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Bacteriologia
• Aspectos gerais • IST
• Controle Microbiano • ITU
• Patogênese Bacteriana • ISNC
• Microbiota Normal • I. Globo ocular
• Coccus Gram (+) • ITRS
• Bacilos Gram (+) • ITRI
• Coccus Gram (-) • I. Pele e partes moles
• Bacilos Gram (-) • I. ósseas e Tromboflebite
• Espiroquetas • I. nosocomiais
• Bactérias Intracelulares • Doenças infecciosas emergentes
• ITGI
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 2
Gram -
• Mais fina – Uma outra membrana, que é externa e
outra que é interna; fica no meio
• Possui LPS na membrana externa – Resposta
• Presença de estruturas de adesão e fixação: imunológico
Fímbrias (pill) – Fímbrias sexuais (conjugação) e de • A membrana externa dificulta a penetração do
adesão (patogenia) corante – Não cora – Rosa
• Presença de flagelos – Flagelina prot • Proteínas de transporte e fímbrias
• Polissacarídeos com forte carga elétrica + e isso
Formas de Organização causa maior evasão aos fagócitos e sistema
complemento
• Possui barreira adicional à entrada de substâncias
nocivas – antibióticos, metais pesados
• No espaço periplasmático – Há enzimas inativadoras
de antibióticos e hidrolíticas
• Teste da Catalase
o Bolhas: +
o Sem bolhas: -
Gangrena Bolhosa
• Bolhas de gás são produzidas pelo microrganismo
• Esse tipo atinge os músculos e é causado por
bactérias anaeróbias que produzem toxinas e
liberam gases, o que leva a uma aparência bolhosa
da pele com o passar do tempo. Essas bactérias se
desenvolvem geralmente em lesões cirúrgicas onde
há falta de irrigação sanguínea. Esse tipo de
gangrena, se não tratado rapidamente, também
pode ocasionar a morte do doente.
Curva de Temperatura
• Termófilos: 55 a 75°
• Mesófilos: 30 a 45°
• Psicrófilos: 12 a 15°
Osmolaridade e pH
• A presença de solutos pode provocar difusão de
água para dentro ou fora da bactéria e isto pode
influenciar a sua sobrevivência.
• Neutrófilas – pH próximos da neutralidade
• Acidófilas – pH <~2
• Alcalinófilas – pH > 9
Reprodução
• Fissão binária –
o Divisão simples, maioria
o Divisão celular conduz a um maior número de
indivíduos clones
o Crescimento exponencial
o Fase lag (adaptação), exponencial (o número
dobra a cada geração), estacionária (número
constante) e declínio
o A disponibilidade nutricional influencia bastante
neste crescimento
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 5
Controle Microbiano
• Bacteriolítico
o Inibidores de formação da parede celular
Propriedades Desejáveis
• Toxicidade seletiva: Destruir patógeno sem atacar
hospedeiro Suporte a Identificação
• Bactericida em vez de bacteriostático: • Antibiograma
Principalmente em hospedeiros o Vai avaliar in vitro a interação fármaco x Bact
imunocomprometidos o Determina a sensibilidade
• Não induzir resistência bacterianas o Concentração mínima inibitória
• Espectro de ação satisfatório o Vai orientar o tratamento
• Não alergênico
Método da Difusão em Ágar
• Ativo quando dissolvido nos fluidos corporais ou
• Técnica de Kirby-Bauer
exsudatos
• Antibióticos impregnados nos discos. Difundem no
• Capaz de atingir o sítio de infecção
ágar e formam um halo de inibição ao seu redor
Sinergismo x Antagonismo quando encontram bactérias sensíveis.
• Sinergismo: Ação combinada entre dois agentes vai • As resistentes vão crescer próximo ao disco, não
ser superior à soma dos efeitos individualizados ocorre a formação de halo
• Antagonismo: Ação combinada entre os dois • Interpretação do Halo
agentes é inferior àquela administrada isoladamente o Após a medida do halo: Consultar tabela
o Sensível: A infecção pode ser
• Quando fazer combinações?
o Tratamento imediato de pacientes em estado adequadamente tratada utilizando o
antimicrobiano na dose recomendada para
crítico ou com suspeita de infecção grave
aquele tipo de infecção
o Tratamento de infecções mistas
o Intermediário: Inclui isolados cujo MIC se
o Prevenção da resistência a drogas
aproxima dos níveis obtidos no sangue e
Mecanismos de Ação dos Antimicrobianos tecidos. Apresenta resposta menor do que
• Interferência na síntese da parede celular microrganismos sensíveis.
• Interferência nas funções da membrana o Resistente: Não é inibida pelas concentrações
usuais
• Interferência na síntese proteica
• Interferência no metabolismo de ácidos nucleicos • Parâmetros para a Interpretação
o Concentração mínima inibitória – Dose
• Interferência em reações enzimáticas
mínima de antibiótico que, adicionada ao meio
de cultura, é capaz de inibir totalmente o
crescimento.
o Zona de inibição – Diâmetro do halo estéril
em torno do disco, em placas semeadas com
as mesmas cepas.
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 7
Patogênese Bacteriana
Microbiota Normal
Olhos e Conjuntiva
Características • TRI é normalmente estéril*** (Há uma microbiota
• Considerada uma continuidade da mucosa ou da pele vivendo em harmonia, que a qualquer perturbação
• Membrana mucosa que recobre a parte interna das pode causar um desequilíbrio)
pálpebras e a esclera
Microbiota normal do TRS
• Formada por células epiteliais – Alta capacidade
absortiva • Germes potencialmente patogênicos
• Substitui a pele nessa região • Geralmente não causam doenças
• Normalmente não possui germes • Competição por nutrientes e produção de
substâncias inibitórias
• Alguns micróbios podem infectar os olhos →
Conjuntiva • Resistência ou escape das defesas do hospedeiro
• Exposição constante ao meio → Contaminação • Brandas e Transitórias → Rinossinusite bacteriana
microbiana • Mais graves → Pneumonias
• Haemophilus influenzae
Estruturas que impedem infecções • Streptococcus pneumoniae
• Ação enxaguatória das lágrimas pelos movimentos • S. pyogenes
palpebrais → Remoção da sujeira e dos germes • Moraxella catarrhalis
• Ação das imunoglobulinas
• Ação da lactoferrina (sequestro de Fe e prejuízo ao Microbiota Gastrointestinal
metabolismo bacteriano) • Bastante colonizado por bactérias
Ação de lisozimas • Boca → Muitas bactérias
Microbiota “Normal” • Estômago e início do ID → Poucas bactérias (HCl)
• IG → Muitas bactérias (40% da massa fecal)
• Conjuntiva inflamada por agentes infecciosos →
• O TGI é adaptado para absorver nutrientes
Conjuntivite
• Ingestão de germes prejudiciais junto aos alimentos
• Haemophilus influenzae
e água → Necessidade de impedir a invasão
• Chlamydia trachomatis
o Acidez gástrica
• Neisseria gonorrhoeae (conjuntivite gonocócica
o Células de Paneth (Fagocitose, APC e produz
neonatal)
lisozimas e proteínas antibacterianas)
• Pseudomonas
Microbiota normal da Cavidade Oral
Trato Respiratório
• Altamente complexa, diversa e heterogênea
Características • Muitos gêneros de bactérias
• Dividido em TRS e TRI • Predomínio de germes Gram (+)
• TRS o Estreptococos*
o Nariz e Seios paranasais o Alguns bacilos
o Ductos dos seios e ductos nasolacrimais o Anaeróbios
o Faringe e estruturas associadas • Composição depende de:
• TRI o Idade – vai variando
o Laringe o Hábitos alimentares
o Traqueia e Brônquios o Fluxo salivar
o Alvéolos pulmonares e pulmões o Condições imunológicas*
• Partículas retidas → Movidas até a faringe (ação o Hormônios
ciliar) o Higienização
• Caso os germes atinjam os pulmões → Macrofagos o Alcoolismo – pneumonias aspirativas*
alveolares
Bactérias associadas à formação da placa bacteriana
• Anticorpos IgA (muco), saliva e lágrimas → Proteção
• Formação de cáries
à mucosa
• Doenças periodentais
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 12
Staphylococcus aureus
• Aumento da resistência*
• Aureus → Dourado* e são Hemolíticos
• Coagulase +/ Catalase +/ Meio sal/Manitol +
• Terçol (Hordéolo) – Inflamação nas glândulas da
Características
borda da pálpebra.
• É responsável pelo 2° maior número de infecções
• Furúnculo – coloniza regiões mais profundas da pele
em seres humanos
• TRS – Principalmente narinas
Fatores de Virulência
• Cápsula – Protege contra fagocitose. Biofilmes
(Fibrose cística – internações)
• Peptídeoglicano e Ácidos teicóicos – Aumenta a RI
e produção de citocinas
• Proteína A – Proteção contra fagocitose
• Adesinas – Ancoragem da bactéria e facilitação da
• Impetigo – Infecção que atinge camadas superficiais
colonização
da pele. Contagiosa. Acomete mais o rosto e
• Fatores Extracelulares (Só algumas cepas as
extremidades da pele de crianças
produzem)
o Exotoxinas
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 14
Staphylococcus epidermidis
• Não é hemolítico
• Coagulase -/ Ágar sal/Manitol -/
• Colônia branca
• Celulite – após trauma local, infecção aguda da pele • Quase sempre adquirida em hospital
e tecidos subcutâneos com rápida disseminação • Importante causa de sepse em neonatos
Características
• É bem menos virulenta que a S. aureus
• Fatores de adesão e forma muito biofilme
o Pacientes com materiais invasivos*
• Endocardite
• Contaminação de cateteres e derivação – 65%
• ITUs
• Muita peritonite em pacientes dialisados
• Síndrome da pele Escaldada – Ocorre em recém- peritoneamente.
nascidos e crianças.
• Tratamento com Vancomicina
Staphylococos saprophyticus
• Coagulase –
• Quase sempre adquiridas na comunidade
• ITU
o Causa frequente de cistite
o Microbiota vaginal de muitas mulheres
o Confunde com a S. epidermidis
• Gastroenterite Estafilocócica – Ingestão de alimentos • Resistência intrínseca à Novobiocina*
contaminados. Tem efeitos emético* • Diagnóstico
• Bacteremia e Endocardite* - Mais frequente em o Swab de secreções, pus e sangue
hospitais, a partir de uma infecção cutânea ou após o Teste da catalase e coagulase
procedimento cirúrgico, cateter intravascular (50%). o Teste de sensibilidade a Novobiocina
o Endocardite aguda* → 50% mortalidade
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 15
Clínica Médica
• Coloniza Orofaringe em crianças e jovens sadios
• Invade pele ou membranas de mucosas*
• Transmissão maior em clima frio
• Crianças de 5 – 15 anos*
• Infecções de tecidos moles e pele
Streptococcus Faringite Estreptocócica
• Cocos Gram (+) • Eritema com exsudato – 50%
• Catalase - • Dor de garganta, febre cefaleia e mal-estar
• Diplococos: Pneumococos e Enterococos • Confunde com faringite viral*
• Cadeia: Streptococcus pyogenes • Ausência de secreção nasal e tosse*
• Ausência de endósporos • Complicações:
• Imóveis* o Erisipela – Celulite infecciosa superficial. MMII
• Anaeróbios facultativos* o Escarlatina – Toxinas. 10% das faringites
estreptocócicas. Manchas vermelhas pelo
Classificação corpo
• Propriedades Sorológicas: A ao K (polissacarídeo) o Febre reumática
• Padrões Hemolíticos
o A – Hemólise – Incompleta
o B – Hemólise – Completa
o Y – Hemólise – Ausência
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Febre Reumática
• Doença inflamatória de origem autoimune
• Resposta do organismo à infecção pelo
Streptococcus pyogenes em geneticamente
predispostos.
• Se manifesta de 14 a 30 dias após episódio infeccioso
de faringoamigdalite. 3% das crianças.
• Clínica
o Anticorpos contra proteína M do estreptococo
vão reagir contra epítopos idênticos presentes
no músculo das valvas cardíacas
o Febre baixa, dor, inchaço das articulações e Fascite Necrosante
coração, pele • “Bactérias devoradoras de carne”
• Pode trazer complicações importantes* • Streptococcus pyogenes*
• Diagnóstico clínico e laboratorial • Penetram nas camadas mais profundas da pele e
tecido subc. – Espalham-se pelas fáscias superficiais
e tecido subcutâneo → Necrose
• Tratamento: Debridamento + Metronidazol e até
amputação
Erisipela
• Porta de entrada é a pele → Disseminação para
vasos linfáticos
• Pode invadir tecido subcutâneo e gorduroso Impetigo
• Eritema intenso e progressivo com edema: • Entrada da bactéria por microlesões cutâneas
o Face e MMII • Inicia-se como uma vesícula → Lesão recoberta por
o Todos os grupos etários crosta espessa
• Pode progredir para glomerulonefrite
Escarlatina
• Complicação da Faringite por S. pyogenes
• Exotoxina pirogênica* Celulite*
• Exantema difuso torácico e de membros
• Crianças*
• Língua em morango*
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Clostridium perfringens
• Gangrena gasosa: infecção de tecidos moles com
aumento de volume tecidual por formação de gás
• É um componente da microbiota normal da pele/
intestino
• Há a produção de enzimas invasivas
o Proteolíticas, Lipolíticas..
o Produzem gás por fermentação
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Bacillus Corynebacterium
• Gram (+)/ Catalase +/ Produzem Esporos • Não formadores de esporos*
• Aeróbios ou Anaeróbios facultativos • Imóveis – Aeróbio ou anaeróbio facultativos
• Diphtera → Membrana
Bacillus antrhracis
• Bactéria Imóvel C. diphteriae
• Cápsula - antifagocitária • Patogenicidade
• Toxinas: Aumentam a permeabilidade vascular o Produz um fator de crescimento epidérmico
• Antraz ou Carbúnculo de ligação da heparina
o Doença de herbívoros. O homem é • Difteria Respiratória
contaminado por animais ou produtos o PI: 2-6 dias
• Antraz Cutâneo o Inflamação local com exsudato que evolui para
o Desenvolvimento de úlceras no local de pseudomembranas
inoculação – 20% de bacteremia o Complicações: Obstrução respiratória,
o Úlcera indolor com escara negra – Edema é miocardite, coma e morte
acentuado – Pústula maligna*
• Difteria Cutânea
o Pós contato cutâneo
o Úlceras crônicas e sinais sistêmicos
• Diagnóstico
o Cultura – coleta naso e orofaringe
o Teste de Toxigenicidade
▪ Detecção exotoxina
• Tratamento:
o Antitoxina diftérica
• Antraz por Inalação o ATB – Penicilina G e Eritromicina
o É direcionado aos linfonodos mediastinais e o Vacinação: Tríplice Bacteriana (DPT)
causa grave hemorragia
o Confunde-se com infecção respiratória viral Listeria
o Causa Insuficiência respiratória • Móveis
o Mortalidade elevada pelo diagnóstico tardio • Doença: L. monocytogenes – recém nascidos,
o Guerra biológica* idosos, grávidas e imunocomprometidos
• Antraz Intestinal
o Muito raro – Ingestão de carne mal cozida Listeria monocytogenes
o Adenopatia mesentérica e hemorragias com • Bactéria intracelular facultativa
ascite • Hemolisina: Listeriolisina O – escape do fagossomo
• Diagnóstico e Tratamento: • Ausência de imunidade celular → Infecção grave
o RX de tórax → Alargamento mediastinal • Doença neonatal adquirida no útero – alta
o PCR e ELISA mortalidade
o Uso da Ciprofloxacina* ou Doxiciclina • Adultos: semelhante à influenza leve
• Meningite: Mais comum em adultos
Bacillus cereus imunossuprimidos, recém nascidos, maior frequência
• Agente de gastroenterites – Intoxicação alimentar em pacientes transplantados
• Infecções oculares e sepse (cateter contaminado) • Diagnóstico:
• Produtora de enterotoxinas o Bacterioscópico de LCR
o Vômitos, diarreia de evolução curta o Cultura: L. monocytogenes: B-hemolítica
• Bactéria presente no meio ambiente • Tratamento:
• Ingestão de cereais não polidos o Penicilina ou Ampicilina + Eritromicina
• Tratamento: Sintomático o Evitar consumo de carnes mal cozidas, queijos
coloniais*
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Neisseria ssp.
• Várias espécies na microbiota normal • Uretrite
• N. gonorrhoeae • Diagnóstico laboratorial:
• N. meningitidis o Bacterioscopia
• Diplococcus e Aeróbios o Cultura – amostras uretrais, endocérvix, reto,
sangue
• São Oxidase + → Expor a fenilenodiamina, as
o Homens → Detecção de diplococos no
colônias ficarão negras
interior de PMNs
Neisseria gonorrhoeae o Teste da Oxidase +
• Possui Pili – Adesão à mucosa - variado • Tratamento:
• Vários fatores de virulência: o Ceftriaxona + Azitromcina/ Cefixima ou
o Proteínas de lesão celular ciprofloxacina
o Adesinas • Oftalmia neonatal* → Nitrato e prata 1% com tetra
o Proteases – IgA degradada ou eritromicina 1%
o B-lactamases Neisseria meningitidis
• Patogenia:
• Meningite bacteriana aguda*
o Replicação intracelular e infecção no espaço
subepitelial • Coloniza nasofaringe e é uma microbiota transitória
no TRS
• Epidemiologia
o Maior ocorrência em adolescentes • Possui cápsula polissacarídea - antifagocitária
o Transmissão: Sexual e no parto • Dividida em 13 sorogrupos
o Risco: 50% mulheres e 20% homens • Patogenicidade e Imunidade:
o Pili bacteriano permite a fixação do
Doença Clínica – Gonorréia “Pinga-Pinga” meningococo a receptores da nasofaringe
• 2-5 dias de PI (colonização)
• Homens → Uretrite o Imunidade é parcialmente específica a
o Secreção uretral e disúria determinadas espécies
o Complica: Epidermite, prostatite, abscessos o Bactérias invadem células e se multiplicam no
periuretrais espaço subepitelial
• Mulheres → Infecção vaginal e do colo uterino o Lesão vascular difusa: Ação da endotoxina da
o Corrimento vaginal membrana externa
o Disúria e dor abdominal • Epidemiologia:
o Complica: Infecção genital ascendente, artrite, o 90% do sorogrupos B, C ou Y
Infecções generalizadas o Portadores assintomático 1-40%
o Transmissão: contato direto ou indireto por
aerossóis
Doença clínica – Meningite Bacteriana
• Cefaleia abrupta + Febre e rigidez da nuca
• Fotofobia e sinais inespecíficos
• Síndrome de Waterhouse-Friderichsen → Febre
alta, choque, purpura disseminada, coagulação
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Tratamento
• ATB: Penincilina G e Cefalosporinas
• Tratar sinais secundários
• Profilaxia: Rifampicina oral
• Vacina: Bivalente – A e C e Polivalente – A, C, Y,
W135
Sorotipos
• A → Não circula mais no país
• B → 20% de todas as meningites meningocócicas
no Brasil. 100% das crianças entre 12 e 23 anos
• C → Princiapal agente etiológico no Brasil – 70%
• W → Vem crescendo no país. 10% dos casos
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Pneumonia
• Sintomatologia
• Diagnóstico
o Febre ou hipotermia com taquicardia
o Teste da Urease → HP libera uréase que
o Gradativa piora do quadro respiratório e
converte ureia em amônia (menor pH) → Dano
falência de múltiplos órgãos
a mucosa gástrica
o Alta letalidade
o Teste de antígenos de H. pylori
o Escarro espesso e sanguinolento
o Microscopia com bactéria na fovéola da gl;
• Diagnóstico
o Imunofluorescência indireta
o Clínico
o PCR e cultura de secreções - Antibiograma
• Tratamento
o Polimixina B
o Tigeciclina
o Aminoglocosídeos
o Sempre higienizar as mãos
Helicobacter pylori
• Bacilo Gram (-); flagelado
• Bactéria que vive no muco que recobre a superfície
do estômago (Fovéola da Glândula)
• Tratamento
• Alta prevalência, aumenta em 9x o risco de câncer
o Tetracilinas, Metronidazol, Subcitrato de
gástrico → Gera radicais livres e danos ao epitélio e
Bismuto e Amoxicilina 2 semanas → Mesma
DNA.
eficácia.
o Adenocarcinomas ou Linfoma MALT
• Gastrite crônica – Sintomática ou assintomática Esquema Terapêutico Taxa de Erradicação
• 10-15% dos infectados progridem para doença • Subcitrato de Bismuto 72%
ulcerosa no estômago ou duodeno. • Amoxicilina
• Diferentes cepas podem ter a virulência aumentada. • Metronidazol
• Infecção → Lesão ao epitélio → Gastrite aguda → • Subcitrato de Bismuto
Gastrite crônica → Fatores de virulência + Fatores • Amoxicilina 69-96%
de risco (tabagismo, etilismo e alimentos salgados, • Metronidazol
enlatados) + Pré-disposição genética → Lesões pré- • Tetraciclina
cancerígenas → Câncer • Omeprazol 58-82%
• Há uma intensa resposta Humoral específica → IgA • Amoxicilina
e IgG
• Se aderem às células secretoras de muco da • ! LER O MATERIAL DE PP2
mucosa gástrica. Produzem muita amônia*
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 26
Yersinia
• Bacilo Gram (-) associado a fonte de animal
• Yersinia petis → Agente da peste negra
• Yersinia enterocolitica
• É um bacilo que se assemelha a um alfinete com
uma área central clara.
• Uma das bactérias mais virulentas
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 30
Espiroquetas
Síndromes Clínicas
• Forma anictérica → 90% dos casos. Benigna
• Forma Ictérica → 10%. Mais grave. Síndrome de Weil.
• Leptospirose Aguda
o Febre, mialgia, vômitos, cefaléia, olhos
vermelhos
o Regressão em uma semana
o Evolução para meningite ou infecção o Notificação compulsória no Brasil
generalizada • Sinais Clínicos
o Síndrome de Weil → Exantema, Hemorragia, o Lesão cutânea iniciada por uma pequena
Icterícia, IR SARA, miocardite. mácula ou pápula vermelha, denominada
o Mortalidade de 10% Eritema migrans (EM) – local da mordedura
• Leptospirose Congênita
o Abortamento, natimortalidade ou parto
prematuro
Bactérias Intracelulares
Mycobacterium tuberculosis
• Inalação de aerossóis infecciosos → Vias aéreas Resposta do Hospedeiro:
terminais
• Aeróbico obrigatório • Os macrófagos apresentam antígenos para os
• Alguns são resistentes a Isoniazida – INH Linfócitos T com liberação de citocinas e ativação
• Alguns são polirresistentes - MDR de mais macrófagos. Isto limita a multiplicação dos
bacilos ou os mata.
Patologia • A resposta imune protetora impede a progressão
• Bactéria é fagocitada → Va inibir a ação do ou leva à involução da lesão pulmonar primária. PPD+
fagossomo → Se multiplica → Destruição de (3-8 semanas após a infecção)
macrófagos. • Imunidade protetora, não esterilizadora →
• Novos fagócitos chegam e se unem → Células Permanência de bacilos viáveis nas lesões: Infecção
gigantes → Tubérculo inicial latente
• Formação de um cáseo no tubérculo pela morte de
macrófagos, linfócitos chegam e ficam ao redor. Fatores Relacionados a Reativação – Tuberculose
• Um tubérculo maduro é formado com uma camada Secundária
externa firme de fibroblastos circundando a massa • Desnutrição e Alcoolismo
de macrófagos e linfócitos. Cavidade caseosa cheia • Terapia com corticosteroides ou outros
de bacilos replicantes imunossupressores
• Complexo de Ghon – Granulomas calcificados • Neoplasias e Hemodiálise
• AIDS*
• Pode ocorrer 1 ou 2 anos após a infecção primária.
Local mais comum é a região apical
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 34
• Ferramentas Diagnósticas
o PBAAR: escarro (3 amostras) , materiais de
biópsias, LBA (lavado bronquioalvelar) , LCR
o Sempre solicitar culturas para micobactérias
(Demora muito)
o Forma extrapulmonar: Baixa sensibilidade do
escarro e da cultura. Biópsias com necrose
caseosa.
o SNC: LCR, serosas: ADA alterado (pleura)
Tuberculose Pulmonar o PCR para MTB: muito específica
• “Febre; Tosse crônica; Perda ponderal; Sudorese o GeneXpert
noturna; Dor no peito; Cansaço; Hemoptise” Teste de Mantoux
• PBAAR escarro, LBA, biópsia e culturas o PPD = Derivado proteico purificado da
• Achados de Imagem: tuberculina
o Forma Localizada: Ápice de pulmão D. o Injetar o PPD da tuberculina intradermicamente
Pontinhos esbranquiçados no antebraço esquerdo
o Forma Disseminada ou padrão miliar: Mais o 2-48ha 72h após medir o diâmetro da
comum em HIV+. Clássica árvore em induração
brotamento. Micronódulos agrupados ▪ 0 a 4 mm – Não reator
▪ 5 a 9 mm – Reator fraco
• Exames Iniciais: ▪ >= 10 mm = Reator forte
o RX de tórax • É um marcador de infecção, não de doença.
o 3 amostras de PBAAR escarro • Teste de hipersensibilidade tardia
o Culturas para Micobactérias. • + Não faz diagnóstico de doença ativa
Progressão • - Não exclui doença ativa. Particularmente em AIDS
• A liquefação continua até que o tubérculo se rompa, e outros imunodeprimidos
permitindo que os bacilos se espalhem no • Vacinados com BCG tem PPD+
bronquíolo, pelo trato respiratório e outras regiões • 0,1mL intradérmico, leitura da enduração, 48-72
do corpo → Tuberculose Miliar – Comum em AIDS horas.
Diagnóstico
• Investigação independe se tiver tomado BCG
• Agente Etiológico
o <2 anos: PPD > 10mm +
o Aeróbico, replicação lenta
o >2 anos: PPD > 5mm +
o Alcool ácido resistente (Ziehl-Neelsen)
o Cultura: Meios líquidos/sólidos
• TB em crianças:
o Biologia molecular: PCR/ GeneXpert
o Hiperinsuflação segmentar
o TMR (TR) – Específico. Após 2 hrs. Testa
o Atelectasia
sensibilidade a Rifampicina
o Consolidação alveolar
o Derrame pleural
• Pontos Chave
o No Brasil: Tosse mais de 2 semanas. Notificação Tratamento TB Pulmonar
compulsória. • Associação RIPE por 6-9 meses
o Sinais sistêmicos nem sempre presentes • Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol
o Perguntar sobre história epidemiológica • Associação de drogas + Tempo prolongado +
(contato) Monitorização da resposta
o Exames iniciais: Se confirmar, sempre solicitar • DOT: Adesão – Acompanhar o paciente
anti-HIV • EB (Esquema básico)
• Fase Intensiva: 2 meses
o Uso das 4 medicações
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 35
• Fase de manutenção: 4 meses • Na maioria dos casos, é transmitida por via aérea e
o Rifampicina e Isoniazida manifestações cutâneas resultam de disseminação
• Dose fixa e combinada, Dose> Importante q o Temp hematogênica ou são uma extensão direta de um
foco de infecção.
• Pode ser TB inoculada diretamente na pele/ mucosa
• Risco maior em imunodeprimidos
• Fazer DF com lesões cutâneas por fungos,
protozoários e outras bactérias
• Terapia é similar a TBP
• Pulmonar → 6 meses
• SNC, osso, ocular → 9-12 meses
• NeuroTB → EB + Corticoide
• Monitorização da Resposta Mycobacterium leprae
o Clínica/ Radiológica
• Agente Causador da Hanseníase
▪ Febre: até meses
• Multiplicação extremamente lenta
▪ Ganho de peso: semanas
• Transmissão ocorre pelas secreções das VAS e
▪ Radiológica: meses
o Microbiológica gotículas de saliva
▪ Baciloscopias mensais • Doença basicamente cutânea, mas pode afetar
▪ Até 2 meses: positiva nervos periféricos, olhos e outros órgãos
• Período de incubação: 6 meses a 6 anos
• Eventos Adversos Patogenia
o Intolerância Digestiva • Organismo replica-se intracelularmente, tipicamente
▪ Náuseas e Vômitos no interior de histiócitos cutâneos, células endoteliais
▪ Rifampicina: Urina alaranjada e células de Schwann
▪ Isoniazida: Neuropatia periférica,
Hepatotoxicidade, Alteração de Formas
comportamento. Depleção de B6 • Tuberculoide
• Repor B6 em gestantes, etilistas, o Resposta imune Th1 – Y-interferon,
DM, com neuropatia periférica Interleucina 2.
prévia e desnutridos. o Danos aos nervos
▪ Pirazinamida: Hiperuricemia o Teste da lepromina – Similar ao PPD, injeta
▪ Etambutol → contraindicado em crianças um fragmento de M. leprae e observa a
- oftalmotóxico induração após 48hrs.
o Hepatotoxicidade • Lepromatosa
▪ Alterações de 3-5 vezes / Icterícia o Resposta Th2, formação de granulomas.
▪ Moderada - Grave → Suspender o Teste lepromina é negativo
esquema
▪ Reintrodução: R+E / I/ P
Tuberculose Cutânea
• TBC → 1,5% de todos os casos
• M. tuberculosis, M. bovis e a vacina BCG podem
causar TBC
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 36
Mycoplasma
• Família Mycoplasmataceae
o Mycoplasma e Ureaplasma
• Menores micro-organismos de vida livre
• Não possuem parede celular e apresentam uma MP
contendo esteróis
Mycoplasma pneumoniae
• Não possui parede celular
Sintomas
• É encontrado apenas em indivíduos infectados →
• Depende do tipo Transmissão por aerossóis, secreções*
• Manchas na pele, comprometimento dos nervos • É a causa mais importante de pneumonia atípica em
periféricos, dormência em algumas regiões, crianças e pessoas jovens*
aparecimento de caroços ou inchaços nas partes • Colônias em formato de ovo frito
mais frias do corpo, alteração da musculatura, face
• PI: 2-4 semanas e a infecção é gradual e prolongada
leonina
• Na tuberculoide são observadas lesões cutâneas de Sintomas
natureza macular hipopigmentada ou em placa, • Comuns faringite, dor de garganta, rouquidão,
nervos superficiais espessados e anestesia cefaleia, mal-estar, febre, adinamia, mialgia e tosse.
significativa das lesões cutâneas.
Fatores de Virulência
• Na lepromatosa são observadas lesões múltiplas
• Proteína terminal P1 → Adere à um receptor
cutâneas nodulares, resultando na típica face leonina
glicoprotéico específico no epitélio respiratório
• Aspecto desfigurante resulta de vários fatores
próximo à base dos cílios → Movimento ciliar
o Anestesia cutânea resulta em queimaduras ou
• Toxinas (H2O2) → Danos teciduais na mucosa
traumas que se infectam
• É um superantígeno → Estimula a migração de cels.
o Reabsorção óssea leva à perda de
Inflamatórias, liberação de citocinas TN-A e IL-1
características como do nariz e extremidades
dos dedos. • Doença branda das VAS – 90%
o Infiltração da pele e nervos leva ao o Febre baixa, mal-estar, cefaleia e tosse seca
não produtiva
espessamento
• Ocorre agravamento gradual dos sintomas
Diagnóstico • Doença mais grave com comprometimento do TRI
• Presença dos bacilos em coloração acidorresistente → 10% dos casos
das lesões de pele
• Presença de células esponjosas – Macrófagos Pneumonia Atípica Primária
repletos de lipídeos – vários bacilos • Atípica pois a bactéria causal não pode ser isolada
• Granulomas na forma tuberculoide em meios rotineiros no laboratório de diagnóstico
• Nenhum teste sorológico é útil Diagnóstico
• Escarro, secreção orofaríngea ou nasofaríngea,
Tratamento
lavado broncoalveolar ou aspirado pulmonar
• Rifampicina + Dapsona + Clofazimina – Lepromtosa
• Cultura (lento), PCR, Rx
• Dapsona + Rifampicina – Tuberculoide
• Sorologia
o IgM e IgG específica irá aumentar
o Em adultos a dosagem de crioaglutininas
encontram-se elevadas em 75% dos indivíduos
com pneumonia
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 37
Chlamydia
• Parede rígida e são Unicelulares
• Parasitas intracelulares obrigatórios
o Chlamydia pneumiae
o Chlamydia psittaci
o Chlamydia trachomatis
• Bactérias pequenas e filtráveis
• Formas: o Conjuntivite de inclusão no adulto: Conjuntivite
o Infecciosa: Corpo Elementar por amostras genitais
o Não-Infecciosa: Corpo reticulado o Conjuntivite neonatal
• Patogenia o Pneumonia do lactente
o Corpo elementar é fagocitado → Partícula o Infecções Urogenitais
elementar se reorganiza em um corpo • Sorotipos A, B e C
reticulado não-infeccioso → Divisão do corpo o Ceratoconjuntivite crônica (Tracoma) e
reticulado – corpos de inclusão → Se tornam pneumonia
corpos elementares infecciosos → Lise da o Maior ocorrência em crianças
célula fagocitária o Transmissão: Contato direto e indireto
• Bactérias cosmopolita
• Sorotipos L1, L2 e L3
o Causam o linfogranuloma venéreo
o Infecção genital com llesão local seguida por
inflamação e dema dos linfonodos regionais:
Bubões.
o Pode haver febre, anorexia, cefaleia, mialgias
o Se não tratado: Elefantiase
C. Trachomatis
• Síndromes Clínicas • Sorotipos D a K
o Tracoma → Conjuntivite seguida por o IST , causa principalmente Uretrite
inflamação difusa e fibrose, leva a ulceração e o Alta prevalência na Africa, Ásia e AmSul
formação de Pannus. o 35-50% das uretrites não gonócicas
o Nas mulheres, infecta cérvix e uretra –
secreção anormal, sensação de queimação ao
urinar – Pode causar infertilidade
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 39
• Diagnóstico
o Citologia: Coloração de Giemsa de raspados
o Cultura
o Detecção direta do agente em raspados –
ELISA
o PCR
o Sorologia: Ac contra todos
• Tratamento
o LGV: Doxiciclina
o Grávidas: Eritromicina* ou Sulfisoxazol
o Infecções oculares: Azitromicina e Doxiciclina
o Conjuntivite e Pneumonia neonatal: Eritromicina
o Uretrite: Tratar parceiro também
C Pneumoniae
• Causa de bronquite, pneumonia (Atípica), Sinusite
• Infecções mais comuns em adutos
• Sinais Clínicos
o Tosse persistente, mal-estar
• Transmitida por aerossóis
• Diagnóstico: Cultura, PCR, FC
• Tratamento: Tetraciclina ou Eritromicina
C. Psittaci
• Causa de Psitacose
• Reservatórios: Espécies de aves e mamíferos
• Transmissão: Contato com aves ou animais. Inalação
de poeira contaminada
• Sinais clínicos
o Cefaleia, febre alta, mialgia, artralgia, tosse não-
produtiva, estertores e consolidação pulmonar,
sinais no TGI
• Complicações
o Comprometimento nervoso, coma e morte
• Diagnóstico
o Sorologia: FC
o PCR
• Tratamento
o Tetraciclina ou Eritromicna
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 40
Definições ITUs
• Principal causa de internações Cistite
o Comunidade • Sintomas
o Hospitalar – Cateteres o Disúria – baixo ventre
▪ Ascendente – Pielonefrite o Hematúria – Visível ou microscópico
▪ Escolha adequada do ATB o Dor suprapúbica
o Urgência miccional e Aumento da F. urinária
Vias da ITU - Classificação o ! Muitas vezes os farmacêuticos prescrevem
• Ascendente – Uretral cystex* - Não trata infecção, alivia os sintomas
• Hematogênica – Vascularização
Cistite Não-complicada
• Alta → Pielonefrite
• Urina 1 – Não precisa
• Baixa → Cistite
o E. coli + S. saprophyticus
• Não Complicada e Complicada
o Evitar Sulfa, Res > 20%*
Fatores de Risco o Dar Fosfomicina 1 dose* ou Norfloxacina – 3d
• Cateterização Bcateriúria Assintomática
• Sexo feminino • É a presença de bactéria na urina e sem sintomas
• Imunodeficiência e DM • Bactéria > 100.000 UFC/mL
• Anomalias do TU • Quando Tratar?
• Bexiga neurogênica o Gestantes – Pode gerar partos prematuros*
• Obstrução intrínseca e extrínseca o Pacientes submetidos a procedimentos
urológicos com previsão de sangramento, para
Principal Agente de ITU evitar bacteremia de foco urinário.
• E. coli → Principal agente na comunidade o Neutropênicos – pacientes oncológicos (sempre
Bacilos Gram (-) pedir hemograma em pacientes oncológicos),
imunossuprimidos – Neutropênicos tem que
• E. coli – 75-90%
iniciar antibióticos IV em até 1 hora para evitar
• Klebsiella sp
sepse.
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 41
Uretrites
Gonorreia
Geral
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 44
•
•
Infecções do SNC •
•
•
Encefalite
• Doença inflamatória aguda cerebral devido à invasão
ou hipersensibilidade viral.
• Encefalite primária, que ocorre quando um
vírus ou outro agente infeccioso afeta
diretamente o cérebro
• As meninges são três membranas que revestem o • Encefalite secundária, que muitas vezes ocorre
sistema nervoso central, garantindo a proteção de duas a três semanas após a infecção inicial
contra choques mecânicos e a regulação da pressão
no interior desse importante sistema.
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 45
• Encefalite por Herpes Simples é a maior razão • Infecções Adjacentes → Às meninges: Faringite,
de casos graves em todas as idades. Sinusite, Otite média
• Outras Causas: Sarampo, Caxumba, Poliomielite, • Solução de continuidade → Traumatismo craniano,
Rubéola, Varicela. Infecção dos ossos ou vasos sanguíneos.
• Fatores de Virulência
Encefalomielite o Dificultam a opsonização do patógeno,
• Doença inflamatória aguda cerebral e de estruturas proteases que clivam IgA, cápsula
da medula espinal devido à invasão ou antifagocitária
hipersensibilidade viral. o Bactérias caem na corrente circulatória →
• Encefalomielite disseminada aguda, uma doença Bacteremia → Invasão do Espaço
desmielinizante do cérebro e da espinal medula, subaracnoide
provavelmente espoletada por infecções virais. o No SNC a imunidade humoral é deficiente*
• Encefalomielite disseminada, sinónimo de esclerose
múltipla;
Invasão das Meninges
• Encefalomielite equina, um doença viral transmitida
por mosquitos, potencialmente fatal, que infecta
cavalos e humanos;
• Encefalomielite miálgica, síndrome que envolve a
inflamação do sistema nervoso central com sintomas
de dores e fadiga muscular; o termo é muitas vezes
usado como sinónimo de Síndrome da fadiga
crónica, embora a distinção seja ainda controversa.
Agentes Etiológicos
Bactérias • Fisiopatologia
o Invasão do SNC
• Haemophilus influenza*
o Há uma resposta inflamatória do hospedeiro
• Streptococcus pneumoniae*
o Liberação de mediadores inflamatórios
• Neisseria meningitidis*
endógenos
• Listeria monocytogenes o Moléculas de adesão celular
• Streptococcus agalactiae o Alteração do fluxo sanguíneo cerebral
• E. coli o Aumento da pressão intracraniana
• Mycobacterium ssp. o Disfunção neuronal
Fungos o Morte encefálica
• Cryptococcus neoformans • Epidemiologia
• Aspergillus ssp o Meningite Bacteriana – Outono e Inverno
o Após 2 meses de idade – 95% Pneumococo,
• Candida ssp.
Hemófilo e Meningococo
Virais o Meningite viral – Final do verão e estação
• Adenovirus e Arbovirus chuvosa. 50-80% não se sabe o agente
• Herpes Vírus 1 e 2 o Meningites virais – 85% por Enterovírus
• HIV
Meningite
• Influenza A e B
• Poliovirus • Meningite é um processo inflamatório envolvendo as
• Rubéola meninges dentro do espaço subaracnóideo; se a
infecção se espalhar para o cérebro subjacente, é
Infecção do SNC chamada de meningoencefalite.
• Via Hematogênica: Primária ou Secundária a um • A meningite infecciosa pode ser dividida geralmente
foco de infecção à distância (Infecção de pele, em piogênica aguda (normalmente bacteriana),
pulmão, coração, TGI e ITU) asséptica (normalmente viral) e crônica
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 46
• Atenção a idosos – Rigidez na nuca pode ser por • Tratamento depende da idade e bactéria
conta da intensa calcificação cervical.* o Ampicilina; Ceftriaxona; Aminoglicodídeos..
• Liquor Normal • Prevenção: Vacinação contra sorotipos
o Para cada 500 hemácias no líquor subtrair 1
leucócito
Meningite Asséptica
o Para cada 100 hemácias no liquor reduzir de 1 a • Viral
1,5mg de proteína • Doença de início relativamente agudo que consiste
o Cada hora entre a coleta do líquor e sua análise em:
reduz de 3 a 4 mg a glicorraquia o Irritação meníngea; febre e alterações na
o Se não tem conhecimento da glicemia, consciência.
considerar hipoglicorraquia com valores abaixo • O curso clínico é menos fulminante
de 50mg
• Estudo Liquórico O LCR vai exibir linfocitose, elevação
o Celularidade – Pleiocitose, Neutrofilia moderada das proteínas e nível de glicose
o Proteinorraquia normal
▪ Hiperproteinorraquia
o Glicorraquia • Na maioria dos casos é difícil identificar o vírus
▪ Concentração de glicose no LCR é cerca responsável. Não existem características
de 2/3 da glicemia. O aumento pode macroscópicas distintas, exceto pelo inchaço
estar relacionado a hiperglicemia cerebral, que é observado em alguns casos.
▪ Nas meningites agudas a hipoglicorraquia
• Na microscopia não há anormalidades reconhecíveis
deve-se à glicólise que ocorre pela
e um infiltrado linfocítico leptomeníngeo brando a
intensa atividade das células
moderado
poliformonuclares
• Infecções virais:
▪ Hipoglicorraquia → Meningite Bacteriana;
o Doença febril inespecífica; Síndrome mão-pé-
Tuberculosa. Fungos e Hemorragia
boca; Herpangina; Estomatite; Pneumonite e
subaracnoidea
Pleurodinia
o Bacterioscopia – Método Gram
o Cultura com antibiograma Principais Causadores
o Látex
▪ Partículas de látex marcadas com
anticorpos bacterianos específicos, que
ao contato com certo agente, causa
aglutinação visível.
• Estudo por Imagem
o USG trans-fontanela
o Tomografia
o RM
o Pedimos imagem quando o paciente está em
coma, déficit neurológico focal, pupila não
reativa – dilatada, papiledema, vômitos,
distúrbios cerebrais.
• Aspecto: Purulento
• Citometria: Muito elevada
• Citologia: PMN
• Glicorraquia: Baixa
• Proteinorraquia: Muito elevada
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 49
• Aspecto: Opalescente
• Citometria: Muito elevada
• Citologia: MN
• Glicorraquia: Baixa
• Proteinorraquia: Muito elevada
Manejo da Meningite
Iniciar ATB imediatamente
• Até 2 meses: Cefotaxima (Ceftriaxona) + Ampicilina
• 2 meses a 5 anos: Ampicilina + Cloranfenicol ou Ceft
• >5 anos: Penicilina cristalina ou Ampicilina
• Associar: Dexametasona 0,6 mg/kg/dia por 2-4d
• Agente etiológico indeterminado: Manter o esquema
inicial até 5 dias afebril e com boa evolução por 10d.
• Hidratação endovenosa
• Suporte nutricional
• Tempo de Tratamento
Príons
• Proteínas defeituosas e infecciosas
• Encefalopatias Espongiformes
o Cretzfeldt-Jacob
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 51
TRS
• Nariz
• Seios paranasais
• Orelhas
• Faringe e Laringe
Exame Otorrinolaringológico
Boca e Orofaringe
• Utilizar lanterna e abaixador de língua (Terço anterior
da língua – evitar náusea) • Oma → Inflamação. Otite média. Há
• Tonsilas – Observar o tamanho, superfície (criptas
alargadas), presença de exsudato, inflamação,
ulcerações (tumores, amigdalite)
• Abre a boca de diz “A”
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 52
Amigdalite
• Sintomas
o Dor e dificuldade para engolir
o Febre, mal-estar geral
o Vermelhidão e inchaço na garganta
o Placas brancas de pus na garganta – Bacteriana
Patologia
• Os seios paranasais são cavidades situadas ao redor
das fossas nasais e se comunicam através de canais
e óstio.
• A inflamação e o edema do complexo ostiomeatal
podem levar à obstrução do seio, movimento ciliar
Amigdalites Bacterianas
e do clearence mucociliar, estase de secreção e
infecção. • Faringoamigdalites bacterianas correspondem de
• O 10° dia de sintomas separa uma IVAS viral de 20-40%
bacteriana. Virais 5 a 7dias. Sreptococcus Pyogenes
• 30° dia separa uma Rinossinusite aguda de subaguda • Princpal agente: Streptococcus pyogenes
ou crônica. o Complicação: Febre reumática e
• Rinorreia mucopurulenta → Bacteriana glomerulonefrite difusa aguda
• Orofaringe hiperemiada e com aumento dos o Afeta crianças a partir dos 3 anos
folículos linfoides o Sintomas
▪ Dor de garganta intensa e hiperemia
Tratamento
▪ Disfagia e Otalgia reflexa
• Amoxicilina (5 a 10 dias) – Não complicada
▪ Adenomegalia em 60%
• Clindamicina – Rinossinusite crônica
▪ Febre variável
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 54
Difteria - Crupe
• Corynebacterium diphteriae – Gram (+)
• Vai produzir exotoxinas responsáveis pelos sintomas
• Acomete principalmente crianças de 1 a 7 anos
• Transmissão: Aerossóis
• Sintomas:
o Reação inflamatória, pode haver a formação de
• Complicação membrana branco-acinzentada
o Febre Reumática – 2-3 Semanas após a o Dor, mal-estar
aringoamigdalite estreptocócica. Acomete o Dificuldade de respirar
principalmente crianças de 5 a 15 anos. o Tosse, edema no pescoço
o É uma doença autoimune, cruzamento de
• Complicações
epítopos e ataque autoimune a órgãos do o Miocardite
corpo. – Valvas cardíacas, artrite migratória. o Neuropatia
o Glomerulonefrite – Após infecção faríngea ou o Insuficiência renal
de pele. Complicação autoimune que
• Diagnóstico
acomete mais criança. Há deposição de
o Profilaxia: Vacinação antidiftérica (Tríplice)
complexos imunes nos glomérulos. 25% dos
• Tratamento:
pacientes expostos a cepas nefritoxigênicas.
o Benzilpenicilina
Escarlatina o Eritromicina
• Decorre da ação das toxinas o IgG anti-toxina diftérica
• Rash cutâneo papular e eritematoso
• Língua em moranguinho
• Linfoadenomegalia
• Vômitos, febre, eritema de orofaringe
• Sinal de Filatov – Palidez perioral
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 55
Laringites
• É todo processo inflamatório da laringe
• Queixa mais comum é a disfonia – Alteração da voz
• Pode apresentar:
o Odinofagia, Tosse, Estridor, Afonia e Dispneia
• Pode ser Aguda ou Crônica
• Diagnóstico • São normalmente, precedidas por ITRS
o Hemograma – Linfocitose com 10% ou mais de • Em crianças, a evolução é rápida
atipia linfocitária
o Perfil hepático Agudas
o CTMV. HIV; Rubéola e Toxoplasma gondii • Até 7 dias
podem simular uma Mononucleose infecciosa. • Febre, rouquidão, comprometimento das Vias A.
• Sorologia • Mais prevalente na infância
o Ac heterofilos • Há invasão direta ou por continuidade de processos
o Ac IgM ou IgG infecciosos da faringe
• Tratamento • Nos quadros agudos, é necessário diferenciar a
laringite viral de um processo gripal simples da
Vírus Herpes Simples epiglotite e difteria.
• A infecção primária geralmente é a
gengivoestomatite herpética, mas pode se Epiglotite Pediátrica
manifestar como uma faringite aguda • Inflamação aguda das estruturas supraglóticas
• Ocorre entre 10 meses e 3 anos de idade • Leva a obstrução respiratória rápida e progressiva
• Transmissão: Aerossóis e contato com lesões ativas • Ocorre em adultos, jovens e crianças, sendo de 2 a
• Há lesões vesiculosas agrupadas acompanhadas de 6 anos de idade a mais recorrente
linfoadenomegalia cervical e submental • Alta mortalidade se o diagnóstico correto não for
precoce
• Incidência maior no inverno e primavera
• Agentes:
o Haemophilus influenza B
• Infecção bacteriana acometendo todas as estruturas
da supraglote. Obstrui a via aérea e o muco
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 56
Quadro Clínico
• Sintomas respiratórios e sistêmicos: Tosse,
expectoração, febre
• Quadro arrastado
• Delirium
Comorbidades • Exame físico
• Maior propensão a adquirirem doenças crônicas e o Pode ter traquiobronquite por aspiração
degenerativas o Macicez localizada à percussão
o HAS e DM o Roncos e estertores
o DPOC o Taquipneia e Taquicardia
o IR ou IHepática • Exames de Imagem
o Demências o Rx de Tórax – consolidações e opacidade
o Insuficiência coronariana principalmente na região posterior do lóbulo
superior e apical do inferior.
Pneumonia Aspirativa o Tm de Tórax – Opacidades
Geral o Toracocentese
• Pneumonia adquirida na comunidade → Se interna o Broncoscopia
e em até 48 horas começa a apresentar sintomas o Exames laboratoriais
infecciosos • Diagnósticos Diferenciais:
• Pneumonia adquirida no hospital → Após de 48 o Pneumonite – inflamação no pulmão
horas aparece os sintomas o Traqueo-bronquite – aumento da secreção,
• Pneumonia aspirativa → Continuação dos dois espessamento da árvore brônquica, mas sem
processos. Macroaspiração. Patológico. consolidação
• Aspiração é comum, são microaspirações. Tratamento
• O pulmão não é estéril, há uma microbiota pulmonar,
• Eventos aspirativos (Pneumonia aspirativa e química)
porém, quando há a infecção por algum
• Adquirida na comunidade
microrganismo diferente, há um desequilíbrio e
o Rx de Tórax Anormal –
processo infeccioso.
▪ Saúde dental precária: Cobrir anaeróbios.
Fatores de Risco ▪ Amoxicilina clovunalato; Clindacmicina;
• Deglutição Prejudicada Metronidazol + outro medicamento
o Doenças esofagianas: Disfagias, Ca ▪ Saúde dental normal: PAC –
o Doenças neurológicas: Convulsões, Parkinson, o Rx de Tórax Normal –
AVC e demência ▪ Doença leva-moderada: Observação
o Extubação de ventilação mecânica ▪ Doença grave: Tratar de acordo com os
riscos e baseado na dentição
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 59
• Adquirida no Hospital
o Rx de Tórax Anormal –
▪ Nenhum risco de MDR (multidroga
resistente): Pneumonia nosocomial
▪ Risco de MDR: Pneumonia nosocomial
o Rx de Tórax Normal –
▪ Doença leva-moderada: Observação
▪ Doença grave: Tratar de acordo com os
riscos e baseado na dentição e MDR
Pneumonia Típica e Atípica
• Bactérias Típicas Critérios de Internação
o S. pneumoniae; H. influenza;S. aureus • Presença de hipoxemia (SatO2% < 90% em ar
• Bactérias Atípicas ambiente)
o M. pneumoniae; C. pneumoniae;Legionella • Baixo nível cognitivo ou socioeconômico,
Pneumonia em Idosos • Comorbidades descompensadas e impossibilidade de
ingerir a medicação via oral.
• Convalescença prolongado
• Confusão mental
• 25 a 60% perdem autonomia enquanto estão
• Ureia elevada > 50mg/dL
internados
• FR > 30irpm
• Infecção é mais grave, permanecem mais dias
• PA < ou = 90mmHg
hospitalizados em relação aos adultos
• Idade > 65 anos
• Mortalidade > com o avanço da idade,
principalmente em homens, com comorbidades Tratamento
• AVC → S. aureus
• Ideal – Identificar agente etiológico
• Imunossuprimidos → Legionella sp.
• Levar em conta a gravidade, comorbidades,
• S. pneumoniae → Mais frequente
tabagismo
Agentes Etiológicos • Primeira Linha - Macrolídeos
o S. pneumoniae; C. pneumoniae; M. pneumonia
• Streptococcus pneumoniae
o Amoxacilina – falha em 1/14
o Mais comum. Todas as idades e faixas de risco
o Pneumonia aspirativa: Amoxi-clavul ou
• Mycoplasma pneumoniae; Chamydophilia pneumiae.
Clindamicina
Legionella pneumophila são atípicos. Sempre tratar.
• PAC + Doenças associadas
• BGN entéricos → Residentes em casas de repouso,
o Macrolídeo + B-lactâmico ou Fluorquin (isola)
doença cardiopulmonar, múltiplas comorbidades →
• Pacientes Internados
ATB de amplo espectro.
o Quinolona respiratório
• Pseudomonas aeruginosa → Bronquiectasia/ fibrose
o Macrolídeo + B-lactâmico (EV) – Cefotaxime
pulmonar.
ou Ceftriaxone ou Ampicilina sulbactam
• Haemophilus influenza → DPOC e Tabagistas
• Internados em CTI – sem fator de risco, PAC grave
Estratificação de Risco o Mesmo acima
• Internados em CTI – Suspeita de Pseudomonas
CURB-65 e CRB-65
o Anti-pseudomonas -Ceftazidime ou Cefepime
ou Piperacilina-tazobactam ou Imipenem
o Anti-pseudomona + Aminoglico + Fluorquino
• Tratamento Ambulatorial – Fluoroquinolona ou
Macrolideo
• Reavaliar se melhora ou piora após 48h-72hrs
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 60
• Situação 2
o Mulher sintomática para sífilis, que durante o
pré-natal, parto ou puerpério apresente pelo
menos um teste reagente- treponêmico ou
não com qualquer titulação
• Situação 3
o Mulher que durante o pré-natal, parto ou
puerpério apresente teste não treponêmico
reagente com qualquer titulação E teste
treponêmico reagente, independente de
sintomatologia da sífilis e de tratamento prévio
Sífilis Adquirida
• Situação 1 Fatores de Risco para ISTs
o Indivíduo assintomático, com teste não • Novo parceiro sexual nos últimos 60 dias
treponêmico reagente com qualquer titulação • Vários parceiros
e teste treponêmico reagente e sem registro • Sexo com parceiros tratados recente para IST
de tratamento prévio. • Sem uso de preservativo
• Situação 2 • Trocando sexo por dinheiro ou drogas
o Indivíduo assintomático para sífilis, com pelo • Contato sexual com profissionais do sexo
menos um teste reagente – treponêmico ou
• Encontrando parceiros anônimos na internet
não com qualquer titulação
Grupos de Risco
• Jovens – 15 a 24 anos
• HSH
• História de IST anterior
• HIV +
• Mulheres grávidas
• Centro de detenção juvenil
História Sexual - Anamnese
• Sócios
• Sorologias não treponêmicas: VDRL e RPR. Tornam- o Qualquer novo parceiro sexual
se positivos após 3 semanas de início do cancro o História de múltiplos parceiros sexuais
• VDRL baixos podem significar infecção muito o Parceiros sexuais com outros parceiros
recente, antiga, tratada ou não. • Práticas
o História de relação sexual com trauma
Tratamento da Sífilis
o Locais anatômicos de exposição
• Proteção
o Frequência de uso de preservativos
• História Pregressa
o História de qualquer IST, incluindo ulceração
genital, que pode aumentar risco de adquirir HIV.
Atenção Integral
• Prevenção Combinada
o Prevenção individual e coletiva
o Oferta de diagnóstico e tratamento para
qualquer IST assintomática – com exame
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 62
Gonorreia e Clamídia
• 20-30% desenvolvem infecção ascendente, com ou
sem endometrite, que pode causar DIP
• Não causam sintomas de vaginite, sendo muitas
vezes, assintomática
• Tratamento concomitante de gonorreia e clamídia*
• Abordagem Sindrômica
o Queixas de dor pélvica, disúria, sangramento
pós-coital ou intermenstrual
Corrimento Vaginal o Aspecto: corrimento vaginal leve, sem dor,
mucopurulenta endocervical, colo friável
• O corrimento vaginal fisiológico geralmente é branco
• Infecção anorretal por Gonococo
ou transparente, fino ou viscoso, geralmente sem
o Pruprido, secreção mucopurulenta associada à
cheiro.
motilidade intestinal
• Pode aumentar de volume no período ovulatório, na
• Infecção faríngea por Gonococo
gestação, com uso de ATC combinados e na
o Eritema e exsudato. Linfoadenopatia cervical
presença de área ectópica no colo uterino.
anterior. A maioria se resolve
• Presença de Cervicite
espontaneamente, mas o tratamento deve ser
o Secreção purulenta saindo do orifício, dor à
feito para evitar disseminação
mobilização do colo. Pode sugerar ITG superior.
• Síndrome de Reiter por Clamídia
• Avaliação de risco
o Artrite reativa associada à cervicite, conjuntivite
o Parceiro com sintomas
e úlceras mucocutâneas 3 semanas após o
o Paciente com múltiplos parceiros, sem
início da infecção.
proteção
o Paciente que pensa que pode ter sido exposta Tratamento
a IST • Evitar relações sexuais por até 7 dias após o início
• Testes Diagnósticos Auxiliares do tratamento
o pH vaginal: colocar por 1 minuto a fita sobre a • Sempre realizar aconselhamento, sorologias, vacina
parede vaginal. pH estabiliza de 2 a 5 minutos da hepatite B, buscar e tratar parceiros e combinar
▪ Normal: pH 4 – 4,5 retorno.
▪ Pré-menarca ou pós-menopausa:
• Os parceiros devem receber o mesmo tratamento,
pH>4,7
preferencialmente em dose única
▪ Não auxilia no diagnóstico*
Candidíase
• Infecção endógena, não há necessidade de tratar
parceiro e investigar ST
• Abordagem sindrômica
o Queixas de prurido vulvovaginal, disúria,
dispareunia
o Aspecto: corrimento branco grumoso, aderido
à mucosa, inodoro, hiperemia e eritema vulvar,
lesões satélites na vulva
Tratamento da Candidíase
Tratamento do Corrimento
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 65
Úlceras Genitais
• Diagnóstico por sinais e sintomas
• Aciclovir, famiciclovir e Valaciclovir orais são efetivos
no tratamento inicial e de episódios recorrentes de
herpes genital, diminuindo a duração dos sintomas
• Linfogranuloma venéreo e granuloma inguinal
(Donovanose) devem ser tratados com Doxiciclina
100mg, VO, a cada 12hrs, por 3 semanas.
• O tratamento do herpes deve ser iniciado o mais
precocemente
• Sorologias HIV, Hepatite B e C, sífilis devem ser feitas
Tratamento do HPV
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 66
Dor Pélvica
• Doença polimicrobiana do TGS
Infecção pelo HIV
• Principais agentes: Clamídia e Gonococo • ISTs concomitantes aumentam em 10x a
• Diagnostico: Clínico, nenhum teste ou estudo é possibilidade de contrair o HIV e em 18x se cursarem
sensível ou específico. com úlceras genitais
• Deve-se manter um limiar baixo para o diagnóstico • Primeira Fase – Síndrome viral aguda. Surgimento
de DIP por causa das sequelas significativas de sinais e sintomas inespecíficos da doença. Primeira
associadas a esta infecção e terceira semana após a infecção
• Pode ocorrer atraso menstrual, sangramento vaginal • Fase latente – Pode durar anos, até o aparecimento
e abortamento de infecções oportunistas como tuberculose,
• Sempre aconselhar e realizar sorologias neurotoxoplasmose, neurocriptococose e algumas
• Abordagem Sindrômica neoplasias como sarcoma de Kaposi.
o Dor pélvica, dispareunia, disúria, sangramento HIV e Gestação
pós-coital
• Na primeira consulta do pré-natal, idealmente no
o Cervicite mucopurulenta
primeiro trimestre, deve ser feita a sorologia.
o Temperatura acima de 38° em casos graves
• O diagnóstico pode ocorrer no momento do parto,
• Diagnóstico
na maternidade.
o Clínico
o Critérios para DIP: 3 critérios maiores+ 1 menor Testagem
ou específico • Dois testes de marcas diferentes são feitos para
o Critérios Maiores: Dor em ventre baixo, dor à confirmar a infecção
palpação dos anexos, dor à mobilização do colo
uterino
o Critérios Menores: Febre, secreção vaginal ou
endocervical mucopurulenta, massa pélvica,
leucocitose, proteína C reativa ou VHS
aumentados, comprovação de infecção por
gonococo, clamídia ou micoplasma
o Critérios Específicos: Evidência histopatológica
de endometrite, presença de abscesso tubo-
ovariano ou de fundo de saco.
Tratamento da DIP
• Tratamento empírico para tdas as mulheres com
sensibilidade anexial e uterina com risco para IST
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 67
Infecções Oculares
Anatomia Interna
• Diagnóstico → Clínico
• Tratamento
o Cefalosporinas de 1° geração: Cefalexina,
Cefadroxila
Anatomia da Retina o Eritromicina
o Quinolonas
o Calor local
Calázio
• Reação granulomatosa das glândulas meibomianas
• Frequentemente internos
• Manifestações Clínicas
o Massa firme e indolor
o Edema e com discreta hiperemia não dolorosa
o História de mais de três semanas
Suprimento Sanguíneo
• Artéria central da retina: Entra pelo N. óptico e depois
se divide para suprir toda superfície interna da retina
• Artéria coróide – Externa da retina
• Diagnóstico → Clínico
• Tratamento
o Excisão cirúrgica
o Injeção intralesional de corticóides
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 68
• Diagnóstico → Clínico
• Diagnóstico → Clínico • Tratamento
• Tratamento o ATM VO ou EV
o Xampu neutro o Cefalosporinas de 1° e 2°
o Bacitracina a note o Penicilinas + ac. Clavulanato
o Tetraciclinas se rosácea associada o Incisão e drenagem cirúrgica
• Diagnóstico → Clínco
• Tratamento • Diagnóstico
o ATB VO ou EV o Clínico e Laboratorial
o Cefalosporinas 1° e 2° geração • Tratamento
o Penicilinas associadas ao Clavulanato o ATB EV – Oxacilina; Clindamicina ou
Ceftriaxona
Infecções do Sistema Lacrimal o Vancomicina ou ATBs staphilococcus
Dacriocistite o Drenagem cirúrgica da sinusite
• Mais comum do sistema lacrimal
• Obstrução e infecção
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 69
• Abscessos orbitais
• Diagnóstico
o Sorologia
o Coloração Gram – diplococos G-
o Cultura e hemoculturas – 2 amostras
• Tratamento
o N. gonorrhoeae → Ceftriaxona 1g EV ou IM; 1x
o N. meningitidis → Penicilina ou Ceftriaxina
o Triagem dos pacientes sexuais para ISTs
o Coexiste ocasionamente com Chlamydia sp.
Aguda
• Viral é a mais comum – afeta os dois olhos
• Trombose do seio cavernoso • Secreção purulenta na bacteriana
Conjuntivites • Secreção aquosa na viral
• Aspecto aveludado na face interna das pálpebras na
• Inflamação da conjuntiva palpebral e bulbar bacteriana
• Hiperaguda – Retirada secreção purulenta e esta se • Adenopatia auricular é comum nas virais
refaz imediatamente
• Aguda – Até 3 semanas
• Crônica – Após 3 semanas
• Tipos
o Virais e Alérgicas são as mais frequentes
o Bacterianas
o Fúngicas e por Protozoários
Conjuntivite Hiperaguda
• Emergência média****
• Pode provocar perfuração córnea e perda visual
• Agentes:
o N. gonorrhoeae
o N. meningitidis Conjuntivites Virais
• Manifestações Clínicas
o Quemose marcada – Inflamação ocular quando Adenovírus
o revestimento interno das pálpebras incha. • Causa: Adenovírus é o mais comum
o Congestão e edema palpebral leve o Tipo 3 e 7 Febre - Faringoconjuntival
o 2/3 tem envolvimento corneado o Transmissão pessoa-pessoa, piscinas
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 70
• Diagnóstico
o Clínico
o PCR para vírus diversos
• Manifestações Clínicas • Tratamento
o Infecções recentes do TRS o Lavar com soro fisiológico
o Contato com alguém com olho vermelho o Não necessitam de tratamento específico
o Iniciam em um prazo de 24 a 48hrs e podem
acometer os dois olhos Conjuntivite Bacteriana Aguda
• Exame Físico • Agentes
o Folículos na conjuntiva tarsal o S. aureus
o S. pneumoniae
o H. influenza
o Moraxella catarrhalis
• Manifestações Clínicas
o Secreção purulenta moderada
o Quemose
o Não apresenta adenopatias
o Podem estar associadas, quando S. aureus, à
blefarite e infiltrados marginais estéreis
o Secreção mucoaquosa
o Pálpebras eritematosas e edemaciadas
o Linfonodo pre-auricular palpável
o Hemorragias subconjuntivais puntiformes • Diagnóstico
o Membranas ou pseudomembranas o Esfregaço conjuntival para coloração Gram
o Infiltradp subepiteliais corneanos o Cultura e Antibiograma
Conjuntivite por Herpes Simples ou Zóster • Tratamento
• No herpes simples – Antecedente prévio de herpes o Colírios com ATBs de 5 a 7 dias
o Afastamento do trabalho
ocular
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 71
Endoftalmites
• Infecção do Vítro
• Não se forma novamente
• Emergência médica***
• Fatores de Risco:
o Catarata
o Bolha filtrante no glaucoma
o Bacteremia
o Traumatismo penetrante no olho
• Diagnóstico
o Desconforto ocular e visão diminuída
o Visão turva ou não se vê a retina
o Sem febre ou leucocitose
o ATBs injetados no vítreo
Uveítes
• Inflamação da camada média do olho – Úvea
(coroide, íris, corpo ciliar)
• Dor ocular, fotofobia, redução da visao
• Frequentemente atine a retina – camada interna
• Causas: Toxoplasma, Toxocara, Onchceca, Vírus
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 73
• Clínica
o Vesículas que evoluem para bolhas grandes e
flácidas → Pustulização
o As crostas são finas e acastanhadas
• Diagnóstico
o Clínico
o Sinal de Nikolsky – Leve fricção de áreas sãs,
leva ao descolamento do epitélio da região
• Diagnóstico • Tratamento
o Clínico o Hospitalização e controle hidroeletrolítico
o Sem sinais sistêmicos o Uso de compressas e cremes de barreira nas
lesões
Tratamento do Impetigo o ATB – EV: Início
• Limpeza das feridas com água e sabão – Remoção ▪ Oxacilina ou Vancomicina
das crostas o Cefalexina – VO por 2 semanas
• Uso de antissépticos – Permanganato de potássio o Pacientes adultos devem ser monitorados,
• Uso de ATBs tópicos – Poucas lesões principalmente quando IR ou imunossupressão.
o Mupirocina
• Tratamento de grandes lesões Ectima
o 1° escolha: Dicloxacilina ou Cefalexina 250mg • Característica
4x/dia por 10 dias o Forma ulcerativa de impetigo – lesões se
o 2° escolha: Macrolídeos ou Amoxicilina-Clavul estendem pela epiderme e derme
o Estreptococos
Síndrome da Pele Escaldada Estafilocócica o Crianças e idosos
• Características o Imunocomprometidos
o Impetigo neonatal de Ritter von Ritterschein • Clínica
o Doença bolhosa superficial devida a toxina o Pústulas que aprofundam-se formando lesões
esfoliativa do S. aureus ulceradas com crosta espessa e muito aderidas
o Acomete principalmente crianças menores de – deixam cicatrizes
5 anos – 60% de mortalidade o São múltiplas lesões
• A toxina age separando a zona granulosa do estrato o Ocorrem principalmente nas pernas
córneo da epiderme
• Clínica
o Começa na conjuntiva, nasofaringe, ouvido ou
TU
o Há a formação de rash escarlitiforme
o Bolhas flácidas e hipersensíveis formam-se
entre 24 e 48h principalmente nas flexuras.
• Diagnóstico - Clínico
o Após o rompimento das bolhas → Esfoliação
da pele superficiais • Tratamento
o Lesões dolorosas o Higiene local – água e sabão
o Há sinais sistêmicos** o Água boricada ou permanganato
o ATB tópicos
o ATBs contra estreptococos
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 75
• Celulite Não-purulenta
o Tratados empiricamente para Estreptococos B
e Esfilococos aureus suscetíveis à meticilina
(MSSA) – Cefazolina IV ou Cefalexina VO
• Diagnóstico – Clínico
• Diagnóstico - clínco o Cultura
• Tratamento • Tratamento
o Repouso com membros elevados e o Repouso com elevação dos membros
compressas frias, além do debridamento das o Analgesia
lesões; o Antibióticos Sistêmicos:
o 1° Linha: Penicilina-procaína 400 mil; IM 12/12h ▪ Staphylococco:
o Mais graves: Penicilina cristalinade 3 milhões; IV • Oxacilina 100-150mg/kg/dia; IV 4/4h
a cada 4h • Cefalotina 100-150mg/kg/dia; IV 4/4h
o Cefazolina/ Ceftriaxona ou Flucloxacilina ▪ Streptococco
Celulite • Penicilina cristalina 3 milhões; IV 4/4h
▪ H. influenza:
• Infecção inflamatória aguda semelhante a erisipela
• Amoxicilina-clavulanato
que atinge até a camada hipodérmica.
▪ Pseudomonas:
• Características
• Ceftazidima + Amicacina ou
o Bactéria se dissemina a partir de uma infecção
Cefepime
localizada, atingindo a epiderme por fissuras na
pele, picadas. Celulites e Erisipelas
o Estreptocócica/ Estafilocócica • Clindamicina – 300-450mg VO 3x/dia
o H. influenza, Pneumococo, Pseudomonas • TMP-SMX – 1-2cp 2x/dia
• Clínica • Cefadroxila – 500mg VO 4x/ dia
o Evolução semelhante a erisipela
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 76
Fasciíte Necrotizante
• Infecção bacteriana grave e rara, caracterizada por
inflamação e morte do tecido que se encontra em
baixo da pele e envolve os músculos, nervos e vasos
sanguíneos.
• Acontece principalmente por bactérias:
o Streptococcus A ; Pyogenes
• Se espalha rapidamente, causando sintomas que
possuem evolução rápida
• Há febre, região eritematosa e inchada → úlceras e
escurecimento da região
• Infecção mais comum em diabéticos
• Clínica
o Aparecimento de região vermelha e inchada,
podendo ser notada em outras partes do corpo
o Dor intensa na região vermelha e inchada
o Sinais sistêmicos
o Surgimento de úlceras e bolhas
o Escurecimento da região
o Diarreia e náuseas
o Presença de pus
• Diagnóstico
o Clínico
o Resultados dos exames laboratoriais
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 77
Diagnóstico da Osteomielite
• Hemograma
o Quase sempre com desvio à esquerda
o VHS e PCR elevadas
o Hemocultura positiva em 40-50% Artrite Séptica
• Punção Óssea • Presença de bactéria no espaço articular
o Cultura positiva em 70-80% • Inflamação sinovial
o Sem uso prévio de ATBs • Derrame purulento
• Radiografia alterada após 7-10 dias • 65% dos casos ocorre em <20 anos
o Após 2 semanas aparece lesão periosteal e • Predomínio de 2:1 no sexo masculino
lítica • Fatores de Risco
o É sempre um diagnóstico tardio, daí, é o Cateterismo umbilical
necessário iniciar o tratamento empírico o Cateter central
o Osteomielite
o Cirurgias
Etiologia
• Principal agente: S. aureus
• Estreptococo A e Pneumococo
• Anemia falciforme: Salmonella
• 6-36 meses: S aureus e H. influenza
Fisiopatologia
• Diagnósticos diferenciais:
• Pode atingir o osso por 3 vias
o Febre reumática e Tumor de Ewing
o Inoculação direta
o Artrite séptica/ celulite/ abscesso
o Continuidade: pouco comum na pediatria
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 79
Diagnóstico
• Hemograma
o Leucocitose com desvio à esquerda
o VSH elevada > 60mm/h
o PCR
o Hemocultura
• Toda suspeita de artrite séptica deve ser
puncionada!
• Exame com diagnóstico imediato
• Punção articular: exsudato; 80% de PLMN
• Cultura positiva em 80% sem ATB prévio
Tratamento
• Cuidados gerais, analgesia
• Repouso da articulação acometida
• Drenagem cirúrgica
• ATB guiada por cultura
Osteossíntese Infectada
Processos Biológicos IV – Pedro Nazario ATM 2025 80
Endocardite Infecciosa
• Classificação
• Manifestações Clínicas pouco frequentes • Válvula nativa aguda → quadro toxêmico, menor
o Lesões de Janeway (embolização) que 2 semanas
• Válvula nativa subaguda → Quadro mais arrastado,
pico febril baixo, pouco toxêmico, maior que 2
semanas.
o S. viridans
o S. bovis – íntima associação com lesão do TGI.
Procurar lesão, na colonoscopia, neoplasia?
o Nódulos de Osler (Imunológico) Benigna?
• Válvulas protética precoce → S. coagulase - →
Bichos de pele
• Diagnóstico Diferencial
o Mixoma atrial
o Febre reumática aguda
o Lúpus eritematoso sistêmico
o Manchas de Roth (Imunológico) o Endocardite marântica
Enterococcus spp
• Penicilina G Cristalina:
o IV 200.000-300.000 U/kg/dia 4/4h +
Gentamicina IV 5-6 mg/kg/dia 8/8h por 4-6
semanas
• Ampicilina
o IV 200-300 mg/kg/dia 4/4h + Gentamicina IV
5-6 mg/kg/dia 8/8h por 4-6 semanas
• Vancomicina
o IV 40 mg/kg/dia 12/12h + Gentamicina IV 5-6
mg/kg/dia 8/8h por 4-6 semanas.
Staphylococcus aureus
• Oxacilina
o IV 200 mg/kg/dia 4/4h por 4-6 semanas
(opcional: Gentamicina IV 5-6 mg/kg/dia 8/8h
nos primeiros 3-5 dias)
• Cefalotina
o IV 100 mg/kg/dia 8/8h por 4-6 semanas
(opcional: Gentamicina IV 5-6 mg/kg /dia8/8h
nos primeiros 3-5 dias)
• Vancomicina
o IV 40 mg/kg/dia 12/12h por 4-6 semanas
Bactérias do grupo HACEK
• Ceftriaxona
o IV; 80mg/ Kg/ dia q24h por 4 semanas
• Ampicilina IV 200-300mg/kg/dia q4h + Gentamicina
IV 5-6mg/kg/dia q8h por 4 semanas
Tratamento Empírico – Não usuários de drogas
• Agente incriminado: S. aureus e um possível agente
Gram (-) entérico
• Oxacilina IV 200mg/kg/dia q4h + Gentamicina IV 5-
6mg/kg/dia q8h
Tratamento Empírico – Usuários de drogas
• Agente incriminado: S. aureus MRSA e um poss´vel
agente Gram (-) entérico
• Vancomicina IV 40mg/kg/dia q12h + Gentamicina IV
5-6mg/kg/dia q8h
Profilaxia
• Apenas para pacientes de alto risco
• Manipulação do tecido gengival
• Perfuração de mucosa oral ou do TR
• Cirurgia para implante de válvulas cardíacas
protéticas ou materiais intravasculares ou
intracardíacos