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Aula 10

Contabilidade de A a Z - Curso Regular -


2021

Autores:
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 10

17 de Fevereiro de 2021

81774540991 - Derli Antunes Pinto


Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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Sumário

1. Patrimônio Líquido .................................................................................................................... 4

1.1 - Conceito E Estrutura............................................................................................................. 4

2. Capital Social ............................................................................................................................ 6

2.1 - Indo Além – Requisitos Para Constituição da Companhia.................................................... 8

2.2 - Gastos Na Emissão De Ações .............................................................................................. 9

3. Reservas De Capital ................................................................................................................ 11

3.1 - Utilização Das Reservas de Capital .....................................................................................


464656 13

3.2 - Reserva De Ágio Na Emissão De Ações ............................................................................. 16

3.3 - Alienação De Partes Beneficiárias E Bônus De Subscrição ................................................. 17

- Parte beneficiárias ................................................................................................................. 17

- Bônus de subscrição ............................................................................................................. 19

3.4 - Doações E Subvenções Para Investimentos Governamentais ............................................ 20

3.5 - Prêmio Na Emissão De Debêntures ................................................................................... 21

4. Ajuste De Avaliação Patrimonial ............................................................................................. 24

5. Ações Em Tesouraria............................................................................................................... 26

5.1 - Ações em tesouraria! Previsão na Lei 6.404/76 .................................................................. 28

6. Questões Comentadas............................................................................................................ 32

6.1 - CEBRASPE .......................................................................................................................... 32

6.2 - FCC .................................................................................................................................... 46

6.3 - FGV .................................................................................................................................... 67

6.4 - VUNESP .............................................................................................................................. 86

6.5 – Outras Bancas .................................................................................................................... 98

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7. Lista de Questões ................................................................................................................. 108

7.1 - CEBRASPE ........................................................................................................................ 108

7.2 - FCC .................................................................................................................................. 113

7.3 - FGV .................................................................................................................................. 120

7.4 - VUNESP ............................................................................................................................ 127

7.5 – Outras Bancas .................................................................................................................. 131

8. Gabarito ................................................................................................................................ 136

9. Resumo ................................................................................................................................. 137

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APRESENTAÇÃO
Olá, pessoal! Tudo bem?

Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso de Contabilidade.

É com uma grande alegria que estamos aqui para ministrar mais um pouquinho desta disciplina
que, no começo pode parecer difícil, mas depois passa a ser muito boa de se estudar!
Contabilidade é muito bom!

Hoje, falaremos sobre um grupo do balanço patrimonial que é extremamente importante: o


patrimônio líquido.

Quaisquer dúvidas, estamos à disposição!

Vamos à aula?

Um abraço.

Luciano Rosa/ Silvio Sande/ Julio Cardozo

Dicas diárias de Contabilidade no Instagram: @contabilidadeconcurso @prof.silviosande e


@profjuliocardozo

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1. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

1.1 - Conceito E Estrutura

Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os
seus passivos.

De acordo com a Lei 6.404/76:

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do


patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia.

III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de


avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Antes de prosseguirmos, façamos a comparação entre como era e como está agora o patrimônio
líquido:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

ANTES LEI 11.638/07 APÓS LEI 11.638/07 E LEI 11.941/09

Capital Social Capital Social

(-) Capital a Realizar (-) Capital a Realizar

Reserva de Lucro Reserva de Lucro

Reserva de Capital Reserva de Capital

Reserva de Reavaliação Ajuste de Avaliação Patrimonial

(+) Lucro ou (-) Prejuízo Acumulado (-) Prejuízo Acumulado

(-) Ações em Tesouraria (-) Ações em Tesouraria

Agora, uma questão:

(Contador/Caruaru/2015) De acordo com a Lei nº 11.638/07, que alterou a Lei nº 6.404/76,


assinale a opção que indica a correta composição do patrimônio líquido.
a) Capital social, reservas de capital, reservas de lucros e prejuízos acumulados.
b) Capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e prejuízos
acumulados.

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c) Capital social, reservas de capital, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos


acumulados.
d) Capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em
tesouraria e prejuízos acumulados.
e) Capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, ajustes de avaliação patrimonial,
reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
Comentários:
Tal assunto está previsto na Lei das SAs, da seguinte forma:
Art. 178, Inciso III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído
pela Lei nº 11.941, de 2009))
Agora, vamos comparar os incisos III do art. 178 da Lei das SAs com as alternativas:
a) Capital social, reservas de capital, reservas de lucros e prejuízos acumulados.
Alternativa incompleta, faltou as seguintes contas: ajustes de avaliação patrimonial e ações em
tesouraria.
b) Capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e prejuízos
acumulados.
Alternativa errada, após lei 11.638/07 e lei 11.941/09 a reservas de reavaliação não faz parte do
grupo PL.
c) Capital social, reservas de capital, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados.
Alternativa incompleta, faltou a seguinte conta: ajustes de avaliação patrimonial.
d) Capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em
tesouraria e prejuízos acumulados.
Encontramos a alternativa correta. Vejam que todas estão no Art. 178, Inciso III.
e) Capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, ajustes de avaliação patrimonial,
reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
Alternativa errada, após lei 11.638/07 e lei 11.941/09 a reservas de reavaliação não faz parte do
grupo PL.
O gabarito é letra d.

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2. CAPITAL SOCIAL
Quando os sócios resolvem iniciar uma atividade, um dos requisitos para o início é a existência do
chamado capital social. Os sócios precisam aportar bens para que essa companhia possa aplicar e
dar início às atividades. Esse aporte é chamado de subscrição.

O capital social é a conta do PL composta pelas ações subscritas na constituição da sociedade ou


com o aumento de capital. É dividido em capital social e capital social a realizar.

A lei das SA dispõe que:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por


dedução, a parcela ainda não realizada.

No balanço fica assim:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 10.000,00
(-) Capital Social a realizar - 4.000,00
(=) Capital social realizado 6.000,00

Exemplo 1: constituição da sociedade X, com R$ 100.000,00 em dinheiro.

Lançamento:

D – Caixa 100.000,00
C – Capital Social 100.000,00

Razonetes:

Caixa (Ativo) Capital social (PL)


100.000,00 100.000,00

Exemplo 2: a sociedade X é constituída com ações no montante de R$ 100.000,00, sendo apenas


R$ 50.000,00 depositados imediatamente para o início do negócio, lançaremos:

D – Caixa 50.000,00 (Ativo)


D – Capital Social a Realizar 50.000,00(- PL)
C – Capital Social 100.000,00(PL)

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Razonetes:

Caixa (Ativo) Capital social (PL) Cap. Soc. Integr. (Ret. PL)
50.000,00 100.000,00 50.000,00

Segundo a Lei 6.404, o capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em
qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.

A seguir, um quesito:

(Analista Contábil/MPU/2015) O capital social integralizado pelos sócios deve ser discriminado,
em uma única conta, pelo seu montante, sem qualquer dedução.
Comentários:
Mostramos que o capital social é uma conta do PL, sendo dividido em capital social e capital social
a realizar. O item erra ao afirmar que o capital social integralizado pelos sócios deve ser
discriminado, em uma única conta.
Vejamos como lei das SA dispõe:
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela
ainda não realizada.
O gabarito é errado.

Preste atenção! As questões, de modo geral, podem pedir o lançamento de subscrição e de


realização do capital.

A subscrição é quando o acionista/sócio assume o compromisso de ingressar na sociedade,


formalizando através dos instrumentos jurídicos pertinentes. Ainda não houve entrega dos
recursos.

A realização ou integralização do capital social é a entrega efetiva dos recursos pelo sócio.

Observem como foi cobrado:

(Auditor Fiscal/ISS Goiânia/2016) A subscrição de capital é o compromisso que o sócio assume


perante a nova sociedade que está surgindo. O registro correspondente à subscrição pelos sócios
de 10.000 ações com valor nominal de R$ 5,00 é:
a) D – Capital Social $ 50.000,00; C – Capital a integralizar $ 50.000,00.
b) D – Caixa $ 50.000,00; C – Capital a integralizar $ 50.000,00.
c) D – Caixa $ 50.000,00; C – Capital Social $ 50.000,00.
d) D – Capital a integralizar $ 50.000,00; C – Capital social $ 50.000,00.

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Comentários:
Como só houve um compromisso em entregar o recurso, e não o dispêndio efetivo por parte do
sócio, não há por que movimentar a conta caixa. Vamos lançar:
D – Capital a integralizar (Retificadora do PL) 50.000,00
C – Capital social (PL) 50.000,00
O gabarito é, portanto, letra d.
(Técnico/Nova Iguaçu/2016) A Companhia Três Irmãos fez o seguinte lançamento:
Débito: Capital Social a Integralizar
Crédito: Capital Social
Esse lançamento representa
a) redução do capital social.
b) integralização do capital social.
c) aumento do capital social.
d) subscrição do capital social.
Comentários:
O lançamento corresponde à subscrição do capital social. O gabarito é, portanto, letra d.

2.1 - Indo Além – Requisitos Para Constituição da Companhia

Segundo a Lei 6.404/76, a constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes


requisitos preliminares:

I - Subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se


divide o capital social fixado no estatuto;

II - Realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de


emissão das ações subscritas em dinheiro;

III - Depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário


autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em
dinheiro.

Portanto, o estatuto deve conter todas as ações em que o capital social será dividido. Esse valor
pode ser alterado posteriormente, para aumentar ou reduzir o capital nas hipóteses previstas na
Lei 6.404.

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Como o capital pode ser formado por dinheiro e bens suscetíveis de avaliação em dinheiro, 10%
do total deve ser subscrito em dinheiro.

Além disso, a parte realizada em dinheiro deve ser depositada no Banco do Brasil ou em banco
autorizado pela CVM.

Ah, professores, mas isso cai em prova? Sim! Vejam.

(Agente de Fiscalização/TCE SP/2017) De acordo com artigo 80 da Lei no 6.404/76, é necessário


para constituir uma sociedade anônima:
(A) no mínimo, ¼ (25%), como entrada em dinheiro, do preço das ações subscritas.
(B) subscrição, pelo menos por 3 (três) pessoas jurídicas, de todas as ações em que se divide o
capital social fixado no estatuto.
(C) realização, como entrada, de 10%, no mínimo, do preço das ações à disposição do mercado.
(D) depósito, no Banco do Brasil S.A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela CVM,
da parte do capital realizado em dinheiro.
(E) subscrição, pelo menos por 3 (três) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social
fixado no estatuto.
Comentários:
Como acabamos de salientar, o nosso gabarito é a letra d!

2.2 - Gastos Na Emissão De Ações

Para emitir novas ações, a entidade pode incorrer em gastos, como por exemplo, honorários
profissionais, relatórios, prospectos relacionados com a emissão das ações.

Os gastos com emissão de ações, a partir de 2008, não mais podem ser tratados como despesas
do período. Passam a figurar como redução do valor obtido do capital social, ou, quando aplicável,
na Reserva de Capital que registrar o prêmio recebido na emissão das novas ações.

Esquematizemos:

Gastos com emissão de ações


Despesas do período
Redução do valor obtido do capital social ou Reserva de Capital

Para o Imposto de Renda, conforme Lei 12.973/14:

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Despesa com Emissão de Ações

Art. 38-A. Os custos associados às transações destinadas à obtenção de recursos


próprios, mediante a distribuição primária de ações ou bônus de subscrição
contabilizados no patrimônio líquido, poderão ser excluídos, na determinação do
lucro real, quando incorridos.

Art. 38-B. A remuneração, os encargos, as despesas e demais custos, ainda que


contabilizados no patrimônio líquido, referentes a instrumentos de capital ou de
dívida subordinada, emitidos pela pessoa jurídica, exceto na forma de ações,
poderão ser excluídos na determinação do lucro real e da base de cálculo de
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido quando incorridos.

O que isso quer dizer, pessoal? Na hota de apuração do lucro para o Imposto de Renda, o Fisco
dá uma colher de chá e faz assim: “ para a Contabilidade, esses gastos não são considerados com
despesas, mas, a gente vai quebrar o seu galho. Vamos permitir que você diminua esse gasto da
base de cálculo do Imposto de Renda”. Esse Fisco é muito bonzinho, não é?

Agora, um quesito:

(Técnico Tributário/SEFIN RO/2018) No ano de 2016, a Cia. ABC abriu seu capital por meio da
emissão de títulos patrimoniais. Os custos de transação, diretamente atribuíveis à emissão, foram
de R$ 10.000.
Assinale a opção que indica onde foram reconhecidos os custos de transação nas Demonstrações
Contábeis, de 31/12/2016, da Cia. ABC.
(A) Na Demonstração do Resultado do Exercício como Outras Despesas Operacionais.
(B) Na Demonstração do Resultado do Exercício como Despesa Financeira.
(C) No Balanço Patrimonial como Despesa Antecipada.
(D) No Balanço Patrimonial como Reserva de Capital.
(E) no Balanço Patrimonial, como redutor do Patrimônio Líquido, na conta Custo com a emissão
de Ações.
Comentários:
Os gastos com emissão de ações, a partir de 2008, não mais podem ser tratados como despesas
do período. Passam a figurar como redução do valor obtido do capital social.
Então, vamos rever o nosso esquema:
Gastos com emissão de ações
Despesas do período
Redução do valor obtido do capital social ou Reserva de Capital

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O gabarito é letra e.

3. RESERVAS DE CAPITAL
Reservas são valores que representam elementos patrimoniais sem qualquer característica de
exigibilidade atual ou futura. Basicamente, temos duas espécies de reservas, ambas classificadas
no patrimônio líquido: as de lucros e as de capital.

Dica! Sempre que você vir uma conta iniciando com reserva, saiba que será uma conta integrante
do Patrimônio Líquido.

As reservas de capital são valores recebidos pela empresa (dos sócios ou de terceiros) que não se
configuram como receita, isto é, não transitam pelo resultado do exercício, sendo contabilizadas
diretamente à conta de Patrimônio Líquido.

Com base no artigo 182 da Lei das SA:

Art. 182. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que


registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte


do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância
destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações
de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

Esquematizemos:

Ágio na emissão de
ações

Produto da
Reserva de capital alienação de partes
beneficiárias

Produto da
alienação de bônus
de subscrição

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O item a corresponde à chamada reserva para ágio na emissão de ações.

Já no item b, partes beneficiárias são títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital
social, criados a qualquer tempo pela sociedade por ação. As partes beneficiárias conferirão aos
seus titulares direito de crédito eventual contra a companhia, consistente na participação nos
lucros anuais – no máximo 10% (LSA, art. 46, caput, e §1º).

Por sua vez, os bônus de subscrição são títulos de crédito emitidos no limite do capital social
autorizado no estatuto e dão aos titulares o direito de subscrever ações da companhia.

Explicaremos logo abaixo essas três reservas.

Com as modificações recentes ocorridas na contabilidade (Leis 11.638 e 11.941) as doações e


subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntures não serão mais classificados
como reservas de capital, devendo ser registrados como receitas do exercício, de acordo com o
Princípio da Competência.

Esquematizemos:

Reserva de capital Não são mais reservas de capital


Ágio na emissão de ações Doações e Sub. Para Invest.

Alienação de PBs Prêmio Emissão de Debêntures

Alienação de BS

A seguir, uma questão:

(Agente de Polícia Federal/2014) Se uma companhia alienar partes beneficiárias ou bônus de


subscrição, o produto da alienação deverá ser registrado como reserva de capital.
Comentários:
Questão de literalidade do artigo 182 da Lei das SA:
Art. 182. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
O item está, portanto, correto.

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3.1 - Utilização Das Reservas de Capital

Era muito comum que algumas empresas no passado distribuíam as reservas de capital aos sócios
como forma de dissolução disfarçada da empresa. Por esse motivo, há restrições há utilização
dessas reservas pela Lei 6404/76.

Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:

I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de


lucros (artigo 189, parágrafo único);

II - resgate, reembolso ou compra de ações;

III - resgate de partes beneficiárias;

IV - incorporação ao capital social;

V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for


assegurada (artigo 17, § 5º).

Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes


beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

Esquematizemos:

Não suportados
Absorção de por reservas de
prejuízos lucros e lucros
acumulados

Resgate,
reembolso,
compra de ações

Utilização das Resgate de partes


reservas de capital beneficiárias

Incorporação ao
capital social

Pagamento de
dividendos a ações
preferenciais, se
for assegurado

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Vê-se, assim, que as reservas de capital somente podem ser utilizadas para pagamento de
dividendos de ações preferenciais. Não podem ser utilizadas para pagamento de dividendos de
ações ordinárias.

Vejamos duas questões:

(Técnico de Nível Superior/AL BA/2014) Assinale a opção que indica um fim para o qual as reservas
de capital não podem ser utilizadas.
a) Absorver prejuízos, quando estes ultrapassarem as reservas de lucros.
b) Resgate, reembolso ou compra de ações.
c) Resgate de partes beneficiárias.
d) Incorporação ao capital.
e) Pagamento de dividendos a ações ordinárias e preferenciais.
Comentários:
Questão de literalidade do artigo Art. 200 da Lei das SA:
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo
189, parágrafo único);
II - resgate, reembolso ou compra de ações;
III - resgate de partes beneficiárias;
IV - incorporação ao capital social;
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada
(artigo 17, § 5º).
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser
destinada ao resgate desses títulos.
Agora, vamos comparar os incisos do art. 200 da Lei das SAs com as alternativas:
a) Absorver prejuízos, quando estes ultrapassarem as reservas de lucros. (Inciso I)
b) Resgate, reembolso ou compra de ações. (Inciso II)
c) Resgate de partes beneficiárias. (Inciso III)
d) Incorporação ao capital. (Inciso IV)
e) Pagamento de dividendos a ações ordinárias e preferenciais.
Conforme o art. 200, Inciso V, as reversas de capital poderão ser utilizadas para o pagamento de
dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada.

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O item indica uma possibilidade de pagamento de dividendo a ações ordinárias a qual não é
prevista pela lei. O gabarito é, portanto, letra e.
(Contador/Eletrosul/2016) Entre as possibilidades conferidas pela legislação societária para a
utilização das Reservas de Capital se insere:
a) a absorção de prejuízos que não ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros.
b) a redução do capital social, para absorção dos prejuízos acumulados.
c) o pagamento de dividendos a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada.
d) o aumento do capital autorizado, mediante alteração estatutária.
e) a recomposição do caixa da companhia em face da materialização de provisões.
Comentários:
Questão de literalidade do artigo Art. 200 da Lei das SA:
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo
189, parágrafo único);
II - resgate, reembolso ou compra de ações;
III - resgate de partes beneficiárias;
IV - incorporação ao capital social;
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada
(artigo 17, § 5º).
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser
destinada ao resgate desses títulos.
Agora, vamos comparar os incisos do art. 200 da Lei das SAs com as alternativas:
a) a absorção de prejuízos que não ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros.
Errado, o correto seria: “... que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros”
b) a redução do capital social, para absorção dos prejuízos acumulados.
Errado, o Inciso IV do art 200 prevê, apenas, a incorporação ao capital social.
c) o pagamento de dividendos a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada.
Correta, encontramos tal possibilidade no inciso V do art 200.
d) o aumento do capital autorizado, mediante alteração estatutária.
e) a recomposição do caixa da companhia em face da materialização de provisões.
Alternativas erradas, banca adicionou possibilidades não previstas no art. 200.

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Observação: as ações ordinárias são aquelas que dão direito a voto. As


preferenciais são aquelas que não dão, em regra, direito a voto, mas possuem
outras vantagens, geralmente relacionadas ao pagamento de maiores dividendos.

Estudemos as reservas de capital com detalhes

3.2 - Reserva De Ágio Na Emissão De Ações

Ágio, em linguajar comum, é o valor cobrado a maior por algo. Nas sociedades por ações o
estatuto social deve definir o valor do capital social, o número de ações em que o capital se divide
e se elas terão ou não valor nominal.

A ação tem um valor pré-definido, o valor do capital social subscrito dividido pelo número de
ações emitidas. Isso é o seu valor nominal! Temos que destacar que as ações serão sempre
registradas pelo seu valor nominal.

O ágio na emissão de ações é o valor da contribuição do subscritor (quem está comprando a ação)
que ultrapassar o valor nominal das ações por ele adquiridas.

No caso de emissão de ações sem valor nominal, o ágio na emissão de ações será o valor da
contribuição do subscritor que ultrapassar a importância destinada ao capital social.

Destacamos que uma ação pode não ter valor nominal, mas possuir um valor de referência para
comparação.

Explicamos. Quando formamos uma entidade, dizemos que cada ação terá o valor nominal de x
(mas as ações podem não ter valor nominal, sem problemas). Se a pessoa entrar na sociedade e
entregar x + 1, então esse 1 será o ágio na emissão da ação. O excesso é levado a uma conta de
reserva de capital, que recebe essa denominação.

Suponha-se que a empresa Estratégia Concursos possua um capital social de R$ 100.000,00,


configurando 100.000,00 ações a R$ 1,00 cada. Mostrando-se uma empresa extremamente
lucrativa, decide expandir o seu negócio oferecendo ao mercado mais 100.000,00 ações. Todavia,
cobra dos novos sócios não mais o aporte de R$ 1,00, mas, sim, de R$ 1,50. Mesmo assim, as
ações foram rapidamente vendidas e mais R$ 150.000,00 ingressaram aos cofres da empresa.

O lançamento é o seguinte:

D – Caixa 150.000,00 (Ativo)


C – Capital Social 100.000,00 (PL)
C – Reserva de capital – Ágio na emissão de ações 50.000,00 (PL)

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Razonetes:

Caixa (Ativo) Capital social (PL) Ágio Emissão Ações


150.000,00 100.000,00 50.000,00

Observem um quesito:

(Contador/FUB/2015) O ágio recebido em decorrência de emissão de ações aumenta as reservas


de lucros e, consequentemente, o patrimônio líquido da companhia.
Comentários:
O item está incorreto. O ágio na emissão de ações é reserva de capital.

3.3 - Alienação De Partes Beneficiárias E Bônus De Subscrição

- Parte beneficiárias

Segundo a Lei das SA:

Art. 46. A companhia pode criar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem valor
nominal e estranhos ao capital social, denominados "partes beneficiárias".

§ 1º As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual


contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais (artigo 190).

Vê-se que as partes beneficiárias são estranhas, isto é, não fazem parte do capital social. Diferem
das ações, pois não dão direito a uma parte do patrimônio da companhia, nem o de participação
da administração. Não se confundem também com as debêntures, uma vez que não dá direito
creditório contra a companhia para os que as possuem.

O direito a lucro é eventual. Esta é a palavra-chave.

Por exemplo, temos uma companhia em que um senhor, fundador da companhia, já cansado da
sua árdua rotina, decide se aposentar. Os novos administradores decidem então que, como forma
de agradecimento, por todo o empenho, que ele terá direito a uma participação anual no lucro.
Mas não é assim, “de boca”. Essa operação há que ser formalizada. O senhor receberá então o
que chamamos de partes beneficiárias.

A emissão das partes beneficiárias é exclusiva de cias fechadas (LSA, art. 47). Como já dito, a
participação nos lucros deve ser menor do que 10%.

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As partes beneficiárias poderão ser alienadas pela companhia, nas condições determinadas pelo
estatuto ou pela assembleia-geral, ou atribuídas a fundadores, acionistas ou terceiros, como
remuneração de serviços prestados à companhia (LSA, art. 47).

Somente a alienação onerosa das partes beneficiárias gera lançamento contábil. Isto é, no caso
do administrador aposentado, se ele paga pelos títulos há contabilização. Se forem doadas, há
apenas menção em notas explicativas.

Assim, se os administradores de uma companhia, que tanto contribuíram para o seu crescimento,
resolvem aposentar, e os novos administradores, como forma de reconhecimento deste trabalho,
alienam partes beneficiárias a esses antigos administradores, por R$ 100.000,00. Isto é, o
administrador vai pagar por esses títulos e a empresa contabiliza a entrada no caixa.

O lançamento é o que se segue:

D – Caixa 100.000,00 (Ativo)


C – Reserva de Capital – Produto de alienação de partes beneficiárias 100.000,00 (PL)

Razonetes:

Caixa (Ativo) Res. Cap - Prod. Alien. PB


100.000,00 100.000,00

Mas, professores, como eles serão beneficiados?

Galera, a companhia emitirá títulos (as chamadas partes beneficiárias), os quais darão direito à
participação do lucro da companhia. Só isso!

A LSA dispõe que:

Art. 200. Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes
beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

A contabilização na alienação de partes beneficiárias é a seguinte:

Digamos que a empresa resgate R$ 40.000. A contabilização fica assim:

D – Reserva de Capital – Produto de alienação de partes beneficiárias 40.000,00 (PL)


C - Caixa 40.000,00 (Ativo)

Razonetes:

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Caixa (Ativo) Res. Cap - Prod. Alien. PB


100.000,00 40.000,00 40.000,00 100.000,00

Então, vamos esquematizar?

Exclusiva para
companhias
fechadas

Estranhas ao
capital social
Reserva de capital - Partes beneficiárias
Lucro eventual
contra a
companhia (menor
que 10%)

Gera lançamento
somente a
alienação onerosa

- Bônus de subscrição

Veremos agora os bônus de subscrição. Precisamos entender que participar da subscrição de


ações de uma empresa, pode ser algo bem “disputado”. Por isso, existe a possibilidade de
emissão desses títulos.

Segundo a LSA, art. 75, a companhia poderá emitir, dentro do limite de aumento de capital
autorizado no estatuto (artigo 168), títulos negociáveis denominados "bônus de subscrição”, que
conferirão aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, direito de subscrever ações
do capital social, que será exercido mediante apresentação do título à companhia e pagamento
do preço de emissão das ações.

Os antigos acionistas detêm a preferência para aquisição de novas ações emitidas por uma
companhia. Porém, o bônus de subscrição retira este direito relativamente a algumas ações.
Vejamos:

Art. 172. O estatuto da companhia aberta que contiver autorização para o


aumento do capital pode prever a emissão, sem direito de preferência para os
antigos acionistas, ou com redução do prazo de que trata o § 4o do art. 171, de
ações e debêntures conversíveis em ações, ou bônus de subscrição, cuja colocação
seja feita mediante:

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I - venda em bolsa de valores ou subscrição pública; ou

II - permuta por ações, em oferta pública de aquisição de controle, nos termos dos
arts. 257 e 263.

Se a empresa X emite R$ 100.000,00 em bônus de subscrição, o lançamento é o que se segue:

D – Caixa 100.000,00
C – Reserva de Capital – Produto da alienação de bônus de subscrição 100.000,00

Razonetes:

Caixa (Ativo) Res. Cap - Prod. Alien. BS


100.000,00 100.000,00

3.4 - Doações E Subvenções Para Investimentos Governamentais

As doações e subvenções para investimentos governamentais (tão-somente, excluem-se as


privadas) eram contabilizadas como reserva de capital.

Contudo, com as alterações da Lei das S/A, são agora consideradas receitas, que transitam pelo
resultado, podendo ser registradas (depois da apuração do resultado) em uma reserva de lucros
(de incentivos fiscais).

Esquematizemos:

Pode virar
Reserva de Lucro

Doações e
Subvenções

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3.5 - Prêmio Na Emissão De Debêntures

Pessoal, quando a empresa quer captar empréstimos junto ao público, ela pode optar pela
emissão de debêntures. Debênture é uma maneira de captar empréstimos sem recorrer às
instituições financeiras.

O Prêmio na emissão de debêntures era classificado como reserva de capital. Com o advento da
Lei n° 11.638 e 11.941, ele passou a ser apropriado ao resultado como receita, conforme o regime
de competência.

Esquematizemos:
Prêmio na emissão de debêntures
Reservas de capital
Receita no resultado: regime de competência

As debêntures são títulos exclusivos das sociedades anônimas. É uma forma alternativa ao
lançamento de ações no mercado e aos empréstimos bancários, para captação de recursos.

Não podem ser confundidas com as ações, pois não são títulos de propriedade. Não se confundem
também com os empréstimos, uma vez que oferecidas ao público, não sendo captados junto a
instituições financeiras.

Quando o preço da debênture supera o seu valor nominal, teríamos, à visão da legislação antiga,
uma reserva de capital a ser registrada, chamada Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures.
Isso ocorre quando as condições como juros, garantias e outras vantagens forem atraentes para
os investidores.

Se uma empresa lançasse debêntures a R$ 1,00, num vulto de 10.000 debêntures, com resgate
em 10 anos encontrando investidores que pagassem R$ 1,50 pelo referido título, lançaríamos:

D – Caixa 15.000,00 (Ativo)


C – Debêntures a pagar 10.000,00 (PNC)
C – Reserva de capital – prêmio na emissão de debêntures 5.000,00 (PL)

Razonetes:

Caixa (Ativo) Debêntures a pagar (PNC) RC - Prêmio Emi. Debent.


15.000,00 10.000,00 5.000,00

Contudo, essa reserva de capital deixou de existir e a mesma situação é agora registrada da
seguinte forma:

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D – Caixa 15.000,00 (Ativo)


C – Debêntures a resgatar 10.000,00 (PNC)
C – Receitas recebidas antecipadamente 5.000,00 (PNC – Receitas diferidas)

Razonetes:

Caixa (Ativo) Debêntures a resgatar (PNC) Receitas diferidas


15.000,00 10.000,00 5.000,00

Assim, exemplificando, se o resgate dessas debêntures se dará em 10 anos, deveremos apropriar


ao resultado (utilizando-se do método linear) R$ 500,00 por ano, através do seguinte lançamento:

D - Receitas recebidas antecipadamente 500,00 (PNC – Receitas diferidas)


C – Receitas financeiras 500,00 (Resultado)

Razonetes:

Receitas diferidas Receitas financeiras


500,00 5.000,00 500,00

O prêmio na emissão de debêntures é justamente esse valor pago a mais pelo investidor, tendo
em vista uma expectativa maior de remuneração, juros etc.

O valor apropriado ao resultado pode ser destinado à formação de reserva específica de prêmios
de debêntures, para evitar a tributação pelo Imposto de Renda (Lei 12973/14).

Ressaltamos que é uma faculdade da empresa. Ela pode ou não constituir tal reserva. Se não
constituir, será tributada pelo IR.

A reserva específica de prêmio de debêntures é reserva de lucro, eis que esse valor transitou pelo
resultado do exercício.

Agora, duas questões:

(Analista/Contabilidade/TRE/SP/2017) Um dos mais importantes títulos do mercado financeiro são


as debêntures. Com elas, as empresas podem se financiar de acordo com o fluxo de caixa que
melhor se adeque à sua estratégia de financiamento. As empresas podem emitir debêntures com
prêmio, ou seja, valores recebidos na emissão de debêntures acima do valor nominal determinado
para a liquidação desses valores mobiliários. De acordo com a legislação vigente, esse prêmio é
tratado como
a) Reserva de capital, no patrimônio líquido.

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b) Prêmio a amortizar, no passivo.


c) Custos a amortizar, como redutora de passivo.
d) Prêmio a amortizar, no patrimônio líquido.
e) Receita financeira, no resultado do período.
Comentários:
O prêmio na emissão de debêntures, quando da emissão, é um prêmio a amortizar e fica
registrado em conta de receita diferida, até que vá para o resultado, de acordo com o regime de
competência.
Atenção! Nós recorremos desta questão. Ela deveria informar o momento em que queria saber a
contabilização, pois poderia ser no passivo (receita diferida) no momento inicial ou como receita,
posteriormente, com o regime de competência, na DRE. Mas a banca não acatou.
O gabarito é letra b.
(Analista/STJ/2015) A captação de recursos por meio de debêntures gera um passivo para a
sociedade emissora do título. Em caso de debêntures emitidas com prêmio, o valor desse prêmio
também será reconhecido em conta de passivo e deve ser apropriado ao resultado ao longo do
prazo de vigência das debêntures.
Comentários:
Vamos dividir o item em duas partes:
“A captação de recursos por meio de debêntures gera um passivo para a sociedade emissora do
título.”
Vimos que a Debênture é uma maneira de captar empréstimos sem recorrer às instituições
financeiras. Assim, gerará um passivo para entidade emissora do título.
Primeira parte está certa.
“Em caso de debêntures emitidas com prêmio, o valor desse prêmio também será reconhecido
em conta de passivo e deve ser apropriado ao resultado ao longo do prazo de vigência das
debêntures.”
Ainda, com o advento da Lei n° 11.638 e 11.941, o Prêmio na emissão de debêntures passou a
ser apropriado ao resultado como receita, conforme o regime de competência.
Vamos visualizar os fatos acima descritos por meio do seguinte exemplo:
Se uma empresa lançasse debêntures a R$ 1,00, num vulto de 10.000 debêntures, com resgate
em 10 anos encontrando investidores que pagassem R$ 1,50 pelo referido título, lançaríamos:
D – Caixa 15.000,00 (Ativo)
C – Debêntures a resgatar 10.000,00 (PNC)
C – Receitas recebidas antecipadamente 5.000,00 (PNC – Receitas diferidas)

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Segunda parte está certa.


O gabarito está, portanto, correto.

4. AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL


Antes das alterações da Lei das S.A, havia no patrimônio líquido a conta reserva de reavaliação.
Esta conta foi suprimida, surgindo então o ajuste de avaliação patrimonial. Contudo, não se trata
de mera alteração de nome.

A reavaliação que se aplicava aos bens tangíveis do ativo permanente e que poderia ser ou não
realizada, a critério dos acionistas, deixou de existir.

Ademais, o ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para aumentar como para reduzir valores
de ativos e de passivos, enquanto a reavaliação servia apenas para o aumento de bens do
permanente.

A nova redação prescreve o seguinte:

Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto


não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo,
nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177.

Esquematizemos:

Ajuste de avaliação patrimonial


Enquanto não computado no resultado do exercício
Contrapartida de aumento ou redução do ativo ou passivo
Em decorrência da avaliação a valor justo

A seguir, duas questões:

(Transpetro/Contador/2018) A Lei das sociedades por ações diz que o balanço patrimonial mostra
a situação patrimonial e financeira de uma companhia em um determinado período de tempo, e
que, no passivo, as contas serão classificadas nos grupos passivo circulante, passivo não circulante
e patrimônio líquido.

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Ainda segundo ela, uma das divisões do patrimônio líquido representa as contrapartidas criadas
pela Lei no 11.941/09, decorrentes das variações ocorridas nos elementos do ativo e do passivo,
não imputadas no resultado nos termos do regime de competência.
Nesse contexto, tais contrapartidas são evidenciadas no patrimônio líquido no grupo de
(A) ações em tesouraria
(B) ajustes de avaliação patrimonial
(C) participação dos minoritários
(D) prejuízos acumulados
(E) reservas de capital
Comentários:
A questão se refere ao ajuste de avaliação patrimonial! Há uma pequena impropriedade, pois o
ajuste de AAP foi criado pela Lei 11.638/2007 e não pela Lei 11.941/2009 (nós recorremos desta
assertiva). O gabarito é, portanto, letra b.
(Analista/ANTAQ/2014) O ajuste a valor justo de itens do ativo e do passivo, enquanto não
transitar pelo resultado do exercício, deve ser registrado, em respeito ao regime de competência,
na conta ajustes de avaliação patrimonial.
Comentários:
Questão de literalidade do $ 3 do Art. 183 da Lei das SA:
Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não
computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo,
em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o
do art. 177.
Então, vamos rever o nosso esquema:

Ajuste de avaliação patrimonial


Enquanto não computado no resultado do exercício
Contrapartida de aumento ou redução do ativo ou passivo
Em decorrência da avaliação a valor justo

O gabarito está, portanto, correto.

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5. AÇÕES EM TESOURARIA
As ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas na
tesouraria. A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também transações de
capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado da entidade.

A conta “ações em tesouraria” é redutora do Patrimônio Líquido (PL).

Esquematizemos:

Ações em Redutora
tesouraria do PL

Este assunto aparece na Lei 6404/76:

Negociação com as Próprias Ações

Art. 30. A companhia não poderá negociar com as próprias ações.

§ 1º Nessa proibição não se compreendem:

a) as operações de resgate, reembolso ou amortização previstas em lei;

Comentários:

Sem entrar em tantos detalhes do Direito Empresarial, algumas definições são


importantes:

A operação em que a companhia paga aos acionistas o valor de suas ações por
razões de dissidência nos casos previstos na legislação societária é denominada
reembolso de ações.

A compra das próprias ações pela companhia, para retirá-las definitivamente de


circulação, é denominada resgate de ações.

A amortização de ações é a operação pela qual a companhia distribui ao acionista,


por suas ações, a quantia que lhe poderia caber em caso de liquidação da
sociedade.

b) a aquisição, para permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que até


o valor do saldo de lucros ou reservas, exceto a legal, e sem diminuição do capital
social, ou por doação;

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c) a alienação das ações adquiridas nos termos da alínea b e mantidas em


tesouraria;

d) a compra quando, resolvida a redução do capital mediante restituição, em


dinheiro, de parte do valor das ações, o preço destas em bolsa for inferior ou igual
à importância que deve ser restituída.

§ 2º A aquisição das próprias ações pela companhia aberta obedecerá, sob pena
de nulidade, às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, que
poderá subordiná-la à prévia autorização em cada caso.

§ 3º A companhia não poderá receber em garantia as próprias ações, salvo para


assegurar a gestão dos seus administradores.

§ 4º As ações adquiridas nos termos da alínea b do § 1º, enquanto mantidas em


tesouraria, não terão direito a dividendo nem a voto.

§ 5º No caso da alínea d do § 1º, as ações adquiridas serão retiradas


definitivamente de circulação.

A regra geral é que a empresa não pode negociar as próprias ações, para evitar negociação com
informações privilegiada. Ou seja, a empresa não pode negociar suas próprias ações de forma
habitual. Não pode ficar comprando e vendendo em bolsa. É permitida, entretanto, a aquisição,
para permanência em tesouraria, sem a diminuição do Capital Social. Para isso, a compra é
suportada pelo saldo das reservas, exceto a reserva legal. Como assim?

Quando a empresa adquire suas próprias ações, ela está diminuindo o saldo do capital social.
Quando a empresa lança no mercado as ações é para aumentar seu capital. Quando ela mesma
resgata, esse aumento não ocorre na verdade.

O que acontece é que a empresa pode usar suas Reservas de Lucros ou Capital para "suportar"
essa compra. Isso na verdade é uma "ficção" jurídica, pois, o que efetivamente suporta a compra
de ações é o caixa da empresa! As Reservas servem como lastro para a operação, ok?

Vale ressaltar que é permitida a compra quando, resolvida a redução do capital mediante
restituição, em dinheiro, de parte do valor das ações, o preço destas em bolsa for inferior ou igual
à importância que deve ser restituída. Nesse caso, ocorre a diminuição do Capital Social.

As ações em tesouraria não têm direito a dividendos e nem a voto.

Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem


ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações.

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Os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem ser tratados como
redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação, resultados esses contabilizados
diretamente no patrimônio líquido, na conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição
de tais ações, não afetando o resultado da entidade.

Então, vamos esquematizar?

Custos de transação Acréscimo do custo


na aquisição de aquisição
Operações com
ações em tesouraria
Redução do lucro
Custos de transação
ou acréscimo do
na alienação
prejuízo

A seguir, um quesito:

(STN/2013) Os gastos com corretagem decorrentes da compra de ações da própria empresa, para
manutenção em tesouraria, devem ser registrados como:
a) outras despesas operacionais, no resultado.
b) acréscimo do custo de aquisição das ações no Patrimônio Líquido.
c) despesa diferida no ativo, sendo apropriada no resultado quando da venda das ações.
d) diminuição do valor do investimento no ativo não circulante.
e) redução do lucro ou prejuízo diretamente no Patrimônio Líquido.
Comentários:
Como acabamos de salientar, o nosso gabarito é a letra B!

5.1 - Ações em tesouraria! Previsão na Lei 6.404/76

Lei 6404/76:

Art. 182. § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como


dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos
aplicados na sua aquisição.

O assunto foi explorado em provas da seguinte forma:

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A contabilização da aquisição de ações da própria empresa reduz o valor do disponível e também


do patrimônio líquido. O oposto ocorre quando os sócios resolvem aumentar o capital da empresa
em dinheiro.
Comentários:
O item está correto. Vejamos os lançamentos:
- Pela aquisição, lançamos o seguinte:
D – Ações em tesouraria (Redutora do PL)
C – Caixa (- Ativo)
- Pela alienação, lançamos o seguinte:
D – Caixa (Ativo)
C – Ações em tesouraria (PL)
Se a alienação se der com lucro, este lucro deve ser registrado à conta de reserva de capital, pelo
seguinte lançamento: (supondo que a empresa vendeu ações em tesouraria que custaram $1000
por $2500).
D – Caixa (Ativo) 2.500,00
C – Ações em tesouraria (PL) 1.000,00
C – Reserva de capital-lucro na alienação de ações em tesouraria (PL) 1.500,00

A previsão para constituir reservas de capital com estes valores encontra respaldo na seguinte
legislação:

Instrução CVM nº 10 de 14 de fevereiro de 1980.

Dispõe sobre a aquisição por companhias abertas de ações de sua própria


emissão, para cancelamento ou permanência em tesouraria, e respectiva
alienação.

Art. 18. O resultado líquido proveniente da alienação de ações em tesouraria será


apurado com base no custo médio ponderado na data da operação e será
contabilizado:

a) se positivo, como reserva de capital, a crédito de conta específica;

b) se negativo, a débito das contas de reservas ou lucros que registrarem a origem


dos recursos aplicados em sua aquisição.

A compra e a alienação de ações em tesouraria é transação com sócios. E o lucro ou prejuízo


(melhor dizer "ganho ou perda") em transações com sócios fica no PL, não no Resultado.

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- Se tiver ganho na venda das ações em tesouraria: fica no PL, numa reserva de capital, semelhante
à reserva de prêmio na emissão de ações.
- Se tiver perda, também fica no PL, e vai diminuir a reserva que serviu de lastro para a aquisição
das ações em tesouraria.

Esquematizemos:

Ganho com ações PL: Reserva de


em tesouraria Capital
Operações com
ações em
tesouraria
Perda com ações PL: diminuindo a
em tesouraria reserva

Exemplo de contabilização: A empresa ABC comprou $10.000 de ações em tesouraria, suportadas


por uma reserva estatutária no valor de $50.000:

D – Ações em Tesouraria (Retificadora do PL) 10.000,00


C – Caixa (Ativo) 10.000,00

Razonetes:

Ações em tesouraria Caixa


10.000,00 10.000,00

No balanço, fica assim:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social xxxxx,xx
Reserva Legal xxx,xx
Reserva Estatutária 50.000
Ações em Tesouraria (10.000)
Total 40.000

Digamos que a empresa venda tais ações por 7.000.

A contabilização fica assim:

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D – Caixa (Ativo) 7.000,00


D – Reserva Estatutária (PL) 3.000,00
C – Ações em tesouraria (PL) 10.000,00

No Balanço, após a alienação:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social xxxxx,xx
Reserva Legal xxx,xx
Reserva Estatutária 47.000
Total 47.000

Então, resumindo o tratamento Ações em tesouraria:

NÃO TEM DIREITO A


AÇÕES EM CONTA REDUTORA DO
VOTO E NEM
TESOURARIA PL
DIVIDENDOS

PERDA NA ALIENAÇÃO:
GANHO NA
NÃO AFETA O DIMINUI A RESERVA
ALIENAÇÃO: RESERVA
RESULTADO QUE SERVIU DE
DE CAPITAL
LASTRO NA AQUISIÇÃO

Observem um quesito:

(Analista/DPE/MT/2015) Uma empresa possuía, em 31/12/2013, R$ 200.000,00 em ações em


tesouraria. No ano de 2014, a empresa alienou metade dessas ações por R$ 130.000,00.
Em suas demonstrações contábeis, a empresa deverá evidenciar o saldo positivo de R$ 30.000,00
do seguinte modo:
a) como Resultado Operacional, na Demonstração do Resultado do Exercício.
b) como Outros Resultados Operacionais, na Demonstração do Resultado do Exercício.
c) como Ajustes de Exercícios Anteriores, na Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido.
d) como Reserva de Capital, no Balanço Patrimonial.
e) como Reserva de Lucros, no Balanço Patrimonial.

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Comentários:
A compra e a alienação de ações em tesouraria é transação com sócios. E o lucro ou prejuízo
(melhor dizer "ganho ou perda") em transações com sócios fica no PL, não no Resultado.
- Se tiver ganho na venda das ações em tesouraria: fica no PL, numa reserva de capital, semelhante
à reserva de prêmio na emissão de ações.
- Se tiver perda, também fica no PL, e vai diminuir a reserva que serviu de lastro para a aquisição
das ações em tesouraria.
O gabarito é, portanto, letra d.

6. QUESTÕES COMENTADAS

6.1 - CEBRASPE

Com relação ao tratamento contábil do patrimônio líquido e de seus componentes, julgue os


próximos itens.
Situação hipotética: Uma sociedade por ações recomprou no mercado determinado tipo de suas
ações, gerando um saldo de ações em tesouraria de R$ 15 milhões. Simultaneamente, fez a oferta
de R$ 50 milhões de novas ações de outro tipo, de modo que obteve um ágio de 15% sobre esse
montante e incorreu em custos de transação de R$ 1,5 milhão.
1. (CEBRASPE/TCE – RJ/Analista de Controle Externo/2021) Assertiva: Sendo esses os únicos
eventos registrados no período analisado, será verificado um incremento superior a R$ 42
milhões no patrimônio líquido.

Comentários:

Na questão apresentada, tivemos os seguintes fatos contábeis:

Uma sociedade por ações recomprou no mercado determinado tipo de suas ações, gerando um
saldo de ações em tesouraria de R$ 15 milhões. Lançamento:

D - Ações em Tesouraria R$ 15 milhões (diminuição do PL)


C - Bancos R$ 15 milhões (diminuição do ativo)

Depois, tivemos a emissão de ações no valor de R$ 50 milhões com ágio de 15%, isto é, 7,5 milhões
e custos transação de $ 1,5 milhão. O ágio na emissão das ações será lançado como reserva de
capital e os custos de transação não serão lançados como despesas, mas como redução desse
ágio. Fica assim:

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D - Bancos R$ 56 milhões
C - Reserva de Capital - Ágio na emissão de ações R$ 6 milhões (aumento do PL)
C - Capital Social R$ 50 milhões (aumento do PL)

Assim sendo, a variação ocorrida no patrimônio líquido da entidade foi de 50 + 6 - 15 = 41 milhões.

O item está errado, pois foi verificado um incremento inferior e não superior a R$ 42 milhões no
patrimônio líquido.

2. (CEBRASPE/TCE – RJ/Analista de Controle Externo/2021) Uma carteira de instrumentos


financeiros classificados como avaliados ao valor justo em outros resultados abrangentes, que
tenha variação positiva em seu valor justo de um período contábil a outro, ocasionará um
aumento no patrimônio líquido através do incremento no saldo da conta de ajuste de avaliação
patrimonial.

Comentários:

Item correto, A lei 6404/76 prescreve o seguinte:

Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto


não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo,
nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177.

Esquematizemos:

Ajuste de avaliação patrimonial


Enquanto não computado no resultado do exercício
Contrapartida de aumento ou redução do ativo ou passivo
Em decorrência da avaliação a valor justo

A contabilização apresentada na questão será:

D - Ativo - Instrumentos Financeiros


C - Ajuste de Avaliação Patrimonial - aumento do PL

Portanto, item está correto.

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3. (CEBRASPE/TJ PA/Analista Judiciário - Ciências Contábeis/2020) Assinale a opção que


apresenta a conta do patrimônio líquido que, em decorrência da função que lhe foi atribuída
pela legislação societária, pode apresentar tanto saldo credor quanto saldo devedor no balanço
patrimonial.
a) ações em tesouraria
b) prejuízos acumulados
c) capital a integralizar
d) ajustes de avaliação patrimonial
e) reservas de capital

Comentários:

Falamos que o ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para aumentar como para reduzir
valores de ativos e de passivos, enquanto não computadas no resultado do exercício em
obediência ao regime de competência, em decorrência da sua avaliação a valor justo. Lembramos
que tal conta pertence ao grupo Patrimônio Líquido. O gabarito é letra d.

Com relação à composição das demonstrações contábeis exigidas pela legislação societária,
julgue o item a seguir.

4. (CEBRASPE/SEFAZ AL/Auditor Fiscal da Receita Estadual/2020) A conta ajustes de avaliação


patrimonial pertence ao patrimônio líquido e destina-se a registrar, no balanço patrimonial, os
aumentos ou as diminuições de valor de elementos do ativo e do passivo sujeitos à avaliação a
valor justo por determinação legal ou regulamentação específica, enquanto tais variações não
puderem ser reconhecidas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência.

Comentários:

Nessa questão o Cebraspe parafraseou o $ 3 do Art. 183 da Lei das SA:

Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto


não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo,
nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177.

O gabarito é certo.

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5. (CEBRASPE/SEFAZ RS/Auditor-Fiscal da Receita Estadual/2019) Na fiscalização de uma


sociedade anônima comercial, após o seu primeiro ano de funcionamento, verificou-se que a
empresa possuía
• capital subscrito no valor de R$ 2.000;
• capital realizado no valor de R$ 1.700;
• capital de terceiros no valor de R$ 600;
• prejuízo acumulado no valor de R$ 300.
Constatou-se, ainda, que não havia reservas, ações em tesouraria nem ajuste de avaliação
patrimonial nas demonstrações contábeis da sociedade.
Nessa situação hipotética, o valor do capital total à disposição da sociedade é igual a
a) R$ 1.700.
b) R$ 2.000.
c) R$ 2.300.
d) R$ 3.400.
e) R$ 4.000.

Comentários:

Vimos que capital total à disposição da sociedade = Ativo.

O quesito nos forneceu o valor do capital de terceiros (Passivo) e outros valores que compõem o
PL. Dado que a equação fundamental da contabilidade é a seguinte: Ativo = Passivo + PL. Vamos
encontrar o valor do ativo, somando o Passivo com o PL.

Antes, vamos rever as contas do PL:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

APÓS LEI 11.638/07 E LEI 11.941/09

Capital Social

(-) Capital a Realizar

Reserva de Lucro

Reserva de Capital

Ajuste de Avaliação Patrimonial

(-) Prejuízo Acumulado

(-) Ações em Tesouraria

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Agora, encontremos o PL:

PL = Capital Subscrito – Capital a Integralizar – Prejuízo Acumulado

Obs.: o quesito só trouxe essas contas do grupo.

PL = 2.000 – 300 – 300 = 1400

Por fim, utilizemos a equação fundamental da contabilidade:

Ativo = Passivo + PL

Ativo (Capital Total à disposição) = 1400 + 600 = 2.000

O gabarito é letra b.

Com relação ao reconhecimento, à avaliação, à mensuração e à escrituração de itens patrimoniais


passivos e do patrimônio líquido, julgue o item seguinte.

6. (CEBRASPE/SLU DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Ciências Contábeis/2019) Ágio


na emissão de ações, alienação de partes beneficiárias e obtenção de incentivos fiscais são
eventos que exigem a constituição das respectivas reservas de capital.

Comentários:

Após as modificações ocorridas na contabilidade as DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA


INVESTIMENTO NÃO serão mais classificados como reservas de capital, devendo ser registrada
como receitas do exercício, de acordo com o Princípio da Competência.

A seguir, lembramos quais são as reservas de capital:

Ágio na emissão de
ações

Produto da alienação
Reserva de capital
de partes beneficiárias

Produto da alienação
de bônus de
subscrição

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O gabarito é errado.

Com relação ao reconhecimento, à avaliação, à mensuração e à escrituração de itens patrimoniais


passivos e do patrimônio líquido, julgue o item seguinte.

7. (CEBRASPE/SLU DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Ciências Contábeis/2019) A


conta ajuste de avaliação patrimonial, integrante do patrimônio líquido, registra a variação de
valor justo de instrumentos patrimoniais designados ao valor justo em outros resultados
abrangentes (VJORA) e será creditada quando ocorrer variação positiva desse valor justo.

Comentários:

Recordamos que as contas do PL aumentam quando são creditadas e diminuem quando são
debitadas. Também relembramos que os instrumentos financeiros do tipo valor justo em outros
resultados abrangentes possuem como contrapartida das suas variações a valor justo (positivas ou
negativas) a conta ajuste de avaliação patrimonial. Assim, temos a seguinte situação:

• Variação positiva (Valor Justo > Valor Contábil):

D- Instrumentos Financeiros avaliados ao valor justo em outros resultados abrangentes (Ativo)


C- Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL)

Logo, percebe-se que tanto ativo quanto PL aumentaram. O gabarito é certo.

Para fins didáticos, vejamos a variação negativa (Valor Justo < Valor Contábil):

D - Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL)


C - Instrumentos Financeiros avaliados ao valor justo em outros resultados abrangentes (Ativo)

Acerca das contas e dos grupos patrimoniais de empresas comerciais, julgue o seguinte item.
8. (CEBRASPE/TJ AM/AJ - Contabilidade/2019) A conta de ajustes de avaliação patrimonial
recebe lançamentos em contrapartida de variações nos ajustes a valor presente de itens do
passivo não circulante.

Comentários:

Mais uma vez contamos que o ajuste de avaliação patrimonial serve como contrapartidas das
variações das contas do ativo e do passivo, circulantes ou não, em decorrência da sua avaliação a
VALOR JUSTO. As contabilizações da receita ou da despesa ocorrem posteriormente, respeitando
o regime da competência.

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O quesito está errado, pois TROCOU o termo VALOR JUSTO por VALOR PRESENTE.

Acerca das contas e dos grupos patrimoniais de empresas comerciais, julgue o seguinte item.

9. (CEBRASPE/TJ AM/AJ - Contabilidade/2019) A conta de ações em tesouraria pertence ao


grupo de investimentos, no ativo.

Comentários:

Errado, essa conta é redutora do Patrimônio Líquido (PL).

Com relação aos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item
a seguir.

10. (CEBRASPE/EBSERH/Analista Administrativo - Contabilidade/2018) A utilização de ações


disponíveis em tesouraria para a captação de caixa por meio do ingresso de novos acionistas
não controladores na entidade constitui um tipo de receita.

Comentários:

Errado, já que a captação de caixa por meio da alienação de ações de emissão própria é uma
transação de capital da entidade com seus sócios e não deve afetar o resultado da entidade.

Como a conta ações em tesouraria é redutora do PL, teremos que creditar seu valor no momento
da venda. Assim, diminuiremos o saldo dessa conta. Vejamos a contabilização:

D - Caixa (Ativo)
C - Ações em tesouraria (Redutora PL)

Portanto, o quesito erra ao afirmar que constituiria um tipo de receita, pois transações de capital
são registradas no PL da entidade.

De acordo com as normas contidas nas legislações de contabilidade aplicáveis às demonstrações


contábeis, julgue o item que se segue.

11. (CEBRASPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área 1/2018) O resultado da venda de ações


em tesouraria deverá ser registrado a crédito (ganho) de conta específica de reservas de lucro
ou a débito (prejuízo) da conta que contabiliza a origem dos recursos aplicados em sua
aquisição.

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Comentários:

O erro da questão é afirmar que o resultado da venda de ações em tesouraria deverá ser registrado
a crédito (ganho) de conta específica de reservas de lucro, quando o correto é que seja em Reserva
de Capital. O gabarito é errado.

12. (CEBRASPE/SEFAZ RS/Técnico Tributário da Receita Estadual/2018) A contrapartida da saída


financeira de uma operação de aquisição de ações da própria empresa (ações em tesouraria)
deve ser reconhecida em uma conta de natureza
a) credora, no passivo circulante.
b) credora, no ativo não circulante.
c) devedora, no ativo não circulante.
d) devedora, no patrimônio líquido.
e) credora, no patrimônio líquido.

Comentários:

As ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas na
tesouraria. A AQUISIÇÃO de ações de emissão própria e sua alienação são também transações
de capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado da entidade.

A conta “ações em tesouraria” é REDUTORA do PL, NATUREZA DEVEDORA.

O gabarito é letra d.

Na elaboração do balanço patrimonial relativo ao exercício social encerrado em 31 de dezembro


de 2017, determinada sociedade anônima adotou os procedimentos a seguir.
13. (CESPE/CAGE-RS/Auditor de Estado/2018.adaptada) As ações em tesouraria foram
apresentadas no balanço retificando a conta de patrimônio líquido que registrava a origem dos
recursos utilizados na sua aquisição.

Comentários:

Correto, mais uma questão de ações em tesouraria, a o art. 182, § 5º da lei 6404/76 prevê que as
ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio
líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

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14. (CEBRASPE/TRT 7ª Região/Analista Judiciário - Contabilidade/2017) Uma companhia comprou


suas próprias ações para manter em tesouraria e, em momento posterior, as vendeu por valor
50% superior ao valor da compra.
Nessa situação hipotética, os custos de corretagem de compra das ações e a diferença positiva
entre o custo de aquisição das ações e o valor de venda devem ser reconhecidos, respectivamente,
como
a) outras despesas do exercício e reserva de capital.
b) outras despesas do exercício e outras receitas do exercício.
c) acréscimo do custo das ações e reserva de capital.
d) acréscimo do custo das ações e outras receitas do exercício.

Comentários:

A compra e a alienação de ações em tesouraria é transação com sócios. E o lucro ou prejuízo


(melhor dizer "ganho ou perda") em transações com sócios fica no PL, não no Resultado.

- Se tiver ganho na venda das ações em tesouraria: fica no PL, numa reserva de capital, semelhante
a reserva de prêmio na emissão de ações.

- Se tiver perda, também fica no PL, e vai diminuir a reserva que serviu de lastro para a aquisição
das ações em tesouraria.

E sobre os custos de emissão de ações? Qual o tratamento contábil previsto? O CPC 08 - Custos
de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários nos apresenta:

8. A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também transações


de capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado
da entidade.

9. Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria


entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações.

10. Os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem


ser tratados como redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação,
resultados esses contabilizados diretamente no patrimônio líquido, na conta que
houver sido utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não afetando o
resultado da entidade.

O gabarito é letra c.

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15. (CEBRASPE/TRE-BA/Técnico.Judiciário-Contabilidade/2017) As contrapartidas de aumentos


ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo em decorrência da sua
avaliação a valor justo são classificadas como
a) depreciação, exaustão e amortização.
b) valores em uso.
c) provisões para créditos de liquidação duvidosa.
d) reservas para contingências.
e) ajustes de avaliação patrimonial.

Comentários:

A nova redação da lei 6404/76 prescreve o seguinte:

Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto


não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo,
nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177.

O gabarito é letra e.

De acordo com a legislação societária, os princípios de contabilidade e os pronunciamentos do


Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item seguinte, relativo a demonstrações
contábeis.
Situação hipotética: Determinada empresa apresentou as seguintes contas ao fim de determinado
exercício.
contas saldo em reais
ações em tesouraria 273.600
capital social 6.241.700
reservas de capital 203.700
reservas de lucro 1.657.100

16. (CESPE/TCE-PE/ACE/2017) Assertiva: Nessa situação, o valor do patrimônio líquido a ser


apresentado no balanço patrimonial será superior a R$ 8 milhões.

Comentários:

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Integram o Patrimônio Líquido, de acordo com a Lei 6404/76 e alterações, as seguintes contas:

O saldo do PL apresentado será:

(+) Capital Social 6.241.700


(+) Reservas de capital 203.700
(+) Reservas de lucros 1.657.100
(-) Ações em tesouraria 273.600
Total 7.828.900

Um candidato mais desavisado somaria o saldo da conta de ações em tesouraria e encontraria um


valor maior do que R$ 8 milhões e consideraria o item errado. Muito cuidado. O gabarito é errado.

O patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os
seus passivos. A respeito do patrimônio líquido e das contas que o integram, julgue os itens a
seguir.
17. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017.Adaptada) Ações em tesouraria são contas
redutoras de patrimônio líquido, por representarem o prejuízo assumido pela entidade ao
recomprar suas próprias ações.

Comentários:

Errado, as ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas
na tesouraria. A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também transações de
capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado da entidade. A
conta “ações em tesouraria” é redutora do Patrimônio Líquido (PL).

As ações ficam registradas em tesouraria pelo seu valor nominal e eventuais perdas na operação
serão lastreadas pelas reservas que deu origem à operação.

18. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017.Adaptada) A conta denominada ajuste de


avaliação patrimonial tem como função apresentar as diferenças (positivas ou negativas)
decorrentes da reavaliação de ativos imobilizados, fixos ou instrumentos financeiros.

Comentários:

Errado, antes das alterações da Lei das S.A, havia no patrimônio líquido a conta reserva de
reavaliação. Esta conta foi suprimida, surgindo então o ajuste de avaliação patrimonial. Contudo,
não se trata de mera alteração de nome.

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A reavaliação que se aplicava aos bens tangíveis do ativo permanente e que poderia ser ou não
realizada, a bel-prazer dos acionistas, deixou de existir. Ademais, o ajuste de avaliação patrimonial
serve tanto para aumentar como para reduzir valores de ativos e de passivos, enquanto a
reavaliação servia apenas para o aumento de bens do permanente.

A nova redação prescreve o seguinte:

Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto


não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo,
nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177.

A questão erra ao restringir a contabilização do Ajuste de Avaliação Patrimonial somente para os


ativos.

19. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017.Adaptada) A diferença positiva entre o valor


nominal de uma ação negociada em bolsa e o valor pago pelo comprador configura a
contabilização de uma reserva de capital.

Comentários:

Correto, com espeque no artigo 182 da Lei das S.A´s:

Art. 182. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que


registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte


do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância
destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações
de debêntures ou partes beneficiárias;

20. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017.Adaptada) No patrimônio líquido, capital a


subscrever e capital a integralizar são contas sinônimas: ambas representam parcela do capital
já subscrito e ainda não transferido à entidade.

Comentários:

Errado, a conta capital a subscrever é representa a parcela de capital que ainda não foi subscrita,
mas o estatuto da empresa prevê autorização prévia para aumento de capital sem reforma
estatutária.

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De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e suas atualizações e com os pronunciamentos do
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item que se segue.

21. (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional/2017) Ajustes de avaliação patrimonial é conta


do patrimônio líquido e constitui um tipo de reserva de capital.

Comentários:

Para facilitar, vamos dividir o item em duas partes:

“Ajustes de avaliação patrimonial é conta do patrimônio líquido” [...]

Após as alterações da Lei das S.A, surgiu a conta o ajuste de avaliação patrimonial no grupo
patrimônio líquido. Logo, essa parte está certa.

“Ajustes de avaliação patrimonial é conta [...] tipo de reserva de capital.”

Aqui é importante lembrar que serão classificadas como reservas de capital as contas que
registrarem: Ágio na emissão de ações, Produto da alienação de partes beneficiárias e Produto da
alienação de bônus de subscrição.

Portanto, o item erra ao incluir o ajuste de avaliação patrimonial como um tipo de reserva de
capital. Consequentemente, o gabarito é errado.

22. (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional/2017) A conta de ajuste de avaliação


patrimonial, integrante do patrimônio líquido, representa a contrapartida de aumentos ou
diminuições do valor de elementos patrimoniais avaliados a valor justo, podendo ter partes de
seu valor transferidas diretamente para lucros ou prejuízos do exercício, quando da baixa dos
itens patrimoniais que lhe deram causa.

Comentários:

Vejamos o que diz o art.183 da LSA:

Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto


não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo,
nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177

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Como regra, os valores registrados nessa conta deverão ser transferidos para o resultado do
exercício à medida que os ativos e passivos forem sendo realizados, porém, alguns registros não
irão transitar pelo resultado, podendo ser transferidos diretamente para Lucros ou Prejuízos
Acumulados. O gabarito é certo.

23. CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/TCU/2015) O lançamento contábil de conversão


de debêntures em ações pelo mesmo valor da emissão inicial não envolve contas de ativo.

Comentários:

Vamos resolver esta questão por meio de um exemplo. Uma companhia emite debêntures
conversíveis em ações no valor de R$ 100.000,00.

Lançamento:

D – Disponível (Ativo circulante) 100.000,00


C – Debêntures conversíveis em ações (Passivo) 100.000,00

Quando houver a conversão da debênture em ação, a dívida da sociedade será extinta,


aumentando o capital social.

O lançamento é:

D – Debêntures conversíveis em ações (Passivo) 100.000,00


C – Capital social (PL) 100.000,00

Vejam que o lançamento da conversão não envolveu contas do ativo, apenas do passivo e PL.

O gabarito é certo.

24. (CESPE/Analista/MPU/2015) O capital social integralizado pelos sócios deve ser discriminado,
em uma única conta, pelo seu montante, sem qualquer dedução.

Comentários:

O item está errado., conforme a Lei 6.404/76:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por


dedução, a parcela ainda não realizada.

O gabarito é errado.

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25. (CESPE/Agende de Polícia Federal/2014) Se uma companhia alienar partes beneficiárias ou


bônus de subscrição, o produto da alienação deverá ser registrado como reserva de capital.

Comentários:

O item está correto. Segundo a Lei 6.404:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por


dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

6.2 - FCC

26. (FCC/Assembleia Legislativa do Amapá/Analista Legislativo/Contador/2020) A Cia. Só


Problemas é uma empresa comercial e possuía, em 30/09/2019, a seguinte situação patrimonial:
− Disponível ........................................................................... R$ 200.000,00
− Estoques ............................................................................. R$ 50.000,00
− Fornecedores ...................................................................... R$ 80.000,00
− Capital Social ...................................................................... R$ 170.000,00
Durante o mês de outubro de 2019, a Cia. realizou as seguintes operações:
Data Operação
Venda de estoque a prazo pelo valor de R$ 70.000,00, sendo que o estoque havia
01/10
custado R$ 20.000,00.
Pagamento de R$ 40.000,00 ao fornecedor Pedro para que este entregue mercadorias
07/10
para a empresa em dezembro de 2019.
Recebimento de R$ 50.000,00 do cliente Diogo, assumindo o compromisso de
11/10
entregar-lhe produtos em 31 de outubro de 2019.
17/10 Pagamento de fornecedores no valor de R$ 30.000,00.
Reconhecimento de um processo trabalhista em que o valor de perda provável é R$
23/10
20.000,00.
Pagamento dos salários dos funcionários correspondentes ao mês de outubro de 2019
31/10
no valor de R$ 25.000,00.
Entrega, ao cliente Diogo, das mercadorias correspondentes ao valor que havia sido
31/10
recebido em 11/10. O custo das mercadorias entregues foi R$ 15.000,00.

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Após o registro das operações acima, o total do patrimônio líquido da Cia. Só Problemas, em
31/10/19, era, em reais,
(A) 160.000,00.
(B) 195.000,00.
(C) 230.000,00.
(D) 175.000,00.
(E) 210.000,00.

Comentários:

O saldo inicial do Patrimônio Líquido era R$ 170.000. Como a questão quer saber apenas o valor
final do Patrimônio Líquido, iremos analisar como as operações afetam esse grupo para ganharmos
tempo:

• Venda de estoque a prazo pelo valor de R$ 70.000,00, sendo que o estoque havia custado R$
20.000,00.

Aumento do PL de 70.000 - 20.000 = R$ 50.000

• Pagamento de R$ 40.000,00 ao fornecedor Pedro para que este entregue mercadorias para a
empresa em dezembro de 2019.

Não tem efeito no Patrimônio Líquido de acordo com o Regime de Competência. Trata-se de um
fato permutativo.

• Recebimento de R$ 50.000,00 do cliente Diogo, assumindo o compromisso de entregar-lhe


produtos em 31 de outubro de 2019.

Não tem efeito no Patrimônio Líquido de acordo com o Regime de Competência. Trata-se de um
fato permutativo.

• Pagamento de fornecedores no valor de R$ 30.000,00.

Não tem efeito no Patrimônio Líquido representa a quitação de um passivo.

• Reconhecimento de um processo trabalhista em que o valor de perda provável é R$ 20.000,00.

Se a perda for considerada provável a empresa deve constituir uma provisão que é um passivo de
prazo ou valores incertos. Essa constituição gera diminuição no PL em 20.000

• Pagamento dos salários dos funcionários correspondentes ao mês de outubro de 2019 no


valor de R$ 25.000,00.

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Como os salários são do mês de outubro, temos o reconhecimento de uma despesa, o que reduz
o Patrimônio Líquido em R$ 25.000

• Entrega, ao cliente Diogo, das mercadorias correspondentes ao valor que havia sido recebido
em 11/10. O custo das mercadorias entregues foi R$ 15.000,00.

Agora reconhecemos a receita de vendas de acordo com o Regime de Competência, bem como
apropriamos o custo da mercadoria vendida ao resultado do exercício.

O efeito no PL será de 50.000 - 15.000 = R$ 35.000 positivo.

O saldo final do Patrimônio Líquido será de 170.000 + 50.000 - 20.000 - 25.000 + 35.000 = 210.000

O gabarito é letra e.

27. (FCC/ICMS-SC/Auditoria e Fiscalização/2018) Em 30/11/2017, a empresa TecnoBite, que atua


no setor de revenda de computadores, apresentava a seguinte situação patrimonial:
− Caixa e Equivalentes de Caixa R$ 5.000,00
− Capital Social R$ 41.000,00
− Contas a Pagar R$ 14.000,00
− Imobilizado R$ 75.000,00
− Depreciação Acumulada R$ 25.000,00
Durante o mês de dezembro de 2017, a TecnoBite realizou as seguintes operações:
− Obtenção de empréstimo, em 01/12/2017, no valor de R$ 50.000,00, para ser pago em 60 dias.
A taxa de juros compostos contratada foi de 2% a.m.
− Aquisição de estoque no valor de R$ 35.000,00, à vista.
− Pagamento de R$ 8.000,00 do total de Contas a Pagar.
− Venda de 60% do estoque no valor total de R$ 75.000,00 à vista, para diversos clientes.
− Aquisição de estoque no valor de R$ 30.000,00, à vista.
− Pagamento de despesas gerais referentes ao mês de dezembro de 2017 no valor total de R$
6.000,00.
− O imobilizado tem uma vida útil de 60 meses, sem valor residual, sendo utilizado o método das
cotas constantes, dos quais já passaram 20 meses.
O valor do patrimônio líquido da empresa TecnoBite era, em 31/12/2017, em reais,
(A) 88.000,00.
(B) 73.000,00.

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(C) 89.000,00.
(D) 87.750,00.
(E) 86.750,00.

Comentários:

Vamos, inicialmente, montar o balanço patrimonial inicial:

Ativo Passivo
Caixa R$ 5.000,00 Contas a Pagar R$ 14.000,00
Imobilizado R$ 75.000,00 PL
Depreciação -R$ 25.000,00 Capital Social R$ 41.000,00

− Obtenção de empréstimo, em 01/12/2017, no valor de R$ 50.000,00, para ser pago em 60 dias.


A taxa de juros compostos contratada foi de 2% a.m.

Uma vez que a operação é de curto prazo e a questão não informa se é relevante, não há
necessidade de ajustar a valor presente.

D – Caixa (AC) 50.000,00


C – Empréstimos a pagar (PC) 50.000,00

Pode ser em caixa ou bancos. A questão não disse. Geralmente vai para bancos, mas não faz
diferença, já que ambos são disponibilidades.

− Aquisição de estoque no valor de R$ 35.000,00, à vista.

D – Estoques (AC) 35.000,00


C – Caixa (AC) 35.000,00

− Pagamento de R$ 8.000,00 do total de Contas a Pagar.

D – Contas a pagar (PC) 8.000,00


C – Caixa (AC) 8.000,00

− Venda de 60% do estoque no valor total de R$ 75.000,00 à vista, para diversos clientes.

Baixa do estoque:

D – CMV (Despesa) – 60% x 35.000 21.000


C – Estoques (AC) 21.000

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Reconhecimento da receita:

D – Caixa (AC) 75.000


C – Receita de Vendas (Receita) 75.000

− Aquisição de estoque no valor de R$ 30.000,00, à vista.

D – Estoques (AC) 30.000,00


C – Caixa (AC) 30.000,00

− Pagamento de despesas gerais referentes ao mês de dezembro de 2017 no valor total de R$


6.000,00.

D – Despesas gerais (Despesa) 6.000,00


C – Caixa (AC) 6.000,00

- O imobilizado tem uma vida útil de 60 meses, sem valor residual, sendo utilizado o método das
cotas constantes, dos quais já passaram 20 meses.

Temos de reconhecer a despesa de depreciação.

Imobilizado - Valor residual 75.000 - 0


Depreciação = = = 1.250 por mês
vida útil 60

Obs.: nota-se que o valor fornecido como imobilizado já está deduzido da


depreciação acumulada até 30/11/2017, pois a entidade falou: “dos quais já
passaram 20 meses”.

Como transcorreu um mês no intervalo 30/11/2017 a 31/12/2017, lancemos:

D – Encargos de depreciação (Despesa) 1.250


C – Depreciação acumulada (Ret. Ativo) 1.250

- Reconhecimento da despesa financeira

Temos de nos atentar para um último detalhe! Como o prazo para pagamento do empréstimo é
de 2 meses, devemos reconhecer 1 mês de encargo financeiro.

Encargo Financeiro = 50.000 x 2% = R$ 1.000,00

Lançamento:

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D – Despesas financeiras (Despesa) 1.000,00


C – Empréstimos a pagar (PC) 1.000,00

Agora, vejamos o Balanço Patrimonial e a DRE:

Ativo Passivo
Caixa R$ 51.000,00 Contas a Pagar R$ 6.000,00
Estoques R$ 44.000,00 Empréstimo a PagarR$ 51.000,00
Imobilizado R$ 75.000,00 PL
Depreciação -R$ 26.250,00 Capital Social R$ 41.000,00
Lucros acumulados R$ 45.750,00
Total do ativo R$ 143.750,00 Total do P + PL R$ 143.750,00

DRE
Receita de vendas R$ 75.000,00
(-) CMV -R$ 21.000,00
(-) Despesas Gerais -R$ 6.000,00
(-) Depreciação -R$ 1.250,00
(-) Despesa financeira -R$ 1.000,00
(=) Lucro do período R$ 45.750,00

Somando o PL, encontraremos R$ 86.750,00.

Mas, professores, e quanto à destinação dos lucros acumulados. Vejam que a


questão não fala nada sobre dividendos. Então, não podemos pressupor como
essa entidade paga dividendos. Ademais, a vedação de manter a conta lucros
acumulados é válida somente para as sociedades anônimas, informação que
também foi omitida.

O gabarito é letra e.

28. (FCC/SABESP/Analista de Gestão - Contabilidade/2018) Em 31/12/2016 a Cia. das Flores


apresentava os seguintes saldos para as contas componentes do seu Patrimônio Líquido:
− Capital Social ......................................................................................................... R$ 500.000,00
− Reservas de Capital .................................................................................................. R$ 50.000,00
− Reservas de Lucros .................................................................................................. R$ 300.000,00
− Ações em Tesouraria .............................................................................................. R$ 100.000,00
Durante o ano de 2017 ocorreram os seguintes fatos relacionados com a empresa:
1. Apurou Lucro Líquido de R$ 180.000,00.
2. Recebeu em doação um terreno no valor de R$ 60.000,00, com restrições a serem cumpridas
pela empresa.

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3. Distribuiu dividendos no valor de R$ 45.000,00.


4. Constituiu Reserva de Incentivos Fiscais no valor de R$ 30.000,00.
5. Vendeu todas as Ações em Tesouraria por R$ 120.000,00.
Após o registro destas transações, o Patrimônio Líquido da Cia. das Flores era, em reais,
a) 1.105.000,00.
b) 1.005.000,00.
c) 930.000,00.
d) 1.085.000,00.
e) 1.065.000,00.

Comentários:

O saldo inicial do Patrimônio Líquido era de:

(+) Capital Social R$ 500.000,00


(+) Reservas de Capital R$ 50.000,00
(+) Reservas de Lucros R$ 300.000,00
(−) Ações em Tesouraria (R$ 100.000,00)
Total R$ 750.000,00

Agora, vamos analisar o efeito dos fatos ocorridos:

- Apurou Lucro Líquido de R$ 180.000,00: aumento de R$ 180.000

- Recebeu em doação um terreno no valor de R$ 60.000,00, com restrições a serem cumpridas


pela empresa. Não há efeito no PL, pois, enquanto a empresa não cumprir as condições impostas,
ela deve registrar um Passivo.

- Distribuiu dividendos no valor de R$ 45.000,00: diminuição do PL de 45.000

4. Constituiu Reserva de Incentivos Fiscais no valor de R$ 30.000,00: não tem aumento no total do
PL, a variação é apenas qualitativa.

5. Vendeu todas as Ações em Tesouraria por R$ 120.000,00: como a conta Ações em Tesouraria
é retificadora do PL, quando elas são vendidas há aumento de R$ 120.000 nesse grupo.

Portanto, o saldo final do Patrimônio Líquido da empresa será de:

R$ 750.000 + 180.000 – R$ 45.000 + R$ 120.000 = R$ 1.005.000

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O gabarito é letra b.

A Cia. Canguru apresentava em 31/12/2016 as seguintes contas com os respectivos saldos:


(Valores em R$)
Duplicatas a Receber 75.000
Capital Social 90.000
Empréstimos Bancários Obtidos (pagamento em 31/01/2018) 55.000
Disponível 183.000
Estoques de Mercadorias 165.000
Receita Bruta de Vendas 550.000
Títulos Mantidos até o Vencimento (vencimento em 31/12/2017) 20.000
Custo das Mercadorias Vendidas 180.000
Impostos sobre Vendas 75.000
Fornecedores 330.000
Despesa com Salários 40.000
Depreciação Acumulada (referente às máquinas e equipamentos) 11.000
Adiantamento a Fornecedores 38.000
Investimentos em Controladas 120.000
Contas a Pagar 15.000
Reserva Legal 6.500
Despesa Financeira 14.000
Despesa de Depreciação 16.000
Dividendos a Pagar 18.000
Máquinas e equipamentos (usados na atividade da empresa) 210.000
Impostos a Pagar 15.000
Reserva Estatutária 13.500
Resultado de Equivalência Patrimonial (positivo) 13.000
Estimativa de Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa 14.000
Ajustes de Avaliação Patrimonial (credora) 48.000
Abatimentos sobre vendas 13.000
Despesa com Imposto de Renda e CSLL 17.000
Despesa com Estimativa de Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa 13.000

29. (FCC/Artesp/Técnico em Regulação/2017) O valor do Patrimônio Líquido da Cia. Canguru,


apresentado em seu Balanço Patrimonial de 31/12/2016, era, em reais,
a) 158.000,00.
b) 353.000,00.
c) 371.000,00.
d) 428.000,00.

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e) 339.000,00.

Comentários:

É possível encontrarmos a Patrimônio Líquido de duas formas: pela equação fundamental ou


apuramos o resultado do exercício e somamos ao saldo inicial das contas de Patrimônio Líquido
já apresentadas. Vamos fazer as duas soluções!

Classificando as contas de Ativo e Passivo vamos encontrar:

Contas Classificação Saldo


Duplicatas a Receber Ativo R$ 75.000,00
Disponível Ativo R$ 183.000,00
Estoques de Mercadorias Ativo R$ 165.000,00
Títulos Mantidos até o Vencimento (vencimento em 31/12/2017) Ativo R$ 20.000,00
Depreciação Acumulada (referente às máquinas e equipamentos) Ativo -R$ 11.000,00
Adiantamento a Fornecedores Ativo R$ 38.000,00
Investimentos em Controladas Ativo R$ 120.000,00
Máquinas e equipamentos (usados na atividade da empresa) Ativo R$ 210.000,00
Estimativa de Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa Ativo -R$ 14.000,00
Total do Ativo R$ 786.000,00
Empréstimos Bancários Obtidos (pagamento em 31/01/2018) Passivo R$ 55.000,00
Fornecedores Passivo R$ 330.000,00
Contas a Pagar Passivo R$ 15.000,00
Dividendos a Pagar Passivo R$ 18.000,00
Impostos a Pagar Passivo R$ 15.000,00
Total do Passivo R$ 433.000,00
Patrimônio Líquido = Ativo - Passivo R$ 353.000,00

Segunda solução: vamos encontrar o resultado do período, confrontando as contas de receitas e


despesas, isto é, não vamos fazer a DRE seguindo a sequência obrigatória!

Apuração do Resultado do Exercício


Receita Bruta de Vendas R$ 550.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas -R$ 180.000,00
Impostos sobre Vendas -R$ 75.000,00
Despesa com Salários -R$ 40.000,00
Despesa Financeira -R$ 14.000,00
Despesa de Depreciação -R$ 16.000,00
Resultado de Equivalência Patrimonial (positivo) R$ 13.000,00
Abatimentos sobre vendas -R$ 13.000,00
Despesa com Imposto de Renda e CSLL -R$ 17.000,00
Despesa com Estimativa de Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa -R$ 13.000,00
Lucro do Exercício R$ 195.000,00

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Agora vamos encontrar o saldo final do Patrimônio Líquido, somando o Lucro encontrado com as
contas de PL que estavam no balancete:

Patrimônio Líquido
Capital Social R$ 90.000,00
Lucro do Exercício R$ 195.000,00
Reserva Legal R$ 6.500,00
Reserva Estatutária R$ 13.500,00
Ajustes de Avaliação Patrimonial (credora) R$ 48.000,00
Total R$ 353.000,00

O gabarito é letra b.

30. (FCC/Artesp/Técnico em Regulação/2017) Em relação ao plano de conta das empresas, a conta


Ações em Tesouraria tem natureza
a) credora e é classificada no Patrimônio Líquido.
b) devedora e é classificada no Ativo Não Circulante.
c) devedora e é classificada no Patrimônio Líquido.
d) devedora e é classificada no Resultado do período.
e) credora e é classificada no Passivo Circulante ou Não circulante, dependendo do seu prazo de
pagamento.

Comentários:

Falamos que a conta “ações em tesouraria” é redutora do Patrimônio Líquido (PL). Dado que o PL
aumenta pelo crédito e diminui pelo débito, consequentemente sua redutora será o contrário. Ou
seja, aumentará pelo débito e diminuirá pelo crédito. Logo, tal conta será DEVEDORA.

O gabarito é letra c.

31. (FCC/TRT 11ª Região/Analista Judiciário - Contabilidade/2017) A empresa Metais Leves & Cia.
adquiriu, em 31/12/2014, ações de sua própria emissão e, para isso, incorreu nos seguintes
gastos:
Valor pago pelas ações = R$ 1.000.000,00
Custos adicionais totais = R$ 50.000,00
Em 31/12/2016, a empresa revendeu todas estas ações por R$1.200.000,00 à vista, incorrendo em
custos de transação no valor de R$ 10.000,00.
Com base nestas informações, a empresa Metais Leves & Cia.
a) reconheceu como Ações em Tesouraria o valor de R$ 1.000.000,00, em 31/12/2014.

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b) reconheceu como Despesa do Exercício o valor de R$ 50.000,00, em 31/12/2014.


c) reduziu o seu Patrimônio Líquido em R$ 1.000.000,00, em 31/12/2014.
d) apurou resultado positivo com a venda das Ações em Tesouraria no valor de R$ 140.000,00, em
31/12/2016.
e) aumentou o seu Patrimônio Líquido em R$ 1.200.000,00, em 31/12/2016.

Comentários:

No tocante a aquisição dessas ações, vimos que os custos de transação incorridos na aquisição de
ações de emissão da própria entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de aquisição
de tais ações. Assim:

D- Ações em tesouraria (Redutora PL) R$ 1.050.000,00 (1.000.000 + 50.000)


C- Caixa (Ativo) R$ 1.050.000,00

Já em relação a venda delas, tais custos devem ser tratados como redução do lucro ou acréscimo
do prejuízo dessa transação, resultados esses contabilizados diretamente no patrimônio líquido,
na conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não afetando o
resultado da entidade.

D – Caixa (Ativo) R$ 1.190.000,00 (1.200.000 – 10.000)


C - Ações em tesouraria (Redutora PL) R$ 1.050.000,00 (custo de aquisição delas)
C- Reserva de Capital – lucro na alien. de ações em tes. (PL) R$ 140.000,00 (1.190.000 – 1.050.000)

Agora, analisemos as alternativas:

a) reconheceu como Ações em Tesouraria o valor de R$ 1.000.000,00, em 31/12/2014.

Errado, mostramos no primeiro lançamento que devemos incluir os custos adicionais totais, logo
reconheceu R$ 1.050.000,00 (1.000.000 + 50.000).

b) reconheceu como Despesa do Exercício o valor de R$ 50.000,00, em 31/12/2014.

Errado, falamos que a aquisição de ações de emissão própria é uma transação de capital da
entidade com seus sócios e não devem afetar o resultado da entidade. Nessa alternativa, a banca
afirmou indiretamente que os custos adicionais seriam despesas, mas ressaltamos que esse valor
adicional deve ser tratado como acréscimo do custo de aquisição de tais ações.

c) reduziu o seu Patrimônio Líquido em R$ 1.000.000,00, em 31/12/2014.

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Errado, já que essa alternativa excluiu os custos adicionais totais. Como as ações de tesouraria são
redutoras do PL, então tal grupo foi reduzido em R$ 1.050.000,00 (1.000.000 + 50.000).

d) apurou resultado positivo com a venda das Ações em Tesouraria no valor de R$ 140.000,00, em
31/12/2016.

Correto. Como a venda foi superior ao custo (1.190.000 > 1.0.50.000), o resultado foi positivo
(140.000).

e) aumentou o seu Patrimônio Líquido em R$ 1.200.000,00, em 31/12/2016.

Errado, notem que o PL aumentou em R$ 1.190.000,00, por meio do aumento da conta Reserva
de Capital (140.000) e pela diminuição da conta ações em tesourara (1.050.000). Essa que é sua
redutora.

O gabarito é letra d.

A Empresa Atlanta S.A., antes da apuração do resultado do exercício de 2015, apresentava as


seguintes contas e seus respectivos saldos em 31/12/2015, em reais:
Ações em Tesouraria 2.500,00
Marcas e Patentes 22.000,00
Adiantamento de Clientes 25.000,00
Ajuste de Avaliação Patrimonial (saldo credor) 12.000,00
Alugueis Pagos Antecipadamente 22.500,00
Caixa e Equivalentes de Caixa 15.000,00
Capital Social 230.000,00
Clientes 250.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas 210.000,00
Depreciação Acumulada 45.000,00
Despesa com Alugueis 45.000,00
Despesa com EPCLD 7.500,00
Despesa com Salários 75.000,00
Despesa de Depreciação 30.000,00
Despesa Financeira 6.500,00
Despesas com Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro 33.000,00
Devoluções de Vendas 20.000,00
Empréstimos a Pagar 160.000,00
Estimativa para Crédito de Liquidação Duvidosa (EPCLD) 7.500,00
Estoques 100.000,00
Fornecedores 82.000,00
Investimentos Permanentes em Outras Empresas 58.000,00
Máquinas e Equipamentos 300.000,00

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Provisões Trabalhistas 105.000,00


Receita Bruta de Vendas 590.000,00
Receita de Dividendos 2.000,00
Reserva de Lucros a Realizar 6.500,00
Reserva Legal 12.000,00
Resultado Negativo de Equivalência Patrimonial 10.000,00
Reversão de Provisões Trabalhistas 40.000,00
Tributos sobre Vendas 110.000,00

32. (FCC/SEFAZ-MA/Técnico/2016) O saldo do Patrimônio Líquido em 31/12/2015 foi, em reais,


de
a) 258.000,00.
b) 263.000,00.
c) 238.000,00.
d) 298.000,00.
e) 343.000,00.

Comentários:

Podemos encontrar o Patrimônio Líquido de duas formas, vejam:

1ª Solução Equação Fundamental: Ativo e Passivo

Vamos apurar o total do Ativo e o total do Passivo, a diferença será o Patrimônio Líquido:

Conta Natureza Classificação Saldo


Depreciação Acumulada Credora Ativo -45.000,00
Estimativa para Crédito de Liquidação Duvidosa (EPCLD) Credora Ativo -7.500,00
Marcas e Patentes Devedora Ativo 22.000,00
Alugueis Pagos Antecipadamente Devedora Ativo 22.500,00
Caixa e Equivalentes de Caixa Devedora Ativo 15.000,00
Clientes Devedora Ativo 250.000,00
Estoques Devedora Ativo 100.000,00
Investimentos Permanentes em Outras Empresas Devedora Ativo 58.000,00
Máquinas e Equipamentos Devedora Ativo 300.000,00
Total do Ativo 715.000,00
Adiantamento de Clientes Credora Passivo 25.000,00
Empréstimos a Pagar Credora Passivo 160.000,00
Fornecedores Credora Passivo 82.000,00
Provisões Trabalhistas Credora Passivo 105.000,00
Total do Passivo 372.000,00
Patrimônio Líquido = Ativo – Passivo = 715.000 - 372.000 = 343.000,00

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2ª Solução: Contas de Patrimônio Líquido + “Redito do Exercício”

Também podemos encontrar o saldo do Patrimônio Líquido apurando o “rédito”, isto é, o


Resultado do Exercício e somamos ao saldo das contas de Patrimônio Líquido:

Resultado do Exercício
Receita Bruta de Vendas R$ 590.000,00
Receita de Dividendos R$ 2.000,00
Reversão de Provisões Trabalhistas R$ 40.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas -R$ 210.000,00
Despesa com Alugueis -R$ 45.000,00
Despesa com EPCLD -R$ 7.500,00
Despesa com Salários -R$ 75.000,00
Despesa de Depreciação -R$ 30.000,00
Despesa Financeira -R$ 6.500,00
Despesas com Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro -R$ 33.000,00
Devoluções de Vendas -R$ 20.000,00
Resultado Negativo de Equivalência Patrimonial -R$ 10.000,00
Tributos sobre Vendas -R$ 110.000,00
Lucro do Exercício R$ 85.000,00

Agora, o Patrimônio Líquido Final ficará:

Patrimônio Líquido
Capital Social R$ 230.000,00
Reserva de Lucros a Realizar R$ 6.500,00
Reserva Legal R$ 12.000,00
Ações em Tesouraria -R$ 2.500,00
Lucros Acumulados (Lucro do Exercício R$ 85.000,00
Ajuste de Avaliação Patrimonial (saldo credor) R$ 12.000,00
Total do Patrimônio Líquido R$ 343.000,00

O gabarito é letra e.

33. (FCC/ELETROSUL/Administração de Empresas/2016) Entre as possibilidades conferidas pela


legislação societária para a utilização das Reservas de Capital se insere
a) a absorção de prejuízos que não ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros.
b) a redução do capital social, para absorção dos prejuízos acumulados.
c) o pagamento de dividendos a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada.
d) o aumento do capital autorizado, mediante alteração estatutária.
e) a recomposição do caixa da companhia em face da materialização de provisões.

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Comentários:

Questão literal do art. 200 da Lei da 6404/76:

Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:

I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de


lucros (artigo 189, parágrafo único);

II - resgate, reembolso ou compra de ações;

III - resgate de partes beneficiárias;

IV - incorporação ao capital social;

V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for


assegurada (artigo 17, § 5º).

Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes


beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

a) a absorção de prejuízos que não ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros.

Errado, só será permitido a absorção de prejuízos caso o saldo dos lucros acumulados e das
reservas de lucros sejam insuficientes.

b) a redução do capital social, para absorção dos prejuízos acumulados.

Errado, a lei 6.404/76 informou ser possível a INCORPORAÇÃO ao capital social. Ainda, repetimos
que só será utilizado para absorver prejuízos quando os Prejuízos forem superiores a soma da
reserva de lucros com os lucros acumulados.

c) o pagamento de dividendos a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada.

Correto, nessa alternativa encontramos o inciso V, art. 200, dessa lei.

d) o aumento do capital autorizado, mediante alteração estatutária.


e) a recomposição do caixa da companhia em face da materialização de provisões.

Errados, essas alternativas não fazem parte das possibilidades previstas nessa lei.

O gabarito é letra c.

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34. (FCC/SEFAZ PI/Auditor Fiscal da Fazenda Estadual/2015) Em 30/06/2014, a Cia. Pro & Pina
adquiriu 50.000 ações de sua própria emissão e incorreu nos seguintes gastos:
Valor pago pelas ações = R$ 375.000,00
Custos de transação = R$ 5.000,00
Em 15/12/2014, a empresa revendeu estas ações por R$ 350.000,00 à vista, incorrendo em custos
de transação no valor de R$ 2.000,00.
Com base nestas informações, é correto afirmar que a Cia. Pro & Pina
a) reconheceu, em 30/06/2014, como Ações em Tesouraria o valor de R$ 375.000,00.
b) aumentou, em 30/06/2014, o seu Patrimônio Líquido em R$ 380.000,00.
c) aumentou, em 15/12/2014, o seu Patrimônio Líquido em R$ 348.000,00.
d) apurou um prejuízo com a venda das Ações em Tesouraria de R$ 25.000,00.
e) reduziu, em 15/12/2014, o seu Patrimônio Líquido em R$ 350.000,00.

Comentários:

De acordo com o Manual de Contabilidade Societária (FIPECAFI), são Transações de Capital:

Transações de capital são aquelas entre a empresa e os sócios, quando estes na


sua capacidade de proprietários (e não de clientes ou fornecedores da empresa,
por exemplo). Assim, são registradas diretamente no patrimônio líquido as
transações de aumento de capital, devolução de capital, distribuição de lucros,
aquisição de ações próprias que a empresa faz junto aos sócios etc. E os gastos
dessas transações não devem compor as despesas da atividade da empresa. Por
isso os resultados das transações com ações próprias (ações em tesouraria) são
também diretamente acréscimos ou reduções do patrimônio líquido, e não
receitas ou despesas da entidade.

Portanto, os gastos na emissão de ações e custos de transação dessas operações serão lançados
diretamente no Patrimônio Líquido e não no resultado do exercício.

Vamos apurar o efeito dessas operações no PL da empresa:

Valor pago pelas ações = R$ 375.000,00


Custos de transação = R$ 5.000,00
= Gasto Total = R$ 380.000,00

Contabilização em 30/06:

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D – Ações em Tesouraria (diminuição do Patrimônio Líquido) 380.000,00


C – Bancos 380.000,00

Posteriormente, em 15/12/2014, a empresa revendeu estas ações por R$ 350.000,00 à vista,


incorrendo em custos de transação no valor de R$ 2.000,00. Assim:

Venda das ações = 350.000 – 2.000 = R$ 348.000,00

Contabilização em 15/12:

D – Bancos 348.000,00
D – Reservas* 32.000,00
C – Ações em Tesouraria (aumento do Patrimônio Líquido) 380.000,00

*De acordo com LSA, art.182, § 5º, as ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço
como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na
sua aquisição. Ou seja, sempre teremos uma Reserva que vai “suportar” as operações com ações
em tesouraria.

O resultado dessas operações foi: 348.000 – 380.000 = (32.000).

Vamos analisar cada uma das alternativas:

(A) apurou um prejuízo com a venda das Ações em Tesouraria de R$ 25.000,00.

Errado, o prejuízo foi de 32.000.

(B) reduziu, em 15/12/2014, o seu Patrimônio Líquido em R$ 350.000,00.

Errado, em 15/12 houve aumento no Patrimônio Líquido de 380.000 – 32.000 = 348.000.

(C) reconheceu, em 30/06/2014, como Ações em Tesouraria o valor de R$ 375.000,00.

Errado, o valor lançado com Ações em Tesouraria foi de 380.000,00, pois incluímos os custos de
transação.

(D) aumentou, em 30/06/2014, o seu Patrimônio Líquido em R$ 380.000,00.

Errado, o PL diminuiu e não aumentou em 30/06/2014.

(E) aumentou, em 15/12/2014, o seu Patrimônio Líquido em R$ 348.000,00.

Correto, esse é o nosso gabarito, o PL aumentou 380.000 – 32.000 = R$ 348.000,00.

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O gabarito é letra e.

35. (FCC/TRF 3ª Região/Técnico Judiciário - Contabilidade/2014) As contas do Patrimônio Líquido


da Empresa Margarida S.A. apresentavam, em 31/12/2012, os seguintes saldos:
Contas R$
Capital Social 1.000.000
(−) Ações em Tesouraria (400.000)
Reservas de Lucros 300.000
Total 900.000
O valor registrado na conta Ações em Tesouraria corresponde a 400.000 ações. No ano de 2013,
a empresa recolocou estas ações no mercado ao valor unitário de R$ 1,50.
O valor total do Patrimônio Líquido da empresa, após a venda das ações em tesouraria, é, em R$,
igual a
a) 1.300.000,00.
b) 1.700.000,00.
c) 1.500.000,00.
d) 1.900.000,00.
e) 1.100.000,00.

Comentários:

Se temos a conta Ações em Tesouraria com saldo de R$ 400.000,00 e esse valor corresponde a
400.000 ações, então o valor unitário é de R$ 1,00.

No ano seguinte, a entidade vendeu essas ações por R$ 1,50:

Venda das ações em tesouraria = 400.000 x 1,50 = R$ 600.000,00

Confrontando esse montante com o saldo em 31/12/12, nota-se que:

Venda das ações em tesouraria – Ações em tesouraria 31/12/12 = 600.000 – 400.000 = 200.000

Lembramos que transações com sócios são lançadas no PL e não no resultado, assim lancemos:

D – Caixa (Ativo) R$ 6000.000,00 (400.000 x 1,5)


C - Ações em tesouraria (Redutora PL) R$ 400.000,00 ( saldo em 31/12/2012)
C- Reserva de Capital – lucro na alien. ações em tes. (PL) R$ 200.000,00 (600.000 – 400.000)

Após esse fato contábil, o PL será:

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Contas R$
Capital Social 1.000.000
Reserva de Capital 600.0000
Reservas de Lucros 300.000
Total 1.500.000

Vejam que o PL aumentou em R$ 600.000,00, por meio do aumento da conta Reserva de Capital
(200.000) e pela diminuição da conta ações em tesourara (400.000). Essa que é sua redutora.

O gabarito é letra c.

36. (FCC/TCE-RS/Auditor Público Externo - Ciências Contábeis/2014) A empresa Invest & Cia.
adquiriu, em 31/12/2013, ações de sua própria emissão e, para isso, incorreu nos seguintes
gastos:
Valor pago pelas ações = R$ 150.000,00
Custos adicionais de transação = R$ 2.000,00
Em 30/06/2014, a empresa revendeu estas ações por R$ 160.000,00 à vista, incorrendo em novos
custos de transação no valor de R$ 3.000,00.
Nesse caso, a empresa Invest & Cia.
a) reconheceu como Ações em Tesouraria o valor de R$ 150.000,00, em 31/12/2013.
b) reconheceu como Despesa o valor de R$ 3.000,00, em 30/06/2014.
c) reduziu o seu Patrimônio Líquido em R$ 152.000,00, em 31/12/2013.
d) apurou um resultado com a venda das Ações em Tesouraria de R$ 7.000,00.
e) aumentou o seu Patrimônio Líquido em R$ 160.000,00, em 30/06/2014.

Comentários:

Em 31/12/2013, a entidade deverá acrescentar os custos adicionais de transação no montante a


ser registrado na conta ações em tesouraria.

Vejamos a contabilização:

D- Ações em tesouraria (Redutora PL) R$ 152.000,00 (150.000 + 2.000)


C- Caixa (Ativo) R$ 152.000,00

Em 30/06/2014, a empresa vendeu todas as ações em tesouraria, então deverá confrontar o saldo
anterior com o valor de venda. Lembrando que nesse valor teremos que diminuir os custos de
transação incorridos. Observemos a contabilização:

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D – Caixa (Ativo) R$ 157.000,00 (160.000 – 3.000)


C - Ações em tesouraria (Redutora PL) R$ 152.000,00 (custo de aquisição delas)
C- Reserva de Capital – lucro na alien. ações em tes. (PL) R$ 5.000,00 (157.000 – 152.000)

A seguir, analisemos as alternativas:

a) reconheceu como Ações em Tesouraria o valor de R$ 150.000,00, em 31/12/2013.

Errado, mostramos no primeiro lançamento que devemos incluir os custos adicionais totais, logo
reconheceu R$ 152.000,00 (150.000 + 2.000).

b) reconheceu como Despesa o valor de R$ 3.000,00, em 30/06/2014.

Aqui a banca afirmou indiretamente que os custos adicionais na venda seriam despesas, mas
ressaltamos que esse custo deve ser tratado como redução do lucro dessa transação, resultados
esses contabilizados diretamente no patrimônio líquido (reserva de capital). Assim, essa alternativa
está errada.

c) reduziu o seu Patrimônio Líquido em R$ 152.000,00, em 31/12/2013.

Correto, já que essa alternativa incluiu os custos adicionais totais. Como as ações de tesouraria
são redutoras do PL, então tal grupo foi reduzido em R$ 152.000,00 (150.000 + 2.000).

d) apurou um resultado com a venda das Ações em Tesouraria de R$ 7.000,00.

Errado, como a venda foi superior ao custo (157.000 > 152.000), o resultado correspondeu ao
valor positivo de R$ 5.000,00.

e) aumentou o seu Patrimônio Líquido em R$ 160.000,00, em 30/06/2014.

Errado, pois o PL aumentou em R$ 157.000,00, por meio do aumento da conta Reserva de Capital
(5.000) e pela diminuição da conta ações em tesourara (152.000). Essa que é sua redutora.

O gabarito é letra c.

37. (FCC/ALESP/Analista Legislativo/Economia - Administração - Ciências Contábeis/2010) O


valor estabelecido como representativo da parcela de participação do sócio na empresa, mas
ainda não entregue em dinheiro, é evidenciado na conta
a) Capital Social.
b) Capital Social Autorizado.
c) Capital Social Vinculado.

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d) Capital Social a Integralizar.


e) Capital Social a Reduzir.

Comentários:

O capital social é o grupo do PL composto pelas ações subscritas na constituição da sociedade ou


com o aumento de capital. É dividido em capital social e capital social a realizar.

A lei das S.A´s dispõe que:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por


dedução, a parcela ainda não realizada.

A Lei das S.A´s prescreve que a integralização mínima é de 10% do capital social. As ações podem
ser subscritas em dinheiro ou quaisquer bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.

Exemplo. Se a empresa X fosse constituída com um capital social de R$ 100.000,00, totalmente


integralizado, o lançamento seria:

D – Caixa 100.000,00 (Ativo)


C – Capital Social 100.000,00 (PL)

Todavia, caso apenas metade deste valor fosse integralizado, o lançamento, no momento da
constituição da sociedade seria:

D – Caixa 50.000,00 (Ativo)


D – Capital Social a Realizar 50.000,00 (- PL)
C – Capital Social 100.000,00 (PL)

Com a integralização posterior do restante do capital, o lançamento correto será o seguinte:

D – Caixa 50.000,00 (Ativo)


C – Capital Social a Realizar 50.000,00 (PL)

O gabarito é letra d.

38. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) A empresa Capital Ltda. aumentou seu capital
em R$ 200.000,00. A sociedade é formada por 4 sócios, cada um com 25%. Dois sócios fizeram
a transferência dos recursos no ato da reunião da diretoria e os demais acordaram em transferir
os recursos em dois meses. A conta em que ficará registrado o direito da empresa em receber
esses recursos é Capital Social a

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(A) Autorizar.
(B) Capitalizar.
(C) Receber.
(D) Integralizar.
(E) Subscrever.

Comentários:

A contabilização do aumento de capital fica assim:

D – Caixa ou Bancos (pela entrada do dinheiro) 100.000


D – Capital Social a Integralizar (valor que será transferido) 100.000
C - Capital Social 200.000

Portanto, a conta que registra o direito da empresa em receber os recursos faltantes é a conta
Capital Social a Integralizar.

O gabarito é letra d.

6.3 - FGV

39. (FGV/COMPESA/Técnico em Contabilidade/2018) Em relação ao patrimônio líquido de uma


entidade, o valor que deve compor o saldo da conta de Capital Social é o capital
a) subscrito.
b) líquido.
c) realizado.
d) acumulado.
e) autorizado.

Comentários:

A lei das S.A´s dispõe que:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por


dedução, a parcela ainda não realizada.

Exemplificando, temos:

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PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 10.000,00
(-) Capital Social a realizar - 4.000,00
(=) Capital social realizado 6.000,00

Vejam que o valor que deve compor o saldo da conta de Capital Social é o capital realizado.

O gabarito é letra c.

40. (FGV/SEFIN RO/Técnico Tributário/2018) No ano de 2016, a Cia. ABC abriu seu capital por
meio da emissão de títulos patrimoniais. Os custos de transação, diretamente atribuíveis à
emissão, foram de R$ 10.000.
Assinale a opção que indica onde foram reconhecidos os custos de transação nas Demonstrações
Contábeis, de 31/12/2016, da Cia. ABC.
a) Na Demonstração do Resultado do Exercício como Outras Despesas Operacionais.
b) Na Demonstração do Resultado do Exercício como Despesa Financeira.
c) No Balanço Patrimonial como Despesa Antecipada.
d) No Balanço Patrimonial como Reserva de Capital.
e) no Balanço Patrimonial, como redutor do Patrimônio Líquido, na conta Custo com a emissão de
Ações.

Comentários:

Os gastos com emissão de ações, a partir de 2008, não mais podem ser tratados como despesas
do período. Passam a figurar como redução do valor obtido do capital social.

Conforme o CPC 08 (R1):

5. Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da


emissão de títulos patrimoniais devem ser contabilizados, de forma destacada, em
conta redutora de patrimônio líquido, deduzidos os eventuais efeitos fiscais, e os
prêmios recebidos devem ser reconhecidos em conta de reserva de capital.

O gabarito é letra e.

41. (FGV/ALERO/Analista Legislativo - Contabilidade/2018) Uma entidade abriu o seu capital em


2017, por meio da emissão de títulos patrimoniais. A abertura foi autorizada pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM).

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No processo, a entidade incorreu em custos de transação diretamente atribuíveis à emissão, no


valor de R$100.000. A emissão foi bem sucedida.
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 08 (R1) - Custos de Transação e Prêmios na
Emissão de Títulos e Valores Mobiliários, assinale a opção que indica a correta classificação dos
custos de transação nas demonstrações contábeis da entidade.
a) Outras Despesas Operacionais na Demonstração do Resultado do Exercício.
b) Despesa Financeira na Demonstração do Resultado do Exercício.
c) Custos de Transação na Demonstração dos Resultados do Exercício.
d) Reserva de Lucros no Balanço Patrimonial.
e) Redutor do patrimônio líquido no Balanço Patrimonial.

Comentários:

Mais uma vez a FGV cobrou o item 5 do CPC 08 (R1):

5. Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da


emissão de títulos patrimoniais devem ser contabilizados, de forma destacada, em
conta redutora de patrimônio líquido, deduzidos os eventuais efeitos fiscais, e os
prêmios recebidos devem ser reconhecidos em conta de reserva de capital.

O gabarito é letra e.

42. (FGV/Contador/Prefeitura de Salvador/2017) A Cia. ABC emitiu, em 2016, títulos patrimoniais


no valor de R$ 200.000,00, tendo procura satisfatória. No processo de captação de recursos, a
empresa incorreu em custos de transação vinculados à emissão no valor de R$ 10.000,00.
Os custos de transação devem ser contabilizados como
a) despesa financeira.
b) despesa operacional.
c) ativo intangível.
d) redutores do patrimônio líquido
e) outros resultados abrangentes

Comentários:

Como já dissemos, os gastos com emissão de ações, a partir de 2008, não mais podem ser tratados
como despesas do período. Passam a figurar como redução do valor obtido do capital social.

O gabarito é letra d.

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43. (FGV/SEPOG-RO/Analista de Planejamento e Finanças/2017) Em 01/01/2016, Manuel e


Joaquim resolvem formar uma sociedade empresária. Na ocasião, o contrato social estabelecia
que cada sócio contribuiria com R$ 50.000 para a formação do capital social da entidade.
Naquela data, entretanto, cada sócio contribuiu efetivamente com R$ 40.000, sendo que
Manuel integralizou sua parcela mediante a entrega de um imóvel para ser utilizado pela
sociedade empresária e Joaquim, mediante a entrega do montante em dinheiro.
Assinale a opção que indica os lançamentos contábeis gerados.
a) D- Ativo Circulante: R$ 50.000; D- Ativo Imobilizado: R$ 50.000; C- Capital Social: R$ 100.000.
b) D- Ativo Circulante: R$ 40.000; D- Ativo Imobilizado: R$ 40.000; C- Capital Social: R$ 80.000.
c) D- Ativo Circulante: R$ 40.000; D- Ativo Imobilizado: R$ 40.000; D- Capital Social a Integralizar:
R$ 20.000; C- Capital Social Subscrito: R$ R$ 100.000.
d) D- Ativo Circulante: R$ 50.000; D- Ativo Imobilizado: R$ 50.000; C- Capital Social a Integralizar:
R$ 20.000; C- Capital Social: R$ 80.000.
e) D- Ativo Circulante: R$ 50.000; D- Investimentos: R$ 50.000; C - Capital Social a Integralizar: R$
20.000; C- Capital Social: R$ 80.000.

Comentários:

O Capital Subscrito pelos sócios foi de R$ 100.000, mas o que foi efetivamente integralizado foi
R$ 80.000. Assim, ainda faltam R$ 20.000.

Contabilização:

D – Ativo Circulante - Bancos 40.000


D – Ativo Imobilizado 40.000
D – Capital a Integralizar 20.000
C – Capital Social 100.000

O gabarito é letra c.

44. (FGV/Pref. Paulínia/Contador/2016) Uma empresa, em 03/01/2016, emitiu bônus de


subscrição. O valor recebido correspondia a R$ 10,00 por ação.
Assinale a opção que indica o correto reconhecimento do valor recebido no balanço patrimonial
da empresa.
a) Reserva de Lucros.
b) Lucros Acumulados.
c) Ações em Tesouraria.

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d) Reserva de Capital.
e) Capital Social.

Comentários:

Lembramos que os bônus de subscrição são títulos de crédito emitidos no limite do capital social
autorizado no estatuto e dão aos titulares o direito de subscrever ações da companhia. Ainda,
recordamos que eles são reconhecidos na conta Reserva de Capital, a qual pertence ao grupo
Patrimônio líquido. O gabarito é letra d.

45. (FGV/COMPESA/Contador/2016) A Cia. Y apresentava o seguinte balanço patrimonial em


31/12/X0:
Fornecedores 900
Caixa 1.500
Capital 1.000
Terrenos 800
Reserva Estatutária 400
Ativo Total 2.300 Passivo + PL 2.300
Na data, o capital social era constituído por 1.000 ações com valor nominal de R$ 1,00.
Em X1, a Cia. Y realizou as seguintes operações abrangendo ações de sua própria emissão:
• Compra de 80 ações por R$ 120,00 à vista.
• Venda das mesmas 80 ações por R$ 140,00 à vista.
Com base nas informações acima, assinale a opção que indica a conta em que deve ser
apresentado o efeito positivo de R$ 20,00.
a) Resultado Operacional.
b) Outras Receitas Operacionais.
c) Reservas de Capital.
d) Reservas de Lucros.
e) Ajustes de Avaliação Patrimonial.

Comentários:

Vejamos as contabilizações:

• Compra das ações:

D - Ações de tesouraria (Redutora PL) 120


C - Caixa (Ativo) 120

• Venda das ações:

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D - Caixa (Ativo) 140


C - Ações de tesouraria (Redutora PL) 120
C - Reserva de capital (PL) 20 (140 – 120)

Adicionalmente, segundo a Lei 6.404:

Art. 182 § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que


registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte


do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância
destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações
de debêntures ou partes beneficiárias

O gabarito é letra c.

46. (FGV/CODEBA/Analista Portuário/Contador/2016) Uma sociedade empresária apresentava o


seguinte balanço patrimonial:
Caixa 1.000
Total do Ativo 1.000
Capital Social 880
Reserva de Capital 200
Ações em Tesouraria -80
Total do PL 1.000
A sociedade empresária alienou suas ações em tesouraria por R$ 90.
Assinale a opção que indica a correta contabilização do resultado desta alienação.
a) Resultado Operacional.
b) Ajuste de avaliação patrimonial.
c) Reserva de Lucros.
d) Reserva de Capital
e) Outros resultados abrangentes.

Comentários:

De acordo com o § 5o do art. 182 da Lei n° 6.404/76, as ações em tesouraria deverão ser
destacadas no balanço como dedução da conta de patrimônio líquido que registrar a origem dos
recursos aplicados na sua aquisição.

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O resultado líquido proveniente da alienação de ações em tesouraria é contabilizado:

1 - se positivo, como reserva de capital, a crédito de conta específica;

2 - se negativo, a débito das contas de reservas ou lucros que registrem a origem dos recursos
aplicados em sua aquisição.

Na aquisição pela companhia de ações de sua emissão:

D - Ações em Tesouraria
C - Caixa

Na alienação com lucro:

D - Caixa 90
C - Ações em Tesouraria 80
C - Reserva de Capitai - Lucro na Alienação 10 (90 - 80)

O gabarito é letra d.

Para fins didáticos, vejamos a contabilização na alienação com prejuízo:

D - Caixa
D - Reserva de Lucros, de Capital ou Lucros Acumulados (conforme a origem)
C - Ações em Tesouraria

47. (FGV/DPE RO/Analista Contábil/2015) A empresa de mergulho Corujá S.A. fez um aumento de
capital para ampliar a sua área de atuação. Foram emitidas 100.000 novas ações ao preço de $
15,00 cada. O preço nominal de cada ação corresponde a $ 10,00 e foram incorridos gastos no
valor de $ 200.000,00 para a emissão das novas ações.
Supondo que todas as ações tenham sido vendidas, a contabilização mais adequada para a
operação é:
a) D – Caixa (Ativo) - $ 1.300.000,00
D – Despesa com emissão de ações (DRE) - $ 200.000,00
C – Capital Social (PL) - $ 1.500.000,00
b) D – Caixa (Ativo) - $ 1.300.000,00
C – Capital Social (PL) - $ 1.300.000,00

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c) D – Caixa (Ativo) - $ 1.300.000,00


D – Despesa com emissão de ações (DRE) - $ 200.000,00
C – Capital Social (PL) - $ 1.000.000,00
C – Reserva de Capital (PL) - $ 500.000,00
d) D – Caixa (Ativo) - $ 1.300.000,00
C – Capital Social (PL) - $ 1.000.000,00
C – Reserva de Capital (PL) - $ 300.000,00
e) D – Caixa (Ativo) - $ 1.300.000,00
D – Despesas Financeiras (DRE) - $ 200.000,00
C – Capital Social (PL) - $ 1.500.000,00

Comentários:

O valor efetivamente recebido foi de $1.300.000 ($1.500.000 menos os gastos com emissão de
ações no valor de $200.000).

O valor nominal das ações é de $10,00. Assim, o aumento do Capital Social foi de:

100.000 ações x $10,00 = $1.000.000,00.

E a empresa conseguiu um ágio de $300.000, que será contabilizado como Reserva de Capital.

A contabilização fica assim:

D – Caixa (Ativo) - $ 1.300.000,00


C – Capital Social (PL) - $ 1.000.000,00
C – Reserva de Capital (PL) - $ 300.000,00

O gabarito é letra d.

48. (FGV/Analista Contábil/DPE/MT/2015) As reservas de capital podem ser utilizadas para as


finalidades listadas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Incorporação de capital.
b) Pagamento de dividendo cumulativo a ações preferenciais, com prioridade no seu recebimento,
quando essa vantagem for assegurada pelo estatuto social.
c) Resgate, reembolso ou compra de ações.
d) Pagamento de contingências em situação de organização societária.

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e) Absorção de prejuízos, quando esses ultrapassarem as reservas de lucros.

Comentários:

Conforme o artigo 200 da Lei 6.404/76:

Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:

I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de


lucros (artigo 189, parágrafo único); Item e.

II - resgate, reembolso ou compra de ações; Item c.

III - resgate de partes beneficiárias;

IV - incorporação ao capital social; Item a.

V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for


assegurada (artigo 17, § 5º). Item b.

Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes


beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

Vê-se, pois, que a única situação que não está prevista no artigo 200 da LSA é a letra d: Pagamento
de contingências em situação de organização societária. O gabarito é letra d.

49. (FGV/Analista Contábil/DPE MT/2015) As contas integrantes do patrimônio líquido,


evidenciadas na demonstração das mutações do patrimônio líquido, podem sofrer variações
por itens que afetam o patrimônio total e por itens que não o afetam.
Assinale a opção que apresenta um item que afeta o patrimônio total.
a) Aumento de capital com utilização de lucros.
b) Compensação de prejuízos com reservas.
c) Ajuste de avaliação patrimonial.
d) Reversão de reserva patrimonial para a conta de Prejuízos Acumulados.
e) Apropriação do lucro líquido do exercício por meio da conta de Lucros para formação de
Reserva para Contingências.

Comentários:

O Patrimônio total é o Ativo (lembramos que Patrimônio Líquido = Ativo menos Passivo Exigível).

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Vamos analisar as alternativas:

a) Aumento de capital com utilização de lucros.

Errado. Após o encerramento do exercício, a empresa transfere o Lucro Líquido do Exercício para
a conta Lucro Acumulados. No caso de aumento de capital com utilização de lucros, a
contabilização é a seguinte:

D – Lucros Acumulados (PL)


C – Capital Social (PL).

Não há efeito no patrimônio total.

b) Compensação de prejuízos com reservas.

Errado. A empresa debita Reservas, no PL, e credita prejuízos acumulados, também no PL. Não
há alteração no Patrimônio Total.

c) Ajuste de avaliação patrimonial.

Certo. O Ajuste de Avaliação Patrimonial corresponde a alterações nos ativos que ainda não
podem ir para o Resultado. Como exemplo, podemos citar o Ajuste a Valor Justo para as
aplicações em título disponível para venda futura.

A contabilização do Ajuste de Avaliação Patrimonial é a seguinte:

D – Ativo
C – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL)

d) Reversão de reserva patrimonial para a conta de Prejuízos Acumulados.

Errado. Movimentação entre contas do Patrimônio Líquido. Sem efeito sobre o patrimônio total.

e) Apropriação do lucro líquido do exercício por meio da conta de Lucros para formação de
Reserva para Contingências.

Errado. Movimentação entre contas do Patrimônio Líquido. Sem efeito sobre o patrimônio total.

O gabarito é letra c.

50. (FGV/DPE MT/Contador/2015) Uma empresa possuía, em 31/12/2013, R$ 200.000,00 em ações


em tesouraria. No ano de 2014, a empresa alienou metade dessas ações por R$ 130.000,00.

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Em suas demonstrações contábeis, a empresa deverá evidenciar o saldo positivo de R$ 30.000,00


do seguinte modo:
a) como Resultado Operacional, na Demonstração do Resultado do Exercício.
b) como Outros Resultados Operacionais, na Demonstração do Resultado do Exercício.
c) como Ajustes de Exercícios Anteriores, na Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido.
d) como Reserva de Capital, no Balanço Patrimonial.
e) como Reserva de Lucros, no Balanço Patrimonial.

Comentários:

Nesse tipo de questão precisamos lembrar que o resultado líquido proveniente da alienação de
ações em tesouraria é contabilizado:

1 - se positivo, como reserva de capital, a crédito de conta específica;

2 - se negativo, a débito das contas de reservas ou lucros que registrem a origem dos recursos
aplicados em sua aquisição.

Como o quesito afirmou que o resultado líquido é igual a R$ 30.000,00 (130.000 – 100.000*),
devemos evidenciá-lo como Reserva de Capital, no Balanço Patrimonial. O gabarito é letra d.

*Dado que foram vendidas metade: 200.000 x 50% = 100.000

51. (FGV/Caruaru/Contador/2015) De acordo com a Lei nº 11.638/07, que alterou a Lei nº


6.404/76, assinale a opção que indica a correta composição do patrimônio líquido.
a) Capital social, reservas de capital, reservas de lucros e prejuízos acumulados.
b) Capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e prejuízos
acumulados.
c) Capital social, reservas de capital, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados.
d) Capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em
tesouraria e prejuízos acumulados.
e) Capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, ajustes de avaliação patrimonial,
reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.

Comentários:

Tal assunto está previsto na Lei das SAs, da seguinte forma:

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Art. 178, Inciso III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de
capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e
prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009))

Agora, vamos comparar os incisos III do art. 178 da Lei das SAs com as alternativas:

a) Capital social, reservas de capital, reservas de lucros e prejuízos acumulados.

Alternativa incompleta, faltou as seguintes contas: ajustes de avaliação patrimonial e ações em


tesouraria.

b) Capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e prejuízos


acumulados.

Alternativa errada, após lei 11.638/07 e lei 11.941/09 a reservas de reavaliação não faz parte do
grupo PL.

c) Capital social, reservas de capital, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos


acumulados.

Alternativa incompleta, faltou a seguinte conta: ajustes de avaliação patrimonial.

d) Capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em
tesouraria e prejuízos acumulados.

Encontramos a alternativa correta. Vejam que todas estão no Art. 178, Inciso III.

e) Capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, ajustes de avaliação patrimonial,


reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.

Alternativa errada, após lei 11.638/07 e lei 11.941/09 a reservas de reavaliação não faz parte do
grupo PL.

O gabarito é letra d.

52. (FGV/DPE RJ/Técnico Superior Especializado - Ciências Contábeis/2014) Considere os saldos


abaixo:
ADIANTAMENTO DE CLIENTES 8.000
APLICAÇÕES FINANCEIRAS 15.000
AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL ?
CAPITAL SOCIAL 55.000
CONTAS A RECEBER 20.000

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DEPÓSITOS JUDICIAIS 5.000


DESPESAS ANTECIPADAS 3.000
DISPONIBILIDADES 35.000
EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS A CONTROLADAS 8.000
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS DE CURTO PRAZO 32.000
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS DE LONGO PRAZO 51.000
ESTOQUE 27.000
FONECEDORES 20.000
IMOBILIZADO 40.000
INTANGÍVEL 11.000
INVESTIMENTOS 9.000
RESERVAS 6.000
SALÁRIOS A PAGAR 11.500
TRIBUTOS A RECOLHER 1.500
O saldo da conta “Ajuste de Avaliação Patrimonial” é
a) 28.000 devedor
b) 18.000 devedor
c) 12.000 devedor
d) 4.000 credor
e) 12.000 credor

Comentários:

Observemos a redação na Lei das SAs:

Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto


não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo,
nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177.

Vamos somar as contas devedoras e credoras. A diferença irá indicar a natureza e o valor da conta
Ajuste de Avaliação Patrimonial:

Conta Saldo Débito Crédito


Adiantamento de clientes 8.000 8.000
Aplicações financeiras 15.000 15.000
Capital Social 55.000 55.000

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Conta Saldo Débito Crédito


Contas a Receber 20.000 20.000
Depósitos Judiciais 5.000 5.000
Despesas antecipadas 3.000 3.000
Disponibilidades 35.000 35.000
Empréstimos concedidos a controladas 8.000 8.000
Empréstimos e financiamentos de curto prazo 32.000 32.000
Empréstimos e financiamentos de longo prazo 51.000 51.000
Estoque 27.000 27.000
Fornecedores 20.000 20.000
Imobilizado 40.000 40.000
Intangível 11.000 11.000
Investimentos 9.000 9.000
Reservas 6.000 6.000
Salários a pagar 11.500 11.500
Tributos a recolher 1.500 1.500
TOTAL: 173.000 185.000

Assim, temos total de débitos 173.000 e total de créditos 185.000

Ajuste de Avaliação Patrimonial = 185.000 – 173.000 = 12.000 devedor

O gabarito é letra c.

53. (FGV/AL-BA/ Técnico de Nível Superior/2014) Uma empresa apresentava as seguintes


informações em relação a seu Ativo e Passivo, em 01/01/2014.
Dividendos a pagar R$ 40.000,00
Fornecedores R$ 50.000,00
Aplicações financeiras R$ 130.000,00
Empréstimos obtidos R$ 30.000,00
Clientes R$ 64.000,00
Caixa e equivalente a caixa R$ 25.000,00
Estoques R$ 35.000,00
Financiamentos R$ 55.000,00
Máquinas R$ 120.000,00
Depreciação Acumulada R$ 30.000,00
Passivos contingentes R$ 45.000,00
Provisão para recuperabilidade dos ativos R$ 20.000,00
Provisão para 13º salário R$ 48.000,00
Com base nas informações acima, o valor do Patrimônio Líquido da empresa, em 01/01/2014, era
de

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a) R$ 56.000,00.
b) R$ 112.000,00.
c) R$ 101.000,00.
d) R$ 121.000,00.
e) R$ 161.000,00.

Comentários:

Vamos lá! Nesta hipótese, como não há contas do PL no rol acima, teremos de achar esse valor
pela equação fundamental da contabilidade.

Classifiquemos:

Ativo
Aplicações financeiras R$ 130.000,00
Clientes R$ 64.000,00
Caixa e equivalente a caixa R$ 25.000,00
Estoques R$ 35.000,00
Máquinas R$ 120.000,00
(-) Provisão para recuperabilidade dos ativos (R$ 20.000,00)
(-) Depreciação Acumulada (R$ 30.000,00)
Total do ativo R$ 324.000,00
Passivo
Dividendos a pagar R$ 40.000,00
Fornecedores R$ 50.000,00
Empréstimos obtidos R$ 30.000,00
Financiamentos R$ 55.000,00
Provisão para 13º salário R$ 48.000,00
Total do passivo R$ 223.000,00

Ficará:

Ativo = Passivo + Patrimônio líquido

Patrimônio líquido = 324.000,00 – 223.000,00 = 101.000,00.

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Adendo! Mas, professores, e o passivo contingente?

Como ficará claro nas aulas seguintes, os passivos contingentes, segundo o CPC
25, são obrigações possíveis da entidade. Não é praticamente certo que haverá
um desembolso para liquidar a obrigação. Assim, diferentemente das provisões,
o passivo contingente não é contabilizado como passivo. Será divulgado em nota
explicativa, se a probabilidade de perda for possível, ou nem isso, se a
probabilidade de perda for remota.

O gabarito é letra c.

54. (FGV/AL-BA/ Técnico de Nível Superior/2014) Assinale a opção que indica um fim para o qual
as reservas de capital não podem ser utilizadas.
a) Absorver prejuízos, quando estes ultrapassarem as reservas de lucros.
b) Resgate, reembolso ou compra de ações.
c) Resgate de partes beneficiárias.
d) Incorporação ao capital.
e) Pagamento de dividendos a ações ordinárias e preferenciais.

Comentários:

Conforme o artigo 200 da Lei 6.404/76:

Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:

I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de


lucros (artigo 189, parágrafo único);

II - resgate, reembolso ou compra de ações;

III - resgate de partes beneficiárias;

IV - incorporação ao capital social;

V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes


for assegurada (artigo 17, § 5º).

Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes


beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

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Vê-se, assim, que as reservas de capital somente podem ser utilizadas para pagamento de
dividendos de ações preferenciais. Não podem ser utilizadas para pagamento de dividendos de
ações ordinárias.

Observação: as ações ordinárias são aquelas que dão direito a voto. As


preferenciais são aquelas que não dão, em regra, direito a voto, mas possuem
outras vantagens, geralmente relacionadas ao pagamento de maiores dividendos.

O gabarito é letra e.

55. (FGV/ AL-BA/Auditor/2014) A Cia. W, em 31/12/2013, apresentou as informações a seguir:


Financiamentos R$ 12.000,00
Dividendos a pagar R$ 3.000,00
Fornecedores R$ 7.000,00
Máquinas R$ 100.000,00
Depreciação acumulada R$ 30.000,00
Provisão para perda dos estoques R$ 3.000,00
Marcas R$ 30.000,00
Caixa e equivalentes de caixa R$ 10.000,00
Aplicações financeiras R$ 20.000,00
Salários a pagar R$ 15.000,00
Estoques R$ 35.000,00
Clientes R$ 40.000,00
Provisão para créditos de liquidação duvidosa R$ 2.000,00
Passivos contingentes R$ 17.000,00
Devoluções sobre vendas R$ 23.000,00
Obrigações fiscais R$ 23.000,00
Considerando apenas essas informações, o Patrimônio Líquido da Cia. W, em 31/12/2013, era de
a) R$ 123.000,00.
b) R$ 140.000,00.
c) R$ 143.000,00.
d) R$ 146.000,00.
e) R$ 152.000,00.

Comentários:

Como não foram dadas as contas do PL, teremos de resolver pela equação fundamental da
contabilidade:

Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido

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Ativo
Caixa e equivalentes de caixa R$ 10.000,00
Aplicações financeiras R$ 20.000,00
Estoques R$ 35.000,00
(-) Provisão para perda dos estoques (R$ 3.000,00)
Clientes R$ 40.000,00
(-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (R$ 2.000,00)
Marcas R$ 30.000,00
Máquinas R$ 100.000,00
(-) Depreciação acumulada (R$ 30.000,00)
Total do ativo R$ 200.000,00
Passivo
Financiamentos R$ 12.000,00
Dividendos a pagar R$ 3.000,00
Fornecedores R$ 7.000,00
Salários a pagar R$ 15.000,00
Obrigações fiscais R$ 23.000,00
Total do passivo R$ 60.000,00

Logo:

A = P + PL → 200.000 = 60.000 + PL → PL = 140.000,00.

Contas que ficaram de fora:

Passivos contingentes R$ 17.000,00

Como ficará claro nas aulas seguintes, os passivos contingentes, segundo o CPC 25, são
obrigações possíveis da entidade. Não é praticamente certo que haverá um desembolso para
liquidar a obrigação. Assim, diferentemente das provisões, o passivo contingente não é
contabilizado como passivo. Será divulgado em nota explicativa, se a probabilidade de perda for
possível, ou nem isso, se a probabilidade de perda for remota.

Devoluções sobre vendas R$ 23.000,00

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Essa é uma conta de resultado, despesa, que reduzirá a receita bruta de vendas, para chegarmos
à receita líquida. Não será utilizada na questão, já que queremos apenas as contas de ativo e
passivo, encontrando o total do PL (o que envolve as contas de resultado, mas todas, e não apenas
uma) por diferença.

O gabarito é letra b.

56. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2009) A Cia. Três Corações abriu seu capital em 2008, por meio
de emissão de títulos patrimoniais, autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários. A empresa
incorreu em $ 2.000.000 de custos de transação diretamente atribuíveis à emissão efetuada.
De acordo com o CPC 08, aprovado pelo CFC, esse valor deve ser reconhecido como:
(A) Despesa Financeira.
(B) Ativo Intangível.
(C) Ativo Diferido.
(D) Redutor do Patrimônio Líquido.
(E) Despesa Antecipada.

Comentários:

Indo mais fundo! O CPC 08 regula a contabilização e evidenciação dos custos de transação
incorridos na distribuição pública primária de ações ou bônus de subscrição, na aquisição e
alienação de ações próprias, na captação de recursos por meio da contratação de empréstimos
ou financiamentos ou pela emissão de títulos de dívida, bem como dos prêmios na emissão de
debêntures e outros instrumentos de dívida ou de patrimônio líquido (frequentemente referidos
como títulos e valores mobiliários – TVM).

Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente atribuíveis às atividades


necessárias exclusivamente à consecução das transações citadas acima.

São, por natureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou teriam sido evitados se essas
transações não ocorressem.

Exemplos de custos de transação são:

i) gastos com elaboração de prospectos e relatórios;


ii) remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores, auditores,
consultores, profissionais de bancos de investimentos, corretores etc.);
iii) gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-shows);
iv) taxas e comissões;

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v) custos de transferência;
vi) custos de registro etc.

Segundo o CPC 08:

4. O registro do montante inicial dos recursos captados por intermédio da emissão


de títulos patrimoniais deve corresponder aos valores líquidos disponibilizados
para a entidade pela transação, pois essas transações são efetuadas com sócios já
existentes e/ou novos, não devendo seus custos influenciar o saldo líquido das
transações geradoras de resultado da entidade.

5. Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da


emissão de títulos patrimoniais devem ser contabilizados, de forma destacada, em
conta redutora de patrimônio líquido, deduzidos os eventuais efeitos fiscais, e os
prêmios recebidos devem ser reconhecidos em conta de reserva de capital.

Nosso gabarito, portanto, é a letra D, custos das transações por intermédio de emissão de títulos
patrimoniais devem ser contabilizados em conta redutora do patrimônio líquido.

6.4 - VUNESP

57. (VUNESP/CM Orlândia/Contador/2019) Assinale a alternativa que indica o valor do Patrimônio


Líquido da empresa Luar dos Mares Ltda, hipoteticamente, em 31 de dezembro de 2018, após
o encerramento do exercício, conforme balancete a seguir, fornecido pela contabilidade da
empresa.
Conta Contábil Reais
Estoques 55.200,00
Fornecedores 70.000,00
Reserva legal 10.000,00
Despesas gerais 54.000,00
Imobilizado 90.800,00
Contas a pagar 16.000,00
Despesas administrativas 36.000,00
Aplicações financeiras 28.000,00
Capital social 90.000,00
Custo das mercadorias vendidas 186.000,00
Lucros a destinar 20.000,00
Receitas financeiras 5.000,00
Despesas financeiras 17.000,00
Empréstimos e financiamentos 34.000,00

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Conta Contábil Reais


Duplicatas a receber 80.000,00
Vendas de mercadorias 330.000,00
Caixa e equivalentes de caixa 28.000,00
a) R$ 159.000,00
b) R$ 160.000,00
c) R$ 161.000,00
d) R$ 161.800,00
e) R$ 162.000,00

Comentários:

A maneira mais rápida de resolver essa questão é apurar o resultado do exercício, sem fazer a DRE
completa, e somarmos o “rédito”, isto é, o resultado ao saldo inicial das contas de Patrimônio
Líquido.

Primeiramente, classifiquemos por grupo:

Conta Contábil Reais Grupo


Estoques 55.200,00 AC
Fornecedores 70.000,00 PC
Reserva legal 10.000,00 PL
Despesas gerais 54.000,00 RESULTADO
Imobilizado 90.800,00 ANC
Contas a pagar 16.000,00 PC
Despesas administrativas 36.000,00 RESULTADO
Aplicações financeiras 28.000,00 AC
Capital social 90.000,00 PL
Custo das mercadorias vendidas 186.000,00 RESULTADO
Lucros a destinar 20.000,00 PL
Receitas financeiras 5.000,00 RESULTADO
Despesas financeiras 17.000,00 RESULTADO
Empréstimos e financiamentos 34.000,00 PC
Duplicatas a receber 80.000,00 AC
Vendas de mercadorias 330.000,00 RESULTADO
Caixa e equivalentes de caixa 28.000,00 AC

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Separemos apenas as contas de Resultado e as do Patrimônio Líquido. Em seguida, adicionaremos


um “+” nas receitas e nas contas do PL, e um “-“ para as contas de despesa, CMV e retificadora
do PL:

Tome nota! Lucros a distribuir seria a maneira da Vunesp de chamar a conta Lucros
Acumulados. Assim, ela é uma conta de Patrimônio Líquido.

Conta Contábil Reais Grupo


+ Reserva legal 10.000,00 PL
- Despesas gerais 54.000,00 RESULTADO
- Despesas administrativas 36.000,00 RESULTADO
+ Capital social 90.000,00 PL
- Custo das mercadorias vendidas 186.000,00 RESULTADO
+ Lucros a destinar 20.000,00 PL
+ Receitas financeiras 5.000,00 RESULTADO
- Despesas financeiras 17.000,00 RESULTADO
+ Vendas de mercadorias 330.000,00 RESULTADO

Resolvendo, temos:

10.000 – 54.000 – 36.000 + 90.000 – 186.000 + 20.000 + 5.000 – 17.000 + 330.000

455.000 – 293.000 = 162.000

Obs.: veremos a demonstração do resultado do exercício, com maiores detalhes,


em aulas mais avançadas.

O gabarito é letra e.

58. (VUNESP/ISS Campinas/Auditor Fiscal Tributário Municipal/2019) Pelas atuais Normas


Brasileiras de Contabilidade, é classificada como uma reserva de capital:
a) Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures.
b) Reserva Estatutária.
c) Reserva de Ágio na Emissão de Ações.
d) Reserva de Subvenções Governamentais para Investimento.
e) Reserva para Pagamento de Dividendo Obrigatório.

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Comentários:

a) Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures.


b) Reserva Estatutária.
d) Reserva de Subvenções Governamentais para Investimento.
e) Reserva para Pagamento de Dividendo Obrigatório.

Erradas, pois elas são reservas de lucros, eis que esse valor transitou pelo resultado do exercício.

Obs.: veremos as reservas de lucros, com maiores detalhes, em aulas mais


avançadas.

c) Reserva de Ágio na Emissão de Ações.

Correto, pois as reservas de capital são valores recebidos pela empresa (dos sócios ou de terceiros)
que não se configuram como receita.

O gabarito é letra c.

59. (VUNESP/MPE-SP/Contador/2019) O patrimônio líquido pode ser estudado de diferentes


perspectivas, como, por exemplo, dos pontos de vista legal, contábil e econômico.
Considerando-se essas vertentes, é correto afirmar:
a) contabilmente, o patrimônio líquido corresponde à diferença entre ativos totais e passivos
exigíveis.
b) economicamente, o patrimônio líquido é o valor de mercado de uma entidade.
c) legalmente, o patrimônio líquido pode ser entendido como o valor de responsabilidade dos
sócios em relação às obrigações de uma entidade, no caso de uma empresa S.A.
d) o patrimônio líquido contábil é o conjunto dos fluxos de caixa futuros da entidade trazidos a
valor presente pelo seu custo de oportunidade.
e) economicamente, o patrimônio líquido é obtido trazendo os fluxos de resultados previstos a
valor presente pelo seu custo de oportunidade.

Comentários:

O Patrimônio Líquido normalmente é caracterizado como o “dinheiro dos sócios aplicado na


empresa”. Podemos dizer também que o patrimônio líquido é o capital próprio. Para o
pronunciamento CPC 00, “Patrimônio Líquido é o Participação residual nos ativos da entidade
após a dedução de todos os seus passivos. ” Ou seja, é o que sobra após deduzir todos os passivos
dos ativos. O gabarito é letra A.

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60. (VUNESP/TJ-SP/Contador /2019) Sobre as contas do Patrimônio Líquido, é correto afirmar


que
a) alienação de partes beneficiárias é uma transação classificada como reserva de lucros.
b) a conta capital a integralizar é uma conta redutora do capital social.
c) os dividendos declarados e pagos no período são evidenciados nas reservas de capital.
d) as reservas de capital recebem os saldos referentes à variação do valor justo de instrumentos
financeiros.
e) as reservas de lucros recebem o ágio da emissão das ações com valor nominal.

Comentários:

a) alienação de partes beneficiárias é uma transação classificada como reserva de lucros.

Errado, representa uma reserva de capital.

b) a conta capital a integralizar é uma conta redutora do capital social.

Correto, essa conta registra o saldo de capital subscrito pelos sócios, mas ainda não integralizado.

c) os dividendos declarados e pagos no período são evidenciados nas reservas de capital.

Errado, os dividendos são creditados da conta de Lucros Acumulados e transferidos para o Passivo
da empresa. Não representam Reservas de Capital.

d) as reservas de capital recebem os saldos referentes à variação do valor justo de instrumentos


financeiros.

Errado, isso é função da conta Ajuste de Avaliação Patrimonial.

e) as reservas de lucros recebem o ágio da emissão das ações com valor nominal.

Errado, as reservas de Capital recebem o ágio na emissão de ações.

O gabarito é letra B.

61. (VUNESP/Pref. Valinhos/Contador/2019) Com base no balancete de verificação da Indústria e


Comércio Sabe Tudo Ltda., em 31 de março de 2019, responda a questão.
Balancete Contábil em 31/03/2019
Descrição da Conta Contábil Reais
Reservas de Lucros 198.000,00
Outras Despesas Operacionais 18.000,00

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Balancete Contábil em 31/03/2019


Descrição da Conta Contábil Reais
Receitas de Vendas 640.000,00
Bancos 240.000,00
Fornecedores 240.000,00
Empréstimos Bancários 230.000,00
Perda Estimada com Créditos de Liquidação Duvidosa 21.000,00
Impostos sobre Vendas 120.000,00
Estoques 500.000,00
Impostos a Recolher 70.000,00
Despesas Administrativas e Gerais 90.000,00
Contingências Trabalhistas 270.000,00
Devoluções de Vendas 10.000,00
Caixa 10.000,00
CPV 240.000,00
Depósitos Judiciais 70.000,00
Despesas de Vendas 60.000,00
Salários a Pagar 90.000,00
Capital 240.000,00
Contas a Receber de Clientes 700.000,00
Imobilizado 300.000,00
Reservas de Capital 300.000,00
Despesas Financeiras 50.000,00
Imposto de Renda e Contribuição Social Correntes 11.000,00
Depreciação Acumulada 120.000,00
Os totais do Passivo Circulante e do Patrimônio líquido são, respectivamente:
a) R$ 180.000,00 e R$ 710.000,00.
b) R$ 630.000,00 e R$ 779.000,00.
c) R$ 749.000,00 e R$ 638.000,00.
d) R$ 780.000,00 e R$ 540.000,00.
e) R$ 900.000,00 e R$ 770.000,00.

Comentários:

Nesse quesito a banca quer tanto o PC quanto o PL.

Inicialmente, classifiquemos as contas:

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Balancete Contábil em 31/03/2019


GRUPO
Descrição da Conta Contábil Reais
Reservas de Lucros 198.000,00 PL
Outras Despesas Operacionais 18.000,00 RESULTADO
Receitas de Vendas 640.000,00 RESULTADO
Bancos 240.000,00 AC
Fornecedores 240.000,00 PC
Empréstimos Bancários 230.000,00 PC
Perda Estimada com Créditos de Liquidação Duvidosa 21.000,00 AC
Impostos sobre Vendas 120.000,00 RESULTADO
Estoques 500.000,00 AC
Impostos a Recolher 70.000,00 PC
Despesas Administrativas e Gerais 90.000,00 RESULTADO
Contingências Trabalhistas 270.000,00 PNC*
Devoluções de Vendas 10.000,00 RESULTADO
Caixa 10.000,00 AC
CPV 240.000,00 RESULTADO
Depósitos Judiciais 70.000,00 AC
Despesas de Vendas 60.000,00 RESULTADO
Salários a Pagar 90.000,00 PC
Capital 240.000,00 PL
Contas a Receber de Clientes 700.000,00 AC
Imobilizado 300.000,00 ANC
Reservas de Capital 300.000,00 PL
Despesas Financeiras 50.000,00 RESULTADO
Imposto de Renda e Contribuição Social Correntes 11.000,00 RESULTADO
Depreciação Acumulada 120.000,00 ANC

Adendo! É normal lembrarmos logo dos passivos contingentes ao encontramos a


conta Contingências Trabalhistas. Porém, essa conta é sinônimo da Provisão para
Contingências Trabalhistas, ou seja, a Vunesp omitiu a expressão “Provisão” para
nos confundir e ainda a expressão Longo prazo (LP).

Aqui é importante recordar que os passivos contingentes, segundo o CPC 25, são
obrigações possíveis da entidade. Não é praticamente certo que haverá um
desembolso para liquidar a obrigação. Assim, diferentemente das provisões, o
passivo contingente não é contabilizado como passivo. Será divulgado em nota
explicativa, se a probabilidade de perda for possível, ou nem isso, se a
probabilidade de perda for remota.

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Para obtermos o Patrimônio Líquido da empresa, vamos apurar o resultado do período e


somarmos ao saldo inicial do PL (acho que não é a primeira vez eu falo isso!). Desta vez, não iremos
elaborar a DRE completa, pois nosso interesse é apenas no rédito, isto é, o Lucro Líquido do
Exercício

Balancete Contábil em 31/03/2019


Descrição da Conta Contábil Reais
- Outras Despesas Operacionais 18.000,00
+ Receitas de Vendas 640.000,00
- Impostos sobre Vendas 120.000,00
- Despesas Administrativas e Gerais 90.000,00
- Devoluções de Vendas 10.000,00
- CPV 240.000,00
- Despesas de Vendas 60.000,00
- Despesas Financeiras 50.000,00
- Imposto de Renda e Contribuição Social Correntes 11.000,00
= Lucro Líquido 41.000

Por fim, separemos s contas do PC e PL. Em seguida, encontramos os seus totais.

Passivo Circulante Reais


Fornecedores 240.000,00
Empréstimos Bancários 230.000,00
Impostos a Recolher 70.000,00
Salários a Pagar 90.000,00
Total PC 630.000,00

Patrimônio líquido Reais


Capital 240.000,00
Reservas de Lucros 198.000,00
Reservas de Capital 300.000,00
= Lucro Acumulados 41.000
Total PL 779.000,00

Obs.: veremos a conta Lucros acumulados, com maiores detalhes, em aulas mais
avançadas.

O gabarito é letra b.

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62. (VUNESP/UNIFAI/Controlador Interno/2019) Na hipótese da abertura de uma empresa, em


que houve a subscrição de capital de R$ 1.000.000,00, o lançamento contábil dessa subscrição
será
a) D: Capital a Integralizar
C: Capital subscrito R$ 1.000.000,00
b) D: Capital a Integralizar
C: Capital Integralizado R$ 1.000.000,00
c) D: Capital
C: Capital Integralizado R$ 1.000.000,00
d) D: Capital
C: Capital a Integralizar R$ 1.000.000,00
e) D: Bancos conta movimento
C: Capital Subscrito R$ 1.000.000,00

Comentários:

Recordamos que a subscrição é quando o acionista/sócio assume o compromisso de ingressar na


sociedade, formalizando através dos instrumentos jurídicos pertinentes. Ainda não houve entrega
dos recursos. Por isso, a contrapartida será a conta Capital a integralizar, a qual representa a parte
não entregue pelos sócios.

Dado que o valor prometido (subscrito) de 1 milhão não foi entregue, o lançamento será:

D: Capital a Integralizar
C: Capital subscrito R$ 1.000.000,00

O gabarito é letra a.

Posteriormente, quando houver a entrega dos recursos, teremos o seguinte lançamento:

D: Bancos conta movimento ou Caixa ou outro Ativo (caso integralize com bens ou direitos)
C: Capital a Integralizar R$ 1.000.000,00

63. (VUNESP/Pref. Itapevi/Controlador Interno/2019) O capital realizado que deve constar no


patrimônio líquido da entidade é
a) totalmente integralizado pelos investidores.
b) o proposto em contrato/estatuto e deverá ser integralizado.

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c) o capital a ser integralizado.


d) o capital a subscrever.
e) o capital autorizado.

Comentários:

O capital social é a conta do PL composta pelas ações subscritas na constituição da sociedade ou


com o aumento de capital. É dividido em capital social e capital social a realizar. Essa diferença
(Capital social - capital social a realizar) representa o capital realizado, o qual se refere a entrega
efetiva dos recursos pelos sócios. O gabarito é letra a.

64. (VUNESP/CM Mauá/Contador Legislativo/2019) São exemplos de reserva de capital:


a) ágio na emissão de ações e reserva para contingência.
b) alienação de bônus de subscrição e reserva de lucros a realizar.
c) alienação de debêntures conversíveis e ágio na emissão de ações.
d) alienação de partes beneficiárias e alienação de bônus de subscrição.
e) reserva de incentivo fiscal e reserva de lucros para expansão.

Comentários:

a) ágio na emissão de ações e reserva para contingência.


b) alienação de bônus de subscrição e reserva de lucros a realizar.
e) reserva de incentivo fiscal e reserva de lucros para expansão.

Errados, pois trazem exemplos de reservas de lucros.

Obs.: veremos as reservas de lucros, com maiores detalhes, em aulas mais


avançadas.

c) alienação de debêntures conversíveis e ágio na emissão de ações.

Errado, já que o Prêmio na emissão de debêntures ERA classificado como reserva de capital. Com
o advento da Lei n° 11.638 e 11.941, ele passou a ser apropriado ao resultado como receita,
conforme o regime de competência.

d) alienação de partes beneficiárias e alienação de bônus de subscrição.

Correto, item literal da lei 6.404/76:

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Art. 182. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que


registrarem:

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

O gabarito é letra d.

65. (VUNESP/ISS Campinas/Auditor Fiscal Tributário Municipal/2019) Uma sociedade, ao optar


pela sua adesão às atuais Normas Brasileiras de Contabilidade por meio da adequação de seus
relatórios financeiros àquelas normas, utilizou a prerrogativa, prevista em vários atos emitidos
pelo Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC), a apresentar os valores do seu imobilizado
pelo seu custo atribuído (deemed cost). A diferença positiva entre este último e o valor
registrado na escrituração da sociedade deverá ter contrapartida credora na conta de
a) Ajustes de Avaliação Patrimonial.
b) Reservas de Reavaliação.
c) Receitas de avaliação a valor justo.
d) Ganhos decorrentes da aplicação do teste de recuperabilidade do valor dos ativos.
e) Reservas de Lucros.

Comentários:

Pessoal, de acordo com o que prevê a Interpretação Técnica ICPC 10, temos um caso bem
particular, no qual seria possível adotar o valor justo como custo atribuído (deemed cost) para
ajustar eventuais saldos subavaliados ou superavaliados para ativos imobilizados.

Quando da adoção inicial dos Pronunciamentos Contábeis, o que para a maioria das empresas
ocorreu no ano de 2010, poderia ser observado que alguns ativos poderiam gerar mais ou menos
benefícios econômicos do que pelos quais estavam registrados na Contabilidade.

Por exemplo: um forno industrial possui valor contábil de R$ 100.000, mas fazendo uma estimativa
no momento da adoção inicial dos Pronunciamentos Contábeis, poderíamos observar que o valor
justo desse bem seria de R$ 250.000.

Somente nesse caso particular poderíamos adotar o valor de R$ 250.000 como custo atribuído ao
imobilizado e essa diferença, 250.000 – 100.000 = 150.000, seria lançada diretamente no
Patrimônio Líquido da entidade, sem afetar o seu resultado, em uma conta de Ajuste de Avaliação
Patrimonial.

Contabilização:

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D – Ativo Imobilizado R$ 150.000


C – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) R$ 150.000

Conforme apresentamos, o nosso gabarito é a letra “A”, essa conta, Ajuste de Avaliação
Patrimonial, irá receber a contrapartida dos aumentos e diminuições do chamado custo atribuído
dos ativos.

66. (VUNESP/CM Indaiatuba/Controlador Interno/2018) O investimento feito na empresa pelos


seus proprietários é apresentado na forma do capital social. Suponha dois amigos iniciando
juntos um negócio e combinando um investimento total de R$ 200.000,00, formalizado em
contrato. Realizaram, até um primeiro momento, os seguintes aportes: R$ 100.000,00 em
dinheiro, cada um fornecendo R$ 50.000,00 para o caixa da empresa; R$ 60.000,00 na forma
de um imóvel, algumas máquinas e um veículo, pelos dois sócios.
Com essas informações, é correto dizer que o capital
a) social da empresa é de R$ 160.000,00.
b) subscrito da empresa é de R$ 160.000,00.
c) a integralizar da empresa é de R$ 200.000,00.
d) integralizado da empresa é de R$ 200.000,00.
e) a integralizar da empresa é de R$ 40.000,00.

Comentários:

O capital subscrito pelos sócios foi R$ 200.000, todavia os aportes foram de:

R$ 50.000 (Dinheiro) + R$ 50.000 (Dinheiro) R$ 60.000 (Ativos Imobilizado) = R$ 160.000

Assim, eles faltam integralizar R$ 40.000 (200.000 – 160.000). Consequentemente, teremos a


seguinte composição:

Capital Subscrito R$ 200.000


(-) Capital a Integralizar R$ 40.000
= Capital Realizado R$ 160.000

Agora, analisemos as alternativas:

a) social da empresa é de R$ 160.000,00.

Errado, seu valor é R$ 200.000.

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b) subscrito da empresa é de R$ 160.000,00.

Errado, pois ele foi de R$ 200.000

c) a integralizar da empresa é de R$ 200.000,00.

Errado, já que ele foi de R$ 40.000

d) integralizado da empresa é de R$ 200.000,00.

Errado, já que ele foi de R$ 160.000

e) a integralizar da empresa é de R$ 40.000,00.

Correto, apuramos esse valor.

O gabarito é letra e.

6.5 – Outras Bancas

67. (Instituto AOCP/PC ES/Per. Of. Crim./Área 1/2019) Segundo as normas e a doutrina contábil,
a conta de ajustes de avaliação patrimonial poderá apresentar saldo de natureza
a) devedora, credora ou saldo nulo e será classificada no patrimônio líquido.
b) somente devedora e será classificada no patrimônio líquido.
c) somente credora e será classificada no patrimônio líquido.
d) devedora, credora ou saldo nulo e será classificada no ativo.
e) devedora, credora ou saldo nulo e será classificada no passivo.

Comentários:

A lei 6404/76 prevê o seguinte:

Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto


não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo,
nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177.

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Essa conta é classificada no Patrimônio Líquido, pode possuir natureza devedora ou credora e
recebe a contrapartida de ativos e passivos avaliados a valor justo. O gabarito é letra a.

68. (UFPR/Profissional Júnior/Itaipu Binacional/2019) Reservas são valores que representam


elementos patrimoniais sem qualquer característica de exigibilidade atual ou futura. Uma
reserva de capital que pode ser utilizada para:
a) pagamento de dividendos a ações ordinárias.
b) pagamento de dividendos a ações preferenciais.
c) resgate de partes beneficiárias.
d) absorção de prejuízos em prioridade às reservas de lucros.
e) recomposição do caixa da companhia em face da materialização de provisões

Comentários:

Segundo o artigo 200 da Lei 6.404/76:

Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:

I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de


lucros (artigo 189, parágrafo único);

II - resgate, reembolso ou compra de ações;

III - resgate de partes beneficiárias;

IV - incorporação ao capital social;

V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for


assegurada (artigo 17, § 5º).

Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes


beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

a) pagamento de dividendos a ações ordinárias.

O item está incorreto. O pagamento de dividendos somente pode ser feito a ações ordinárias.

b) pagamento de dividendos a ações preferenciais.

A princípio estaria correto. Todavia, a banca entendeu que seria somente se essa vantagem lhes
fosse assegurada.

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c) resgate de partes beneficiárias. Gabarito! Sem ressalvas.

d) absorção de prejuízos em prioridade às reservas de lucros.

Incorreto. As reservas de capital podem ser utilizadas para absorção do prejuízo em última
instância.

e) recomposição do caixa da companhia em face da materialização de provisões

Incorreto. Não há essa previsão na Lei 6.404/76.

O gabarito é letra c.

69. (UFPR/ISS Curitiba/Auditor Fiscal de Tributos Municipais/2019) Uma determinada empresa


apresentou os saldos finais das seguintes contas em 31/12/00:
Caixa R$ 1.000,00
Capital Social R$ 20.000,00
Contas a Pagar até 90 dias R$ 2.000,00
Contas a Receber até 360 dias R$ 5.000,00
Imobilizado R$ 15.000,00
Prejuízos Acumulados R$ 1.500,00
Financiamento de Longo Prazo R$ 5.000,00
Salários a Pagar R$ 1.000,00
Estoques R$ 6.000,00
Depreciação Acumulada R$ 500,00
Os valores totais do Ativo e do Patrimônio Líquido nessa data são, respectivamente:
a) R$ 12.000,00 e R$ 28.000,00.
b) R$ 26.500,00 e R$ 18.500,00.
c) R$ 26.500,00 e R$ 29.500,00.
d) R$ 27.500,00 e R$ 21.500,00.
e) R$ 27.500,00 e R$ 29.500,00.

Comentários:

Separando as contas de ativo, passivo e PL encontramos:

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Ativo:

Caixa R$ 1.000,00
Contas a Receber até 360 dias R$ 5.000,00
Imobilizado R$ 15.000,00
Estoques R$ 6.000,00
Depreciação Acumulada (R$ 500,00)
Total R$ 26.500,00

Passivo

Contas a Pagar até 90 dias R$ 2.000,00


Financiamento de Longo Prazo R$ 5.000,00
Salários a Pagar R$ 1.000,00
Total R$ 8.000,00

Pela Equação Fundamental, vamos encontrar o valor do PL = Ativo – Passivo = 26.500 – 8.000 =
18.500

Se separarmos diretamente as contas de PL apresentadas no balancete encontraremos o mesmo


valor:

Capital Social R$ 20.000,00


(-) Prejuízos Acumulados R$ 1.500,00
Total R$ 18.500

O gabarito é letra b.

70. (CESGRANRIO/Transpetro/Contador/2018) A Lei das sociedades por ações diz que o balanço
patrimonial mostra a situação patrimonial e financeira de uma companhia em um determinado
período de tempo, e que, no passivo, as contas serão classificadas nos grupos passivo
circulante, passivo não circulante e patrimônio líquido.
Ainda segundo ela, uma das divisões do patrimônio líquido representa as contrapartidas criadas
pela Lei no 11.941/09, decorrentes das variações ocorridas nos elementos do ativo e do passivo,
não imputadas no resultado nos termos do regime de competência.
Nesse contexto, tais contrapartidas são evidenciadas no patrimônio líquido no grupo de
(A) ações em tesouraria

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(B) ajustes de avaliação patrimonial


(C) participação dos minoritários
(D) prejuízos acumulados
(E) reservas de capital

Comentários:

Antes das alterações da Lei das S.A, havia no patrimônio líquido a conta reserva de reavaliação.
Esta conta foi suprimida, surgindo então o ajuste de avaliação patrimonial. Contudo, não se trata
de mera alteração de nome.

A reavaliação que se aplicava aos bens tangíveis do ativo permanente e que poderia ser ou não
realizada, a bel-prazer dos acionistas, deixou de existir. Ademais, o ajuste de avaliação patrimonial
serve tanto para aumentar como para reduzir valores de ativos e de passivos, enquanto a
reavaliação servia apenas para o aumento de bens do permanente.

A nova redação prescreve o seguinte:

Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto


não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo,
nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177.

O gabarito é letra b.

71. (CESGRANRIO/CEFET-RJ/Contabilidade/2014) O patrimônio líquido, de acordo com a


legislação societária, com pronunciamentos técnicos CPC e demais normas vigentes,
evidencia, no balanço patrimonial, as reservas de capital.
As reservas de capital, que não transitam pelo resultado do exercício, evidenciadas no balanço
patrimonial, no subgrupo do mesmo nome, são: reserva de ágio na emissão de ações, reserva de:
a) alienação de partes beneficiárias e alienação de bônus de subscrição
b) doações e subvenções para investimentos e prêmio na emissão de debêntures
c) doações e subvenções para investimentos e alienação de bônus de subscrição
d) prêmio na emissão de debêntures e alienação de partes beneficiárias
e) prêmios na emissão de debêntures e alienação de bônus de subscrição

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Comentários:

Reservas são valores que representam elementos patrimoniais sem qualquer característica de
exigibilidade atual ou futura. São, como o próprio nome indicam, reservas. Basicamente, temos
duas espécies de reservas, ambas classificadas no patrimônio líquido: as de lucros e as de capital.

As reservas de capital são valores recebidos pela empresa (dos sócios ou de terceiros) que não se
configuram como receita, isto é, não transitam pelo resultado do exercício, sendo contabilizadas
diretamente à conta de Patrimônio Líquido.

Com base no artigo 182 da Lei das SA:

Art. 182. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que


registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte


do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância
destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações
de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

O gabarito é letra a.

72. (CESGRANRIO/BNDES/Contabilidade/2013) As Partes Beneficiárias, nos dizeres da Lei no


6.404/1976, Lei das Sociedades Anônimas, devidamente atualizada até dezembro de 2011,
são títulos negociáveis que podem ser emitidos a qualquer tempo e que conferirão a seus
titulares o direito de eventual crédito contra a companhia pela participação nos lucros anuais.
Nesse contexto, é permitida a emissão de Partes Beneficiárias, a qualquer momento, pelas
companhias
a) fechadas, podendo ser atribuídas somente a fundadores, acionistas ou terceiros, que tenham
prestado bons serviços à companhia, a qualquer título.
b) fechadas, podendo ser alienadas ou atribuídas a fundadores, acionistas ou terceiros, como
remuneração por serviços prestados à companhia.
c) abertas, podendo ser atribuídas somente a fundadores, acionistas ou terceiros, que tenham
prestado bons serviços à companhia, a qualquer título.
d) abertas, podendo ser alienadas ou atribuídas a fundadores, acionistas ou terceiros, como
remuneração por serviços prestados à companhia.
e) abertas e fechadas, desde que destinadas, exclusivamente, para alienação a acionistas ou
terceiros interessados, independentemente de serviços prestados à companhia.

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Comentários:

Segundo a Lei das SA:

Art. 46. A companhia pode criar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem valor
nominal e estranhos ao capital social, denominados "partes beneficiárias".

§ 1º As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual


contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais (artigo 190).

Vê-se que as partes beneficiárias são estranhas ao capital social. Diferem das ações, pois não dão
direito a uma parte do patrimônio da companhia, nem o de participação da administração. Não
se confundem também com as debêntures, uma vez que não dá direito creditório contra a
companhia para os que as possuem. O direito a lucro é eventual. Esta é a palavra-chave.

A emissão das partes beneficiárias é exclusiva de cias fechadas (LSA, art. 47).

Além disso, temos:

Art. 47. As partes beneficiárias poderão ser alienadas pela companhia, nas
condições determinadas pelo estatuto ou pela assembleia-geral, ou atribuídas a
fundadores, acionistas ou terceiros, como remuneração de serviços prestados à
companhia.

Parágrafo único. É vedado às companhias abertas emitir partes beneficiárias.


(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

O gabarito é letra b.

73. (CESGRANRIO/BNDES/Contabilidade/2013) É permitido às sociedades anônimas, nos termos


da Lei das Sociedades por Ações, emitir títulos negociais denominados “Bônus de Subscrição”
que conferirão a seus titulares, de acordo com as condições prescritas no respectivo certificado
de emissão, o direito de subscrever ações de capital social, direito esse que poderá ser
exercido mediante a apresentação desse título à companhia.
Nesse contexto, a Companhia J, apresentou, em reais, as seguintes informações, antes da emissão
de Bônus de Subscrição, devidamente aprovada pela Assembleia Geral:
Capital a realizar 4.000.000,00
Capital autorizado 12.000.000,00
Capital próprio 10.500.000,00
Capital subscrito 10.000.000,00

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Considerando exclusivamente as informações recebidas e as determinações da legislação


societária e das normas contábeis em vigor, a Companhia J poderá emitir Bônus de Subscrição
em quantidade correspondente ao valor, em reais, de
a) 500.000,00
b) 1.500.000,00
c) 2.000.000,00
d) 5.500.000,00
e) 6.000.000,00

Comentários:

Veremos agora os bônus de subscrição. Segundo a LSA, art. 75, a companhia poderá emitir, dentro
do limite de aumento de capital autorizado no estatuto (artigo 168), títulos negociáveis
denominados "bônus de subscrição".

Os bônus de subscrição conferirão aos seus titulares, nas condições constantes do certificado,
direito de subscrever ações do capital social, que será exercido mediante apresentação do título
à companhia e pagamento do preço de emissão das ações. Os antigos acionistas detêm a
preferência para aquisição de novas ações emitidas por uma companhia. Todavia, o bônus de
subscrição retira este direito relativamente a algumas ações. Vejamos:

Art. 172. O estatuto da companhia aberta que contiver autorização para o


aumento do capital pode prever a emissão, sem direito de preferência para os
antigos acionistas, ou com redução do prazo de que trata o § 4o do art. 171, de
ações e debêntures conversíveis em ações, ou bônus de subscrição, cuja colocação
seja feita mediante:

I - venda em bolsa de valores ou subscrição pública; ou

II - permuta por ações, em oferta pública de aquisição de controle, nos termos dos
arts. 257 e 263.

A empresa possui capital autorizado de 12.000.000 e capital subscrito de 10.000.000, portanto, o


limite de aumento de capital autorizado, que também é o valor que Companhia J poderá emitir
Bônus de Subscrição, é de 12.000.000 – 10.000.000 = R$ 2.000.000,00. O gabarito é letra c.

74. (COPS UEL/SEFAZ PR/Auditor Fiscal/2012) Para contabilizar a aquisição de ações de emissão
própria (ações em tesouraria), os custos de transação incorridos na alienação de ações em
tesouraria devem ser tratados como

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a) acréscimo da conta ações em tesouraria do grupo de disponível pela transação e redução da


conta caixa pelo pagamento das mencionadas ações, não afetando o resultado do grupo
disponível.
b) acréscimo do capital social, valor esse contabilizado diretamente no patrimônio líquido, na
conta que houver sido utilizada como suporte à transação da aquisição de tais ações, não afetando
o resultado da entidade.
c) redução da conta caixa por pagamento da aquisição e consequente aumento da conta capital
social, em razão da transação de aquisição de ações de emissão própria.
d) redução do capital social, valor esse contabilizado diretamente no patrimônio líquido, na conta
que houver sido utilizada como suporte à transação da aquisição de tais ações, não afetando o
resultado da entidade.
e) redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação, resultados esses contabilizados
diretamente no patrimônio líquido, na conta utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não
afetando o resultado da entidade.

Comentários:

Os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem ser tratados como
redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação, resultados esses contabilizados
diretamente no patrimônio líquido, na conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição
de tais ações, não afetando o resultado da entidade.

Aproveitamos para lembrar que os custos de transação incorridos na aquisição de ações de


emissão da própria entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais
ações. O gabarito é letra e.

75. (FDC/ISS BH/Auditor Fiscal de Tributos Municipais/2012) A Companhia Industrial S/A foi
constituída em 10/02/2010, com capital autorizado de R$ 1.600.000. Num primeiro momento,
foram subscritas pelos seus acionistas, 550.000 ações ordinárias e 250.000 ações preferenciais,
todas com valor nominal de R$ 1,50. Entretanto, os acionistas só integralizaram 80% de cada
tipo de ações, no valor de R$ 1,90 cada uma. Considerando essas informações e de acordo
com a lei societária, pode-se afirmar que o capital inicial da companhia corresponde ao valor
de:
a) R$ 1.600.000
b) R$ 1.520.000
c) R$ 1.280.000
d) R$ 1.216.000
e) R$ 960.000

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Comentários:

Fique Atento! O capital autorizado, como o próprio nome sugere, é um limite para aumento de
capital social sem alteração estatutária. Como o quesito solicitou o capital inicial, devemos
desconsidera-lo.

Vimos que nas sociedades por ações o estatuto social deve definir o valor do capital social, o
número de ações em que o capital se divide e se elas terão ou não valor nominal.

A ação tem um valor pré-definido, o valor do capital social subscrito dividido pelo número de
ações emitidas. Isso é o seu valor nominal! Temos que destacar que as ações serão sempre
registradas pelo seu valor nominal. Assim, utilizaremos como base os R$ 1,50.

Num primeiro momento, foram subscritas pelos seus acionistas:

550.000 ações ordinárias x R$ 1,50 = R$ 825.000


250.000 ações preferenciais R$ 1,50 = R$ 375.000
Capital social Subscrito = R$ 1.200.0000

Dado que os acionistas só integralizaram 80% de cada tipo de ações, então o capital inicial será
de R$ 960.000 (R$ 1.200.000 x 80%). Assim, já podemos marcar a LETRA E como gabarito. Para
fins didáticos, continuemos...

Mas, professores, e o valor de R$ 1,90? Usaremos esse valor para calcular o ágio na emissão de
ações. Basicamente, ele é obtido pela diferença do valor da contribuição do subscritor e o valor
nominal.

Ágio na emissão de ações = Quantidade de ações x (contribuição do subscritor - valor nominal)


Ágio na emissão de ações = (550.000 + 250.000) x (R$ 1,90 – R$ 1,50)
Ágio na emissão de ações = 800.000 x R$ 0,4 = R$ 320.000

Lembrando que ele é uma reserva de capital.

Por fim, vejamos a composição do PL:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social 1.200.0000


(-) Capital a integralizar (240.000)
Reserva de Capital 320.000
Total PL 1.280.000

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7.LISTA DE QUESTÕES

7.1 - CEBRASPE

Com relação ao tratamento contábil do patrimônio líquido e de seus componentes, julgue os


próximos itens.
Situação hipotética: Uma sociedade por ações recomprou no mercado determinado tipo de suas
ações, gerando um saldo de ações em tesouraria de R$ 15 milhões. Simultaneamente, fez a oferta
de R$ 50 milhões de novas ações de outro tipo, de modo que obteve um ágio de 15% sobre esse
montante e incorreu em custos de transação de R$ 1,5 milhão.

1. (CEBRASPE/TCE – RJ/Analista de Controle Externo/2021) Assertiva: Sendo esses os únicos


eventos registrados no período analisado, será verificado um incremento superior a R$ 42
milhões no patrimônio líquido.

2. (CEBRASPE/TCE – RJ/Analista de Controle Externo/2021) Uma carteira de instrumentos


financeiros classificados como avaliados ao valor justo em outros resultados abrangentes, que
tenha variação positiva em seu valor justo de um período contábil a outro, ocasionará um
aumento no patrimônio líquido através do incremento no saldo da conta de ajuste de avaliação
patrimonial.

3. (CEBRASPE/TJ PA/Analista Judiciário - Ciências Contábeis/2020) Assinale a opção que


apresenta a conta do patrimônio líquido que, em decorrência da função que lhe foi atribuída
pela legislação societária, pode apresentar tanto saldo credor quanto saldo devedor no balanço
patrimonial.
a) ações em tesouraria
b) prejuízos acumulados
c) capital a integralizar
d) ajustes de avaliação patrimonial
e) reservas de capital

Com relação à composição das demonstrações contábeis exigidas pela legislação societária,
julgue o item a seguir.

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4. (CEBRASPE/SEFAZ AL/Auditor Fiscal da Receita Estadual/2020) A conta ajustes de avaliação


patrimonial pertence ao patrimônio líquido e destina-se a registrar, no balanço patrimonial, os
aumentos ou as diminuições de valor de elementos do ativo e do passivo sujeitos à avaliação a
valor justo por determinação legal ou regulamentação específica, enquanto tais variações não
puderem ser reconhecidas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência.

5. (CEBRASPE/SEFAZ RS/Auditor-Fiscal da Receita Estadual/2019) Na fiscalização de uma


sociedade anônima comercial, após o seu primeiro ano de funcionamento, verificou-se que a
empresa possuía
• capital subscrito no valor de R$ 2.000;
• capital realizado no valor de R$ 1.700;
• capital de terceiros no valor de R$ 600;
• prejuízo acumulado no valor de R$ 300.
Constatou-se, ainda, que não havia reservas, ações em tesouraria nem ajuste de avaliação
patrimonial nas demonstrações contábeis da sociedade.
Nessa situação hipotética, o valor do capital total à disposição da sociedade é igual a
a) R$ 1.700.
b) R$ 2.000.
c) R$ 2.300.
d) R$ 3.400.
e) R$ 4.000.

Com relação ao reconhecimento, à avaliação, à mensuração e à escrituração de itens patrimoniais


passivos e do patrimônio líquido, julgue o item seguinte.

6. (CEBRASPE/SLU DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Ciências Contábeis/2019) Ágio


na emissão de ações, alienação de partes beneficiárias e obtenção de incentivos fiscais são
eventos que exigem a constituição das respectivas reservas de capital.

Com relação ao reconhecimento, à avaliação, à mensuração e à escrituração de itens patrimoniais


passivos e do patrimônio líquido, julgue o item seguinte.

7. (CEBRASPE/SLU DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Ciências Contábeis/2019) A


conta ajuste de avaliação patrimonial, integrante do patrimônio líquido, registra a variação de
valor justo de instrumentos patrimoniais designados ao valor justo em outros resultados
abrangentes (VJORA) e será creditada quando ocorrer variação positiva desse valor justo.

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Acerca das contas e dos grupos patrimoniais de empresas comerciais, julgue o seguinte item.

8. (CEBRASPE/TJ AM/AJ - Contabilidade/2019) A conta de ajustes de avaliação patrimonial


recebe lançamentos em contrapartida de variações nos ajustes a valor presente de itens do
passivo não circulante.

Acerca das contas e dos grupos patrimoniais de empresas comerciais, julgue o seguinte item.
9. (CEBRASPE/TJ AM/AJ - Contabilidade/2019) A conta de ações em tesouraria pertence ao
grupo de investimentos, no ativo.

Com relação aos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item
a seguir.

10. (CEBRASPE/EBSERH/Analista Administrativo - Contabilidade/2018) A utilização de ações


disponíveis em tesouraria para a captação de caixa por meio do ingresso de novos acionistas
não controladores na entidade constitui um tipo de receita.

De acordo com as normas contidas nas legislações de contabilidade aplicáveis às demonstrações


contábeis, julgue o item que se segue.

11. (CEBRASPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área 1/2018) O resultado da venda de ações


em tesouraria deverá ser registrado a crédito (ganho) de conta específica de reservas de lucro
ou a débito (prejuízo) da conta que contabiliza a origem dos recursos aplicados em sua
aquisição.

12. (CEBRASPE/SEFAZ RS/Técnico Tributário da Receita Estadual/2018) A contrapartida da saída


financeira de uma operação de aquisição de ações da própria empresa (ações em tesouraria)
deve ser reconhecida em uma conta de natureza
a) credora, no passivo circulante.
b) credora, no ativo não circulante.
c) devedora, no ativo não circulante.
d) devedora, no patrimônio líquido.
e) credora, no patrimônio líquido.

Na elaboração do balanço patrimonial relativo ao exercício social encerrado em 31 de dezembro


de 2017, determinada sociedade anônima adotou os procedimentos a seguir.

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13. (CESPE/CAGE-RS/Auditor de Estado/2018.adaptada) As ações em tesouraria foram


apresentadas no balanço retificando a conta de patrimônio líquido que registrava a origem dos
recursos utilizados na sua aquisição.

14. (CEBRASPE/TRT 7ª Região/Analista Judiciário - Contabilidade/2017) Uma companhia comprou


suas próprias ações para manter em tesouraria e, em momento posterior, as vendeu por valor
50% superior ao valor da compra.
Nessa situação hipotética, os custos de corretagem de compra das ações e a diferença positiva
entre o custo de aquisição das ações e o valor de venda devem ser reconhecidos, respectivamente,
como
a) outras despesas do exercício e reserva de capital.
b) outras despesas do exercício e outras receitas do exercício.
c) acréscimo do custo das ações e reserva de capital.
d) acréscimo do custo das ações e outras receitas do exercício.

15. (CEBRASPE/TRE-BA/Técnico.Judiciário-Contabilidade/2017) As contrapartidas de aumentos


ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo em decorrência da sua
avaliação a valor justo são classificadas como
a) depreciação, exaustão e amortização.
b) valores em uso.
c) provisões para créditos de liquidação duvidosa.
d) reservas para contingências.
e) ajustes de avaliação patrimonial.

De acordo com a legislação societária, os princípios de contabilidade e os pronunciamentos do


Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item seguinte, relativo a demonstrações
contábeis.
Situação hipotética: Determinada empresa apresentou as seguintes contas ao fim de determinado
exercício.
contas saldo em reais
ações em tesouraria 273.600
capital social 6.241.700
reservas de capital 203.700
reservas de lucro 1.657.100

16. (CESPE/TCE-PE/ACE/2017) Assertiva: Nessa situação, o valor do patrimônio líquido a ser


apresentado no balanço patrimonial será superior a R$ 8 milhões.

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O patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os
seus passivos. A respeito do patrimônio líquido e das contas que o integram, julgue os itens a
seguir.
17. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017.Adaptada) Ações em tesouraria são contas
redutoras de patrimônio líquido, por representarem o prejuízo assumido pela entidade ao
recomprar suas próprias ações.

18. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017.Adaptada) A conta denominada ajuste de


avaliação patrimonial tem como função apresentar as diferenças (positivas ou negativas)
decorrentes da reavaliação de ativos imobilizados, fixos ou instrumentos financeiros.

19. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017.Adaptada) A diferença positiva entre o valor


nominal de uma ação negociada em bolsa e o valor pago pelo comprador configura a
contabilização de uma reserva de capital.

20. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017.Adaptada) No patrimônio líquido, capital a


subscrever e capital a integralizar são contas sinônimas: ambas representam parcela do capital
já subscrito e ainda não transferido à entidade.

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e suas atualizações e com os pronunciamentos do
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item que se segue.

21. (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional/2017) Ajustes de avaliação patrimonial é conta


do patrimônio líquido e constitui um tipo de reserva de capital.

22. (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional/2017) A conta de ajuste de avaliação


patrimonial, integrante do patrimônio líquido, representa a contrapartida de aumentos ou
diminuições do valor de elementos patrimoniais avaliados a valor justo, podendo ter partes de
seu valor transferidas diretamente para lucros ou prejuízos do exercício, quando da baixa dos
itens patrimoniais que lhe deram causa.

23. CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/TCU/2015) O lançamento contábil de conversão


de debêntures em ações pelo mesmo valor da emissão inicial não envolve contas de ativo.

24. (CESPE/Analista/MPU/2015) O capital social integralizado pelos sócios deve ser discriminado,
em uma única conta, pelo seu montante, sem qualquer dedução.

25. (CESPE/Agende de Polícia Federal/2014) Se uma companhia alienar partes beneficiárias ou


bônus de subscrição, o produto da alienação deverá ser registrado como reserva de capital.

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7.2 - FCC

26. (FCC/Assembleia Legislativa do Amapá/Analista Legislativo/Contador/2020) A Cia. Só


Problemas é uma empresa comercial e possuía, em 30/09/2019, a seguinte situação patrimonial:
− Disponível ........................................................................... R$ 200.000,00
− Estoques ............................................................................. R$ 50.000,00
− Fornecedores ...................................................................... R$ 80.000,00
− Capital Social ...................................................................... R$ 170.000,00
Durante o mês de outubro de 2019, a Cia. realizou as seguintes operações:
Data Operação
Venda de estoque a prazo pelo valor de R$ 70.000,00, sendo que o estoque havia
01/10
custado R$ 20.000,00.
Pagamento de R$ 40.000,00 ao fornecedor Pedro para que este entregue mercadorias
07/10
para a empresa em dezembro de 2019.
Recebimento de R$ 50.000,00 do cliente Diogo, assumindo o compromisso de
11/10
entregar-lhe produtos em 31 de outubro de 2019.
17/10 Pagamento de fornecedores no valor de R$ 30.000,00.
Reconhecimento de um processo trabalhista em que o valor de perda provável é R$
23/10
20.000,00.
Pagamento dos salários dos funcionários correspondentes ao mês de outubro de 2019
31/10
no valor de R$ 25.000,00.
Entrega, ao cliente Diogo, das mercadorias correspondentes ao valor que havia sido
31/10
recebido em 11/10. O custo das mercadorias entregues foi R$ 15.000,00.
Após o registro das operações acima, o total do patrimônio líquido da Cia. Só Problemas, em
31/10/19, era, em reais,
(A) 160.000,00.
(B) 195.000,00.
(C) 230.000,00.
(D) 175.000,00.
(E) 210.000,00.

27. (FCC/ICMS-SC/Auditoria e Fiscalização/2018) Em 30/11/2017, a empresa TecnoBite, que atua


no setor de revenda de computadores, apresentava a seguinte situação patrimonial:
− Caixa e Equivalentes de Caixa R$ 5.000,00
− Capital Social R$ 41.000,00
− Contas a Pagar R$ 14.000,00

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− Imobilizado R$ 75.000,00
− Depreciação Acumulada R$ 25.000,00
Durante o mês de dezembro de 2017, a TecnoBite realizou as seguintes operações:
− Obtenção de empréstimo, em 01/12/2017, no valor de R$ 50.000,00, para ser pago em 60 dias.
A taxa de juros compostos contratada foi de 2% a.m.
− Aquisição de estoque no valor de R$ 35.000,00, à vista.
− Pagamento de R$ 8.000,00 do total de Contas a Pagar.
− Venda de 60% do estoque no valor total de R$ 75.000,00 à vista, para diversos clientes.
− Aquisição de estoque no valor de R$ 30.000,00, à vista.
− Pagamento de despesas gerais referentes ao mês de dezembro de 2017 no valor total de R$
6.000,00.
− O imobilizado tem uma vida útil de 60 meses, sem valor residual, sendo utilizado o método das
cotas constantes, dos quais já passaram 20 meses.
O valor do patrimônio líquido da empresa TecnoBite era, em 31/12/2017, em reais,
(A) 88.000,00.
(B) 73.000,00.
(C) 89.000,00.
(D) 87.750,00.
(E) 86.750,00.
28. (FCC/SABESP/Analista de Gestão - Contabilidade/2018) Em 31/12/2016 a Cia. das Flores
apresentava os seguintes saldos para as contas componentes do seu Patrimônio Líquido:
− Capital Social ......................................................................................................... R$ 500.000,00
− Reservas de Capital .................................................................................................. R$ 50.000,00
− Reservas de Lucros .................................................................................................. R$ 300.000,00
− Ações em Tesouraria .............................................................................................. R$ 100.000,00
Durante o ano de 2017 ocorreram os seguintes fatos relacionados com a empresa:
1. Apurou Lucro Líquido de R$ 180.000,00.
2. Recebeu em doação um terreno no valor de R$ 60.000,00, com restrições a serem cumpridas
pela empresa.
3. Distribuiu dividendos no valor de R$ 45.000,00.
4. Constituiu Reserva de Incentivos Fiscais no valor de R$ 30.000,00.
5. Vendeu todas as Ações em Tesouraria por R$ 120.000,00.

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Após o registro destas transações, o Patrimônio Líquido da Cia. das Flores era, em reais,
a) 1.105.000,00.
b) 1.005.000,00.
c) 930.000,00.
d) 1.085.000,00.
e) 1.065.000,00.

A Cia. Canguru apresentava em 31/12/2016 as seguintes contas com os respectivos saldos:


(Valores em R$)
Duplicatas a Receber 75.000
Capital Social 90.000
Empréstimos Bancários Obtidos (pagamento em 31/01/2018) 55.000
Disponível 183.000
Estoques de Mercadorias 165.000
Receita Bruta de Vendas 550.000
Títulos Mantidos até o Vencimento (vencimento em 31/12/2017) 20.000
Custo das Mercadorias Vendidas 180.000
Impostos sobre Vendas 75.000
Fornecedores 330.000
Despesa com Salários 40.000
Depreciação Acumulada (referente às máquinas e equipamentos) 11.000
Adiantamento a Fornecedores 38.000
Investimentos em Controladas 120.000
Contas a Pagar 15.000
Reserva Legal 6.500
Despesa Financeira 14.000
Despesa de Depreciação 16.000
Dividendos a Pagar 18.000
Máquinas e equipamentos (usados na atividade da empresa) 210.000
Impostos a Pagar 15.000
Reserva Estatutária 13.500
Resultado de Equivalência Patrimonial (positivo) 13.000
Estimativa de Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa 14.000
Ajustes de Avaliação Patrimonial (credora) 48.000
Abatimentos sobre vendas 13.000
Despesa com Imposto de Renda e CSLL 17.000
Despesa com Estimativa de Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa 13.000

29. (FCC/Artesp/Técnico em Regulação/2017) O valor do Patrimônio Líquido da Cia. Canguru,


apresentado em seu Balanço Patrimonial de 31/12/2016, era, em reais,

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a) 158.000,00.
b) 353.000,00.
c) 371.000,00.
d) 428.000,00.
e) 339.000,00.

30. (FCC/Artesp/Técnico em Regulação/2017) Em relação ao plano de conta das empresas, a conta


Ações em Tesouraria tem natureza
a) credora e é classificada no Patrimônio Líquido.
b) devedora e é classificada no Ativo Não Circulante.
c) devedora e é classificada no Patrimônio Líquido.
d) devedora e é classificada no Resultado do período.
e) credora e é classificada no Passivo Circulante ou Não circulante, dependendo do seu prazo de
pagamento.
31. (FCC/TRT 11ª Região/Analista Judiciário - Contabilidade/2017) A empresa Metais Leves & Cia.
adquiriu, em 31/12/2014, ações de sua própria emissão e, para isso, incorreu nos seguintes
gastos:
Valor pago pelas ações = R$ 1.000.000,00
Custos adicionais totais = R$ 50.000,00
Em 31/12/2016, a empresa revendeu todas estas ações por R$1.200.000,00 à vista, incorrendo em
custos de transação no valor de R$ 10.000,00.
Com base nestas informações, a empresa Metais Leves & Cia.
a) reconheceu como Ações em Tesouraria o valor de R$ 1.000.000,00, em 31/12/2014.
b) reconheceu como Despesa do Exercício o valor de R$ 50.000,00, em 31/12/2014.
c) reduziu o seu Patrimônio Líquido em R$ 1.000.000,00, em 31/12/2014.
d) apurou resultado positivo com a venda das Ações em Tesouraria no valor de R$ 140.000,00, em
31/12/2016.
e) aumentou o seu Patrimônio Líquido em R$ 1.200.000,00, em 31/12/2016.

A Empresa Atlanta S.A., antes da apuração do resultado do exercício de 2015, apresentava as


seguintes contas e seus respectivos saldos em 31/12/2015, em reais:
Ações em Tesouraria 2.500,00
Marcas e Patentes 22.000,00
Adiantamento de Clientes 25.000,00

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Ajuste de Avaliação Patrimonial (saldo credor) 12.000,00


Alugueis Pagos Antecipadamente 22.500,00
Caixa e Equivalentes de Caixa 15.000,00
Capital Social 230.000,00
Clientes 250.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas 210.000,00
Depreciação Acumulada 45.000,00
Despesa com Alugueis 45.000,00
Despesa com EPCLD 7.500,00
Despesa com Salários 75.000,00
Despesa de Depreciação 30.000,00
Despesa Financeira 6.500,00
Despesas com Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro 33.000,00
Devoluções de Vendas 20.000,00
Empréstimos a Pagar 160.000,00
Estimativa para Crédito de Liquidação Duvidosa (EPCLD) 7.500,00
Estoques 100.000,00
Fornecedores 82.000,00
Investimentos Permanentes em Outras Empresas 58.000,00
Máquinas e Equipamentos 300.000,00
Provisões Trabalhistas 105.000,00
Receita Bruta de Vendas 590.000,00
Receita de Dividendos 2.000,00
Reserva de Lucros a Realizar 6.500,00
Reserva Legal 12.000,00
Resultado Negativo de Equivalência Patrimonial 10.000,00
Reversão de Provisões Trabalhistas 40.000,00
Tributos sobre Vendas 110.000,00

32. (FCC/SEFAZ-MA/Técnico/2016) O saldo do Patrimônio Líquido em 31/12/2015 foi, em reais,


de
a) 258.000,00.
b) 263.000,00.
c) 238.000,00.
d) 298.000,00.
e) 343.000,00.

33. (FCC/ELETROSUL/Administração de Empresas/2016) Entre as possibilidades conferidas pela


legislação societária para a utilização das Reservas de Capital se insere
a) a absorção de prejuízos que não ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros.

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b) a redução do capital social, para absorção dos prejuízos acumulados.


c) o pagamento de dividendos a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada.
d) o aumento do capital autorizado, mediante alteração estatutária.
e) a recomposição do caixa da companhia em face da materialização de provisões.
34. (FCC/SEFAZ PI/Auditor Fiscal da Fazenda Estadual/2015) Em 30/06/2014, a Cia. Pro & Pina
adquiriu 50.000 ações de sua própria emissão e incorreu nos seguintes gastos:
Valor pago pelas ações = R$ 375.000,00
Custos de transação = R$ 5.000,00
Em 15/12/2014, a empresa revendeu estas ações por R$ 350.000,00 à vista, incorrendo em custos
de transação no valor de R$ 2.000,00.
Com base nestas informações, é correto afirmar que a Cia. Pro & Pina
a) reconheceu, em 30/06/2014, como Ações em Tesouraria o valor de R$ 375.000,00.
b) aumentou, em 30/06/2014, o seu Patrimônio Líquido em R$ 380.000,00.
c) aumentou, em 15/12/2014, o seu Patrimônio Líquido em R$ 348.000,00.
d) apurou um prejuízo com a venda das Ações em Tesouraria de R$ 25.000,00.
e) reduziu, em 15/12/2014, o seu Patrimônio Líquido em R$ 350.000,00.
35. (FCC/TRF 3ª Região/Técnico Judiciário - Contabilidade/2014) As contas do Patrimônio Líquido
da Empresa Margarida S.A. apresentavam, em 31/12/2012, os seguintes saldos:
Contas R$
Capital Social 1.000.000
(−) Ações em Tesouraria (400.000)
Reservas de Lucros 300.000
Total 900.000
O valor registrado na conta Ações em Tesouraria corresponde a 400.000 ações. No ano de 2013,
a empresa recolocou estas ações no mercado ao valor unitário de R$ 1,50.
O valor total do Patrimônio Líquido da empresa, após a venda das ações em tesouraria, é, em R$,
igual a
a) 1.300.000,00.
b) 1.700.000,00.
c) 1.500.000,00.
d) 1.900.000,00.
e) 1.100.000,00.

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36. (FCC/TCE-RS/Auditor Público Externo - Ciências Contábeis/2014) A empresa Invest & Cia.
adquiriu, em 31/12/2013, ações de sua própria emissão e, para isso, incorreu nos seguintes
gastos:
Valor pago pelas ações = R$ 150.000,00
Custos adicionais de transação = R$ 2.000,00
Em 30/06/2014, a empresa revendeu estas ações por R$ 160.000,00 à vista, incorrendo em novos
custos de transação no valor de R$ 3.000,00.
Nesse caso, a empresa Invest & Cia.
a) reconheceu como Ações em Tesouraria o valor de R$ 150.000,00, em 31/12/2013.
b) reconheceu como Despesa o valor de R$ 3.000,00, em 30/06/2014.
c) reduziu o seu Patrimônio Líquido em R$ 152.000,00, em 31/12/2013.
==71710==

d) apurou um resultado com a venda das Ações em Tesouraria de R$ 7.000,00.


e) aumentou o seu Patrimônio Líquido em R$ 160.000,00, em 30/06/2014.

37. (FCC/ALESP/Analista Legislativo/Economia - Administração - Ciências Contábeis/2010) O


valor estabelecido como representativo da parcela de participação do sócio na empresa, mas
ainda não entregue em dinheiro, é evidenciado na conta
a) Capital Social.
b) Capital Social Autorizado.
c) Capital Social Vinculado.
d) Capital Social a Integralizar.
e) Capital Social a Reduzir.

38. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) A empresa Capital Ltda. aumentou seu capital
em R$ 200.000,00. A sociedade é formada por 4 sócios, cada um com 25%. Dois sócios fizeram
a transferência dos recursos no ato da reunião da diretoria e os demais acordaram em transferir
os recursos em dois meses. A conta em que ficará registrado o direito da empresa em receber
esses recursos é Capital Social a
(A) Autorizar.
(B) Capitalizar.
(C) Receber.
(D) Integralizar.
(E) Subscrever.

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7.3 - FGV

39. (FGV/COMPESA/Técnico em Contabilidade/2018) Em relação ao patrimônio líquido de uma


entidade, o valor que deve compor o saldo da conta de Capital Social é o capital
a) subscrito.
b) líquido.
c) realizado.
d) acumulado.
e) autorizado.

40. (FGV/SEFIN RO/Técnico Tributário/2018) No ano de 2016, a Cia. ABC abriu seu capital por
meio da emissão de títulos patrimoniais. Os custos de transação, diretamente atribuíveis à
emissão, foram de R$ 10.000.
Assinale a opção que indica onde foram reconhecidos os custos de transação nas Demonstrações
Contábeis, de 31/12/2016, da Cia. ABC.
a) Na Demonstração do Resultado do Exercício como Outras Despesas Operacionais.
b) Na Demonstração do Resultado do Exercício como Despesa Financeira.
c) No Balanço Patrimonial como Despesa Antecipada.
d) No Balanço Patrimonial como Reserva de Capital.
e) no Balanço Patrimonial, como redutor do Patrimônio Líquido, na conta Custo com a emissão de
Ações.
41. (FGV/ALERO/Analista Legislativo - Contabilidade/2018) Uma entidade abriu o seu capital em
2017, por meio da emissão de títulos patrimoniais. A abertura foi autorizada pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM).
No processo, a entidade incorreu em custos de transação diretamente atribuíveis à emissão, no
valor de R$100.000. A emissão foi bem sucedida.
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 08 (R1) - Custos de Transação e Prêmios na
Emissão de Títulos e Valores Mobiliários, assinale a opção que indica a correta classificação dos
custos de transação nas demonstrações contábeis da entidade.
a) Outras Despesas Operacionais na Demonstração do Resultado do Exercício.
b) Despesa Financeira na Demonstração do Resultado do Exercício.
c) Custos de Transação na Demonstração dos Resultados do Exercício.
d) Reserva de Lucros no Balanço Patrimonial.
e) Redutor do patrimônio líquido no Balanço Patrimonial.

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42. (FGV/Contador/Prefeitura de Salvador/2017) A Cia. ABC emitiu, em 2016, títulos patrimoniais


no valor de R$ 200.000,00, tendo procura satisfatória. No processo de captação de recursos, a
empresa incorreu em custos de transação vinculados à emissão no valor de R$ 10.000,00.
Os custos de transação devem ser contabilizados como
a) despesa financeira.
b) despesa operacional.
c) ativo intangível.
d) redutores do patrimônio líquido
e) outros resultados abrangentes
43. (FGV/SEPOG-RO/Analista de Planejamento e Finanças/2017) Em 01/01/2016, Manuel e
Joaquim resolvem formar uma sociedade empresária. Na ocasião, o contrato social estabelecia
que cada sócio contribuiria com R$ 50.000 para a formação do capital social da entidade.
Naquela data, entretanto, cada sócio contribuiu efetivamente com R$ 40.000, sendo que
Manuel integralizou sua parcela mediante a entrega de um imóvel para ser utilizado pela
sociedade empresária e Joaquim, mediante a entrega do montante em dinheiro.
Assinale a opção que indica os lançamentos contábeis gerados.
a) D- Ativo Circulante: R$ 50.000; D- Ativo Imobilizado: R$ 50.000; C- Capital Social: R$ 100.000.
b) D- Ativo Circulante: R$ 40.000; D- Ativo Imobilizado: R$ 40.000; C- Capital Social: R$ 80.000.
c) D- Ativo Circulante: R$ 40.000; D- Ativo Imobilizado: R$ 40.000; D- Capital Social a Integralizar:
R$ 20.000; C- Capital Social Subscrito: R$ R$ 100.000.
d) D- Ativo Circulante: R$ 50.000; D- Ativo Imobilizado: R$ 50.000; C- Capital Social a Integralizar:
R$ 20.000; C- Capital Social: R$ 80.000.
e) D- Ativo Circulante: R$ 50.000; D- Investimentos: R$ 50.000; C - Capital Social a Integralizar: R$
20.000; C- Capital Social: R$ 80.000.

44. (FGV/Pref. Paulínia/Contador/2016) Uma empresa, em 03/01/2016, emitiu bônus de subscrição.


O valor recebido correspondia a R$ 10,00 por ação.
Assinale a opção que indica o correto reconhecimento do valor recebido no balanço patrimonial
da empresa.
a) Reserva de Lucros.
b) Lucros Acumulados.
c) Ações em Tesouraria.
d) Reserva de Capital.
e) Capital Social.

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45. (FGV/COMPESA/Contador/2016) A Cia. Y apresentava o seguinte balanço patrimonial em


31/12/X0:
Fornecedores 900
Caixa 1.500
Capital 1.000
Terrenos 800
Reserva Estatutária 400
Ativo Total 2.300 Passivo + PL 2.300
Na data, o capital social era constituído por 1.000 ações com valor nominal de R$ 1,00.
Em X1, a Cia. Y realizou as seguintes operações abrangendo ações de sua própria emissão:
• Compra de 80 ações por R$ 120,00 à vista.
• Venda das mesmas 80 ações por R$ 140,00 à vista.
Com base nas informações acima, assinale a opção que indica a conta em que deve ser
apresentado o efeito positivo de R$ 20,00.
a) Resultado Operacional.
b) Outras Receitas Operacionais.
c) Reservas de Capital.
d) Reservas de Lucros.
e) Ajustes de Avaliação Patrimonial.
46. (FGV/CODEBA/Analista Portuário/Contador/2016) Uma sociedade empresária apresentava o
seguinte balanço patrimonial:
Caixa 1.000
Total do Ativo 1.000
Capital Social 880
Reserva de Capital 200
Ações em Tesouraria -80
Total do PL 1.000
A sociedade empresária alienou suas ações em tesouraria por R$ 90.
Assinale a opção que indica a correta contabilização do resultado desta alienação.
a) Resultado Operacional.
b) Ajuste de avaliação patrimonial.
c) Reserva de Lucros.
d) Reserva de Capital
e) Outros resultados abrangentes.

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47. (FGV/DPE RO/Analista Contábil/2015) A empresa de mergulho Corujá S.A. fez um aumento de
capital para ampliar a sua área de atuação. Foram emitidas 100.000 novas ações ao preço de $
15,00 cada. O preço nominal de cada ação corresponde a $ 10,00 e foram incorridos gastos no
valor de $ 200.000,00 para a emissão das novas ações.
Supondo que todas as ações tenham sido vendidas, a contabilização mais adequada para a
operação é:
a) D – Caixa (Ativo) - $ 1.300.000,00
D – Despesa com emissão de ações (DRE) - $ 200.000,00
C – Capital Social (PL) - $ 1.500.000,00
b) D – Caixa (Ativo) - $ 1.300.000,00
C – Capital Social (PL) - $ 1.300.000,00
c) D – Caixa (Ativo) - $ 1.300.000,00
D – Despesa com emissão de ações (DRE) - $ 200.000,00
C – Capital Social (PL) - $ 1.000.000,00
C – Reserva de Capital (PL) - $ 500.000,00
d) D – Caixa (Ativo) - $ 1.300.000,00
C – Capital Social (PL) - $ 1.000.000,00
C – Reserva de Capital (PL) - $ 300.000,00
e) D – Caixa (Ativo) - $ 1.300.000,00
D – Despesas Financeiras (DRE) - $ 200.000,00
C – Capital Social (PL) - $ 1.500.000,00

48. (FGV/Analista Contábil/DPE/MT/2015) As reservas de capital podem ser utilizadas para as


finalidades listadas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Incorporação de capital.
b) Pagamento de dividendo cumulativo a ações preferenciais, com prioridade no seu recebimento,
quando essa vantagem for assegurada pelo estatuto social.
c) Resgate, reembolso ou compra de ações.
d) Pagamento de contingências em situação de organização societária.
e) Absorção de prejuízos, quando esses ultrapassarem as reservas de lucros.

49. (FGV/Analista Contábil/DPE MT/2015) As contas integrantes do patrimônio líquido,


evidenciadas na demonstração das mutações do patrimônio líquido, podem sofrer variações
por itens que afetam o patrimônio total e por itens que não o afetam.

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Assinale a opção que apresenta um item que afeta o patrimônio total.


a) Aumento de capital com utilização de lucros.
b) Compensação de prejuízos com reservas.
c) Ajuste de avaliação patrimonial.
d) Reversão de reserva patrimonial para a conta de Prejuízos Acumulados.
e) Apropriação do lucro líquido do exercício por meio da conta de Lucros para formação de
Reserva para Contingências.

50. (FGV/DPE MT/Contador/2015) Uma empresa possuía, em 31/12/2013, R$ 200.000,00 em ações


em tesouraria. No ano de 2014, a empresa alienou metade dessas ações por R$ 130.000,00.
Em suas demonstrações contábeis, a empresa deverá evidenciar o saldo positivo de R$ 30.000,00
do seguinte modo:
a) como Resultado Operacional, na Demonstração do Resultado do Exercício.
b) como Outros Resultados Operacionais, na Demonstração do Resultado do Exercício.
c) como Ajustes de Exercícios Anteriores, na Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido.
d) como Reserva de Capital, no Balanço Patrimonial.
e) como Reserva de Lucros, no Balanço Patrimonial.
51. (FGV/Caruaru/Contador/2015) De acordo com a Lei nº 11.638/07, que alterou a Lei nº 6.404/76,
assinale a opção que indica a correta composição do patrimônio líquido.
a) Capital social, reservas de capital, reservas de lucros e prejuízos acumulados.
b) Capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e prejuízos
acumulados.
c) Capital social, reservas de capital, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados.
d) Capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em
tesouraria e prejuízos acumulados.
e) Capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, ajustes de avaliação patrimonial,
reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.

52. (FGV/DPE RJ/Técnico Superior Especializado - Ciências Contábeis/2014) Considere os saldos


abaixo:
ADIANTAMENTO DE CLIENTES 8.000
APLICAÇÕES FINANCEIRAS 15.000
AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL ?
CAPITAL SOCIAL 55.000
CONTAS A RECEBER 20.000

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DEPÓSITOS JUDICIAIS 5.000


DESPESAS ANTECIPADAS 3.000
DISPONIBILIDADES 35.000
EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS A CONTROLADAS 8.000
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS DE CURTO PRAZO 32.000
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS DE LONGO PRAZO 51.000
ESTOQUE 27.000
FONECEDORES 20.000
IMOBILIZADO 40.000
INTANGÍVEL 11.000
INVESTIMENTOS 9.000
RESERVAS 6.000
SALÁRIOS A PAGAR 11.500
TRIBUTOS A RECOLHER 1.500
O saldo da conta “Ajuste de Avaliação Patrimonial” é
a) 28.000 devedor
b) 18.000 devedor
c) 12.000 devedor
d) 4.000 credor
e) 12.000 credor
53. (FGV/AL-BA/Técnico de Nível Superior/2014) Uma empresa apresentava as seguintes
informações em relação a seu Ativo e Passivo, em 01/01/2014.
Dividendos a pagar R$ 40.000,00
Fornecedores R$ 50.000,00
Aplicações financeiras R$ 130.000,00
Empréstimos obtidos R$ 30.000,00
Clientes R$ 64.000,00
Caixa e equivalente a caixa R$ 25.000,00
Estoques R$ 35.000,00
Financiamentos R$ 55.000,00
Máquinas R$ 120.000,00
Depreciação Acumulada R$ 30.000,00
Passivos contingentes R$ 45.000,00
Provisão para recuperabilidade dos ativos R$ 20.000,00
Provisão para 13º salário R$ 48.000,00
Com base nas informações acima, o valor do Patrimônio Líquido da empresa, em 01/01/2014, era
de

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a) R$ 56.000,00.
b) R$ 112.000,00.
c) R$ 101.000,00.
d) R$ 121.000,00.
e) R$ 161.000,00.

54. (FGV/AL-BA/ Técnico de Nível Superior/2014) Assinale a opção que indica um fim para o qual
as reservas de capital não podem ser utilizadas.
a) Absorver prejuízos, quando estes ultrapassarem as reservas de lucros.
b) Resgate, reembolso ou compra de ações.
c) Resgate de partes beneficiárias.
d) Incorporação ao capital.
e) Pagamento de dividendos a ações ordinárias e preferenciais.

55. (FGV/ AL-BA/Auditor/2014) A Cia. W, em 31/12/2013, apresentou as informações a seguir:


Financiamentos R$ 12.000,00
Dividendos a pagar R$ 3.000,00
Fornecedores R$ 7.000,00
Máquinas R$ 100.000,00
Depreciação acumulada R$ 30.000,00
Provisão para perda dos estoques R$ 3.000,00
Marcas R$ 30.000,00
Caixa e equivalentes de caixa R$ 10.000,00
Aplicações financeiras R$ 20.000,00
Salários a pagar R$ 15.000,00
Estoques R$ 35.000,00
Clientes R$ 40.000,00
Provisão para créditos de liquidação duvidosa R$ 2.000,00
Passivos contingentes R$ 17.000,00
Devoluções sobre vendas R$ 23.000,00
Obrigações fiscais R$ 23.000,00
Considerando apenas essas informações, o Patrimônio Líquido da Cia. W, em 31/12/2013, era de
a) R$ 123.000,00.
b) R$ 140.000,00.
c) R$ 143.000,00.
d) R$ 146.000,00.
e) R$ 152.000,00.

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56. (FGV/Auditor Fiscal/ICMS RJ/2009) A Cia. Três Corações abriu seu capital em 2008, por meio
de emissão de títulos patrimoniais, autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários. A empresa
incorreu em $ 2.000.000 de custos de transação diretamente atribuíveis à emissão efetuada.
De acordo com o CPC 08, aprovado pelo CFC, esse valor deve ser reconhecido como:
(A) Despesa Financeira.
(B) Ativo Intangível.
(C) Ativo Diferido.
(D) Redutor do Patrimônio Líquido.
(E) Despesa Antecipada.

7.4 - VUNESP

57. (VUNESP/CM Orlândia/Contador/2019) Assinale a alternativa que indica o valor do Patrimônio


Líquido da empresa Luar dos Mares Ltda, hipoteticamente, em 31 de dezembro de 2018, após
o encerramento do exercício, conforme balancete a seguir, fornecido pela contabilidade da
empresa.
Conta Contábil Reais
Estoques 55.200,00
Fornecedores 70.000,00
Reserva legal 10.000,00
Despesas gerais 54.000,00
Imobilizado 90.800,00
Contas a pagar 16.000,00
Despesas administrativas 36.000,00
Aplicações financeiras 28.000,00
Capital social 90.000,00
Custo das mercadorias vendidas 186.000,00
Lucros a destinar 20.000,00
Receitas financeiras 5.000,00
Despesas financeiras 17.000,00
Empréstimos e financiamentos 34.000,00
Duplicatas a receber 80.000,00
Vendas de mercadorias 330.000,00
Caixa e equivalentes de caixa 28.000,00
a) R$ 159.000,00
b) R$ 160.000,00

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c) R$ 161.000,00
d) R$ 161.800,00
e) R$ 162.000,00

58. (VUNESP/ISS Campinas/Auditor Fiscal Tributário Municipal/2019) Pelas atuais Normas


Brasileiras de Contabilidade, é classificada como uma reserva de capital:
a) Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures.
b) Reserva Estatutária.
c) Reserva de Ágio na Emissão de Ações.
d) Reserva de Subvenções Governamentais para Investimento.
e) Reserva para Pagamento de Dividendo Obrigatório.

59. (VUNESP/MPE-SP/Contador/2019) O patrimônio líquido pode ser estudado de diferentes


perspectivas, como, por exemplo, dos pontos de vista legal, contábil e econômico.
Considerando-se essas vertentes, é correto afirmar:
a) contabilmente, o patrimônio líquido corresponde à diferença entre ativos totais e passivos
exigíveis.
b) economicamente, o patrimônio líquido é o valor de mercado de uma entidade.
c) legalmente, o patrimônio líquido pode ser entendido como o valor de responsabilidade dos
sócios em relação às obrigações de uma entidade, no caso de uma empresa S.A.
d) o patrimônio líquido contábil é o conjunto dos fluxos de caixa futuros da entidade trazidos a
valor presente pelo seu custo de oportunidade.
e) economicamente, o patrimônio líquido é obtido trazendo os fluxos de resultados previstos a
valor presente pelo seu custo de oportunidade.

60. (VUNESP/TJ-SP/Contador /2019) Sobre as contas do Patrimônio Líquido, é correto afirmar que
a) alienação de partes beneficiárias é uma transação classificada como reserva de lucros.
b) a conta capital a integralizar é uma conta redutora do capital social.
c) os dividendos declarados e pagos no período são evidenciados nas reservas de capital.
d) as reservas de capital recebem os saldos referentes à variação do valor justo de instrumentos
financeiros.
e) as reservas de lucros recebem o ágio da emissão das ações com valor nominal.

61. (VUNESP/Pref. Valinhos/Contador/2019) Com base no balancete de verificação da Indústria e


Comércio Sabe Tudo Ltda., em 31 de março de 2019, responda à questão.

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Balancete Contábil em 31/03/2019


Descrição da Conta Contábil Reais
Reservas de Lucros 198.000,00
Outras Despesas Operacionais 18.000,00
Receitas de Vendas 640.000,00
Bancos 240.000,00
Fornecedores 240.000,00
Empréstimos Bancários 230.000,00
Perda Estimada com Créditos de Liquidação Duvidosa 21.000,00
Impostos sobre Vendas 120.000,00
Estoques 500.000,00
Impostos a Recolher 70.000,00
Despesas Administrativas e Gerais 90.000,00
Contingências Trabalhistas 270.000,00
Devoluções de Vendas 10.000,00
Caixa 10.000,00
CPV 240.000,00
Depósitos Judiciais 70.000,00
Despesas de Vendas 60.000,00
Salários a Pagar 90.000,00
Capital 240.000,00
Contas a Receber de Clientes 700.000,00
Imobilizado 300.000,00
Reservas de Capital 300.000,00
Despesas Financeiras 50.000,00
Imposto de Renda e Contribuição Social Correntes 11.000,00
Depreciação Acumulada 120.000,00
Os totais do Passivo Circulante e do Patrimônio líquido são, respectivamente:
a) R$ 180.000,00 e R$ 710.000,00.
b) R$ 630.000,00 e R$ 779.000,00.
c) R$ 749.000,00 e R$ 638.000,00.
d) R$ 780.000,00 e R$ 540.000,00.
e) R$ 900.000,00 e R$ 770.000,00.
62. (VUNESP/UNIFAI/Controlador Interno/2019) Na hipótese da abertura de uma empresa, em
que houve a subscrição de capital de R$ 1.000.000,00, o lançamento contábil dessa subscrição
será

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a) D: Capital a Integralizar
C: Capital subscrito R$ 1.000.000,00
b) D: Capital a Integralizar
C: Capital Integralizado R$ 1.000.000,00
c) D: Capital
C: Capital Integralizado R$ 1.000.000,00
d) D: Capital
C: Capital a Integralizar R$ 1.000.000,00
e) D: Bancos conta movimento
C: Capital Subscrito R$ 1.000.000,00

63. (VUNESP/Pref. Itapevi/Controlador Interno/2019) O capital realizado que deve constar no


patrimônio líquido da entidade é
a) totalmente integralizado pelos investidores.
b) o proposto em contrato/estatuto e deverá ser integralizado.
c) o capital a ser integralizado.
d) o capital a subscrever.
e) o capital autorizado.

64. (VUNESP/CM Mauá/Contador Legislativo/2019) São exemplos de reserva de capital:


a) ágio na emissão de ações e reserva para contingência.
b) alienação de bônus de subscrição e reserva de lucros a realizar.
c) alienação de debêntures conversíveis e ágio na emissão de ações.
d) alienação de partes beneficiárias e alienação de bônus de subscrição.
e) reserva de incentivo fiscal e reserva de lucros para expansão.

65. (VUNESP/ISS Campinas/Auditor Fiscal Tributário Municipal/2019) Uma sociedade, ao optar


pela sua adesão às atuais Normas Brasileiras de Contabilidade por meio da adequação de seus
relatórios financeiros àquelas normas, utilizou a prerrogativa, prevista em vários atos emitidos
pelo Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC), a apresentar os valores do seu imobilizado
pelo seu custo atribuído (deemed cost). A diferença positiva entre este último e o valor
registrado na escrituração da sociedade deverá ter contrapartida credora na conta de
a) Ajustes de Avaliação Patrimonial.
b) Reservas de Reavaliação.
c) Receitas de avaliação a valor justo.

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d) Ganhos decorrentes da aplicação do teste de recuperabilidade do valor dos ativos.


e) Reservas de Lucros.

66. (VUNESP/CM Indaiatuba/Controlador Interno/2018) O investimento feito na empresa pelos


seus proprietários é apresentado na forma do capital social. Suponha dois amigos iniciando
juntos um negócio e combinando um investimento total de R$ 200.000,00, formalizado em
contrato. Realizaram, até um primeiro momento, os seguintes aportes: R$ 100.000,00 em
dinheiro, cada um fornecendo R$ 50.000,00 para o caixa da empresa; R$ 60.000,00 na forma
de um imóvel, algumas máquinas e um veículo, pelos dois sócios.
Com essas informações, é correto dizer que o capital
a) social da empresa é de R$ 160.000,00.
b) subscrito da empresa é de R$ 160.000,00.
c) a integralizar da empresa é de R$ 200.000,00.
d) integralizado da empresa é de R$ 200.000,00.
e) a integralizar da empresa é de R$ 40.000,00.

7.5 – Outras Bancas

67. (Instituto AOCP/PC ES/Per. Of. Crim./Área 1/2019) Segundo as normas e a doutrina contábil,
a conta de ajustes de avaliação patrimonial poderá apresentar saldo de natureza
a) devedora, credora ou saldo nulo e será classificada no patrimônio líquido.
b) somente devedora e será classificada no patrimônio líquido.
c) somente credora e será classificada no patrimônio líquido.
d) devedora, credora ou saldo nulo e será classificada no ativo.
e) devedora, credora ou saldo nulo e será classificada no passivo.
68. (UFPR/Profissional Júnior/Itaipu Binacional/2019) Reservas são valores que representam
elementos patrimoniais sem qualquer característica de exigibilidade atual ou futura. Uma
reserva de capital que pode ser utilizada para:
a) pagamento de dividendos a ações ordinárias.
b) pagamento de dividendos a ações preferenciais.
c) resgate de partes beneficiárias.
d) absorção de prejuízos em prioridade às reservas de lucros.
e) recomposição do caixa da companhia em face da materialização de provisões

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69. (UFPR/ISS Curitiba/Auditor Fiscal de Tributos Municipais/2019) Uma determinada empresa


apresentou os saldos finais das seguintes contas em 31/12/00:
Caixa R$ 1.000,00
Capital Social R$ 20.000,00
Contas a Pagar até 90 dias R$ 2.000,00
Contas a Receber até 360 dias R$ 5.000,00
Imobilizado R$ 15.000,00
Prejuízos Acumulados R$ 1.500,00
Financiamento de Longo Prazo R$ 5.000,00
Salários a Pagar R$ 1.000,00
Estoques R$ 6.000,00
Depreciação Acumulada R$ 500,00
Os valores totais do Ativo e do Patrimônio Líquido nessa data são, respectivamente:
a) R$ 12.000,00 e R$ 28.000,00.
b) R$ 26.500,00 e R$ 18.500,00.
c) R$ 26.500,00 e R$ 29.500,00.
d) R$ 27.500,00 e R$ 21.500,00.
e) R$ 27.500,00 e R$ 29.500,00.
70. (CESGRANRIO/Transpetro/Contador/2018) A Lei das sociedades por ações diz que o balanço
patrimonial mostra a situação patrimonial e financeira de uma companhia em um determinado
período de tempo, e que, no passivo, as contas serão classificadas nos grupos passivo
circulante, passivo não circulante e patrimônio líquido.
Ainda segundo ela, uma das divisões do patrimônio líquido representa as contrapartidas criadas
pela Lei no 11.941/09, decorrentes das variações ocorridas nos elementos do ativo e do passivo,
não imputadas no resultado nos termos do regime de competência.
Nesse contexto, tais contrapartidas são evidenciadas no patrimônio líquido no grupo de
(A) ações em tesouraria
(B) ajustes de avaliação patrimonial
(C) participação dos minoritários
(D) prejuízos acumulados
(E) reservas de capital

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71. (CESGRANRIO/CEFET-RJ/Contabilidade/2014) O patrimônio líquido, de acordo com a


legislação societária, com pronunciamentos técnicos CPC e demais normas vigentes,
evidencia, no balanço patrimonial, as reservas de capital.
As reservas de capital, que não transitam pelo resultado do exercício, evidenciadas no balanço
patrimonial, no subgrupo do mesmo nome, são: reserva de ágio na emissão de ações, reserva de:
a) alienação de partes beneficiárias e alienação de bônus de subscrição
b) doações e subvenções para investimentos e prêmio na emissão de debêntures
c) doações e subvenções para investimentos e alienação de bônus de subscrição
d) prêmio na emissão de debêntures e alienação de partes beneficiárias
e) prêmios na emissão de debêntures e alienação de bônus de subscrição

72. (CESGRANRIO/BNDES/Contabilidade/2013) As Partes Beneficiárias, nos dizeres da Lei no


6.404/1976, Lei das Sociedades Anônimas, devidamente atualizada até dezembro de 2011,
são títulos negociáveis que podem ser emitidos a qualquer tempo e que conferirão a seus
titulares o direito de eventual crédito contra a companhia pela participação nos lucros anuais.
Nesse contexto, é permitida a emissão de Partes Beneficiárias, a qualquer momento, pelas
companhias
a) fechadas, podendo ser atribuídas somente a fundadores, acionistas ou terceiros, que tenham
prestado bons serviços à companhia, a qualquer título.
b) fechadas, podendo ser alienadas ou atribuídas a fundadores, acionistas ou terceiros, como
remuneração por serviços prestados à companhia.
c) abertas, podendo ser atribuídas somente a fundadores, acionistas ou terceiros, que tenham
prestado bons serviços à companhia, a qualquer título.
d) abertas, podendo ser alienadas ou atribuídas a fundadores, acionistas ou terceiros, como
remuneração por serviços prestados à companhia.
e) abertas e fechadas, desde que destinadas, exclusivamente, para alienação a acionistas ou
terceiros interessados, independentemente de serviços prestados à companhia.
73. (CESGRANRIO/BNDES/Contabilidade/2013) É permitido às sociedades anônimas, nos termos
da Lei das Sociedades por Ações, emitir títulos negociais denominados “Bônus de Subscrição”
que conferirão a seus titulares, de acordo com as condições prescritas no respectivo certificado
de emissão, o direito de subscrever ações de capital social, direito esse que poderá ser
exercido mediante a apresentação desse título à companhia.
Nesse contexto, a Companhia J, apresentou, em reais, as seguintes informações, antes da emissão
de Bônus de Subscrição, devidamente aprovada pela Assembleia Geral:
Capital a realizar 4.000.000,00

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Capital autorizado 12.000.000,00


Capital próprio 10.500.000,00
Capital subscrito 10.000.000,00
Considerando exclusivamente as informações recebidas e as determinações da legislação
societária e das normas contábeis em vigor, a Companhia J poderá emitir Bônus de Subscrição
em quantidade correspondente ao valor, em reais, de
a) 500.000,00
b) 1.500.000,00
c) 2.000.000,00
d) 5.500.000,00
e) 6.000.000,00
74. (COPS UEL/SEFAZ PR/Auditor Fiscal/2012) Para contabilizar a aquisição de ações de emissão
própria (ações em tesouraria), os custos de transação incorridos na alienação de ações em
tesouraria devem ser tratados como
a) acréscimo da conta ações em tesouraria do grupo de disponível pela transação e redução da
conta caixa pelo pagamento das mencionadas ações, não afetando o resultado do grupo
disponível.
b) acréscimo do capital social, valor esse contabilizado diretamente no patrimônio líquido, na
conta que houver sido utilizada como suporte à transação da aquisição de tais ações, não afetando
o resultado da entidade.
c) redução da conta caixa por pagamento da aquisição e consequente aumento da conta capital
social, em razão da transação de aquisição de ações de emissão própria.
d) redução do capital social, valor esse contabilizado diretamente no patrimônio líquido, na conta
que houver sido utilizada como suporte à transação da aquisição de tais ações, não afetando o
resultado da entidade.
e) redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação, resultados esses contabilizados
diretamente no patrimônio líquido, na conta utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não
afetando o resultado da entidade.

75. (FDC/ISS BH/Auditor Fiscal de Tributos Municipais/2012) A Companhia Industrial S/A foi
constituída em 10/02/2010, com capital autorizado de R$ 1.600.000. Num primeiro momento,
foram subscritas pelos seus acionistas, 550.000 ações ordinárias e 250.000 ações preferenciais,
todas com valor nominal de R$ 1,50. Entretanto, os acionistas só integralizaram 80% de cada
tipo de ações, no valor de R$ 1,90 cada uma. Considerando essas informações e de acordo
com a lei societária, pode-se afirmar que o capital inicial da companhia corresponde ao valor
de:

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a) R$ 1.600.000
b) R$ 1.520.000
c) R$ 1.280.000
d) R$ 1.216.000
e) R$ 960.000

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8. GABARITO

1 ERRADO 26 E 51 D
2 CERTO 27 E 52 C
3 D 28 B 53 C
4 CERTO 29 B 54 E
5 B 30 C 55 B
6 ERRADO 31 D 56 D
7 CERTO 32 E 57 E
8 ERRADO 33 C 58 C
9 ERRADO 34 E 59 A
10 ERRADO 35 C 60 B
11 ERRADO 36 C 61 B
12 D 37 D 62 A
13 CERTO 38 D 63 A
14 C 39 C 64 D
15 E 40 E 65 A
16 ERRADO 41 E 66 E
17 ERRADO 42 D 67 A
18 ERRADO 43 C 68 C
19 CERTO 44 D 69 B
20 ERRADO 45 C 70 B
21 ERRADO 46 D 71 A
22 CERTO 47 D 72 B
23 CERTO 48 D 73 C
24 ERRADO 49 C 74 E
25 CERTO 50 D 75 E

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9. RESUMO
1) Estrutura do PL:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

ANTES LEI 11.638/07 APÓS LEI 11.638/07 E LEI 11.941/09

Capital Social Capital Social

(-) Capital a Realizar (-) Capital a Realizar

Reserva de Lucro Reserva de Lucro

Reserva de Capital Reserva de Capital

Reserva de Reavaliação Ajuste de Avaliação Patrimonial

(+) Lucro ou (-) Prejuízo Acumulado (-) Prejuízo Acumulado

(-) Ações em Tesouraria (-) Ações em Tesouraria

2) O capital social é a conta do PL composta pelas ações subscritas na constituição da


sociedade ou com o aumento de capital. É dividido em capital social e capital social a realizar.

3) Os gastos com emissão de ações, a partir de 2008, não mais podem ser tratados como
despesas do período. Passam a figurar como redução do valor obtido do capital social.

4) As reservas de capital são valores recebidos pela empresa (dos sócios ou de terceiros) que
não se configuram como receita, isto é, não transitam pelo resultado do exercício, sendo
contabilizadas diretamente à conta de Patrimônio Líquido.

5) São reservas de capital:

Ágio na emissão de
ações

Produto da
Reserva de capital alienação de partes
beneficiárias

Produto da
alienação de bônus
de subscrição

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6) Com as modificações recentes ocorridas na contabilidade (Leis 11.638 e 11.941) as


doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntures não serão
mais classificados como reservas de capital, devendo ser registrados como receitas do
exercício, de acordo com o Princípio da Competência.

7) Utilização das reservas de capital:

Não suportados
Absorção de por reservas de
prejuízos lucros e lucros
acumulados

Resgate,
reembolso, compra
de ações

Utilização das Resgate de partes


reservas de capital beneficiárias

Incorporação ao
capital social

Pagamento de
dividendos a ações
preferenciais, se for
assegurado

8) Reserva de capital para alienação de partes beneficiárias:

Exclusiva para
companhias fechadas

Estranhas ao capital
social

Reserva de capital - Partes beneficiárias


Lucro eventual contra
a companhia (menor
que 10%)

Gera lançamento
somente a alienação
onerosa

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9) Ajuste de avaliação patrimonial. Antes das alterações da Lei das S.A, havia no patrimônio
líquido a conta reserva de reavaliação. Esta conta foi suprimida, surgindo então o ajuste de
avaliação patrimonial. Contudo, não se trata de mera alteração de nome. A reavaliação que
se aplicava aos bens tangíveis do ativo permanente e que poderia ser ou não realizada, a bel-
prazer dos acionistas, deixou de existir. Ademais, o ajuste de avaliação patrimonial serve
tanto para aumentar como para reduzir valores de ativos e de passivos, enquanto que a
reavaliação servia apenas para o aumento de bens do permanente.

10) As ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria empresa e
mantidas na tesouraria. A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também
transações de capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o
resultado da entidade. A conta “ações em tesouraria” é redutora do Patrimônio Líquido (PL).

- Se tiver ganho na venda das ações em tesouraria: fica no PL, numa reserva de capital,
semelhante à reserva de prêmio na emissão de ações.

- Se tiver perda, também fica no PL, e vai diminuir a reserva que serviu de lastro para a
aquisição das ações em tesouraria.

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