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Rede Electrica
REDE ELÉCTRICA E
MANUTENÇÃO DE
FERRAMENTAS
ELÉCTRICAS
COMUNIDADE EUROPEIA
Fundo Social Europeu
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IEFP
“Produção apoiada pelo Programa Operacional Formação Profissional e Emprego, cofinanciado pelo
Estado Português, e pela União Europeia, através do FSE”
“Ministério de Trabalho e da Solidariedade – Secretaria de Estado do Emprego e Formação”
ÍNDICE
DOCUMENTOS DE ENTRADA
CORPO DO MÓDULO
0 – INTRODUÇÃO.................................................................................................. 0.1
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................C.1
DOCUMENTOS DE SAÍDA
PÓS-TESTE............................................................................................................ S.1
ANEXOS
OBJECTIVOS GERAIS
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
PRÉ-REQUISITOS
Lubrific a ç ã o de S iste ma s de
S iste ma s de S iste ma s de S iste ma s de Ca rga
Motore s e Alime nta ç ã o Die se l Alime nta ç ã o por
Arre fe c ime nto Igniç ã o e Arra nque
Tra nsmissã o Ca rbura dor
S iste ma s de Aviso
S iste ma s de Lâ mpa da s, Fa róis S iste ma s de
S obre a lime nta ç ã o Foc a ge m de Fa róis Ac ústic os e
Informa ç ã o e Fa rolins Comunic a ç ã o
Luminosos
Unida de s Emissõe s
Dia gnóstic o e
Ele c trónic a s de S iste ma s de P olue nte s e
S iste ma s Re pa ra ç ã o e m S iste ma s de
Coma ndo, Inje c ç ã o Dispositivos de
Ele c trónic os Die se l S iste ma s Inje c ç ã o Me c â nic a
S e nsore s e Ele c trónic a Controlo de
Me c â nic os
Ac tua dore s Emissõe s
Dia gnósic o e
Dia gnóstic o e
Aná lise de G a se s Re pa ra ç ã o e m
Re pa ra ç ã o e m Ma nute nç ã o
de Esc a pe e S iste ma s Roda s e P ne us Te rmodinâ mic a
S iste ma s c om P rogra ma da
O pa c ida de Elé c tric os
G e stã o Ele c trónic a
Conve nc iona is
Noç õe s de Constituiç ã o e
Le gisla ç ã o P roc e ssos de
G a se s Ca rbura nte s Me c â nic a Func iona me nto do P roc e ssos de
Espe c í fic a sobre Tra ç a ge m e
e Combustã o Automóve l pa ra Equipa me nto Con- Corte e De sba ste
GPL P unc iona me nto
GPL ve rsor pa ra G P L
LEG ENDA
Módulo em
Pré-Requisito
estudo
0 – INTRODUÇÃO
A sua função nas instalações de uma oficina de reparação automóvel estende-se à pro-
pulsão, iluminação aquecimento, refrigeração, áudio, vídeo e computadores.
1 – REDE ELÉCTRICA
A protecção assegurada por uma rede eléctrica está condicionada pelo grau de protecção dos
componentes eléctricos utilizados, como os quadros eléctricos, tomadas, interruptores, armaduras,
etc. Entre os graus de protecção mais utilizados nas oficinas de reparação automóvel, podemos
citar o ( índice de protecção ) IP-30, o IP-41 e o IP- 43.
IP-30: grau de protecção utilizado para instalações interiores, escritórios e nas instalações domésti-
cas.
IP-43: os componentes com este grau de protecção têm uma construção estanque, sendo utiliza-
dos em ambientes muito húmidos, como pos exemplo as estações de serviço. Os quadros eléctri-
cos com o grau de protecção IP-43 devem estar sempre abrigados, não podendo estar ao ar livre.
Os metais mais utilizados na fabricação dos condutores são o cobre e o alumínio. O cobre tem
melhores propriedades eléctricas, sendo metal mais utilizado nas instalações eléctricas. O alumí-
nio, devido ao seu mais baixo preço e menor peso, é utilizado na transmissão de energia, sendo
vantajosa a sua utilização nas grandes secções.
A resistência que um condutor oferece à passagem da corrente eléctrica, diminui quando aumenta
a secção, e aumenta com o aumento do comprimento.
A resistividade é um valor determinado para cada material, em que a sua resistência vem expres-
sa em ohms por milímetro quadrado de uma secção condutora com um metro de comprimento
( ohm x mm2/m ). O alumínio apresenta uma resistividade 64% maior do que a do cobre, o que para
manter a resistividade da rede, obriga a um aumento de 64% na secção condutora em alumínio.
O isolamento dos condutores consiste numa ou mais camadas de materiais isolantes. Entre os
mais utilizados podemos citar o PVC e o polietileno reticulado, derivados da borracha, papel e
fibras têxteis. Para melhorar as propriedades de isolamento e de resistência mecânica, os conduto-
res podem ter ainda bainha, blindagem e armadura, em elementos têxteis, nylon e elementos metá-
licos. Para altas potências os condutores podem ainda ser isolados em fibras embebidas em óleo.
As intensidades de corrente admissíveis para um determinado condutor variam com a sua sec-
ção normalizada, com a montagem ao ar ou embebida e com o tipo de material da alma condutora
e do isolamento. Como no exemplo mostrado na figura 1.1, as correntes admissíveis em cada con-
dutor são referidas em ampéres, em função da secção da alma condutora referida em milímetros
quadrados.
Para que um condutor se distinga dos outros e para permitir uma maior eficiência na colocação e
na reparação de uma instalação eléctrica, o isolamento de cada condutor pode apresentar cores
diferentes. De acordo com o regulamento em vigor, as cores de identificação são as seguintes:
1.1.1 – CONDUTORES
Um fio condutor é um elemento metálico utilizado para o transporte de energia eléctrica. Se este
elemento metálico estiver exposto, chama-se “condutor nu”. Se o elemento metálico for revestido
por uma substância isolante chama-se “condutor isolado”. Os condutores dividem-se em:
Isolamento
Alma Condutora
Isolamento
1.1.2 – CABOS
Um cabo é um conjunto de dois ou mais fios condutores, reunidos numa mesma bainha e isolados
entre sí. Existe uma nomenclatura para fios e cabos condutores, que permite a sua identificação.
Como exemplo de utilização dos cabos, podemos citar os cabos coaxiais para sinais de áudio,
vídeo e informática. A figura 1.4 mostra um cabo coaxial.
TERMINAIS
São elementos que complementam as pontas dos condutores, facilitando a ligação eléctrica e a
fixação ao aparelho. Existem no mercado em vários formatos, adequados aos diferentes tipos de
ligação.
Fig. 1.5 -
Modelos de terminais.
Os fusíveis destinam-se à protecção dos circuitos eléctricos e dos equipamentos. Em caso de cur-
to-circuito acidental, a intensidade na linha aumenta bruscamente, aquecendo os condutores, o
que poderia provocar um incêndio. Os fusíveis são constituídos por um pequeno fio, de cobre ou
de chumbo, instalados nas linhas de saída dos quadros eléctricos.
Têm a função de derreter quando o aumento da intensidade na linha ultrapassa o valor nominal do
fusível, interrompendo o circuito eléctrico. Actualmente os fusíveis estão a ser substituídos pelos
disjuntores, que apresentam maior precisão e segurança.
Percutor
Fusível
Novo
Fusível
Fundido
A figura 1.6 mostra fusíveis pertencentes à portinhola ou do quadro geral. Neste tipo de fusíveis o
ruptor sobressai do corpo do fusível quando este dispara, assinalando visualmente que o fusível
está fundido.
Manípulo
Paínel
Interruptor
1.2.3 – DISJUNTORES
Actualmente as instalações eléctricas utilizam disjuntores em lugar de fusíveis. Têm funções seme-
lhantes às dos fusíveis, sendo mais precisos nos valores máximos de intensidade a suportar pelo
circuito. Os disjuntores são aparelhos de corte, comando e protecção com actuação automática
contra a sobreintensidade.
Os sistemas de disparo dos disjuntores magnetotérmicos podem ser: disparo térmico e disparo por
curto-circuito.
DISPARO TÉRMICO: é mais lento a actuar e ocorre quando existem sobrecargas no sector prote-
gido.
DISPARO POR CURTO-CIRCUITO: é mais rápido e ocore quando se dá um curto-circuito.
Quanto ao número de fases a proteger, os disjuntores podem ser divididos em: disjuntores mono-
polares, disjuntores bipolares, disjuntores tripolares e disjuntores tetrapolares.
Com a aplicação de disjuntores não são necessárias substituições de fusíveis, apenas voltar armar
o disjuntor depois de solucionar a causa do disparo.
O disjuntor diferencial deve estar sempre presente em cada sector do quadro eléctrico, a seguir ao
interruptor de corte geral.
O disjuntor diferencial detecta diferenças de corrente entre o neutro e as fases. Se estas diferen-
ças de corrente existirem, o disjuntor diferencial dispara e desliga o sector, efectuando assim a
protecção indirecta do utilizador dos circuitos eléctricos. É importante referir que o disjuntor dife-
rencial não interfere com a linha de terra.
Existe uma gama de correntes diferenciais que determina a sensibilidade ao disparo do disjuntor
diferencial a utilizar. Como exemplo temos os disjuntores diferenciais de 30 mA, 63 mA, 300 mA,
500 mA, etc.
1.3 - TOMADAS
As tomadas são pontos de entrega de energia, permitindo a ligação de fichas eléctricas adequa-
das. Consistem nos alvéolos para a introdução dos terminais, a ligação a terra, um encaixe que
fixa o corpo da ficha e uma tampa de protecção contra água, sujidade e introdução acidental de
objectos.
Existem vários tipos de tomadas eléctricas nas instalações de uma oficina mecânica. A forma das
tomadas está estudada de maneira a prevenir que equipamentos para voltagens diferentes das
indicadas sejam ligados na mesma tomada.
Estas tomadas têm dois alvéolos e mais uma ligação para a terra. A diferença de potencial entre os
dois alvéolos é de 220 V. Para assegurar a protecção contra humidades e projecção de partículas,
utilizam-se tomadas do tipo “schuko”, como a mostrada na figura 1.16
Tomada
Tomada “IP – 30”
“Schuko”
1.4 – ILUMINAÇÃO
1.4.1 - INTERRUPTORES
Quando ligamos um interruptor, fechamos um circuito e a corrente eléctrica passa por este cami-
nho. Neste momento salta uma pequena faísca, chamada “sobre-corrente de fecho”, entre os con-
tactos do interruptor.
Estas faíscas representam algum perigo em ambientes com acumulação de gases combustíveis ou
acumulação de vapores de produtos inflamáveis, tais como a gasolina, tintas e diluentes. Existem
molas aplicadas no interior dos interruptores, para provocar a abertura e o fecho rápido dos con-
tactos de forma a reduzir ao mínimo a produção de faíscas.
1.4.2 – LÂMPADAS
Transformam a energia eléctrica em energia luminosa. Existem vários tipos de armaduras, adequa-
das à aplicação das lâmpadas, obedecendo a critérios de luminosidade e aos graus de protecção
inicialmente referidos.
LÂMPADAS INCANDESCENTES
Estas lâmpadas contém dois filamentos que são percorridos pela corrente eléctrica, numa ampola
em forma de cilindro comprido, e funcionam por um sistema em que a passagem de uma corrente
eléctrica vai excitar um gás que emite luminosidade que é aumentada por uma camada de pó fluo-
rescente aplicada no interior do cilindro de vidro. Estas lâmpadas são ligadas indirectamente à
rede eléctrica através de um transformador adequado, chamado balastro. A instalação inclui ainda
um sistema auxiliar de partida da lâmpada, chamado arrancador.
São lâmpadas constituidas por duas ampolas de vidro, sendo a do interior a produzir a luminosida-
de. Têm bases roscadas semelhantes às lâmpadas incandescentes. Dão boa iluminação, com con-
sumos inferiores aos das lâmpadas incandescentes, porém a sua luz dificulta a diferenciação de
cores. A figura 1.22 mostra uma lâmpada de vapor de mercúrio.
Base
Disco deflector de calor
Resistor de partida
Electrodos Principais
Lides
Tubo de arco
Suporte do tubo
Suporte do tubo
Eletrodo auxiliar
Bulbo externo
LÂMPADAS DE HALOGÉNEO
Verificar se o disjuntor correspondente à esta área de iluminação está desligado. Escolher uma
lâmpada de características semelhantes a que está fundida e efectuar a substituição.
LÂMPADAS INCANDESCENTES
As lâmpadas incandescentes são substituídas desenroscando a lâmpada até que saia do casqui-
lho e aplicando a lâmpada nova, que deve ser enroscada até ao fim e levar um leve aperto.
LÂMPADAS FLUORESCENTES
As lâmpadas fluorescentes são substituídas rodando a lâmpada um quarto de volta sobre o seu
eixo e puxando para fora no sentido da ranhura existente nos casquilhos, e aplicando a lâmpada
nova no sentido contrário.
LÂMPADAS DE HALOGÉNEO
Deve ser utilizado o plástico que protege a lâmpada ou um pano para manipular a lâmpada duran-
te a substituição. A corrente eléctrica do sector deve ser sempre desligada antes de substituir uma
lâmpada de halogéneo, para evitar o risco de queimaduras e de rebentamentos.
Os níveis de iluminação são medidos em LUX e variam em função da precisão do trabalho a reali-
zar em cada área.
- Os locais de trabalho devem ser iluminados com luz natural, recorrendo-se à luz
artificial complementarmente, quando aquela seja insuficiente.
De acordo com a tabela internacional de iluminação, a fugura 1.23 mostra os níveis de ilu-
minação recomendados para as oficinas de reparação automóvel:
O corpo humano é um bom condutor de corrente eléctrica, com resistência variável. Sua sensibili-
dade geralmente começa a uma corrente de 2 miliamperes e acima destes valores torna-se perigo-
sa. A noção de perigo é mais comumente transmitida pela noção de “tensão perigosa”. A figura
1.24 mostra as tensões perigosas, em função da resistência do corpo.
Lembre-se: para que haja perigo basta que dois pontos do corpo humano estejam submetidos a
uma diferença de potencial. Como os nossos pés estão sobre o solo, basta outro ponto de contac-
to em tensão, para que se estabeleça um circuito e que o corpo seja atravessado por uma corrente
eléctrica. A figura 1.25 exemplifica um choque eléctrico.
2.1 - DISJUNTORES
Os disjuntores têm uma vida útil limitada, cujo fim pode ser indicado pelo seu disparo cada vez
mais frequente, ou ainda pela ausência de disparo. Nunca devemos substituir um disjuntor por um
de intensidade superior.
Na instalação de máquinas novas deve ser prevista uma nova linha para cada máquina, e não a
substituição do disjuntor por um de maior intensidade para proteger o conjunto de máquinas.
Os disjuntores diferenciais têm um botão de teste, que permite a verificação peródica do seu cor-
recto funcionamento, como mostrado na figura 1.26. Estes disjuntores devem ser testados periodi-
camente.
A manutenção das ferramentas eléctricas engloba todas as tarefas destinadas à solução de ava-
rias e problemas de funcionamento.
Pedir ao serviço responsável na empresa, a ficha técnica da ferramenta a reparar, onde estão refe-
ridas todas as informações necessárias à sua correcta manutenção.
As ferramentas manuais eléctricas são geralmente constituídas por um corpo (carcaça) metálico
ou plástico, que tem as funções de dar resistência, permitir uma boa empunhadura e conter os
componentes internos da ferramenta. Apresentam no seu interior um motor eléctrico, comandado
directamente por um botão liga-desliga, ou por um variador electrónico de velocidade. No exterior
da ferramenta apresentam um fio eléctrico para a ligação à tomada. Externamente possuem ainda
uma bucha ou porta-ferramenta destinada à aplicação das ferramentas que, accionadas pela
máquina, vão executar os trabalhos previstos.
Mais recentemente têm surgido no mercado as ferramentas eléctricas "sem-fio" que apresentam
um pequeno acumulador de electricidade recarregável, dispensando uma ligação permanente à
rede eléctrica.
Escova
Comutador
Escova
O motor eléctrico destas ferramentas é construído de maneira a ser leve e potente, sendo consti-
tuído basicamente por um estator e por um veio móvel electrificado chamado rotor. A corrente
eléctrica passa entre ambos por meio de “escovas”como mostrado na figura 1.27. Estas escovas
são feitas de material macio e condutor de electricidade, geralmente de um carvão especial, ten-
do uma ligação eléctrica com um terminal. São fixadas mecanicamente no estator, sendo pressio-
nadas por uma mola contra palhetas, em cobre, numa parte do induzido chamada comutador ou
colector.
Parafuso
Porta-escova
Mola
Escova
Comutador
Rolamento Rotor
Anilha Rolamento
Anilha Isolante
Veio
Pinhão
Espirar
Espiras Espirar
Bobinas do Estator
Ligações
eléctricas
Bobinas do estator
Comutador
Porta-escovas
Estator
Mola
Porta-escovas
Escova Mola
Mola
Veio
Casquilho
3.1.2 – MULTÍMETRO
Escalas
Resistência
Com o multímetro posicionado numa das escalas de resistência e a ferramenta eléctrica DESLI-
GADA da rede, verificar todo o circuito eléctrico da ferramenta, começando num dos terminais da
ficha, até completar todo o circuito no outro terminal da ficha, pela seguinte ordem:
Entre os dois pólos do interruptor, na sua posição livre, não deve haver passagem de corrente, o
que corresponde no multímetro à indicação de resistência infinita.
Entre os dois pólos do interruptor, quando carregado com o dedo, deve passar corrente, o que cor-
responde no multímetro à indicação de resistência muito baixa.
- Se nas duas posições do interruptor, o multímetro indicar uma resistência muito baixa,
o interruptor está em curto-circuito ou bloqueado na posição “ligado”.
Ventilador
Porta-escova
Comutador
Pólos-saída
Engrenagens
Massa polar
Interruptor
Pólos de entrada
Verificar desde o ponto de entrega de corrente, no interior da ferramenta, se esta chega a cada
uma das escovas e se passa das escovas ao comutador. Esta comprovação deve ser feita para
cada uma das escovas, tendo o cuidado de desligar uma das ligações eléctricas das bobinas do
estator.
Efectua-se encostando uma das pontas de prova do multímetro ao colector, na palheta do comu-
tador em contacto com a escova a ser verificada e a outra ponta de prova ao ponto de entrega de
corrente.
Continuidade do estator: aproveitando que a ligação de uma das escovas foi desligada no ensaio
anterior, colocam-se as pontas de prova do multímetro sobre as ligações de cada bobina do esta-
tor, e efectua-se a leitura dos valores da resistência indicados pelo multímetro.
Se neste ponto do ensaio, todas as continuidades estiverem correctas e ainda assim a ferramenta
funcionar mal, ou não funcionar, devem ser verificadas as continuidades do rotor e do estator:
Verificar a continuidade do rotor, rodando o rotor lentamente, com as pontas de prova do multíme-
tro sobre os contactos das escovas, desde que um dos contactos com o estator esteja desligado.
O multímetro geralmente indica uma resistência entre 100 a 500 ohms ao longo deste ensaio.
Ensaio de curto-circuito ao veio, do comutador do rotor: este ensaio efectua-se com a lâmpada em
série ligada à tomada. Colocar uma das pontas de prova da lâmpada em série sobre o veio,
enquanto a outra percorre o comutador, como mostrado na figura 1.37.
Ensaio de curto-circuito das bobinas ao estator: este ensaio efectua-se com a lâmpada em série
ligada à tomada. Colocar uma das pontas de prova da lâmpada em série sobre cada uma das
massas polares, enquanto a outra percorre as ligações das bobinas.
3.1.4 – LUBRIFICAÇÃO
A lubrificação dos veios, casquilhos e peças deslizantes, deve ser feita com óleo fino, aplicado em
pequenas quantidades quando a ferramenta eléctrica for aberta para manutenção.
A lubrificação e substituição das massas consistentes das redutoras deve ser sempre efectuada
após uma limpeza adequada destes mecanismos, com um pano que não deixe fios, e de uma ins-
pecção visual ao estado de desgaste das superfícies dentadas e dos rolamentos de apoio. A figura
1.38 mostra os pontos de lubrificação de um berbequim eléctrico.
Óleo fino
Massa consistente
3.2 – MANUTENÇÃO
A manutenção das ferramentas eléctricas pode ser resumida num conjunto de passos:
Se o rotor estiver queimado, ou se as bobinas do estator estiverem queimadas, devem ser ponde-
rados os custos da reparação em comparação com os custos de aquisição de uma ferramenta
nova de características semelhantes. Dado que são as peças mais caras, podem ter um custo ele-
vado em comparação ao valor de uma ferramenta eléctrica usada.
Existem elementos de desgaste rápido, substituíveis, devido ao movimento rotativo de alguns com-
ponentes. Geralmente desgastam-se as escovas, casquilhos e rolamentos, que encontram-se à
venda para reposição.
3.5– GARANTIAS
As ferramentas eléctricas que estejam dentro do prazo de garantia nunca devem ser abertas, nem
modificadas, pois estes actos dão origem à perda da garantia. Todas as avarias, não-cumprimento
de especificações e falhas de funcionamento devem ser comunicadas ao fornecedor da ferramenta
ou ao representante da marca, de forma a manter válida a garantia. Se for necessário entregar a
ferramenta para reparação, deve ser devolvida de preferência na embalagem original, com o docu-
mento de garantia e cópia do documento de compra.
Mantenha as outras pessoas afastadas, não deixe que contactem com as fer-
ramentas ou com as extensões eléctricas.
Utilize roupa adequada, não use roupa larga ou jóias. Estas podem agarrar-
se às peças móveis. Se tem cabelos compridos, proteja-os. Em trabalhos
com muita poeira utilize máscaras de respiração.
Não transporte as ferramentas pelo fio eléctrico, nem puxe pelo fio para as
desligar da tomada. Proteja o fio das arestas cortantes, do calor e de óleos.
Esteja sempre atento: observe o seu trabalho, proceda com cuidado e evite
trabalhar com ferramentas eléctricas se estiver muito cansado.
Em serras eléctricas, nunca utilize lâminas partidas ou defeituosas. Depois de desligar, não tente
parar a máquina fazendo pressão lateral sobre a lâmina.
Nas serras de recorte com movimento pendular, não use os módulos pen-
dulares para o corte de metais: pode partir a lâmina ou danificar a máquina.
BIBLIOGRAFIA
Catálogo RS - 1998
PÓS-TESTE
Assinale com X a resposta correcta. Apenas existe uma resposta correcta para cada questão.
2 –As tomadas são pontos de entrega de energia eléctrica. A cor de sinalização das
tomadas destinadas aos computadores está estudada:
a) Manter ligado o disjuntor para observarmos se a lâmpada nova está boa ...............
d) Apertar muito a nova lâmpada, para que esta não caia ............................................
b) Com óleo fino em pequenas quantidades, e massa consistente, após uma limpeza
1 C 2
2 C 2
3 D 2
4 B 2
5 A 2
6 B 2
7 D 2
8 A 2
9 C 2
10 C 2
Total 20
EXERCÍCIOS PRÁTICOS
Equipamento necessário:
- Luminária fluorescente.
- Escadote, se necessário.
Tarefas a executar:
2. Rode a lâmpada antiga sobre o seu eixo um quarto de volta, puxar no sentido da ranhura, e reti-
rar a lâmpada.
5. Em caso afirmativo, rode o arrancador no sentido anti-horário, extraia e aplique o novo arranca-
dor no sentido inverso.
6. Aplique a nova lâmpada fluorescente, empurre no sentido da ranhura, e rode um quarto de volta.
- Lâmpada em série.
- Luvas em borracha.
Tarefas a executar:
6. Com base na lâmpada em série ter ou não acendido, conclua se existe curto-circuito ao veio.
Desliga o disjuntor. 2
Retira a lâmpada. 3
Observa se a lâmpada está queimada
3
nas extremidades.
Liga o disjuntor. 1
Calça as luvas. 2
CLASSIFICAÇÃO 20