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Cenários de Resposta

Sentidos 10 – Unidade 2, Fernão Lopes

Sentidos 10, Unidade 2 – Fernão Lopes


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73 Oralidade 1. e 2.
A imagem C representa Fernão Lopes, autor da Crónica de D. João I, sobre o respetivo monarca, (imagem A) que foi aclamado rei de Portugal, depois da morte
de D. Fernando e durante a crise de 1383-1385. Nessa mesma crónica, são episódios como o do cerco de Lisboa (imagem E), levado a cabo pelos castelhanos,
bem como o da Batalha de Aljubarrota (imagem D), no qual se destaca a figura de D. Nuno Álvares Pereira (imagem B), mentor da estratégia que conduziu os
portugueses à vitória e que, durante toda a crise, esteve ao lado de D. João, Mestre de Avis.

73 Oralidade 1.
a. Guarda das escrituras do Tombo.
b. Escrivão dos livros do infante D. Duarte.
c. 1419.
d. Escrivão dos livros de D. João I.
e. 1422.
f. Escrivão da puridade do infante D. Fernando.
g. 1437.
h. Redação do testamento de D. Fernando.
i. Tabelião-geral do reino.
j. 1454.

2.
a. 1459.
b. D. Duarte.
c. crónicas.
d. catorze mil reais.
e. D. Afonso Henriques.
f. Crónica de Portugal de 1419.
g. D. Pedro.
h. D. Fernando.
i. D. João I.
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74 Leitura 1. Apesar de não ter sido o primeiro historiador português, já que a historiografia portuguesa nasceu no reinado de D. Dinis pela mão de D. Pedro de Barcelos,
Fernão Lopes assume um papel de grande importância nesta área, na medida em que foi ele o primeiro a construir “uma narrativa ordenada diacronicamente,
de estrutura e apresentação internas muito mais complexas”, servindo-se de “materiais informativos muito diversificados”, ao contrário dos seus antecessores
que escreviam as crónicas ao estilo de “memoriais” ou “cronicões”.

2. Fernão Lopes serve-se de fontes de natureza diplomática e arquivista e de outras como “memórias dispersas, informações orais, elementos lendários e
tradicionais, representações artísticas e até epitáfios”.

3. Da leitura das crónicas de Fernão Lopes, depreende-se a sua parcialidade, motivada pelo facto de o seu trabalho ter sido encomendado pelo rei D. Duarte e,
por isso, ele ser um “escritor ao serviço do poder”. Na verdade, a sua tarefa consistia em legitimar a regência de D. João I, cuja nomeação, decorrente dos
“acontecimentos verificados em Portugal em 1383-1385”, levantava algumas dúvidas.

75 Oralidade 1.
a. V.
b. F. D. Fernando já tinha morrido na altura da batalha de Aljubarrota, cujos principais protagonistas foram D. João, Mestre de Avis, e Nuno Álvares Pereira.
c. V.
d. F. Foi durante toda a primeira dinastia que isso aconteceu.
e. F. Entre D. Fernando e D. João de Castela.
f. F. A sua avó.
g. F. Por ser amante do Conde Andeiro.
h. F. Havia também a possibilidade de ascender ao trono o infante D. João de Portugal, o outro meio-irmão de D. Fernando e que se revelava como o herdeiro
mais legítimo por ser filho de D. Inês de Castro, ao passo que D. João, Mestre de Avis, era fruto de uma relação de D. Pedro com a aia, Teresa Lourenço.
i. V.
j. V.
k. F. Parte da nobreza apoiava D. Leonor Teles, apesar de a sua regência colocar em causa a independência nacional.
l. F. Havia também uma parte da nobreza portuguesa que apoiava D. João.
m. V.
n. F. Inicialmente o Mestre de Avis hesitou, perante o plano traçado por Álvaro Pais, mas, depois, acabou por aceitá-lo.

77 Gramática 1. a 9. Sugestões de correção no Guia do Professor.

81 Gramática 1.
[A]-[5];
[B]-[3];
[C]-[4];
[D]-[3];
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[E]-[4];
[F]-[2];
[G]-[1];
[H]-[5];
[I]-[2];

2.
a. “Com a fome” – modificador do grupo verbal; “difíceis” – modificador do nome restritivo, "em Lisboa" – modificador do grupo verbal;
b. “cabecilha da revolução” – modificador do nome apositivo;
c. “que os reis de Portugal e de Castela assinaram” – modificador do nome restritivo, "não" – modificador do grupo verbal.

3.
a. “O povo” – sujeito; “dirigiu-se aos paços da rainha” – predicado; “aos paços da rainha” – compl. oblíquo; “da rainha” – modificador do nome restritivo.
b. “D. Leonor Teles, mãe de Beatriz” – sujeito; “mãe de D. Beatriz” – modificador do nome apositivo; “governou Portugal” – predicado; “Portugal” – compl.
direto.
c. “O povo de Lisboa” – sujeito; “de Lisboa” – modificador do nome restritivo; “permaneceu cercado durante meses” – predicado; “cercado” – predicativo do
sujeito; “durante meses” – modificador do grupo verbal.
d. “Efetivamente” – modificador; “D. João” – sujeito; “ordenou às tropas que combatessem” – predicado; às tropas – compl. indireto; que combatessem –
compl. direto.
e. “Infeliz” – modificador do nome apositivo; “o povo” – sujeito; “procurava em Deus algum conforto” – predicado; “em Deus – compl. oblíquo; “algum
conforto” – compl. direto.

4.
b. D. Leonor Teles, mãe de D. Beatriz, governou-o.
d. Efetivamente, D. João ordenou-lho.
e. Infeliz, o povo procurava-o em Deus.

83 Gramática 1.1 [A];


1.2 [C];
1.3 [B];
1.4 [A]

2.
a. “em perigo” –complemento oblíquo; “a independência de Portugal” – complemento direto.
b. Modificador do nome apositivo.
c. Complemento agente da passiva.
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83 Escrita Luís Martins refere que o casamento de D. Beatriz com o rei de Castela, que se considerava herdeiro da coroa portuguesa, ameaçou a independência de
Portugal. Porém, enquanto parte da nobreza lusitana o apoiava, o povo e a burguesia revoltaram-se contra a governação castelhana, com várias subversões em
todo o país. O Mestre de Avis, sob orientação da burguesia, empreendeu o assassinato do conde Andeiro. Neste clima, D. Juan invadiu Portugal para se
apoderar do trono, mas foi derrotado em Atoleiros pelos portugueses liderados por Nuno Álvares. Entretanto, outro exército castelhano invadia Lisboa e uma
terceira invasão iniciou-se pela Beira Alta. A guerra estava longe do fim. Então, D. Juan invadiu Portugal com um forte exército. Para o travar, um grupo de
portugueses, comandando por Nuno Álvares, dirigiu-se para Leiria, fixando-se num planalto próximo de Aljubarrota, e reprimiu o ataque inimigo.
Deste modo, os portugueses garantiram a independência. (148 palavras)

85 Gramática 1.1 “Nem uũ falamento deve mais vizinho seer deste capitulo que havees ouvido” (l. 1); “Onde sabee”( l. 6).

1.2 Fernão Lopes recorre ao chamado plural majestático, não só para conferir mais solenidade ao seu discurso, mas também para envolver de forma mais
incisiva os seus interlocutores.

2. Fernão Lopes começa por, no primeiro parágrafo, referir resumidamente que se vai debruçar sobre a situação vivida na cidade de Lisboa, aquando do cerco
castelhano, e sobre a forma como a população se organizou. Nos parágrafos seguintes, detalha essa informação, enunciando as medidas efetivamente tomadas
para se precaverem do cerco, como a recolha de mantimentos para interior das muralhas da cidade bem como as estratégias delineadas para garantirem a
defesa, nomeadamente o sistema de vigilância que montaram.

3. O Mestre tinha a função de assegurar que todas as medidas tomadas para a proteção da cidade estavam a ser executadas. Constrói-se, assim, a imagem de
um rei protetor, cuidadoso e patriota, pois o Mestre tudo faz para proteger o seu povo e a sua pátria, estando disposto a resistir para os defender do inimigo.
Também por esta razão, o cronista afirma que o Mestre “sobre todo tinha especial cuidado da guarda e governança da cidade”. O esforço e o envolvimento do
rei são, ainda, realçados pelo facto de este dormir pouco e de fazer a ronda frequentemente.

4. No texto, ilustram-se três tipos de atitudes distintas: os que se associaram à causa, indo buscar mantimentos ou vindo viver para dentro da cidade; aqueles
que fugiram para Setúbal e Palmela, levando os seus bens; aqueles que ficaram nas vilas que apoiaram Castela, colocando-se do lado do inimigo.

5. A consciência coletiva é explorada no texto sobretudo pela forma como se destaca o envolvimento de cada uma das classes sociais no desempenho das suas
funções. Assim, por exemplo, os fidalgos e os burgueses eram responsáveis pela proteção das quadrilhas, mas, em caso de problema, todos acorriam para
ajudar: “Ali viriees os muros cheos de gentes” (l. 32). Os próprios membros do clero davam mostras desta consciência coletiva, dirigindo-se às muralhas e
pegando em armas, o que ia contra a lei da Igreja: “nom se guardava ali a degratal: ‘Clerici arma portantes’” (ll. 36-37). Deste modo, todos os que se
encontravam sob o cerco são descritos como agindo a uma só voz, mostrando-se totalmente unidos e movidos pelo mesmo propósito: a defesa da autonomia
da cidade, símbolo da identidade nacional que, por essa altura, o povo prezava acima de qualquer direito legítimo de ascensão ao trono de alguém que não
fosse português. A consciência coletiva está, portanto, presente no texto como uma força grupal que leva o povo cercado a agir.

6. Apesar de ser inerente a um historiador a procura pela verdade dos factos e tanto quanto possível ser objetivo, como aliás, no prólogo da Crónica de D. João
I, Fernão Lopes refere que tenciona ser, é evidente a sua subjetividade quando, no final do excerto, ao traçar o paralelo entre a força castelhana e a
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portuguesa, não se coíbe de expressar a sua opinião, dizendo: “Oh, que fremosa cousa era de ver!” (l. 48). Também está presente a subjetividade no uso da
hipérbole (“tam fremoso cerco de cidade nom era em memoria d’home~es que fosse visto de mui longos anos atá aquel tempo.” (ll. 52-53)

7. a. Compl. oblíquo.
b. Modificador.
c. Compl. agente da passiva; compl. Indireto.

87 Educação Literária 1.
a. escassez de bens como trigo, milho, vinho, carne; os alimentos que existiam eram muito caros e difíceis de obter.
b. sofredora.
c. forte perante o inimigo (esquecendo a fome).
d. solidária no sofrimento.
e. crente em Deus.
f. desejosa da morte.
g. arrependida da adesão à causa de D. João I (alguns elementos do povo).
h. ciente da gravidade da situação, mas consciente de nada poder fazer, tentava ignorar os rumores.
i. compreende o desespero do povo decorrente das necessidades por que passava; refere a humanidade do Mestre ao apontar a sua dor perante os
lamentos do povo.

91 Leitura 1
a. F. São os atores coletivos, ou seja, as forças gregárias, animadas de uma vontade definida, os principais responsáveis e a voz mais ativa na resistência ao
domínio castelhano.
b. V.
c. F. A afirmação da consciência coletiva foi algo que aconteceu com o decorrer do tempo, à medida que se consolidavam as fronteiras e que atingiu a sua
maturação aquando da crise de 1383-1385.
d. V.

93 Educação Literária 1.
a. F. A Crónica de D. João I debruça-se sobre a ascensão e reinado do Mestre de Avis, filho de D. Pedro e de uma aia, Teresa Lourenço.
b. V.
c. V.
d. V.
e. F. A insurreição inicia-se com a morte do Conde Andeiro.
f. V.
g. V.
h. F. O povo regozijou-se com o facto de o Mestre de Avis estar vivo e apoiou o assassinato do Conde Andeiro.
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i. V.
j. F. Apesar de o Mestre de Avis não ser um sucessor legítimo ao trono, o povo apoiava-o por reconhecer nele a única garantia da independência nacional.
k. V.
l. F. Foram os castelhanos que puseram cerco à cidade de Lisboa, como forma de dissuadir o Mestre de Avis dos seus propósitos.
m. F. Apesar de se terem preparado antes do cerco, a determinada altura, e dada a sua duração, as necessidades do povo, sobretudo em termos alimentares,
passaram a ser muitas.
n. F. O Mestre soube de antemão que os castelhanos tencionavam cercar Lisboa e, por isso, deu ordens para as pessoas se abastecerem e protegerem.
o. V.

94 Educação Literária GRUPO I


1. Pelo facto de estarem totalmente cercadas, as pessoas de Lisboa e as que, tendo vindo do Porto, se tinham juntado a elas, começaram a ter falta de
mantimentos.

2. Para fazer face à situação, o povo de Lisboa arriscava-se a ir ao Ribatejo guarnecer-se de trigo. No entanto, os que o faziam eram, muitas vezes, perseguidos
pelas galés dos castelhanos e, quando ainda assim conseguiam escapar, o trigo não era suficiente para alimentar todos os que se encontravam sob cerco. Por
isso, começaram a expulsar aqueles que não acrescentavam nada à defesa da cidade, como as prostitutas e os judeus.

3. A referência bíblica, feita neste excerto, serve para salientar a escassez de alimentos com que a cidade se debatia. Neste contexto, era necessário um milagre
similar à multiplicação dos pães, que permitiu alimentar uma multidão, já que o trigo que o povo conseguia trazer do Ribatejo era insuficiente para alimentar
toda a população.

4. Os castelhanos não perceberam que as pessoas que passavam da cidade para o seu acampamento tinham sido expulsas. Pensavam que era por sua iniciativa
que o faziam, desistindo da causa de Lisboa. Por essa razão, acolhiam-nos e alimentavam-nos.

5. Na expressão, está presente uma antítese que serve para salientar as diferentes posições assumidas pelo povo de Lisboa e pelos castelhanos. Assim,
enquanto os primeiros tencionavam fugir com o trigo obtido no Ribatejo, os segundos tentavam capturá-los. Está também presente, a personificação, que
traduz a ideia de uniformidade de pensamento daqueles que seguiam nos batéis e daqueles que ocupavam as galés.

96 Gramática 1.1 [A]


1.2 [C]
1.3 [C]
1.4 [B]
1.5 [A]
1.6 [D]
1.7 [D]
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96 Gramática 2.1 Complemento indireto.


2.2 Sem nome, de quem não se conhece o nome.
2.3 Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

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