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1. Relacione o disposto nos arts.

9º, nº 1, 11º e 21º do CIRE, com a dimensão


social do processo de insolvência.
2. Uma sociedade comercial por quotas está insolvente desde que o seu ativo
seja inferior ao passivo, desde que nenhuma pessoa responda pessoal e
ilimitadamente, por forma direta ou indireta. Comente.
A afirmação é verdadeira. A lei prevê um conceito especial que já não se aplica a
todos os devedores, mas apenas àqueles entes que estão circunscritos no critério
especial do nº 2 do artigo 3º do CIRE. Trata-se, antes de mais, de pessoas coletivas
e patrimónios autónomos por cujas dívidas nenhuma pessoa singular responda
pessoal e limitadamente, direta ou indiretamente. A enquadrar nestas figuras
temos, no caso, as sociedades por quotas (artigo 197º, nº3 do CSC). Este conceito
especial de insolvência fica preenchido com a manifesta superioridade do passivo
em relação ao ativo, avaliados segundo as normas contabilísticas aplicáveis. Porém,
as regras não serão aplicáveis se o ativo exceder o passivo, com base em algum dos
critérios enunciados nas alíneas a) a c) do nº 3 do artigo 3º. Assim, para efeitos de
ativo e passivo são relevantes os elementos identificáveis, mesmo que não
constem do balanço, apurados pelo seu justo valor (alínea a)). Quando o devedor
for titular de uma empresa, a valorização baseia-se numa perspetiva de
continuidade ou de liquidação, consoante o que se afigurar mais provável (alínea
b)). Em terceiro lugar, para efeitos de apuramento do passivo, não devem ser
consideradas as dívidas a ser pagas à custa de fundos distribuíveis ou do ativo
restante depois de satisfeitos ou acautelados os direitos dos demais credores do
devedor (alínea c)). Por último, o artigo 20º, nº 1, alínea h), atendendo à
importância dos elementos de contabilidade da empresa para este efeito,
acrescenta aos índices da situação de insolvência o atraso superior a 6 meses na
aprovação e depósito das contas a que essas entidades eventualmente estejam
obrigadas por força da lei. Em suma, parece lícito afirmar-se que a estes entes são
aplicáveis alternativamente os dois conceitos de insolvência previstos nos nº 1 e 2
do artigo 3º.
3. Em caso de insolvência iminente de uma sociedade comercial por quotas, que
deveres impendem sobre os gerentes e sobre os próprios sócios?
O legislador equipara à situação de insolvência atual a situação de insolvência
iminente, desde que o devedor se tenha apresentado à insolvência (artigo 3º, nº
4).
4. Diga quais são os institutos jurídico-processuais a que um devedor poderá
recorrer para evitar a produção dos efeitos da declaração de insolvência de
uma empresa.
Diga quais são os institutos jurídico-processuais a que um credor poderá
recorrer para evitar a produção dos efeitos da declaração de insolvência de
uma empresa.

5. Os critérios sobre a insolvência que, como consequência da resolução em


benefício da massa insolvente, resultem para o terceiro de má fé são
considerados como subordinados e todos os critérios subordinados resolúveis
em benefício da massa insolvente. Comente.
6. Identifique e explicite os afloramentos de boa fé objetiva e subjetiva e
consequências no instituto de exoneração do passivo restante.

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