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1|A p o s t i la P e r it o C r i min a l
APRESENTAÇÃO
Olá! Meu nome é Leilane, tenho 23 anos e sou formada em Biomedicina pela Universidade Estadual de
Maringá. Comecei a estudar para concursos de Perito Criminal em 2015, mas só consegui orientar bem
meus estudos e estudar com disciplina a partir de 2016. Desde então, tenho percebido a enorme escassez
de conteúdo específico para a minha área nos concursos de Perito Criminal. Há cursos online que abordam
as matérias muito superficialmente, e livros de graduação que as abordam de uma forma muito
aprofundada. Com o tempo, passei a compor meus próprios cadernos e resumos, tentando achar um “meio
termo” que fosse suficiente para os concursos de Perito Criminal. Sempre guiei meus estudos me baseando
nas questões de concurso anteriores, o que também era/é um desafio, já que são relativamente poucas
questões e são difíceis de encontrar. Além de comprar livros específicos, sempre fiz muita pesquisa na
internet, li artigos e vi vídeos para tentar encontrar determinados conteúdos. Com o instagram
@concurseira_pc, percebi que muitas pessoas esbarravam nas mesmas dificuldades que eu.
Em 2016 prestei meu primeiro concurso para Perito Criminal, que foi o da Polícia Civil do Distrito Federal.
Fiquei empatada em 12º lugar com outras pessoas, dentre mais de 1600 candidatos. Com isso, percebi que
embora tivesse minhas dificuldades em procurar materiais específicos, talvez estivesse no caminho certo.
Comecei então a pensar em uma maneira de ajudar outras pessoas que estudam ou desejam estudar para
essa área, e a ideia da apostila surgiu. Mais recentemente, em 2017, prestei o concurso da Polícia Científica
do Paraná, e conquistei o 2º lugar, e 1ª lugar no concurso do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do
Sul.
Minha intenção com essa apostila não é esgotar todos os conteúdos de todos os editais, e sim fazer um
“compilado” dos assuntos mais cobrados. Tão pouco almejo ser referência nos assuntos mencionados, já
que tão somente trouxe referências de livros já consagrados, que vêm sido cobrados em concursos. Tentei
explicar os assuntos objetivamente, mas de uma forma que alguém que nunca tenha estudado essas
matérias também possa entender. Além disso, coloquei várias questões de concursos para treino no final
de cada capítulo. Na segunda edição, os capítulos de Biologia Molecular, Técnicas em Biologia Molecular e
Genética Forense foram expandidos, e os capítulos de Entomologia Forense, Tricologia Forense, e
Hematologia Forense adicionados.
Basicamente, tudo que eu já estudei eu coloquei aqui. Levando em conta meus resultados em concursos,
acredito que essa apostila forneça uma boa base para quem almeja o cargo de Perito Criminal nas áreas
de Biomedicina e Biologia.
Não deixem de procurar explicações adicionais, vídeos, artigos, caso restem dúvidas sobre os tópicos
abordados aqui. Façam e refaçam as questões dessa apostila, pois as bancas tendem a repetir os
conteúdos. Recomendo ainda que, caso haja lacunas nos assuntos, sejam procuradas as referências no final
de cada capítulo.
Sem mais comentários, espero, sinceramente, que essa apostila seja de alguma ajuda na conquista do seu
sonho!
Bons estudos!
Leilane Verga.
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ÍNDICE
1. Biologia celular......................................................................................................................................13
2. Biologia Molecular ................................................................................................................................46
3. Técnicas em Biologia Molecular ...........................................................................................................83
4. Genética ..............................................................................................................................................123
5. Genética forense.................................................................................................................................155
6. Bioquímica ..........................................................................................................................................183
7. Imunologia ..........................................................................................................................................217
8. Imuno-hematologia ............................................................................................................................233
9. Microscopia.........................................................................................................................................248
10. Luz forense ......................................................................................................................................265
11. Cadeia de custódia ..........................................................................................................................268
12. Entomologia Forense ......................................................................................................................275
13. Tricologia Forense ...........................................................................................................................306
14. Hematologia forense ......................................................................................................................318
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ÍNDICE EXPANDIDO
1. Biologia celular .................................................... 13 Lisossomos ........................................................... 22
Células procariontes ................................................. 13 Peroxissomos ....................................................... 23
Células eucariontes .................................................. 13 Multiplicação dos peroxissomos ..................... 23
Células eucariontes vegetais e animais ............... 13 Glioxissomos ................................................... 23
Citoplasma ............................................................... 14 Plastos.................................................................. 23
Depósitos citoplasmáticos ................................... 14 Cloroplastos .................................................... 23
Composição iônica ............................................... 14 Teoria endossimbiótica ................................... 24
Membrana celular .................................................... 15 Vacúolos............................................................... 24
Composição ......................................................... 15 Citoesqueleto ........................................................... 24
Proteínas da membrana.................................. 15 Metabolismo celular................................................. 25
Mosaico fluido ..................................................... 15 ATP e energia ....................................................... 25
Glicocálice ............................................................ 15 Fotossíntese ......................................................... 26
Especializações .................................................... 16 Etapas da fotossíntese .................................... 26
Microvilosidades ............................................. 16 Fase clara (fotoquímica) ............................ 26
Cílios e flagelos................................................ 16 Fase escura (química) ................................ 27
Junção oclusiva................................................ 16 Fatores que influenciam a fotossíntese .......... 27
Desmossomos.................................................. 16 Fatores limitantes intrínsecos .................... 27
Junção comunicante ........................................ 16 Fatores limitantes extrínsecos ................... 27
Interdigitações................................................. 16 Quimiossíntese .................................................... 28
Fluidez da membrana .......................................... 16 Fermentação ........................................................ 28
Transporte entre membranas.............................. 17 Fermentação alcoólica .................................... 29
Transporte passivo .......................................... 17 Fermentação lática.......................................... 29
Transporte ativo.............................................. 18 Respiração ........................................................... 29
Transporte acoplado ....................................... 18 Glicólise ........................................................... 30
Endocitose ...................................................... 18 Ciclo de Krebs .................................................. 30
Exocitose ......................................................... 19 Cadeia respiratória .......................................... 30
Núcleo ...................................................................... 19 ATP-sintase mitocondrial ................................ 30
Cromatina ............................................................ 19 Ciclo celular .............................................................. 31
Cromossomos ...................................................... 19 Intérfase............................................................... 31
Nucléolo............................................................... 20 Fase G0 ............................................................ 31
Organelas ................................................................. 20 Fase G1 ............................................................ 31
Mitocôndrias ....................................................... 20 Fase S .............................................................. 32
Retículo endoplasmático ..................................... 20 Fase G2 ............................................................ 32
Retículo endoplasmático rugoso..................... 21 Mitose .................................................................. 32
Ribossomos ............................................... 21 Prófase ............................................................ 32
Retículo endoplasmático liso .......................... 21 Metáfase ......................................................... 33
Endossomos......................................................... 22 Anáfase............................................................ 33
Complexo de Golgi............................................... 22 Telófase ........................................................... 33
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Problemas associados à eletroforese capilar 107 Herança influenciada pelo sexo ......................... 135
Eletroforese de campo pulsado ......................... 108 Albinismo ........................................................... 135
Blotting ................................................................... 109 Hemofilia............................................................ 135
Southern blotting............................................... 109 Daltonismo......................................................... 136
Northern Blotting .............................................. 109 Herança dos grupos sanguíneos ............................. 136
Western Blotting ............................................... 110 Sistema ABO ...................................................... 136
Questões ................................................................ 110 Sistema MN........................................................ 136
Gabarito............................................................. 121 Sistema Rh ......................................................... 137
Referências............................................................. 121 Interação gênica ..................................................... 137
4. Genética ............................................................ 123 Interações epistáticas ........................................ 137
Conceitos................................................................ 123 Interações não epistáticas ................................. 137
Quadro de Punnett ................................................ 123 Herança quantitativa ......................................... 137
Leis de Mendel ....................................................... 124 Genética populacional ............................................ 137
Primeira Lei de Mendel .......................................... 124 Heterozigosidade ............................................... 138
Monoibridismo sem dominância. ...................... 125 Equilíbrio de Hardy-Weinberg ........................... 139
Penetrância incompleta..................................... 125 Premissas ...................................................... 139
Pleiotropismo .................................................... 126 Resultados esperados ................................... 139
Genes letais ....................................................... 126 Equação de HW ............................................. 139
Gêmeos.............................................................. 126 Causas de afastamento do HW ..................... 140
Gêmeos monozigóticos ................................. 126 Cálculo para saber se uma população está em
equilíbrio de HW ........................................... 140
Gêmeos dizigóticos ....................................... 126
Análise estatística de perfil de DNA........................ 142
Probabilidades e heredograma .............................. 126
Subpopulações ................................................... 143
Probabilidade .................................................... 126
Taxa de probabilidade ....................................... 143
Eventos mutuamente exclusivos .................. 127
Índex de Paternidade ............................................. 143
Eventos simultaneamente independentes ... 127
ICP ...................................................................... 144
Heredogramas ................................................... 127
Probabilidade de paternidade ........................... 144
Elaboração do heredograma......................... 128
Questões ................................................................ 145
Análise do heredograma ............................... 128
Gabarito ............................................................. 153
Padrões de herança ........................................... 129
Referências ............................................................. 154
Herança autossômica dominante ................. 129
5. Genética forense................................................ 155
Herança autossômica recessiva .................... 129
Aplicações da Genética Forense ............................. 155
Herança dominante ligada ao X .................... 129
Genoma Humano ................................................... 155
Herança recessiva ligada ao X ....................... 130
Sequências não codificantes .............................. 155
Herança ligada ao Y ....................................... 130
Conceitos importantes....................................... 155
Segunda Lei de Mendel .......................................... 130
Polimorfismos do DNA ........................................... 156
Segregação independente de 3 pares de alelos 131
Nomenclatura dos marcadores.......................... 157
Meiose e a 2ª Lei de Mendel ............................. 132
Minissatélites ......................................................... 157
Linkage............................................................... 132
Endonucleases de restrição ............................... 158
Genes ligados..................................................... 133
Desvantagens do uso de VNTRs ......................... 158
Taxa de permuta................................................ 133
AFLP ................................................................... 158
Mapa genético ................................................... 134
Microssatélites ....................................................... 158
Casos de herança ................................................... 134
Vantagens dos STRs ........................................... 158
Herança ligada ao Y ........................................... 134
Escolha dos STRs ................................................ 159
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Coleta para auxiliar as investigações) ........... 167 Estruturas das proteínas .................................... 192
Principais funções nos seres vivos ..................... 184 Cinética enzimática ............................................ 195
Por que a água dissolve sais .......................... 184 Equação de Michaelis-Menten ...................... 195
Importância biológica ........................................ 185 Fatores que afetam a ação enzimática .............. 196
Resistência celular ........................................ 217 Células apresentadoras de antígenos (APCs) ..... 224
Tipos de antígenos ............................................. 219 Elisa de captura IgM (MAC-ELISA) ................. 225
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Prova reversa (prova de Simonin) ..................... 235 Microscopia de polarização ............................... 252
1. BIOLOGIA CELULAR
A célula é a unidade que constitui os seres vivos, do meio externo (membrana plasmática). Em
podendo existir isoladamente, nos seres algumas células pode haver invaginações da
unicelulares, ou formar arranjos ordenados em membrana plasmática, que se enrolam no
seres pluricelulares. citoplasma e dão origem aos mesossomos.
Todas as células possuem certos componentes Os procariotos não possuem citoesqueleto. Sua
básicos, são eles: forma é mantida pela parede extracelular, que é
sintetizada no citoplasma e agregada à superfície
Membrana plasmática
externa da membrana plasmática.
Citosol
Cromossomos
Ribossomos
Células eucariontes
Há dois tipos básicos de células: procariontes e As células eucariontes apresentam duas partes
eucariontes, que se diferenciam basicamente morfologicamente bem distintas: o citoplasma e
pela localização do material genético nelas. Nos o núcleo, que são separados pelo envoltório
eucariontes, o DNA é delimitado pelo núcleo, nuclear.
enquanto nos procariontes, o DNA está O citoplasma das células eucariontes se
concentrado no nucleoide, que não é uma região apresenta subdividido em compartimentos, nos
cercada por membranas. quais um extenso sistema de membranas cria
microrregiões no citoplasma, que contêm
Células procariontes moléculas diferentes que executam funções
Nas células procariontes, a única membrana especializadas. Além disso, há grande diferenças
existente é a membrana plasmática. Elas não enzimáticas entre os diversos compartimentos.
possuem membranas que separam os Essa separação das atividades das células
cromossomos do citoplasma – o material eucariotas permite que elas atinjam maior
genético está disperso em uma região não tamanho, sem prejuízo das suas funções.
delimitada, o nucleoide.
Os seres com células procariontes são chamados
de procariotas – as bactérias (as cianofíceas, ou Células eucariontes vegetais e animais
algas azuis, também são bactérias). Existem algumas características que distinguem
as células eucariontes vegetais das animais, que
No citoplasma das bactérias há os estão sintetizadas a seguir:
polirribossomos, que são ribossomos ligados a
moléculas de RNA mensageiro.
As células procariontes não se dividem por
mitose, e seus filamentos de DNA não sofrem o
processo de
condensação que leva
à formação de
cromossomos visíveis
durante a divisão
celular.
As células procariontes
não possuem
organelas, ou seja, não
apresentam nenhuma
outra membrana no
citoplasma além da
que separa a célula Figura 1. Células eucariotas e procariotas. Fonte: Passei na Fuvest.
46 | A p o s t i l a P e r i t o C r i m i n a l
2. BIOLOGIA MOLECULAR
que algumas plantas possuem
Organização do genoma consideravelmente mais DNA por célula do que
humano os humanos; ou seja, o valor C não exprime uma
relação direta com o grau de complexidade do
O código genético dos seres vivos toma a mesma
organismo.
forma em seres primitivos como amebas, ou no
homem. São moléculas de ácido
desoxirribonucleico, ou DNA, compostas
fundamentalmente por longas sequências de Cromossomos
quatro bases nitrogenadas, as "letras" químicas A O DNA encontra-se empacotado em estruturas
(adenina), T (timina), C (citosina) e G (guanina). denominados cromossomos – assim chamados
porque absorvem determinados corantes
A presença do DNA na célula é chamada de (chroma – cor, soma – corpo).
genoma. Embora o genoma procariótico seja
frequentemente uma longa molécula de DNA, Os cromossomos estão lcoalizados no
genomas eucarióticos normalmente consistem núcleo da célula.
em algumas moléculas de DNA. O cromossomo é formado por pedaços de
A molécula de DNA tem diversas centenas a cromatina (molécula de DNA linear) que se
milhares de genes, dependendo da espécie, que dobram diversas vezes sobre si e possuem um
são as unidades de informação que especificam formato de bastonete. Antes que ocorra a
as características herdáveis de um organismo. divisão, o cromossomo se duplica e são formadas
Porém, nem todo DNA se traduz em genes: no ser as cromátides (a cromátide é cada um dos
humano, estima-se que menos de 10% do DNA filamentos de DNA que são formados na
do genoma especifica genes. A parte restante é duplicação do cromossomo).
chamada de DNA lixo, sequências que se A estrutura cromossômica geralmente ilustrada
acumularam por milhões de anos sem utilidade em livros didáticos representa apenas o estado
aparente. no qual os cromossomos se encontram durante a
metáfase – as cromátides aparecem conectadas
Em pesquisas recentes, cientistas descobriram umas às outras na região do centrômero e estão
que 80% do “DNA lixo” desempenha pelo tão condensadas que podem ser visualizadas por
menos uma função biológica. microscopia de luz. Esses cromossomos são tão
hermeticamente compactados que seus genes
não podem ser expressos. Os cromossomos
Enquanto os genomas de organismos possuem uma estrutura bastante diferente
unicelulares são bastante compactos, os durante a maior parte do ciclo celular – durante
tamanhos dos genomas tendem a um aumento a intérfase, a maioria das regiões cromossômicas
nas linhagens que levam aos metazoários. Além está altamente estendida, permitindo que seus
disso, genomas de vertebrados toleram muitos genes sejam expressos.
íntrons (sequências não codificantes) grandes e
também uma grande quantidade de DNA
altamente repetitivo. Bandeamento cromossômico
A quantidade de DNA no genoma é conhecida Na década de 1970 descobriu-se que certos
como valor C (de Constante ou Característico). tratamentos faziam surgir bandas (faixas
Este valor pode ser expresso em picogramas, que transversais) nos cromossomos, as quais
contém aproximadamente um bilhão de pares de permitiam identificar com precisão cada um dos
bases de DNA. Todavia, existe uma relação 23 pares cromossômicos do cariótipo humano.
inconstante entre a complexidade do organismo
e a quantidade de DNA em suas células – o que
foi chamado de paradoxo do valor C. Foi relatado
83 | A p o s t i l a P e r i t o C r i m i n a l
3. TÉCNICAS EM BIOLOGIA
MOLECULAR
Sequenciamento
O sequenciamento é a técnica utilizada para
determinar em que ordem as bases (letras)
contidas no DNA, se encontram. Quando se diz
que um genoma foi sequenciado queremos dizer
que foi determinada a ordem em que as
informações (genes) estão colocadas no genoma.
Figura 106. Sequeciamento de Maxam-Gilbert (Método
Até recentemente, o sequenciamento moderno Químico). Fonte: Wikipedia.
de DNA era baseado em um método de
sequenciamento enzimático (de Sanger) e em O primeiro passo consiste em marcar
que, além de lento e demorado, os dados de radioativamente o DNA alvo, ou seja, a
saída eram limitados. molécula a sequenciar. Para tal, são
usados isótopos radioativos, tais como
A partir de 2005, o cenário começou a mudar, 32P e 35S.
surgiram as primeiras tecnologias de Em seguida, separam-se as duas cadeias
sequenciamento de DNA conhecidas como NGS de DNA. Distribui-se por 4 tubos, sendo
(Next Generation Sequencing), permitindo uma que em cada tubo irão ocorrer
nova abordagem de sequenciamento em larga
alterações químicas específicas para
escala (HGS – High throughput sequencing). As uma base (A, C, G ou T).
metodologias NGS possuem o grande diferencial
As moléculas são clivadas. Por exemplo,
de proporcionarem o sequenciamento direto e
no tubo em que o tratamento foi
paralelo de milhões e bilhões de moléculas de
direcionado para a adenina, após a
DNA, aumentando consideravelmente a escala e
clivagem, a extremidade do fragmento
a resolução das análises.
de DNA marcada com o radioisótopo,
apresentará uma base que corresponde
Sequenciamento Químico (de
à que precede a adenina.
Maxam-Gilbert) O passo seguinte é idêntico ao método
Método desenvolvido por Allan Maxam e Walter de Sanger. Cada família é separada em
Gilbert em 176-1977. Esse método é baseado é gel de eletroforese e a sequência é lida
modificações químicas específicas no DNA e a partir do próprio gel. Os fragmentos
subsequente clivagem do esqueleto de DNA em menores são clivados mais próximo da
123 | A p o s t i l a P e r i t o C r i m i n a l
4. GENÉTICA
Conceitos
A Genética é a parte da Biologia que estuda a
hereditariedade, ou seja, a forma como as
características são repassadas de geração para
geração. Considera-se que essa ciência se iniciou
com os experimentos e leis propostas por um
monge chamado Gregor Mendel.
Gene é a unidade fundamental da
hereditariedade. Cada gene é formado por uma
sequência específica de ácidos nucléicos. Os
genes controlam não só a estrutura e as funções Figura 139. Alelos e lócus de um gene nos cromossomos
metabólicas das células, mas também todo o homólogos (cada um proveniente de um parental). Fonte:
organismo. Quando localizados em células CreationWiki.
reprodutivas, eles passam sua informação para a O genótipo é uma lista dos alelos presente em
próxima geração. um ou um número de loci.
Como recebemos um conjunto de cromossomos Fenótipos, características ou traços são as
um do pai e outro da mãe, temos duas versões propriedades observáveis e um organismo.
de cada um dos genes no nosso genoma. Cada
uma dessas versões de um gene é chamada de
alelo.
Alelos são versões alternativas de um gene. Por
exemplo, A, B e O são alelos alternativos no locus
ABO. Para interpretação de genealogias, alelos
são geralmente identificados simplesmente Figura 140. Diferença entre genótipo e fenótipo.
pelas versões maiúsculas e minúsculas da mesma
Um indivíduo é homozigoto em um locus se
letra, de modo que o genótipo em um lócus seria
ambos os alelos naquele locus são iguais, e é
escrito AA, Aa ou aa. A letra maiúscula é
heterozigoto se eles são diferentes.
convencionalmente usada para o alelo que
determina a característica dominante. Um indivíduo é hemizigoto se tem apenas um
único alelo em um locus. Isso pode ocorrer
O conjunto de alelos para vários marcadores do
devido à posição do locus no cromossomo X ou Y
genoma é chamado de genótipo.
em um homem ou devido à deleção de uma cópia
Um locus (plural loci) é uma localização de um locus autossômico.
cromossômica única que define a posição de um
Uma característica é dominante se ela é
gene específico ou de uma sequência de DNA.
manifestada em um indivíduo heterozigoto, e
recessiva se não é manifestada.
Quadro de Punnett
O quadro de Punnett foi criado por um
geneticista inglês chamado Reginald Punnett. O
objetivo do pesquisador com a criação desse
quadro era demonstrar a variedade de
combinações genéticas possíveis em um
determinado cruzamento.
155 | A p o s t i l a P e r i t o C r i m i n a l
5. GENÉTICA FORENSE
A Genética Forense é a área específica das
Sequências não codificantes
ciências forenses que emprega os
Somente cerca de 1% do genoma humano
conhecimentos relacionados à genética, bem
contém genes que codificam proteínas. Mais de
como técnicas de biologia molecular, aliados ao
90% do genoma humano consiste de sequências
rigor da estatística e genética de populações, na
não codificantes entre os genes. Essas regiões
elucidação de crimes, principalmente na
contêm grande quantidade de DNA repetitivo.
determinação de sua autoria e materialidade.
A importância da análise destas sequências de
Aplicações da Genética DNA não codificante, em perícias de Genética
Forense, prende-se com o fato de não estarem
Forense relacionadas com a síntese de proteínas e, por
Dentre inúmeras aplicações, é possível destacar: isso, não haver qualquer correlação que permita
deduzir a predisposição do doador da amostra
Determinação da paternidade; biológica para manifestar uma determinada
Elucidação de diversos tipos de crimes, patologia.
como homicídios, crimes sexuais, crimes
contra o patrimônio e tráfico de drogas, As sequências de DNA codificante, que possuem
entre outros; informação genética para a produção de
Demonstrar a inocência de suspeitos e proteínas são praticamente idênticas para todos
pessoas condenadas equivocadamente; os indivíduos, razão pela qual essas regiões do
genoma não são as indicadas para distinguir
Identificação de ossadas e restos
indivíduos de uma população, não sendo, por
mortais;
isso, as eleitas em genética forense.
Identificação de espécies animais;
Identificação de espécies vegetais. Conceitos importantes
Repetições em tandem são unidades de
Genoma Humano repetição dispostas em sequência nas regiões
Toda a informação genética está codificada no não codificantes do DNA.
DNA e o seu conjunto é conhecido como genoma.
DNA satélite é um tipo de sequência em tandem,
São 22 pares de cromossomos autossômicos e 1
e é assim chamado por causa da observação de
par de cromossomos sexuais, totalizando 46
bandas satélites no DNA após centrifugação de
cromossomos em cada célula diploide. Quando
gradiente de densidade. O DNA satélite pode ser
ocorre a fertilização de um óvulo por um
encontrado nos centrômeros e telômeros, e é
espermatozoide e a consequente formação do composto de longas sequências de repetições.
zigoto, o novo ser gerado é uma combinação de
metade do DNA herdado da mãe através do Os minissatélites e microssatélites são dois
óvulo e a outra metade do pai, através do outros tipos de repetições em tandem, só que
esperamtozoide. menores que o DNA satélite. Os minissatélites,
também conhecidos como VNTR (variable
Todas as células de um indivíduo possuem a number tandem repeats) são maiores,
mesma informação genética, ou seja, o mesmo
compostos de unidades de repetição de 10-100
genoma.
nucleotídeos de extensão. Os microssatélites,
Observação: para maior compreensão desse também conhecidos como STR (short tandem
capítulo, recomendado estudar o capítulo de repeat) ou SSR (simple sequence repeat)
Genética. possuem unidades de repetição de 2-6
nucleotídeos.
159 | A p o s t i l a P e r i t o C r i m i n a l
Cuidado! As unidades de repetição de STR são Figura 171. Lócus STR, mostrando as regiões flanqueadoras.
Fonte: Forensic Biology.
de 4 a 6 nucleotídeos. No entanto, o tamanho
final do amplicon deve levar em conta o número
de repetições presentes no alelo, bem como a Atenção! Os primers devem ser
região que flanqueia as repetições (onde o complementares à região que flanqueia o
primer irá se anelar). marcador (região adjacente), e não à região-
O tamanho final de um amplicon de STR tem alvo em si (o primer não deve se anelar às
cerca de 100 a 300 pares de base. repetições). Por isso, o sítio adjacente deve ser
conservado (comum a todos,
independentemente do número de repetições).
Escolha dos STRs Se existir alguma mutação nesse sítio, pode
haver falha na amplificação.
Os STRs mais usados são tetranucleotídeos.
Unidades de repetição diméricas ou triméricas
são muito abundantes, mas apresentam uma alta
frequência de picos stutter que interferem com a
interpretação do genótipo. As unidades
hexaméricas ou pentaméricas são pouco
abundantes no genoma.
Um lócus STR deve ser altamente variável entre
indivíduos. Se mais de um lóci for utilizado, eles
não podem ser herdados ligados. Geralmente,
estão localizados em cromossomos diferentes,
mas desde que estejam distantes o suficiente em Figura 172. Efeito de uma mutação no sítio de anelamento do
um mesmo cromossomo, podem ser utilizados. primer de STR. Fonte: Strategies for Concordance Testing
Para análises forenses, é preciso analisar no O PCR multiplex pode ser usado, com primers
mínimo 7 lócus, sendo que o padrão são 13 lócus. marcados com diferentes cores fluorescentes.
Loci STR devem possuir alto poder de A identificação dos fragmentos amplificados
discriminação, usualmente superiores a pode ser realizada após eletroforese em gel de
poliacrilamida, seguida de coloração com prata,
0,9 com heterozigosidade observada de
ou pela detecção de sinal fluorescente. Mais
0,7
recentemente, tem-se usado a eletroforese
Devem estar localizados em capilar, que analisa os fragmentos por tecnologia
cromossomos diferentes dos outros laser (ver capítulo de Biologia Molecular).
183 | A p o s t i l a P e r i t o C r i m i n a l
6. BIOQUÍMICA
Uma das evidências da evolução biológica e da tornam fundamental para os seres vivos se
ancestralidade comum dos seres vivos é que relacionam com sua estrutura molecular,
todas as formas de vida possuem composição constituída por dois átomos de hidrogênio
química semelhante. ligados a um átomo de oxigênio por ligações
covalentes.
Na composição química das células dos seres
vivos, são estudados dois grandes grupos de Embora a molécula como um todo seja
substâncias: as inorgânicas que são a água e os eletricamente neutra, a distribuição do par
sais minerais e as substâncias orgânicas, os eletrônico em cada ligação covalente é
carboidratos, os lipídios, as proteínas e os ácidos assimétrica, deslocada para perto do átomo de
nucléicos. As substâncias orgânicas são formadas oxigênio. Assim, a molécula tem um lado com
por cadeias carbônicas com diferentes funções predomínio de cargas positivas e outro com
orgânicas. Dos elementos químicos encontrados predomínio de cargas negativas. Moléculas assim
na natureza, quatro são encontrados com maior são chamadas polares.
frequência na composição química dos seres
Quando os átomos de hidrogênio de uma
vivos, sendo eles o carbono (C), o oxigênio (O), o
molécula de água (com carga positiva) se
nitrogênio (N) e o hidrogênio (H). Além desses
colocam próximos ao átomo de oxigênio de outra
quatro elementos, outros são biologicamente
molécula de água (com carga negativa) se
importantes como o sódio (Na), o potássio (K), o
estabelece uma ligação entre eles, denominada
cálcio (Ca), o fósforo (P), o enxofre (S), entre
ponte de hidrogênio.
outros.
CHON
Mnemônico para lembrar os principais
elementos que compõem os seres vivos
7. IMUNOLOGIA
Sistema Imune A imunidade inata é imediata, não
específica, relativamente menos potente,
Conceitos não deixa memória imunológica, não
Resposta imunitária é tudo que acontece no aumenta com exposição prévia, e é
nosso organismo como consequência da constituída por barreiras físicas, químicas e
interação com um agente etiológico ou corpo celulares.
estranho (antígeno).
Antígeno (Ag) pode ser definido como qualquer
substância que pode ser especificamente ligada a
Constituintes da imunidade nata
uma molécula de anticorpo ou receptor de Barreiras físicas – exemplo: pele
linfócito T. No entanto, nem todo antígeno é Processos mecânicos – fluxo de fluidos,
capaz de induzir uma resposta imunitária. movimentos ciliares, tosse
Flora normal
Imunógeno é toda substância capaz de induzir Agentes tóxicos – lisozima (presente nas
uma resposta imunológica. lágrimas, saliva, muco e leite), HCl (suco
O sistema imune é o conjunto de tecidos, células gástrico).
e moléculas com a função de proteger o Fagocitose
organismo. Ação lítica
8. IMUNO-HEMATOLOGIA
Um monossacarídeo adicional é então
Sistema ABO transferido ao antígeno H por uma transferase
É o sistema de antígenos em eritrócitos humanos codificado pelo lócus ABO. A especificidade dessa
mais comumente usado como sistema de grupo enzima então determina o tipo sanguíneo:
sanguíneo para aplicações forenses. Alelo A: produz a A-transferase, que
Dois tipos de antígenos (A e B), dão origem a transfere N-acetilgalactosamina para o
quatro grupos sanguíneos: antígeno H e então dá origem ao
antígeno A.
A: possuem o antígeno A Alelo B: produz a B-transferase, que
B: possuem o antígeno B transfere galactose ao antígeno H, e
AB: possuem os antígenos A e B então sintetiza o antígeno B.
O: não possuem nenhum dos antígenos Alelo O: possui uma mutação (pequena
deleção) que elimina a atividade
Esses antígenos podem ser encontrados em transferase, então nenhuma
outros fluidos corporais também, como o fluido modificação no antígeno H ocorre.
amniótico, saliva, sêmen, assim como em muitos
Assim, os antígenos A e B diferem na sua
órgãos incluindo rim, pâncreas, fígado e pulmão.
molécula de açúcar terminal.
Biossíntese dos antígenos ABO Subgrupos dos tipos A e B foram descritos, sendo
Todos os indivíduos normais produzem o os mais importantes os antígenos A1 e A2: células
Antígeno O, também conhecido como Antígeno contendo antígenos A1 reagem mais fortemente
H. Ele é sintetizado pela fucosiltransferase, uma com anticorpos anti-A do que células com A2. As
transferase de fucose codificada pelos genes células com A1 contêm mais cópias do antígeno A
FUT, que adicionam uma fucose no fim de um do que células com A2.
glicolipídeo (em eritrócitos) ou em uma
glicoproteína (em tecidos).
9. MICROSCOPIA
12. ENTOMOLOGIA
FORENSE
intitulado La Faune des Cadavres cujo autor é um
Introdução francês chamado Mégnin.
Entomologia forense é a ciência que aplica o estudo
Passa a ser estudada no Brasil em 1908, com os
dos insetos a procedimentos legais. Para tal, é
trabalhos pioneiros de Edgard Roquette-Pinto e
imprescindível que a identificação desses artrópodes
Oscar Freire – embora os estudos tenham começado
seja acurada. A entomologia forense pode ser
de forma precoce no Brasil, não houve avanços
conceituada como a aplicação de conhecimentos
importantes nas décadas seguintes.
relativos à biologia e à ecologia de insetos com o
intuito de responder questões relevantes para a No início dos anos 2000, o projeto financiado pelo
identificação criminal. SENASP para capacitar peritos nessa área alcançou
relativo êxito. Em 2008 o governo criou um grupo –
O fato de a maioria dos insetos passarem por
Rede Nacional de Entomologia Forense, mas que não
diferentes fases em seu desenvolvimento, incluindo
foi continuado.
o ovo (fase embrionária), uma fase larval que por sua
vez é constituída por subfases com intervalos de Nos últimos 20 anos, em decorrência do
tempo geralmente bem determinados, fase de pupa aperfeiçoamento e criação de novas técnicas aliadas
e finalmente o adulto, possibilita a utilização dessa à modernização dos recursos laboratoriais e
propriedade biológica na estimativa do tempo que o consequente expansão das pesquisas relacionadas à
inseto levou para atingir determinada etapa área de entomologia forense e genética, tem se
específica e, por conseguinte, estimar o intervalo tornado cada vez mais importante nas investigações
pós-morte (IPM). periciais e policiais.
Atualmente, com exceção de experiências isoladas,
Histórico não existe uma política nacional de fomento ao
Os manuais de Medicina Legal que citam a fortalecimento da entomologia forense nas
Entomologia forense retratam que a primeira unidades periciais brasileiras.
aplicação ocorreu em 1235, na China. Trata-se do
caso de um homicídio perpetrado com uso de
instrumento de ação corto-contundente, cujos
investigadores, na busca de vestígios na vizinhança,
Classificações
localizaram uma foice em torno da qual
sobrevoavam moscas, possivelmente, atraídas pelos
Entomologia forense urbana
odores exalados pelos restos de substâncias Inclui ações cíveis envolvendo a presença de insetos
orgânicas ali aderidas e imperceptíveis a olho nu. Em em imóveis, bens culturais e estruturas, danificando-
vista disso, o proprietário da foice foi interrogado os, como por exemplo, a presença de cupins. Essa
pela polícia, levando-o a confessar a autoria do modalidade é muito utilizada em ações envolvendo
crime. compra e venda de imóveis; uma das perguntas a
serem respondidas pela entomologia forense é o
Contudo, a literatura especializada nessa área tempo de infestação.
atribui a primeira utilização dessa ciência a Bergeret,
em 1855, na França, em que os insetos foram usados Exemplo: desabamentos; danos podem ir muito
conscientemente como indicadores forenses. além dos materiais, configurando crime na
modalidade culposa.
Mas essa ciência só se tornou mundialmente
conhecida após 1894, com a publicação de um livro Desabamentos ocorrem pelo ataque de organismos
xilófagos – seres que se alimentam da madeira;
306 | A p o s t i l a P e r i t o C r i m i n a l
Introdução
Tricologia forense é a vertente científica que
estuda pelos humanos e pelos de outros animais,
bem como firas, e aplica esses conhecimentos à
investigação e elucidação de crimes, por meio de
técnicas e procedimentos científicos que
permitem uma correta identificação,
comparação ou diferenciação destes.
A maior importância da presença de pelos em
cenas de crime se deve à sua alta resistência à
deterioração temporal e a utilização de técnicas
de baixo custo para sua análise. Basicamente, a Figura 260. Morfologia básica do pelo. Fonte: Alunos Online
análise dos pelos e fibras é realizada com base (UOL)
em parâmetros de comparação.
Por meio de exames visuais de comparação Haste - é a porção livre visível, acima do
macroscópica e microscópica, é possível nível da epiderme; porção livre, terminada
diferenciar pelos humanos de não humanos, de em ponta – é o pelo propriamente dito.
fibras, identificar espécies, dentre outras Raiz – é a parte que fica dentro da pele; é
possibilidades. rica em células foliculares que permitem a
extração do DNA. É composta do bulbo,
Aplicações da Tricologia Forense folículo piloso e da papila dérmica.
Caracterizar crimes ambientais contra a o A papila é composta de fibroblastos
fauna; especializados que controlam o
Avaliar o controle de qualidade dos crescimento do pelo.
alimentos; o O bulbo é a parte mais espessa e
Vincular pessoas ou animais a objetos profunda do pelo.
e/ou locais de crime;
Indicar contato físico nos casos de
violência sexual;
Caracterizar casos de maus-tratos e Composição
agressão física; Os pelos são basicamente compostos de α-
Distúrbios e doenças capilares podem queratina, proteína cujo aminoácido mais
contribuir na identificação de possíveis abundante é a cisteína. Devido ao aminoácido
vítimas ou suspeitos de crimes. cisteína, os pelos possuem alto teor de enxofre,
responsável pelo odor marcante quando o pelo é
queimado. Pontes dissulfeto ligam as proteínas
adjacentes, formando uma rede de ligações
Morfologia cruzadas, que conferem ao pelo uma estrutura
Pelos são anexos epidérmicos queratinizados extremamente resistente à degradação química
exclusivos dos mamíferos. Eles crescem a partir e biológica.
de cavidades chamadas folículos, e se estendem
da derme até a epiderme. Podem ser divididos
em duas partes: haste capilar e raiz.
318
Testes de orientação
Os testes de orientação são baseados na atividade
catalítica típica de uma enzima peroxidase exercida
pela hemoglobina. Mais especificamente, tal Figura 274. Teste de Kastle-Meyer. Fonte: Science Lab Supplies.