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2001
2 2
v1 + p1 = v2 + p2 (1)
2 ρ 2 ρ
1 2
p2 = pTotal = p1 + ρv1 (2)
2
Laboratório de Ciências Térmicas - Departamento de Engenharia Mecânica
Universidade Federal de Santa Catarina - 88010-970 – Florianópolis – SC
1 2
● ●
ha hb hc
h=v2/2g
h=v2/2g h=pest/ρg
(a) (b)
Figura 2 – Pressões estática, total e dinâmica em um canal aberto (a) e em uma tubulação (b).
ρ m - ρf
v = 2g h , (3)
ρf
sendo que ρf e ρm são as massas específicas do fluido em escoamento e do líquido manométrico,
respectivamente, g é a aceleração gravitacional e h a altura lida no manômetro. A diferença entre
as massas específicas apresentada na Equação (3) ocorre em função da contraposição das duas
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colunas no manômetro, uma preenchida com o fluido em escoamento e a outra com o líquido
manométrico.
Também é comum usar mais de uma tomada de pressão estática em uma mesma seção da
tubulação, de forma a se obter o valor médio da pressão reinante. Montagens são mostradas na
Figura 6, sendo a montagem (a) a mais comum. Entretanto a montagem (b) é considerada melhor
para as diversas situações de medição (Benedict, 1984).
Manômetro
P1 P4
P1 P4 Fluido
Fluido P4 P3
P2 P3
Tomada de
pressão estática Manômetro
(a) (b)
Figura 6 – Ligação entre as tomadas de pressão estática. (a) forma convencional; (b) – montagem
tipo triplo-T (Benedict, 1984).
+4
Efeito da haste
+3
+2
+1
28 24 20 16 12 8 4 h
0 4 8 12 16 20 24 28 e
x (diâmetros)
-1
-2 Efeito da extremidade
-3
h
e
Figura 7 – Diferencial de pressão observado na medição da pressão estática com uma sonda
(Benedict, 1984).
- Tubo de Pitot:
A pressão total, de estagnação ou de impacto pode ser medida através de uma tomada de
pressão colocada diretamente contra o escoamento. O modo mais usado é o indicado nas Figuras 1
0 b
0,1
0,2
d in
d
/p
0,3 Ângulo de
ataque
t o ta l
Tubo de Pitot
0,4 Direção do
f
∆p
Escoamento
0,5 a
0,6 c
0,7 e
Ângulo de ataque (graus)
0,8
2 0 º
15º
c d
a 2 2 1 /2 º b 1 5 º
20º
6 ,4 m m
f
Figura 8 – Influência do ângulo de ataque na leitura da pressão dinâmica, para diferentes tipos de
extremidade (Benedict, 1984).
O coeficiente de pressão Cp, definido como a razão entre a pressão dinâmica indicada pelo
Tubo de Pitot e a pressão dinâmica real do escoamento no ponto medido, tem sido considerado
como tendo um valor unitário nas aplicações usuais. Entretanto alguns estudos foram realizados
para escoamentos com baixos Números de Reynolds, este sendo calculado com base no raio
externo do Tubo de Pitot. Os resultados estão dispostos na Figura 9, observando-se um forte
aumento de Cp para Re abaixo de 50. Para Re superiores a 50, pode-se considerar um valor de Cp
unitário.
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1,6
Cp
1,4
1,2
1,0
0,8
2 10 100 1000 5000
Número de Reynolds
Figura 9 – Coeficiente de pressão (pressão dinâmica indicada/pressão dinâmica real), baixos Re
(Benedict, 1984).
- Sondas Cilíndricas
Para a medição da pressão total pode-se lançar mão de outras formas além do Tubo de
Pitot descrito. Uma das possibilidades ocorre com o uso de uma sonda cilíndrica, que consiste em
um tubo colocado transversalmente ao escoamento, com um pequeno orifício colocado na posição
de ataque. Esta tomada de pressão passa a receber o impacto do fluido transmitindo-o ao
instrumento indicador da pressão. A sua indicação vai depender do ângulo de ataque, formado
entre a tomada de pressão e a direção de incidência do escoamento. Alguns resultados são
colocados na Figura 10, para diferentes relações entre o diâmetro da tomada de pressão e o
diâmetro da sonda. A influência do ângulo é maior para um menor valor desta relação. Embora
seja de simples montagem, este tipo de sonda resulta em um maior bloqueio da área de escoamento
quando comparado com o Tubo de Pitot e seu uso é mais restrito.
Obtenção da Vazão:
O Tubo de Pitot ou a sonda cilíndrica podem ser usados para a medir a velocidade do
escoamento em diversos pontos da seção transversal de uma tubulação, sendo que estes valores
podem ser usados para o cálculo da vazão nesta seção. Em princípio bastaria realizar uma
integração do tipo dado na Equação (4), sendo Q a vazão do escoamento. Como esta integração
pressupõe o conhecimento do perfil de velocidade, ou melhor, de uma função matemática que
1 ,0 0
0 ,9 9
0 ,9 8 d / D = 0 ,2 0 8
d / D = 0 ,1 3 9
0 ,9 7 d / D = 0 ,1 2 0
d / D = 0 ,0 7 2
0 ,9 6
0 ,9 5
10 20 30
d
α
D
De acordo com a Equação (5), o peso wi, representa uma fração de área e a soma dos
mesmos deve se igualar à unidade; para verificação, basta usar um perfil de velocidade constante
na própria Equação (5), retirando-se vi do somatório.
Tabela 1 – Métodos de divisão da seção transversal, para diferentes números de divisão (x são as
posições de medição para uma seção retangular, r, para uma seção circular e w é o peso associado
a cada posição) (Delmée, 1983; Abramowitz e Stegun, 1970; Chandrasekhar, 1960)
Método de Divisão
Áreas Iguais Newton Chebyshef Gauss
N x r w x r w x r w x r w
2 0,2500 0,5000 1/2 0 0 1/2 0,2113 0,4597 1/2 0,2113 0,4597 1/2
0,7500 0,8660 1 1 0,7887 0,8881 0,7887 0,8881
3 0,1667 0,4082 1/3 0 0 0,1667 0,1464 0,3827 1/3 0,1127 0,3357 0,2778
0,5000 0,7071 0,5 0,7071 0,6667 0,5000 0,7071 0,5000 0,7071 0,4444
0,8333 0,9129 1 1 0,1667 0,8536 0,9239 0,8873 0,9420 0,2778
4 0,1250 0,3536 1/4 0 0 0,1250 0,1027 0,3203 1/4 0,0694 0,2635 0,1739
0,3750 0,6124 1/3 0,5774 0,3750 0,4072 0,6382 0,3300 0,5745 0,3261
0,6250 0,7906 2/3 0,8165 0,3750 0,5928 0,7699 0,6700 0,8185 0,3261
0,8750 0,9354 1 1 0,1250 0,8973 0,9473 0,9306 0,9647 0,1739
5 0,1 0,3162 1/5 0 0 0,0778 0,0838 0,2891 1/5 0,0469 0,2166 0,1185
0,3 0,5477 0,25 0,5000 0,3556 0,3127 0,5592 0,2308 0,4804 0,2393
0,5 0,7071 0,50 0,7071 0,1333 0,5000 0,7071 0,5000 0,7071 0,2844
0,7 0,8367 0,75 0,8660 0,3556 0,6873 0,8290 0,7692 0,8771 0,2393
0,9 0,9487 1 1 0,0778 0,9162 0,9572 0,9531 0,9763 0,1185
Referências Bibliográficas
-Benedict, R. P., 1984, Fundamentals of Temperature, Pressure and flow Measurements, 3rd Ed.,
John Wiley & Sons, New York.
-Doebelin, E.O.,1990, Measurement Systems –Application and Design, 4thEd., McGraw-Hill, N.Y.
-Delmée, G. J., 1983, Manual de Medição de Vazão, Edgard Blücher, São Paulo.
-Chandrasekhar, S., 1960, Radiative Transfer, Dover Publications, New York.
-Abramowitz, M. and Stegun, I., 1970, Handbook of Mathematical Functions, Dover Publ., N. Y.
Agradecimentos: Ao Aluno Luiz Eduardo Silva Daniele, pelo auxílio na confecção das figuras.