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ACESSO CIRURGICO

TORAX
Cirurgia Cardíaca
Prof Marcelo Fernandes de Souza Castro

Thaís Franco – RA 66823


Técnica da Toracotomia

 Incisão da parede torácica que pode ser realizada entre as costelas ou através do esterno.
 É de suma importância a estabilização do paciente com fluido, oxigenação e fármacos.
 Anestesia - deve-se estar atento aos fármacos pré-anestésicos, evitando aqueles que causem depressão
respiratória e bradicardia como opioides e anticolinérgicos respectivamente.
 Intubação - preconiza-se a auscultação dos dois lados do tórax para o correto posicionamento do tubo
endotraqueal, para que não ocorra intubação seletiva, e logo após a indução anestésica esse procedimento deve ser
realizado de forma rápida e eficiente.
 Há necessidade de pressão positiva intermitente e a capnografia auxilia na estimativa do CO2 arterial. Independente do tipo
de técnica, deve-se realizar tricotomia ampla e antissepsia do paciente antes da incisão.
Toracotomia - Cirurgias Cardíacas

 Opção para tratamento de doenças congênitas e adquiridas.


 Lesões do coração e grandes vasos
 Ducto arterioso persistente;
 Estenose de válvula pulmonar;

 Arteriotomia da pulmonar - remoção de filaria


 Colapso cardíaco - massagem direta
 É possível ser realizada de forma fechada ou aberta (acesso a parte interior do coração)
 Abertas – requerem parada da circulação sanguínea por meio da técnica de oclusão de
influxo venoso (OIV), e em procedimentos rápidos pode-se realizar desvio cardiopulmonar
(DCP)
Oclusão do Influxo Venoso (OIV)

 Utilizado para realização de procedimentos que necessitam de abertura cardíaca por


períodos curtos (até 8min), caso esse tempo seja ultrapassado, as chances de
desenvolvimento de fibrilação ventricular aumentam significativamente.
 Vantagens – não são necessários equipamentos especializados e os efeitos
cardiopulmonares, metabólicos e hematológicos são mínimos após a cirurgia.
 Desvantagens – pequeno tempo para a realização da técnica e movimentação cardíaca
durante o procedimento.
OIV

 Colocação de fitas umbilicais na veia cava cranial,


caudal e veia ázigos, evitando nervo frênico.
 Acesso – 5º ou 6º espaço intercostal esquerdo, direito
ou por esternotomia mediana, conforme o
procedimento a ser realizado.
Desvio Cardiopulmonar (DCP)

 Permite a realização da cirurgia cardíaca em campo operatório estático e sem presença de


sangue.
 Circulação extracorpórea para promover suporte fisiológico.
 O sangue é gravitacionalmente drenado do coração e pulmões, para reservatório externo
via canulação venosa, e retorna ao paciente através de canulação arterial.
 Cânula Venosa – desvia o sangue do lado direito do coração e consequentemente dos pulmões, e pode ser
D colocada pelos seguintes métodos, a depender da abordagem cirúrgica.
 Solução de cardioplegia – alta [K], para parar o coração (coração em movimento pode causar embolia
C pulmonar.

P Antes das canulações – terapia anticoagulante com heparina sódica.


Atenta-se a remoção completa de ar


do sistema.

B – método preferencial quando a


abordagem ocorre pelo AD

A – Esta é preferível quando não há acesso


pelo AD.
DCP

 Este sistema é basicamente composto por


reservatório, oxigenador, circuito para troca
de calor e bomba mecânica.
 Desvantagens – custos do equipamento,
possíveis alterações cardiopulmonares,
metabólicas e hematológias.
 Vantagem – permite a realização de cirurgias
mais demoradas
ABORDAGEM TORACICO CRANIAL

A) Decúbito lateral direito com uma toalha.


B) Músculo grande dorsal (linha pontilhada).
C) Músculo serrátil ventral (linha pontilhada) e os
músculos escalenos.
D) Músculos intercostais (linha pontilhada).
E) Afastadores de costelas.
Fonte: Fossum (2014).
A: incisão ampla da pele, na
altura do 4º espaço intercostal;
B: exposição dos músculos
escaleno (seta preta) e serrátil
ventral (seta branca);
C: incisão dos músculos
intercostais para abertura da
cavidade torácica;
D: colocação de compressas
úmidas e do afastador de
Finochietto nas bordas das 4ª e
5ª costelas para melhor
visualização da cavidade
torácica.

Fonte: Dr. Pablo Hall, 2011


ABORDAGEM TORACICO MEDIAL

(A) Incisão, quarto ou quinto espaço intercostal


direito. Músculos grande dorsal e serrátil
ventral (linha pontilhada), escaleno e os
músculos abdominais oblíquos externos.
(B) Incisão nos músculos intercostais.
(C) Exposição das vísceras torácicas. Fonte:

Fossum (2014).

• Decúbito dorsal
• Ampla exposição do mediastino cranial, deve
ser mantidas intactas duas ou três, esternébras
craniais ou caudais para redução de dor no pós
operatório.
• Dreno – antes do fechamento e nunca entre as
esternébras
• Sutura feita ao redor das esternébras com fio
grosso.
• Remover o ar da cavidade para restabelecer a
pressão negativa.
ABORDAGEM TORACICO CAUDAL

(A) Músculos intercostal (linha pontilhada), grande


dorsal, serrátil dorsal cranial e abdominais
externos oblíquos.
(B) Diafragma e outras vísceras torácicas. Fonte:

Fossum (2014).
Acesso e Sutura das Válvulas
Bibliografia

 FOSSUM, T. W. Cirurgia de pequenos animais. 4.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014


 UECHI M. Mitral valve repair in dogs. J Vet Cardiol. 2012;14(1)
 GRIFFITHS LG, ORTON EC, BOON JA. Evaluation of techniques and outcomes of
mitral valve repair in dogs. J Am Vet Med Assoc. 2004;
 ARAI S, GRIFFITHS LG, MAMA K, HACKETT TB, MONNET E, BOON JA, et al.
Bioprosthesis valve replacement in dogs with congenital tricuspid valve dysplasia:
Technique and outcome. J Vet Cardiol. 2011

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