Aula 17

Interferência

Prof. Daniel Papoti

daniel.Papoti@ufabc.edu.br
Universidade Federal do ABC
BC 1519 - Circuitos elétricos e fotônica

1o Quadrimestre Suplementar- 2021

1
Conteúdo da aula

➢ Interferência

➢ Interferômetro de Michelson

➢ Resolução de exemplos
Interferência
➢ Superposição de Ondas ➢Padrão de interferência gerado
pela superposição de frentes de
ondas circulares na superfície de
um tanque de água

Cristas em fase

Cristas em contra fase

Ver simulação em:

http://phet.colorado.edu/en/simulation/
wave-interference

3
Interferência

4
http://phet.colorado.edu/en/simulation/wave-interference
Interferência
➢ Superposição de Ondas Planas

➢ Só ocorre interferência se as frentes de onda se cruzarem

5
http://skullsinthestars.com/2008/07/22/camera-free-radiohead-video/
Interferência
➢ Fenômeno ocorre (em três dimensões) com qualquer tipo de onda:
sonora, mecânica, eletromagnética: superposição de duas ou mais ondas
numa região do espaço.
➢Estudo é simplificado com ondas de mesma frequência (monocromáticas),
mesma polarização e com fase relativa constante → fontes coerentes

6
http://www.free-
http://cepa.if.usp.br/content/pontos-interferência
photos.biz/photographs/nature/natural_patterns/101207_interference_waves_mark.php
Interferência Construtiva
➢Ondas oscilando em fase
➢ Ex.: Duas ondas de mesma frequência , se propagando na direção z,
oscilando em fase (mesmo )

Onda 1 + Onda 2

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Interferência destrutiva
➢Ondas oscilando em contra fase

Onda 1

Onda 1 + Onda 2
Diferença de /2
Onda 2

Obs: As ondas se anulam completamente se E1 = E2 

Interferência destrutiva completa

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Questões
1- Três ondas luminosas se combinam em um certo ponto, no qual as
componentes do campo elétrico das três ondas são dadas por:
E1 = E0 sen (ωt)
E2 = E0 sen (ωt + π/3)
E3 = E0 sen (ωt – π/6)

Determine a resultante ER(t) neste ponto.

(A onda resultante ER(t) é a soma vetorial das ondas E1, E2 e E3) Resp.: 2,39cos(t-81,2º)

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Questões
1- Três ondas luminosas se combinam em um certo ponto, no qual as
componentes do campo elétrico das três ondas são dadas por:
E1 = E0 sen (ωt)
E2 = E0 sen (ωt + π/3)
E3 = E0 sen (ωt – π/6)

Determine a resultante ER(t) neste ponto.

(A onda resultante ER(t) é a soma vetorial das ondas E1, E2 e E3) Resp.: 2,39cos(t-81,2º)

Solução:
E1 = E0 sin(w t) = E0 cos(w t - 90 o ) Þ E1 = E0Ð- 90 o
E2 = E0 sin(w t + 60 o ) = E0 cos(w t + 60 o - 90 o ) Þ E2 = E0Ð- 30 o
E3 = E0 sin(w t - 30 o ) = E0 cos(w t - 30 o - 90o ) Þ E3 = E0Ð-120 o
Reescrevendo os fasores e utilizando a relação de Euler:
E1 = E0Ð - 90 o = E0 e- j×90 = - jE0
o

E2 = E0Ð - 30 o = E0 e- j 30 = E0 ( cos(30 o ) - j sin(30 o )) = E0 ( 0,866 - j × 0, 5)

o

E3 = E0Ð -120 o = E0 e- j120 = E0 ( cos(120 o ) - j sin(120 o )) = E0 ( -0, 5 - j × 0,866)

o

10
Questões
Somando E1 E2 e E3, temos:
ER = E1 + E2 + E3 = E0Ð- 90 o = E0 e- j×90 = - jE0 + E0 ( 0,866 - j × 0, 5) + E0 ( -0, 5 - j × 0,866)
o

= E0 (- j + 0,866 - 0, 5 j - 0, 5 - 0,866 j )
= E0 (0, 366 - j × 2,366)

ER = Re ( ER ejf ) = 2, 39 × E0 cos(w t - 81, 2 o )

ER = (0, 366)2 + (2, 366)2 = 2, 39

æ -2, 366 ö
f = tg ç
-1
÷ = -81, 2
o

è 0, 366 ø

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Experimento de Young (1802)

➢Experimento clássico que

demonstrou, através do
fenômeno de interferência, que
a luz apresenta propriedades
ondulatórias.
➢Contraria a Teoria
corpuscular da luz, de Newton

http://en.wikipedia.org/wiki/Double-slit_experiment 12
Experimento de Young (1802)
➢Experimento de interferência de duas ondas (fendas b e c)
Fontes Coerentes

Interferência construtiva

Interferência destrutiva

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Experimento de Young
➢A irradiância em um dado ponto da tela depende da diferença de fase entre
as ondas provenientes de cada fenda
• Franjas claras aparecem nas regiões de interferência construtiva
• Franjas escuras aparecem nas regiões de interferência destrutiva

escuro

claro
escuro
claro
escuro
claro
escuro
claro
escuro
claro
escuro

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Experimento de Young
➢ Determinação dos máximos de irradiância (Franjas Claras)
➢ Hipóteses:
• h << x
• Duas fendas produzem ondas de mesma fase (coerentes)

h 0

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Experimento de Young
➢ A Interferência Construtiva ocorre sempre que a diferença de
caminho (d2 – d1) for múltiplo do comprimento de onda λ:

d 2 − d1 = m  , m = 0, 1, 2, ...

d1 y
d2
h 0

1


h
2 

h << x  1  2   d2 − d1  h sin

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Experimento de Young
➢Diferença de caminho: d2 − d1  h sen
➢Para interferência construtiva: d2 − d1 = m , m = 0, 1, 2, ...
➢Inclinações  para interferência construtiva: sen = m / h

y

h 0

x
➢Posição y na tela: y = x tg
➢Para  pequeno ( << 1 rad): tg  sen 
x
➢Posições y para interferência construtiva: y  x sen  y  m
h
m = ordem de interferência (0, 1, 2, ...)

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Experimento de Young
➢Diferença de caminho: d2 − d1  h sen
➢Para interferência destrutiva: d2 − d1 = (m+1/2) , m = 0, 1, 2, ...
➢Inclinações  para interferência destrutiva: sen = (m+1/2) / h

y

h 0

x
➢Posição y na tela: y = x tg
➢Para  pequeno ( << 1 rad): tg  sen 
 1 x
➢Posições y para interferência destrutiva: y  x sen  y   m +  
 2 h
m = ordem de interferência (0, 1, 2, ...)

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Posição das Franjas claras e escuras
Franjas Claras

x x
y = 0,   ,  2 ,....
h h
y
Franjas Escuras

1 x 3 x
h 0 y =   ,   ,....
2 h 2 h

Medindo-se x,h e y 
obtém-se  →
Medida do comprimento de
x onda da luz

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Intensidade da interferência produzida por duas fendas

Campos elétricos de duas ondas

idênticas, de mesma polarização linear, e
coerentes – incidentes no ponto P

 = diferença de fase devido à diferença de percurso

Pela Lei dos cossenos: Usando Fasores:

EP
E = E + E - 2E cos(p - f )
2
P
2
0
2
0
2
0
E𝟎
𝑬

= E02 + E02 + 2E02 cos(f ) 

Como:
𝑬E𝟎
1 + cos  = 2cos ( / 2)
2
Amplitude na 
Tem-se: interferência de EP = 2E cos
E = 2E (1+ cos f ) = 4E cos (f / 2)
2
P
2
0
2
0
2
duas fontes: 2

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Intensidade da interferência produzida por duas fendas
Irradiância : I = Smed (vetor de Poynting) Fase e diferença de
percurso:
1 0 2 EP2 1  (d 2 − d1 )
I= EP = =  0cEP2 =
2 0 2 0 c 2 2 
2
= (d2 − d1 ) = k (d2 − d1 )
f f 
I = 2e0cE cos2
0
2
já que: EP = 2E0 cos
Para P bem afastado das
2 2
fontes:
Irradiância máxima → para  =0 (d 2 − d1 ) = hsen
2
I max = 2 0 cE 2 (4x maior que a intensidade  = khsen = hsen
de cada onda individual I0) 

 1  h 
I = I max cos 2 I = I max cos2  khsen  = I max cos2  sen 
2 2    
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Intensidade: Experimento de Young
➢ A energia média é a h  2   hy 
mesma que a de duas I = I max cos 
2
sen  = I max cos  
fontes separadas.      x 
➢ A interferência apenas
redistribui a energia,
de acordo com a figura
de franjas claras e
escuras.

4I0

2I0

0 hsen
0

-4 -2 2 4

0
y
-2x/h -x/h 0 x/h 2x/h

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Interferômetro de Michelson
➢ Dispositivo experimental que utiliza o efeito da interferência

➢Determinação precisa de comprimento de onda e de pequenas distâncias

➢Ex: variação da espessura de um axônio quando um impulso nervoso se

propaga ao longo de seu comprimento.

Link de Interesse
https://www.youtube.com/watch?v=-lqFX7_kDw0

Feixe de luz monocromático dividido em dois feixes que

seguem percursos diferentes
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Interferômetro de Michelson
➢Configuração óptica mais comum utilizada em interferometria
M2
L Permite variação do caminho
Se L=/2 → diferença entre as
(deslocamento do óptico de um dos feixes
distância percorrida pelos
espelho móvel) feixes refletidos = 
(= 2L → ida e volta)
Deslocamento de uma franja

M1

e índice de refração n

Interferência entre os
feixes refletidos pelos
espelhos M1 e M2  
L=m
2
m= número de franjas que
se deslocam

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Aplicações do Interferômetro de Michelson

➢Medidas de deslocamentos

➢Determinação de comprimentos de onda

➢Medida do índice de refração de gases

➢Medidas da espessura dos tecidos do olho humano

➢Estudo de deformações e vibrações

25
LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Obervatory)

LIGO opera com 2 interferômetros em sincronia: Livingstone (Louisiana) & Richland (Washington)
26
LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Obervatory)

https://www.youtube.com/watch?v=B4XzLDM3Py8
27
https://www.youtube.com/watch?v=5kLh8CDjoMI
LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Obervatory)

LIGO opera com 2 interferômetros em sincronia: Livingstone (Louisiana) & Richland (Washington)
28
LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Obervatory)

LIGO opera com 2 interferômetros em sincronia: Livingstone (Louisiana) & Richland (Washington)
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Questões
2- Em uma experiência de interferência com duas fendas distantes de 0,20mm,
posicionadas a 1m da tela, a distância entre o centro da tela e a terceira franja
brilhante foi de 7,5mm. Qual era o comprimento de onda da luz utilizada ?

Resp.: 500 nm
30
Questões
3- Quando o espelho móvel de um interferômetro de Michelson é deslocado de
0,233 mm, as franjas se deslocam de 792 posições. Qual o comprimento de onda da
luz usada? Resp.: 588,4 nm

31
Obrigado pela
Atenção

32