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Desventuras Professores Vale
Desventuras Professores Vale
professores na
formação para
o capital
Série Educação Geral, Educação Superior e Formação Continuada do Educador
Editora Executiva
Profa. Dra. Maria de Lourdes Pinto de Almeida – Unoesc/Unicamp
Desventuras dos
professores na
formação para
o capital
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
ISBN 978-85-7591-549-3
FAPE
CLACSO
1a edição
AGOSTO / 2019
IMPRESSÃO DIGITAL
IMPRESSO NO BRASIL
PREFÁCIO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Selma Venco
APRESENTAÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Olinda Evangelista
capítulo I
DESTERRO DOCENTE E FORMAÇÃO HUMANA
NOS GOVERNOS PETISTAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Astrid Baecker Avila, Mauro Titton e
Olinda Evangelista
capítulo II
O CRESCIMENTO PERVERSO DAS
LICENCIATURAS PRIVADAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Allan Kenji Seki, Artur Gomes de Souza e
Olinda Evangelista
capítulo III
72 HORAS EM 16 MINUTOS: QUAL ESCOLA
PARA O PROFESSOR BRASILEIRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Olinda Evangelista, Allan Kenji Seki e
Artur Gomes de Souza
capítulo IV
VITÓRIA DA EAD OU DO CAPITAL? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Olinda Evangelista, Allan Kenji Seki e
Artur Gomes de Souza
capítulo V
O LABIRINTO DOS DADOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Olinda Evangelista, Allan Kenji Seki e
Artur Gomes de Souza
POSFÁCIO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
João Zanardini
APÊNDICE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
PREFÁCIO
Selma Venco
Verão, 2019
Referências
Olinda Evangelista
Florianópolis, abril de 2019
Introdução
8. Segundo Martins (2009, pp. 3), o TPE é um “think tank da área educacional,
isto é, [um] organismo especializado em produzir e difundir conhecimentos
e ideias para educação no país. [...] Os contribuintes são apresentados como
‘patrocinadores’ da organização e encontram-se divididos em três níveis que
variam de acordo com o valor do repasse. Ao todo, a organização conta com
dez contribuintes, entre eles: Grupo Gerdau, Grupo Suzano, Banco Itaú,
Banco Bradesco, Organizações Globo. No conjunto, destacam-se aqueles
grupos com atuação predominante no setor financeiro.” Informa o autor
que “O Grupo Gerdau (ligado ao setor de metalurgia) ocupa a chamada
‘cota ouro’ e se destaca como principal patrocinador da entidade.” Geral-
do e Leher (2016, pp. 2-3) explicam que “Em 2006, organizações sociais
privatistas se organizaram e formaram o Todos pela Educação. No governo
de Luiz Inácio Lula da Silva, houve a conjugação do neoliberalismo e pre-
ceitos do social-liberalismo da Terceira Via, operando um grande processo
transformista ao enfraquecer o Fórum Nacional em Defesa da Escola Pú-
blica e redirecionando a agenda de importantes sindicatos de trabalhadores
da educação. [...] O Todos pela Educação, desde sua criação, atua como
um partido.”. Ainda, Evangelista e Leher (2012, pp. 5-6) assinalam que “O
ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, o ex-presidente do Instituto
11. Uma listagem não exaustiva dessas ações encontra-se no Apêndice, agru-
padas em quatro grandes dimensões, ressalvados seus entrecruzamentos:
formação inicial; formação continuada; ações de formação docente; acesso
ao ensino superior. Desse total, em torno de 11 foram executadas antes do
período de Fernando Haddad no Ministério da Educação (MEC), das quais
oito já existiam, algumas do governo FHC, outras anteriores, como é o caso
do Programa de Concessão e Manutenção de Bolsas de Pós-Graduação no
País, de 1951. Nos quase sete anos de seu ministério, Haddad demonstrou
grande capacidade gerencial e política sendo, talvez, difícil encontrar inicia-
tivas do MEC não nomeadas por ele e sua equipe. Em 2006, 2007 e 2008,
mais de trinta propostas foram instaladas. A listagem exibe a pulverização
da política educacional e concomitante focalização nos temas “candentes”
que a conjuntura apresentava.
12. A política de editais, ademais de intermitente, não raro atendeu a interesses
de grupos de pressão que lograram transformar em política pública deman-
das específicas. A abertura de editais para financiamento de temas em alta
configurou-se numa potente forma de cooptação de segmentos intelectuais
radicados nas universidades, públicas especialmente. Nas palavras do go-
verno: “A Capes não executa diretamente as ações de formação: são as uni-
versidades, os institutos e instituições formadoras credenciadas pelo MEC
forma de regime ditatorial nos anos de 1960 (aliás, como para grande parte
dos países da periferia do capitalismo).
15. Antes, na década de 1970, havia aportado na região, no Chile, tendo servido
de “balão de ensaio”. Sua difusão em outros países ocorreria a partir da
década de 1990.
16. A Unesco afirma que “Mesmo atuando em uma variedade distinta de cam-
pos, a missão central da Unesco é a construção da paz [...]. Para atingir
tal objetivo, a Unesco trabalha cooperando com os governos em seus três
níveis, com o Poder Legislativo e a sociedade civil, construindo uma rede de
parcerias, mobilizando a sociedade, aumentando a conscientização e edu-
cando para a Cultura de Paz. Exemplo disso é o Programa Abrindo Espaços
– desenvolvido em diversos estados e municípios do Brasil e, mais recen-
temente, em parceria também com o Governo Federal –, uma estratégia de
abertura das escolas públicas nos finais de semana, com atividades de arte,
esporte, cultura, lazer e cidadania, que se caracteriza como um eficiente
programa de inclusão social com forte componente de educação, promoção
da cultura de paz e redução da violência” (Diskin e Roizman 2002).
17. A Lei do Piso, nº 11.738, de 16 de julho de 2008 (Brasil 2008), previu prazo
para implementação, como se vê no Art. 6º: “A União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios deverão elaborar ou adequar seus Planos de Carrei-
ra e Remuneração do Magistério até 31 de dezembro de 2009, tendo em vis-
ta o cumprimento do piso salarial profissional nacional para os profissionais
do magistério público da educação básica, conforme disposto no parágrafo
único do art. 206 da Constituição Federal.” Porém, até hoje não logrou ser
implementada na maioria dos Estados e Municípios brasileiros.
39
Fonte: Brasil, INEP (2003, 2007, 2011, 2015, 2017).
Nota: Elaboração própria. Nota específica: ∆ significa variação.
Gráfico 2 – Frequência de matrículas em cursos de licenciatura
por modalidade de ensino – 2003/2017 – Brasil
Fonte: Brasil, INEP (2003, 2007, 2011, 2015, 2017). [Nota: Elaboração própria]
CURSO N % % Acumulada
Formação de professor de matemática 8688 19 19,3
Formação de professor de química 8365 19 37,8
Formação de professor de biologia 6956 15 53,3
Formação de professor de física 5594 12 65,7
Formação de professor de computação (informática) 2979 6,6 72,3
Formação de professor de língua/literatura vernácula (português) 2696 6 78,3
Formação de professor de geografia 1866 4,1 82,4
Formação de professor de educação física 1553 3,4 85,9
Pedagogia 1443 3,2 89,1
Formação de professor de língua/literatura estrangeira moderna 834 1,9 90,9
43
Formação de professor de artes visuais 359 0,8 96,2
Formação de professor de teatro (artes cênicas) 354 0,8 97
Formação de professor de dança 272 0,6 97,6
Formação de professor de sociologia 206 0,5 98
Formação de professor de língua/literatura vernácula e língua estrangeira moderna 198 0,4 98,5
Formação de professor das séries iniciais do ensino fundamental 194 0,4 98,9
Licenciatura para a educação profissional e tecnológica 193 0,4 99,3
Formação de professor de história 186 0,4 99,7
Licenciatura Intercultural Indígena 120 0,3 100
Total 45056 100 100
21. Com base nos microdados do INEP, em 2017 tínhamos um quadro educati-
vo cruel. De cada 100 brasileiros, quatro frequentavam o Ensino Superior.
Destes quatro, três frequentavam IES privadas; um frequentava universida-
de pública; um cursava a modalidade EaD e três a modalidade presencial.
De cada 100 brasileiros com mais de 25 anos, sete eram analfabetos; 34 não
terminaram o Ensino Fundamental; 27 completaram o Ensino Médio e 16
completaram o Ensino Superior. Não temos de que nos orgulhar.
Referências
Introdução
Fonte: Brasil, INEP (2003, 2007, 2011, 2015). [Nota: Elaboração própria]
Fonte: Brasil, INEP (2003, 2007, 2011, 2015). [Nota: Elaboração própria]
Tabela 2 – Número de matrículas de licenciaturas em Universidades por categoria administrativa e modalidade de ensino –
2003/2015 – Brasil
N % N % N % N %
Privada sem fins lucrativos 53438 9,56 183664 27,2 224879 26,1 192431 20,2
Fonte: Brasil, INEP (2003, 2007, 2011, 2015). [Nota: Elaboração própria]
67
Na Tabela 2, anteriormente, percebemos que, entre 2003
e 2015, as matrículas na EaD nas universidades cresceram: nas
particulares, foram de 1,18% para 23,02%; nas privadas sem fins
lucrativos, de 0,37% para 10,50%. Sua contraface, redução de
23,22% para 3,2% das matrículas presenciais nas particulares, é
visível e assustadora, posto que mostra a tendência de abandono
da modalidade presencial na qualificação docente.6 Uma outra
tendência é perceptível: as matrículas presenciais privadas, em
2015, estavam concentradas em Faculdades; no caso da EaD em
universidades e centros universitários particulares. Corrobora essa
tendência o fato de que, entre 2007 e 2015, as universidades privadas
passaram de 87 para 88; os Centros de 116 para 140; as Faculdades
de 1.829 para 1.866 (Brasil 2017). Veremos oportunamente que não
é no número de IES, nem no de cursos, que o fenômeno da explosão
de matrículas nas licenciaturas e na EaD pode ser adequadamente
compreendido.
Conquanto em 2015 o percentual geral de matrículas
na modalidade EaD estivesse em 38,36%, restando 61,64% de
presenciais, eles não escondem um fato estarrecedor: em 2003,
último ano do segundo Governo FHC, a EaD somava 5,91% das
matrículas. Em 2007, último ano do primeiro governo Lula, os
microdados elucidam a nova tendência: as matrículas em EaD
saltaram de menos de 6% para 23,13% (Tabela 1).
O fato de que a formação esteja majoritariamente presente
nas Universidades e Centros Universitários poderia corroborar o
senso comum corrente de que nestas IES, públicas ou privadas,
a formação de boa qualidade estaria assegurada em razão de que
nelas, supostamente, se produziria ciência, pesquisa por um quadro
docente credenciado, além da extensão. Porém, as armadilhas
Fonte: Brasil, INEP (2003, 2007, 2011, 2015). [Nota: Elaboração própria]
N % N % N % N %
Pública EaD 25.972 4,0% 1.657 1,0% 2.671 7,6% 2.000 8,2%
Total privadas EaD 315.915 48,4% 39.759 23,7% 1.356 0,8% 1.024 0,6%
Particular EaD 230.204 35,3% 36.660 21,9% 314 0,9% 189 0,8%
Privada sem fins lucrativos EaD 85.711 13,1% 3.099 1,8% 1.042 3,0% 835 3,4%
Fonte: Brasil, INEP (2003, 2007, 2011, 2015). [Nota: Elaboração própria]
Fonte: Brasil, INEP (2003, 2007, 2011, 2015). [Nota: Elaboração própria]
Fonte: Brasil, INEP (2003, 2007, 2011, 2015). [Nota: Elaboração própria]
18. Não se trata de ignorar que nem sempre a pesquisa e a extensão nas univer-
sidades públicas podem ser consideradas 100% de interesse social geral. É
corrente o debate entre universitários acerca do aprisionamento da pesquisa
acadêmica por empresas ou por editais estatais com interesses dirigidos.
De outro lado, a extensão, não raro, toma a forma de venda de serviços. A
Universidade pública torna-se “plataforma de lançamento” e legitimação de
credenciais flexionadas às demandas do capital.
19. De acordo com Montaño (2015, pp. 29), “Esse é o grande papel ideológico
e mistificador da nova nomenclatura: converter o projeto que responde aos
interesses da fração de classe dominante em um projeto aceito por todos, ao
entoarem os ‘cânticos das Sereias’”.
UF N N % N % N % N % N % N %
MG 104188 17080 16,4 7758 7,4 39256 37,7 5247 5 32194 30,9 2653 2,5
PR 58197 23127 39,7 3251 5,6 18883 32,4 6575 11,3 6361 10,9 - -
TOTAL 870750 372766 42,8 36985 4,2 228815 26,3 11845 1,4 217686 25 2653 0,3
85
Tabela 6 – Frequência e percentual de matrículas em licenciaturas por Unidade da Federação – 2015 – Brasil
UF N N % N % N % N % N % N %
RO 18891 4221 22,3 311 1,6 2036 19,2 8716 46,1 1343 7,1 2264 12
AC 11322 5448 48,1 193 1,7 1076 2,7 3286 29 51 0,5 1268 11,2
AM 44301 25410 57,4 498 1,1 7829 12,3 2642 6 6315 14,3 1607 3,6
RR 8664 3933 45,4 1013 11,7 613 0 1410 16,3 295 3,4 1400 16,2
PA 69400 31083 44,8 634 0,9 4838 21,5 21009 30,3 3176 4,6 8660 12,5
AP 14418 6970 48,3 223 1,5 3411 10,1 1469 10,2 438 3 1907 13,2
TO 16520 8214 49,7 3290 19,9 1128 10,1 2852 17,3 492 3 544 3,3
MA 39105 24043 61,5 3340 8,5 6197 14,6 4503 11,5 839 2,1 183 0,5
PI 36664 21918 59,8 9924 27,1 2324 2,8 854 2,3 1364 3,7 280 0,8
CE 48495 33814 69,7 4134 8,5 4784 1,9 2700 5,6 2009 4,1 1054 2,2
RN 20213 13242 65,5 2477 12,3 1826 9,8 1576 7,8 982 4,9 110 0,5
PE 46923 27899 59,5 3143 6,7 4513 15,5 5066 10,8 5328 11,4 974 2,1
AL 24328 13300 54,7 2938 12,1 907 32,1 5006 20,6 1541 6,3 636 2,6
SE 19396 7565 39 3419 17,6 3914 39,9 4110 21,2 338 1,7 50 0,3
BA 89155 35444 39,8 7418 8,3 11096 16,8 28418 31,9 4006 4,5 2773 3,1
MG 120917 33281 27,5 6284 5,2 7986 37,7 41536 34,4 18925 15,7 12905 10,7
ES 37119 5862 15,8 2217 6 7280 40,5 8672 23,4 6076 16,4 7012 18,9
RJ 101116 31580 31,2 11116 11 12071 17,3 17234 17 27376 27,1 1739 1,7
SP 310910 31411 10,1 3605 1,2 68761 53,5 62913 20,2 87759 28,2 56461 18,2
PR 94866 30165 31,8 5560 5,9 10080 32,4 32949 34,7 9876 10,4 6236 6,6
SC 62057 10372 16,7 3413 5,5 2458 10,7 35254 56,8 7072 11,4 3488 5,6
RS 74146 18251 24,6 3837 5,2 1691 4,3 23345 31,5 22687 30,6 4335 5,8
MS 28610 9730 34 1332 4,7 1941 34,2 8343 29,2 4362 15,2 2902 10,1
MT 27491 10265 37,3 1203 4,4 2911 36,2 8313 30,2 2591 9,4 2208 8
GO 43791 17772 40,6 833 1,9 5206 16,6 11557 26,4 5652 12,9 2771 6,3
DF 30110 6701 22,3 32 0,1 8220 53,9 5198 17,3 7864 26,1 2095 7
87
A tabela 6 indica que o percentual de matrículas EaD em
licenciatura, no ano de 2015, correspondeu, em Santa Catarina,
a 67,9%, Roraima 59,8%, Minas Gerais 50,2%, Espírito Santo
48,2 e Paraná 47,2%, configurando-se nos estados em que a EaD
abocanhou maior parcela das matrículas de formação docente. A
Amazônia tem o menor percentual, 10,7%.
No que tange às matrículas EaD em IES particulares, somam
35.254 (56,8%) em Santa Catarina e 2.642 (6%) na Amazônia. A
hipótese propalada de que a expansão da EaD democratizaria o
acesso à formação nas regiões mais necessitadas ou nos lugares mais
distantes cai por terra. Em Santa Catarina, a Uniasselvi dominou
52,2% (22.003) do mercado de matrículas EaD em licenciatura,
ou seja, mais de um terço da formação de professores no estado se
encontra nessa situação.
20. Uma dessas articulações pode ser apreciada na parceria entre a Faculdade
Latino-Americana de Ciências Sociais – FLACSO-Brasil com a Fundação
Ford que criaram o Grupo Estratégico de Análise da Educação Superior
(GEA-ES), um think tank sob coordenação de André Lázaro “com incidên-
cia nos meios político, acadêmico, empresarial e, especialmente, sobre a
mídia”. Segundo o portal, o GEA-ES objetiva “acompanhar, avaliar e inter-
vir nos debates sobre a expansão e democratização da educação superior no
Brasil”. Um de seus grupos de trabalho tematiza “Processos de diversifica-
ção e ampliação da oferta privada no ensino superior brasileiro e dinâmicas
de internacionalização”. Desenvolvem também pesquisa em parceria com a
Fundação Carlos Chagas e oferecem cursos para jornalistas acerca de suas
propostas para o ensino superior no Brasil (Flacso 2019).
21. Private Equity é “a modalidade de fundo de investimento que compra par-
ticipação acionária em empresas. Direcionado para negócios que já funcio-
nam e têm, em geral, boa geração de caixa. Tendem a investir em negócios
mais maduros, como consolidação e reestruturação. Em relação ao tipo de
capital empregado nos fundos de PE, em sua maioria são constituídos em
N % N %
Nota: *O Grupo Kroton adquiriu essas mantenedoras após o Censo de 2011. No dia
primeiro de março de 2016 o controle da Sociedade Educacional Leonardo da Vinci passou
para os fundos Carlyle e Vinci Partners (Carlyle 2016).25 Em 2018 25% da empresa foi
vendida para a “gestora americana Neuberger Berman” (Koike 2018).
Tristes conclusões
29. Essa problemática aparece na terceira das Teses sobre Feuerbach, escritas
em 1845: “A teoria materialista de que os homens são produto das circuns-
tâncias e da educação e de que, portanto, homens modificados são produto
de circunstâncias diferentes e de educação modificada esquece que as cir-
cunstâncias são modificadas precisamente pelos homens e que o próprio
educador precisa ser educado. Leva, pois, forçosamente, à divisão da so-
ciedade em duas partes, uma das quais se sobrepõe à sociedade (como, por
exemplo, em Robert Owen). A coincidência da modificação das circunstân-
cias e da atividade humana só pode ser apreendida e racionalmente com-
preendida como prática transformadora”.
30. Nos primeiros 100 dias do governo Bolsonaro, o então Ministro da Edu-
cação, Vélez Rodríguez, declarou em entrevista à Veja que a Universidade
era para uma “elite intelectual”, ademais de estarem fadadas a caírem num
buraco sem fundo, a se evitar com a cobrança de matrículas, seguindo orien-
tação do Banco Mundial, e uma lei de responsabilidade fiscal para reitores.
Propunha ainda que se acabasse com as eleições diretas para reitor, pois
o deixavam refém dos sindicalistas organizados no “monstrengo” chama-
do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior
(ANDES-SN) (Castro e Vieira 2019, pp. 5). O Ministro não permaneceu
no cargo; em 8 de abril de 2019 novo nome foi anunciado, o do economista
Abraham Weintraub que não ficou devendo nada ao anterior: “Em Israel, o
Jair Bolsonaro tem um monte de parcerias para trazer tecnologia aqui para o
Brasil. Em vez de as universidades do Nordeste ficarem aí fazendo sociolo-
gia, fazendo filosofia no agreste, [devem] fazer agronomia, em parceria com
Israel. Acabar com esse ódio de Israel” (Souza 2019).
31. Citamos, à guisa de ilustração, o Unigranrio (Carioca Shopping, RJ), a Uni-
versidade Estácio de Sá (Pátio Norte Shopping, São José de Ribamar/MA),
Universidade Brasil (Shopping Fernandópolis, Fernandópolis/SP), Uni-
Sant’Anna (Shopping Aricanduva, SP/SP), UNOPAR (Shopping Boulevard,
Londrina/PR). Trata-se de um desses episódios de rara franqueza por parte
da burguesia, afinal, nada poderia ser mais revelador sobre a forma como a
educação superior é considerada por essas “empresas educacionais” do que
vendê-las em espaços como os Shoppings, que encarnam o próprio modo de
vida neoliberal.
Introdução
1. Virgínia Fontes (2019, grifos da autora) faz um cristalino raio X de seu pro-
jeto político: “Seu programa é resumido e brutal, com o aprofundamento das
privatizações de empresas públicas, o favorecimento de capitais estrangei-
ros e brasileiros; [...] a redução da previdência pública e sua substituição por
capitalização [...]; a gestão privada direta de políticas públicas universais
[...]; a redução de impostos; a desvinculação e desindexação das receitas e
gastos da União [...]; o aprofundamento da redução de direitos dos trabalha-
dores [...] e aumento da competição bancária [...]. [...] A atuação de Gue-
des (Ministro da Economia) fortalece o já tradicional peso da participação
direta empresarial em todos os ministérios e áreas estratégicas do Estado
(não reduzido pelos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff). Ainda não é
claro quais setores empresariais detêm as melhores posições neste governo,
embora os atuais ganhadores pareçam manter suas posições – agronegócio,
bancos e especuladores, mega-proprietários brasileiros (associados ou não
a estrangeiros) e, last but not least, mega-capitais estrangeiros sob intensa
adulação. A promessa de fartos ingressos de capitais estrangeiros, de manei-
ra surpreendente, vem acalmando os setores de capitais brasileiros médios e
grandes, que foram os principais mobilizadores do impeachment de Dilma e
da própria campanha de Bolsonaro”.
A concentração de matrículas
Fonte: Brasil, INEP (2003, 2007, 2011, 2015, 2017). [Nota: Elaboração própria]
Instituto Superior
Instituto Federal
Universidade
Faculdades
TOTAL
Privada sem
129.803 4.082 49.032 4.769 - 217.686
2003
fins lucrativos
Privada sem
109.880 48.073 40.040 - - 197.993
2007
fins lucrativos
Privada sem
113.928 3.002 109.944 - - 276.874
2011
fins lucrativos
Privada sem
92.249 45.168 91.898 - - 229.315
fins lucrativos
2015
Fonte: Brasil, INEP (2003, 2007, 2011, 2015). [Nota: Elaboração própria]
Centro Universitário
Instituto Superior
Instituto Federal
Universidade
Faculdades
TOTAL
fins lucrativos
Particular 6.575 2.463 1.974 - 833 11.845
Total 45.646 2.463 1.974 567 833 51.483
Pública 54.370 301 - - - 54.671
Privada sem
73.784 17.629 697 - - 92.110
2007
fins lucrativos
Particular 56.671 6.343 35.687 - - 98.701
Total 184.825 24.273 36.384 - - 245.482
Pública 99.482 - - - 4.371 103.853
Privada sem
110.951 19.745 12.820 - - 143.516
2011
fins lucrativos
Particular 76.896 52.489 51.523 - - 180.908
Total 287.329 72.234 64.343 - 4.371 428.277
Pública 80.024 - - - 5.189 85.213
Privada sem
100.182 22.751 3.167 - - 126.100
fins lucrativos
2015
Fonte: Brasil, INEP (2003, 2007, 2011, 2015). [Nota: Elaboração própria]
Fonte: Brasil, INEP (2003, 2007, 2011, 2015). [Nota: Elaboração própria]
Fonte: Brasil, INEP (1999-2016) e Seki et al. (2017). [Nota: Elaboração própria]
O salto da EaD
[...] algo como uma ‘nova direita’ associativa, com ações voltadas
para a organização de setores das classes dominantes e para a
definição de pautas centrais, setoriais ou do conjunto da classe,
para a atuação parlamentar e governamental. [...] A dimensão
associativa – ou a sociedade civil, expressa em aparelhos
privados de hegemonia, da qual fazem parte também partidos,
sindicatos, mídia, escolas, clubes etc., segundo a conceituação
gramsciana – é espaço no qual se exercita a sociabilidade e onde
se travam as grandes batalhas pela compreensão do mundo, pela
consciência e pelas opções e possibilidades existentes de sua
conservação ou transformação.10
Ano Nome
Fonte: Dados retirados dos sites das respectivas entidades. [Nota: Elaborado por Seki
(2018)]11
11. A tabela foi elaborada por Allan Kenji Seki (2018), com base na pesquisa
de doutorado atualmente em andamento no Programa de Pós-graduação em
Educação da UFSC.
12. O Fórum reúne diversas entidades, tais como sindicatos, associações, fe-
derações e confederações entre as quais destacam-se as entidades que
representam os interesses das grandes mantenedoras do ensino superior
no Brasil, como a Associação Brasileira de Escolas Superiores Católicas
(ABESC), a Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP) e
a Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES).
Fonte: Brasil, INEP (2003, 2007, 2011, 2015, 2017). [Nota: Elaboração própria]
16. Portelinha, Sbardelotto e Borssoi (2017, pp. 1), em pesquisa sobre estágios
remunerados de graduandos em pedagogia no oeste paranaense, questionam
“a legitimação de contratação de estudantes de graduação sem a devida for-
mação para o exercício” efetivo da docência. Aliás, o número de professores
temporários na educação pública brasileira, em 2015, era de quase um mi-
lhão e 29,1% deles não tinha formação para a docência (Seki et al. 2017).
Fonte: Brasil, INEP (2003, 2007, 2011, 2015, 2017). [Nota: Elaboração própria]
Referências
Olinda Evangelista
Allan Kenji Seki
Artur Gomes de Souza
Introdução
2. Segundo a página da escola virtual do IBGE (Brasil 2014), a EaD pode ser
entendida de modos diferentes. “A educação a distância pode se realizar
pelo uso de diferentes meios (correspondência postal ou eletrônica, rádio,
televisão, telefone, fax, computador, Internet etc.), técnicas que possibilitem
a comunicação e abordagens educacionais, e baseia-se tanto na noção de
distância física entre o aluno e o professor, como na flexibilidade do tempo
e na localização do aluno em qualquer espaço. Educação on-line é uma mo-
dalidade de educação a distância realizada via Internet. Tanto pode utilizar a
Internet para distribuir rapidamente as informações como pode fazer uso da
interatividade propiciada pela Internet para concretizar a interação entre as
pessoas” (Mandeli 2014).
A construção do caminho
4. Hobsbawm (2009, pp. 9), ao discutir o “Século Breve”, assinala: “seria pos-
sível dizer que, entre 1945 e o início da década de 1970, a economia mun-
dial sofreu oscilações relativamente pequenas, ao passo que desde 1973 nos
vimos de novo em um período marcado por sacudidas muito fortes: as crises
de 1980-2, 1990-1 e 1997-8”.
5. Para o economista João Sicsú (2014), “O plano Real, lançado em 28 de
fevereiro de 1994, foi um plano influenciado pelas ideias do economista
inglês John Maynard Keynes e pelas experiências hiperinflacionárias euro-
peias (da primeira metade do século XX), mas que contou com uma ques-
tionável administração de economistas brasileiros e com as (des)orientações
do Fundo Monetário Internacional (FMI). Longe de ter sido ‘idealizado por
Fernando Henrique Cardoso’, [...], o plano foi organizado e dirigido exclu-
sivamente pelos economistas do PSDB”.
6. No Plano (Brasil 1993, pp. 59) lê-se: “vem sendo desenvolvido e imple-
mentado o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB),
com a finalidade de aferir a aprendizagem dos alunos e o desempenho das
escolas de primeiro grau e prover informações para avaliação e revisão de
planos e programas de qualificação educacional.” A partir de 1988 (Werle
2011), surge a avaliação em larga escala na Educação Básica por meio do
Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Público (Saep) de 1º grau, no
Paraná e Rio Grande do Norte. Esse piloto contou com a presença do Banco
Mundial. Numa linha de tempo temos: 1992, o INEP assumiu a avaliação;
1995, surgiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb);
1998, criou-se o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem); 2000, Brasil
começa a participar do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes
(Pisa), organizado pela OCDE. Atualmente está em discussão a implemen-
tação de uma Prova Nacional de Concurso para ingresso na carreira docente.
Aprovada pela Portaria Normativa no 3, de 2 de março de 2011 (Brasil 2011)
e inserida no Plano Nacional de Educação de 2014 (Brasil 2014), encontra-
se ainda em estudo (Brasil 2015).
7. Na perspectiva do capital incidindo diretamente na educação e na formação
docente, citamos o caso da significativa entrada, na Prefeitura Municipal de
Florianópolis (PMF), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O acordo foi firmado em 2014 com o objetivo de expandir e melhorar a Edu-
cação Infantil e Ensino Fundamental do município, constando entre seus
eixos um dedicado à formação docente. Para executar parte substantiva dele
foram contratados o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação
11. Cêa (2017) realiza uma discussão atual e pertinente sobre crises do capital e
parcerias público-privadas em educação.
12. Lima (2006, pp. 6) destaca em meados dos anos 2000: “O que surpreende
é complacência com que lideranças do meio acadêmico têm se referido à
questão: em posição de flagrante subordinação, o ex-ministro da educação
(Cristovam Buarque) considerou salutar o interesse de grupos estrangeiros
investir no mercado educacional brasileiro assegurando que é muito melhor
que o capital seja aplicado na educação do que em outras áreas, como por-
nografia ou jogo. Tanto em palestras proferidas quanto em depoimentos à
imprensa, o ex-ministro Paulo Renato Souza coloca-se como defensor da
internacionalização do mercado educacional. Os argumentos explorados
asseguram que a concorrência contribuirá para movimentos em direção
da elevação da qualidade acadêmica e da gestão universitária.” Cristovam
Buarque foi Ministro no Governo Lula entre 1 de janeiro de 2003 e 27 janei-
ro de 2004; Paulo Renato Souza ocupou o cargo entre 1 de janeiro de 1995
e 1 janeiro de 2003, durante o Governo de Fernando Henrique Cardoso.
foi criada, em Niterói, Rio de Janeiro, a primeira Escola Normal para formar
professores para o então ensino primário. Essa escola oferecia o Curso Nor-
mal que paulatinamente se alastrou pelas Províncias do Império. Nos anos
de 1930, algumas foram elevadas ao nível superior por breve período. (Ta-
nuri 1970) Nos anos de 1970, denominou-se Habilitação Magistério, tendo
voltado à sua denominação original com a LDBEN (Brasil 1996).
14. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/web/guest/microdados. Acesso em:
14/10/2017.
15. O atual Plano Nacional de Educação (PNE) (Brasil 2014) prevê que, até
2020, os professores da Educação Básica deverão ser licenciados, a tendên-
cia de desaparecimento do curso normal em nível médio deverá se agravar.
Não significa que tal formação ocorrerá, pois o previsto na LDBEN de 1996
até hoje não ocorreu.
16. Esta posição fica clara no Decreto Presidencial nº 3.554, de 7 agosto de
2000 (Brasil 2000), artigo 3º, § 2, que dispõe: “A formação em nível supe-
rior de professores para a atuação multidisciplinar, destinada ao magistério
na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, far-se-á,
preferencialmente, em cursos normais superiores”.
20. Para Mancebo, Silva Júnior e Oliveira (2018, pp. 6), o enxugamento das
funções matriciais da Universidade, que supõem a indissociabilidade entre
ensino, pesquisa e extensão, vem ocorrendo na implementação de formas
de ensino superior públicas nas quais o ensino é priorizado. Os autores re-
ferem-se aos “institutos federais de educação, ciência e tecnologia – IFE”.
Não significa afirmar que nos Institutos não ocorra pesquisa, mas que sua
organização institucional é pertinente à lógica do Ensino Superior não uni-
versitário.
23. Não está em nosso escopo, discutir as políticas implementadas pelo Apa-
relho de Estado para a EaD no âmbito da esfera pública. Entretanto, ci-
tamos dois programas exemplares deste período: 1) o Pró-Licenciatura,
para formação de professores a distância, conjugando esforços do MEC,
Secretarias de Educação Básica (SEB), Secretaria de Educação a Distância
(SEED), com participação das Secretarias de Educação Especial (SEESP) e
da Educação Superior (SESU); 2) o Sistema Universidade Aberta do Brasil
(UAB) (Brasil 2006b), foi articulado pelas Secretaria de Educação a Dis-
tância (SEED/MEC) e Diretoria de Educação a Distância (DED/CAPES),
25. Dos anos de 1990 em diante surgiu um arcabouço legal para diluir a sepa-
ração entre as IES públicas e privadas, possibilitando, por exemplo, que em
muitas instituições de ensino municipais públicas sejam cobradas mensali-
dades e taxas sob a forma jurídica das fundações de ensino.
26. “O Fies, criado por Medida Provisória, em 1999, foi institucionalizado pela
Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001 (Brasil 2001), durante o Governo
Fernando Henrique Cardoso, e ampliado durante as gestões do Partido dos
Trabalhadores (2003-2016). Fundo de natureza contábil, destina-se à con-
cessão de financiamentos aos estudantes matriculados em cursos pagos de
ensino superior a serem pagos após a formatura, o que contribui para o endi-
28. A lei assegurou que o Estado fosse destacado para o controle e gestão das
políticas educacionais, liberalizando a oferta de educação privada (Chaves
2010). Esse é o sentido do artigo 7º da referida legislação: “O ensino é livre
à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I - cumprimento das
normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino; II -
autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público;
III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da
Constituição Federal” (Brasil 1996).
29. Especialmente no seu parágrafo 4º do artigo 5º, diz: “§ 4o O investimento
público em educação a que se referem o inciso VI do art. 214 da Constitui-
ção Federal e a meta 20 do Anexo desta Lei engloba os recursos aplicados
na forma do art. 212 da Constituição Federal e do art. 60 do Ato das Disposi-
ções Constitucionais Transitórias, bem como os recursos aplicados nos pro-
gramas de expansão da educação profissional e superior, inclusive na forma
de incentivo e isenção fiscal, as bolsas de estudos concedidas no Brasil e no
exterior, os subsídios concedidos em programas de financiamento estudantil
e o financiamento de creches, pré-escolas e de educação especial na forma
do art. 213 da Constituição Federal” (Brasil 2014).
Tipo de financiamento Presencial EaD Presencial EaD Total Presencial EaD TOTAL
Financiamento IES não reembolsável 1.308 2 67.862 42.063 109.925 69.170 42.065 111.235
173
Gráfico 1 – Comparativo entre as estimativas de renúncias fiscais
e gastos executados com o FIES em comparação com o orçamento
destinado à subfunção Educação Superior Federal na LOA, em
bilhões de reais – 2013-2017
cheon, que lançou as bases de sua política para 2030, reafirmou esta abor-
dagem: Nos comprometemos con una educación de calidad y con la mejora
de los resultados de aprendizaje, para lo cual es necesario fortalecer los
insumos, los procesos y la evaluación de los resultados y los mecanismos
para medir los progresos. Velaremos por que los docentes y los educadores
estén empoderados, sean debidamente contratados, reciban una buena for-
mación, estén cualificados profesionalmente, motivados y apoyados dentro
de sistemas que dispongan de recursos suficientes, que sean eficientes y que
estén dirigidos de manera eficaz. (Unesco 2015, pp. 7). Helen Clark, Ad-
ministradora do PNUD, foi assertiva: “Em nosso mundo, o conhecimento é
poder e a educação empodera.” (Unesco 2015, pp. 13).
Referências
Introdução
1. Os dados foram coletados por Renata Soares da Silva e Rafael dos Santos
Pereira no estágio inicial da pesquisa. A partir do segundo ano, tendo em
vista a formatura da acadêmica e o afastamento do Técnico-administrativo
para doutorado na UFPR, os dados passaram a ser coletados por Carla de
Oliveira Bernardo, Arestides Macamo e Artur Gomes de Souza. Nos dois
últimos anos, a coleta de dados, sua reordenação e a elaboração de tabelas,
gráficos e figuras coube a Artur Gomes de Souza com auxílio de Allan Kenji
Seki. Para a abertura e análises dos microdados utilizamos o programa esta-
tístico IBM SPSS Statistics Subscription Trial for Microsoft Windows 64-bit,
na versão de teste gratuita.
Um caso ilustrativo
5. Davies (2016, pp. 137) alerta que devemos ter cautela quanto a essa distinção,
“pois as instituições que se denominam e são classificadas legalmente como
sem fins lucrativos ocultavam e ocultam seus lucros sob várias formas”.
6. A distinção dos tipos de IES expostas na LDBEN (Brasil 1996) são tidas por
Davies (2017) como frouxas, haja vista que “As filantrópicas são as únicas
com fundamento jurídico definido”.
7. De acordo com o INEP (Brasil 2018), as alterações nos nomes das opções na
forma de coleta dessa variável datam de 2010: “De: 4.‘Particular em sentido
estrito’ para ‘Privada com fins Lucrativos’ 5. ‘Privada Confessional’ para
‘Privada sem fins Lucrativos’. 6. ‘Privada Comunitária’ para ‘Privada sem
fins lucrativos’”.
8. As formas jurídicas das mantenedoras privadas não constam no Censo. Em
2009 eram dispostas em seis: “1. Pessoa Jurídica de Direito Privado - Sem
fins lucrativos - Associação de Utilidade Pública; 2. Pessoa Jurídica de Di-
reito Privado - Sem fins lucrativos – Fundação; 3. Pessoa Jurídica de Direito
Privado - Sem fins lucrativos – Sociedade; 4. Pessoa Jurídica de Direito
Privado - Com fins lucrativos – Associação de Utilidade Pública; 5. Pessoa
Jurídica de Direito Privado – Com fins lucrativos - Sociedade Civil; 6. Pes-
soa Jurídica de Direito Privado – Com fins lucrativos – Sociedade Mercantil
ou Comercial” (Barroso e Fernandes 2007, pp. 51).
11. A Fundação Educacional de Penápolis estava como privada sem fins lucra-
tivos no Censo e no e-MEC como pública municipal de direito privado. Ou-
tras questões são difusas como o caso da mantenedora Guatag – Sociedade
de Assistência Educacional Ltda. que mantém duas IES sem fins lucrativos
sem definição e uma com fins lucrativos. A Fundação Astorga Educação
Para Todos também não tem definição no e-MEC.
N ∆ ∆% N ∆ ∆% N ∆ ∆%
2007 43590 -4886 -10% 57150 42652 294% 100740 37766 60%
2015 40722 -2868 -7% 19550 -37600 -66% 60272 -40468 -40%
Formação de professor das séries iniciais do ensino fundamental 11374 9.168 103 - - -
201
Formação de professor de artes (educação artística) 6330 - 2042 - 2024 -
203
Formação de professor de zootecnia - 128
Administração educacional - - 68 23 - -
Educação infantil - 77
Educação especial - 16
205
Formação de professor de artes (educação artística) 4510 - 3309 884 1979 -
Formação de professor de filosofia 2508 102 2158 824 3246 1114
207
Educação infantil - - - - 63 -
Formação de professor das séries finais do ensino fundamental 60 - - - - -
Formação de professor de língua/literatura estrangeira moderna 23.129 5.003 5.365 7.411 9.528 10
Formação de professor de artes visuais 5.847 2.105 1.101 2.434 3.625 691
Formação de professor de computação (informática) 5.116 1.979 419 481 696 253
209
Formação de professor de enfermagem 1.435 53 807 - 336
Formação de professor de educação física 32.964 1.657 39.488 36.660 53.800 3.099
211
Formação de professor de física 20.189 2.000 203 189 896 835
Formação de professor de filosofia 9.719 2.484 198 1.904 3.844 1.627
Formação de professor de artes visuais 6.836 730 1.443 5.850 2.729 1.112
Formação de professor de sociologia 10.674 302 220 1.636 965 1.984
Formação de professor de música 8.137 478 473 - 3.512 2.665
Formação de professor de ciências 10.242 795 328 1 80
Formação de professor de computação (informática) 5.876 3.245 155 905 297 517
Formação de professor de teatro (artes cênicas) 4.479 159 275 - 244 -
Formação de professor de artes (educação artística) 759 104 62 - 981 3.229
Referências
Zanardini
223
Preta 4.264 4.863 13.877 22 23.026 4,1
Programa de Formação de Professores em Exercício – Pro- Curso normal médio; quatro séries iniciais; classes de alfabetização ou Educa-
formação (1997; expandido em 2004) (FNDE-SEED/MEC) ção de Jovens e Adultos; redes públicas de ensino; EaD; atividades presenciais
nas férias escolares/sábados; prática pedagógica; tutores.
Programa de Formação Inicial para Professores em Exercí- Formação inicial; parceria com IES; licenciatura EaD; permanência em exer-
cio no Ensino Fundamental e no Ensino Médio – Pró-Licen- cício nos anos finais do ensino fundamental/ensino médio; sistemas públicos
ciatura (2004) de ensino; UaB.
Programa de Apoio à Formação Superior e Licenciaturas In- Licenciaturas; professor indígena; escolas indígenas; anos finais do ensino
terculturais – PROLIND/ Educação Indígena (Edital) (2005) fundamental e ensino médio; ensino, pesquisa e extensão; temas relevantes;
línguas maternas, gestão e sustentabilidade das terras e culturas dos povos
indígenas.
Programa de Formação Inicial para Professores em Exercí- Curso normal médio; EaD; sala de aula; educação infantil; creches e pré-es-
cio na Educação Infantil – PROINFANTIL (2005) colas; rede pública; rede privada comunitária, filantrópica ou confessional;
metodologias e estratégias de intervenção pedagógicas.
Programa de Consolidação das Licenciaturas – Prodocência Inovação; científico; tecnológico; formação professor da educação básica; co-
(Edital) - 2006 operação entre unidades acadêmicas interdisciplinares e intersetoriais; elevar
a qualidade da formação; educação superior-educação básica; superar defici-
ências avaliações licenciatura.
Universidade Aberta do Brasil – UAB (Edital) (2006) Licenciatura; EaD; formação inicial; formação continuada; educação básica;
Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura Formação educadores com ensino médio; escolas do campo; áreas do co-
em Educação no Campo – Procampo (Edital) (2007) nhecimento; alternância tempo/escola-curso e tempo/comunidade-escola do
campo; ingresso e permanência dos profissionais.
Programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais Cursos técnicos; cursos superiores de tecnologia; preferencial EaD; funcio-
da Educação Básica dos Sistemas de Ensino Público – Pro- nários dos sistemas públicos de ensino; formação inicial e continuada dos
funcionário (2007) profissionais da educação básica.
Rede UAB de Educação para a Diversidade (Edital) (2008) Formação; EaD; educadores e gestores da Educação Básica; diversidade; 17
cursos.
Programa de Formação Inicial e Continuada, Presencial e Formação inicial emergencial; presencial; redes públicas de educação básica;
a Distância, de Professores para a Educação Básica – PAR- EaD; Fóruns Estaduais Permanentes de Apoio à Formação Docente.
FOR (Edital) (2009)
225
tura e de Pedagogia.
PROGRAMAS DE FORMAÇÃO CONTINUADA OBJETIVOS
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência Formação inicial; escolas indígenas e do campo; licenciatura Intercultural In-
para a Diversidade – Pibid Diversidade (Edital) (2010) dígena e Educação do Campo; educação básica indígenas, campo, quilombo-
las, extrativistas e ribeirinhas; integração educação superior-educação básica;
diversidade sociocultural e linguística; diálogo intercultural.
Programa de Concessão e Manutenção de Bolsas de Pós- Formação de recursos humanos de alto nível; mestrado, doutorado e pós-dou-
Graduação no País (Edital) (1951-continuação) torado; financiamento das atividades dos cursos de pós-graduação; projetos
de pós-doutorado.
Programa de Cooperação Internacional e Bolsas no Exterior Complementar pós-graduação no país; formação de docentes e pesquisadores
(Edital/acordos de cooperação) (1951-continuação) de alto nível acadêmico.
Rede Nacional de Formação Continuada de Professores de Formação de professores e alunos; educação básica pública. Romper hiato entre
Educação Básica (2004) Educação superior e básica. Articulação de pesquisa, cursos presenciais e EaD.
Programa de Educação Inclusiva: direito à diversidade Formação de gestores e educadores; sistemas educacionais inclusivos, ativi-
(2005) dades presenciais e EaD.
Programa Escolas Bilíngues de Fronteira – PEBF (2005) Escolas de zona de fronteira; educação intercultural; português-espanhol;
argentino-brasileiro; Identidade Regional Bilíngue e Intercultural; cultura de
paz; cooperação interfronteiriça.
Programa de Formação Continuada de Professores das Formação continuada; professor; qualidade de aprendizagem; leitura/escrita e
séries iniciais do Ensino Fundamental – Pró-Letramento matemática; séries iniciais do ensino fundamental; MEC/universidades/ Rede
Observatório da Educação – OBEDUC (Capes; INEP; SECA- IES; programas de pós-graduação; grupos de pesquisa; projetos financiados;
DI) (Edital) (2006) bolsas coordenadores institucionais-estudantes de graduação, mestrado; dou-
torado e professores da rede pública; integração pós-graduação, cursos de
formação de professores e escolas de educação básica.
Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica / For- Rede Federal de Educação Profissional Científica e Tecnológica; titulação do-
mação de Mestres para a Rede Federal de Educação Profis- cente; pós-graduação; pesquisa e inovação; consolidar Institutos Federais de
sional Científica e Tecnológica – PROJETO GESTOR (2006) Educação, Ciência e Tecnologia.
Programa Institucional de Qualificação Docente para a Titular servidores da Rede Federal de Educação Profissional Científica e Tec-
Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecno- nológica; pós-graduação stricto sensu; pesquisa.
lógica – PIQDTEC (2006)
Educação em Agroecologia e Sistemas Orgânicos de Produ- Pesquisa; agroecologia; sistemas orgânicos de produção; formar professores
ção (Edital) (2006) e alunos de nível médio/superior em ciências agrárias; conhecimentos, tec-
nologias e materiais didáticos para comunidade escolar; parcerias; núcleos
de estudo em agroecologia na Rede Federal de Educação Profissional e Tec-
nológica.
Programa Escola de Altos Estudos - 2006 Professores e pesquisadores estrangeiros; cursos monográficos; fortalecer, am-
pliar e qualificar pós-graduação brasileira.
Formação pela Escola – FPE (2006) Formação continuada; EaD; execução, monitoramento, avaliação, prestação
de contas e controle social dos programas e ações educacionais financiados
pelo FNDE; professor.
Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnolo- Inclusão digital; professores, gestores; educação básica pública; comunida-
gia Educacional – Proinfo Integrado (Adesão direta) (2007) de escolar; qualificar processos de ensino e de aprendizagem; competências,
habilidades e conhecimentos; Portal do Professor: TV Escola; DVD Escola;
227
Domínio Público; Banco Internacional de Objetos Educacionais; EaD.
Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola – PP- Rede Federal de Educação Profissional Científica e Tecnológica; titular pro-
GEA (2007) fessores; pós-graduação; pesquisa e inovação; consolidação dos Institutos
Federais.
Programa de Formação Continuada de Professores na Edu- Formar professores da rede pública; atendimento educacional especializado;
cação Especial (Edital; Plano de Ações Articuladas; UAB) salas de recursos multifuncionais; ensino regular; inclusão; EaD; UAB; insti-
(2007) tuições públicas de educação superior.
Política de Formação em Educação de Jovens e Adultos Ampliar, diversificar e melhorar formação continuada; professores das redes
(FNDE/IES) (2007) de ensino públicas.
Programa Escola Ativa – Educação no Campo (Edital; PAR) Melhorar desempenho em classes multisseriadas do campo; apoiar sistemas
(1997/reformulado 2007) estaduais-municipais; recursos pedagógicos e de gestão; propostas pedagógi-
cas e metodologias; formação continuada presencial e em alternância; espe-
cificidades do campo; publicar, adquirir e distribuir materiais pedagógicos.
Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Formação continuada em serviço; semipresencial; EaD; gestores de escolas
Pública (2009) públicas estaduais e municipais; motivar e envolver comunidade escolar; li-
dar com a diversidade; planejar e inovar em métodos; novas ideias.
Plataforma Paulo Freire (2009?) Acesso ao Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica;
licenciatura; rede de instituições públicas de ensino superior; Capes.
Programa Mídia e Educação (2009) EaD; formação continuada; uso pedagógico das TICs: TV e vídeo; informática;
rádio e impresso para os professores da educação básica.
Residência Docente no Colégio Pedro II e no Colégio de Projeto-piloto; formação do professor da educação básica com até três anos
Aplicação da UFMG (2012) de formado; formação continuada; excelência; desenvolvimento profissional;
qualidade da Educação Básica; certificado de especialização.
Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio Formação continuada de professores; coordenadores pedagógicos; ensino
(2013) médio público; rural e urbano; presencial, na escola; articulado ao Ensino
Médio Inovador.
Escola da Terra (2013) Formação continuada; escolas do campo; comunidades quilombolas; recur-
sos didáticos e pedagógicos, presencial e alternância.
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC Professor; alfabetização; turmas multisseriadas e multietapa; materiais; refe-
(2013) rências curriculares e pedagógicas; universidades públicas; avaliação e acom-
panhamento da aprendizagem; materiais; melhoria da qualidade do ensino.
Programa de Formação Continuada de Professores e Ges- Formação continuada; extensão, aperfeiçoamento e especialização; presen-
tores nas temáticas de Educação em Direitos Humanos e cial, semipresencial; EaD; educação ambiental, direitos da criança e adoles-
Educação Ambiental – NOVO (2014) cente, gênero e diversidade sexual.
Programa de formação dos professores de alunos meda- Aperfeiçoamento de professores de alunos com talento para ciências exatas;
lhistas da Olimpíada de Matemática – OBMEP na escola bolsa Capes; Olimpíada Brasileira de Matemática nas Escolas Públicas; apren-
(IMPA; MCTI; Capes) (2014) dizagem da Matemática; valorização dos educadores.
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Programa de Apoio a Eventos no País – PAEP (Mérito) Eventos científicos no Brasil; formação de professores para a educação básica;
(1951-continuação) auxílio financeiro.
Programa Internacional de Avaliação de Estudantes – PISA Coordenado pela OCDE; avaliação comparada; por áreas do conhecimento;
(1998) ciências; língua materna; matemática; compatibilizado com o IDEB.
Portal de Periódicos (2000-continuação) Planejar, coordenar e executar; informação científica e tecnológica interna-
cional e nacional; assinaturas do conteúdo científico; gratuito.
Rede Nacional de Educação e Ciência: Novos Talentos da Sede na UFRJ; IES; pesquisa; ensino eficiente; metodologias; cursos experi-
Rede Pública (1985) mentais de curta duração; estágios.
Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR I Formação continuada; professores séries iniciais do Ensino Fundamental; qua-
(2001-continuação) lidade do atendimento; escolas públicas; EaD; momentos presenciais.
Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II Professores séries finais Ensino Fundamental; formação continuada semipre-
(2004) sencial; formação Matemática e de Língua Portuguesa; saberes profissionais;
local de trabalho; competência docente e alunos; EaD; autonomia.
Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB (1991-re- Dois processos: a Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) e a Ava-
estruturado 2005) liação Nacional do Rendimento Escolar – Anresc (Prova Brasil); Avaliação
Nacional de Alfabetização (Ana-Provinha Brasil).
Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de Educação Formação dirigentes municipais de educação; equipes técnicas; gestão da
– PRADIME (2006) educação e do sistema municipal; encontros presenciais; curso EaD; Obje-
tivos de Desenvolvimento do Milênio; metas do Marco de Ação de Dacar
(2000) e do PNE (2001-2011).
Programa Pró-Equipamentos (Edital) (2007) Modernizar; ampliar; infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica; Pro-
gramas de Pós-Graduação; uso comum e compartilhado de equipamentos.
Rede Interativa Virtual de Educação – RIVED (2007) Produção de conteúdos pedagógicos digitais; objetos de aprendizagem; me-
lhorar a aprendizagem; educação básica; formação cidadã; capacitações para
produzir e utilizar objetos de aprendizagem; IES; rede pública de ensino.
Programa Ética e Cidadania: Construindo Valores na Escola Formação de professores, estudantes e profissionais; textos específicos, docu-
e na Sociedade (2007) mentos e livros; atividades escolares; cursos; formação de equipes; projetos;
ações na escola e na comunidade.
Programa Saúde na Escola – PSE (Adesão) (2007) Formação integral dos estudantes; promoção, prevenção e atenção à saúde;
vulnerabilidades; crianças e jovens; rede pública de ensino; educação per-
manente; capacitação de profissionais da Educação e da Saúde e de jovens.
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB Aprovação e média de desempenho em língua portuguesa e matemática; cal-
(2007) culado sobre os dados de aprovação escolar no Censo Escolar; médias de
desempenho nas avaliações do Inep, Saeb e Prova Brasil.
Programa Currículo em Movimento (2008) Organização curricular; atualização das DCN; conteúdos; formação básica
Portal do Professor (Acesso aberto/adesão direta) (2008) Formação; armazenamento e circulação de conteúdos educacionais multimí-
dia; links; pesquisa; Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio, Profis-
sional e modalidades; integração do sistema público de educação básica e
profissional; MEC, secretarias estaduais e municipais de educação, escolas,
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gestores, professores e alunos.
Programa Banda Larga nas Escolas (MEC/Anatel) (2008) Universalizar e democratizar acesso à informação; inclusão digital; professores.
Prêmio Professores do Brasil (2008) Professores; ativos na implementação do Plano Nacional de Educação; refle-
xão sobre prática pedagógica; sistematização de experiências educacionais.
TV Escola (2009) Aperfeiçoamento; valorização dos professores; rede pública; enriquecer pro-
cesso de ensino-aprendizagem; melhorar qualidade do ensino.
Banco Internacional de Objetos Educacionais (2009) Portal; assessorar professor: recursos educacionais gratuitos; diversas mídias
e idiomas (áudio, vídeo, animação/simulação, imagem, hipertexto, softwares
educacionais); educação básica; IES; áreas do conhecimento.
Programa um Computador por Aluno (Adesão) (2010) Concatenada com ProInfo; aluno de escolas públicas.
Programa Novos Talentos (Edital) (2010) Projetos bem sucedidos; conhecimento científico; educação básica pública;
capacitar professores e estudantes; aprendizado continuado; socialização;
promoção e integração social; vocações em estudantes de baixa renda; carrei-
ras tecnológicas e científicas; acesso às IES públicas; metodologias, estratégias
e materiais didáticos inovadores; língua materna, ciências; local, regional e
global; pós-graduação, grupos e centros de estudos e pesquisas.
Editais Feiras de Ciências e Mostras Científicas (s.d.) Apoio às Feiras de Ciências e Mostras Científicas; municipal, estadual/distrital
e nacional; popularização da ciência; melhoria dos ensinos fundamental e
médio; jovens talentosos; carreira técnico-científica e docente; majoritaria-
mente alunos de escola pública; meninas-matemática, física, astronomia, ro-
bótica e engenharias; gratuitas; livre acesso; meio ambiente; reciclar.
Materiais didáticos ou de divulgação Publicações didáticas; difusão de conhecimento; resultados de programas que
tenham previsto algum tipo de publicação.
Fundo de Financiamento do Ensino Superior – FIES (1999- Acesso de estudantes ao ensino superior; licenciatura, pedagogia, normal su-
2007 reformulado) perior; cursos superiores de tecnologia.
Programa Universidade para Todos – Prouni (2005) Isenção e incentivos fiscais; IES privadas; bolsas de estudo integrais e parciais
de 50%; cursos de graduação e sequenciais.
Fonte: Elaboração própria com dados garimpados nos sites do MEC (Brasil 2019), CAPES (Brasil 2019a) e FNDE (Brasil 2019b). [Nota: Listagem não exaustiva]
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Referências