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Política Económica e Social Pombalina

Destacou-se o reinado de D. José, através da política do Marquês de Pombal (Sebastião


de Carvalho e Melo), pelo intento de tornar o Estado uma entidade autónoma e
centralizadora, que se diferenciasse da sociedade pelo facto de ser um organismo
regente e com o poder máximo concentrado no primeiro-ministro, que assim relega o
monarca para uma posição quase exclusivamente honorífica. Esta forma de governo era
manejada por um grupo privilegiado de personagens que integravam o círculo de
confiança pombalino. Entre estas contavam-se membros da sua própria família, de
ordens religiosas e clérigos seculares, diplomatas, juristas e comerciantes.
A reforma de instituições pré-existentes ou a formação de outras de raiz baseou
solidamente a política sócio-económica pombalina. A Junta de Providência Literária,
o Erário Régio, a Junta das Confirmações Gerais, a Intendência Geral da Polícia, a Real
Mesa Censória, a Junta do Comércio e o Juízo da Inconfidência foram criados ex novo,
enquanto que sofreram alterações o Senado da Câmara de Lisboa, o Juízo da Coroa e
o Desembargo do Paço, entre outros. Entre muitas das medidas reformadoras tomadas
por Pombal conta-se a perseguição aos padres da Companhia de Jesus, uma vez que
estes simbolizavam o poder que a Igreja tinha adquirido. De facto, foi intenção do
primeiro-ministro efetuar a separação dos poderes temporal e espiritual, de forma a
evitar as interferências que durante séculos puderam condicionar o governo de muitos
soberanos. Fomentou também o crescimento da burguesia com o intuito de dinamizar
economicamente o país e estimulou a mobilidade entre os estratos sociais, algo que não
agradou à nobreza, que via igualmente a sua aspiração a cargos de poder restringida por
um governo levado a cabo com mão de ferro. A linha de força da política económica
pombalina foi o protecionismo do comércio nacional e ultramarino, favorecendo o
monopólio português e encorajando as produções agrícola e manufatureira.

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