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Direito Aplicado a Negócios

Direitos Trabalhistas
Na busca aos créditos pelos funcionários Matias Portugal e Robson Cavalcanti, a empresa
João de Barro Ltda. Assume integralmente todos os direitos adquiridos por seus
empregados, no momento da cisão parcial, garantindo que a reclamação pelos créditos seja
garantida pelos patrimônios da Empresa reclamada. Fica então a empresa João de Barro
responsável por toda estrutura absorvida durante a cisão e suas respectivas obrigações
trabalhistas. De acordo com Luciano Martinez (2018, p. 287):
Há clara despersonalização empresarial, sendo minimamente relevantes para
o contrato de emprego as alterações estruturais ou as mudanças na propriedade. As
modificações podem ser praticadas em atendimento às conveniências de mercado,
sem que em nada afetem os contratos de emprego em curso ou os direitos
adquiridos pelos empregados.
Responsabilidade da Empresa Sucessora e Sucedida
Entende-se que a uma empresa sucessora será responsável por toda parte proporcional
que absorver da empresa sucedida, em resumo, podemos entender que diante de uma
cisão, a empresa será responsável proporcionalmente por toda obrigação contraída pelo
patrimônio absorvido. Porém esta determinação está regulamentada pelos Art. 229 e 233
(BRASIL, 1976) e estabelecido pelo parágrafo único:
Parágrafo único. O ato de cisão parcial poderá estipular que as sociedades
que absorverem parcelas do patrimônio da companhia cindida serão responsáveis
apenas pelas obrigações que lhes forem transferidas, sem solidariedade entre si ou
com a companhia cindida, mas, nesse caso, qualquer credor anterior poderá se opor
à estipulação, em relação ao seu crédito, desde que notifique a sociedade no prazo
de 90 (noventa) dias a contar da data da publicação dos atos da cisão (BRASIL,
1976, on-line).
Passivo Tributário
Como vimos anteriormente, as responsabilidades das empresas diante da cisão são
resultadas e determinadas por contratos civis e regulamentações próprias, porém o CTN
dispõe em seu art.123 que não absorve convenções particulares a fim de modificar o sujeito.
Sendo assim, toda responsabilidade tributária recorrente será da empresa sucedida, uma
vez que contratos e instrumentos particulares não poderão alterar a responsabilidade do
sujeito passivo à obrigação.

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