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Teste de Progresso NIEPAEM

2º semestre / 2023

INSTRUÇÕES

• Este caderno contém 120 questões de múltipla escolha, numeradas de


1 a 120.

• Cada questão possui 4 alternativas (A, B, C, D), das quais somente uma é
correta.

• Duração da prova: 4 horas e 15 minutos

• Início: 13:30h
Final: 17:45h

28 de setembro de 2023
"Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia".

edudata
CLÍNICA MÉDICA 3. Homem, 52 anos, diabético, hipertenso e com
hipercolesterolemia. Deu entrada no pronto-socorro com dor
1. Homem, 72 anos, com dispneia aos esforços iniciada há 4 precordial intensa em região retroesternal, em aperto, de início
meses, com piora progressiva nas últimas semanas, com súbito e irradiação para membro superior esquerdo, associada a
associação de dispneia paroxística noturna e ortopneia, mal-estar geral e iniciada há 2 horas. Exame físico: FC = 60bpm,
atualmente em classe funcional III. Teve um episódio de síncope PA = 110/70mmHg, FR = 16irpm; sem outras alterações ao exame
há 5 dias, com leve trauma em face, sem pródromos. Exame físico: físico. ECG:
FC = 86bpm, PA = 152/90mmHg. Ictus normoposicionado. Ritmo
cardíaco regular, em 3T (B4), sopro sistólico rude em foco aórtico,
4+/6+, irradiado para fúrcula. Pulsos arteriais parvus e tardus. A
conduta mais adequada é:

(A) Iniciar inibidor da enzima conversora de angiotensina e


bloqueador de canal de cálcio e aguardar ecocardiograma
para quantificação de fração de ejeção.
(B) Aguardar confirmação de gravidade da estenose aórtica por
ecocardiograma e decidir sobre troca valvar.
(C) Aguardar ecocardiograma para confirmação de grau de
insuficiência aórtica e tamanho do ventrículo esquerdo.
(D) Aguardar confirmação de gravidade da estenose aórtica por
ecocardiograma e decidir sobre tratamento clínico.

2. Mulher, 50 anos, dá entrada no PS com queixa de palpitação O diagnóstico é:


há 30 minutos, de início súbito. Relata que, há 2 meses, vem
apresentando palpitações esporádicas em crises que a deixam (A) Infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do
com desconforto inespecífico, com melhora espontânea em alguns segmento-ST em parede inferior.
minutos. É hipertensa. Nunca apresentou síncope, dor torácica ou (B) Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do
dispneia súbita. Exame físico: PA = 166/96mmHg, FC = 110bpm, segmento-ST em parede anterior.
ritmo cardíaco irregular, duas bulhas normofonéticas e sopro
sistólico 2+/6+ em foco mitral, sem irradiação. O ECG de repouso (C) Infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do
é apresentado: segmento-ST em parede anterior.
(D) Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do
segmento-ST em parede inferior.

4. Homem, 65 anos, com quadro súbito de dispneia e dor torácica


há 3 horas, agravada por tosse e respiração profunda, na região
esternal, irradiada para ombro, axila, ombro, membro superior à
direita e dorso. Nega hemoptise, febre e emagrecimento.
Tabagismo até há 5 anos (80 anos/maço). Exame físico: PA =
119/68mmHg, FC = 106bpm, FR = 28irpm, SaO2 em ar ambiente =
85%, cianose de extremidades. Sem deformidades torácica,
aumento do som claro pulmonar difusamente, murmúrio vesicular
reduzido no hemitórax esquerdo e abolido no hemitórax direito.
Sem ruídos adventícios. Espirometria prévia: distúrbio ventilatório
obstrutivo grave, sem resposta ao broncodilatador, com relação
VEF1/CVF = 0,50 (66% do previsto) pós-BD. Os diagnósticos mais
prováveis para a doença crônica e para o quadro recente são,
respectivamente:

A provável causa da palpitação e o tratamento medicamentoso (A) DPOC e pneumotórax


inicial são, respectivamente: (B) Cardiopatia e pneumotórax
(C) DPOC e derrame pleural
(A) Fibrilação atrial; beta-bloqueador (D) Tuberculose e derrame pleural
(B) Taquicardia supraventricular; beta-bloqueador
(C) Fibrilação atrial; amiodarona
(D) Taquicardia supraventricular, provável reentrada nodal;
amiodarona

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5. Mulher, 52 anos, portadora de doença do refluxo 6. Mulher, 25 anos, asmática desde a infância, procurou UPA com
gastroesofágico, com queixa de tosse seca e dispneia há mais de crises de falta de ar, tosse seca e chiado no peito há 2 dias,
5 anos, pior no último ano e atualmente incapacitante para acompanhados de mal-estar e febre baixa. Fez uso de salbutamol
atividades domésticas. Precisa descansar entre um serviço e outro spray, 2 puffs por via inalatória como resgate, com pouca melhora.
para “recuperar o fôlego”. Exame físico: FR = 26 irpm, cianose Em uso regular de formoterol/budesonida. Nega tabagismo. Exame
labial e de extremidades, estertores crepitantes em terço médio e físico: dispneica com fala entrecortada, PA = 120/70mmHg; FC =
bases pulmonares bilateralmente. Radiografia e tomografia de alta 110bpm, FR = 28irpm, SaO2 = 91%, retração de fúrcula e espaços
resolução do tórax: intercostais, murmúrio vesicular diminuído globalmente, sibilos
disseminados. PFE = 180L/min (32% previsto). Gasometria arterial
(ar ambiente): pH = 7,48; PaO2 = 78mmHg; PaCO2 = 30mmHg;
HCO3 = 22mEq/L; SaO2 = 92%. Radiografia de tórax (PA): sinais
de hiperinsuflação pulmonar. O tratamento indicado é:

(A) Aumentar a dose de budesonida para 1600mcg/dia e


introduzir azitromicina.
(B) Beta-2 agonista de curta ação por via inalatória e intubação
orotraqueal.
(C) Aumentar a dose de budesonida para 1600mcg/dia e avaliar
possíveis fatores associados ao não controle da asma.
(D) Beta-2 agonista de curta ação por via inalatória a cada 15-20
minutos na primeira hora e administração simultânea de
corticoide sistêmico por via oral.

7. Mulher, 64 anos, diabética, comparece em UBS para exames


de rotina. Urina I: leucócitos = 62.000/mL, hemácias = 14.000/mL.
Urocultura: Escherichia coli (105UFC/mL). Nega disúria, febre ou
qualquer sintoma urinário. Não possui nenhuma cirurgia agendada
do aparelho urinário. A melhor conduta é:

(A) Cefalexina por 7 dias, sem necessidade de repetir exames.


(B) Expectante sem necessidade de tratamento específico.
(C) Repetir exame de urina e tratar, se mantiver mesmos
achados.
(D) Ciprofloxacino por 7 dias e ultrassonografia urinária.

8. Homem, 50 anos, portador de doença renal crônica estágio IV


A3 por diabetes, comparece em consulta de rotina, assintomático,
em uso de enalapril, dapagliflozina, vildagliptina, clortalidona e
finerenona. Exames laboratoriais: cálcio iônico = 1,1mmoL/L (VR =
1,17 a 1,30); fósforo = 4,5mg/dL (VR = 2,5 a 4,5); paratormônio =
334pg/mL (valores em ascensão, VR = 12 a 88); 25-OH-vitamina
D = 32ng/mL (VR: maior que 20). O diagnóstico do distúrbio mineral
ósseo é:

(A) Hiperparatireoidismo primário por adenoma de paratireoide.


(B) Hiperparatireoidismo secundário à deficiência de vitamina D.
(C) Hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica.
(D) Distúrbio mineral ósseo do tipo doença óssea adinâmica.

O diagnóstico é:
9. Mulher, 55 anos, comparece à UBS para avaliação e
seguimento de obesidade e hipertensão arterial. Faz uso de
(A) Bronquiectasia atenolol. Exame físico: IMC = 33kg/m2, circunferência abdominal =
(B) Fibrose pulmonar idiopática 106cm, PA = 120/80mmHg, sem outras alterações. Exames
(C) Pneumopatia intersticial laboratoriais: glicemia de jejum = 99mg/dL; hemoglobina glicada
A1c = 5,9%; colesterol total = 246mg/dL; colesterol LDL =
(D) Pneumonia viral
155mg/dL; colesterol HDL = 42mg/dL; triglicérides = 245mg/dL.
Neste caso, os critérios diagnósticos para síndrome metabólica
presentes são:

(A) Pressão arterial, circunferência abdominal, triglicérides e


HDL.
(B) IMC, pressão arterial, HDL e triglicérides.
(C) Glicemia de jejum, IMC, triglicérides e LDL.
(D) Circunferência abdominal, pressão arterial, HbA1c e HDL.

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10. Mulher, 25 anos, procura UBS relatando fadiga e turvação 14. Mulher, 30 anos, relata que está assustada consigo mesma,
visual há cerca de duas semanas. Nega tabagismo, etilismo ou uso acha que está enlouquecendo. “Tudo começou com a reforma na
de medicações. Exame físico: bom estado geral, corada, hidratada, casa, era para durar meses e já passou de 1 ano. Quando tenho
eupneica, PA = 110/70mmHg, IMC = 22kg/m2. Glicemia: 324mg/dL. que tomar uma decisão sinto que fico prestes a chorar e entro em
Além das medidas não farmacológicas, a melhor opção de pânico. Sinto o tempo todo o coração saindo pela boca, mas sei
tratamento inicial é: que não tenho doença grave. O cardiologista já me explicou. Não
tenho dores, não estou emagrecendo. Aliás, estou engordando.
(A) Metformina associada a uma sulfonilureia. Tenho comido muito chocolate, muita besteira.”
(B) Insulina NPH ao deitar-se, associada a metformina. Demora muito para iniciar o sono, mas uma vez dormindo, dorme
bem, tem dificuldade de se levantar no dia seguinte e sente-se
(C) Insulina em múltiplas aplicações diárias. cansada. Nega tristeza ou desânimo. Está desatenta, leva mais
(D) Metformina de absorção prolongada isoladamente. tempo para executar as mesmas tarefas que antes fazia com
facilidade no trabalho. O diagnóstico e a conduta são:
11. Homem, 71 anos, apresenta tremor de repouso na mão direita
há 6 meses, que evoluiu para a mão esquerda. Arrasta os pés para (A) Transtorno alimentar; fluoxetina 20mg e aumento gradual da
andar e recentemente teve duas quedas sem ter tropeçado. Tem dose.
ansiedade e transtorno bipolar, em uso de valproato e olanzapina. (B) Transtorno de pânico; sertralina 50mg e psicoterapia
Não apresenta perda de olfato, constipação ou alterações comportamental.
evidentes no sono. Exame físico: tremor de repouso, simétrico, (C) Transtorno de ansiedade generalizada; fluoxetina 50mg.
bradicinesia e rigidez plástica nos quatro membros. A conduta mais
(D) Transtorno de ansiedade generalizada; sertralina 50mg e
adequada é:
psicoterapia.

(A) Iniciar imediatamente levodopa, ou outra droga


antiparkinsoniana. 15. Mulher, 55 anos, queixa-se de dores em ambos os joelhos há
(B) Suspender ou reduzir a dose da olanzapina, ou trocá-la por 3 anos, com piora progressiva. Acorda com os joelhos rígidos, que
clozapina. melhoram após deambular alguns metros. As dores são piores ao
final do dia e após esforços físicos. Melhoram com repouso. Às
(C) Iniciar levodopa e substituir o valproato pela carbamazepina. vezes, nota aumento de volume em joelho direito. Exame físico:
(D) Suspender o uso do valproato e da olanzapina. aumento de temperatura em joelho direito, sem hiperemia. Sinal da
tecla negativo. Sem desvios. Musculatura trófica, com força
preservada em membros superiores e inferiores. Crepitações finas
12. Homem, 43 anos, teve infecção por Sars-Cov2 com boa
à mobilização passiva de ambos os joelhos, sem diminuição de
evolução e resolução do quadro em 8 dias. Após 3 semanas,
amplitude de movimentos. RX de joelhos abaixo:
iniciou dificuldade para caminhar, com piora progressiva levando a
fraqueza nos braços e incapacidade para andar em 4 dias. Não
tinha queixas relativas a micção ou evacuação. Exame físico:
tetraparesia flácida, simétrica e reflexos profundos abolidos. A
melhor conduta inicial é:

(A) Metilprednisolona intravenosa em dose alta por 5 dias.


(B) Imunoglobulina intravenosa em 5 dias.
(C) Prednisona em dose alta por via oral.
(D) Remdesivir intravenoso.

13. Mãe procura UBS com relato de que, há 8 meses, seu filho
de 23 anos começou a ficar isolado, com risos imotivados e a
conversar com a parede. Há uma semana, apresenta
agressividade incontrolável direcionada à família e frases soltas de
ameaças de matar os familiares “antes que os homens os matem”.
Não realiza atividades de higiene e outras atividades básicas de
vida diária. Mãe nega uso de substâncias psicoativas e doenças
prévias. O diagnóstico provável e a conduta adequada são,
respectivamente: O melhor tratamento para o momento é:

(A) Esquizofrenia; internação psiquiátrica. (A) Metotrexato e alongamento.


(B) Transtorno esquizofreniforme; antipsicóticos por via (B) Anti-TNF e repouso relativo.
intramuscular.
(C) Meloxicam e fortalecimento muscular.
(C) Esquizofrenia; haloperidol por via oral.
(D) Colchicina e crioterapia.
(D) Transtorno psicótico breve; diazepam por via oral.

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16. Mulher, 25 anos, refere dor cervical e lombar bilaterais e em 20. Mulher, 58 anos, previamente hígida, comparece a consulta
toda a extensão dos quatro membros há 6 meses, que piora com na UBS. Há seis meses, fraturou o braço esquerdo após sofrer uma
as atividades diárias. Tem cansaço persistente, que não é aliviado queda da própria altura. Refere também dor crônica na coluna,
com o sono. Tomou dipirona e anti-inflamatório não esteroidal, sem apresentando hipercifose postural. O melhor exame de rastreio é:
alívio. Exame físico: ausência de inflamação articular, dor à
palpação de pontos dolorosos musculares – 14/18. Sem outras (A) Dosagem de cálcio sérico
alterações. A fisiopatogenia da dor nesse caso é:
(B) Raio X de coluna dorsal
(C) Raio X do membro superior esquerdo
(A) Inflamação de fibras musculares.
(D) Densitometria óssea
(B) Sensibilização de nociceptores periféricos.
(C) Sensibilização central à dor.
(D) Polineuropatia sensitiva. 21. Mulher, 26 anos, chega à UPA referindo inchaço,
vermelhidão, lacrimejamento e dor no olho esquerdo há dois dias.
Procurou atendimento médico anteriormente, por dermatite de
17. Mulher, 79 anos, procurou a UPA por cefaleia em região contato à maquilagem na mesma região. Exame físico: T = 37,9ºC;
fronto-temporal direita há uma semana. Há um dia relata que teve FC = 103bpm. Eritema, dor, calor e edema ao redor do olho, não
um episódio súbito de perda de visão bilateral, que durou poucos bem delimitado, com discreta hiperemia conjuntival e redução na
minutos, sem outros sintomas associados. Refere também dor em visão. O exame que ajudará a estabelecer o diagnóstico mais
mandíbula quando ingere alimentos que exijam mastigação provável dessa condição é:
prolongada e que cessa ao parar a mastigação. Exame físico: PA =
120/80mmHg, fundo de olho normal e dor à palpação de região (A) Radiografia dos seios da face e órbita.
temporal direita, sem nodulações. Hemograma normal, velocidade
de hemossedimentação = 89mm/h, tomografia de crânio normal. O (B) Dosagem de IgE sérica.
provável diagnóstico é: (C) Ultrassom das órbitas e seios da face.
(D) Tomografia computadorizada da órbita e seios da face.
(A) Poliarterite nodosa
(B) Arterite de células gigantes 22. Homem, 19 anos, com o diagnóstico de dermatite atópica
(C) Arterite de Takayasu desde um ano de idade. Relata piora da coceira, aumento de
(D) Poliangiíte microscópica lesões na face, tronco e extremidades há 30 dias. Neste episódio
foi tratado com esteroides tópicos, inibidores de calcineurina e
cremes formadores de barreira cutânea, com benefício mínimo.
18. Homem, 34 anos, com esclerose lateral amiotrófica, não Exame físico: xerodermia difusa e placas pruriginosas,
deseja ser submetido a intubação orotraqueal (IOT), eritematosas, com vesículas/pústulas e crostas melicéricas nos
traqueostomia, sonda nasoenteral ou gastrostomia, quando a membros superiores e inferiores. Deve-se prescrever:
doença evoluir. Em conjunto com a equipe que o assistia, as
diretivas antecipadas de vontade foram escritas no prontuário do (A) Aciclovir
paciente e foi feito um relatório para que o paciente pudesse
apresentar caso houvesse piora e fosse atendido em outra (B) Cefalexina
instituição. O paciente apresentou piora acentuada da doença após (C) Cetoconazol
6 meses, com dispneia intensa e a família solicitou que se (D) Anti-inflamatórios não hormonais
procedesse à IOT. Nesse caso, a melhor conduta é:

(A) Como há divergência de decisões, levar o caso ao comitê de


ética do hospital.
(B) Atender ao desejo da família e realizar a IOT.
(C) Proceder à IOT, por estar em risco iminente de morte.
(D) Respeitar a decisão do paciente e sedá-lo.

19. Homem, 70 anos, vem à consulta na UBS por dor em coluna


lombar há 4 meses, contínua, que piora com a movimentação do
tronco. A esposa relata que o paciente tem apresentado períodos
de alteração do comportamento, alternados com períodos de
normalidade há 3 dias. Relata que, neste período, ele não fixa a
atenção em conversa. Tem história de hipertensão arterial (usa
hidroclorotiazida 12,5mg/dia) e redução da função renal nos
últimos 4 meses. PA = 130/80mmHg, FC = 86bpm, FR = 16irpm,
descorado 3+/4+. A alteração laboratorial que melhor explica a
mudança comportamental neste paciente é:

(A) Hipercalcemia
(B) Deficiência de vitamina B12
(C) Hiponatremia
(D) Acidose metabólica

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23. Homem, 27 anos, procura a UPA queixando-se, há quatro 24. Mulher, 54 anos, vem encaminhada ao hospital terciário por
dias, de manchas na pele que iniciaram no tronco, membros e face, queixa de febre de início há dois dias. Exame físico: taquicárdica,
e erosões nos lábios. Relata uso de captopril há 40 dias, por hipertensa, T = 38,8ºC, com rigidez de nuca presente, sem
hipertensão arterial. Nega uso de outros medicamentos. Exame resposta verbal e hemiplégica à direita. Tomografia de crânio:
físico: T = 37,6ºC e lesões mostradas nas imagens abaixo. Nikolsky sinusopatia e mastoidopatia bilateral, sem outras alterações. Foi
negativo, Asboe Hansen negativo. realizada punção lombar para coleta de líquor, cuja análise foi a
seguinte:

A conduta é:

(A) Ceftriaxona e vancomicina, isoladamente.


(B) Penicilina cristalina associada a corticoide.
(C) Ceftriaxona e vancomicina, associadas a corticoide.
(D) Penicilina cristalina isoladamente.

25. Homem, 40 anos, há três dias com febre alta de início súbito
(38,5ºC), associada a mal-estar geral, mialgia, dor retrocular, dor
abdominal difusa e náuseas, sem vômitos. Comparece à UPA para
avaliação, pois vários vizinhos estão com dengue. Exame físico:
regular estado geral, PA = 120/80mmHg, prova do laço negativa,
sem outras alterações. A confirmação laboratorial de dengue neste
momento é feita com:

(A) NS1 ou isolamento viral


(B) ELISA-IgM para dengue
O diagnóstico mais provável é: (C) ELISA-IgG para dengue
(D) Hemograma com plaquetas
(A) Pênfigo vulgar
(B) Herpes simples
26. Mulher, 39 anos, relata que durante a pandemia engordou
(C) Eritema polimorfo 10kg, devido ao sedentarismo forçado e à ansiedade. Refere
(D) Síndrome de Stevens Johnson sensação de plenitude pós-prandial prolongada por mais de 3
horas e dor em queimação retroesternal. Nos últimos 4 meses, tem
acordado com sensação de engasgo, regurgitação de sabor
acético e tosse seca e em quintas. Nos últimos 2 meses, vem
notando que, às vezes, tem odinofagia (8/10), que vai melhorando
lentamente após alguns goles d’água. O diagnóstico sindrômico e
o anatômico, respectivamente, são:

(A) Doença do refluxo gastroesofágico e esofagite.


(B) Esofagite erosiva e estenose péptica do esôfago distal.
(C) Disfagia esofágica e neoplasia do esôfago.
(D) Disfagia esofágica e anel esofágico do terço distal.

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27. Homem, 54 anos, apresenta “inchaço nos pés” e aumento do 31. Homem, 62 anos, internado na UTI, apresentou choque
volume abdominal há seis meses. Há 4 dias teve náuseas, com um séptico e aumento da concentração de creatinina sérica de
episódio de hematêmese, e há 3 dias está eliminando fezes pretas 1,0mg/dL para 2,4mg/dL e anúria nas últimas 12 horas. A principal
e muito fétidas. Faz uso abusivo de bebidas alcoólicas diariamente. estrutura renal responsável por este quadro está presente na
Exame físico: palidez cutaneomucosa 2+/4+; telangiectasias na imagem histológica e corresponde a:
parede anterior do tórax; eritema palmar; PA = 100/60mmHg; FR =
20irpm; FC = 110bpm. Abdome levemente globoso, macicez móvel
presente. Fígado não palpável. Para confirmar os diagnósticos
funcional e anatômico dessa síndrome, a sequência de exames
complementares mais apropriada é:

(A) Tempo de protrombina e bilirrubinas.


(B) Enzimas hepáticas e endoscopia digestiva alta.
(C) Hemograma e endoscopia digestiva alta.
(D) Enzimas hepáticas e biópsia hepática.

28. Homem, 25 anos, previamente hígido, refere nódulo em


região cervical direita com crescimento progressivo e perda
ponderal de 8kg nos últimos 6 meses. Recentemente, notou
sudorese noturna e um pico febril (38ºC) diário. Exame físico:
linfonodo em região cervical direita de 6cm de diâmetro, indolor,
consistência fibroelástica, sem sinais flogísticos. Exames
laboratoriais: hemoglobina = 11g/dL; VCM = 78fL; leucócitos =
10.003/uL, neutrófilos segmentados 80%, linfócitos 20%;
plaquetas = 240.000/uL; VDRL negativo; sorologias negativas para
citomegalovírus, hepatites e vírus da imunodeficiência adquirida. A (A) Glomérulo renal
melhor conduta para definição do diagnóstico mais provável é: (B) Túbulo renal
(C) Mácula densa
(A) Imunofenotipagem da medula óssea (D) Célula justaglomerular
(B) Biópsia de medula óssea
(C) Imunofenotipagem do sangue periférico
32. Homem, 30 anos, sobrevivente de um desabamento de
(D) Biópsia excisional do linfonodo cervical prédio, foi trazido à UPA. Exame físico: escoriações generalizadas
e lesões musculares extensas. Dentre os achados bioquímicos,
29. Mulher, 45 anos, apresenta letargia e confusão mental há 5 verificou-se nível aumentado de lactato sérico. Do ponto de vista
dias, associadas a surgimento de petéquias difusas em membros molecular, a justificativa para o aumento do lactato é:
inferiores. Exame físico: mau estado geral, torporosa, afebril,
descorada 3+/4+, ictérica 1+/4+, FC = 99bpm, FR = 24irpm, sem (A) Aumento da atividade do ciclo do ácido cítrico
sinais meníngeos, petéquias e edema 2+/4+ em membros (B) Excesso de NAD+
inferiores até raiz das coxas. Exames laboratoriais: Hb = 6,8g/dL; (C) Redução da atividade da piruvato quinase
leucócitos = 6.300/mm3 com 52% segmentados; plaquetas =
14.000/mm3; reticulócitos = 8,6% (VR = 0,5 - 1,5); bilirrubinas (D) Falta de oxigênio celular
totais = 2,3mg/dL com predomínio de direta; creatinina = 2,3mg/dL;
DHL = 945U/L e esquizócitos 2+. A principal hipótese diagnóstica 33. Homem, 45 anos, dá entrada na UPA com crise convulsiva
é: tônico-clônica generalizada. A medicação indicada para o
tratamento deste problema deve apresentar como mecanismo de
(A) Síndrome hemolítico-urêmica ação:
(B) Púrpura trombocitopênica imune
(C) Púrpura trombocitopênica trombótica (A) Aumento do efeito inibitório do GABA.
(D) Coagulação intravascular disseminada (B) Aumento do tempo de inativação dos canais de sódio.
(C) Redução da corrente pelos canais de cálcio do tipo T.
30. Mulher, 40 anos, em terceira gestação (5° mês), dá entrada (D) Diminuição persistente do efeito excitatório do glutamato.
na emergência com quadro de febre, astenia, metrorragia e
confusão mental. Hemograma: hemoglobina = 6,7g/dL; leucócitos
18.000/mm3; plaquetas = 7.000/mm3; bilirrubina total = 4mg/dL
(indireta = 3,5mg/dL); DHL = 1500UI/mL; creatinina normal;
sorologias para dengue e covid-19 negativas. Dosagem ADAMTS-
13 positiva. O melhor tratamento é:

(A) Plasmaférese
(B) Transfusão de sangue e plaquetas
(C) Pulsoterapia com corticoide
(D) Histerectomia

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34. Homem, 42 anos, assintomático, com sorologia prévia à 36. Menina, 3 meses, compareceu na primeira consulta no
doação de sangue mostrando HBsAg e anti-HCV reagentes. Ambulatório de Pediatria com sua mãe, que acha que quando a
Referia beber 5 a 6 cervejas por semana e parceira sexual fixa, criança é colocada de bruços, o lado esquerdo da perna tem menos
sem uso de preservativos. Exame físico sem alterações. Exames pregas glúteas. Exame físico: teste de Ortolani não realizado à
laboratoriais: ALT = 69UI/L; anti-HBc total: reagente; anti-HBc IgM: esquerda por limitação da coxa e teste de Galeazzi positivo. A
não reagente; anti-HBeAg: reagente; anti-HBs: não reagente. complicação do provável diagnóstico é:
HBV-DNA / carga viral = 180UI/mL. HCV-RNA: indetectável. Não
havia evidência de fibrose avançada nos exames de imagem. A (A) Deformidade da tíbia
conduta é: (B) Atraso na deambulação
(C) Necrose asséptica
(A) Tratar a infecção pelo vírus B com antivirais, pois apresenta (D) Deformidade no quadril
viremia significativa e ALT elevada.
(B) Não tratar a infecção pelo vírus B no momento, pois não há
viremia significativa, nem tratar o vírus C, já curado. 37. Menino, 10 anos, apresentou síncope enquando jogava
(C) Tratar as infecções pelos vírus B e C com antivirais, pois a futebol. Exame físico: FC = 48bpm, PA = 80/40mmHg (MSD),
carga viral do HCV pode estar suprimida na coinfecção. pulsos simétricos com boa amplitude. Sopro holossistólico de
regurgitação (3+/6+) em ponta (foco mitral), com irradiação para
(D) Não tratar as infecções pelos vírus B e C, pois ambas
axila.
apresentam evidência de cura espontânea.

PEDIATRIA

35. Menina, 13 anos, é trazida em consulta pela mãe. É a primeira


consulta no ambulatório de adolescentes. Relata que é uma boa
filha, “não dá trabalho na escola”, é uma adolescente como outra
qualquer, mas um pouco tímida e gosta de ficar no seu quarto com
uso do celular e tablet, sem muita conversa, e que, como ela
trabalha em período integral, não têm muito tempo juntas. Acha
que a filha tem um pouco de vergonha do corpo, porque está
sempre de blusa de moletom larga. No momento do exame físico,
a mãe está distraída em uma ligação de trabalho e você observa
essas lesões no antebraço da paciente:

O diagnóstico e a interpretação do ECG são:

(A) Comunicação interventricular e bradicardia sinusal.


(B) Insuficiência mitral e bradicardia decorrente de bloqueio
atrioventricular total.
(C) Sopro inocente de Still e bradicardia sinusal, com síncope
vaso-vagal.
(D) Insuficiência mitral reumática e bradicardia por bloqueio
atrioventricular de segundo grau Mobitz tipo 2.

38. Menina, 7 anos e 9 meses, vem a consulta devido ao


desenvolvimento das mamas bilateralmente. Exame físico: bom
estado geral; peso = 24,5kg; estatura = 1,23m; Tanner M2 P1; sem
outras alterações. Na consulta realizada há 1 ano, seu peso era de
23kg, estatura de 1,18m e idade óssea correspondente a 7 anos.
O diagnóstico e o tratamento são:

(A) Tumor de adrenal; encaminhar para adrenalectomia.


(B) Puberdade precoce; realizar tratamento hormonal.
Na abordagem da primeira consulta, deve-se: (C) Adrenarca precoce benigna; iniciar tratamento sintomático.
(D) Telarca precoce isolada; reavaliar o caso a cada 4 meses.
(A) Realizar acolhimento com empatia e envolver a família no
plano terapêutico.
(B) Solicitar avaliação psiquiátrica para que seja medicada
imediatamente.
(C) Encaminhar para realização de atividade física e trabalhos
em grupo.
(D) Proibir uso de telas que possam colaborar para piora do
quadro.

8 Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023


39. Recém-nascido com 17 dias de vida, em atendimento na 42. Menino, 8 anos, morador de rua, foi internado com história de
UBS, em aleitamento materno exclusivo, apresentando fezes tosse persistente e progressiva, redução de apetite e perda de
acinzentadas e urina de coloração mais escura. Nega febre ou peso nos últimos 2 meses. Neste período, por duas vezes, teve
outras queixas. Antecedentes pessoais: nascido de 36 semanas de pneumonia identificada em exame de imagem (RX) e recebeu
idade gestacional, devido a doença hipertensiva específica da tratamento com antibiótico, sem melhora. Radiografia atual:
gestação, com peso de nascimento de 2.650g, Apgar 8 e 10, linfonodomegalia hilar e infiltrado nodular difuso. A mãe faleceu há
tipagem sanguínea materna B positivo e do RN B negativo. Teve 2 meses com “pneumonia crônica”. A conduta é:
alta após o segundo dia de vida, com peso de 2.500g. Exame físico:
bom estado geral, hidratada, ictérica +++/4+, afebril, ativa-reativa, (A) Amostras de escarro e tratar tuberculose, se positiva.
fontanela anterior 2x2cm e normotensa. Abdome: flácido, com (B) Tratamento da tuberculose, pelo diagnóstico muito provável.
fígado palpável a 2cm do rebordo costal direito e baço não
(C) Prova tuberculínica e tratar tuberculose, se ≥ 10mm.
palpável. Peso = 2.600g, SaO2 = 98%, FR = 40irpm e FC =
132bpm. Sem outras alterações. O possível diagnóstico e a (D) Tomografia de tórax e tratar tuberculose, se sugestivo.
conduta inicial são:
43. Menino, 5 anos, retorna para controle de tratamento domiciliar
(A) Infecção urinária; solicitar com urgência urina e urocultura. de pneumonia após 3 dias de tratamento com amoxicilina
(B) Icterícia devido a incompatibilidade Rh; encaminhar para 60mg/kg/dia. Mãe relata febre alta persistente, com adinamia e
fototerapia. falta de apetite, aumento das crises de tosse não produtiva e dor
(C) Icterícia colestática; coletar com urgência bilirrubina total e torácica à direita. Exame físico: regular estado geral, fácies
frações. toxemiada, hidratado, corado, acianótico, anictérico,
taquidispneico, T = 37ºC, FC = 140bpm, FR = 30ipm, PA =
(D) Icterícia devido a baixa ingesta; orientar correção de pega da
100/50mmHg. Retrações intercostais baixas, diafragmáticas e de
amamentação.
fúrcula. Na base pulmonar direita: redução de expansibilidade e
ausência de frêmito, murmúrio vesicular abolido e macicez
40. Lactente, 15 meses, fica na creche durante o trabalho da pulmonar. Pulsos periféricos e tempo de enchimento capilar
mãe. Há dois dias iniciou febre abruptamente, com valores entre normais. A conduta é:
38,5 - 39ºC, com cerca de 2 a 3 episódios/dia, associada a tosse
seca irritativa e coriza nasal hialina abundante. Está mais (A) Trocar antibiótico por uma cefalosporina de 3ª geração, pois
“amuado”, com diminuição do apetite. Exame físico: bom estado trata-se de uma pneumonia refratária ao tratamento.
geral, febril, FC = 146bpm, FR = 40irpm, SaO2 = 96%. Orofaringe (B) Realizar ultrassonografia com punção torácica guiada no
hiperemiada e com coriza hialina em retrofaringe; ausculta hemitórax direito, para analisar o líquido pleural.
pulmonar com roncos de transmissão. Além de afastá-lo da escola, (C) Manter o tratamento em curso e observação, pois ainda se
a conduta é: encontra em tempo de resposta terapêutica.
(D) Realizar tomografia de tórax para avaliar sinais tomográficos
(A) Internação, antibiótico intravenoso e sintomáticos. de pneumonia necrosante.
(B) Sintomáticos, manter em observação clínica com
oxigenoterapia.
44. Menino, 5 anos, apresenta tosse seca e dificuldade
(C) Antibiótico, alta com orientação sobre sinais de alerta e
respiratória há um dia. Mãe nega febre ou coriza. Tem diagnóstico
sintomáticos.
de asma persistente, em uso de corticoide inalatório e, nas
(D) Oseltamivir, alta com orientação sobre sinais de alerta e exacerbações, salbutamol inalatório. Último episódio há 3 meses.
sintomáticos. Nega uso de outros medicamentos. Mãe relata que fez 2 jatos de
salbutamol há 8 horas. Exame físico: bom estado geral, corado,
41. Menino, 9 anos, apresenta ganho de peso excessivo e hidratado, ativo e contactante. FC = 100bpm, FR = 32irpm, SaO2 =
96%. Discreta tiragem intercostal. Ausculta pulmonar: murmúrio
manchas escuras no pescoço e axilas, notadas no último ano.
vesicular presente, com sibilos bilateralmente. A conduta imediata
Alimentação: "pula" café da manhã, repete o almoço na escola. Em
é:
casa prefere lanches e ingere guloseimas diariamente. Não pratica
esportes. Antecedentes familiares: pai hipertenso; mãe obesa,
hipertensa, com dislipidemia e teve diabetes gestacional. Sem (A) Prednisolona oral
aleitamento materno. Exame físico: estadio puberal: P1G1. Peso = (B) Salbutamol + brometo de ipratrópio a cada 20 minutos
55kg (escore Z = 3,77) e altura = 145cm (escore Z = 2,07). IMC = (C) Salbutamol a cada 20 minutos na primeira hora
26,2 (escore Z = 3,49). Pressão arterial = 100/75mmHg (P50 para (D) Hidrocortisona endovenosa
idade, altura e sexo). Máculas castanho-enegrecidas, aveludadas
no pescoço, que se estendem da nuca à região anterior e em toda
a fossa axilar bilateralmente. Abdome globoso, pouco doloroso à 45. Menina, 4 anos, trazida pela mãe em consulta por dores
palpação profunda. Deve-se investigar a presença de: articulares em joelhos e tornozelos há um mês. Refere diminuição
do apetite e notou que a criança está mais pálida e brincando
(A) Esteatose hepática menos. Exame físico: palidez cutâneo-mucosa, linfonodos
cervicais e axilares numerosos e pouco aumentados, fígado
(B) Hipertrofia de ventrículo esquerdo palpável a 2cm do rebordo costal direito e baço a 1cm do rebordo
(C) Hipertensão intracraniana costal esquerdo. Dor à palpação de joelhos e tornozelos. Exames
(D) Microalbuminúria laboratoriais: hemoglobina = 8,5g/dL, VCM = 86, HCM = 29,
leucócitos = 5.500/mm3, plaquetas = 98.000/mm3. A hipótese
diagnóstica mais provável é:

(A) Febre reumática


(B) Leucemia aguda
(C) Artrite idiopática juvenil
(D) Citomegalovirose

Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023 9


46. Menina, 7 anos, apresenta dores abdominais há um ano, com 48. Menino, 14 anos, em acompanhamento por elevação da
piora nos últimos dois meses. As dores começaram quando mudou pressão arterial, sendo anteriormente orientado a mudar o estilo de
de cidade há um ano, cursando também com apatia, irritabilidade vida. Antecedente pessoal: prematuro de 33 semanas de gestação.
e choro fácil. Vinham a cada mês, e nesses últimos dois meses Antecedentes familiares: avô paterno e pai hipertensos, avô
estão mais frequentes e intensas. Neste período, procurou o Pronto paterno teve infarto de miocárdio com 39 anos. Exame físico: peso
Atendimento quatro vezes e faltou na escola três vezes. Além e estatura no percentil 75; PA 135/85mmHg (hipertensão arterial
disso, há seis meses vem apresentando fezes mais amolecidas, estágio 1). Exames laboratoriais: eletrólitos e função renal normais.
parecendo diarreia, 2-3x/dia, com raias de sangue vivo. Exame Índice albuminúria e creatinúria urinários = 80mg/g (VR: < 30mg/g).
físico: palidez muco-cutânea, dor abdominal intensa em flanco Ecocardiograma: hipertrofia de ventrículo esquerdo. A terapêutica
esquerdo, região perianal sem alterações. IMC: escore Z = -2. inicial é:
Exames laboratoriais: hemoglobina = 9,8g/dL, volume corpuscular
médio = 78fL, plaquetas = 667.000/mm3, glóbulos brancos = (A) Bloqueador de canal de cálcio
18.900/mm3, proteína C reativa = 65mg/dL, velocidade de
hemossedimentação = 104mm/h (VR: até 10). Protoparasitológicos (B) Betabloqueador
normais. O diagnóstico mais provável é: (C) Diurético tiazídico
(D) Inibidor de enzima de conversão de angiotensina
(A) Doença inflamatória intestinal
(B) Doença celíaca 49. Menina, 9 anos, é atendida na UBS por quadro de ganho de
(C) Síndrome do intestino irritável peso. Apresenta diversos erros alimentares e sedentarismo.
(D) Giardíase com má absorção Exame físico: deposição de gordura na região abdominal e
acantose nigricans cervical e axilar. IMC > p85. Tireoide
normopalpável. Exames laboratoriais: LDL-colesterol = 126mg/dL
47. Menina, 5 anos, apresentou 5 infecções urinárias (ITU) febris (até 110); HDL-colesterol = 63mg/dL (acima de 40); triglicerídeos =
desde os 2 anos de idade, confirmadas por culturas de urina, logo 186mg/dL (até 150); glicose = 89mg/dL; insulina = 25mUI/mL
após a retirada das fraldas, sendo o último episódio há 4 meses. (5 - 20); T4-livre = 1,3ng/dL (0,5 - 1,5); TSH = 6,5mUI/mL (até 4,5).
Após o primeiro episódio, evoluiu com queixa recorrente de A conduta é:
polaciúria associada a urge-incontinência e alguns episódios de
retenção urinária. Hábito intestinal: constipado, pior após o (A) Metformina
desfralde. Exame físico: abdome globoso com fezes endurecidas
palpáveis em fossa ilíaca esquerda; genitália feminina com (B) Levotiroxina sódica
hiperemia de grandes lábios. Ultrassonografia de rins e vias (C) Seguimento clínico
urinárias: bexiga de paredes espessadas, resíduo pós-miccional (D) Sinvastatina
grande. Uretrocistografia miccional (UCM) abaixo:
50. Menina, 9 anos, apresenta cefaleia frontotemporal pulsátil, de
moderada intensidade, que ocorre uma vez por semana há 4
meses, com a duração de 6 horas, associada a foto e fonofobia,
preferencialmente no final da manhã. Mãe relata que a dor piora
quando a criança realiza atividade física. A criança estuda no
período da manhã e tem tido dificuldade para prestar atenção às
aulas, por isso, senta-se na primeira carteira. Rendimento escolar
pior após início do quadro. No período da tarde, assiste à TV e fica
com o celular até dormir, com o total de 9 horas. O diagnóstico é:

(A) Cefaleia do tipo tensão


(B) Enxaqueca crônica
(C) Cefaleia por vício de refração
(D) Migrânea sem aura

51. Recém-nascido a termo, com peso de nascimento de 3.990g,


grande para a idade gestacional, nascido de parto a fórceps, é o
primeiro filho de casal não consanguíneo, sem intercorrências na
gestação. Evoluiu com bossa serossanguínea, edema palpebral
importante e hemorragia conjuntival no olho esquerdo, no primeiro
dia de vida, impossibilitando a realização do reflexo vermelho neste
momento. No segundo dia de vida, houve melhora do edema e o
reflexo estava alterado, ipsilateral à hemorragia conjuntival. O
diagnóstico mais provável no mapeamento de retina é:

A conduta é iniciar: (A) Hemorragia retiniana


(B) Retinoblastoma
(A) Doxazosina, terapia laxativa e posterior abordagem cirúrgica. (C) Catarata congênita
(B) Oxibutinina, terapia laxativa e abordagem cirúrgica. (D) Coriorretinite
(C) Uroterapia, terapia laxativa e fisioterapia de assoalho pélvico.
(D) Uroterapia, oxibutinina, fisioterapia de assoalho pélvico.

10 Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023


52. Menino, 7 anos, dá entrada na emergência pediátrica vítima 54. Menina, 4 anos, foi encontrada inconsciente na piscina de sua
de atropelamento. Após avaliação inicial, é levado para realizar residência. Havia sido vista pela última vez há cerca de 15 minutos.
tomografias. Retorna da tomografia com o seguinte exame físico: A família iniciou manobras de ressuscitação no local e chamou o
FC = 70bpm, FR = 22irpm, PA = 150/90mmHg, SaO2 = 96% em ar SAMU, que a encontrou inconsciente, com pulsos presentes,
ambiente, escala de Coma de Glasgow = 8, hemiparesia em cianose central e taquidispneica. Foi levada ao pronto atendimento
hemicorpo esquerdo, reflexos pupilares alterados à direita em uso de máscara de O2 não reinalante a 15L por minuto. Na
(anisocoria D > E, reflexos fotomotor e córneo palpebral ausentes chegada, encontrava-se letárgica, com secreção espumosa na
à D). Tomografia de crânio abaixo: boca, taquicárdica, taquipneica, em uso de musculatura acessória
para respirar, hipotensa, saturando 93% com a máscara de O2. A
conduta é:

(A) Instalar ventilação não invasiva.


(B) Fazer intubação orotraqueal.
(C) Instalar cateter nasal de alto fluxo.
(D) Manter máscara não reinalante.

55. Recém-nascido, 19 dias de vida, comparece a consulta na


UBS. Nasceu de parto cesárea a termo, sem intercorrências, peso
de 3.500g e comprimento de 50cm. Em aleitamento materno
exclusivo, livre demanda e sem queixas. O resultado do teste de
triagem neonatal aponta uma dosagem de fenilalanina de 5mg/dL
(ponto de corte 4mg/dL). A conduta é:

(A) Manter acompanhamento clínico.


(B) Suspender aleitamento materno.
(C) Introduzir a fórmula de aminoácidos isenta de fenilalanina.
(D) Coletar nova amostra.

56. Menino, 12 anos, apresentou dificuldade escolar notada aos


7 anos e foi diagnosticado com déficit cognitivo moderado aos 8
anos. Não conseguiu ser alfabetizado. Tem duas irmãs do sexo
feminino de 7 e 5 anos com inteligência normal, porém com história
familiar de recorrência de déficit cognitivo, conforme demonstrado
no heredograma da figura abaixo. Realizou triagem neonatal
biológica (teste do pezinho), mas não voltou para pegar o
Até a drenagem cirúrgica, a conduta é: resultado. Nega uso de medicamentos pregressos ou de
tratamentos anteriores para condição clínica. Exame físico:
(A) Furosemida mandíbula proeminente, ponte nasal ampla, orelhas grandes e
(B) Dexametasona protuberantes.
(C) Manitol em bolus
(D) Acetazolamida

53. Menina, 9 anos, em unidade de pronto atendimento,


apresenta cefaleia, náuseas e vômitos associados a dor abdominal
há 7 dias. Refere também fraqueza muscular, perda de peso e
aumento da frequência urinária, inclusive à noite. Exame físico:
regular estado geral, sonolenta, FC = 140bpm, FR = 25irpm, PA =
100/70mmHg, pulsos simétricos e normopalpáveis. Abdome pouco
distendido, com dor à palpação profunda. Exames laboratoriais:
potássio = 4,0mEq/L; cálcio = 7,5mg/dL; sódio = 148mEq/L;
pH = 7,2; PaO2 = 95mmHg; PaCO2 = 20mmHg; HCO3 = 12mEq/L;
BE = -14; fósforo = 1,5mg/dL. Hemograma: leucócitos = 12.000
(segmentados = 30%, linfócitos = 40%); Ht = 40%; Hb = 15mg/dL;
ureia = 68mg/dL; creatinina = 1,7mg/dL; glicemia = 806mg/dL. A Para confirmar a hipótese diagnóstica, deve ser solicitado
conduta imediata é: inicialmente o seguinte exame:

(A) Reposição lenta com soro fisiológico. (A) Cariótipo para identificar o sítio frágil no cromossomo X.
(B) Bicarbonato de sódio intravenoso. (B) Amplificação da região específica do gene onde está a
(C) Expansões volêmicas com ringer lactato. mutação e análise dos tamanhos dos fragmentos
(D) Insulina regular em bolus. amplificados.
(C) Microarray cromossômico, para verificar alteração de número
de cópias de trinucleotídeos CGG.
(D) Sequenciamento de Sanger do gene FMR1 para identificação
de mutações de ponto.

Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023 11


57. Menino, 4 anos, apresenta lesão eritematosa e serpiginosa 59. Mulher, 62 anos, retorna à Unidade Básica de Saúde para
com bordos elevados no pé esquerdo, como mostrado na imagem retirada de pontos após cirurgia de revascularização de membro
a seguir: inferior.

O ponto aplicado nesta sutura é:


A conduta é:
(A) Donati
(A) Dose única de ivermectina 200μg/kg. (B) Simples
(B) Fexofenadina 15mg (2,5mL), duas vezes ao dia (12/12h). (C) Contínuo ancorado
(C) Griseofulvina 10 a 20mg/kg/dia, por 6-8 semanas. (D) Em X
(D) Deltametrina tópica 0,2mg/mL, por 4 dias.
60. Menino, 12 anos, é admitido com queixa de dor inicialmente
CIRURGIA periumbilical, agora localizada na fossa ilíaca direita (FID),
associada a náuseas e vômitos há um dia. A mãe refere também
inapetência. Exame físico: T = 38ºC, defesa involuntária à palpação
58. Mulher, 68 anos, no 13º dia de pós-operatório de correção de profunda da FID, descompressão brusca dolorosa positiva.
fratura de colo de fêmur, retorna ao serviço hospitalar após 5 dias Considerando o escore de Alvarado, é correto afirmar que:
em casa. Familiares referem prostração e urina de coloração
escurecida. Exame físico: corada, mucosas secas, afebril, FC =
108bpm, FR = 18irpm, confusa. Ausculta pulmonar sem alterações. (A) É necessário hemograma para considerar apendicite
Membros inferiores: edema 1+/4+. É correto afirmar que: provável.
(B) Devem ser investigadas outras etiologias, dada a baixa
(A) Tromboembolismo venoso profundo é a principal hipótese. probabilidade para apendicite.
(B) A taquicardia e taquipneia sugerem sepse de foco (C) Apendicite é muito provável, sendo suficiente o diagnóstico
indeterminado. clínico.
(C) A paciente apresenta sinais clínicos de desidratação. (D) A baixa pontuação no escore descarta a hipótese diagnóstica
de apendicite aguda.
(D) Trata-se de delirium com episódios de hiperatividade.

61. Homem, 54 anos, sem comorbidades, queixa-se de


abaulamento sob cicatriz mediana de laparotomia pregressa por
trauma há dois anos. Nota que, desde então, o abaulamento tem
crescido e incomodado. Exame físico: abaulamento às manobras
de esforço, com fácil redução do conteúdo. A melhor conduta é:

(A) Uso contínuo de cinta abdominal.


(B) Cirurgia com uso de tela.
(C) Cirurgia com fio inabsorvível, sem tela.
(D) Cirurgia com fio absorvível usando o saco herniário.

12 Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023


62. Homem, 68 anos, queixa-se de vômitos e dificuldade para 65. Recém-nascido, idade gestacional de 36 semanas, peso ao
engolir alimentos há dois dias. Refere emagrecimento de cerca de nascimento de 2.970g, sem nenhuma intercorrência no período
5kg nos últimos 6 meses e que já vinha apresentado dificuldades pré-natal. Na sala de parto, apresentou desconforto respiratório,
para engolir alimentos sólidos há quase um ano. Na infância, necessitando de ventilação e intubação orotraqueal. Realizou RX
morou em fazenda no interior de Goiás, em casa de tábua. É de tórax (abaixo):
tabagista (40 anos.maço) e etilista social. Nega outras
comorbidades. Nega dores ou febre. Exame físico: emagrecido,
desnutrido e descorado. O primeiro exame diagnóstico para
confirmar a hipótese diagnóstica é:

(A) Endoscopia digestiva alta


(B) Eletromanometria esofágica
(C) Tomografia computadorizada de tórax e abdome
(D) Radiografia contrastada do esôfago

63. Homem, 58 anos, procura Pronto-Socorro com dor abdominal


de forte intensidade, de início súbito há 2 dias, acompanhado de
náuseas e vômitos. Refere que a dor se inicia no epigástrio e irradia
para os flancos. Antecedente pessoal: etilista (uma garrafa de
destilado/dia, por 20 anos). Exame físico: regular estado geral,
desidratado +/4+, descorado +/4+, anictérico. PA = 98/71mmHg;
FC = 102bpm; FR = 16irpm. Abdome plano, normotenso,
digitopercussão sem alteração; dor à palpação profunda em
epigástrio, ausência de descompressão brusca dolorosa. Foram
solicitadas amilase e lipase. As demais condutas iniciais são:

(A) Tomografia computadorizada com contraste e amilase/lipase


seriadas.
(B) Antibioticoterapia profilática e hidratação.
(C) Hidratação endovenosa e analgesia.
(D) Hidratação e colangiopancreatografia retrógrada
endoscópica.

64. Homem, 70 anos, apresenta enterorragia há um dia. Foi


realizada reanimação volêmica, com boa resposta, e colhidos
exames laboratoriais. Endoscopia digestiva alta não evidenciou O diagnóstico é:
sinais de sangramento. O próximo exame a ser solicitado é:
(A) Hérnia de Bochdalek
(A) Cintilografia com tecnécio-99m
(B) Pneumotórax
(B) Angiotomografia
(C) Hérnia de Morgani
(C) Enema opaco
(D) Hérnia de Spiegel
(D) Colonoscopia

66. Homem, 68 anos, tabagista (2 maços/dia desde os 18 anos


de idade), hipertenso e diabético, em uso irregular das medicações.
Apresenta dor intensa em membro inferior direito, impedindo a
mobilidade e a deambulação. Há 6 horas houve melhora da dor,
mas não consegue movimentar a perna e o pé. Exame físico: FC =
72bpm; arrítmico; PA = 200/110mmHg; ausência de sopro em
trajetos arteriais; ausência de pulso poplíteo e pulsos distais em
membro inferior direito; extremidade direita pálida, fria e dolorosa à
palpação; ausência de movimentação, de sensibilidade e perda da
flacidez muscular. ITB (índice tornozelo braço): MID = não obtido,
MIE = 0,68. Ultrassom Doppler: oclusão da artéria femoral em terço
médio da coxa. Artéria poplítea e distais identificadas com ausência
de fluxo. Veias distais sem fluxo, veia femoral com fluxo lento. O
grau de obstrução (classificação de Rutherford) e a conduta são:

(A) Grau I. Avaliação dos fatores de risco e angiotomografia.


(B) Grau IIa. Anticoagulação plena imediata e embolectomia.
(C) Grau IIb. Analgesia, angiografia para possível angioplastia
(endovascular).
(D) Grau III. Amputação primária e anticoagulação profilática.

Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023 13


67. Homem, 48 anos, lavrador, queixava-se de dispneia, 70. Lactente com diagnóstico de criptorquidia à direita desde o
emagrecimento de 7kg e tosse com escarro hemóptico há 4 meses. primeiro dia de vida, cujo testículo não era palpável, retorna para
Após investigação, foi diagnosticado com aspergilose pulmonar e reavaliação com 9 meses de idade. Exame físico: eutrófico, com o
iniciado tratamento com antifúngico. Antecedentes pessoais: testículo esquerdo palpado no escroto, em posição e de aspecto
diabético em uso irregular de hipoglicemiante oral, tabagista com normais, testículo direito não palpado. A conduta é:
carga tabágica de 66 anos.maço e etilista. Após 90 dias de
tratamento, referiu melhora do escarro hemóptico. Em exame de (A) Ultrassonografia, pois o testículo não descido pode estar no
imagem de controle, houve melhora da lesão em lobo superior abdome.
direito, porém permaneceu com opacidade em lobo superior
esquerdo praticamente inalterada (imagem): (B) Aguardar uma possível descida espontânea até os 2 anos de
idade.
(C) Videolaparoscopia, que deve ser realizada preferencialmente
até os 18 meses de idade.
(D) Aguardar, pois trata-se de caso de testículo retrátil.

71. Mulher, 73 anos, previamente hígida e independente, é


trazida por familiares com história de queda da própria altura há 48
horas. Relata dor incapacitante em quadril direito, com dificuldade
para deambulação. É hipertensa e diabética, com controle
medicamentoso satisfatório. Faz tratamento irregular para
osteoporose. A radiografia de bacia é exibida abaixo:

Deve-se considerar o diagnóstico diferencial de:

(A) Abscesso pulmonar


(B) Neoplasia pulmonar
(C) Granulomatose eosinofílica com poliangiíte
(D) Pneumonia atípica

68. Mulher, 30 anos, queixa-se de dor lombar à esquerda há uma


semana, acompanhada de febre e queda do estado geral há três
dias. Antecedente de litíase renal. Tomografia computadorizada: A conduta é:
cálculo de 8mm no terço médio do ureter esquerdo e hidronefrose
moderada. Urina I: leucocitúria importante. A conduta é: (A) Cirurgia com parafusos canulados.
(B) Tração esquelética por 45 dias.
(A) Analgésicos para controle da dor e seguimento ambulatorial. (C) Tratamento incruento com redução de carga.
(B) Antibioticoterapia e desobstrução ureteral. (D) Cirurgia com prótese de quadril.
(C) Antibioticoterapia e litotripsia extracorpórea.
(D) Cirurgia imediata para retirada do cálculo.

69. Homem, 65 anos, apresenta jato urinário fraco e dificuldade


de esvaziamento vesical há seis meses. Dosagem do Antígeno
Prostático Específico (PSA), Urina I e Urocultura foram normais.
Ultrassonografia abdominal: aumento de volume prostático. A
conduta é:

(A) Alfa1a-bloqueador
(B) Prostatectomia radical
(C) Antibioticoterapia
(D) Anti-inflamatório

14 Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023


72. Menino, 6 anos, sem comorbidades prévias, apresenta 74. Homem, 50 anos, vítima de acidente de motocicleta em alta
cefaleia, vômitos e diplopia há duas semanas, com piora nos velocidade contra um anteparo fixo. Atendido pelo pré-hospitalar,
últimos dois dias. Exame físico: abertura ocular espontânea, com com lesões nítidas em crânio e face. Realizada intubação
resposta verbal lentificada, pupilas isocóricas bradirreagentes, orotraqueal no local e encaminhado ao hospital mais próximo.
estrabismo convergente e papiledema bilaterais. Realizada Realizada tomografia de crânio e face (imagens abaixo):
tomografia computadorizada (abaixo):

O diagnóstico é:

(A) Hemorragia subaracnoide


(B) Neoplasia da fossa posterior
(C) Hidrocefalia comunicante
(D) Hidrocefalia obstrutiva

73. Homem, 30 anos, sofreu queimadura por exposição solar em


65% de sua superfície corporal, acometendo tronco, face e
membros superiores. Deu entrada no Pronto-Socorro com queixa
de muita dor em região de dorso, referindo calafrios. Exame físico:
hiperemia e discreto edema em toda extensão de pele acometida,
ausência de bolhas. A conduta é:

(A) Hidratação e analgesia endovenosas


(B) Analgésicos e hidratação via oral
(C) Antibioticoterapia via oral
(D) Internação em unidade de queimados

O diagnóstico é:

(A) Fratura de face Le Fort I, afundamento frontal e hemorragia


intracraniana.
(B) Fratura de face Le Fort II, afundamento frontal e hemorragia
intracraniana.
(C) Fratura de face Le Fort II, fratura de mandíbula e hemorragia
intracraniana.
(D) Fratura de face Le Fort III, afundamento frontal e fratura de
mandíbula.

Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023 15


75. Menina, 10 anos, apresenta queixa de olhos vermelhos há 78. Homem, 25 anos, vítima de acidente de motocicleta com
dois dias, associada a secreção mucopurulenta abundante, sem carro. Avaliação inicial: instável hemodinamicamente. Após Ringer
alteração da acuidade visual, sem outros sintomas associados. Lactato 500mL: PA = 88/60mmHg; FC = 138bpm; SaO2 = 91% com
Refere que amanheceu com olhos grudados. A conduta é: máscara de oxigênio a 2L/min. Não há sangramento externo
evidente. Ausculta respiratória normal. Não há abafamento de
(A) Colírio de corticosteroide bulhas cardíacas. O quadril é estável. Realizado um ultrassom
abdominal FAST (imagens abaixo):
(B) Colírio antibiótico de amplo espectro
(C) Antibiótico sistêmico
(D) Água boricada ocular

76. Mulher, 45 anos, pós-operatório de fratura de membro inferior


com raquianestesia. Apresenta cefaleia importante, principalmente
em posição ortostática. Após orientação de repouso no leito e
hidratação, deve-se associar cafeína com:

(A) Analgésicos
(B) Antidepressivos tricíclicos
(C) Gabapentinoides
(D) Betabloqueador

77. Mulher, 34 anos, procura Unidade de Pronto Atendimento


(UPA) por dor abdominal de início súbito há 3 horas, de forte
intensidade, tipo queimação, localizada no epigástrio sem
irradiação, sem melhora com analgésico oral. Refere náusea e um
episódio de vômito bilioso. Antecedente pessoal: tratamento prévio
para úlcera péptica. Exame físico: bom estado geral, hidratada,
corada, anictérica e acianótica. PA = 112/78mmHg; FC = 107bpm;
FR = 14irpm. Abdome plano, tenso, rígido, digitopercussão
dolorosa, descompressão brusca dolorosa em epigástrio e baixo
ventre. Deve-se solicitar:

(A) Hemograma e proteína C reativa


(B) Ultrassonografia de abdome
(C) Radiografia de abdome e tórax ortostáticos
(D) Endoscopia digestiva alta e hemograma

Neste momento, a conduta é:

(A) Tomografia abdominal


(B) Laparotomia exploradora
(C) Repetir FAST em 15 minutos
(D) Videolaparoscopia diagnóstica

79. Homem, 32 anos, vítima de acidente de motocicleta, é


admitido com perda de movimentação dos membros do lado
direito. Exame físico: perda completa da sensibilidade ao toque,
vibração e propriocepção no lado direito do corpo, perda da
sensibilidade à dor e temperatura no lado esquerdo do corpo. A
topografia da lesão é:

(A) Hemi medula espinhal


(B) Hemisfério cerebral esquerdo
(C) Região central da medula espinhal
(D) Tronco encefálico

16 Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023


80. Homem, 65 anos, foi submetido a uma cirurgia eletiva para 82. Primigesta, 23 anos, iniciou acompanhamento pré-natal com
substituição da articulação do joelho direito por uma prótese. No 10 semanas de gestação e peso de 80kg. O índice de massa
oitavo dia pós-operatório, o paciente relatou dor de intensidade corporal (IMC) calculado nessa data era 31,3kg/m2. Recebeu
crescente no joelho operado, com vermelhidão e inchaço ao redor orientações alimentares ao longo do pré-natal. Com 20 semanas
da incisão. Exame físico: incisão parcialmente aberta e com apresentava IMC = 32kg/m2; com 30 semanas IMC = 33kg/m2 e,
drenagem purulenta. O provável agente etiológico desta ao final da gestação, com 38 semanas, apresentava peso de 87kg,
complicação é: com IMC de 34kg/m2.

(A) Klebsiella pneumoniae


(B) Escherichia coli
(C) Staphylococcus aureus
(D) Streptococcus viridans

GINECOLOGIA / OBSTETRÍCIA

81. Mulher, 30 anos, apresenta nódulo em quadrante


superolateral de mama direita há um mês, medindo 2,5cm, com
consistência fibroelástica, regular, dolorosa e móvel à palpação.
Deve-se solicitar:

(A) Biopsia
(B) Mamografia
(C) Ressonância magnética
(D) Ultrassonografia

Considerando o gráfico de acompanhamento do IMC da gestante


(figura acima), é correto afirmar que o ganho de peso materno foi:

(A) Adequado, com curva do IMC adequada, pois apresenta


inclinação ascendente semelhante à curva que delimita a
parte inferior da faixa de obesidade.
(B) Excessivo, com curva do IMC inadequada, pois deveria ter
inclinação descendente para atingir a faixa recomentada de
sobrepeso.
(C) Excessivo, com curva do IMC adequada, pois apresenta
inclinação ascendente semelhante à curva que delimita a
parte inferior da faixa de obesidade.
(D) Adequado, com curva do IMC inadequada, pois deveria ter
inclinação descendente para atingir a faixa recomentada de
sobrepeso.

Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023 17


83. Primigesta, 31 anos, 39 semanas de gestação, sem 86. Secundigesta, 37 anos, realizou teste de tolerância oral à
complicações clínicas ou obstétricas, está em trabalho de parto, glicose às 24 semanas de gravidez, com diagnóstico de diabetes
com evolução clínica apresentada no partograma abaixo: gestacional. Foi orientada dieta para diabetes (2.000kcal) e
atividade física (30 minutos de caminhada, 5 vezes por semana). A
gestante no retorno traz o controle glicêmico abaixo:

A conduta é:

(A) Insulina
(B) Metformina
(C) Vildagliptina
(D) Adequar a dieta

87. Mulher, 22 anos, G3P0A2, comparece a consulta pré-natal de


rotina, às 13 semanas de gestação, assintomática.
Ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre: morfologia
normal e baixo risco de aneuploidias. Exames da rotina pré-natal
sem alterações. A paciente relata dois abortos espontâneos tardios
em gestações anteriores – episódios indolores, com pouca perda
sanguínea e com óbito dos RNs logo após a expulsão. A conduta
é:

(A) Progesterona via oral


(B) Cerclagem
A distocia observada e a conduta são: (C) Ácido acetilsalicílico via oral
(D) Heparina subcutânea
(A) Parada secundária da dilatação; iniciar ocitocina
endovenosa. 88. Tercigesta (G3P1A1), 35 anos, com 32 semanas e 4 dias de
(B) Parada secundária da descida; realizar analgesia peridural. gestação, procurou atendimento com queixa de perda líquida via
(C) Parada secundária da dilatação; realizar amniotomia. vaginal em moderada quantidade há 6 horas. Nas últimas duas
(D) Parada secundária da descida; adotar posições horas tem apresentado contrações. Relata boa movimentação
verticalizadas. fetal. Exame físico: AU = 25cm, 2 contrações moderadas/10
minutos, feto com boa vitalidade. Exame especular: moderada
quantidade de líquido em vagina. Toque vaginal: colo fino,
84. Adolescente, 16 anos, 40 dias após parto normal, comparece centrado, pérvio 4cm, feto cefálico. Ultrassonografia: maior bolsão
à Unidade Básica de Saúde para discutir contracepção. Nega de líquido amniótico de 1,5cm. As condutas são:
doenças prévias e uso de medicações. Está em aleitamento
materno exclusivo. São métodos adequados: (A) Evolução espontânea e clindamicina.
(B) Inibição do trabalho de parto e corticosteroides.
(A) Injetável mensal, pílula de progestágeno, DIU de cobre. (C) Ocitocina e sulfato de magnésio.
(B) DIU de cobre, pílula de progestágeno, implante. (D) Evolução espontânea e penicilina cristalina.
(C) Injetável trimestral, anel vaginal, DIU hormonal.
(D) DIU hormonal, combinado oral, implante.
89. Tercigesta, hipertensa, com 36 semanas de gravidez, procura
a maternidade com queixa de dor em baixo ventre há cerca de uma
85. Primigesta, 29 anos, 31 semanas de gestação, diabética tipo hora. Exame físico: PA = 160/100mmHg, FC = 110bpm, AU =
1, é trazida ao Pronto-Socorro após convulsão tônico-clônica 33cm, feto único, longitudinal, apresentação cefálica, dorso à
generalizada, em casa. Exame físico: torporosa, com lentificação esquerda, BCF = 100bpm. Aumento do tônus uterino. Toque
psicomotora, consciente, PA = 140/70mmHg, SaO2 = 99%, AU = vaginal: colo grosso, impérvio, sangue vermelho escuro sujando a
30cm, BCF = 144bpm. A conduta é: luva. O diagnóstico é:

(A) Glicose em bomba de infusão, corticoide e parto cesárea. (A) Rotura de vasa prévia
(B) Sulfato de magnésio, corticoide e exames laboratoriais até a (B) Placenta prévia
resolução da gestação. (C) Rotura de seio marginal
(C) Sulfato de magnésio em dose de ataque e resolução da (D) Descolamento prematuro da placenta
gestação.
(D) Benzodiazepínico e tomografia de crânio para diagnóstico
diferencial.

18 Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023


90. Secundigesta, 25 anos, na 30ª semana de gestação, dá 93. Adolescente, 17 anos, vem à consulta por ainda não ter
entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com contrações menstruado. Apresenta curvas de crescimento de peso e altura
há 6 horas. Antecedente de parto prematuro há um ano. Está muito dentro da normalidade e idade óssea de acordo com a idade
ansiosa, devido ao desfecho da gestação anterior. Exame físico: cronológica. Tem uma irmã mais jovem que menstruou aos 12
BCF = 156bpm, AU = 28cm, cérvice esvaecida 70%, dilatada 4cm, anos. Exame físico: desenvolvimento mamário e pelos pubianos no
bolsa das águas íntegra, apresentação pélvica. A conduta imediata estágio IV de Tanner; vulva de aspecto normal. A provável etiologia
é: desta amenorreia é:

(A) Hidratação e repouso (A) Síndrome de Swyer


(B) Nifedipina e corticoide (B) Síndrome de Turner
(C) Escopolamina e repouso (C) Síndrome de Rokitansky
(D) Corticoide e conduzir o parto (D) Síndrome de Arsherman

91. Secundigesta (1 parto vaginal há 2 anos), 26 anos, 16 94. Mulher, 40 anos, nuligesta, queixa-se de sangramento uterino
semanas, apresenta sorologias para toxoplasmose: IgG reagente, excessivo há 6 meses. Ultrassonografia transvaginal:
IgM reagentes. Recebeu prescrição de espiramicina e solicitação espessamento endometrial. Histerossonografia: provável pólipo
de teste de avidez de IgG. Retorna com teste de avidez endometrial de 2,0cm. A conduta é:
intermediária e resultados de sorologia da gestação anterior: IgG
reagente e IgM não reagente para toxoplasmose. A conduta é: (A) Cirurgia de Wertheim Meigs
(B) Histerectomia abdominal
(A) Substituir espiramicina por sulfadiazina e pirimetamina até 36 (C) Curetagem uterina
semanas.
(D) Histeroscopia com remoção do pólipo
(B) Manter espiramicina diária até o término da gestação.
(C) Suspender espiramicina e manter seguimento pré-natal de
rotina. 95. Mulher, 30 anos, G2P2, assintomática, retorna para checar
(D) Realizar PCR do toxoplasma no líquido amniótico após a 18ª resultado de exame de colpocitologia oncológica: alterações
semana. celulares benignas. Refere exame de 6 meses atrás com resultado
ASCUS – células escamosas de significado indeterminado
possivelmente não neoplásicas. A conduta é:
92. Parturiente, 28 anos de idade, primigesta, idade gestacional
de 39 semanas, em trabalho de parto, foi submetida a exame de (A) Retorno para colpocitologia em um ano.
cardiotocografia intraparto, cujo traçado está apresentado na
imagem abaixo: (B) Retorno para colpocitologia em seis meses.
(C) Encaminhamento para a colposcopia.
(D) Rastreamento trienal.

96. Mulher, 52 anos, apresenta queixa de ondas de calor pelo


corpo, irritabilidade, insônia e ressecamento vaginal. Data da última
menstruação entre 50 e 51 anos. Nega sangramento após este
período. Antecedentes: hipertensão arterial. Exame físico: PA
128/80mmHg; IMC = 28,3kg/m2. Mamas: ausência de nódulos
palpáveis e expressão negativa. Especular: vagina com
pregueamento diminuído, colo discretamente atrófico, sem lesões
ou secreções patológicas. Toque vaginal: sem alterações. O
diagnóstico é baseado em:

(A) Dados clínicos


(B) Dosagem de FSH e LH
(C) Dosagem de estradiol e progesterona
(D) Ultrassonografia transvaginal
A conduta é:
97. Mulher, 30 anos, comparece à Unidade Básica de Saúde para
(A) Medidas de reanimação intrauterina consulta de revisão puerperal. Teve parto vaginal com idade
gestacional de 37 semanas e 4 dias. Queixa-se de incontinência
(B) Cuidado habitual de assistência ao parto
urinária aos médios esforços, nega disúria e polaciúria. Exame
(C) Perfil biofísico fetal ginecológico: prolapso de parede vaginal anterior estádio 2. A
(D) Cesárea de emergência conduta é:

(A) Fisioterapia pélvica


(B) Estrogenioterapia
(C) Laser
(D) Cirurgia

Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023 19


98. Mulher, 60 anos, apresenta perda de 15kg nos últimos 3 SAÚDE COLETIVA
meses, dificuldade para se alimentar, com sensação de saciedade
precoce, náuseas pós-alimentares, constipação intestinal e 101. Homem, 65 anos, dá entrada no Pronto-Socorro após ter
aumento do volume abdominal. Ultrassonografia abdominal: sido encontrado desacordado em uma calçada. Foi colocado em
massas anexiais bilaterais, à direita de 12cm e à esquerda de 9cm, uma maca e aberta ficha de atendimento, embora não possuísse
com contornos irregulares, septos espessos no seu interior, documentos pessoais. Os usuários são atendidos por ordem de
conteúdo sólido com aumento de vascularização, pequena chegada. Horas depois, a médica que assume o plantão vai
quantidade de ascite. Ca125 = 750UI/mL (normal até 35UI/mL). A atender este usuário e, ao checar os sinais vitais, percebe ausência
conduta é: de batimentos cardíacos. Imediatamente, convoca a equipe para
realização de manobras de ressuscitação cardiorrespiratória,
(A) Quimioterapia sistêmica. porém sem sucesso. O corpo é encaminhado ao Serviço de
(B) Biópsia da massa anexial guiada por ultrassonografia. Verificação de Óbito, que constata que a morte havia ocorrido
horas antes do atendimento pela médica. Considerando a
(C) Laparotomia para estadiamento cirúrgico.
assistência prestada e os princípios doutrinários do Sistema Único
(D) Ooforectomia bilateral. de Saúde (SUS), podemos afirmar que esta pessoa:

99. Mulher, 28 anos, G3P3, usuária de implante de etonogestrel, (A) Recebeu atendimento conforme as determinações da gestão
apresenta corrimento vaginal em grande quantidade, prurido do Pronto-Socorro, atendendo aos princípios da
genital intenso e ardência vulvar. Exame a fresco do conteúdo universalidade.
vaginal: pseudo-hifas e blastoconídeos. Antecedente: três exames (B) Foi submetido a uma avaliação incompleta, resultando na
a fresco nos últimos nove meses com os mesmos achados. A ausência de diagnóstico precoce e intervenções adequadas,
conduta é: o que comprometeu a hierarquização.
(C) Não recebeu atendimento necessário no momento adequado
(A) Itraconazol por via oral dose única. devido à ausência de classificação do risco, o que violou a
(B) Fluconazol por via oral em três doses. equidade.
(C) Miconazol creme vaginal por 7 dias. (D) Teve seu atendimento negligenciado por falta de
identificação pessoal, o que violou a hierarquização.
(D) Metronidazol creme vaginal por 14 dias.

102. A Rede de Atenção à Saúde (RAS) tem como finalidade


100. Mulher, 62 anos, palpou nódulo na mama esquerda.
superar a fragmentação da atenção à saúde e aprimorar o
Realizada ressecção segmentar da mama. A imagem mostra o
funcionamento político-institucional do SUS, buscando, assim,
exame anatomopatológico:
assegurar ao usuário o conjunto de ações e serviços de que
necessita, com efetividade e eficiência. A base da organização da
RAS é:

(A) Atenção primária à saúde, que atua como coordenadora do


cuidado e ordenadora da Rede.
(B) Atenção secundária, que é coordenadora do cuidado coletivo
e ordenadora do individual.
(C) Atenção terciária, que atua como coordenadora do cuidado
especializado e ordenadora da Rede.
(D) Atenção quaternária em saúde, que é a coordenadora do
cuidado e ordenadora da atenção terciária.

O achado sugestivo de malignidade é:

(A) Taxa de crescimento alta


(B) Elementos ductais proliferativos
(C) Tecido fibroso frouxo
(D) Ruptura da membrana basal

20 Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023


103. As imagens abaixo, retiradas do boletim semanal InfoGripe -
Semana 26 de 2023 - correspondem a uma série temporal dos
casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil.

Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023 21


Continuação da questão 103. Apenas com as informações 108. Um estudo verificou o efeito de um programa de exercícios
apresentadas nas imagens, o indicador de saúde que pode ser físicos no equilíbrio postural e no risco de quedas em idosos
calculado é: abrigados em duas Instituições de Longa Permanência. Os
participantes foram divididos em grupo controle (G1) e grupo
(A) Coeficiente de ataque secundário intervenção (G2). O G1 foi orientado a não realizar nenhum tipo de
intervenção e o G2 foi orientado a participar de um programa de
(B) Coeficiente de mortalidade por causa exercícios físicos. Os grupos foram avaliados por meio do Timed
(C) Taxa de ataque Up and Go Test (TUGT) e da Escala de Equilíbrio de Berg (EEB),
(D) Taxa de letalidade sem identificação dos grupos pelos avaliadores tanto no baseline
quanto após as 12 semanas de intervenção. Após a intervenção, o
G2 obteve melhores pontuações tanto no TUGT quanto na EEB,
104. Uma comunidade apresenta alta prevalência de hipertensão indicando uma melhora significante no equilíbrio corporal e na
arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus (DM). A equipe gestora redução do risco de quedas estimado quando comparado ao G1.
da saúde local deseja elaborar um programa educativo junto a esta O tipo de estudo realizado foi:
população, com ações efetivas de promoção e prevenção destas
doenças. Um dos aspectos que deve pautar este programa,
garantindo sua efetividade, é que ele tenha como base: (A) Transversal
(B) Coorte
(A) O aspecto psicológico e emocional envolvido. (C) Caso-controle
(B) O conhecimento prévio sobre HAS e DM pelos doentes. (D) Ensaio clínico randomizado
(C) A garantia do autocuidado.
(D) A realidade de vida destas pessoas. 109. O plano de contingência para resposta às emergências em
Saúde Pública por arbovirose prevê diversas atividades a serem
realizadas em período não epidêmico, as quais devem ser
105. Material particulado em suspensão (MP), ozônio (O3), executadas como preparação ao período epidêmico. Cabe à rede
dióxido de nitrogênio (NO2) e dióxido de enxofre (SO2) são de atenção primária à saúde:
poluentes ambientais associados a:
(A) Realizar busca ativa, manter fluxo de informação para a
(A) Rinite alérgica sazonal e pneumonia. vigilância epidemiológica e integrar ações dos agentes
(B) Doenças cardíacas e pulmonares. comunitários de saúde e de combate às endemias.
(C) Infecções gastrointestinais e respiratórias. (B) Acionar a vigilância epidemiológica para busca ativa dos
(D) Dermatomicoses e cardiopatias. comunicantes vinculados à área de abrangência dos casos
novos e dos pacientes faltosos no retorno programado.
(C) Promover a articulação intersetorial para o desenvolvimento
106. Mulher, 21 anos, procurou a Unidade Básica de Saúde das medidas propostas ao enfrentamento de epidemias,
relatando ter sido encaminhada pelo banco de sangue, por ser visando resposta integrada em apoio aos estados.
portadora do vírus da hepatite B. Considerando os aspectos
epidemiológicos da hepatite B, a ação de vigilância epidemiológica (D) Orientar o autocuidado de forma permanente e organizar o
a ser realizada é: fluxo de referência e contrarreferência com a rede de atenção
especializada.

(A) Investigação dos comunicantes como caso suspeito.


(B) Busca ativa de outros pacientes sintomáticos no território. 110. Ao trabalhar com um grupo de gestantes, a médica da
unidade de saúde foi questionada sobre quais são os direitos
(C) Notificação imediata do caso no SINAN.
trabalhistas da gestante. Entre os benefícios elencados na
(D) Tratamento imediato da paciente. legislação (CLT), um deles é:

107. Homem, 45 anos, apresenta dor lombar há dois anos, com (A) Não pode ser demitida do trabalho dentro de seis meses do
piora há quatro meses, tornando-se diária, principalmente durante parto, mesmo que por justa causa.
o trabalho. Nega irradiação para membros inferiores. Melhora com (B) A licença-maternidade é de 90 dias para gestantes com
o repouso e o uso de analgésicos e anti-inflamatórios. É operador carteira de trabalho assinada, sem prejuízo do salário.
de roçadeira em empresa concessionária de administração de (C) Até o bebê completar seis meses, a mãe tem o direito de ser
rodovia há 3 anos. Intensidade da dor: 8 na Escala Visual dispensada do trabalho todos os dias, por dois períodos de
Analógica. Exame físico: posição antálgica; contratura de meia hora ou um período de uma hora, para amamentar.
musculatura paravertebral lombar bilateralmente, com dor à
palpação mais intensa à direita. Reflexos patelar e aquileu (D) Mudar de função ou setor em seu trabalho, caso ele
preservados; deambulação não avaliada pela vigência de dor. apresente riscos ou problemas para sua saúde ou a saúde
Lasègue negativo. O diagnóstico e a conduta, além da analgesia, do bebê sem necessidade de apresentar atestado médico.
são:

(A) Dor lombar baixa. Afastamento do trabalho por 5 dias e


solicitação de tomografia.
(B) Lumbago com ciática. Prescrição de fisioterapia e
encaminhamento para a ortopedia.
(C) Dor lombar baixa. Afastamento do trabalho por 30 dias e
notificação.
(D) Lumbago com ciática. Realização de radiografia de coluna
lombar e notificação.

22 Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023


111. Menino, 4 anos e 3 meses, acompanhado pela avó, vem em 115. Sobre os fatores de risco para transtorno por uso de
consulta agendada na unidade básica. A avó refere que a criança substâncias psicoativas em crianças e adolescentes, pode-se
não come quase nada, e gostaria que fossem prescritas vitaminas afirmar que:
para abrir o apetite. Última consulta de puericultura foi aos 12
meses de vida. Após, só passou em consultas eventuais, com (A) Filhos de pais dependentes de álcool ou drogas têm quatro
sintomas virais autolimitados. Alimentação: consome poucas vezes mais riscos de se tornar dependentes.
frutas, verduras, legumes e carnes. Entre as refeições ingere doces
e salgadinhos, que ficam de fácil acesso. Permanece por horas (B) Não há qualquer evidência de fatores de risco genéticos nos
assistindo à TV ou brincando no celular. Exame físico: bom estado transtornos relacionados ao uso de substâncias.
geral; peso = 18,4kg; estatura = 104cm; IMC = 17,01kg/m2 (Z- (C) A família é garantia de fator protetor para o uso de
escore entre +1 e +2 na curva da OMS). O diagnóstico é: substâncias.
(D) O monitoramento próximo dos pais sobre o desenvolvimento
(A) Sobrepeso dos filhos pouco impacta em relação ao uso de drogas.
(B) Obesidade
(C) Eutrofia 116. Mulher, 56 anos, apresenta uma lesão ulcerosa dolorosa em
(D) Risco de sobrepeso membro inferior esquerdo, como a apresentada na figura a seguir.
As extremidades mantêm a temperatura corporal, sensibilidade ao
toque e pulsos presentes.
112. Devido ao alto índice de gravidez na adolescência em uma
comunidade, a equipe de saúde da UBS e a escola local planejam
uma ação de saúde interinstitucional sobre educação e saúde
sexual. Nesta parceria, uma das formas com que a equipe de
saúde poderá contribuir é:

(A) Fornecer preservativos mediante autorização dos


responsáveis.
(B) Fornecer preservativos mediante agendamento prévio.
(C) Realizar testes de gravidez mediante autorização dos
responsáveis.
(D) Favorecer o acesso aos preservativos e aos testes de
gravidez.

113. Homem, 46 anos, hipertenso, vai à UBS para aferir a


pressão arterial. A enfermeira nota que o paciente apresenta
exacerbação de lesões de psoríase. Questionado se está
passando por alguma situação de estresse, ele confirma e relata
consumo de 4 latas de cerveja à noite, diariamente, nos últimos 2
meses para conseguir dormir. Não pensa que deveria diminuir a
quantidade de álcool, não se incomoda ou sente culpa ao ser
criticado por este hábito de beber. Não costuma beber em nenhum
outro momento do dia. Foi orientado sobre o efeito do uso
aumentado de álcool e teve agendada avaliação médica. Em
relação à intervenção sobre o uso de álcool, a orientação da
enfermeira se encaixa em uma ação de prevenção:

(A) Primária
(B) Secundária A etiologia da úlcera é:
(C) Terciária
(D) Quaternária (A) Isquêmica
(B) Venosa
(C) Neuropática
114. Homem trans, 20 anos, portador do vírus HIV,
assintomático, em seguimento ambulatorial, comparece à UBS (D) Infecciosa
para coleta de exames de rotina. Relata que iniciou atividade
sexual há 2 meses, com parceiro do gênero masculino. Além dos
exames que devem ser solicitados para o controle do HIV, deve-se
incluir:

(A) Mamografia
(B) Ultrassonografia pélvica
(C) Papanicolau
(D) Colonoscopia

Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023 23


117. Mulher, 72 anos, tem diagnósticos de hipertensão arterial 120. Uma professora de pré-escola quer adequar o mobiliário da
sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia e hipotireoidismo. Faz uso sala de atividades didáticas à sua turma de crianças com
regular, sob orientação médica, de losartana, metformina, necessidades especiais, na faixa etária de 4 anos. Para isso, ela
sinvastatina e levotiroxina. Além desses medicamentos, usa verifica as estaturas das crianças na ficha de matrícula e obtém os
diclofenaco por conta própria, para dores articulares, diariamente. seguintes dados:
Há 2 meses vem apresentando crises de broncoespasmo e
dispneia. Procurou pronto atendimento, sendo medicada com
salbutamol spray, prednisona oral e encaminhada para seguimento Criança Estatura (cm)
na unidade básica de saúde, onde foi orientada a manter uso de 1 100
salbutamol, acrescentar beclometasona spray e teve solicitados
exames de imagem e função pulmonar. Mesmo tendo aderido 2 102
corretamente ao tratamento, não obteve melhora, procurando 3 94
serviço de emergência por crises de falta de ar várias vezes. Nega
asma na infância. Refere irmã com asma e rinite. A conduta é: 4 101
5 95
(A) Encaminhar para serviço de atenção secundária para 6 97
avaliação especializada.
7 99
(B) Orientar uso de beta-adrenérgico e corticoide inalatório de
longa duração. 8 126
(C) Acrescentar corticoide oral até que os exames solicitados 9 95
estejam prontos.
10 96
(D) Avaliar interações medicamentosas indesejáveis antes de
alterar a conduta. 11 96
12 101
118. Homem, 54 anos, assintomático, traz resultados de exames
laboratoriais de rotina. Entre eles, observa-se os seguintes valores: Considerando o objetivo da professora e as estaturas obtidas, a
glicemia plasmática de jejum = 128mg/dL; glicemia duas horas melhor medida de distribuição de frequência que ela deverá enviar
após uma sobrecarga de 75g de glicose = 200mg/dL e HbA1c = à marcenaria é:
6,4%. Considerando o rastreamento de diabetes mellitus, a
conduta é:
(A) Mediana
(B) Média ponderada
(A) Repetir a glicemia plasmática de jejum.
(C) Média aritmética
(B) Tratar diabetes mellitus.
(C) Repetir a dosagem da HbA1c. (D) Moda
(D) Repetir os três exames.

119. Homem, 60 anos, há um dia recebeu vacina conjugada


pneumocócica 13 valente. Hoje, procura a unidade de saúde com
eritema intenso, enduração e edema no local de vacinação,
acompanhada de dor importante e dificuldade de movimentação do
membro. O diagnóstico e a conduta são:

(A) Tromboflebite. Ciprofloxacino via oral.


(B) Celulite. Cefalexina via oral.
(C) Reação de Arthus. Compressa gelada e anti-histamínico via
oral.
(D) Reação de hipersensibilidade tardia do tipo IV. Observação.

24 Teste de Progresso NIEPAEM - setembro/2023

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