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LEI DE

ESQUEMATIZADA
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LEI DE DROGAS PARA CONCURSOS

SUMÁRIO
LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA (LEI Nº 11.343/06)

UNIDADE 1 Antinomia aparente de normas penais na lei de drogas

UNIDADE 2 Delito de posse de drogas ilícitas para consumo pessoal


2.1 Semeia, cultiva e colhe pequena quantidade para consumo pessoal
2.2 Critérios utilizados para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal
2.3 Garantia do cumprimento das medidas socioeducativas

UNIDADE 3 Vedação da prisão em flagrante para o usuário de drogas

UNIDADE 4 Repressão à produção não autorizada de drogas

UNIDADE 5 Tráfico ilícito de drogas (art.33 caput e § 1º)


5.1 Outras condutas de tráfico
5.2 Delito de induzimento, auxílio ou instigação ao uso indevido de droga
5.3 Delito do uso compartilhado
5.4 Causa de diminuição de Pena nos delitos tráfico

UNIDADE 6 Apetrechos de fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas

UNIDADE 7 Delito de associação para o tráfico

UNIDADE 8 Financiamento do tráfico


8.1 Entendimento doutrinário

UNIDADE 9 Informante do tráfico

UNIDADE 10 Prescrição ou ministração culposa de drogas

UNIDADE 11 Condução de embarcação ou aeronave sob o efeito de drogas

UNIDADE 12 Causas de aumento de pena

UNIDADE 13 Delação premiada

UNIDADE 14 Aplicação da pena

LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.


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UNIDADE 15 Vedações

UNIDADE 16 Imputabilidade
16.1 Semi-imputabilidade

UNIDADE 17 Da investigação, procedimentos e inquérito policial

UNIDADE 18 Competência

UNIDADE 19 Diversos entendimentos jurisprudenciais

UNIDADE 20 Referência Bibliográfica

LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.


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UNIDADE 1
Antinomia Aparente de Normas Penais na Lei de Drogas (Conflito Aparente de Normas Penais)

CONCEITO: A doutrina define que “há um conflito estabelecido, entre duas ou mais normas aparentemente
aplicáveis ao mesmo fato”. Por isso, o conflito é aparente, pois há mais de uma norma pretendendo regular o
mesmo fato; entretanto, somente uma delas será aplicada ao caso. Destarte, para solucionar tal conflito, torna-se
necessário que busquemos a aplicação de alguns princípios, como por exemplo: Subsidiariedade, Especialidade,
Consunção e Alternatividade – S E C A (Grifei).

ATENÇÃO: Trabalharei somente o princípio da especialidade, por ser o cerne da obra, porquanto esse assunto está
atrelado diretamente às leis especiais ou extravagantes.

O QUE É PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE?


O princípio da especialidade evidencia que a norma especial afasta a incidência da norma geral. Neste viés, a “norma
se diz especial quando contiver os elementos de outra (geral) e acrescentar pormenores. Não há leis ou disposições
especiais ou gerais, em termos absolutos. Resultam da comparação entre elas, da qual se aponta uma relação de
espécie a gênero. A norma será preponderante quando especial” (Grifei).

EXEMPLO: Tico, imputável, entrega cola de sapateiro para Ricardo, de 15 anos completos, em ato continuo, Tico é
detido em flagrante por policiais que passavam próximo ao local e presenciaram o fato. Nesta situação hipotética, o
Delegado de polícia, Alison Rocha, ao lavrar o auto de prisão em flagrante, indiciará Tico na conduta tipificada no art.
243 do Estatuto da Criança e Adolescente – ECA (8.069/90), porquanto tal dispositivo menciona que: Art.
243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a
adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência
física ou psíquica (...) (Atualizada pela Lei nº 13.106, de 2015). De acordo com a Portaria SVS/MS no344, de 12 de
maio de 1998, não aparece em sua lista, cola de sapato (componente tolueno). Nesse caso, aplica-se o princípio da
especialidade por ter envolvido um adolescente, porque não foi explicitado o termo “DROGA ILÍCITA”, se fosse,
haveria a conduta delituosa preceituada na nova lei de drogas (Lei nº 11.343/06), em tese, no art.33, c/c inciso VI,
do art. 40, ambos da lei 11.343/06.

QUADRO SINÓTICO
COM OUTRO EXEMPLO

TRÁFICO INTERNACIONAL
CONTRABANDO DE DROGAS
ART. 334-A do CP ART. 33, CAPUT

QUALQUER A MERCADORIA PROIBIDA


É, ESPECIFICAMENTE,
MERCADORIA SUBSTÂNCIA
PROIBIDA ENTORPECENTE

NORMA GERAL NORMA ESPECIAL

IMPORTANTE: A norma Especial será aplicada, seja ela mais grave ou não.

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QUESTÕES DE PROVAS

(DELEGADO DE PC/ES – CESPE)


1. Considere a seguinte situação hipotética. O comerciante Ronaldo mantém em estoque e
frequentemente vende para menores em situação de risco (meninos de rua) produto industrial conhecido
como cola de sapateiro. Flagrado pela polícia ao vender uma lata do produto para um adolescente, o
comerciante foi apresentado à autoridade policial competente. Nessa situação hipotética, caberá ao
delegado de polícia a autuação em flagrante de Ronaldo, por conduta definida como tráfico de substância
entorpecente.

(AGENTE DE PC/ES – CESPE)


2. O agente que infringe o tipo penal da lei de drogas na modalidade de importar substância entorpecente
será também responsabilizado pelo crime de contrabando, visto que a droga, de qualquer natureza, é
também considerada produto de importação proibida.

GABARITOS COMENTADOS
1. COMENTÁRIO: O item está errado. O examinador testa o candidato mais uma vez, porquanto cobra um
tema moderno, o conflito aparente de normas penais, em um de seus princípios, o da especialidade.
Vejamos com a explanação: o Comerciante terá que responder pela a conduta na lei nº 8.069/90, no
art. 243 (...), produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica (...), porque a
conduta de vender cola de sapato envolveu adolescente e a droga não está na portaria nº344 SVS/MS.

2. COMENTÁRIO: O item está errado. Neste sentido, o conflito aparente de normas penais, em um de seus
princípios, o da especialidade. Vejamos com a explanação: o agente criminoso, ao introduzir substância
entorpecente (droga ilícita) no Brasil, ele pratica o crime do art.33, caput, da lei 11.343/06, na elementar –
IMPORTAR. Não pode, o criminoso, nessas circunstâncias apresentadas no item, sofrer a reprimenda do
art. 334-A (contrabando) do Cód. Penal, por mais que tal dispositivo tenha a elementar IMPORTAR, visto
que neste pune-se qualquer mercadoria proibida (norma geral) e naquele (lei de drogas) pune-se
especificamente os casos que envolvam mercadoria proibida, mas que seja considerada droga ilícita, de
acordo com a portaria do Ministério da Saúde. Aplica-se, assim, o princípio da especialidade e o agente
delitivo responderá somente pelo tráfico de drogas (art. 33,caput ).

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UNIDADE 2
Delito de posse de drogas ilícitas para consumo pessoal (art. 28, caput)

Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes
penas (...).
A nova lei de drogas aboliu as penas privativas de liberdade cominadas na antiga lei, estabelecendo as
seguintes sanções como medidas restritivas de direito:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

JURISPRUDÊNCIAS!
1. O STF sedimentou que por ter o legislador excluído do preceito secundário da norma as penas privativas
de liberdade, estabelecendo penas educativas e restritivas de direito, gerou um grande conflito (ver RE
430.105-9-RJ), posto que embora tenha ocorrido a exclusão das penas privativas de liberdade (detenção
ou reclusão), não houve a abolitio criminis, mas somente a despenalização. No entanto, há um Recurso
Extraordinário nº 635659, que pode descriminalizar o consumo e o porte para uso da maconha.
“O STF sinaliza que o artigo 28 da Lei de Drogas fere os princípios da CRFB e, portanto, defendem a sua
inconstitucionalidade, visto que a criminalização do consumo e porte de maconha podem ser declarados
inconstitucionais, baseados nos princípios da individualidade e da vida privada, pois o Estado não pode se
meter na privacidade das pessoas tampouco pode criminalizar uma conduta que não fere direitos de
terceiros. A autolesão é um exemplo claro. Se alguém desferir uma facada nela mesma, não se trata de
crime, pois não ofende terceira pessoa”.

Professor Alison, o que faço na prova?


Pois bem, na prova objetiva, enquanto não for declarada a inconstitucionalidade do art.28 da lei em
comento você irá marcar a alternativa que apresente como resposta que não houve a descriminalização
do art.28 caput, que continua sendo considerado crime pelo ordenamento jurídico pátrio.
Na prova discursiva e oral você irá complementar sua resposta com a atual discussão no STF sobre a
constitucionalidade do art. 28 da lei de drogas.
A doutrina majoritária diz que houve a despenalização ou a descarcerização do art.28 da lei de drogas.

2. Os oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que participaram do julgamento em 15.06.11 foram
unânimes em liberar as manifestações pela legalização das drogas, como a Marcha da Maconha, no Brasil.
Eles consideraram que as manifestações são um exercício da liberdade de expressão e não apologia ao
crime, como argumentavam juízes que já proibiram a marcha anteriormente.

3. Classifica-se como "droga", para fins da Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas), a substância apreendida que
possua "canabinoides" (característica da espécie vegetal Cannabis sativa), ainda que naquela não haja
tetrahidrocanabinol (THC) (STJ/2016).

DOUTRINA: Consoante a doutrina clássica, o crime se consuma com a realização de alguma das condutas
descritas na norma penal. Além disso, a doutrina majoritária sedimentou entendimento no qual, nessa
conduta, tipificadas no do art. 28, da presente lei, não há possibilidade de tentativa.
A conduta em análise é classificada pela doutrina moderna como tipo misto alternativo, conhecido
também como crime de forma livre ou conteúdo variado, porquanto o legislador descreveu um tipo misto,
ou seja, várias ações na mesma norma penal, exigindo-se para a consumação do delito a prática de apenas
uma das condutas.

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EXEMPLO: A, imputável, adquiriu, para consumo pessoal, substância conhecida como cloreto de etila
(lança perfume), transportou e guardou tal substância em sua casa. Nessa situação, A, se flagrado, será
responsabilizado apenas pela conduta de ADQUIRIR, pois os núcleos do tipo TRANSPORTAR e GUARDAR
que também constituem elementos objetivos do crime não serão aplicados, uma vez que o agente delitivo
responderá por um único crime. Entretanto, se o agente adquirir o lança perfume, transportar cocaína e
guardar maconha haverá três crimes diferentes em concurso material, haja vista que uma conduta não
tem ligação com a outra, dado a diversidade do contexto fático. Classifica-se também como delito de
perigo abstrato, por sua configuração não exigir dano real a terceiro. Ademais, a doutrina tradicional
define tal conduta (art.28) como norma penal em branco heterogênea, porque o termo “DROGA” tem a
necessidade de ser complementado por norma de caráter administrativo, de hierarquia diferente, como
por exemplo, a Portaria SVS/MS (Ministério da Saúde) no 344 de 12 de maio de 1998.
O crime previsto no art. 28 da lei especial tem prazo prescricional fixado em dois anos.

QUESTÕES DE PROVAS
(DELEGADO DA PC/PE – CESPE)
3. Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver portando certa quantidade de droga para consumo
pessoal e for abordada por um agente de polícia, ela poderá ser submetida à pena de advertência sobre
os efeitos da droga, de prestação de serviço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a
programa ou curso educativo.

(AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/ES – CESPE)


4. De acordo com a legislação que tipifica o tráfico ilícito e o uso indevido de drogas, são consideradas
entorpecentes aquelas capazes de produzir dependência física ou psíquica, constantes nas relações
publicadas em conjunto com a lei específica, por esta constituir norma penal em branco.

(DEFENSOR PÚBLICO- DPE/ES – CESPE)


5. O STF rejeitou as teses de abolitio criminis e infração penal sui generis para o delito de posse de drogas
para o consumo pessoal, afirmando a natureza de crime da conduta perpetrada pelo usuário de drogas,
não obstante a despenalização operada pela Lei n.º 11.343/2006.

GABARITOS COMENTADOS

3. COMENTÁRIO: O item está certo. Essa questão, em relação ao tema de drogas, está expressa no art. 28:
- Advertência;
- Prestação de serviços à comunidade;
- Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

4. COMENTÁRIO: O item está certo. À luz da doutrina moderna, considera-se norma penal em branco
(cegas ou abertas): normas nas quais o preceito secundário (cominação da pena) está completo,
permanecendo indeterminado o seu conteúdo. Trata-se, portanto, de uma norma cuja descrição da
conduta está incompleta, necessitando de complementação por outra disposição legal ou regulamentar.
O item se refere a norma penal em branco, mas podemos especificar ainda mais esta norma, dizendo que
ela é norma penal em branco em sentido estrito ou heterogêneo, porquanto o complemento provém de
fonte formal diversa; a lei é complementada por ato normativo infralegal, como uma portaria ou um
decreto. Destarte, o rol de substâncias entorpecentes, é elencado pela Lei 11.343/06 (Lei de Drogas) e
Portaria do Ministério da Saúde.

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5. COMENTÁRIO: O item está certo. O STF sedimentou que a Lei de Drogas não descriminalizou o fato,
mas promoveu uma despenalização, a pena não deixa de existir, mas foi radicalmente reduzida em relação
à norma legal anterior. Despenalização significa adotar penas alternativas para o ilícito penal de modo que
suavize a resposta penal e evite a aplicação da pena privativa de liberdade. Enquanto que descriminalizar
seria retirar o caráter ilícito do comportamento, legalizando-o ou transferindo-o para outra área do Direito
a aplicação de penalidades. Além disso, rechaçou a tese da abolição do crime e da conduta sui generi.

2.1 Semeia, Cultiva e Colhe pequena quantidade para consumo pessoal


Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas
destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência
física ou psíquica (§1º do art. 28).

ATENÇÃO: Na antiga redação da lei de drogas (6.368/76), essa conduta em epígrafe era tratada como
crime de tráfico de drogas. Com o novo advento da lei 11.343/06 (nova lei de drogas), o legislador corrigiu
uma desproporcionalidade, para aqueles que semeiam, cultivam e colhem plantas para preparação de
drogas destinadas ao consumo pessoal e em pequena quantidade.

QUESTÕES DE PROVAS
(ANALISTA JUDICIÁRIO/STF - CESPE)
6. É atípica a conduta do agente que semeia plantas que constituam matéria-prima para a preparação de
drogas, ainda que sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

(Juiz Federal/TRF - CESPE)


7. A mencionada lei não contém previsão expressa para o agente que semeia, cultiva ou realiza a colheita
de planta destinada à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar
dependência física ou psíquica, para consumo compartilhado, eventualmente e sem objetivo de lucro, com
pessoa de seu relacionamento.

(Juiz Federal/TRF – CESPE)


8. Aquele que semeia, cultiva ou colhe, para consumo pessoal, planta destinada à preparação de pequena
quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica, responde por tráfico,
dada a ausência dos verbos “semear, cultivar e plantar” na descrição do art. 28 da referida norma.

GABARITOS COMENTADOS
6. COMENTÁRIO: O item está errado. Consoante estipula o art. 28, §1º, da Nova Lei de Drogas: "Às
mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, SEMEIA, cultiva ou colhe plantas
destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência
física ou psíquica". Data máxima vênia destacar que o examinador não trouxe no item riqueza de detalhes,
como por exemplo, para consumo pessoal e pequena quantidade, com isso podemos concluir que seria
mais adequado o enquadramento nas regras do art. 33, § 1º, II: - SEMEIA, cultiva ou faz a colheita, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em
matéria-prima para a preparação de drogas.
7. COMENTÁRIO: O item está certo. Conforme o art. 28, §1º, da Nova Lei de Drogas: "Às mesmas medidas
submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de
pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica". Destarte,
não há previsão expressa para o agente que semeia, cultiva ou realiza a colheita de planta destinada à
preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou
psíquica, para consumo compartilhado, eventualmente e sem objetivo de lucro, com pessoa de seu
relacionamento (conduta tipificada no § 3º do art. 33).

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8. COMENTÁRIO: O item está errado. Nosso inimigo tenta confundir a gente, haja vista existir tal
tipificação: o art. 28, §1º, da Nova Lei de Drogas: "Às mesmas medidas submete-se quem, para seu
consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de
substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica”.

2.2 Critérios utilizados para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal (§2º, art.28)

Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da
substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e
pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.

Preste atenção em um macete que ensino aos meus alunos.

NA QUA LO CO CI CO: 1º – NAtureza da substância apreendida;

2º – QUAntidade da substância apreendida;

3º – LOcal em que se desenvolveu a ação;

4º – COndições em que se desenvolveu a ação;

5º – CIrcunstâncias sociais e pessoais do agente;

6º – COnduta e antecedentes do agente.

CUIDADO: A quantidade da droga, por si só, não é determinada como único elemento a ser considerado
para classificar a conduta de crime de tráfico ou de porte ilegal de drogas para consumo pessoal, já que
todos os elementos citados acima serão analisados em conjunto.

QUESTÕES DE PROVAS

(OFICIAL DE JUSTIÇA /RR – CESPE)


9. A quantidade da substância entorpecente apreendida é circunstância que, por si só, justifica o aumento
da pena base acima do mínimo legal.

(PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/ES – CESPE)


10. Segundo a lei Antidrogas, para determinar se a droga apreendida sob a posse de um indivíduo destina-
se a consumo pessoal, o juiz deve-se ater à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às
condições em que se desenvolveu a ação, desconsiderando as circunstâncias sociais e pessoas e também a
conduta e os antecedentes do agente, sob pena de violação do princípio da presunção de inocência.

(POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL/2º CURSO DE FORMAÇÃO – CESPE)


11. Considere que, no decorrer de uma ação policial, foi encontrado no parachoque de um veículo de
passeio cerca de 300 gramas de cocaína acondicionados em pequenos envelopes plásticos. Indagado a
respeito da destinação da droga, o condutor e único ocupante do veículo declarou que a droga se
destinava a consumo próprio. Nessa situação, caberá à autoridade policial competente a prisão em
flagrante do infrator por tráfico de drogas, considerando, exclusivamente, a quantidade da substância
apreendida.

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GABARITOS COMENTADOS

9. COMENTÁRIO: O item está errado. Observe que o examinador da banca, nosso inimigo, adora esse
tema, você tem obrigação de dominá-lo. As regras previstas, no §2º, do art.28 são analisadas em conjunto
pelo juiz, todos os elementos. A pegadinha frequente que o inimigo traz é de exclusão de um deles, como
apresentado na questão, assim, o item fica incorreto, uma vez que há necessidade de serem analisados
pelo magistrado todos os elementos do NA QUA LO CO CI CO:

1º – NAtureza da substância apreendida;


2º – QUAntidade da substância apreendida;
3º – LOcal em que se desenvolveu a ação;
4º – COndições em que se desenvolveu a ação;
5º – CIrcunstâncias sociais e pessoais do agente;
6º – COnduta e antecedentes do agente.
As questões 10 e 11 estão erradas e seguem a mesma justificativa da questão 9.

2.3 Garantia do cumprimento das medidas socioeducativas (§2º, art.28)

Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III do
art. 28 (I advertência sobre os efeitos das drogas; II prestação de serviços à comunidade; III medida
educativa de comparecimento a programa ou curso educativo) a que injustificadamente se recuse o
agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: I - admoestação verbal; II – multa.

IMPORTANTE: O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente,
estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado (§7º, art. 28).

QUESTÕES DE PROVAS

(ESCRIVÃO DA PC/ES – CESPE)


12. Caso, em juízo, o usuário de drogas se recuse, injustificadamente, a cumprir as medidas educativas que
lhe foram impostas pelo juiz, este poderá submetê-lo, alternativamente, a admoestação verbal ou a
pagamento de multa.

(POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL/2º CURSO DE FORMAÇÃO – CESPE)


13. Considere que Joaquim, penalmente imputável, foi abordado em uma barreira policial e, após vistoria
em seu veículo, foi encontrada pequena quantidade de maconha. Indagado a respeito, Joaquim alegou que
a droga se destinava a consumo pessoal. Nessa situação, uma vez demonstrada a alegação de Joaquim, o
policial responsável pela diligência deverá apreender a substância e liberar o usuário mediante
admoestação verbal.

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GABARITOS COMENTADOS

12. COMENTÁRIO: O item está errado. O examinador cobrou a lei seca, como também a atenção do
candidato, pois trocou o termo sucessivo por alternativo, sendo essa a casca de banana. Vejamos a legis:
Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III do ART.
28 (I advertência sobre os efeitos das drogas; II prestação de serviços à comunidade; III medida educativa
de comparecimento a programa ou curso educativo) a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o
juiz submetê-lo, sucessivamente a: I - admoestação verbal; II – multa.

13. COMENTÁRIO: O item está errado. O inimigo tenta mais uma vez confundir o candidato, ao afirmar
que o policial irá admoestar verbalmente o condutor que transportava pequena quantidade de droga
ilícita. A pegadinha se situa nesse momento, já que tanto a advertência quanto a admoestação verbal
quem realiza é o juiz e nunca o policial, Delegado ou Promotor de Justiça. Vide: Para garantia do
cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III do ART. 28 (I advertência
sobre os efeitos das drogas; II prestação de serviços à comunidade; III medida educativa de
comparecimento a programa ou curso educativo) a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o
juiz submetê-lo, sucessivamente a: I -admoestação verbal; II – multa.

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UNIDADE 3
Vedação da prisão em flagrante para o usuário de drogas (§ 2º, art. 48)

Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor
do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso
de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e
perícias necessários.

ATENÇÃO: O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, SALVO se houver concurso
com os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na forma dos arts. 60 e
seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais
(§ 1º).

QUESTÕES DE PROVAS

(OFICIAL DE JUSTIÇA /RR – CESPE)


14. Se a conduta de um agente caracterizar porte ilegal de drogas para consumo pessoal, em regra, esse
agente deverá ser submetido à prisão em flagrante, uma vez que a mencionada conduta não foi
descriminalizada.

(AGENTE DE PC/RR– CESPE)


15. Considere a seguinte situação hipotética. Após consumir, por inteiro, um cigarro contendo substância
entorpecente, um indivíduo foi preso por polícias e levado à delegacia mais próxima. Nessa situação,
deverá ser lavrado auto de prisão em flagrante pela prática do crime de porte de drogas.

(Juiz Federal/TRF 5ª Região – CESPE)


16. Reincidindo o agente na prática do crime de uso de substância entorpecente, caberá a sua prisão em
flagrante, devendo ser ele imediatamente encaminhado ao juiz competente.

(Juiz Federal/TRF 1ª Região – CESPE)


17. Tratando-se de posse de drogas para consumo pessoal, o agente deve ser processado e julgado no
juizado especial criminal competente, ainda que a conduta tenha sido praticada em concurso com o tráfico
de drogas, situação em que deve haver separação dos processos.

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GABARITOS COMENTADOS

14. COMENTÁRIO: O item está errado. Esse item é muito importante, porque traz uma regra própria para
o agente que adquire (...) droga para consumo pessoal. Essa regra está preceituada no art. 48, §2º. O
procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Título rege-se pelo disposto neste
Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execução
Penal. Com isso, reza o § 2o Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em
flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta
deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado (aplica-se as regras
do Juizado Especial Criminal, art.60 da lei 9.999/95) e providenciando-se as requisições dos exames e
perícias necessários.

15. COMENTÁRIO: O item está errado. Aborda dois entendimentos: O 1º está tipificado no §2º do art.48
da lei de drogas, que proíbe a prisão em flagrante do usuário de drogas (art. 28, caput). O 2º está em
consonância com a doutrina, as condutas tipificadas no art. 28 da nova lei de drogas não podem ser
punidas como pretéritas (fatos passados). Assim, na questão, o agente já havia consumido por inteiro o
cigarro de maconha, nesse caso, os policias nada podiam fazer, sob pena de cometerem abuso de
autoridade, pois não há materialidade de tal conduta para ocorrer uma intervenção.

16. COMENTÁRIO: O item está errado. Ainda que o agente seja reincidente nas condutas do art. 28, ele
não poderá ser preso em flagrante delito.

17. COMENTÁRIO: O item está errado. Se o agente que adquiri (...) droga para consumo pessoal estiver
traficando também, além de ocorrer à absorção (princípio da consunção) da conduta menos grave (art. 28)
pela conduta mais grave (art. 33), ele perderá o benefício do JECRIN: § 1o O agente de qualquer das
condutas previstas no art. 28 desta Lei, SALVO se houver concurso com os crimes previstos nos arts. 33 a
37 desta Lei será processado e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de
setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais (JECRIN).

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UNIDADE 4
Repressão à produção não autorizada de drogas

VAI CAIR NA SUA PROVA!


Preste atenção, esse tema está na moda, pois foi alterado pela Lei nº 12.961, de 2014.

Na lei de drogas no que diz respeito à destruição:


1. Plantações localizadas: A droga será destruída imediatamente pelo delegado sem Autorização Judicial;

2. Drogas apreendidas com flagrante: O juiz em 10 dias certificará a regularidade formal do laudo de
constatação e determinará que a droga seja destruída em 15 dias pelo delegado na presença do MP e
autoridade sanitária;

3. Drogas destruídas sem flagrante: Será destruída em no máximo 30 dias por incineração

Segue a letra fria da lei:


Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade
formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra
necessária à realização do laudo definitivo (§ 3o).
A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias
na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária (§ 4o).
O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas referida no § 3 o, sendo lavrado
auto circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se neste a destruição total delas.

ATENÇÃO: As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A,
que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições
encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova.

IMPORTANTE: As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no
art. 243 da Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor (§ 4º).

QUESTÕES DE PROVAS
(Inspetor da PC/CE – CESPE)
18. As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão desapropriadas por interesse público, mediante
indenização ao proprietário por meio de títulos da dívida pública resgatáveis apenas após a comprovação
de que as plantações ilícitas foram eliminadas da propriedade.

(Delegado de PC/PA – FUNCAB)


19. A destruição de plantações ilícitas não pode se dar de forma imediata pelo Delegado de Polícia,
exigindo-se autorização judicial para tal.

(Delegado de PC/SC – ACAFE)


20. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia, que recolherá
quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições
encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova.

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GABARITOS COMENTADOS

18. COMENTÁRIO: O item está errado. A banca misturou os conceitos: As glebas cultivadas com
plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da Constituição Federal, de acordo
com a legislação em vigor (§ 4º).

19. COMENTÁRIO: O item está errado. Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas
pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial,
de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local,
asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova.

20. COMENTÁRIO: O item está correto. Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas
pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial,
de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local,
asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova.

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UNIDADE 5
Tráfico ilícito de drogas (art.33 caput e § 1º)

Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer
drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar (ART.33):
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e
quinhentos) dias-multa.

Condutas instântaneas, como, por exemplo, os Condutas permanentes, como, por exemplo,
núcleos adquirir e vender, permitem a guardar, transportar, trazer consigo e ter em
forma tentada. depósito, não admitem a forma tentada.

À luz da orientação do STJ, seria possível a forma tentada, quando a correspondência


contendo drogas não chegar ao seu destinatário por circunstâncias alheia à vontade
do remetente;

O crime de tráfico se caracteriza independentemente da ocorrência ou não de dano ao


usuário, trata-se de crime de período abstrato;

Ocorrendo dentro do mesmo contexto fático, o crime de tráfico absorve o crime de


drogas para consumo pessoal;

A dependência não determina a figura típica. Pode-se ter um traficante que seja
consumidor de droga;

Em face ao princípio da especialidade, havendo a importação de drogas ilícitas, haverá


tráfico e não contrabando, porquanto o princípio da dupla penalização veda.

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JURISPRUDÊNCIAS!
1. No informativo nº 569 do STJ, evidenciou-se que a conduta consistente em negociar por telefone a
aquisição de droga e também disponibilizar o veículo que seria utilizado para o transporte do
entorpecente configura o crime de tráfico de drogas em sua forma consumada (e não tentada), ainda que
a polícia, com base em indícios obtidos por interceptações telefônicas, tenha efetivado a apreensão do
material entorpecente antes que o investigado efetivamente o recebesse. Para que configure a conduta
de "adquirir", prevista no art. 33 da Lei nº 11.343/2006, não é necessária a tradição do entorpecente e o
pagamento do preço, bastando que tenha havido o ajuste. Assim, não é indispensável que a droga tenha
sido entregue ao comprador e o dinheiro pago ao vendedor, bastando que tenha havido a combinação
da venda. STJ. 6ª Turma. HC 212.528-SC, julgado em 1º/9/2015.

2. Abolitio criminis e cloreto de etila (LANÇA PERFUME):

1.º Posicionamento: Configura abolitio criminis, mesmo se for constatado erro da administração pública,
corrigido imediatamente. É a atual orientação do Supremo Tribunal Federal, vide Habeas corpus número
94397/BA de 09.03.2010. “Tráfico de entorpecentes. Comercialização de "lança-perfume". Edição válida da
Resolução ANVISA nº 104/2000. Retirada do cloreto de etila da lista de substâncias psicotrópicas de uso
proscrito. Abolitio criminis. Republicação da Resolução. Irrelevância. Retroatividade da lei penal mais
benéfica. HC concedido. A edição, por autoridade competente e de acordo com as disposições regimentais,
da Resolução ANVISA nº 104, de 7/12/2000, retirou o cloreto de etila da lista de substâncias psicotrópicas
de uso proscrito durante a sua vigência, tornando atípicos o uso e tráfico da substância até a nova edição
da Resolução, e extinguindo a punibilidade dos fatos ocorridos antes da primeira portaria, nos termos do
art. 5º, XL, da Constituição Federal”;

2.º Posicionamento: Não há abolitio criminis. É a orientação do Superior Tribunal de Justiça vide Habeas
Corpus número 79916 / PE DJ 01/10/2007 p. 327: “Inocorrente a abolitio criminis em face da exclusão, pela
Resolução RDC 104, de 06/12/2000 (DOU 07/12/2000), tomada pelo Diretor-Presidente da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, ad referendum da Diretoria Colegiada, do cloreto de etila da
Lista F2 – Lista de Substâncias Psicotrópicas de Uso Proscrito no Brasil e o incluiu na Lista D2 – Lista de
Insumos Químicos Utilizados como Precursores para a Fabricação e Síntese de Entorpecentes e/ou
Psicotrópicos. Resolução que foi republicada, desta feita com a decisão da Diretoria Colegiada da ANVISA
incluindo o cloreto de etila na Lista B1 – Lista de Substâncias Psicotrópicas. Prática de ato regulamentar
manifestamente inválido pelo Diretor-Presidente da ANVISA, tendo em vista clara e juridicamente
indiscutível a não caracterização da urgência a autorizar o Diretor-Presidente a baixar, isoladamente, uma
resolução em nome da Diretoria Colegiada”.
Destarte, há divergência, porquanto o Supremo Tribunal Federal se orienta a favor da tese da abolitio
criminis; o Superior Tribunal de Justiça se posiciona contra essa tese.

QUESTÕES DE PROVAS
(DELGADO DE PC/PA – CESPE)
21. Não constitui tráfico ilícito de entorpecente a cessão gratuita e eventual de pequena quantidade de
substância entorpecente.

(DELGADO DE PC/PE – CESPE)


22. Segundo o STJ, configura crime consumado de tráfico de drogas a conduta consistente em negociar,
por telefone, a aquisição de entorpecente e disponibilizar veículo para o seu transporte, ainda que o
agente não receba a mercadoria, em decorrência de apreensão do material pela polícia, com o auxílio de
interceptação telefônica.

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(DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL – CESPE)


23. No dia 1.º/3/1984, Jorge foi preso em flagrante por ter vendido lança-perfume (cloreto de etila),
substância considerada entorpecente por portaria do Ministério da Saúde de 27/1/1983. Todavia, no dia
4/4/1984, houve publicação de nova portaria daquele Ministério excluindo o cloreto de etila do rol de
substâncias entorpecentes. Posteriormente, em 13/3/1985, foi publicada outra portaria do Ministério da
Saúde, incluindo novamente a referida substância naquela lista. Nessa situação, de acordo com o
entendimento do STF, ocorreu a chamada abolitio criminis, e Jorge, em 4/4/1984, deveria ter sido posto
em liberdade, não havendo retroação da portaria de 13/3/1985, em face do princípio da irretroatividade
da lei penal mais severa.

GABARITOS COMENTADOS

21. COMENTÁRIO: O item está errado. Cuidado, visto que o CESPE adora essa pegadinha. Vejamos:
Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer
drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar (ART.33). Essas elementares são de tráfico de drogas, que ocorrerá, ainda que seja gratuito,
porquanto tal conduta pode ser realizada para aliciar pessoas (atrair, convidar...).

22. COMENTÁRIO: O item está certo. Não é indispensável que a droga tenha sido entregue ao
comprador e o dinheiro pago ao vendedor, bastando que tenha havido a combinação da venda. STJ. 6ª
Turma. HC 212.528-SC, julgado em 1º/9/2015.

23. COMENTÁRIO: O item está certo. Configura abolitio criminis, mesmo se for constatado erro da
administração pública, corrigido imediatamente. É a atual orientação do Supremo Tribunal Federal, vide
Habeas corpus número 94397/BA de 09.03.2010. “Tráfico de entorpecentes. Comercialização de "lança-
perfume". Edição válida da Resolução ANVISA nº 104/2000. Retirada do cloreto de etila da lista de
substâncias psicotrópicas de uso proscrito. Abolitio criminis. Republicação da Resolução. Irrelevância.
Retroatividade da lei penal mais benéfica. HC concedido. A edição, por autoridade competente e de acordo
com as disposições regimentais, da Resolução ANVISA nº 104, de 7/12/2000, retirou o cloreto de etila da
lista de substâncias psicotrópicas de uso proscrito durante a sua vigência, tornando atípicos o uso e tráfico
da substância até a nova edição da Resolução, e extinguindo a punibilidade dos fatos ocorridos antes da
primeira portaria, nos termos do art. 5º, XL, da Constituição Federal. Observe que a questão esta correta,
ela se refere explicitamente ao posicionamento do STF; entretanto, se o examinador trouxesse o
entendimento do STJ o item estaria incorreto.

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UNIDADE 5.1
Outras condutas de tráfico (art. 33,§§ 1º; 2º e 3º)

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:


I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em
depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo
com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à
preparação de drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza (pode ser carro, barco, casa, etc.) de que tem a
propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico
ilícito de drogas.

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UNIDADE 5.2
Crime de induzimento, instigação ou auxílio ao uso indevido de drogas

Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga (crime autônomo) § 2º.

Na antiga lei, esta conduta configurava crime de tráfico ilícito de drogas. Na nova lei, a pena passa a ser
bem menos severa, privilegiando o legislador essa conduta, que não mais pode ser considerada crime de
tráfico de entorpecente.

CUIDADO: O auxílio não pode ser genérico, isto é, visar a todos indistintamente. Deve sempre visar a
pessoa ou pessoas determinadas.

As condutas induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga constitui crime autônomo, não
caracteriza tráfico. Todavia, essa conduta pressupõe o dolo de não traficar, do contrário responderá pelo
mesmo.

UNIDADE 5.3
A figura do uso compartilhado

Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a
consumirem (crime autônomo), §3º do art. 33.

Eventualidade: o oferecimeto deve ser eventual, ou seja, esporádico. Se for permanente


desnatura-se a figura do uso compartilhado.

Sem objetivo de lucro: caso haja o fito de lucro, configurar-se-á o delito de tráfico.

A doutrina majoritária entende que, a pessoa de seu relacionamento, sendo estas parentes
consanguíneos em qualquer grau, colateral, inclusive amigos.

Para juntos consumir: essa conduta, não admite que o agente tenha a intenção de
arrecadação de clientes para o tráfico. Só se admite, por exemplo, a roda de fumo.

ATENÇÃO: Consoante a doutrina moderna, as condutas do art. 28 caput, os §§ 2º e 3º do art.33, não são
equiparados a delitos hediondos, porquanto é considerado crime de tráfico de drogas, somente aquele,
cuja tipificação se encontra no art. 33, caput e § 1º, da Lei 11.343/2006, segundo expressa disposição
constitucional (art. 5º, XLIII), considerado figura equiparada aos crimes hediondos assim definidos em lei
(Lei 8.072/90).

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QUESTÕES DE PROVAS

(ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL – CESPE)


24. Se o dono de um imóvel consentir que nele se consumam ilegalmente substâncias entorpecentes,
estará sujeito às penas previstas para o tráfico desta substância.

(AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL- CESPE)


25. Aquele que induz, instiga ou auxilia alguém a usar entorpecente ou substância que determine
dependência física ou psíquica responderá penalmente segundo as penas cominadas ao crime de tráfico
ilícito de entorpecentes.

GABARITOS COMENTADOS

24. COMENTÁRIO: O item está errado. Um dos temas mais importante na nova lei de drogas, pois na
antiga, esta conduta configurava crime de tráfico de drogas. Já na nova lei, a pena passa a ser bem menos
severa, privilegiando o legislador essa conduta, que não mais pode ser considerada crime de tráfico de
drogas. Com isso, a questão deixa claro que houve apenas um auxílio por parte do dono do imóvel que
consentiu que nele se consumassem ilegalmente substâncias entorpecentes, aplicando as regras do §2º
do art. 33 (Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga). Agora, cuidado, porque se o
dono do imóvel o cedesse para terceiro traficar, ainda que seja um auxílio, estaria o mesmo (dono) sujeito
às penas previstas para o tráfico desta substância (§1º, inciso III do art. 33).

25. COMENTÁRIO: O item está errado. Atualmente o item encontra-se completamente errado, uma vez
que as condutas da questão (induzir, instigar ou auxiliar alguém a usar droga) são um delito autônomo
previsto no §2º do art. 33, não se caracteriza como tráfico.

UNIDADE 5.4
Causa de diminuição de Pena nos delitos tráfico (art. 33, §4º)

Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois
terços, VEDADA a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa (§4º).

IMPORTANTE: O Senado Federal, no dia 17.02.2012, publicou a Resolução n. 5, suspendendo, nos


termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a execução de parte do § 4º do art. 33 da
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, em decorrência dos entendimentos do STF e STJ.

JURISPRUDÊNCIAS!
1. Ordem parcialmente concedida tão-somente para remover o óbice da parte final do art. 44 da Lei
11.343/2006, assim como da expressão análoga “vedada a conversão em penas restritivas de direitos”,
constante do § 4º do art. 33 do mesmo diploma legal. Declaração incidental de inconstitucionalidade, com
efeito, ex nunc, da proibição de substituição da pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos;
determinando-se ao Juízo da execução penal que faça a avaliação das condições objetivas e subjetivas da
convolação em causa, na concreta situação do paciente (STF. HC97256/RS).

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2. Acompanhando entendimento do Supremo Tribunal Federal, a Terceira Seção do Superior Tribunal de


Justiça, em 24 de novembro de 2016, estabeleceu que o tráfico privilegiado de drogas não constitui crime
de natureza hedionda. A nova tese foi adotada de forma unânime durante o julgamento de questão de
ordem. Assim, o tráfico privilegiado não está sujeito a Lei dos Crimes Hediondos. Com o realinhamento da
posição jurisprudencial, o colegiado do STJ decidiu cancelar a Súmula 512, editada em 2014 após o
julgamento do REsp 1.329.088 sob o rito dos recursos repetitivos. Em suma, o STF e STJ entendem que o
tráfico privilegiado não se equipara ao crime hediondo.

Segundo a posição anterior Conforme o entendimento ATUAL

Não tinha direito à concessão de anistia, Passa a ter, em tese, direito à concessão
graça e indulto. de anistia, graça e indulto, desde que
cumpridos os demais requisitos.

Para a concessão do livramento Para a concessão do livramento


condicional, o condenado não podia ser condicional, o apenado deverá cumprir
reincidente específico em crimes 1/3 ou 1/2 da pena, a depender do fato
hediondos ou equiparados e teria que de ser ou não reincidente em crime
cumprir mais de 2/3 da pena. doloso.

Para que ocorresse a progressão de Para que ocorra a progressão de regime,


regime, o condenado deveria cumprir: o condenado deverá cumprir 1/6 da
pena.
2/5 da pena, se fosse primário; e

3/5 (três quintos), se fosse reincidente.

Fonte: site Dizer o Direito

2. Segundo o entendimento que prevalece no STF é possível aplicar o § 4º do art. 33 da LD às “mulas”. O


fato de o agente transportar droga, por si só, não é suficiente para afirmar que ele integre a organização
criminosa (STF/2016). No entanto, o STJ possui vários precedentes afirmando que, em regra, a "mula"
integra a organização criminosa e, portanto, não faz jus ao benefício de redução da pena do §4º do art.33
da LD (STJ/2016).

Preste atenção nessas decisões divergentes do STJ, pois na prova a questão que afirmar que o tema está
“pacificado, firmado estará incorreta”, uma vez que há duas possibilidades. Para a questão ser
considerada correta terá que explicitar o entendimento do STF ou STJ, o examinador deixará isso claro.

QUESTÕES DE PROVAS

(POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL – CESPE)


26. A legislação em vigor acerca do tráfico ilícito de entorpecentes possibilita ao condenado por tráfico
ilícito de entorpecente, desde que seja réu primário, com bons antecedentes e que não se dedique a
atividades criminosas nem integre organização criminosa, a redução da pena de um sexto a dois terços de
sua pena, bem como a conversão desta em penas restritivas de direitos.

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(ANALISTA PROCESSUAL – MPU- CESPE)


27. Em relação ao crime de tráfico de drogas, considera-se, tráfico privilegiado o praticado por agente
primário, com bons antecedentes criminais, que não se dedica a atividades criminosas nem integra
organização criminosa, sendo-lhe aplicada a redução de pena de um sexto a dois terços,
independentemente de o tráfico ser nacional ou internacional e da quantidade ou espécie de droga
apreendida, ainda que a pena mínima fique aquém do mínimo legal.

GABARITOS COMENTADOS

26. COMENTÁRIO: O item está certo. Na época foi considerado pela banca como errado (em 2008), mas
atualmente está certo. Cuidado, a VEDAÇÃO não existe mais, haja vista O Senado Federal, no dia
17.02.2012, publicou a Resolução n.°5, suspendendo, nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição
Federal, a execução de parte do § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Em decorrência
do entendimento do STF e STJ.

27. COMENTÁRIO: O item está certo. Da análise do art. 33, § 4, da Lei de Drogas (n. 11.343/06)
depreende-se a certeza de que nos crimes de tráfico ilícito de drogas, as penas poderão ser reduzidas de
um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às
atividades criminosas nem integre organização criminosa. Em verdade, o fato de o tráfico ser nacional ou
internacional em nada irá influenciar, pois entendeu o STJ que a quantidade e a natureza da droga não
irão impedir a aplicação da diminuição de pena decorrente do crime de tráfico privilegiado (STJ REsp
1133945 / MG 15/04/2010).

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UNIDADE 6
Apetrechos para fabricação, preparação, produção de drogas

Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir,
guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto
destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar (art.34).

IMPORTANTE: Consoante a doutrina moderna, a nova lei de drogas prevê expressamente a


responsabilidade penal de condutas que, normalmente, seriam apenas atos preparatórios para o crime de
tráfico.

ATENÇÃO: Os tribunais superiores vêm entendendo pela não aplicação do concurso do crime do art. 34
com o art.33 da lei de drogas, porquanto haveria aplicação do Princípio da consunção conhecido também
como Princípio da Absorção, é um princípio aplicável nos casos em que há uma sucessão de condutas com
existência de um nexo de dependência, de acordo com tal princípio o crime mais grave absorve o crime
menos grave.

JURISPRUDÊNCIAS!
1. A prática do crime previsto no art. 33, caput, da Lei de Drogas absorve o delito capitulado no art. 34 da
mesma lei, desde que não fique caracterizada a existência de contextos autônomos e coexistentes aptos a
vulnerar o bem jurídico tutelado de forma distinta (STJ/2013).

2. Responderá pelo crime de tráfico de drogas (art. 33) em concurso com o art. 34 o agente que, além de
ter em depósito certa quantidade de drogas ilícitas em sua residência para fins de mercancia, possuir, no
mesmo local e em grande escala, objetos, maquinário e utensílios que constituam laboratório utilizado
para a produção, preparo, fabricação e transformação de drogas ilícitas em grandes quantidades. Não se
pode aplicar o princípio da consunção porque nesse caso existe autonomia de condutas e os objetos
encontrados não seriam meios necessários nem constituíam fase normal de execução daquele delito de
tráfico de drogas, possuindo lesividade autônoma para violar o bem jurídico (STJ/2013).

Preste atenção nessas decisões divergentes do STJ, pois na prova a questão que afirmar que o tema está
“pacificado, firmado estará incorreta”, uma vez que há duas possibilidades.

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UNIDADE 7
Crime de associação para o tráfico

Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes
previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei (ART.35).

1) Acordo prévio;
Requisitos 2) Vínculo associativo de fato;
3) Finalidade direcionada para o tráfico ilícito de drogas.

ATENÇÃO: Trata-se de delito permanente, a sua consumação não depende da apreensão da droga.

A doutrina e a jurisprudência entendem que é perfeitamente possível o concurso entre o delito de tráfico
(art.33,caput) com o art.35. Importante notar que para o delito de associação para o tráfico se caracterizar
é preciso que haja um animus associativo, ou seja, um ajuste prévio e duradouro. Caso ocorra uma mera
reunião ocasional de autores para realização de tráfico ilícito de entorpecente, haverá uma mera
coautoria, em concurso eventual de agentes.

JURISPRUDÊNCIAS!
1. O juiz pode negar a aplicação do § 4º usando como argumento o fato de o réu, além do delito de tráfico
(art. 33), ter praticado também o crime de associação para o tráfico (art. 35) (STJ/2013).

2. Segundo o STJ e o STF, para configuração do tipo de associação para o tráfico, é necessário que haja
estabilidade e permanência na associação criminosa. Dessa forma, é atípica a conduta se não houver
ânimo associativo permanente (duradouro), mas apenas esporádico (eventual).

3. O crime de associação para o tráfico de drogas, previsto no art. 35 da Lei 11.343/2006, não é hediondo
nem equiparado. No entanto, mesmo assim, o prazo para se obter o livramento condicional é de 2/3
porque este requisito é exigido pelo parágrafo único do art. 44 da Lei de Drogas (STJ/2015).

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UNIDADE 8
Financiamento do crime de tráfico

Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei
(art.36).

IMPORTANTE: A doutrina dominante entende que esse delito é habitual, não se aperfeiçoa com a
prática de um ato eventual de financiamento.
A doutrina majoritária entende que há necessidade de relevância do núcleo CUSTEAR, entendendo dessa
forma que não seria coerente considerar qualquer tipo de contribuição para efeito de configurar esse
crime.
Em regra, o crime de financiamento do tráfico deveria caracterizar participação em tal delito; entretanto,
com o advento da lei nº 11.343/06 (nova lei de drogas), o legislador trouxe mais uma exceção a teoria
monística ou unitária, ao criar a figura penal autônoma preceituada no art. 36 (financiamento do delito de
tráfico) da lei em comento.

JURISPRUDÊNCIA!
1. Se o agente financia ou custeia o tráfico, mas não pratica nenhum verbo do art. 33: responderá apenas
pelo art. 36 da Lei de Drogas. Se o agente, além de financiar ou custear o tráfico, também pratica algum
verbo do art. 33: responderá apenas pelo art. 33 c/c o art. 40, VII da Lei de Drogas (não será condenado
pelo art. 36) (STJ/2013).

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UNIDADE 9
Informante do tráfico

Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos
crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei (art.37).

IMPORTANTE: Havendo ou não fim de obter lucro, o crime se aperfeiçoa no momento da colaboração
com as informações.

JURISPRUDÊNCIAS!
1. O Supremo Tribunal Federal, por maioria dos votos, entendeu que a conduta do fogueteiro do tráfico,
antes tipificada no artigo 12, parágrafo 2º, inciso III, da Lei 6.368/76 revogada pela Lei 11.343/06, encontra
correspondentes na Nova Lei de Drogas Lei 11.343/06. A decisão ocorreu na análise do Habeas Corpus (HC)
106155.

2. NÃO é possível que alguém seja condenado pelo art. 35 e, ao mesmo tempo, pelo art. 37, da Lei de
Drogas em concurso material, sob o argumento de que o réu era associado ao grupo criminoso e que, além
disso, atuava também como “olheiro”, nesse caso, o agente deverá responder apenas pelo crime do
art. 35 da LD, sem concurso material com o art. 37 (Grifei) (STJ/2013).

QUESTÕES DE PROVAS
(PAPILOSCOPISTA DA PF/CESPE)
28. O crime de associação para o tráfico de entorpecente e drogas afins exige, para sua consumação, a
reiteração ou a habitualidade.

(AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL/CESPE)


29. É atípica, por falta de previsão na legislação pertinente ao assunto, a conduta do agente que
simplesmente colabora, como informante, com grupo ou associação destinada ao tráfico ilícito de
entorpecentes.

(Agente de Polícia Federal – SIMULADO )


30. Tício, fogueteiro, avisa os traficantes, por meio de estampidos de fogos de artifício, o momento que o
BOPE (Batalham de Operações Especiais) realizava uma mega operação na favela da Rosinha localizada no
estado do Rio de Janeiro. Nesse caso hipotético, consoante a mais recente decisão do STF, a ação do
fogueteiro é atípica em relação à conduta de colaborar, como informante, com grupo, organização ou
associação destinados à prática de tráfico de drogas.

GABARITOS COMENTADOS

28. COMENTÁRIO: O item está certo. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar,
reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei (art.35). O
legislador não exigiu que houvesse a reiteração ou habitualidade para o aperfeiçoamento do crime.
Destarte, a questão está derrogada.

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29. COMENTÁRIO: O item está errado à luz do art. 37 que tipifica essa conduta como crime. Neste caso, a
pegadinha está na afirmação dela ser considerada atípica, haja vista existir a previsão no art.37 da LD.
Interessante atentarmos para dois fatores: O 1º está no seguinte caso, imagine que um a agente realize a
colaboração, como informante, a um usuário que transporta maconha para consumo pessoal, que na
direção que o mesmo segue, policiais o esperam para realizar uma abordagem. Nessa situação, a conduta
de tal informante é atípica, uma vez que o legislador especificou as práticas dos crimes (art. 33 caput e §1º
e 34), não há previsão de punição para as condutas do art.28. O 2º está conforme os arts. 33 e 34, caso
seja considerado partícipe do delito, o indivíduo será punido com uma sanção mais pesada que a prevista
para o crime do informante. Assim, teríamos a seguinte incongruência: Se o informante avisa para grupo,
organização ou associação, é punido com uma pena mais leve do que se informa somente para um
indivíduo. Desta forma, com base na analogia in bonam partem, aceita em nosso ordenamento jurídico,
entendem os Tribunais e o CESPE que a tipificação prevista no art. 37 da lei nº 11.343/06, apesar de só
tratar de grupo, associação ou organização, também se aplica no caso em que o informante avisa só uma
pessoa."

30. COMENTÁRIO: O item está errado. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, por maioria dos
votos, entendeu que a conduta do fogueteiro do tráfico, antes tipificada no artigo 12, parágrafo 2º, inciso
III, da Lei 6.368/76 revogada pela Lei 11.343/06, encontra correspondentes na Nova Lei de Drogas Lei
11.343/06. A decisão ocorreu na análise do Habeas Corpus (HC) 106155.

À luz da lei 11.343/06, art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação
destinados a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34.

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UNIDADE 10
Prescrição ou ministração culposa de drogas

Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses
excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar (art.38).

ATENÇÃO: Os núcleos prescrever ou ministrar, para caracterizar o presente delito, devem ocorrer
culposamente, do contrário, se as condutas forem dolosas, o agente deverá responder por crime de tráfico
de drogas.

CUIDADO: O sujeito ativo é o profissional autorizado para prescrever ou ministrar drogas, trata-se de
crime próprio, podendo ser praticado por qualquer um destes. Entretanto se a ação for executada por um
veterinário têm-se duas possibilidades: se agiu culposamente, a conduta é atípica, uma vez que não há
analogia para prejudicar o réu; se for dolosa haverá crime de tráfico ilícito de drogas.

JURISPRUDÊNCIA!
1. O STF, nos autos do HC nº 104.382/RJ, afastou a tese de absorção do crime de exercício ilegal da
medicina, descrito no art. 282 do Código Penal pelo crime de tráfico de drogas, entendendo que, na
hipótese, o autor deva responder pelos dois crimes, ainda que em concurso formal, quando, ao se fazer
passar por médico, prescreveu, nessa qualidade, em receituário médico, o uso de substâncias sujeitas ao
controle especial da ANVISA. O julgado foi veiculado no Informativo 596 do STF.

UNIDADE 11
Condução de embarcação ou aeronave sob o efeito de drogas

Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade
de outrem (art.39).

CUIDADO: Esse delito é classificado como formal, se consumando no momento da exposição do dano.

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UNIDADE 12
Causas de aumento de pena

Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato
evidenciarem a transnacionalidade do delito;

II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de


educação, poder familiar, guarda ou vigilância;
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de
ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de
qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de
unidades militares ou policiais ou em transportes públicos;
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer
processo de intimidação difusa ou coletiva;
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo,
diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.

JURISPRUDÊNCIAS!
1. Consoante o informativo nº 808 do STF, para que incida a causa de aumento de pena prevista no inciso
V do art. 40, não se exige a efetiva transposição da fronteira interestadual pelo agente, sendo suficiente a
comprovação de que a substância tinha como destino localidade em outro Estado da Federação. STF. 1ª
Turma. HC 122791/MS, julgado em 17/11/2015. STJ. 6ª Turma. REsp 1370391/MS, julgado em 03/11/2015.

2. No Informativo nº 586 do STJ julgado em 16/6/2016 ficou assentado que se o agente importa a droga
com objetivo de vendê-la em determinado Estado da Federação, mas, para chegar até o seu destino, ele
tem que passar por outros Estados, incidirá, neste caso, apenas a causa de aumento da transnacionalidade
(art. 40, I), não devendo ser aplicada a majorante da interestadualidade (art. 40, V) se a intenção do
agente não era a de comercializar o entorpecente em mais de um Estado da Federação.

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3. À luz da atual posição majoritária do STF e STJ, o art. 40, III, da Lei de Drogas prevê como causa de
aumento de pena o fato de a infração ser cometida em transportes públicos. Neste caso, se o agente leva
a droga em transporte público, mas não a comercializa dentro do meio de transporte, NÃO haverá
incidência da referida majorante, somente deve ser aplicada nos casos em que ficar demonstrada a
comercialização efetiva da droga em seu interior. STF. 1ª Turma. HC 122258-MS/STF. 2ª Turma. HC
120624/MS/STJ. 6ª Turma. REsp 1443214-MS.

4. A circunstância de o crime ter sido cometido nas dependências de estabelecimento prisional NÃO pode
ser utilizada como fator negativo para fundamentar uma pequena redução da pena na aplicação da
minorante prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006 e, ao mesmo tempo, ser empregada para
aumentar a pena como majorante do inciso III do art. 40. Utilizar duas vezes essa circunstância configura
indevido bis in idem. Desse modo, neste caso, esta circunstância deverá ser utilizada apenas como causa
de aumento do art. 40, III, não sendo valorada negativamente na análise do § 4º do art. 33.

5. A participação do menor pode ser considerada para configurar o crime de associação para o tráfico
(art. 35) e, ao mesmo tempo, para agravar a pena como causa de aumento do art. 40, VI, da Lei nº
11.343/2006 (STJ/2015).

ATENÇÃO: A causa de aumento prevista no inciso VII do art. 40, da presente lei, deve ter sua aplicação
limitada para não constituir o bis in idem, isto é, a dupla apenação pelo mesmo fato, porquanto o
legislador estabeleceu uma figura penal autônoma no art.36 (financiamento do tráfico). No entanto, de
qualquer forma, pode ser aplicada tal majoração nas demais condutas, como por exemplo, a dos artigos
33, 35 ou 37.

QUESTÕES DE PROVAS

(SEJUS/ ES – CESPE)
31. Suponha que um preso, durante a execução da pena prisional, seja flagrado comercializando
substância entorpecente com os demais internos da unidade. Nessa situação, aquele que comercializou a
droga deverá responder pelo crime de tráfico de substância entorpecente, com a pena aumentada de um
sexto a dois terços, em razão do local onde foi cometida a infração.

(Promotor de Justiça/PR)
32. É desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da federação para incidência da
majorante descrita no artigo 40, V, da Lei 11.343/2006.

(Promotor de Justiça/PR)
33. É necessária a efetiva comercialização da droga, no interior do transporte público, para incidência do
aumento de pena previsto no artigo 40, III, da Lei 11.343/2006.

GABARITOS COMENTADOS
31. COMENTÁRIO: O item está certo. O inimigo dessa vez foi benevolente, já que cobrou a lei seca,
vejamos - Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois
terços, se: III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos
prisionais (...).

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32. COMENTÁRIO: O item está certo. Consoante o informativo nº 808 do STF, para que incida a causa de
aumento de pena prevista no inciso V do art. 40, não se exige a efetiva transposição da fronteira
interestadual pelo agente, sendo suficiente a comprovação de que a substância tinha como destino
localidade em outro Estado da Federação (Grifei).

33. COMENTÁRIO: O item está certo. À luz do da posição majoritária no STF e STJ, o art. 40, III, da Lei de
Drogas prevê como causa de aumento de pena o fato de a infração ser cometida em transportes públicos.
Neste caso, se o agente leva a droga em transporte público, mas não a comercializa dentro do meio de
transporte, NÃO haverá incidência da referida majorante, somente deve ser aplicada nos casos em que
ficar demonstrada a comercialização efetiva da droga em seu interior.

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UNIDADE 13
Delação premiada

O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na
identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do
crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços (art.41).

UNIDADE 14
Aplicação da pena

O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal,
a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente
(art.42).

JURISPRUDÊNCIAS!
1. A natureza e a quantidade da droga NÃO podem ser utilizadas para aumentar a pena-base do réu e
também para afastar o tráfico privilegiado (art. 33, § 4º) ou para, reconhecendo-se o direito ao benefício,
conceder ao réu uma menor redução de pena. Haveria, nesse caso, bis in idem (STJ/2014).

2. O grau de pureza da droga é irrelevante para fins de dosimetria da pena. De acordo com a Lei nº
11.343/2006, preponderam apenas a natureza e a quantidade da droga apreendida para o cálculo da
dosimetria da pena (STJ/2016).

3. A grande quantidade de droga pode justificar o afastamento da causa de diminuição de pena do art. 33,
§ 4º da LD (STJ/2016).

4. O fato de o réu ter ocupação lícita não significa que terá direito, necessariamente, à minorante do § 4º
do art. 33 da LD (STJ/2016).

5. Causa de diminuição de pena e ausência de confissão. O STJ, em decisão proferida nos autos do HC nº
131.410/RJ, veiculado no Informativo nº 450, entendeu que, presentes os requisitos necessários à
diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 em seu grau máximo, não constitui fundamento
legal apto a influir na dosimetria a ausência de confissão ou arrependimento por parte do réu.

Súmula 501-STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei 11.343/06, desde que o resultado da incidência das
suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei 6.368/76,
sendo vedada a combinação de leis.

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UNIDADE 15
Vedações

Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de
sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de
direitos (ART.44).
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o
cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico.

JURISPRUDÊNCIAS!
1. É inconstitucional o art. 44 da Lei n. 11.343/2006 na parte em que proíbe a liberdade provisória para
os crimes de tráfico de drogas. Destarte, é permitida a liberdade provisória para o tráfico de drogas, desde
que ausentes os requisitos do art. 312 do CPP. STF. Plenário. HC 104339/SP.

2. O Egrégio Supremo Tribunal Federal, em 2010, em sede de controle difuso, julgou inconstitucional os
artigos 44 e 33, § 4°, da lei 11.343 de 2006, deixando para o magistrado a faculdade de, no caso concreto,
realizar a conversão em penas alternativas. Não obstante essa decisão não ser vinculante, serve como
precedente para o juiz, como guardião do sistema, ter a prerrogativa ex officium de afastar tais
dispositivos legais, no que concerne à vedação da substituição das penas alternativas, já que se encontra
em discrepância face à Carta Magna.

3. Plenário do STF: esse § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90 é INCONSTITUCIONAL. O regime inicial nas
condenações por crimes hediondos ou equiparados (como é o caso do tráfico de drogas) não tem que ser
obrigatoriamente o fechado, podendo ser também o regime semiaberto ou aberto, desde que presentes
os requisitos do art. 33, § 2º, alíneas “b” e “c”, do Código Penal.
O referido entendimento do STF veiculado no informativo nº 672 foi perfilhado pelo STJ. Destarte, é
possível a fixação de regime prisional diferente do fechado para o início do cumprimento de pena
imposta ao condenado por tráfico de drogas. STF. Plenário. HC 111840/ES.

STJ também adota o entendimento do STF, entendendo ser possível a fixação de regime prisional diferente
do fechado para o início do cumprimento de pena imposta ao condenado por tráfico de drogas (STJ/2012).

QUESTÕES DE PROVAS
(ESCRIVÃO DA PC/ ES – CESPE)
34. O Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que é cabível a aplicação do instituto da
liberdade provisória nos casos que envolvam a prática do crime de tráfico ilícito de substância
entorpecente

(Delegado de Polícia - PC/AP - FGV)


35. O crime de tráfico de drogas (art. 33, da Lei 11.343/2006) é inafiançável, insuscetível de graça, indulto,
anistia, liberdade provisória e livramento condicional.

(136º EXAME da OAB/CESPE)


36. Se um indivíduo, acusado de tráfico de drogas, colaborar voluntariamente com a investigação policial e
o processo criminal na identificação dos demais coautores do crime e na recuperação total do produto do
crime, nessa situação, caso ele seja condenado, terá sua pena reduzida nos termos da lei.

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(Agente de Polícia Federal – SIMULADO – 2012)


37. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo
criminal na condenação dos demais coautores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do
produto do crime terá pena reduzida de um terço a dois terços.

GABARITOS COMENTADOS

34. COMENTÁRIO: O item está certo. Na época, essa questão foi considerada errada pela banca, mas
atualmente está correta, posto que o STF firmou o entendimento pela inconstitucionalidade do art. 44
da Lei n. 11.343/2006 na parte em que proíbe a liberdade provisória para os crimes de tráfico de drogas.
Destarte, é permitida a liberdade provisória para o tráfico de drogas, desde que ausentes os requisitos do
art. 312 do CPP. STF. Plenário. HC 104339/SP.

35. COMENTÁRIO: O item está errado. O art. 44. Dispõe que os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o,
e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade
provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. Já no Parágrafo único. Nos crimes
previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois terços da
pena, vedada sua concessão ao reincidente específico. Dessa forma, fica evidente que a pegadinha da
questão está no momento em que o inimigo mistura as regras do art. 44, com a do PÚ, dando a entender
que o livramento condicional é vedado em qualquer de suas formas.

36. COMENTÁRIO: O item está certo. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a
investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e
na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um
terço a dois terços (art.41).

37. COMENTÁRIO: O item está errado. Conforme o art. 41 da lei 11.343/06. O indiciado ou acusado que
colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais
coautores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de
condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços. A pegadinha está localizada na troca de
IDENTIFICAÇÃO por CONDENAÇÃO. Observe que o acusado ou indiciado colaborar voluntariamente com a
investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime
(...). A condenação se refere ao agente que pratica a delação (denúncia), pois se ele for condenado terá sua
pena reduzida.

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UNIDADE 16
Inimputabilidade

É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou
força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal
praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
esse entendimento (art.45)

17.1 Semi-imputável

As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no
art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento (art.46).

JURISPRUDÊNCIA!
1. O art. 46 da Lei de Drogas prevê hipótese de semi-imputabilidade do réu. Assim, a pena aplicada pode
ser reduzida de 1/3 a 2/3 se o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Se o juiz for
aplicar a causa de diminuição em seu grau mínimo (1/3), ele deverá fundamentar a decisão, expondo
algum dado, em concreto, que justifique a adoção dessa fração.

QUESTÕES DE PROVAS
(AGENTE DE PC/RN-CESPE)
38. Terá a pena reduzida de um a dois terços o agente que, em razão da dependência de droga, era, ao tempo da
ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

(AGENTE DA PF–CESPE)
39. Nos crimes de tráfico de substâncias entorpecentes, é isento de pena o agente que, em razão da
dependência ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação
ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

(SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS- MPE/RS)


40. Johnny foi preso em flagrante delito e processado por ter em depósito e guardar, com o fim de
entregar a consumo a terceiros, ainda que gratuitamente, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, 2 kg de pasta de cocaína, 10 litros de acetona e 47 pedras de "crack".
No curso do processo, verificou-se que em razão de dependência toxicológica, ele era, ao tempo da ação,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse
entendimento. Nesse caso hipotético, no momento da sentença, provada a autoria e a materialidade, além
de outras hipóteses, Johnny ficará isento de pena, podendo ser encaminhado, pelo juiz, para tratamento
médico adequado.

(Juiz Federal – TRF 1ª Região– CESPE)


41. A legislação extravagante prevê, entre as causas de exclusão de culpabilidade, a que assegura, na Lei de
Entorpecentes, a isenção de pena do agente que, em razão da dependência de droga, seja, ao tempo da
ação ou da omissão, incapaz de entender o caráter ilícito do fato, incidindo, apenas, no delito de portar ou
trazer consigo drogas para uso pessoal.

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GABARITOS COMENTADOS
38. COMENTÁRIO: O item está errado. A nova lei de drogas traz o caso de semi-imputabilidade, IN VERBIS:
Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias previstas
no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. O examinador
mistura o conceito do art. 45, em que o agente é inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato
e ficará isento de pena (Se tivermos iii = isenção da pena). A pegadinha está no momento que
é afirmado que a pena será REDUZIDA, pois o certo seria, dentro da questão, que fosse o agente isento de
pena por ter sido inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato.

39. COMENTÁRIO: O item está certo. A lei nº 11.343 traz o caso de inimputabilidade. Art. 45. É isento de
pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força
maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.

40. COMENTÁRIO: O item está certo. A lei nº 11.343 traz o caso de inimputabilidade. Art. 45. É isento de
pena o agente que, em razão da dependência, ou sobe o efeito, proveniente de caso fortuito ou força
maior, de droga, era ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento. Parágrafo Único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este
apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá o
juiz, na sentença, determinar o seu encaminhamento para tratamento médico adequado.

41. COMENTÁRIO: O item está errado. A lei nº 11.343 traz o caso de inimputabilidade. Art. 45. É isento de
pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força
maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, QUALQUER QUE TENHA SIDO A INFRAÇÃO PENAL
PRATICADA, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
esse entendimento. Observe que a última parte do item está errada com o termo APENAS, visto que em
todos os delitos previstos na lei nº 11.343/06 haverá a isenção de pena, inclusive adquirir droga para
consumo pessoal ou tráfico de drogas.

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UNIDADE 17
Da investigação, procedimentos e inquérito policial

Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz
competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público,
em 24 (vinte e quatro) horas (art.50).
§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito,
é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na
falta deste, por pessoa idônea.
§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º deste artigo não ficará impedido de participar
da elaboração do laudo definitivo.

JURISPRUDÊNCIA!
1. Consoante a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça a materialidade do crime de tráfico de
entorpecentes deve ser comprovada mediante a juntada aos autos do laudo toxicológico definitivo.
Entretanto, tal entendimento deve ser aplicado na hipótese em que há a apreensão da substância
entorpecente, justamente para se aferirem as características da substância apreendida, trazendo subsídios
e segurança ao magistrado para o seu juízo de convencimento acerca da materialidade do delito. O laudo
de exame toxicológico definitivo da substância entorpecente não é condição única para basear a
condenação se outros dados suficientes, incluindo a vasta prova testemunhal e documental produzidas na
instrução criminal, militam no sentido da materialidade do delito. STJ HC 80483 RJ 01/03/2010. Dessa
forma, se a droga for apreendida, o laudo toxicológico é obrigatório, essa é regra; Agora, nos casos de
não apreensão da droga, pode existir condenação mesmo sem o laudo toxicológico, sendo este suprido
por prova documental e testemunhal, essa constitui a exceção.

QUESTÕES DE PROVAS

(AGENTE DA PC/PB - CESPE)


42. Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é
prescindível o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga.

(Agente de Polícia Federal – SIMULADO)


43. Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito,
não é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou,
na falta deste, por pessoa idônea.

(Agente de Polícia Federal – SIMULADO)


44. O perito que subscrever o laudo de constatação da droga ficará impedido de participar da elaboração
do laudo definitivo.

GABARITOS COMENTADOS

42. COMENTÁRIO: O item está errado, segundo o art. 50 da lei 11.343/06 § 1o Para efeito da lavratura do
auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente PRESCINDÍVEL o
laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por
pessoa idônea. Observe a pegadinha, atente para o item, porque o examinador não pediu entendimento
jurisprudencial.

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43. COMENTÁRIO: O item está errado, segundo o art. 50 da lei 11.343/06 § 1o Para efeito da lavratura do
auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de
constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa
idônea. Observe a pegadinha está localizada na palavra NÃO.

44. COMENTÁRIO: O item está errado, consoante o art. 50 da lei 11.343/06 § 2o O perito que subscrever o
laudo a que se refere o § 1o deste artigo não ficará impedido de participar da elaboração do laudo
definitivo.

INQUÉRITO POLÍCIAL
LEI DE DROGAS, ART. 51
INQUÉRITO POLICIAL ≠ CÓDIGO PROCESSUAL PENAL, ART. 10
INQUÉRITO POLICIAL

INQUÉRITO POLÍCIAL
PRAZO DE CONCLUSÃO DO IP É DE 30 DIAS SE O
INDICIADO ESTIVER PRESO DE 90 DIAS SE SOLTO ≠ PRAZO DE CONCLUSÃO DO IP É DE 10 DIAS SE O
INDICIADO ESTIVER PRESO E DE 30 DIAS SOLTO.

INQUÉRITO POLÍCIAL
DELEGADO DE POLÍCIA JUSTIFICA AS RAZÕES
NO IP (PODE EMITIR JUÍZO DE VALOR JURÍDICO) ≠ DELEGADO DE POLÍCIA DEVE JUSTIFICAR AS
RAÇÕES NO IP (Lei nº 12.830/13)

IMPORTANTE: Se a prisão for temporária (lei 7.960/89), consoante as regras dos crimes hediondos
(§ 4º, art. 1º da lei 8.072/90) e equiparados, dentre esses, o tráfico de entorpecente, a decretação da
prisão, nesses casos, terá a duração de 30 dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e
comprovada necessidade (total de 60 dias).
Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos
do inquérito ao juízo (art.52):

I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do


delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições
em que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os
antecedentes do agente; o

II - requererá sua devolução para a realização de diligências necessárias.

Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á sem prejuízo de diligências complementares: Em qualquer
fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em
lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentos
investigatórios (art.53):

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I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos especializados
pertinentes;

II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos
utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e
responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação
penal cabível (conhecido como FLAGRANTE DIFERIDO, RETARDADO ou POSTERGADO).

Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde que sejam
conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores.

JURISPRUDÊNCIA!
1. A investigação policial que tem como única finalidade obter informações mais concretas acerca de
conduta e de paradeiro de determinado traficante, sem pretensão de identificar outros suspeitos, não
configura a ação controlada do art. 53, II, da Lei nº 11.343/2006, sendo dispensável a autorização judicial
para a sua realização (STJ/2015).

QUESTÕES DE PROVAS

(DELEGADO DE PC/AP)
45. Uma vez encerrado o prazo do inquérito, e não havendo diligências necessárias pendentes de
realização, a autoridade de polícia judiciária relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando
as razões que a levaram à classificação do delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do
produto apreendido, o local e as condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da
prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes do agente.

(AGENTE DE PC/PB - CESPE)


46. A ausência do relatório circunstanciado torna nulo o inquérito policial nos delitos de tráfico de drogas.

(DELEGADO DE PC/PB - CESPE)


47. Findo o prazo para conclusão do inquérito, a autoridade policial remete os autos ao juízo competente,
relatando sumariamente as circunstâncias do fato, sendo-lhe vedado justificar as razões que a levaram à
classificação do delito.

(DELEGADO DE PC/PB - CESPE)


48. O IP relativo a indiciado preso deve ser concluído no prazo de 30 dias, não havendo possibilidade de
prorrogação do prazo. A autoridade policial pode, todavia, realizar diligências complementares e remetê-
las posteriormente ao juízo competente.

(AGENTE DE PC/PB - CESPE)


49. Nos delitos de tráfico de drogas, o inquérito policial será concluído no prazo de 30 dias, se o indiciado
estiver preso, e de 45 dias, se estiver solto.

(Juiz Federal – TRF 5ª Região/CESPE)


50. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação pode ser realizada em qualquer fase da
persecução criminal, dependendo, no entanto, de autorização judicial e oitiva do MP.

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GABARITOS COMENTADOS

45. COMENTÁRIO: O item certo. Segundo o art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei
(11.343/06), a autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do inquérito ao juízo: I - relatará
sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do delito,
indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em que
se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes
do agente. Interessante observar que a autoridade policial (Delegado de Polícia), nas regras do IP na lei de
drogas, pode emitir juízo de valor, diferentemente ocorre nas regras do Cód. Processual Penal, no qual não
há tal possibilidade.

46. COMENTÁRIO: O item está errado. Consoante a jurisprudência do STJ, a ausência de relatório no IP
configura mera irregularidade, por tratar-se de procedimento de caráter informativo, sem o contraditório e
a ampla defesa. Desta forma, não existe nulidade em IP, a nulidade só se aplica na sentença neste caso
exposto.

47. COMENTÁRIO: O item está errado. O CESPE/UnB, nesse item, tenta induzir o candidato ao erro, pois,
observe o art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária,
remetendo os autos do inquérito ao juízo: I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato,
JUSTIFICANDO (no item o inimigo afirma que é VEDADO) as razões que a levaram à classificação do delito,
indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em que
se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes
do agente. Cuidado, porque no CPP a autoridade policial, na conclusão do IP, em seu relatório, não
expressará nenhum juízo de valor, mas a lei nº 12.830/13 deixa claro que o ato de indiciamento DEVE ser
fundamentado, neste sentido, prevalece a última lei.

48. COMENTÁRIO: O item está errado. A banca examinadora mais uma vez cobrou a literalidade da
norma, vejamos: art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado
estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto. Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo
podem ser DUPLICADOS PELO JUIZ, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da
autoridade de polícia judiciária.

49. COMENTÁRIO: O item está errado. O examinador cobra do candidato o conhecimento das regras do
art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de
90 (noventa) dias, quando solto. Não confunda com as regras do código processual penal (art. 10 CPP): o
inquérito deverá terminar no prazo de 10 (dez) dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver
preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de
prisão, ou no prazo de 30 (trinta) dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
A casca de banana está na parte final da questão quando o inimigo afirma que se o agente estiver solto, a
conclusão do IP, nos casos da lei de drogas, será concluído em 45 dias, o certo são 90 dias.

50. COMENTÁRIO: O item está certo. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes
previstos nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o
Ministério Público, os seguintes procedimentos investigatórios (art.53): I - a infiltração por agentes de
polícia, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos especializados pertinentes.

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UNIDADE 18
Competência

O processo e o julgamento dos crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilícito
transnacional, são da competência da Justiça Federal (ART. 70da lei 11343/06).

Parágrafo único. Os crimes praticados nos Municípios que não sejam sede de vara federal serão
processados e julgados na vara federal da circunscrição respectiva.

IMPORTANTE: Compete a Justiça Federal julgar os delitos quando ocorra efetiva lesão a bens, serviços
ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresa pública.
À luz do art. 109, inciso IX, da CF/88, demonstrada a internacionalidade do tráfico, a circunstância de se
apreender a droga ilícita ainda no interior da aeronave utilizada para o seu transporte determina a
competência da Justiça Federal para julgamento do feito. No entanto, quando inexistir indícios de tráfico
internacional de drogas, a competência para processar o feito será da Justiça Estadual.
A competência para processar e julgar crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é, em regra, da justiça
estadual, EXCETO se caracterizado ilícito transnacional, quando a competência será da justiça federal.
Nesse contexto, a probabilidade de a droga ser de origem estrangeira não é suficiente para deslocar a
competência da justiça estadual para a justiça federal.

JURISPRUDÊNCIA!
1. Na hipótese em que drogas enviadas via postal do exterior tenham sido apreendidas na alfândega,
competirá ao juízo federal do local da apreensão da substância processar e julgar o crime de tráfico de
drogas, ainda que a correspondência seja endereçada a pessoa não identificada residente em outra
localidade. STJ. 3ª Seção. CC 132.897-PR, julgado em 28/5/2014.

Súmula 528 do STJ: Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetido do exterior pela via
postal processar e julgar o crime de tráfico internacional.

QUESTÃO DE PROVA
(PROMOTOR DE JUSTIÇA/RO – CESPE)
51. A competência para processar e julgar crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é, em regra, da justiça
estadual, exceto se caracterizado ilícito transnacional, quando a competência será da justiça federal. Nesse
contexto, a probabilidade de a droga ser de origem estrangeira é suficiente para deslocar a competência
da justiça estadual para a justiça federal.

GABARITO COMENTADO

51. COMENTÁRIO: O item está errado. A jurisprudência dos tribunais superiores sedimentou-se que a
provável origem estrangeira da droga é insuficiente para que o crime seja considerado transnacional,
havendo a necessidade de prova contundente da internacionalidade da conduta, para atrair a competência
da Justiça Federal.

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UNIDADE 19
Diversos entendimentos jurisprudenciais

JURISPRUDÊNCIAS DIVERSAS!
1. Art. 28 da Lei de Drogas é crime, gerando reincidência (STJ/2016)

2. Não aplicação do Princípio da insignificância no crime de posse de drogas para consumo próprio
(STJ/2016).

3. Condições favoráveis podem permitir o início do cumprimento de pena em regime aberto e a


substituição por pena privativa de direito no crime de tráfico de drogas (STF/STJ).

4. A quantidade, a natureza e a variedade da droga apreendida também constituem fundamento idôneo


a justificar tanto a imposição do regime mais severo, quanto o indeferimento da substituição das penas
(STJ/2016).

5. A utilização da reincidência como agravante genérica e circunstância que afasta a causa especial de
diminuição da pena do crime de tráfico não caracteriza bis in idem (STJ/2016).

6. Não se aplica a causa especial de diminuição de pena do parágrafo 4º do artigo 33 da Lei n.º
11.343/2006 ao réu também condenado pelo crime de associação pra o tráfico de drogas, tipificado no
artigo 35 da mesma Lei (STJ/2016).

7. A majoração da pena pelos maus antecedentes e o reconhecimento da reincidência, desde que com
fundamento em condenações prévias e definitivas distintas, não caracteriza ofensa ao princípio do ne bis
in idem (STJ/2016).

8. Tráfico de drogas é crime que permite a violação de domicílio em situação de flagrante, posto que não
há falar em nulidade e ilegalidade na apreensão da droga, porquanto, sendo o tráfico de drogas – na
modalidade “ter em depósito” – crime de natureza permanente, cuja consumação se prolonga no
tempo, é prescindível o mandado de busca e apreensão para que os policiais adentrem ao domicílio do
acusado, com o intuito de reprimir e fazer cessar a prática delituosa (STJ/2016).
A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno,
quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem que dentro
da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do
agente ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados (STF/2016).

9. Por tratar-se de delito de tráfico de entorpecentes, que possui natureza permanente, a competência
territorial deve ser firmada pela prevenção, nos termos do art. 71 do CPP (STJ/2016).

10. Nos termos do artigo 70 da Lei n. 11.343/2006, “o processo e o julgamento dos crimes previstos nos
arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilícito transnacional, são da competência da Justiça Federal”.

11. A jurisprudência desta Corte, na interpretação do art. 70 da Lei n. 11.343/2006, firmou-se no sentido
de que a competência para processar e julgar os crimes previstos na Lei de Drogas é da Justiça
Federal quando restar demonstrada a transnacionalidade da ação, sendo insuficiente a suspeita da
origem estrangeira das substâncias entorpecentes (STJ/2014).

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12. É possível a concessão de liberdade provisória nos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes,
analisado o caso concreto.

13. É certo que a gravidade abstrata do delito de tráfico de entorpecentes não serve de fundamento para
a negativa do benefício da liberdade provisória, tendo em vista a declaração de inconstitucionalidade de
parte do art. 44 da Lei nº 11.343/2006 pelo Supremo Tribunal Federal.

14. Associação para o tráfico não é crime hediondo (STJ).

15. O crime de associação para o tráfico não é equiparado a hediondo, uma vez que não está
expressamente elencado no rol do artigo 2.º da Lei n.º 8.072/1990. Em consequência, para fins de
progressão de regime incide a regra prevista no art. 112 da LEP, ou seja, o requisito objetivo a ser
observado é o cumprimento de 1/6 (um sexto) da pena privativa de liberdade imposta (STJ/2016).

16. Para a obtenção do livramento condicional, a jurisprudência desta Corte Superior é assente no
sentido de que, independentemente de o crime de associação para o tráfico não se enquadrar no rol de
delitos hediondos, certo é que a Lei n.º 11.343/06, em seu art. 44, parágrafo único, previu expressamente
a necessidade do cumprimento de 2/3 (dois terços) da pena, devendo essa previsão legal prevalecer em
relação ao art. 83 do Código Penal, em atenção ao princípio da especialidade (STJ).

17. Em relação ao livramento condicional, não há como acolher a pretensão da Defensoria Pública, pois
mesmo quando afastada o caráter hediondo do primeiro delito, incabível a concessão desse benefício por
expressa previsão do parágrafo único do art. 44 da Lei n. 11.343/2006. Trata-se de regra contida na Lei de
Drogas que, em decorrência do princípio da especialidade, é a aplicável ao caso concreto,
independentemente de o primeiro delito praticado pelo apenado ser considerado hediondo ou não (STJ).

18. Necessidade de interesse de vínculo permanente com a intenção de cometimento do ilícito para
configurar o crime de associação para o tráfico (STJ/2016).

19. É assente no Superior Tribunal de Justiça o entendimento no sentido de que o crime de tráfico,
praticado por meio da remessa de encomenda do exterior para o Brasil, produz seus efeitos no local da
apreensão e não no local a que se direcionava a encomenda.
A consumação do delito se dá no momento em que o entorpecente chega ao território nacional,
porquanto concluído o núcleo “importar” constante do tipo do art. 33 da Lei de Drogas. Nesse sentido é a
redação do art. 70, § 2º, do Código Penal, a qual disciplina que, nos casos em que “o último ato de
execução for praticado fora do Território Nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime,
embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado”(STJ).

20. Ação da Polícia para obter mais informações acerca de conduta e paradeiro nem sempre pode ser
considerada ação controlada (art. 53, II) e, portanto, dispensa-se autorização judicial. Uma vez que a
investigação policial não almejava identificar outros traficantes que possivelmente atuassem com o réu,
mas, apenas, obter informações mais concretas acerca das condutas praticadas por ele, não há falar em
desrespeito aos art. 53 da Lei n. 11.343/2006 e 8º da Lei n. 12.850/2013 (Grifei) (STJ/2015).

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UNIDADE 20
Referência Bibliográfica

BRANCO, Emerson Castelo. Legislação Penal Especial para Concurso-Editora Método, Ed.4º/2014;

NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado, Editora Revista dos Tribunais, 2011;

GOMES, Luiz Flavio; CUNHA, Rogério Sanches- Legislação Criminal Especial - Col. Ciências Criminais - Vol. 6
- 2ª Ed. 2011;

GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal – Parte Especial. v. II; 12ª Ed. Saraiva, 2015.

LIMA, Renato Brasileiro – Legislação Criminal Especial Comentada – Ed. JUSPODIVM, Volume único/2016;

CAMPOS, Pedro Franco de; THEODORO, Luis Marcelo Mileo; BECHARA, Fábio Ramazzini e; ESTEFAM,
André. Direito Penal Aplicado. 2. Ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

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MINICURRÍCULO

• Natural do Rio de Janeiro


• Atualmente exerce a função de Delegado de PC/SC
• Graduado em Direito pela UNIGRANRIO/RJ
• Especializado em Direito Penal e Processo Penal
• Professor de Direito Penal e Leis Extravagantes
• Criador do site Beabá do Concurso e do Treinamento com
Personal do Concurso
• Palestrante sobre motivação e emocional, técnicas de
organização e memorização para concursos
• Aprovado em diversos concursos, dentre esses, Investigador e
Oficial de Cartório da PC/RJ, Agente Federal de Execução Penal,
PRF, Delegado do ES e SC

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