apenas
quatro anos depois de seu lançamento a Old Navy já faturava US$ 1 bilhão. 
1995
● Lançamento de uma linha de produtos de cuidado pessoal, acondicionados em
embalagens modernas de aço inoxidável. 
1996
● Introdução da GAP BODY, uma completa linha que incluía roupas íntimas e roupas
para dormir. 
1997
● Lançamento do comércio eletrônico da marca. 
1999 
● Lançamento da primeira edição limitada, inspirada no jeans vintage chamado “1969”,
uma homenagem ao ano em que a GAP foi fundada. 
2000
● Lançamento da coleção GAP MATERNITY, uma linha de roupas e produtos para
gestantes, inicialmente disponível exclusivamente em sua loja virtual. Somente três anos
depois a linha foi introduzida em suas lojas físicas. 
2005
● Lançamento de uma nova rede chamada FORTH & TOWNE, cuja primeira loja foi
inaugurada no Palisades Center em West Nyack, Nova York. O enorme desapontamento
em relação às vendas e a crise interna da empresa culminaram com o encerramento da
marca 18 meses depois. 
2006 
● Lançamento da marca de calçados PIPPERLIME em sua loja virtual. 
● Introdução da coleção GAP RED, que incluía entre outras peças, camisetas
produzidas no Lesoto com algodão africano. Parte das vendas desses produtos é
revertida para a The Global Fund (www.theglobalfund.org), que têm como missão a
ajuda de crianças e mulheres infectadas com o vírus VIH/SIDA no continente africano. 
2010
● Lançamento da GAP BODY FIT, uma completa linha de roupas femininas para a
prática de esportes e atividades físicas. 
2013 
● Aquisição por US$ 130 milhões da rede de moda feminina INTERMIX, ingressando
assim no segmento de vestuário de luxo. 
2014 
● Lançamento da coleção Back to Blue, que tinha como base o DNA da marca:
misturando tons de azul e padronagens de jeans. 
2015 
● Lançamento das fragrâncias GAP BLUE NO. 655, inspiradas no icônico jeans
pantone NO. 655. Os perfumes chegaram nas versões para homens e mulheres e
apresentam combinações de notas aromáticas que reafirmam o DNA da marca de unir
moda, conforto e atitude.

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundaçã o: 21 de agosto de 1969 
● Fundador: Donald e Doris Fisher 
● Sede mundial: San Francisco, Califórnia, Estados Unidos 

Você sabia? 
● Em 1978 a GAP criou um anúncio ousado: uma calça com o zíper aberto para
divulgar o lançamento de algumas lojas. A intenção foi apresentar o mundo da GAP de
forma divertida aos novos clientes. 
● A ideia de que GAP significa “Gay and Proud” (“Gay com orgulho”, em português)
é uma lenda urbana. 
● A família Fisher detém 37% das ações da empresa. 

MORMAII
Seus óculos são famosos pela qualidade ótica e pelo
design moderno. Suas roupas de neoprene estão entre as melhores do mundo. Relógios,
bicicletas, moda jovem e muito mais. Todo produto com o logotipo da MORMAII têm
muito valor agregado, pois carrega a alma do surf e uma história de glória para a
indústria brasileira, já que a empresa é a maior no segmento de artigos esportivos para
esportes aquáticos da América Latina.
-
A história
Tudo começou nos anos setenta, quando o Brasil, então com 90 milhões de habitantes,
era um país com litoral pouco explorado. Só os pescadores moravam nas praias mais
afastadas de cidades costeiras. O surf nem era visto como um esporte em si, e sim um
estilo de vida do qual só algumas pessoas desfrutavam. Para conhecer as melhores
ondas e mapear o litoral do país, o surfista era um nômade. Em busca de aventuras, essa
“tribo” mantinha contato com vilas de pescadores artesanais. Uma delas era Garopaba,
em Santa Catarina. As ondas perfeitas que rolavam (e rolam até hoje) na região e
municípios vizinhos, nas praias do Silveira, Ferrugem, Vila, Rosa, Guarda do Emabaú
foram um dos motivos pelo qual o médico gaúcho Marco Aurélio Raymundo (mais
conhecido pelo apelido de Dr. Morongo), formado pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, saiu da cidade grande e se mudou para aquele lugar remoto, ainda sem
abastecimento de energia elétrica, no ano de 1974.
--
Tudo ia bem, com o emprego no posto de saúde e surfando nas horas vagas, até que o
frio chegou junto com o inverno e ondas perfeitas começaram a quebrar nos picos de
surf. Permanecer na água era impossível, por causa das baixas temperaturas do mar,
inferiores a 18º, sem falar nos ventos gelados, vindos do sul e oeste. Os surfistas
tentavam driblar o frio com todos os tipos de invenções, até tomavam cachaça e
entravam na água com malha de lã. Nada funcionava. Foi então que o médico tomou a
iniciativa de costurar uma roupa de neoprene, na garagem de sua casa de madeira, em
frente à praia de Garopaba (hoje no local funciona o MORMAII Café).
-
Naquele momento surgiu a MORMAII, em 1975, embora a marca tenha sido registrada
no INPI (Instituto nacional da propriedade Industrial) anos mais tarde, em 1979. O
nome da empresa MORMAII é derivado da junção do apelido de seu criador -
Morongo - com o nome de sua ex-mulher, Maira e “i” dobrado, deriva de Hawaii,
paraíso para os amantes do surfe. A criação de Morongo ofereceu a oportunidade de
qualquer surfista brasileiro ter sua própria roupa de neoprene (wetsuit em inglês) para
surfar, sem depender de marcas estrangeiras. Até mesmo os pescadores se tornaram
clientes, adquirindo wetsuits para tarrafear na beira do mar e das lagoas no inverno.
Desde então, as wetsuits se tornaram indispensáveis para os surfistas curtirem as ondas,
durante o ano todo.
--
Com o Regime Militar no poder, o Brasil foi alvo de uma política protecionista que
fechou o país às importações, então, as roupas da MORMAII se multiplicaram. Junto
com a história da marca MORMAII que se proliferava pelo país com a assinatura “a
sua marca na água”, o surf no Brasil também explodia, conquistando muitos adeptos
nos anos 80. Virou um esporte sério e profissional tendo um Circuito Brasileiro
prestigiado pelos melhores atletas, com empresas como a MORMAII patrocinando
etapas e competidores. Ainda nessa época, apareceram com força pelo Brasil outras
modalidades de ação que derivam do surf, como o windsurf, skate e bodyboard, além do
mergulho e triatlon. E a MORMAII também ofereceu o mesmo conforto das wetsuits e
da moda masculina e feminina, acessórios e equipamentos, para atletas de todas as
atividades de esportes alternativos ao futebol, vôlei, basquete e corridas.
--
Em 2003 a empresa começou um plano de forte expansão internacional que teve início
com a inauguração de um escritório em Málaga, na Espanha. Logo depois foi a vez de
“atacar” a França, Itália, Inglaterra e Portugal. No ano passado, a MORMAII faturou
mais de 22% em relação a 2006, com um detalhe, as expectativas de crescimento em
2007 já haviam sido superadas ao final do primeiro semestre. É o sexto ano consecutivo
com altas taxas de crescimento na venda de artigos esportivos. Apesar de todo o
crescimento, a MORMAII preservou seu estilo original. A sede continua instalada na
cidade de Garopaba e seu fundador é o diretor-presidente e também piloto de testes dos
produtos. “Eu mesmo testo durante um ano cada novo protótipo e suas inovações,
antes do modelo ser fabricado para o consumidor”, explica Morongo.
--
A linha do tempo
1997
● Lançamento da primeira coleção de óculos da marca. A coleção de óculos da marca se
tornou um dos ícones do segmento no mercado brasileiro. A linha solar tem 20 modelos
(todos com nomes de praias) com muitas combinações diferentes de cores.
Recentemente, foi fechado um acordo com a Brasif em Miami para que todos as lojas
dutyfree (também conhecidas como freeshops) no mundo vendam óculos MORMAII.
2003
● Lançamento de uma coleção de óculos para receituário.
2006
● Lançamento dos óculos MORMAII Floater, com dupla função, podendo ser usados
no dia-a-dia ou na prática de esportes radicais, na superfície da água.
● Lançamento de uma linha de bicicletas. A empresa já lançou 27 modelos de bicicletas
que são comercializados em todo o Brasil.
● Lançamento de uma linha de protetores solares.
2007
● Lançamento das sandálias Neocycle, confeccionada com matérias recicláveis da
roupas de neoprene. O processo de produção consiste em triturar os wetsuits que não
têm mais condições de uso e misturá-los a retalhos de neoprene, originando uma matéria
prima reciclada, macia e flexível, incluída na composição do solado nos modelos de
sandálias.
● Lançamento do Acqua Player, tocador digital à prova de água com 1 GB de
memória, que integrava o Kit Water proof, incluindo além do aparelho: fone de ouvido
a prova d'água, fone Street, strap de braço, bolsinha de neoprene, carregador bi-volt e
bateria de litium.
● Lançamento do Knee Brace, uma joelheira reforçada para os praticantes de windsurf,
kitesurf, tow-in, esqui-aquático, wakeboard, snowboard e outros esportes que geram
muito impacto nestas articulações.
● Lançamento dos alimentos Mormaii Protein Pro e Mormaii Energy Pro, barras
energéticas saborosas e nutritivas com deliciosa cobertura sabor chocolate para ser
consumido antes e depois da prática de atividades físicas.
● Inauguração, em novembro, de um quiosque no movimentado aeroporto Internacional
do Galeão (Rio de Janeiro). O Galeão é o terceiro aeroporto internacional que recebe
um quiosque da marca catarinense – os outros são em Florianópolis (SC) e Belém (PA).
● Inauguração, em dezembro, da primeira loja da marca dentro de um aeroporto,
localizada em Congonhas (São Paulo), onde é possível encontrar todos os itens da
MORMAII à venda e alta qualidade no atendimento.
2008
● Lançamento de sua nova coleção de roupas de neoprene com inovações tecnológicas
e no design que oferecem aos consumidores mais mobilidade, conforto, novas cores,
excelente acabamento e a alta qualidade.
● Lançamento do MORMAII Essence: quatro fragrâncias em embalagens
diferenciadas inspiradas nas regiões brasileiras. A MORMAII também possui loção pós-
barba, xampu 3 em 1 (xampu, condicionador e sabonete), creme fixador de cabelos,
hidratante para pele, xampu e condicionador.
● Lançamento da Vulcanus, uma roupa revolucionária no visual e ultra-anatômica.
Possibilita mais remada e mais explosão nos momentos decisivos. É fabricada com
Techprene Super Stretch 300%, uma exclusividade da MORMAII, que deixa a roupa
muito mais leve, macia e elástica. Todos os detalhes foram estudados. O Seal Tape,
disponível em toda linha Vulcanus vem aplicado dentro da roupa, acompanhando as
costuras blindstitch, impedindo totalmente a entrada de água. Um colete interno ainda
elimina a entrada de água pelo Zipper YKK de metal com trava automática. A roupa é
também mais durável, devido aos reforços Powertex aplicados nos joelhos.
● Lançamento do Beat Wireless, um head fone com MP3 acoplado; além de um Pen
Drive emborrachado em forma de bracelete.
● Lançamento de uma linha de capacetes para motociclistas.
--

Dados corporativos
● Origem: Brasil
● Fundação: 1979
● Fundador: Marco Aurélio Raymundo
● Sede mundial: Garopaba, Santa Catarina

-
Você sabia?
● Os óculos MORMAII são exportados contendo a bandeira do Brasil para demonstrar
que são integralmente nacional.
-

BALENCIAGA

“Um costureiro deve ser um arquiteto no design, um escultor na forma, um pintor na


cor, um músico na harmonia e um filósofo na medida”. Com esta frase o mestre da alta
costura, Cristóbal Balenciaga definia a profissão em que reinou como um mito por
muitos anos. Não por menos, a marca BALENCIAGA se transformou em um dos supra-
sumos quando o assunto é moda de luxo. Tudo com uma elegância refinada. 
A história 
Nascido em 21 de janeiro de 1895 na pequena localidade de Getaria, na região basca da
Espanha, Cristóbal Balenciaga Eizaguirre (foto abaixo) era filho de um pescador e de
uma costureira. Quando jovem, foi apadrinhado pela marquesa de Casa Torrés, que lhe
revelou o mundo da alta-costura e para qual desenhou o primeiro vestido ainda aos 12
anos de idade. Formou-se alfaiate e, em 1918, juntamente com Charlottee Lee, abriu seu
primeiro ateliê na charmosa cidade de San Sebastian, no norte da Espanha, um
verdadeiro reduto da aristocracia. Em seguida, inaugurou unidades em Madri e
Barcelona, onde atendia a família real e membros da corte do país. Quando a Guerra
Civil Espanhola começou, em 1936, o estilista se viu obrigado a fechar suas lojas e fugir
do país, passando por Londres antes de estabelecer-se na França, país em que faria fama
com seu jeito reservado, de poucas entrevistas e pouco contato com a imprensa, sendo
um perfeito oposto-complementar de seu contemporâneo Christian Dior. Mas foi na
“cidade luz” que Balenciaga marcaria para sempre a história da moda. Em agosto de
1937, quando ele inaugurou, juntamente com dois sócios, Nicolás Bizcarrondo e
Wladzio Jaworowski, no número 10 da Avenida George V, a CASA BALENCIAGA, a
França era permeada por um forte tema: o nacionalismo. A apresentação de sua primeira
coleção foi acolhida com enorme sucesso pela imprensa e público. E rapidamente atraiu
celebridades e damas da alta sociedade, que corriam para sua Maison em busca do corte
e acabamento perfeitos do estilista.

Nesta época a alta costura tinha nomes de todos os cantos do mundo. Por isso Elsa
Schiaparelli, a rival de Coco Chanel, era a italiana; Edward Molyneux, o irlandês;
Robert Piguet, o suíço; e Main Rousseau Bocher, o norte-americano. Obviamente,
Balenciaga ficou conhecido como “o espanhol”. E não demorou muito para o estilista
ser celebrado por todos os seus concorrentes como o ápice da perfeição na confecção.
“A alta costura é como uma orquestra da qual apenas Balenciaga pode ser o maestro.
Todo o resto de nós somos apenas músicos, seguindo as direções que ele nos dá”. A
frase é de ninguém menos que Christian Dior e demonstra como o espanhol era visto
dentro do mundo da moda. Outra de suas concorrentes, Coco Chanel, disse certa vez
que o espanhol era “um verdadeiro costureiro, ele sim, sabia cortar tecidos e costurá-
los com perfeição”. Todos os outros, incluindo a si própria, eram apenas desenhistas”.

O trabalho de Balenciaga tinha como referência a cultura e a histó ria espanhola (como
as dançarinas de flamenco, a cor vermelho intenso que fazia alusã o a bandeira dos
toureiros e azul turquesa para os vestidos de noite), além do trabalho de artistas como os
pintores Diego Velázquez e Francisco Zurbarán. Sem falar nas prateleiras repletas de
revistas de moda do século 19 em seu ateliê, das quais era capaz de reproduzir modelos
linha por linha. As criações de Balenciaga combinavam essas influências com o que há
de mais elaborado em corte e costura – era exímio e ambidestro no manejo das tesouras
e das agulhas. O resultado foi um estilo único, caracterizado pela audácia de volumes, a
pureza absoluta das linhas e o rigor arquitetônico. Suas roupas eram obras de arte, feitas
sob medida, com caimento estruturado e tecidos da mais alta qualidade. Em 1939,
lançou o corte de manga com aplicação de uma linha de ombros caídos e um recorte
quadrado, com quadris arredondados e cintura estreita. No ano seguinte, criou seu
primeiro vestidinho preto, com quadris marcados por drapeados, busto ajustado, além de
abrigos impermeáveis feitos em tecidos sintéticos. Em 1942, as jaquetas largas e as
saias evasês compunham a chamada “linha tonneau”, criada pelo estilista.
  

Entre as coleções mais famosas do estilista está a de 1946, inspirada nas touradas
espanholas, com boleros bordados. Foi também neste ano que o estilista lançou seu
primeiro perfume chamado “Le Dix”. Pouco depois, em 1948, o estilista inaugurou sua
primeira boutique e criou um segundo perfume (La fuite des heures). Mas, foi somente
a partir do período pós-guerra que BALENCIAGA se tornou um estilista original e
reconhecido. Em 1951, ele transformou totalmente a silhueta feminina alargando os
ombros e removendo a cintura de suas criações. Em 1955, desenhou o vestido de túnica,
que, mais tarde, virou o vestido chefies.

Temporadas de desfiles sempre foram atraçã o e prato cheio para as revistas de moda,
mas Balenciaga arrumou, em 1956, um jeito diferente de lançar suas coleções: sempre
depois das maratonas oficiais de desfiles. Assim, em vez de dividir as páginas com os
outros estilistas, ganhava espaços maiores e exclusivos em revistas como Vogue e
Harper’s Bazaar. Acabava só tendo de dividir as edições com o amigo francês Hubert de
Givenchy, que resolveu fazer o mesmo. O costureiro proibia fotografias em seus
desfiles: apenas a revista Vogue podia publicar algumas fotos das roupas, desde que
pré-selecionadas pelo próprio Balenciaga. Em 1957, apresentou o vestido-camisa e o
vestido-saco. Pouco depois, em 1958, ele criou um de seus maiores ícones: o vestido
baby-doll. Além disso, apresentou para a noite, vestidos com “cauda de pavão”. Em
1959, seu trabalho se tornou um verdadeiro império, com vestidos de cintura alta e
casacos cortados como quimonos. Nesta época lançou sua versão do terninho feminino,
com paletó curto e saia de cintura alta. Já em 1963 sua linha de produtos foi ampliada
com o lançamento de uma coleção de botas. Ainda nesta década, o estilista criou
casacos amplos, soltos, com mangas morcegos.

A década de 1960 trouxe mudanças radicais para a moda e o comportamento da


sociedade. Balenciaga pela primeira vez sentia que suas coleçõ es já nã o tinham a
mesma força de antes. O próprio estilista achava impossível trabalhar com a linha Prét-
à-Porter pelo acabamento perfeito de suas roupas e a qualidade dos tecidos. A
aposentadoria dele em 1968, não antes de criar sua última coleção e os charmosos
uniformes para aeromoças da companhia aérea Air France, e sua morte, no dia 24 de
março de 1972, fizeram a grife BALENCIAGA cair no esquecimento por muitos anos.
Primeiro, a casa foi controlada por um de seus sobrinhos e depois trocou de mãos mais
algumas vezes durante as décadas de 1970 e 1980 sem obter sucesso.

Só em 1997, com a contratação do estilista francês Nicolas Ghesquière, é que a


BALENCIAGA voltou a respirar o ar da alta costura e o topo do mundo da moda de
luxo. O francês conseguiu trazer uma incrível modernidade à marca. Em 2001 a
BALAENCIAGA foi comprada pelo tradicional grupo Gucci, que seria adquirido pelo
conglomerado de luxo PPR (atual Kering Grouppe). Pouco depois, em 2003, ocorreu a
reabertura da boutique da Avenida Georges V e a inauguração de uma moderna e
sofisticada loja âncora em Nova York. No ano seguinte a marca lançou coleções prêt-à-
porter e acessórios para homens. Essa coleção de peças foi inspirada nos arquivos de
coleções de alta-costura de Cristóbal Balenciaga. Com o renascimento da marca, a
BALENCIAGA faturou €17.9 milhões em 2006, provando que seu antigo potencial
tinha sido resgatado. Nos anos seguintes a marca inaugurou novas lojas em cidades
como Milão, Los Angeles, Londres e Cannes, além de duas unidades na China.

Nos ú ltimos anos a BALENCIAGA foi responsá vel por criar e confeccionar os novos
uniformes da companhia á rabe de aviaçã o Oman Air, além de lançar no mercado novos
perfumes, como Balenciaga Paris, e uma coleçã o de jeans. Em dezembro de 2012, o
americano (de pais de origem taiwanesa) Alexander Wang assumiu a diretoria criativa
da marca, sendo responsável pelos designs da linha ready-to-wear e acessórios, além de
ser a imagem da BALENCIAGA ao redor do mundo. Em 2014, sob o comando de
Wang a marca lançou o perfume B. Já em 2015 foi inaugurada a primeira loja da grife
na cidade de Madri e também na bela Florença. Atualmente, entre as criações de
sucesso da tradicional grife, estão as bolsas “classic” (lançadas em 2000), de alças
duplas, com zíper formando bolsos frontais ou diagonais e a placa de identificação de
prata; as sandálias gladiador; os sapatos plataforma muito altos de alma fetichista ao
extremo; além de casaquinhos e paletós de cintura marcada.

A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas alterações ao longo dos anos. Mais
recentemente o logotipo perdeu a palavra Paris e ganhou uma tipografia de letra mais
encorpada. O famoso símbolo do B duplo ainda continua a ser utilizado, especialmente
nos produtos.

Dados corporativos 
● Origem: Espanha 
● Fundaçã o: 1918 
● Fundador: Cristóbal Balenciaga 
● Sede mundial: Paris, França 

Você sabia? 
● Entre as inovações de estilo atribuídas à Balenciaga estão: a manga-melão, os
modelos de vestidos “saco”, túnica e baby-doll, além do chapéu-véu, criado em 1967
para acompanhar um de seus vestidos de noiva. 
● Balenciaga também deu aulas de moda, inspirando outros estilistas como Oscar de la
Renta, André Courrèges, Emanuel Ungaro e Hubert de Givenchy. 
● Em 1968, uma cliente, a Condessa Mona Bismark, chegou a se trancar em casa por
três dias de tanto desgosto ao saber da aposentadoria do arquiteto da moda. Entre as
atuais clientes assíduas da marca BALENCIAGA estão celebridades como Nicole
Kidman, Natalie Portman e Jennifer Connelly. 

CHANEL
Um verdadeiro mito. Responsável por grande parte das principais mudanças no
vestuário feminino e na moda ocorridas no século XX. Considerada uma das forças do
movimento feminista do começo do século passado, Mademoiselle Coco Chanel criou
uma moda atemporal e elegante, ostentada até os dias de hoje, fazendo de sua marca um
sinônimo de elegância e conforto. Enfim, CHANEL é sempre tendência.

A história
Para contar um pouco da história da marca CHANEL é imprescindível conhecer um
pouco da vida de sua criadora. A estilista francesa, que se tornou símbolo de uma
revolução nos costumes e na postura da mulher no cenário social, adquiriu a elegância e
simplicidade como formas de sobrevivência. Mitômana, nunca quis admitir sua origem
pobre. Foi apenas após a sua morte, em 1971, que os reais fatos de sua infância ficaram
conhecidos do público. Nascida no interior da França, na pequena vila de Saumur em 19
de agosto de 1883, Gabrielle Bonheur Chanel ficou órfã de mãe (que era costureira) aos
treze anos de idade. Seu pai, Albert Chanel, a mandou para um pensionato da cidade
francesa de Auvergne, onde permaneceu até o fim da adolescência. Porém, a vida
simples da cidade interiorana não condizia com a ânsia de Coco Chanel. Trabalhou
como balconista em uma loja de tecidos (onde aprende a profissão de costureira e
manejar a agulha com perfeição) e até em um cabaré chamado Café Beuglant de la
Rotonde , onde cantava a música “Qui qu’a vu Coco dans le trocadero?” (responsável
pela origem de seu apelido Coco).

Mas o intuito de vencer na vida era mais forte e, para isso, ela decidiu sair à procura de
amantes, de preferência homens ricos, que pudessem lhe ajudar. Esse foi o primeiro
grande confronto de Coco Chanel com a sociedade machista do início do século XX. O
envolvimento com o milionário oficial da cavalaria Etienne Balsan levou-a a Paris e a
inseriu na alta sociedade da capital francesa. Com a ajuda do cobiçado playboy inglês
Arthur Capel (que muitos dizem ter sido o grande amor da estilista e morreu jovem em
um acidente automobilístico em 1919), montou sua primeira loja, a Casa Chanel
(Chanel Modes) em 1909, no piso térreo de um edifício em Paris. No começo, vendia
elegantes chapéus para mulheres e acessórios. A loja estava localizada na região da
Balsan, que era ponto de encontro dos burgueses e políticos franceses e suas amadas, e
uma oportunidade para Coco vender seus famosos e impecáveis chapéus. O estilo
simples, sem grandes adornos de flores, encantou as damas parisienses que
frequentavam o jóquei clube da cidade. Quem era aquela mulher que ousava nos trajes
simplistas, com misturas entre vestimentas femininas e masculinas? A partir desse
momento, Coco Chanel decidiu dedicar-se à costura. Arthur viu em Coco uma futura
mulher de negócios e a ajudou a adquirir um imóvel no prestigioso número 21 da Rue
Cambon, no ano de 1910.

Seus cortes simples encantaram e, em 1913, antes da Primeira Guerra Mundial,


inaugurou, simultaneamente, duas boutiques de moda, em Deauville (um dos elegantes
centros da França na época) e em Paris. Nesta época ela começou a criar roupas
esportivas femininas, como por exemplo, blusas com golas rolês, inspiradas nas roupas
dos marinheiros, feitas de malha e tricô. Em 1916, quando já chefiava um exército de
300 funcionários, abriu uma loja de alta costura em Biarritz e, em 1921, fixou-se
definitivamente no mítico n.º 31 da Rue Cambon, onde a Maison Chanel existe até os
dias de hoje. Ainda nesta época foi ousada ao se tornar a primeira estilista a lançar um
perfume com sua assinatura. Coco costumava dizer que no mundo da moda havia um
excesso de homens que não sabiam como proporcionar o conforto às mulheres. Foi por
isso que o estilo criado por ela revolucionou o século XX: ao libertar a mulher das
faixas e corpetes apertados em saias cheias de babados, permitiu que se sentissem livres
e poderosas, vestidas de maneira simples e prática. “Não há mulheres feias, há
mulheres mal cuidadas”, costumava dizer. Com essa filosofia, queria atingir o maior
número de mulheres que pudesse através de suas roupas de cortes retos e elegantes. Não
se importava em ser copiada por outros estilistas; o que mais a alegrava era ver
mulheres vestindo suas inovações.

Jérsei, cardigã, sapatos sem salto, vestidos de corte a direito e sem mangas, jaquetas,
saias plissadas, tailleurs, bolsas com alça de corrente dourada: a renovação do guarda-
roupa feminino para servir ao bel-prazer da mulher de bom gosto e poucos recursos
estava disponível na criatividade de Coco Chanel. Era o chique minimalista que seria
adotado por aquelas que estavam cansadas dos costumes da Belle Epoque e do vestuário
excessivamente ornamentado. O vestido preto de crepe com mangas justas e compridas
(que ficou conhecido como “Little Black Dress” ou “Pretinho Básico” em português)
seria outra de suas grandes invenções que se tornaria célebre e ousada, afinal era uma
cor inédita para a alta-costura normalmente atribuída ao luto. Saindo das festas de gala e
dos momentos de luto, se transformaria no curinga e, de antemão, marcaria o perfil da
mulher moderna, preparada para ser uma profissional e parecer feminina e elegante em
qualquer situação. Utilizado pela primeira vez em 1926, o modelo foi chamado pela
revista Vogue como o “Ford dos vestidos” (uma alusão aos carros da marca americana
que eram produzidos e vendidos em larga escala).

No auge de sua fama, durante a década de 30, empregou 4.000 funcionários e chegou a
vender 28.000 peças em um único ano. O segredo do sucesso de Chanel era simples:
apenas desenhava roupas que gostava de vestir. Não colocava seus esboços no papel,
criava-os em cima do tecido, no corpo da modelo. Isso porque era a roupa que deveria
se adequar ao corpo, e não ao contrário, como gostava de dizer. Neste período, Coco
Chanel conheceu muitos artistas importantes, tais como Pablo Picasso, Luchino
Visconti e Greta Garbo. Seus modelos vestiram estrelas reluzentes como a princesa
Grace Kelly, atrizes como Marlene Dietrich, Marilyn Monroe e Ingrid Bergman, a
primeira-dama americana Jacqueline Kennedy, entre outros grandes nomes da alta
sociedade mundial. Durante a Segunda Guerra Mundial Chanel chegou a trabalhar como
enfermeira, uma vez que os negócios relativos à moda estavam em baixa, somente
acessórios e perfumes de sua marca eram comercializados neste período. Nesta época
envolveu-se com o oficial alemão Hans Gunther von Dincklage, o que lhe custou o
exílio na Suíça.

Em 1954 voltou a Paris e retomou seus negócios na alta costura. Sua carreira teve um
renascimento nesta época. O cardigã, o vestido preto e as pérolas tornaram-se marcas
registradas do estilo CHANEL de fazer moda. Quando apresentou a coleção de 1958, as
francesas ficaram maravilhadas. A revista ELLE escreveu em destaque: “Dez milhões
de mulheres votam CHANEL”. Suas inovações, de fato, retocaram toda a silhueta
feminina. O novo comprimento de suas saias mostrou os tornozelos das mulheres, cujos
pés passaram a contar com sapatos confortáveis de bicos arredondados. Pérolas em
especial, e bijuterias em geral, ganharam lugar de destaque entre os acessórios,
cachecóis enrolaram-se com classe nos pescoços e seu corte de cabelo tornou-se
simétrico, reto, mostrando a nuca - o eterno corte CHANEL.

No ano de sua morte, no dia 10 de janeiro de 1971, aos 87 anos, no luxuoso Hotel Ritz
de Paris, Coco Chanel ainda trabalhava ativamente desenhando uma nova coleção.
Assim como toda a história de sua vida, o momento da morte também foi marcado por
glamour e boatos. Sozinha, no quarto do sofisticado Hotel Ritz, onde viveu por
aproximadamente 33 anos, a estilista teria dito a uma camareira que estava presente:
“Vê? É assim que se morre. Sozinha, mas sempre chique”. O seu funeral foi assistido
por centenas de pessoas que vestiam suas roupas em sinal de homenagem. Depois de
sua morte, o empresário francês Jacques Wertheimer, que mantinha proximidade com
Coco Chanel desde 1954, comprou a marca e a manteve sem grandes inovações,
lucrando com a venda de perfumes, cosméticos e acessórios. Seu filho, Alain, fez
disparar as vendas da fragrância Chanel nº 5 ao diminuir sua produção e retirar o
perfume das prateleiras das farmácias, atribuindo-lhe um conceito de exclusividade,
além de investir uma fortuna em publicidade. O ano de 1983 foi marcado pela chegada
de Karl Lagerfeld à empresa como diretor artístico da marca tanto para a linha de alta-
costura quanto para a de prêt-à-porter. Era o início de uma nova e glamorosa fase para a
marca CHANEL comandada pelo “Kaiser da Moda”, que na época possuía apenas 19
lojas em todo o mundo.

O estilo clássico criado por mademoiselle Chanel, revitalizado por Lagerfeld, atravessou
o século 20 e se tornou atemporal. Nos anos 90, a CHANEL abriu mais de 40 lojas
próprias nas mais elegantes e sofisticadas avenidas e cidades do mundo, incluindo a
primeira unidade em Tóquio (1994), para delírio das japonesas, fãs incondicionais da
marca. Sob o comando do executivo Françoise Montenay, a CHANEL ingressou no
novo milênio revigorada e cheia de novidades, que começaram com a inauguração em
2001 da primeira boutique da marca especializada somente em acessórios. E seguiu em
2002, com uma luxuosa loja em Nova York especializada somente em joias e relógios.
Hoje em dia um dos maiores sucesso da grife atende pelo nome de LES EXCLUSIFS,
uma coleção de fragrâncias raras criadas no passado pelo perfumista de Mademoiselle
Chanel, Ernest Beaux, e recriadas hoje por Jacques Polge, o perfumista da Maison.
Além disso, a marca expandiu seu portfólio com o lançamento de cosméticos, óculos de
sol e de grau. Foi desta maneira que a grife CHANEL se tornou mundialmente
reconhecida como um dos maiores impérios da moda, sempre exaltada pelos críticos por
seus artigos de extremo luxo e altíssima qualidade.

A linha do tempo
1916
● Introdução na alta costura do jérsei de malha estreita, antes utilizado apenas em
roupas de baixo masculinas.
1920
● Coco Chanel deu um de seus golpes mais ousados, lançando calças masculinas para
mulheres, inspiradas nas calças de boca larga usadas por marinheiros. Conta uma lenda
que a moda das calças boca de sino surgiria depois de uma visita da estilista à Veneza,
onde Coco as usou dizendo que eram mais práticas para subir e descer nas gôndolas.
1922
● Lançamento do perfume CHANEL nº 22.
1924
● Fundação da SOCIÉTÉ DES PERFUMS CHANEL para produzir e vender
perfumes e produtos de beleza da marca.
● Lançamento do perfume CUIR de RUSSIE.
● Introdução de suas primeiras joias.
1925
● Lançamento do perfume GARDENIA.
1926
● Lançamento do tailleur de tweed (o blazer feminino usado com saia), inspirado em
uma das viagens da estilista à Escócia. Com a parte de cima com seus quatro bolsos,
decorados com botões dourados, a ideia foi aclamada pela crítica e rapidamente tornou-
se um clássico.
1932
● Lançamento da Bijoux e Diamants, primeira coleção de joias finas da grife, dedicada
especialmente aos diamantes. No ano seguinte, a coleção foi relançada com a
inauguração de uma loja na sofisticada Place Vendôme em Paris. Atualmente existem
oito lojas de joias finas da CHANEL nos Estados Unidos e outras 41 unidades
espalhadas pelo mundo.
1937
● Os vestidos de verão, desenhados por Coco, possuíam contrastes na cor e na forma.
1955
● Lançamento das bolsas de matelassê e alça de corrente. Este modelo ficou conhecido
como a clássica bolsa “2.55”. É incrível como um acessório, criado neste ano, mais
precisamente em fevereiro (por isso o nome 2.55) atravessou décadas e modismos e
ainda hoje permanece como referência de luxo e elegância. Foi com esta criação que
Mademoiselle Chanel introduziu a bolsa de ombro ao guarda roupa feminino, mais uma
de suas inovações e contribuições para a moda. Pelas mãos de Mr. Lagerfeld a bolsa é
reeditada a cada estação em novas cores e nos mais variados tecidos, para serem usadas
conforme o estilo e a ocasião.
● Lançamento do EAU DE TOILLET FOR MEN, primeiro perfume masculino da
marca.
1971
● Lançamento do perfume CHANEL Nº19. O número representava a data de
nascimento de Coco Chanel (19 de agosto de 1883). Quarenta anos após seu
nascimento, a Maison lançou uma nova versão um pouco mais refrescante dessa
fragrância que atravessou o tempo e se tornou um ícone da CHANEL.
● Lançamento de uma coleção de produtos beleza, composta por maquiagens e um
regenerador chamado CRÉME Nº 1 FRE.
1974
● Lançamento do perfume CRISTALLE.
1984
● Lançamento do perfume COCO FRAGRANCE.
1987
● Lançamento no mercado do PREMIERE, primeiro relógio com assinatura CHANEL,
caracterizado por sua caixa octogonal.
1993
● Inauguração do novo departamento de joias com o lançamento de sua primeira
coleção, baseada na criação “Bijoux de Diamants” de 1932.
● Lançamento do perfume masculino PLATINIUM EGOISTE.
1996
● Lançamento do famoso perfume feminino ALLURE. A versão masculina foi
introduzida dois anos mais tarde.
1999
● Lançamento da PRÉCISION, primeira linha de cosméticos para a pele da marca
francesa.
● Lançamento de uma coleção de óculos para sol e armações de receituário. Os óculos
da grife, quase sempre, possuem o tradicional logotipo, com os dois “C” entrelaçados,
em evidência nas hastes.
2000
● Lançamento do J12, primeiro relógio unissex da marca.
2001
● Lançamento do perfume COCO MADEMOISELLE, direcionado para um público
mais jovem.
2002
● Lançamento do perfume CHANCE.
2007
● Lançamento da VÉLO CHANEL, primeira bicicleta da grife francesa. O modelo
vinha equipado com duas sacolas de couro Matelassê com o famoso logotipo da marca,
correia de proteção de couro para evitar o contato com as pernas, oito velocidades de
marcha, além de pneus que não furavam e dispositivo anti-roubo. O preço da obra
prima: €8.900.
2009
● Lançamento da coleção de bolsas COCO COCOON, compostas por modelos
grandes, largos e de dupla-face, com versões distintas em náilon e lambskin (um couro
mais fininho). Estrelada por Lily Allen, a coleção foi um sucesso tão grande que a
marca decidiu repetir o lançamento para 2010. A nova coleção contou ainda com um
detalhe muito interessante: as bolsas eram reversíveis, podendo ser utilizadas também
com o lindo acabamento interno, em tecido vermelho, para o lado de fora.
Mademoiselle Coco revestiu sua primeira bolsa, uma clássica “2.55″, com tecido
vermelho escuro, um tom de borgonha, pois considerava que assim era mais fácil
encontrar seus pertences ali dentro. Era lógico que o diretor de criação Karl Lagerfeld
mantivesse este detalhe para a coleção recente.
● Lançamento da 1° edição da revista 31 Rue Cambon, disponível em todas as lojas da
marca no mundo.
● Lançamento do perfume BEIGE, que com seu aroma de frésia e acordes de mel, se
torna suave e elegante.
2010
● Lançamento do perfume masculino BLEU DE CHANEL.
2012
● Lançamento do perfume COCO NOIR, com toques de almíscar e cujo frasco preto
merece destaque por sua elegância e sobriedade.
● Inauguração de uma boutique joalheria no principado de Mônaco. A nova joalheria
apresentou a coleção “1932”, que homenageia em 80 peças os 80 anos da Chanel
Joaillerie.

O perfume das estrelas


O perfume mais famoso do mundo foi criado por Ernest Beaux, famoso perfumista da
época, a pedido de Coco Chanel, que sugeriu: “Um perfume de mulher com cheiro de
mulher”. Dentro de um frasco em estilo art déco (feito em cristal, retangular, com uma
espécie de selo identificador, quase como se fosse uma etiqueta), que foi incorporado à
coleção permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York em 1959, o Chanel nº 5
foi o primeiro perfume sintético a levar o nome de um estilista. Revolucionando o
mundo das fragrâncias, o perfumista utilizou em sua fórmula corpos sintéticos em
proporções inéditas até então: eram mais de 65 substâncias em sua composição, entre as
quais, rosas, jasmins de Grasse, flores raras do oriente e sândalo, além da luxuosa
essência do pau-rosa, árvore tropical ameaçada de extinção e que encantou os europeus
desde o século XVIII por sua exuberante fragrância. O cinco era o seu número da sorte,
tanto que Coco apresentou o perfume oficialmente no dia 5 de maio de 1921. Outra
história conta que a estilista escolheu o número, pois entre 10 amostras preparadas pelo
perfumista a que mais lhe agradou foi a 5. Até hoje é o perfume mais vendido em todo o
mundo, comercializado em mais de 140 países.
O perfume alavancou seus negócios e se tornou legendário. Mas foi Marilyn Monroe
quem tornou o perfume um verdadeiro sucesso. Ao ser entrevistada em 1955,
perguntaram o que vestia para dormir. Marilyn respondeu: “Apenas algumas gotas de
Chanel nº 5”. Com a resposta, as vendas do perfume dobraram, fazendo a marca
embolsar US$ 162 mil naquele ano. A composição da fragrância permaneceu
praticamente inalterada ao longo de mais de meio século de existência, algo incomum
mesmo entre marcas de prestígio. Grande parte dos jasmins e rosas de maio utilizados
na produção do perfume ainda é cultivada pelas mesmas famílias de floricultores do sul
da França, com custos de produção até 30% maiores do que seus equivalentes chineses.
Para a empresa, no entanto, transferir o local de produção dessas flores significa
comprometer o aroma do perfume, e isso está simplesmente fora de questão.

Em 2004 foi lançada uma estonteante campanha publicitária do perfume estrelada pela
atriz Nicole Kidman, então o novo rosto do CHANEL nº 5 para encarnar a elegância e
modernidade do produto. A campanha contou ainda com um pequeno filme de 2
minutos dirigido pelo renomado Baz Luhrmann, de “Moulin Rouge”, que contava com
Nicole Kidman e o brasileiro Rodrigo Santoro. O filme, orçado em US$ 20 milhões,
conta a história de uma atriz que foge de fotógrafos em uma première e termina nos
braços de um estranho escritor. Tudo embalado ao som da Orquestra Sinfônica de
Sydney, que toca uma versão de “Clair De Lune” do compositor Claude Debussy.

Um ícone para os pés


Uma das versões existentes para o lançamento dos famosos scarpins Chanel, em 1957,
dá conta de que a grande estrela da moda estava bem longe de ter pés delicados – eles
eram grandes e feios. Mademoiselle teria resolvido o problema à sua maneira: criando
sapatos perfeitos, delicados e confortáveis. Há quem diga que, para criar o scarpin,
mademoiselle teria se inspirado no guarda-roupa masculino para desenhar o primeiro
par bicolor feminino, de couro bege com biqueira preta (para disfarçar manchas)
ligeiramente quadrada. Outro boato? Possivelmente, mas também faz sentido, pois não
seria a primeira vez que ele buscaria inspiração na moda masculina, como fez com
grande criatividade e enorme sucesso com as calças compridas, o cardigã, a capa de
chuva e o blazer. Mademoiselle detestava sapatos fechados e pensava em dar mais graça
e liberdade à mulher moderna (que, em grande parte, já era criação sua). Quem garante
é Raymond Massaro, o grande artesão dos calçados, um de seus mais antigos
fornecedores. Logo depois do scarpin bicolor (indicado para qualquer compromisso
durante o dia), vieram sua versão verão, em azul-marinho, a esportiva, em marrom-
escuro, e os sofisticados modelos de noite, em vermelho, ouro ou prata.

O scarpin Chanel, aberto atrás, com alças finas, perfeitamente ajustadas aos tornozelos
por meio de inéditos elásticos laterais, fez um enorme sucesso, principalmente em pés
famosos, como os de Catherine Deneuve, Romy Schneider, Marilyn Monroe, Jeanne
Moreau, Brigitte Bardot, Gina Lollobrigida, Jane Fonda, a ex-primeira-dama americana
Jacqueline Kennedy e a princesa Diana. Sem nunca perder as linhas limpas e clássicas
do design original, o sacrpin ganhou ao longo dos anos uma infinidade de variações –
bico fino, acabamento de seda preta, pequenos laços, saltos quadrados. Hoje, Raymond
Massaro trabalha para a CHANEL e é um dos últimos representantes de uma estirpe que
ainda trabalha na oficina usando avental branco e confia mais nos olhos treinados de
seus funcionários do que na tecnologia. Em seu ateliê, a única concessão às máquinas
são duas Singer da virada do século XX, que costuram o couro na base. Até hoje, ele e
sua equipe, de dez artesãos (cada um especializado em uma das etapas da criação dos
calçados), fabricam aproximadamente 150 pares de sapatos para a Maison CHANEL. E
cada um custa por volta de US$ 4 mil. O restante dos sapatos da grife francesa é
produzido em série na moderna fábrica da empresa na Lombardia, Itália, com cuidados
que também transcendem o comum. As cerca de 50 a 100 operações necessárias para a
confecção de um calçado acontecem sob o olhar vigilante de especialistas. Um sapato
CHANEL começa com a fôrma, esculpida em madeira. Cada número terá uma diferença
de precisamente 3,3 mm de tamanho em relação ao anterior e o seguinte. A fôrma é
coberta com papel aderente e sobre ele o modelo é desenhado à mão, com precisão
também milimétrica. Estão prontos os moldes dos sapatos que vestirão como luvas os
pés mais famosos do mundo.

Um ícone para os lábios


Mademoiselle Chanel era fascinada por batons. Sua primeira criação foi lançada em
1954 através de um batom cremoso em formato de stick, que foi inserido em uma
embalagem retangular, uma réplica exata do frasco spray do perfume CHANEL Nº5. O
batom se tornou um ícone para a CHANEL que a grife passou a reservar um
compartimento especial em suas bolsas somente para guardá-los. Este batom histórico
passou por muitas adaptações, seguindo as inovações tecnológicas a cada ano. Em 2010
ocorreu o lançamento da linha Rouge Coco, batons de texturas cremosas que envolvem
o lábio de forma uniforme, proporcionando um resultado mais luminoso, confortável e
acetinado. O complexo Hydratender garante hidratação prolongada por até 8 horas.
Graças aos pigmentos extremamente refinados, a luminosidade da cor é preservada por
mais tempo. Um leve buquê de rosas frescas, realçado por acordes de raspberry e um
toque de baunilha trazem prazer ao olfato. A marca reviveu a embalagem ícone de seus
históricos batons para mais esse lançamento: um case preto, com um luxuoso anel
dourado e polido, um objeto instantaneamente reconhecido no momento em que a
mulher coloca a mão dentro de bolsa para encontrar seu batom. A linha conta com 30
diferentes tons, sendo que cada um deles recebeu o nome de uma fase importante da
vida de Coco Chanel: Camelia, Mademoiselle e Paris, somente para citar alguns.
Dados corporativos
● Origem: França
● Fundaçã o: 1909
● Fundador: Coco Chanel
● Sede mundial: Paris, França
Você sabia?
● O poder de Coco Chanel em ditar a moda era tão grande que a mania pelo bronzeado
no verão surgiu quando, após uma viagem ao Mediterrâneo, a estilista voltou com o tom
de pele acobreado. Todas as mulheres queriam copiá-la.
● O depoimento a seguir mostra a personalidade de Coco Chanel: “Eu criei um estilo
para um mundo inteiro. Vê-se em todas as lojas o estilo Chanel. Não há nada que se
assemelhe. Sou escrava do meu estilo. Um estilo não sai da moda; Chanel não sai da
moda”. Uma das máximas de Chanel era: “Uma mulher elegantemente calçada nunca
será feia”.

LANVIN

Com mais de um século de uma rica tradição no mundo da moda, as roupas e acessórios
da marca francesa LANVIN se transformaram em ícones de vestir-se bem e manter-se
antenada com as principais tendências mundiais. Não é exagero afirmar que a LANVIN
consolidou-se como uma das marcas mais emblemáticas e responsáveis por transformar
a moda naquilo que conhecemos hoje. Não por menos, é a marca escolhida por nove
entre dez atrizes de Hollywood. Beldades como Cate Blanchett, Juliane Moore, Diane
Kruger e Meryl Streep (que usou um estonteante longo dourado ao receber seu Oscar,
em 2012). 

A história 
Jeanne-Marie Lanvin nasceu no dia 1 de janeiro de 1867 na cidade de Paris, em uma
família modesta e começou a trabalhar com apenas 11 anos de idade. Aos 13, ela já era
aprendiz de moda fazendo delicados chapéus. Nesta época seu talento já era evidente.
Em 1889, sem nenhum financiamento, somente utilizando suas economias, inaugurou
em Paris, na esquina da Rue Boissy d’ Anglas e Rue du Faubourg Saint-Honoré, sua
primeira loja para comercializar sofisticados chapéus. Sua vida começou a mudar com o
nascimento em 1897 de sua filha Marguerite di Pietro. Fruto de seu casamento com o
Conde Emilio De Pietro, um nobre de origem italiana, ela começou a desenhar roupas e
vestidos altamente sofisticados para a pequena Marguerite. Não demorou muito para
suas clientes se interessarem pelos trajes e passarem a fazer encomendas para suas
meninas também. Com o passar do tempo, a estilista começou também a vestir as mães,
até que no ano de 1909 a MAISON LANVIN foi oficialmente fundada e passou a
integrar o Chambre Syndicale de la Haute Couture (sindicato da Alta-Costura). Em
honra a história da grife, até hoje é fabricada e comercializada a linha Lanvin Petite, que
veste crianças com estilo e sofisticação.

Neste momento Jeanne Lanvin quebrava paradigmas, já que o mundo da alta costura era
dominado pelos homens. Ela tinha uma postura de vanguarda para época, trabalhando as
linhas arquitetônicas e um romantismo único. Sua linha principal era a de vestidos, o
primeiro de noiva foi apresentado em 1911, mas também trabalhou os vestidos
chemisiers, e um tom de azul que sempre aparecia em suas coleções acabou sendo
conhecido como o “azul Lanvin”. Poucos estilistas souberam trabalhar com tanta
propriedade as formas como a Madame Lanvin. Seus vestidos eram quase obras de arte,
amava os tecidos fluidos, as rendas e os lamês. Eram inspirados em formas vitorianas
suavizadas e generosamente adornados com bordados, e uma severidade muitas vezes
atenuada por babados. Ela também era fascinada por civilizações, se inspirou muitas
vezes no Egito, no norte da África, Europa Central e América do Sul para criar
verdadeiras obras luxuosas com tecidos. Para ampliar sua linha de produtos, em 1913,
começou a fabricar belos e luxuosos casacos de pele. Às vésperas da Primeira Guerra
Mundial, ela criou os chamados robes de style, com cintura marcada e saias fartamente
rodadas, que estiveram em moda, com pequenas modificações, até o início dos anos de
1920.

Jeanne Lanvin foi uma grande mulher de negócios, e nos anos seguintes chegou a
empregar 800 pessoas, trabalhou também com roupas esportivas (1923), moda
masculina (1926), lingeries, decoração e teve até uma fábrica de tintas, quando do seu
cuidadoso estudo das cores surgiu à conhecida “paleta Lanvin”. Como manda a cartilha
das tradicionais Maisons francesas da alta costura a LANVIN também teve de lançar a
sua própria fragrância. Por isso, em 1927, surgiu o perfume Arpège, como presente de
aniversário de Jeanne para sua filha. O clássico perfume inspirado no som das notas de
piano tocadas por Marguerite suplantou o sucesso de My Sin, lançado em 1925. O
frasco esférico de Arpège era embelezado por uma ilustração de Jeanne e Marguerite a
caminho de um baile de gala, figura que viria, em 1954, a tornar-se o logotipo da marca.

Com a morte de Jeanne no dia 6 de julho de 1946, aos 79 anos, o comando dos negócios
passou para a filha então conhecida como Marguerite Marie Blanche. Jeanne dizia que
suas únicas paixões eram sua filha e sua marca. Ela deixou um legado precioso, fazendo
de seu nome sinônimo de lifestyle com linhas de cosméticos, decoração e perfumes.
Pouco depois, a direção criativa da grife foi assumida por Antonio del Castillo, que
desde sua primeira coleção, apresentada em 1951, seguiu sempre de perto o estilo da
fundadora. Quando Castillo deixou a Maison, em 1962, para abrir seu próprio negócio,
foi sucedido por Jules François Crahay, que vinha do ateliê de Nina Ricci. Nas décadas
seguintes a LANVIN cresceu pouco e não era vista como uma das principais marcas de
luxo do mundo. Depois de ser comprada em 1990 pela Orcofi Group, a grife francesa
foi vendida em 1996 para a L’Oréal.

No ano de 2001 a marca francesa foi adquirida pela empresária e filantropista taiwanesa
Shaw Wang Lang. E foi justamente ela a responsável por colocar o marroquino Alber
Elbaz no posto de diretor criativo para conduzir a marca ao século 21. Continuando a
tradição maternal de Jeanne, criou a linha de noivas Blanche - nome do meio de
Marguerite Lanvin - que segue a mesma premissa das outras linhas da grife: o conforto.
Foi responsável por lançar em 2010 uma coleção cápsula em parceria com a rede de
moda sueca H&M, composta por 30 peças e 15 acessórios, que se transformou em um
imediato sucesso. Além disso, comandou o lançamento do comércio eletrônico e a
abertura de lojas próprias em várias importantes cidades do mundo. Como por exemplo,
em 2009 quando abriu sua primeira loja em solo americano; ou em 2012 quando
inaugurou uma loja em São Paulo, no Shopping JK Iguatemi (a única na América
Latina). Entre os best-sellers, além dos longos e cocktail dresses, peças mais informais,
como camisas de seda, saias lápis, calças de alfaiataria e sapatilhas bailarina. A loja
fechou no final de 2015, mas não em virtude da crise, e sim em discordância com o
parceiro local.

O ano de 2013 marcou uma das últimas conquistas de Elbaz como diretor criativo da
LANVIN, quando a marca se tornou responsável pelo equipamento oficial da equipe de
futebol do Arsenal. O talentoso estilista permaneceu em seu posto por 15 anos, sendo
responsável por conduzir a LANVIN novamente ao topo da lista das mais importantes
marcas do mundo da moda. É importante ressaltar a qualidade do trabalho de Elbaz, que
soube fazer uma leitura precisa dos valores da marca, trabalhando com maestria a
modernidade sem perder a essência que é o romantismo e a fluidez. Em seu lugar foi
anunciada, no mês de março de 2016, a francesa Bouchra Jarrar, uma estilista
minimalista que tem tudo para transformar o estilo da marca por completo.

Um dos segredos para se manter viva e sempre em evidência em um universo de


tamanha competitividade e dinamismo foi a diversificação e a facilidade de se
transformar e de remodelar seus próprios paradigmas em igualdade com as mudanças
sociais ao longo de tantas décadas. Hoje, as roupas e acessórios da marca LANVIN são
ícones em moda feminina e masculina, dispondo de uma variedade imensa de peças que
possuem em comum a paixão pelo luxo. Mesmo com mais de um século de vida, a
marca francesa nunca fez parte de um grande conglomerado de luxo. Tem como marca
registrada não uma bolsa específica ou uma peça extravagante e, sim, pequenos e
simples laços de gorgurão, daqueles que se usam em caixas de presente.

O logotipo 
O tradicional e icônico símbolo da marca francesa foi criado pelo ilustrador e figurinista
Paul Iribe em 1923 a partir de uma fotografia em que Jeanne e sua filha estão prontas
para um baile de gala em 1907. A imagem em questão (a bordo de um vestido longo e
um casaco imponente, uma mulher elegante segura os braços da filha, vestida à sua
imagem e semelhança, com chapéu e tudo), redesenhada por Armand Albert Rateau foi
imortalizada no logotipo da marca a partir de 1954 e esteve sempre calcada no
relacionamento entre mãe e filha.

Hoje em dia o logotipo com este icônico símbolo é ainda utilizado em alguns produtos e
como identidade visual da marca. A marca também utiliza um logotipo oficial mais
simplificado, que contém apenas o nome da marca e a palavra “Paris” abaixo.

Dados corporativos 
● Origem: França 
● Fundaçã o: 1909 
● Fundador: Jeanne-Marie Lanvin 
● Sede mundial: Paris, França 
● Ícones: O “azul Lanvin” 

Você sabia? 
● Apesar da Maison Lanvin ter surgido oficialmente somente em 1909, Jeanne
inaugurou seu primeiro negócio em 1889, uma chapelaria. Por isso, em 2014 a marca
francesa completou 125 anos de vida. 
● Os perfumes da marca são um caso à parte, com nomes provocativos como Scandal,
Rumeur, Prétexte, Mon Peché (nos Estados Unidos, traduzido como My Sin, ou Meu
Pecado) e Arpège (homenagem à filha que era pianista). 
● O estilista brasileiro Ocimar Versolato também atuou como diretor criativo na Maison
LANVIN, entre 1996 e 1998. 

MICHAEL KORS

Você já ouviu falar na marca MICHAEL KORS? Se a resposta for negativa não se
preocupe. Afinal você não irá demorar muito para conhecê-la. A marca americana,
comandada pelo estilista de mesmo nome, combina casualidade e sofisticação para
compor o estilo esportivo luxuoso, mas acessível, que anda fazendo a cabeça, os pés e
as mãos de milhares de americanas, celebridades e mais recentemente das brasileiras
habituais à uma passadinha em Nova York ou antenadas em moda. 

A história 
Karl Anderson, Jr., mais conhecido como Michael Kors e filho de uma ex-modelo,
nasceu no dia 9 de agosto de 1959, em Long Island, subúrbio da cidade de Nova York.
O talento do estilista para atrair holofotes se manifestou logo na infância, quando o
então ator mirim vivia entre constantes viagens rumo ao centro da cidade para participar
de testes de comerciais. Depois, estudou design de moda na Fashion Institute of
Technology, badalada e conceituada instituição nova-iorquina e, com apenas 19 anos, já
criava coleções para a histórica butique Lothar’s, ponto de encontro de fashionistas na
Manhattan dos anos de 1970. Não demorou muito para atrair a atenção das revistas de
moda e, daí para o lançamento de sua marca própria, em 1981 e com a ajuda de seu
sócio John Orchulli, foi uma consequência rápida.

A primeira coleção de roupas femininas MICHAEL KORS, que traduzia a mistura entre
a sofisticação e a sensibilidade modernista, foi parar direto nas luxuosas araras e
prateleiras das lojas de departamento mais conceituadas da cidade, como por exemplo,
Bloomingdale’s, Bergdorf Goodman, Lord & Taylor, Neiman Marcus e Saks Fifth
Avenue. O estilo de MK, como ele ficaria conhecido, foi influenciado, principalmente,
pelo estilista Roy Halston, ícone da moda americana nos anos de 1960 e 1970, que
chegou a vestir ícones como Liza Minelli e Elizabeth Taylor, além da bela Jacqueline
Kennedy. Sua combinação de luxo e sofisticação com a simplicidade de uma camiseta
deu novo sentido ao termo “sportswear” e era dedicada a mulheres de qualquer idade e
qualquer nacionalidade, que fossem ligadas em moda, mas longe de consideradas
“fashion victims” (termo criado para descrever pessoas que compram qualquer peça que
apareça nas páginas de revistas especializadas, sem nenhum discernimento).

Seu segredo era mesclar peças simples e esportivas com detalhes luxuosos e muito
brilho, especialmente combinando camisetas básicas com pérolas e saias clássicas até os
joelhos, jeans com estolas de pele ou mesmo vestidos de jérsei com pesadas jaquetas de
esqui. O sucesso nos primeiros anos foi enorme. Em 1983 recebeu seu primeiro prêmio
por originalidade na moda americana, o DuPont American Original Award, e desde
então, o “mais velho jovem estilista de Nova Iorque”, como ele mesmo costuma se
intitular, já foi nomeado para um sem número de premiações de talento e
reconhecimento. Já em 1984 suas coleções estrearam nas passarelas. E no final desta
década, a marca expandiu sua linha de produtos com o lançamento de sua primeira
coleção de calçados femininos. No início da década seguinte, como forma de conquistar
outro público alvo, a marca lançou a KORS LIGHT, uma linha de roupas mais
acessíveis que a original. Outro evento importante ocorrido nesta época foi a primeira
campanha da marca protagonizada por Christy Turlington e fotografada por Steven
Meisel. Kors foi nomeado diretor criativo da maison francesa Celine em 1997, na qual
permaneceu por seis anos, e foi apontado como o principal responsável por reinventar e
trazer a marca de volta aos holofotes do mundo da moda.

Com coleções disponíveis nas maiores lojas de departamentos nos Estados Unidos, sua
primeira loja própria foi inaugurada somente em 2000, no número 974 da Madison
Avenue, em pleno coração de Nova York. Nos anos seguintes, a marca ganhou mais
quatro endereços exclusivos: na Rodeo Drive, reduto do luxo mais famoso em Los
Angeles, na costa oeste americana; em Manhasset, próximo a Long Island; em Tóquio,
no Japão; e em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Ainda neste período, ampliou sua
linha de atuação ao lançar acessórios femininos como bolsas, sapatos e óculos de sol; as
primeiras fragrâncias; uma completa linha de relógios, que se tornou um verdadeiro
sucesso de vendas; além de sua coleção de roupas masculinas. A partir de 2004, o
estilista criou duas novas linhas: MICHAEL Michael Kors, introduzida
simultaneamente em aproximadamente 350 pontos de venda espalhados pelos Estados
Unidos, que incluía também acessórios de couro e alfaiataria masculina; e a KORS,
composta por versões fiéis em tecidos alternativos e, portanto, de menor valor, das
peças mais luxuosas de sua própria coleção, como casacos com aplicações de pele e
vestidos elaborados. E foi justamente a partir deste momento quando Kors começou a
aparecer como jurado do popular programa de TV Project Runway, que a marca
realmente decolou. Um ano antes, ele se associou a John Idol, antigo executivo da
Ralph Lauren, para expandir a marca para as massas, criando assim um “luxo
populista”.

Desde então, os negócios da marca MICHAEL KORS vêm se expandindo


mundialmente em uma velocidade vertiginosa. O resultado: além de lançar oficialmente
sua aclamada coleção de relógios no Brasil em 2008, a marca inaugurou em 2010 sua
maior loja âncora em plena cidade de Paris, na chique e sofisticada Rue St. Honoré. O
estilista Michael Kors, que invariavelmente veste camiseta preta com blazer da mesma
cor, detém atualmente 2% das ações da empresa. O restante, que já pertenceu ao
conglomerado de luxo LVMH, foi comprado em 2003 pela Sportswear Holdings,
empresa comandada pelos investidores Silas Chou e Lawrence Stroll, que após a
abertura de capital na Bolsa de Valores, em 2011, ganharam muitos sócios investidores.
E o sucesso da marca foi tanto nos anos seguintes, que hoje em dia é difícil caminhar
pelas ruas de uma grande cidade como Nova York ou andar pelo metrô sem avistar
inúmeras bolsas ou os grandes e chamativos relógios da marca, que une o glamour
europeu com a praticidade americana. E não por acaso, Michael Kors Michael entrou
para a restrita lista dos bilionários do mundo da moda.

A linha do tempo 
1985 
● Lançamento de uma linha de roupas de cashmere. 
1989 
● Lançamento da primeira coleção de calçados da marca. 
1992 
● Lançamento de algumas poucas peças para o público masculino. 
2000 
● Lançamento do perfume feminino MICHAEL KORS, que se tornou um fenômeno de
vendas. 
2001 
● Lançamento do primeiro perfume masculino da marca. 
● Lançamento de uma linha de acessórios femininos, composta por bolsas, além da
primeira linha de óculos de sol. 
2002 
● Lançamento de sua primeira coleção completa voltada para o público masculino. 
● Inauguração de lojas em Londres e Tóquio. 
2003 
● Lançamento do perfume feminino MICHAEL SHEER. 
2004 
● Lançamento da linha MICHAEL MICHAEL KORS, que incluía moda praia e
acessórios, como malas e pequenos artigos de couro, cintos e calçados, além de óculos e
relógios, tanto para homem como para mulher. 
● Lançamento da linha KORS, composta por peças mais acessíveis em termos de
preço. 
● Lançamento da primeira coleção de relógios da marca. 
2005 
● Lançamento do perfume ISLAND MICHAEL KORS. 
● Lançamento da linha praia e da linha infantil. 
2006 
● Inauguração da primeira loja especializada em acessórios da marca. Atualmente
existem mais de 60 unidades da MICHAEL KORS especializadas em acessórios. 
2009 
● Lançamento da linha de perfume VERY HOLLYWOOD MICHAEL KORS. Além
disso, em colaboração com a Estée Lauder, foi lançada uma coleção de maquiagens para
complementar o novo perfume. Em sua primeira experiência com cosméticos, o estilista
deu preferência a tons marcantes, mas cheios de transparências. A coleção era composta
por 19 itens distribuídos em duas famílias de cores: Bel Air Beige e Pink Rodeo. Cada
uma contava com duas cores de batom FPS 15, dois tons de lip gloss, um blush, um duo
de sombra, um lápis de olho e um esmalte. 
2010 
● Inauguração de uma loja âncora na cidade de Munique na Alemanha. 
2012 
● Inauguração da primeira loja na cidade de Madri. 
2013 
● Lançamento de uma trilogia de perfumes (Sporty Citrus, Sexy Amber e Glam
Jasmine). As três novas fragrâncias são parte de uma nova coleção de beleza que inclui
uma linha de maquiagem, cosméticos para corpo e outra linha para o sol.

O queridinho das celebridades 


Fora de seu ateliê, Michael Kors sempre viveu às voltas com organizações de eventos
de caridade e compromissos sociais ao lado das pessoas que prestigiam seu trabalho e,
portanto, sempre foi figura constante na mídia internacional. A lista de fãs e clientes
célebres do estilista é longa e inclui beldades como Jennifer Lopez, Angelina Jolie,
Cameron Diaz, Sharon Stone, Madonna, Gwyneth Paltrow, Sandra Bullock, Barbara
Streisand e Liv Tyler. Em 1999, a atriz René Russo, outra cliente devota de Michael
Kors, desfilou um figurino exclusivo do estilista em “Thomas Crown - a arte do crime”,
refilmagem de um clássico homônimo de 1968 dirigido por John McTiernan. Já em
2009, o estilista queridinho dos ricos e famosos, ganhou mais uma admiradora de peso:
a primeira-dama Michelle Obama, que escolheu um modelo do estilista (um charmoso
tubinho preto) para sua primeira foto oficial ao lado do marido presidente, e continua
usando roupas e criações de Michael Kors em seu cotidiano. Apesar dessa constelação
de clientes famosas, a maior parte das criações do estilista está ao alcance de muito mais
mulheres do que se imagina. Isso porque seus preços em nada lembram aos de outras
grifes internacionais de luxo, que ficam sempre na casa dos milhares de dólares.

A identidade visual 
O logotipo da marca pode ser aplicado de várias formas (como mostra a imagem
abaixo), incluindo as tradicionais iniciais MK (dentro de um círculo), que
invariavelmente aparecem em muitos produtos, especialmente em suas bolsas.

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundaçã o: 1981 
● Fundador: Michael Kors 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos 

Você sabia? 
● Uma curiosidade sobre Michael Kors, também conhecido por seu cargo de jurado do
reality show Project Runway até 2012, é o fato do estilista não saber costurar. Ele
apenas concebe e desenha suas criações. 

OAKLEY

A californiana OAKLEY, que ganhou notoriedade com os desenhos espalhafatosos de


seus óculos, tornou-se uma das marcas mais cobiçadas do planeta, utilizando tecnologia
de ponta aliada a uma linha de design futurista. A marca inflama a imaginação das
pessoas pela fusão da arte com a ciência, criando produtos que representam seu
compromisso com a excelência, uma paixão que redefine o que é possível para aqueles
que desafiam seus próprios limites. Após quatro décadas de existência, os óculos e
acessórios da marca compõem o uniforme de atletas do porte motociclista Valentino
Rossi, além de grandes estrelas do automobilismo e muitos outros esportes. Mais do que
uma simples fabricante de óculos, a OAKLEY se tornou uma usina de ideias. 

A história 
Tudo começou em meados dos anos de 1970 quando o “cientista” Jim Jannard, um
jovem desertor do curso de farmácia da Universidade de Southern California e aluno
rebelde e aventureiro, deixou a faculdade e passou a vender equipamentos de
motocicletas na carroceria de sua caminhonete em eventos de MotoCross, esporte que
praticava em seus tempos de folga. Em 1975, munido de apenas US$ 300 e um
laboratório improvisado na garagem de sua casa, criou manoplas de motocicletas (capas
que revestem as extremidades do guidão) com design e material inovadores - de forma
orbicular, projetadas com perfeição para receber a mão do piloto que, feitas de um
material chamado Unobtanium®, uma espécie de borracha hidrofílica, proporcionava
adesão perfeita quando em contato com a água ou suor, permitindo assim executar
manobras com muito mais segurança e precisão. Esse material é até hoje utilizado nos
óculos da marca, principalmente no suporte do nariz. Algum tempo depois, ele percebeu
que somente a venda das manoplas (batizadas de The Oakley Grip) não havia trazido
tanto sucesso quanto esperava. Era preciso criar algo diferente.

Como um grande empreendedor, desenvolveu óculos que pudessem ser utilizados nas
“pistas” e trouxessem, além de qualidade ótica, resistência a impactos e proteção contra
os raios nocivos do sol. Isto ocorreu em 1980 com o lançamento do O FRAME MX,
conhecido como Goggles, que com seu design curvilíneo e lentes especiais rapidamente
encontrou adeptos entre atletas profissionais como Mark Barnett, Marty Smith, Johnny
O‘Mara e Jeff Ward, que passaram a utilizá-los devido a sua claridade e ampla visão
periférica. Apesar disso, mais uma vez, os óculos que continham o logotipo da marca na
alça para que fosse reconhecida mais facilmente, não obtiveram sucesso, sendo retirados
do mercado tempos depois.

Em 1983 foram introduzidos na linha de produtos da marca óculos especiais para a


prática de esqui na neve, que foram batizados de O FRAME SNOW. Em pouco tempo
o logotipo da marca, presente na lateral dos goggles, se tornou um símbolo de peso no
circuito esportivo mundial. A história da marca começou a mudar em 1984 quando a
OAKLEY lançou um óculos escuro chamado Eyeshades, que era feito de plástico e
tinha lentes removíveis. Esses óculos foram popularizados por Greg LeMond, vencedor
do Tour de France, e outros ciclistas profissionais. Rapidamente os óculos da marca
ganharam enorme reputação em virtude da alta qualidade e estilo único, levando a
OAKLEY a se expandir e ficar conhecida, não somente nos Estados Unidos, como
também em outros países do mundo. A partir de então, a OAKLEY começou a
introduzir novos modelos de óculos de sol, entre eles o Frogskins (um dos modelos
mais icônicos da marca por ser o primeiro da linha lifestyle, lançado em 1985), Blades
(primeiros óculos personalizáveis do segmento, introduzidos em 1986), X-Metal (com a
primeira armação toda de metal esculpida em 3-D do mundo, esse modelo foi
amplamente utilizado por atletas como Michael Jordan, Ichiro Suzuki e Juan Pablo
Montoya), Half Jacket (cujas lentes podiam ser trocadas em segundos, oferecendo o
melhor desempenho possível para as condições atuais de luz), Sub Zeros (mais leve do
que qualquer modelo de óculos de sol do mundo, com lentes criadas a partir de um
contorno único e contínuo de Plutonite®) e M-Frame (lançado em 1991, cujo design
revolucionário mantém um ajuste perfeito ao rosto e oferece cinco formatos de lentes).
A marca registrou mais de 1.000 patentes (que vão desde proteção para lentes de óculos
até peças específicas da haste), incorporando alta tecnologia na sua linha de óculos.
Hoje em dia a empresa utiliza desde materiais como Titânio, Magnésio, Acetato, até
Kevlar na confecção de seus óculos. O enorme sucesso da marca fez que com a empresa
abrisse seu capital na Bolsa de Valores em 1995, levantando assim US$ 230 milhões,
empregados em sua expansão internacional nos anos seguintes. Somente em julho de
1999 a marca inaugurou sua primeira loja própria, chamada O Store, na cidade de
Irvine, estado da Califórnia. O sucesso da loja levou a inauguração de seu primeiro
outlet (loja de desconto) na cidade de Milpitas, também no estado californiano.

A marca ganhou tanta força que os executivos da empresa resolveram estender o estilo e
inovação à outras linhas de produtos. Em 2000, foram criadas e desenvolvidas linhas de
roupas e acessórios, o que converteu a OAKLEY em uma grife de estilo de vida. Para
ter uma ideia da velocidade dessa expansão, somente em 2002 a marca lançou nada
menos que 413 novos produtos no mercado. Aos poucos a OAKLEY foi expandindo
ainda mais sua gama de produtos e ao mesmo tempo, que quebrou as barreiras da
tecnologia em óculos, cujos preços variam de US$ 65 à US$ 500, ingressou no mercado
de calçados, relógios, vestuário e demais acessórios esportivos. No final de 2007 o
grupo italiano Luxottica, maior fabricante mundial na produção, fabricação e
distribuição de óculos de sol, anunciou a fusão com a OAKLEY, avaliada em
aproximadamente US$ 2.1 bilhões.

Pouco depois, em 2008, a marca americana lançou uma polêmica linha de produtos. A
OAKLEY não queria, definitivamente, discrição. A marca introduziu no mercado
americano uma touca repleta de dreadlocks, tipo de penteado muito comum entre os
cantores de reggae, e batizou-a de Oakley Medusa Hat. Para combinar, a marca criou
óculos bem grandes e cheios de estilo que podem ser usados em pistas de esqui. Outro
recente lançamento da marca é a linha Elite, formada por relógios, botas e óculos
produzidos em fibra de carbono, material leve e extremamente resistente. O resultado
foi tão bom que até o exército americano encomendou milhares de botas da linha Elite
para seus soldados, um projeto que demorou dois anos para se concretizar.

Um dos segredos do sucesso da marca está justamente na filosofia de distribuição


seletiva que pratica. Os varejistas são criteriosamente selecionados por sua capacidade
em agregar mais valor à tecnologia OAKLEY, tendo como alvo lojas de varejo
especializadas para uma contínua infiltração no mercado. A empresa se dedica ao
treinamento de sua equipe de vendas aperfeiçoando sempre a imagem da marca. O
resultado é uma apresentação impecável e apaixonada do produto ao cliente. Além
disso, procurando conciliar o esporte, a tecnologia e a moda, a OAKLEY tem
conseguido cada vez mais agradar aos mais diversos estilos, que identificam a marca
como sinônimo de qualidade e de investimento no jovem. A marca desenvolve cada
novo produto com uma filosofia de design chamada física escultural: a disciplina de
resolver os problemas com ciência envolvendo essas soluções com arte. Com apoio de
uma infraestrutura que inclui as mais recentes ferramentas da tecnologia, os engenheiros
e artesãos da empresa continuam expandindo a gama de categorias de produtos da
empresa. E sempre com enorme sucesso junto ao público formador de opinião e atletas
profissionais de ponta.

Apesar de ter conquistado notoriedade pelo design de seus óculos de sol, é a qualidade
ótica e a resistência de suas lentes e armações que impressionaram os militares
americanos desde o primeiro contrato, firmado no final da década de 1980. A OAKLEY
é a única fabricante do segmento de moda aprovada nos rigorosos testes desenvolvidos
para experimentar óculos de segurança, como os usados na indústria pesada. Um desses
testes consiste em lançar um esfera de aço a 165 km/h contra um par de óculos. No
produto da concorrência, as lentes se esfarelam como biscoito. Em um OAKLEY, elas
amortecem a bolinha como um colchão e não se estilhaçam. Além disso, a marca foi
criada para atletas de classe mundial, aqueles que vêem os limites da possibilidade
apenas como mais um desafio. Está no DNA da marca identificar problemas, inventar
maneiras de resolvê-los e envolvê-los em arte. E, simplesmente, fazer as coisas melhor
do que qualquer um achava possível. Além disso, a fácil adaptabilidade à moldura do
rosto aliada à ampla variedade nas cores das lentes faz com que haja modelos de óculos
de sol OAKLEY para a prática de diversos tipos de esportes e em diferentes condições
de clima.

A linha do tempo 
1993 
● Criação da RX DIVISION, divisão de prescrição da OAKLEY para atuar em três
áreas: as lentes solares com prescrição, as armações de receituário e o laboratório. Hoje
em dia a marca oferece uma linha completa de armações oftalmológicas e de lentes
corretivas solares que são reconhecidas como algumas das melhores óticas de prescrição
disponíveis. Laboratórios de serviço completo nos Estados Unidos, Europa e Ásia
levam as melhores tecnologias óticas do mundo para os mercados locais. As lentes de
prescrição da marca são oferecidas em um espectro completo de cores, opções de
polarização e revestimentos de desempenho. As tecnologias incluem armações de metal
com memória de forma; Cor Inerente para lentes que nunca desbotam; lentes OAKLEY
ACTIVATED BY TRANSITIONS™, que escurecem e clareiam automaticamente; a
primeira lente de prescrição do mundo realmente intercambiável; e o sistema OAKLEY
RX, que mapeia os raios de luz em uma grade 3D para assegurar uma coordenação
precisa entre o olho e a superfície da lente inteira. 
1994 
● Lançamento da linha de óculos OAKLEY EYE JACKETS, com geometrias de lente
que mantinham a claridade ótica ao longo do contorno inteiro da lente. Oferecendo uma
visão clara, precisa e incorruptível do mundo de todos os ângulos de visão, este avanço
tecnológico foi honrado com cinco patentes separadas. 
1998 
● Lançamento da mochila ICON BACKPACK com alta tecnologia, desenvolvida para
esportes radicais como o alpinismo. 
● Lançamento de seus primeiros calçados esportivos, chamados O SHOES, vendidos
ao preço de US$ 125 e que utilizavam as mesmas fibras balísticas usadas em coletes à
prova de balas. 
● Lançamento dos primeiros relógios de pulso chamados TIME BOMB, com preços
que variavam entre US$ 1.300 e US$ 1.500. Era um relógio de pulso que nunca
precisaria de baterias ou corda. Uma obra de arte que mesclava ciência com escultura
para conseguir aquilo que nenhum relógio comum podia oferecer: a autenticidade da
verdadeira inovação. 
2002 
● Lançamento da ASSAULT BOOT, espécie de bota de assalto para combate,
desenvolvida primeiramente a pedido do exército americano, para ser utilizada pela
Força Especial de Elite (Elite Special Force). A bota é confeccionada com material
extremamente leve e anti-fogo, possuindo sistema anti-choque e design atlético. Pesa
300 gramas e tem design esportivo, com direito a sistema de absorção de impactos
como dos tênis mais modernos. Levou um ano para ficar pronta e foi testada em todas
as superfícies e climas imagináveis: no deserto, na cidade, na montanha, na selva, sob
chuva, neve. 
2004 
● Lançamento no mês de dezembro do OAKLEY THUMP, primeiro modelo de óculos
eletrônico da indústria mundial, integrado a um MP3 Player. Meses antes, a marca
causou certo “frisson” na prova de ciclismo mais famosa do mundo: a Volta da França
(Tour de France). Isso porque o ciclista Lance Armstrong apareceu com óculos que
possuía um MP3 Player incorporado. O design revolucionário integrava
harmoniosamente um aparelho de áudio e fones de ouvido diretamente em uma
armação. Não havia mais fios, somente ótica de alto desempenho moldada com um
mecanismo de áudio digital de última geração. Um sucesso de vendas nos Estados
Unidos. 
2005 
● Lançamento do OAKLEY RAZRWIRE, primeiro óculos do mundo com capacidade
para conectar-se à celulares habilitados com tecnologia Bluetooth e wireless (sem fios),
produzido em parceria com a Motorola. 
2006 
● Lançamento do OAKLEY ROKR, óculos com telefone e tocador de mp3,
desenvolvido, mais uma vez, em parceria com a Motorola, utilizando a tecnologia
Bluetooth. Além de fazer e receber as ligações, o dispositivo também permitia receber
músicas em estéreo no celular, enviadas por tocadores de música ou outros dispositivos
equipados com essa tecnologia. 
● Lançamento do OAKLEY RADAR, um óculos com lente intercambiável que
permitia que os atletas se adaptassem às mudanças de luz. O modelo foi projetado com
tecnologia de lente hidrofóbica que repele água e suor enquanto torna a superfície da
lente imune a óleos e impurezas que corrompem a visão. Junto com o caimento
customizado de componentes intercambiáveis da armação e a clareza da Oakley HDO®,
estas inovações alcançaram um novo marco em óculos de alto desempenho. 
● Lançamento do OAKLEY STOCKHOLM, criado especificamente para oferecer às
mulheres o melhor em tecnologia de desempenho para goggles. A geometria craniana
3D da empresa garante um ajuste preciso e inovações como a lente vazada ram-air
fornecem um fluxo de ar para evitar o embaçamento que fica melhor ainda com o
revestimento F3. 
2007 
● Lançamento da primeira linha de óculos exclusivamente voltada para mulheres. 
2008 
● Lançamento de uma inovadora capa para iPhone feita de “Unobtanium”, um material
plástico leve e resistente que foi desenvolvido para ser usado na fixação dos óculos,
fazendo com que o aparelho não escorregue das mãos. A capa foi projetada para deixar
a tela e todas as conexões e controles a mostra. 
2009 
● Lançamento do OAKLEY JAWBONE, óculos que utiliza a tecnologia SwitchLock,
onde a parte inferior do aro da armação abre para permitir acesso fácil para a troca
rápida de lentes, e um sistema de suspensão que mantém as lentes no lugar para que
tensões na estrutura não prejudiquem a ótica. A tecnologia é combinada com as
inovações de lentes para proporcionar aos atletas um nível de claridade visual e
proteção inigualável na indústria. 
● Lançamento do OAKLEY ELITE C SIX, que utiliza fibra de carbono, um material
mais fino que um fio de cabelo, porém mais forte que aço de alta resistência. Esculpido
com 24 horas contínuas de usinagem de Controle Numérico Computadorizado (CNC) e
projetado com zonas flexíveis do metal com memória Beta Titanium, esses óculos são
otimizados com as melhores tecnologias já criadas no segmento. 
● Lançamento do OAKLEY COMMIT, óculos solar de alto desempenho com
tecnologia intercambiável de lentes, especialmente desenhado para a anatomia delicada
das mulheres que superam todos os limites.

A paixão da marca 
Definitivamente os óculos são a grande paixão, obsessão e fonte de inspiração da marca
americana. Há quatro décadas a OAKLEY tem liderado o caminho em maximizar o
estilo das lentes e o desempenho técnico. As lentes polarizadas da OAKLEY são
projetadas com um processo de infusão líquida que une as moléculas do filtro
polarizador e da lente, eliminando a distorção encontrada nas tecnologias
convencionais. Quer esteja jogando golfe, praticando ciclismo ou correndo ao
amanhecer, não dá para manter o pico de desempenho a não ser que os olhos se adaptem
ao ambiente. É por isso que as lentes SOLFX Transitions™ são projetadas para
escurecer e clarear automaticamente. Não é nenhum exagero afirmar que a OAKLEY
faz a diferença, e o consumidor colhe os benefícios quando usar os óculos da marca. Ao
longo dos anos, sete dessas tecnologias exclusivas da marca americana colocam suas
lentes polarizadas no topo do mercado: 
Hiper Definição Ótica (HDO): uma coleção de tecnologias que inclui inovações
patenteadas e desempenho inigualável. 
Eixo de Polarização: a orientação do filtro polarizador é crucial para o desempenho,
por esse motivo a marca mantem a precisão intransigente das normas EN1836. 
Molde por Infusão: o material das lentes se une ao filtro polarizador no nível
molecular para eliminar a distorção. 
Cores das Lentes: é possível combinar ótica com o ambiente escolhendo a partir de um
espectro de cores de lentes opcionais. 
Emissão Polarizada: esta medida de eficiência de polarização excede 99% nas lentes
da marca, um nível de desempenho inigualável na indústria. 
Resistência a Impactos: os óculos de desempenho da marca cumprem todas as normas
de resistência à impactos da American National Standards Institute. 
Hidrofóbico: Tecnologia que ajuda a manter a visão clara e nítida ao evitar o acúmulo
de água e repelir óleos e impurezas das lentes. Poeira, sujeira e outras partículas não são
atraídas à lente por eletricidade estática.

A sede 
Apesar da arquitetura, em cujo estilo impera o concreto e o ferro, e da temática bélica, o
clima é de paz. Jovens funcionários trajando bermuda, camiseta e chinelo se debruçam
sobre pranchetas criando os próximos itens da marca, enquanto as músicas de Bob
Marley e Red Hot Chili Peppers ecoam na sala. Porém, o verdadeiro show começa ao
entrar no prédio. É comum se deparar com funcionários chegando de skate, outros do
departamento de design estacionando suas bicicletas na porta da sala na volta do almoço
e também alguns andando em meio ao escritório com seus cães. A arquitetura do hall de
entrada reproduz a nave de uma grande catedral, porém sem conotações religiosas e
com toda a reprodução do DNA OAKLEY em seu interior: um clima meio sombrio
com ares urbanos, cheio de atitude, com um gigante exaustor em uma das extremidades,
tubulações, canos, e arruelas enormes.

Além disso, um torpedo da marinha norte-americana provavelmente utilizado na


Segunda Guerra Mundial e um carro de corrida com um ar futurista, decoram o hall. Na
outra extremidade, duas áreas são reservadas a uma O Store (nome das lojas OAKLEY
quando atua diretamente no varejo), pois a sede é visitada diariamente por muitas
pessoas, sedentas para banharem-se do espírito da marca e conhecer mais de perto o
império criado por Jim Jannard. A empresa guarda a sete chaves os segredos de seu
modo de criação e produção. A preocupação é tão grande que no interior da sede é
proibido acionar câmeras fotográficas. Tanto cuidado se justifica. Certa vez, um
funcionário do departamento de marketing fotografou uma peça ainda em
desenvolvimento, postou a imagem na internet e a concorrência copiou o produto. O
local mais bem guardado é o departamento de design. No departamento do
desenvolvimento de tecnologia, máquinas a todo vapor põem em prática os ousados
projetos idealizados por uma moçada bastante jovem. As duas áreas caminham de mãos
dadas e fazem da OAKLEY mais do que apenas uma grife. Ela é, na verdade, uma usina
de idéias inovadoras com mais de 1.000 patentes registradas.

O prédio também abriga um pequeno museu, que reúne peças e campanhas publicitárias
lançadas no decorrer dos anos, inclusive as manoplas originais, primeiro produto da
marca; um sensacional teatro high-tech, com capacidade para 400 pessoas, onde
ocorrem muitos eventos dos mais variados tipos; uma quadra de basquete oficial com as
cores do Chicago Bulls (preto e vermelho), que além de servir para recreação dos
funcionários, é utilizada por atletas e profissionais para testes de produtos e também
para treino das equipes de basquete da NBA (National Basketball Association) que,
quando estão na região, dão uma passada por lá. E a razão do ex-time de Michael Jordan
“estampar” a quadra é que, durante muitos anos, o astro do basquete mundial nos anos
de 1990 foi um grande parceiro da OAKLEY, participando, inclusive, do conselho de
administração da empresa e atuando como colaborador no desenho e criação de um dos
modelos de óculos, além de ser garoto-propaganda da marca.

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundaçã o: 1975 
● Fundador: Jim Jannard 
● Sede: Foothill Ranch, Califórnia, Estados Unidos 

Você sabia? 
● Oakley era originalmente o nome da cadela, uma Setter inglesa, do fundador da
empresa Jim Jannard. 
● Os óculos de sol da OAKLEY são feitos com lentes de Plutonite® (patente própria)
que são as únicas lentes 100% puras do mundo. 

TIFFANY & Co.

Um simples ato simbólico de desembrulhar uma famosa caixinha azul com um laço
branco, cobiçada por todas as mulheres de fino trato, não seria único se dentro não
estivesse as exclusivas e luxuosas joias da TIFFANY & CO., lendária joalheria
imortalizada pela atriz Audrey Hepburn no filme Bonequinha de Luxo. Uma
característica marcante da TIFFANY & CO. é que suas peças são elegantes por si só.
Seja no item mais barato (se é que existe), seja no mais caro, a matéria-prima é da mais
alta qualidade. Suas preciosidades seduzem celebridades, super modelos, atores, atrizes
e o eterno apaixonado à procura do anel de noivado mais cobiçado do mundo. Quem
entra em uma loja da TIFFANY & CO. acaba se apaixonando. 

A história 
O verdadeiro “conto de fadas” começou no dia 18 de setembro de 1837 quando os
jovens Charles Lewis Tiffany e John B. Young, com apenas US$ 1 mil para investir em
um bom negócio, fundaram a Tiffany, Young & Ellis na cidade de Nova York,
exatamente no número 259 da Broadway. O Ellis no nome da nova loja, derivava do
primo rico de Tiffany, J. L. Ellis, que foi convidado para investir na empresa e começou
a trazer da Europa peças com grande potencial de venda. O estabelecimento vendia
produtos de papelaria e artigos de luxo para a casa e escritório, fechando o caixa em seu
primeiro dia com vendas de US$ 4.98. Uma das novidades da loja era a etiqueta com
preço não negociável, uma política revolucionária para a época. Rapidamente eles
conquistaram a clientela com o primeiro lote de joias variadas, de uma coleção chamada
Palais Royal. Isto porque, naquela época em Nova York, poucas mulheres tinham
alguma peça que pudessem chamar de “real” e esse toque de nobreza as encantou. Em
1845 foi lançado o primeiro catálogo da loja, o mesmo que até hoje é chamado de The
Blue Book. Pouco depois, em 1848, a empresa iniciou a criação de joias em ouro.

Com o passar dos anos, a loja foi sendo incorporada ao crescimento da cidade, fazendo
parte dos momentos mais celebrados na vida de seus clientes. Presentes de aniversários,
pratarias, anéis de noivados e até artigos para bebês podiam ser encomendados em suas
vitrines e prateleiras. Além é claro do serviço de listas de casamentos. Charles Tiffany
assumiu o controle total do negócio em 1853 e mudou o nome da loja para TIFFANY &
CO. Mas o reconhecimento internacional chegou mesmo em 1867. Durante a Exposição
Universal de Paris, a marca foi contemplada com o prêmio “Qualidade em Prata”, fato
inédito para as casas americanas de design até então, o que a colocou em condições de
igualdade com as tradicionais joalherias europeias. O ramo de joias e relógios só foi
conquistado três anos depois, no início de 1870, especialmente com o lançamento de um
coleção de joias em prata.
O filho de Charles, Louis Comfort Tiffany, estabeleceu em 1902 o departamento de
designer e manufatura de joias, conhecidos como Tiffany Art Jewerly. Um andar inteiro
da joalheria foi dedicado à exibição desse departamento, que funcionava como uma
espécie de laboratório de criação para o jovem e talentoso designer. Ele chegou a ser
chamado para redecorar a Casa Branca, porém ficou mais conhecido por suas peças
coloridas e esmaltadas, esculpidas em forma orgânica. Inspiradas na flora e fauna
americana, elas refletiam o espírito do Art Nouveau. Joias e objetos de design como as
famosas Tiffany Lamps (tradicionais e coloridos abajures feitos de diferentes
tonalidades de vidros) iriam se tornar peças de colecionadores, presença garantida nos
acervos de grandes e renomeados museus ao redor do mundo.

Em 1940, a TIFFANY & CO. se mudou para o atual endereço: 727, 5ª Avenida, esquina
com a Rua 57. O elegante prédio art déco de cinco andares, desenhado pela firma
Cross&Cross, é atualmente um ponto turístico de Manhattan, por onde passam de 5 a 7
mil pessoas por dia. A entrada da loja é guardada por uma estátua de bronze mitológica
do Deus Atlas feita pelo artista H.F. Metzler. A estátua de aproximadamente trinta
centímetros está em poder da empresa desde 1850. Conforme diz a lenda, o relógio da
estátua parou de funcionar uma única vez, às 7h22min, hora exata do falecimento do
Presidente Lincoln, em 15 de abril de 1864. Sem dúvida, esta é apenas uma das
inúmeras histórias que fazem da marca uma lenda viva.

Na década de 1950, o designer Jean Schlumberger foi convidado para ser o desenhista
exclusivo da marca, dando continuidade a um legado de designers de renome, assinando
coleções autorais. Ele tornou-se o “queridinho” de mulheres notáveis como a temida
editora de moda Diana Vreeland e da primeira-dama americana, Jackie Kennedy. De
tanto aparecer publicamente, os braceletes de esmaltação paillonée, assinados por ele,
ficaram conhecidos como Jackie’s Bracelets. Somente em 1963, a marca inaugurou sua
primeira loja fora da cidade de Nova York, em São Francisco, estado da Califórnia. E
em 1972 inaugurou sua primeira loja internacional no Japão, iniciando a expansão
internacional da marca.
Dois anos depois, em 1974, a designer italiana Elsa Peretti introduziu seu trabalho na
TIFFANY & CO., mudando o curso do design das joias, com desenhos de linhas leves,
limpas e sensuais. Na época, a tradicional revista Newsweek publicou a seguinte nota:
“Desde o Renascimento não se via algo tão diferente na maneira como as pessoas
usam joias”. A designer imprimiu um toque de modernidade que faltava à marca, com
peças de formas orgânicas feitas de prata e laca, além do tradicional ouro, platina e
pérola, caracterizadas pela abstração de formas naturais, como lágrimas, corações,
ossos, maçãs, feijões e estrelas dos mar. Suas peças, de forma anatômica, movimentam-
se com o corpo.

Nos anos de 1980, Jonh Loring, então diretor criativo da marca, convidou sua amiga
Paloma Picasso para trabalhar na empresa. A filha predileta do mestre Picassso
rapidamente absorveu o espírito da marca, desenvolvendo uma linha que refletia o seu
próprio estilo, reagindo ao fascínio da época pelo poder. Somente em 1986, a marca
ingressou no mercado europeu com a inauguração de uma luxuosa loja na cidade de
Londres. Esta década também foi marcada pelo lançamento de suas primeiras
fragrâncias. No Brasil a TIFFANY & CO. desembarcou em 2001 com a inauguração de
uma loja no sofisticado Shopping Iguatemi em São Paulo. Em outubro de 2003, mais
uma loja foi aberta na cidade, dessa vez na Rua Haddock Lobo; transferida em 2008
para o Shopping Cidade Jardim. Atualmente as cinco lojas no Brasil (São Paulo, Rio de
Janeiro, Curitiba e Brasília), juntamente com a recém-inaugurada unidade de Bogotá,
são os únicos pontos de venda da marca na América do Sul. Não é novidade que as joias
da marca TIFFANY & CO. há muito tempo exercem um verdadeiro fascínio sobre as
pessoas, principalmente as mulheres. Esse encanto permite que a empresa continue
crescendo cada vez mais, independente do cenário econômico não muito animador. Os
lucros da empresa não param de crescer.

O segredo para resultados tão satisfatórios está nas estratégias de marketing; na


expansão da marca em mercados emergentes da Ásia e América; e no contínuo
lançamento de produtos inovadores e ousados, como um conjunto de saleiro e
pimenteiro (confeccionados em prata de lei) desenvolvidos pela designer italiana Elsa
Peretti, que revelam toda a sofisticação da marca, buscando formas orgânicas e linhas
fluidas; as pulseiras de laca feitas à base de uma madeira japonesa e urushi (verniz em
japonês), disponíveis em preto, laranja, vermelho e roxo, que podem ser usadas juntas,
dando um colorido ao chique ao visual; ou os famosos berloques feitos em ouro branco
ou amarelo, platina e diamantes, com ícones da marca como o coração, o atlas e até
aquela caixinha azul que leva um laço escrito “Return to Tiffany”. Além disso, a partir
de 2003 a marca expandiu sua linha de produtos para outros segmentos como o
lançamento de novos perfumes, óculos e mais recentemente uma sofisticada coleção de
bolsas e acessórios em couro.

Centenária, a marca mantém sua tradição de desenhar peças perfeitas, com designs
atemporais, para serem usados em todas as ocasiões. Qualquer peça que leva a
assinatura TIFFANY & CO. envolve um design inovador, meticulosa seleção de
materiais e trabalho artesanal do mais alto grau. Tal qualidade impecável combinada
com reconhecido valor construíram a tradição de confiança e confidência dos
consumidores mais exigentes. Foi deste modo que a marca TIFFANY & CO. se
transformou em sinônimo de bom gosto, glamour e elegância no mundo inteiro.

A linha do tempo 
1861 
● Ganhou enorme visibilidade ao confeccionar uma pulseira de ouro e pérola para o
presidente Abrahan Lincoln presentear sua mulher Mary Todd. 
1885 
● A joalheira foi chamada para redesenhar o Grande Selo do Estados Unidos,
estampado na nota do dólar. 
1886 
● Lançamento do famoso TIFFANY SETTING, um anel de noivado com um diamante
solitário preso por seis garras. Essas garras se levantam, deixando a pedra elevada no ar,
fazendo com que fique mais visível e brilhante. Esse estilo de cravação, que persiste até
hoje, foi registrado como “Cravação Tiffany”. Foi a primeira vez que se colocava um
diamante fora do aro de um anel, usando para isso uma estrutura com seis pontos de
apoio. O anel se tornou um grande sucesso de vendas e um dos produtos mais
conhecidos e desejados da marca. 
● Ocorreu um dos fatos que marcaram a história da TIFFANY & CO., quando em 28 de
outubro, a joalheria desenhou e gravou os convites para a celebração de abertura da
Estátua da Liberdade. Alguns outros produtos nessa linha se tornariam célebres, como
os convites de inauguração da Ponte do Brooklyn e do Metropolitan Museum of Art, em
Nova York, confeccionados no ateliê da empresa com papel 100% algodão e extremo
capricho. 
1895 
● Criação do primeiro abajur TIFFANY (TIFFANY LAMP), cuja confecção utilizou a
técnica de envolver peças de vidro em uma fita de cobre, para serem depois estanhadas
e soldadas entre si. 
1967 
● Responsável pela criação e confecção do famoso troféu do Super Bowl (final do
futebol americano profissional e evento esportivo mais importante do país). 
1980 
● Apresentação da primeira coleção de joias assinadas por Paloma Picasso. 
1987 
● Lançamento do perfume feminino TIFFANY PARFUM. 
1989 
● Lançamento do perfume TIFFANY For MEN. 
1999 
● Lançamento da LUCIDA, uma aliança solitária de brilhante, com um formato mais
retangular e também com um tipo de cravação especial, semelhante ao do icônico anel
de noivado da marca. Trata-se, digamos, de uma joia um pouco mais contemporânea. A
palavra “Lucida” significa a estrela que mais brilha na constelação. 
● Lançamento, de forma pioneira para o segmento, de seu comércio eletrônico nos
Estados Unidos. 
2002 
● Introdução dos relógios de pulso TIFFANY MARK. 
2003 
● Lançamento do perfume PURE TIFFANY, uma espécie de versão líquida do brilho
dos diamantes da marca. 
2007 
● Lançamento, em dezembro, de sua primeira coleção de óculos. 
2008 
● Anúncio de uma parceria de dois anos com a tenista Maria Sharapova. A joalheria
lendária da 5ª Avenida vestiu uma das melhores tenistas do mundo com oito pares
diferentes de brincos em oito eventos do Grand Slam, incluindo o Aberto da França,
Wimbledon, US Open e o Aberto da Austrália. Logo depois de cada evento, os modelos
que a russa usou na quadra estavam disponíveis para venda nas lojas da TIFFANY do
mundo inteiro. A coleção de brincos Tiffany for Maria Sharapova deu às clientes e fãs
da marca o acesso fácil às joias usadas pela bela russa. 
● Inauguração de uma sofisticada loja na cidade de Madri. 
2009 
● Lançamento da KEY COLLECTION, pendentes em formas de chaves de vários
tamanhos, materiais e formatos. Essa coleção se tornou um verdadeiro sucesso em todas
as lojas da marca do mundo. 
2010 
● Lançamento de sua primeira coleção de bolsas, composta por 44 modelos
desenvolvidos pelos designers John Truex e Richard Lambertson. As peças da coleção
vão desde clássicas carteiras, clutches de crocodilo ou cetim à bolsas sofisticadas. As
peças contam com detalhes especiais, como fechos de paládio, alças de corrente que
parecem pulseiras e forro de cetim ou couro no azul tão característico da marca. 
● Inauguração de uma loja na cidade de Bogotá na Colômbia. 
2012 
● Lançamento da TIFFANY 1837™, uma linha de joias confeccionada com a nova liga
metálica Rubedo. A joalheria americana criou pela primeira vez um metal e escolheu
um nome da tradição alquímica: Rubedo. Além do significado mais óbvio –
avermelhado, a palavra também carrega a ideia de um estado elevado de beleza, nascido
da combinação entre matéria e espírito. Embora lembre o ouro rosa, o Rubedo é uma
combinação em secretíssima proporções da dureza do ouro, da maleabilidade da prata e
dos tons acobreados, o que nos leva a crer que seja uma combinação destes metais.

Outras peças clássicas da marca incluem o chaveiro de prata de lei Return to Tiffany;
relógios femininos e masculinos da renomada coleção Atlas em ouro 18k ou em prata
de lei; a corrente entremeada por diamantes chamada Tiffany Diamonds by the Yard;
balde de gelo Scroll feito em cristal; e a coleção Charms, composta por pingentes em
prata de lei com temas de letras, números, cadeados, coração ou ícones da marca como a
caixinha azul. Outro destaque da joalheria são as pérolas, selecionadas manualmente e
montadas em fios de seda pura.

A desejada caixinha azul 


Existe algo nos estoques da mítica joalheria TIFFANY & Co. que milionário nenhum
do mundo pode comprar. Não importa o valor oferecido. Não importa quem seja o tal
cliente. Não importam seus motivos. A peça está lá somente para ser dada. É a clássica
caixa azul que embala os desejados produtos da marca. Este verdadeiro ícone da cultura
americana foi adotado em 1837 e batizado oficialmente de TIFFANY BLUE BOX,
sempre coroada com uma fita de cetim branco. A importância desse ícone é tamanha,
que os funcionários da joalheria passam por um treinamento para aprender a fazer o laço
que fecha este ícone, pois ele deve se desmanchar com suavidade e elegância ao ser
desfeito. Esse tom de azul turquesa foi registrado como marca, utilizada nas sacolas,
catálogos, embalagens, materiais promocionais e comunicação da TIFFANY. Com o
passar do tempo a cor azul se tornou parte de identificação da marca. Batizado de
“TIFFANY BLUE”, este tom de azul garante que os embrulhos que envolvem os
produtos da marca sejam desejados e reconhecidos a muitos metros de distância.
Famosa por ser entregue apenas ao adquirir uma joia, em 1906 o tablóide inglês The
Sun chegou a publicar: “a TIFFANY tem algo em estoque que não se pode comprar
independente do dinheiro que você disponha: uma de suas caixas”. Afinal, dentro dela
pode vir tanto um anel de quase meio milhão de reais quanto um simples pingente de R$
300. Neste caso, o que importa, mesmo, é a magia, em tom de azul, que acompanha o
presente.
O atendimento 
Para quem compra na TIFFANY & Co., a experiência é única. A começar pelas vitrines,
que nunca mostram os preços das peças expostas, mas são capazes de deixar qualquer
mulher hipnotizada e encantada. Entrar em uma de suas sofisticadas lojas, cujos
elementos interiores incluem detalhes de madeira e aço inoxidável nos balcões e
vitrines, é mergulhar em um mundo de sonhos colorido por um azul sem igual e os
vendedores são treinados a estimular essa sensação. Atendem o cliente pelo nome,
incentivam a experimentação das peças. E ainda servem café (em algumas lojas
servidos em xícaras de louça pintada a mão e mexidos com colheres de prata), água e
até espumante, se a ocasião se apresentar, como a compra de alianças de noivado, por
exemplo. Outro ponto de destaque é a descrição: a TIFFANY jamais revela a identidade
de um comprador.

O diamante Tiffany 
A relação da empresa com os diamantes começou quando seu proprietário decidiu
arrematar 1/3 das joias da Coroa Francesa e ficou conhecido como o “Rei dos
Diamantes”. O apelido se tornou ainda mais apropriado em 1877, quando a TIFFANY
& CO. surpreendeu o mundo com um dos maiores e mais raros diamantes amarelos
jamais vistos, encontrado nas minas de Kimberley, na África do Sul. Sob a direção de
George Frederick Kunz, o primeiro geólogo a ser contratado pela joalheria, o diamante
de 287 quilates foi cortado em 90 facetas, fato raro, uma vez que a maioria dos
diamantes tem apenas 58, conferindo à pedra um inesquecível brilho de fogo. A
intenção do artesão, que depois se tornou a filosofia da marca, era fazer o diamante
atingir seu brilho máximo, não importando que ele diminuísse de tamanho. Batizado de
Tiffany Diamond, um dos mais fantásticos diamantes amarelos do mundo tornou-se o
símbolo da arte da joalheria em lapidação e corte de pedras. Foi a partir deste momento
que a marca americana passou a ser considerada a Rainha dos Diamantes. A pedra
avaliada em mais de US$ 18 mil na época em que foi comprada, foi lapidada em Paris e
montada anos mais tarde, na década de 1950, em uma peça criada pelo francês Jean
Schlumberger, designer exclusivo da joalheria até os anos de 1970. Até hoje, o diamante
só foi usado por duas mulheres: a socialite Sheldon Whitehouse, durante o Tiffany Ball
de 1957, em Newport, quando foi cravada em uma gargantilha de diamantes brancos; e
Audrey Hepburn, no lançamento do filme “Breakfast at Tiffany’s”, em 1961. Hoje em
dia, o Tiffany Diamond, montado no broche Bird on the Rock, está exposto no primeiro
andar da loja na 5ª Avenida em Nova York.

Os diamantes trabalhados da joalheria são considerados os melhores e mais puros que se


pode encontrar. Além disso, são sustentáveis. Isto porque a TIFFANY & Co. não
compra pedras de áreas de conflito (chamados “diamantes de sangue”), não terceiriza o
processo de lapidação e classificação, tem laboratórios próprios auditados e ainda cuida
das cidades e comunidades em volta das minas com que trabalha.

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundaçã o: 18 de setembro de 1837 
● Fundador: Charles Lewis Tiffany e John B. Young 
● Sede mundial: New York City, New York 

Você sabia? 
● Foi Charles Tiffany que sugeriu o padrão 925/1000 de pureza para a prata de lei ao
governo dos Estados Unidos em 1870. 
● Suas peças foram ostentadas por famílias americanas famosas por suas fortunas, como
por exemplo, os Astors, os Vanderbilts, os Posts e os Huttons, entre outros, bem como
pela nobreza europeia e primeiras-damas, além de atletas e estrelas de Hollywood. 
● No Brasil as vendas dos produtos TIFFANY & CO. são parceladas em até três vezes,
o que não acontece na grande maioria dos outros países. 

CARTIER

Desejadas alianças, cobiçados anéis e


gargantilhas e relógios luxuosos fazem parte do universo sofisticado da marca mais
tradicional no segmento da alta joalheria: a CARTIER. Uma das mais antigas joalherias
do mundo, sempre satisfazendo aos caprichos da realeza, das estrelas do cinema e dos
abonados mortais, a CARTIER goza de uma reputação invejável por produzir e criar
apenas jóias, relógios e acessórios da mais alta qualidade. A marca, que segue fielmente
a filosofia “Inovar sem perder a classe, transformar com bom gosto e ser a vanguarda da
criação com a audácia da excelência”, é sinônimo de luxo desde que foi lançada.

A história
A história da tradicional joalheria começou em 1847 quando Louis-François Cartier
assumiu o controle da pequena oficina de jóias de seu mestre, Adolphe Picard,
localizada no número 29 da Rue Montorgueil, rua mais cara e chique de Paris na época,
e resolveu patentear sua própria marca, representada pelo famoso coração entre as
iniciais L e C em um losango. Surgia a Mason Cartier, que cujo idealizador estava
apenas iniciando um império e lançando uma das mais luxuosas grifes de relógios e
jóias do mundo. Apenas quatro anos depois, Napoleão III subiu ao poder, e através da
Condessa Nieuwerkerke, o jovem Cartier tornou-se fornecedor da Corte Real. Em 1853,
implantou o atendimento personalizado e elitizado, abrindo suas portas para uma
clientela privada e exclusiva. Pouco depois, em 1859, alugou uma sede no Boulevard
des Italiens, cuja vizinhança era a mais sintonizada na moda em Paris. As jóias de
CARTIER eram caracterizadas por um toque leve, arejado, em contraste com os
ornamentos formais e pesados do período. Nesta época, a CARTIER encantou a
imperatriz Eugénie que encomendou um serviço de chá em prata. Esse era o
empurrãozinho que a marca precisava para ir cada vez mais longe e se tornar ainda mais
conhecida.

Em 1872 seu filho, Alfred, ingressou como sócio no negócio e expandiu-o


consideravelmente. Isto incluiu relógios, que Louis-Francois tinha apenas mostrado
interesse. Seu outro filho, Louis, também entrou na sociedade em 1898, e a loja passou
a se chamar Alfred Cartier & Fils. No ano seguinte a loja mudou de endereço indo para
o número 13 na Rue de La Paix e transformou o bairro Vendôme no coração
internacional da joalheira. A CARTIER de Londres foi aberta em 1902 no número 4 da
New Burlington Street, comandada por Pierre Cartier. Nesta época a grife recebeu um
pedido de 27 tiaras para a cerimônia de coroação de Eduardo VII, o rei da Inglaterra,
que declarou “Cartier, joalheiro dos reis, rei dos joalheiros”.

Dois anos mais tarde, o rei honrou a CARTIER com o certificado de Fornecedor da
Corte e a marca se impôs como a mais prestigiosa do mundo. Inovador, Louis Cartier
assinou, ainda em 1904, o primeiro relógio de pulso com pulseira de couro do mundo,
desenvolvido especialmente para seu grande amigo, o aviador brasileiro Santos
Dumont, que reclamou do desconforto dos relógios de bolso durante seus vôos. Cartier
assumiu o desafio, desenhando um relógio de pulso plano com um peculiar aro
quadrado. Louis elevou a empresa a um alto nível de excelência, renascendo o estilo
“Guirland” – ornamentos de diamante montados em platina. Em 1909, a transição do
estilo Garland para as formas mais modernas caracterizou-se pela eliminação
progressiva volutas para designers mais lineares, introduzindo formatos básicos de
geometria como quadrados, círculos e conceitos opostos desses dois elementos dentro
do design.

Em 1909, Pierre Cartier, abriu uma suntuosa loja em New York, localizada no número
712 da badalada 5ª Avenida. No ano seguinte a marca inaugurou lojas em Moscou e no
Golfo Pérsico, iniciando assim uma forte expansão internacional, que culminou com a
inauguração em 1935 de uma sofisticada boutique em Monte Carlo, seguida em 1938
por uma unidade em Cannes. Em 1942, Louis Cartier faleceu, e seus sucessores foram
incapazes de continuar sem o seu gênio artístico. Como resultado, a empresa tornou-se
financeira e artisticamente estagnada. No início dos anos 70, um grupo de investidores,
liderados por Robert Hocq, comprou as três MAISONS CARTIER (Paris, Londres e
Nova York) e assumiu o comando da grife. Neste momento, a CARTIER passou de
uma empresa familiar para uma multinacional e a marca ganhou um sopro de juventude
e modernismo tendo Alain Perrin como seu principal executivo.
Em 1973, foi criado o conceito Les Must de Cartier (desenvolvimento de produtos
como jóias, óculos e acessórios em couro mais acessíveis e modernos, mas com a
tradição CARTIER). Foi o momento da ampliação da oferta de produtos (artigos de
couro, canetas e isqueiros) e, consequentemente de clientes, sempre abonados e
dispostos a ostentar o luxo que a marca tinha a oferecer. Em 1978 todo grupo foi
unificado em uma única empresa chamada CARTIER MONDE. A marca francesa
continuou a desenvolver-se sem perder seu refinamento e tradição. Surge então uma
aclamada linha de perfumes, novos modelos de relógios, artefatos em couro, além da
“Colection Ancienne Cartier”, a qual reúne peças para mostrar a evolução histórica e
artística da joalheria. Mais tarde tal coleção passou a se chamar “Cartier Collection”.

Nos anos seguintes a marca inaugurou inúmeras lojas em cidades cosmopolitas. Entre as
inaugurações de butiques pelo mundo, um dos destaques foi a instalação, em 2003, na
chique Avenue des Champs Elysées, número 154. Um novo cenário para o espírito
CARTIER, marca responsável por descobrir que a platina é mais duradoura que o ouro
branco e desenvolver o diamante em forma de baguete (retangular).

A linha do tempo
1888
● Lançamento dos primeiros relógios de pulso da joalheria, direcionados ao público
feminino.
1906
● Introdução da primeira caneta com linhas ovais.
1909
● Patenteou as fivelas dobráveis para relógios de pulso.
1910
● Produção de um anel com o diamante azul Hope, de impressionantes 44 quilates.
1911
● Lançamento do relógio THE SANTOS, inspirado no modelo feito por Louis em 1904
para o aviador Santos Dumont.
1912
● Lançamento do relógio COMÉTES.
● Lançamento dos relógios BAIGNOIRE (com sua inconfundível caixa oval) e
TORTUE (com suas formas arredondadas, que manifestava a sublime atemporalidade
que caracterizaria a tradição relojoeira da marca), produzidos até os dias de hoje.
1914
● Atendendo a um pedido do Duque de Windsor, a fim de presentear sua esposa, a
CARTIER confeccionou um broche motivo Panthére em platina, sobre uma safira
caxemira em cabochão de 152,35 quilates. A partir deste momento as jóias com a
pantera passaram a ser desejadas pelas mulheres e o sucesso imediato fez com que a
rainha dos felinos se tornasse um dos símbolos da refinada Maison.
1919
● Lançamento do relógio TANK, que com seu formato retangular era triunfo da
elegância pura e do design atemporal. O nome do relógio é uma homenagem às equipes
dos tanques aliados da Primeira Guerra Mundial.
1924
● Lançamento do anel de três argolas com três colorações de ouro, conhecido nos
Estados Unidos como TRINITY. O lendário anel foi criado especialmente para um
amigo de Cartier, o poeta Jean Cocteau. Trata-se de um anel com três tons de ouro:
branco para a amizade, amarelo para a fidelidade e rosa para o amor. Até hoje, a série
Trinity continua a ser muito desejada por sua elegância. A coleção cresceu e passou a
incluir algumas variações, como brincos e peças decoradas com diamantes, sem contar
as opções em platina e cerâmica. Entretanto, um aspecto permanece intacto: o design
dos três elos entrelaçados.
1926
● Lançamento da série de relógios de pulso BAGUETTE. Eram em miniaturas com
menos de 1 cm de largura, decorados com pedras preciosas.
1933
● Lançamento do PASHA, primeiro relógio a prova d’água do mundo. O relógio de
forma redonda possuía uma coroa ligada à caixa por uma pequena corrente para garantir
que funcionasse em baixo d’água.
● Registra patente para a “montagem invisível”, uma técnica na qual o metal
desaparece, mostrando apenas as pedras das jóias.
1969
● O famoso LOVE BRACELETE é criado pela CARTIER de Nova York, obra do
designer Aldo Cipullo. A peça foi inspirada em uma prática medieval: guerreiros antes
de saírem para batalhas, muitas vezes “trancavam” suas esposas com cintos de castidade
de ferro pra mantê-las fiéis. O designer então teve a idéia de criar um símbolo moderno
dessa tranca e desenhou uma pulseira com parafusos, que vinha com uma pequena
chave de fenda pra abrir e fechar.
1974
● Lançamento da primeira coleção de objetos em couro da marca, que incluía carteira,
moedeiras e porta-cheques.
1976
● Lançamento da primeira caneta oval da marca.
1978
● Lançamento da primeira coleção de cachecóis.
1981
● Lançamento dos perfumes MUST de CARTIER e SANTOS.
1983
● Lançamento da primeira coleção de óculos.
1987
● Lançamento da coleção de louças (porcelanas, cristais e pratas).
1988
● Lançamento do perfume DÉCLARATION.
1993
● Lançamento das mini-carteiras PANTHÉRE em crocodilo pastel.
1995
● Lançamento do perfume SO PRETTY.
2001
● Lançamento da MELI MELO, uma coleção de jóias à base de pedras brasileiras,
como a água-marinha e a granada laranja.
● Lançamento da revista CARTIER ART, que perpetua três valores fundamentais da
marca: criatividade, autenticidade e originalidade.
● Lançamento do ROADSTER, um relógio que desafia o tempo com seu design
robusto, inspirado nas corridas automobilísticas dos anos 1950 e 1960.
2003
● Criação da LÊS DÉLICES de GOA, uma coleção de jóias confeccionadas com
pedras coloridas.
● Lançamento do perfume feminino LÊ BAISER du DRAGON.
2005
● Lançamento da nova coleção de relógios SANTOS 100, confeccionados em aço, em
comemoração aos 100 anos de criação da série Santos Dumont. Após 100 anos, o
relógio conserva todos os seus parafusos originais e somente cinco artesãos no mundo
sabem como montá-lo com perfeição.
● Criação do serviço de perfumes feitos sob encomenda.
2006
● Lançamento da coleção de relógios LA DOÑA, cuja caixa é trapezoidal. O relógio
está disponível em três versões: ouro branco com brilhantes; ouro rosa e aço; e ouro
amarelo. A CARTIER buscou inspiração na imagem da atriz mexicana Maria Félix,
famosa pelas jóias extravagantes que exibia em seus filmes.
2008
● Lançamento do BALLON BLEU, um relógio cronógrafo extremamente robusto, cuja
caixa é redonda.
● Lançamento do perfume CARTIER ROADSTER, que recebeu esse nome em
homenagem ao relógio da marca e está acondicionado em um frasco, cuja tampa foi
inspirada na coroa do relógio.
2009
● Lançamento da SECRETS et MERVEILLES, uma coleção de jóias extremamente
refinada que representa o mistério e a beleza.
2010
● Lançamento do perfume unissex ESSENCE D’ORANGE.

Os ícones da Cartier
Ao longo de sua história a grife criou verdadeiros ícones dentro do segmento da alta
joalheria. Começando pelo logotipo dos dois “C” entrelaçados, visto abundantemente
em seus artigos em couro. Depois criou as alianças mais cobiçadas do mundo, símbolos
eternos de um amor duradouro. Sem contar que transformou a “pantera” em um símbolo
de suas sofisticadas jóias. Criou ainda a tradicional caixinha vermelha, onde repousam
anéis, colares, brincos e gargantilhas que serão dados como presente, dos Deuses é
claro. Apesar de assinar linhas completas de jóias e até mesmo perfumes, muitos
especialistas dizem que o melhor produto da CARTIER são os relógios, cujo segredo
está na perfeição combinada com sofisticação e tecnologia.

Dados corporativos
● Origem: França
● Fundação: 1847
● Fundador: Louis-François Cartier
● Sede mundial: Paris, França
e Van Cleef & Arpels
● Ícones: As alianças e a Pantera
Você sabia?
● A marca tem uma grande e moderna fábrica em Genebra com mil funcionários que
trabalham na criação e produção de relógios. Os ateliers responsáveis pela criação de
suas aclamadas jóias estão localizados em Paris.
● A marca é o mais puro sinônimo de luxo no Reino Unido, sendo endossada pela
Família Real. Tanto que, no casamento do príncipe William com Kate Middleton, a bela
moça utilizava uma luxuosa tiara de diamantes da CARTIER de 1936, pertencente à
Rainha Elizabeth, um presente de sua mãe quando completou 18 anos.

BULOVA

A obsessão pela precisão na contagem de tempo é uma das principais características


para a fabricação de um relógio da marca BULOVA. Contando também com designs
modernos e elegantes, os relógios da marca americana podem ser vistos em pulsos
famosos pelo mundo afora. 

A história 
A história da marca BULOVA começou em 1875 quando um jovem imigrante da região
da Boêmia, atual República Checa, de apenas 23 anos, chamado Joseph Bulova, abriu
uma pequena joalheria, chamada de J. Bulova, na região de Maiden Lane, no sul de
Manhattan, em plena cidade de Nova York, após ter trabalhado por mais de cinco anos
nas mais badaladas joalherias como a Tiffany & Co. e Young & Ellis. Foi somente em
1911, que ele começou a produzir e vender relógios de mesa e de bolso. Já no ano
seguinte, a empresa inaugurou sua primeira fábrica para produzir componentes de
relógios de pulso na cidade suíça de Bienne. Fabricando relógios sofisticados em linha
de montagem, ele estabeleceu uma padronização nunca vista antes na relojoaria. O
grande sucesso de seus produtos também se devia ao fascínio que ele tinha pela
horologia, ciência que estuda a medição do tempo e pesquisa de instrumentos para
medi-lo.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a conveniência dos relógios de pulso foi descoberta
e com isso a empresa lançou sua primeira linha de relógios de pulso masculinos em
1919. No ano seguinte, a empresa mudou sua sede para um badalado endereço na
Quinta Avenida, onde pouco depois instalou o Observatório Bulova: foi o primeiro
observatório instalado no alto de um arranha-céu, coordenado por um matemático que
registrava suas observações eletronicamente e as enviava para um cronógrafo situado
dezenas de metros abaixo, orientando os relojoeiros da empresa na manutenção da hora
precisa.

O nome BULOVA WATCH COMPANY foi adotado oficialmente em 1923, época em


que a empresa revolucionou a indústria deste segmento produzindo cada parte do
relógio com extrema precisão. Nesta altura a BULOVA atingiu um nível de
padronização e precisão tão grande que foi a primeira a fabricar relógios que podiam
intercambiar entre si peças de modelos diferentes. Em 1924 foi lançada a primeira linha
de relógios femininos. Dois anos depois a marca veicula seu primeiro comercial de
rádio nacionalmente com o slogan “At the tone, it’s 8 PM, B-U-L-O-V-A watch time”
(“No toque, serão 20 horas, a hora da B-U-L-O-V-A”), ouvido por milhões de pessoas.
A ação era realizada pontualmente às 20 horas, instituindo assim, a Hora Bulova, que
posteriormente foi comemorada em outras ocasiões e se tornou um dos símbolos da
marca. Pouco depois, em 1928, a BULOVA introduziu no mercado o primeiro rádio
relógio do mundo. Os primeiros relógios elétricos foram produzidos em 1931, incluindo
os modelos para serem usados em paredes, lojas, janelas, terminais e prédios de
escritórios. Exatamente no dia 1 de julho de 1941, a empresa lançou o primeiro
comercial para televisão do mundo: uma foto simples de um relógio e um mapa dos
Estados Unidos, com o locutor dizendo a frase “America runs on Bulova time” (algo
como “A América vibra ao ritmo da Bulova”). O comercial com 20 segundos de
duração e exibido antes um jogo de beisebol entre o Brooklyn Dodgers e Philadelphia
Phillies, custou míseros US$ 9.

Durante a Segunda Guerra Mundial, todas as linhas de produção da empresa foram


disponibilizadas para a manufatura de equipamentos militares de precisão. Nesta época
a empresa fornecia ao exército americanos relógios, instrumentos de precisão, fusíveis e
equipamentos aeronáuticos. A partir da década de 1950, a BULOVA iniciou um período
de grande desenvolvimento, introduzindo no mercado produtos inovadores: em 1952
começou a desenvolver o modelo Accutron, primeiro relógio totalmente eletrônico,
introduzido posteriormente em 1960; no ano seguinte, lançou os relógios à prova de
choque e com alarme; o modelo Caravelle se tornou o relógio mais vendido dos Estados
Unidos em 1968; e no ano seguinte a empresa introduziu no mercado o modelo
Accuquartz, primeiro relógio de quartzo do mundo.

O empenho da BULOVA se refletiu com o ganho de prestígio de seus relógios e com o


convite da NASA, na década de 1960, para construir mecanismos de precisão usados
nas missões espaciais da agência. Por esse motivo, os primeiros homens na Lua
levavam consigo tecnologia desenvolvida pela BULOVA. Essas inovações usadas no
espaço ajudaram a analisar o movimento da Terra tendo como referência outras estrelas
além do sol, aumentando a precisão e descobrindo que um dia sideral tem exatamente
23 horas, 56 minutos e 4 segundos. No final desta década, a tecnologia Accutron foi
utilizada a bordo do avião presidencial americano, conhecido como Air Force One. O
relógio Accutron era oferecido como brinde presidencial oficial. Também foi aprovado
nas estradas de ferro como o primeiro relógio suficientemente preciso para uso
generalizado. Na década de 1970 a empresa foi adquirida pela Loews Corporation. Nos
anos seguintes a marca apresentou inovações, não somente em termos tecnológicos, mas
também na área de design de seus relógios. Em comemoração aos 125 anos da
tradicional marca, no ano de 2000, o então prefeito da cidade de Nova York, Rudolph
Giuliani, proclama oficialmente a quarta-feira, 4 de outubro, como “Dia da Bulova”.
Uma grande jogada de marketing da marca americana. No dia 10 de janeiro de 2008, a
BULOVA foi comprada pela japonesa Citizen por aproximadamente US$ 250 milhões,
se tornando uma subsidiária da empresa.

Pouco depois, em 2010, foi lançado o Bulova Accutron Limited Edition Spaceview 214,
réplica feita à mão para homenagear os 50 anos do primeiro relógio eletrônico do
mundo. Ainda neste ano a marca apresenta ao público o Bulova Precisionist, cuja
tecnologia aborda dois fatores essenciais que afetam a precisão de um relógio de
quartzo: a mudança de temperatura e a frequência de vibração. O modelo rapidamente
se tornou um dos maiores destaques da marca e considerado um dos relógios mais
precisos do mundo por conta do seu famoso diferencial: enquanto um relógio com
mecanismo de cristais de quartzo atrasa aproximadamente 9 segundos por dia, o Bulova
Precisionist atrasa 10 segundos por ano. No ano seguinte a marca anuncia o
empreendedor Richard Branson, fundador do grupo Virgin, como embaixador global da
linha Accutron. Pouco depois, investindo cada vez mais em marketing, a BULOVA
fechou uma parceria com a equipe de futebol do Manchester United, como relógio
oficial do tradicional time inglês. Já em 2014, a marca anunciou seu relógio mais caro e
o primeiro no mundo feito com ouro puro 999.9. A peça, criada para a coleção Joseph
Bulova, foi elaborada artesanalmente com um método inovador para a manipulação do
ouro – material conhecido pela dificuldade do seu manuseio – e apresenta uma pulseira
de couro de jacaré. Apenas 32 exemplares foram fabricados, ao preço de US$ 42.000.
Em 2015 a marca comemorou 140 anos de vida e mantém a obsessão por uma contagem
minuciosa do tempo, já que seu fundador tinha como objetivo, além de uma marca forte,
uma precisão incomparável da contagem de horas.

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundaçã o: 1875 
● Fundador: Joseph Bulova 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos 
A marca no mundo 
A BULOVA vende sua linha de relógios através de lojas de departamento, rede de
joalherias e lojas especializadas em mais de 120 países ao redor do mundo. 

Você sabia? 
● Em 2008 um relógio BULOVA automático, perdido no mar por um marinheiro em
1941, foi encontrado após 67 anos e devolvido ao seu proprietário. O mais incrível desta
história é que o relógio ainda funciona. 
● A Joseph Bulova School of Watchmaking foi inaugurada em 1945 por Arde Bulova,
filho do fundador da empresa, inicialmente para dar qualificação e reabilitação aos
veteranos mutilados da Segunda Guerra Mundial. 
ROLEX

Dizem que se alguém não tiver um ROLEX no pulso, na verdade não há pulso. E
tecnicamente se não há pulso a pessoa está morta. Você algum dia já ouviu alguém dizer
que um ROLEX falhou? Pois é, um ROLEX nunca falha. Verdade? Talvez sim, talvez
não, o fato é que ele é conhecido por nunca falhar. Ver as horas em um ROLEX é
apenas um detalhe. 

A história 
Em 1905, depois de estágios em relojoarias da Suíça, o alemão Hans Wilsdorf, então
com apenas 24 anos, fundou com seu cunhado, o inglês Alfred Davis, a empresa
Wilsdorf & Davis. Sediada em Londres, a empresa importava, montava e distribuía
relógios com mecanismos suíços da Hermann Aegler. O grande sucesso teve início com
decisão tomada por Wilsdorf, no ano seguinte, em especializar-se somente em relógios
de pulso, um mercado emergente naquela época. Os primeiros relógios da empresa eram
geralmente marcados como W&D, mas somente no interior da parte traseira da caixa.
Embora os reló gios de bolso fossem a norma, ele já vislumbrava as vantagens de usá -
los no pulso. A produção incluía uma variedade de desenhos de caixas: casuais, formais
e esportivas. Estes modelos eram vendidos para joalheiros, que posteriormente
colocavam suas próprias marcas nos relógios. Por ser de fácil pronúncia em todos os
países da Europa e curto o suficiente para se adequar a um mostrador de relógio,
somente em 1908 o nome ROLEX foi adotado. A escolha do nome foi arbitrária, sem
nenhum significado em especial, sendo a primeira marca a utilizar o sufixo “ex”. Porém,
muitos acreditam que ROLEX provenha das palavras francesas “horlogerie exquise”
(relojoaria requintada). Outros ainda dizem que Wilsdorf sonhou com a palavra ao
andar em um ônibus em Londres, tendo sido inspirado pelo som de um relógio ao ser
dada a corda.
Mesmo sabendo que a precisão desses modelos precisava ser melhorada, pressentia que
poderiam se tornar não apenas elegantes como também confiáveis. Foi então que para
convencer o público de que seus inovadores relógios eram dignos da mais alta
confiança, equipou-os com mecanismos extremamente pequenos e precisos, produzidos
por uma manufatura de relógios sediada em Biel, na Suíça. Inicialmente foi criticado
pelos conservadores, mas ganhou apoio dos atletas e aventureiros da época, que
necessitavam consultar as horas de uma forma mais prática. A empresa concentrou-se
inicialmente na qualidade dos mecanismos. Seu incansável empenho para desenvolver
um dispositivo que pudesse garantir a precisão cronométrica de seus relógios não tardou
a dar frutos. Isto porque, em 1910, ele mandou um de seus relógios para ser testado no
Official Watch Rating Centre, em Biel na Suíça. A ele foi concedido pela primeira na
história o Certificado Suíço de Precisão Cronométrica a um relógio de pulso.

Outra validação ocorreu em 1914, quando o Observatório Kew de Londres concedeu


um certificado de precisão “classe A”, distinção até então conferida exclusivamente à
cronômetros da Marinha. Foi a primeira vez que um relógio de pulso recebeu o status de
“cronômetro” - uma classificação que, mesmo nos dias de hoje, é obtida por
relativamente poucos relógios. A partir desta data, os relógios ROLEX tornaram-se
sinônimos de precisão. Pouco depois, em 1919, pressionada pelos altos custos de
importação impostos pelo governo inglês, a empresa se mudou para Genebra na Suíça,
cidade de renome internacional por sua tradição relojoeira. A Montres Rolex S.A. foi
oficialmente registrada em Genebra em 1920. Com o certificado de cronômetro, a
exatidão da medida do tempo foi considerada sob controle, e Wilsdorf começou a
trabalhar na melhoria da confiabilidade de seus relógios. Um dos principais problemas
daquele tempo eram a poeira, o calor e a umidade que entravam progressivamente,
através do fundo da caixa e da coroa, danificando assim os intrincados movimentos
mecânicos. Para resolvê-lo, a empresa desenvolveu uma revolucionária coroa com dupla
trava que era rosqueada na caixa, como se fosse uma escotilha de um submarino, para
criar um selo hermético, garantindo assim proteção otimizada para o mecanismo. Era o
surgimento, em 1926, do modelo OYSTER. Esse relógio representou um marco
fundamental na história da ROLEX. O primeiro relógio de pulso com garantia de
impermeabilidade, resistente a choques e à ação do ar e da poeira, transformou para
sempre o mundo da relojoaria. Por ser equipado com uma caixa hermeticamente
fechada que garantia total proteção para o mecanismo, vedada como se fosse uma ostra,
o modelo foi batizado de OYSTER (justamente ostra em inglês).

O primeiro relógio à prova d’água foi inteligentemente anunciado ao redor do mundo, e


a ROLEX soube tirar proveito publicitário de sua superior qualidade. Naquele tempo, o
público era particularmente cético se o relógio seria realmente à prova d’água. Contudo,
após ver um relógio dentro de um aquário em uma vitrine, muitas pessoas eram
convencidas. Esta campanha gerou uma enorme divulgação da marca ROLEX entre os
consumidores. Mas outro episódio foi de extrema importância para convencer os
consumidores. Em 1927 uma jovem nadadora inglesa, chamada Mercedes Gleitzer,
cruzou a nado o Canal da Mancha, que liga a Inglaterra à França, com um ROLEX
OYSTER no pulso. Ao final da travessia o relógio continuava a funcionar
perfeitamente. Para divulgar o grande feito, Wilsdorf colocou uma foto da nadadora no
jornal Daily Mail, ressaltando o grandioso feito com a frase “O maravilhoso relógio
que desafia os elementos: à prova de umidade. À prova de água. À prova de calor. À
prova de vibração. À prova de frio. À prova de poeira”.

Se o primeiro Oyster tinha um defeito, este era a sua coroa. O relógio era hermético
apenas quando a coroa estivesse rosqueada. Para desencorajar as pessoas a brincarem
com a coroa, Wilsdorf veio com outra inovação que impulsionou a indústria relojoeira
ainda mais à frente. Em 1931 inventou e patenteou o primeiro mecanismo de corda
automática equipado com rotor perpétuo, que literalmente dava corda ao relógio a cada
movimento do pulso do usuário através de uma placa de metal semicircular, que sob a
ação da gravidade, movia-se livremente para carregar a corda do relógio. Este sistema
engenhoso, uma verdadeira obra de arte, hoje em dia é o coração de todos os relógios
automáticos modernos. O primeiro relógio automático de sucesso tornou-se a pedra
fundamental do império ROLEX. O modelo Oyster Perpetual é o que realmente faz um
ROLEX ser um ROLEX. Este modelo já sobreviveu às profundezas do oceano com
Jacques Piccard e à conquista do Monte Everest com Sir Edmund Hillary. Ele manteve
a sua precisão em temperaturas abaixo de zero no Ártico, no escaldante deserto do Saara
e na ausência da gravidade no espaço. Ignorou acidentes de aviões, lanchas e
naufrágios, quebrou a barreira do som e foi ejetado de um caça a 22.000 pés. Ainda na
década de 1930, a ROLEX percebeu a formidável oportunidade que o mundo
contemporâneo oferecia para testar, aperfeiçoar e divulgar o desempenho técnico do
Oyster em diversas áreas. Esportes, aviação, automobilismo e expedições constituíram
autênticos laboratórios para os inúmeros atributos técnicos dos relógios da marca suíça.
Quando começou a Segunda Guerra Mundial, o nome ROLEX tinha tanto prestígio na
Grã-Bretanha que os pilotos da Real Força Aérea (conhecida como RAF) rejeitavam
relógios inferiores distribuídos pelo governo e usavam seus soldos para quase esgotar o
estoque inglês do ROLEX OYSTER PERPETUAL. A gentileza era devidamente
recompensada: qualquer prisioneiro de guerra britânico cujo ROLEX fosse confiscado
precisava apenas escrever uma carta para Genebra para receber sua reposição. Soldados
ianques voltavam para casa com um novo souvenir em seus pulsos. E assim o romance
dos Estados Unidos com a ROLEX começou.

No início dos anos de 1950, graças ao domínio total das técnicas de precisão
cronométrica e impermeabilidade, a ROLEX começou a desenvolver relógios usados
como instrumentos profissionais, cujas funções iam muito além da simples indicação
das horas. Esses relógios eram destinados a novas atividades, como mergulho
profissional, aviação, alpinismo e exploração científica. Com isso, a fama da marca
aumentou ainda mais e ROLEX se tornou um grande símbolo de status pelo mundo
afora. Nesta época a empresa efetuou testes rigorosos com um relógio experimental
chamado “Deep Sea Special”. Com base nos conhecimentos adquiridos durante o
desenvolvimento dos dois primeiros modelos, o terceiro Deep Sea Special foi capaz de
resistir às condições mais extremas: a depressão Challenger, na Fossa das Marianas. Em
1953, membros de uma vitoriosa expedição ao Monte Everest, chefiada por Sir John
Hunt, usaram o modelo Oyster em mais um grande teste para a marca. Embora tenha
vivido em Genebra por 40 anos, Wilsdorf nunca se tornou um cidadão suíço. Ele
morreu como cidadão britânico em 1960. Dois anos após sua morte, o quadro de
diretores da empresa nomeou André Heiniger, aos 41 anos de idade, como o novo
diretor geral da empresa. Tendo trabalhado com Wilsdorf por doze anos, ele
compartilhava a visão de seu patrão para a empresa, bem como seu alto nível de
energia. Todos estes traços provaram-se inestimáveis quando a indústria relojoeira suíça
começou a cair no esquecimento.

A popularidade do quartzo no final da década de 1960 quase varreu o relógio mecânico


da história. Com a substituição do trabalho intensivo do artesanato pela tecnologia
digital de baixo custo, os japoneses deixaram a indústria suíça em estado crítico.
Enquanto a maioria das relojoarias de Genebra embarcava febrilmente na moda do
quartzo, a ROLEX resolutamente se agarrava às suas armas mecânicas. Quando a poeira
assentou, mais da metade dos produtores de relógios de Genebra havia falido. Um terço
dos sobreviventes, incluindo nomes de prestígio como Omega, Longines, Tissot e Rado
acabaram incorporados por grupos de investidores privados para evitar a falência. Este
destino não afligiria a ROLEX, porque Hans Wilsdorf, ainda em vida, garantiu que ela
nunca seria vendida. Em 1944, quando ficou viúvo, criou uma fundação com seu nome
que ficaria responsável por perpetuar a marca e doar parte dos lucros.

Para quem passou um século ganhando dinheiro com a contagem do tempo, a atitude
chega a ser estranha. A ROLEX não festejou os 100 anos de história em 2008. A
badalada grife não perdeu a hora, só não queria fazer alarde. Assim mesmo, sem
anúncios. Apenas o relançamento do relógio Oyster Perpetual Day-Date, de 1956, ícone
na história da marca por ser o primeiro a mostrar o dia da semana por extenso. Há quem
ache heresia, mas o anti-marketing da ROLEX é o seu principal marketing. São raras as
aparições de seus executivos na mídia. O curioso é que a marca, contudo, é muito
falada. Estima-se que ela seja uma das maiores compradoras de ouro da Suíça, matéria-
prima crucial na produção de seus relógios. Suas peças são desejadas no mundo inteiro
e seu rótulo é facilmente reconhecido.

A linha do tempo 
1928 
● Lançamento do ROLEX PRINCE, com mostrador duplo e caixa retangular, que se
tornou um campeão de vendas. 
1931 
● Lançamento do ROLEX PERPETUAL ROTOR, relógio que possuía um
mecanismo de corda automática que viria a ser utilizado em todos os relógios do
mundo. 
1945 
● Lançamento do ROLEX OYSTER DATEJUST, primeiro relógio de pulso
cronômetro a indicar a data em uma abertura no mostrador. O relógio foi equipado com
uma pulseira Jubileu, criada especialmente para o modelo, e por uma luneta canelada,
tornando-o imediatamente reconhecível como um ROLEX. Inicialmente era um relógio
masculino, mas ao longo da década seguinte foram criados vários modelos femininos. 
1953 
● Lançamento do ROLEX OYSTER SUBMARINER, um relógio resistente até 100
metros de profundidade. Sua luneta bidirecional permitia aos mergulhadores ler o tempo
de imersão. 
● Lançamento do ROLEX OYSTER PERPETUAL EXPLORER. O relógio foi
criado para comemorar a conquista do Monte Everest, na qual uma expedição liderada
por Sir John Hunt, dois homens, Sir Edmund Hillary e Tenzing Norgay, alcançaram
pela primeira vez o topo desta montanha. Este modelo acabou alçado à categoria de
ícone. 
1954 
● Lançamento do ROLEX OYSTER GMT MASTER, um relógio que possibilitava
ver as horas em duas zonas diferentes. Este modelo foi originalmente desenvolvido a
pedido da companhia aérea Pan Am Airways, para assistir seus pilotos em voos
intercontinentais. Sua característica mais distintiva era a luneta bicolor que diferenciava
as horas do dia e da noite. 
1956 
● Lançamento do ROLEX OYSTER DAY-DATE, disponível unicamente em ouro 18
quilates ou platina, e que se transformou no primeiro relógio de pulso a indicar a data e
o dia da semana por extenso em uma abertura no mostrador, em 26 idiomas diferentes. 
● Lançamento do ROLEX OYSTER PERPETUAL MILGAUSS, um relógio
projetado para atender às necessidades da comunidade científica que era capaz de
suportar campos magnéticos de até 1.000 gauss. 
1957 
● Lançamento do ROLEX LADY-DATEJUST, primeira versão feminina do
cronômetro equipado de calendário, que assumiu sua herança de elegância atemporal e
funcionalidade em dimensões mais delicadas, adaptadas ao pulso feminino. 
1963 
● Lançamento do ROLEX COSMOGRAPH DAYTONA, primeiro relógio da série
Oyster com cronógrafo. Criado para pilotos de provas de resistência, o modelo é
equipado de um cronógrafo para medir os tempos das voltas e de uma escala
taquimétrica para calcular a velocidade média. Este modelo, que possui mostrador
chamativo com grandes índices, ficou famoso por ser usado pelo ator Paul Newman no
final dos anos de 1960. Hoje, o modelo em aço inox com mostrador branco, igual ao
que o ator utilizou é um dos relógios mais cobiçados dos Estados Unidos. 
1967 
● Lançamento do ROLEX SEA-DWELLER, primeiro relógio de mergulho com
garantia até 610 metros de profundidade. Para atender às necessidades dos
mergulhadores de águas profundas, a caixa foi equipada com uma válvula de hélio para
que, durante as longas fases de descompressão nas câmaras hiperbáricas, o hélio contido
nas misturas gasosas utilizadas pudesse ser eliminado sem danificar o relógio. 
1971 
● Lançamento do ROLEX OYSTER PERPETUAL EXPLORER II, destinado aos
exploradores das regiões polares, espeleólogos e todos aqueles que levam as expedições
a novas fronteiras. O relógio é dotado de um inconfundível ponteiro de 24 horas, auxílio
inestimável para distinguir as horas do dia das horas da noite em regiões polares ou nas
profundezas da terra. 
1978 
● Lançamento do ROLEX SEA-DWELLER 4000, primeiro relógio de mergulho com
garantia até 1.220 metros de profundidade. 
1992 
● Lançamento do ROLEX YACHT-MASTER, um relógio cronômetro que combina
todas as qualidades da linha Oyster, disponível em três tamanhos: 29 mm, 35 mm e 40
mm. Este modelo fortaleceu os laços que unem a ROLEX ao mundo do iatismo. A
versão feminina e em tamanhos menores seria introduzida dois anos depois. 
● Lançamento do ROLEX LADY-DATEJUST PEARLMASTER, uma nova
interpretação do tradicional modelo feminino. 
2000 
● Criação do mecanismo cronógrafo calibre 4130, projetado e montado exclusivamente
pela ROLEX para equipar o Cosmograph Daytona. Com apenas 290 componentes,
número bem inferior ao de um cronógrafo convencional, ele é uma sinfonia de
simplicidade que desperta ampla admiração. 
2005 
● Após cinco anos de pesquisa, a ROLEX desenvolveu a espiral azul Parachrom.
Produzida com uma liga paramagnética, ela não é afetada pela ação de campos
magnéticos, além de ser até dez vezes mais resistente à choques. A cor azul da espiral é
tradicionalmente considerada um sinal de prestígio reservado aos relógios mais
precisos. 
2007 
● Lançamento do cronó grafo de regata ROLEX OYSTER PERPETUAL YACHT-
MASTER II, primeiro relógio equipado de um sistema de contagem regressiva
programável com memória mecânica inédita. Este cronógrafo permite que o velejador
cruze a linha de partida tão logo seja dado o disparo de largada. 
2008 
● Lançamento do ROLEX DEEPSEA, projetado para uso em expedições subaquáticas
em grandes profundidades. Inovação técnica exclusiva, o Sistema Ringlock torna a caixa
do relógio capaz de resistir a uma pressão de água equivalente a três toneladas aplicadas
contra o vidro. 
2012 
● Lançamento do ROLEX OYSTER PERPETUAL SKY-DWELLER, um modelo
inovador e uma obra prima tecnológica destinada aos viajantes que percorrem o mundo.
Em uma impressionante caixa de 42 mm, é equipado de duplo fuso horário intuitivo e
de fácil leitura, além de um calendário particularmente inovador chamado Saros - cujo
nome remete ao fenômeno astronômico que o inspirou - que requer apenas um ajuste de
data por ano. Para facilitar o ajuste das funções, também é dotado de uma nova
interface: a luneta giratória Ring Command. 
● Lançamento do ROLEX OYSTER PERPETUAL DEEP SEA CHALLENGE, um
relógio de mergulho experimental com impermeabilidade garantida até 12.000 metros,
inteiramente desenvolvido e fabricado pela empresa para resistir à colossal pressão
existente nos confins do oceano. Ele representa um novo recorde mundial em matéria de
profundidade para um relógio de mergulho.

A perfeição 
Mais de 200 artesãos, relojoeiros e técnicos trabalharão em um relógio antes que ele
adquira a certificação da ROLEX. Antes de sair de Genebra, cada relógio é submetido a
rigorosos testes de controle de qualidade. Cada mostrador, aro e coroa serão checados
por várias vezes com relação a riscos, poeira e imperfeições estáticas. A distância
microscópica entre os ponteiros de horas e minutos será caprichosamente calibrada para
assegurar que permanecerão perfeitamente paralelos. Antes de chegar ao pulso do
consumidor, uma pulseira de um relógio ROLEX é aberta e fechada aproximadamente
15 mil vezes para garantir sua qualidade. Uma câmara pressurizada irá certificar que
cada relógio seja impermeável até uma profundidade de 330 pés (os modelos para
mergulho Submariner e Sea-Dweeller são garantidos até 1.000 e 4.000 pés,
respectivamente). E cada relógio deverá encarar um teste de precisão contra um relógio
atômico, para que não perca mais que dois segundos durante um século. Apenas após
passar por dezenas de testes um relógio recebe o selo ROLEX.

Para fabricar a caixa de seus relógios a ROLEX utiliza desde 1985 o aço 904L,
geralmente reservado aos setores aeroespacial, químico e de alta tecnologia, e cuja
altíssima resistência à corrosão pode ser comparada a de metais preciosos, além de
proporcionar um acabamento brilhante e impecável. Esta atenção ao detalhe limita a
produção da ROLEX entre 750.000 e 800.000 relógios por ano, baseada em uma
estimativa da indústria. Atualmente sediada em Genebra, a ROLEX possui três edifícios
base: a sede das Acácias, que abriga o comando administrativo; a sede de Chêne-Bourg,
que desenvolve os mostradores e a joalheria; e a sede de Plan-les-Ouates, que faz as
pulseiras. Há também uma quarta e moderna sede na cidade de Biel apenas para a
produção de mecanismos. A empresa não fabrica apenas os relógios, mas desde 2004,
também funde três ligas exclusivas do ouro: amarelo, branco e rosa (patenteado de
Everose).

Dados corporativos 
● Origem: Inglaterra 
● Fundaçã o: 1905 
● Fundador: Hans Wilsdorf e Alfred Davis 
● Sede mundial: Genebra, Suíça 
● Ícones: A coroa de seu logotipo e o relógio Oyster 

Você sabia? 
● Empresa com produção efetivamente integrada, a ROLEX projeta e fabrica em suas
próprias instalações todos os componentes essenciais de seus relógios, efetuando desde
a fusão de ligas de ouro até a montagem dos elementos do mecanismo, da caixa, do
mostrador e da pulseira.
ERMENEGILDO ZEGNA

Pense em uma marca que consegue traduzir toda sofisticação e autenticidade do


universo masculino. Que oferece mais de 350 tipos de tecidos produzidos por artesãos
suíços. Ternos exclusivos, feitos sob medida, com caimento impecável e estrutura que
se reconhece de longe. Além disso, domina a arte da alta alfaiataria e produz ternos
cortados com precisão cirúrgica. Essas são as características que fazem da marca
italiana ERMENEGILDO ZEGNA a mais importante da moda masculina e responsável
por vestir alguns dos homens mais influentes e elegantes do mundo. Preferida por
celebridades e homens que imprimem elegância em seu dia a dia, ZEGNA é sinônimo
do mais puro estilo italiano. 

A história 
A história da elegante marca italiana começou no ano de 1910 quando Ermenegildo
Zegna, aos 18 anos de idade e caçula de dez irmãos, iniciou o processo de
transformação do pequeno negócio têxtil de seu pai, Michelangelo, chamado Lanificio
Zegna (do italiano “lanifício”, que significa fábrica de lã), em Trivero, ao norte da
Itália, na bela região alpina de Biella. O novo gestor tinha um objetivo ousado: produzir
os melhores tecidos para roupas tão bons a ponto de competir com aqueles fabricados na
Grã-Bretanha, considerados então os melhores do mundo. Para que seus tecidos
pudessem atender à prestigiada alfaiataria inglesa, ele foi buscar equipamentos na
Inglaterra, e as melhores lãs na Austrália, África do Sul, Nova Zelândia e Tasmânia,
além de cashmere, na Mongólia. À frente de 420 funcionários e sessenta teares,
esmerou-se em produzir tecidos com os fios mais finos do mundo. A próxima etapa foi
tornar sua marca conhecida mundialmente, sendo o primeiro a “assinar” tecidos com
seu próprio nome. Naquele tempo, a Inglaterra e a Escócia dominavam o mercado, mas
o talentoso Zegna acabou por se impor através de um cuidadoso processo de produção,
produtos inovadores e de alta qualidade, confeccionados com as melhores matérias
primas, além da competência na promoção e divulgação da marca. “Uma qualidade
proverbial” era o slogan dos primeiros anúncios então veiculados pela marca.

Não demorou muito para a marca ERMENEGILDO ZEGNA se tornar sinônimo dos
melhores produtos têxteis da Itália e parâmetro de qualidade no mundo todo. Já em
1932, Ermenegildo construiu o Centro Zegna, equipado com biblioteca, cinema, teatro,
piscina pública e até hospital. A ideia ganhou investimentos ao longo do tempo, como a
Panorâmica Zegna, um percurso turístico de 14 km, que liga Trivero na Itália aos Alpes
de Bielmonte na Suíça. E ainda conta com a FUNDAÇÃO ERMENEGILDO ZEGNA,
responsável por diversos projetos ligados a ecologia e cultura em vários pontos do
mundo. No ano de 1938 a marca já exportava seus produtos de alta qualidade para 40
países, inclusive para os Estados Unidos, embora, em virtude dos altos preços, sua
venda tenha sido feita em números limitados durante os tempos da Grande Depressão e
da Segunda Guerra Mundial. Nessa época, a empresa já contava com um representante
também no Brasil.
Foi nas mãos da terceira geração da família que a marca de tecidos ERMENEGILDO
ZEGNA se transformou em uma cobiçada grife de luxo. Angelo e Aldo, filhos de
Ermenegildo, assumiram a direção em 1960 e a empresa passou a produzir peças de
alfaiataria e uma linha prêt-à-porter. Após esse primeiro passo, expandiram então a
oferta de produtos, criando linhas esportivas, acessórios e malhas de tricô. Todos os
ternos da ERMENEGILDO ZEGNA eram feitos sob medida até 1968, quando então os
irmãos lançaram a linha de ternos prontos para venda comercial. A nova linha foi
produzida na fábrica localizada em Novara, na Itália. Em 1973 foi inaugurada a
primeira fábrica estrangeira da marca, localizada na vizinha Espanha, seguida em 1975
por outra na Grécia (fechada dois anos mais tarde por não ser lucrativa), e em 1977 na
Suíça, controladas diretamente pelo grupo italiano.

Foi somente na década seguinte que a marca abriu suas primeiras lojas próprias, na
cidade de Paris, em 1980, e na cidade de Milão, em 1985. O aumento da produção levou
o grupo a investir em mercados estrangeiros, resultando na abertura de filiais e pontos
de venda em países como Alemanha, Reino Unido, Espanha, Turquia, México, Estados
Unidos (sua primeira loja própria foi inaugurada em 1989), Japão e, pouco mais tarde,
na China (1991), Hong Kong, Coréia do Sul, Cingapura, Taiwan e Austrália.
Desembarcou no Brasil através de uma parceria com a Daslu em 1998, bem antes de
outras marcas de luxo descobrirem que o país tinha potencial para rápido crescimento
nesse segmento. A primeira loja no Brasil foi inaugurada no Shopping Iguatemi, em São
Paulo, no ano de 2001, com alguns destaques que ostentam o luxo da decoração:
luminárias alemãs, pedras israelenses no chão e mobiliários italianos.

Nos anos seguintes a ERMENEGILDO ZEGNA ampliou sua linha de produtos com o
lançamento de seus primeiros perfumes, óculos escuros, acessórios em couro, roupas
íntimas e até uma linha mais jovem e casual de roupas e acessórios. Por isso, hoje em
dia, a ERMENEGILDO ZEGNA além de oferecer seus ternos bem cortados, camisas e
casacos, trabalha bastante os acessórios e se renovou com uma linha mais casual, sem
perder de vista o conceito de “chique” aspiracional que deriva de todas as marcas de
luxo. Além disso, o caimento perfeito dos ternos que valoriza a silhueta masculina, o
corte impecável e o acabamento incomparável já se tornaram verdadeiros ícones da
grife italiana, tanto que suas criações são cobiçadas por homens de todo o mundo,
usadas por príncipes, estadistas, astros de Hollywood, como Arnold Schwarzenegger, e
grandes empresários. Por isso, a ERMENEGILDO ZEGNA está entre as marcas mais
desejadas do universo masculino, símbolo de luxo e poder.

A linha do tempo 
1997 
● Inauguração de sua primeira loja Outlet (unidade que vende produtos com descontos)
na cidade de Nova York. 
2000 
● Lançamento, no mercado americano, da ZEGNA SPORT, braço atlético da
tradicional marca italiana, que possui roupas e tecidos criados especialmente para a
prática de esportes. Além disso, há acessórios mais casuais, mas também kits para
diversos esportes, acondicionados em uma embalagem personalizada. O kit de tênis, por
exemplo, é composto de camiseta pólo azul e short branco de microfibra. Outro produto
de destaque é a jaqueta própria para iPod, que controla o tocador de mp3 por meio de
botões na manga do próprio casaco. 
2003 
● Lançamento do perfume ESSENZA Di ZEGNA, primeira fragrância da marca e que
não demorou muito para se tornar um enorme sucesso. 
2004 
● Lançamento da Z ZEGNA, marca fashion do grupo com coleções voltadas para
consumidores mais jovens e ligados em moda. Diferentemente das outras linhas da
marca, a grife conta com um estilista, e desfila suas coleções na semana de moda de
Nova York. 
● Lançamento, através de uma parceria com a Salvatore Ferragamo, da primeira linha
de calçados da marca. 
2005 
● Lançamento do perfume Z ZEGNA. 
● Lançamento, em parceria com a italiana De Rigo, da primeira coleção de óculos
escuros e armações de receituário da grife. 
2007 
● Lançamento do perfume ZEGNA INTENSO. 
● Lançamento das primeiras coleções de roupas íntimas compostas por cuecas, meias e
pijamas. 
2009 
● Lançamento do perfume ZEGNA COLONIA. 
● Lançamento do sapato LIMITED EDITION ERMENEGILDO ZEGNA, feito
artesanalmente em couro e com solado vulcanizado. O sapato vinha em uma caixa
especial, envolto em um saquinho de camurça, uma calçadeira e com um kit para
engraxar. A tiragem do produto foi limitada: apenas mil exemplares feitos no mundo. 
2010 
● Lançamento do comércio online da marca italiana. Ternos não são vendidos pelo
comércio eletrônico. 
● Lançamento do perfume ZEGNA FORTE. 
● Em comemoração ao centenário da marca, foram produzidos vinte ternos com as dez
lãs de fios merinos mais finas obtidas na última década, inclusive a de espessura
recorde: 10 micra. Um exemplar foi vendido por R$ 40.000 reais a um banqueiro
paulistano. 
2012 
● Lançamento de cinco fragrâncias da coleção ESSENZE by ERMENEGILDO
ZEGNA. 
2013 
● Lançamento da coleção TRIVERO, criada em parceria com a italiana Omas,
fabricante histórica de canetas artesanais. A coleção propõe três peças de uma elegância
discreta, mas significativa: caneta de pena, rollerball e esferográfica. 
2014 
● Lançamento do perfume HAITIAN VETIVER. 
● Lançamento de uma coleção cápsula de acessórios inspirada pelas grandes cidades do
mundo, chamada de “Cities Around the World”. Os produtos dessa coleção incluíam
gravatas, lenços de bolso, porta passaportes e carteiras. Ícones da marca, as gravatas e
lenços de bolso costurados à mão eram feitos de sedas especialmente selecionadas e
usavam várias telas para criar detalhes vivos e impressões ricamente coloridas. 
2015 
● Lançamento de uma linha especial de vestuário de couro fino e acessórios em
homenagem ao lançamento dos modelos de carro Maserati Ghibli e Quattroporte EZ,
peças de requintada engenharia vestidas com tecidos ZEGNA. A linha é composta por
jaqueta, luvas, sapatos, carteiras, porta-chaves, óculos e bolsas, que utilizam as mesmas
matérias-primas usadas nos automóveis, com destaque para o couro combinado com o
silk skin (tecido que une a seda chinesa com o algodão egípcio).

Os ternos impecáveis 
Para aqueles que buscam ternos feitos sob medida, a marca criou, ainda na década de
1970, a Zegna su misura (do italiano, “sob medida”). Após escolher entre diversos
modelos e mais de 350 tipos diferentes de tecidos, o cliente tem suas medidas tiradas e
enviadas à Suíça, onde cerca de dez artesãos são responsáveis pela confecção de um
terno. Em áreas com iluminação especial de alto a baixo para que as costureiras possam
detectar defeitos mínimos nos tecidos, computadores e mãos humanas mesclam-se para
cortar com precisão milimétrica as 80 peças que compõem cada terno encomendado por
clientes dos cinco continentes. Desta fábrica na Suíça saem aproximadamente 35 mil
unidades sob medida, que representam 10% do faturamento e 8% dos volumes da linha
ERMENEGILDO ZEGNA. Cada terno passa por 180 etapas de confecção (mãos), mas
se for de alta-costura, esse número pode chegar a 500. Neles, a entretela, que dá
sustentação ao paletó, é feita de pelos de camelo, cabra ou cavalo. As mangas são
pregadas à mão, assim como os botões. A qualquer momento é possível localizar, pelas
etiquetas computadorizadas, em que fase está uma encomenda do Brooklyn, em Nova
York, ou de Tóquio, no Japão. A peça demora entre 45 e 60 dias para ficar pronta e até a
etiqueta tem o nome do cliente. Um terno ZEGNA feito sob medida pode custar até US$
22 mil.

O Zegna Su Misura, ganhou um novo apelo no final de 2012, um serviço de


personalização máxima, que oferece ao cliente inúmeras possibilidades de
customização. Assim, é possível ir até uma das tecelagens na Itália para escolher o fio, a
cor e a padronagem do tecido. A partir da seleção, um tecido de seis metros de
comprimento será fabricado, o suficiente para apenas um costume. Definir esses
detalhes, porém, não é uma tarefa simples. Só em tecidos à disposição para ternos, a
ZEGNA produz 355 tipos diferentes. Para camisas, 200. E para as gravatas, outros 200.
Depois dessa etapa, é possível, ainda, propor algumas extravagâncias. Além de bordar o
nome na etiqueta, é possível gravá-lo no verso dos botões.

O sucesso de seus ternos se deve também aos tecidos produzidos na fábrica da empresa.
E a qualidade, por sua vez, depende diretamente dos materiais usados. O Lanifício
Zegna é um dos maiores compradores mundiais de lã, cashmere e seda em seu estado
ainda puro e, como a produção de fibras finas requer diversos cuidados por parte dos
criadores (a começar pela manutenção dos pastos e dos animais, passando pela nutrição
e outros fatores que interferem nos resultados), o Grupo ZEGNA, desde 1963, distribui
prêmios para seus fornecedores internacionais, como os produtores de lã de ovelha na
Austrália, os de vicunha no Peru, os de cashmere na Mongólia ou de cabras angorás na
África do Sul. Com o objetivo de garantir a espessura mínima e o comprimento máximo
do fio — combinação fundamental para a maciez do tecido —, a ZEGNA estimula os
produtores australianos a tratar as ovelhas a pão de ló, o que significa, também, vesti-las
com capas até a tosa. Todos esses cuidados com a elaboração de cada terno colocam o
traje entre os de melhor confecção e qualidade no mundo, e apesar de encarecerem seu
preço, garantem àquele que o adquire o que há de mais perfeito em termos de vestuário
formal masculino.

A qualidade e a inovação 
A coleção da ERMENEGILDO ZEGNA representa o que há de mais chique em
alfaiataria masculina, com padrões de tecidos exclusivos. A marca italiana é conhecida
por seus ternos clássicos, bastante formais e corte impecável. Jaquetas e casacos
também integram todas as coleções, que contam com tecidos exclusivos produzidos e
desenvolvidos na própria empresa. A marca conta ainda com acessórios como cintos,
sapatos mocassins, carteiras e pastas, todos de couro bovino ou de jacaré. Algumas
linhas possuem detalhes de ouro (fivelas, por exemplo). Para completar o visual,
gravatas de seda pura e abotoaduras de prata e ônix. A ZEGNA também aposta na
tecnologia de seus tecidos para criar produtos inteligentes. Prova disso é a jaqueta
Elements (do inglês, “elementos”). Feita de lã de carneiro ou puro cashmere, seu tecido
possui um polímero de membrana termosensível aplicado na sua superfície interna que
se adapta à temperatura externa, com um mecanismo que se abre com o calor e fecha
com o frio.

Outro exemplo de tecnologia é a Solar Jacket (algo como “jaqueta solar”): painéis em
sua gola removível transformam a luz do sol em energia renovável para recarregar
aparelhos portáteis como iPod e telefones celulares ou qualquer outro aparelho com
entrada USB. Ao longo de cem anos a empresa desenvolveu mais de 32 tipos diferentes
de tecidos, como, por exemplo, o Traveller (lançado em 1998, este tecido é feito de lã
super fina, muito flexível e elástica, cujos fios, entrelaçados com alta torção, não
amassam), Microsphere (inspirado no biomimetismo da flor de lótus, impermeável à
água e às manchas de café, vinho ou ketchup graças a um tratamento químico) e Cool
Effect (tecido introduzido em 2009 foi concebido para desviar 80% dos raios solares,
reduzindo em 10°C a sensação térmica, mesmo em cores escuras).

Dados corporativos 
● Origem: Itália 
● Fundaçã o: 11 de maio de 1910 
● Fundador: Ermenegildo Zegna 
● Sede mundial: Milão, Itália 

Você sabia? 
● 88% das compras dos produtos da grife são “codificadas”, de forma que a empresa
sabe quem comprou, onde, e se o cliente comprou de novo. 
● Michelangelo Zegna, pai de Ermenegildo, era relojoeiro, mas quando se casou pela
segunda vez recebeu seis modestos teares como dote. Assim nasceu um novo negócio
na família. 
● A empresa italiana é proprietária do Oasis Zegna, uma reserva florestal privada com
100 km², onde é possível fazer ciclismo, escalada e outros esportes ao ar livre. 
● Hoje em dia existem 11 herdeiros na quinta geração dos Zegna, na faixa de 15 a 31
anos. A maioria estuda no exterior e alguns já trabalham em outras empresas. Ter essa
experiência por dois anos, no mínimo, faz parte das regras para os que optarem por
ingressar na empresa, além de fluência em idiomas. Também deverão passar pelo crivo
de um comitê familiar encarregado de orientar os jovens.  

http://chic.uol.com.br/linha-do-tempo/noticia/linha-do-tempo-veja-a-evolucao-da-moda-nas-
capas-das-september-issues-da-vogue-america-desde-o-seculo-19

http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2006/05/rolex-coroa-da-qualidade.html

Você também pode gostar