Epistemologia, História e Educação Matemática: Tornando mais Sólidas as Bases da Pesquisa Danubio Casari Angelico
Antes de começar a resenha sobre o artigo de Romulo, busquei conhecê-
lo melhor. Romulo Campos Lins, ele nasceu em 21/08/1955 e faleceu no dia 17/08/2017 aos 61 anos de idade. Ele possuía licenciatura em Matemática pela Universidade de São Paulo (1986) e doutorado em Educação Matemática pela University of Nottingham, UK (1992), e deste então dedicou sua vida como professor e pesquisador escrevendo inúmeros artigos e dando aulas. No artigo citado no título desta resenha, Romula objetiva mostrar que os pesquisadores em educação matemática devem sempre manter explícitas suas posições epistemológicas. Ele defende isso objetivando que fique claro como cada pesquisador “olha” para o aluno, para a matemática e para a epistemologia. Concordo integralmente com Romulo durante sua explanação ao longo do artigo. Dependendo das bases epistemológicas de cada pesquisador, tem-se diferentes modos de agir e pensar a respeito do ensino de matemática. O autor traz várias vezes ao longo do texto o empate teórico entre Piaget e Vygotsky, onde, respectivamente, o conhecimento se dá pera maturação biológica e de outro lado o conhecimento se dá pela relação com o ambiente. Concluindo, acho relevante que as posições epistemológicas sejam algo sempre exposto pelos pesquisadores em educação matemática, para que os leitores possam ter ideia das bases que formam o pensamento do escritor e, consequentemente, também possam vislumbrar os limites epistemológicos que, possivelmente, podem advir da pesquisa.