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Universidade Federal da Paraíba

Centro de Ciências Agrárias


Programa de Pós-graduação em Agronomia
Disciplina: Produção e Tecnologia de Sementes

Vigor de Sementes

Profa. Dra. Edna Ursulino Alves


Doutoranda: Lucy Gleide da Silva

AREIA - PB
2023
Introdução

Sem condições
Redução na porcentagem de
favoráveis para
germinação
germinação

Microrganismos
no solo
Conceitos de Vigor

GENÉTICO FISIOLÓGICO

Diferenças entre Entre lotes de uma mesma


duas linhagens linhagem, cultivar ou espécie

Deve-se lembrar que o vigor


fisiológico depende do genético e das
condições que as plantas e sementes
são submetidas
Conceitos de Vigor
Potencial de
Armazenamento

Capacidade de
Emergência
Aspectos de interesse do
agricultor, de acordo com o
Comitê de Vigor da Associação
Sobrevivência das
Internacional de Tecnologistas
Plântulas
de Sementes (ISTA)

Potencial de Produção
Conceitos de Vigor

Definições Variáveis

Vigor de sementes é a soma daquelas propriedades que


determinam o nível potencial de atividade e desempenho de uma
semente ou de um lote de sementes durante a germinação e a
emergência de plântula (ISTA, 1981)
Associação Internacional de Tecnologistas de Sementes (ISTA)

Vigor de sementes compreende aquelas propriedades que


determinam o potencial para uma emergência rápida e uniforme e
para o desenvolvimento de plântulas normais sob uma ampla faixa
de condições ambientais (AOSA, 1983)
Associação Oficinal de Analistas de Sementes (AOSA)
Conceitos de Vigor

Exemplo hipotético de germinação de sementes e emergência de plântulas de


dois lotes de sementes.

Emergência em campo (%)


Lotes de Germinação
Campo 1 Campo 2 Campo 3
sementes (%)
Condições Pouco Muito
favoráveis desfavoráveis desfavoráveis

A 90 88 80 70

B 90 87 60 40
Fatores que Afetam o Vigor

Genético

Durante a Produção

Danos Mecânicos

Microrganismos e Insetos

Condições Ambientais (Armazenamento)

Densidade e Tamanho da Semente

Idade da Semente

Baixas Temperaturas Durante a Embebição


Fatores que Afetam o Vigor

GENÉTICO

 O genótipo da planta determina parcialmente o vigor das


sementes
Híbrido Poliplóides
Germinação e crescimento mais rápido
Taxa respiratória maior
Conservação de energia (mitocôndrios)
Fatores que Afetam o Vigor

Durante a Produção

Condições ambientais Formação da semente

Reservas Translocação de material


acumuladas fotossintetizado
Fatores que Afetam o Vigor

Durante a Produção

Formação da flor e fertilização

Não ocorre ao mesmo tempo

Crescimento indeterminado
Fatores que Afetam o Vigor

Durante a Produção
Formação da flor e fertilização

Vigor de sementes (%) de diferentes rácemos de três cultivares


de mamoneira (ZINK et al., citados por SICHMANN et al., 1978).

Vigor (Primeira contagem de germinação - %)


Cultivares
Primário Secundário Terciário Quaternário

IAC-38 98 85 85 95
Guarani 99 98 76 78
Campinas 98 85 91 -
Fatores que Afetam o Vigor

Durante a Produção

Desenvolvimento da semente

Quanto maior for a reserva de nutrientes, maior será o vigor


da plântula
Fatores que Afetam o Vigor

Durante a Produção

Desenvolvimento da semente

ENERGIA
ÁGUA TEMPERATURA LUMINOSA

Composição química
Eficiência
Processos de fotossintética
desenvolvimento
Fatores que Afetam o Vigor

Durante a Produção

Desenvolvimento da semente

NUTRIENTES FOTOPERÍODO
Fatores que Afetam o Vigor

Maturidade da semente Durante a Produção

Diferentes estágios de maturação

Exposição de efeitos climáticas

Sementes que não se encontram


completamente maduras podem germinar,
não resultando em plântulas tão vigorosas

Crescimento indeterminado
Fatores que Afetam o Vigor

DANOS MECÂNICOS

Colheita
Processamento
Manuseio/Semeadura
Fatores que Afetam o Vigor

Microrganismos e Insetos

Condições favoráveis

CAMPO MATURAÇÃO ARMAZENAMENTO

Tratamentos com produtos químicos ou naturais


Concentração adequada
Fatores que Afetam o Vigor

Condições ambientais durante o armazenamento

UMIDADE RELATIVA DO AR TEMPERATURA

Manter baixa a atividade respiratória


Fatores que Afetam o Vigor

Densidade e tamanho
Fatores que Afetam o Vigor

Idade da semente

Condições ambientais Deterioração Perca do vigor

Percas de viabilidade e vigor das


sementes com o decorrer do tempo.
Fatores que Afetam o Vigor

Baixas temperaturas Momentâneas


durante a embebição Prolongadas

Espécies de cultivo de verão Injúrias

Redução na sobrevivência Redução no porte da planta


Redução na massa seca Retardo da frutificação
Redução na altura Redução na qualidade da fibra
Métodos para testar o Vigor

Um teste de vigor ideal deve ser rápido, fácil, não exigir


equipamentos complexos, devendo ser aplicável para uma
semente como um lote delas e com eficiência para detectar tanto
pequenas como grandes diferenças de vigor

Classificação
Fisiológicos Bioquímicos
Avaliam aspecto de Determinam uma reação química
germinação ou crescimento ou um processo, como atividade
da plântula, tanto em enzimática ou respiratória,
condições favoráveis, como relacionados com a capacidade
de estresse de germinação
Classificação dos Testes de Vigor

• Primeira contagem de germinação


Testes de
• Velocidade de germinação
Crescimento e
• Taxa de crescimento da plântulas
Avaliação da
• Massa verde e seca das plântulas
Plântula
• Classificação do vigor de plântulas
Classificação dos Testes de Vigor

• Envelhecimento acelerado

• Teste de deterioração controlada

Testes de • Teste de frio

Estresse • Germinação a temperatura subótima

• Teste do tijolo moído ou de Hiltner e Ihssen

• Estresse osmótico
Classificação dos Testes de Vigor

• Tetrazólio

• Tetrazólio da camada de aleurona

• Condutividade elétrica
Testes de
• Respiração
Bioquímicos
• Atividade da descarboxilase do ácido

glutâmico (GADA)

• Conteúdo de adenosina trifosfato (ATP)


Testes Recomendados Pela Ista (PERRY, 1981)

 Taxa de crescimento de plântulas


 Classificação do vigor de plântulas
 Envelhecimento acelerado
 Teste de frio
 Teste do tijolo moído ou de Hiltner & Ihssen
 Teste de deterioração controlada
 Tetrazólio
 Tetrazólio da camada de aleurona
 Condutividade elétrica
Testes Recomendados Pela Ista (AOSA, 1983)

 Classificação do vigor de plântulas


 Taxa de crescimento de plântulas
 Envelhecimento acelerado
 Teste de frio
 Germinação a temperatura subótima
 Tetrazólio
 Condutividade elétrica
Classificação dos Testes de Vigor Teste de
Tetrazólio

Teste bioquímico que determina a viabilidade e vigor das


sementes, as quais são embebidas em uma solução incolor de
2,3,5 trifenil cloreto ou brometo de tetrazólio, indicadora do
processo de respiração

2,3,5 trifenil cloreto de tetrazólio


Classificação dos Testes de Vigor Teste de
Tetrazólio

O teste baseia-se na atividade das enzimas desidrogenases, as


quais catalizam as reações respiratórias nas mitocôndrias,
durante a glicólise e o ciclo de Krebs
Estas enzimas, particularmente a desidrogenase do ácido málico,
reduzem o sal de tetrazólio nos tecidos vivos
Quando a semente é imersa na solução incolor de tetrazólio, esta
é difundida através dos tecidos, ocorrendo nas células vivas a
reação de redução que resulta na formação de um composto
vermelho, estável e não-difusível, conhecido por trifenilformazan
Classificação dos Testes de Vigor Teste de
Tetrazólio

A coloração resultante da reação é uma indicação positiva da


viabilidade através da detecção da respiração a nível celular.
Os tecidos não viáveis não reagem e, consequentemente, não
são coloridos.
Teste de Tetrazólio

Semente morta

Danos por picadas de percevejos


Danos por umidade
Semente morta

Nas sementes mortas não


há coloração devido a
ausência do sistema
autônomo de enzimas

Danos por impactos mecânicos


Teste de Tetrazólio

Médio vigor

Alto vigor
Baixo vigor Não há coloração do
endosperma porque não tem
o sistema autônomo de
enzimas
Sementes de milho
(DEVRIES e GOGGI,
2018)
Não há coloração do endosperma porque não
tem o sistema autônomo de enzimas Teste de Tetrazólio

Viáveis Viáveis

Não Viáveis Não Viáveis


Sementes de triticale (SOUZA et al., 2010) Sementes de aveia (GRZYBOWSKI et
al., 2011)
Não há coloração do
Teste de Tetrazólio endosperma porque não tem o
sistema autônomo de enzimas

Corte da semente de sorgo

Viáveis

Fruto de sorgo seco “Cariopse”


Destaque para o escutelo
(b.1), coleóptilo (b.2), plúmula
Não Viáveis
(b.3), mesocotila(b.4), raiz
Sementes de sorgo após coloração com tetrazólio: sementes (b.5) e coleorhiza (b.6).
viáveis (A, B, C e D) e sementes não viáveis (E, F, G e H).
Teste de Envelhecimento Acelerado

Utilizado para predizer o


potencial de armazenamento de
sementes

Avalia o grau de tolerância


das sementes à elevada
umidade relativa (100%) e
temperatura (41 a 45°C),
estabelecendo que as
amostras de sementes de Sementes colocadas sobre as telas em camadas simples,
maior vigor são aquelas preenchendo todo o fundo (A) e (B); sementes nas caixas
com germinação superior, gerbox dentro da câmara de envelhecimento acelerado (C);
após esse procedimento visor da câmara com informações de tempo restante e
temperatura (D) (KLAUMANN et al., 2021).
Referências

 CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Germinação de


sementes. In: CARVALHO, N.M.; NAKAGAWA, J. (ED).
Sementes: Ciência, tecnologia e produção. 5.ed.
Jaboticabal: FUNEP, 2012. p. 224-238.
Universidade Federal da Paraíba
Centro de Ciências Agrárias
Programa de Pós-graduação em Agronomia
Disciplina: Produção e Tecnologia de Sementes

VIGOR

Profa. Dra. Edna Ursulino Alves


Doutoranda: Lucy Gleide da Silva

AREIA - PB
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