Você está na página 1de 5

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Instituto de Psicologia – Campus Coração Eucarístico


Estágio Supervisionado VI – O Psicólogo na Comunidade
Professora: Lucimar Magalhães de Albuquerque
Monitora: Juliana Morganti
Turma 4ª feira/noite
Aluno(a):

GUIA PARA ELABORAÇÃO DE RESENHAS

Seguem algumas orientações para a elaboração de uma resenha crítica. Ao final


desse guia, você terá também um modelo de resenha. Não se esqueça de sempre colocar
um CABEÇALHO INSTITUCIONAL nos seus trabalhos. Você pode utilizar o
cabeçalho deste guia como modelo, apenas acrescente seus dados.
No Estágio VI, apenas o relatório final deve ser feito na forma standard da
ABNT (capa, folha de rosto, sumário, etc.), nos demais trabalhos pode-se usar o
cabeçalho institucional e começar o texto em seguida. Numere as páginas e imprima em
frente e verso.
Bom trabalho!

1. Definição

Resenha-crítica: É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre
ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um
texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica.
informação e de opinião, também denominado de recensão crítica.

2. Objetivo da resenha
O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural - livros,filmes peças de
teatro, etc. Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois "envelhece"
rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa.

3. Extensão da resenha
A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse tipo
de texto. Observe-se que, em geral, não se trata de um texto longo. Para melhor
compreender este item, recomenda-se ler resenhas veiculadas por boas revistas.

1
NO ESTÁGIO VI SOLICITA-SE UMA RESENHA DE UMA A DUAS PÁGINAS.

4. O que deve constar numa resenha


Devem constar – NESSA ORDEM
 O título
 A referência bibliográfica da obra
 Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada (Que podem ser
retirados de sites, capas e orelhas de livros)
 O resumo, ou síntese do conteúdo (Esse gênero textual não admite o sistema de
tópicos como resumos e fichamentos, DEVE-SE ESCREVER UM TEXTO
CORRIDO)
 A avaliação crítica (UM COMENTÁRIO DE CUNHO PESSOAL SOBRE A
OBRA RESENHADA – ATENÇÃO: EVITE OS “ACHISMOS” E NÃO USE
A PRIMEIRA PESSOA “EU”, DÊ PREFERÊNCIA PARA SUJEITO
INDETERMINADO OU PRIMEIRA PESSOA DO PLURAL. Ex.: “Pode-se
dizer que o autor é bastante original em seus posicionamentos”, ou “Dessa
forma, acreditamos que os conceitos trabalhados são de extrema importância”
(VOCÊ DEU SEU PARECER COM OBJETIVIDADE E SEM “ACHISMOS”).

O título da resenha

O texto-resenha, como todo texto, tem título, e pode ter subtítulo. O título da resenha
NÃO É O TÍTULO DO TEXTO RESENHADO. Você pode utilizar a fórmula de
escrita “Resenha crítica do texto XXXXXX” ou criar um título conforme os exemplos, a
seguir:

Título da resenha: Astro e vilão


Subtítulo: Perfil com toda a loucura de Michael Jackson
Livro: Michael Jackson: uma Bibliografia não Autorizada (Christopher
Andersen) - Veja, 4 de outubro, 1995

Título da resenha: Com os olhos abertos

2
Livro: Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago) - Veja, 25 de outubro, 1995

Título da resenha: Estadista de mitra


Livro: João Paulo II - Bibliografia (Tad Szulc) - Veja, 13 de março, 1996

3
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Instituto de Psicologia – Campus Coração Eucarístico
Estágio Supervisionado VI – O Psicólogo na Comunidade
Professora: Sílvia Regina Eulálio de Souza
Monitora: Juliana Morganti
Turma 2ª feira/noite
Aluno(a):

Um gramático contra a gramática

LUFT, Celso Pedro. Língua e Liberdade: Por uma nova concepção da língua materna.
São Paulo: Ática, 2002.

O autor: Celso Pedro Luft é formado em Letras Clássicas e Vernáculas pela PUC-RS e
com especialização em Portugal e França (filologia portuguesa e lingüística). Foi
professor na UFRGS e na Faculdade Porto-Alegrense de Ciências e Letras. De 1970 a
1984 teve uma coluna no jornal Correio do Povo, chamada Mundo das palavras, sobre
questões de linguagem. No ano seguinte, publicou Língua e Liberdade. Faleceu em
1995.

Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino, do
gramático Celso Pedro Luft traz um conjunto de idéias que subverte a ordem
estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veemente, o ensino da
gramática em sala de aula.
Nos seis pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate,
intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a
maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e
gramática, a obsessão gramaticalista, inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão
distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que
se relega a prática lingüística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas
"aulas de português".
O velho pesquisador apaixonado pelos problemas da língua, teórico de espírito
lúcido e de larga formação lingüística e professor de longa experiência leva o leitor a
discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial;
gramática tradicional e lingüística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos
falantes e o saber dos gramáticos, dos lingüistas, dos professores; o ensino útil, do
ensino inútil; o essencial, do irrelevante.
Essa fundamentação lingüística de que lança mão - traduzida de forma simples com
fim de difundir assunto tão especializado para o público em geral - sustenta a tese do

4
Mestre, e o leitor facilmente se convence de que aprender uma língua não é tão
complicado como faz ver o ensino gramaticalista tradicional. É, antes de tudo, um fato
natural, imanente ao ser humano; um processo espontâneo, automático, natural,
inevitável, como crescer. Consciente desse poder intrínseco, dessa propensão inata pela
linguagem, liberto de preconceitos e do artificialismo do ensino definitório,
nomenclaturista e alienante, o aluno poderá ter a palavra, para desenvolver seu espírito
crítico e para falar por si.
Embora Língua e Liberdade do professor Celso Pedro Luft não seja tão original
quanto pareça ser para o grande público (pois as mesmas concepções aparecem em
muitos teóricos ao longo da história), tem o mérito de reunir, numa mesma obra,
convincente fundamentação que lhe sustenta a tese e atenua o choque que os leitores -
vítimas do ensino tradicional - e os professores de português - teóricos, gramatiqueiros,
puristas - têm ao se depararem com uma obra de um autor de gramáticas que escreve
contra a gramática na sala de aula.

Você também pode gostar