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Aula 8 Componentes Estruturais Da Asa Descricao e Localizacao 2162 PDF
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8.1 – Longarinas.
A longarina é o principal elemento estrutural da asa a qual é dimensionada para suportar os
esforços de cisalhamento, flexão, torção oriundos das cargas aerodinâmicas atuantes durante um voo.
Geralmente com elevada resistência estrutural e geralmente fundida com ricas ligas-metálicas, ou
seja, uma mistura refinada em altas temperaturas de dois ou mais tipos diferentes de metais
encontrados na natureza, selecionados com cuidado e critério por oferecerem propriedades de se
adaptar aos frequentes esforços de flexão a que são submetidos durante o voo da aeronave e também
nos pousos e decolagens.
A longarina é a mais importante viga ou barra metálica integrante da asa de uma aeronave,
responsável por transmitir à fuselagem da aeronave praticamente toda a força de sustentação gerada
aerodinamicamente pelo intradorso e extradorso da asa.
Mesmo com o advento do uso intensivo de materiais bem mais leves e resistentes em aeronaves
mais modernas, como o epóxi ou fibra de carbono, a longarina de liga-metálica continua sendo
indispensável dentro da aviação de asa fixa, de modo geral, embora a quantidade de longarinas nas
asas de aviões mais modernos está sendo diminuída conforme o avanço da tecnologia de ligas-
metálicas mais resistentes.
É instalada no sentido da envergadura, suportando os esforços que atuam sobre a asa. Quanto à
quantidade de longarinas na estrutura, temos as asas monolongarinas (monospar), as duolongarinas
ou bilongarinas (duospar ou caixão de torção) e as multilongarinas (multispar), ou seja, de uma, duas
ou várias longarinas respectivamente.
Em aeronaves grandes as longarinas podem ser de alma contínua, usinada e de perfil variável.
Desta maneira, nas extremidades das asas, onde o momento fletor é menor, a espessura da alma
pode ser também menor, permitindo uma economia de peso e material.
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8.2 – Nervuras
As nervuras são estruturas que determinam o perfil da asa, é uma peça curvada destinada a dar
forma ao perfil e manter o afastamento correto das longarinas, recebe os esforços da reação do ar e os
transmitem as longarinas. Há também as falsas nervuras que são segmentos de nervura, que possuem
somente o bordo de ataque e servem para favorecer o revestimento e dar contorno à curvatura. As
figuras abaixo ilustram o que é uma nervura:
As nervuras são componentes de uma asa, dispostas perpendicularmente às longarinas e tem por
finalidade:
A manutenção da forma aerodinâmica da asa;
A transmissão e a distribuição dos esforços, recebidos do revestimento e oriundos das forças
aerodinâmicas para as longarinas;
Aumentar a resistência à carga crítica de flambagem;
Atuar como “quebra ondas” a inercia do combustível nos tanques;
Atuar como elemento estrutural de suporte e distribuição de cargas concentradas, como o peso
dos motores, do trem de pouso, dos pilones dos tanques externos de combustível ou de
bombas.
As nervuras são componentes estruturais na parte interna das asas. Elas formam, juntamente
com as longarinas, o esqueleto da asa. Cada nervura de asa possui uma medida diferente e é montada
de forma diferente. O alumínio e o CFRP são os materiais utilizados com mais frequência nestes
componentes extremamente frágeis e sensíveis.
Os furos das nervuras servem para redução de peso dessa peça, são cortados e tem as bordas
dobradas de tal forma que não perdem a resistência estrutural. A estrutura da asa fica forte, leve e
resistente.
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8.4 – Revestimento da Asa
Podem ser mais resistente ou menos resistente a pressão aerodinâmica. O revestimento das asas
é feito com chapas de alumínio rebitadas na estrutura. No caso do emb-711 T - ST, o revestimento da
asa é composto por chapas de alumínio, proporcionando maior resistência estrutural. Na figura é
possível observar a forma como as chapas de alumínio são fixadas, é possível notar também, que
onde é necessária maior resistência estrutural é usado um rebite de cabeça abaulada e onde não é
necessária uma grande resistência é utilizado um rebite de cabeça escareada.
As funções do revestimento são:
A manutenção da forma aerodinâmica da asa;
Receber e transmitir as forças aerodinâmicas para a estrutura interna.
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8.7 - Janelas de inspeção
As janelas de inspeção das asas servem para inspecionar o interior da asa, verificar os cabos ou
hastes de comando, a parte de fiação elétrica, tubulações hidráulicas e demais sistemas. Servem
também para verificar a existência de
corrosão no interior da asa. As janelas de
inspeção dão acesso a partes particulares
de uma aeronave durante sua inspeção ou
manutenção. São totalmente removíveis,
elas são mantidas fechadas através de
parafusos. As janelas de acesso removíveis
geralmente possuem um numero que
também é pintado no compartimento que ela
fecha. As fotos a seguir mostram a janela de
inspeção no intradorso da asa esquerda.
8.9 - Drenos
Cada tanque de combustível é equipado com um
dreno rápido individual, localizado no canto traseiro inferior
interno do tanque combustível, são pequenos dispositivos,
como é mostrado na figura, eles são utilizados quando é
necessário esvaziar os tanques de combustível, e
diariamente, antes de cada voo para retirar a água, que
com o decorrer do tempo, pode se acumular dentro dos
tanques, ou ainda sedimentos que se acumulam no tanque
de combustível.
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8.11 – Redutores de Vórtice de Ponta de Asa
A turbulência (vortex) de ponta de asa é aerodinamicamente prejudicial e cria, muitas vezes, um
grande arrasto.
Para reduzir este efeito, são utilizados para modificar a geometria das pontas das asas, seja
afilando as pontas ou utilizando dispositivos como winglets e tanques de ponta de asa.
Podemos observar que, com exceção das asas retangulares, todos os planos de asa tentam
atingir esse objetivo, A asa elíptica é provavelmente a mais eficiente desses planos subsônicos, mas
sem dúvida, é uma das mais caras para construção.
8.11.1 - Winglets
Muitas aeronaves modernas de alta velocidade utilizam uma pequena aleta nas pontas das asas.
Essas aletas, voltadas para cima, evitam o vortex de ponta de asa diminuindo o arrasto, tomam o nome
de “winglets”.
As superfícies denominadas Winglets têm a função de aerofólios, ou seja, são pequenas asas.
Aquelas que conhecemos hoje foram desenvolvidas nos anos 1970 pelo Dr. Richard T. Whitcomb no
Centro de Pesquisas Langley da NASA a partir de conceitos anteriores que remontam ao final do
século 20, quando foram chamadas de “Tip Fences” e End Plates”.
Essas asinhas dobradas para cima foram inspiradas nas penas de ponta de asa de aves, como as
águias e condores.
Durante o voo, sem os Winglets, nas pontas de asas ocorre um turbilhonamento no encontro do
ar do intradorso (parte inferior da asa) com maior pressão, com o ar do extradorso (parte superior).
Esse turbilhonamento causa uma perda de sustentação e aumento de arrasto (resistência ao avanço).
O Winglet consegue reduzir esse turbilhonamento, aumentar a eficiência aerodinâmica da asa e,
e diminuir o arrasto. Com isso, os aviões podem voar mais rápido e economizar combustível,
especialmente em rotas longas.
Há vários tipos de Winglets, sendo os mais comuns apresentam a superfície na parte superior da
asa.
No entanto, alguns aviões, como o MD11, possui a superfície também na parte inferior da asa.
A AIRBUS desenvolveu com o A310 as Wingtip Fences, semelhantes a uma ponta de flecha.
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8.11.3 - Vortex Generator
São dispositivos verticais (pequenos perfis), dispostos no extradorso da asa que têm a
função principal de atrasar a separação da camada limite que produz o indesejável fenômeno do
Stall, melhorando tanto a eficiência aerodinâmica como o controle.
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8.14 – Selagem
Inicialmente os selantes foram empregados na aviação por questões aerodinâmicas, já que a
velocidade de operação das aeronaves modernas aumentou significativamente. Em seguida, com a
operação em altas altitudes e a consequente pressurização da cabine, foi requerido que as regiões de
passagem de tubulações e cablagens fossem seladas com selantes plásticos ou moldáveis. Além disto,
para prevenir o vazamento de combustível, os tanques passaram a ter as juntas rebitadas seladas.
Somente após a análise de alguns casos de corrosão que os selantes passaram a serem
empregados em montagens envolvendo materiais dissimilares, para isolar a passagem de corrente de
corrosão entre materiais com potenciais diferentes e evitar o ingresso de eletrólitos entre furos e
frestas. Desde então, os selantes têm sido uma das mais importantes ferramentas para controle e
prevenção de corrosão.
Para que a utilização do selante seja efetiva, é necessário que o selante correto seja escolhido,
para uma situação ou área específica, e que este seja corretamente aplicado. Normalmente, os
selantes são empregados na cabeça de parafusos e porcas; entre a superfície de contato de duas ou
mais partes; nas juntas ou costuras ao longo dos reforçadores, paredes e longarinas; e nos vazios
criados nas movimentações estruturais, lacunas e aberturas.
No meio aeronáutico, existem numerosos selantes disponíveis com diferentes propriedades e
intenções de uso.
Na estrutura das aeronaves podem-se encontrar várias fendas e cavidades que levam ao
acúmulo de eletrólitos, sujeiras e impurezas, o que favorece o processo corrosivo. Alguns conjuntos
podem ser formados por montagens entre materiais dissimilares, que podem corroer na presença de
eletrólitos.
Uma análise destas montagens, sobre o ponto de vista de corrosão sugere que juntando as
características de vedação dos selantes e de impermeabilização/inibição dos compostos inibidores de
corrosão, pode-se evitar o ingresso de eletrólitos em fendas e cavidades, bem como promover uma
isolação adequada dos materiais dissimilares.
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8.15 - Tipos de Tanques de Combustível de Aviões
Os tanques de combustível de aeronaves, integrantes do sistema de combustível, são utilizados
em diversos tipos:
Metálicos: Internos – removíveis e integrais / Externos – ventrais, subalares e ponta de asa.
Flexíveis: bexiga.
Auto vedantes.
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8.15.3 - Tanques Metálicos Externos Ventrais e Subalares
Assemelham-se a bombas, pendurados em pilones sob as asas ou fuselagem. Podem ser
colocados ou não, dependendo da autonomia desejada para a missão.
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8.16 – Tanques da Asa
A célula integral de combustível faz parte da estrutura da asa ou do avião. As suas uniões,
encaixes e portas de acesso são devidamente vedadas, e este tipo de construção e denominado de
asa molhada.
Localização dos Principais Componentes
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