Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(Jennifer Courtney) Educação Clássica Cristã
(Jennifer Courtney) Educação Clássica Cristã
Clássica Cristã
ACESSÍVEL A TODOS
Jennifer Courtney, Organizadora
C lassical
onversations ®
1a. Edição
ISBN: 978-658028002-5
Conteúdo
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Inspecionando os Modelos Educacionais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Educação Moderna. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Educação Cristã de Pouca Qualidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Educação Cristã de Boa Qualidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Educação Cristã de Excelente Qualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Educação Clássica Cristã. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
O Modelo Esquecido: Educação Cristã, estilo Clássica. . . . . . . . . . . . . 13
O Diferencial da Educação Clássica Cristã . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
O Modelo Acessível a Todos: O Trivium. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Como, então, haveremos de estudar?
Estágio 1: Gramática – Lançando os Alicerces . . . . . . . . . . . 22
Estágio 2: Dialética – Acrescentando as Paredes, o Telhado
e a Porta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Estágio 3: Retórica – Mobiliando a Casa com Preciosos
Tesouros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
O Modelo Acessível a Todos: O Núcleo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
O quê, então, haveremos de estudar?
As Sagradas Escrituras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Literatura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Redação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Matemática. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Geografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
História. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
4 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
Ciências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Latim. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Belas Artes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
O Núcleo – Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Edificando uma Casa Visando Propósitos Nobres. . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Os Arquitetos Divinamente Designados: Os Pais. . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Outro Modelo Revisitado: A Escola de Sala de Aula Única. . . . . . . . . 55
Grandes Esperanças: O Objetivo da
Educação Clássica Cristã. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Notas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Bibliografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
APÊNDICES
APÊNDICE A: Modelo para os Pais: O Programa
do Classical Conversations e das Comunidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
APÊNDICE B: Modelos de Grades de Horário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
APÊNDICE C: A Grade do Objetivo Educacional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
APÊNDICE D: Por Que Latim?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
APÊNDICE E: Uma Lista de Recursos para Pais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
5
Introdução
As deficiências do experimento da educação moderna são
abordadas por todo canto. Parece que não passa um dia sequer
sem que os noticiários de TV a cabo foquem nos problemas
educacionais. As páginas de jornais com opinião de leitores estão
repletas de cartas de pais e de educadores preocupados. E à luz
dessas dificuldades bastante divulgadas, que vão da queda na taxa
de alfabetizados ao pobre desempenho em provas de ciências
ou matemática, os pais têm procurado alternativas para fugir da
educação pública moderna. Alguns pais cristãos optaram por
escolas particulares, enquanto outros
têm optado por manter os filhos O que é educação?
em casa para educálos. E muitos se Propriamente
encontram perdidos em meio a uma falando, não existe
miríade de currículos e ativdades o que é chamado de
extracurriculares. Muitos são os educação. Educação é
pais que tem buscado uma opção simplesmente a alma
que ofereça a seus filhos um rigor da sociedade, na
acadêmico maior que eles próprios medida que passa de
receberam e que se provou bem uma geração à outra.
1
Inspecionando
os Modelos
Educacionais
Comecemos olhando mais de perto para o atual modelo de
educação (dos Estados Unidos), ao qual designaremos como
educação moderna. Observe o currículo e trabalho relativo a cursos
do Ensino Médio no geral e você encontrará “matérias” conhe-
cidas. Há provas com notas que atendem ao desejo de educadores
modernos quanto a resultados quantificáveis, desejo que motiva
e permeia o aprendizado moderno. As matérias são vistas isola-
damente, como compartimentos estanques. As pressuposições
subjacentes acerca da natureza do aluno e da educação estão
impregnados da cosmovisão pós-moderna.
Educação Moderna
História
Economia Ciências
EMC2 Língua
Matemática
8 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
Economia Ciências
EMC Língua
Matemática
História
Economia Ciências
EMC
DEUS Língua
As matérias
Filosofia Belas Artes pertencem
a Deus, não
Matemática ao homem.
10 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
À medida que nos movemos rumo ao ideal da educação cristã,
reconhecemos que Deus está no centro de todo conhecimento,
e procuramos conhecer como Ele é revelado em cada disciplina
acadêmica. A Educação Cristã de Boa Qualidade procurará conhecer
os planos de Deus para as belas artes e reconhecerá que Ele criou
a matemática para um universo ordenado. Mas é aí que deve parar
a educação? Deus se auto-revela através de cada uma dessas áreas
de conhecimento; contudo, educação cristã ainda acena para que
avancemos nesse relacionamento. Uma Educação Cristã de Excelente
Qualidade vê as matérias refletindo e se relacionando de volta com
o Criador e Sustentador de todas as coisas. Podemos aprender mais
atributos de Deus estudando filosofia, história ou química? Podemos
usar nosso conhecimento para fazer o louvor jorrar? Isso se constitu-
iria numa Educação Cristã de Excelente Qualidade.
História
Economia Ciências
EMC
DEUS Língua
História
Economia Ciências
EMC
DEUS Língua
As matérias
estão unificadas
em seu
Filosofia Belas Artes relacionamento
Matemática com Deus
(Hebreus 1.3)
O Modelo Esquecido:
Educação
Clássica Cristã
Para muitos leitores, a expressão educação clássica talvez evoque
imagens de filósofos trajados em togas esvoaçantes, se reunindo
em antigas praças públicas para debater ideias. Outros talvez
pensem no estudo e nas audições de música clássica, ou em um
currículo que adota o estudo cronológico de história e litera-
tura. Outro ainda poderão associar educação clássica com a
memorização de enormes conteúdos de informação. Todas essas
definições apontam para a definição mais simples do conceito
clássica: aptidões e conhecimento que resistem ao tempo e valem
ser assimilados. Tal definição pode ser completamente desen-
volvida ao contrastarmos os valores, os métodos e os objetivos da
educação moderna4 com o modelo clássico, cristão.
A cultura pós-moderna valoriza a mudança contínua. No século
passado, a tecnologia proliferou espantosamente, resultando numa
crença bastante difundida de que mudança equivale a melhoria
em toda e qualquer área. Sem avaliarmos tal alegação, acabaremos
nos curvando à ideia de que, adicionando tecnologia à sala de aula,
tal como laptops e tablets, isso automaticamente resultará numa
educação de maior qualidade.
Ao buscarmos melhorias na educação, nós instintivamente gravi-
tamos rumo ao “mais recente” e ao “melhor” em lugar de avaliar o
conteúdo qualitativamente. Tal propensão à mudança está profun-
damente arraigada nas nossas escolas atuais, quando trocam de
14 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
Educação Moderna
História
Economia Ciências
Governo Língua
Matemática
16 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
E
scrituras estejam em seu coração. Ensine-as com
persistência a seus filhos”. Dt. 6:6-7a
E
scrituras todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo
seu entendimento ”. Mt 22.37
E
scrituras profundamente indignado ao ver que a cidade
estava cheia de ídolos ”. At 17.16
“Antes, santifiquem a Cristo como Senhor em
seu coração Estejam sempre preparados para
responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão
da esperança que há em vocês ”. 1 Pe 3.15
As
C
ompetências Expressão Poética
e Persuasiva
O
O
bjetivo Sabedoria
Inventio
Decidindo o que dizer, esboçando e planejando
(Invenção)
Dispositio Arranjar os pensamentos de maneira lógica e
(Arranjo) organizada
Elocutio Expressar os pensamentos no estilo mais
(Estilo) persuasivo no apelar ao público
Memoria
Memorizar o discurso
(Memória)
Pronuntiato
Entregar o discurso
(Entrega)
Os Cânones da Retórica são praticados através de ensaios, debates,
palestras e discursos. O estudante cristão reconhecerá tais hábitos
mentais mais claramente observando um sermão de domingo. O
pastor primeiro escolhe uma passagem das Escrituras para ensinar e
depois esboça o sermão (inventio). Ao longo da semana, ele organiza
seus pontos, transformando tudo num sermão lógico e organizado,
e acrescentando sua pesquisa de outras passagens das Escrituras e
de comentários bíblicos (dispositio). Então, le leva em conta o melhor
estilo para transmitir seu sermão à congregação (elocutio). Inicia sua
30 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
pregação com uma história ou piada, inclui os três pontos principais e
encerra com uma aplicação pessoal ou uma exortação à ação. Poste-
riormente, ele memoriza o sermão (memoria) e o prega (pronuntiato).
Alunos de retórica podem seguir o mesmo processo ao escrever um
trabalho sobre a Segunda Guerra Mundial, compondo um ensaio
convincente a respeito de Jane Eyre ou fazendo uma palestra refer-
ente à arte. Precisam ser lógicos e persuasivos ao conclamar seu
público para pensar ou viver de maneira diferente. Tais trabalhos
já não são mais os relatórios de leituras feitas ou relatórios de
história factual produzidos pelo aluno de gramática que simples-
mente resume as ações das batalhas da Segunda Guerra Mundial
ou descreve o enredo do romance. Em lugar disso, são argumentos
aprimorados e persuasivos que levam a plateia a pensar e a viver
de maneira diferente. A pesquisa sobre a Segunda Guerra Mundial
poderia argumentar que os Aliados não teriam vencido a guerra
sem as táticas do Dia D ou que o uso da bomba atômica foi justa
e necessária. O ensaio persuasivo acerca de Jane Eyre poderia
comparar e contrastar a ética de Jane com a dos leitores modernos e
avaliar quais padrões geram indivíduos e uma sociedade melhores.
Conforme descrito acima, o Trivium apresenta aos educadores e
pais um caminho claro para nortear a criança rumo à maturidade
e à sabedoria. Os objetivos e competências claramente definidas,
associadas a cada etapa, fornecem aos pais um modelo claro.
Durante a fase gramatical (idades de 4 a 12 anos), os pais podem
se concentrar no catecismo,
no trabalho de memória
que prepara os filhos
para futuros estudos
e nas histórias que
alimentam a imagi-
nações deles. Pais
de alunos de dialé-
tica (idades 12-14)
podem estruturar a
educação dos alunos
em torno de discussão,
31
O Modelo Acessível a Todos: O Trivium
debate, lógica e raciocínio para alimentar o interesse que se
aprofunda, visando o conhecimento do mundo que os cerca.
Para alunos de retórica (idades 14-18), os pais podem orientá-
los através da auto-expressão, à medida que se comunicam com
os outros. Com tais objetivos bem delineados e uma cosmovisão
bíblica que os norteia, alunos de uma Educação Clássica Cristã
estarão preparados para a doxologia enquanto “ecoam celeb-
rando” a criação de Deus.
32 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
33
O Modelo Acessível
a Todos:
O Núcleo
Ao mesmo tempo, a cultura ocidental é
enfatizada porque foi nela que a fé cristã fez os
maiores avanços. A civilização ocidental não é
sinônimo do reino de Deus, mas suas histórias
estão tão entrelaçadas que não podem ser
entendidas separadamente. Procure imaginar
uma história corretamente contada do
Ocidente sem menção do Cristianismo, ou de
uma história eclesiástica sem menção a Carlos
Magno ou a Constantino. Nós não ensinamos
a cultura ocidental de uma maneira fanática;
em vez disso, os alunos que aprendem a amar
sua própria cultura entenderão porquê outros
a amam.15
—Douglas Wilson
The Case for Classical Christian Education
Literatura
Pense por um instante porque você ensina seus filhos a ler. Durante
a Reforma e os primeiros dias das colônias norte-ameri- canas, as
pessoas aprenderam a ler para que pudessem ler a Bíblia sozinhas.
A leitura é a aptidão fundamental para abrir todas as demais portas
do conhecimento. Na sociedade contemporânea, temos duas
questões de leitura a serem abordadas: uma é a alfabetização
básica (ser capaz de ler e entender as palavras contidas no texto)
e a segunda é a alfabetização cultural (ler e discutir obras de quali-
dade da literatura, história, matemática, ciências e filosofia, a fim de
compreender a própria herança cultural).
Nos primeiros anos da fase da gramática, os pais se preocupam
36 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
com a alfabetização básica. Esse é um assunto de acirrado debate
em círculos educacionais que incluem pais e educadores, enquanto
analistas monitoram as taxas de alfabetização em queda em nosso
país. Os pais que educam os filhos através do ensino domiciliar
têm uma fixação - a instrução fonética. Desde os dias dos Fenícios,
as pessoas aprendiam a ler foneticamente memorizando os sons
associados às letras, combinando as letras para formar palavras
e as palavras para formar frases. Os Estados Unidos alçaram um
breve, porém desastroso vôo para longe desse método, desde
que os educadores progressistas na década de 1950 decidiram
seguir o método conhecido como “método global”, o que produziu
gerações de leitores deficientes, fracos no soletrar.
A educação clássica propõe um retorno ao método que funciona
– . . . a fonética. Em sua maioria, os educadores cristãos em escolas
particulares e em educação domiciliar têm conseguido reimple-
mentar com sucesso a instrução consistente de leitura. Este é um
bom primeiro passo, mas devemos progredir para o segundo nível
– . . . retomar da alfabetização cultural. Uma triste realidade da vida
contemporânea é que as pessoas não lêem o suficiente. Na década
de 1980, Neil Postman comentou a respeito da mudança de uma
cultura centrada em letras para uma cultura visual. Na introdução
de Amusing Ourselves to Death, ele analisa duas profecias concor-
rentes a respeito do mundo moderno, advindas da literatura. Uma é
o mundo de 1984, de Orwell, no qual um governo totalitário reduz
a alfabetização de forma proativa, ao vetar certos livros. A outra é
Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, no qual existem tantos
entretenimentos disponíveis que é desnecessário proibir um livro
porque ninguém quer se dar ao trabalho de ler.17 Quão mais profé-
tica esta última visão soa à luz da Internet? Uma Educação Clássica
Cristã busca resgatar o amor pela leitura dos clássicos.
Estudantes norte-americanos devidamente instruídos devem
estar familiarizados com os trabalhos – entre outros - de Shake-
speare, Jonathan Swift, Jane Austen, Charles Dickens, Ralph Waldo
Emerson, Herman Melville e C. S. Lewis. Não se trata de esnobismo
intelectual. Em lugar disso, estamos apresentando nossos filhos aos
grandes mestres que moldaram o modo de pensar de nossa civili-
37
O Modelo Acessível a Todos: O Núcleo
zação. São os escritores que fizeram as melhores perguntas sobre
questões humanas e divinas, merecendo, portanto, nossa atenção.
Escrita
Assim como a Educação Clássica Cristã defende ampla leitura, educa-
dores clássicos também promovem a prática com a composição.
TODOS os grandes pensadores e líderes divulgam suas ideias por
escrito. A Era Digital põe em risco argumentos bem fundamentados
e eloquentes, reduzindo as nossas comunicações às elocuções
mais curtas e rápidas. Nossos alunos devem estar preparados para
contemplar conceitos difíceis, colocando-os por escrito para serem
partilhados com os outros. Como cristãos, devemos ensinar nossos
filhos a se expressarem por meio da palavra escrita. Mais uma vez,
somos relembrados de que a Bíblia chama Jesus de “a Palavra que se
fez carne”. Deus se revelou a nós e transmitiu Seu plano para nós por
escrito. Devemos influenciar as pessoas à nossa volta, tanto com a
palavra escrita, como com a palavra falada.
Alunos cristãos clássicos devem se atracar com a difícil tarefa de
colocar seus pensamentos no papel. Isso não significa que eles
pesquisam um certo assunto no Google ou recortam e colam alguns
parágrafos da Wikipedia. Em vez disso, eles devem ser capazes de ler
os pensamentos dos outros, raciocinar se tais conceitos são dignos ou
não, e expressar suas conclusões em um ensaio coeso. A expressão
escrita tanto desenvolve, quanto reflete, um raciocínio claro. A escrita
deve ser praticada com frequência, para que os alunos desenvolvam
clareza e estilo próprio. Tal qual um discurso apaixonado, a escrita
aprimorada convence os outros a buscar a verdade.
Matemática
Uma das habilidades perdidas na educação moderna é a facilidade
com números. Ironicamente, enquanto reconhecem a importância
ímpar da alfabetização, nossos sistemas educacionais modernos
não ensinam a alfabetização básica. A mesma ironia está presente
na matemática. Educadores modernos afrouxam os padrões,
enquanto, ao mesmo tempo, afirmam que a matemática e a ciência
são as aptidões necessárias para o sucesso em meio a uma nova
38 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
economia globalizada. Estudantes da educação clássica devem ter
que praticar diariamente o uso de números até que os cálculos e
as equações sejam concluídos sem maior esforço. Um aluno que
aprende a usar uma calculadora não domina os números como o
aluno que aprende a dominá-los com a mente. Considere esta ilus-
tração de instrução matemática de uma época passada:
A aritmética mental era ainda mais difícil. Laura não
gostava de aritmética. Seu coração disparava quando
chegava sua vez e ela tinha certeza de que falharia.
Ela ficou impressionada, ouvindo sua voz passar por
problemas de divisão. “Divida 347.264 por 16. Dezesseis
cabe em 34 duas vezes, sobram 2, baixa o 7; 16 cabe em
27 uma vez, e sobram 11; baixa o 2; 16 cabem em 112
sete vezes, sobra 0; baixa o 6, que não é divisível por
dezesseis; acrescenta um 0 e baixa o 4; 16 cabe 4 vezes
em 64. Trezentos e quarenta e sete mil duzentos e
sessenta e quatro dividido por dezesseis é igual a vinte
e um mil, setecentos e quatro”.18
No século XVIII, tinha-se como certo que uma aluna de quatorze
anos poderia completar uma divisão longa de cabeça. A educação
moderna, com o acréscimo de calculadoras e atalhos de apren-
dizado, fez mais do que nos roubar essa capacidade – ensinou-nos
a acreditar na mentira de que algo difícil é , na realidade, impossível.
A solução, assim como nas demais matérias nucleares, é resgatar
as ferramentas perdidas de aprendizagem delineadas por Sayers.19
A chave simples para dominar a matemática é cultivar a disciplina
de se exercitar diariamente com números. As crianças pequenas
devem completar uma aula de matemática, incluindo exercí-
cios de matemática, diariamente. Alunos mais velhos devem
continuar nesses hábitos e precisam aprender a trabalhar de forma
organizada e metódica, exibindo cada etapa de cada problema.
Alunos de todas as idades devem ser capazes de explicar verbal-
mente como resolver um problema de matemática, assim como
criar seus próprios problemas por escrito.
Por fim, os alunos devem aprender o vocabulário técnico de
matemática. Os alunos de educação clássica abordam matemática
39
O Modelo Acessível a Todos: O Núcleo
como fariam com uma língua estrangeira, e devem aprender a
definir palavras como secante, diâmetro, ângulos inscritos e polinô-
mios. Na busca desenfreada pela modernização de todos assuntos,
os educadores perderam seu senso de direção. Diane Ravitch,
analista de educação, relatou recentemente:
Em uma comparação entre um livro de álgebra de 1973
e um livro didático de “matemática contemporânea” de
1998, Williamson Evers e Paul Clopton encontraram uma
mudança nos tópicos. No livro de 1973, por exemplo,
o índice da letra “F” incluía “fatores, fatoração, falácias,
fórmulas, frações e funções”. No livro de 1998, o índice
relacionou “famílias (dados de pobreza), fast food (dados
de nutrição), fast food (índice de gordura), futebol, Ford
Mustang, franquias e fundos de carnaval (angariar)”.20
Livros didáticos não mais instruem os alunos na linguagem da
matemática, pois ficaram emaranhados nos problemas sociais.
Além disso, os educadores esqueceram que aprender fatos básicos
de matemática é emocionante e algo novo para as crianças
pequenas que apreciam a aquisição dessa nova língua. À luz dessa
confusão matemática, a missão dos educadores clássicos é crista-
lina: precisamos resgatar o conteúdo da matemática e treinar as
crianças para aprendê-lo completa e meticulosamente.
Deus governa o universo através da linguagem ordenada da
matemática. Encontramos os preceitos de Deus em tudo, desde
a estrutura da linguagem à teoria musical, da carpintaria à lógica
formal, de designs artísticos intrincados à incrível beleza das estru-
turas moleculares. Aprender essa linguagem, permite que nossos
filhos conheçam a Deus adequadamente, fazendo com que O
adorem com sua mente.
Geografia
Poucos assuntos são mais negligenciados na educação moderna que
a geografia. Uma matéria que antes existia e era respeitada, exigindo
que os alunos memorizassem nomes de países, capitais, montanhas,
oceanos, rios e lagos, bem como termos geográficos como penín-
sula, baía e planalto - praticamente desapareceu, tendo sido substi-
40 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
tuída por cursos de estudos sociais em que os alunos aprendem a ler
legendas de mapas e criar mapas para locais de interesse. Em lugar
de ensinar as crianças acerca das maravilhas do mundo, tais estudos
as restringem à visão tacanha de seus próprios bairros.
Mais uma vez, é impossível ignorar o curioso paradoxo de que os
líderes educacionais afirmam estar preparando os alunos para uma
economia global, enquanto se recusam a ensiná-los a respeito dos
lugares no globo. Assim como os estudantes de história precisam
estar familiarizados com eventos e pessoas importantes, os alunos
com formação clássica devem estar familiarizados com os locais
em que tais eventos ocorreram e onde as pessoas envolvidas
viveram. Estudantes de eventos atuais devem ter uma imagem
mental imediata dos locais de eventos recentes, como os terre-
motos no Haiti e tsunamis na Indonésia. Estudantes de geografia
que aprenderam a localização de Orleans terão entendimento mais
completo de quem foi Joana D’Arc e também da Guerra dos Cem
Anos. Alunos que encontram a localização exata dos Alpes Suíços
entenderão e apreciarão mais completamente a história de Heidi.
Alunos que conhecem os países da África se conectarão com os
eventos atuais e talvez optem por um campo missionário africano.
Uma criança que não sabe muito sobre o mundo ao seu redor
terá horizontes restritos. Tal qual todas as demais nucleares, a
geografia abre portas e expande horizontes. À medida que alunos
cristãos clássicos memorizam as definições de limites geográficos,
compreendem a variedade da criação de Deus. Quando aprendem
acerca de países pequenos como a Eslovênia, desenvolvem um
coração sensível para o povo de Deus.
História
O Cristianismo oferece uma perspectiva singular a respeito da história
do homem ao enxergá-la como uma tapeçaria entrelaçada tanto pela
providência de Deus quanto pelas ações das pessoas. Como cristãos
pós-modernos, corremos o risco de perder este fio quando negligen-
ciamos o estudo da história. Em lugar de se deixarem obcecar pelo
mais recente desenvolvimento tecnológico, os alunos devem dedicar
tempo regular ao contemplar dos grandes personagens e eventos do
41
O Modelo Acessível a Todos: O Núcleo
passado, como forma de compreender nossos próprios dias.
Em seu ensaio “On the Reading of Old Books”, C. S. Lewis
recomendou que os leitores devorassem um livro antigo para cada
livro recente que lerem:
Toda idade tem sua própria perspectiva. É especial-
mente capaz de enxergar certas verdades e especial-
mente propensa a cometer certos erros. Todos nós,
portanto, precisamos dos livros que corrigirão os erros
característicos de nosso próprio período ... O único
paliativo é manter a suave brisa marítima dos séculos
soprando através de nossa mente, e isso só pode ser
feito lendo livros antigos. Não que haja qualquer
mágica ligada ao passado. As pessoas não eram mais
astutas do que são hoje; cometeram tantos erros
quanto nós cometemos. Mas não os mesmos erros.21
—C. S. Lewis
“On the Reading of Old Books”
O estudo da história aparelha futuros líderes para lutar e reparar os erros
de seus próprios tempos. Além disso, a história da civilização ocidental
posterior ao nascimento de Cristo, é sinônimo da história da Igreja de
Cristo. O estudo da história de forma clássica fornece aos alunos os
melhores e mais nobres modelos de comportamento, assim como as
lições mais preocupantes que dizem respeito ao que há de mais vil.
Estudar história sob a ótica clássica equivale a analisar e julgar as ações
humanas. Formar sábios juízos acerca do passado e do presente é algo
que cultiva a virtude.
Ciências
Ciências, mais do que qualquer outra matéria, porá em cheque nossas
percepções pós-modernas na medida que procuramos resgatar
a Educação Clássica Cristã. Mesmo como cristãos, a maioria de nós
foi ensinada a conceber o método científico experimental como
modelo para descobrir a verdade do mundo. Essa concepção das
ciências é bem diferente da concepção clássica ou medieval. Como
resultado de nossos preconceitos pós-modernos, boa parte dos
programas modernos de educação clássica meramente reproduziu
42 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
as metodologias difundidas para o estudo das ciências. A maioria
dos programas inclui quatro cursos distintos das chamadas ciências
de laboratório para os anos de ensino médio. Como educadores
clássicos cristãos, devemos trabalhar arduamente para resgatar as
ferramentas perdidas do aprendizado científico.
Crianças em tenra idade devem ser treinadas para observar a
natureza de perto e registrar suas descobertas, por escrito ou em
desenhos. A curiosidade delas sobre o mundo natural pode ser
estimulada, ajudando-as a dar nomes ao que vêem. Uma coisa
é ver um pássaro no quintal de alguém e dizer à criança: “Olha,
que lindo pássaro azul e laranja”. Outra coisa é olhar pela janela
e dizer: “Olhe aquele bando de Oriolidae voando para o sul, para
passar o inverno. Estão chegando mais ao final deste ano por
causa do outono ameno que tivemos. Você se recorda das três
maneiras pelas quais os animais reagem à mudança ambiental?
É isso mesmo - adaptação, hibernação e migração”.22
As crianças mais velhas devem continuar aprendendo o vocabulário
técnico das ciências, assim como fizeram na matemática. Devem se
familiarizar com o método científico, com as principais descobertas
e com os cientistas famosos. Acima de todo esse conhecimento,
entretanto, o estudante do método clássico deverá aprender a avaliar
o impacto da ciência na humanidade e pensar a respeito dos cruza-
mentos entre ciência e religião, entre razão e revelação. Precisam,
reaprender a enxergar a ciência como um dos muitos assuntos
norteados e limitados pelo que Sayers chamou de “a ciência mestra”,
que é a teologia. Precisamos evitar que nossos alunos considerem a
ciência natural como única fonte de verdade objetiva.
Latim
Nenhum currículo clássico cristão estaria completo sem o estudo
do Latim. Infelizmente, boa parte de nossos contemporâneos foi
educada em um sistema que negligenciou ou até ridicularizou o
estudo do Latim como sendo inútil para o estudante moderno.
Felizmente, dispomos de uma abundância de recursos ao nosso
alcance para nos ajudar a aprender Latim e ensiná-lo aos nossos
alunos. Estudar Latim aprimora a disciplina mental, melhora indire-
tamente nosso uso e vocabulário de Inglês, além de abrir portas
43
O Modelo Acessível a Todos: O Núcleo
para a leitura de literatura clássica e técnica.
Estudar Latim melhora a disciplina mental porque é uma língua
altamente organizada, logicamente estruturada e sistematizada.
Ao traduzir o Latim para o Inglês, os alunos precisam desenvolver
um fluxo lógico para levar em conta as terminações de substan-
tivo e verbo, a ordem em que as palavras se encontram e a função
gramatical de cada palavra da frase. O exercício repetido dessa
faculdade acaba desenvolvendo naturalmente a disciplina mental.
Além disso, cinquenta por cento das palavras inglesas provém do
Latim. É provável que até 80% das palavras polissilábicas da língua
inglesa derivem do Latim, o que significa que os alunos de Latim
automaticamente expandem suas competências de comunicação
com grande precisão e estilo no Inglês. (Para maiores informações
sobre os benefícios do Latim, consulte o Apêndice D.)
Já deixamos claro que as palavras e seu uso são fundamentais
para a Educação Clássica Cristã. O Latim opera na sintonia fina as
competências linguísticas de três formas diferentes: aprimorando
o vocabulário de Inglês do aluno, reforçando sua compreensão da
gramática inglesa e aprimorando seu estilo de redação. Quando
o aluno traduz frases e passagens mais extensas do Latim para o
Inglês, também recebe, por assim dizer, um curso abrangente de
gramática inglesa à medida que aprende a considerar como as oito
partes da fala operam nos dois idiomas.
Por fim, os estudantes do Latim recebem uma excelente educação
quanto ao estilo. O Latim é uma língua mais precisa e concisa do
que o Inglês. Após estudo rigoroso do Latim, o aluno escreverá
melhor no Inglês. Escritores ao longo da história, incluindo notáveis
como Shakespeare, creditaram a facilidade com que lidaram com
sua língua (inglesa) aos seus estudos de Latim.
Quando ensinamos Latim para nossos filhos, abrimos portas
para eles - portas para ler história, literatura, ciências, medicina e
as Escrituras. Imagine seus filhos traduzindo automaticamente
os nomes científicos de animais e insetos, ganhando uma nova
perspectiva sobre a democracia e lendo João 1 em Latim. Os alunos
de Latim se reconectam, não apenas com as raízes de nossa língua,
44 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
mas também com as raízes de nossa cultura e nossa fé cristã.
Belas-Artes
Duas filosofias artísticas resultaram no nosso afastamento das artes
– o modernismo e o pós-modernismo. Pintores modernos criaram
telas abstratas com formas e cores confusas para muitos obser-
vadores. Compositores modernos compuseram sons titilantes
e dissonantes, agressivos à audição. Mais tarde, gravaram sons
externos, pelas janelas de suas moradias, e reivindicaram autoria
disso que chamaram de “sinfonias”. O Pós-modernismo, a essa
altura, nos ensinou que, nas artes, assim como no restante da vida,
vale tudo. Deixamos de ter um padrão para julgar o verdadeiro, o
bom e o belo.
Na ausência de padrões claros de estética, o ser humano simples-
mente abandonou qualquer participação nas belas artes. Negli-
genciamos as belas artes porque não as entendemos. David Hicks
defende eloquentemente a inclusão das artes no currículo clássico
e cristão:
Nem mesmo as belas artes são oferecidas com base no
“pegar ou largar” - na escola de artes e idiomas. - “Eu
não gosto de artes”, ou “Meu filho não é criativo” ou “A
arte não é prática” - com que frequência ouvimos esses
ataques com relação à Educação Artística! Ainda assim,
a incapacidade de ter-se prazer nas belas artes constitui-
se na razão mais importante para estudá-la, para não ser
dispensado da aula de artes.23
—David Hicks
Norms & Nobility
O Núcleo - Um Resumo
Desde a época dos tutores medievais, até as primeiras univer-
sidades norte-americanas, e até mesmo na escola de um único
cômodo situada na fronteira americana, havia uma confiança nessa
tradição clássica, cristã e no conhecimento central necessário a
toda pessoa instruída. No labirinto da nova teoria educacional do
século XX, perdemos nosso caminho. Um importante passo de
volta à Educação Clássica Cristã é uma séria consideração dessas
matérias nucleares a serem ensinadas.
46 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
47
Edificando uma
Casa Visando
Propósitos Nobres
Arquitetos Divinamente
Designados:
Os Pais
“A resposta à crise de nossa educação é que
os pais recuperem seu papel de pais perante
o Senhor, segundo a Sua Palavra somente. A
resposta bíblica deve ser encontrada nos pais
assumindo a responsabilidade que Deus deu a
eles, e somente a eles, a educação e criação de
seus filhos”.26
—Douglas Wilson
Repairing the Ruins
Notas
CHESTERTON, G. K., citado em The Observer. Londres: 6 de julho
1
de 1924.
EMC – Educação Moral e Cívica ou equivalente
2
Internacional.
MILTON, John. “Of Education”, em John Milton: Complete Poems
8
10
Sayers.
11
Hicks, pág. 68.
60 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
traduções modernas.
WILSON, Douglas. The Case for Classical Christian Education .
15
Bibliografia
BORTINS, Leigh A. The Core: Teaching Your Child the Foundations of
Classical Education [Nova York: Palgrave Macmillan, 2010].
CORBETT, Edward, P. J. e CONNORS, Robert J. Classical Rhetoric for the
Modern Student [Retórica Clássica para o Aluno Moderno]. Nova York:
Oxford University Press, 1999.
DABNEY, R. L., Discussions of R. L. Dabney, Vol. 4,“Secularized Education”.
Http://www.dabneyarchive.com/Dioscussions%20V4/Secular-
ized%20Education.pdf, ... 2009. Internet, 5 de março de 2011.
HICKS, David, Norms & Nobility: A Treatise on Education. Lanham, MD:
University Press of America, 1999.
LEWIS, C. S., “On the Reading of Old Books”. God in the Dock: Essays on
Theology and Ethics. Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans, 2001.
MILTON, John. “Of Education” (“Da Educação”), em John Milton:
Complete Poems and Major Prose. Publicado por Merrott Hughes:
Nova York: Macmillan, 1957.
POSTMAN, Neil. Amusing Ourselves to Death: Public Discourse in the Age
of Show Business. Nova York: Penguin Books, 1985.
SAYERS, Dorothy: “The Lost Tools of Learning”. Curso Vocacional em
Educação. Universidade de Oxford. Oxford. 1947
SCHAEFFER, Francis. How Should We Then Live? The Rise and Decline
of Western Culture and Thought. Wheaton, IL.: Crossway Books,
2005. [Em Português: Como Viveremos? Uma Cuidadosa Análise das
Principais Características de Nossa Época em Busca de Soluções para os
Problemas que Enfrentamos - Ed. Cultura Cristã – 2013.]
WILDER, Laura Ingalls. LittleTownonthePraire.NovaYork: HarperTrophy, 1971.
WILSON, Douglas. The Case for Classical Christian Education. Wheaton,
IL.: Crossway Books, 003.
WILSON, Douglas. Recovering the Lost Tools of Learning: An Approach
to Distinctively Christian Education. Wheaton, IL.: Crossway Books,
1991.
WILSON, Douglas, editor de Repairing the Ruins: The Classical and Chris-
tian Challenge to Modern Education. Moscou, ID.: Canon Press, 1996.
64 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
65
APÊNDICE A
C A s
L É T I
D I A
desenvolvendo
pensamentos próprios. A comunidade
do Essentials é uma atmosfera calorosa e
encorajadora para tal expressão, mas também
cobra uma dedicação acadêmica.
70 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
I C A
R
E T Ó
R
Foundations
Ciclo 1 Ciclo 2 Ciclo 3
MUNDO: IMPÉRIOS
HISTÓRIA HISTÓRICOS, POVOS MUNDO PRÉ- Colombo até eventos
E E PAÍSES REFORMA ATÉ HOJE atuais
GEOGRAFIA (ANTIGOS ATÉ MODERNOS)
MATEMÁTICA
TABELAS DE MULTIPLICAÇÃO,
CONVERSÕES, FÓRMULAS GEOMÉTRICAS
MEMÓRIA ÊXODO 20 (10 EFÉSIOS 6 JOÃO 1: 1-7
BÍBLICA MANDAMENTOS)
Essentials
Em Aula... Em Casa... Os Alunos Irão Aprender...
Letras maiúsculas e pontuação
básicas; fonogramas; estruturas de
Visão Geral (45 minu- Fundamentos da
Artes da orações, padrões e propósitos; oito
tos): Fundamentos da Língua Inglesa
Linguagem partes da fala mais classificações
Língua Inglesa Lição Semanal
específicas de verbos, substantivos,
pronomes, análise sintática; e mais!
Tarefa de Lições Diferentes estruturas de escrita
Visão Geral da
de Escrita Baseada usando modelos de escrita do IEW,
Escrita Unidade do IEW (45
em História do bem como técnicas para refinar
minutos)
IEW qualquer estilo de escrita.
Exercícios do Mega-Fun Currículo Maior velocidade e precisão na aritmética mental
Matemática Card Game Matemático da à medida que os alunos se preparam para serem
-Matemática Preferência bem sucedido em álgebra e além dela.
73
APÊNDICE A: Um Modelo para os Pais
Challenge
Ensino Básico – Últimos 2 anos Ensino Médio
G R A M Á T I C A
César e Língua e
Latim Latim Latim I Latim II Literatura
Cícero
E X P O S I Ç Ã O e C O M P O S I Ç Ã O
Literatura
Escrevendo Literatura
Brasileira Literatura Poesia Literatura
Literatura Infantil
e Norte- Britânica Shakespeare Antiga
Infantil Contos
americana
D E B A T E
Economia de
Atualidades/ História História História
Livre Mercado/
Geografia Julgamento da Cultura Norte-
Governo Norte- Mundial
Simulado Ocidental americana
americano
P E S Q U I S A
BIOLOGIA História da
E CIÊNCIA Ciência/ Física Biologia Química Física
NATURAL Origens
R E T Ó R I C A
Raciocínio Introdução Lógica Lógica
Lógica Tradicional/ Avançada/
claro/ à Filosofia/ Drama Norte- Filosofia Teologia
Formal
Apologética Drama americano Avançada
L Ó G I C A
Matemática Matemática
Matemática Álgebra 1 Álgebra 2 Álgebra 3
Avançada (A) Avançada (B)
74 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
75
APÊNDICE B
Modelos de Horários
A Família Shirley
7:00-8:00 Manter-se em Forma
8:00-9:00 Café da Manhã e Hora Silenciosa Individual
9:00-10:00 Matemática
10:00-10:30 Leitura Independente
10:30-11:00 Prática Musical
11:00-11:30 Trabalho de Memória *
11:00-12:00 Trabalho de redação, edição e apresentação de trabalho
12:00-13:00 Almoço
13:00-14:00 História e Leitura Científica e Pesquisa
14:00-18:00 Mais tempo independente para alunos mais
velhos. As atividades durante esse período variam
a cada dia, para cada criança.
18:15-19:00 Jantar e Limpeza
19:00-19:45 Ensino e Discussão em Família **
19:45-20:00 Poesia e Fábulas ***
20:00-20:30 Devocional em Família e Oração ***
* Todo o trabalho de memória, com foco específico, dependendo do dia da semana.
*** Cada membro da família tem sua vez de liderar esta leitura e discussão.
Aulas semanais:
2a. feira Foco no Tradução, análise e leitura de
idioma e em artigos ou apresentações
Latim
3a. feira Matemática / Ver ajuda para matemática e ter
Ciências discussões científicas
4a. feira Estudo da Bíblia em Família
5a. feira História / História Mundial, Mistério da História
Geografia (ver Apêndice E), etc.
78 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
79
APÊNDICE C
A Grade Do Objetivo
Educacional
(O Trivium: Matéria Por Matéria)
OBJETIVO: Domínio da base ampla OBJETIVO: Aprendendo a aplicar OBJETIVO: A prática da aplicação
e exposição aos fatos, definições. as aptidões lógicas para descobrir e integração das matérias. Prática
Desenvolver uma Base de Dados de a relação entre dados e fatos. de rememorar dados e aplica-los
CONHECIMENTO. Desenvolver ENTENDIMENTO do corretamente para crescer em
“porquê” e do “como” das matérias. SABEDORIA.
80 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
81
APÊNDICE D
APÊNDICE E
Assuntos Acadêmicos
Gramática Inglesa
Mulroy, David. The War Against Grammar. Portsmouth, NH:
Boynton, Cook, 2003.
Belas-Artes
Schaeffer, Francis. How Should We Then Live? The Rise and Decline of
Western Culture and Thought. Wheaton, IL: Crossway Books, 2005.
Em Português: Como Viveremos? Uma Cuidadosa Análise das
Principais Características de Nossa Época em Busca de Soluções para
os Problemas que Enfrentamos - Ed. Cultura Cristã – 2013.]
86 Educação Clássica Cristã . . . Accessível a Todos
Smith, Jane Stuart. The Gift of Music: Great Composers and Their
Influence. Wheaton, IL: Crossway Books, 1995.
Veith, Gene Edward, Jr. State of the Arts: From Bezalel to
Mapplethorpe. Wheaton, IL: Crossway Books, 1991.
Literatura
DeMille, Oliver. A Thomas Jefferson Education. Cedar City, Utah:
George Wyeth College Press, 2006.
Greenholt, Jen. Words Aptly Spoken series. West End, Carolina do
Norte: Classical Conversations MultiMedia, 2011.
Words Aptly Spoken: Children’s Literature
Words Aptly Spoken: Short Stories, 2nd edition
Words Aptly Spoken: American Literature, 2nd edition
Words Aptly Spoken: American Documents, 2nd edition
Words Aptly Spoken: British Literature, 2nd edition
Matemática
Kressin, Keith. Understanding Mathematics: from Counting to
Calculus. K Squared Publishing, Inc., 1997.
Ciências
Classical Acts and Facts Science Cards [Cartões de Ciências & Fatos
Clássicos]. West End, NC: MultiMedia Clássica Conversations,
2010. Conjuntos de cartões de ciências para o aluno de educação
clássico: Biologia e Geologia; Ecologia, Astronomia e Física;
Anatomia, Química e Origens; Cientistas Famosos.
Pearcey, Nancy. A Alma da Ciência: Fé Cristã e Filosofia Natural - Ed.
Cultura Cristã – 2005.
Cosmovisão
Pearcey, Nancy. Verdade Absoluta: Libertando o Cristianismo de Seu
Cativeiro Cultural. - Ed. CPAD – 2006.
Sproul, R. C. The Consequences of Ideas: Understanding the Concepts
that Shaped Our World. Wheaton, IL: Crossway Books, 2000.
87
APÊNDICE E: Uma Lista De Recursos Para Os Pais
Wilson, Doug, ed. Repairing the Ruins: The Classical and Christian
Challenge to Modern Education. Moscou, Idaho: Canon Press,
1996.
Redação
Corbett, Edward P. J. e Connors, Robert J. Classical Rhetoric for the
Modern Student. Nova York: Oxford University Press, 1999.
Crider, Scott. The Office of Assertion: An Art of Rhetoric for the
Academic Essay. Wilmington, DE: ISI Books, 2005.
Kern, Andrew. The Lost Tools of Writing. Concord, NC: Instituto
CiRCE, 2009. www.CiRCEinstitute.org.
Pudewa, Andrew. Institute for Excellence in Writing: Teaching Writing
Structure and Style Syllabus. www.excellenceinwriting.com.
https://www.homeschool.com.br
www.classicalconversations.com.br