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Índice

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CAPITULO I: INTRODUÇÃO.......................................................................................................2

1.0.Introdução..................................................................................................................................2

1.1.Problematização.........................................................................................................................3

1.2.Justificativa................................................................................................................................3

1.3.Objectivos..................................................................................................................................4

1.4.Hipótese.....................................................................................................................................5

CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA..............................................................................6

2.0.O lúdico.....................................................................................................................................6

2.1.A perspectiva do lúdico na construção do conhecimento..........................................................6

2.2.Leis e politicas na educação especial.........................................................................................8

CAPITULO III: METODOLOGIA...............................................................................................11

3.1. Tipo de pesquisa.....................................................................................................................11

3.2.Técnica e instrumento de colecta de dados..............................................................................13

3.3.Universo e amostra..................................................................................................................13

3.4 Cronograma de actividades......................................................................................................14

3.5. Orçamento...............................................................................................................................15

Referências bibliográficas.............................................................................................................16
CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1.0.Introdução
Na sociedade de mudanças constantes em que se vive, onde a tecnologia avança e as novas
conquistas aparecem, sempre se é levado a adquirir competências novas devido às constantes
buscas que movem o indivíduo. Uma dessas é a utilização de jogos no processo pedagógico, o
que faz despertar o gosto de aprender, propiciando às crianças o enfrentamento de desafios que
lhe surgirem, pois, na história da humanidade, se percebe a importância do brincar no
desenvolvimento humano.

Assim, crianças e adultos, quando brincam e jogam, penetram no mundo das relações sociais,
desenvolvendo senso de iniciativa e auxílio mútuo. A metodologia, de forma lúdica e prazerosa,
proporcionará, com a aprendizagem, à criança estabelecer relações cognitivas junto às
experiências vivenciadas. Isso se deve ao fato de que, no ato de brincar, com certeza não se
aprende somente os conteúdos escolares, se aprende sobre a vida, e se adquire experiências para
lidar com situações de enfrentamento quando necessário. Brincando, a criança se diverte, faz
exercícios, constrói seu conhecimento e aprende a conviver com outras crianças.

Observando que na Escola Primária do 1º e 2º Graus de Massinga-Sede os professores têm usado


constantemente os jogos na sua pratica didáctica surge a necessidade de compreender a
possibilidade do uso destes jogos no processo de ensino e aprendizagem de alunos com
necessidades educativas especiais considerando que estes alunos encaram muitas dificuldades na
escola devido ao despreparo das nossas escolas em meteria de inclusão escolar.

O trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma: a presente introdução, problematização,


hipótese, objectivos, justificativa, no capítulo II encontra-se a fundamentação teórica, no terceiro
capítulo encontra-se a metodologia, cronograma de actividades, proposta orçamental e
bibliografia.
1.1.Problematização
Segundo ALMEIDA (1987, p.3), na educação de modo geral, e principalmente na Educação
Infantil os jogos e brincadeiras são um potente veículo de aprendizagem experiencial, visto que
permite, através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social.

Os jogos ensinam os conteúdos através de regras, pois possibilita a exploração do ambiente a sua
volta, os jogos proporcionam aprendizagem maneira prazerosa e significativa assim agrega
conhecimentos

Segundo RIBEIRO (2013, p.1), o lúdico é parte integrante do mundo infantil da vida de todo ser
humano. O olhar sobre o lúdico não deve ser visto apenas como diversão, mas sim, de grande
importância no processo de ensino-aprendizagem na fase da infância.

Os jogos e as brincadeiras são fontes inesgotáveis de interacção lúdica e afectiva. Para uma
aprendizagem eficaz é preciso que o aluno construa o conhecimento, assimile os conteúdos. E o
jogo é um excelente recurso para facilitar a aprendizagem.

Assim considerando que os professores da Escola Primária do 1º e 2º Graus de Massinga sede


tem adoptado jogos como instrumentos pedagógicos para a transmissão de conhecimentos surge
a necessidade de compreender o contributo do uso destes jogos na aprendizagem de alunos com
necessidades educativas especiais tendo em conta que o processo de inclusão destes alunos nesta
escola encontra barreiras deste a metodologias inclusivas, despreparo da própria escola e baixa
preparação do professor em matérias de inclusão escolar.

Assim pretende-se com o presente trabalho responder a seguinte questão de partida: Qual é o
contributo dos jogos lúdicos com o estratégias do ensino e aprendizagem dos alunos com
necessidades educativas especiais na Escola Primaria do 1º e 2º Graus de Massinga Sede?

1.2.Justificativa
A escolha do tema se deu pelo facto de estar em contacto directo com a educação infantil e por
perceber como o lúdico através dos jogos e brincadeiras podem auxiliar na aprendizagem dos
alunos que interagem entre si através das brincadeiras mediadas pelo professor.
O processo educacional hoje, na maioria das vezes, centra suas atenções ao simples repasse de
conceitos e conteúdos. Desenvolveu-se este trabalho também para repensar o processo
educacional, e nele apresentar o lúdico como alternativa metodológica para o enriquecimento do
processo ensino aprendizagem dos alunos com necessidades educativas especiais que frequentam
escolas regulares.

Para Vygotsky (1987), a aprendizagem e o desenvolvimento estão estritamente relacionados,


sendo que as crianças se inter-relacionam com o meio objecto e social, internalizando o
conhecimento advindo de um processo de construção. O lúdico com certeza poderá ser usado
pelos educadores como forma de provocar uma aprendizagem mais prazerosa e significativa,
pois é por meio de jogos e brincadeiras que ocorrerá o desenvolvimento integral e a
potencialidades das crianças.

Assim, com a realização deste trabalho, espera-se contribuir para uma maior aproximação entre a
teoria e a prática do lúdico no processo ensino aprendizagem de alunos com necessidades
educativas especiais.

A nível profissional a pesquisa dará um contributo inigualável através da disponibilização de


mais uma das formas didácticas de inclusão de alunos portadores de deficiência no processo de
ensino e aprendizagem e assim melhorar o ambiente educativo destes alunos.

A nível pessoal a pesquisa poderá saciar a minha inquietação e assim enriquecer os meus
conhecimentos acerca da temática e assim contribuir para intervir melhor na profissão em termos
de condução do PEA de alunos com necessidades educativas especiais.

1.3.Objectivos
Geral

 Compreender o contributo dos jogos lúdicos no processo de ensino e aprendizagem de


alunos com necessidades educativas especiais na Escola Primária do 1º e 2º Graus de
Massinga-Sede
Específicos

 Identificar os jogos que podem ser utilizados pelos professores durante o PEA de alunos
com NEE na Escola Primária do 1º e 2º Graus de Massinga-Sede
 Descrever a importância dos jogos no processo de ensino e aprendizagem de alunos com
NEE na Escola Primária do 1º e 2º Graus de Massinga-Sede
 Propor o uso de jogos como ferramentas didácticas no PEA de alunos com NEE na
Escola Primária do 1º e 2º Graus de Massinga-Sede

1.4.Hipótese
H1: A utilização de jogos no processo de ensino e aprendizagem de alunos com NEE melhora a
concentração, da atenção e da produção do conhecimento do aluno contribuindo para
melhoramento do rendimento pedagógico dos alunos.
CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA

2.0.O lúdico
A palavra lúdico, de origem latina, deriva de “ludere”, cujo sentido denota “ilusão, simulação”,
actos que envolvem a imaginação, o sonho e as capacidades de compreensão e desenvolvimento
da criança (ALMEIDA, 1987, p.43).

Sabe-se que o brincar é a essência da infância, uma actividade natural, espontânea e necessária à
criança. Segundo LUCKESI (1994) são aquelas actividades que propiciam uma experiência de
plenitude, acções vividas e sentidas. Assim, ao observar uma criança, desde seus primeiros
meses de idade, nota-se que o brincar faz parte de seu quotidiano. Primeiramente, com seu
próprio corpo, na relação de descoberta, e depois com tudo que estiver ao seu alcance, sempre
como objecto de descoberta e desenvolvimento.

Então, pode-se dizer que as brincadeiras, para as crianças, são mais do que apenas um
divertimento, servem para seu desenvolvimento físico, emocional e cognitivo, ou seja, um
estímulo para aprendizagem.

2.1.A perspectiva do lúdico na construção do conhecimento


De acordo com BROUGERE (1998, p.54), numa educação em que se busca a preparação pela
vida, a afectividade ganha destaque, pois acredita que a interacção afectiva auxilia na
compreensão e transformação das pessoas. A ludicidade entra em meio a todo esse contexto,
sendo percebida como uma necessidade do ser humano, em qualquer idade, e não apenas como
diversão na infância. A formação lúdica baseia-se nas possibilidades de criatividade, no cultivo
da sensibilidade, pela busca da afectividade e nutrição da alma, fazendo com que os educadores
possam ter vivências lúdicas e experiências corporais.

No actual processo educativo, como está posto, o educador percebe-se imerso num universo
dinâmico, em constante transformação, no qual o ato de educar se modifica a todo o momento, já
produzindo novos conhecimentos e espaços para o ser humano, germinando valores, tanto para o
educador quanto para o educando.
Professor bom não é aquele que dá uma aula perfeita, explicando o conteúdo; professor bom é
aquele que transforma o conhecimento, a ser aprendido, em brinquedo e seduz o aluno a brincar.
Depois de seduzido, não há quem o segure (ALVES apud VIDAL, 2001, p.65).

Durante as actividades lúdicas, o professor passa a criar situações para o desenvolvimento da


autonomia, com incremento de acções que favoreçam as interacções, surgindo trocas. Para o
desenvolvimento de currículos criativos, é necessário que se oportunizem espaços às crianças,
onde a educação prime pelo desenvolvimento integral dos educandos através da ludicidade.

Hoje, ao brincar, a criança com certeza apropria-se de elementos da realidade, e em cima disso
lhe dá novos significados. Assim, a criança, colocada diante de situações lúdicas, apreende o
significado real da brincadeira, o que lhe possibilita a oportunidade de estabelecer planos de
acção para atingir determinados objectivos, executar acções segundo estes planos, e avaliar sua
habilidade e eficácia no decorrer destas situações.

ANTUNES (1998, p.54), o brincar deve ser visto como um fato marcante na vida da criança,
assim, a ludicidade passa também a ter característica marcante na vida da criança. As escolas
precisam primar pela valorização da criança, buscando, através da brincadeira dentro dos
conteúdos curriculares, a dinamização do processo construtivo do conhecimento. É preciso,
então, entender a contribuição da brincadeira no desenvolvimento cognitivo-afetivo-social das
crianças.

O brincar e o educar são actividades complexas em que devem ser estudadas as relações, pois de
uma forma ou outra auxiliam no desenvolvimento humano, sendo mediadoras na construção do
conhecimento, onde a criança, através do lúdico, poderá encontrar o equilíbrio ente o real e o
imaginário. Portanto, o educador precisa seleccionar as brincadeiras e saber qual a meta quer
atingir usando as mesmas como recursos em suas aulas, para que assim as crianças, através das
actividades lúdicas, desenvolvam diferentes áreas do conhecimento.

Deve-se ter espaço para as brincadeiras nas escolas, criar situações imaginárias, permitir à
criança ir além do real, o que irá colaborar para o seu desenvolvimento. O jogo do faz-de-conta
abre um espaço para a apreensão de significados de seu contexto e oferece alternativas para
novas conquistas no seu mundo imaginário.
De acordo com Vygotsky (1991), através do brinquedo, a criança aprende a actuar numa esfera
cognitiva que depende de motivações internas. Nessa fase (idade pré-escolar), ocorre uma
diferenciação entre os campos do significado e da visão. O pensamento que antes era
determinado pelos objectos do exterior passa a ser regido pelas ideias. Portanto, a partir destas
colocações, constata-se que, através das actividades lúdicas, a criança tem a oportunidade de
vivenciar, através das brincadeiras e dos jogos, situações-problemas que lhe ajudarão
futuramente nas resoluções das situações reais.

2.2.Leis e politicas na educação especial


Nas leis temos a concretização dos nossos direitos, direitos estes que foram garantidos através de
muita luta da população ao longo dos anos. E isso não foi diferente para os portadores de
necessidades especiais, para que tivessem seus direitos garantidos, serem respeitados, vistos
como cidadãos. Para isso, também teve que ocorrer manifestações da sociedade, o povo teve que
expressar sua indignação perante o governo para que esse começasse a ver os deficientes como
parte da sociedade (BROUGERE, 1987, p.54).

Foi necessária a manifestação da sociedade e do mundo em geral que não aceitava mais a
exclusão dos portadores de necessidades no ambiente social, do fato deles, muitas vezes, terem
seus direitos negados pelo governo. Em meio a manifestações nacionais e internacionais é que
começou a ocorrer mudança, na qual se começava a visualizar o deficiente como sujeito, como
qualquer outro na sociedade, que tem limitações leves ou severas, mas, independente das
limitações, devem ser respeitados por todos, e terem seus direitos garantidos perante a lei.

Além de alguns acontecimentos em favor da inclusão do deficiente, ocorreu a organização de


congressos internacionais importantes para se discutir acções em favor dos portadores de
necessidades especiais. Desses congressos três, declarações importantes foram promulgadas, que
aprovaram conquistas para todas as pessoas, independente de terem ou não alguma deficiência,
seja ela motora, sensorial, intelectual.

Os encontros internacionais originaram as seguintes declarações: a Declaração Universal dos


Direitos do Homem (1948); Declaração Mundial de Educação para Todos (1990); e a Declaração
de Salamanca (1994). A Declaração Universal dos Direitos do Homem não é exactamente uma
lei, porém estabelece direitos a humanidade, independente dos aspectos referente à
nacionalidade, religião, cor, sexo, política, enfim, de uma forma mais abrangente esclarece em
um documento oficial os direitos comuns para todos os cidadãos, inclusive a garantia de
educação para todos, sendo assim, incluiu os educandos que têm alguma deficiência. Vejamos
abaixo alguns fragmentos dessa declaração.

Todo ser humano, em todas as suas dimensões, é o centro e o foco de qualquer movimento para a
sua promoção. O princípio é válido, tanto para as pessoas normais e para as ligeiramente afectadas
como, também, para as gravemente prejudicadas, que exijam uma acção integrada de
responsabilidade e de realizações pluridirecionais. Todo ser humano conta com possibilidades
reais, mínimas que sejam, de alcançar pleno desenvolvimento de suas habilidades e de adaptar-se
positivamente ao ambiente normal. (DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO
HOMEM apud CORRÊA, 2005, p.55-56).

Percebemos que na Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948) o foco é o ser humano
independente de suas limitações, não importa se é uma pessoa dita “normal” ou que tenha
alguma deficiência, a declaração estabelece pontos comuns para todos os seres humanos,
garantindo o direito de desenvolver suas habilidades físicas, mentais, emocionais, enfim, direito
ao respeito, de estar em um ambiente comum para todos, de participar da vida em sociedade.
Principalmente em uma instituição de ensino, na qual possibilita desenvolver as habilidades do
alunado, e a inserção social do mesmo. A Declaração Mundial de Educação para Todos (1990),
garante educação para todos independente das possíveis dificuldades ou limitações que o sujeito
apresente. (MIRANDA, 2003, p.7).

Declaração de Salamanca (1994), essa declaração é o resultado da Conferência Mundial sobre


Necessidades Educativas Especiais, que ocorreu na Espanha e teve como foco a questão da
educação para crianças com necessidades especiais. A declaração diz:

Todas as crianças têm direito fundamental à educação e deve ser dada a oportunidade de obter e
manter um nível adequado de conhecimento. Cada criança tem características, interesses,
capacidades e necessidades de aprendizagem que lhes são próprias. Os sistemas educativos devem
ser projetados e os programas aplicados de modo que tenham em vista toda a gama dessas
diferentes características e necessidades. As pessoas com necessidades educativas especiais devem
ter acesso à escola regular que deverão integrá-las numa pedagogia centrada na criança, capaz de
atender a essas necessidades. As escolas regulares, com essa orientação integradora, representam
os meios mais eficazes de combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades
acolhedoras, construindo uma sociedade integradora e alcançando educação para todos, além de
proporcionar uma educação efectiva à maioria das crianças e melhorar tanto a eficiência como a
relação custo-benefício de todo o sistema educativo. (UNESCO, 1994)

A Declaração ratifica que a criança tem o direito à educação, de desenvolver suas habilidades
sejam elas cognitivas, motoras, emocionais; que é necessário que haja uma integração da criança
que tem alguma deficiência com as ditas “normais”, que ela seja realmente incluída no ambiente
escolar. Sendo que suas limitações devem ser respeitadas por todos, pois cada criança tem sua
particularidade, seu ritmo de aprendizagem diferenciado uns dos outros, então é necessário se
pensar formas que poderiam ajudar nesse processo de inclusão dos portadores de necessidades
especiais.

Todas as leis ou políticas voltadas para garantir os direitos dos portadores de deficiência são
importantes, pois todos esses direitos não foram alcançados tão facilmente, e sim através de
anseios e luta da sociedade para que fossem assegurados os direitos das pessoas portadoras de
necessidades especiais.

Conferências em âmbito internacional ocorreram, políticas foram pensadas para que houvesse a
inclusão das pessoas que têm alguma deficiência, nas escolas sejam elas públicas ou privadas,
incluindo-as na sociedade para que possam exercer sua cidadania na medida do possível,
independente da deficiência. Para que esses direitos sejam concretizados nada melhor que o
ambiente escolar, que é democrático, que é um espaço de socialização, reflexão, aprendizagem.
A escola é um ambiente que pode trabalhar para que as diferenças e diversidades sejam aceitas e
respeitadas.
CAPITULO III: METODOLOGIA
Segundo SERRA (2003, p.34), metodologia da Pesquisa é um conjunto de procedimentos
aplicados, para que se tenha uma investigação disciplinada das relações entre as variáveis de um
problema.

3.1. Tipo de pesquisa


a) Quanto à abordagem

Segundo GIL (1991) citado por CASSANDRA (s/d, p.13), quanto a forma de abordagem a
pesquisa pode ser:

 Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa
traduzir em números opiniões e informações para classificá-los e analisá-los. Requer o
uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio
padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc...);

 Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o
sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do
sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenómenos e a
atribuição de significados são básicos no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o
uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte directa para colecta
de dados e o pesquisador é o instrumento chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a
analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais
de abordagem.

No entanto, para o presente trabalho aplicar se – á a uma pesquisa qualitativa, uma vez que a
natureza do tema suscitar – se ao deslocamento da autora para o local onde ocorre o fenómeno de
modo a interagir com os funcionários da instituição em estudo.

b) Quanto ao objectivo

De acordo com GIL (2008, p.22), qualquer classificação de pesquisa deve seguir algum critério.
Se utilizarmos o objectivo geral como critério, teremos três grupos de pesquisa:
 Pesquisas Exploratórias: tem como objectivo familiarizar-se com um assunto ainda
pouco conhecido, pouco explorado. Como qualquer exploração, a pesquisa exploratória
depende da intuição do explorador (neste caso, da intuição do pesquisador). Por ser um
tipo de pesquisa muito específica, quase sempre ela assume a forma de um estudo de
caso. Como qualquer pesquisa, ela depende também de uma pesquisa bibliográfica, pois
mesmo que existam poucas referências sobre o assunto pesquisado, nenhuma pesquisa
hoje começa totalmente do zero. Haverá sempre alguma obra, ou entrevista com pessoas
que tiveram experiências práticas com problemas semelhantes ou análise de exemplos
análogos que podem estimular a compreensão. (GIL, 2008, p.24);

 Pesquisas Descritivas: possuem como objectivo a descrição das características de uma


população, fenómeno ou de uma experiência. Por exemplo, quais as características de um
determinado grupo em relação a sexo, faixa etária, renda familiar, nível de escolaridade
etc. A grande contribuição das pesquisas descritivas é proporcionar novas visões sobre
uma realidade já conhecida. Nada impede que uma pesquisa descritiva assuma a forma de
um estudo de caso (possibilidade mais comum das pesquisas exploratórias). Entretanto,
as pesquisas descritivas geralmente assumem a forma de levantamentos (GIL, 2008:24).
Segundo SERRA (2003, p.37), nas pesquisas descritivas, os factos são observados,
registados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira sobre
eles, ou seja, os fenómenos do mundo físico e humano são estudados, mas não são
manipulados pelo pesquisador

 Pesquisas Explicativas: tem como objectivo primordial identificar factores que


determinam ou que contribuem para a ocorrência de fenómenos. Este tipo de pesquisa é a
que mais aprofunda o conhecimento da realidade, e por isso mesmo, está fortemente
calcada em métodos experimentais. É uma pesquisa muito sujeita a erros (porque
dependem de interpretação, o que acarreta subjectividade), mas de grande utilidade, pois
geralmente possui aplicação prática. Assim, a pesquisa explicativa toma muitas vezes a
forma de uma pesquisa aplicada (ou pesquisa experimental), ou pode também se utilizar
de dados e informações de uma pesquisa Ex-post facto. (GIL, 2008, p.25).
Assim, no entender do GIL (2008), ao iniciarmos qualquer pesquisa, deveremos primeiro saber
qual é o objectivo desta pesquisa e, de acordo com esse objectivo, poderemos ter uma pesquisa
exploratória, ou uma pesquisa descritiva ou ainda, uma pesquisa explicativa.

Contudo, tendo em conta o objectivo deste trabalho, recorrer-se – á a uma pesquisa explicativa.
Este tipo de pesquisa, permitirá o aprofundamento da pesquisa, a partir da interacção da
pesquisadora (autora do trabalho) com o público-alvo, nomeadamente, o DAE e os professores
que lidam com as crianças com NEE no PEA. Contudo, de forma a dar mais rigor à pesquisa,
buscar-se – á aos resultados obtidos em outras pesquisas da mesma linha de pesquisa, de modo a
perceber os contornos da problemática, de forma geral.

3.2.Técnica e instrumento de colecta de dados


Para a colecta de dados, neste trabalho será usado a entrevista. Segundo Gil (1999, p.40), a
entrevista “é a técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula
perguntas, com o objectivo de obtenção de dados que interessam a investigação”.

A entrevista permitirá o público-alvo de expor as suas opiniões e argumentos que ajudarão na


resposta da questão de partida deste projecto. O tipo de entrevista será aberto, que permitirá o
entrevistado de argumentar em torno das suas respostas.

3.3.Universo e amostra
População (ou universo da pesquisa) “é a totalidade de indivíduos que possuem as mesmas
características definidas para um determinado estudo” (SILVA & MENEZES, 2005, p.32). O
universo desta pesquisa será composto por 7 pessoas, número correspondente ao total dos
funcionários que respondem por direitos da criança no Serviço Distrital da Mulher e Accão
Social de Massinga.

Amostra “é parte da população ou do universo, seleccionada de acordo com uma regra ou plana.
A amostra pode ser probabilística e não - probabilística” (SILVA & MENEZES, 2005, p.32). A
amostra probabilística é aquela em que todos os sujeitos incluídos na grelha de amostragem têm
a mesma probabilidade (diferente de zero) de serem escolhidos para virem integrar a amostra.
As amostragens não probabilísticas servem para sondagens sem propósitos inferenciais, nestes
casos, os processos que envolvem comparações estatísticas que usem cálculos científicos não são
válidos.

Para este trabalho, será usada a amostra probabilística, concretamente a amostragem aleatória
simples, que segundo RYAN (2009, p.19), é aquela em que toda amostra possível de mesmo
tamanho tem a mesma chance de ser seleccionada a partir da população.

Assim iremos trabalhar com um universo de 50 elementos correspondentes a 49 professores e 1


DAE e destra população iremos trabalhar com uma amostragem correspondente a 16 elementos
correspondentes a 1 DAE e 15 professores da escola em estudo.

3.4 Cronograma de actividades


Ano: 2021
Mês
Abril Maio Junho Julho Agosto Setembr
Actividade
o
Revisão literária X
Apresentação do Projecto ao X
Curso
Reformulação do Projecto X
Execução de inquérito e X
entrevista
Recolha de dados no campo X
Compilação dos dados X
Elaboração do relatório final X
Apresentação da monografia
ao supervisor para apreciação e X
correcção
Apresentação da Monografia X
ao Curso

3.5. Orçamento
Material Quantidade Valor em MT
Réguas 3 30.00MT
Resma de papel A4 1 250.00MT
Esferográficas 5 25.00MT
Lápis 5 25.00MT
Borrachas 4 15.00MT
Impressão, fotocópias de fichas de ______ 600.00MT
questionário e entrevista.
Transporte ______ 8000.00MT

Total ______ 8.945.00MT

Referências bibliográficas
ALMEIDA, Paulo Nunes de (1994). Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo:
Loyola, 1994
ALMEIDA, Guido (1986). O professor que não Ensina. São Paulo: Summus, 1986.

ANTUNES, Celso (1998). Jogos para Estimulação de Múltiplas Inteligências. 8 ed. Petrópolis:
Vozes.

BROUGERE, Gilles (1998). Jogo e Educação. Porto Alegre: Artes Médicas.

CHATEAU, Jean (1987). O jogo e a Criança. São Paulo: Summer.

FRIEDMANN, Adriana (1999). Brincar: Crescer e Brincar – O resgate do jogo infantil. São
Paulo: Moderna.

GIL, António Carlos (2008). Como elaborar projectos de pesquisa., 5. ed. São Paulo: Editora
Atlas.

LUCKESI, Cipriano Carlos (1994). O Lúdico na Prática Educativa. Tecnologia Educacional.


Rio de Janeiro: Atlas.

MOYLES, Janet (2002). Só Brincar? O papel do brincar na educação infantil. Porto Alegre:
Artemed.

RYAN, THOMAS (2009). Estatística Moderna para Engenharia, Campus - Elsevier, Rio de
Janeiro: Brasil.

RIZI, Leonor, HAYDT, Regina (1998). Actividades Lúdicas na Educação das Crianças. São
Paulo: Ática.

SILVA, Edna Lúcia da. MENEZES, EsteraMuszkat (2005). Metodologia da pesquisa e


elaboração de dissertação.4. ed. rev.actual. – Florianópolis: UFSC.

UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais.


Brasília: CORDE.

VIGOTSKY, L. S (1998). A formação social da mente. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes.

WINNICOTT, W. Donald (1975). O Brincar e a Realidade. Rio de Janeiro: Imago.

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