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O Imperialismo na Ásia e África

Segunda Revolução Industrial


A partir da segunda metade do século XIX, o desenvolvimento de novas tecnologias possibilitou o
aperfeiçoamento ou substituição de antigos processos industriais, a Segunda Revolução Industrial,
foi marcada pelo desenvolvimento de inovações tecnológicas nos setores industriais, transporte,
comunicação, acompanhada pelo uso de novos tipos de energias, como a eletricidade e os derivados
do petróleo, destacando-se entre os inventos: processo de Bessemer, processo desenvolvido pelo
engenheiro britânico Henry Bessemer, culminando na produção de aço através da injeção de ar frio
ao ferro fundido, barateando e agilizando sua produção, sendo usado na construção de prédios,
pontes, viadutos e trilhos ferroviários. A invenção do dínamo, em 1870, aparelho que converte
energia mecânica em energia elétrica, vantajosa sobre o uso do vapor devido sua facilidade de
transporte em linhas de transmissão elétrica. A invenção das máquinas com motores de explosão
interna, mais leve, eficiente e versátil que a máquina a vapor, recebendo um novo impulso no final
do século XIX, quando os motores passaram a funcionar com derivados do petróleo.
Estas inovações possibilitaram uma expansão das atividades industriais, no setor dos
transposrte os trens passaram a cortar a Europa e a América do Norte, transportante com velocidade
e rapidez pessoas e mercadorias, assim como ocorreu com as comunicações, que se tornaram
eficientes e rápidas com a invenção do telégrafo sem fio (usando ondas de rádio), conectando todo o
planeta por um único sistema de comunicação. Logo chegou-se a tecnologia capaz de criar o
telefone, uma aparelho capaz de converter o som em pulsos elétricos, transmitido por cabos,
intensificando ainda mais a comunicação entre pessoas.
As possibilidades de lazer se ampliam, com a invenção do fonógrafo (aparelho que grava e
reproduz sons) e do gramafone (aparelho que reproduz sons em discos) permitiu as pessoas ouvirem
música sem a presença dos músicos, mas a grande inovação foi o cinema, que repoduzia imagens
em sequencia criando a ilusão de movimento.
A primeira grande crise mundial do capitalismo
Em 1873 uma crise capitalista gerou efeitos mundiais que se arrastaram por anos, originária
na Europa, a mesma ocorreu devido a um crescimento descontrolado da produção industrial, que
resultou na queda acentuada dos preços, no aumento da emissão de moeda, gerando inflação e uma
expansão do crédito bancário para movimentar o mercado imobiliário, em um cenário que os
bancos ainda não estavam consolidados. Isto levou a falência de casas bancárias, quebra de
empresas, demissão de trabalhadores e crise econômica.
Até meados do século XIX as empresas familiares eram responsáveis por grande parte da
produção industrial, onde o próprio empresário investia parte dos lucros de sua fabrica na ampliação
da produção, porém, com a Segunda Revolução isto se altera, com a crise economica capitalista, as
grandes empresas motraram que estavam em melhores condições de sobreviver e crescer com a
aquisição de empresas em dificuldades, isto gerou um fortalecimento do capital bancário, pois os
bancos começam a se fundir com as empresas financiando novas tecnologias aplicadas à produção,
esta fusão gerou o capital financeiro, fusão do capital bancário com o capital de produção,
controlando cada vez mais o crédito, a produção agroindustrial e o comércio. O capital financeiro
transformou-se na maior fonte de lucros e no responsável por abastecer a economia mundial.
Crious-se diferentes formas de associação empresarial: truste, fusão de várias empresas com
objetivo de controlar todo o processo produtivo, desde a obtenção das matérias primas até a venda
da mercadoria, o cartel, acordo estabelecido entre diferentes empresas com o objetivo de dividir o
mercado e combater a concorrência e os holdings, participação das empresas como princial
acionistas de empresas de diversos setores. Quando um numero limitado de empreas domina um
determinado ramo do mercado, cria-se os oligopólios.

9.6 Expansão Imperialista


Para se proteger da crise economica as grandes potências iniciaram um processo de
expansão colonial em diferentes regiões, especialmente a África e Ásia, em busca de investimentos
mais lucrativos, novas fontes de matérias primas e mercados para os produtos das novas indústrias,
esse processo foi conhecido com imperilismo ou neocolonialismo, onde as regiões colonizadas
ajudavam a minimizar as tensões sociais causadas pela crise ecomica. Os territorios coloniais
tornaram-se mercado seguro para os investimentos dos capitais excedentes europeus, financiando
construção de ferrovias, fundando empresas de energia, explorando minério, expandindo o capital
financeiro para diferentes áreas do planeta.
Além do fator financeiro destaca-se os valores ideológicos, pois o colonialismo era visto
como civilizatório, levar aos povos da Ásia e Àfrica, vistos como atrasados tecnologicamente e
culturalmente, os valores superiores europeus, cabia aos europeus salvá-los da “barbárie”.
O continente africano gerou grandes rivalidades entre os pricipais países industrializados,
para evitar grandes conflitos entre 1884 e 1884 foi organizada a Conferência de Berlim, definindo
as regras de ocupação do território africano, proposta por Otton von Bismarck, chanceler alemão, a
política de interiorização do continente determinava que cada nação estabelecida em algum pinto do
litoral africano deveria expandir suas fronteiras em direção ao interior, dando inicio a corrida
colonial pelo continente africano, a Conferência em vez de apaziguar as rivalidades as acirrou,
levando a coque entre os países europeus pelo domínio dos territorios africanos.

Charge satiriza o poema de Kipling mostrando um americano e um britânico carregando seus


respectivos fardos
Dominação Britânica na África
A Grã Bretanha inicia sua entrada formal na África em 1875, comprando o Canal de Suez,
canal marítimo que liga o mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho, assegurando sua influencia sobre a
Península Arábica e a Índia. Alargando seu perímetro anexaram o Vale do Nilo e avançaram sobre
o Sudão, região que tanto a Inglaterra como a França pensavam construir ferrovias, o que levou a
conflitos entre as duas nações, Incidente de Fachoda.
Para explorar o continente africano a Coroa britânica incentivava conflitos entre os grupos
africanos rivais, ou lutavam contra os ocupantes diretamente, como foi a Guerra dos Bôeres,
conflito com os colonizadores holandeses e seus descendentes na região que hoje corresponde a
África do Sul, isto ocorreu devido a presença de ouro e pedras preciosas na região.
Movimentos de resistência
Entre 1880 e 1914 diversos movimentos de contestação à dominação colonial europeia
eclodiram na África, motivados pelo fim da soberania dos estados africanos, repressão as
manifestaçõs culturais e religiosas, confisco de terras e a exploração econômica, levando a revoltas,
que as vezes foram violentas, contra os colonizadores.
Como a rebeliçao de Ashanti (1890-1900) ocorrida na Costa do Ouro, onde colonizadores
britânicos enfrentaram forte resistêcia do povo ashanti, que lutavam para defender sua liberdade,
soberania e cultura.
A presença européia na China
Com as grandes navvegações intensificou-se o contato europeu com a China, porém por três
século isso pouco afetou a tradicional sociedade chinesa, mas com a expansão imperialista, a Grã-
Bretanha, por exemplo, com o objetivo de aumentar seus lucros na região passou a estimular o uso
de òpio (entorpecente obtido da mistura de substancias extraídas da papoula, com efeitos
analgésico, narcótico e hipnótico) pelos chineses, produto contrabandeando pelos ingleses, pois o
produto era proibido pelo governo chinês, começando as Guerras do Ópio, conflitos armados entre
a Grã-Bretanha e a China, que culminou com a vitória inglesa, e a assinatura de uma série de
acordos comerciais que garantiam o aceddos dos ocidentais a portos chineses, a livre circulação de
mercadores europeus e missionários cristãos no territorio, como outros privilégios concedidos aos
cidadãos britânicos, além disto, os chineses tiveram que entregar Hong Kong para a Grã-Bretanha.
Resistência Chinesa
No noroeste da China ocorreu a Guerra dos Boxers, pobres da região do Vale do Rio
Amarelo, inconformados com a intervenção imperialista no seu território, fundaram a Sociedade
dos Punhos Harmoniosos e Justiceiros, sociedade secreta que visava combater a presençao
européia e a difusão da cultua ocidental na China. Praticavam atos de sabotagem, perseguição aos
missionários cristãos e promovendo levantes contra as embaixadas, o que gerou uma dura repressão
das potencias estrangeiras e a formalização do Protocolo de Pequim (1901), que autorizou a
permanência de tropas estrangeiras no país e levou a condenação de dez autoridades chinesas que
apoiaram a rebelião.
Império Britânico na Índia
O império britânico na Índia se extendia por Índia, Paquistão, Sri Lanka, Bangladesh,
Birmânia e uma pequena parte do Iêmen, com a transferência do poder político da Companhia das
Índias para a Coroa, ela passou a controlar, administrativamente a maior parte da Índia, controlando
o restante do império por meio de tratados combinados com reis e príncipes locais.
Os franceses na Indochina
A França atinge o segundo maior império neocolonialista, com território na África, Ásia e
Oceania, seu colonialismo baseava-se na assimilação cultural, os nativos que abandonassem seus
costumes tradicionais e adotassem a cultura e os valores praticados na França, poderiam ser
considerados cidadãos franceses. Para dominar a populaão da Indochina, os colonizadores incitaram
rivalidades interétinicas e substituíram reis legítimos por governantes indicados pelo governo
francês, nomeando franceses para altos postos da administração colonial, restando à população
nativa os cargos de escalões inferiores. Os métodos crueis de dominação causaram revoltas e
protestos contra o domínio colonial francês.

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