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SEMINÁRIO EVANGÉLICO AVIVAMENTO BÍBLICO

ESEQUIAS BENÍCIO DE SÁ

FUNDAMENTOS BÍBLICOS DA EVANGELIZAÇÃO

RIBEIRÃO PIRES
2021
ESEQUIAS BENÍCIO DE SÁ

FUNDAMENTOS BÍBLICOS DA EVANGELIZAÇÃO

Resumo apresentado à Seminário


Evangélico Avivamento Bíblico, como
requisito parcial para aprovação na
disciplina de Evangelismo, lecionada pelo
professor Ronaldo Guedes.

RIBEIRÃO PIRES
2021
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RESUMO

A obra, Fundamentos Bíblicos da Evangelização de Russel Shedd, é uma


grande contribuição aos materiais já existentes sobre o tema. Sendo que a maioria
desses escritos sobre evangelização põe o homem no centro. Aqui, o mestre Shedd
mostra que a Bíblia coloca Deus no centro desse assunto. A sua glória é o alvo
principal da evangelização. Por isso, esse livro é um repensar do processo que
transforma perdidos em filhos de Deus.

Todas as coisas que o ser humano faz podem ser explicadas pelo desejo de
ser mais feliz. Esse livro esclarece que se você cumprir a missão de evangelizar,
então será mais feliz nessa vida e na vida futura. Claro, que faremos uso de
fundamentos escriturísticos sobre o tema.

A evangelização é a proclamação do evangelho de Cristo crucificado e


ressurreto, o único redentor do homem, de acordo com as Escrituras, com o
propósito de persuadir pecadores condenados e perdidos e pôr sua confiança em
Deus, recebendo e aceitando a Cristo como Senhor em todos os aspectos da vida e
na comunhão de sua igreja, aguardando o dia de sua volta gloriosa. A evangelização
anuncia a mensagem imutável de um Deus que não muda jamais.

A evangelização surge do coração de Deus. Deus que criou todas as coisas


para a sua própria glória. O fim supremo de tudo o que Deus fez é sua própria glória.
O homem como criação de Deus não se diferencia desse propósito. O mesmo deve
existir de modo que glorifique ao Pai. A criação à semelhança de Deus tinha como
objetivo tornar possivel do homem com Deus. Mas, o homem tendo conhecimento
de Deus, não o glorificou. Antes glorificaram outras criaturas. Por meio da
evangelização, Deus busca restaurar pecadores direcionando-os ao objetivo original
que exerciam no momento da criação.

Deus criou o homem para o seu próprio deleite. A evangelização glorifica a


Deus. A missão da igreja deve assim ser resumida: tornar Deus conhecido em toda
a sua majestade, dar a conhecer a oferta do perdão divino, o poder transformador do
seu sofrimento encarnado. Deus que ama os pecadores, deseja sinceramente
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abençoá-los com a salvação eterna. A grande comissão ordena a todos os cristãos


que partam e façam discípulos em todas as nações, trazendo-os à convivência da
igreja, nosso lar espiritual.

A razão principal da ordem de evangelização deve ser cristocêntrica. Quando


se faz somente por causa do homem, ela se torna antropocêntrica e se deteriora no
egocentrismo. A evangelização não deve ser realizada pela satisfação pessoal, mas
para a satisfação de Deus.

Ao pecar, Adão e Eva ficaram devastados pela culpa. Agora carregavam uma
necessidade desesperadora de um reencontro, uma volta a comunhão com o
criador. Com o passar dos séculos isso foi mudando, até que hoje, o homem
moderno, não se sente mais responsável perante Deus. Ofender outros é causa de
angustia maior do que ofender o criador. A culpa permanece lá, mas agora
trabalhada pela psicologia moderna, onde tudo é amenizado. Tudo o que se pode e
não pode, está sendo usado para anestesiar o ser humano em relação a sua culpa
diante de Deus. Acontece que não é possivel evangelizar uma pessoa que não
sente culpa e dívida para com Deus. É como oferecer ajuda a quem não acredita
que precisa da mesma. Seria como estender a mão àquele que estar prestes a cair
no abismo, mas o mesmo não se permite salvar, pois não reconhece o perigo. Sem
a convicção do pecado ou mesmo sem o senso de culpa, será difícil alguém suplicar
a Deus por libertação e perdão. Só que a afrontar está presente, a obstinação está
aí. Essa condição e postura humana afronta ao Senhor. Afronta ao Senhor, fez com
que Ele destruísse o mundo com as águas do diluvio. E esse rejeitar do Filho, faz
com que as pessoas continuem debaixo da ira divina. A verdade é que o pecado
está presente em todos os seres humanos, quer estejam conscientes disso ou não.
O príncipe das trevas alcançou seu objetivo e o direito de controlar o homem e
induzi-lo ao erro e à prática do mal. Satanás escraviza o homem pelo poder do
pecado. Um desses pecados é o orgulho. O orgulho isola o orgulhoso no cume de
sua autoestima e de seu desprezo pelos outros. A independência é a marca
registrada do orgulho. Os humildes de espírito, entretanto, são os possuidores bem-
aventurados do reino ao passo que os orgulhosos, como os fariseus, são
condenados. A evangelização conclama os orgulhosos ao altruísmo e ao
quebrantamento.
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Além do orgulho, tem o egoísmo que também interfere na manifestação da


presença de Deus na vida do indivíduo. As escolhas que fazemos têm em vista
vantagens pessoais, porque nossas afeições estão voltadas para nós mesmos, e
não para Deus. Por isso, a restauração da imagem de Deus em nós exige que
passemos do interesse pessoal para o altruísmo verdadeiro e para a genuína
adoração. A evangelização oferece uma resposta ao egoísmo natural do homem.

Outros pecados são a falsa religião e a idolatria. É a inclinação do homem dar


as costas a Deus. A idolatria como conhecemos, de imagens e esculturas e deuses
criados pelos desejos humanos, disputam hoje com o amor ao dinheiro e bens
materiais. A agenda gira em torno de interesses materialistas. Por isso somos
advertidos: “Não ameis o mundo e nem o que há nele”.

Outro grande desvio ocorre por causa da sensualidade e perversão. Tendo


negado o criador, a criatura exerce o auto governo de seu corpo, atendendo todos
os desejos de forma desenfreada, não importando que as escrituras declarem: “o
corpo não é para a impureza, mas, para o Senhor, e o Senhor, para o corpo”. I Co
6.13. Também afirma: “Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena
de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é
idolatria. É por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na
desobediência”. Cl 3.5,6. A humanidade decaída é particularmente susceptível à
tentação do sexo.

Outra expressão pecaminosa é a incredulidade. Sem fé é impossível agradar


a Deus, mas, não é dessa forma que agem as pessoas nos dias atuais. Não
somente negam, como também confrontam o criador com sua incredulidade. Os
homens estão iludidos e cegos com seus próprios enganos. Mas, é que preciso
lembrar que todo pecado terá consequências. “Todos os homens serão julgados por
suas ações”. Rm 2.5.

Deus providenciou uma solução para o problema do pecado. Deus respondeu


por meio de atos de bondade e com a promessa divina de esmagar o controle que
satanás passou a ter sobre o ser humano. Jesus foi prometido e de fato veio ao
mundo para tirar o pecado do mesmo. Jo 1.29. Com a chegada de Jesus veio luz ao
mundo. Luz espiritual de seus ensinamentos. Os ensinos de Jesus baseiam-se na
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obediência de coração. O amor ao próximo foi exigido, inclusive aos inimigos. Da


mesma forma, seus discípulos forma instruídos a repassar os mesmos ensinos de
Jesus na formação de novos discípulos.

João relata metáforas sobre Jesus para anunciar sua divindade e sua obra
redentora. Elas são: O Cordeiro de Deus; o Filho de Deus; o Filho do Homem; a
Fonte de águas vivas; o pão do céu; a Porta; o Pastor; o Pão do céu; a Luz do
mundo; a ressurreição e a vida; a Semente; a casa do Pai e a Videira. Da mesma
forma os seus nomes comunicam quem Ele é: Deus redentor; Senhor da glória;
Noivo e esposo; Rei e juiz.

Se tornou um de nós para nos evangelizar. Foi capacitado pelo Espírito Santo
para o cumprimento de sua missão e colocou a graça de Deus como a grande
motivação de Deus em nos salvar. Sofreu e morreu em nosso lugar, pois não havia
outro meio. Somente pela graça somos salvos. Sua ressurreição nos trouxe a
esperança de vida eterna. A promessa de sua volta alimenta essa esperança.

Evangelizar é proclamar as boas novas, testemunhar. É a proclamação das


boas novas de salvação a homens e mulheres tendo em vista a sua conversão a
Cristo e filiação à sua igreja. O autor defende que a evangelização deve ser, além de
uma obrigação, um prazer. Que devemos cumpri-la pela motivação do amor. Alguns
cuidados precisam ser tomados como: a evangelização não pode ser a proclamação
de uma filosofia religiosa, mas sim, o anúncio de que todos precisam ter um
relacionamento com a pessoa de Jesus; aqueles que anunciam as boas novas
devem ser discípulos de Jesus e possuírem testemunho disso; a mensagem deve
ser adequada ao contexto, mas, nunca alterada; o anúncio deve ser persistente e
oportunidade válida. Também há alguns perigos na proclamação do evangelho que
merecem nossa atenção e que devemos combater: distorções da mensagem que
geram outro evangelho; a libertinagem; os inescrupulosos que anunciam o
evangelho para obterem lucro; o superdimensionamento do evangelho onde lhe é
acrescentado, corrompendo-o igualmente às reduções e por último, o universalismo.

Quanto a capacitação dos discípulos é dito que: deve haver investimento de


tempo na presença de Jesus para que se desfrute dela e aprenda; que aquele que
recebeu autoridade também receba a responsabilidade; que aprenda sobre o reino
de Deus, a igreja e a liderança humilde e por fim, o empenho.
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Em complemento, afirma-se que o evangelista deve: se importar com as


pessoas; ser enviado; ter o dom e ter vida comum na igreja. Já aquele que recebe o
evangelho deve: arrepender-se e crer ativamente para que a regeneração e
justificação operem em sua vida. Em continuidade devem continuar conhecendo a
Deus; rendendo-lhe adoração.

Por fim, se há uma imensa necessidade humana de salvação, e há.


Devemos agir dentro da vontade de Deus com o senso de urgência. Se o fim vem
depois que o evangelho for anunciado em todos os lugares, então precisamos estar
cientes de tal urgência. De outra maneira, como interpretar as palavras do nosso
Senhor Jesus: “Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não
se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites”. Lc
12.47.

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