Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AGRO(TECH) OU
membro da equipe de consultoria do PNUD/Euro-
vel produzir fora do atual modelo e impondo melhorias e avanços alimentar neoliberal” – como um jogo de poder
social e Secretaria de Reforma do Judiciária no
tecnológicos como a transgenia e a biofortificação. Por outro lado, de corporações, eivados de estratagemas em que
aperfeiçoamento da Política Justiça Comunitária.
agroexportação não se confundiria com “alimen-
Foi pesquisadora do Projeto MDS/SISAN 01/2013 temos cientistas e organizações diversas alertando que o sistema
AGRO(TECH) OU AGRO(TÓXICO)?
tar o mundo” e alimento não se confundiria com
AGRO(TÓXICO)?
que visou o fortalecimento do Sistema Nacional utilizado para “acabar com o problema da fome” deve passar ao largo
mercadoria.
de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) nos de elementos cooptados pelo mercado financeiro mundial, e que é
Diante desse cenário, o livro acompanha o
estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas preciso respeitar a soberania alimentar dos povos, propiciar segurança
enfrentamento de imbricadas questões através
Gerais e seus respectivos municípios (2015-2017). alimentar e o acesso ao direito humano à alimentação adequada para
de produções técnico-científicas e técnico-jurídi-
Coordenadora PIBIC/UNESA na área de Direito que a solução do problema da fome/insegurança alimentar chegue a cas com especial ênfase para a atuação do
Ambiental. Parecerista da Revista Direito e Política
um patamar realmente claro de resolução.
SUSTENTABILIDADE, RISCOS, FUTURAS
Ministério Público Federal no enfrentamento de
(A1) e da Revista Novos Estudos Jurídicos (B1).
Assim, será constante na obra a presença de discursos tratados GERAÇÕES E JUSTIÇA AMBIENTAL referidas problemáticas e demonstra que a
Colunista da Revista Eletrônica Caos Filosófico e
como contramajoritários e críticos ao atual modelo agroprodutivo e preocupação do órgão ministerial pode ser
Colaboradora dos sites Justificando e Empório do
que asseveram de forma constante em suas falas que o modelo utiliza- sintetizada através da seguinte indagação: o agro
Direito. Professora de Direito Ambiental, Direito
do pelo agronegócio brasileiro é tóxico e danoso à saúde e nutrição é tóxico em níveis comprometedores ao meio
Internacional, Direitos Humanos, Sociologia Geral
humana, bem como ao meio ambiente, sendo impossível ser mantido a ambiente, saúde humana e segurança alimentar?
e Jurídica. Advogada.
Em caso positivo, ou em caso de dúvidas,
longo prazo.
podemos continuar a arriscar direitos em nome
A questão é: para garantir alimentos à humanidade, presente e
de potenciais suspeitas?
futura, seria preciso, paralelamente, comprometer saúde, nutrição
A abordagem dos questionamentos acima
humana e recursos ambientais, caso os críticos do atual modelo agroa-
suscitados ocorreu da forma mais multidisciplinar
limentar dominante estejam corretos em suas análises? Existiria um e abrangente possível, ainda que sem a pretensão
equacionamento entre necessidades emergenciais: comida ou meio de esgotarem-se os caminhos adentrados. Assim,
ambiente, saúde e segurança alimentar? Teria sido decidido pelo caso o leitor desse trabalho decida, por exemplo,
modelo agro(tóxico) produtivo dominante no Brasil ser preferível focar-se em uma área específica como a saúde
existirem futuras gerações doentes ao invés de futuras gerações poten- pública, o meio ambiente, a nutrição humana, as
cialmente famintas? ciências sociais ou jurídicas, encontrará aqui
placas indicativas para um trajeto que se mostra-
rá muito mais extenso do que o demonstrado na
presente obra.
AGRO(TECH) OU
AGRO(TÓXICO)?
SUSTENTABILIDADE, RISCOS, FUTURAS
GERAÇÕES E JUSTIÇA AMBIENTAL
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
AGRO(TECH) OU
AGRO(TÓXICO)?
SUSTENTABILIDADE, RISCOS, FUTURAS
GERAÇÕES E JUSTIÇA AMBIENTAL
G RU PO M U LT I F OC O
Rio de Janeiro, 2019
Copyright © 2019 Roberta Oliveira Lima.
direitos re serva d os a
GRUPO MULTIFOCO
Av. Mem de Sá, 126 - Centro
20230-152 / Rio de Janeiro, RJ
Tel.: (21) 2222-3034
contato@editoramultifoco.com.br
www.editoramultifoco.com.br
to d os os direitos re serva d os .
Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer
meios existentes sem autorização por escrito dos editores e autores.
ISBN: 978-85-5996-xxx-xx
CDD: 000.00
00-0000 CDU: 000.00
Ao Eterno, que terna e eternamente nos ama.
Não precisei de ler São Paulo, Santo Agostinho,
São Jerônimo, nem Tomás de Aquino,
nem São Francisco de Assis —
Para chegar a Deus.
Formigas me mostraram Ele.
(Eu tenho doutorado em formigas).
Manoel de Barros
IX
9
contexto tormentoso, que se levantaram gigantes a me segurar,
não apenas como pesquisadora, mas como humana, mulher
e amiga.
Em primeiro lugar, falo e agradeço ao meu companheiro
de vida, Júlio César Moreira de Jesus, que resolveu ficar e me
segurar em meio a esse “momento-turbilhão-de-vida” e que
operacionalizou comigo as idas e passagens às quintas-feiras
de madrugada, no primeiro e quase único voo entre Navegan-
tes e Niterói, e que me buscava todas as sextas-feiras de ma-
drugada, no retorno do Rio de Janeiro. Como já cantou Chi-
co Buarque: “sou tua menina, viu e ele (tu) é o meu rapaz...”.
Te amo!
Para completar os 1.300 km que me distanciavam das
aulas, em um trajeto de ida e volta que levava dois dias, duas
pessoas dessa turma tão especial de doutoramento se fizeram
mais do que amigos. De minhas angústias, nasceram dois ir-
mãos de tese: Wagner de Oliveira Rodrigues e Carolina Pereira
Lins Mesquita. Ele, incentivando-me a não desistir, pedindo
para que eu fosse em “pelo menos uma aula” e conversasse
com Ana e Wilson e, só depois, pensasse no que fazer; e Caro-
lina ou “Carol Lins-da”, como costumo chamá-la, que me abriu
sua casa, seu carro e suas caronas para que entre meu percurso
de ida e volta eu obtivesse em seu lar o carinho da sua compa-
nheirinha canina Cristal, bem como deliciosas refeições e uma
cama quentinha que me acolhia o cansaço até a hora em que
a alta madrugada me chamava a despertar e, novamente, voar
para Santa Catarina.
Para encurtar o tom novelesco que acabou contaminando
o trecho acima, fui à primeira aula do Seminário de Teses, que
já havia começado em duas semanas anteriores. Eu era, naque-
le momento, uma mistura de incertezas e medos que quase me
paralisavam, mas então, ali, naquela primeira aula que partici-
pei, o tal ponto de inflexão chegou e começou a me puxar para
a concretude da pesquisa, dos instigantes debates, das leitu-
ras intrigantes e de tudo que eu precisava para aquele tempo e
X
momento. Desistir já não era opção. Finalizei, em janeiro, o Se-
minário de Teses, sentindo que “sei que sou um tanto bem maior”,
como canta o Fernando Anitelli e sua trupe do Teatro Mágico,
e só fui capaz de sentir “esse ser um tanto bem maior” por ter
sido apoiada pelos gigantes de coração acima mencionados.
Não poderia deixar de agradecer a minha família, e, de
forma especial, menciono minha sogra Irene, que me acolheu
em sua casa durante o período de aulas de doutoramento com
amor e carinho. Agradeço ao meu pai (in memoriam) pelas se-
mentes plantadas, acho que te orgulharias de teus frutos. Agra-
deço minha mãe e irmãs e lembro, nesta hora, de Manoel de
Barros, que certa feita escreveu: “tenho em mim um atraso de
nascença...eu fui aparelhado para gostar de passarinhos”. Talvez
– mesmo sendo a primogênita entre minhas irmãs, tenha nas-
cido com esse atraso de “estudar demais”, como elas mesmas
nunca entendem, e também tenha sido “aparelhada” para gos-
tar dos passarinhos chamados vida acadêmica, pesquisa e suas
discussões, descobertas e inquietações. Finalmente, agradeço
as minhas avós maternas, Amélia Teodoro e Maria Estelina da
Conceição. Uma sulista e outra nordestina, ambas analfabetas,
mas inspiradoras em sua devoção e exemplo de vida. Reco-
nheço nelas minha ancestralidade pluriétnica e sei que se hoje
estou aqui, como mulher, percorrendo o caminho da emanci-
pação e do conhecimento, muito eu devo a trajetória de vida
de vocês.
Para não correr o perigo de ser injusta ou esquecer no-
mes, agradeço aos meus amigos e amigas fiéis, que tanto me
acolheram em horas de conversa e presença, como em horas
de ausência e silêncio por conta da pesquisa e escrita da tese.
Vocês sabem quem são e o quanto os amo.
Por fim, mas não menos importante, agradeço aos meus
alunos e alunas, vocês me ensinam demais. Estar em sala pode
ser cansativo, mas é sublime.
XI
SUMÁRIO
RESUMO.......................................................................................... 15
ABSTRACT...................................................................................... 17
ABREVIATURAS E SIGLAS.......................................................... 19
LISTA DE ILUSTRAÇÕES............................................................. 22
LISTA DE TABELAS....................................................................... 25
LISTA DE QUADROS..................................................................... 26
LISTA DE MAPAS........................................................................... 27
LISTA DE GRÁFICOS.................................................................... 28
INTRODUÇÃO................................................................................ 30
Referencial teórico-metodológico............................................. 36
XII
1.3 REVOLUÇÃO VERDE, REVOLUÇÃO GENÉTICA E BIO-
FORTIFICAÇÃO: AGROTÓXICOS, TRANSGÊNICOS E ALI-
MENTOS BIOFORTIFICADOS, COMO FILHOS DA REVOLU-
ÇÃO?.............................................................................................. 57
1.3.1 Biofortificação: o filho caçula da revolução?.............. 74
XIII
4. REVOLU-AÇÃO? O GRUPO DE TRABALHO (GT) AGROTÓ-
XICOS E TRANSGÊNICOS DA 4ª CÂMARA DE COORDENA-
ÇÃO E REVISÃO (CCR) DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
(MPF) ............................................................................................ 304
4.1 USO DE PRODUÇÕES TÉCNICO-CIENTÍFICAS NAS
FORMULAÇÕES DAS ACPS.................................................... 315
4.1.1 ACP 02/2013/MA ....................................................... 315
4.1.2 ACP 03/2014/DF e ACP 04/2014/DF .................... 325
4.1.3 ACP 05/2014/MT ....................................................... 342
4.2. ACPs E USOS E CONTEXTOS DOS TERMOS SUSTENTA-
BILIDADE, RISCO, JUSTIÇA AMBIENTAL E FUTURAS GE-
RAÇÕES ..................................................................................... 349
4.2.1 ACP 01/2006/RS ........................................................ 349
4.2.2 ACP 02/2013/MA ....................................................... 352
4.2.3 ACP 03/2014/DF e ACP 04/2014/DF ..................... 355
4.2.4 ACP 05/2014/MT ....................................................... 360
4.3 DECISÕES JUDICIAIS: USO DE PRODUÇÕES TÉCNICO-
-CIENTÍFICAS E USOS E CONTEXTOS DOS TERMOS SUS-
TENTABILIDADE, RISCO, JUSTIÇA AMBIENTAL E FUTU-
RAS GERAÇÕES ....................................................................... 363
4.3.1 Decisão e Sentença ACP 01/2006/RS ...................... 364
4.3.2 Decisão ACP 02/2013/MA ........................................ 366
4.3.3 Decisão ACP 03/2014/DF ......................................... 371
4.3.4 Decisão ACP 04/2014/DF ......................................... 378
4.3.5 Decisão e Sentença ACP 05/2014/MT..................... 389
4.4 MPF E MÍDIAS SOCIAIS ................................................... 408
XIV
RESUMO
15
decisões judiciais, de questões relacionadas à sustentabilidade
e/ou desenvolvimento sustentável, futuras gerações, risco e
justiça ambiental, bem como compreender as circunstâncias e
os sentidos que são atribuídos a tais temas. Para este trabalho,
explorou-se um rol de documentos, ações e decisões judiciais
que possuem uma forte interface entre o técnico, o político
e o empírico, conforme ficou melhor demonstrado ao final,
sendo a base empírica fundamentada nas Ações Civis Públicas
disponibilizadas no GT Agrotóxicos e Transgênicos da 4ª CCR
do Ministério Público Federal – MPF, nas decisões judiciais de
primeira instância e na amostragem de algumas inserções do
MPF na rede social facebook sobre o tema agrotóxicos. No que
tange a metodologia empregada utilizei a pesquisa qualitati-
va, ainda que elementos quantitativos estejam expressos em
algumas análises, pois busquei trazer dados representativos
de realidades distintas em relação ao uso de agrotóxicos. Por
fim, diante de um cenário político-social pós-impeachment e
pós-democrático, onde as bancadas ruralistas e os retrocessos
socioambientais parecem ter ganhado uma velocidade ainda
mais espantosa do que nos governos que os antecederam, in-
vestigar as disputas produzidas no campo técnico, buscando
analisar os usos que são feitos do conhecimento técnico-cien-
tífico e o tratamento dos temas já mencionados, apresentaram
atuais e intrigantes pontos de contribuição para se pensar a
utilização dos agrotóxicos no país, sendo alcançados, de forma
satisfatória, os objetivos gerais e específicos pretendidos.
16
ABSTRACT
18
ABREVIATURAS E SIGLAS
19
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
20
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
21
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
22
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
23
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
24
LISTA DE TABELAS
25
LISTA DE QUADROS
26
LISTA DE MAPAS
27
LISTA DE GRÁFICOS
28
A obrigação de suportar nos dá o direito de saber.
Jean Rostand
INTRODUÇÃO
30
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
31
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
32
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
33
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
34
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
35
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
36
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
37
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
38
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
39
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
40
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
41
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
42
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
7. Expressão cunhada pelo juiz de Direito Rubens Casara em seu livro “Estado
Pós-Democrático: neo-obscurantismo e gestão dos indesejáveis”, onde afirma
que: Hoje, poder-se-ia falar em um Estado Pós-Democrático, um Estado que, do
ponto de vista econômico, retoma com força as propostas do neoliberalismo, ao
passo que, do ponto de vista político, se apresenta como um mero instrumento de
manutenção da ordem, controle das populações indesejadas e ampliação das con-
dições de acumulação do capital e geração de lucros.” (CASARA, 2017, p. 16-17)
43
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
44
1. “SOMOS OS FILHOS DA (R)EVOLUÇÃO”:
AGROTÓXICOS, TRANSGÊNICOS E
ALIMENTOS BIOFORTIFICADOS
45
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
46
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
48
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
49
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
50
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
51
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
52
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
53
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
54
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
55
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
56
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
10. Apesar da referência inicial à data de 1962, ano de lançamento nos EUA da
obra Primavera Silenciosa, trabalharemos com referências de 2010, obra tra-
duzida pela editora Gaia no Brasil, razão pela qual a obra consultada aparecerá
entre parênteses, enquanto a data original entre colchetes.
57
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
58
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
59
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
60
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
61
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
62
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
63
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
64
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
65
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
66
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
67
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
68
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
69
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
70
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
71
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
72
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
73
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
74
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
75
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
76
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
77
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
78
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
79
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
80
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
81
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
82
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
83
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
84
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
85
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
86
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
87
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
88
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
89
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
90
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
91
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
92
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
93
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
94
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
95
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
96
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
97
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
98
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
99
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
100
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
1 01
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
1 02
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
1 03
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
104
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
1 05
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
106
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
1 07
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
108
2. (R)EVOLUÇÃO SUSTENTÁVEL OU
COMPROMETIMENTO DO PRESENTE DAS
FUTURAS GERAÇÕES? SUSTENTABILIDADE,
RISCO E JUSTIÇA AMBIENTAL
109
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
11 0
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
111
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
[...]
Mais do que outrora, caberia usar, com propriedade,
a palavra revolução, não no sentido da violência ar-
mada, mas no sentido analítico de mudança radical
do rumo da história para permitir a sobrevivência da
espécie humana, de outros seres vivos e da preserva-
ção do Planeta Terra.
112
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
113
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
114
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
11 5
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
11 6
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
117
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
11 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
11 9
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
120
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
12 1
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
12 2
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
123
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
124
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
125
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
126
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
127
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
128
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
129
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
130
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
13 1
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
36. Referido autor considera que a proteção das gerações futuras merece ser
uma das principais atividades do direito penal moderno e sustenta que o prin-
cípio do bem jurídico não deve ser abandonado, mas ampliado para fazer do
dever de tutela do ambiente uma “norma fundamental de valor universal”.
Prioritária, então, é já a “preservação da própria espécie.”
132
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
13 3
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
37. Artigo 225 que trata da proteção ambiental. Trataremos de forma mais
detida de textos legais no 4º capítulo.
38. Ost é um dos que esboçam a preocupação na construção de pontes exis-
tenciais entre as gerações humanas, utilizando a questão ambiental como um
dos paradigmas mais evidentes do que ele denomina como “risco de discronia”,
que segundo o autor, revelaria a situação de destemporalização na proteção
do meio ambiente, na medida em que admite que o comportamento dos seres
humanos contemporâneos repercute de forma direta nas condições existen-
ciais das futuras gerações, uma vez que a degradação e a poluição ambiental
aumentam cumulativamente para o futuro.
Ost continua suas afirmações, informando que cabe ao Direito e ao Estado,
sem desconsiderar a responsabilidade de forma individualizada dos membros
13 4
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
135
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
136
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
137
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
40. Há certas categorias de ações que podem ser identificadas como potencial-
mente agressivas aos direitos intergeracionais, enumeradas entre as seguintes:
a) danos cujos impactos não podem ser seguramente contidos através do espa-
ço ou através do tempo, tais como os desastres nucleares; b) danos aos solos,
tomando-os incapazes de suportar vida animal ou vegetal; c) destruição de
florestas tropicais suficiente para diminuir significativamente a diversidade de
espécies na região e a sustentabilidade dos solos; d) poluição do ar e transfor-
mações terrestres que induzam mudanças significativas no clima; e) destrui-
ção do conhecimento essencial para entender os sistemas naturais e sociais;
f) destruição de monumentos culturais que países desconheçam fazer parte
do patrimônio comum da humanidade; g) destruição de feitos notáveis desen-
volvidos pelas gerações presentes que possam beneficiar as futuras gerações,
como livrarias e bancos genéticos h) destruição dos elementos das culturas
tradicionais. A composição de todos esses elementos permite que se reconhe-
ça fundamentalmente, como aspecto inovador deste princípio, uma dimensão
que será útil ao desenvolvimento desta pesquisa, que é o de enfatizar um con-
trole de resultados decisórios no direito do ambiente. (WEISS, 1992)
41. Ayala (2002, p. 173) considera que quando as gerações futuras tomam
corpo, seus membros adquirem o direito de utilizar a Terra e de se beneficia-
rem dela, bem como a obrigação de cuidá-la para seus contemporâneos e para
quem lhes suceda.” Conforme explica o autor, os direitos das futuras gerações
como dado digno de avaliação e interesse e dentro da nova racionalidade am-
biental permitem a condição de realização de um modelo de justiça ambiental,
que agora é intergeracional. Ainda que não seja possível reconhecer e identifi-
car individuadamente os titulares dos interesses a serem protegidos mediante
obrigações impostas em diferentes espécies, espaços e graus, tais direitos po-
dem ser considerados como coletivos, existindo “[...] seja qual for o número e
a identidade dos indivíduos que compõem cada geração”.
13 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
139
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
14 0
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
141
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
142
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
143
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
14 4
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
145
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
14 6
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
43. Na época da realização desaa pesquisa o artigo não estava disponível para
o português, mas pode ser traduzido livremente como: “existe um movimento
global de justiça ambiental?”
147
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
44. Infelizmente o Brasil continua sendo um dos países mais perigoso do mun-
do para ambientalistas com 50 mortes registradas em 2015, segundo um le-
vantamento da ONG britânica Global Witness, ficando à frente das Filipinas
(33 mortes), Colômbia (26), Peru (12) e Nicarágua (12) também denuncia-
dos. No total, 185 pessoas perderam a vida no ano de 2014 defendendo suas
terras e o meio ambiente em 16 países. Disponível em: <https://oglobo.globo.
com/sociedade/sustentabilidade/brasil-o-pais-com-mais-assassinatos-de-
-ambientalistas-no-mundo-diz-ong-19542977#ixzz4lDQZFopAstest>. Acesso
em: 27 jun. 2017.
45. Tais tipos de resistência não se limitam aos pobres. Em meados da déca-
14 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
149
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
150
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
151
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
47. Lembramos que a BHP Billiton é uma das responsáveis pela derramamento
de rejeitos de mineração que acabaram por ceifar a vida de 19 habitantes do
distrito de Bento Ribeiro, no município de Mariana em Minas Gerais e que se
estendeu com sua lama tóxica por mais de 600 km ao longo do Rio Doce e que
até agora não possui nenhuma condenação nas esferas administrativas, cível e
penal no país. O caso ficou popularmente conhecido como “Caso Vale-Samar-
co” ou “Tragédia de Mariana” e é um dos maiores “acidentes” ambientais já
ocorridos no planeta e o maior acidente mundial com barragens em 100 anos.
Mais informações sobre o caso podem ser acessadas em: <http://agenciabra-
sil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-01/desastre-em-mariana-e-o-maior-aci-
dente-mundial-com-barragens-em-100-anos>. ou no site do MPF: <http://
www.mpf.mp.br>. que designou uma força-tarefa própria para o caso. Acesso
em: 26 de jun. de 2017.
1 52
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
153
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
154
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
155
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
156
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
1 57
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
158
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
1 59
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
1 60
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
161
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
1 62
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
54. Além disso, segundo Acselrad (2010) ao identificar a todos como igual-
mente afetados, também se induz a compreensão de que todos se apresentam
homogeneamente como responsáveis pela produção dessa realidade. Disso re-
sulta que o problema assim apresentado direciona a solução nos exatos limites
em que foi definido, de modo a excluir as demais dimensões, em especial a so-
cial. Tal limitação conduz, portanto, à elaboração de instrumentos e políticas
públicas ambientais de amplitude reduzida. In: LEITE, José Rubens Morato;
FERREIRA, Heline Sivini; BORATTI, Larissa Verri (Orgs.). Estado de direito
ambiental: tendências. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010. p. 95.
1 63
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
164
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
57. Por mais que os autores informem não haver modelo semelhante no mun-
do, encontramos certas semelhanças de referida base de dados georreferencia-
da no EJatlas, o qual efetivamente tem alcance global, conforme apresentado
nesse trabalho, bem como temos localmente o trabalho desenvolvido desde
2007 pela UFMG e que mapeou os conflitos ambientais do Estado de Minas
Gerais e que pode ser acessado pelo link: <http://conflitosambientaismg.lcc.
ufmg.br/observatorio-de-conflitos-ambientais/mapa-dos-conflitos ambien-
tais>. Todavia, acreditamos que o pioneirismo nesse sistema de georreferen-
ciamento partiu dos organizadores brasileiros, que trazem na introdução da
obra um breve histórico do surgimento das pesquisas e encontros que cul-
minaram com a atual base de dados modelada através de mapas, bem como
apontam em sua base de dados na internet como uma de suas páginas na rede
mundial de computadores o próprio EJatlas.
1 65
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
166
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
1 67
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
58. Citação retirada da obra de ACSELRAD, Henri; MELLO, Cecília C.do A.;
BEZERRA, Gustavo das Neves. O que é justiça ambiental. p. 07.
168
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
59. Para mais detalhes é possível acessar o filme “Pontal do Buriti - brincando
na chuva de veneno” Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-
qHQdWwZcGlg>. Acesso em: 22 jun. 2017
1 69
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
170
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
17 1
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
172
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
62. A proteção civil que diz respeito aos bens e às pessoas em um estado de
direito, já a proteção social se relaciona aos riscos de doenças, aos acidentes,
ao desemprego, à incapacidade de trabalho devido à idade
173
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
174
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
175
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
176
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
17 7
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
178
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
179
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
180
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
Segundo ela:
181
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
1 82
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
183
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
184
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
185
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
186
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
1 87
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
188
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
189
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
190
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
1 91
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
1 92
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
1 93
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
194
3. “OS FILHOS” DA (R)EVOLUÇÃO EM
CAMPO: AGRO(TECH) OU AGRO(TÓXICO)?
195
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
196
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
1 97
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
198
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
199
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
66. Seguem alguns links onde foram veiculadas as reportagens sobre o tema,
que alcançou variadas publicações nacionais e com diferentes orientações ide-
ológicas e de pauta comunicativa. Relatório da ONU denuncia “mito” de que
pesticidas são essenciais para alimentar o mundo. Disponível em: <http://
www.theuniplanet.com/2017/03/relatorio-da-onu-denuncia-mito-de-que.
html>. Acesso em: 09 mar. 2017. ONU desmente mito de que pesticidas são-
-necessários para alimentar população mundial. Disponível em: <http://
www.hypeness.com.br/2017/03/onu-desmente-mito-de-que-pesticidas-sao-
-necessarios-para-alimentar-populacao-mundial/>. Acesso em: 09 mar. 2017.
Necessidade de pesticidas no combate à fome é um mito, diz ONU: Relatório
sustenta que é possível alimentar as 9,6 bilhões de pessoas que vão habitar a
terra em 2050 sem o uso dessas substâncias. Disponível em: <http://veja.abril.
com.br/ciencia/necessidade-de-pesticidas-no-combate-a-fome-e-um-mito-
-diz-onu/>. Acesso em: 09 mar. 2017. Pesticidas matam 200 mil pessoas por
intoxicação aguda todo ano, alertam especialistas. Disponível em: <https://
nacoesunidas.org/pesticidas-matam-200-mil-pessoas-por-intoxicacao-aguda-
20 0
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
201
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
202
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
203
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
20 4
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
205
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
20 6
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
207
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
20 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
20 9
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
210
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
2 11
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
2 12
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
2 13
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
2 14
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
215
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
216
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
2 17
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
218
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
219
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
2 20
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
221
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
222
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
2 23
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
2 24
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
2 25
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
2 26
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
2 27
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
2 28
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
2 29
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
230
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
23 1
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
232
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
23 3
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
23 4
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
235
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
236
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
237
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
23 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
239
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
24 0
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
241
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
242
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
243
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
24 4
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
245
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
24 6
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
247
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
24 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
249
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
25 0
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
25 1
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
252
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
25 3
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
80. Para maiores informações, Rachel Aviv, “A Valuable Reputation”, The New
Yorker, 10 de febrero de 2014 e Thomas O. McGarity y Wendy Elizabeth Wag-
ner, Bending Science: How Special Interests Corrupt Public Health Research
(Harvard University Press, 2012).
25 4
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
25 5
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
25 6
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
257
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
25 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
259
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
260
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
26 1
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
262
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
263
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
26 4
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
265
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
26 6
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
267
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
26 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
269
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
270
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
27 1
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
272
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
273
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
274
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
275
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
276
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
27 7
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
278
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
279
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
28 0
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
28 1
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
282
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
28 3
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
28 4
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
28 5
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
28 6
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
287
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
28 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
28 9
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
29 0
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
291
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
292
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
293
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
93. Os objetivos são: Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas as suas for-
mas, em todos os lugares; Objetivo 2. Acabar com a fome, alcançar a segurança
alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável; Objeti-
vo 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em to-
das as idades; Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa de quali-
dade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos;
Objetivo 5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e
meninas; Objetivo 6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água
e o saneamento para todos; Objetivo 7. Assegurar a todos o acesso confiável,
sustentável, moderno e a preço acessível à energia; Objetivo 8. Promover o
crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e
produtivo e trabalho decente para todos; Objetivo 9. Construir infraestrutu-
ras resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomen-
tar a inovação; Objetivo 10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre
eles; Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos,
seguros, resilientes e sustentáveis; Objetivo 12. Assegurar padrões de produ-
ção e de consumo sustentáveis; Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para
combater a mudança do clima e os seus impactos (*); Objetivo 14. Conservar
e usar sustentavelmente os oceanos, os mares e os recursos marinhos para
o desenvolvimento sustentável; Objetivo 15. Proteger, recuperar e promover
o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as
florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e
deter a perda de biodiversidade; Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas e
inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça
para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos
os níveis; Objetivo 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a
parceria global para o desenvolvimento sustentável. (ONU, 2016)
29 4
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
29 5
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
29 6
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
297
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
29 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
29 9
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
30 0
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
301
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
302
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
303
4. REVOLU-AÇÃO? O GRUPO DE
TRABALHO (GT) AGROTÓXICOS E
TRANSGÊNICOS95 DA 4ª CÂMARA DE
COORDENAÇÃO E REVISÃO (CCR) DO
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF)
30 4
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
305
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
30 6
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
100. Como o presente estudo não visa fazer uma análise detalhada daquele
que alguns doutrinadores referem-se como o 4º poder, a saber, o Ministério
Público, sistematizamos nossas informações da forma mais clara e sintética
possível, informações mais acuidadas podem ser colhidas nos livros de Direito
Constitucional ou simplesmente serem consultadas em sites do governo fede-
ral em links como: <http://www.brasil.gov.br/governo/2010/01/ministerio-
-publico>. Acesso em: 15 ago. 2017.
307
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
30 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
30 9
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
104. Quando clicamos nessa referência, o site do MPF remete a uma listagem
de artigos sobre o tema, os quais colacionamos a seguir conforme constam
na listagem, apenas observamos que se tratam de artigos estrangeiros em sua
grande maioria e que parecem se apoiar na ciência biológica para tratar do
tema. O mesmo acontece com as obras colacionadas para PGM e riscos am-
bientais; PGM e os riscos para a saúde; Na sequência, para efeitos de melhor
visualização do que informamos, segue a listagem de artigos atinentes ao PGM
e falta de controle: , Arnaud et al, 2003, Proc Lond Bio; Brault et al, 2002, Mol
Plant Inter Bio; Cipriano, Carrasco et Arbóis, 2006, Greenpeace; Collonnier et
al, 2003, 7ICPMB; Dalton, 2001, Nature; Domingo, 2000, Science; Greenpeace,
2007; Gregersen et al, 2005, Trans Resh; Hernández et al, 2003, Trans Resc;
Ho et Ching, 2003, ISP; Hofs et al, 2006, INRA, CNRS, MEDD; Jank et Hasl-
berger, 2000, Trends Biotech; Kohli et al, 1999, Plant J; Mellon et Rissler, 2004,
310
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
UCS; Meza et al, 2001, Trans Research; Quist et Chapela, 2002, Nature; Rön-
ning et al, 2003, Eur Food Res Tech; Steinbrecher, 2002, Econexus; Tabashnik
et Chilcutt, 2004, PNAS.
3 11
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
3 12
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
3 13
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
3 14
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
315
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
316
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
3 17
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
318
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
319
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
320
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
32 1
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
32 2
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
323
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
324
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
325
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
326
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
327
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
328
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
329
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
3 30
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
331
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
3 32
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
333
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
334
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
3 35
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
3 36
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
3 37
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
338
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
3 39
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
340
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
3 41
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
3 42
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
3 43
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
344
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
3 45
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
113. Na ocasião da propositura da presente ACP não havia saído ainda o dossiê
ABRASCO que trabalhamos no capítulo 03, uma vez que a ação é da data de
2014 e o novo dossiê é do ano de 2015.
346
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
3 47
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
114. Referido trecho possui duas importantes notas que aqui colacionamos.
Uma traz o site do EPA pesquisado pelo MPF, que pode ser encontrado nes-
se link: <http://www.epa.gov/pesticides/chem_search/cleared_reviews/
csr_PC-122806_25-Jul-08_a.pdf>. e outra nota fala dos impactos em relação
às populações de abelhas e diz que: “Os impactos extremamente nocivos dos
agrotóxicos sobre as abelhas tem despertado a preocupação dos órgãos ambientais
por todo o mundo, tendo em vista que estudos sobre a ação das abelhas no meio
ambiente apontam a extraordinária contribuição desses insetos na preservação
da vida vegetal e também na manutenção da biodiversidade. Nos ecossistemas
mundiais, as abelhas são os principais polinizadores. No Brasil, sobre o tema,
o IBAMA publicou trabalho intitulado Efeitos dos Agrotóxicos sobre Abelhas
Silvestres no Brasil <http://www.ibama.gov.br/publicadas/publicacao-do-i-
bama-aponta-efeitosdos-agrotoxicos-sobreasbelhas-silvestres-no-brasil>, no
qual são indicadas as consequências dos agrotóxicos sobre as abelhas e pro-
postas medidas para mitigar esses danos.
115. Assim como o Direito Penal possui o princípio do “in dubio pro reu”, o
direito ambiental aloca-se no princípio do “in dubio pro natura” que pode ser
traduzido como: “na dúvida, proteja-se a natureza”.
348
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
3 49
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
35 0
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
35 1
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
352
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
35 3
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
117. Hoje promotor aposentado do Estado de São Paulo, mas ainda atuan-
te na militância ambiental. Ele foi, inclusive, um dos idealizadores da Lei n.
6.938/81, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente no país, primei-
ro marco legal de uma proteção ambiental macro.
35 4
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
35 5
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
118. BRASIL. CF/88 - Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimen-
tação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a prote-
ção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 64, de 2010);
BRASIL. CF/88 – Art. 196 - A saúde é direito de todos e dever do Estado, ga-
rantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
35 6
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
357
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
35 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
359
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
360
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
36 1
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
362
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
363
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
36 4
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
365
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
36 6
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
367
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
36 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
369
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
370
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
37 1
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
372
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
373
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
374
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
375
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
376
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
127. Maiores informações podem ser vistas no site da ANVISA, setor de re-
gularização de produtos – Agrotóxicos. Disponível em: <http://portal.anvisa.
gov.br/registros-e-autorizacoes/agrotoxicos/produtos/reavaliacao-de-agro-
toxicos>. Acesso em: 20 jun. 2019.
37 7
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
378
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
379
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
380
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
correr aqui e ali, como ocorrem com outros produtos tóxicos, peri-
gosos e inflamáveis” (decisão 4 de abril de 2014, item 13, p. 05).
Nos itens 14 a 16 o magistrado apresenta as posições anta-
gônicas colhidas da ata de audiência pública de 12 de dezem-
bro de 2013, mas, antes de adentrarmos nesse ponto, comen-
tamos o quanto se torna visível, desde o primeiro parágrafo da
decisão judicial, que aquilo que para o MPF é considerada ro-
busta prova técnica, para o juízo parece em nada depor como
indicativo para a suspensão do 2,4-D. Informa, ainda, que con-
sidera que os laudos técnicos trazidos pelo MPF podem ser
considerados “estudos e opiniões” e se apoia no argumento de
que “sempre foi assim a cultura no país”.
A ata de audiência pública, reproduzida em trechos de qua-
se 04 páginas de decisão, parecem materializar a disputa das
técnicas conflitantes, entre os que consideram não haver peri-
gos para a saúde, meio ambiente e nutrição humana com a uti-
lização do 2,4-D, e seus antagonistas. Na decisão são colaciona-
dos argumentos contrapostos e que, em relação aos defensores
do uso do 2,4-D, aponta os que encampam a ideia de que essa
substância deve ser aplicada de forma tratorizada, e não de
forma aérea, de que não há como não utilizar agrotóxicos na
agricultura atual, que a transgenia causa menos danos ao meio
ambiente, que os agricultores querem ter acesso às melhores
tecnologias e que o Brasil vive um verdadeiro apagão diante
da morosidade em se implantar novas ideias que beneficiem
a produção, bem como questionou-se o uso inadequado como
reflexo do mau uso feito pelos aplicadores dos produtos.128
381
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
3 82
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
129. Apenas para utilizarmos uma analogia, sabemos que, certamente, não ha-
via consenso entre abolicionistas e escravagistas no século XIX no nosso país,
sem falar nos terríveis reveses econômicos que a ideia da abolição deveria
provocar na mente da sociedade abastada da época, fato que, pretensamente,
poderia compor os argumentos dos juízes da época da escravidão. Vale lem-
brarmos, inclusive, que, quando da existência da escravidão no país, o Direito
produzia seus juristas e sua doutrina “pró-escravidão”, a qual dava conta, in-
clusive, no Código Civil da época, de que escravos não eram coisas, mas tam-
bém não eram seres humanos dotados de personalidade e dignidade humana
completa, mas seres de natureza jurídica híbrida.
383
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
384
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
385
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
386
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
3 87
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
388
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
131. No final do ano de 2014, o juiz Jamil Rosa de Jesus Oliveira foi promovido
como desembargador federal pelo critério da antiguidade, conforme notícia
do TRF – Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Mais informações em: <ht-
tps://trf1.jusbrasil.com.br/noticias/137366061/trf-indica-o-juiz-federal-ja-
mil-rosa-de-jesus-pelo-criterio-de-antiguidade-e-define-lista-triplice-para-se-
gunda-vaga-de-desembargador-federal>. Acesso em: 30 ago. 2018.
132. BETIM, Felipe. ‘Cura gay’: o que de fato disse o juiz que causou uma onda
de indignação. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/19/
politica/1505853454_712122.html>. Acesso em: 20 set. 2017. Tal fato nos fez
questionar, ao fim da análise da presente decisão, se a dificuldade em tomar
decisões polêmicas não seria um problema para alguns juízes federais, mas a
dificuldade residiria em tomar decisões contramajoritárias.
389
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
39 0
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
391
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
392
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
133. Segue extrato do parecer constante na página 09 da decisão que ora co-
mentamos: Referido parecer conclui que “A substância benzoato de emamec-
tina demonstra um perfil toxicológico bastante desfavorável, tanto do ponto
de vista agudo como crônico. Particularmente, os efeitos neurológicos são tão
marcantes e severos que as respostas de curto e longo prazos se confundem,
isto é, efeitos tipicamente agudos são observados nos ensaios de longo prazo,
e vice-versa. O produto revelou sinais de neurotoxidade para todas as espécies
e em doses tão baixas, por exemplo, 0,1 mg/kg (LOAEL) em camundongos
CF-1 e 0,5 mg/kg em cães, mesmo em estudos nos quais este efeito não es-
tava sendo investigado. Como demonstrado, cabe ainda destacar, que efeitos
neurotóxicos foram evidenciados em todos os estudos que não tinham por
finalidade avaliar a neurotoxidade do agrotóxico. Incertezas no que diz respei-
to aos possíveis efeitos teratogênicos, e as certezas dos efeitos deletérios de-
monstrados nos estudos com animais corroboram, de forma decisiva, para que
não se exponha a população a este produto, seja nas lavouras ou pelo consumo
de alimentos. Assim sendo, o produto técnico ora em pleito é considerado
impeditivo de registro, do ponto de vista da saúde humana” (fls. 58/59, item
IV, CONSIDERAÇÕES FINAIS).
393
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
39 4
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
39 5
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
397
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
39 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
39 9
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
400
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
4 01
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
4 02
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
4 03
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
404
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
DISPOSITIVO
Por todo o exposto:
4 05
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
406
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
4 07
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
408
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
409
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
41 0
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
originalmente: “keep calm and carry on”, que pode ser traduzi-
do livremente como mantenha a calma e prossiga, aqui subs-
tituído pelos dizeres: “don’t keep calm, você pode estar sendo
envenenado” e a imagem de uma caveira.
O simbolismo da caveira, que pode estar associado a pe-
rigos e mortes, aparece em outras postagens e emitem o mes-
mo tom de alerta. O uso das cores é também alusivo de um
tom emergencial e de espanto, que parece demosntrar que,
para o MPF, sua posição em relação ao uso de agrotóxicos no
país é muito clara e o quanto ele busca gerar, através de suas
postagens, um sentimento de preocupação em relação a sua
toxicidade. Talvez, referida sensibilização em relação aos agro-
tóxicos sirva como estrategia, haja vista as derrotas sofridas
judicialmente no ano anterior de 2014 nas decisões das ACPs
03/2014/DF e 04/2014/DF, já estudadas.
Intui-se que o subjacente a tais postagens, seja a tentativa
de sensibilização da população e, consequentemente, a provo-
cação de um “clamor”, através do qual seria possível insuflar
adeptos ao combate aos agrotóxicos, assim como foram insu-
flados patriotas lavajatistas nas ações de sua famosa operação.
411
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
412
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
413
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
414
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
41 5
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
41 6
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
417
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
41 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
41 9
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
420
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
42 1
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
42 2
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
423
CONSIDERAÇÕES FINAIS
424
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
425
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
426
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
427
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
428
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
429
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
430
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
43 1
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
432
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
43 3
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
43 4
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
435
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
436
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
437
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
43 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
439
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
440
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
157. Trechos retirados das páginas 25 e 311 in: ROSA, João Guimarães. Grande
Sertão: Veredas. 21 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.
4 41
REFERÊNCIAS
4 42
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
4 43
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
444
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
4 45
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
grupos-detrabalho/gt-transgenicos/documentos-diver-
sos/oficios-1>. Acesso em: 20 ago. 2017.
______________, Justiça Federal da Seção Judiciária de Cuiabá/
MT. Autos do Processo n. 0004546-12.2014.4.01.3600/
MT. Disponível em: <http://www.mpf.mp.br/atua-
cao-tematica/ccr4/dados-da-atuacao/grupos-detraba-
lho/gt-transgenicos/documentos-diversos/oficios-1>.
Acesso em: 25 ago. 2017.
BROWN, Edith. O direito da biodiversidade no interesse das
gerações presentes e futuras. Revista CEJ, n. 8, maio/
agosto. 1999.
BULLARD, Robert (org). Confrontions environment racism –
voices from the grassroots. Boston: South End Press, 1996.
CAMARA, Guilherme Costa. O direito penal do ambiente e a
tutela das gerações futuras: contributo ao debate sobre o
delito cumulativo. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2016, 572p.
CARSON, Rachel. Primavera silenciosa. Trad. Claudia
Sant’anna Martins. 1. ed. São Paulo: Gaia, 2010.
CARVALHO, Marcos de (1994). O que é natureza. 2. ed. São
Paulo: Brasiliense, 85p.
CASARA, Rubens R.R. Estado Pós-Democrático: neo-obscu-
rantismo e gestão dos indesejáveis. Rio de Janeiro: Civi-
lização Brasileira, 2017.
CASTEL, Robert. A insegurança social: o que é ser protegido?
Petrópolis, RJ:Vozes, 2005.
CONSEA. Os Impactos dos Agrotóxicos na Segurança Alimen-
tar e Nutricional: Contribuições do Consea. Brasil, 2012.
DERANI, Cristiane. Direito ambiental econômico. São Paulo:
Max Limonad, 1997.
DIEGUES, Antonio Carlos Santana. O mito moderno da natu-
reza intocada. 3. ed. São Paulo:2001.
DOSSIÊ ABRASCO: um alerta sobre um alerta sobre os impactos
dos agrotóxicos na saúde / Organização de Fernando Fer-
reira Carneiro, Lia Giraldo da Silva Augusto, Raquel Maria
Rigotto, Karen Friedrich e André Campos Búrigo. – Rio
446
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
4 47
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
448
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
4 49
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
45 0
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
45 1
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
452
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
45 3
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
45 4
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
ANEXOS
45 5
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
45 6
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
457
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
45 8
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
459
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
4 60
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
461
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
4 62
R O B E R TA O L I V E I R A L I M A
4 63
A G R O ( T E C H ) O U A G R O ( T Ó X I C O )?
464
form ato 14x21cm
mio lo Papel Offset 75g/m²
c apa Papel Supremo 250g/m²
tip o gr a fia Gandhi Serif 10/14
impre s são Gráfica Multifoco