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PERSISTÊNCIA

DO DUCTO ARTERIOSO

Graduandos:
Breno de Britto - 96571
Donaldes Junior - 96473
Gislene Cunha - 96675
Karine Queiroz - 98734
Thais Franco - 66823
PERSISTÊNCIA DO DUCTO ARTERIOSO

Na vida fetal conecta a artéria pulmonar à aorta descendente.

Após o nascimento, ocorre um fechamento funcional do ducto arterioso de


minutos a horas por consequência do aumento da concentração de O2.

PDA clássica: fluxo de sangue da artéria aorta para a pulmonar (esquerda


para direita).

PDA reversa (direita para esquerda).

Mais frequente em raças puras, com mais destaque para Poodle, Maltês, Spitz,
Lulu da Pomerânia, Chihuahua, Labrador Retriever, Pastor alemão e Yorkshire.

Alguns fatores não-genéticos também podem ser considerado, como a gestação


curta, que influencia diretamente na ocorrência da doença.
Circulação normal Ducto arterioso
RELATO DE CASO

Fêmea canina, da raça Spitz Alemão Anão, com 70 dias, pesando


ID 1,150 Kg.

Anamnese ausência de taquipneia, cianose, tosse, síncope.


Figura 1. Demonstração do fluxo turbulento dentro
da artéria pulmonar no ECO

Exame Mucosas PA Tr: 38,3°C,


FR 28 mpm.
clínico normocoradas 120mmHg, TPC <2s,

constatado sopro contínuo do lado esquerdo do


FC 144 bpm,
tórax em foco pulmonar.

presença de fluxo retrógrado, turbulento e contínuo no interior da


ECG artéria pulmonar (Figura 1). Achado compatível com PDA clássico,
com o ducto medindo 0,2 cm (Figura 2)

Tratamento Indicação cirúrgica assim que atingisse um tamanho mínimo para a


abordagem cirúrgica aberta. Figura 2. Mensuração do tamanho do ducto
arterioso persistente.
TRATAMENTO CIRÚRGICO

TERAPIA ANALGÉSICA
1- metadona 0,2mg/kg QID nas primeiras
24 horas,
2- Tramadol 3mg/kg TID por mais 5 dias, 3-
Dipirona 25mg/kg.
4- Ampicilina 22mg/kg de forma profilática
durante a internação
5-amoxicilina com clavulanato 12,5mg/kg
por 10 dias; A figura mostra a ausência de fluxo proveniente de
6 -Meloxicam na dosagem de 0,1 mg/kg PDA, tendo apenas uma insuficiência pulmonar residual
Colocação do afastador de Finochietto pequena.
para possibilitar o acesso ao tórax. SID durante 4 dias.

Foi restituída a pressão


negativa no tórax por meio de
um dreno torácico que foi
acoplado cranialmente a
incisão, permanecendo com
ele durante um dia.

 Ps dopler,
 oximetria,
 eletrocardiograma
 F cardíaca,
 F Respiratória e
Ligadura no ducto arterioso, uma em Fechamento da musculatura com padrão
extremidade aórtica e outra em extremidade simples.  débito urinário, sem
pulmonar. Na seta a fita cardíaca isolando o alterações.
nervo vago esquerdo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

 A persistência do ducto arterioso (PDA) precisa de diagnóstico precoce,

para que o seu fechamento ocorra o quanto antes e seja possível evitar

todas as alterações hemodinâmicas sistêmicas.

 A cirurgia é contraindicada apenas em casos de PDA reverso, porque a

oclusão desse shunt leva ao aumento súbito e acentuado na pressão

arterial pulmonar, portanto, aumento na pós-carga do ventrículo direito e

redução brusca no débito da cavidade direita. O retorno venoso para o

átrio esquerdo nesse caso ficaria drasticamente reduzido, podendo até

levar ao choque cardiogênico.


REFERÊNCIAS

• Tratamento Cirúrgico de persistência do ducto arterioso. Revista Agrária


Acadêmica, Porto Alegre/RS, 10.32406, v4n6, p. (38-48), dezembro, 2021.
• ETTINGER, S. J.; FELDMAN, E. C. Doenças do cão e do gato. In: Tratado de
Medicina Interna Veterinária: doenças do cão e do gato. 5ª ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, v. 1, cap. 110, p. 732-756, 2004.
• JERICÓ, M. M.; KOGIKA, M. M.; ANDRADE NETO, J. P. Tratado de Medicina
Interna de Cães e Gatos. Rio de Janeiro: Grupo Gen-Guanabara Koogan,
2015.
• FOSSUM, T. W. Cirurgia de Pequenos Animais. 4ª ed., Rio de Janeiro:
Elsevier, 2014.

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