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ENCONTRO NACIONAL DE
MODELAGEM COMPUTACIONAL
XI ECTM
ENCONTRO DE CIÊNCIAS E
TECNOLOGIA DE MATERIAIS
28 A 30 DE OUTUBRO DE 2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
PALMAS - TO
XXIII Encontro Nacional de Modelagem Computacional
XXIII ENMC
ENCONTRO NACIONAL DE
MODELAGEM COMPUTACIONAL
XI ECTM
ENCONTRO DE CIÊNCIAS E
TECNOLOGIA DE MATERIAIS
GESTÃO ADMINISTRATIVA REALIZAÇÃO
ESCOLA SUPERIOR DA
MAGISTRATURA TOCANTINENSE
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ENCONTRO NACIONAL DE
MODELAGEM COMPUTACIONAL
XI ECTM
ENCONTRO DE CIÊNCIAS E
TECNOLOGIA DE MATERIAIS
COMISSÃO ORGANIZADORA LOCAL
Marcelo Lisboa Rocha – PPGMCS – UFT – Coordenador
David Nadler Prata – PPGMCS – UFT – Vice-Coordenador
COMITÊ EDITORIAL
Ana Cristina Fontes Moreira (IPRJ/UERJ)
Diego Campos Knupp (IPRJ/UERJ)
Fábio Freitas Ferreira (UFF)
Gustavo Mendes Platt (IPRJ/UERJ)
Henrique Rego Monteiro da Hora (IFF)
Hermes Alves Filho (IPRJ/UERJ)
Ivan Napoleão Bastos (IPRJ/UERJ)
Mateus das Neves Gomes (IFPR)
Renato Simões Silva (LNCC)
Rodrigo Martins(IFFluminense)
Jader Lugon (IFFluminense)
COMITÊ CIENTÍFICO
Cristine Nunes (IFFluminense)
Eduardo Atem (UENF)
Joaquim Teixeira de Assis (IPRJ/UERJ)
Liércio André Isoldi (FURG)
Orestes Llanes Santiago (CUJAE/CUBA)
Patrick Letouze Moreira (UFT)
Paulo Cavalin (IBM)
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ENCONTRO NACIONAL DE
MODELAGEM COMPUTACIONAL
XI ECTM
ENCONTRO DE CIÊNCIAS E
TECNOLOGIA DE MATERIAIS
APRESENTAÇÃO
Durante o Evento os participantes realizaram apresentações orais de seus trabalhos e discutiram diversos temas de
interesse no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Modelagem Computacional.Nesta edição, realizado no
formato webinar, o evento foi gerido pelo Programa de Pós-graduação em Modelagem Computacional de Sistemas
da Universidade Federal do Tocantins (UFT), com a participação de professores de várias Instituições de Ensino
Superior.
XXIII ENMC
ENCONTRO NACIONAL DE
MODELAGEM COMPUTACIONAL
XI ECTM
ENCONTRO DE CIÊNCIAS E
TECNOLOGIA DE MATERIAIS
28 a 30 de Outubro de 2020
Universidade Federal do Tocantins
Palmas - TO
L. M. Silva1 - liberio@posgrad.ufla.br
S. L. Gonzaga de Oliveira1 - sanderson@ufla.br
1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Ciência da Computação - Lavras, MG, Brasil
1. Introdução
Anais do XXIII ENMC – Encontro Nacional de Modelagem Computacional e XI ECTM – Encontro de Ciências e Tecnologia de Materiais,
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mostrada1 . Nossa implementação não é tão otimizada quanto essa implementação da biblioteca
Boost C++ [1]. Dessa forma, mostramos que a complexidade da nossa implementação é O(|E|·
lg(|V |)) neste trabalho.
Além de mostrar a análise de complexidade do algoritmo de Sloan [9], também apresen-
tamos as análises dos algoritmos de Snay [10] e MPG [7], ambos utilizados para redução de
profile de matrizes. Para verificar essas análises teóricas, análises computacionais desses três
algoritmos são também mostradas. O restante deste artigo está estruturado da seguinte forma.
São mostradas uma breve descrição e análise de complexidade do algoritmo de Sloan [9] na
seção 2. Uma breve descrição do algoritmo MPG [7] e sua análise de complexidade são apre-
sentadas na seção 3. São apresentadas uma breve descrição e análise de complexidade do algo-
ritmo de Snay [10] na seção 4. Análises computacionais desses algoritmos são apresentadas na
seção 5. Por fim, a conclusão é apresentada na seção 6.
O algoritmo para redução de profile proposto por Sloan [9] é composto de duas etapas. Na
primeira etapa, são determinados dois vértices pseudoperiféricos. Um deles é utilizado como
vétice inicial para a renumeração e o outro é utilizado na função de priorização que determina a
ordem dos vértices renumerados na segunda etapa. Nessa primeira etapa, um vértice qualquer
s do grafo a ser renumerado é escolhido. Então, gera-se a estrutura de nı́vel enraizada L (s).
Dado um vértice v ∈ V , a estrutura de nı́vel L (v) enraizada no vértice v, com profundidade
`(v), é o particionamento L (v) = {L0 (v), L1 (v), . . . , L`(v) (v)}, em que L0 (v) = {v} and
Li (v) = Adj(Li−1 (v)) − i−1
S
j=0 Lj (v), para i = 1, 2, 3, . . . , `(v), and Adj(U ) = {w ∈ V :
(u ∈ U ⊆ V ) {u, w} ∈ E}. Em particular, `(v) = max[d(v, u)] denota a excentricidade do
u∈V
vértice v e a distância d(v, u) é o menor número de arestas de v a u.
A partir da estrutura de nı́vel enraizada L (s), define-se, então, o conjunto Q, que contém
um vértice de cada grau do último nı́vel L`(s) (s) da estrutura de nı́vel enraizada L (s). Em
seguida, para cada vértice w ∈ Q, verifica-se l(w) > l(s). Caso a condição seja satisfeita para
algum vértice w, então, esse vértice passa a ser o vértice s corrente e o processo é repetido.
Caso contrário, a etapa termina e retorna o vértice s e o vértice com menor largura de nı́vel e
entre os vértices pertencentes a Q.
No algoritmo 1, é mostrado um pseudocódigo da segunda etapa do algoritmo de Sloan [9].
Nessa etapa, os vértices são numerados em ordem decrescente conforme a função de priorização
definida na linha 4 desse pseudocódigo. Para essa função, o grau de cada vértice e a sua distância
até e são considerados. Ainda, os pesos w1 e w2 são utilizados de modo a ponderar a influência
dessas caracterı́sticas no cálculo da prioridade. Sloan [9] recomendou a utilização de w1 = 1
e w2 = 2. No algoritmo de Sloan [9], uma fila de prioridades é criada a partir dos vértices
de entrada. Para a inserção de elementos na fila de prioridades, o método atribui um status a
cada vértice. Um vértice já numerado recebe o status de pós-ativo (veja a linha 21) e os demais
vértices terão status de ativo, pré-ativo ou inativo. Todo vértice ainda não numerado que seja
adjacente a um vértice pós-ativo é definido como em status de ativo. Os vértices adjacentes a
um vértice ativo são definidos como em status de pré-ativo. Já os vértices que não possuem
status de ativo, pós-ativo ou pré-ativo, são definidos como vértices inativos. Dessa forma, a fila
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https://www.boost.org/doc/libs/1 58 0/libs/graph/doc/sloan ordering.htm.
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de prioridades contém apenas vértices com status de ativo ou pré-ativo. Esse processo termina
após todos os vértices serem numerados e removidos da fila de prioridades.
Para a análise do pior caso, pode-se considerar um grafo em que o vértice inicial é adjacente
a todos os demais vértices do grafo. Dessa forma, a atualização na fila de prioridades passa a
ser mais dispendiosa; pois, todos os vértices são inseridos na fila de prioridades F .
No algoritmo 1, tem-se um laço de repetição da linha 2 até a linha 5. Nesse trecho do algo-
ritmo, o status inativo é atribuı́do a cada vértice do grafo, bem como as prioridades dos vértices
são inicializadas. Esse laço é executado |V | vezes. Para a determinação das prioridades inici-
ais de cada vértice do grafo, são executadas outras duas subrotinas: Dist, para a determinação
da distância do vértice v ao vértice pseudoperiférico e; e Grau, para a verificação do grau do
vértice v. Para se determinar a distância entre os vértices v e e, pode ser utilizada uma estrutura
de nı́vel enraizada no vértice e e calcula-se o nı́vel em que o vértice v consta nessa estrutura.
Dessa forma, obtém-se custo O(|E| + |V |) nessa operação. Já para a verificação do grau de
cada vértice, tem-se custo O(|E|); logo, tem-se custo O(|E| + |V |) nas |V | iterações desse laço
de repetição. Dessa forma, a linha 4, referente à inicialização das prioridades dos vértices, é
dominante no trecho de código, com custo O(|V | + |E|).
Nas linhas 6 e 7, o vértice pseudoperiférico s é inserido na fila de prioridades F e é atribuı́do
o status pré-ativo para esse vértice. Para essas linhas, assim como para a linha 8, tem-se custo
O(1). No laço de repetição das linhas 9 a 38, os vértices pertencentes à fila de prioridades F
são renumerados em ordem decrescente de prioridade. Os vértices do grafo serão numerados,
um a cada iteração no pior caso em análise aqui; portanto, o laço é executado |V | vezes.
Na linha 10, o vértice v de maior prioridade é removido da fila por meio da subrotina Re-
moveVertice. O custo para remover um vértice de uma fila de prioridades é O(1); porém, ao
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se retirar um vértice da fila de prioridades, é necessário reformatar a heap máxima. Logo, para
|V | iterações, tem-se custo O(|V | · lg(|V |)) nessa operação. Se o mesmo vértice possuir status
pré-ativo (linha 11), então, para cada vértice u adjacente ao vértice v (linha 12), é realizada a
atualização da prioridade do vértice u (linha 13). Se o status do vértice u for inativo (linha 14),
atribui-se o status pré-ativo a esse vértice (linha 15) e o insere na fila de prioridades F (linha
16). Ao se considerar o pior caso analisado aqui, na linha 12, são percorridos os vértices adja-
centes apenas do primeiro vértice, pois os demais vértices não serão pré-ativos: todos os demais
vértices já terão o status ativo ao serem verificados na condição da linha 11. Assim, como no
pior caso o vértice inicial é adjacente a todos os demais vértices do grafo, tem-se custo O(|V |)
para a linha 12. A condição da linha 14 também será verificada em custo O(|V |), o mesmo
custo que a linha 13, visto que os vértices que têm sua prioridade atualizada na linha 13 ainda
não estão na fila de prioridades F . O custo da operação de se atualizar e de se inserir um vértice
na fila de prioridades implementada como uma heap máxima é O(lg(|V |)), pois serão inseri-
dos, no máximo, |V | vértices na fila de prioridades. Desse modo, tem-se custo O(|V | · lg(|V |))
para a linha 16 e a linha 15 apresenta custo O(|V |).
Em seguida, o vértice v é renumerado e recebe o status pós-ativo (linhas 20 e 21). A variável
i é incrementada na linha 22. O custo para essas operações é O(1), mas como são executadas
|V | vezes, tem-se custo O(|V |) para essas linhas.
Para cada vértice t adjacente ao vértice v (linha 23) que possui o status pré-ativo (linha 24),
atualiza-se a prioridade e o status do vértice t para ativo (linhas 25 e 26). A linha 24 é executada
|E| vezes; porém, essa condição é satisfeita |V | vezes, já que cada vértice deixa de ter status
pré-ativo e passa a ter status ativo apenas uma vez. Desse modo, a linha 25 é executada |V |
vezes. O custo para se atualizar a prioridade dos vértices na linha 26 é O(|V | · lg(|V |)).
Por fim, na linha 27, são percorridos os vértices adjacentes de cada vértice que satisfaz a
condição da linha 24. Isso faz com que as linhas 27 e 28 sejam executadas |E| vezes. O custo
para atualizar a prioridade dos vértices adjacentes na linha 29 tem custo O(|E| · lg(|V |)). A
condição da linha 31 também é verificada |E| vezes; porém, no pior caso, essa condição nunca
é satisfeita. Desse modo, as linhas 32 e 33 não são executadas no pior cenário avaliado aqui.
Na Tabela 1, são mostrados os custos referentes a cada linha do algoritmo 1. Assim, no pior
caso, tem-se custo O((|E| + |V |) · lg(|V |)) para essa implementação do algoritmo de Sloan [9].
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A cada iteração, um vértice é escolhido para ser colocado na fila de prioridades F . Na pri-
meira iteração, o vértice escolhido para ser colocado na fila de prioridades é o vértice inicial
(linhas 5 e 6); nas demais iterações (linha 8), é o vértice que tenha adjacência a vértice contido
na fila de prioridades C (de candidatos) com maior prioridade, que é dada pela função π, mos-
trada no comentário logo abaixo à linha 7. Na função π, a prioridade do vértice, o número de
adjacências a vértices contidos na fila de prioridades F , e a quantidade de adjacências a vértices
em C são considerados. O grau corrente, prioridade e número de adjacências a vértices contidos
em C dos vértices adjacentes ao vértice n adicionado na fila de prioridades F (na linha 10) são
atualizados no laço de repetição para cada, mostrado nas linha 11 a 16.
Um vértice é adicionado em C quando seu grau corrente é igual a um (na linha 15). Se não
houver nenhum vértice com grau corrente igual a um, é adicionado em C os vértice em F com
maiores prioridades (na linha 37).
Um vértice em C que possui grau corrente igual a zero (linha 18) é numerado (na linha 19)
e removido das filas de prioridade (linha 20). Desse modo, no pior caso, a fila C tem tamanho
igual ao número de grau máximo. Esse caso ocorre quando todos os vértices adjacentes ao
vértice de grau máximo possuem um grau corrente igual a 2: quando o vértice de grau máximo
é adicionado na fila de prioridades F , todos os seus m vértices adjacentes são adicionados em
C. Por outro lado, a fila de prioridades F , no pior caso, pode ter tamanho O(|V |). Esse caso
ocorre quando os últimos vértices a serem adicionados na fila de prioridades F possuem grau
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máximo; pois, desse modo, quase todos os vértices serão adicionados na fila de prioridades F ,
mas nenhum vértice será renumerado, pois tem grau corrente maior que um.
No algoritmo 2, a linha 2 é executada apenas uma vez e, na inicialização, tem-se custo
O(|E| + |V |), assim como foi descrito na inicialização do algoritmo de Sloan [9]. Por se tratar
do pior caso, o custo da linha 4 é O(|V |). A estrutura condicional da linha 5 é executada |V |
vezes; logo, seu custo é O(|V |). Todavia, essa condição é satisfeita apenas uma vez visto que
a fila de prioridades F só ficará vazia novamente no término do algoritmo. Desse modo, o
custo da linha 6 é O(1). A linha 7 é executada |V | vezes. Para selecionar o vértice n da linha
8, é necessário percorrer todos os vértices adjacentes a vértices em C; logo, com um custo
O(|V | · m), mas se algum vértice nessas adjacências não estiver na fila de prioridades F , é
necessário calcular seu valor π. O vértice de maior grau do grafo tem mais possibilidade de ser
adjacente a um vértice pertencente a C e, como tem um grau alto (em comparação aos demais
vértices do grafo), dificilmente terá uma prioridade alta e, provavelmente, não pertencerá à fila
de prioridades F . Desse modo, o vértice de grau máximo satisfaz essa condição de ser adjacente
a vértice contido em C, mas não pertencer à fila de prioridades F . Para calcular o valor de π,
é necessário verificar os vértices adjacentes do vértice sendo examinado. O custo dessa linha
deve ser somada com O(|V | · m). Desse modo, o custo da linha 8 é O(|V | · m).
Cada vértice do grafo é adicionado na fila de prioridades F uma vez na linha 10. Desse
modo, o custo dessa linha é O(|V | · lg(|V |)). A estrutura de repetição para cada da linha
11 a 16 percorrerá todos os vértices adjacentes ao vértice recentemente adicionado na fila de
prioridades F (na linha 10). Como cada vértice é adicionado uma só vez na fila de prioridade
F , tem-se custo O(|E|) para as linhas 11 e 16. As atualizações de grau corrente e vértices
adjacentes na fila de prioridades F , nas linhas 12 e 13, são realizadas em tempo O(1); porém,
como estão dentro da estrutura de repetição para cada e uma modificação do grau corrente
pode alterar a posição de um vértice que está em C, então, o custo da linha 12 é O(|E| · lg(m)).
Ao alterar a prioridade, o mesmo ocorre ao alterar o grau corrente; porém, dessa vez, é a fila de
prioridades F que poderá ser modificada na linha 14. Como no pior caso o tamanho da fila de
prioridades F é o número de vértices, tem-se custo O(|E| · lg(|V |)) para a linha 14. Na linha
15, como o grau corrente de um vértice nunca pode aumentar, a condição será satisfeita |V |
vezes e, como adiciona um vértice em C, tem-se custo O(|V | · lg(m)) para essa linha.
Na linha 17, são verificados os vértices em C em ordem crescente de prioridade. Por estar
dentro do laço de repetição da linha 4, tem-se custo O(|V | · m) para as linhas 17, 18, 31 e
34. A condição da linha 18 é satisfeita |V | vezes, pois cada vértice é numerado apenas uma
vez. Desse modo, para as linhas 19, 21 e 25, tem-se custo O(|V |) e a linha 20 apresenta custo
O(|V | · lg(|V |)). Para o pior caso analisado aqui, a condição da linha 21 nunca será satisfeita.
A estrutura de repetição para cada, nas linhas 26 a 29, tem custo O(|E|), pois os vértices
adjacentes de cada vértice são verificados. De maneira similar às linhas 12 e 14, para as linhas
27 e 28, tem-se custo (|E| · lg(m)) e O(|E| · lg(|V |)), respectivamente. As condições das
linhas 32 e 35 não são satisfeitas no pior caso em análise aqui. Na Tabela 2, são mostrados
os custos referentes a cada linha do Algoritmo 2. Logo, no pior caso, tem-se complexidade
O(|V | · m + (|E| + |V |) · lg(|V |)) para essa implementação do algoritmo MPG [7].
O algoritmo de Snay [10], mostrado no algoritmo 3, inicia a numeração pelo vértice pseudo-
periférico s e realiza um laço de repetição até que todos os vértices sejam numerados. No inı́cio
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desse laço, é montado um conjunto N (na linha 6). Nesse conjunto, constam vértices adjacen-
tes ao vértice recém renumerado, mas que ainda não tenham sido numerados nem estejam no
conjunto H, que é formado por vértices com adjacência a vértices já numerados. O conjunto N
é adicionado ao conjunto H (na linha 7) e ao conjunto C (na linha 8), que contém os vértices
do conjunto H e também contém os vértices adjacentes aos vértices em H (linhas 9 a 11).
Os vértices do conjunto C são verificados (na linha 13) e seu grau corrente é calculado
(na linha 14), isto é, adjacências a vértices que ainda não foram numerados nem pertencem ao
conjunto H. Se o vértice estiver no conjunto H, esse seu grau relativo ainda diminui em mais
uma unidade (na linha 15) para que vértices contidos no conjunto H possam ser numerados
antes que os demais vértices pertencentes a C. Isso porque se um vértice não pertencente a H é
numerado, então, é possı́vel que mais vértices sejam adicionados ao conjunto C.
O vértice de menor grau corrente em C é selecionado para ser renumerado (linhas 16 a 18).
Após ser renumerado (na linha 20), esse vértice é retirado dos conjuntos C (também na linha
20) e também de H, caso pertença a esse conjunto (também na linha 20).
O pior caso do algoritmo de Snay [10] ocorre quando o conjunto C é de tamanho próximo a
|V |. Isso ocorre porque, dentro do laço principal, existe um laço que percorre todos os vértices
pertencentes a C (nas linhas 13 a 19).
As linhas 2, 3 e 4 tem custo O(1). O laço de repetição iniciado na linha 5, bem como o seu
fim, na linha 21, tem custo O(|V |); pois, com exceção do primeiro vértice que já é renumerado
na linha 2, cada vértice restante será renumerado nesse laço de repetição, um de cada vez. Na
linha 6, são verificados os vértices adjacentes ao vértice mais recentemente renumerado. Desse
modo, a linha 6 é computada em custo O(|E| + |V |). Se os conjuntos forem implementados
como heaps mı́nimas, as linhas 7 e 8 têm custo O(|V | · lg(|V |)).
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A estrutura de repetição para cada, iniciada na linha 9, está dentro do laço de repetição
iniciado na linha 5 e percorre todos os vértices do conjunto N . O tamanho máximo do conjunto
N é m. Desse modo, as linhas 9 e 11 têm custo O(|V | · m). Para cada vértice pertencente ao
conjunto N , são percorridos os vértices adjacentes para verificar se devem ser adicionados ao
conjunto C. Desse modo, o custo da linha 10 é O(|V | · m2 ). A linha 12, por estar dentro do
laço de repetição da linha 5, é computada em tempo O(|V |).
Na linha 13, consta outra estrutura de repetição para cada; dessa vez, para encontrar os
vértices do conjunto C com grau relativo mı́nimo. No pior caso, esse conjunto de vértices
candidatos pode conter todos os vértices, menos o vértice inicial renumerado na linha 2. Um
exemplo desse caso é uma árvore com 2 ou 3 nı́veis. Desse modo, os custos da linha 13 e 19
são O(|V |2 ). O grau relativo de cada vértice pertencente ao conjunto C é calculado na linha 14.
Assim, a linha 14 é executada (|E| · |V |) vezes. As linhas 15, 16 e 17, por estarem dentro do
laço da linha 13, têm custo O(|V |2 ).
Na linha 20, um vértice é renumerado e retirado dos conjuntos H e C. No pior caso, o
tamanho do conjunto C é relacionado ao número de vértices e, ao utilizar uma heap mı́nima,
sua remoção é dada em tempo O(lg(|V |)). Porém, como está dentro do laço da linha 5, o custo
dessa linha é O(|V | · lg(|V |)). Por fim, a linha 22 tem custo O(1). Na Tabela 3, são mostrados
os custos referentes a cada linha do algoritmo 3. Assim, no pior caso, nossa implementação do
algoritmo de Snay [10] apresenta complexidade O(|E|.|V | + |V |2 ).
5. Análises computacionais
Para verificar as análises de complexidades apresentadas nas seções anteriores, foram reali-
zados experimentos computacionais com implementações na linguagem de programação C++
dos três algoritmos para reduções de largura de banda e de profile de matrizes abordados aqui.
As execuções foram realizadas em uma máquina com processador Intel
R
CoreTM i7-4770 (CPU
3.40GHz, 8MB Cache, 8GB of main memory DDR3 1.333GHz, termed M3 machine) (Intel;
Santa Clara, CA, United States). Nessa máquina, está instalada uma distribuição Ubuntu 16.04
LTS 64-bit com versão 4.2.0-36-generic do kernel do Linux.
Na tabela 4, são mostrados experimentos com os algoritmos Sloan [9] e MPG [7] com sete
instâncias obtidas da base SuiteSparse Matrix Collection [2]. Na figura 1, também é apresentado
o resultado desses experimentos. Por clareza nas apresentações, os gráficos aqui são mostrados
com pontos e linhas, em vez de somente pontos.
Por meio dos experimentos mostrados na tabela 4, percebe-se que, ao aproximadamente
dobrar o número de arestas das instâncias, o tempo de execução dos algoritmos de Sloan [9]
e MPG [7] são também quase dobrados. Especificamente para o algoritmo MPG [7], o maior
grau m encontrado na instância pode ser significativo para o tempo de execução do algoritmo.
Quando o maior grau m encontrado na instância é um número grande, o custo de execução do
algoritmo MPG [7] é muito maior que o custo de execução em instâncias com maior grau m da
instância com valor pequeno. Esse é o caso do tempo de execução do algoritmo MPG [7] ao ser
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aplicado na instância bundle1. Como essa instância tem o maior grau m maior que as demais
instâncias avaliadas, o custo de execução do algoritmo MPG [7] foi alto nessa instância. Nos
experimentos, verificou-se que o custo de execução do algoritmo MPG [7] é maior que o custo
de execução do algoritmo de Sloan [9]. Possivelmente, operações de alteração de prioridade
de vértices na fila de prioridade F no algoritmo MPG [7], mostradas nas linhas 14 e 28 no
algoritmo 2, são frequentemente mais realizadas que operações de alteração de prioridade de
vértices na fila de prioridade F no algoritmo de Sloan [9], mostrada na linha 29 no algoritmo 1.
Tabela 4- Tempos de execução, em milissegundos, de experimentos com os algoritmos Sloan [9] e MPG
[7] ao serem aplicados em sete instâncias obtidas da base SuiteSparse Matrix Collection.
Instância m |V | |E| Sloan MPG
nasa4704 43 4.704 104.756 1 6
s3rmt3m3 49 5.357 207.123 2 16
bcsstk17 151 10.974 428.650 5 27
bundle1 1712 10.581 770.811 8 415
nemeth26 194 9.506 1.511.760 16 026
nd3k 516 9.000 3.279.690 35 114
nd6k 515 18.000 6.897.316 81 253
6. Conclusão
Análises de complexidade dos algoritmos de Sloan [9], MPG [7] e Snay [10] são abordados
neste artigo. As complexidades encontradas de nossas implementações dos algoritmos de Sloan
[9], MPG [7] e Snay [10] são, respectivamente, O(|E|·lg(|V |), O(|V |·m+(|E|+|V |)·lg(|V |))
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Figura 2- Tempos, em segundos, do algoritmo de Snay [10] ao ser aplicado em seis instâncias.
Referências
Theoretical and experimental analyses of three algorithms for matrix profile reduction
Abstract. Heuristics for matrix profile reduction are used mainly in the acceleration of linear
system solver. This article analyzes the complexities of three of these heuristics. Computer
simulations provide experimental support for the theoretical analyzes obtained.
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1. INTRODUÇÃO
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𝐸
𝐾 = 3(1−2𝜈) (3)
Além disso, esse comportamento confere maior resistência mecânica e dureza (Chan &
Evans, 1997). Sendo assim, esses materiais tornam-se interessantes para diversas aplicações,
sobretudo em áreas onde a absorção da energia de impacto (tenacidade) e a resistência ao corte,
perfuração e abrasão sejam fatores determinantes, como nos setores de engenharia, medicina e
na área militar.
Entretanto, apesar da relevância desses materiais e do crescente interesse em estudá-los,
ainda é um assunto pouco difundido. Embora tenham sido descobertos há mais de 100 anos,
apenas em 1944 eles foram descritos e somente a partir de 1987 passaram a despertar interesse
prático (Steffens, 2015). Na Fig. 2 é possível observar a evolução do número de publicações
sobre esse tema.
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2.1 Malha
Optou-se pela malha sólida (3D) devido à variação de espessura ao longo da geometria.
Como os modelos não são muito complexos, essa escolha não compromete o custo
computacional de forma significativa. O elemento utilizado foi o tetra de 2ª ordem, pois
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proporciona uma melhor interpolação e acurácia da análise estrutural. A qualidade da malha foi
verificada segundo Gokhale et al. (2008), com base nos critérios apresentados na Tabela 1.
2.2 Material
Essa liga de alumínio foi modelada como um material elastoplástico com modelo de dano
isotrópico, pela lei de Johnson Cook dada na Eq. (4), que expressa a tensão estática de
p
escoamento do material (σy ) em função da deformação plástica efetiva (ε ), da taxa de
deformação adimensional ( ε̇ * ) e da temperatura adimensional (T* ).
p n m
σy =[A+B(ε ) ][1+C ln(ε*̇ )][1-(T* ) ] (4)
p
ε̇
ε̇ * = (6)
ε̇ 0
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Desprezando-se os efeitos da variação de temperatura, a Eq. (4) se reduz à Eq. (7), em que
A, B, C e n são constantes obtidas por meio de ensaios estáticos, cujos valores para o Alumínio
2024 T3 são dados na Tabela 3 (Kay, 2003).
p n
σy =[A+B(ε ) ][1+C ln(ε*̇ )] (7)
Uma vez que elementos sólidos não possuem grau de liberdade à rotação, restringiu-se a
base à translação em ambas as direções. Enquanto o carregamento foi aplicado uniformemente
na parte superior da estrutura na direção axial e com magnitude arbitrária, adicionando-se
apenas um fator de escala ao término de cada análise para se obter a estrutura em seu estado
final de deformação. Além disso, verificou-se o comportamento de todos os modelos à tração
e à compressão.
2.4 Pós-processamento
Ao final de cada análise, tomou-se um ponto arbitrário em cada extremidade dos modelos
em seu estado deformado e registrou-se o deslocamento transversal e axial.
3. ANÁLISES E RESULTADOS
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Tabela 4 – Comprimentos inicial e final nas direções transversal e longitudinal para a tração
A partir dos dados obtidos com as análises, calculou-se a deformação resultante e pôde-se
obter o coeficiente de Poisson (ν) para cada estrutura. Com isso, verificou-se que todos os
modelos apresentam um comportamento auxético, uma vez que possuem um coeficiente de
Poisson negativo. Além disso, essa propriedade manteve-se constante à tração e à compressão,
apresentando uma diferença inferior a 5%, como mostrado na Tabela 6.
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Tração Compressão
Deformação Deformação Deformação Deformação
Geometria transversal longitudinal ν transversal longitudinal ν
(mm) (mm) (mm) (mm)
Favo de mel 0,052 0,060 -0,87 -0,053 -0,060 -0,88
Estrelar 0,015 0,060 -0,25 -0,015 -0,060 -0,25
Rede de losangos 0,040 0,077 -0,52 -0,040 -0,078 -0,51
Tetra-quiral 0,018 0,038 -0,47 -0,018 -0,038 -0,47
Hexa-quiral 0,050 0,054 -0,93 -0,050 -0,055 -0,91
Por meio das simulações também foi possível obter a relação entre força e deformação para
cada geometria analisada, como indicado na Fig. 6.
Figura 6 – Relação entre força e deformação das geometrias modeladas (reentrantes: a – favo
de mel, b – estrelar, c – rede de losangos; quirais: d – tetra-quiral, e – hexa-quiral)
A Tabela 7 contém o coeficiente médio de Poisson (𝜈) para cada geometria analisada, i.e.,
considerando todo o processo analisado.
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4. DISCUSSÃO
Com base nos resultados obtidos da Tabela 6, observa-se que a estrutura hexa-quiral possui
maior efeito auxético, onde era esperado ν≈-1 da literatura (Liu & Hu, 2010), enquanto na
estrutura estrelar esse efeito foi menor. Para além de tudo, nenhuma geometria contradiz a
Teoria Clássica da Elasticidade, uma vez que os valores para o coeficiente de Poisson estão
entre -1 e 0,5. Vale ainda destacar que todos os modelos apresentaram esse comportamento
auxético em razão dos mecanismos de deformação das unidades celulares supracitados, com a
flexão e extensão das hastes nas estruturas reentrantes e a rotação dos nódulos nas geometrias
quirais. Assim, nota-se que tal efeito auxético é resultado da interação entre os possíveis
mecanismos de deformação associados com a geometria particular do sistema, por mais que o
material utilizado não apresente esse mesmo comportamento
Das relações entre força e deformação, é possível verificar que todas as geometrias
apresentaram efeito puramente auxético ao longo de todo o processo. Além disso, nota-se que
a curva que descreve a deformação na direção transversal não possui um comportamento muito
bem definido, enquanto na direção longitudinal houve uma proporcionalidade entre força e
deslocamento, o que era esperado visto que o carregamento é axial.
Traçando-se uma curva de tendência para ambas as deformações, é possível notar que a
inclinação para a direção transversal foi maior em todos os casos, o que implica em -1 ≤ ν ≤ 0.
Entretanto, esse critério é aplicado às geometrias favo de mel e hexa-quiral apenas a partir de
um determinado ponto, indicando que inicialmente o comportamento está em desacordo com a
Teoria Clássica da Elasticidade, anteriormente citada. Isso pode ser uma consequência de essas
estruturas apresentarem alto efeito auxético sob grandes deformações.
Também, a partir do cálculo do coeficiente médio de Poisson, verifica-se que os valores
distanciam-se ligeiramente dos obtidos ao final das análises. Isso ocorre devido a algumas
interferências, como o fato de o efeito auxético ser mais significante apenas a partir de maiores
deformações para alguns modelos e também ao fato de a curva que descreve a relação entre
força e deformação para a direção transversal não ter um comportamento bem definido.
5. CONCLUSÃO
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Reconhecimentos
REFERÊNCIAS
Alderson, A. et al. (2010), Elastic constants of 3-, 4- and 6-connected chiral and anti-chiral honeycombs subject
to uniaxial in-plane loading. Journal of Composites Science and Technology, 70, 1042–1048.
Alderson, A. (2011), “Smart Solutions from Auxetic Materials”, Med-Tech Innovation, Chester.
Chan, E.; Evans, K. E. (1997), Fabrication methods for auxetic foams. Journal of Materials Science, 32, 5945.
Gokhale, N. S.; Deshpande, S. S.; Bedekar, S. V.; Thite, A. N. (2008), “Practical Finite Element Analysis”, 1ª ed.
Finite to Infinite, Bangalore.
Kay, G. (2003), “Failure Modeling of Titanium 6Al-4V and Aluminum 2024-T3 With the Johnson-Cook Material
Model”. Report DOT/FAA/AR-03/57, Federal Aviation Administration.
Kocer, C.; McKenzie, D. R.; Bilek, M. M. (2009), Elastic properties of a material composed of alternating layers
of negative and positive Poisson’s ratio. Journal of Materials Science and Engineering: A, 505, 111-115.
Lakes, R. (1991), Deformation mechanisms in negative Poisson's ratio materials: structural aspects. Journal of
Materials Science, 26, 2287-2292.
Liu, Y.; Hu, H. (2010), “A Review on Auxetic Structures and Polymeric Materials”. Scientific Research and
Essays, vol 5, 1052-1063.
MMPDS-09 (2014), “Metallic Material Properties Development and Standardization”. Battelle Memorial Institute.
Steffens, F. (2015), “Desenvolvimento de Estruturas Fibrosas com Comportamento Auxético”, Tese de
Doutorado, Universidade do Minho, Braga.
Abstract. Materials with auxetic behavior, unlike conventional ones, have a negative Poisson's
ratio, which results in a transverse elongation under tensile stress. This effect can be obtained
with different types of materials, depending only on the geometry of the structure, especially
the cellular unit it presents, such as reentrant and chiral, for example. Such particularity gives
them an improvement in several important mechanical properties, which makes them
interesting for a number of applications in the engineering, medicine, sports or military area.
However, despite its relevance, this subject still not widespread. Thus, it is interesting to study
the auxetic materials behavior to understand how this effect occurs so its advantages can be
used.
Keywords: Auxetic behavior, Negative Poisson's ratio, Mechanical properties, Finite element
analysis
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Resumo. Este artigo apresenta um modelo para estimar quantas unidades de um produto
serão vendidas em um período de tempo. A partir destes dados pode-se verificar se as
unidades em estoque desta mercadoria podem expirar a data de validade e se há risco de
ruptura no estoque em função do cronograma de reposição. Foram implementados os
resultados dos métodos de Média Móvel, Regressão Linear Simples e Suavização
Exponencial de Holt-Winters. A estimativa de vendas é feita a partir da combinação dos
resultados destes métodos. Para testar o modelo foram utilizadas séries temporais extraídas
de uma empresa real. Os resultados apontam uma taxa de acerto média de até 86,87% para o
método de Holt-Winters, 80,29% para análise de regressão, 66,56% para média móvel e de
93,93% para o modelo que combina os três resultados.
1. INTRODUÇÃO
Um dos maiores desafios de qualquer empresa que atua no ramo de comércio é evitar
perdas financeiras, pois elas diminuem a competitividade, drenam os lucros e podem impactar
seriamente o resultado do negócio. De acordo com pesquisa realizada em 2018 pela
Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), o setor supermercadista perdeu, em 2017,
6,4 bilhões, o que representa 1,82% do faturamento bruto do setor no ano citado. O relatório
de prevenção de perdas apresentado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) em
2016, mostra que do total de perdas de mercadoria que ocorrem nos supermercados, a perda
por data de validade representa 50% das ocorrências.
Parte das perdas por vencimento de produtos pode ser minimizada com a previsão da
demanda futura. Esta previsão também auxilia na redução de outro tipo de perda, a ruptura de
estoque, que se dá quando o estabelecimento vende todo o estoque de determinada mercadoria
antes que ela seja reposta pelo fornecedor.
Realizar prognósticos sobre o desempenho futuro de dados estocásticos com base em
dados passados não é uma novidade (Armstrong, 1988). Diferentes métodos, oriundos de
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diferentes áreas do conhecimento, vêm sendo propostos ao longo das últimas décadas. Uma
das abordagens mais utilizadas é a análise da série temporal das vendas. A análise de séries
temporais exige somente valores passados da demanda, ou seja, da própria variável que se
quer prever. A expectativa é de que o padrão observado nos valores passados forneça
informação adequada para a previsão de valores futuros da demanda, sendo assim
considerados métodos de extrapolação.
As técnicas para análise de séries temporais são baseadas na identificação de padrões
existentes nos dados históricos para posterior utilização no cálculo do valor previsto. Assim,
todas essas técnicas consideram uma ou mais das cinco principais componentes das séries
temporais: nível, tendência, sazonalidade, ciclo e aleatoriedade (Wanke, e Julianelli, 2006).
Dentro desse contexto, a análise da demanda futura é utilizada neste artigo, como forma
de estimar o período necessário para a venda de determinado lote de uma mercadoria. Para
isso são utilizados os métodos de Média Móvel, Análise de Regressão e Suavização
Exponencial de Holt-Winters, individualmente, bem como a combinação dos resultados dos
três modelos.
Este artigo está organizado da seguinte forma: após esta introdução, a seção 2 apresenta
alguns trabalhos similares; a seção 3 aborda as atividades desenvolvidas; a seção 4 mostra os
resultados obtidos pelo trabalho e, por fim, a seção 5 traz as considerações finais.
2. TRABALHOS RELACIONADOS
Prever valores futuros a partir da análise de uma série de dados é possível por diferentes
métodos, porém no setor supermercadista é desejado que a metodologia de previsão trate a
questão da sazonalidade e tendência. No caso específico dos supermercados, sazonalidade
significa que uma análise para previsão de vendas deve levar em consideração os diversos
agentes que podem influenciar no aumento de vendas no comércio em datas especiais, como
dia das mães, dia dos pais, natal e ano novo, por exemplo.
Um estudo de caso realizado por Favero (2015) em uma rede varejista relatou que a
utilização de métodos que incluem o componente de sazonalidade tem resultados superiores.
Nos itens que estudou, métodos de suavização exponencial têm erros muito menores que os
métodos de média móvel e seu uso pode levar a reduções de mais de 20 pontos percentuais no
erro de previsão da demanda, em comparação com média móvel. Outro ponto importante,
refere-se ao método de Holt Winters, que no estudo do mesmo autor apresentou os melhores
resultados.
O método de Holt-Winters também apresentou bom desempenho no estudo de Schrippe
et. al (2015) que analisou dados reais de uma empresa de cosméticos com vistas a previsão de
lucros. Os autores afirmam que o fácil uso e o baixo custo de utilização do método de Holt
Winter favorece sua viabilidade, sendo que em seus resultados os valores previstos se
aproximam aos valores reais com um erro percentual médio de apenas 16,09%.
Em Siqueira (2016), foi comparado o desempenho do método de Holt Winters com os
métodos de Box-Jenkins para previsão de demanda de passageiros em empresas de transporte
rodoviário. O resultado obtido concluiu que a metodologia de Box-Jenkins, historicamente
estimada como sendo mais precisa, na série temporal em estudo obteve resultados similares
ao método de Holt Winters Assim, evidencia-se que as duas metodologias de modelagem
foram capazes de descrever os padrões comportamentais da série estudada, obtendo resultados
aceitáveis, próximos aos valores reais observados.
Os métodos de Holt Winters, Sazonal Aditivo de Winters e Box-Jenkins também foram
considerados em um estudo para previsão de vendas de uma rede de lojas varejistas. O
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método Box-Jenkins teve resultado superior usando a proposta SARIMA (0,1,1) (0,1,0),
apesar de muito próximo aos resultados do método de Holt-Winters (Silva, 2008).
A análise dos resultados destes trabalhos possibilitou a conclusão de que os métodos de
Suavização Exponencial de Holt-Winters e Box-Jenkins, em geral, apresentam os melhores
resultados quando executados individualmente. Ao comparar os dois métodos, Lemos (2006)
ressalta que as maiores vantagens dos métodos de suavização são sua simplicidade de
implementação e baixo custo de execução, pontos importantes quando há a necessidade de
previsão de milhares de itens, como no caso de sistemas de controle de estoque.
A escolha do método de Holt-Winters em detrimento ao método de Box-Jenkins, bem
como dos métodos de Média Móvel e Análise de Regressão para compor o modelo que
combina os diferentes resultados, deve-se a simplicidade e rapidez com que os cálculos destes
métodos são realizados.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Este trabalho propõe uma abordagem para tratamento de um problema específico, por
meio de uma pesquisa aplicada, com abordagem quantitativa (Silva, 2008). Para os
procedimentos metodológicos adotou-se uma pesquisa bibliográfica, com o intuito de
selecionar os tipos de modelos de previsão a serem utilizados, e realizou-se um estudo de
caso, para que os modelos pudessem ser implementados e avaliados.
O estudo de caso foi iniciado coletando-se os dados de venda em uma das lojas
pertencente a uma rede de supermercados, que conta com mais de 20 lojas distribuídas na
região Sul do Brasil. Foram selecionados aleatoriamente oito dentre os vinte produtos com
maior recorrência de problemas com vencimento por data de validade, além de outros cinco
produtos sem problemas de vencimento, com o objetivo de avaliar as previsões para produtos
com diferentes comportamentos referentes à perda por vencimento de validade. Os registros
são referentes ao período de abril de 2015 até abril de 2019, totalizando um histórico de 4
anos. Após a consulta, separou-se um intervalo de três anos (abril de 2015 a abril de 2018)
para treinamento do sistema, reservando o período do último ano dos dados para a
comparação dos resultados previstos.
Na consulta realizada no sistema de controle de estoque do supermercado, foram obtidos
os registros de todas as movimentações de entrada e saída (vendas), suas datas e quantidades
envolvidas. Os dados foram salvos em um arquivo CSV que foi importado para o sistema em
desenvolvimento. Com a série temporal real disponível para análise, seguiu-se com a
implementação dos modelos de previsão já citados.
A fim de estabelecer uma previsão inicial de venda para cada produto contido na série
analisada, faz-se o cálculo da média móvel contemplando os três últimos anos de vendas, a
partir da Eq. (1).
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(1)
onde V corresponde aos valores das observações e n ao período.
Como o uso de média móvel não é adequado para séries que possuem o componente de
sazonalidade, três cálculos de médias móveis adicionais foram feitos de forma a contemplar
apenas o período de vendas entre o cadastro do produto e a sua data de validade, nos três
últimos anos.
No recebimento de um produto são inseridas a data de entrada e data de validade, sendo
esse intervalo usado para consultar o mesmo período dos registros de venda dos três anos
anteriores. Por exemplo, se a entrada de um produto ocorrer em 01/05/2018 e seu vencimento
em 15/07/2018, será calculada a média de vendas de 01/05/2017 à 15/07/2017 (média 1),
01/05/2016 à 15/07/2016 (média 2) e 01/05/2015 à 15/07/2015 (média 3). Por fim, uma média
aritmética é calculada considerando a média móvel do período completo e as médias dos
últimos três anos. O objetivo é obter um valor que represente o componente sazonal do
produto.
(2)
Onde:
: Valor da observação prevista no período t;
: Coeficiente linear (ponto que intercepta o eixo y);
: Coeficiente angular (declividade da reta);
: erro aleatório no período t (desvio da observação em relação ao modelo linear);
: Variável preditora X no período t.
Modelos de suavização calculam uma média ponderada das observações de uma série
temporal. Os pesos aplicados são determinados em progressão geométrica, atribuindo pesos
maiores às informações mais recentes (Archer, 1980).
Existem abordagens diferentes, de acordo com o tipo de série de dados a ser analisada
(Makridakis, Wheelwright e Hyndman, 1997). No caso de séries que apresentam um
comportamento mais complexo, com os componentes de tendência e sazonalidade, deve-se
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utilizar o método multiplicativo de Holt-Winters. Essa técnica envolve três equações com três
constantes de suavização que são associados a cada componente da série: nível, tendência e
sazonalidade. Tendo em vista que as vendas de supermercados são fortemente influenciadas
pelo componente de sazonalidade, este é o modelo utilizado neste trabalho. Suas fórmulas de
cálculo estão definidas nas equações 3 a 6:
Modelo Holt-Winters (método multiplicativo):
(3)
(4)
(5)
(6)
Onde:
: Valor da observação prevista no instante t;
: Estimativa do nível da série temporal no instante t;
: Demanda real no instante t;
: Estimativa de tendência da série temporal no instante t;
: Componente sazonal t;
s: Comprimento da sazonalidade;
: Estimativa do nível da série temporal no instante anterior;
: Estimativa de tendência da série temporal no instante anterior;
, e Constante de suavização (com valores entre 0 e 1, não correlacionados, que
controlam o peso relativo ao nível, à tendência e à sazonalidade, respectivamente).
Além de calcular e comparar os resultados de cada um dos três métodos citados, propõe-
se neste trabalho a criação de um modelo, denominado modelo Combinado, que considere os
resultados gerados pelos três métodos com o objetivo de melhorar o valor previsto. Este
modelo consiste na média ponderada entre os resultados dos métodos já citados, conforme Eq.
(7):
(7)
Onde:
EF: Estimativa final
MM: Estimativa resultante do método de média móvel
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Com o objetivo de avaliar o desempenho dos modelos ao prever os valores reais, foram
examinadas as propriedades das medidas de erro utilizadas nos trabalhos citados na seção 2,
assim como sua adequação às séries temporais analisadas nesse estudo. Um dos principais
pontos a serem analisados é a diversidade do volume de vendas dos diferentes produtos, o que
torna mais importante a análise percentual do que em quantidades absolutas.
O erro médio absoluto percentual (MAPE) expressa precisão como uma porcentagem do
erro, sendo ele calculado como a média do erro percentual, como demonstra a Eq. (8):
(8)
O MAPE indica quanto, em média, o modelo está errando sem compensar erros negativos
e positivos (Belge, 2012).
4. RESULTADOS
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Tabela 1 - Estimativa de vendas pelos diferentes métodos dos produtos com histórico
recorrente de perda por vencimento
Tabela 2 - MAPE dos diferentes métodos para produtos com histórico recorrente de
vencimentos
Como pode ser visto na tabela 2, a Média Móvel apresentou o pior resultado. O cálculo
realizado com o intuito de acrescentar o aspecto de sazonalidade em seu resultado não surtiu o
efeito desejado. Diferentemente do esperado, a Análise de Regressão apresentou um resultado
um pouco melhor que a Suavização Exponencial de Holt-Winters. Um aspecto importante a
ser destacado é que o método com os três resultados combinados obteve um erro médio e
máximo menor que todos os outros. Este fato indica que, além de gerar resultados melhores
que os métodos individualmente quando se considera todos os produtos, ele é capaz de
reduzir o erro nos produtos com as piores estimativas.
Embora tenha-se conseguido um bom ajuste para alguns produtos em todos os métodos,
em termos gerais o erro médio ainda é significativo. Isto pode estar relacionado ao fato de que
as séries temporais dos produtos com histórico de problemas por vencimento contêm
características que não favorecem um melhor resultado. Como eles já possuem ocorrências
em que houve vencimento do produto em estoque, a venda deixa de ocorrer durante períodos
variados devido a estes eventos, impactando na análise desses períodos e distorcendo os
indicadores de tendência e sazonalidade. Além disso, nesse tipo de produto é comum a
ocorrência de promoções e outras ações que promovam uma venda acentuada em um curto
período, novamente distorcendo os resultados dos métodos.
Para confirmar esta hipótese, foram selecionados cinco produtos aleatórios, sem histórico
de problemas com vencimento e com registros de vendas em todo o período analisado. Desta
forma, os componentes nível, tendência e sazonalidade podem ser considerados os
protagonistas do comportamento da série.
Essa classe de produtos apresentou resultados melhores que os produtos com histórico de
vencimento. Na Tabela 3 pode-se visualizar o desempenho de cada um dos métodos.
É possível avaliar que todos os métodos conseguem um ajuste melhor em séries que não
contenham produtos com histórico de vencimento. Após analisar os resultados das duas
classes de produtos, pode-se afirmar que os diferentes comportamentos das séries temporais
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Tabela 3 - Estimativa de vendas pelos diferentes métodos dos produtos sem histórico
recorrente de perda por vencimento
A Tabela 4 apresenta os valores do MAPE dos quatro métodos implementados para este
conjunto de produtos.
Tabela 4 – MAPE dos diferentes métodos para produtos sem histórico recorrente de
vencimentos
5. CONCLUSÃO
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Agradecimentos
REFERÊNCIAS
Abras, P. (2018). “Perdas do setor supermercadista somaram R$ 6,4 bilhoes em 2017”. Disponível em:
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Tourism Management, 1, 5-12.
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Belge, C. (2012). “Avaliando e aprimorando previsões com base nos erros”. Disponível em:
http://belge.com.br/blog/2012/02/01/ avaliando-e-aprimorando-previsoes-com-base-nos-erros/
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Graduação. Universidade de São Paulo.
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Keywords. Sales forecast. Holt-Winters Method. Simple linear regression. Moving average.
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Resumo. Revestimentos obtidos por aspersão térmica (AT) podem ser utilizados na proteção
de componentes da indústria que atuam sob condições severas de abrasão, impacto de
partículas e corrosão. O objetivo deste trabalho foi avaliar a quantidade de defeitos (poros e
trincas) de dois revestimentos metálicos obtidos pela técnica de AT por arco elétrico (Ligas A
e B) aplicados sobre duas geometrias de substratos distintas, chapas e tubos. Os tubos
revestidos permaneceram expostos às condições reais de trabalho em uma caldeira de central
termelétrica movida à carvão mineral pelo período de um ano. Foram utilizadas técnicas de
microscopia óptica (MO), microscopia eletrônica de varredura (MEV), análise química semi-
quantitativa por Energy Dispersive Spectroscopy (EDS) e análise e processamento digital de
imagens (PDI). Após exposição dos tubos em campo, a elevada rugosidade de superfície
característica do processo de AT, foi reduzida. Os resultados revelaram maior percentual de
trincas e poros nos revestimentos dos tubos (7,6% e 14,9% paras as ligas A e B,
respectivamente) em relação às chapas (5,0% e 5,6% paras as ligas A e B, respectivamente).
1. INTRODUÇÃO
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necessidade de manutenção corretiva. Segundo Szymánsk et al. (2014) ligas à base de Ferro
com elevados teores de Cromio e Níquel são indicadas para produção de revestimentos com
elevada resistência ao desgaste abrasivo e corrosão, muito embora as ligas à base de Níquel
sejam as mais usadas para esta finalidade.
2. METODOLOGIA
Elemento C Mn P S Cr Si Mo Ni Fe
% em
0,173 1,1 0,015 0,007 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 Balanço
peso
Os substratos foram previamente preparados por jateamento abrasivo grau Sa2½ (ISO
8501-1, 2007), usando alumina angular G16/20 mesh (1,19/0,84 mm) para limpeza superficial
e obtenção de um padrão de rugosidade que favorecesse a aderência do material aspergido.
Foi utilizado equipamento da Praxair Surface Technologies, modelo TAFA 8835, operado
manualmente para AT por arco elétrico dos arames das ligas metálicas. Os parâmetros
utilizados para produção de todas as amostras revestidas são apresentados na Tabela 2 e foram
determinados com base na experiência técnica da empresa parceira que realizou o processo. A
combinação de parâmetros utilizada buscou obter um tamanho de partícula considerado
“ótimo”, pois partículas atomizadas grandes promovem a formação de poros e partículas
muito finas favorecem a oxidação (KROMER et al., 2016). O gás atomizante foi ar
comprimido. Para revestir externamente o tubo, este foi fixado em torno e permaneceu
girando com velocidade controlada, enquanto o operador manuseava a pistola de aspersão.
Tensão (V) 30
Corrente (A) 100
Pressão do ar atomizante (psi) 70
Distância de projeção (mm) 100
Ângulo de projeção 90°
Taxa de deposição (kg/h) 5
Foram utilizadas duas ligas metálicas distintas aqui nomeadas como A e B (Tabela 3)
para confecção de dois diferentes revestimentos, ambos com espessura média de 500 µm. As
amostras foram denominadas como Chapa Liga A (CA), Chapa Liga B (CB), Tubo Liga A
(TA) e Tubo Liga B (TB).
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Elemento (% em peso) Cr Nb Ni B Al Mn Si Fe
Liga A 13,2 6,0 5,5 4,2 2,0 1,3 1,2 Balanço
Liga B 29,0 - - 3,75 - 1,65 1,6 Balanço
O PDI foi realizado o software FIJI ImageJ, com etapas de pré-processamento (para
obtenção de uma imagem em tons de cinza e correção de contraste - Figura 2a e 2b),
segmentação (para gerar uma imagem binária e selecionar os objetos de interesse - Figura 2c),
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Figura 2 – Sequência das etapas do PDI para uma imagem do revestimento. Imagens obtidas
por MO, 500x
3. RESULTADOS
Revestimento
Substrato
Figura 3- Estrutura típica dos revestimentos obtidos por AT a arco elétrico. CB, MO,
100x.
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Figura 4- Estrutura típica de revestimento obtido por AT a arco elétrico TB. MO,
100x.
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A Figura 6 apresenta o revestimento liga B aplicado sobre chapa e identifica com maior
detalhe os defeitos típicos de revestimentos obtidos por AT a arco elétrico, tais como poros,
trincas, partículas não fundidas e possíveis redes de óxidos (Gomes, 2018; Tang et al., 2016;
Citbor et al., 2003). Estes defeitos se mostraram presentes em todas as amostras e ligas
testadas, independentemente da geometria do substrato.
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Outras ligas metálicas depositadas por arco elétrico já apresentaram fração volumétrica
de defeitos medidos por técnicas de PDI entre 3 – 7%. Este valores foram confirmados através
da utilização de diversas outras técnicas, tais como a porosimetria por mercúrio, método de
Archimedes e tomografia. As pequenas diferenças verificadas podem ser atribuídas ao uso de
diferentes ajustes nos parâmetros de processamento utilizados (Darabi e Azarmi, 2020;
Pereira, 2018; Montani, 2016).
Os resultados mostraram valores bem próximos para a quantidade total de defeitos nas
amostras do tipo CA e CB, o que sugere uma significativa influência da morfologia do
substrato nos parâmetros de aspersão no resultado final destes revestimentos. As amostras TA
e TB apresentaram valores de defeitos totais maiores em relação às chapas, o que corrobora
na conclusão de uma provável influência da geometria do substrato no aumento deste
percentual, tendo em vista que foram utilizados os mesmos ajustes no processo.
Este fato provavelmente está relacionado ao ângulo em que permaneceu a pistola de
aspersão durante a deposição e a direção dos passes de deposição das camadas aspergidas, em
cada um dos casos, tubo ou chapa. Ângulos menores que 90º favorecem a presença de
defeitos, podendo isso ser mais acentuado pela geometria do substrato. Outro fator a ser
ressaltado é o aprisionamento de partículas (óxidos ou partículas não fundidas) provenientes
da extremidade do cone de aspersão pelo efeito da rotação do tubo, que lança estas partículas
para o centro do cone. As partículas na extremidade do cone de aspersão resfriam mais
rapidamente e mantêm maior contato com o ar da atmosfera ao redor, fazendo com que
muitas cheguem ao substrato já solidificadas e/ou oxidadas. Um dispositivo auxiliar pode ser
utilizado de modo que os detritos sejam expelidos da superfície por uma corrente de ar
comprimido suplementar antes de serem incorporados ao revestimento. No caso de superfícies
planas, estes dispositivos de ar devem ser posicionados em ambos os lados do jato de
pulverização para ajudar a remover a poeira e resíduos (Figura 7) (ASM, 2013).
Rotação
Detritos
Corrente
de ar
4. CONCLUSÃO
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para as condições CA, CB, TA e TB, respectivamente, estes valores encontram-se dentro do
esperado para revestimentos metálicos obtidos por AT por arco elétrico.
Os revestimentos sobre chapa apresentaram percentual de defeitos semelhantes, que pode
ser atribuído exclusivamente a técnica e parâmetros utilizados, tendo em vista as diferenças na
composição química das ligas. Os revestimentos obtidos sobre tubo, para ambas as ligas,
apresentaram maior percentual de defeitos. Quando comparadas entre si, apesar da diferença
percentual de defeitos entre as amostras TA e TB, estas possuíram também alto desvio
padrão, fazendo com que exista uma zona em comum onde os valores percentuais são
semelhantes.
A maior quantidade de defeitos nas amostras TA e TB em relação a CA e CB foi
atribuída ao modo como foi realizada a aspersão e à geometria do substrato. A aspersão
realizada sobre o tubo enquanto girava promoveu o aumento dos defeitos totais devido ao
aprisionamento de detritos provenientes da extremidade do cone de aspersão. A aspersão
realizada de modo manual é uma variável com baixo controle técnico que pode influenciar
nos resultados. Alterações nos parâmetros de aspersão na busca da diminição dos defeitos nos
revestimentos serão testadas em trabalhos futuros.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Abstract. Coatings obtained by thermal spray (TS) can be used to protect industry
components that operate under severe conditions of abrasion, particle impact and corrosion.
The objective of this work was to evaluate the amount of defects (pores and cracks) of two
metallic coatings obtained by the technique of TS by electric arc (Alloys A and B) applied on
two different substrate geometries, plates and tubes. The coated tubes remained exposed to
the real working conditions in a coal-fired thermal power plant boiler for a period of one
year. Optical microscopy (OM), scanning electron microscopy (SEM), semi-quantitative
chemical analysis by Energy Dispersive Spectroscopy (EDS) and digital image processing
(DIP) techniques were used. After exposure of the tubes in the field, the high surface
roughness characteristic of the TS process was reduced. The results revealed a higher
percentage of cracks and pores in the pipe coverings (7.6% and 14.9% for alloys A and B
respectively) compared to plates (5.0% and 5.6% for alloys A and B respectively).
Keywords: Thermal spray; Metallic coating; Digital image processing, Substrate Geometry.
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1. INTRODUCÃO
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Tendo em vista a particularidade do setor elétrico, que lida com o fato de o produto final
não poder ser estocado, e a necessidade de atender o crescimento da demanda, Thomaz (2017)
adverte que o planejamento do setor é fundamental, a fim de minimizar o risco de
desequilíbrios entre oferta e demanda de energia elétrica. Em função disso, a previsão do
comportamento da demanda se tornou instrumento importante para o planejamento do setor,
onde são aplicadas técnicas para analisar séries temporais e identificar estruturas e padrões ao
longo dos anos e assim construir modelos que tenham capacidade de gerar bons resultados
futuros (Pontes, 2018).
Neste trabalho são analisados dados mensais de energia elétrica da classe consumidora
residencial no estado do Rio Grande do Sul no período de janeiro de 2004 até dezembro de
2019, sendo o objetivo criar modelos de previsão de demanda de energia elétrica, a partir da
modelagem de Suavização Exponencial empregando dois cenários com os conjunto de dados
observados, e assim, comparar suas previsões a fim de determinar o melhor modelo. Para tal,
foram aplicadas duas variações do método Holt Winters.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
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(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
(7)
(8)
Os métodos aditivo, Eq. (1-4), e multiplicativo de Holt Winters, Eq. (5-8), são escritos
similarmente, com algumas modificações nos componentes. A Equação 5 apresenta a
previsão para o método multiplicativo, enquanto que as Eq. (6-8) representam soluções de
nível, tendência e sazonalidade. A equação de tendência ( ) não se altera, pois é linear em
ambos os métodos e não inclui a sazonalidade.
Para o diagnóstico dos modelos podem ser utilizados os Critério de Informação Akaike
(IAC) e o Critério de Informação Bayesiana (BIC), entre outros, conforme apresentado por
Bueno (2011) e Cryer e Chan (2008). Segundo os autores, esses critérios podem ser utilizados
para auxiliar na seleção daquele que seria o melhor modelo, por ser mais parcimonioso,
evitando que sejam utilizados modelos com muitos parâmetros. Segundo Emiliano (2009),
esses critérios penalizam a verossimilhança em função do número de parâmetros do modelo.
A análise dos resíduos permite verificar se os modelos selecionados satisfazem as
suposições de independência, normalidade e homocedasticidade. O teste de Ljung-Box (LB)
verifica a hipótese nula de que os resíduos são independentes, enquanto o teste de Jarque-Bera
(JB) verifica a hipótese nula de que os resíduos seguem uma distribuição normal. Já o teste
ARCH averigua a hipótese nula de que os resíduos são homocedásticos (Bueno, 2011;
Gujarati e Porter, 2011).
Segundo Baltar (2009), entre essas propriedades, a aceitação da normalidade e da
homocedasticidade são desejáveis, enquanto que a independência apresenta caráter
indispensável e eliminatório na escolha do modelo. Isso porque a presença de resíduos
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3. METODOLOGIA
Os dados empregados nesse estudo foram obtidos a partir do banco de dados da EPE
(2020) e se referem ao período de janeiro de 2004 até dezembro de 2019, com periodicidade
mensal, totalizando 192 observações. Foram abordados dois cenários de modelagem, a fim de
evidenciar que pequenas mudanças no conjunto de dados, utilizados na fase de ajuste, podem
acarretar em modelos de previsão totalmente distintos.
A primeira análise utiliza os 12 primeiros anos (144 observações) dos dados para a fase
de ajuste, ou calibração do modelo, e para a fase de validação os 4 últimos anos (48
observações). Já a segunda análise considera os 13 primeiros anos (156 observações) para a
fase de ajuste e 3 anos (36 observações) para a fase de validação. Além disso, esses dois
arranjos de conjunto dos dados são analisados empregando o método Holt Winters Aditivo
(HWA) e o método Holt Winters Multiplicativo (HWM).
A qualidade do ajuste do conjunto de dados foi analisada em termos das medidas de
acurácia RMSE e MAPE. Além disso, também foram empregados os critérios de informação
AIC e BIC. Já os resíduos dos modelos foram analisados a partir do teste de Jarque-Bera (JB),
Ljung-Box (LB) e ARCH. É importante ressaltar que para o presente estudo o nível de
significância adotado para os testes foi de 5%. A definição do melhor modelo de previsão se
deu a partir das medidas de erro: MAPE e RMSE, bem como do parâmetro U de Theil.
Destaca-se que todas as análises desse estudo foram realizadas através do software R,
utilizando os pacotes forecast, fpp, fpp2, tseries, ggplot2, expsmooth, fma, lmtest, zoo e
aTSA.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Além disso, no ano de 2015 percebe-se uma diminuição brusca da demanda logo após o
pico, o que se supõem ser devido à alta do valor da energia elétrica no país. À vista disso, foi
proposta a modelagem de dois conjuntos de dados diferentes. O primeiro conjunto de dados
(Conjunto 1) não considerou o período de decaimento na fase de ajuste do modelo, enquanto
que o segundo conjunto de dados (Conjunto 2) considerou o período em questão na fase de
ajuste do modelo.
Duas variações do método Holt Winters (HW) foram consideradas para cada conjunto de
dados: Holt Winters Aditivo (HWA) e Holt Winters Multiplicativo (HWM). A Tab. 1
apresenta as medidas de acurácia RMSE e MAPE, assim como os critérios de informação
AIC e BIC.
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dados atípicos na fase de ajuste do modelo, o que acarretou numa fase de validação com
melhor desempenho. Outro ponto importante é que o horizonte de previsões, ou seja, a
quantidade de dados utilizados para validação, foi mais amplo no Conjunto 1, o que também
pode ter contribuído para diminuir a precisão da previsão. Quanto maior o horizonte de
previsão, maiores serão os erros, diminuindo sua precisão.
No geral, considera-se que o método multiplicativo apresenta melhores resultados se
comparado ao método aditivo. Ademais, conclui-se que considerando os modelos
apresentados nesse estudo, o melhor modelo de previsão para a série temporal é o gerado a
partir dos dados do Conjunto 2 pelo método Multiplicativo de Holt Winters, ainda que este
apresente autocorrelação nos resíduos.
Dado que o modelo HWM (Conjunto 2) apresentou os melhores resultados, o mesmo
foi escolhido para prever a demanda de energia elétrica da classe consumidora residencial no
estado do Rio Grande do Sul. A Fig. 2 apresenta a comparação entre a série temporal original
e o modelo HWM (Conjunto 2). Já a Fig. 3 apresenta os intervalos de confiança para
previsões do modelo. A região sombreada mais escura representa o intervalo de confiança de
80%, enquanto que a região sombreada mais clara representa o intervalo de confiança de
95%.
Por fim, a partir de análise visual das Fig. 2 e 3 é razoável admitir que os valores
observados se encontram dentro dos intervalos de confiança, sendo assim, pode-se concluir
que a curto prazo as previsões apresentam boa precisão.
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5. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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Abstract. Given the need to meet the growing demand for electricity, forecasting the behavior
of demand has become essential for sector planning. This work analyzes monthly electricity
data from January 2004 to December 2019, in the state of Rio Grande do Sul, with the
objective of creating forecast models based on the additive and multiplicative models of Holt
Winters, and determining the best forecasting model among them. The model generated by the
multiplicative method with the second data set was identified as the best prediction model,
although it was unable to eliminate the autocorrelation of the residues.
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Abstract. A inversão de dados sı́smicos tem papel preponderante na descoberta de novos reser-
vatórios de petróleo, bem como, na caracterização das rochas e monitoramento destes reser-
vatórios. A simulação do comportamento das ondas sı́smicas no subsuperfı́cie é parte inte-
grante do processo de inversão de dados em uma abordagem estocástica. Neste sentido, o
objetivo desse trabalho foi estudar e implementar métodos numéricos para a aproximação da
equação da onda em um domı́nio tridimensional heterogêneo.
1. INTRODUÇÃO
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No processo de inversão de dados sı́smicos, utilizando uma abordagem estocástica [Sen and
Biswas, 2017], é imprescindı́vel o uso de um simulador do comportamento das ondas sı́smicas
em subsuperfı́cie. Desta forma, o objetivo principal deste trabalho é o estudo de métodos
numéricos para aproximação da equação da onda em um domı́nio tridimensional heterogêneo.
2. METODOLOGIA
O modelo fı́sico considerado é um meio elástico heterogêneo pelo qual o som é propagado
através de pequenas vibrações elásticas. O modelo matemático para descrever as deformações
em um meio elástico é baseado na segunda lei de Newton:
∂2
ρ ~u = ∇· σ + ρf~, (1)
∂t2
e na lei constitutiva linear (Lei de Hooke) que relaciona o tensor de tensões (σ) e o campo de
deslocamentos (~u):
T 2
σ = K∇· ~u I + G ∇~u + (∇~u) − ∇· ~u I , (2)
3
onde, I é o tensor identidade, ρ é massa especı́fica do meio, f~ representa as forças de corpo, K
é o módulo elástico e G o módulo de cisalhamento.
Assumindo que o segundo termo à direita da Lei de Hooke, Eq. (2), representando as
deformações que dão origem as tensões de cisalhamento, e as forças de corpo podem ser negli-
genciados, temos, a partir das Eq. (1) e Eq. (2):
∂2
ρ~u = ∇ (K∇· ~u) . (3)
∂t2
Em seguida, introduzindo a pressão como:
p = −K∇· ~u (4)
e dividindo Eq. (3) por ρ, temos
∂2 1
2
~u = − ∇p. (5)
∂t ρ
Agora, tomando a divergência desta última equação, usando o resultado dado pela Eq. (4) e
adicionando um termo de fonte (ϕ), temos a equação linear da onda
∂2
1
p (~x, t) = K∇· ∇p (~x, t) + ϕ (~x, t) . (6)
∂t2 ρ (~x)
Finalmente, assumindo que o gradiente da massa especı́fica (ρ) pode ser negligenciado,
temos que:
∂2
p (~x, t) = c2 (~x) ∇2 p (~x, t) + ϕ (~x, t) , (7)
∂t2
p
onde, c (~x) = K (~x)/ρ (~x) é a velocidade de propagação, K é o módulo elástico e ϕ o termo
de fonte. Em conjunto com a Eq. (7), condições iniciais e de contorno devem ser fornecidas.
Foi implementado e testado um código computacional, escrito em FORTRAN 90, para
aproximar a solução da equação (7), em um domı́nio tridimensional, utilizando o método de
diferenças finitas.
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3. APROXIMAÇÃO NUMÉRICA
Para aproximar a solução da Eq. (7) foi utilizado o método de diferenças finitas centradas de
segunda e quarta ordens no espaço (ambos de segunda ordem no tempo). O domı́nio temporal
[0, T ] é discretizado por um número N t finito de pontos igualmente espaçados: 0 = t0 < t1 <
· · · < tN t−1 < tN t = T , com ∆t = tn − tn−1 . De forma similar, discretizamos as componentes
espaciais, onde ∆x = xi − xi−1 , ∆y = yj − yj−1 e ∆z = zk − zk−1 . Definindo Pni,j,k como uma
aproximação para p(xi , yj , zk , tn ), onde os ı́ndices i, j, k se referem aos pontos da malha nas
direções x, y, z, respectivamente, enquanto ı́ndice n representa o número do passo de tempo da
simulação. A seguir, apresentamos a aproximação obtida usando o método de segunda ordem:
2
∆t
Pn+1
n
= C
i,j,k Pi+1,j,k − 2Pni,j,k + Pni−1,j,k +
∆x 2
∆t n
C Pi,j+1,k − 2Pni,j,k + Pni,j−1,k +
(8)
∆y 2
∆t n
C Pi,j,k+1 − 2Pni,j,k + Pni,j,k−1 +
∆z
2Pni,j,k − Pn−1 2
i,j,k − ∆t δ(i, iϕ )δ(j, jϕ )δ(k, kϕ )ϕ
n
2
2 K(xi , yj , zk )
onde C = ci,j,k = . Os pontos iϕ , jϕ , kϕ indicam a posição da fonte nos nós
ρ(xi , yj , zk )
da malha, portanto, δ(α, αϕ ) = 1 caso α = αϕ e δ(α, αϕ ) = 0, caso contrário, onde α = i, j, k.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Problema 1D
s
K
Considere um material elástico, com velocidade de propagação c = , no domı́nio uni-
ρ
dimensional [L0 , L1 ]. Com base na Eq. (7), o seguinte problema matemático foi utilizado para
os testes:
ptt = c2 pxx + ϕ, (9)
em conjunto com as seguintes condições iniciais e de contorno:
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• Segunda ordem:
• Quarta ordem:
Ci2
Pin+1 = −Pin−1 + 2Pin + n n
− 30Pin + 16Pi+1n n
−Pi−2 + 16Pi−1 − Pi+2 , (12)
12
onde C = c∆t/∆x, L0 = −10, L1 = 10 e f (x) = exp[−(x + 5)2 ].
Para visualizar a reflexão e transmissão das ondas, utilizamos dois valores de velocidade de
propagação:
c1 = 1, L0 6 x 6 0,
c(x) = (13)
c2 = 1/4, 0 < x 6 L1 .
O domı́nio foi discretizado em uma malha de 501 nós e, para garantir estabilidade do método,
1 ∆x
consideramos ∆t = .
2 max{c}
Quando uma onda propagante se depara com uma barreira, ou uma interface entre dois
meios diferentes (mudança de velocidades dada em (13)), podem ocorrer dois fenômenos: re-
flexão e transmissão. As relações entre a onda incidente (Ai) e as ondas transmitida (At) e
refletida (Ar) são dadas por:
Ar At
=R e = T, (14)
Ai Ai
onde R e T são os coeficientes de reflexão e transmissão, respectivamente, determinados por:
Ar c2 − c1
=R=
Ai c1 + c2
e
At 2c2
=T = .
Ai c1 + c2
Aqui, c1 e c2 são as velocidades de propagação da onda nos dois meios. Essas relações foram
usadas para prever o comportamento das ondas e são representadas na Figura 1. Podemos ver
que as soluções aproximadas das ondas comportaram-se segundo as previsões teóricas, ou seja,
as ondas refletida e transmitida alcançaram as alturas dadas pela Eq. (14) e representadas no
gráfico pelas linhas pontilhadas.
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1 1
segunda ordem segunda ordem
quarta ordem quarta ordem
T T
0.5 R 0.5 R
Pressão
Pressão
0 0
-0.5 -0.5
-1 -1
-10 -5 0 5 10 -10 -5 0 5 10
x x
(a) Condição inicial (b) t=0.72
1 1
segunda ordem segunda ordem
quarta ordem quarta ordem
T T
0.5 R 0.5 R
Pressão
Pressão
0 0
-0.5 -0.5
-1 -1
-10 -5 0 5 10 -10 -5 0 5 10
x x
(c) t=0.80 (d) t=0.88
1 1
segunda ordem segunda ordem
quarta ordem quarta ordem
T T
0.5 R 0.5 R
Pressão
Pressão
0 0
-0.5 -0.5
-1 -1
-10 -5 0 5 10 -10 -5 0 5 10
x x
(e) t=0.96 (f) t=1.04
1 1
segunda ordem segunda ordem
quarta ordem quarta ordem
T T
0.5 R 0.5 R
Pressão
Pressão
0 0
-0.5 -0.5
-1 -1
-10 -5 0 5 10 -10 -5 0 5 10
x x
(g) t=1.12 (h) t=1.20
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4.2 Problema 3D
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(c) (d)
(e) (f)
5. Conclusões
O método de diferenças finitas (de segunda e quarta ordens) proporcionou uma boa aproxi-
mação da solução da Eq. (7), capturando o comportamento fı́sico esperado para os problemas
estudados. Portanto, temos um simulador que está qualificado para ser usado no processo de
inversão de dados sı́smicos reais.
Acknowledgements
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REFERENCES
Abstract. The inversion of seismic data plays a major role in the discovery of new oil reservoirs
as well as in the characterization of rocks and in the monitoring of these reservoirs. The simula-
tion of the behavior of seismic waves on the subsurface is an integral part of the data inversion
process in a stochastic approach. In this sense, the aim of this work was to study and implement
numerical methods for approximating the wave equation in a heterogeneous three-dimensional
domain.
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L. M. Silva1 - liberio@posgrad.ufla.br
S. L. Gonzaga de Oliveira1 - sanderson@ufla.br
1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Ciência da Computação - Lavras, MG, Brazil
1. Introduction
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Additionally, Mueller et al. [19] used profile reduction techniques in the graph visualization
domain. Bolanos et al. [3] considered the problem to a new approach for computing entropy
rate for undirected graphs. Meijer and de Pol [18] applied heuristics for profile reduction in
symbolic model checking.
Heuristics for profile reduction place nonzero coefficients of a sparse matrix as close to
the main diagonal as possible. Let A = [aij ] be an n × n symmetric adjacency matrix
associated with an undirected graph G = (V, E) composed of a set ofPvertices V and a
n
set of edges E. The profile of matrix A is defined as prof ile(A) = i=1 βi (A), where
βi (A) = i − min [j : aij 6= 0]. Equivalently, the profile of G for a vertex labeling
1≤j≤i
S = {s(v1 ), s(v2P
), . . . , s(v|V | )} (i.e. a bijective mapping from V to the set {1, 2, . . . , |V |})
is prof ile(G) = max [|s(v) − s(u)|]. The profile minimization problem is N P-hard [16].
v∈V {v,u}∈E
Koohestani and Poli [13, 14] proposed a genetic programming hyper-heuristic for profile
reduction. The resulting heuristic from the genetic programming hyper-heuristic uses the
Fiedler vector to yield reasonable profile results. The Fiedler vector is the eigenvector
corresponding to the smallest positive eigenvalue of the Laplacian matrix of graph G = (V, E).
The resulting heuristic from the genetic programming hyper-heuristic is a slow algorithm,
however. For example, the algorithm computed a matrix with a size of 2,680 in more than
one hour [14]. This high computational effort limits the applicability of the algorithm. A slow
algorithm is not desirable, especially in a situation in which the execution time is of critical
importance.
The authors of the present study presented another version of a genetic programming hyper-
heuristic for profile reduction [22]. The resulting heuristics from the genetic programming
hyper-heuristic are fast algorithms. However, an existing heuristic dominated the profile results
of the proposed algorithm [22].
Recently, the authors of the present study showed that the resulting heuristics from an
ant colony hyper-heuristic (ACHH) approach yielded better results than several state-of-the-art
reordering algorithms did [9, 8]. The authors conducted experiments with symmetric positive
definitive matrices to reduce the execution costs of a linear system solver [9]. The same authors
performed experiments with symmetric and nonsymmetric matrices to a similar combinatorial
problem [8]. The ACHH system evolves and selects heuristics for a specific application area.
This paper applies the ACHH approach for evolving and selecting heuristics for the profile
reduction of symmetric matrices. Specifically, this paper evaluates the resulting heuristics for
profile reduction in two application fields against Sloan’s [23], MPG [17], NSloan [15], Sloan-
MGPS [21], and Hu-Scott [12] heuristics.
The remainder of this paper is structured as follows. In Section 3., we introduce the hyper-
heuristic method for profile reduction. In Section 4., we describe how this paper conducted the
tests. In Section 5., the results are discussed. Finally, we address the conclusions in Section 6..
2. Heuristics evaluated
Sloan [23] proposed an important heuristics in this field. The heuristic is inexpensive
(in terms of execution times and storage costs) and generates high-quality solutions. Sloan’s
heuristic [23] uses two weights in its priority scheme in order to label the vertices of the
instance: w1 , associated with the distance d(v, e) from the vertex v to a pseudo-peripheral
(target end) vertex e that belongs to the last level of the level structure rooted at a starting
vertex s, and w2 , associated with the degree of each vertex. The priority function p(v) =
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w1 · d(v, e) − w2 · (deg(v) + 1) employed in Sloan’s heuristic [23] presents different scales for
both criteria. The value of deg(v) + 1 ranges from 1 to m + 1 [where m = max[deg(v)] is the
v∈V
maximum degree found in the graph G = (V, E)], and d(v, e) ranges from 0 (when v = e) to
the eccentricity `(e) (of the target end vertex e).
MPG [17], NSloan [15], and Sloan-MGPS [21] are based on Sloan’s heuristic [23].
Specifically, Sloan-MGPS [21] is the Sloan’s heuristic [23] with the starting and target end
vertices provided by an algorithm named modified GPS [21].
MPG [17] employs two max-priority queues: t contains candidate vertices to be labeled, and
q contains vertices belonging to t and also vertices that can be inserted to t. Similarly to Sloan’s
heuristic [23] (and its variations), the current degree of a vertex is the number of adjacencies
to vertices that neither have been labeled nor belong to q. A main loop performs three steps.
First, a vertex v is inserted into q to maximize a specific priority function. Second, the current
degree cdeg(v) of each vertex v ∈ t is observed: the algorithm labels a vertex v if cdeg(v) = 0,
and the algorithm removes from t a vertex v (i.e., t ← t − {v}) if cdeg(v) > 1. Third, if t is
empty, the algorithm inserts into t each vertex u ∈ q with priority pu ≥ pmax (q) − 1 where
pmax (q) returns the maximum priority among the vertices in q. The priority function in MPG is
p(v) = d(v, e) − 2 · cdeg(v).
Kumfert and Pothen [15] normalized the two criteria used in Sloan’s algorithm with the
objective of proposing the Normalized Sloan (NSloan) heuristic [15]. These authors used the
priority function p(v) = w1 · d(v, e) − w2 · bd(s, e)/mc · (deg(v) + 1).
Regarding Sloan’s [23], NSloan [15], and Sloan-MGPS [21] heuristics, this study set the
two weights as described in the original papers. When the original publications recommended
more than one pair of values, a previous publication performed exploratory investigations to
determine the pair of values that obtain the best profile results [6]. Thus, the two weights are
set as w1 = 1 and w2 = 2 for Sloan’s and Sloan-MGPS [21] heuristics, and as w1 = 2 and
w2 = 1 for the NSloan heuristic [15]. Hu-Scott [12] is a multilevel algorithm that uses a
maximal independent vertex set for coarsening the adjacency graph of the matrix and employs
Sloan-MGPS [21] on the coarsest graph.
This section presents the implementation of an ant colony hyper-heuristic approach for
generating or selecting heuristics for the profile reduction of symmetric matrices [9, 8]. We
followed the main steps of the ant colony metaheuristic [5] to design the ant colony hyper-
heuristic approach for profile reduction.
We established the ACHH approach with the central structure of Sloan’s [23], MPG [17],
and NSloan [15] heuristics. Furthermore, the hyper-heuristic strategy generates random weights
for the priority formula employed in these three heuristics. We implemented the codes in the
C++ programming language.
An individual program in the ACHH system is a set of three components: the base heuristics
used and its two weights (see Section 2.). The initial heuristics are randomly generated, except
for three individual programs, which are precisely the original weights (1 and 2) of Sloan’s,
NSloan, MPG, and NMPG heuristics. The fitness function employed is the sum of the difference
between the original profile and the profile of the labeling produced by the heuristic associated
with the individual program in each matrix used in the learning process. Thus, the objective is
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Table 1: Matrices used in the learning process for the ant colony hyper-heuristic.
We executed the ACHH approach with the training sets listed in Table 1 and recorded the
best-of-run individual program for each application domain. As a result of the learning process,
the ACHH approach generated the weights (1 and 2) 0.052322 and 0.66025 (0.666888 and
0.776618) for Sloan’s algorithm to apply the resulting heuristic to matrices originating from
2-D/3-D (thermal) problems.
Hu-Scott [12] is a high-quality heuristic for profile reduction. We used the Hu-Scott (MC73
routine) heuristic contained in HSL [24]. Furthermore, we employed the Fortran programming
language to use these routines. We took the profile results of the heuristic when applied to the
matrices Dubcova3 and BenElechi1 from [1].
This computational experiment used the C++ programming language to implement the other
low-cost heuristics for profile reduction evaluated. The g++ version 5.4.0 compiler was used,
with the optimization flag -O3.
The implementations of the heuristics for profile reductions appraised in this study
employed binary heaps to code the priority queues (although the original Sloan’s algorithm
[23] used a linked list in its implementation). A previous publication [6] presented the testing
and calibration performed to compare the codes with the ones used by the original proposers
of the low-cost heuristics (Sloan’s [23], MPG [17], NSloan [15], and Sloan-MGPS [21]) to
ensure that the codes employed in the present study were comparable to the formerly proposed
algorithms.
The experiments used eight real symmetric matrices taken from the SuiteSparse matrix
collection [4]. The profile reduction depends on the choice of the initial ordering, and this
paper considers the original labeling given in the matrix.
The workstation used in the executions of the simulations featured an Intel
R
CoreTM i7-
4770 [CPU 3.40 GHz (3.9 GHz with the max turbo frequency), 8 MB Cache, 8 GB of main
memory DDR3 1.333 GHz] (Intel; Santa Clara, CA, United States). This machine used the
Ubuntu 16.04.4 LTS 64-bit operating system with Linux kernel-version 4.2.0-36-generic.
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Tables 2 and 3 show the results of several low-cost heuristics for profile reductions when
applied to eight matrices with sizes ranging from 102,158 to 1,228,045 [up to 13,150,496
nonzero coefficients (|E|)]. The tables show the name, size, and original profile (Profile0 ) of
matrices used in this computational experiment. Also, Tables 2 and 3 show the profile results
and CPU times obtained by Sloan’s [23], MPG [17], NSloan [15], Sloan-MGPS [21], Hu-Scott
[12], GPHH [22], and the resulting heuristics from the ACHH approach when applied to eight
matrices arising from thermal and 2-D/3-D problems, respectively.
Table 2: Profile results delivered by several heuristics when applied to four matrices arising from thermal
problems.
Table 2 shows that Hu-Scott dominated the other algorithms when applied to the four
matrices arising from thermal problems. Table 3 shows that this heuristic also delivered the best
profile result when applied to the matrix Dubcova3. The same table shows that MPG provided
the best profile result when applied to the matrix BenElechi1, which is, among the matrices
used in this study, the matrix with the highest number of edges. Table 3 also shows that NSloan
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Table 3: Profile results delivered by several heuristics when applied to four matrices arising from 2-D/3-D
problems.
10,367,243,917
MPG 64,619,423 0.4
NSloan 64,910,306 0.3
Sloan-MGPS 65,670,386 1.0
Sloan 65,193,272 0.3
ACHH-Sloan 234,879,724 0.3
BenElechi1 245,874 13,150,496 MPG 145,959,826 0.9
Sloan-MGPS 14,810,8894 1.2
153,291,019
Sloan 150,344,408 0.7
NSloan 152,615,098 0.7
Hu-Scott 152,700,000 3.7
ACHH-Sloan 193,244,096 0.7
ecology2 999,999 4,995,991 NSloan 526,494,427 1.1
GPHH 667,163,809 1.5
998,998,001
returned the best profile results when applied to the matrices ecology2 and ecology1.
Table 2 also shows that the GPHH approach (in three problem cases) and MPG (in one
test problem) yielded the second-best profile results when applied to matrices originating from
thermal problems. MPG also provided the second-best profile result when computed the
matrix Dubcova3 (see Table 3). Sloan-MGPS yielded the second-best results when applied
to two matrices (BenElechi1, ecology1) arising from 2-D/3-D problems. The GPHH approach
delivered the second-best profile result when applied to the matrix ecology2.
Table 2 shows that, in general, the resulting heuristic from the ACHH approach yielded
better profile results than Sloan’s and Sloan-MGPS heuristics when applied to thermal
problems. On the other hand, Table 3 shows that the resulting heuristic from the ACHH
approach delivered unsatisfactory profile results when applied to matrices originating from
2-D/3-D problems. The table shows that the resulting heuristic from the ACHH approach
only returned better profile results than Hu-Scott when applied to the matrices ecology1 and
ecology2. Furthermore, Tables 2 and 3 show that, in general, Hu-Scott, GPHH, MPG, and
NSloan dominated the resulting heuristics from the ACHH system. Thus, we did not use
instances arising from other domain fields in the computational experiment.
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This paper implemented an ant colony hyper-heuristic for profile reduction. The hyper-
heuristic approach employed the principal structure of Sloan’s, MPG, and NSloan heuristics.
Furthermore, the ACHH system evolved heuristics for the profile reduction of symmetric
matrices by specific application domains. We used instances arising from thermal and 2-D/3-D
problems.
This paper compared the heuristics for profile reduction evolved by the ACHH approach
with six low-cost algorithms for this problem. The experiments conducted in this study relied
on eight matrices arising from two application domains. Moreover, the resulting heuristics
generated by the ACHH approach did not compare favorably with existing heuristics for profile
reductions. Specifically, Hu-Scott, MPG, and NSloan yielded better profile results than did the
resulting heuristics from the ACHH algorithm.
We intend to design new hyper-heuristics based on different metaheuristics. A previous
publication reported a description of parallel algorithms in this field [7]. Concerning massively-
parallel SIMD processing, the next step of this work is to evaluate the low-cost heuristics for
profile reductions implemented using parallel libraries (e.g., OpenMP, Galois, and Message
Passing Interface systems) and in GPU-accelerated computing. Similarly, regarding massively
parallel computing, an evaluation of these heuristics for profile reduction implemented within
Intel
R
Math Kernel Library running on Intel
R
Xeon
R
Many Integrated Core Architecture,
Scalable and Cascade processors is another future step of this investigation.
Acknowledgements
REFERENCES
[1] S. Acer, E. Kayaaslan, and C. Aykanat. A hypergraph partitioning model for profile
minimization. SIAM Journal on Scientific Computing, 41(1):A83–A108, 2019.
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Applied Mathematics. The Mathematics of Numerical Analysis, volume 32, pages 99–123.
American Mathematical Society Press, Park City, Utah, USA, 1996.
[3] M. Bolanos, S. Aviyente, and H. Radha. Graph entropy rate minimization and the
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Applications, and Advances. In F. Glover G. A. Kochenberger, editor, Handbook of
Metaheuristics. International Series in Operations Research & Management Science,
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1. INTRODUÇÃO
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que podem contrair a doença e os infectados pela doença", isto é, a propagação de uma doença
epidemiológica depende proporcional ao produto da densidade de indivíduos suscetíveis pela
densidade de indivíduos infectados, conforme Gemaque e Araujo (2011). Segundo Kermack e
Mckendreick (1927), a inserção de indivíduos infectados em uma região só a leva a um surto
caso a densidade de indivíduos suscetíveis desta região esteja abaixo do que um certo valor
crítico. Estes conceitos são fundamentais para a construção de modelagens matemáticas do
processo de transmissão de doenças epidemiológicas.
Os primeiros estudos sobre Epidemiologia Matemática foram desenvolvidos pelo
matemático suíço Daniel Bernoulli no século XVIII. As suas pesquisas visavam determinar um
modelo matemático capaz de avaliar o processo de transmissão da varíola. Todavia, avanços nos
estudos em busca de melhores modelos matemáticos ocorreu apenas um século depois, devido
ao progresso na área da saúde acerca das causas das doenças infecciosas, baseados em (Ramon,
2011).
Vivenciamos no Brasil, assim como em outros diversos países, um momento de calamidade
pública com a epidemia da COVID-19, devido ao aumento no índice de mortalidade e sequelas
nos recuperados da doença. Consequentemente, estão sendo desenvolvidos estudos através
das modelagens matemáticas, a fim de determinar os estágios da contaminação, período de
imunidade, fração da população que deve ser vacinada etc.
Devido à alta taxa de infecção da COVID-19 e sua rápida circulação pelo mundo,
tem-se diariamente uma quantidade elevada de indivíduos infectados, fazendo com que a
população necessite imediatamente do desenvolvimento e aplicação da vacina contra a doença.
Contudo, buscamos desenvolver neste trabalho a construção de dois modelos matemáticos
que visam comparar os resultados de previsões dos cenários sem e com a inserção da
vacinação da população. Contudo, modelos matemáticos sem a inserção da vacinação já foram
desenvolvidos, veja (Franco e Dutra, 2020; Dias et al., 2020; Dias e Araújo, 2020; Ferreira et
al., 2020), reforçando a importância deste trabalho para visualização do cenário brasileiro com
a inserção da vacinação.
Na Seção 2, são apresentadas informações sobre a doença, tais como o contexto histórico,
formas de transmissão e prevenção do vírus, estudos sobre vacinas desenvolvidas e métodos
para o tratamento da COVID-19. A Seção 3 é composta pela construção dos dois modelos
matemáticos (sistema de Equações Diferenciais Ordinárias) do processo de transmissão da
COVID-19 e a discretização destes dois sistemas de Equações, a fim de utilizar o método
de Diferenças Finitas Regressivas para obtenção dos resultados numéricos. Os resultados
numéricos e discussões dos dois modelos são expostas na Seção 4. Posteriormente, na Seção 5,
concluímos o artigo e apresentamos os trabalhos futuros.
2. COVID-19
A COVID-19, originalizado do termo “Corona Virus Disease”, é a doença gerada pelo vírus
SARS-CoV-2 pertencente à família Coronavírus. Sua primeira aparição ocorreu no final do ano
de 2019 em Wuhan, China, e desde então vem despertado interesse de diversos pesquisadores,
principalmente devido sua alta taxa de propagação.
Um dos pontos preocupantes da doença é sua rápida circulação pelo mundo, já que em
apenas 21 dias após o seu primeiro registro, a epidemia já era considerada pela Organização
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Mundial da Saúde (OMS) como uma emergência internacional, veja (Quintella et al., 2020).
Quanto ao modo de transmissão da COVID-19, é possível analisá-la de forma ampla ou
individual.
Em termos demográficos, de acordo com Platero e Gomes (2020); Netto et al. (2020), essa
transmissão está voltada para a realidade de cada região em que o infectado se encontra podendo
ocorrer de forma importada, local e comunitária, isto é, quando um infectado se encontra em
uma região que não havia registro da doença antes, quando se consegue fazer o rastreio de
pessoas infectadas e as quais ela teve contato e quando este rastreio já não é mais possível,
respectivamente.
Já em termos de transmissão individual, temos que ela pode ocorrer de forma direta através
da fala, tosses ou espirros, devido as gotículas de salivas expelidas por pessoas contaminadas
ou indireta por meio do contato com objetos ou superfícies que foram contaminadas por estas
gotículas.
Inicialmente, a doença teve tamanha dispersão devido os primeiros indivíduos infectados
serem assintomáticos, ou seja, não desenvolveram sintomas. Uma pessoa infectada pode
transmitir o vírus por até 14 dias após se contaminar, sendo mais contagioso nos primeiros
dias, como afirma Netto et al. (2020).
Após a declaração de emergência internacional emitida pela OMS, alguns países declararam
quarentena, a fim de tentar controlar a circulação do vírus pelo país, já que limitaram as
atividades não-essenciais. Algumas localidades aderiram também ao Lockdown, sendo está uma
forma mais rígida da quarentena. Porém, a OMS recomendou o distanciamento físico entre as
pessoas, até mesmo nas atividades essenciais, e o isolamento para pessoas que desenvolveram
alguns sintomas, pessoas que vieram de lugares com altos índices de contágio ou que tiveram
contato com algum indivíduo infectado.
A OMS também recomenda, para prevenção individual, lavar as mãos regularmente com
água e sabão por, no mínimo 20 segundos, certificando-se que toda a área da mão foi lavada
de forma correta: das pontas dos dedos até o punho, incluindo entre os dedos. Caso não possa
lavar as mãos regularmente, o uso do álcool em gel 70% se faz recomendado; usar máscara
ao sair de casa, onde a mesma não deve ser compartilhada e sim de uso individual; evitar
locais lotados e manter um distanciamento físico de 1 metro; proteger nariz e boca ao tossir
ou espirrar; evitar tocar olhos, nariz e boca; não compartilhar objetivos de uso pessoal, como
copos, talheres e toalhas; desinfetar objetos e lugares de contato frequente e manter ambientes
limpos e ventilados.
Até o presente momento, não há vacina ou medicação para prevenir ou tratar a COVID-19,
apesar de ter várias pesquisas em andamento, como garante a OMS. De acordo com Milken
Institute (MI) 1 , até o dia 27 de agosto de 2020, há 316 possíveis tratamentos e 203 candidatas
a vacinas, que estão sendo estudadas e testadas contra a COVID-19 a nível global.
A OMS lançou um ensaio clínico internacional intitulado de “Solidarity" 2 , com o objetivo
de auxiliar na descoberta de ferramentas para tratamentos eficazes contra a COVID-19 e seus
efeitos.
1
Disponível em: https://covid-19tracker.milkeninstitute.org, Acesso em 27 de agosto de 2020.
2
Disponível em: https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/global-research-on-
novel-coronavirus-2019-ncov/solidarity-clinical-trial-for-covid-19-treatments, Acesso em: 27 de agosto de 2020.
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As vacinas que estão sendo desenvolvidas são divididas nas seguintes categorias: Vírus
Inativo, composto pelo vírus inteiros não-vivos ou pedaços dele, suficiente para não multiplicar
e gerar imunidade contra; Vírus Atenuado Vivo, composto por vírus enfraquecido vivo, busca
resposta imunológica mais forte; Subunidade de Proteína, composto por fragmento do vírus,
busca desencadear uma resposta imunológica e estimular a imunidade; Baseado no DNA,
induzem uma variedade de tipos de resposta imunológica através da introdução do material
genético viral (DNA); Baseado no RNA, fornecem imunidade por meio da introdução do
material genético (RNA); Replicando o Vetor Viral, tem o intuito de produz cópias da proteína
viral, que desencadeia uma resposta imune; Vetor Viral Não-replicante, é semelhante a anterior,
porém o vírus é não replicante; Partículas Semelhantes a Vírus, se assemelham a vírus, mas
não são infecciosas; outras vacinas, onde sua característica ou detalhamento não se encaixa
com as já citadas. Na Figura 1(b) é apresentada a quantidade de vacinas contra a COVID-19,
referentes a cada categoria descrita anteriormente.
Das candidatas a vacina, se destacam devido ao nível de desenvolvimento mais avançado
as seguintes, de forma decrescente: Universidade de Oxford - AstraZeneca, Sinovac - Instituto
Butantan, Instituto Wuhan - Sinopharm, Instituto Beijing - Sinopharm, Moderna, BioNTech
- Fosun - Pfizer, CanSino Biologics, Instituto de Biologia Médica, Anhui Zhifei Longcom e
Novavax. Na Figura 1(a), é apresentada a divisão das principais candidatas a vacina contra a
COVID-19, separadas
Vacinas mais avançadaspor
paracategoria.
COVID-19 Vacinas mais avançadas para COVID-19
19 14
2 4
Vírus inativo
15
Vírus Atenuado Vivo
Subunidade de proteína
4 Vírus inativo
Baseado no DNA
Subunidade de proteína 24
66 Baseado no RNA
Baseado no RNA
Replicando o Vetor Viral
2 Vetor viral não-replicante
Vetor viral não-replicante
18
Partículas Semelhantes a Vírus
Outras vacinas
27 16
2
(a) Vacinas contra a COVID-19 mais avançadas. (b) Vacinas contra a COVID-19, separadas por
categorias.
1. Suscetível (S): constituída pelos indivíduos sadios que estão sujeitos a serem
contaminados pelo vírus da doença;
2. Infectado (I): formada pelos indivíduos que se contaminaram com a doença e estão aptos
a transmitir o vírus a outros indivíduos;
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αS(t)
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αS(t)
Figura 3- Processo de transmissão da COVID-19 com quatro classes compartimentais e com a inserção
da vacinação.
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dS(t)
dt
= αS(t) + εR(t) − σS(t)I(t) − λS(t) − βS(t);
dI(t)
dt = σS(t)I(t) − γI(t) − µI(t);
dR(t)
dt
= γI(t) − λR(t) − εR(t) − βR(t); (2)
dV (t)
dt = λ(S(t) + R(t)) − βV (t),
S(0) = S ; I(0) = I ; R(0) = R ; V (0) = V ,
0 0 0 0
(1 − α∆t + λ∆t + β∆t)Si − (1 − σIi−1 ∆t)Si−1 = εRi−1 ∆t;
(1 + γ∆t + µ∆t)I − (1 + σS ∆t)I = 0;
i i−1 i−1
(4)
(1 + λ∆t + β∆t)R i − (1 − ε∆t)Ri−1 = γIi ∆t;
(1 + β∆t)Vi − Vi−1 = λ∆t(Si + Ri ).
As condições iniciais e as constantes dos dois modelos são as mesmas, e foram construídos
com base nos dados publicados pelo Ministério da Saúde do Brasil (https://covid.saude.gov.br/)
até o dia 28 de agosto de 2020. Os parâmetros são dados pela Tabela 1 e as condições iniciais
são:
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Tabela 1- Valores dos parâmetros utilizados na simulação do modelo proposto, em dia−1 , baseados nos
dados divulgados pelo Ministério da Saúde do Brasil.
α 2890000
205721209·365
= 38488050 × 10−12
β 1279948
205721209·365
= 17045917 × 10−12
µ 119633
(I0 +R0 )·184
= 170846 × 10−9
R0
γ (I0 +R0 )·184
= 4208943 × 10−9
(I0 +R0 )
σ S0 ·I0 ·184
= 1171255 × 10−16
3/(σ·I0 ·184)
ε R0
= 5502466 × 10−12
λ 400000
S0 +R0
= 1916916 × 10−9
T 800
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Nesta seção, são exibidos os resultados numéricos dos dois modelos matemáticos descritos
nos sistemas de equações (1) e (2), modelos sem e com a vacinação, respectivamente.
Para as resoluções numéricas utilizamos o método de Diferenças Finitas Regressivas e 200
subintervalos. Buscamos prever a quantidade máxima de indivíduos infectados em cada um
dos dois modelos matemáticos e identificar qual o melhor cenário do processo de transmissão
da COVID-19 na população brasileira. As Figuras 4(a) e 4(b) representam o processo de
transmissão da COVID-19 na população brasileira sem e com a inserção da vacinação.
2.5e+08 2.5e+08
2e+08 2e+08
Numero de pessoas
Numero de pessoas
1.5e+08 1.5e+08
N
N
S
S
I
I
R
R
V
1e+08 1e+08
5e+07 5e+07
0 0
0 200 400 600 800 0 200 400 600 800
tempo (dias) tempo (dias)
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5. CONCLUSÃO
Decorrente das análises dos resultados numéricos, obtidos dos dois modelos matemáticos
apresentados neste trabalho, concluímos a importância de investimentos no desenvolvimento,
fabricação e campanhas de aplicação da vacina, visto que, a quantidade de infectados no modelo
matemático sem a inserção da vacinação na população é mais que o dobro comparado a esta
quantidade no modelo com a inserção da vacinação. Também mostramos o progresso de
transmissão da doença, em ambos os casos, enfatizando a importância dos métodos de controle
e prevenção da doença, principalmente enquanto não temos a ocorrência de campanhas de
vacinação contra a COVID-19.
Como trabalhos futuros, pretendemos continuar os estudos acerca dos dados dos indivíduos
infectados, recuperados, com e sem sequelas, e os mortos pela doença, a fim de aprimorar
os modelos expostos neste trabalho e ampliar para o cenário mundial. Também serão
desenvolvidos modelos epidemiológicos com a aplicação do método de Criptografia Totalmente
Homomórfica (FHE), visando a integridade dos dados acerca da doença.
REFERÊNCIAS
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São Paulo.
Abstract. The study and development of the application of vaccination against epidemiological
diseases has contributed to the eradication of several diseases and has prevented the decimation
of thousands of individuals. However, the vaccine against COVID-19 is still in the testing phase,
where the existence of effects and the immunity time of the disease are verified, a factor that
prevents the immediate application of the vaccine in the population. This work aims to present
the scenario after the insertion of vaccination in the Brazilian population, being constructed
and compared two mathematical models, without and with the insertion of vaccination. To
obtain the numerical solutions of the two models, we used the Finite Differences method,
realizing the importance of investments, tests and campaigns to apply the vaccine against the
disease in the population, avoiding the infection of individuals with the diseases, and sequelae
and mortality of those infected.
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1. INTRODUCTION
The dependence on fossil fuels generates several negative environmental effects, for this
reason it has become even more concerning the current global increase of energy demand.
Hence, it is necessary to improve energy use methods, mainly from renewable and universal
sources (Lee et al., 2010). An indispensable action is to make engineering projects feasible,
which consume as little electricity as possible, meeting the resulting social, economic and
environmental demands. Among the renewable energy sources are the wind, solar,
geothermal, hydroelectric and biomass (Bordoloi et al., 2018; Wu et al., 2010).
The sun is an inexhaustible source of heat and light, and part of that energy is absorbed
by the surface of the soil. This temperature gradient between the topsoil and the ambient air
enables the ground to store the energy during hot days, and deliver it to the environment on
cold days (Ramadan, 2016; Vaz et al., 2011). Earth-Air Heat Exchangers (EAHE) are systems
that operate based on this principle to assist in the thermal comfort of buildings. The
functioning of these devices is extremely simple and does not change according to the
geometry of the ducts. An air-flow is imposed in the inlet of the duct, which is buried in the
ground, and the temperature increases or decreases (Hermes et al., 2020).
In numerical analysis, the Computational Fluid Dynamics (CFD) area allows the analysis
of behavior in systems that involve fluid flow and heat transfer (Çengel & Cimbala, 2014;
Versteeg and Malalasekera, 2007). Among the commercial CFD packages, the ANSYS Fluent
has been used to numerically simulate and investigate the operational principle of EAHE in
several works found in the literature (e.g. Vaz et al., 2011; Brum et al., 2012; Lee et al., 2010;
Ramadan, 2016; Rodrigues et al., 2019). The Fluent software is based on the Finite Volume
Method (FVM), being this a discretization technique responsible to represent partial
differential equations in the form of algebraic equations (Versteeg & Malalasekera, 2007).
Regarding the EAHE installation, physical space issues are related to ducts arranged
mainly in horizontal (such as the Horizontal and T-shaped EAHEs). In addition, the assembly
of these ducts below buildings is restricted to projects under construction. Also, the
maintenance and the necessary excavations imply high costs (Patel & Ramana, 2016; Wu et
al., 2012). Moreover, soil properties at the installation site must be evaluated, since in places
with saturated soil the water table compromises deeper digging to install the horizontal
EAHEs (Liu et al., 2020).
Due to these problems, an alternative is the adoption of a Vertical EAHE, considering
that this equipment demands minimum space (Patel & Ramana, 2016). Also, it is possible to
employ manual tools to perform the drilling required for placing the ducts under the ground.
The gasoline drill and the hand auger are used for shallow perforations, and for the deeper
ones, the rotary and percussion drilling machines (Brito, 1999; Gunaratne & Manjriker,
2014).
Therefore, the present study aims to computationally model and evaluate performance
parameters of a Horizontal T-shaped EAHE (one inlet and two outlets), Vertical 3U-shaped
EAHE (three U-tube operating in series, with one inlet and one outlet), and compare their
results with the Conventional Horizontal EAHE (a straight duct, with one inlet and one
outlet). The required soil volume for installation, head loss of airflow, and thermal potential
were considered. As a case of study two cities placed in the state of Rio Grande do Sul, in the
south of Brazil, were considered: Viamão and Rio Grande. However, the city of Viamão was
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used only to validate the computational model with experimental data from Vaz et al. (2011).
Highlighting that all numerical simulations were performed through the Fluent software.
Standard Penetration Tests (SPT) provide information related to the soil, such as the size
of its layers, types, and also the water table depth. This current study used data provided by
SPT bulletins demonstrated in Vaz et al. (2011), and Hermes et al. (2020), which present
information about the soil in Viamão and Rio Grande, respectively. In Viamão the soil has
clayey characteristics (Vaz et al., 2011; Brum et al., 2013). In other hand for Rio Grande,
more specifically in the local of the Federal University of Rio Grande - FURG it has saturated
and sandy characteristics.
Figure 1 illustrates the geotechnical profiles of both cities, to a depth of 15 m along with
the properties of each layer. States such as density (ρ), thermal conductivity (k), and specific
heat (cp) were assumed as isotropic and homogeneous, as in Vaz et al. (2011) and Hermes et
al. (2020).
In its turn, the air thermo-physical properties were assumed as constant values and in
agreement with Brum et al. (2013); Lee et al. (2010) and Vaz et al. (2011). Being: ρ = 1.16
kg/m³; cp = 1010 J/kg.K; k = 0.0242 W/m.K; and ν, which is the absolute viscosity,
equivalent to 1.7894×10-5 kg/m·s.
Using the software Solid Edge, parallelepipeds that represent the soil were drawn. The
dimensions of these blocks varied according to the type of EAHE to be simulated (Fig. 2). As
presented by Rodrigues et al. (2015a), a distance of 2.0 m (in plan) must be maintained
between the ducts and the walls of the computational domain. This is done to avoid
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interference in the results caused by boundary conditions in the walls. In addition, the size and
diameter of the ducts were based on the total length of Vertical 3U-shaped EAHE operating in
series as presented in Vaz et al. (2020). Thus, the Conventional Horizontal and T-shaped
EAHE were built with a total dimension of 18.0 m each, and diameter d = 0.05 m.
Concerning the soil height of 15 m adopted for the computational domains, this is a
recommendation of Vaz et al. (2011) and also used in other works (such as Brum et al., 2012;
Rodrigues et al., 2019; Hermes et al.; 2020).
Regarding the Conventional Horizontal and the Horizontal T-shaped EAHE simulations,
those were considered buried at a depth equivalent to 2.0 m, which provides the best results as
presented in Hermes et al. (2020) for the city of Rio Grande. It is important to highlight that
for the T-shaped EAHE (Fig. 2b) the chosen length of the main (L0) and each of the bifurcated
branches (L1) was: L0 = 0.93 m and L1 = 6.53 m. Such values satisfy the L1/L0 = 7 ratio,
which generates a better relation between head loss and thermal efficiency in Rodrigues et al.
(2019).
Regarding the 3U-shaped arrangements the height of each the U-tube is equal to 3.0 m to
facilitate the installation in saturated soil regions (Vaz et al., 2020). The distance between the
straight sections in each U-tube (see Fig. 2c) was chosen as 0.4 m to reduce the influence of
heat transfer from one stretch to the other (Lee et al., 2010). While the spacing between each
of the U-tubes is 1.0 m to facilitate the installation of the three equipment in series.
It is important to highlight that to validate the numerical model a very similar domain to
the Conventional Horizontal EAHE shown in Fig. 2a, was considered. Although with
some changes subsequently presented in section 2.5.
Furthermore, to discretize the computational domains presented in Fig. 2, the Meshing
Tool, which is available on the ANSYS Workbench, was adopted for the mesh generation.
The spatial discretization was done by tetrahedral elements with sizes equivalent to three
times the diameter of the EAHE duct for the soil, and the diameter divided by three for the
flow domain (Rodrigues et al., 2015b).
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Based on several references, such as Vaz et al. (2011), Brum et al. (2012); Rodrigues et
al. (2018); Hermes et al. (2020), the duct thickness was disregarded to avoid mesh generation
issues. This simplification can only be assumed due to the small thickness of the pipes in
these installations (Ascione et al., 2011).
The transient air flow in the ducts, and the heat diffusion along the soil layers were
described with the time-averaged conservation equations of mass, momentum and energy
(Bergman et al., 2011; Çengel & Cimbala, 2014). Also, the equations of the Reynolds
Average Navier-Stokes (RANS) k-𝜀 turbulence model (Versteeg & Malalasekera, 2007), were
employed and solved by the software Fluent The transient pressure-based solver was used to
obtain the convergence of the simulations. In order to control the instabilities of advective
terms the Upwind scheme was used, and the residuals for the energy equation equivalent to
1×10-6, while for the rest it was 1×10-3. The number of time steps for all simulations was
17520, each one with the size of 1 h (3600 s). This value represents two simulated years,
being the first one discarded because according to Brum et al. (2013), the results in the first
twelve months are jeopardized by the initial established conditions.
As in Vaz et al. (2011), the initial conditions specified in all cases consisted of 3.3 m/s,
which is the velocity assumed for the airflow at the inlet of the duct, and 18.1°C as the initial
temperature of the simulation domain (which is the average soil temperature reached 15 m
deep) . The air inlet and soil surface temperatures along the year were obtained in distinct
ways for each case of study. In Viamão these values were set as a function fitted as of
experimental data from the year of 2007, presented in Vaz et al. (2011). For Rio Grande they
were considered as in Hermes et al. (2020); being the temperature variations from the year of
2016 and acquired with a project called ERA-Interim/LAND, developed by the European
Center for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF). This project is indicated by many
studies in the literature, such as Namaoui et al. (2017) and Qin et al. (2016), due to its
accurate results.
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Table 1 shows the values of required soil volume for installations, which are calculated
by multiplying the dimensions of the soil in each of the simulated domains (see Fig. 2). The
height value H was kept constant, while the length L, and the width W varied as previously
presented by Section 2.2. One can observe that the volume of soil occupied by the Vertical
3U-shaped EAHE is quite reduced when compared to the Conventional Horizontal EAHE,
with 60% reduction in the portion of soil. On the contrary, the Horizontal T-shaped
installation demands about 15.6% more soil than the installation adopted as reference.
Defined as the necessary increase of height that must be applied to the fluid due to
frictional forces from the flow (Çengel & Cimbala, 2014). The total head loss Eq. (1), is given
by a sum of the losses in the straight sections of the ducts, and minor losses related to the
accessories that change the flow direction.
𝑉
ℎ , = 𝑓𝐿 (1)
2𝑔
where: ℎ , represents the total head loss in meters, 𝑓 is the friction factor, 𝐿 is the
equivalent length of straight duct plus the localized losses, 𝑉 is the average velocity of the
flow, and 𝑔 the acceleration of gravity.
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The friction factor f was obtained in the Moody Chart. It is a function of the Reynolds
number Re and the relative roughness related to the flow (Çengel & Cimbala, 2014). The f
and the Re values are equal to 0.03034 and 10696.3, respectively, in all cases, except for the
bifurcated branches in the T-shaped EAHE, due to airflow division. However, in these
branches f is 0.03668 and the Re is 5348.2, number which as well as the former also
characterizes the airflow as turbulent.
Concerning the localized losses due to curves and bifurcations in the airflow, their values
of equivalent length were considered based on Macintyre (2017). The Conventional
Horizontal EAHE is constituted by two 90° elbows that represent 3.4 m each, which are
located in the inlet and outlet sections. In the Horizontal T-shaped EAHE case, only one of
the bifurcated branches is considered in the head loss. For this reason, beyond the two 90°
elbows there is a T-shaped 90° bilateral outlet, which has an equivalent length of 7.6 m. The
curves in the Vertical arrangement were considered in two ways due to their sizes: two
elbows of 90° connected by a straight duct of 0.35 m for the union of the sections in each of
the U-tubes, and two curves of 90° (equal to 1.3 m each) connected by a duct of 0.32 m
between one exchanger and another. The sum of the equivalent length in the localized losses
(𝐿 ), and the length of the straight duct sections (𝐿 ) is equal to the 𝐿 .
Table 2 shows the total head loss of the installations. One can note that when compared
to the Conventional Horizontal EAHE (adopted as reference), the Horizontal T-shaped device
present a significant drop in head loss (almost 30%). Nonetheless, the Vertical 3U-shaped
EAHE gives an increase of 61.9%, due to its many curves along the flow.
*For the Horizontal T-shaped there are two 𝐿 due to the bifurcation in the airflow. The Re
has a lower value in the bifurcated branch, and therefore the value of f is different. Because
of that, in this installation the head loss is measured by the sum of two parcels.
Defined as the temperature difference between the inlet and outlet of the EAHE, the
thermal potential TP can be measured in different periods of time (Rodrigues et al., 2019).
Table 3 presents the best average monthly thermal potentials for heating and cooling
conditions.
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The best thermal potentials of heating and cooling were reached in the same month for
all devices, being June and February, respectively. Additionally, from Tab. 3 it is possible to
infer a good level of concordance among the values of TP. It is also important to note that
only one outlet was considered in the case of the T-shaped EAHE. Because of that, this
equipment is able to serve two buildings with practically the same outcomes.
As it will be subsequently presented in Section 3.4, the average value of the thermal
potential in the entire simulated year was used to normalize this parameter and reach the
overall performance of the EAHEs.
A vector analysis was performed to compare the three functional parameters previously
presented and with that find the ideal geometric configuration. The processes of normalization
for the occupied soil volume, head loss, and thermal potential were done, respectively, as
follows:
𝑉
𝑉 = (2)
𝑉
ℎ
ℎ =
ℎ (3)
𝑇𝑃
𝑇𝑃 = (4)
𝑇𝑃
being: 𝑉 the soil volume occupied, ℎ the head loss, and 𝑃𝑇 the thermal potential. The
subscripts 𝑁, 𝐼, 𝐻, represent the normalized value, the installation of analysis, and the
installation of reference, in that order.
Besides that, it is desirable that the thermal potential of the Horizontal T-shaped or the
Vertical 3U-shaped devices be the same or superior when compared to the Conventional
Horizontal EAHE. For this reason, 𝑃𝑇 ≥ 1, and to enable the comparison with the other two
parameters the value was assumed as:
1
≤1 (5)
𝑇𝑃
In addition, it is possible to infer that the occupied volume soil, and the head loss are
parameters that must be the same or inferior regarding the Conventional Horizontal EAHE.
Hence, 𝑉 ≤ 1, and ℎ ≤ 1.
With the normalized values, the module of the vector |𝑣| was calculated by Eq. (6)
(Steinbruch & Winterle, 1987). The lowest vector magnitude represents among the three
EAHE installations evaluated the one with the better performance considering in concomitant
way the three adopted performance parameters. In other words, the best EAHE installation is
the one is closer the origin of the coordinate system.
1
|𝑣| = (𝑉 ) + (ℎ ) + (6)
𝑇𝑃
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From Fig. 4, one can note that the Conventional Horizontal EAHE with |𝑣| = 1.73 has
the better overall performance; followed by the Horizontal T-shaped EAHE which achieved
|𝑣| = 1.74. The worst overall performance among the studied cases was the Vertical 3U-
shaped EAHE with |𝑣| = 2.03.
4. CONCLUSIONS
Acknowledgements.
The project was supported by FAPERGS (Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande
do Sul), by the financial support (Edital 03/2019 - Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação Científica e de Iniciação Tecnológica e Inovação – PROBIC/PROBITI and Edital
02/2017 - Pesquisador Gaúcho, process 17/2551-0001-111-2). L. A. O Rocha, E. D. dos
Santos and L. A. Isoldi also thank to CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico, process 307791/2019-0, 306024/2017-9, and 306012/2017-0,
respectively) for their research grants.
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1. INTRODUÇÃO
As redes de computadores são essenciais, sendo utilizadas em quase todo lugar e por
muitas pessoas. Por outro lado, o desenvolvimento de novas tecnologias que melhoram o
desempenho das redes IP tradicionais é dificultado, visto que elas são constituídas por
dispositivos de encaminhamento de tráfego que geralmente são compostos por software
fechado e hardware proprietário. A configuração de regras na rede é individual para cada
dispositivo, na qual os usuários utilizam comandos de gerenciamento que são específicos de
cada fabricante. Isto dificulta a evolução das tecnologias utilizadas nas redes, tornando-as
engessadas (Cardoso et al., 2017).
As Redes Definidas por Software (Software Defined Networking - SDN) podem auxiliar
no enfrentamento de problemas de gerenciamento das redes IP atuais. As redes SDN são
caracterizadas pela separação do plano de dados e de controle, sendo que a lógica de
encaminhamento de pacotes é centralizada no plano de controle. A estrutura das redes SDN é
formada por três componentes principais: plano de dados associado aos comutadores no nível
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mais baixo; plano de controle no nível intermediário; e plano de aplicação no nível mais alto.
A comunicação entre controladores e o plano de dados é realizada via interface southbound,
localizada nos comutadores. A comunicação entre aplicações de rede e controladores é
mantida pela interface northbound, localizada no plano de controle. O plano de dados atua
apenas no encaminhamento de pacotes. Isto possibilita que os comutadores se tornem
dispositivos mais simples. O controlador é o responsável pelas decisões a serem tomadas,
construindo e renovando a tabela de fluxos. O controlador também pode ser considerado um
sistema operacional de rede que possui sua visão global, podendo estar disposto local ou
remotamente (Cardoso et al., 2017). O administrador não necessita configurar os dispositivos
de rede individualmente sendo que as decisões de roteamento e encaminhamento são
implementadas através do controlador (Kokila, 2014). As decisões tomadas pelo controlador
são reguladas por softwares específicos instalados no plano de aplicação. São exemplos de
rotinas de software: métodos de segurança, gerência de QoS, engenharia de tráfego e soluções
para medição e monitoramento de rede (Masoudi & Ghaffari, 2016). As alterações na lógica
da rede são realizadas pelos controladores (Bisol et al., 2016). A adoção do paradigma SDN
facilita a introdução de novas técnicas de gerenciamento que podem ser implementadas a
partir da análise do tráfego da rede. Uma das atividades importantes nessa análise é a
classificação do tráfego.
De acordo com Zhang et al. (2013), a classificação do tráfego de rede (Traffic
Classification - TC) visa classificar os fluxos de tráfego por seus aplicativos de geração. Ela
pode desempenhar um papel importante na segurança e gerenciamento da rede, como controle
de qualidade de serviço (QoS), interceptação legal (LI) e detecção de intrusão. A classificação
de tráfego e a caracterização de aplicações de rede estão se tornando cada vez mais
importantes para aplicações de engenharia de tráfego, monitoramento de segurança e
qualidade de serviço (QoS) (Fan & Liu, 2017).
Os métodos de classificação de tráfego fazem a análise dos dados que trafegam na rede
para se obter o tipo de tráfego (classe) correspondente ao fluxo analisado. Eles podem ser
baseados em números de porta, payload e técnicas de machine learning. No passado, a
classificação baseada em número de portas foi uma das técnicas mais usadas e bem-sucedidas,
pois muitas aplicações usavam números fixos atribuídos pela Internet Assigned Numbers
Authority - IANA. Esse tipo de classificação depende de aplicativos que mapeiam os números
de porta conhecidos. Infelizmente, com o passar do tempo as técnicas de classificação
baseadas em números de portas se tornaram imprecisas e algumas limitações se tornaram
obvias. Surgiu um alto número de aplicações que não possuem números de porta registrados e
muitas delas utilizavam mecanismos dinâmicos de negociação de portas para se esconderem
de firewalls e ferramentas de segurança de rede. (Fan & Liu, 2017; Amaral et al., 2016).
A classificação baseada em inspeção de payload, também conhecida por Deep Packet
Inspection - DPI é uma das técnicas mais utilizadas (Amaral et al., 2016). Os sistemas de DPI
utilizam de assinaturas predefinidas de pacotes ou fluxos para descobrir a qual tipo de tráfego
o pacote ou fluxo pertence. Como os métodos baseados em payload, como o DPI, necessitam
examinar o payload de cada um dos pacotes, às vezes há alguns problemas, no caso das leis
de privacidade e criptografia que podem levar a um payload de tráfego inacessível. Além
disso, o DPI possui altos custos computacionais e requer manutenção manual de assinaturas
(Fan & Liu, 2017).
Os métodos de classificação baseados em aprendizado de máquina (Machine Learning)
podem superar algumas das limitações de abordagens baseadas em porta e payload. Mais
especificamente, as técnicas de aprendizado de máquina podem classificar o tráfego da
Internet usando estatísticas independentes do protocolo da aplicação, como duração do fluxo,
variação do comprimento do pacote, tamanho máximo ou mínimo do segmento, tamanho da
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janela, tempo de ida e volta, e tempo de chegada de pacotes. Além disso, pode levar a custos
computacionais mais baixos e identificar o tráfego criptografado (Fan & Liu, 2017). A
classificação do tráfego pode ser realizada usando aprendizado supervisionado ou não
supervisionado. No aprendizado supervisionado, é necessário obter conjuntos de dados de
treinamento rotulados, algo que pode ser um empecilho em redes de computadores devido à
dificuldade em obter amostras de fluxo de rede anotadas com precisão em uma ampla gama
de aplicações e na taxa em que novas aplicações podem aparecer. Já, o aprendizado de
máquina não supervisionado é normalmente usado para tarefas de clustering, no qual os
algoritmos agrupam os dados em diferentes clusters de acordo com as semelhanças nos
valores dos recursos, sendo, o objetivo, encontrar relacionamentos desconhecidos nos dados,
encontrando padrões de similaridade entre as várias observações (Amaral et al., 2016). A
classificação do tráfego realizada neste trabalho utiliza o aprendizado supervisionado. Mais
especificamente, são utilizados a rede neural artificial do tipo MLP (Multilayer Perceptron) e
o SVM (Support Vector Machine).
As redes MLP possibilitam a resolução de problemas complexos não possíveis de serem
resolvidos por um único neurônio. Os neurônios da camada escondida são muito importantes
na rede MLP. Sem eles é impossível a resolução de problemas não linearmente separáveis
(Ferreira, 2004). Nas redes MLP, cada uma das camadas tem sua função específica. Assim,
cada neurônio calcula uma soma ponderada das entradas e a passa na forma de uma função
não-linear limitada. Em nível de mesoestrutura, tem-se duas ou mais camadas com conexão
feedforward (Vieira & Bauchspiess, 1999). Pode-se afirmar ainda que com a adição de uma
ou mais camadas intermediárias (ocultas), o poder computacional de processamento não-
linear e de armazenamento da rede é aumentado. O conjunto de saídas dos neurônios de cada
camada intermediária é utilizado como entrada para a camada posterior.
O SVM foi desenvolvido por Vapnik (1995), a partir dos estudos de Vapnik e
Chervonenkis (1971) e Boser et al. (1992). A classificação através da SVM consiste na
separação ótima de um grupo de dados, independentemente da sua dimensionalidade, através
de um problema de programação quadrática que permite boa generalização (Vapnik, 1998).
Esse processo faz com que a SVM encontre um mínimo global na superfície de custo,
podendo ser considerado como uma vantagem do método (Haykin, 2001).
O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo comparativo do SVM com os algoritmos
L-BFGS (Limited-Memory Broyden-Fletcher-Goldfarb-Shanno) e ADAM da Rede Neural
Artificial do tipo MLP para a classificação do tráfego entrante em uma topologia SDN.
As próximas seções deste artigo são organizadas da seguinte maneira: na seção 2 são
apresentados os trabalhos relacionados. Na seção 3 fez-se estudo do modelo de coleta e
classificação do tráfego. Na seção 4 exibem-se os resultados obtidos com os experimentos, e
em seguida, são apresentadas as conclusões sobre o trabalho.
2. TRABALHOS RELACIONADOS
Na literatura existem pesquisas propondo a implementação da classificação de tráfego em
redes de computadores. Algumas propostas utilizam redes SDN e algoritmos de Machine
Learning. Breves descrições de algumas destas propostas são apresentadas a seguir.
Parsaei et al. (2017) configuraram uma rede SDN com um comutador, um controlador e
dois hosts. Eles fizeram um estudo dos algoritmos MLP, NARX (Non-linear Autoregressive
Exogenous Multilayer Perceptron with Levenberg-Marquardt) e NARX (Non-linear
Autoregressive Exogenous Multilayer Perceptron with Naïve Bayes) sobre a arquitetura SDN
selecionada. Os resultados obtidos pelos algoritmos com relação a acurácia foram: 97% para a
MLP, 97% para o NARX (Non-linear Autoregressive Exogenous Multilayer Perceptron with
Levenberg-Marquardt) e 97,6% para o NARX (Non-linear Autoregressive Exogenous
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Multilayer Perceptron with Naïve Bayes). O desempenho dos algoritmos foi parecido, com
leve superioridade do NARX (Non-linear Autoregressive Exogenous Multilayer Perceptron
with Naïve Bayes). Como trabalhos futuros eles propuseram implementações em diferentes
plataformas de dispositivos (iOS, Windows, Linux) e detecção de fluxos pertencentes a novas
aplicações que não fazem parte do classificador treinado.
Xu et al. (2018) implementaram um algoritmo de Deep Learning que utiliza apenas o
recurso de tráfego baseado no tempo. As simulações foram realizadas no Mininet, propondo
um mecanismo que faz a colaboração entre o algoritmo de Deep Learning e a rede SDN para
realizar um gerenciamento inteligente de recursos de rede. No experimento, o modelo de
classificação proposto utilizou as Redes Neurais Profundas (Deep Neural Networks - DNN) e
eles definiram a duração dos fluxos como 5, 10, 15 e 30 segundos. O Tensor Flow e o scikit-
learn foram usados para executar os experimentos. Para a comparação foram selecionados o
K-Nearest Neighbors - KNN, Support Vector Machine - SVM e o Decision Tree, sendo que o
DNN obteve melhor precisão com duração acima de 15 segundos. Como trabalhos futuros, a
ideia é de realizar melhorias no artigo e a discussão da implementação da Virtualização das
Funções da Rede.
Zhai & Zheng (2018) propuseram uma versão do Random Forest para classificação de
Tráfego. Eles fizeram a comparação do algoritmo proposto com outros dois algoritmos, o
Logistic Regression e o Support Vector Machine (SVM). Neste trabalho foi constatado que os
resultados do Random Forest foram relativamente melhores, com 98% de acurácia, enquanto
que o Logistic Regression obteve 88% de acurácia e o SVM obteve 91%. No trabalho optou-
se por um método, no qual a coleta de dados não é realizada em tempo real. Esta proposta foi
deixada para trabalhos futuros.
Bakker et al. (2019) relata a experiência em uma rede SDN ativa, utilizando métodos de
Machine Learning para classificação de Tráfego. Este trabalho avaliou cinco classificadores:
Random Forest; Quadratic Classifier (Qda); Naive Bayes;k-Nearest Neighbors (kNN); e
Support Vector Machine (SVM). Nesta pesquisa foi adotado um método próximo a
comparação entre uma rede SDN offline e uma rede SDN online. Primeiro eles estabeleceram
um valor de referência padrão para os cinco classificadores e os utilizaram para comparar com
os classificadores selecionados. Os classificadores foram testados em modo passivo e ativo,
sendo que a acurácia média no modo passivo diferiu do padrão de referência entre 6,9% -
11,2%, enquanto a acurácia no modo ativo está mais próxima do padrão de referência 6,2% -
8,3%. A acurácia de cada classificador no modo ativo ficou entre 91% e 93%, e a acurácia dos
classificadores em modo passivo ficou entre 89% e 92%.
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Ativo - CSa também é um jogo de tiro em primeira pessoa que simula quando o usuário está
ativo. O CounterStrike Inativo - CSi é um jogo de tiro em primeira pessoa que simula quando
o usuário está inativo. O tráfego Web simula aplicações web e o Vídeo, aplicações de vídeo.
3.2 Seleção dos atributos e definição das amostras de treinamento e testes
No programa de medição de tráfego utilizou-se a biblioteca pandas (Pandas, 2020) para o
processamento dos dados. Ao final do processamento foi gerado um arquivo, contendo as
informações de duração do fluxo de tráfego, vazão, quantidade de pacotes transmitidos,
quantidade de pacotes por segundo, atraso médio e jitter médio. Esse arquivo de medição foi
utilizado pelos algoritmos de classificação. Os atributos foram selecionados com base no
trabalho de Ding et al. (2013). A topologia SDN ficou em funcionamento durante 1 hora,
sendo que cada medição do tráfego teve duração de 10 segundos, sendo obtidas trezentos e
sessenta (360) amostras de medições de cada tipo de tráfego. Para o treinamento dos
algoritmos SVM e MLP foram utilizadas setenta e cinco por cento (75%) das amostras de
medições enquanto que vinte e cinco por cento (25%) foram utilizados para a execução dos
testes.
3.3 Implementação dos algoritmos de Classificação
Os algoritmos implementados nesta fase do trabalho foram o SVM e a RNA do tipo MLP
com os algoritmos ADAM e LBFGS. Posteriormente, na continuação do trabalho, pretende-
se selecionar novos métodos de classificação para se efetuar testes e comparações. As
entradas das topologias dos algoritmos de classificação são os valores do delay médio, jitter
médio, bytes recebidos, vazão e taxa de pacotes média. As saídas são as classes de medição de
tráfego identificadas. As redes MLP com os algoritmos ADAM e LBFGS utilizaram taxa de
aprendizado adaptativa e foram configuradas com três (3) camadas escondidas, sendo que
cada uma delas contêm cento e quarenta e quatro(144) neurônios. No SVM, para os
parâmetros C e gamma foram adotados o valor cem (100). O parâmetro C é a complexidade
do modelo e gamma define a relevância dos dados mais próximos a fronteira de separação. Os
algoritmos foram implementados utilizando a linguagem Python e a biblioteca Scikit-learn.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nesta seção são apresentados os resultados da classificação do tráfego com a utilização
dos algoritmos SVM e MLP. Os algoritmos de classificação foram avaliados considerando-se
a acurácia, precisão, revocação, F1-score. Nesta fase do trabalho, foi definido que cada um
dos algoritmos fosse executado 10 (dez) vezes, mas posteriormente serão realizadas analises
para verificar qual seria a quantidade ideal de execuções. A Figura 3 apresenta os resultados
da Acurácia obtidos pelos algoritmos SVM e MLP com LBFGS e ADAM.
100
90
Acurácia (%)
adam
80
lbfgs
70
svm
60
50
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Execuções
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Analisando a acurácia dos algoritmos selecionados pode-se afirmar que o algoritmo SVM
obteve melhores resultados, seguido da rede neural MLP com ADAM e da rede neural MLP
com o LBFGS.
A Figura 4 apresenta os resultados do F1-Score por classe obtidos pela Rede MLP com
ADAM.
100
Quake3
90 Video
Precisão (%)
80 Csi
70 Csa
60 Telnet
Web
50
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 VOIP
DNS
Execuções
Figura 4 – F1-Score por classe quando utilizado a Rede Neural MLP com ADAM
Pode-se observar na Figura 4 que as classes Csi, Csa, Telnet, Web, Voip e DNS
alcançaram excelentes resultados, enquanto que as classes Quake3 e Vídeo obtiveram
respectivamente o F1-Score médio de 80,5% e 88%.
A Figura 5 apresenta os resultados do F1-Score por classe obtidos pela Rede MLP com
LBFGS.
100
Quake3
90
Revocação (%)
Video
80 Csi
70 Csa
60 Telnet
Web
50
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 VOIP
DNS
Execuções
Figura 5 – F1-Score por classe quando utilizado a Rede Neural MLP com LBFGS
Pode-se observar na Figura 5 que as classes Csi, Csa, Web e DNS alcançaram resultados
próximos a cem por cento (100%), enquanto que a classe Quake3, Vídeo, Telet e Voip
obtiveram respectivamente o F1-Score médio de 64,3%, 87,9%, 94,2% e 96,1%.
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100
Quake3
90 Video
F1-Score (%)
80 Csi
70 Csa
60 Telnet
Web
50
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 VOIP
DNS
Execuções
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Tabela 2 - Valores médios da Acurácia, Precisão, Revocação e F1-Score dos algoritmos SVM
e MLP com LBFGS e ADAM.
5. CONCLUSÃO
O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo comparativo dos algoritmos SVM e MLP
usando ADAM e LBFGS para classificação de tráfego entrante em uma rede SDN. Foi
apresentado um modelo de coleta e classificação do tráfego para a topologia SDN proposta.
A ferramenta D-ITG foi utilizada para a geração de tráfego entrante na rede. Através dos
dados coletados pelo tcpdump e processados pelo programa de medição foi construído um
arquivo com os padrões de treinamento e testes utilizados pelo SVM e pela MLP usando
ADAM e LBFGS. Os desempenhos dos classificadores foram avaliados levando em conta os
valores da acurácia, precisão, revocação e F1-score. Verificou-se que o SVM obteve os
melhores resultados.
Uma limitação deste trabalho refere-se ao fato de não terem sido registrados os tempos de
treinamento e testes dos algoritmos de classificação avaliados. Estas informações são
importantes para avaliar a viabilidade da aplicação destes algoritmos numa topologia de rede
real.
Como trabalho futuro pretende-se identificar outras técnicas de classificação existentes na
literatura visando a comparação com os algoritmos utilizados neste trabalho. Como exemplo,
pode-se citar C4.5, Naive Bayes, Bayes net e ELM. Serão implementadas também funções
para registro dos tempos de treinamento e testes dos algoritmos de Classificação. Finalmente,
os classificadores serão testados em um cenário do mundo real com a utilização de uma
topologia SDN formada por um maior número de comutadores e hosts.
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Conference on Cloud Computing, Big Data and Blockchain (ICCBB), Fuzhou, China, 2018, pp. 1-5.
Abstract. The adoption of Software Defined Networks, facilitates the creation of new
techniques that can improve the management of current networks. As the SDN is defined by
the separation of the data and control plan, the routing logic is centralized in controllers,
which have a view of a large part of the network, or even global when they are used together.
Based on the classification of the incoming traffic flow, security policies, QoS control and
traffic engineering can be implemented, aiming at improving the network management. The
objective of this work was to carry out a comparative study of the SVM and MLP algorithms
using ADAM and LBFGS to classify incoming traffic in an SDN network. The classifiers'
performances were evaluated taking into account the values of accuracy, precision, recall
and F1-score. It was found that the SVM obtained the best results.
Keywords: Software Defined Networks, SDN, Artificial Neural Networks, MLP, SVM, Traffic
Classification
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Palmas - TO
Resumo. A extração de óleos essenciais por CO2 como fluido supercrítico é uma tecnologia
verde, a qual tem chamado a atenção da indústria mundial. O Brasil é um dos maiores
produtores de suco de laranja. O resíduo da produção do suco engloba a casca da fruta,
insumo onde se concentra uma quantidade substancial de óleos. O presente trabalho visa
realizar uma avaliação econômica classificada como “de estimativa” do processo de
extração com CO2 supercrítico do óleo essencial de laranja. Através de curvas cinéticas de
extração em escala piloto consultadas na literatura, foram calculados os parâmetros de
“scale-up” do processo. Foi realizado o cálculo do custo de manufatura do processo de duas
plantas de processamento de 10 e 3 toneladas de laranja. Para avaliação do gasto com
utilidades (vapor de aquecimento e fluido de resfriamento), foram realizadas simulações com
o “software” UniSim Design. Os resultados mostraram que quanto maior o tamanho do
empreendimento, menor o custo de manufatura. Contudo, um maior investimento inicial será
necessário para a compra dos equipamentos da planta. Processar 10 ou 3 toneladas de
laranja mostra-se viável sob o ponto de vista da margem bruta, podendo o empreendedor
lucrar até US$ 37,21 por tonelada de óleo produzido.
1. INTRODUÇÃO
A extração por fluido supercrítico de compostos bioativos é uma técnica efetiva e rápida.
Seu emprego têm crescido na indústria por poder evitar o uso de solventes tóxicos. O dióxido
de carbono (CO2) é o solvente ideal para esta extração quando os compostos de interesse são
de baixa polaridade. O CO2 é não-explosivo, não-tóxico e fácil de purificar após a extração
(KNEZ et al., 2019) .
A incorporação do uso de subprodutos da indústria alimentícia para a produção de
óleos essenciais de alta qualidade a partir de sementes e cascas pode aumentar o valor de
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mercado da empresa. Isto porque muitos destes óleos têm perfis lipídicos que são similares
aos tradicionalmente consumidos e também são fontes alternativas de compostos bioativos
(SANCHO et al., 2015). No Brasil, a indústria alimentícia e a de produção agrícola são a
principal fonte da economia do país. A indústria alimentícia é a que gera mais resíduos a
serem descartados. No mundo, aproximadamente 55 milhões de toneladas de resíduo de suco
de laranja são produzidos e o Brasil lidera a produção deste resíduo (OKINO DELGADO;
FLEURI, 2016). Estima-se que das 70 mega toneladas de laranja produzidas no mundo
anualmente, de 50 a 60% do peso total da fruta seja referente à casca (OZTURK;
WINTERBURN; GONZALEZ-MIQUEL, 2019).
Em virtude do que foi apresentado, o objetivo geral do presente trabalho foi realizar uma
estimativa do custo de manufatura (COM, cost of manufacturing), em escala industrial, do
processo de extração supercrítica do óleo de casca de laranja.
2. METODOLOGIA
O gasto com energia elétrica pode ser calculado através do informe da potência dos
equipamentos, seu tempo de funcionamento e o custo $/ kWh. O custo de matéria-prima
(CRM) é calculado a partir da informação da quantidade total de matérias-primas utilizadas no
processo como um todo, como solventes, reagentes químicos etc. Enfim, o custo de
tratamento de resíduos (CWT) representa a estimativa do total gasto com o tratamento de cada
um dos resíduos sólidos, líquidos ou gasosos liberados.
O estudo do processo de extração em estado estacionário do óleo essencial da laranja
Citrus Sinensis foi realizado o simulador de processos UniSim Design. O uso do simulador de
faz necessário para a contabilização dos gastos com vapor e fluido de resfriamento, itens
indispensáveis para o cálculo do CUT.
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Na indústria brasileira, o suco de laranja é extraído da fruta inteira sem que haja
descascamento, em extratores tipos mandril ou tipo espremedor (PEREIRA et al., 2018).
Portanto, para que haja a alocação de uma unidade de extração supercrítica do flavedo, o
mesmo deve ser separado da fruta, anteriormente à extração.
A separação do flavedo pode ser realizada utilizando-se um ralador ou descascador
industrial, anteriormente à obtenção do suco. Para realização deste trabalho, considerou-se a
compra descascador LXZZJ-10 (XINXIANG, 2019), cotado em US$15000 (valor cotado em
dezembro de 2019). Tal equipamento, segundo o fabricante, tem um motor de potência de 15
kW e capaz de processar até 10 toneladas por hora de laranja.
Usando o valor atual do CEPCI, os dados de custo puderam ser ajustados pela inflação.
O CEPCI utilizado foi de 603,1 (valor para 2018). Outros dados necessários para determinar
os custos de material e energia foram obtidos nos fluxogramas simulados no UniSim. O
material de construção de todos os equipamentos foi aço inoxidável.
Somando-se a incerteza associada aos custos, adotação de equações de estado e a
ausência de maiores detalhes sobre tubulações e acessórios, a avaliação econômica realizada é
classificada como “de estimativa”, com estimativas precisas na faixa de + 40% a –25%.
(TURTON et al., 2012). O tempo de operação foi fixado em 24 h por dia durante 320 dias por
ano (ALBUQUERQUE; MEIRELES, 2012; SANTANA et al., 2017). O custo da terra foi
considerado nulo, tendo em vista que esta proposta visa à construção de uma pequena unidade
anexa à indústria de produção de suco. As eficiências das bombas foram assumidas em 75%.
Vapor foi usado como meio de aquecimento e a etilenoglicol foi o meio de resfriamento. Foi
considerada a contratação de 3 funcionários para a fiscalização da planta (1 por turno).
C FM FT CB (2)
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P
H (3)
Os modelos possíveis cotados por Couper, Fair e Penney (2005) têm uma potência
máxima permitida. A potência de uma bomba centrífuga ( ) pode ser estimada como função
de sua eficiência (η) pela Eq. (4) (SILVA, 2010):
VH
w (4)
Q
A (5)
UFTm
Na qual F é um fator de correção que depende do número de passes. Neste estudo foi
utilizado F = 1, pois não se trata de um modelo de escoamento misto. é igual à média
logarítmica da temperatura. O valor de U pode ser estimado via correlações ou mesmo
consultado em literatura técnica especializada.
Vasos Extrator: Para estimar a quantidade de material passível de ser carregada no vaso
de extração perfeitamente cilíndrico, faz-se necessário calcular/estimar/medir a densidade
aparente do flavedo seco. Considerando-se a densidade aparente como sendo de 0,5 g.cm-³
(CHEGINI; GHOBADIAN, 2007), é possível estimar-se tamanhos razoáveis para o extrator.
Para um tempo de enchimento de 30 minutos e taxa mássica de flavedo de 0,6 (Projeto 1) ou
2 t/h (Projeto 2), obtém-se o volume do extrator.
Para o cálculo da composição das correntes de extrato e rafinado adotou-se as
considerações descritas a seguir. Realizando-se a extração a 40 °C e 200 bar, considerou-se
para o scale up que a razão vazão de solvente (S) por vazão de alimentação (FAL) igual a 10
(BERNA et al., 2000) para um processo controlado pela transferência de massa externa.
Segundo as curvas cinéticas de extração consultadas, a temperatura e pressão informadas,
para S/FAL=10, é possível obter 0,08 toneladas de extrato por tonelada alimentada de flavedo
Neste projeto foi considerado que o vaso é perfeitamente cilíndrico com uma proporção
de altura/diâmetro (L/D) de 4,5 por razões econômicas (DEL VALLE, JOSÉ M.; NÚÑEZ;
ARAVENA, 2014). A partir de um valor conhecido “1” pode-se estimar o valor de um novo
equipamento “2” conforme a Eq. (6), correlacionando seus volumes (COUPER; FAIR;
PENNEY, 2005; TURTON et al., 2012).
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0, 6
volume2
custo2 custo1 (6)
volume 1
L V
u perm K drum (7)
V
Na Equação (7), é a máxima velocidade permissível de vapor na máxima área
transversal do tanque. e são as densidades do líquido e do vapor. é uma constante
empírica que depende do tipo de tanque. Usando a taxa de vapor conhecida, V, calcular área
da seção transversal, , a partir de pois:
V MWV
Ac (8)
u perm V
Assim, o diâmetro do flash (D) pode ser calculado, considerando um vaso perfeitamente
cilíndrico. Selecionar a razão altura/diâmetro (L/D). Para flashs verticais, a regra de ouro (rule
of thumb) é a de que L/D varia entre 3 e 5. Para o presente trabalho, por tratar-se de um estudo
de estimativa, adotou-se o valor de 4,5, assim como o utilizado para o extrator.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Projeto de Tanque Flash: Através dos dados retirados do software UniSim e do método
empírico descrito por Wankat (2012) obteve-se os resultados dispostos na Tabela 4.
Custo de Manufatura – COM: Por fim, o Projeto 1 teve investimento inicial com
equipamentos cotado em US$ 2368116,88 e o Projeto 2 US$ 4703713,88. Considerado sem
custo, uma vez que é um rejeito do processo. O custo de pré-tratamento (secagem) do flavedo
foi considerado desprezível, tendo em vista a baixa umidade do material. Na sequência estão
explicitados valores que auxiliam no cálculo do custo de utilidades – CUT. Uma vez que a
bomba utiliza de eletricidade, um dos trocadores de calor utiliza vapor de aquecimento e o
outro etileno glicol (para resfriamento). Neste projeto, considerou-se que o flash utiliza
etileno glicol também para seu resfriamento. Na Tabela 5 encontram-se os valores base para o
cálculo. Quanto ao cálculo do tratamento de efluentes, o mesmo foi considerado sem custo,
uma vez que o material é orgânico pode ser compostado e não é resíduo perigoso. A água de
limpeza dos extratores foi considerada desprezível.
Para o Projeto 1, totalizou-se US$ 14148819,34 por ano e US$ 45194162,21 por ano.
Isto totaliza, por tonelada de extrato produzida, valores de US$ 37,21 e 35,66. Logo, um
aumento de escala do Projeto, passando do processamento de 3 para 10 toneladas de laranja
(vide Tabela 1), diminui o custo de manufatura.
Avaliar o preço de comercialização do produto em questão não é uma tarefa fácil uma
vez que este depende do uso e das flutuações intrínsecas do mercado. Considerando-se o uso
em aromaterapia, foram consultados valores relativos a óleos obtidos via extração à frio. Estes
valores estão dispostos na Tabela 6. Estes valores indicam um preço médio de mercado de
US$ 24 por kg.
A margem bruta (MB) é um indicador econômico que mede a rentabilidade de um
negócio, ou seja, qual a porcentagem de lucro que se ganha com cada venda (TURTON et al.,
2012). Então,
(9)
Assim, a MB para Projeto 1 e 2 seria muito atrativa, tendo em vista que o preço de
venda é muito maior que o preço de produção.
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4 CONCLUSÕES
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Anais do XXIII ENMC – Encontro Nacional de Modelagem Computacional e XI ECTM – Encontro de Ciências e Tecnologia de Materiais.
Palmas, TO – 28 a 30 Outubro 2020
104
XXIII ENMC e XI ECTM
28 a 30 de Outubro de 2020
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105
ANÁLISE DE VIBRAÇÕES E DETECÇÃO DE FALHA DE DESBALANCEAMENTO
NO SISTEMA ROTOR EM UM MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO POR MEIO DE
REDES NEURAIS ARTIFICIAIS
1. INTRODUÇÃO
106
rotação não sendo coincidente ao seu centro de massa, ou de força. Na literatura são citadas
três categorias básicas de desbalanceamento em sistemas de trem alternativo, sendo estas o
desbalanceamento estático, o desbalanceamento parelho (ou por par de forças) e o
desbalanceamento dinâmico. No desbalanceamento estático ocorre o deslocamento do centro
de massa do corpo paralelamente à linha de centro do eixo, com concentração de esforços
sobre os apoios (mancais), gerando uma força centrífuga na frequência (1x RPM), com forte
pico no espectro de vibrações. O desbalanceamento parelho existe quando o centro de massa
intercepta a linha de centro do eixo até seu centro de gravidade, com o equipamento
aparentando estar balanceado estaticamente, mas produzindo forças centrífugas nos mancais
de rolamento, em fase oposta, gerando elevado nível de vibrações axiais e radiais. O
desbalanceamento dinâmico é a combinação dos dois tipos de desbalanceamento
anteriormente descritos, com o centro de massa não sendo paralelo nem interseccionado pelo
eixo de rotação. A correção do desbalanceamento requer um trabalho de correção, em um
plano ou mais, a depender do tipo, geralmente com aplicação de pesos corretivos ou remoção
de massas do corpo desbalanceado. Os sinais são processados visando à captação das fases,
deslocamento e velocidade do sistema, auxiliando na identificação e correção de falhas.
Se a posição angular das massas é medida em relação ao seu eixo horizontal, a
componente vertical total da excitação de desbalanceamento, ou F(t), será obtida a partir da
Eq. (1) para formulação do movimento geral de um modelo de massas desbalanceadas.
(1)
A aprendizagem de sistemas neurais, segundo Jang et al. (1997), é um processo pelo qual
os parâmetros livres de uma rede são adaptados através de um processo de estímulos pelo
ambiente no qual a mesma está inserida. O tipo de aprendizagem é determinado pela maneira
sobre a qual a modificação de parâmetros ocorre, onde a rede neural programada é estimulada
por um ambiente, sofre modificações nos seus parâmetros livres como resultado desta
situação e responde de uma maneira nova ao ambiente, devido às modificações ocorridas na
sua arquitetura interna. Os algoritmos de aprendizagem são compreendidos como um
conjunto pré-estabelecido de regras definidas para a solução de um problema de
aprendizagem da rede neural, sendo que estes algoritmos basicamente se diferem de acordo
com a formulação nos ajustes dos pesos sinápticos (wji) de um neurônio, com relação à sua
função de ativação (φ), que pode ser linear ou não, e seu campo local induzido (vj). Assim, o
107
sinal de entrada (yi) é convertido em um novo sinal na saída (yj), numa rede neural Perceptron
multicamadas, por exemplo, de acordo com as relações da Eq. (2), da Eq. (3) e da Eq. (4).
(2)
(3)
(4)
Uma rede feedforward de múltiplas camadas apresenta uma ou mais camadas ocultas de
processamento, cujos nós computacionais são conhecidos como unidades ocultas, ou
neurônios ocultos. Nesta arquitetura a rede neural apresenta uma perspectiva global do
problema, com sua configuração conectiva local conferindo aos neurônios capacidade de
extração de informações estatísticas de ordem elevada. Os nós da fonte fornecem os vetores
de entrada, e os sinais de saída de uma camada são utilizados como entrada da camada
subsequente. O conjunto de sinais fornecidos pela camada de saída da rede constitui sua
resposta global ao padrão de ativação fornecido pelos nós de fonte da camada de entrada.
De acordo com Feldkamp e Puskorius (1998), a programação neurodinâmica permite que
um sistema aprenda tomar decisões a partir do retorno do seu próprio comportamento, com
melhora em suas ações através de um dispositivo de reforço em um mecanismo incorporado.
A arquitetura neurodinâmica mostrada na Fig. 2, utilizada na aproximação e predição de
padrões temporais e respostas em sistemas dinâmicos, é chamada na literatura de NARX
(Nonlinear AutoRegressive models with eXogenous input), sendo características de uma rede
NARX sua efetividade, capacidade de generalização e velocidade de aprendizagem. Nesta
estrutura neural são inseridas entradas em séries temporais, vetores de pesos sinápticos,
entradas exógenas, camadas ocultas e saídas desejadas, onde o modelo utiliza as series
temporais das entradas na geração do retorno dinâmico dos neurônios e aumento da taxa de
aprendizado dos elementos de processamento, tornando-se uma poderosa ferramenta para
modelagem não linear, frequentemente utilizada na Engenharia de Controle.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
108
Prática de Engenharia, Arquitetura e Gestão), unidade educacional pertencente à instituição de
ensino superior Centro Universitário FipMoc). O sistema de instrumentação proposto foi
implementado em uma bancada de análises de vibrações, mostrada na Fig. 3, já instalada no
CEPEAGE, desenvolvida previamente por acadêmicos da instituição.
109
Os sinais representados no domínio do tempo apresentam sua amplitude em função de
intervalos temporais. Porém, certas situações requerem que sua representação seja feita em
função do domínio das frequências, através da obtenção do espectro dos sinais. Um dos
algoritmos aplicáveis para a transposição de um sinal do domínio do tempo ao domínio da
frequência é a Transformada Rápida de Fourier (ou FFT), efetuando a correlação estabilizada
entre o sinal no domínio do tempo e sua representação no domínio da frequência. Os sinais
obtidos pelo modelo de instrumentação formulado, após processamento, estão na Fig. 4. Os
sinais da Fig. 5 tratam-se dos dados obtidos a partir de cada componente de sinais por
frequência de operação. Os mesmos foram analisados pela rede neurodinâmica e aplicados no
treinamento do classificador gerado a partir da rede Multilayer Perceptron feedforward.
110
padrão de 70% dos dados separados para o treinamento, 15% separados para validação e 15%
dos dados separados para testagens. Como avaliação do desempenho e capacidades de
aproximação e generalização das redes foram utilizados os métodos do Erro Médio
Quadrático, do Gradiente Descendente, a análise de Regressão (Teste R) e do Histograma de
Erros. Os sinais de vibração em dois eixos de análise (x e y) e a velocidade angular do sistema
rotativo formaram os dados de treinamento e validação do classificador que, de acordo com
os padrões, formulou sua resposta binária ao desbalanceamento no equipamento, onde a
matriz [1 0 1] é sua resposta ao sistema balanceado e [0 1 0] ao desbalanceamento, sendo
calculada a acurácia na classificação do sistema de detecção de falhas, nos dados rotulados.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Rede NARX (01) efetuou o diagnóstico temporal dos padrões do sistema, com uso dos
valores de alvo e verificação das entradas, para execução das análises de vibrações e geração
das respostas neurais aos estímulos. A arquitetura resultante da rede (01) é apresentada na Fig.
6. A correlação entre a saída da rede (01) e os padrões desejados, de acordo com o Teste de
Regressão (ou Teste R), durante seu treinamento, validação e testagem, foi de 0,998 para o
sinal Teoricamente Balanceado e 0,990 para o sinal Desbalanceado. Este resultado indica uma
relação próxima entre as respostas da rede e os alvos, sendo que valores baixos obtidos neste
teste indicam respostas aleatórias da rede. Considerando os sinais de teste, a rede (01)
apresentou valor de 0,997 para o sinal balanceado e 0,966 para o sinal desbalanceado, de
acordo com o Teste R. O Erro Médio Quadrático da rede (01) foi 0,00003815 na resposta aos
estímulos do sinal balanceado e 0,00077928 aos estímulos de desbalanceamento.
A Fig. 7 apresenta a resposta do sistema neurodinânico aos estímulos dos sinais de teste,
não rotulados quanto ao seu balanceamento, com a representação temporal ilustrada. A Fig. 8
ilustra os resultados da avaliação das respostas fornecidas pela rede aos estímulos de teste.
111
Figura 8 – Resultados das respostas da Rede (01) aos sinais de teste não rotulados.
A Rede MLP feedforward (02) efetuou sua metodologia de classificação e detecção, com
a execução analítica dos sinais, após o seu treinamento e validação. Seu nível de reposta aos
estímulos gerados pelos sinais, de acordo com o Teste de Regressão, durante o treinamento,
validação e testagem, foi de 0,949 para o sinal Teoricamente Balanceado e 0,962 para o sinal
Desbalanceado. Considerando os sinais de teste rotulados, a rede (02) apresentou um valor de
0,952 para o sinal balanceado e 0,885 para o sinal desbalanceado, de acordo com o Teste R,
ocorrendo nesta arquitetura uma resposta correlativa ligeiramente inferior à rede 01, situação
prevista, por esta arquitetura não haver sido implementada visando exclusivamente o
comportamento de um sistema de modelagem dinâmica temporal. O Erro Médio Quadrático
da rede (02) foi de 0,0021017 na resposta aos estímulos do sinal balanceado e de 0,0010587
para o sinal desbalanceado. A arquitetura resultante da rede (02) é detalhada na Fig. 9.
112
Figura 10 – Histograma de Erros das respostas da Rede (02) aos estímulos dos sinais.
A Tabela 1 dispõe os resultados principais obtidos a partir das respostas fornecidas pela
rede neurodinânica (01) e pela rede feedforward (02), aplicadas na classificação e predição de
estado do equipamento, durante a modelagem de ambas, nas fases de treinamento e testes.
4. CONCLUSÃO
113
comportamento dinâmico gerados pelo equipamento físico. Com base nos dados inseridos no
treinamento, foi programada uma metodologia de verificação para entradas não rotuladas e
testes, com relação aos mesmos, visando à execução da análise do sistema monitorado e o
desenvolvimento da metodologia inicial proposta de análise e detecção, com a verificação dos
valores de testagem e mapeamento dos sinais e comportamento do sistema, sendo avaliados
os níveis de acurácia nas fases de implementação da rede multicamadas de classificação.
Ambas as arquiteturas neurais geradas apresentaram níveis satisfatórios de aproximação
aos padrões de treinamento e sinais, com respostas próximas aos valores reais captados pelos
sensores de vibração utilizados. De acordo com os resultados obtidos, pode-se concluir que os
modelos aqui propostos conseguiram efetuar uma análise de vibrações confiável e também
confiável detecção de desbalanceamento em rotores de motores de indução trifásicos. A Rede
Neurodinâmica (01) forneceu sua resposta temporal ao comportamento do sistema físico, se
valendo dos dados inseridos nos valores de alvo, desenvolvendo a verificação das entradas
não rotuladas e dos testes, com relação aos mesmos, para execução da sua análise. Os níveis
de aproximação da mesma foram considerados satisfatórios, com base nos resultados das
análises apresentadas para sua avaliação, descritas nas seções de metodologia e resultados. A
Rede MLP feedforward (02), assim como a primeira, desenvolveu sua metodologia proposta
de análise e detecção, com a verificação dos valores de testagem, após seu treinamento e
validação. Além de a mesma efetuar, com aproximação, sua resposta aos estímulos dos sinais
de entrada e comportamento do sistema, também apresentou elevada acurácia do
classificador, em todas as fases de sua implementação, comprovando sua capacidade de
generalização e a confiabilidade dos resultados por ela fornecidos para casos não rotulados.
Finalizando este trabalho, suas principais contribuições podem ser relacionadas à
fundamentação conceitual por ele proposta para modelagem de sistemas de inteligência
computacional e sua implementação estruturada em um problema de análise de vibrações,
visando aliar capacidades de processamento, classificação e aprendizagem, vindas da
programação neural, junto às funções de estimação temporal de estados para sistemas
dinâmicos não lineares, da programação neurodinâmica, representando ganhos nos processos
de treinamento e aprendizagem em modelos computacionais de modelagem.
Agradecimentos
5. REFERÊNCIAS
114
VIBRATION ANALYSIS AND DETECTION OF UNBALANCING FAILURE IN THE
ROTOR SYSTEM IN A THREE-PHASE INDUCTION MOTOR THROUGH
ARTIFICIAL NEURAL NETWORKS
115
APLICAÇÃO DE ARQUITETURA NEURODINÂMICA E NEUROFUZZY NA
ANÁLISE DE SINAIS DE VIBRAÇÕES E DETECÇÃO DE FALHA DE
DESBALANCEAMENTO EM UM ROTOR SEMIRRÍGIDO
1. INTRODUÇÃO
116
1.2 Vibrações Mecânicas
117
𝑚
Como afirmado por Jang et al. (1997), um sistema de inferência Fuzzy é representado a
partir de um conjunto de regras (SE/ENTÃO) e por conectores (E/OU) agregados em uma
função de pertinência única multivariada, ou relação Fuzzy. A aplicação das entradas Fuzzy ou
discretas (crisp) em uma relação Fuzzy, para geração de uma saída Fuzzy ou crisp (por meio
da defuzzificação), é a base da metodologia de tomada de decisões em sistemas nebulosos, ou
inferência Fuzzy. A regra composicional de inferência aponta que, se a relação Fuzzy que
representa um sistema é conhecida, a resposta deste sistema pode ser determinada a partir de
uma excitação também conhecida. Para junção do conjunto de regras e extração dos valores
discretos em operações que envolvem conjuntos Fuzzy, é necessária a aplicação,
respectivamente, dos recursos de agregação e defuzzificação. A lógica nebulosa de inferência
permite a representação sistemática do comportamento de determinado modelo analisado, a
partir de conjuntos de regras extraídas das bases de dados de entradas e saídas. O resultado
final, assim, é obtido a partir da extração, por meio de um mecanismo próprio, da resposta do
sistema Fuzzy aos dados inseridos, funções de pertinência, conjuntos de regras e algoritmo de
inferência dispostos durante a programação.
Segundo Klir e Yuan (1995), a metodologia NeuroFuzzy representa uma classe chamada
na literatura de sistema inteligente híbrido, que visa combinar as valências principais de
modelos distintos, neste caso, das Redes Neurais Artificiais com as pertencentes aos sistemas
Fuzzy. Esta metodologia procura atenuar as dificuldades e desafios encontrados em modelos
Fuzzy, como a aproximação e modelagem de sistemas representados por bases numéricas, ou
em redes neurais, em casos de análises de informações representadas por variáveis linguísticas
vagas, fora do âmbito geral de compreensão do algoritmo. Alguns aspectos diferenciam um
sistema NeuroFuzzy de uma rede neural artificial, como suas entradas e saídas que se tratam
de números Fuzzy, assim como os pesos sinápticos utilizados, sendo estes pesos atualizados
nas interações, ou ciclos, por operações de agregação Fuzzy. Assim, a lógica Fuzzy fornece os
fundamentos para captura de incertezas presentes em torno das formas de expressão humana,
através da aplicação de conjuntos de regras que visam à interpretação de conceitos que podem
não ser bem compreendidos, ou representados, pela linguagem padrão de uma máquina. Por
outro lado, os sistemas neurais apresentam recursos que permitem a extração de padrões, a
partir de informações inseridas para treinamento, que permitem mapear o comportamento de
118
modelos altamente complexos, com nível considerável de confiabilidade, a depender da
arquitetura idealizada. A junção destas capacidades confere ao modelo computacional híbrido
funções neurais de processamento aliadas ao gerenciamento Fuzzy de intervalos e incertezas.
Uma Inferência Adaptativa NeuroFuzzy, ou rede ANFIS, configura-se como um sistema
híbrido que apresenta um grupo de funções de pertinência, um conjunto de regras similar aos
encontrados em sistemas de inferência Fuzzy e camadas neurais para processamento de sinais,
com retroalimentação. Para efeito do conteúdo abordado neste trabalho, a observação
detalhada de um modelo ANFIS se dará em uma inferência de Sugeno, de ordem zero ou de
primeira ordem, com a saída sendo obtida a partir do método weighted average defuzzication.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
119
equipamento. No segundo caso foi simulado o desbalanceamento no rotor, pela adição de uma
massa total de 18,24 gramas, dividida em duas massas distintas com 11,16 gramas e 7,08
gramas, instaladas em pontos defasados do rotor em 180º, distantes 1,5 cm do ponto de raio
zero do rotor, sendo reconhecido o desbalanceamento pelo sensor de validação, com resultado
inconclusivo para o sistema implementado pelos autores. Já no terceiro caso foi simulado o
desbalanceamento do equipamento, com adição de uma massa total de 23,36 gramas, dividida
em duas massas distintas com 11,16 gramas e 12,20 gramas, situadas em pontos com 180° de
defasagem, cada uma distante 2,25 cm do ponto de raio zero do corpo dinâmico analisado,
onde ambos os modelos de instrumentação indicaram o desbalanceamento do rotor.
Após a aquisição dos sinais de vibração, os mesmos foram processados, por meio da
filtragem analógica de passa-baixa, digitalização, filtragem digital de passa-faixa e
janelamento, no software MATLAB r2011-b, para formarem as bases de treinamento e
validação na programação da Rede Neural Dinâmica e da Rede NeuroFuzzy. Os sinais obtidos
pelo modelo de instrumentação formulado, após seu processamento, estão na Fig. 2.
120
Figura 3 – Assinaturas espectrais dos casos simulados de desbalanceamento.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
121
acordo com o Teste R. O Erro Médio Quadrático da rede (01) foi 0,00003815 na resposta aos
estímulos de balanceamento e 0,00077928 aos de desbalanceamento.
A Fig. 4 apresenta as respostas temporais do sistema neurodinânico aos estímulos dos
sinais colhidos no modelo balanceado, enquanto a Fig. 5 ilustra as respostas temporais
fornecidas pela rede aos estímulos de sinais obtidos no modelo desbalanceado.
122
Figura 6 – Resposta da rede 02 aos estímulos temporais do sinal de balanceamento.
123
Figura 8 - Superfícies da Inferência de Sugeno geradas.
A acurácia do classificador ANFIS foi obtida, em seu cálculo, com uso das respostas
preditas a partir dos vetores de sinais de treinamento e validação, e a resposta fornecida pela
rede comparada aos resultados previamente rotulados de desbalanceamento, seguindo o
disposto na Eq. 4.
(4)
124
não foram inseridos em nenhuma das etapas prévias de treinamento e validação do programa
ANFIS, comprovando, assim, a capacidade de generalização da rede implementada.Com base
nos dados inseridos no treinamento, foi programada uma metodologia de verificação para
entradas não rotuladas e testes, com relação aos mesmos, visando à execução da análise do
sistema monitorado e o desenvolvimento da metodologia inicial proposta de análise e
detecção, com a verificação dos valores de testagem e mapeamento dos sinais e
comportamento do sistema, sendo avaliados os níveis de acurácia nas fases de implementação
da rede ANFIS de classificação detalhada anteriormente.
A Tabela 1 apresenta os resultados principais de avaliação dos programas gerados,
obtidos a partir das respostas fornecidas pelas arquiteturas aplicadas na classificação e
predição de estado do equipamento, durante sua modelagem, no treinamento e testes.
4. CONCLUSÃO
125
de a mesma efetuar, com aproximação, sua resposta aos estímulos dos sinais de entrada e
comportamento do sistema, também apresentou elevada acurácia do classificador, em todas as
fases de sua implementação, comprovando sua capacidade de generalização e a confiabilidade
dos resultados por ela fornecidos para casos não rotulados.
Agradecimentos
Ao Centro Universitário FipMoc pela estrutura fornecida e pessoal disponibilizado nas
etapas de levantamento de dados e testes dinâmicos no modelo experimental.
5. REFERÊNCIAS
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Paulo, 2012.
126
28 a 30 de Outubro de 2020
Universidade Federal do Tocantins
Palmas - TO
Abstract. The global energy matrix is in the process of transformation, as new technologies
are being developed. The International Energy Agency (IEA) provides data that makes it
possible to better analyze a country from the analysis of its total energy produced. With data
mining tools, this article aims to analyze the energy matrix of the countries of South America
in order to discover some pattern among the data. Orange was used to develop the decision
tree and it was possible to conclude that the total energy produced by hydropower is essential
for the growth of non-fossil energy, contributing to an ecologically correct future.
Keywords: Energy Matrix, Clean Energy, Decision Tree, Data mining, Electrical energy
1. INTRODUCTION
The information on the graphics and numbers on recent reports of International Energy
Agency (IEA) can be observed as that electric energy production worldwide by using
renewable ways has reached second position, above natural gas, what comes clear such as its
importance in the energetic matrix of the countries (IEA, 2019). The use of appropriate
technology to treat renewable sources is yet a challenge for countries in development, even
though its substitution of fossil fuels for renewable energy is still in development around the
globe.
Data mining is a method widely used to perceive patterns, anomalies, changes,
association and relevant structures in a big volume data. Being a multidisciplinary subject, the
data mining represents a big advance of analytical tools, combining machine learning,
database, statistics and artificial intelligence (Kaur & Chhabra, 2014).
Eldahab et al. (2019) studied hybrid renewable energy matrix optimization through
statistic calculation and data mining. Initially, the authors gather articles about hybrid
Anais do XXIII ENMC – Encontro Nacional de Modelagem Computacional e XI ECTM – Encontro de Ciências e Tecnologia de Materiais.
Palmas, TO – 28 a 30 Outubro 2020
127
XXIII ENMC e XI ECTM
28 a 30 de Outubro de 2020
Universidade Federal do Tocantins – Palmas - TO
renewable energy, defining the components typically used in this system. In sequence,
defined the techniques and optimization algorithms (APRIORI and FP-Growth)
Coban and Onar (2020) predicted the solar radiation in Istanbul, Turkey using the
principles of machine learning. The authors accumulated meteorological data and applied the
prediction method, which are used to estimate the quantity of energy produced by the system.
The irrigation models are elaborated and then a classic machine learning model ARMA (auto
regressive mobile average) is used.
Prusa et al. (2019) utilized data mining algorithm to predict the value and purchases of
crude oil on western Texas region with data provided by IEA between 2003 and 2015. The
authors affirm that is almost impossible to predict the market situations, since there are many
external forces like natural disasters and geopolitics crisis. In order to increase the reliability
of their results, they used four algorithms that have a 95% statistical reliability and random
guessing strategies to simulate the market’s hypothetical effects.
With so many applications provided by data mining, until now there are no studies about
energy productions regarding South America countries. This way, the main objective of this
research is to analyze the energy production growth of South America countries with decision
tree data mining algorithm.
2. THEORICAL FRAMEWORK
Data mining is a way to extract information from a big volume of data, with a help of
software, like Weka, developed in Waikado University in New Zeeland, it is possible to find
consistencies and patterns in a set of data. Among various data mining techniques, it is
possible to cite (Bhargava et al., 2013): Association Learning Rule: used to discover the
relationship rules and association between variables; Clustering: also known as unsupervised
classification, this technique creates and discover a group of similar data; Classification: also
known as supervised classification, it is possible to classify the data according to its class;
Regression: tries to find a function that describes the model of the data with minimum error;
Summarization: provides an easy analysis to understand the data through visual resources and
reports.
The Decision Tree is a support for decision-making in ramifications with possible effects,
including the event probability, cost and usefulness. Also known as classification decision
tree, is used to learn a function of classification, which concludes the value of the depending
attribute and the variable according to the values of the independent attribute are accounted
(input variables). It is known as supervised classification because the dependent attribute and
the classes are provided (Korting, 2006).
According Rokach and Maimon (2005), the decision tree is one of the most powerful data
mining approach, it makes possible to research with a high complexity degree and a big
number of data, in order to acknowledge relevant patterns. This principal is very important,
since it permits to model and extract information efficiently, low cost and more precise. It
gathers lots of areas, like text mining, information extraction, machine learning and patter
recognition. As advantages, it is possible to cite: easy understanding for the final user; gathers
a great variety of data, like nominal, numerical and textual; it is possible to process a set of
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erroneous data and missing values; multiplatform. A decision tree has the following items:
root node, leaf node (representing the class), internal nodes (representing the tested
condition).
In order to elaborate a decision tree efficiently, it is primordial to avoid a complex
understanding, it may cause inaccuracies, measured by the node number, total leaf numbers,
tree’s depth and utilized attributes used. The tree must be relatively small to be controlled by
a technique named pruning, analogous to gardening methods. The rules of the decision tree
may be easily generated, in which root’s way and the end of a leaf represents a rule (Rokach
& Maimon, 2008).
There are many tools to create a decision tree, one popular open-source software is
Orange, developed on the Ljubljana University it offers lots of modeling tasks and evaluation,
such as (Demšar et al., 2004): data management and data pre-processing for input and output
data, discretization, normalization; classification, implemented from many supervised
machine learning algorithms; regression, includes linear regression and lasso, partial least
squares regression and others; association, it includes association rules and set of resource of
mining; clusters, includes k-means and hierarchies clusters; evaluation, ranks the prediction
methods qualities and procedures of a trustworthy estimative; projections, implements the
main analysis, multidimensional scale and self-organizing maps.
3. METHOD
In this research the IEA database regarding the electricity production of South America
countries was consulted, which includes: Paraguay, Uruguay, Bolivia, Colombia, Peru,
Ecuator, Chile, Brazil, Argentina and Venezuela. Trinidad and Tobago, Suriname and
Curaçao were excluded since their the production of electric energy in GWh of each country
was collected according with its origin, separated in two groups: originated from fossil
sources (coal, petroleum and natural gas) and non-fossil (considering the remaining energy
sources). Graphs elaborated from the data obtained illustrates the evolution of the electric
energy production across the years.
The Invariable Decision Tree approach was used, implementing the j48 algorithm,
applying the energy production data and analyzing the results. In order to elaborate the
decision tree, the open-source software Orange was used to achieve a more interactive
visualization (Demšar et al., 2013).
The values of the energy production were divided with five-year periods, in order to
explicit if there was growth, degrowth or it maintained constant. As a parameter, when the
interval is less than 0, it was considered degrowth; when it equals 0, maintains; between 0.1
and 0.49, growth and; when bigger or equal to 0.5, a great growth. Considering these
parameters and treatments a decision tree was elaborated through the Orange software and the
results discussed.
The Invariable Decision Tree approach separates data using attributes on its internal
nodes. There are many algorithms for this kind of tree, e.g. IDE3, c4.5 (also known as j48 on
the software Weka). The algorithm j48 is an extension of ID3 and make it possible the
creation of a decision tree (Quinlan, 1996).
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From the IEA database, the produced energy data were collected from 1990 until 2017
and displayed on Figure 1. With the collected information, it is possible make an analysis.
In Argentina, on the beginning of the 2000 decade, the fossil-based energy started to
develop in a far mor superior way than the non-fossil production. The petroleum and natural
gas are the most important sources on the argentine electric production. In 2006, the sum of
both kinds of energies sources represented 88.7%, 49% being Natural Gas and 39%
Petroleum. With their consumption pattern, Argentina goes through a natural gas scarcity,
impacting in their national electricity system, consequently affecting their economy
(Guzowski & Recalde, 2008). Politics formulation to sustainable national development are
still in early steps, however, Roberts (2015) proposes the utilization of solid residues as a
potential alternative energy source.
With a lack of industries, Bolivia isn’t a great energy consumer, which can be seen when
comparing the energy production with other countries (Pansera, 2012). Fossil fuels dependent
(primarily natural gas), only 5.4 of its primary production is from renewable sources,
furthermore 80% of its produced natural gas is exported to Argentina and Brazil (CBHE,
2018). Even if this energy source made the Bolivian economy better, it still expected that
natural gas still lingers (Morato et al., 2019).
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The Brazilian strategy focuses in finding more efficient ways to use the energy in
different sectors of the society, also to diversify its energy matrix. There are a great project
perspective, programs and technology development in the country. Brazil have the highlight
in hydroelectric-based energy production in a major infrastructure (Pottmaier et al., 2013).
Comparing with the other southern america countries, the Brazilian energy matrix is the major
non-fossil energy producer.
The Chilean energetic politics have been envoving in the recent years due the need of
institutional and infrastructural changes, which motivates the world design to solar and Eolic
production, with innovative politics and as regional solar energy exporter, the northern Chile
presents unique favorable condition as the one of the few regions of the world with more than
2,500 kWh-m² of radiation. The potential estimated value of electric production on Atacama
Desert gathers approximately 1,000 GW or five times more than the entire South America
(Jimenez-Estevez et al., 2015).
The Colombian Energy Plan 2050, launched in 2016 have the goal of diversify the energy
plan and elaborate a secure energy supply, moderation and independent from fossil fuels,
besides the Eolic power plants, geothermic energy and solar energy. The Eolic technology
offshore in Colombia could suffice the needed demand when the hydroelectric system had
low generation during drought seasons, like El Niño and oscillatory events (Rueda-Bayona et
al., 2019).
The Ecuadorian electric sector confronted many changes in the last decade, which
represents lots of projects to hydroelectric production, its capacities grew approximately 81%
in 2017, presenting nearly 1.8% of biomass and biogas from the total produced energy, only
0.6% representing the Eolic and solar energy (PONCE-JARA et al., 2018).
The Paraguayan energetic sector was founded in renewable sources and have the cheapest
taxes of electrical consummation of Latin America, which stabilized new energy plans in its
national politics between 2014 and 2030, with the goal of achieve about 60% of renewable
energy consumption and reduce about 20% of fossil fuels usage until 2030 (Blanco et al.,
2017).
Peru is the emergent country with a growth of the electric demand with a major
dependence of fossil fuel. It has a good macroeconomy, comparing the economical crisis
faced. Although the need of fossil fuels for the energy production, renewable sources have
been exploring in the last years, for instance: hydroelectric and biomass (López et al., 2015).
Uruguay is a country with a growing annual electric demand of 3.5%, in 2017 about
11,200 GWh were used in order to maintain the country. The Energy Minister in 2010
approved a decree to promote renewable energy with the goal to drastically level up the
electric production by renewable sources, so until 2010, in order to satisfy the electric
demand, hydroelectric installations with 1450 MW capacities were constructed, about 70 MW
regards biomass and 700 MW for fossil fuels (Figoli et al., 2018).
Venezuela has abundant energy resources that are directly part of the economic
development of the country, the biggest per-capita consumer of energy Latin America. Its
petroleum production cannot be exceeded since Venezuela is an active OPEC member, this
way its exacerbated internal consumption causes penalties for its exports (Robalino-López et
al., 2015).
With the data collected from IEA database, the decision tree on Figure 2 was elaborated
with the software Orange.
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In order to know the non-fossil energy production behavior, the same was use as goal to
create the decision tree. On the root it is possible to observe that the energy that most
collaborates is from hydroelectric sources. When the hydro energy grows, the non-fossil
energy production also grew. Following to another knot, on the other situations the changes
on hydroelectric in case of a degrowth, the non-fossil electric energy production depends on
Eolic sources, when it is constant, the total production decreases. On the other hand, when the
Eolic production grows, it collaborates significantly with the non-fossil production in this
scenary.
In the event of a great growth or constant of hydroelectric sources, the dependent source
is Biofuel, if its production decreases in this interval, the non-fossil energy productions
decrease and in the others cases, the Eolic source is again responsible for the clean energy
growth. If this source maintains or decreases, it proceeds to another knot. So, if the biofuel
growth remains constant, the reduction of clean energy production decrease, and at last, if it
grows or have a great growth, the production of non-fossil energy grows a lot.
Observing the tree, it is possible to identify the main actors and collaborators for the
South America energy production. The contribution of hydroelectric is very significant,
together with Eolic and biofuel. According with this analysis, these technologies are ideal to
be explored and develop, considering each country conditions and resources.
5. CONCLUSIONS
The South America energy production energy decision tree was generated from its entire
energy production. The energetic sources that most collaborated with a cleaner growth were
from hydric, Eolic sources and biofuel. Green politics have been the focus of debates between
governors, even with the high technology cost. In order to reach a cleaner energy matrix, the
South America countries enjoyed many incentives mechanisms, such as certificates, subsidies
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and tax reduction. Regardless the stimulus, it is the country’s Government obligation to
adequate to your own reality.
With a cleaner energy growth, the world energetic scenery tends to transform itself, and
for future projects the authors suggest an evaluation in another regions around the world, in
order to know more about the global energy matrix tendencies.
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Resumo. Este experimento investigou o potencial da aplicação de uma rede neural artificial
(Multilayer Perceptron) para a classificação de perfis de passageiros no setor aéreo
brasileiro, mais precisamente na conexão do par de aeroportos mais relevante em várias
métricas do país. A partir de uma revisão bibliográfica sobre o assunto, foram elencados dois
perfis distintos de passageiros, cada um com características específicas, em relação ao seu
comportamento de consumo. Após alguns ajustes e testes na ligação escolhida, foi
estabelecida uma arquitetura e parametrização satisfatórias para a classificação dos
passageiros com dados variáveis que podem ser adquiridos pelas empresas aéreas no
momento da compra da passagem. O resultado dos experimentos revelou-se muito promissor,
o que possibilitaria a futura aplicação desse método pela indústria aérea.
1. INTRODUÇÃO
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
A Pesquisa de Origem e Destino do Transporte Aéreo de Passageiros, foi realizada em
2014, e teve como principal objetivo aprimorar, complementar e detalhar o sistema de
informações da Aviação Civil no Brasil. Sendo realizada em quatro etapas distintas, coletou
informações em mais da metade dos aeroportos que operavam voos regulares no Brasil em
2012. Registra-se que, em termos de fluxo de passageiros, esse grupo de aeroportos
correspondia quase que pela totalidade do número total de passageiros embarcados naquele
ano. Segundo a Empresa Brasileira de Logística (2014) a pesquisa subsidiou informações
coletadas, que foram utilizadas como base para o estudo do comportamento atual e futuro do
transporte aéreo.
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Pergunta (Variável)
Dia da semana
O motivo da viagem corresponde ao valor de saída da rede, onde foi utilizada a seguinte
codificação binária; para negócios e para lazer. O comportamento de consumo
desses grupos de passageiros descrito na literatura pode ser observado no gráfico elaborado
com os dados selecionados na pesquisa. Outro ponto importante no comportamento da
demanda descrito na literatura, que caracteriza passageiros de negócios é a preferência
sensibilidade notável ao horário e à frequência dos voos. A Figura 3 mostra o gráfico de
preferência dos passageiros viajando a negócio.
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Este perfil de passageiros viajando a negócios é caracterizado por uma maior preferência
de voos com partidas programadas às 7:00 e 18:00, representados pelos picos observados na
Figura 3. Por outro lado, os passageiros a lazer não são tão sensíveis à programação ou à
frequência do voo, como pode ser visto no gráfico apresentado na Figura 4.
Na Figura 4 pode ser observada a dispersão na distribuição dos passageiros a lazer por
voos em horários intermediários àqueles preferidos por viajantes a negócios.
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(1)
(2)
A rede utilizou uma taxa de aprendizagem inicial de 0,01 adaptável que a cada duas
épocas consecutivas sem variação tolerável no erro dividia a taxa de aprendizagem por 5.
Tolerância da variação do erro de , por 1.000 épocas consecutivas. O número máximo de
iterações suportado pelo algoritmo é 10.000 épocas. Outro ponto importante foi a necessidade
de normalização dos valores assumidos por a uma escala entre 0 e 1. Já que os intervalos
de valores assumidos pelas variáveis de entrada, onde , eram discrepantes entre si,
conforme mostrado na Tabela 2.
Intervalo
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(3)
Os resultados da classificação realizada pela rede MLP foram avaliados levando em conta
os valores da Acurácia, Precisão, Recall e F1-score. A Acurácia tem como objetivo identificar
o percentual de amostras classificadas corretamente, e é calculada a partir da soma do número
de verdadeiros positivos e verdadeiros negativos, dividido pelo total de dados da amostra. A
Precisão é uma medida de quão exata foi a classificação. Ela tem como objetivo identificar a
taxa de amostras que foram classificadas como positivas que são realmente positivas. O
Recall é a medida de quão correta foi a predição para a classe. Ele tem como objetivo
identificar a taxa de amostras positivas que foram classificadas como positivas. O F1-score é
a média harmônica entre a precisão e o recall. A adoção dessas métricas permite uma melhor
compreensão dos resultados do experimento além do entendimento de quão acurada a rede foi
em classificar os dados.
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3. RESULTADOS
Nesta seção são apresentados os resultados da classificação do tipo de viagem realizada
pelos passageiros utilizando a rede MLP. A classificação foi avaliada levando em conta a
Acurácia, Precisão, Recall e F1-score. Para a validação do experimento foram realizadas dez
execuções do classificador. A Figura 6 apresenta um box-plot com a distribuição dos
resultados obtidos com para a Acurácia.
Observando-se a Figura 6, nota-se que foi obtida uma Acurácia média de 70% para as
execuções. A Figura 7 apresenta um box-plot com a distribuição dos resultados da precisão,
recall e score para as classes Negócios e Lazer.
Pode ser observado na Figura 7 que a rede MLP obteve um resultado melhor na
classificação de passageiros viajando a negócios do que a lazer. Para viajantes a negócios, a
precisão média foi de 75%, contra uma precisão média de 74% para viajantes a lazer. Em
ambas as figuras foi possível constatar a maior aptidão da rede MLP em classificar
passageiros a negócios, podendo se considerar certa simetria na distribuição dos valores de
recall para as duas classes, e consequentemente um melhor desempenho do score para a
classe de Negócios.
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4. CONCLUSÕES
Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência do uso de Redes Neurais Artificiais
do tipo MLP para a classificação do tipo de viagem aérea realizada pelos passageiros. Durante
as execuções da rede MLP foi obtida uma Acurácia média de 70%. A rede MLP obteve um
resultado melhor na classificação de passageiros viajando a negócios do que a lazer. Para
viajantes a negócios, a precisão média foi de 75%, contra uma precisão média de 64% para
viajantes a lazer. Os resultados iniciais obtidos com esse trabalho para a classificação do tipo
de passageiro são promissores. Em um serviço essencialmente ofertado para massas, como é o
caso da indústria de transporte aéreo, a identificação do motivo pelo qual um determinado
cliente está adquirindo aquele serviço fornecido simplesmente com base no seu
comportamento de aquisição, pode vir a ser uma vantagem estratégica considerável para o
prestador de serviço que detém o uso dessa tecnologia. Em termos práticos, essa informação
quando usada para a precificação do serviço pode fazer com que o preço cobrado seja mais
próximo do preço máximo ao qual o passageiro está disposto a pagar por aquela viagem.
Outro ponto é que a percepção da qualidade do serviço ofertado pode ser melhorada, com
base nas expectativas de cada um desses grupos para aquele serviço.
Sugere-se para trabalhos futuros o emprego de redes neurais artificiais em um universo
maior de voos e consequentemente de passageiros, além da adoção de mais variáveis de
entrada, que possam contribuir na melhoria da acurácia dos resultados já obtidos nesse
trabalho, além de comparações com outros métodos de classificação de dados.
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28 a 30 de Outubro de 2020
Universidade Federal do Tocantins – Palmas – TO
Abstract. This experiment investigated the potential of applying an artificial neural network
(Multilayer Perceptron) for the classification of passenger profiles within the Brazilian
airline industry, more precisely on the connection of the most relevant airport pair in several
metrics in the country. From a bibliographical review on the subject it was listed two different
passenger profiles each with specific characteristics, in relation to their consumption
behavior. After some adjustments and tests on the chosen network, a satisfactory topology
and parameterization was established for the classification of the passengers with variable
data that can be acquired by the airlines at the time of ticket purchase. The result of the
experiments turned out to be very promising, which would enable the future application of
this method by airline industry.
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Palmas - TO
Palavras chave: reator de leito fixo, desidratação do etanol, etileno, colocação ortogonal,
troca térmica.
1. INTRODUÇÃO
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
(1)
(2)
(3)
(4)
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Balanço de Energia:
(8)
(9)
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(11)
(12)
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(14)
(15)
em que 𝐷𝑝 é o diâmetro equivalente de uma partícula de catalisador (Equação 16), obtido com
base no diâmetro de uma esfera perfeita com o mesmo volume da partícula de catalisador,
𝑉𝑐𝑎𝑡.
(16)
(17)
Antes de proceder com a solução numérica das equações, foi necessário realizar o
adimensionamento do modelo matemático, a fim de viabilizar a correta implementação da
técnica da colocação ortogonal (RICE; DO, 1995), aplicada de modo que as raízes do
polinômio ortogonal estejam no intervalo de 0 a 1.
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diferenciais temporais resultantes por meio de uma ferramenta de solução numérica (LANA,
2011).
A simulação do processo foi realizada no software MATLAB, em um computador com
processador Intel Core i5-5200U 2,20 GHz, memória RAM 8 GB e sistema operacional
Windows10 64 bits. O modelo foi resolvido para diferentes quantidades de pontos de
colocação interiores e, então, foi avaliado a partir de qual número de pontos de colocação a
solução do modelo passa a convergir, isto é, o grau de refinamento da malha espacial a partir
do qual o aumento de precisão da solução não é significante. Os pontos de colocação para a
aplicação da técnica de colocação ortogonal foram determinados pelas raízes do polinômio
ortogonal de Legendre.
(18)
3. RESULTADOS E DISUSSÃO
A análise da convergência de malha foi realizada por meio dos perfis de temperatura
estacionários. A malha mais refinada continha 20 pontos de colocação internos e, portanto, 22
pontos no total, incluindo as condições de contorno. Foi estipulado que o erro percentual
máximo não deveria ser maior que 0,5% em relação à malha mais refinada.
Para a configuração de troca térmica com correntes paralelas, definiu-se 15 pontos de
colocação internos nas simulações numéricas. Na configuração em contracorrente, o erro
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máximo já é menor que 0,5% com um número de pontos de colocação maior que oito.
Entretanto, para manter um padrão na quantidade de pontos de colocação, foi determinado o
uso de 15 pontos internos para ambas as configurações.
440 440
430 430
420 420
Reator Reator
Fluido Térmico Fluido Térmico
410 410
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºC)
400 400
390 390
380 380
370 370
360 360
350 350
340 340
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
Comprimento do reator (m) Comprimento do reator (m)
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90 90
80 80
Percentual Molar (%)
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
Comprimento (m) Comprimento (m)
80 80
Rendimento (%)
Conversão (%)
Conversão (%)
40 40
20 20
0 0 0 0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Comprimento adimensional Comprimento adimensional
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4. CONCLUSÕES
Estes resultados contribuem para a sugestão de uma configuração térmica para aplicações
práticas. Muitos estudos consideram a temperatura da camisa de aquecimento constante,
contudo, em processos reais, essa pode ser uma condição difícil de se alcançar. A simulação
deste processo com comportamento dinâmico de troca de calor, com fluxos em correntes
paralelas e em contracorrente, ainda não foi explorada na literatura, de modo que esses
resultados mostram as principais características da operação de um reator de desidratação de
etanol, além da melhor forma de operação, nessas condições operacionais.
Acknowledgements
REFERÊNCIAS
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Abstract. Ethylene is one of the most used monomers in the production of petrochemicals.
Due to the oil crisis in the 1970s, the expansion of new ways of obtaining ethylene was
necessary, and processes previously little explored industrially began to be studied, in
particular the process of catalytic dehydration of ethanol in fixed bed reactors.The major
advantaje of this process relies on environmental issues, especially on the reduction of gas
emissions that are responsible for the greenhouse effect, as opposed to more conventional
processes, such as the cracking of naphtha. For processes in fixed bed reactors, the need to
promote heat transfer properly can be a challenge, since a deficiency in the temperature
regulation can lead to serious operating problems, such as termination of the reaction, low
conversions or favoring secondary reactions. In this context, this work has as objectives the
simulation of a fixed bed reactor model for ethanol dehydration reaction to ethylene using the
orthogonal collocation method, the verification of the effect of thermal fluid settings (co-
current and countercurrent). The resuls show that the countercurrent configuration provided
higher conversion of ethanol and ethylene production under the evaluated operational
conditions.
Keywords: fixed bed reactor, ethanol dehydration, ethylene, orthogonal collocation, heat
exchange.
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1. INTRODUÇÃO
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que os fornecedores levam dentro das empresas para descarregar os materiais necessários para
a produção, até o momento em que os produtos finais saem para entrega aos clientes. Além de
aumentar os tempos de processamentos, tempos de espera podem aumentar também os custos
de produção. A partir deste cenário, destaca-se a importância de uma boa programação da
produção.
Este trabalho baseia-se em um problema de programação e sequenciamento de caminhões
em uma empresa automobilística situada na região metropolitana de Curitiba, com foco no setor
de transporte e logística de todo o complexo industrial da fábrica. O objetivo deste artigo é
adaptar o caso para um problema de sequenciamento e programação, mais especificamente um
problema open shop, e propor um modelo matemático de modo a minimizar o tempo dos
motoristas dentro da empresa e resolvê-lo de maneira exata. O trabalho está estruturado em 7
seções iniciando pela introdução com a finalidade de contextualizar o tema e definir os objetivos
deste estudo, seguido da revisão da literatura. A seção 3 apresenta o problema, a seção 4, a
metodologia adotada no desenvolvimento do trabalho e a seção 5, o modelo matemático
proposto. A seção 6 abrange os resultados obtidos e a última seção, as principais considerações
sobre o estudo.
2. REVISÃO DA LITERATURA
O gerenciamento de caminhões e plataformas pode ser uma atividade muito complexa, pois
de acordo com Ladier e Alpan (2016a), os gestores buscam atender requerimentos de
fornecedores quanto aos horários de chegada e saída da indústria, a fim de melhorar o
relacionamento com todos os stakeholders envolvidos.
De acordo com Ladier e Alpan (2016b), o gerenciamento de caminhões e plataformas pode
subdividir-se em três diferentes problemas:
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3. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA
O problema abordado neste trabalho é baseado nas operações de uma empresa do setor
automobilístico. Diariamente, a empresa recebe vários caminhões que irão percorrer algumas
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docas para descarregar materiais. Alguns caminhões, após descarregar todos os materiais,
percorrerão algumas docas coletando embalagens. A empresa já sabe quais docas devem ser
percorridas por cada caminhão de acordo com o fornecedor e os materiais que serão entregues.
As docas possuem diferentes horários de funcionamento. Algumas docas operam somente
um turno, algumas operam dois turnos e outras operam em três turnos. Além dessas diferenças
de turnos, as docas também possuem alguns horários de intervalos para café, almoço, janta e
ceia. Por possuir estes intervalos nos quais as docas não funcionam, a modelagem do problema
deverá considerar janelas de tempo.
Para simplificar o problema, os tempos de deslocamento, descarga e carga de materiais são
fixados em 5, 30 e 15 minutos, respectivaments. A fixação destes tempos baseou-se nos valores
utilizados pela empresa que serviu como exemplo para este trabalho.
Alguns caminhões também irão carregar embalagens além de descarregar materiais. Nestes
casos, a empresa impõe uma restrição de que antes de carregar, o caminhão já deve ter
descarregado materiais em todas as docas programadas. A empresa possui outra condição de
que antes de iniciar o percurso pelas docas, cada caminhão deve passar pela recepção para
realizar algumas atividades administrativas como cadastro dos dados do motorista e horário da
entrada do caminhão na empresa. Esta informação também deve ser considerada no modelo e
o tempo na recepção também foi fixado em 10 minutos.
4. METODOLOGIA
Após um estudo das situações reais enfrentadas pela empresa que serviu de exemplo para
este trabalho, realizou-se um levantamento bibliográfico das características do problema de
sequenciamento e programação de caminhões de modo a identificar modelagens matemáticas
aplicadas em problemas similares.
A partir da revisão da literatura, inicou-se a formulação do modelo matemático baseado
em um problema open shop, seguida da implementação computacional do modelo no software
LINGO. O modelo exato foi executado para alguns conjuntos de dados e verificado se as
restrições matemáticas atendiam e respeitavam as reais condições que o problema deve
considerar.
Com o modelo validado, o código foi executado para bases de dados desenvolvidas de
modo a simular as reais condições do problema. Os resultados foram traduzidos para um gráfico
de Gantt de modo a possibilitar a análise da sequência dos roteiros dos caminhões, janelas de
tempos e tempos de términos das operações nas docas.
5. MODELO MATEMÁTICO
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O índice 𝑖 = 0 representa uma doca fictícia que possui tempos de processamento igual a
zero. Com a finalidade de garantir o atendimento das condições impostas ao problema, optou-
se por definir a recepção como uma doca, sendo representada por 𝑖 = 1.
Os parâmetros são definidos a seguir:
𝑛: 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎõ𝑒𝑠;
𝑚: 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑜𝑐𝑎𝑠;
𝑏: 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑗𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜;
𝑝𝑗,𝑖 : 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎã𝑜 𝑗 𝑛𝑎 𝑑𝑜𝑐𝑎 𝑖;
𝑑: 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑑𝑜𝑐𝑎𝑠;
𝑟: 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑛𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑝çã𝑜;
𝑤𝑖,𝑣 : 𝑖𝑛í𝑐𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑗𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑣 𝑛𝑎 𝑑𝑜𝑐𝑎 𝑖;
𝑑𝑤𝑖,𝑣 : 𝑑𝑢𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑗𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑣 𝑛𝑎 𝑑𝑜𝑐𝑎 𝑖;
5.2 Variáveis
Os possíveis valores de 𝑈𝑗,𝑖 são 0, 10, 20 e 35. Esta variável busca garantir que o tempo de
deslocamento até uma doca será considerado apenas para os casos em que há uma operação de
carregamento ou descarregamento na doca. Para a recepção e para os casos em que o tempo de
processamento é igual a zero, então 𝑈𝑗,𝑖 = 𝑝𝑗,𝑖 .
As variáveis 𝑅𝑗,𝑖 podem assumir os valores 15, 30 e 𝑀. Para as docas nas quais o caminhão
𝑗 realiza uma operação de carregamento ou descarregamento, 𝑅𝑗,𝑖 assumirá os mesmos valores
de 𝑝𝑗,𝑖 , 15 e 30, respectivamente. Para as docas que possuem um tempo de processamento 0 e
a doca que representa a recepção, 𝑅𝑗,𝑖 assumirá um valor alto, representado por 𝑀. Na
modelagem do problema, este valor alto forçará com que estas docas sejam processadas antes
de docas que possuem uma operação de carregamento ou descarregamento.
𝑀𝑖𝑛 ∑ 𝑇𝑗 (1)
𝑗=1
𝑌𝑗,𝑖,𝑘 + 𝑌𝑘,𝑖,𝑗 ≤ 1 ∀ 𝑖, 𝑗, 𝑘 ≠ 𝑗 (2)
𝑋𝑗,𝑖,𝑙 + 𝑋𝑗,𝑙,𝑖 ≤ 1 ∀ 𝑗, 𝑖, 𝑙 ≠ 𝑖 (3)
𝑅𝑗,𝑖 = 𝑝𝑗,𝑖 + 𝑀 ∀ 𝑗, 𝑖 | 𝑝𝑗,𝑖 ≤ 𝑟 (4)
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A função objetivo (1) é de minimizar a soma dos tempos gastos pelos caminhões para
realizar suas operações nas docas. As restrições (2) declaram que, para qualquer doca 𝑖, um
caminhão não pode ser sucessor e predecessor de outro caminhão ao mesmo tempo. As
restrições (3) possuem a mesma finalidade das restrições (2), mas voltada para o
sequenciamento de docas.
As restrições (4) e (5) definem os possíveis valores da variável auxiliar 𝑅𝑗,𝑖 . Essa variável
receberá um valor alto para a doca 1, que representa a recepção, e também para aquelas docas
que possuem tempo de processamento 0. Para as outras combinações de docas e caminhões que
não se enquadram nas condições anteriores, a variável assumirá o mesmo valor do tempo de
processamento do caminhão 𝑗 na doca 𝑖.
Com os valores de 𝑅𝑗,𝑖 definidos, as restrições (6) irão forçar a condição de que as docas
com maiores tempos de processamento sejam visitadas antes. Com isso as docas que possuem
tempo de processamento igual a 0 deverão ser visitadas antes, seguidas da recepção e das docas
que realizam operações de descarregamento, finalizando com as operações de carregamento.
As restrições (7) determinam que o tempo de término de todos os caminhões na doca
fictícia (doca 0) será sempre 0. As restrições (8) forçam que as combinações de caminhões e
docas que possuem tempo de processamento 0, tenham um tempo de término igual ao tempo
de término da doca fictícia.
As restrições (9) determinam o tempo de chegada dos caminhões. Como a recepção (doca
1) deve ser a primeira doca a ser visitada por todos os caminhões, determinou-se que o tempo
de chegada de cada caminhão será o tempo de término na doca 1 menos o tempo de
processamento desta doca. Ao chegar na empresa, o caminhão seguirá direto para o atendimento
na recepção, evitando um tempo de espera nesta etapa inicial.
As restrições (10) e (11) calculam um novo de tempo de processamento das operações com
a finalidade de garantir que não será considerado o tempo de deslocamento até a recepção e até
às docas nas quais os caminhões não realizam nenhuma operação e que consequentemente
possuem um tempo de processamento zero. Para as docas nas quais os caminhões realizam uma
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6. RESULTADOS
Esta seção apresenta alguns resultados da aplicação do modelo proposto obtidos pelo
software LINGO. O primeiro conjunto de dados testado considera 5 caminhões e 5 docas, sendo
uma doca fictícia e uma doca representando a recepção (doca 1). Como o software LINGO não
possibilita a utilização do índice 0, a doca fictícia foi representada neste modelo pelo índice 5.
Os dados do problema foram criados de modo a atender as condições impostas pela
empresa atualmente. As operações dos caminhões nas docas têm os tempos de processamento
apresentados na Tabela 1.
D1 D2 D3 D4 D5
C1 10 15 0 30 0
C2 10 30 30 15 0
C3 10 0 15 30 0
C4 10 30 30 0 0
C5 10 15 30 0 0
O problema também considera janelas de tempo. Foi simulado que as docas 2 e 3 têm
duas janelas de tempo cada uma. Os instantes de início das janelas de tempo, bem como a
duração das janelas para cada doca podem ser observados na Tabela 2. A doca 2 inicia a
primeira janela de tempo no instante 55 e a segunda janela inicia no instante 95. A doca 3
também possui duas janelas de tempo iniciando nos instantes 45 e 120.
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A Figura 1 ilustra um gráfico de Gantt com o sequenciamento dos caminhões nas docas,
início e fim das operações de cada caminhão em cada doca. A função objetivo para este
problema foi de 610, representando o tempo total gasto por todos os caminhões para realizarem
suas operações de carregamento e descarregamento nas docas.
Pode-se observar que as condições impostas pela empresa são atendidas pelo modelo
matemático. Todos os caminhões iniciam seu roteiro na recepção, doca 1, e a programação das
docas respeita a restrição de que docas que recebem operação de descarregamento sejam
designadas antes de docas que realizem operações de carregamento. Por exemplo, o caminhão
5, representado pela cor verde na Figura 1, realiza uma operação de descarregamento na doca
3 e uma operação de carregamento na doca 2, além de ter que passar obrigatoriamente pela doca
1. Observando a programação de docas para este caminhão na Figura 1, pode-se visualizar que
a doca 1 é a primeira a ser visitada pelo caminhão. Em seguida, o caminhão desloca-se para a
doca 3 e finaliza seu roteiro na doca 2.
As restrições de janelas de tempo também são respeitadas pelo modelo. Observando por
exemplo a doca 2 na Figura 1, a operação do caminhão 4 termina antes do início da janela de
tempo que se inicia no instante 55. O caminhão 5 é o próximo designado para esta doca; se não
houvesse a janela de tempo, a operação deste caminhão poderia ser iniciada no instante 55.
Entretanto, a duração da janela de tempo foi respeitada, e a operação é iniciada apenas no
instante 60.
Os testes continuaram sendo realizados para conjuntos maiores. A maior base de dados
para a qual o software LINGO encontrou a solução ótima possuía 8 caminhões e 5 docas. Os
resultados para essa base de dados podem ser observados na Figura 2. Para bases de dados a
partir de 9 caminhões e 5 docas, o software não foi capaz de encontrar a solução ótima em um
tempo inferior a 24 horas.
Os tempos de processamento de cada caminhão para cada doca são apresentados na Tabela
3. Como no exemplo anterior, a doca 5 também representa uma doca fictícia. Além disso, o
problema possui as mesmas janelas de tempo do exemplo anterior, com tempos de início e de
duração apresentados na Tabela 2.
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D1 D2 D3 D4 D5
C1 10 15 0 15 0
C2 10 15 30 0 0
C3 10 30 15 30 0
C4 10 30 30 15 0
C5 10 30 15 30 0
C6 10 15 30 30 0
C7 10 15 30 15 0
C8 10 0 15 30 0
A função objetivo para este problema foi de 1365. Este valor é obtido pela soma dos
maiores valores de cada linha da Tabela 4, que representam os instantes de término da última
doca percorrida por cada caminhão. Considerando o caminhão 2 como exemplo, além da
passagem obrigatória pela doca 1, este caminhão deve percorrer somente as docas 2 e 3, nas
quais realiza operações de carregamento e descarregamento, respectivamente. Como o
caminhão não realiza nenhuma operação na doca 4, pode-se visualizar na Tabela 4, que o tempo
de término nesta doca é igual a zero, bem como o tempo de término na doca 5, que representa
a doca fictícia.
Analisando a programação do caminhão 2 na Figura 2, pode-se observar o cumprimento
das restrições uma vez que o roteiro se inicia pela doca 1 e a operação de descarregamento é
designada antes da operação de carregamento, ou seja, a doca 3 é visitada antes da doca 2. A
programação deste caminhão também respeita a janela de tempo da doca 3, pois a operação
nesta doca termina antes do início da janela tempo.
D1 D2 D3 D4 D5
C1 30 55 0 95 0
C2 85 155 120 0 0
C3 75 225 245 190 0
C4 40 135 170 210 0
C5 95 190 225 155 0
C6 50 265 205 245 0
C7 10 95 45 75 0
C8 20 0 75 55 0
7. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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reimp, Atlas.
Wirth, M.; Emde, S. (2018), Scheduling trucks on factory premises. Computers & Industrial Engineering, 126,
175-186.
Abstract. The aim of this study is to adapt a truck scheduling problem into a open shop problem,
propose a mathematical model to minimize the time spent by drivers within the company and
solve this modeling exactly with the application of Operational Research algorithms and
techniques. The work was structured in sequential phases. First, the most used methods and
algorithms for this problem were identified. Next, the mathematical model was developed,
implemented in LINGO software and validated according to the restrictions of the case study.
The LINGO software presented limitations in obtaining the optimal solution due to problems
dimensions. The optimal results obtained by the software showed that the proposed model met
the conditions of the real problem on which it was based.
Keywords: Truck scheduling. Truck arrivals. Time window. Automotive industry. Open Shop.
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1. INTRODUÇÃO
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Hidrociclones
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x x
u (1)
x
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1 ( R ) (2)
Dessa forma, inicia-se um procedimento de busca pelo ponto mais provável de falha (u*),
que é aquele com distância em relação à origem igual a β e cujo valor da função de restrição
transformada G(u) é máximo, sendo G(u) uma função diferenciável de pelo menos uma
variável. Tal procedimento é composto pelas seguintes etapas (Du, 2005; Lobato et al., 2017):
1 - Define-se os parâmetros iniciais: k = 0 e u0 = 0;
2 - Obtém-se a direção de busca ak através da Eq. (3);
G(uk )
ak (3)
G(uk )
2.3 MODE+IRA
O algoritmo de Evolução Diferencial é uma técnica proposta por Storn e Price (1997) e
que se diferencia dos demais métodos heurísticos pela forma como é feita a operação de
cruzamento, a saber, via realização de operações vetoriais entre os indivíduos da população.
Devido ao sucesso alcançado por esse algoritmo, Lobato (2008) propôs a sua extensão para o
contexto multi-objetivo - MODE (Multi-Objective Optimization Differential Evolution). Em
linhas gerais, essa estratégia faz uso de um sistema de classificação dos indivíduos baseado
em ranks via critério de dominância de Pareto associado a um operador de distância de
multidão para priorizar a manutenção na população de indivíduos mais distantes dos demais,
favorecendo, assim, a diversidade das soluções.
No contexto da confiabilidade, o algoritmo MODE é associado ao IRA para fins de
análise de confiabiliadade no contexto multi-objetivo. A abordagem resultante, denominada
de MODE+IRA, apresenta os seguintes passos:
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3. METODOLOGIA
X1 0, 60
X 5, 05
Sendo X a matriz das variáveis codificadas e X’ a sua transposta, a1 e
2
X3 0, 69
X4 2,35
0, 61 0, 47 0,33 0, 28
0, 47 0, 71 0, 40 0, 78
A1 .
0,33 0, 40 1, 65 0,91
0, 28 0, 78 0,91 1, 67
0, 29 0,10 0, 06 0, 07
0, 03
10, 03 0, 06 2,81 0, 29
0,16
Sendo a2 e A2 .
1,17 0, 03 0,16 0, 60 0,36
0,90 0, 07 0, 29 0,36 0,19
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( Di / Dc ) 0, 21 ( Do / Dc ) 0, 27 ( L / Dc ) 5,8 14,5
X1 X2 X3 X4
0, 05 0, 05 1,1 3,3
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Eu
5000
HONC4-B HOCC4-B
HONC3-A 5000
HOCC3-A =0
4000 4000 = 4
3000 3000
Eu
2000
2000
1000 HOCC4-A
HOCC3-C
1000 HONC3-B 5
HONC3-C 10 HONC4-A 100
15 90
5 6 7 8 9 10 11 12 R 20
L (
% 25 80 %)
RL (%) )
30 70 (
(c) Caso 3 (min RL e min Eu) (d) Caso 4 (max η, min RL e min Eu)
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Na Tabela 2 observa-se que todos os hidrociclones apresentam suas respostas dentro dos
intervalos definidos nas restrições, sendo que os separadores obtidos com confiabilidade
possuem os valores dessas respostas mais distantes dos limites de cada restrição, contando,
assim, com uma maior garantia de que tais restrições serão respeitadas na prática. Além disso,
observa-se que o separador HONC1-C é o hidrociclone de maior eficiência total dentre os
obtidos, possuindo um valor de η igual a 96,1%. Por sua vez, o equipamento HONC3-A é
aquele de menor RL, apresentando um valor dessa resposta igual a 5,1%. Por fim, o
hidrociclone de menor número de Euler é o HONC2-A, com valor de Eu igual a 779. Assim,
as diferentes características desses três hidrociclones mostram a ampla diversidade dos pontos
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5. CONCLUSÕES
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otimização não estejam dentre as restrições ativas, a forma da deterioração tende a ser um
distanciamento da curva com confiabilidade em relação à nominal.
Em resumo, conclui-se que os hidrociclones obtidos apresentam, de fato, um desempenho
satisfatório em todas as respostas consideradas, uma vez que eles possuem valores dessas
respostas dentro das restrições estipuladas, e as mesmas são coerentes fisicamente.
Finalmente, os hidrociclones obtidos usando a técnica com confiabilidade apresentaram
valores mais distantes em relação aos limites estipulados nas restrições, o que indica que eles
representam, de fato, uma solução mais confiável em relação à correspondente nominal.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
Du, X. (2005), “First order and second reliability methods”, in Probabilistic Engineering Design, University of
Missouri, Rolla.
Garcia, V.A. (2018), “Projeto de hidrociclones usando otimização robusta e evolução diferencial”, Dissertação
de Mestrado, FEQUI/UFU, Uberlândia.
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FEMEC/UFU, Uberlândia.
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Doutorado, FEQUI/UFU, Uberlândia.
Storn, R.; Price, K. (1997), Differential Evolution – A Simple and Efficient Heuristic for global Optimization
over Continuous Spaces. Journal of Global Optimization, 11, 341–359.
Svarovsky, L. (2000), “Solid-liquid separation”, 4º ed., Butterworth-Heinemann, Oxford.
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2. METODOLOGIA
Para os casos abordados neste trabalho será considerado o modelo de Wilson (1964), tendo
em consideração a baixa pressão do sistema, o que permite considerar a fase vapor como gás
ideal. Portanto, as relações de equilı́brio lı́quido-vapor serão expressas como:
P yi = Pisat xi γi (1)
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com 0 < x(0) < 1 e µ = 4. Ademais, x(0) será considerado um número aleatório com
distribuição uniforme 0-1. As estimativas iniciais serão geradas com a = 0 e b = 2000.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A presente seção detalha os resultados obtidos para duas misturas binárias, formadas por
tert-butanol (1) + 1-butanol (2) e ácido acético (1) + anisol (2). Os dados de equilı́brio lı́quido-
vapor, bem como outros parâmetros necessários à estimação de parâmetros — como constantes
da equação de Antoine para cálculo de pressões de saturação de componentes puros e volumes
molares de substâncias puras — estão disponı́veis em Wisniak & Tamir (1976) e Mali et al.
(2017), respectivamente.
Para o sistema binário tert-butanol (1) + 1-butanol (2) considerou-se uma pressão de 760
mmHg, com dados experimentais publicados por Wisniak & Tamir (1976). Deve-se ressaltar
que este problema especı́fico apresenta um mı́nimo local e um mı́nimo global na estimação
de parâmetros, o que justifica o uso de metaheurı́sticas. As coordenadas do mı́nimo local são
(θ1 , θ2 ) = (852.2, −607.8), com uma função objetivo F = 0.0333. Por outro lado, o mı́nimo
global do problema está em (θ1 , θ2 ) = (−865.1, 2419.9), com F = 0.0111.
Para as estimativas inicias caóticas empregou-se, na Eq. (6), a = 0 e b = 2000 (escolhidos
arbitrariamente, uma vez que o problema é intrinsecamente irrestrito). De modo similar, as
estimativas inicias aleatórias também foram geradas no intervalo [0, 2000].
As Figuras 1(a) e 1(b) apresentam estimativas iniciais tı́picas para as versões caótica e
aleatória do algoritmo, respectivamente. Deve-se notar que, apenas por uma inspeção visual
de tais figuras, não é possı́vel notar uma diferença significativa entre tais estimativas iniciais.
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Figura 2- Mapas de resposta para estimativas iniciais caóticas (em vermelho) e aleatórias (em azul).
estimativas iniciais caóticas produzem um menor valor médio para a função-objetivo, o que é
desejável para o problema em questão. Mais ainda, o pior valor para a versão caótica também
produz um resultado mais favorável do que a versão aleatória. Foram empregadas 50 gerações
para o algoritmo da Evolução Diferencial, de modo a ressaltar o efeito das diferenças entre as
estimativas iniciais. Valores maiores para o número de gerações acabam por implicar em valores
finais muito próximos (ou “agrupados”), tornando as possı́veis diferenças menos evidentes.
Tabela 1- Resultados da Evolução Diferencial com estimativas iniciais aleatórias e caóticas – Sistema
tert-butanol (1) + 1-butanol (2)
Uma visão gráfica dos resultados das 1000 execuções para as duas versões do algoritmo é
apresentada na Fig. 4, considerando-se o melhor elemento da população para cada execução do
algoritmo, ao final das 50 gerações.
Os dados de equilı́brio lı́quido-vapor para o sistema ácido acético (1) + anisol (2) a 96.15
kPa foram publicados por Mali et al. (2017). As pressões de vapor para componentes puros
foram calculadas pela equação de Antoine, com coeficientes também disponı́veis em Mali et al.
(2017).
Neste exemplo, o número de gerações no algoritmo da Evolução Diferencial foi G = 30.
Conforme já ressaltado, a ideia é não permitir que o algoritmo localize, de forma acurada, o
ótimo do problema, mas se aproxime das vizinhanças da solução; assim, as diferenças entre as
estimativas iniciais aleatórias e caóticas podem ser facilmente evidenciadas.
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Figura 3- Resultados finais (1000 execuções) para o sistema tert-butanol (1) + 1-butanol (2).
Os resultados para 1000 execuções estão apresentados na Tabela 2. Nota-se uma melhor
performance do algoritmo com estimativas iniciais caótica frente àquele com estimativas iniciais
aleatórias. Além de um valor médio menor para a função-objetivo para o modelo caótico, o pior
resultado para a versão caótica é mais próximo do ótimo global do que aquele calculado pela
versão aleatória. Os melhores resultados, para ambas as versões, correspondem ao ótimo global
do problema.
Tabela 2- Resultados da Evolução Diferencial com estimativas iniciais aleatórias e caóticas – Sistema
ácido acético (1) + anisol (2)
4. CONCLUSÕES
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Figura 4- Resultados finais (1000 execuções) para o sistema ácido acético (1) + anisol (2).
Agradecimentos
A estudante Jéssica Morgan agradece à Universidade Federal do Rio Grande – FURG pela
bolsa de Iniciação Cientı́fica (EPEC-Pesquisa) durante o perı́odo de realização deste trabalho.
Referências
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Mali, N. A.; Mali, P. W.; Patil, A. P.; Joshi, S. S. (2017); Vapor-Liquid Equilibrium Data for Binary
Mixtures of Acetic Acid + Anisole, Acetone + Anisole, and Isopropanol + Anisole at Pressure 96.15
kPa. Journal of Chemical & Engineering Data, 62(3), 947-953.
Abstract. Parameter estimation is a crucial step for the prediction of vapor-liquid equilibrium
employing thermodynamic models. The accurate prediction of the phase coexistence is, in turn,
a basis for the design of separation processes (for instance, distillation columns). Classical
deterministic methods (such as the Nelder-Mead Simplex) are commonly employed for these
tasks; on the other hand, the quality of the initial estimates for the binary interaction para-
meters to the model under discussion is fundamental for the identification of global optima –
since we can observe, in several cases, a multimodal problem. Considering this scenario, more
recently, metaheuristics have been used in parameter estimation problems, with emphasis on
the Differential Evolution algorithm. In this work, we propose to evaluate the effect of initial
estimates – randomly generated or following a chaotic model – in the results of a parameter
estimation problem for the Wilson model in two binary mixtures, employing the Differential Evo-
lution algorithm. The results indicated that chaotic initial estimates produced, in both cases,
more adherence to the experimental data than the random initial estimates, without increase of
computational cost.
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• Extensão infinita dos limites: os limites fractais são enrugados e complexos, mantendo o
padrão em várias escalas, desde as mı́nimas partes até o todo. Apesar dos limites serem
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enrugados, são medidos linearmente com retas e a extensão dos seus limites depende do
tamanho da unidade-padrão de medida. Sendo assim, quanto mais se reduz o tamanho da
unidade-padrão, maior é a extensão do que se mede, gerando um aumento do alcance de
detalhes;
• Permeabilidade dos limites: é a esta caracterı́stica que permite uma troca de energia e de
matéria no meio ambiente ou nos processos humanos, o que proporciona um intercâmbio
de dados gerando informação, conhecimento e aumento da melhoria dos relacionamentos
em todas as escalas. A mudança de estado e as alterações de um padrão fractal para outro
são propiciadas por essa caracterı́stica;
• Apenas as melhores partı́culas são mantidas em cada geração, sendo o restante delas
desconsiderado.
Conforme descrito por Salimi (2015), embora a busca fractal apresente um bom desempe-
nho, ela possui algumas desvantagens. Além do inconveniente de todos os parâmetros precisa-
rem ser bem definidos, não existe troca de informações entre as partı́culas numa clara tentativa
de acelerar o processo de convergência do processo. Outro ponto é que a BFE apresenta um
aumento no número de partı́culas durante as gerações, o que implica naturalmente no aumento
do tempo de processamento. Khalilpourazari et al. (2019) utilizou o algoritmo de BEF para
resolver problemas multi-objetivos complexos. Já Khalilpourazari & Khalilpourazary (2018)
aplicou este algoritmo em um problema de engenharia para a retificação de superfı́cie. Hino-
josa et al. (2018) utilizou esse algoritmo para a segmentação de imagens para o procedimento de
histologia em mamas. Chen et al. (2019) propôs a variante desse método a partir da perturbação
de soluções em potencial para a determinação de um parâmetro fotovoltaico.
De acordo com Salimi (2015), o algoritmo de BEF possui duas fases distintas, a saber, a
difusão e a difusão estática. A primeira permite que cada partı́cula se difunda em torno da sua
posição, aumentando desta forma a capacidade de exploração e, consequentemente, maximize
as chances de encontrar o mı́nimo global e evita a estagnação em um ponto de mı́nimo local.
Já na difusão estática, ao invés de aumentar o número de partı́culas na geração atual, este ope-
rador apenas considera o melhor ponto gerado na difusão, descartando o restante. Na etapa de
atualização, o algoritmo simula como um ponto atualiza sua posição baseando-se na posição
dos outros pontos do grupo, promovendo uma exploração eficiente do espaço de busca. Para
criar novas partı́culas a partir do processo de difusão, o algoritmo de BEF faz uso de um ca-
minho Gaussiano que é uma abordagem mais promissora para encontrar os mı́nimos globais,
apesar da convergência mais rápida de trabalhos envolvendo estratégias evolutivas baseadas no
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vôo de Levy (Chen et al., 2019). Baseando-se nestas informações, Salimi (2015) propôs dois
tipos diferentes de caminhadas Gaussianas, a saber, as descritas pela Eq.(1) e pela Eq.(2).
Pj = LB = × (U B − LB) (4)
em que Pt0 e Pr0 são pontos aleatórios selecionados no primeiro procedimento e ˙ são números
aleatórios gerados pela distribuição Normal Gaussiana. O novo ponto P ”i substitui Pi0 se tiver
um custo melhor que Pi0 .
Mais detalhes sobre o desenvolvimento matemático do algoritmo de BEF podem ser encon-
trados no trabalho de Salimi (2015).
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3. METODOLOGIA
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Esse problema, estudado por Mirjalili & Lewis (2016), consiste na minimização do volume
de uma mola de tensão/compressão sujeito à restrições de deflexão mı́nima, tensão de cisalha-
mento, frequência de surto e limites no diâmetro externo. As variáveis de projeto são: diâmetro
do fio (d), diâmetro médio da espiral (D) e número de espirais (N ), como observado na Fig.1.
O diâmetro do fio (d) e o diâmetro médio da espiral (D) são representados em polegadas (in)
enquanto o número de espirais (N ) é um valor adimensional (Arora, 1989).
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140, 45x1
g3 (x) ≡ 1 − ≤0 (10c)
x22 x3
x2 + x1
g4 (x) ≡ −1≤0 (10d)
1, 5
0, 05 ≤ x1 ≤ 2, 00; 0, 25 ≤ x2 ≤ 1, 30; 2, 00 ≤ x3 ≤ 15, 00 (10e)
Esse problema foi resolvido por Coello & Montes (2002) usando novo método derivado do
Algoritmo Genético com estratégia de nichos baseado em Pareto, por Mirjalili & Lewis (2016)
usando o Algoritmo de Otimização de Baleias e por He & Wang (2007) usando o Método de
Enxame de Partı́culas. Na Tabela 1 são apresentados os melhores resultados (variáveis de pro-
jeto, função objetivo e número de avaliações da função objetivo - ∆) considerando os métodos
citados e o algoritmo de BEF.
Tabela 1- Resultados obtidos para o problema do projeto de uma mola considerando diferentes aborda-
gens.
BFE Coello & Montes (2002) Mirjalili & Lewis (2016) He & Wang (2007)
x1 (in) 0,0517 0,0520 0,0512 0,0517
x2 (in) 0,3568 0,3640 0,3452 0,3576
x3 (-) 11,2819 10,8905 12,0040 11,2445
f (in3 ) 0,0127 0,0127 0,0127 0,0127
∆ 920 80000 4410 5460
A partir dos resultados apresentados nesta tabela pode-se concluir que a metodologia pro-
posta foi capaz de encontrar a mesma solução obtida por outras estratégias. Todavia, o algo-
ritmo SFS requereu um menor custo computacional quando comparado com os outras aborda-
gens. Cabe ressaltar que, como este método faz uso de geradores de números aleatórios, a sua
solução varia de execução para execução, assim como todas as outras estratégias heurı́sticas.
Neste cenário, os resultados referentes a média, desvio padrão e o melhor resultado são apre-
sentados na Tab.2. De forma geral percebe-se que os valores do desvio padrão e da média
indicam que o algoritmo BEF se mostrou robusto, i.e., o mesmo sempre foi capaz de convergir
para a solução do problema, o que evidencia a qualidade de solução em termos de convergência
e custo computacional.
Tabela 2- Melhor valor, valor médio e desvio padrão o problema do projeto de uma mola considerando o
algoritmo de BFE.
Melhor Média Desvio Padrão
x1 (in) 0,0517 0,0517 0,0000
x2 (in) 0,3566 0,3568 0,0004
x3 (-) 11,2926 11,2819 0,0253
f (in3 ) 0,0127 0,0127 1,9148×10−8
Considere a viga engastada que deve ser projetada a partir da determinação das dimensões
(h, l, t e b) via minimização do seu custo (f (x)), conforme a Fig.2 (Coello & Montes, 2002).
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r
x2
τ= τ 02 + 2τ 0 τ ” + τ ”2 (13a)
2R
P
τ0 = √ (13b)
2x1 x2
MR
τ” = (13c)
J
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!
x2
M =P L+ (13d)
2
v !2
u
u x2 x + x
1 3
R=t 2 + (13e)
4 2
!2 !!
√ x22 x1 + x 3
J =2 2x1 x2 + (13f)
12 2
6P L
σ= (13g)
x4 x23
4P L3
δ= (13h)
Ex33 x4
r
x23 x64
4, 013E r !
36 x3 E
Pc = 1− (13i)
L2 2L 4G
Esse problema foi resolvido por Coello & Montes (2002) usando novo método derivado do
Algoritmo Genético com estratégia de nichos baseado em Pareto, por Mirjalili & Lewis (2016)
usando o Algoritmo de Otimização por Baleias e por Rashedi et al. (2009) usando o Algoritmo
de Busca Gravitacional. Na Tabela 3 são apresentados os melhores resultados (variáveis de pro-
jeto, função objetivo e número de avaliações da função objetivo - ∆) considerando os métodos
citados e o algoritmo de BEF e os seguintes parâmetros (Coello & Montes, 2002): P =6000 lb,
L=14 in, E=30×106 psi, G=12×106 psi, τmax =13600 psi, σmax =30000 psi e δmax = 0,25 in.
Tabela 3- Resultados obtidos para o problema do projeto de uma viga considerando diferentes aborda-
gens.
BEF Coello & Montes (2002) Mirjalili & Lewis (2016) Rashedi et al. (2009)
x1 (in) 0,2057 0,2060 0,2054 0,1821
x2 (in) 1,9650 3,4713 3,4843 3,8570
x3 (in) 9,0366 9,0202 9,0374 10,0000
x4 (in) 0,2057 0,2065 0,2063 0,2024
f ($) 1,5198 1,7282 1,7305 1,8800
∆ 4935 80000 9900 10750
Nesta tabela observa-se que o valor da função objetivo obtido pelo algoritmo de BEF foi
inferior aos apresentados por outros autores. Este menor valor foi encontrado as custas de um
menor valor para a variável x2 , cujo valor foi bem inferior à destacada na literatura. De maneira
geral, pode-se concluir, assim como observado para o estudo de caso anterior, que a metodo-
logia proposta foi capaz de encontrar uma boa solução em termos da função objetivo, todavia,
as custas de um menor custo computacional quando comparado com os outras abordagens. A
Tabela 4 apresenta os resultados referentes a média, desvio padrão e o melhor resultado, res-
pectivamente. De forma geral percebe-se que os valores do desvio padrão e da média indicam
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que o algoritmo BEF se mostrou robusto, i.e., o mesmo sempre foi capaz de convergir para a
solução do problema.
Tabela 4- Melhor valor, valor médio e desvio padrão o problema do projeto de de uma viga considerando
o algoritmo de BFE.
Melhor Média Desvio Padrão
x1 (in) 0,2057 0,2057 0,0119×10−9
x2 (in) 1,9650 1,9650 0,1606×10−9
x3 (in) 9,0366 9,0366 0,0484×10−9
x4 (in) 0,2057 0,2057 0,0013×10−9
f ($) 1,5198 1,5198 9,2342×10−12
5. CONCLUSÕES
A presente contribuição teve como objetivo avaliar a aplicação do algoritmo de BFE para o
projeto de dois sistemas de engenharia. Os resultados obtidos demonstraram que o algoritmo
sempre foi capaz de encontrar uma boa solução em termos do valor da função objetivo. Com
relação ao custo computacional, observa-se que a metodologia utiliza requereu um número me-
nor de avaliações da função objetivo em comparação com outras estratégias evolutivas. Como
trabalhos futuros pretende-se: estudar a influência dos parâmetros do algoritmo de BEF, avaliar
a sua aplicação em sistemas de engenharia com maior complexidade, bem como propor a sua
extensão para o contexto multi-objetivo.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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INTRODUCTION
Since December 2019, Covid-19 has caused major disease outbreaks all around the world,
and, by the end of August-2020, it has infected more than 23 million individuals and caused
more than 820 thousand deaths. Due to the absence of an effective vaccine, only contention
measures, like quarantine and social distance, can be undertaken to control disease spread.
This has been causing unprecedented economical issues, leading to massive unemployment and
bankruptcy of small businesses.
By August 2020, after controlling transmission, many countries started to reopen their
economies, under strict social distance measures. However, new waves of infections have been
observed in Europe, Israel, China and New Zealand, that have successfully contained Covid-19
spread earlier.
In order to appropriately track disease spread in a population and the effectiveness of con-
tention measures, the epidemiological model must account for dynamic change in transmission.
Moreover, Covid-19 has a well-documented disease severity distribution, where only individ-
uals under critical conditions are most likely to die. To address all these issues, we propose
a SEIR-type model that accounts for time-dependent transmission parameters and three main
disease severity conditions, namely, mild, severe and critical. Following Verity et al. (2020), by
severe individuals we mean those hospitalized and by in critical conditions we mean those ones
in an intensive care unity (ICU).
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SIR- and SEIR-type models have been using to model infectious diseases since the seminal
work of Kermack and McKendrick (1927). For a nice review on this subject, see Keeling and
Rohani (2008).
One of the main issues of SEIR-type models is the sensitivity of parameters to noise. Thus,
to estimate the model parameters, a maximum a posteriori approach in combination with a
gradient-descent optimization tool is proposed. 95% confidence intervals are provided by 200
samples generated by bootstrap Chowell (2017).
Besides the transmission parameters, that shall be estimated, other parameters, like rates of
recovery, death and hospitalization, the mean time from infection to onset, onset to hospital-
ization, hospitalization to ICU admission and ICU admission to death or recovery are obtained
from recent medical studies Lauer et al. (2020); Grasselli et al. (2020); Guan et al. (2020);
Huang et al. (2020); Wu and McGoogan (2020); WHO (2020).
An extensive set of numerical examples, with real data from Blumenau-SC, Florianopolis-
SC and Rio de Janeiro-RJ in Brazil, as well as New York City-NY, in the United States, are
presented. The time-dependent basic reproduction rate, obtained through the next-generation
matrix technique Diekmann et al. (1990), is used to track the transmission pattern, indicating
whether transmission is contained or uncontained.
Therefore, the main contributions of the present work can be summarized as follows: (i)
The introduction of a SEIR-type model that accounts for disease severity. (ii) The use of
time-dependent transmission parameters. (iii) The model calibration technique. (iv) Numer-
ical examples with real data. (v) Tracking disease transmission using the time-dependent basic
reproduction rate.
The epidemiological model accounts for seven compartments, namely, susceptible (S), ex-
posed (E), mild and infective (IM ), severe and infective (IS ), critical and infective (IC ), recov-
ered (R) and deceased (D). The movement between compartments is governed by the system
of ordinary differential equations below:
Ṡ = −S(βM IM + βS IS + βC IC ) (1)
Ė = S(βM IM + βS IS + βC IC ) − σE (2)
I˙M = σE − (γR,M + αS )IM (3)
I˙S = αS IM − (γR,S + αC )IS (4)
I˙C = αC IS − (γR,C + δD )IC (5)
Ṙ = γR,M IM + γR,S IS + γR,C IC (6)
Ḋ = δD IC . (7)
The parameters βM , βS and βC stand for the time-dependent rates of infection of mild,
severe and critical infective individuals, respectively. σ is the inverse of the mean time of
infection to onset of symptoms. γR,M , γR,S and γR,C are the recovery rates of mild, severe and
critical infective individuals, respectively. The rates of hospitalization and ICU admission are
denoted by αS and αC , respectively. The rate of death of critical individuals is αS . According
to the study WHO (2020), in general, only people in critical conditions die by Covid-19. This
is the reason why there are no rates of death in the infective compartments IM and IS .
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To reduce the problem dimensionality and to simplify model estimation, the transmission
parameters for severe and critical classes satisfy: βS = aβM and βC = bβM , where a and b
are constants.
The set of parameters of the model in Eqs. (1)–(7) can be summarized into three sets:
1. Initial Conditions: S(0), E(0), IM (0), IS (0), IC (0), R(0) and D(0).
3. Time-dependent parameter: βM .
The parameters that must be estimated from the curves of daily new infections are βM , a, b
and IM (0), the other ones are known. The rates in the model are given directly by the recent
studies Lauer et al. (2020); Grasselli et al. (2020); Guan et al. (2020); Huang et al. (2020);
Wu and McGoogan (2020); WHO (2020). The initial susceptible population is set as the total
population size minus the initial infective individuals. Besides IM (0), the initial population in
the other infective classes, recovered and deceased are set as zero.
Θ = (β, a, b, IM (0))T
are estimated, where β is the time-independent version of βM , and in the second one, βM (t) is
calibrated recursively.
All parameters, Θ and βM , are estimated from the curves of daily reports of new infections.
To address the model sensitivity to noise, Gaussian priors are included in the posterior densities.
Let Y = (Y1 , . . . , YM ) denote the set of daily reports of new Covid-19 infections. In the
estimation of Θ, the log-posterior density below is maximized:
where the log-likelihood density is given by the logarithm of the Poisson distribution with
mean given by σE(ti ), where ti with i = 1, . . . , M is some date in the time-series:
M
X
Π(Y |Θ) ∝ [Yj log(σE(ti )) − σE(ti ) − log(Yj !)] , (9)
i=1
1
log(Yj !) ≈ log(2πY ) + Y log(Y ) − Y.
2
The prior is given by
α
ΠP RIOR (Θ) ∝ − kΘ − Θ0 k2 , (10)
2
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with Θ0 equal to the initial state of the referred model parameters and α is a regularization
parameter.
The estimation of the time-dependent transmission rate βM is performed as follows: For
each i = 1, . . . , M , maximize the log-posterior density below:
NUMERICAL RESULTS
In the present section, the proposed SEIR-type Model and the estimation method are tested
with reported curves of daily new infections from the cities of Blumenau-SC, Florianopolis-SC
and Rio de Janeiro-RJ, in Brazil, as well as New York City-NY (NYC), in the United States.
The time series of the reports from Brazilian cites were downloaded from https://github.
com/wcota/covid19br, on 28-Aug-2020, and the data from NYC was downloaded from
https://github.com/nychealth/coronavirus-data, on 22-Aug-2020.
Covid-19 outbreak has been addressing quite differently in these places, however, all four
cities implemented lockdown and now, they are reopening, with social distance measures. Due
to a series of reasons, the effectiveness of implementation of contention strategies is quite dif-
ferent in such places.
Figure 1 presents the model predictions and the reported cases for all four cites. 95% confi-
dence intervals were generated with bootstrap (Chowell, 2017). The model was estimated from
the curves of daily reports of new infections, smoothed-out by a 7-days moving mean. The
7-day moving mean of the corresponding basic reproduction rates R(t) (Diekmann et al., 1990)
for Florianopolis, Blumenau, Rio de Janeiro and NYC can be found in Fig. 2. Since such quan-
tities are quite sensitive to noise, moving means are better to see their qualitative behaviour.
Notice that, an epidemic dies out whenever the basic reproduction rate stays below one, which
means that each infective individual infects, in mean, less than one susceptible person.
Table 1 presents the calibrated parameters for the four considered cities, with their 95%
confidence intervals, obtained using bootstrap. The original time series was divided into two
smaller sets. The first one considers the daily reports of new infections for the first 20 days and
the second one, the reports for the remaining dates. In general, the disease spread dynamics
may change considerably from the first days of an epidemic to the remaining period, due to the
implementation of mitigation or contention measures.
As Figs. 1-2 show, NYC faced a major outbreak between March and May-2020, and by 22-
Aug-2020, transmission is contained. Even after reopening, NYC authorities managed to keep
the basic reproduction rate close to one. However, since it is not away below one, there is always
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Figure 1- Reported and model predictions of daily new infections for Florianopolis-SC, Blumenau-SC,
Rio de Janeiro-RJ and New York City-NY (USA). The envelops represent 95% confidence intervals.
a risk of new waves of infections. So, social distance measures must be kept while the disease
is not eradicated. Despite some spikes in the reports, by 28-Aug-2020, the Covid-19 outbreak
in Florianopolis seems also to be under control, since R(t) is also close to one. According
to the results, by 28-Aug-2020, Covid-19 transmission still uncontained in Rio de Janeiro and
Blumenau. It is illustrated by the shape of the curves of daily new infections in Fig. 1 and since,
for both cities, R(t) stays away above one, as Fig. 2 shows. This means that, public authorities
must enforce population to follow social distance measures to control transmission and block
disease spread.
It is worth mentioning that, these results are subject to a large amount of uncertainties due
to a series of reasons, but the main one is sub-notification. In general, only symptomatic cases
are tested, and, in some places, there is no policy of contact trace, which could help to identify
infective asymptomatic individuals. In addition, different tests, with different accuracy levels
have been using in reports. All these issues were not taken into account since they are beyond
the scope of the present work.
CONCLUSIONS
This article presents a SEIR-type model that includes different levels of disease severity and
time-dependent parameters to describe the dynamics of some infectious disease, such as Covid-
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Figure 2- Moving-mean of seven consecutive days of the time-dependent basic reproduction rate for
Florianopolis-SC, Blumenau-SC, Rio de Janeiro-RJ and New York City-NY (USA). The envelops rep-
resent 95% confidence intervals.
19, in a susceptible population. The model is tested with daily reports of new infections from
Blumenau-SC, Florianopolis-SC and Rio de Janeiro-RJ, in Brazil, as well as New York City-
NY, in the United States. The model is calibrated from the reported data using a maximum a
posteriori approach, where the posterior density is maximized using a gradient-based technique.
95% confidence intervals were obtained by bootstrap. The calibrated model is adherent to
the reported curves, and the corresponding time-dependent basic reproduction rates indicates
precisely whether transmission is contained or not. According to the results, by 28-Aug-2020,
Florianopolis and NYC authorities managed to control Covid-19 spread, whereas, in Blumenau
and Rio de Janeiro, disease spread still need to be contained. The effective implementation of
social distance seems to play a major role in spread control, as Florianopolis and NYC illustrate.
Notice that, since, in all cases, the basic rate of transmission stays close to one, there is always
a risk of new waves of infections, which means that strict social distance measures must be kept
while there is no effective vaccine or the disease is eradicated.
REFERENCES
Chowell, G. (2017). Fitting dynamic models to epidemic outbreaks with quantified uncertainty:
a primer for parameter uncertainty, identifiability, and forecasts. Infectious Disease Mod-
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Florianopolis
Parameter Time Series 1 Time Series 2
IM (0) 2 (1–50) -
β 1.81 (0.85–1.81) 1.01 (0.79–1.02)
a 0.63 (2.4e-14–0.63) 2.6e-14 (2.3e-14–0.31)
b 0.60 (2.4e-14–0.60) 4.5e-13 (2.6e-14–0.98)
Blumenau
IM (0) 26 (42–50) -
β 0.94 (0.86–1.01) 1.06 (0.59–1.06)
a 0.18 (2.2e-14–0.21) 1.1e-13 (2.8e-14–1)
b 0.23 ( 2.2e-14–0.25) 1.9e-13 (2.7e-14–1)
Rio de Janeiro
IM (0) 21 (15–50) -
β 2.25 (2.02–2.61) 1.04 (1.03–1.05)
a 0.89 (1.2e-11–1.00) 4.0e-14 (2.34e-14–4.0e-14)
b 0.85 (3.8e-12–1.00) 4.0e-14 (2.34e-14–4.0e-14)
New York City
IM (0) 50 (50–50) -
β 4.57 (4.57–4.59) 0.85 (0.85–0.86)
a 2.9e-14 (2.5e-14–1.4e-13) 2.3e-14 (2.3e-14 4.0e-14)
b 4.0e-14 (2.3e-14–1.2e-13) 2.3e-14 (2.3e-14 4.0e-14)
Table 1- Calibrated parameters for each city, Florianopolis, Blumenau, Rio de Janeiro and New York
City. The numbers in parentheses are 95% confidence intervals obtained using bootstrap.
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Universidade Federal do Tocantins – Palmas - TO
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1. INTRODUÇÃO
O estudo do cálculo fracionário surgiu a quase trezentos anos atrás em uma troca de corres-
pondências em que Leibniz questiona L’Hôpital sobre a generalização da ordem inteira de uma
derivada. Ao analisar a pergunta, L’Hôpital responde Leibniz com um outro questionamento, a
saber, qual seria a interpretação se a ordem da derivada tivesse valor meio? (Oldham & Spa-
nier, 1974). A partir daı́, inúmeros matemáticos, dentre os quais destacam-se Euler, Lagrange,
Laplace, Lacroix e Fourier, se sentiram motivados a tentar estender o significado de uma ordem
inteira para uma ordem arbitrária (Camargo & Oliveira, 2015).
Neste contexto, começou-se o desenvolvimento de abordagens para o tratamento de de-
rivadas que apresentavam ordens fracionárias. A derivada de Grünwald-Letnikov, que é um
somatório de uma série infinita onde a ordem inteira foi substituı́da por uma arbitrária α,
configura-se como uma boa ferramenta para a resolução de problemas numéricos (Lorenzo
& Hartley, 1998). Em termos analı́ticos, as derivadas de ordens arbitrária de Riemann-Liouville
e Caputo são duas das definições mais usuais para aproximar termos diferenciais fracionários.
Em linhas gerais, a proposta de Caputo consiste em uma modificação na definição de derivada
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fracionária proposta por Riemann-Liouville. Neste caso, a ordem referente aos operadores de
derivada e integral foram trocados. Assim, a definição de Caputo para uma derivada fracionária
passa pela avaliação de uma integral fracionária, que é representada por uma derivada de or-
dem inteira (Caputo, 1993). Além das citadas, também destacam-se as derivadas de Marchaud,
Chen, Hadamard, Riesz, Weyl, Osler, Hilfer, Davidson-Essex, Coimbra, Canavati, Cossar, Ju-
marie, Caputo-Hadamard, Hilfer-Katugampola, derivada pk, ρq-fracionária (Oliveira & Oli-
veira, 2018) e Ψ-Hilfer, sendo essa última uma generalização de vinte e duas outras derivadas
(Oliveira & Machado, 2014).
Na literatura especializada, inúmeros métodos analı́ticos e numéricos podem ser encon-
trados para a resolução de uma Equação Diferencial Ordinária Fracionária (EDOF) (Lin &
Liu, 2007). Numericamente, em linhas gerais, cada uma destas abordagens consiste no uso de
aproximações para as derivadas fracionárias de modo a reescrever o problema original em um
puramente algébrico, inerentemente, não linear (Podlubny, 1999).
Diante do que foi apresentado, a presente contribuição tem por objetivo desenvolver uma
ferramenta numérica para a resolução de EDOFs. Em linhas gerais, esta consiste da associação
entre o Método da Colocação Ortogonal (MCO) e a derivada do tipo Caputo. A metodologia
proposta é empregada para resolver problemas puramente matemáticos e que possuem solução
conhecida na literatura. Este trabalho está estruturado como segue. Na Seção 2. é apresen-
tada uma breve descrição matemática de algumas das principais aproximações para derivadas
fracionárias. A descrição do MCO para ambos os contextos inteiro e fracionários são apresen-
tados na Seção 3. A metodologia é apresentada na Seção 4. Os resultados são apresentados na
Seção 5., respectivamente. A última seção apresenta as conclusões deste trabalho.
2. DERIVADAS FRACIONÁRIAS
Nessa seção são apresentadas algumas definições básicas empregadas para a avaliação de
derivadas fracionárias.
2.1 Grünwald-Letnikov
A derivada fracionária segundo Grünwald-Letnikov (GL Dxα f (x)) de uma função genérica
f (x) foi introduzida por Anton Karl Grünwald (1867) e por Aleksey Vasilievich Letnikov (Mil-
ler & Ross, 1993). Essa formulação tem grande importância em problemas numéricos e está
baseada na generalização da diferenciação ordinária de ordem n ∈ N. A derivada fracionária
de Grünwald-Letnikov de ordem α (α ∈ R) de uma função f é definida através do limite de
uma série (Miller & Ross, 1993):
∞ !
α 1 X k α
GL Dx f (x) = lim (−1) f (x − kh) (1)
h→0 hα k
k=0
2.2 Riemann-Liouville
A derivada de Riemann-Liouville (RL Dxα f (x)) de uma função genérica f (x) é uma das
aproximações mais empregadas no cálculo fracionário. Esta é definida como segue (Miller &
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Ross, 1993):
n Zx
α d 1
RL Dx f (x) = n
(x − t)n−α−1 f (t)dt (2)
dt Γ(n − α)
0
em que Γ é a função Gamma e n é um número inteiro, definido como sendo n=[α]+1, em que
[α] é a parte inteira da ordem fracionária.
2.3 Caputo
2.4 Chen
A derivada fracionária (Ch Dxα f (x)) de uma função genérica f (x) de acordo com a proposta
de Chen é (Miller & Ross, 1993):
x
Z
1 d
α
Ch Dx f (x) = f (t)(x − t)−α dt (4)
Γ(1 − α) dx
0
3. COLOCAÇÃO ORTOGONAL
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Analogamente, multiplicando a Eq.(5) por Πi−1 e integrando, o parâmetro ψ pode ser obtido,
i.e.:
R1
XW (X)Π2i−1 (X) dX
ψi = − 0 1 (8)
R
W (X)Π2i−1 (X) dX
0
Considerando, por exemplo, Πi−2 =0, Πi−1 =1, W (X)=1 e η1 =0, o procedimento acima pode
ser usado para calcular ψ e η e, consequentemente, determinar o polinômio ortogonal em N P C,
(ψ,η)
i.e., ΠN P C (X) (Laranjeira & Pinto, 2001). As raı́zes deste polinômio são tomadas como sendo
os pontos de colocação.
Sabe-se que a função de aproximação e os pontos de colocação podem ser escolhidos usando
abordagens diferentes. A metodologia do polinômio de Lagrange (PL) tem sido tradicional-
mente usada como uma função de aproximação. Essa escolha se deve à redução do custo
computacional associado à aproximação numérica dos derivativos em comparação com outras
aproximações (Laranjeira & Pinto, 2001).
Considerando o conjunto de pontos de dados (X1 , Y1 ), (X2 , Y2 ), ..., (XN P C+1 , YN P C+1 ),
uma fórmula de interpolação que passa por esses pontos (um polinômio de interpolação de
N P C-ésimo grau) é dada por:
NX
P C+1
YN P C (X) = Yi li (X) (9)
i=1
Se o subscrito i for igual a j, li (X) é igual a 1. Caso contrário, li (X) é igual a 0. Como essa
aproximação é uma função contı́nua, ela pode ser diferenciada e integrada. Assim, a primeira
derivada para uma raiz especı́fica Xj pode ser expressa como:
NX
P C+1
dYN P C (Xj ) dli (Xj )
= Yi ,j = 1, 2, ..., N P C + 1 (11)
dX i=1
dX
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Na subseção anterior foi apresentado o algoritmo para a resolução de uma equação diferen-
cial ordinária com ordem inteira. Para a sua aplicação em um problema em que o termo dife-
rencial apresenta ordem fracionária, é necessária uma pequena adaptação no algoritmo. Neste
caso, a partir da definição da derivada fracionária a ser considerada, durante a caracterização
das derivadas considerando o PL no algoritmo, deve-se empregar uma das definições de deri-
vadas fracionárias para a representação deste termo. Com esta mudança, o algoritmo que antes
tratava apenas de derivadas inteiras, agora pode lidar com derivadas fracionárias. Para validar
a metodologia proposta serão analisados problemas puramente matemáticos e que apresentam
solução analı́tica, conforme apresentado e discutido na Seção 4.
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4. METODOLOGIA
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para avaliar a influência do tipo derivada considerada para avaliar o operador diferencial
α
d () para uma ordem fracionária arbitrária, seja a seguinte operação:
dα x2
(12)
dxα
Conforme a definição da derivada proposta por S. F. Lacroix (Oldham & Spanier, 1974), a
derivada de uma função polinomial (y m , onde m é o grau do polinômio), é dada por:
dα y m Γ (m + 1)
α
= xm−α (13)
dx Γ (m − α + 1)
Aplicando esta definição, a derivada fracionária para α igual a 1/2 e m igual a 2 da função
polinomial definida na Eq.(12) no intervalo [0 1] é igual a:
dα x2
= 1, 5045056x3/2 (14)
dxα
Para fins de comparação, a Fig.1 apresenta os perfis obtidos considerando as definições
descritas na Seção 2. para a função polinomial x2 . Nesta figura é possı́vel observar que, para a
função analisada, não existem diferenças significativas entre os perfis simulados considerando
cada um dos tipos de derivadas. Assim, como a metodologia proposta neste estudo tem como
objetivo empregar uma aproximação polinomial para a resolução de uma EDOF, qualquer uma
das definições apresentadas anteriormente pode ser empregadas sem prejuı́zo no que tange a
qualidade da solução.
Para avaliar a metodologia proposta, nesta seção são apresentados os resultados obtidos com
o MCO associado à aproximação de derivada de Caputo (Eq.(3)). Assim, considera-se a EDOF
de valor inicial genérica:
dα u
= f (t, u), u(0) = u0 (15)
dtα
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E solução aproximada:
2t1,5
f (t, u) = − u(t) + t2 (18)
Γ(2, 5)
E solução analı́tica:
u(t) = t2 (19)
Ta = −0, 98 (20)
√ √ √ √
f (t, u) = −u(t) + (1 + 2Ta ) cosh( 2t) + ( 2 + Ta )(sinh( 2t)) (21)
E solução analı́tica:
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6. CONCLUSÕES
O presente trabalho teve por objetivo propor uma aproximação numérica do tipo Caputo para
fins da aproximação dos termos fracionários em equações diferenciais ordinárias fracionárias
de valor inicial. Neste contexto, foram apresentados os resultados obtidos com a aplicação
da metodologia em três estudos de caso matemáticos cuja solução analı́tica (ou aproximada) é
conhecida. Em linhas gerais, foi possı́vel observar que a metodologia considerada foi capaz de
obter resultados consistentes com aqueles reportados considerando a comparação com a solução
analı́tica, conforme observado pelo valor do erro encontrado. Além disso, o aumento do número
de pontos de colocação implica na redução do erro obtido.
Finalmente, enfatiza-se que, apesar dos problemas abordados apresentarem caráter pura-
mente matemático, a metodologia apresentada pode ser empregada para modelos baseados em
fenômenos que acontecem na natureza. Como sugestões para trabalhos futuros pretende-se
expandir a metodologia para problemas diferenciais parciais fracionários.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Villadsen, J., Michelsen, M.L. “Solution of Differential Equation Models by Polynomial Approxima-
tion”. Prentice-Hall, Inc., Englewood Cliffs, N.J., 1978.
Abstract. In this work, to solve fractional ordinary differential equations the Orthogonal Collo-
cation Method (OCM) is used. The proposed methodology is given by the association involving
the OCM and the definition of the Caputo’s fractional derivative. In this scenario, the original
fractional ordinary differential equation is transformed into a non-linear algebraic problem that
is solved by using the Newton Method. The results obtained with the application of the proposed
methodology to mathematical equations demonstrate the efficiency of the strategy conveyed.
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Abstract. The Covid-19 pandemic had a high influence over the civil construction. Basic
products that were available almost everywhere, are now difficult to find on stores, that’s the
cement’s case. The product is essential to construction, but can be replaced, depending on the
circumstance, as producing mortars, by the polymeric non-cement based mortars, such as
FCC’s Massa DunDun. An analysis using SWOT, PESTEL and GUT matrices showed that the
polymeric mortar is ecologically efficient, but has weaknesses and threats related to market’s
resistance, standards, investments and capability of production. This and other priorities were
reviewed and set in order of priority that considers what is most urgent, tends to pursue and
how severe the factor is. Curiously, some of the higher prioritized factors are related to
science’s outreach to non-scientific community.
Keywords: Polymeric Mortar, SWOT Matrix, PESTEL Matrix, GUT Matrix, Deficiency
Analysis, Material Sciences.
1. INTRODUCTION
Through the centuries, the human being has tried to organize his routine through
mechanical processes, which helps production lines to be faster and efficient. Tools were
developed in order to make the procedures of finding failures, and solving them, faster and
organized, some of this tools are shaped as data matrices, such as SWOT (strengths,
weaknesses, opportunities and threats), GUT (short-term in Portuguese for: severity, urgency
and tendency) and PESTEL (political, economic, social, technological, environmental and legal
factors). This three tools are similar but differently shaped and purposed. The SWOT matrix is
used to discover the problems in an easy viewing chart, for the GUT matrix, all the objects once
recognized can be measured with numbers, and the PESTEL matrix is a very good tool for the
same reasons as the SWOT, but it can give some other important data, that are very helpful to
create an intervention plan (Fernandes, 2012), (Rosero, 2018).
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The polymeric mortar is an innovation of the construction sector that helps the bricklaying
process to get faster, but this single product is more effective than this: it’s also a good choice
for small repairs, wall paintings and waterproofing. As an innovation of the field, the polymeric
mortar goes through some challenges at the same time, such as the lack of standards to enforce
its quality, as well as to allow scientists and companies to show their clients data based on
researches (Rodrigues, 2017).
2. LITERATURE REVIEW
Cement is becoming a product of high cost: according to the São Paulo Construction
Industry Union’s economy vice-president (Sinduscon-SP), in interview for Valor (2020), the
prices are rising between 3 and 10%, what can cause problems for ongoing projects, due to a
pre-established budget.
The same product faces a difficult reality: cement is the most basic material for any project,
and the industries aren’t able to offer the same demanded amount. This happened because the
sector was expected to show the highest economy losses, due to COVID-19, but, against every
expectation, the civil construction sector is keeping strong and highly demanding of raw
materials. Tecchio also refers to the challenges to be faced by construction companies and
consumers by the lack of cement. Even facing challenges to obtain materials to work, the civil
construction market has risen a lot after the pandemic, some construction companies affirm that
during the first semester of 2020, 84% of all contracts happened after the 20th of March. (Cnn
Brazil1,2, 2020)
Developed by the FCC group in Brazil and sold under the name of “massa Dundun”, the
polymeric mortars started to be crafted in the country and have its place in the market. A product
once created for bricklaying proved itself as a multitasking material that allow the final
consumer to paint, brick lay, develop small projects and repairs as well as use the product to
provide a waterproofing system to hard systems (hard systems are those without any kind of
movement of the structure when compared to its substrate) (Fcc1, 2020), (Nametala et al.,
2018).
The product is a non-cement mortar, composed by synthetic resins and mineral aggregates,
that uses nanotechnologies and provides better yield, low environmental impact, lower costs,
as well as easy application (Figure 1). It’s use can become an entire revolution in the
construction sector by replacing the conventional mortar for bricklaying processes, because, it
can also represent lower variability and allows the worker to focus on bricklaying without
needing to produce mortar and worrying about losing it in order of the conventional mortar’s
curing (Moreira, Vermelho, Zani, 2017) and (Calçada, 2014).
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The SWOT matrix is a tool of easy viewing that provides the user a clear analysis of the
problems related to the analyzed material, by breaking its main characteristics in 4 groups:
strengths, weaknesses, opportunities and threats (Table 1). For strengths, all the good qualities
and properties of the product must be put in evidence, for weaknesses, everything that might be
a future problem or question the product’s reliability, for opportunities all the arguments that
can provide a better experience to the customer and for threats, everything that might question
the company’s reliability when it’s name is related to the product (Fernandes, 2012).
The GUT matrix will allow the user to craft a plan of action based on numbers that represent
how important that problem’s solution is, when compared to all the other issues for a same
subject. This matrix works as a spreadsheet where the analysis happens by attributing points
for each characteristic and multiplying them in the end (Equation 1). (Costa et al., 2017)
That’s something possible to be done with the SWOT matrix, but the main difference is
between the kind of analysis: the GUT matrix analyses how fast each problem must be solved,
as well as which problem will be more effective of solving first in an easily comprehensible
matrix, what might be a difference when related to the SWOT method (Table 2).
A third method can be used in both ways: the PESTEL matrix. This kind of matrix can be
used under the same structure of the SWOT and GUT methods, but using different elements of
analysis, but the PESTEL matrix represents another potential: linking problems from the
previous methods. This matrix is useful when combined to the SWOT method to understand a
same item under diverse perspectives, which can help the building and scoring for the GUT
model (Figure 2).
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Damasceno and Abreu (2017), defends that the method is linked to understanding the
factors and using them as a tool of prioritizing them.
Determining the points that need to be improved in a product might be a hard task, for that,
tools can be used in order to simplify the process. To analyze the polymeric mortar questions,
all the previous matrices described in the items 2.2, 2.3 and 2.4 will be used. First, the SWOT
and PESTEL matrices will be made, in order to understand the questions about the product,
later, the GUT matrix, where priorities can be defined.
According to Souza and Souza (2017), the polymeric mortar has shown higher resistance
to compression when compared to the conventional mortar (cement, water and sand based) and
it has shown higher resistance even when compared to concrete, as can be seen in the Table 3:
Another authors such as Moreira, Vermelho and Zani (2017), affirm that the main problems
faced by the polymeric mortars can be related to the bricklaying workers, who affirms that the
product can be able to extinguish jobs and increase the unemployment rates in the country, but
the same authors see the product as an economic alternative to the conventional system and a
tool that can speed up the construction phase. Rodrigues (2017) comprehends problems beyond
the product: the industries responsible for the polymeric mortar’s production are, in many cases,
small businesses, what can cause difficulties in providing material for bigger enterprises in
reason of the manufacturer's capability, that is related to the human and machinery resources
available. With this information provided, the SWOT matrix can be set (Table 4).
After the exhibition of the items related to the polymeric mortar’s characteristics as a
material and as a product, the PESTEL matrix can be helpful in order to understand where
this items can exert some kind of influence (Table 5).
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With the development of all the therms of the matrices, the GUT matrix will be
responsible for creating priorities to solve weaknesses and threats. For that, points from 1 to
10 will be given to each weakness and threat, according to the category. Priorities will be
given to the properties in numbers from 1 to 7 this priority list is a suggestion of order to
solve each problem (Table 6).
Given the results of the matrices, the main suggestion is that each problem is solved in the
corresponding order from number 1 (most urgent, severe and tendentious to continue) to 6 (less
capable of persisting), but the order can be affected by the budget available to solve them. In
the case of low budget, the suggestion is use the priority orther and solve each item according
to the Table 6 from the less to the most urgent.
4. CONCLUSIONS
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REFERENCES
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1. INTRODUCTION
For the first time in history, the population in the world that has no access to electricity
has dropped to less than a billion people. Since the 1950s, energy consumption has been
increasing annually. It is also predicted that, by 2040, there will be an increase in energy
demand worldwide, most of this growth will occur in Asia and Africa, and more moderately in
South and Central America, and around 32% of all the energy consumed comes from oil and its
derivatives (BAI; BAI, 2010; IEA, 2018).
Oil can be found, basically, in two different environments: onshore wells or in offshore
wells. In 2015, almost 30% of all oil produced in the world came from marine wells (EIA,
2016a).
According to Bai and Bai (2010), the offshore oil and gas industry started in 1947, when
Kerr-McGee successfully completed the first underwater well in the Gulf of Mexico, near
Louisiana, at a depth of only 4.6 meters. At that time the equipment was still kept on the
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surface. It was only in early 1970s that the submarine field concept was proposed, so, with all
the technological advances, the equipment started to be installed on the seabed. This was the
beginning of what it is called today Subsea Engineering.
In Brazil, considering the difficulty of finding onshore wells that could meet the demand,
maritime explorations started in the second half of the 1960s. In 1968, explorations began on
the maritime platform of northeastern Brazil and in 1971 in Campos Basin (MORAIS, 2013).
The exploration and production of oil in offshore wells face several technical challenges, as
mentioned by Morais (2013), such as: a) Climatic conditions in the marine environment and in
rocks below the seabed; b) The great distances between the platforms or ships and the seabed,
and from the those to the continent; c) The lack of visibility of operations performed at sea.
Morais (2013) also points out that, all these factors combined make research and
development relevant elements for the exploration and production of oil in increasingly deep
waters. Although technological advances have made it possible to operate in several deep-water
fields, these still have high risks and operational costs.
The distance between the vessel (ship, rig) and the seabed can also be called water depth.
The EIA (2016), classifies these depths in shallow water (up to 125 meters), deep water (from
125 to 1,500 meters) and ultra-deep water (from 1,500 meters). During the years 2005 and
2015, there was an increase in oil production in deep and ultra-deep waters, especially due to
technological advances that made possible investments previously impossible. Brazil stands out
as a leader in investment in deep and ultra-deep-water projects (EIA, 2016b).
According to ANP (2019), subsea fields in Brazil are responsible for 96% of all oil and
83.1% of all gas produced in the national scenario.
Systems comprised of a well and equipment installed below the water’s surface are called
subsea production systems. These systems are associated with different equipment and stages
of the process, such as drilling, operation and intervention. Figure 1 shows the example of a
submarine production system that uses a Wet Christmas Tree - equipment that consists of a set
of valves that guides the flow of production and annular bores.
Once the production - or injection - of a well starts, the group of interventions carried out
in it with the aim of improving production - or injection - making changes to the equipment, or
abandoning the well, for example, are called workover. For Bai and Bai (2010), although there
are similarities in exploration in shallow and deep water, the depth factor adds an extra element
of complexity, making workover operations more costly.
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This paper aims to analyze a database of operations of a company in the oil and gas sector
over almost five years, using data mining techniques to find rules and patterns to assist in
decision making in order to improve future operations results.
The article is divided into five chapters, including this Introduction, Methodology, Results
and Discussion, in addition to the Bibliographic References. The Introduction presents a context
about the object of study and the objective of the work, in the subchapter, it presents the research
technique used. The Methodology demonstrates how the technique was applied and subdivided
into the two types of data mining, then subdivided again into the specific applications carried
out. The Results section displays the products of the applied techniques, subdivided in the
same way as the Methodology chapter. The Discussion section debates and analyzes the results
obtained and probable causes of unsuccessful operations, as well as, possible improvements in
the studied processes.
Data mining is a recent research field that aims to extract information from a structured
database in order to optimize or find flaws in processes, or to recognize consumption patterns,
for example. In most cases, up to 50% of the data mining work is limited to treating the data in
advance so that it can be analyzed by the algorithms (OLSON; DELEN, 2008). Data cleaning
aims to eliminate inconsistencies in the database, such as: incomplete records, wrong or missing
values, etc. (CAMILO; SILVA, 2009). There are several types of algorithms for data mining,
it was applied two of them in this research: a Classification algorithm and an Association one.
The Classification algorithm used was C4.5 for being one of the most used, and the Association
was Apriori, for the same reason mentioned above (WU et al., 2008). The main indicator used
by the Apriori algorithm was the confidence factor, which can be defined as:
P
(X ∪ Y )
conf (X =⇒ Y ) = P (1)
(X)
that is, an estimate of the probability that a rule is correct (HAHSLER et al., 2005).
Association rules are widely applied by the industry to find any relationship between any two
or more attributes of the database, as can be seen in the work of Istrat and Lalić (2017), as well as
to assist the production performance management of a manufacture (LIN et al., 2019), or to find
consumption patterns that assist in the strategic decision making of a company (SULIANTA;
LIONG; ATASTINA, 2013).
The oil and gas industry has accumulated, over the years of its existence, a large volume
of information that is ideal for data mining applications. Although most of this data is related
to seismic, there are opportunities to explore other areas such as the relationship between the
equipment used and the production of oil and gas, although the latter presents greater challenges
(RUIDONG et al., 2018).
This work will try to improve processes based on the detection of recurrent failures that
make evident some problem in the process.
2. METHODOLOGY
In the database used in this work, the data cleaning process was necessary to remove
redundant attributes, which hinder the mining process by revealing obviosities, irrelevant
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attributes for the analysis and converting some types of attributes for better performance of
the algorithms. This last step is better known as Data transformation.
The database used describes operations carried out by an Oil and Gas company, which will
be referred as Company X. These operations have several attributes, which have undergone data
cleaning and transformation, leaving the following attributes at the end:
• Management - Sector of the client responsible for the operation. Divided into two, called
Management A and Management B.
• Phase - Refers to the type of operation that will be performed, which may be Installation
(I), Retrieval (R) or Workover (WO), which represents an intervention.
• LDA - Water slide on which the operation was performed. Classified in 4 groups: 1 (up to
500 meters in depth), 2 (from 501 to 1000 meters in depth), 3 (from 1001 to 2000 meters
in depth) and 4 (depth greater than 2000 meters).
• Reference Time - Time used as a reference for the operation, on which the target is based.
It varied between approximately 31 and 202 hours.
• Did it reach the goal? - Main target of the analysis. Describes whether the operation hit
the time target or not.
The data mining software used was Weka (Waikato Environment for Knowledge Analysis),
created by the University of Waikato in New Zealand. This software differs from the others by
its ease of use and learning in the most diverse types of algorithms. It is worth noting that the
C4.5 classification algorithm is called J48 in Weka (“J48”, 2019).
The Database was written in Portuguese, so the attributes on the images are in this language,
however its explanation is made in the body of text in English.
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2.1 Classification
More than one configuration of the J48 algorithm was used to build decision trees, to try to
obtain the greatest variety of possible results for analysis.
Decision Tree 1 In the first application of the algorithm, the following attributes were used:
Management, Phase, LDA, Reference Time and the outcome “Did it reach the goal?”. In
applying this algorithm, we chose to discretize the “Reference Time” attribute in six groups:
(-inf; 60], (60; 88], (88; 119], (117; 145], (145; 173] and (173; inf).
The configuration of the J48 algorithm was: “weka.classifiers.trees.J48 -C 0.25 -M 2”,
highlighting the confidence factor for tree pruning by 25% and the minimum number of
instances per leaf equal to 2.
Decision Tree 2 Decision Tree 2 was also generated from the following attributes: Phase,
Reference Time, Management, LDA and the outcome “Did it reach the goal?”. This time, it
was decided not to discretize the Reference Time attribute. The J48 algorithm followed the
same configuration as Decision Tree 1, since it delivered a better result when compared to
others.
2.2 Association
The attributes analyzed were: Management, Phase, LDA, Reference Time and the outcome
“Did it reach the goal?”. In applying this algorithm, it was necessary to discretize the
“Reference Time” attribute in six groups: (-inf; 60], (60; 88], (88; 119], (117; 145], (145;
173] and (173; inf).
The association rules were obtained through the Apriori algorithm with the following
configuration: “weka.associations.Apriori -N 500 -T 0 -C 0.6 -D 0.05 -U 1.0 -M 0.1 -S -1.0
-c 5”, highlighting the maximum number of 500 rules and a minimum confidence factor of
60%.
3. RESULTS
This section presents the results obtained with the techniques applied in the previous chapter
and is subdivided according to the type of data mining algorithm applied.
3.1 Classification
Two decision trees were generated using the C4.5 (or J48) algorithm, as explained in the
Methodology section. These trees are explained in the following subchapters.
Decision Tree 1 Figure 2 shows Decision Tree 1 resulting from the application of the J48
algorithm. The branch highlighted in Figure 3 called attention, where it was noticed that when
the reference time was greater than 173 hours, the operation used to not meet the target. This
rule has a reliability of 67.7% (the rule is valid for 21 of the 31 cases).
It was also noticed that when the reference time was less than or equal to 60 hours and the
LDA was equal to 4, the operation had a tendency to hit the target, as highlighted in Figure 4.
This rule has a reliability of 76.9% (a rule is valid for 10 out of 13 cases).
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Decision Tree 2 Figure 5 represents Decision Tree 2, the result of the application of the
J48 algorithm through the Weka software, using the attributes and configurations previously
mentioned.
Among the results obtained with Decision Tree 2, it is highlighted what is represented by
Figure 6.
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It can be seen in Figure 7 that the Tree Cap Withdrawal operations were directly affected
by the department of the customer responsible for the service. Although few operations were
carried out with Management B, all of them were successful in reaching the goal, while
operations under the responsibility of Management A have mostly negative results.
3.2 Association
The application of the Apriori algorithm returned 90 rules that satisfied its parameters,
however many of them obtained a confidence factor equal to 100%, demonstrating their
triviality. Other rules could also be explained by the context of the operations, not being so
relevant for the analysis.
Rules that were not related to the outcome (reaching the goal) were also discarded, leaving
only two highly relevant rules for analysis:
• Phase = ITH-CS (66) =⇒ Did it reach the goal? = NO (41) < conf : (0.62) >;
• LDA (Legenda) = 2 (63) =⇒ Did it reach the goal? = NO (41) < conf : (0.65) >.
The numbers in parentheses reveal the number of occurrences of the instance and “conf”
represents the confidence from 0 to 1.
The first rule says that in 66 operations of Installation of Tubing Hanger with Simple
Completion, 41 times the target was not reached, indicating that these operations do not reach
the expected result in approximately 62% of the time.
The second rule says that in 63 operations carried out in LDA 2 (between 501 meters and
1000 meters) 41 did not reach the target, that is, 65% of the operations that occur in this water
depth are not successful.
4. DISCUSSION
The volume of data processed refers to 338 operations carried out over almost five years.
Due to this large amount of information, the use of data mining techniques was essential for the
discovery of certain results.
4.1 Classification
The following subsections analyzes the results of the Decision Trees generated by the C4.5
(J48) algorithm.
Decision tree 1 Decision tree 1 provides, in particular, two pieces of information that are not
totally clear at first. The first result, highlighted in Figure 3, indicates that, although there
were operations with a very high Reference Time, above 173 hours, these operations tended not
to have good results. This can happen for a few reasons, such as: a) Lack of more accurate
planning, as it is believed that there will be enough time to carry out the operation; b) The
fact of having a high Reference Time can indicate that the operation to be carried out has great
complexity, being necessary to negotiate with the client an even longer time.
The second relevant result found in this same tree - Figure 4 - points out that the results
obtained in operations where the Reference Time was less than 60 hours tended to be positive
when the service was performed in deeper water depths, with a size greater than 2000 meters.
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Whereas, operations that had this same time range and smaller depths obtained negative results
most of the time. This result was unexpected, since greater depths should bring more complexity
to the operation, the time required to reach the equipment installed on the seabed makes the
operation take longer. Some hypotheses are raised for this outcome: a) As they are considered
more complex operations, since they have a large water depth and a short time, there is more
attention to the planning and selection of the team that will perform the service; b) Operations
carried out at shallower depths tend to be considered simpler, therefore they do not receive due
attention and are more susceptible to failures; c) Operations carried out at shallower depths
are considered less complex by the customer and, thus, less than enough time is available for
execution; d) Tasks performed at great depths are usually serviced by more modern vessels, so
they operate quicker and with fewer problems.
Decision tree 2 As in Decision Tree 1, Decision Tree 2 also presented relevant results.
Highlighted in Figure 6, the first of these results can be seen. It is observed that in interventions
(Workover) performed in water depths up to 1000 meters, the results tended to be negative, not
reaching the goal, while operations of the same type performed in water depths above 1000
meters most often had positive results. This is assumed to be due to the possible factors, such
as: a) Greater attention during the planning period of the operation, due to greater depth, as
well as selection of more experienced staff; b) Modern vessels are selected to perform these
operations; c) Better negotiation with the client, so that the time available is enough to carry out
the work.
Figure 7 presents the second relevant result obtained from Decision Tree 2. It is observed
that the same operation had negative results when carried out with Management A, but presented
positive results when carried out with Management B. the number of operations carried out with
Management B is small, only three, it is worth noting the fact that the results are reversed.
This can happen due to the following factors: a) Better relationship between supplier and
customer with Management B in comparison to Management A; b) Development of a plan
more consistent with what is necessary with Management B.
4.2 Association
Among the ninety rules generated using the Apriori algorithm, two were relevant for this
work. The first rule indicates that Installation of Tubing Hanger with Simple Completion
operations used to not reach the goal 62% of the time. Some reasons can lead to this result,
such as: a) Older equipment since, this type of Tubing Hanger presents an older technology.
Thus, more attention should be paid to the maintenance of these; b) Older inspections carried
out for the release of this equipment for later use may not be sufficient, since in most cases they
are older equipment. A different inspection and testing procedure could solve this problem.
The second rule highlighted during the Association process indicates that in operations
carried out at depths between 501 and 1000 meters, the results were negative, not reaching
the goal, 65% of the time. This value presents a result considered bad, mainly because it refers
to operations performed on relatively small water depths. Some factors can explain this result,
such as: a) Selection of a less experienced team for such operations, as these are considered
less complex; b) Lack of better negotiation with the departments responsible for operations that
occur in that depth range; c) Use of less modern vessels, due to the small depth, which can
impact the result.
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5. Conclusion
This work differs from the others that use data mining in the industry for allowing the
analysis of probable causes and possible low performance solutions in complex offshore
operations. With this analysis, it becomes possible to improve the performance of these highly
costly operations, optimizing the time and expenditure involved.
For future work, it’s proposed to consider other parameters such as composition of the team
and rig or vessel where the work is performed. It is also suggested to analyse the results of the
application of the knowledge developed here in the planning of next jobs.
REFERENCES
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1. INTRODUÇÃO
Para obedecer aos padrões impostos pela Agência Nacional de Energia Elétrica -
ANEEL, os sistemas elétricos de potência (SEP) precisam operar de forma segura. A análise
de segurança de um SEP é dividida em dois eixos: a análise de segurança estática e análise de
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os algoritmos de busca trabalham com uma região limitada para encontrar as soluções,
chamada de espaço de busca, que geralmente é definida pela representação escolhida para as
soluções candidatas e pelas restrições do problema (França, 2005). Os indivíduos, partículas,
modelos pontuais baseados na natureza, denominados de população inicial, são evoluídos ou
melhorados de acordo com o tipo de metaheurística utilizada, aproveitando o intercâmbio de
informações entre os indivíduos. A evolução do algoritmo acontece até que se alcance o
critério de parada. Três tipos de metaheurísticas foram utilizados durante o trabalho:
Algoritmo Genético (AG), Otimização por enxame de partícula, do inglês, Particle Swarm
Optimization (PSO) e Busca Cuckoo (BC).
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O AG utiliza conceitos do princípio de seleção natural para abordar uma série ampla de
problemas com otimização. Robustos, genéricos e facilmente adaptáveis, consistem em uma
técnica amplamente estudada e utilizada em diversas áreas (França, 2005). Este método foi
criado por Holland e baseia-se na seleção, cruzamento e mutação dos indivíduos em uma dada
população. O indivíduo é representado como uma solução do problema e a população é um
conjunto de soluções. Cada indivíduo possui dois cromossomos e estes são constituídos de
genes, que representam as variáveis que se deseja otimizar na busca da melhor solução. Esses
genes caracterizam os indivíduos, pois são diferentes entre si. Os indivíduos mais aptos, os
que mais satisfazem o problema, estão propensos à sobrevivência durante as iterações. A
população inicial dentro do algoritmo genético pode ser com valores aleatórios ou pré-
determinados, porém normalmente são utilizados valores aleatórios. No algoritmo é preciso
definir os limites de máximo e mínimo para cada variável a ser otimizada. A população inicial
contém n indivíduos e cada um dos indivíduos contêm x genes que os diferenciam uns dos
outros. Os melhores indivíduos dessa população são selecionados para a reprodução, onde a
probabilidade de uma dada solução ser selecionada é proporcional à sua aptidão. Entre esses
indivíduos acontece o cruzamento, gerando novos indivíduos com genes recombinados dos
indivíduos da população anterior. Dentro do cruzamento, pode acontecer à mutação para
aumentar a variedade da população. Após isso, verifica-se as especificações necessárias foram
atendidas, voltando para a etapa de cruzamento em caso negativo e encerrando a execução em
caso positivo.
O algoritmo PSO, criada por Kennedy e Eberhart, é uma técnica inspirada na inteligência
coletiva dos animais. Ela é uma metaheurística populacional para funções contínuas inspirada
em mecanismos de simulação do comportamento social de bandos de pássaros. O PSO é
classificado como um algoritmo evolucionário, porém não apresenta a seleção e o cruzamento
de indivíduos mais aptos como no algoritmo genético. O mecanismo de simulação do PSO é
baseado na busca por alimentos e na interação entre aves ao longo do voo. No caso, a área
sobrevoada é equivalente ao espaço de busca e encontrar o local com comida corresponde a
encontrar a solução ótima. Cada partícula, que representa um pássaro, estabelece sua trajetória
combinando suas experiências passadas com as experiências de seus vizinhos, que são outras
partículas com as quais ela se comunica. Cada partícula representa uma solução para o
problema, onde possui a ela associada um vetor posição e um vetor velocidade. O vetor
posição é a localização da partícula no espaço de busca e o vetor velocidade indica as
mudanças de posições durante a execução do código. As partículas possuem comunicação
entre si e cada uma possui a posição e velocidade de seus vizinhos.
O método BC é baseado na reprodução dos pássaros cuco. Ele foi criado por Yang e
Deb e é um dos algoritmos bioinspirados mais recentes existentes. Algumas das fêmeas da
espécie dos pássaros cucos não chocam seus ovos. Elas procuram ninhos de outras espécies
de pássaros esperando que elas criem os filhotes do cuco como sendo os seus. Porém, a fêmea
que receberá o ovo do cuco no seu ninho não pode perceber que o ovo não é seu. Se for
descoberta a diferença entre os ovos, ou o ovo do cuco é descartado, ou o ninho é
abandonado. O método de otimização baseado na reprodução dos pássaros cuco possui três
regras básicas. A primeira regra consiste que cada pássaro coloque um ovo, que representa um
valor da solução do problema, por vez em um ninho que escolhido aleatoriamente. A segunda
ideia básica do algoritmo é que o ninho é o conjunto de soluções do problema e deve ser
melhorado ao longo das gerações. A última regra diz que um número n de ninhos possui uma
probabilidade de serem descobertos pela ave anfitriã. Assim, essas soluções são abandonadas,
o que significa que a ave hospedeira abandonou o ninho ou destruiu o ovo do pássaro cuco. A
quantidade de ninhos anfitriões é valor que se mantém fixo durante as iterações (Arcanjo,
2014). Para que seus ovos não sejam rejeitados ou destruídos, o cuco procura meio de
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melhorar sua tática para colocação de ovos e melhorar aparência de seus ovos. Porém, ao
mesmo tempo, a ave hospedeira tenta evitar que o ovo seja colocado no seu ninho ou busca
identificar os ovos que não são seus.
3. METODOLOGIA DESENVOLVIDA
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Portanto, para esses valores de geração, o sistema não consegue alcançar a estabilidade,
quando imposto a ele esta perturbação. Assim, propõe-se a otimização dos valores das
unidades geradores por meio das metaheurísticas, fazendo com que se tenha um redespacho
de potência ativa. A quantidade das unidades geradoras utilizadas na simulação foi de 4
unidades na barra 1, 1 unidade na barra 2 e 1 unidade na barra 3 e seus valores podem ser
encontrados em Assis (2007).
A função de custo que avalia cada indivíduo ou partícula nos algoritmos está representada
em (1). Trata-se da fórmula da integral do erro ao quadrado, onde o erro é a diferença entre o
valor do ângulo de máquina atual e o valor do ângulo de máquina no período sem oscilação.
Os algoritmos irão minimizar (1).
(1)
4. RESULTADOS
A evolução dos algoritmos e a alocação dos indivíduos (ou partículas) ao longo das
iterações foram analisadas. Ao final foi feito uma comparação entre as metaheurísticas e a
verificação da estabilidade angular do sistema proposto. Para a execução dos códigos de
otimização foram utilizadas 50 iterações e 30 indivíduos. Sendo também uma população
inicial igual para as três metaheurísticas. No algoritmo genético, utilizou-se uma
probabilidade de cruzamento de 60% com uma taxa de mutação de 0,7. Para a procura cuco,
utilizou-se uma probabilidade de rejeição de 30%. Já para o enxame de partículas, as
constantes C1 e C2 foram 1,5 e 2,5, respectivamente. Como o sistema elétrico proposto é
pequeno, com geração e cargas bem definidas, o valor otimizado encontrado foi o mesmo
para os três algoritmos nas condições propostas, com a variação da iteração onde este valor
otimizado foi encontrado. Foi investigado o comportamento comparativo dos três algoritmos
para uma mesma população inicial. Não foi investigado neste trabalho a inicialização com
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Para esse algoritmo foi utilizada uma taxa de mutação de 1% e uma taxa de reposição de
indivíduos de 60%. A evolução ao longo das iterações dos valores para unidade geradora da
barra 1 é mostrada na Figura 4a. Como foram criados 30 indivíduos por geração, existem
valores para essa barra que são repetidos entre alguns indivíduos. Em vermelho se tem o gene,
que representa o valor da unidade geradora 1, do melhor indivíduo de cada geração. Nota-se
que o melhor valor encontrado, de 3 unidades, já se encontra desde as primeiras gerações. A
partir da geração 6, os indivíduos ficam entre os valores de 1 a 6. Já a evolução dos valores
para unidade geradora da barra 2 se encontram na Figura 4b. Percebe-se que o valor de 20
unidades é encontrado na 13ª iteração e a característica dos indivíduos para essa unidade fica
em torno do melhor valor encontrado de forma mais lenta que para a barra 1. Na Figura 5a se
tem a evolução dos valores utilizados na barra 3. O melhor valor encontrado para a geração
desta barra fica constante a partir da 13ª iteração como acontece na barra 2. Percebe-se que a
aglomeração dos indivíduos em torno do valor de 4 unidades acontece de forma mais rápida
do que para a barra 2. Por fim, a Figura 5b apresenta a função de custo para o AG.
a b
Figura 4 – Comportamento do AG nas unidades geradoras 1 (a) e 2 (b).
a b
Figura 5 – Comportamento do AG na unidade geradora 3 (a) e função de custo (b).
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A evolução ao longo das iterações dos valores para unidade geradora da barra 1 se
encontram na Figura 6a. O melhor valor encontrado, de 3 unidades, já se tem desde a primeira
iteração. Os valores para essa barra nos indivíduos variam de 1 a 7 a partir da 7ª iteração. Já a
evolução dos valores para unidade geradora da barra 2 se encontram na Figura 6b. Percebe-se
que o valor de 20 unidades é encontrado na 14ª iteração e a característica dos indivíduos para
essa unidade fica em torno do melhor valor encontrado também de forma mais lenta que para
a barra 1. Na Figura 7a tem-se a evolução dos valores utilizados na barra 3. O melhor valor
encontrado para a geração desta barra fica constante a partir da 14ª iteração como acontece na
barra 2. Percebe-se também que a alocação dos indivíduos em torno do valor de 4 unidades
acontece de forma mais rápida do que para a barra 2. Contudo, apresenta-se a curva da função
de custo para o algoritmo PSO. Comparativamente ao AG, o PSO oscilou mais, mostrando a
tentativa do PSO de sair de um provável ótimo local.
a b
Figura 6 – Comportamento das unidades geradoras 1 (a) e 2 (b) para o algoritmo PSO.
a b
Figura 7 – Comportamento do PSO na unidade geradora 3 (a) e e função de custo (b).
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A evolução ao longo das iterações dos valores para unidade geradora da barra 1 se
encontram na Figura 8a. O melhor valor encontrado, de 3 unidades, já se encontra desde as
primeiras iterações. A partir da geração 8, percebe-se que os indivíduos ficam com valores
menores que 4. Já a evolução dos valores para a barra 2 se encontram na Figura 8b. Percebe-
se que o valor de 20 unidades é encontrado na 19ª iteração e a característica dos indivíduos
para essa unidade fica em torno do melhor valor encontrado de forma mais lenta que para a
barra 1. Nota-se também, que alguns indivíduos ficam no valor 13 por muitas iterações. Na
Figura 9a se tem a evolução dos valores utilizados na barra 3. O melhor valor encontrado nas
iterações para essa geração varia entre os valores 4, 3 e 2. Percebe-se que a aglomeração dos
todos os indivíduos ficam em torno desses valores também passando pelo valor 1
adicionalmente. O valor da função de custo do melhor indivíduo ao longo das gerações se
encontra na Figura 9b, a qual é ainda mais oscilatória, mostrando que o algoritmo Cuckoo tem
ainda um maior compromisso de sair de um ótimo local.
a b
Figura 8 – Comportamento das unidades geradoras 1(a) e 2(b).
a b
Figura 9 – Comportamento da unidade geradora 3(a) e função de custo (b).
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obteve a melhor resposta na menor iteração. Esses valores foram: AG na 17ª iteração, PSO na
14ª iteração e BC na 19ª iteração. Observa-se que o PSO obteve melhor desempenho
comparado às outras metaheurísticas.
O ângulo do rotor do conjunto de máquinas contidas na barra 2 reagindo ao distúrbio
aplicado com o valor otimizado das unidades geradoras está na Figura 10. Manteve-se a
contingência aplicada, ou seja, curto-circuito na barra 7, com duração de 100 ms, e abertura
do elo 7-5 em 100 ms. Nota-se que a característica de operação da máquina é mudada, pois os
valores de geração foram alterados. Assim, o ângulo obtido na estabilidade do sistema se
difere do seu valor inicial. Percebe-se que a aplicação do redespacho de potência ativa na
barra 2 fez com que a ela conseguisse reagir à contingência, conseguindo assim, a estabilidade
transitória do estudo de caso.
5. CONCLUSÕES
Para o sistema de 9 barras simulado no presente trabalho, a utilização de
metaheurísticas no redespacho de potência ativa para melhoria da estabilidade transitória,
mostrou-se satisfatória. Pois, com os resultados alcançados, o sistema conseguiu reagir à
contingência imposta a ele. Nota-se, que a aplicação da técnica de alívio de sobrecargas,
trouxe ao sistema uma margem de segurança dinâmica em relação às perturbações do tipo
curto-circuito. O sistema proposto para a realização do trabalho foi empregado para a
avaliação do uso das metaheurísticas para obtenção dos valores de redespacho, porém, não se
trata de um sistema elétrico real. A comparação entre as metaheurísticas implementadas se
deu através do número da iteração em que o algoritmo obteve o menor valor da função de
custo. Isso se deve ao fato de que, os algoritmos obtiveram o mesmo valor de F(custo)
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minimizado. A partir disso, o PSO se mostrou mais eficiente, pois apresentou a melhor
resposta na 14ª iteração. Com o uso destes algoritmos em redes de maior porte, como IEEE 14
barras, New England conduzirão a resultados mais ricos e diferenciados em relação ao
sistema de 9 barras. O AG e BC conseguiram os menores valores da função de custo na 17ª e
19ª, respectivamente, o que não mostra uma grande defasagem entre os algoritmos em relação
a este critério.
Agradecimentos
Os autores agradecem à FAPEMIG pela bolsa de iniciação científica, ao CEPEL pelas
licenças educacionais do ANAREDE e ANATEM e ao CEFET-MG.
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dinâmica, no contexto da estabilidade transitória, de sistemas elétricos de potência via métodos diretos. 109f.
Dissertação de Mestrado em Engenharia Elétrica, Universidade de São Paulo, São Carlos, São Paulo.
Abstract. Transient stability is a factor of merit in an electrical power system. Through this
type of stability, the dynamic safety margin of the system is determined. In this sense, this
work proposes the use of metaheuristics in active power redispatching in order to improve
transitory stability. A 9-bar test system was used to verify the methodology for searching
metaheuristics. For this, the electrical system was simulated for the application of the power
redispatch, where short-circuit disturbances were implemented. A cofiguration was
determined where transient instability is identified. The metaheuristics were used: Genetic
Algorithm, Particle Swarm Optimization and Cuckoo Search to determine the number of
necessary generations, within certain limits established in this work. In the genetic algorithm,
a 60% crossover probability with a mutation rate of 0.7 was used. For cuckoo demand, a
rejection probability of 30% was used. For the cluster of particles, the constants C1 and C2
were 1.5 and 2.5, respectively. All metaheuristics converged and brought about the transitory
stability of the proposed electrical system.
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Palmas - TO
Resumo. O estudo e conhecimento das propriedades térmicas do solo são relevantes, pois
influenciam o desempenho e a economia de sistemas alternativos de refrigeração de ambientes,
como é o caso dos trocadores de calor acoplados ao solo. Este trabalho apresenta estimativas
das variações anuais de temperatura do solo em quatro bairros do municı́pio de Pelotas, Rio
Grande do Sul, onde foram obtidos os perfis de temperatura do ar e dados geotécnicos do solo.
O modelo adotado foi resolvido através de métodos de diferenças finitas. Dentre os resultados
da pesquisa, cabe destacar a descoberta das profundidades que obtém maiores variações e onde
ocorrem os valores dos picos de potencial para aquecimento ou resfriamento locais, sendo estes
cerca de 6◦ C. As maiores variações foram encontradas entre 1 e 2 metros, para solos secos e
saturados, respectivamente, e em 2,5-3 metros a temperatura do solo permaneceu constante.
1. INTRODUÇÃO
Pesquisas relacionadas ao solo estão em constante desenvolvimento, uma vez que este tem
grande importância em atividades de plantio e construção civil. Um conceito clássico de solo
diz que este é formado por uma mistura de partı́culas pequenas que se diferenciam pelo tamanho
e pela composição quı́mica (Pinto, 2005). A complexidade do solo e sua importância para uma
grande quantidade de serviços apresentam muitos desafios para a modelagem dos processos
(Vereecken et al., 2016). Em relação à energia térmica, a capacidade de armazenar e transferir
esta energia é determinada por suas propriedades térmicas e pelas condições meteorológicas,
que por sua vez influenciam todos os processos quı́micos, fı́sicos e biológicos do solo (Neto,
2011).
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2. METODOLOGIA
1
http://agromet.cpact.embrapa.br/estacao/boletim.php (último acesso em 27/08/2020)
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onde αs caracteriza-se como a difusividade térmica do solo em (m2 s−1 ), sendo que esta pode
ser calculada através da seguinte equação:
λs
αs = , (3)
ρs Cp,s
r √
π π
T0 = Tm + A sin ωt + φ − z e z τ αs . (5)
τ αs
Aqui, Tm , A, ω, e φ são, respectivamente, a média, a amplitude, a frequência angular e a fase
da temperatura do ar, que são calculadas após o ajuste por mı́nimos quadrados. As simulações
cobrem um perı́odo τ de um ano e αs é uma média das difusividades ao longo das camadas
múltiplas.
As equações foram resolvidas por dois anos, mas apenas as soluções do segundo ano foram
adotadas para representar as temperaturas do solo, visto que os efeitos numéricos da condição
inicial foram evitados (Brum, 2016). O código numérico guarda as médias das temperatu-
ras diárias em arquivos do tipo .txt. Posteriormente, estas médias são colocadas no programa
Wolfram Mathematica (versão 8.0) e ajustadas através do método dos mı́nimos quadrados para
funções senoidais (comando FindFit), resultando em uma equação para cada profundidade, va-
riando apenas através do tempo.
As equações são resolvidas utilizando diferenças finitas. O método de Euler implı́cito de
primeira ordem utilizado para a discretização do tempo, e utiliza diferenças centrais de segunda
ordem para a discretização espacial. Na profundidade de 15 metros e nas equações de con-
tinuidade entre camadas, as derivadas de primeira ordem foram aproximadas por diferenças
progressivas ou regressivas de segunda ordem.
Com o objetivo de melhorar a precisão, o teste de independência de malha foi realizado,
cujo erro foi de 1,49%. As simulações apresentaram um intervalo de tempo de 1800 segundos
e dividiram o comprimento do solo em 300 intervalos de 0,05 metros.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em Pelotas existem variados tipos de solo, como arenoso, argiloso, areno argiloso, e ar-
gilo arenoso. Para simplificar este problema, resolveu-se tratar o solo areia argilosa como
simplesmente solo arenoso, e o solo argila arenosa como argiloso, por serem casos extremos
(Nóbrega et al., 2020). Nota-se que a difusividade térmica da areia é maior do que a argila em
mais de 25%. Além disso, um solo saturado tem difusividade muito maior que um solo seco,
com diferença de mais de 68%. A Tabela 1 apresenta as constantes do solo utilizadas para as
simulações numéricas, presentes na literatura (Hermes et al., 2020):
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A Figura 1 apresenta o mapa do municı́pio de Pelotas, bem como as regiões analisadas neste
estudo:
Figura 1- Mapa do municı́pio de Pelotas separado por regiões estudadas. Fonte: Autores.
Através das simulações numéricas, foi possı́vel obter as temperaturas em cinco profundi-
dades distintas, para todos os solos estudados, bem como as maiores variações em função da
profundidade.
A seguir, apresenta-se 4 regiões da cidade de Pelotas que melhor representam as carac-
terı́sticas dos tipos de solos existentes.
Sete locais distindos do Bairro Areal foram analisados, dentre eles, Domingos de Almeida,
São Francisco de Paula, Umuharama, Manoel Antônio Peres, Barão de Cotegipe, Alcides Torres
Diniz, e Ferreira Viana. A Figura 2 exibe as curvas das variações da temperatura do solo em (◦ C)
em função da profundidade z em (metros), com estas é possı́vel analisar os picos de potencial
térmico (no verão e no inverno - Janeiro e Julho).
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Figura 2- Mı́nima e máxima variações da temperatura do solo com a profundidade (Bairro Areal). Fonte:
Autores.
Através da Figura 2 cabe destacar o pico máximo de potencial térmico, sendo que este pode
chegar a quase 7◦ C abaixo de 1 metro de profundidade. Ainda, tem-se o pico médio de 6◦ C para
profundidades maiores que 2 metros, onde a temperatura se aproxima da temperatura média do
ar (17,9◦ C em Pelotas). Este resultado vai ao encontro de Bisoniya, (2015), cujo texto descreve
a temperatura do solo para grandes profundidades, como sendo igual à temperatura média anual
da superfı́cie do solo, que por sua vez, é assumida como igual à temperatura do ar ambiente.
As curvas estão próximas entre si, mas não são totalmente iguais. Ainda, algumas curvas
apresentam variações de temperatura em 1 metro de profundidade, e outras exibem variações
em 2 metros, esta diferença se dá no tipo de solo. Solos com o nı́vel do lençol freático já
nas primeiras camadas variaram até 2 metros, enquanto que solos totalmente secos e/ou com a
presença profunda de saturação, registraram o maior pico de potencial térmico em 1 metro de
profundidade.
É possı́vel notar que as curvas dos locais Domingos de Almeida, Ferreira Viana e Manoel
Antônio Peres, apresentam uma grande proximidade, isto acontece porque a primeira camada
de todos estes locais é composta por um solo argiloso seco, o que diferencia os mesmos são
apenas as suas respectivas profundidades, que tornam-se insignificantes, visto os resultados
encontrados através da Figura 2.
Foram obtidos os dados de dois endereços do Bairro Centro, sendo eles, Pinto Martins e
General Netto. A Figura 3 apresenta as variações da temperatura do solo em função da profun-
didade.
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Figura 3- Mı́nima e máxima variações da temperatura do solo com a profundidade (Bairro Centro).
Fonte: Autores.
Foram avaliados 8 locais para análises no Bairro Três Vendas, sendo eles, Dom Joaquim,
Fernando Osório, República do Lı́bano, Retiro, 25 de Julho, Açores, Itamarati, e Unimed. A
Figura 4 apresenta as variações da temperatura do solo.
É possı́vel observar que dentre as 8 curvas, 7 estão extremamente próximas. Isto se deve
ao fato de que todas estes solos começam com as camadas argila e areia seca, modificando
apenas suas profundidades. Note também que apenas uma curva difere bruscamente das demais.
Esta encontra-se no endereço Dom Joaquim, e difere justamente por ser a única, neste local,
que apresenta lençol freático já nas primeiras camadas, mais precisamente em 0,3 metros de
profundidade.
Neste caso, na Dom Joaquim, o pico máximo de potencial térmico, assim como nos outros
casos, alcançou quase 7◦ C abaixo de 1 metro de profundidade, e em profundidades maiores que
2 metros pode-se observar o pico médio de 6◦ C.
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Figura 4- Mı́nima e máxima variações da temperatura do solo com a profundidade (Bairro Três Vendas).
Fonte: Autores.
Foram analisados dois locais para o Bairro Laranjal, cujos nomes são Paulo de Souza Lobo
e Alphaville. A Figura 5 apresenta a variação da temperatura do solo.
Figura 5- Mı́nima e máxima variações da temperatura do solo com a profundidade (Bairro Laranjal).
Fonte: Autores.
Note que as duas curvas apresentam diferenças vı́siveis entre si, isto se deve ao fato de Paulo
de Souza Lobo apresentar lençol freático nas primeiras camadas, em 0,7 metros, e Alphaville
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apresentar saturação apenas aos 2,7 metros. Aqui, também foi encontrado 7◦ C de pico máximo
de potencial térmico abaixo de 1 metro de profundidade, e 6◦ C de pico médio para profundida-
des maiores que 2 metros.
4. CONCLUSÃO
Com a introdução de um código numérico foi possı́vel estimar as variações das temperaturas
locais do solo de acordo com os tipos existentes na cidade de Pelotas. Acredita-se portanto, em
estudos futuros, a possibilidade de integrar esta análise do solo com simulações da instalação
de trocadores de calor solo-ar, visto que dados precisos das temperaturas do ar e do solo no
local analisado são indispensáveis para as simulações (Nóbrega et al., 2020), e que com este
estudo foi possı́vel descobrir que, dependendo da profundidade e da eficiência do trocador, po-
tenciais térmicos de praticamente 7◦ C podem ser alcançados, possibilitanto aquecer ou resfriar
edificações locais.
Conclui-se também, que solos saturados apresentam variações em sua temperatura até 2 me-
tros de profundidade, enquanto que solos secos variam até 1 metro, devido os solos saturados
apresentarem maior condutividade térmica, e por consequência, maior variação de sua tempe-
ratura, e que a partir de 2,5-3 metros a temperatura do solo permanece constante, tendendo a
temperatura média do ar na região (17,9◦ C em Pelotas).
Agradecimentos
Referências
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Abstract. The study and knowledge of soil thermal properties are relevant, because they in-
fluence the performance and economy of alternative refrigeration systems, as is the case with
ground-coupled heat exchangers (GCHE). This paper presents estimates of annual variations
in soil temperature in four neighborhoods of the municipality of Pelotas, Rio Grande do Sul,
where air temperature profiles and soil geotechnical data were obtained. The model adopted
was solved by finite differences methods. Among the results of the research, it is worth high-
lighting the discovery of the depths that obtain greater variations and where the peak values
for local heating or cooling occur, these being about 6◦ C. The largest variations were found
between 1 and 2 meters, for dry and saturated soils, respectively, and at 2.5-3 meters the soil
temperature remained constant.
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Resumo. Uma biblioteca, escrita em C++14, foi elaborada para descrever qualquer isoterma
de adsorção, independentemente do número de parâmetros desta isoterma. É apresentada
a lista das isotermas de adsorção, com as suas respectivas equações, que estão embutidas
na biblioteca. Alguns aspectos de como a biblioteca foi projetada foram discutidos e alguns
gráficos de curvas de isotermas são exibidos.
1. Introdução.
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termos quantitativos, a adsorção ou dessorção de solutos por sólidos (Alleoni et al., 1998). Tais
funções procuram descrever como um adsorvente efetivamente adsorverá um soluto.
Após contextualizar a pesquisa em que este trabalho se insere, é apresentado agora o
propósito deste trabalho: foram catalogadas cerca de 30 diferentes equações de isotermas e
chegou-se a conclusão que elas poderiam ser escritas da seguinte forma:
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3. A biblioteca Isotherm++.
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θ θ K2 θ
(Hill, 1946) e
Hill-Deboer K1 C = 1−θ
exp 1−θ
− RT (Boer, 1953)
K1 C K2
Holl–Krich θ= 1+K1 C K2
(Podder e Majumder, 2017)
C
Jossens θ= 1+K1 C K2
(Jossens et al., 1978)
K1 C
Khan θ= (1+K1 C)K2
(Khan et al., 1997)
C K2
Koble–Corrigan θ= 1+K1 C K2
(Foo e Hameed, 2010)
K1 C K2
Langmuir–Freundlich θ= 1+K1 C K2
(Turiel et al., 2003)
1−exp(−K1 C K2 )
Langmuir–Jovanović θ=C 1+C
(Turiel et al., 2003)
√
3 K2
McMillan–Teller θ ln C
= K1 (McMillan e Teller, 1951)
K1 C
Radke–Prausnitz I θ= (1+K1 C)K2
(Radke e Prausnitz, 1972)
K1 C
Radke–Prausnitz II θ= 1+K1 C K2
(Radke e Prausnitz, 1972)
K1 C K2
Radke–Prausnitz III θ= 1+K1 C K2 −1
(Radke e Prausnitz, 1972)
K1 C
Redlich–Peterson q= 1+K2 C K3
(Redlich e Peterson, 1959)
(K1 C)1/K2
Sips θ= 1+(K1 C)1/K2
(Sips, 1948)
C
Tóth θ= 1 (Tóth, 1995)
1 K2
K1
+C K2
1+K1 C exp(K2 )
Unilan 2K2 θ = ln 1+K 1 C exp(−K2 )
(Saadi et al., 2015)
Valenzuela-Myers 2K2 θ = ln KK11+C
+C exp(K2 )
exp(−K2 )
(Valenzuela e Myers, 1989)
qmax K1 C
Vieth–Sladek q = K2 C + 1+K1 C
(Vieth e Sladek, 1965)
mas, evidentemente, lá não estão todas as funções de isotermas existentes e por esta razão ao
se projetar a biblioteca pensou-se também na possibilidade do usuário poder incluir uma nova
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isoterma.
Como mencionado na introdução deste trabalho a ideia é que, dentro de um código maior,
possa-se trocar facilmente o modelo de isoterma utilizado. O código 1 em que a função
SimulacaoProblemaAdsorcao ora é chamada utilizando a isoterma Elovich ora a isoterma
Freundlich é um exemplo deste conceito.
Código 1: Código C++ exemplo de aplicação da IsotermLib++.
1 const double QMAX( 1 . 0 ) ; // Definição da constante do método
2 const double K1 ( 1 . 0 ) ; // Definição da constante do método
3
4 Elovich varElovich (QMAX, K1 ) ; // Construtor da classe Elovich
5 Freundlich varFreundlich (QMAX, K1 ) ; // Construtor da classe Freundlich
6
7 SimulacaoProblemaAdsorcao ( varElovich ) ; // Simulando com Elovich
8 SimulacaoProblemaAdsorcao ( v a r F r e u n d l i c h ) ; // Simulando com Freundlich
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foi idealizada a biblioteca. A classe Isotherm é a classe base da biblioteca. Todas as demais
são derivadas desta classe. Nesta classe há uma função puramente virtual para chamar a função
derivada que calcula a Eq. (1). Observem que o segundo parâmetro da função q é um parâmetro
default, para atender aquelas isotermas que não são funções da temperatura.
Na Figura 2 tem-se um esquema das isotermas de quatro parâmetros, presentes na Tabela
2. Todas as isotermas são derivadas da classe FourParameters que por sua vez é derivada da
classe Isotherm, como descrito na Figura 1. Cada uma destas quatro classes derivadas tem
definidas a sua equação especı́fica que depende somente de C, concentração de equilı́brio, e T ,
temperatura.
Para quem for escrever um código como o Código 2 é irrelevante saber como q foi obtido,
se de uma forma direta ou como em algumas funções, a partir da solução de uma equação
transcendental utilizando-se o método de Newton-Raphson. Na Figura 2 vê-se as classes com
as isotermas com quatro parâmetros. Ali há a indicação que todas as classes derivadas devem
ter a definição de uma função q. Isto é essencial para que o Código 2 funcione como foi escrito.
FourParameters
Baudu FritzSchlunderIV
virtual double q( const double& _conc, virtual double q( const double& _conc,
const double& _temp = 0) const; const double& _temp = 0) const;
MarczewskiJaroniec WeberVanVliet
virtual double q( const double& _conc, virtual double q( const double& _conc,
const double& _temp = 0) const; const double& _temp = 0) const;
Por fim, um código resumido da classe Elovich é apresentado. Este exemplo foi
especificamente selecionado pois não se consegue, para esta e algumas outras isotermas,
escrever a equação na forma de q = f (C, T ).
Primeiramente, no Código 3, está a função da isoterma de Elovich escrita para ser calculada
utilizando-se o método de Newton-Raphson. Lembrando que para usar o referido método a
função deve estar escrita na forma f (θ) = 0. Não há a necessidade de se definir a derivada para
ser utilizado pelo método pois a mesma será calculada numericamente utilizando-se a seguinte
equação:
f (θ + δθ) − f (θ)
f 0 (θ) = (2)
δθ
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No Código 4 tem a função dentro da classe Elovich responsável pelo calculo de q(C, T ). Na
linha 13 é onde efetivamente há o cálculo de θ = q/qmax , lembrando que 0 ≤ θ ≤ 1, por isto a
estimativa inicial para o método é 0,5.
Código 4: Classe Elovich. Função q(C,T)
1 d o u b l e E l o v i c h : : q ( c o n s t d o u b l e& c e ,
2 c o n s t d o u b l e& t e m p ) c o n s t
3 {
4 // auxiCe é uma variável auxiliar da classe
5 c o n s t c a s t <d o u b l e&>(a u x i C e ) = c e ∗ t h i s −>K1 ( ) ;
6
7 // Definindo a função que será utilizado pelo método Newton-Raphson = Elovich::FQe
8 auto fp = s t d : : b i n d (& E l o v i c h : : Fq , ∗ t h i s , 1 );
9
10 // Definição do θ e sua estimativa inicial
11 double t h e t a = 0.5;
12
13 t h e t a = NewtonRaphson ( fp , t h e t a ) ; // Calculando θ = q/qmax
14 r e t u r n t h e t a ∗ qmax ( ) ;
15 }
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4. Conclusões.
Agradecimentos
Referências
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compound adsorption by activated carbon and synthetic adsorbents”. Em: Water Research
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Abstract. An library, written in C++14, has been designed to describe any adsorption isotherm,
regardless of the number of isotherm parameters. The list of adsorption isotherms is presented,
with their respective equations, which are embedded in the library. Some aspects of how the
library has been designed were discussed and some plots of isotherm curves are displayed.
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1. INTRODUÇÃO
Segundo Arenales et al. (2011), surgiu no final Segunda Guerra Mundial a área de pesquisa
denominada Pesquisa Operacional (PO), na qual preocupa-se, entre outras, com a organização
e uso eficiente de recursos disponı́veis, recursos estes que podem ser tempo, matérias-primas,
máquinas, operários, etc. Após este perı́odo diversas técnicas de aplicabilidade prática foram
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
O método dual simplex foi proposto por Lemke em 1954 (Lemke (1954)) e segundo
Koberstein (2007) não mostrava-se como uma alternativa viável ao método primal simplex até
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o inı́cio dos anos 90. Como apontado em Bixby (2012), inicialmente o método era utilizado
quase que exclusivamente para lidar com reotimizações durante a solução de problemas inteiros
mistos.
A matriz A do Problema (1) pode ser particionada de acordo com a Eq. (3).
" 0#
A
A= (3)
I
em que A0 ∈ Rm×n formado pelas restrições técnicas do problema primal e I ∈ R(m+1)×(m+n)
formando assim uma matriz identidade composta pela canalização das variáveis.
Tomando por base o problema dual e suas particularidades, pode-se apresentar o algoritmo
DSC que descreve o método para problemas na forma canalizada. O Algoritmo 1 é apresentado
em pseudocódigo, sendo assim, detalhes de implementação computacional são omitidos, visto
que o objetivo é demonstrar de maneira conceitual seus principais passos.
O Algoritmo 1 começa com a base dual inicial factı́vel de inicialização imediata, formada
pelas colunas unitárias da partição na matriz A, sendo esta partição composta pela canalização
das variáveis. Iterativamente o método segue alternando entre bases enquanto a função dual
puder ser melhorada e a solução ótima ser encontrada, ou o problema ser dual ilimitado.
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−ηb1
1 0 ... η bk
... 0
−ηb2
0 1 ... . . . 0
η bk
. .. .. .. . . ..
.. . . . . .
E=
0 1
(4)
0 ... η bk
. . . 0
. .. ... .. . . . ..
.. . . .
−ηbn
0 0 ... η bk
... 1
Onde, a coluna k é definida em função das componentes do vetor da direção Dual Simplex
(ηB ) na qual é obtida fazendo-se ηB = (B > )−1 (aq. )> . Em que aq. representa a q-ésima linha
da partição não básica da matriz A, sendo q o ı́ndice que entrará base (q ∈ IN - De acordo
com o Algoritmo 1) e determina a maior violação primal, seja no limite inferior ou superior.
Vale destacar que a matriz (4) pode ser armazenada computacionalmente armazenando apenas
a coluna k e seu respectivo valor.
Vale notar na matriz (4), que para a linha i = k, a componente será calculada fazendo η1b e
k
−η
para as demais componentes será obtida por ηb bi .
k
A nova matriz inversa da base, é obtida então pelo produto da matriz inversa da base atual
(B −1 ) com a matriz (4), como pode ser visto na Eq. (5).
−1
B = EB −1 (5)
Na inicialização do DSC tem-se que B = I (matriz base inicial), logo de acordo com a
−1
igualdade de (5) que a base é B = E.
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−1
O processo de atualização das demais linhas de B (quando i 6= k) é obtido realizando a
−η
adição da i-ésima linha de B −1 com a k-ésima linha de B −1 multiplicada por ηb bi , ou seja:
k
( −η
−1 bi. + ( ηbbn )bk. , se i 6= k
B i,k = k
i = 1, . . . , n (6)
− η1b bk. , se i = k
k
Após a realização do processo de atualização da base acima descrito, então será necessário
atualizar a solução primal e continuar o processamento descrito no Algoritmo 1.
Complexidade das Operações no Cálculo da Inversa da Base Tendo em vista que a operação
de maior custo no DSC consiste na atualização da base, então com o objetivo de mensurá-la foi
realizado o cálculo de complexidade.
−1
Neste caso, para cada linha da nova inversa da base (B ), com (i 6= k) e ηbi 6= 0, no cenário
de pior caso, devem ser consideradas as seguintes operações:
−ηbi
• 1 divisão ηbk
−ηbi
• n multiplicações b ,
ηbk k.
onde bk. = [bk1 bk2 . . . bkn ]
ηbi ηbi ηbi
• n subtrações bi1 − b
ηbk k1
bi2 − b
ηbk k2
. . . bim − b
ηbk km
Representação dos dados usando listas encadeadas Ao representar os dados com a utilização
de listas encadeadas, decidiu-se que a melhor abordagem considerando as rotinas do Algoritmo
DSC seria um vetor de ponteiros para listas. Esta representação foi utilizada tanto para a matriz
A de restrições técnicas do problema quanto para a matriz básica B.
O vetor de ponteiros criado representa as linhas de uma matriz, sendo que cada posição
possui duas informações: o número de elementos atuais na respectiva linha (num elem) e um
ponteiro para o primeiro elemento (ini). Já na estrutura que representa os elementos em si (nó)
existem três campos: A informação correspondente ao ı́ndice da coluna (col), o valor (val)
e um ponteiro para o próximo elemento da lista (prox). A Fig. 1 sumariza as informações
apresentadas.
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linhas
num_elem
1 col val *prox
*ini
num_elem
2 col val *prox col val *prox col val *prox
*ini
num_elem
3 col val *prox
*ini
num_elem
4 col val *prox col val *prox
*ini
num_elem
5 col val *prox col val *prox
*ini
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para a realização dos testes computacionais foram utilizadas 2 classes de problemas distintas
contendo: 32 instâncias com alto ı́ndice de esparsidade geradas de forma pseudoaleatória
relacionadas a problemas de programação da produção multiperı́odo e 31 instâncias do
repositório da NetLib 1 . As instâncias foram classificadas de acordo o número de variáveis
presentes (n), sendo consideradas instâncias pequenas onde n ≤ 1000, médias com 1000 <
n < 5000 e grandes onde n ≥ 5000.
1
http://www.netlib.org/lp/data/index.html
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importantes relacionadas às instâncias, estas são o número de linhas (Lin.), número de colulas
(Col.), quantidade de elementos não-nulos (NN) e o percentual de esparsidade (Esp.%).
Tabela 1: Execução DSC Revisado - Problemas de Programação da Produção.
INSTÂNCIAS PEQUENAS
Index LE
Instância Lin. Col. NN Esp.% IT
Tempo Sol. (s) Tempo Sol. (s)
inst1 prod 60 120 260 96,39 64 0,004 0,012
inst2 prod 110 230 510 97,98 118 0,028 0,083
inst3 prod 160 340 760 98,60 168 0,081 0,244
inst4 prod 210 450 1010 98,93 222 0,189 0,568
inst5 prod 260 560 1260 99,13 282 0,386 1,124
inst6 prod 310 670 1510 99,27 353 0,687 2,113
inst7 prod 360 780 1760 99,37 392 1,036 3,061
inst8 prod 410 890 2010 99,45 443 1,634 4,591
inst9 prod 460 1000 2260 99,51 509 2,300 6,455
Média 283,444 0,705 2,028
INSTÂNCIAS MÉDIAS
inst10 prod 510 1110 2510 99,56 559 3,241 6,68
inst11 prod 800 1580 3800 99,70 948 10,405 33,135
inst12 prod 900 1660 3900 99,74 1078 13,716 39,043
inst13 prod 1050 2090 5050 99,77 1250 25,043 75,287
inst14 prod 1200 2210 5200 99,80 1456 32,685 107,129
inst15 prod 1300 2600 6300 99,81 1540 45,788 140.685
inst16 prod 1550 3110 7550 99,84 1868 92,867 243.737
inst17 prod 1800 3620 8800 99,86 2174 124.403 403,605
inst18 prod 2050 4130 10050 99,88 2433 183,404 535,488
inst19 prod 2200 4220 10200 99,89 2611 205,417 658,168
inst20 prod 2300 4640 11300 99,89 2741 257,128 802,855
Média 1696,182 90,372 276,892
INSTÂNCIAS GRANDES
inst21 prod 2550 5150 12550 99,90 3038 341,970 1124,062
inst22 prod 3150 6190 15150 99,92 3800 629,354 1990,594
inst23 prod 3600 7170 17600 99,93 4369 932,681 3155,559
inst24 prod 3720 7380 18120 99,93 4474 1096,052 3408,800
inst25 prod 3900 7700 18900 99,94 4781 1177,211 4144,191
inst26 prod 4100 8180 20100 99,94 5046 1463,371 4973,554
inst27 prod 4600 9190 22600 99,95 5608 1981,006 6937,431
inst28 prod 5100 10200 25100 99,95 6161 2763,343 9299,890
inst29 prod 6120 12220 30120 99,96 7364 4569,134 14860,162
inst30 prod 6900 13740 33900 99,96 8481 6775,075 22952,597
inst31 prod 7200 14270 35200 99,97 8912 7921,783 26817,645
inst32 prod 8200 16280 40200 99,97 10009 11606,152 40839,257
Média 6003,583 3438,090 11708,645
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que o número de iterações é muito próximo da quantidade de linhas e bem menor que o número
de colunas para cada problema.
Com relação aos tempos com as instâncias médias, nota-se um aumento significativo em
comparação com os problemas pequenos, o que é natural devido ao aumento na dimensão de
cada problema (m × n). Novamente observam-se comportamentos semelhantes aos tempos de
cada cada estrutura de dados, com a LE consumindo muito tempo, em média, quase 3 vezes
mais que Indexada. Vale observar que, no geral o número de iterações foi pouco superior ao
número de linhas do problema e bem menor que o número de colunas.
Notadamente, nas instâncias grandes a implementação utilizando LE novamente obteve um
desempenho muito ruim em relação a indexada. O número de iterações foi em média 22, 3%
superior ao número de linhas dos problemas. A estrutura de dados indexada mostrou-se com
um desempenho superior a 70% em relação a implementação com LE.
INSTÂNCIAS PEQUENAS
Index LE
Instância Lin. Col. NN Esp.(%) IT
Tempo Sol. (s) Tempo Sol. (s)
AFIRO 27 32 83 90,39 26 0,001 0,001
KB2 43 41 286 83,78 187 0,003 0,015
SC50B 50 48 118 95,08 51 0,001 0,005
SC50A 50 48 130 94,58 48 0,001 0,005
SHARE2B 96 79 694 90,85 324 0,011 0,162
ADLITTLE 56 97 383 92,95 147 0,006 0,079
SC105 105 103 280 97,41 110 0,007 0,097
SCAGR7 129 140 420 97,67 349 0,032 0,792
RECIPELP 91 180 663 95,95 45 0,007 0,016
VTP-BASE 198 203 908 97,74 639 0,119 4,791
SC205 205 203 551 98,68 206 0,044 1,575
SHARE1B 117 225 1151 95,63 693 0,148 9,355
E226 223 282 2578 95,90 948 0,330 36,563
AGG2 516 302 4284 97,25 306 0,151 0,379
AGG3 516 302 4300 97,24 334 0,159 0,563
SCORPION 387 358 1426 98,97 427 0,256 8,151
SCTAP1 300 480 1692 98,83 535 0,516 41,365
SCAGR25 471 500 1554 99,34 1161 1,255 236,670
DEGEN2 444 534 3978 98,32 2735 3,307 1507,455
FINNIS 497 614 2310 99,24 584 0,946 57,861
ETAMACRO 400 688 2409 99,12 1211 2,123 893,702
SCSD1 77 760 2388 95,92 160 0,371 12,471
Média 510,272 0,445 127,821
INSTÂNCIAS MÉDIAS
STANDATA 369 1075 3031 99,21 79 0,408 1,051
STANDMPS 467 1075 3679 99,27 276 1,527 8,388
SCRS8 490 1169 3182 99,44 1062 5,884 878,942
SHIP04S 402 1458 5810 99,01 402 3,586 11,407
SHELL 536 1775 3556 99,63 735 9,478 67,556
SCTAP2 1090 1090 6714 99,67 989 16,243 3671,947
SHIP04L 402 2118 6332 99,26 396 7,407 22,880
SHIP12S 1151 2763 8178 99,74 1120 34,784 128,223
SHIP12L 1151 5427 16170 99,74 1186 142,160 527,601
Média 693,888 24,608 590,888
É importante notar que para algumas instâncias pequenas (AFIRO, SC50A, SC50B, SC105,
RECIPELP, SC205, AGG2, AGG3, SCORPION e FINNIS), o DSC realizou poucas iterações para
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encontrar o valor ótimo em relação ao número de linhas destes problemas. Nos demais
problemas, o número de iterações foi em média 3, 5m, sendo m o número de linhas. Isto
está diretamente relacionado ao fato de serem problemas numericamente difı́ceis de serem
resolvidos e principalmente por serem altamente degenerados, como é o caso do DEGEN2 que
por consequência levou maior tempo para ser resolvido.
No geral, os tempos de execução foram baixos, com exceção de alguns problemas utilizando
a estrutura de dados com LE, em especial as instâncias DEGEN2, ETAMACRO e SCAGR25. Pan
(2005) relata que para alguns problemas, de 10% a 57% dos passos para encontrar a solução são
degenerados. Segundo o autor, os problemas KB2 e DEGEN2 possuem, respectivamente, 35,37%
e 56,74% dos passos degenerados.
Cabe ressaltar que a instância SHIP12L possui 5427 variáveis, o que a classificaria como
instância grande pelo padrão adotado, mas esta foi incluı́da junto as médias por ser a única com
número de variáveis acima de 5000 que o método conseguiu encontrar a solução.
Nas instâncias médias o DSC também obteve um bom comportamento em relação ao número
de iterações realizadas para encontrar as soluções ótimas destes problemas. Sendo em média
1,08m em relação ao número de linhas. O destaque vai para a solução do problema STANDATA,
pois a solução foi encontrada com um número de iterações cerca de 4,5 vezes menor que seu
número de linhas. O número de iterações realizadas para o problema STANDMPS também foi
bem menor que o número de linhas deste.
No geral, os tempos de solução aumentaram devido ao crescimento dos problemas,
principalmente em relação ao número de variáveis. Este substancial aumento do número de
variáveis não influenciou diretamente no número de iterações, visto que a relação entre as
iterações e o número de linhas dos problemas foi de 1,02. Os tempos de solução da estrutura de
dados indexada foram em média 24 vezes mais rápida que LE.
É importante ressaltar que as soluções encontradas pelo DSC para os problemas do
repositório da NetLib aqui analisados possuem 11 dı́gitos de precisão, sendo esta, a mesma
precisão numérica apresentada no trabalho de Koch (2004).
4. CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS
APPENDIX A
Abstract. Efficient and stable implementations of simplex methods are challenging because, in
the first instance, it requires good knowledge of the method, so an implementation that takes
advantage of features present in large real problems such as sparsity needs to be implemented.
In the present work, the Dual Simplex method specialized in bounded linear programming
problems using different data structures was implemented in order to evaluate the
computational time for each one. The Revised Form (FR) approach was used to base update.
For this form, two data structures were tested for storing and manipulating the constraint matrix
(A matrix) and the base inverse matrix: Dense Format treated here as indexed, and Linked Lists.
The method was tested in two classes of problems, the first consisting of instances set
generated by a pseudo-random generator of high-sparsity production models, and instances
of the Netlib repository.
The implementation using linked lists has not proved to be very efficient for the chosen base
update method, in this case the indexed data structure was a little more efficient.
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1. INTRODUÇÃO
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Ainda de acordo com Dias (2012), o estudo de dados de alta dimensionalidade é inevitável
e possui motivação prática e teórica. Do ponto de vista prático, busca-se visualizar e analisar
dados multivariados modelando os fenômenos que os geraram na esperança de entender o
seu funcionamento. Do ponto de vista teórico, deve-se considerar a chamada “maldição da
dimensionalidade” (curse of dimensionality), um termo que remete nitidamente aos problemas
associados ao processamento de dados de alta dimensão (problemas estes que estão presentes
na atual sociedade orientada pela informação). Neste contexto, os dados de dimensionalidade
elevada são esparsos no espaço de alta dimensão. Em Lee & Michel (2007), podem ser verificadas
algumas propriedades inusitadas relacionadas a um espaço de alta dimensão, como por exemplo
em relação a normas e distâncias entre os pontos dos dados.
Imagine, por exemplo, uma imagem de 100 × 100 pixels, onde cada pixel pode ser visto
como uma representação de uma variável. Logo, tem-se um espaço de 10000 dimensões. Dado
um espaço de características tão alto, os pontos de dados amostrados normalmente aparecem
dispersos nesse espaço. A desvantagem, então, é que, ao tentar modelar tais fenômenos que
geraram esses dados, alguns algoritmos distorcem ou falham por completo na estimativa da
função, principalmente quando os dados apresentam ruídos. De acordo com Lafon (2004),
a estimativa da função e da densidade torna-se dispendiosa ou imprecisa, e as medidas de
similaridade global decompõem-se.
A busca pela noção adequada de similaridade comuns entre pontos de dados mede a
organização eficientes desses, tendo repercussões em reconhecimento de padrões. Considere,
por exemplo, uma coleção de imagens de um brinquedo infantil (Fig. 1). Nessa figura temos 16
imagens de um mesmo brinquedo. O ângulo de rotação vertical do brinquedo é o único grau de
liberdade no conjunto de imagens.
Figura 1- Imagens de um brinquedo infantil em ordem aleatória do ângulo de rotação. Cada imagem tem
400 por 300 pixels.
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Uma pessoa, diante da tarefa de organizá-las, muito provavelmente notaria que elas diferem
tão somente pela rotação do brinquedo e atribuiria a este parâmetro a maior importância. Assim,
ordenar-se-iam as imagens sem dificuldade. Um computador, por outro lado, veria cada imagem
como um ponto de dados em R400×300×3 , um espaço de coordenadas de alta dimensão. Na busca
pela organização, os pontos de dados seriam, por natureza, organizados de acordo com sua
posição no espaço coordenado, cuja medida de similaridade mais comum é algo relacionado com
o inverso da distância euclidiana, mais próximo, menor a distância, mais similar. Organizando as
imagens de acordo com a similaridade entre pontos de dados, certamente o computador também
conseguiria realizar a tarefa.
A ideia subjacente à realização dessa atividade está na hipótese de que a verdadeira
dimensionalidade intrínseca das imagens, então, pode ser muito menor. De fato, nesse exemplo,
o único parâmetro pertinente para organizá-las é o ângulo de rotação do brinquedo. Em Belkin
(2003) é citado um outro exemplo relacionado à fala - enquanto representações típicas de sinais de
fala são baseadas em transformadas de Fourier de janela deslizante e são de alta dimensionalidade,
o próprio sinal da fala é produzido pelo trato vocal que tem graus de liberdade limitados.
No mapeamento do espaço onde os dados residem, uma pequena distância euclidiana entre
vetores quase certamente indica que eles são muito similares. Contudo, uma grande distância,
em contrapartida, fornece muito pouca informação sobre a natureza da discrepância. Eis a
dificuldade: nos espaços onde naturalmente os dados residem, que são de altas dimensões, as
distâncias costumam ser grandes. Esta distância euclidiana, portanto, fornece apenas uma boa
medida da similaridade local. A solução, então, para a redução da dimensionalidade não linear,
é a hipótese de que os dados estão sobre ou ao redor de uma variedade de baixa dimensão em
um espaço dimensional (provavelmente) muito elevado. Neste sentido, o ideal seria, se fosse
possível, medir distâncias na própria variedade em vez de no espaço euclidiano e com isso
mapear os dados e a relação entre pontos individuais usando menos dimensões. Nas imagens do
brinquedo, por exemplo, levando-se em conta sua estrutura global, pode-se representar os dados
das imagens usando apenas uma variável: o ângulo de rotação do brinquedo.
O objetivo, então, da redução de dimensionalidade, é determinar uma estrutura de dados de
dimensão menor que os absorva, levando a um mapeamento eficiente. Tal representação alcança
a redução de dimensionalidade, enquanto, idealmente, deve preservar as relações importantes
entre os pontos de dados. Este trabalho traz um possível método para a realização deste propósito,
conhecido como Mapas de Difusão, abordando sua aplicação no reconhecimento e organização
de imagens digitais.
Inicialmente, a seção 2 traz uma breve apresentação da técnica. O objetivo aqui é possibilitar
ao leitor compreender seu funcionamento e exibir os passos para sua implementação. Na seção 3
temos a aplicação à coleção de imagens digitais do carrinho buscando uma organização eficiente,
juntamente com os resultados e discussões. Por fim, a última seção do trabalho expõe as
considerações finais do trabalho e expectativas de estudos posteriores.
2. MAPAS DE DIFUSÃO
Os Mapas de Difusão (Diffusion Maps) estão entre as mais recentes e produtivas técnicas
para redução de dimensionalidade não linear de um conjunto de dados, bem como, para encontrar
estruturas significativas. A busca da geometria intrínseca da variedade onde os dados em
estudo residem permite extrair informações relevantes sobre esses e propicia a compreensão do
fenômeno que os gerou. Para cumprir quaisquer destas tarefas, tal método, assim como outras
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!
kxi − xj k2
k(xi , xj ) = exp − (2)
α
A noção de vizinhança de um dado qualquer xi pode ser definida como todos os pontos xn ,
com n ∈ N, cuja a função k(xi , xj ) ≥ ε escolhido. Esse parâmetro remete à conectividade do
grafo e como o pesquisador imagina que os dados possam estar relacionados. Fazendo-se o
ajuste da escala do núcleo (parâmetro α ), escolhe-se o tamanho da vizinhança de acordo com o
conhecimento a priori da disposição e da densidade dos dados. De acordo com de La Porte et al.
(2008), para estruturas intrincadas, não lineares, de menor dimensão, uma pequena vizinhança é
escolhida. Para dados esparsos, uma vizinhança mais ampla é mais apropriada.
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Seja a matriz K̃ com os valores de conectividade entre todos os pontos de dados. O passo
seguinte é definir uma distribuição de difusão normalizada por uma uma matriz P , conhecida
como matriz de Markov (ou matriz de probabilidade de transição) cujas entradas representam a
probabilidade de o caminhante aleatório atingir cada ponto de dado em determinado instante.
Obtém-se esta matriz P utilizando-se da matriz de similaridade K̃ como se segue:
n
k̃ij X
(K)ij = kij = , k̃i = k̃iw (3)
k̃i k̃j w=1
n
kij X
(P )ij = pij = , mi = kiw (4)
mi w=1
Observe que a matriz M é uma matriz diagonal que tem em cada linha, em sua entrada
não-nula, a soma dos pesos das linhas correspondente da matriz de conectividade K ajustada.
Sendo assim, a matriz P , como foi definida, tem entradas não negativas e linhas que somam um
e representa, em cada entrada pij , a probabilidade de transição de um vértice xi a outro xj em
uma unidade de tempo. É interessante ainda observar que a analogia entre o processo descrito e
as cadeias de Markov permite identificar cada ponto de dado como um estado desta cadeia.
De acordo com Coifman & Lafon (2006), do ponto de vista de análise de dados, a razão para
estudar a cadeia de Markov é que a matriz P contém informações geométricas sobre o conjunto
de dados em estudo. Como foi definida, as transições expressas pela distribuição de difusão
refletem a geometria local definida pelos vizinhos imediatos de cada um nó no grafo de dados.
Como observado, p(xi , xj ) representa a probabilidade de transição em um passo de tempo do
estado xi para o xj e é proporcional ao peso da aresta k(xi , xj ). Tomando as potências da matriz
de difusão P , aumentamos o número de passos percorridos. Este é o objetivo. À medida que a
cadeia avança no tempo, o que equivale a tomar cada vez maiores potências de P , permitimos
integrar a geometria local e, com isto, ter conhecimento sobre as estruturas geométricas da
variedade na qual o conjunto de dados está inserido.
À medida que t cresce, o processo de difusão prossegue: a probabilidade de seguir um
caminho ao longo da estrutura geométrica subjacente do conjunto de dados aumenta. Uma vez
que os pontos de dados são bem concentrados sob a variedade, eles são bem conectados. Com
isso, os caminhos se formam ao longo de saltos curtos e de alta probabilidade. Em contrapartida,
alguns caminhos são mais improváveis. No desenrolar do processo, a estrutura dos dados é
explorada e sua topologia gradualmente revelada.
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Nessa seção, o objetivo é definir uma métrica com base nessa estrutura. Seja essa
métrica a medida da similaridade de dois pontos de dados nesse espaço como a conectividade
(probabilidade de “pular”) entre eles. Como vimos, essa grandeza está relacionada com a matriz
P e é dada por:
X X 2
Dt (xi , xj )2 = |pt (xj , y) − pt (xi , y)|2 = t
Pjk − Pikt (5)
y∈X k
Observando a Eq. (5), é possível perceber que se trata da soma dos quadrados da diferença
de cada elemento das linhas i e j da matriz P . Esta distância será pequena se houver muitos
caminhos de alta probabilidade com comprimento t entre dois pontos e permanecerá pequena
enquanto as probabilidades de caminho entre xi e xj continuarem pequenas. Como a distância
leva em conta a soma entre todos os caminhos entre os pontos, a métrica é robusta à perturbação
por ruídos, ao contrário, por exemplo, da aproximação isomapiana para a distância geodésica.
Se por um lado, o uso das distâncias de difusão é promissora, por outro, calcular esta distância
para um conjunto pequeno de dados já é computacionalmente penoso. A saída, então, seria
mapear os pontos de dados para um espaço euclidiano de acordo com a métrica definida. A
distância de difusão no espaço original torna-se a distância euclidiana neste novo espaço de
difusão. A seguir é definido como este procedimento é realizado. Seja o mapeamento:
pt (xi , x1 )
pt (xi , x2 )
Zi = (6)
..
.
pt (xi , xn )
X X 2
kZi − Zj k2 = |pt (xj , y) − pt (xi , y)|2 = t
Pjk − Pikt = Dt (xi , xj )2 (7)
y∈X k
que, como visto, é a distância de difusão entre os pontos de dados xi e xj . Este mapeamento
permite, por exemplo, a reorganização dos dados de acordo com a distância de difusão, como
a coleção de imagens do brinquedo infantil. Assim, o objetivo deste trabalho já pode ser
executado eficientemente com este mapeamento. Contudo, nota-se que não há ainda redução
de dimensionalidade. A redução é realizada negligenciando-se certas dimensões no espaço de
difusão. Todavia, antes de mostrar como isso é feito, é necessário apresentar uma alternativa
para os cálculos da distância de difusão.
Seja ψ n os autovetores direitos de P associados com os autovalores λk , k = 1, . . . , n. A
distância de difusão entre xi e xj para um t fixo pode ser calculada como:
n
X
2
Dt (xi , xj ) = λ2t k k
k (ψ (i) − ψ (j))
2
(8)
k=1
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P ψ n = λψ n (9)
A prova para tal pode ser encontrada no material suplementar do artigo Moura Neto et al.
(2019).
A vantagem do cálculo da distância de difusão deste modo é que, como a distância é
dada em função dos autovalores e autovetores da matriz de Markov P , ela é menos custosa
computacionalmente e de fácil implementação. A partir do cálculo desta matriz, o algoritmo
computa seus autovalores e autovetores e, dessa forma, consegue o mapeamento de acordo com
as distâncias de difusão. Prontamente, o mapeamento pode, então, ser expresso em termos dos
autovetores e autovalores de P como:
λt2 ψ 2 (i)
λt ψ 3 (i)
3
Zi = (10)
..
.
λtn ψ n (i)
onde ψ 2 (i) indica o i-ésimo elemento do primeiro autovetor não constante de P associado ao
maior autovalor diferente de 1, ψ 3 (i) o i-ésimo elemento do segundo autovetor de P associado
ao segundo maior autovalor diferente de 1, e assim por diante. Novamente, a distância euclideana
entre os pontos mapeados Zi e Zj é a distância de difusão. Os autovetores ortogonais direitos
de P formam uma base para o espaço de difusão e os autovalores, por sua vez, associados a
esses, indicam a importância de cada dimensão. Enfim, a redução de dimensionalidade pode
ser atingida escolhendo m dimensões associados aos autovetores dominantes (m < n), o que
permite que o conjunto de dados mapeados tenha menos parâmetros do que o conjunto original,
fazendo kZi − Zj k se aproximar da distância de difusão, Dt (xi , xj ), da melhor forma.
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eixo localizado na parte traseira do carrinho (onde há dois faróis vermelhos). É possível notar
também, além da diferença entre o ângulo de rotação, as diferentes posições da sombra.
A tarefa aqui era a seguinte: dada a coleção de imagens em ordem aleatória como entrada, o
algoritmo deve produzir o mapeamento eficiente dessas imagens e conseguir sua organização
correta, produzindo como saída, as imagens na ordem crescente do ângulo de rotação. A
implementação do algoritmo utilizou o programa Wolfram Mathematica 12.
Cada imagem foi inicialmente transformada em uma matriz de dados, e cada elemento é dado
pela coordenada de um pixel no sistema de cores RGB. Desta forma, o algoritmo toma cada pixel
como um vetor numérico de entrada ou, de outra forma, um estado de uma cadeia de Markov e
atribui como próximo, no sentido de vizinhança, o pixel que tem as coordenadas similares ao
primeiro. Este procedimento é realizado de acordo com as probabilidades de transição entre cada
estado.
O algoritmo foi executado considerando α = ε2 , onde ε é o limite de conectividade do
conjunto de dados:
ε = min{kxi − xj k , i 6= j, i, j = 1, . . . , n} (11)
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Figura 3- Mapeamento 1D das imagens do brinquedo infantil. O índice mostra uma das possíveis entradas
aleatórias para o algoritmo. No mapeamento, metade das imagens está concentrada à esquerda e metade à
direita da primeira coordenada principal.
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4. CONCLUSÕES
Agradecimentos
Referências
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Coifman, R.R.; Hirn, M.J. (2014), Diffusion Maps for changing data. Applied and Computational
Harmonic Analysis. 36, 79-107.
de La Porte, J. et al. (2008), An Introduction to Diffusion Maps. Proceedings of the Nineteenth Annual
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Dias, M.S. (2012), Regressão Construtiva em Variedades Implícitas. Tese de Doutorado, PUC-Rio, RJ.
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European Journal of Operational Research. 279, 107-123.
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Talmon, R; Cohen, I.; Gannot, S. (2013), Single-Channel transient interference suppression with
diffusion maps. IEEE Trans. on Audio, Speech, and Language Processing. 21(1), 132-144.
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and diffusion maps. Artificial Intelligence in Medicine, 48 (2-3), 91-98.
EFFICIENT ORGANIZATION OF DIGITAL IMAGES BY DIFFUSION MAPS
Abstract. In the present work, an application of a powerful nonlinear dimensionality reduction
technique known as Diffusion Maps is proposed in an example involving digital images. This
technique, which is among the most recent and productive in this context of nonlinear reduction
of a data set, manages to discover the patterns of the sets, grouping them, allowing them to
consider various scales for classification. In this sense, the work brings a collection of images
of a children’s toy, whose angle of rotation of the toy is the unique degree of freedom of this
collection, and it is up to the Diffusion Maps to search for the shared similarities among the pixels
that form these images, looking for efficient organization. The search for adequate common
similarity among data points measures such an organization, having advantageous inferences in
pattern recognition.
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Resumo. Este trabalho propõe uma abordagem de uma poderosa técnica de redução de
dimensionalidade não linear conhecida como Mapas de Difusão na identificação de outliers
de curvas de polarização. Tais curvas avaliam a cinética global de processos eletroquímicos
de eletrodos em meios corrosivos sob condições estacionárias, mas que apresentam variações
de natureza experimental ou por erros sistemáticos que possam ocorrer. Assim, a busca por
outliers se faz necessária pois, no contexto em questão, permitiria extrair do conjunto das curvas
experimentais em análise aquelas que, eventualmente, não traduzem de forma adequada o
comportamento do material imerso no meio corrosivo a um dado potencial aplicado. A esperança
é conseguir um ganho na taxa de classificação, eliminando-se dados muito improváveis do
conjunto de amostras. Classificá-los corretamente é um desafio pois, a forte não linearidade
típico de curvas de polarização faz tais curvas se sobreporem tornando a tarefa difícil. Neste
trabalho, estudou-se dois aços inoxidáveis em solução aquosa com 3, 5% NaCl. Por meio da
matriz de difusão e do mapa de cores a ela associada, a técnica de Mapas de Difusão conseguiu
encontrar satisfatoriamente outliers de ambos os aços utilizados, mostrando-se útil diante da
abordagem proposta.
1. INTRODUÇÃO
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2. MAPAS DE DIFUSÃO
Os Mapas de Difusão estão entre as mais recentes e produtivas técnicas para reduzir a
dimensionalidade não linear de dados, além de permitir localizar as estruturas importantes.
Introduzido por Coifman & Lafon (2006) e por Coifman & Hirn (2014), o método, que emprega
algoritmos baseados em grafos, permite extrair informações relevantes sobre os dados em estudo
proporcionando uma melhor compreensão sobre o fenômeno investigado. Ao utilizar grafos para
representar conjuntos de dados e suas semelhanças, esta técnica permite definir uma métrica no
espaço de distribuição de probabilidades que usa de processos markovianos para correlacionar
similaridades de diferentes ordens e escalas a partir das coordenadas desses pontos e da noção
de afinidade estabelecida. O restante desta seção aborda em detalhes os aspectos do algoritmo.
2.1 Conectividade
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pré-definido. Imagine cada ponto como o vértice de um grafo conectado onde as arestas que o
ligam a outro nó vizinho têm seus pesos definidos de acordo com a similaridade que cada um
destes tem com seus vizinhos. Tem-se, então, um grafo com pesos que refletem uma similaridade
local entre os pontos de dados.
Façamos agora um passeio aleatório pelos dados, começando de um específico, fazendo
saltos aleatórios como um caminhante sem rumo, guiado apenas pela probabilidade de atingir
um ponto qualquer. Saltar para um ponto mais próximo é mais provável do que saltar para outro
que esteja distante. Feito desse modo, cria-se uma relação entre a distância no espaço de dados e
a probabilidade de transição do caminhante aleatório.
A conectividade entre dois pontos de dados quaisquer, xi e xj , com i 6= j é definida como
a probabilidade de saltar de xi para xj em cada instante da caminhada aleatória. Como essa
conectividade é proporcional à similaridade desses dados, é útil expressar essa conectividade
em termos de uma função de verossimilhança não normalizada, k : Rd × Rd −→ R, conhecida
como núcleo de difusão (diffusion kernel).
n
k̃ij X
(K)ij = kij = , k̃i = k̃iw (3)
k̃i k̃j w=1
n
kij X
(P )ij = pij = , mi = kiw (4)
mi w=1
A matriz M é uma matriz diagonal que tem em cada linha, em sua entrada não-nula, a soma
dos pesos das linhas correspondente da matriz de conectividade K ajustada. Se por um lado, P
não é simétrica, em contrapartida ganha-se uma propriedade de conservação (A soma das linhas
é 1) e representa, em cada entrada pij , a probabilidade de transição de um vértice xi a outro xj
em uma unidade de tempo. É interessante ainda observar que a analogia entre o processo descrito
e as cadeias de Markov permite identificar cada ponto de dado como um estado desta cadeia.
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O processo de difusão utilizando as potências da matriz Markov P deve ser útil na descoberta
da estrutura geométrica que contém os dados em várias escalas. Definimos uma métrica com
base nesta estrutura. Seja esta métrica a medida da similaridade de dois pontos de dados nesse
espaço como a conectividade entre eles. Como vimos, esta grandeza relaciona-se com a matriz
P sendo dada por:
X X 2
Dt (xi , xj )2 = |pt (xj , y) − pt (xi , y)|2 = t
Pjk − Pikt (5)
y∈X k
Esta distância será pequena se houver muitos caminhos de alta probabilidade com
comprimento t entre dois pontos e permanecerá pequena enquanto as probabilidades de caminho
entre xi e xj continuarem pequenas. Como a distância leva em conta a soma entre todos os
caminhos entre os pontos, a métrica deve ser robusta à perturbação por ruídos.
Veremos agora como mapear os pontos de dados para um espaço euclidiano de acordo com a
métrica definida. A distância de difusão no espaço original torna-se a distância euclidiana neste
novo espaço de difusão. Seja o mapeamento:
pt (xi , x1 )
pt (xi , x2 )
Zi = (6)
..
.
pt (xi , xn )
X X 2
kZi − Zj k2 = |pt (xj , y) − pt (xi , y)|2 = t
Pjk − Pikt = Dt (xi , xj )2 (7)
y∈X k
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n
X
2
Dt (xi , xj ) = λ2t k k
k (ψ (i) − ψ (j))
2
(8)
k=1
λt2 ψ 2 (i)
λt ψ 3 (i)
3
Zi = (9)
..
.
λtn ψ n (i)
onde ψ 2 (i) indica o i-ésimo elemento do primeiro autovetor não constante de P associado ao
maior autovalor diferente de 1, ψ 3 (i) o i-ésimo elemento do segundo autovetor de P associado
ao segundo maior autovalor diferente de 1, e assim por diante. Os autovetores ortogonais direitos
de P formam uma base para o espaço de difusão e os autovalores, por sua vez, associados a esses,
indicam a importância de cada dimensão. A redução de dimensionalidade pode ser atingida
escolhendo m dimensões associados aos autovetores dominantes (m < n), o que permite que
o conjunto de dados mapeados tenha menos parâmetros do que o conjunto original, fazendo
kZi − Zj k se aproximar da distância de difusão, Dt (xi , xj ), da melhor forma.
O objetivo dessa seção é a apresentação dos resultados obtidos com a execução do método
exposto anteriormente na busca de outliers em dados reais experimentais expressos na forma
de perfis unidimensionais provenientes de máquinas de sinais eletroquímicos. Tais dados são
os mesmos utilizados em Fabbri et al (2013) - Dois aços inoxidáveis austeníticos comerciais (a
seguir denominados 304 e 316, resumidamente) expostos à uma rotina experimental na intenção
de produzir dados de suas curvas de polarização (Fig. 1). Os detalhes da rotina experimental
podem ser consultados no artigo.
Como é possível observar, apesar de sua composição química diferir no teor de molibdênio,
as curvas se sobrepõem em diversas faixas, principalmente, para os potenciais relacionados
à predominância de processos anódicos (−0, 2 a 0, 2 V × ECS). ECS refere-se ao eletrodo
de calomelano saturado usado como referência de potencial. É nessa faixa que fica visível
a diferença entre os aços com relação à resistência à corrosão localizada junto com alguma
dispersão natural. À primeira vista, é muito difícil atribuir uma determinada curva a um aço
específico quando se tem todos agrupados.
O primeiro passo na busca dos outliers da amostra de cada tipo de aço é a execução do
algoritmo, assim como foi descrito na seção anterior, também para cada tipo de aço. O algoritmo
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Figura 1- 48 curvas de polarização experimental dos aços inoxidáveis 304 (vermelho) e 316 (verde). Cada
curva consiste em 800 pontos de amostragem.
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Figura 2- Representação das matrizes de difusão dos aços 304 (superior) e 316 (inferior) com t = 1. A
matriz é vista como um tipo de representação do conjunto de níveis de uma função (i, j) → (P )ij ∈ R
com valor de Pij representado por uma cor. Se Pij está próximo de zero, a cor é branca e, quando Pij está
próximo de um, a cor é vermelha. Chamamos esta representação de mapa de cores da matriz de difusão.
Figura 3- Mapa de cores dos aços 304 (superior) e 316 (inferior) agora com t = 5. O processo de difusão
permitiu uma melhora significativa na revelação dos clusters, permitindo assim que perfis semelhantes se
conectem pela evolução do processo de difusão.
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Analisando agora a Fig. 3, podemos ter com maior clareza as informações obtidas
anteriormente. Os blocos aparentes nos dois mapas de cores relativo às matrizes de difusão
ordenadas dão o indicativo de clusters conectados pelo processo de difusão. Conectados, os
caminhos se formam ao longo de saltos curtos e de alta probabilidade. É possível observar
também bloco menores, como no aço 316, com índices de 1 a 3, considerados, contudo, outliers
neste conjunto.
As conclusões então podem ser realizadas. Referente ao aço 314, temos dois grupos:
R1 = {6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23}, relativo ao maior bloco,
e outliers R0 = {1, 2, 3, 4, 5, 24}. Em relação ao aço 316, temos também 2 grupos:
G1 = {4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18}, referente ao maior bloco, e outliers
G0 = {1, 2, 3, 19, 20, 21, 22, 23, 24}. Como observado, seguiu-se a hipótese anterior de que
qualquer bloco grande o suficiente é considerado não-outlier, caracterizando, assim, os demais
perfis como discrepantes.
Ressaltamos que o índices apresentados pelo mapas de cores são os índices da amostra
ordenada e não os índices da amostra original. Fazendo a associação adequada, na Tabela 1
temos o resultado proposto. Considerando que os experimentos tenham sido realizados de modo
completamente randômico, pode-se calcular também a probabilidade de se ter pares consecutivos
de outliers, duplos (23, 24); triplos (1, 2, 3) ou quádruplos (1, 2, 3, 4) por análise combinatória,
encontrando-se respectivamente as probabilidades aproximadas de 0, 362%, 0, 049% e 0, 009%.
Pela baixa probabilidade, pelo menos nos casos triplos e quádruplos, e ainda pelo fato de ser os
primeiros a serem realizados, podemos atribuir estes outliers a erro sistemático de aprendizado
dos ensaios, quando os métodos empregados não estavam sistematizados.
Tabela 1- Classificação das curvas de polarização dos aços segundo análise do mapa de cores utilizando o
algoritmo de Mapas de Difusão.
O mapeamento 1D ou 2D por meio dos Mapas de Difusão pode ser utilizado para
complementar a análise dos outliers por mapa de cores e ajudar a confirmar os perfis discrepantes
pela disposição desses perfis mapeados. Há indícios nessa abordagem, por exemplo, que
adicionalmente o perfil 19 do aço 316 também é um outlier. Isso, contudo, não é feito neste
trabalho.
As curvas de polarização, sem e com outliers de cada aço são exibidas nas Fig. 4, 5 e 6.
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Figura 4- Curvas de polarização experimental do aço 304 com seus possíveis outliers.
Figura 5- Curvas de polarização experimental do aço 316 com seus possíveis outliers.
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4. CONCLUSÕES
Agradecimentos
Referências
Coifman, R.R.; Lafon S. (2006), Diffusion Maps. Applied and Computational Harmonic Analysis. 21,
5-30.
Coifman, R.R.; Hirn, M.J. (2014), Diffusion Maps for changing data. Applied and Computational
Harmonic Analysis. 36, 79-107.
Fabbri, R. et al. (2014), Multi-q pattern classification of polarization curves. Physica A: Statistical
Mechanics and its Applications. 395, 332-339.
Lafon, S.S. (2004), Diffusion Maps and Geometric Harmonics. PhD thesis, Yale University, New Haven,
Connecticut.
Moura Neto F.; Souza P.; Magalhães M.S. (2019), Determining baseline profile by diffusion maps.
European Journal of Operational Research. 279, 107-123.
DIFFUSION MAPS IN SEARCHING ELECTROCHEMICAL SIGNAL OUTLIERS
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Abstract.This article identifies the behavioral pattern of the 129 most innovative
economies according to the 2019 Global Innovation Index (GII) report, associated with its 51
economic development indicators made available by The World Bank for the year 2015. The
methodology to be adopted will be to mine these data via unsupervised k-means algorithm
resulting in clusters of economies, generating the level of correct classifications of these data.
In addition, the decision tree is formed by graphically demonstrating the pattern of each
cluster related to economic development indicators. The justification of this tasl is to
demonstrate how the data mining technique can be a differential in the formation of the
innovation ecosystem of economies, by demonstrating which indicators are considered
relevant in this system, thus serving as a subsidy in the formation of policies public and
treatment for improving economies in their positions in the innovation ranking.
1. INTRODUÇÃO
A inovação assume contornos cada vez mais importantes num mundo a cada dia mais
conectado pela internet na medida em que promove bem-estar na vida das pessoas. A
inovação sempre esteve presente na sociedade, porém, atualmente ela é tratada de forma
diferenciada, tendo em vista, o expressivo alcance econômico que atinge. Os investimentos
em pesquisa e desenvolvimento (P&D), as iniciativas de empreendedorismo, a gestão do
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conhecimento são uns dos impulsionadores desse modelo essencial as pessoas e por
conseguinte, as economias dos países.
Conforme, Etzkowitz & Zhou (2017) o conceito da Tríplice Hélice é matriz fundamental
no processo de inovação, tendo em vista que sozinho não é possível lograr êxito no processo
de inovação. Segundo os autores, as indústrias, a universidade e o governo formam a tríade
imprescindível para que as inovações de fato aconteçam. A Tríplice Hélice trata de forma
organizada o processo ao configurar esses três atores, Etzkowitz & Zhou (2017) destaca esse
modelo por trás do Vale do Silício, por exemplo. O ecossistema formado nessa configuração
não poderá ser reproduzido igualmente em outros lugares, devido as especificidades
regionais, mas segundo os autores, o formato desses protagonistas e outros atores associados
poderão transpor esse modelo a qualquer lugar no intuito de gerar inovação.
O relatório anual que trata do índice de inovação das economias mundiais através de um
ranking mundial de inovação, denominado Índice Global de Inovação 2019 (IGI)
Universidade Cornell et al. (2019) revela duas preocupações: uma relacionada a redução dos
investimentos em P&D pelos governos algumas economias de alta renda refletindo em riscos
para futuras inovações. A outra preocupação está associada ao aumento do protecionismo
como impacto no comércio internacional. Se essas ações não forem mitigadas, a redução do
fluxo de bens e serviços e mão de obra reduzirão a produtividade e a difusão dos processos de
inovação.
Nesse sentido, Amani (2007) propõe analisar os impactos do cluster de indústrias criativas
nas regiões de inovação e crescimento econômico na China sob duas visões: impacto da
inovação através da emissão de patentes eficientes e do crescimento do valor agregado na
China. Os autores desenvolvem modelos para estimar os efeitos dessas duas vertentes e
concluem que os dados são suportados estatisticamente comprovados por diferentes métodos
e sugerem novas políticas públicas que integrem alta tecnologia à cultura chinesa formando
novos ecossistemas, gerando aumento de inovação eficiente impulsionando o crescimento do
valor agregado no país.
Hongwei & Zhang (2016) analisam através da aplicação de um algoritmo de mineração de
dados os investimentos do governo em P&D e na capacidade de inovação independente para a
província de Hebei na China. Os autores concluem que contra medidas são necessárias para o
aumento da capacidade de inovação nessa província e sugerem três ações: aumentar a
descentralização fiscal da província ao gerar receitas e despesas independentes voltadas para
ciência e tecnologia, a segunda medida seria o aumento da participação do governo em
ciência e tecnologia, essa medida é comprovada por correlação e a terceira medida trata da
maximização da eficiência dos gastos governamentais otimizando os recursos voltados para
P&D.
Para composição do ranking das economias na inovação, o relatório IGI considera oitenta
indicadores econômicos de desenvolvimento e três tipos de índices: o IGI geral, o Subíndice
de Insumos de Inovação e o Subíndice de Produtos de Inovação. A pontuação geral do IGI é a
média das pontuações nos Subíndices de Insumos e Produtos. Já os Insumos de Inovação
consideram cinco pilares que utiliza dados da economia nacional que contribuem para ações
inovadoras: Instituições, Capital humano, Infraestrutura, Sofisticação do mercado e
Sofisticação empresarial. Por fim, o Subíndice de Produtos de Inovação traz dados sobre os
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produtos oriundos das ações inovadoras em cada economia e considera dois pilares: Produtos
de conhecimento e tecnologia e Produtos criativos. Universidade Cornell et al. (2019). Esse
relatório evidencia a importância dos indicadores econômicos de desenvolvimento como
fomento na formação de políticas públicas e na análise das economias envolvidas nos pontos
fracos e fortes de seus ambientes de inovação.
A cada dia há um aumento da capacidade computacional nas organizações e também da
necessidade de sistemas automáticos para reconhecimento de padrões a partir de seus bancos
de dados Medina et al. (2019). Para ampliar os ganhos de conhecimento a partir desses
bancos de dados, houve a união da inteligência artificial e da estatística onde busca-se gerar
conhecimento a partir de algoritmos que tentam encontrar padrões em grandes volumes de
dados. Essa técnica é conhecida como mineração de dados (SALVADOR; CUNHA;
CORRÊA, 2009).
Uma das formas de realizar a mineração de dados é através da formação de clusters, onde
são formados agrupamentos de um conjunto de dados, onde os registros semelhantes são
agrupados em um mesmo cluster e registros diferentes em clusters separados. Muitos são os
métodos propostos para esse tipo de avaliação de dados, mas o mais utilizado é o K-Means
(Islam et al., 2018). Tendo em vista a disseminação de dados via internet a análise desses
insumos através das técnicas de mineração de dados que utiliza algoritmos tem sido utilizada
amplamente nas pesquisas científicas. Os algoritmos de mineração de dados abrangem
aprendizado estatístico, classificação, análise de associação, agrupamento, que contribuem
para modelos decisórios (WU et al., 2008).
Ao analisar vinte e cinco países da Europa De La Paz-Marin et al. (2012) utilizam a
mineração de dados para avaliar o crescimento econômico aplicando indicadores econômicos
relacionados a patentes e investimentos em P&D através do algoritmo k-means formando
agrupamentos resultantes de classes relacionadas ao desempenho das economias desses países
na inovação.
Diante, dos trabalhos citados foi possível identificar uma lacuna de pesquisa que
possibilitou a busca por trabalhos na base Scopus® com os parâmetros de inovação,
mineração de dados e indicadores econômicos de desenvolvimento. Dessa forma, o objetivo
desse artigo é identificar o padrão comportamental das 129 economias mais inovadoras
conforme o relatório IGI de 2019 - Universidade Cornell et al. (2019) associados aos seus 51
indicadores econômicos de desenvolvimento disponibilizados pelo The World Bank Malpass
(1944) referentes ao ano de 2015. A metodologia utilizada é minerar esses dados via
algoritmo k-means não supervisionado resultando em 4 clusters, escolhidos pelos autores
desse trabalho, onde as economias são classificadas de acordo com os seus níveis de renda,
gerando as instâncias classificadas corretamente para os atributos escolhidos. Adicionalmente,
a árvore de decisão é formada demonstrando graficamente o padrão de cada cluster
relacionado aos indicadores econômicos desenvolvimento.
A justificativa desse trabalho é demonstrar como a técnica de mineração de dados pode
contribuir na formação do ecossistema de inovação das economias ao demonstrar quais
indicadores econômicos de desenvolvimento são considerados relevantes nesse sistema,
servindo assim de subsídio na formação de políticas públicas e tratativas para melhoria das
economias nas suas posições no ranking da inovação.
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2. METODOLOGIA
1
A classificação dos grupos de renda segue a Classificação dos Grupos de Renda do Banco Mundial de
junho2018.( (OMPI, 2019, página 59).
2
O endereço do The World Bank (https://blogs.worldbank.org/opendata/new-country-classifications-income-
level-2018-2019) evidencia a classificação das economias quanto à renda em 2018.
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Revisão de Literatura
Realizada pesquisa na base Scopus® a fim de pesquisar os trabalhos científicos que
envolvem mineração de dados, inovação e indicadores econômicos de desenvolvimento.
Critério de escolha das economias e indicadores econômicos de desenvolvimento
As economias foram selecionadas conforme relatório do Índice Global de Inovação (IGI
2019) - Universidade Cornell et al. (2019) que lista as 129 economias mais inovadoras do
mundo. Adicionalmente, foram selecionados os mais recentes indicadores econômicos de
desenvolvimento mundial disponibilizados pelo base de dados do The World Bank Malpass,
(1944). Dessa forma, os indicadores são agrupados e referem-se ao ano de 2015.
Aplicação da Metodologia de Mineração de Dados
Na fase de pré-processamento, foram realizadas saneamento de dados, como por exemplo:
exclusão de indicadores econômicos que não tinham dados, inclusão de interrogação para
dados não disponíveis, a fim de que o software escolhido pudesse atuar com eficiência. Foram
feitas conferências de números muito diferentes em relação a outros extraindo os dados
novamente. Adicionalmente, foram incluídas as informações quanto ao nível de renda e as
posições no ranking de inovação 2019 de acordo com o relatório IGI.
Na etapa seguinte que trata da pré operacionalização dos dados, o software WEKA
(Waikato Environment for Knowledge Analysis),Waikato (1993) foi escolhido. Foram
selecionadas as informações consolidadas em extensão csv, após essa fase foi criado um
atributo cluster não supervisionado, o algoritmo selecionado foi o Simple KMeans, a
definição do número de k foi feita pelos autores desse estudo, onde foi determinada a
quantidade 4 para k, pois são 4 os níveis de renda.
Conforme Vianna et al.(2010) a árvore de decisão é a demonstração hierárquica de vários
conceitos que iniciam em um nó na raiz, que são subdivididos em conceitos derivados dessa
raiz até o nível mais inferior. A escolha do software WEKA se deu por três razões: a) fácil
utilização, pois trata-se de um sistema amigável; b) acessibilidade e isenção de custos no sua
execução; c) trata os dados de forma rápida e eficaz.
1PNB Atlas ou RNB Atlas: consiste no total de receitas brutas incluindo impostos e subtraindo os subsídios cujo método de
conversão do câmbio é suavizado tendo em vista as flutuações;
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3. RESULTADOS
De acordo com a escolha do número de k pelos autores desse trabalho, que foram 4, o
software WEKA gerou 4 clusters das economias dentre os 51 indicadores econômicos de
desenvolvimentos listados no sistema, o algoritmo demonstrou um padrão de comportamento
que considera como delimitador os indicadores: PNB per Capita (Método Atlas), Taxa de
Fecundidade Total (nascimentos por mulheres em idade fértil), PNB Total (Método Atlas),
Importações de bens e serviços (% do PIB), Exportações de bens e serviços (% do PIB) e
Receitas excluindo doações (% do PIB).
É importante ressaltar que o PIB (Produto Interno Bruno) ou PNB (Produto Nacional
Bruto) medem a produtividade de uma economia quando soma todos os bens e serviços finais
produzidos em uma determinada região por um determinado período. O que diferencia o PIB
do PNB é que o segundo adiciona impostos e subtrai subsídios. Quanto maior o PIB ou PNB
maior é o nível de produtividade dessa economia e maior será seu valor per capita. De outra
forma, quanto maior for o percentual de exportações e importações de bens e serviços em
relação ao PIB, isso evidencia o quanto de produtos e serviços são comercializados com o
resto do mundo (MANKIW, 2015).
As receitas excluindo doações como percentual do PIB demonstram a capacidade de
gerar faturamento, a Taxa de Fecundidade Total exibe dados relacionados a demografia de
uma determinada economia. E países que possuem alta Taxa de Fecundidade associados a
valores baixos de PIB e PNB per capita demonstram a necessidade de políticas tanto para
controle da fecundidade, tanto quanto, para melhoria do desenvolvimento econômico, tendo
em vista ser o desenvolvimento econômico o meio de busca de bem-estar social e econômico
da uma sociedade Mankiw (2015). Os resultados demonstraram que 82,2% de instâncias
foram classificadas corretamente, conforme Tabela 1.
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A Figura 5 exibe a Árvore de Decisão gerada pelo software Weka, nessa figura é possível
ver o padrão de comportamento entre os indicadores econômicos e a formação dos clusters
das economias.
A Figura 6 e a Tabela 10 exibem o Cluster 1 que é composto por 50 das 129 economias
que compõem o ranking IGI 2019. Observa-se que o Cluster 1 possui economias sobretudo de
renda média. A Arábia Saudita é o único país com renda elevada, e o Brasil está inserido
nesse Cluster com renda média superior.
De acordo com o algoritmo k-means, quando as economias registraram um PNB per
capita (Atlas Method) menor ou igual a US$ 11.960 mil e por outro lado apresentaram uma
taxa de fertilidade menor ou igual a 3 nascimentos por mulher, e ainda se o PNB per capita
(Atlas Method) dessas economias for maior que US$ 1.600 o resultado é o Cluster 1.
Mas se o PNB per capita (Atlas Method) for igual ou menor que US$ 1.600 e suas
Exportações de produtos e serviços corresponderem a mais de 27% do PIB o resultado
também serão as economias do Cluster 1.
A Figura 7 e a Tabela 11 exibem o Cluster 2 composto por 27 países que estão inclusos
no ranking IGI 2019. Observar-se que o Cluster 2 possui somente economias de renda
elevada. Conforme o algoritmo k-means, quando as economias registrarem um PNB per
capita (Atlas Method) maior que US$ 11.960 mil, seu PNB (Atlas Method) for menor ou
igual que US$ 3 trilhões e na sequência, seu percentual de Importações de Produtos e
Serviços for menor ou igual a 74% do PIB, o Cluster 2 é formado. De outra forma, se o PNB
(Atlas Method) for maior que US$ 3 trilhões e a Receita corresponder a mais de 41% do PIB,
o resultado desse padrão decisório também serão as economias do Cluster 2.
Cluster 1 Cluster 2
Posição Posição
Região Renda Economia Região Renda Economia
IGI IGI
Cambodia 104 Australia 15
Indonesia 87 Brunei Darussalam 35
RMI Mongolia 73 Hong Kong. China 8
East Asia & Pacific RE
East Asia Philippines 76 Japan 14
& Pacific Viet Nam 63 New Zealand 18
China 26 Republic of Korea 10
RMS Malaysia 34 Austria 19
Thailand 47 Europe & Central Cyprus 28
RE
Europe & Georgia 44 Asia Estonia 27
RMI
Central Republic of Moldova 81 Finland 7
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A Figura 8 e a Tabela 12 apontam os 29 países do ranking IGI 2019 que formam o Cluster
3. Esse Cluster é formado por economias sobretudo de renda baixa e de renda média
inferior.Quando as economias registrarem um PNB per capita (Atlas Method) menor ou igual
a US$ 11.960 mil e a taxa de fertilidade for menor ou igual a 3 nascimentos por mulher e na
sequência seu PNB per capita (Atlas Method) for menor ou igual a US$ 1.600 e desse
resultado, as Exportações de Produtos e Serviços corresponder a um valor menor ou igual a
27% do PIB, as economias resultantes serão do Cluster 3.
Por outro lado, se o PNB per capita (Atlas Method) for maior que US$ 11.960 mil e a
taxa de fertilidade for maior que 3 nascimentos por mulher, o resultado também será o Cluster
3. A Figura 9 e a Tabela 13 indicam o Cluster 4, que é formado por 23 dos 129 países que
compõem o ranking IGI 2019. O Cluster 4 é formado por economias sobretudo de renda
elevada e apenas um país, o Quirquistão está no cluster e possui renda média inferior.
A dinâmica desse cluster ocorre quando as economias registrarem um PNB per capita
(Atlas Method) maior que US$ 11.960 mil, o PNB (Atlas Method) menor ou igual a US$ 3
trilhões e Importações de Produtos e Serviços correspondentes a um valor menor ou igual a
74% do PIB. Esse modelo decisório resulta nas economias do Cluster 4.
Sob outra ótica, se o PNB per capita (Atlas Method) for maior que US$ 11.960 mil, o
PNB (Atlas Method) maior que US$ 3 trilhões e as Receitas corresponderem a valores
menores ou iguais a 41% do PIB, o resultado também será o Cluster 4.
Cluster 3 Cluster 4
Posição Posição
Região Renda Economia Região Renda Economia
IGI IGI
Europe &
East Asia &
Central RB Tajikistan 107 RE Singapore 1
Pacific
Asia
Latin
Bolivia
America
RMI (Plurinational 102 Belgium 21
&
State of)
Caribbean
Middle Europe &
East & RE
RB Yemen 129 Central Asia Croatia 46
North
Africa
South RB Nepal 93 Czech Republic 29
Asia RMI Bangladesh 117 Denmark 5
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India 61 Hungary 39
Pakistan 113 Ireland 20
Benin 114 Lithuania 38
Burkina Faso 111 Luxembourg 23
Burundi 128 Netherlands 11
Ethiopia 124 Poland 37
Guinea 127 Slovakia 42
Madagascar 122 Slovenia 33
Malawi 119 Sweden 4
Mali 120 Switzerland 2
Mozambique 118 RMI Kyrgyzstan 78
RB
Niger 125 Argentina 72
Latin America &
RE
Caribbean
Rwanda 65 Panama 79
Sub- Senegal 103 Uruguay 66
Saharan Togo 121 Bahrain 69
Africa
Uganda 96 Israel 17
United Middle East &
RE
Republic of 115 North Africa Malta 32
Tanzania
Zimbabwe 123 Oman 57
Cameroon 112 Tabela 13 – Cluster 4 por região, renda, economia e posição
Côte d Ivoire 110
Ghana 109
Kenya 89
RMI Nigeria 116
Zambia 126
Kenya 77
Nigeria 114
Zambia 124
Tabela 12 – Cluster 3 por região, renda, economia
e posição
4. CONCLUSÃO
11
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sua maior parte com desempenho de inovação condizente ou acima das expectativas em
relação aos seus níveis de desenvolvimento de acordo com o relatório IGI 2019, mas com
necessidade de melhorias em seus indicadores econômicos a fim de tornar seu ecossistema
mais eficiente para o surgimento de inovações.
Já o Cluster 3 possui 29 países em sua composição e cujo os níveis de renda são baixas
ou de média inferior. Essas economias ocupam as posições que variam entre a 52ª e a última
posição de número 129 que são Índia e Yemen respectivamente. Os continentes que
participam desse cluster são: Ásia, Europa, América Latina, Caribe, Oriente Médio, África.
Podemos citar os países: Quênia, Ruanda, Tanzania, Sri Lanka, Paquistão, Bolívia, Malaui.
Por outro lado, embora as economias listadas tenham sobretudo renda baixa, muitas
economias em termos de inovação são condizentes ou acima de seus níveis de
desenvolvimento como: Burundi, Malaui, Moçambique, Ruanda, Senegal, Tanzânia,
Tajiquistão, Uganda, Nepal, Etiópia, Mali, Burkina, Madagascar, Zimbábue e Níger. Mas é
importante destacar que o WEKA pontua a alta Taxa de Fecundidade, associados ao PNB per
capita abaixo do limite e baixo percentual de Exportações em relação ao PIB. Esses
indicadores demonstram que o ecossistema econômico e social possui aspectos a serem
melhorados e que irão influenciar diretamente na melhoria de seus processos de inovação e
por consequência, irão gerar um avanço nas posições dessas economias no ranking de
inovação.
O desenvolvimento de políticas de controle de natalidade entre as mulheres em período
fértil assim como, a busca por desenvolvimento interno para produção de bens e serviços para
exportações contribuirão para o aumento do PNB melhorando o ecossistema para gerar
inovação.
Por outro lado, o Cluster 2 é composto por 27 países do ranking e todas as economias
possuem renda elevada. Os continentes que integram esse cluster é a Ásia, Europa, América
Latina e Caribe, além da África, Oriente Médio e América do Norte. Esse cluster concentra
economias com posições no ranking de inovação entre 3ª e 91ª, Estados Unidos e Trinidad e
Tobago respectivamente. Destaque para economias como: Finlândia, Dinamarca, Singapura,
Alemanha, Korea, Japão, França e Islândia.
Com 23 economias, o Cluster 4 é compreendido por países cujo o nível de renda,
sobretudo, é elevada, com exceção do Quirquistão cuja renda é inferior. Os países ocupam
posições no ranking de inovação que variam entre o 1º lugar, ocupado pela Suíça e 90º lugar,
que é o Quirquistão. Destacamos nesse ranking países como Suécia, Holanda, Israel, Reino
Unido, Hong Kong na China que é tratada como uma economia a parte da China pelo ranking
de inovação, Canadá, Luxemburgo, Bélgica, Itália.
Para o Cluster 2 e Cluster 4, nota-se que os indicadores PNB per capita, PNB Total e
Importações como % do PIB, se destacam por estarem acima dos valores limítrofes do
WEKA. Quando PNB total é menor que o valor limite, mas a Receita for maior que o valor
estipulado essas economias formam o Cluster 2 e quando a Receita for menor que o limite
estipulado, o Cluster 4 é formado. De acordo com o relatório IGI 2019 a maioria dessas
economias possuem desempenho em inovação acima ou de acordo com as expectativas em
relação ao seu nível de desenvolvimento. Nesses clusters é possível encontrar alguns países
com desempenho em inovação abaixo das expectativas em relação ao seu desenvolvimento
12
297
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embora tenham renda elevada: Emirados Árabes, Lituânia, Kwait, Qatar, Arábia Saudita,
Brunei, Panamá, Bahrain, Omã e Trinidad e Tobago. É importante ressaltar que os países de
renda elevada correspondem a 40% do ranking e ocupam as primeiras posições.
Percebe-se que, através da utilização da metodologia de mineração de dados foi possível
aumentar a assertividade na classificação dos países do ranking, visto que, aleatoriamente, a
porcentagem de assertividade em 4 grupos seria de apenas 25%, mas ao se utilizar a
mineração de dados, foi possível elevar essa porcentagem para, no mínimo 77%, com máximo
de 96% e uma média de 83%.
Pode-se concluir que na formação de um ecossistema inovador, a economia
obrigatoriamente deve produzir bens e serviços finais (PIB/PNB) na proporção de seu número
de habitantes, esse indicador evidencia que um ambiente de inovação precisa de uma base de
produtividade com performance e esse desempenho deve estar interagindo com o resto do
mundo via exportações e importações, gerando receitas como expressivo percentual do PIB.
Por outro lado, a taxa de fecundidade associada ao PNB revela o quão desenvolvida essa
economia está para alcançar relevantes posições no ranking.
A inovação contribui para melhoria de um ecossistema na medida em que melhora a
economia e o bem-estar social, mas os indicadores demonstram que uma economia bem
desenvolvida economicamente, com um PIB expressivo, Exportações e Importações em
destaque como percentual do PIB é a estrutura necessária e imprescindível para um
ecossistema inovador. A mineração de dados confirma esse entendimento na medida que
forma os clusters 2 e 4 com as economias que apresentam melhores números nesses
indicadores e melhores posições no relatório do Índice Global de Inovação - IGI 2019.
Esse documento conclui que a mineração de dados pode contribuir no modelo decisório
de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento econômico visando formar um
ecossistema de inovação. Nesse trabalho o algoritmo mapeou padrões de comportamento que
são fundamentais nesse ecossistema.
REFERENCES
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298
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WU, X. et al. Top 10 algorithms in data mining. Knowledge and Information Systems, v. 14, n. 1, p. 1–37, jan.
2008.
14
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Tabela 7
Economic Indicators
Foreign direct Poverty headcount
Gross capital Merchandise
Patent applications, investment. net ratio at national
1 11 21 formation (% of 31 trade (% of 41
residents (BoP. current poverty lines (\% of
GDP) GDP)
US$) population)
Adolescent fertility Foreign direct High-technology Prevalence of HIV.
Military
rate (births per investment. net exports (% of total (\% of
2 12 22 32 expenditure (% 42
1.000 women ages inflows (BoP. manufactured population ages 15-
of GDP)
15-19) current US$) exports) 49)
Agriculture. Immunization. Prevalence of
Mobile cellular
forestry. and Forest area (sq. measles (% of underweight. weight
3 13 23 33 subscriptions 43
fishing. value km) children ages 12-23 for age (% of
(per 100 people)
added (% of GDP) months) children under 5)
Mortality rate.
Births attended by Imports of goods Primary completion
GDP (current under-5 (per
4 skilled health staff 14 24 and services (% of 34 44 rate. total (% of
US$) 1.000 live
(% of total) GDP) relevant age group)
births)
Contraceptive
Net barter terms
prevalence. any GDP growth Income share held Revenue. excluding
5 15 25 35 of trade index 45
methods (% of (annual %) by lowest 20% grants (% of GDP)
(2000 = 100)
women ages 15-49)
School enrollment.
Electric power Industry (including primary and
GDP per capita
6 consumption (kWh 16 26 construction). value 36 Net migration 46 secondary (gross).
(current US$)
per capita) added (% of GDP) gender parity index
(GPI)
Net ODA
Energy use (kg of GNI per capita. School enrollment.
Inflation. consumer received per
7 oil equivalent per 17 Atlas method 27 37 47 secondary (\%
prices (annual %) capita (current
capita) (current US$) gross)
US$)
Exports of goods GNI per capita. Personal Start-up procedures
Inflation. GDP
8 and services (% of 18 PPP (current 28 38 remittances. paid 48 to register a
deflator (annual%)
GDP) international $) (current US$) business (number)
Market
GNI. PPP capitalization of
Fertility rate. total Total debt service
10 20 (current 30 listed domestic 40 Population. total 50
(births per woman) (% of GNI)
international $) companies (% of
GDP)
Water productivity.
51
total
Tabela 8
16
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Indicadores Econômicos
Investimento Proporção de
FBKF + Estoques Comércio de
Pedidos de estrangeiro direto. trabalhadores em
1 11 21 = Investimentos % 31 mercadorias (% 41
Patentes (2017) líquido (Balanço de situação de pobreza a
PIB do PIB)
pagtos US$ atuais) nacionais (% da pop.)
Taxa de
Investimento
fecundidade de Exportações de
estrangeiro direto. Despesas Prevalência do HIV.
adolescentes alta tecnologia (%
2 12 entradas líquidas 22 32 militares (% do 42 total (% da população
(nascimentos por das exportações de
(Balanço de pagtos. PIB) entre 15 e 49 anos)
1.000 mulheres manufaturados)
US$ atuais)
entre 15 e 19 anos)
Agricultura.
Imunização. Prevalência de baixo
silvicultura. e Assinaturas de
Área florestal sarampo (% de peso. peso por idade
3 pesca. valor 13 23 33 celular (por 100 43
(km2) crianças de 12 a 23 (% de crianças
adicionado (% do pessoas)
meses) menores de 5 anos)
PIB)
Partos assistidos Taxa de
por pessoal de Importação de mortalidade. Taxa de conclusão
4 saúde 14 PIB (US$ atuais) 24 bens e serviços (% 34 menores de 5 44 primária. total (% da
especializado (% do PIB) anos (por 1.000 faixa etária relevante)
do total) nascidos vivos)
Prevalência
Termos de troca
contraceptiva.
Parcela de renda líquida de
qualquer método Cresc. PIB (% Receita. excluindo
5 15 25 realizada pelo 35 índice de 45
(% de mulheres anual) doações (% do PIB)
menor de 20% comércio (2000
entre 15 e 49 anos)
= 100)
Produtividade da água.
51
total
Tabela 9
17
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Abstract. This work proposes an inverse modeling technique to estimate point source emissions
in the atmosphere. Tikhonov-type regularization with composite misfits functions is used to
identify the emission sources, and the corresponding minimization problem is solved by Particle
Swarm Optimization (PSO). The regularization parameter in the Tikhonov-type functional is
chosen by a discrepancy-based rule. This set of techniques defines the inverse problem solution.
The dispersion model (or forward problem) is solved using a finite element formulation. The
proposed methodology is evaluated with a tracer field experiment. The proposed methodology
performed successfully since it provided a close agreement with the experimental data.
INTRODUCTION
Source reconstruction from atmospheric releases using inverse modeling has become an
attractive alternative to obtain relevant source parameters, especially when it is necessary to
identify quickly their origin and the amount of material released. After the sources are tracked
down, their parameters, associated with the local meteorological conditions, can be included
in a dispersion model to investigate the contaminant concentration distribution over a specified
region.
The inverse source characterization usually consists of a dispersion model (or forward prob-
lem), which includes meteorological and topographical information about the study area and an
inverse methodology to obtain the source parameters. The option for a technique to solve the
forward and the inverse problems is of crucial importance for the reliability and accuracy of the
results.
Concerning the forward problem, numerical methods are most appropriate since it allows to
incorporate complex boundary conditions and physical process inherent to the atmospheric dis-
persion. Recent works considering the source identification problem in the atmosphere adopted
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a numerical approach to the forward model, see for example, Matsuo et al. (2019); Albani and
Albani (2019, 2020); Albani et al. (2020) and references therein.
The inverse problem solution consists of obtaining the source parameters from observed
concentrations, using the solution of the forward problem. Amongst the existing approaches
to solve inverse problems, there are those based on the minimization of an objective function,
which is composed of a data misfit term that evaluates the discrepancy between measured and
evaluated concentrations. They are the so-called optimization methods. When the Tikhonov-
type regularization is applied, the addition of a penalty term makes the estimation process more
stable.
In recent years, metaheuristic optimization methods such as Particle Swarm Optimization
(PSO), Genetic Algorithms (GA) and Simulated Annealing (SA), to mention some of the most
popular to identify atmospheric emissions, have frequently been applied, such as in Ma et al.
(2017); Wang et al. (2018, 2020); Albani et al. (2020). The main advantage of using algorithms
based on this kind of methodology is that they are global search methods, so, they are less likely
to be trapped on local minima points.
This work proposes a combination of the Galerkin/Least-Squares (GLS) formulation devel-
oped by Hughes et al. (1989) to solve the forward problem, and the PSO optimization technique
to minimize the Tikhonov-type functional providing the source parameters. Composite misfit
functionals are incorporated into the Tikhonov-type regularization to consider different kinds of
noise. The regularization parameter is chosen by a discrepancy-based rule. Lastly, the source
estimation is based on data of the well-known Copenhagen Tracer Field experiment Gryning
and Lyck (1984).
FORWARD PROBLEM
In this work, the relevant source parameters such as their Cartesian coordinates (x, y, z) and
the source strength Q of atmospheric emission are retrieved. The study case is the single source
Copenhagen Tracer Experiments performed in Copenhagen (Gryning et al., 1987). During
the Copenhagen experiment, the tracer SF6 was released without buoyancy from a TV tower
from 115 m height and then collected over an array of sensors in concentric arcs ranging from
2 − 6 [km] from the source at 2 − 3 [m] from the ground surface. Concentration data were
sampled every 20 minutes, in a total of one hour. More details about this experiment can be
found in Gryning and Lyck (2002). Figure 1 shows the relative position among the source and
the sensors. To reproduce computationally this experiment, some assumptions were considered:
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Figure 1- Position of the source and sampling units during the Copenhagen Tracer experiment. The filled
circle represents the source emission, the empty circles the not used sensors, and the filled ones, the
sensors used in the source estimation. The arrow indicates the wind direction.
∇c · n = 0, (2)
c = 0 elsewhere (3)
where z0 stands for the surface roughness length and H is the Atmospheric Boundary Layer
(ABL) height. u = (u, v, 0) is the wind velocity vector, with u = |u| cos(θ) and v = |u| sin(θ),
θ is the wind direction angle and K represents a diagonal matrix which non-zero entries Kx , Ky
and Kz represent the turbulent diffusion in the x, y and z directions respectively. The wind
velocity and eddy diffusion coefficients strongly depend on the meteorological conditions. In
addition, Q is the source strength, δ is the Dirac delta distribution and (xs ; ys ; zs ) are the source
coordinates.
From the linearity of Eq. (1), it can be written as the so-called adjoint state PDE. The
adjoint equation determine a straight relation between receptors and the sources, where every
experimental concentration C obs (xk ; yk ; zk ) at the k-th sensor can be written as
Z
obs
C (xk , yk , zk ) = c∗k (x, y, z)S(x, y, z)dxdydz = hc∗k , Si, (4)
Ω
where
S(x, y, z) = Qδ(x − xs )δ(y − ys )δ(z − zs )
represents the point source and c∗k is the solution of the adjoint-state PDE
where
Lk (x, y, z) = δ(x − xsensor,k )δ(y − ysensor,k )δ(z − zsensor,k ),
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and (xsensor,k , ysensor,k , zsensor,k ) is the coordinate of the kth sensor. The boundary condi-
tions associated to Eq. (5) are given by
∇c∗ · n = 0, (6)
c∗ = 0 elsewhere. (7)
The solution for the Eq. (5) was obtained numerically using the Galerkin/Least-Squares
(GLS) formulation proposed by Hughes et al. (1989).
It is well-known that source emission estimation is a highly ill-posed inverse problem, due
to the effects of atmospheric diffusion in pollutant dispersion, uncertainties in the physical mod-
eling, and noise in the concentration measurements. So, to estimate the location and the strength
of the source emission, an inversion methodology based on Tikhonov-type regularization (Engl
et al., 1996) and Particle Swarm Optimization (PSO) (Holland, 1975; Kennedy and Eberhart,
1995) is proposed.
Let C denote the predicted concentrations at the sensors given by the numerical solution
of the dispersion model, represented by the adjoint-state PDE problem in Eqs. (5)-(7). C obs
denotes the set of measured concentrations at the sensors and (x† , y † , z † , Q† ) stand for the true
parameters of the source. Then, the inverse problem is to find (x† , y † , z † , Q† ) in the computa-
tional domain Ω such that it solves
where Φ is the data misfit functional, α is the regularization parameter and Λ is the regular-
ization functional. The data misfit evaluates the discrepancy between predicted and measured
concentrations and, in the present it assumes the forms below:
where the dependency on the source parameters (x,Pny, z, Q)pis dropped to simplify notation, and
p
the `p -norm, with p = 1, 2, is given by kwk`p = j=1 |wj | , for any vector w = (w1 , . . . , wn ).
Notice that, in these composite misfit functions, the `1 term is related to impulsive noise, the
`2 -term accounts for Gaussian noise and the log-term represents log-normal noise.
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The regularization functional is the negative form of the Boltzmann-Shannon entropy, i.e.,
RESULTS
This section describes the numerical solution of the forward and inverse problems consider-
ing meteorological data from the Copenhagen Tracer Experiments.
Forward problem
To account for the meteorological conditions in the dispersion model described in Eq. (5),
parametric profiles for the wind intensity and the vertical turbulent diffusion proposed by Ulke
(2000) are applied. Considering the unstable condition (H/L < 0), these parameterizations are
given respectively by
1 + µ20
u∗0 z 1 + µ0
|u(z)| = ln + ln + 2 ln +
κ z0 1 + µ2 1+µ
2L 3 3
2[arctan(µ) − arctan(µ0 )] + (µ − µ0 ) (14)
33H
with r
4 H z
µ= 1 − 22 ,
LH
µ0 = µ(z0 ) and
z z
Kz (z) = κu∗ Hµ 1− (15)
H H
where L is the Monin-Obukhov length and u∗ is the friction velocity. The simulations are
performed considering the datasets from October 19, 1978. Hence, H = 1120 [m], u∗ =
0.39 [m/s] and L = −108 [m]. The wind direction average during the sampling interval was
θ = 290◦ . Furthermore, we set Kx = Ky = 50 [m2 /s], as suggested by (Arya, 2001, p.
272), for unstable conditions. The mathematical modeling presented to the forward problem
considerably simplifies the solution procedure. It is important to say that it could be applied
because of the assumptions 1 − 4 made in Section 2. Otherwise, the Navier-Stokes equations
associated with a turbulence model need to be solved to provide the wind field.
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To give more confidence in the proposed modeling for the forward problem, the result-
ing GLS finite element solution for the Eq. (5)-(7), including the parameterizations (14)-(15)
is compared with experimental datasets. In this illustrative simulation, the parameters Q =
3.2 [g/s], and the source coordinates (0, 0, 115) [m] were applied.
The computational domain is a parallelepiped with the dimensions for the base shown in
Fig. 1 and vertical extension is given by the ABL height H. The domain was meshed in about
3.500.000 linear tetrahedral finite elements using an adaptive procedure. Thus, the mesh is
refined according to an error norm, where the highest solution gradients occur, that is, along
the tracer plume centerline. The solution is performed by considering each sensor position
a source, according to the proposed adjoint PDE. In this work, a total of 20 sampling points
which provided non-zero concentrations are used. Convergence mesh tests are performed by
comparing the numerical solution over specific points considering progressively finer meshes
and compare results. Overall, two adaptive mesh refinements are enough to get convergent
solutions.
The assessment of the numerical solution for the dispersion model (5) is performed using
the statistical indices proposed by Hanna (1989). These indices evaluate the agreement between
observed (O) and predicted (P) concentrations, given by:
2
(C0 − Cp )
• Normalized Mean Square Error: NMSE =
C0 C p
(C0 − C0 )(Cp − Cp )
• Correlation Coefficient: R =
σ0 σp
C0 − Cp
• Fractional Bias: FB =
0.5(C0 + Cp )
(σ0 − σp )
• Fractional Standard Deviations: FS =
0.5(σ0 + σp )
Cp
• Factor of two : FAC2 = 0.5 ≤ ≤2
C0
The bars denote the mean values of each quantity.
Table 1- Statistical indices considering the GLS solution of Eq. (5) and the Copenhagen Tracer Experi-
ments datasets.
Method NMSE R FB FS FAC2
Ideal values 0 1 0 0 1
Numerical (GLS) 0.03 0.92 0.02 0.12 1
The positive and small FB value indicates that the proposed numerical solution for the for-
ward problem overestimates the experimental concentration. The Correlation Coefficient near
their ideal value, which is 1, shows that there is a large correlation between the experimental
and the numerical concentrations. Besides, FAC2 indicates that 100% of the proposed numerical
solution provided concentrations between the half and the double of the experimental concen-
trations. Therefore, the close agreement with experimental data is verified, since the numerical
solution provides statistical indices very close to their ideal values.
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Source identification
The minimization of the Tikhonov-type functional in Eq. (9) is performed by the PSO func-
tion from the Global Optimization toolbox from MATLAB. The used setup is
More details on the implementation of the PSO function can be found in the MATLAB’s docu-
mentation website (www.mathworks.com/help/matlab/).
To select the appropriate regularization parameter, the values for α = 10−s , with s =
6, 7 . . . , 20 were tested with all the three data misfit functionals in Eqs. (10)-(12). The selected
regularization parameters and the corresponding data misfit values can be found in Tab. 2. Ta-
ble 2 also presents the reconstructed source parameters using the data misfit functionals in
Eqs. (10)-(12).
As mentioned above, this inverse problem is ill-posedness, due mainly to diffusion, the
noise present in the measurements, and modeling uncertainty. Moreover, the sensors are placed
about 2 [km] away from the emission source, which makes the source parameter identification
problem harder to be solved. It is worth to mention that the present inverse problem was solved
a number of times using different techniques, including, for example, Genetic Algorithms and
Gradient Descent methods (Albani and Albani, 2019; Albani et al., 2020). In all these cases, the
obtained results were similar to the ones provided by the proposed estimation procedure. Thus,
we can assert that the reconstructed parameters are satisfactorily accurate, especially for the
first two data misfits, i.e, the functions in Eqs. (10)-(11). Slightly better results can be achieved
with smaller values for α using the first two misfits, however, we decided to present those in
Tab. 2, since they are the larger α values satisfying the discrepancy-based rule to select the
regularization parameter.
This numerical example was repeated extensively, presenting reconstructions as accurate as
those ones above. Thus, based on the present results, the combination of PSO, Tikhonov-type
regularization with composite data misfits, and an accurate numerical solution of the dispersion
problem forms a robust technique to recover emission source parameters.
CONCLUSIONS
This work proposes a robust methodology to estimate atmospheric emissions from point
sources. The approach consists of a combination of several techniques to solve the forward and
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the inverse problems, involved in the source identification process. The Galerkin/Least-Squares
formulation developed by Hughes et al. (1989) is applied to solve the advection-diffusion PDE
or forward problem. The source parameters are estimated by minimizing the Tikhonov-type
regularization functional using the Particle Swarm Optimization technique (Holland, 1975;
Kennedy and Eberhart, 1995).
Different combinations of misfit functionals in the Tikhonov-type regularization are also
taken into account. The combination of misfits considering different norms is well-known to
provide better treatment of different kinds of noise. Also, a discrepancy-based procedure is
applied to choose the regularization parameter. The resulting formulation for the atmospheric
source identification problem performed nicely according to the computational reproduction
and comparison with a field experiment.
Acknowledgements
REFERENCES
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1. INTRODUÇÃO
No mundo contemporâneo, é notável como a pauta energia elétrica está presente na vida
das pessoas. Dentro dessa área, tem-se a presença de um dispositivo que revolucionou a
geração, transmissão e distribuição da energia: o transformador Fitzgerald et al. (2014). O
transformador nada mais é do que um aparato que converte, por meio da ação de um campo
magnético, a energia elétrica em um determinado nível de tensão e frequência, para um nível
de frequência igual, porém, de tensão diferente. Assim, torna-se significativo realizar análises
mais aprofundadas para uma maior compreensão do funcionamento do transformador, de tal
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maneira que possa explorar a máxima eficiência possível que tal equipamento pode fornecer
(Chapman, 2013).
Substancialmente, um transformador tem como característica um fluxo magnético de
mesma intensidade, variável no tempo, entre dois enrolamentos, conhecidos como primário e
secundário, respectivamente. Ao conectar-se o enrolamento primário a uma tensão elétrica
alternada, produz um fluxo magnético alternado de amplitude equivalente a tensão aplicada
(Alves, 2016). Dessa forma, é realizável a criação de um laço envolvendo o enrolamento
primário com o secundário. Por sua vez, recebe uma tensão induzida oriunda de tal fluxo,
gerando em sua saída, a tensão transformada desejada. É perceptível que melhor ocorre com
os enrolamentos do transformador acoplados através de um núcleo de ferro ou um outro
material ferromagnético, porém, suscetível a perdas ( Vasconcelos, 2013).
Diante do exposto, percebe-se ser de alta relevância uma investigação mais otimizada
acerca das características magnéticas de operação de um transformador. Sendo assim, esse
trabalho tem como objetivo modelar um transformador monofásico, gerar os gráficos da
densidade de fluxo magnético no núcleo e também em seu entreferro, além de verificar os
valores das perdas no cobre, utilizando o método de elementos finitos. Para tal, será
empregado o uso do software de simulação FEMM (Finite Element Method Magnetics).
Este artigo, organiza-se em 6 seções, as quais seguem os seguintes tópicos: a seção 2
apresenta o projeto do transformador monofásico, a seção 3 explana sobre o método dos
elementos finitos, a seção 4 mostra a metodologia adotada, a seção 5 é designada aos
resultados e discussões e por fim, a seção 6 descreve as considerações finais.
2. TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
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∮ Hlm = NI (1)
NI
H=
lm (2)
= BA (3)
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Além disso, a lei de Faraday mostra que um fluxo variável no tempo entrelaçado com
uma bobina, induz uma tensão que pela lei de Lenz, se opõe a variação produzida carregando
um sinal negativo, conforme demonstra a Equação (4).
d
V1 = −e1ind = N1
dt (4)
d
V2 = −e2ind = N 2
dt (5)
e1ind N
= = 1
e2ind N 2 (6)
V1
=
V2 (7)
2.2 Perdas
O transformador age de forma ideal, porém, isso não condiz com a realidade de seu
funcionamento. Além disso, existem perdas envolvidas em todos os processos de um
transformador monofásico, devido a diversos fatores, os principais e apresentados neste
trabalho, são aqueles relacionados às imperfeições nas interações dos materiais do núcleo e
fios condutores com a energia elétrica. São sempre calculadas como potencias, para depois
subtrair da potência ideal entregue Malagoli et al. (2014).
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As perdas no núcleo são duas: por corrente de Foucault e por histerese. Podem-se definir
as perdas no núcleo de um transformador monofásico:
a) Corrente de Foucault: também denominada como corrente parasita ou de escape, esse
fenômeno ocorre, pois, dentro do material são criadas forças eletromotrizes
resultando em correntes que dissipam calor.
b) Histerese: ocorrem devido a energia dissipada durante o processo de alinhamento dos
domínios magnético do material ferromagnético no núcleo.
Já as perdas no cobre são devidas por uma dissipação de potência por efeito Joule, dentro
de um condutor de cobre. Dessa forma, para calcular a resistência elétrica do dispositivo, será
utilizado a seguinte equação:
cobre L
R=
Afio
(8)
L = 2 Nb (9)
PCu = R1I12 + R2 I 22
(10)
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D
rot H = J + (11)
t
div B = 0 (12)
B = µH (13)
4. METODOLOGIA
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Figura 2- Software FEMM: (a) desenho do transformador monofásico e (b) curva BxH
do aço silício usado na chapa do dispositivo eletromangético.
A seção 5 mostra com detalhes todos os resultados analisados deste trabalho, como: o
cálculo analítico e simulações computacionais do transformador monofásico usando o
software FEMM.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Figura 3- Densidades de Fluxos Magnético e legenda de cores para as diferentes correntes nas
bobinas. Correntes na bobina primária: (a) 0,25 (A); (b) 0,25 (A); (c) 0,75 (A); (d) 1,0 (A).
Correntes na bobina secundária: (a) 1,25 (A); (b) 2,50 (A); (c) 3,75 (A); (d) 5,0 (A).
A Tabela 2 apresenta as perdas resistivas totais (W) nos enrolamentos para as diferentes
correntes nas bobinas do transformador. Além disso, apresenta o resultado do cálculo
numérico obtido através da Equação (10) e o valor simulado no software FEMM, assim como
o erro percentual.
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Corrente Corrente
Simulado Calculado Erro %
Primária (A) Secundária (A)
0,25 1,25 0,035014 0,034930 0,240
0,50 2,50 0,140057 0,139720 0,241
0,75 3,75 0,315127 0,314371 0,240
1,00 5,00 0,560226 0,558883 0,240
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
Dular, P. (1996). “Modélisation du champ magnétique et des courants induits dans des systémes
tridimensionnels non linéaires”, Tese de Doutorado, Université de Liége, Bélgica.
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Fitzgerald, A. E.; Kingsley Jr., C.; Umans, S. D. (2014). “Máquinas Elétricas”. 7ª ed. Porto Alegre, Bookman.
Vasconcelos, J. C. (2013). “Análise das Perdas no Transformador Monofásico Para Diferentes Condições de
Operação”. 2013. 95p. Projeto de Graduação. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro-RJ.
Abstract. The single phase transformer is an electromagnetic device responsible for the
transformation of electrical energy, providing the reduction or elevation of the alternating
electrical voltage. In this scenario, it is configured as an interesting research topic, since it is
related to voltage reduction systems in various equipment used in everyday life. In this
context, the present paper aims to model a single phase transformer using finite elements. In
addition, the graphs of the densities of magnetic fluxes in the nucleus and in the air gap of the
device are analyzed, finally, the loss in copper in the winding of the equipment is verified. The
results show the analysis of the single-phase transformer through the parameters that
characterize the mathematical model presented.
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Palavras Chave: Método Numéricos, Método dos Pontos Interiores, Otimização, Sistemas
Elétricos de Potência.
1. INTRODUÇÃO
A energia életrica proporciona segurança, conforto, informação e lazer para uma sociedade.
Sendo então, um extraordinário indicador de desenvolvimento social e humano que nos dias
atuais já faz parte da realidade da maioria das casas brasileiras. Dessa forma, a usina térmica é
exclusivamente de um sistema que corresponde as somas das energias cinéticas, pelo efeito de
sua temperatura (Souza, 2019), (Liu et al., 2019).
O planejamento de operações do sistema elétrico de potência é um conjunto de
procedimentos que usa métodos numéricos para a representação dos sistemas. Neste cenário,
avalia-se os comportamentos e as alternativas para garantir o fornecimento de energia. Além
disso, análisa-se os custos de operação e a solução mais econômica. Portanto, destaca-se por
uma operação ótima do sistema (Rodrigues, 2007).
Dessa maneira, busca-se por aplicações de técnicas que proporcione a ótima solução para
geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Ademais, visa sempre a melhor relação
custo/benefício. Sendo assim, o uso do método dos Pontos Interiores versão Primal-Dual auxila
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Onde: Pg é a potência gerada de cada usina (MW); C é o custo de geração por unidade de
energia elétrica. A perda de potência ativa é expressa pela Equação (1).
Sendo, que Pl é perda de potência ativa nas linhas; Bloss é uma matriz (ng x ng) que
relaciona as perdas por barra de geração:
2 x10−4 1x10 −4 0 1x10 −4
1x10−4 2 x10 −4 1x10 −4 1x10 −4
Bloss =
0 1x10−4 2 x10 −4 1x10 −4
0 1x10−4 2 x10 −4 3 x10−4
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O objetivo do problema é obter os valores de Pg1, Pg2, Pg3 e Pg4 que atenda a carga
demandada de 400 MW para as seguintes condições:
ng
Pg
i =1
i − Pd − Pl (Pg ) = 0 (3)
Em que:
(2) Define o valor dos custos de geração de potência ativa de cada unidade;
(3) Define a potência gerada pelas usinas deve ser capaz de atender a carga e as perdas;
(4) Define as equações de restrições operativas que cada máquina deve obdecer.
C ( Pg ) = ut Pg (5)
ng
Pg
i =1
i − Pd − Pl (Pg ) = 0 (6)
Em que:
(5) Define a nova função objetivo do problema que será a somada das potências geradas;
(6) Define que a potência gerada pelas usinas deve ser capaz de atender a carga e as perdas;
(7) Define as equações de restrições operativas que cada máquina deve obdecer.
3. METODOLOGIA
Para obter a solução ótima do problema, faz-se necessário a montagem da Função
Lagrangeana do problema de otimização, onde são consideradas as Equações de custo de cada
usina conforme Equação (8).
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(8)
+ .[ Pd − i =1 ( Pgi )] + πmax .(Pg-Pgmax+smax) + πmin .(-Pg+Pgmin+smin)
ng t t
As variáveis Pg, smin e smax são as variáveis primal do problema e as variáveis , πmax
e πmin são as duais. Tendo a função Lagrangeana do problema, aplicou-se as condições de
otimalidade de Karush-Kuhn-Tuck que consiste na primeira derivada:
λ L = Pd − i =1 ( Pgi ) = 0
ng
(10)
Após isso, aplicou-se o métdo de Newton, supondo uma função f(z), que deseja encontrar
o ótimo da função partindo de um ponto incial ZK, em direção de ∆Z. Assim,
Z K = − W ( Z K ) * f ( Z K )
−1
(15)
ZK +1 = ZK + ZK (16)
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Pg Pg L
L
πmax
πmax L
W. = −
πmin πmin L
smax L
smax
smin smin L
st π
μ= (17)
2.l .
Resumidamente, o algoritmo para resolução do problema consiste em:
1. Escolha μ0, valores iniciais para variáveis primais e duais. Faça k = 0;
2. Calcule o valor das condições de otimalidade (cálculo de z L);
3. Se (norma infinita de z L) < tol = 10-6, FIM, a solução é Zk.
Caso contrário, faça k= k+1 e vá ao Passo 4;
4. Resolução do Sistema Linear: WK*ΔZK= − z L;
5. Atualize todas as variáveis.
6. Atualize o parâmetro barreira μ e retorna para o passo 2.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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caso I em relação ao custo do caso III, teve uma redução de aproximadamente 22% nas perdas
e na comparação com o caso IV essa redução foi de aproximadamente 4%. Nota-se, que a
alteração do limite máximo de geração da máquina 3 prejudicou o valor da função objetivo.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Abstract. The knowledge of the optimization technique through the Interior Point Method
Primal-Dual version is of great importance to solve problems applied to the electric power
system. In this context, the present paper aims to present an optimal solution for dispatching
electricity generation for 4 plants termal, through simulation in MATLAB software. In addition,
the aim is to minimize the cost of production, minimize losses and at any given time consider
changing the generation limit at one of the generating units. The results show the analysis of
the generation dispatch, in addition, it is configured as an interesting research topic, since it is
related to the electric power system with cost reduction and losses in thermal plants.
Keywords: Numerical Method, Interior Point Method, Optimization, Electric Power Systems.
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1. INTRODUCTION
Abstract. Partial Differential Equations govern several problems. Obtaining an EDP analytical
solution is not always possible. Thus, numerical methods have been used to obtain approximate
solutions. This article has as objective was to solve the advection equation by the Finite Volume
Method in two different schemes, Central Difference Scheme and Upwind Difference Scheme.
Was used the results to compare them with the results SLM and with the analytical solution.
The Central Difference Scheme was better that Upwind Difference Scheme. The solution ap-
proached more the SLM and of the analytical solution, and has a smooth pseudo-diffusive effect
on the temporal axis. The Upwind Difference Scheme has good accuracy and precision, how-
ever, causes an increasingly evident pseudo-diffusive effect over time.
Keywords: Advection Equation, Finite Volume Method, Numerical Method, Upwind Difference
Scheme
1. INTRODUCTION
In several pro blems of Engineering, Mathematics, Physics and other related areas, we are
faced with phenomena that are modeled by differential equations. The advection equation, also
known as the passive transport equation, or simple wave equation is a hyperbolic partial differ-
ential equation. This equation is widely known, its solution is known, and it is constant along
the characteristic curves. Molenkamp (1967) compared numerical solutions of the advection
equation with known analytical solutions for certain velocity fields, using the finite difference
method to evaluate various characteristics of these approximations. The upward difference
methods introduced a pseudo-diffusive effect. Only the Roberts-Weiss approach moved the
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330
3. DISCRETIZATION BY FINITE VOLUME METHOD
field properly, although it was the most time consuming and required a large amount of time
and central storage. Ferreira (2003) used the finite difference method (FDM) and the SLM to
solve the advection equation. In his work, he presented the terms of numerical pseudo-diffusion
introduced in each adopted FDM scheme. The best results were obtained with the SLM.
A comparison of numerical schemes to solve the advection equation, based on the consis-
tency error, was elaborated by Bouche et al. (2003). The oscillation and damping characteristics
of the numerical solutions were explained by a generalized function, in the specific case of the
advection of a step function, which the solutions of the equivalent equations are systemati-
cally calculated and shown to fix the numerical solutions. With time variation, the dissipation-
dispersion ratio decreased and induced a slower decrease in oscillations when separating from
the front of the step.
Solodushkin (2013) proposed a family of grid methods for numerical solution of an advec-
tion equation with time delay. Their methods were based on the idea of separating the current
state from the prehistory function. The convergence of the coordinated second-order method
and the first-order method with respect to time has been proven.
In this work, it will be used the Finite Volume Method (FVM) with the using the Up-
wind Difference Scheme (UDS) and the Central Difference Scheme (CDS) to solve it (Maliska,
2004), and the results compared with the work of Ferreira (2003).
2. Mathematical Model
∂u(x, t) ∂u(x, t)
+c = 0,
∂t ∂x
u(x, 0) = u0 (x) (1)
u(0, t) = ū0
u(L, t) = ūL
where u = u(x, t) is a space-time function, c > 0 is the speed of propagation of the solution,
or transport, 0 ≤ x ≤ L, t > 0 is time, and ū0 and ūL are constant defining the boundary
conditions of the Dirichlet type.
The analytical solution of the equation (1) presented by Ferreira (2003) is given by
2(x − ct) 1
ct ≤ x ≤ + ct
u(x, t) = 2 (2)
1
2 − 2(x − ct)
+ ct < x ≤ 1 + ct
2
To solve the equation (1), the computational mesh shown in Figure 1 is used. Highlighted
is the control volume with a central point P , where u will be evaluated, with faces w and e,
∆x is the size of the control volume, E and W are the central points of the neighboring control
volumes (west and east), and the orange control volumes are fictitious control volumes that will
be used to impose the Dirichlet boundary conditions.
331
3.1 Central Difference Scheme 3. DISCRETIZATION BY FINITE VOLUME METHOD
where ∆t is the time step. Solving each term in the equation (3) we have
In the equation (4), a linear interpolation is used for the value of u at the borders of the con-
trol volume, calculating the center of the control volumes. CDS is used, ie, uθ∗ = (uθP + uθ∗ )/2.
Thus, rearranging the discretization parameters, and making α = (c · ∆t)/(2∆x), we have
ut+∆t
P − utP + α(uθE − uθW ) = 0 (5)
Replacing uθ∗ of the interpolator polynomial in the equation (5), making AW = −αθ, AP =
1, AE = αθ, b = utP − α (1 − θ) utE + α (1 − θ) utW , we get the equation of internal volumes,
given by
AW ut+∆t
W + AP ut+∆t
P + AE ut+∆t
E =b (6)
To calculate the value of u in the first point of the grid, you must obtain information on the
volume of fictitious control. Applying an average between the fictitious control volume and the
first control volume, we have uWI = 2ū0 − uP , which replacing in the equation (6), we have
(AP − AW )ut+∆t
P + AE ut+∆t
E = b − AW 2ū0 (7)
Similarly, we have the equation for the last control volume, given by
AW ut+∆t
W + (AP + AE )ut+∆t
P = b − 2AE ūL (8)
332
3.2 Upwind Difference Scheme 3. DISCRETIZATION BY FINITE VOLUME METHOD
In this UDS formulation, as c > 0, ue = uP and uw = uW are used. Thus, rearranging the
discretization parameters, and making α = (c · ∆t)/∆x, we have
ut+∆t
P − utP + α(uθP − uθW ) = 0 (9)
Replacing uθ∗ of the interpolator polynomial in the equation (5), making AW = −αθ,
AP = 1 + αθ, AE = 0, b = α (1 − θ) utW + [1 − α (1 − θ)] utP , the internal volume equa-
tion is obtained, given by
AW ut+∆t
W + AP ut+∆t
P =b (10)
To impose boundary conditions, fictitious control volumes are used. Applying an average
between the fictitious control volume and the first control volume, we have:
(AP − AW )ut+∆t
P = b̄0 − AW 2ū0 (11)
Similarly, we have the equation for the last control volume, given by:
AW ut+∆t
W + (AP + AE )ut+∆t
P = b̄L − 2AE ūL (12)
Thus, the equations (10)-(12) form a system of linear equations to be solved.
The algorithms for obtaining a solution to the equation (1) were implemented in the Octave
(Octave, 2020) software. The spatial mesh used has 1200 points and 4000 time steps, same
configuration used in Ferreira (2003) when solving the equation by the SLM and FDM.
It is observed in Figure 2 the result obtained for the time t = 1/2 s and t = 1 s, respectively,
with velocity c = 1 m/s. The CDS solution was better than the UDS solution, and it came
closest to the results obtained by the SLM (Ferreira, 2003).
333
3.3 Results and Discussion 3. DISCRETIZATION BY FINITE VOLUME METHOD
A characteristic observed in our solution was the presence of the pseudo-diffusive effect
(Ferreira, 2003; Bouche et al., 2003). To check whether the transported property was con-
served, the integral of the numerical solutions was calculated and compared with the result of
the integral of the analytical solution, which was 0.5. In the Table 1 the results obtained, close
to the expected, are observed, preserving the advected property.
Top numerically
Pn determine the error of approximation of the solution, the Euclidean norm,
|u| = 2
i=1 (ua − un ) , where ua is the analytical solution and un is the numerical solution,
shown in Table 1.
The pseudo-diffusive effect of the numerical solution increases as the wave moves away
from the initial position for the UDS scheme that obtained a difference of 0.1023 between the
1 and 1/2 time solution, however this effect is smoothed out for CDS, the difference of which
was 0.0036.
Integral Norm
t (s)
CDS UDS CDS UDS
1/2 0.50012 0.49999 0.0014 0.0502
1 0.50006 0.49999 0.0050 0.1525
Table 1- Integral and norm of numerical solutions
In Figure 3 it was possible to analyze the precision and accuracy of the numerical solution.
It is observed that both the CDS and UDS are precise and accurate. Both indices d and r2
Willmott (Willmott, 2013) are above 0.99, near the desired value 1.
It is observed in Figure 3 that for the two simulated time instants, the CDS scheme showed
good results. The regression line is close to the 1 : 1 line, showing accuracy. The scatter dia-
334
REFERENCES
gram points are close to each other, that is, the method is accurate. It is possible to observe the
pseudo-dispersive effect in the dispersion diagram close to the points (0, 0) and (1, 1), where
the numerical solution was smoothed.
The UDS scheme showed good accuracy, which can be seen in Figures 3(a)-3(d). But it
was less accurate, especially for the instant of time that the solution is further from the initial
condition. The pseudo-diffusive effect is amplified.
4. CONCLUSIONS
Our main objective was to solve the simple wave equation by the Finite Volume Method
in two different schemes: CDS and UDS. Then, we used the results to compare the solution
obtained with Ferreira (2003), which used the SLM.
The solution that best came close to the semi-Lagrangian method SLM was the CDS scheme,
which has a smooth pseudo-diffusive effect over time. The CDS scheme had good accuracy and
precision, however, over time, the pseudo-diffusive effect appears more and more accentuated.
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335
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1. INTRODUCTION
Gas hydrates are crystalline compounds formed by water molecules, which are similar to
ice structure, but they are capable of trapping small nonpolar molecules, such as methane,
carbon dioxide and cyclopentane. These compounds are formed when hydrocarbons and water
molecules are in an environment with suitable thermodynamic conditions of temperature and
pressure. For instance, the cyclopentane hydrate with sII structure can be formed when
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cyclopentane and water molecules reach the equilibrium temperature of 7.7 oC, at atmospheric
pressure (Dirdal et al., 2012; Maeda et al., 2016). Such characteristics make cyclopentane
hydrate an economical and safe compound to be studied in a laboratory-scale.
In nature, gas hydrate can be found at three different structures: sI, sII and sH. Depending
on the size of the trapped molecule. The gas hydrate formation phenomena involve basically
two subjects, the hydrate growth process, and the hydrate nucleation, which can become a
complex study to be mathematically modeled (Sloan and Koh, 2008). Yin et al. (2018) have
presented a review of numerous kinetic models describing the gas hydrate growth behavior.
Their work exposes a group of physicochemical phenomena involved in the hydrate formation
process, such as mass and heat transfer, intrinsic kinetic reaction and multiphase fluid flow in
porous media. Although there are a variety of hydrate growth models reviewed in their
manuscript, most of them are applied in very specific cases, and in none of them are considered
anomalous diffusion effects.
Smirnov and Stegailov (2015) presented a study of diffusion during hydrogen hydrate
formation in structures Co and sT’. These structures are trigonal and tetragonal, and can be
found at -132.6 oC and ~ 0.5 GPa, and – 103.15 oC and ~ 0.7 GPa, respectively. These conditions
are very severe, and difficult to obtain in nature. They showed that hydrogen hydrates presented
a diffusion with anomalous character via analysis of mean square displacements and molecular
dynamics method. The anomalous diffusion occurs in several applications including mass
transfer and multiphase fluid flow in porous media. The diffusion phenomena consider factors
that are not present in the Fick’s laws of diffusion, as retention effects, chemical reactions,
mechanical interactions and others (Silva et al., 2014). Furthermore, the gas hydrate has a
porous structure and the use of ice powder allows the hydrate growth in a more controlled way
(Vlasov, 2015).
Inverse Problem Methods (IPM) are important tools used to recover some parameters
present in physicochemical phenomena, such as diffusion, for instance. These parameters are
unknown, and are needed as an input to solve a mathematical model directly. By means of
experimental data acquisition, it is possible to estimate such unknowns by using some IPM. An
advantage of this technique is to save costs and the time related to the necessity to carry out
additional experiments to estimate these unknowns. But IPM also has disadvantages, one of
them is related to the difficulty to estimate the low sensitivity unknown properties. A parameter
has low sensitivity to a mathematical model when a high variation in its value doesn’t cause
significant interference on the model results (Silva Neto and Moura Neto, 2005).
The technology of gas hydrate has been a topic of great interest due to its applications in
the energy industry, and its use for purification and separation of contaminants, for example,
water desalination, as well as trapping greenhouse gases (Sloan, 2003; Koh et al., 2009; Maeda
et al., 2016). Following the path of sustainability and computational modeling, our research
group at the Polytechnic Institute (IPRJ/UERJ) has been developing experimental research on
the use of recycled textile as gas hydrate promoters (Bucsky et al., 2018; Bucsky, 2020),
experimental and computational modeling on cyclopentane hydrate formation and growth
(Ferreira Filho et al., 2018, 2019), as well as the application of inverse problems to estimate
diffusion parameters during gas hydrate formation (Knupp et al., 2019). Considering the need
for a better understanding of the gas hydrate formation, special attention to the anomalous
diffusion during the hydrate growth is required, and in this work this phenomenon is evaluated
through an inverse problem approach, using Levenberg-Marquardt method.
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The gas hydrate growth process has been studied and mathematically formulated using
Fick’s laws of diffusion (Vlasov, 2015). The mathematical formulations applied in this work
consider the idea of an ice sphere decreasing its radius 𝜉(𝑡) as the hydrate radius 𝑅(𝑡) grows,
as represented in Fig. 1. This model requires an experimental method using controlled size ice
spheres (ice powder). Through the ice seeding technique, hydrate is formed from ice and,
therefore, acceleration occurs in the nucleation stage, compared to the formation process from
liquid water (Da Silveira et al., 2016; Maeda et al., 2016). Based on Vlasov’s model, our work
aims at applying a numerical inverse problem approach to estimate the porosity 𝜀ℎ , effective
diffusion coefficient 𝐷𝑒𝑓𝑓 , and the rate constant for the reaction of methane hydrate formation
from ice 𝑘, based on experimental data for methane hydrates (Vlasov, 2015). That is an
important step to recover the same unknown parameters for other clathrates, as cyclopentane
hydrate, without the need of additional experiments.
Vlasov (2015) proposed an approach that allows simplifications from Fick’s laws, and the
differential equation for the methane hydrate formation from ice sphere was obtained and given
by
where 𝑈 is the molar density of the gas hydrate, 𝜔 is the molar density of ice, 𝑏 is the hydration
number, and 𝛿𝑓𝑜𝑟𝑚 is defined by
𝑃 𝑃𝑒𝑞
𝛿𝑓𝑜𝑟𝑚 = − (2)
𝑍𝑅𝑇 𝑍𝑒𝑞 𝑅𝑇
where 𝑃𝑒𝑞 is the pressure of the ice-gas hydrate-gas equilibrium, P is the pressure, T is the
temperature, 𝑅 is the gas constant, and 𝑍𝑒𝑞 is the compressibility factor under equilibrium
conditions.
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Solving the Eq.(1) by using the initial condition shown in Eq. (3), leads to the solution
equation represented by
𝐷𝑒𝑓𝑓 2
1 1
(𝑅0 − 𝜉(𝑡)) + (𝑅02 − [𝑅03 𝜓 − 𝜉 3 (𝑡)(𝜓 − 1)]3 ) + (𝑅02 − 𝜉 2 (𝑡)) =
𝑘 𝜔𝑏 2𝜓−2 2
𝐷𝑒𝑓𝑓 𝛿𝑓𝑜𝑟𝑚 𝑡
,𝑡 ≥ 0 (4)
𝑈(1− 𝜀ℎ )
where
𝜔𝑀𝑤 𝑀𝑔
𝜓= (1 + ) (5)
𝑈𝑀ℎ (1− 𝜀ℎ ) 𝑏𝑀𝑤
and 𝑀𝑔 , 𝑀𝑤 and 𝑀ℎ are the molar masses of the gas, the water and the gas hydrate, respectively.
This paper is based on the computational implementation of Eq. (4) and its solution for each
time step, as described in the methodology.
2. METHODOLOGY
The approach used to estimate the parameters related to methane hydrate growth is
described here. The methodology is separated into three steps: (i) Implementation of Vlasov’s
model into a computational code in Scilab v.6.1.0 software; (ii) Conducting the sensitivity
analysis in order to assess the validity of the applied inverse problem method; and (iii)
Application of the Levenberg-Marquardt method for the solution of the inverse problem.
At first, the computational code based on Vlasov’s model was developed using an open
source Scilab software. Equation (4), describing 𝜉(𝑡), is not possible to be solved analytically
to find its roots (Vlasov, 2015). Therefore, Newton-Raphson's numerical method was applied
to calculate the 𝜉(𝑡) values for each time tested. After executing the computational code, it was
possible to find a theorical curve for the formation degree of methane hydrate, 𝑛(𝑡), as given
by Eq. (6), wich is similar to the experimental data analyzed (Vlasov, 2015). Figure 2 shows
the behavior of the diffusion model through the continuous solid lines, and the experimental
data for methane gas hydrate is represented by circles, triangles, and squares, depending on the
temperature. The results obtained are in good agreement with the experimental data used as
reference. Thus, the code was used in the next step, which consists on applying the inverse
problem method to determine the physicochemical parameters of interest.
From the Vlasov’s model,
𝜉(𝑡)3
n(𝑡) = 1 −
𝑅0 3
(6)
where 𝑅0 is the initial ice sphere radius at the beginning of the experiments, as represented in
Eq. (3).
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Figure 2. Comparison of Vlasov’s solution for the degree of methane hydrate formation 𝑛(𝑡)
as a function of time and experimental data.
Before applying the IPM, a sensitivity analysis is required, in order to investigate the
influence that the gas hydrate formation parameters have on the chosen mathematical model.
The normalized sensitivity coefficients (𝑋) are calculated as
𝜕𝑛𝑐𝑎𝑙𝑐
𝑋𝑍𝑗 (𝑡) = 𝑍𝑗
𝜕𝑍𝑗
, 𝑗 = 1, 2, 3 … , 𝑁𝑢𝑛 (7)
Figure 3. Sensitivity coefficients for 𝜀ℎ = 0.15; 𝐷𝑒𝑓𝑓 = 3.4 x 10-17 (m2 /s) and 𝑘 = 3 x 10-36
(m18.25 /mol5.75 s).
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where 𝑍𝑗 represents the properties of interest, and 𝑋 is calculated by using the partial derivative
of the hydrate formation degree function with respect to each of the variables of interest. The
results of this analysis can be seen in Fig. 3. By graphical observation, the curve indicates that
the diffusion coefficient has a high sensitivity in Vlasov’s model, while the other properties
showed low sensitivity. This means that any numerical method for estimating these low
sensitivity parameters will present difficulties, yielding poor results.
To estimate the three parameters of interest, the Levenberg-Marquardt method was applied.
This method is widely used in solving inverse problems with the implicit formulation, and seeks
to minimize the objective function given by (Silva Neto and Moura Neto, 2005)
where 𝑍⃗ is the vector of unknowns, i.e. 𝜀ℎ , 𝐷𝑒𝑓𝑓 and 𝑘, to be estimated by the method, 𝑛𝑖𝑐𝑎𝑙𝑐
and 𝑛𝑖𝑒𝑥𝑝 correspond to the values calculated by the mathematical model and the values
measured experimentally for the degree of gas hydrate formation, respectively. The algorithm
was applied to methane hydrate, considering the following initial estimates: 𝜀ℎ = 0.3, 𝐷𝑒𝑓𝑓 = 9
x 10-17 (m2 /s) and 𝑘 = 7 x 10-36 (m18.25 /mol5.75s).
The fluxogram for the solution of the inverse problem with the Levenberg-Marquardt
method is presented in Fig. 4. Besides Eq. (8), Eqs. (9-12) shown next are used:
𝜕𝑛𝑖𝑐𝑎𝑙𝑐
𝐽𝑖𝑗 = , 𝑖 = 1, 2, …, 𝑁𝑒𝑥𝑝 , 𝑗 = 1, 2, …, 𝑁𝑢𝑛 (9)
𝜕𝑍𝑗
where 𝑁𝑒𝑥𝑝 is the number of experimental data, 𝐼 is the identity matrix, and 𝐽 is the Jacobian
matrix, and 𝑁𝑢𝑛 is the number of unknowns to be determined.
In the fluxogram in Figure 4, the iterative index is represented by d. In Eq. (9) it was applied
a numerical derivation using a finite difference approximation. It was set a limit of 1000
iterations to run this case, and it took about 5 seconds to run in a computer with dual core I5
intel processor and 8 GB of RAM (Random-access memory). The results obtained are organized
in Table 1.
Comparing the results in Table 1 (LM) with the literature data (RV), this method was able
to estimate only the diffusion coefficient (𝐷𝑒𝑓𝑓 ). This shows that the method was partially
effective. An explanation for this behavior was observed in the sensitivity analysis presented in
the subsection 2.2, and it was, therefore, expected poor estimates could be obtained for the
parameters with lower sensitivity. Based on Table 1, the relative error for the parameter 𝐷𝑒𝑓𝑓
is equal to 7.35 %. Since its error is less than 10 %, that represents a good parameter estimation,
and it is expected that the LM method and Vlasov's model may also be used to estimate 𝐷𝑒𝑓𝑓
for others hydrates. However, for the low sensitivity parameters in the experimental conditions
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considered in this work, it is necessary to perform experiments in other conditions that may
allow their determination.
Figure 4. Fluxogram for the solution of the inverse problem with the Levenberg-Marquardt
method.
Table 1. Values estimated by the Levenberg-Marquardt method (LM) and reference values
(RV) present in the literature for the temperature of 245 K (Vlasov, 2015).
Parameters LM RV
𝜺𝒉 0.3 0.15
3. CONCLUSIONS
This study provided a satisfactory result for the effective diffusion coefficient estimation,
with relative error of 7.35%. For the parameters with low sensitivity, the porosity and the rate
constant for the reaction of gas hydrate formation from ice, the Levenberg-Marquardt method
applied to Vlasov’s model doesn’t work with the experimental conditions considered, and they
may be determined under other experimental conditions.
In addition, it was possible to obtain a better understanding about the hydrate formation
model, and notice the importance of carrying out the sensitivity analysis to solve the Inverse
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Problem. Lastly, this study has applicability for detecting 𝐷𝑒𝑓𝑓 from other types of clathrates
like carbon dioxide hydrates, which has an important impact as a sustainable technology.
In future works it will be addressed also the definition of the confidence intervals for the
parameters estimated.
Acknowledgements
The authors acknowledge the financial support provided by FAPERJ, Fundação Carlos
Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, CNPq, Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, and CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (Finance Code 001).
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Resumo. Ao longo do tempo, a preservação do patrimônio histórico está cada vez mais em
evidência. O estudo de peças antigas remete a história de um local ou país, já que traz
consigo inúmeras informações sobre tradições e saberes da cultura de um determinado povo.
Através da caracterização de artefatos históricos é possível correntemente, mensurar em qual
período o artefato foi concebido, identificar as técnicas utilizadas pelo artista, fornecendo
dados para um possível processo de restauro. Neste trabalho, duas técnicas de
caracterização não-destrutivas foram utilizadas: microfluorescência de raios X e
microtomografia de raios X, na caracterização de uma obra sacra, que representa Nossa
Senhora da Imaculada Conceição. Foram selecionados 30 pontos para realização das
medidas de fluorescência de raios X na peça, para identificação dos pigmentos utilizados.
Foi possível identificar camadas de tinta sobrepostas, presença de ouro em alguns
ornamentos, e identificar pigmentos não mais utilizados atualmente. As imagens geradas pela
microCT foram utilizadas na análise de toda a parte estrutural da peça, seus pontos de
fixação, técnicas utilizadas pelo artista, e possíveis pontos de falha na peça. Os resultados
obtidos através da metodologia proposta apresentaram uma alta eficiência, ressaltando a
relevância das técnicas citadas na caracterização de artefatos históricos.
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1. INTRODUÇÃO
Com o passar do tempo, o interesse pela investigação de obras históricas tem aumentado.
Obras de arte e as relíquias arqueológicas despertam cada vez mais o entusiasmo da
comunidade científica em busca dos mais diversos estudos a fim de revelar informações
acerca destas peças de épocas passadas. Esses estudos na maioria das vezes, envolvem as
mais diversas áreas de conhecimento trabalhando de forma conjunta, em busca de caracterizar
uma peça. Cada vez mais o ramo da caracterização de materiais tem se desenvolvido e sendo
aplicado para os mais diversos fins, como no setor da indústria, na identificação de ligas
comerciais e no campo de pesquisa de solo (NEIVA; DRON, 2008). E quando falamos em
especial da caracterização de peças históricas, o uso de técnicas de caracterização se torna
ainda mais relevante, já que com essa técnica é possível revelar muitas informações sobre a
peça, como as características do período em que o objeto foi concebido, sua procedência e
técnicas de fabricação utilizadas. Além disso, pode apoiar na identificação de falsificações e
na avaliação da conservação e intervenções de restauração (SANCHES et al., 2019).
Neste trabalho foram utilizadas duas técnicas de caracterização não-destrutivas, a
microfluorescência de raios X (μ-FRX), que se trata de um produto microanalítico da
fluorescência de raios X por dispersão em energia (SANTOS et al., 2013) e também utilizou
microtomografia de raios X (microCT) que utiliza os mesmos princípios da tomografia de
raios X só que focado para a análise de pequenas amostras. Tanto a μ-FRX, quanto a microCT
fazem uso dos princípios dos raios X descobertos pelo físico alemão Wilhelm Conrad
Roentgen (CHOMICKI, 1996), no final do século XIX. As técnicas de caracterização
denominadas não-destrutivas, consistem na realização de ensaios que não causam nenhum
tipo de dano a peça estudada e não se faz necessário nenhum tipo de preparação da superfície
da mesma. Quando tratamos de peças de valor histórico, na maioria das vezes, os ensaios
realizados são do tipo não-destrutivo, já que não é desejável qualquer tipo de dano a peça
estudada, a mesma deve prevalecer com todos os aspectos preservados de antes do ensaio.
Os ensaios de caracterização citados a cima, foram realizados em uma escultura católica
que representa a figura de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. No momento em que
tomamos posse da peça para as devidas pesquisas e ensaios, não se tinha mais informações
acerca da santa em questão, tanto com respeito a idade da peça, tão pouco de sua origem ou
de qualquer espécie de trabalho de restauração realizado. O curador da peça, acreditava que a
mesma nunca havia sido submetida a nenhum tipo de processo de restauro. A peça foi
disponibilizada pelo Colégio Anchieta, localizado na cidade de Nova Friburgo (RJ), o colégio
conta com um grande acervo de peças históricas, como quadros, peças sacras e ferramentas
datadas do século XIX. Trata-se de um colégio jesuíta fundado em 12 de abril de 1886, que
teve o início das suas atividades na casa-grande da antiga Fazenda do Morro Queimado, local
de alta relevância histórica no contexto da concepção de Nova Friburgo como cidade.
2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
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A espectroscopia de fluorescência de raios X (FRX), pode ser definida como uma técnica
de caracterização de materiais, que permite identificar e quantificar os elementos de uma
determinada amostra, de forma não destrutiva. A maioria dos elementos existentes podem ser
identificados com esse tipo de técnica.
A utilização da fluorescência de raios X apresenta diversas vantagens no contexto de
caracterização de materiais. Devido a estas vantagens, essa técnica sofreu evoluções e os
equipamentos evoluíram, com o desenvolvimento de novos materiais e técnicas, os
equipamentos utilizados ultimamente, tem um tamanho compacto (SAPKOTA et al., 2019), o
que facilita a análise in situ, ou seja, realizar os ensaios no local em que a peça se encontra, o
que propicia a análise de peças muito grandes ou com alto valor histórico em que se tem
maior restrição quanto a locomoção. Outra grande vantagem a ser destacada é que em uma
única medição, é possível detectar vários elementos presentes na amostra. Sendo que a
superfície da peça na maioria das vezes não precisa de um tratamento prévio, por se tratar de
uma técnica não-destrutiva. A espectroscopia de fluorescência de raios X (XFR) é
amplamente utilizada no estudo de identificação de peças com valor histórico, indústria
farmacêutica, altamente utilizado para identificar ligas metálicas nas indústrias (NEIVA;
DRON, 2008), no campo de pesquisa de solo (OYEDOTUN, 2018) e em outras diversas áreas
importantes.
A medição da intensidade de energia dos raios X característicos emitidos de uma amostra
é o princípio da Fluorescência de Raios X. Cada elemento, terá suas linhas energéticas, já que
são características dos átomos que o compõe. Na técnica de FRX, temos dois tipos de
análises: a quantitativa e a qualitativa. Na análise qualitativa identifica cada elemento presente
na amostra, a partir da análise de cada uma de suas linhas característica. Na análise
quantitativa não somente identifica os elementos presentes na amostra, quanto também estima
a quantidade de determinado elemento no material como um todo. As duas técnicas são
importantes dependendo do caso estudado, pois em alguns casos somente identificando o
elemento já é o bastante, mas em outros caso é necessário identificar a composição exata do
material, com a quantidade exata de cada elemento químico presente na amostra (LUIZ et al.,
2014).
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criadas são transversais, e essas imagens vão sendo obtidas na forma de fatias. A radiação
emitida pelo tubo de raios X passa através da amostra estudada, e uma parte da mesma é
absorvida, o quanto dessa radiação será absorvida, depende do coeficiente de atenuação de
cada material. E a partir da medição da radiação realizada pelo detector, o coeficiente de
atenuação da amostra pode ser calculado e assim as imagens bidimensionais de uma dada
amostra podem ser geradas, criando assim uma das fatias de um conjunto de fatias necessárias
para criar um modelo tridimensional (CID; CARRASCO-NÚÑEZ; MANEA, 2017). Essas
fatias são armazenadas e processadas no computador, e um algoritmo é responsável por unir
essas fatias a fim de formar um modelo tridimensional fruto da tomografia computadorizada.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
A peça a ser caracterizada apresenta diversos danos físicos, com partes quebradas e
algumas outras lascadas e também falhas em sua pintura, muito devido a sua idade e a forma
com que a mesma foi curada. A figura 1 apresenta a visão frontal e traseira da peça, como
pode ser observado, a escultura não tem as duas mãos, em sua lateral direita podemos
observar outro dano com o que seria uma espécie de nuvem, está quebrada, e também
próximo da base está danificado, no que provavelmente seria a representação de um ou mais
anjos. Já que as representações de Nossa Senhora Imaculada Conceição apresentam em sua
grande maioria a presença de nuvens e anjos em sua base.
A base da peça está bem fixada ao restante da obra, sem nenhum tipo de folga, a base da
mesma é também de madeira, com uma espécie de cravo ou prego aparentemente, servindo de
união entre a base e a imagem da santa, somente após o ensaio de microtomografia
computadorizada será possível definir com mais exatidão o tipo de acessório utilizado para a
fixação. A santa tem altura total de 21 cm, uma medida bastante utilizada em esculturas deste
gênero.
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além de apresentar uma resolução espacial de até 70 µm, foi o primeiro espectrômetro µ-FRX
portátil disponível comercialmente. Esse equipamento realiza ensaios não-destrutivos, e é
adequado para análise simultânea de elementos que se encontram no intervalo entre Na (11) a
U (92), ou seja 11 ≤ Z ≥ 92. Apresenta uma tensão máxima de trabalho de 50 kV, uma
corrente máxima de 1000 μA e uma potência máxima de 50 W. Apresenta uma medição mais
rápida durante a varredura e mapeamento de elementos devido às altas tecnologias
empregadas no mesmo (CROSERA et al., 2019).
Foram determinados 30 pontos na escultura para serem estudados através da
microfluorescência de raios X. Esses pontos são apresentados na figura 2, a determinação dos
mesmos foi baseada de forma que todos os pigmentos da peça fossem estudados, também
foram contempladas as partes danificadas da peça e pontos que apresentavam somente o
fundo de preparação ou uma camada de tinta abaixo da principal.
Parâmetros
Dados
operacionais
Anodo Molibdênio
Voltagem 40 KV
Corrente 200 μA
Live time 100 s
Dead time 1,1 %
Densidade do pulso 4472 cps
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Parâmetros
Dados
operacionais
Tensão 110 kV
Corrente 400 uA
Tempo 250 ms
Integração 5 Frames
Filtro 0,4 mm Al
Número de Projeções 1800
Tamanho do pixel
126 um
efetivo
4. RESULTADOS
Na região da cabeça da escultura, foram analisados 4 pontos: testa, boca, olhos e cabelo.
Na testa da peça, que representa a tonalidade bege de pele, a presença de Zn foi detectada,
juntamente com uma concentração muito baixa de Pb e Fe, devido a uma provável mistura de
uma maior quantidade de branco de Zinco (ZnO) com um pouco de marrom ocre (Fe 2O3.H2O
+ argila + sílica), a fim de se obter essa tonalidade mais clara na coloração bege, a presença
do chumbo provavelmente por uma camada de preparação utilizando branco de Chumbo
(2PbCO3.Pb(OH)2). Já na representação dos olhos além do elemento Zn, também foi
encontrado Fe, como pode ser observado no espectro (figura 3), o que indica um possível uso
de branco de zinco para o branco dos olhos juntamente com o pigmento óxido de ferro preto
(Fe3O4) por cima, a fim de se obter um aspecto escuro dos olhos. Na análise da boca, foi
encontrado o elemento Zn juntamente com uma baixa concentração de mercúrio, fruto de uma
provável mistura de branco de Zinco com o pigmento vermilion (HgS), na busca de uma
coloração avermelhada mais suave. Já no cabelo da peça, foi detectada a presença de Zn, Pb, e
Fe, como pode ser observado no espectro a seguir (figura 3) o que indica a utilização de uma
mistura de branco de Zinco, juntamente com branco de Chumbo e marrom ocre.
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Nessa estrela foi detectado uma alta concentração de Pb, seguido de Au e baixa
concentração de Fe. A concentração de Chumbo provável pela preparação com branco de
Chumbo, o ouro proveniente de uso de folhas de ouro ou ouro em pó no formato da estrela,
técnica muito comum antigamente. Vale ressaltar, que o equipamento de microfluorescência
de raios X utilizado, não é capaz de detectar elementos leves com número atômico menor que
11. E as hipóteses levantadas sobre os pigmentos utilizados, são baseadas nos elementos
identificados pelo equipamento nos pontos estudados, juntamente com o histórico de
pigmentos presentes na literatura, acompanhados de suas respectivas cores e composições
químicas.
A análise estrutural da peça foi realizada com o auxílio da técnica de microtomografia
computadorizada, a fim de identificar possíveis pontos que possam ter sido atacados por
pragas, os pontos de fixação e técnicas utilizadas de construção, com as principais imagens
3D analisadas, como pode ser visto na figura 6.
É possível observar uma região de vazio na parte inferior da peça (destacado em verde),
próxima à área de fixação entre a base e o restante da escultura, essa região de vazio pode
estar presente desde quando a mesma foi concebida por uma falha na madeira, ou no
momento da fixação, ou até mesmo fruto de algum ataque de praga ao longo dos anos, não é
possível precisar. Já no rosto da peça foi possível encontrar outra região de vazio, e a partir da
análise dessa imagem gerada é possível afirmar que a escultura não apresenta olhos de vidros,
técnica muito comum em obras sacras centenárias, os olhos dessa peça em questão são
pintados. E ainda observando a região do rosto, é possível observar a presença de uma espécie
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de prego para fixação, que provavelmente tinha por função unir uma coroa a peça, já que as
representações da imagem de Nossa Senhora Imaculada da Conceição costumam apresentar
uma coroa ao topo da cabeça, mas a peça analisada não apresenta, o que indica que a mesma
foi perdida ao longo do tempo. É possível também pela disposição dos veios da madeira,
observar que foi utilizada duas espécies diferentes de madeira, uma na base e outra no restante
da escultura. Após estudar a integridade da peça, buscou-se analisar os pontos de fixação da
mesma, como podem ser observados na figura 7.
Na região dos adornos em formato de “chifre”, que, na verdade é uma ponta de lua sempre
presente nesse tipo de imagem, é possível observar um ponto de fixação, logo o adorno foi
confeccionado em separado e posteriormente integrado a peça. Assim como é possível
observar o grande prego utilizado para a fixação entre a base e o restante da peça. Indica o uso
de um prego e não um cravo, pelo formato circular da cabeça e pela definição entre a cabeça e
o restante do prego. Pelo aspecto curvado do mesmo aparenta ser bem antigo, com técnicas
mais rústicas de fabricação.
5. CONCLUSÕES
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Agradecimentos
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Sapkota, Y. et al. Portable x-ray fluorescence spectroscopy for rapid and cost-effective determination of
elemental composition of ground forage. Frontiers in Plant Science, v. 10, p. 317, 03 2019.
Abstract. Over time, preservation of historical heritage is increasingly in evidence. The study
of historical pieces refers to the history of a place or country, since it brings with it
information about traditions and knowledge of the culture of a specific people. Through the
characterization of historical artifacts it is currently possible to measure in which period the
artifact was conceived, to identify the techniques used by the artist, providing data for
possibles restorations processes. In this work, two non-destructive characterization
techniques were used: X-ray microfluorescence and X-ray microtomography, in the
characterization of a sacred work, which represents Nossa Senhora da Immaculada
Conceição. 30 points were selected to perform X-ray fluorescence measurements on the piece,
to identify the pigments used. It was possible to identify overlapping layers of paint, the
presence of gold in some ornaments, and pigments that are no longer used today. The images
generated by MicroCT were used in the analysis of the entire structural part of the piece, its
attachment points, techniques used by the artist, and possible points of failure in the piece.
The results obtained through the alternative methodology a high efficiency, emphasizing the
obtaining of the techniques mentioned in the characterization of historical artifacts.
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Brazil
1. INTRODUÇÃO
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2. METODOLOGIA
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µ𝑀 = µ𝑅 − µ𝑆 (1)
𝜎𝑀 = √𝜎𝑅2 + 𝜎𝑆 2 (2)
µ𝑅 − µ𝑆 (3)
𝛽=
√𝜎𝑅2 + 𝜎𝑆 2
𝑃𝑓 = 𝛷 (−𝛽) (4)
1 𝑁 (5)
𝑃𝑓 = ∑ 𝐼𝑔(𝑥𝑖)
𝑁 𝑖=1
𝛽 = −𝛷 −1 (𝑃𝑓 ) (6)
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1 𝑁 𝑓𝑋 (𝑥𝑖 ) (7)
𝑃𝑓 ≈ 𝑃̂𝑓 = ∑ 𝐼𝑔 (𝑥𝑖 )
𝑁 𝑖=1 ℎ𝑋 (𝑥𝑖 )
O ponto 𝑥𝑘 está associado a um peso 𝑤𝑘 << 1, que é representado pela razão entre
as funções 𝑓𝑋 (𝑥) e ℎ𝑋 (𝑥). A variância da probabilidade de falha é estimada por:
1 𝑁 (8)
𝑉𝑎𝑟[𝑃̂𝑓 ] = ∑ (𝐼𝑔 [𝑥𝑘 ]𝑤𝑘 − 𝑃̂
𝑓)
2
(𝑁 − 1) 𝑘
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Exemplo 1 [Santosh (2006)]: Função estado limite 𝑔(𝑥 ) = 𝑥13 + 𝑥23 − 67,5, as
variáveis seguem distribuição de probabilidade normal, com valores médios 𝜇𝑥1 = 10 e
𝜇𝑥2 = 9,9, e desvios padrão 𝜎𝑥1 = 𝜎𝑥2 = 5.
Exemplo 2 [Grooteman (2008)]: Função estado limite 𝑔(𝑥) = 2,5 − 0,2357(𝑥1 −
𝑥2 ) + 0,0046(𝑥1 + 𝑥2 − 20)4 , as variáveis seguem distribuição de probabilidade
normal, com parâmetros 𝜇𝑥1 = 𝜇𝑥2 = 10 e 𝜎𝑥1 = 𝜎𝑥2 = 3.
Exemplo 3 [Choi et al. (2007)]: Função estado limite 𝑔(𝑥 ) = 𝑥14 + 2𝑥24 − 20, as
variáveis possuem distribuição de probabilidade normal, com parâmetros 𝜇𝑥1 = 𝜇𝑥2 =
10 e 𝜎𝑥1 = 𝜎𝑥2 = 5.
Exemplo 4 [Santos et al. (2012)]: Função estado limite 𝑔(𝑥 ) = 𝑥13 + 𝑥23 − 18, as
variáveis seguem distribuição de probabilidade normal, com parâmetros 𝜇𝑥1 = 𝜇𝑥2 = 10
e 𝜎𝑥1 = 𝜎𝑥2 = 5.
Exemplo 5 [Santos et al. (2012)]: Função estado limite 𝑔(𝑥 ) = 𝑥13 + 𝑥23 − 18, as
variáveis possuem distribuição de probabilidade normal, com valores médios 𝜇𝑥1 = 10 e
𝜇𝑥2 = 9,9, e desvios padrão 𝜎𝑥1 = 𝜎𝑥2 = 5.
Exemplo 6 [Keshtegar e Chakraborty (2017)]: Função estado limite 𝑔(𝑥 ) = 𝑥13 +
𝑥1 𝑥2 + 𝑥23 − 18, as variáveis possuem distribuição de probabilidade normal, com valores
2
Utilizando o método MCS com uma amostra com 106 elementos, MCAI com 104
elementos e os métodos FORM e SORM, foram determinados o índice de confiabilidade
e a probabilidade de falha para cada exemplo, sendo que seus resultados estão
representados na Tab. 1.
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3,8
3,6
ÍNDICE DE CONFIABILIDADE
3,4
3,2
3
MCS
2,8
MCAI
2,6
FORM
2,4 SORM
2,2
2
1,8
1 2 3 4 5 6 7
EXEMPLOS
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4. CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
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série, separando-o do ruído contido nas observações individuais, e utilizá-lo para prever os
valores futuros (Henning et al., 2010).
Nesse contexto, analisar uma série temporal relacionada a um conjunto de dados que
difere dos demais por ser ordenado cronologicamente, ou seja, todos os dados se referem ao
mesmo fato, no entanto, em períodos diferentes, é analisar a possibilidade da evolução de
determinado fato ao longo do tempo. Os métodos de análise para séries temporais auxiliam na
compreensão do estudo, assim como, fornecem instrumentais matemático-metodológicos para
fazer previsões.
Esse trabalho consiste na análise de série temporal usando os modelos do método de
Suavização Exponencial para a previsão das emissões de Dióxido de Carbono (CO2) no
Brasil – gás que é o principal responsável pelo aquecimento global e pelas mudanças
climáticas.
Entender o padrão de evolução da série temporal ao longo dos anos e identificar o melhor
modelo para a previsão, além de justificar o desenvolvimento deste estudo, também torna essa
investigação importante. O objetivo desse trabalho é mostrar a importância do período de
validação ter um padrão de comportamento similar ao período de ajuste para identificar o
melhor modelo de previsão, usando alguns modelos do método suavização exponencial.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Tomaz et al. (2018) em seu estudo avaliou o desempenho dos modelos de suavização
exponencial, o que foi feito em quatro séries de dados com diferentes propriedades. Os
resultados encontrados mostram que estes modelos, apesar de sua simplicidade, podem ser
utilizados com sucesso, sendo aconselháveis para previsões de curto prazo e para séries que
não apresentem mudanças severas em seu comportamento. Para previsões de longo prazo,
constataram que esses modelos não apresentaram bom desempenho, sugerindo recorrer a
alternativas, como por exemplo aos modelos de Box- Jenkins.
Martin et al. (2016) utilizaram o método de Suavização Exponencial Simples e os
modelos ARIMA na previsão da evolução do número de automóveis no Município de
Joinville. Foi realizada uma análise dos resíduos para verificar a adequação dos modelos
encontrados que também foram avaliados pelos erros de previsão. Como conclusão, os
autores afirmam que o modelo de Suavização Exponencial pode ser uma alternativa, mas o
melhor modelo foi encontrado por meio do método ARIMA. Os autores ainda salientaram que
os métodos de previsão são fundamentais para auxiliar na tomada de decisão, visto que por
meio deles é possível encontrar informações sobre vendas futuras, mesmo com certo grau de
imprecisão.
Bastos (2016) utilizou e analisou o método de Tendência Linear, o modelo Sazonal de
Holt-Winters e a metodologia Box-Jenkins na previsão da série mensal de produção nacional
de óleo diesel. Os resultados mostraram um melhor desempenho do modelo de Holt-Winters,
porém o método de Tendência Linear foi superior ao modelo ARIMA na previsão.
Diante do exposto, observa-se que dependendo da propriedade dos dados, ambas
metodologias podem apresentar bons resultados. Hyndman e Athanasopoulos (2019)
salientam que os modelos de suavização exponencial lineares são casos especiais dos modelos
ARIMA, o mesmo não acontecendo com os modelos de suavização exponencial não lineares.
Além disso, existem vários modelos ARIMA que não possuem um correspondente entre
aqueles de suavização exponencial.
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3. METODOLOGIA
Os dados foram obtidos em IDA (2019), que possui um enorme conjunto de dados de
vários países, constantemente atualizados com inúmeras variáveis. As informações utilizadas
neste trabalho são observações anuais.
A análise dos dados foi realizada no software R (RStudio, 2019). Para a análise de séries
temporais, fez-se uso do pacote "forecast" (Hyndman e Khandakar, 2008), com o qual é
possível realizar as previsões de demanda pelo método Suavização Exponencial. Depois de
dividir a série em período de ajuste e período de validação, a modelagem foi realizada no
período de ajuste, sendo os melhores modelos identificados pelos Critérios de Informação de
Akaike (AIC), de Akaike corrigido (AICc) e de Schwartz (BIC). Depois de avaliar a presença
de autocorrelação nos resíduos pelo teste de Ljung-Box, para verificar a adequação dos
modelos encontrados para a previsão, os erros de previsão são analisados. Foram eles: MAE
(Erro Médio Absoluto), RMSE (Raiz do Erro Médio Quadrático) e MAPE (Erro Médio
Percentual Absoluto).
As previsões não são exatas e o erro associado é maior quanto maior for o horizonte de
predição (Moreira, 2008). De acordo com essa informação, existem diversas formas de avaliar
uma série temporal para ajustar um modelo aos seus dados no que se refere à definição dos
períodos de ajuste e de validação. Nesse estudo, foram feitas diversas modelagens
considerando o período de ajuste contendo 75%, 80%, 85% e 90% do total de dados da série,
sendo os restantes considerados para a sua validação. A análise foi replicada considerando-se
o mesmo horizonte de previsão para todos os pontos de corte.
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4. RESULTADOS
A Figura 1 apresenta o comportamento dos dados ao longo dos anos, enquanto a Fig.
2, o gráfico da função de auto correlação amostral (FAC).
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Observando os critérios é possível perceber que para este modelo, o melhor ponto de
corte é em 90% por apresentar menor critério de informação, como mostra a Fig. 3.
Para identificação do melhor modelo para previsão, foram analisados os valores das
medidas MAE, RMSE e MAPE, dos dados previstos com os observados no horizonte de
previsão. Observa-se que os menores valores de erros com os diferentes pontos de corte são
diferentes daqueles encontrados para o melhor modelo de ajuste (AAdN), como mostra o Tab.
2, mas percebe-se também que o ponto de corte em 90% é também o melhor modelo nos
contextos analisados.
Considerando que o erro associado é maior quanto maior for o horizonte (h), para
encontrar o melhor modelo com o mesmo horizonte de predição, foi realizada uma análise
com o mesmo período de validação para a previsão em comparação com os dados observados,
nesse caso h=6 para todos os pontos de corte. Analisando o Tab. 3, percebe-se que os menores
erros são com o ponto de corte em 75%, tanto para o melhor modelo de ajuste (AAdN) como
para o de validação (ANN), sendo esse o modelo que apresenta os valores mais baixos.
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O comportamento das previsões com pontos corte em 75% e 90% são os que melhor se
ajustam. No caso do ponto de corte em 75% (Figura 3), o modelo ANN tem os menores
valores de erro, mas não cumpre com um padrão similar com os dados de ajuste. Observando
a Fig. 4, os melhores modelos com ponto de corte em 90% possuem um padrão equivalente da
previsão em consideração com os dados de ajuste.
5. CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
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de Óleo Diesel Nacional”, Simpósio de Pesquisa Operacional & Logística da Marinha (SPOLM), Rio de
janeiro.
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Suavização Exponencial na modelagem de series temporais sem sazonalidade. Anais do 8º MCSul/VIII
SEMENGO.
Abstract. The present work consists of the analysis of a time series organized chronologically
for the prediction of carbon dioxide emissions in Brazil. The series is not stationary, which is
why Exponential Smoothing methods were used to model it using different cutoff points in
determining the adjustment and validation periods. The modeling was carried out with cut-off
points at 75%, 80%, 85% and 90% of the total series, the best model being identified by the
information criteria. The best fit and forecast model is with a cutoff point of 90%, although
they have not been the same. The main contribution of this study is to highlight the
importance of a correct location of the cutoff point in a time series analysis, which must be
determined taking into account that the pattern of the data in the adjustment period is similar
to the pattern of this in the period of validation. For this study it was not possible to choose a
single and best model for the analysis of the studied time series.
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Resumo. As tempestades severas e os eventos relacionados a elas são alguns dos fenômenos
naturais com maior poder destrutivo. As descargas elétricas atmosféricas associadas às tem-
pestades severas são responsáveis por causarem grandes prejuı́zos sócio-econômicos. As fa-
talidades humanas causadas por esses fenômenos estão entre as principais motivações para se
estudá-los. Além disso, outros efeitos indiretos podem ser provocados por esses eventos, por
exemplo: a degradação de construções ou interrupções de serviços de transmissão de energia
e comunicação. Este trabalho apresenta um modelo para previsão a curto prazo da densidade
de descargas elétricas na região sul do Brasil utilizando a rede neural recorrente Long Short-
Term Memory. Os dados são provenientes dos instrumentos ABI e GLM, que estão a bordo
do satélite geoestacionário GOES-16. É apresentado como caso de estudo os eventos meteo-
rológicos severos que aconteceram entre os dias 14 e 15 de agosto de 2020, que desencadearam
a formação de tornados que atingiram alguns municı́pios do estado de Santa Catarina. Por fim,
são apresentadas detalhadamente as avaliações do modelo e discutido os resultados obtidos.
Keywords: Redes Neurais Recorrentes, Long Short-Term Memory, Tempestades Severas, Descar-
gas Elétricas Atmosféricas
1. INTRODUÇÃO
Os raios são fenômenos extremamente sinuosos e caóticos que são provenientes do processo
de eletrificação das nuvens (Williams, 2005). Esse processo acontece como consequência da
separação das cargas elétricas no interior da nuvem, uma possı́vel consequência das colisões
entre as partı́culas que a compõe. Segundo a definição atribuı́da por Rakov (2016), o raio é uma
descarga elétrica transitória de alta corrente no ar composta por gás ionizado, cuja temperatura
pode chegar até quase 30000◦ C. O rompimento da resistência do ar pelo canal ionizado por onde
o raio se desenvolve faz com que seja gerado um aquecimento intenso acompanhado de efeitos
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luminosos (conhecidos como relâmpagos) e sonoros (conhecidos como trovões) (Visacro, 2005,
p. 40).
De acordo com as definições e terminologias definidas nos estudos de Schonland (1956) e
Uman, McLain (1969), as descargas elétricas mais comuns podem ser classificadas em nuvem-
solo (CG - sigla do inglês, cloud-to-ground) e intra-nuvem (IC - sigla do inglês, intra-cloud).
O raios CG são aqueles que interagem entre as nuvens e a superfı́cie da terra ou com objetos
sobre ela (e.g. construções, árvores, etc), podendo estes serem positivos (CG+), quando cargas
de prótons trilham em direção ao solo, ou negativos (CG-), quando partı́culas de elétrons vão
de encontro ao solo a partir das nuvens (Shafer et al., 2000; Lynn et al., 2012). Os raios IC
são consideradas as descargas elétricas que não interagem com a superfı́cie da terra, podendo
acontecer tanto no interior de uma nuvem, como também interagir com outras nuvens ou com
o ar (Williams, 2001, p. 550-552).
O Brasil possui caracterı́sticas bastante favoráveis para o desenvolvimento de tempestades
elétricas, dentre elas estão a sua grande extensão territorial e alta atividade convectiva, sendo
um dos paı́ses com a maior incidência de raios no mundo (Albrecht et al., 2016). Por ser um
paı́s de dimensões continentais, acaba sendo alvo de um grande número de descargas elétricas
atmosféricas ao longo do ano, chegando a serem registrados até 77,8 milhões por ano, de acordo
com estimativa feita pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT)1 do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE). Essa alta incidência de raios é responsável por uma média de 132
mortes por ano (Cardoso et al., 2014).
As tempestades severas com alta atividade elétrica no Brasil podem ser monitoradas princi-
palmente por meio das redes de detecção de raios, radares e satélites meteorológicos. As redes
de detecção de raios podem registrar a ocorrência de raios à dezenas de quilômetros de distância
com uma alta resolução temporal e espacial, porém a cobertura desses equipamentos não é su-
ficiente para suprir a demanda de todo o território brasileiro, limitando sua utilidade somente
para algumas regiões (Huamán, 2018). Assim como as redes de detecção, os radares meteo-
rológicos também possuem limitações de cobertura no Brasil, embora possam ter um alcance
superior às redes anteriormente mencionadas, estes instrumentos são eficazes no monitoramento
de tempestades, mas não medem diretamente as descargas elétricas. Restam aos satélites, que
recentemente, a partir dos sensores Advanced Baseline Imager (ABI) e Geostationary Lightning
Mapper (GLM) a bordo da nova geração de satélites Geostationary Operational Environmen-
tal Satellite (GOES-16) vem fornecendo continuamente informações sobre tempestades para
todo o território brasileiro, mesmo às vezes não tendo uma excelente resolução espacial e a
precisão das estações de superfı́cie, os dados desses instrumentos são bastante úteis para re-
alizar análises em grande escala. No geral, todos os instrumentos de observação possuem suas
vantagens e desvantagens.
Algumas condições podem influenciar no rápido desenvolvimento das tempestades, por-
tanto, identificar essas condições em seus estágios iniciais e estipular com precisão sua evolução,
pode antecipar estratégias para tomadas de decisões cruciais. Dentre as escalas de previsão em
meteorologia, aquele que mais se aplica ao monitoramento e previsão das tempestades é o now-
casting (previsão a curtı́ssimo prazo, até 6 horas). O nowcasting tem como caracterı́stica prin-
cipal levar em consideração as condições ambientais regionais e assimilar a maior quantidade
de informações no menor tempo possı́vel, e a partir delas fornecer subsı́dios para realizar pre-
visões meteorológicas. Sendo assim, esses sistemas tendem a serem especialistas para regiões
1
http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/el.atm/perguntas.e.respostas.php
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e perı́odos especı́ficos, e a sua adaptação para outros contextos pode ser bem complexa, depen-
dendo da abordagem utilizada para o seu desenvolvimento.
A utilização de técnicas de inteligência artificial tem mostrado resultados promissores na
previsão de tempestades severas (Manzato, 2007; Collins, Tissot, 2016; Nordin Stensö, 2018).
Dentre essas técnicas, estão presentes desde as abordagens que fornecem respostas mais in-
tuitivas como as árvores de decisões até abordagens mais complexas como as redes neurais
com camadas profundas. A partir de dados obtidos através dos mais variados instrumentos
de observação é possı́vel aplicar algoritmos de aprendizado de máquina que podem encontrar
padrões meteorológicos em cada região do Brasil, e com isso prover novas informações que
são importantes para a melhoria de sistemas de previsão, podendo ser tão robustas quanto os
métodos tradicionais de previsão baseado em modelos matemáticos e fı́sicos.
Embora os raios sejam fenômenos de alta variabilidade, tornando-os difı́ceis de prever
(Williams, 2005), os modelos baseados em inteligência artificial podem extrair informações
relevantes a partir de algumas variáveis meteorológicas e assim auxiliar na sua previsão. Sendo
assim, este trabalho apresenta um modelo utilizando a rede neural recorrente (RNN - sigla do
inglês, Recurrent Neural Network) denominada Long Short-Term Memory (LSTM) (Hochreiter,
Schmidhuber, 1997) para previsão de descargas elétricas a curto prazo na região sul do Brasil,
a partir de dados do satélite geoestacionário GOES-16.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Os dados utilizados neste trabalho são provenientes dos sensores ABI e GLM do satélite
GOES-16. O ABI é um radiômetro passivo que possui 16 bandas espectrais operando em difer-
entes comprimentos de onda em canais do visı́vel e infravermelho (Schmit et al., 2005). As
imagens completas obtidas a partir do imageamento dos canais do ABI são utilizadas para iden-
tificar caracterı́sticas distintas na superfı́cie e/ou na atmosfera com resolução espacial de até
500 metros, disponibilizadas gratuitamente a cada 10 minutos. O GLM é um instrumento que
tem como finalidade identificar descargas elétricas atmosféricas a partir da radiância emitida
pelo topo das nuvens a cada 20 segundos (Goodman et al., 2012). O produto base do GLM é o
Evento, que é gerado a partir da detecção de um certo limiar de energia no topo das nuvens. Os
Eventos são agrupados pelo algoritmo Lightning Cluster Filter Algorithm (LCFA) (Goodman
et al., 2012), gerando o produto Grupo, e com a aplicação do LCFA nos Grupos são criados os
produtos Flashes.
Para este trabalho foram utilizadas imagens do canal 13 do ABI. Este canal possui resolução
espacial de 2 km e opera no infravermelho de onda longa com comprimento de 10,35µm.
Através deste canal é possı́vel realçar as temperaturas de brilhos menores que -40o C, com a
finalidade de identificar nuvens formadas exclusivamente por cristais de gelo, caracterı́stica
presente em tempestades severas e bastante favorável para a ocorrência de raios (Lindsey et al.,
2006; Huamán, 2018). Os dados referentes às descargas elétricas são provenientes do produto
Flash do GLM, que consiste de um conjunto de pulsos ópticos agrupados pelo algoritmo LCFA,
que foram detectados dentro do intervalo de tempo de até 330 milissegundos e uma distância
de até 16,5 km. Através dos Flashes é possı́vel identificar o total de raios intra-nuvem e al-
guns tipos de raios nuvem-solo com uma eficiência de até 70% (Goodman et al., 2012). Para
realizar as previsões das descargas elétricas a curto prazo foi utilizada uma rede neural recor-
rente. As arquiteturas tradicionais de redes neurais, denominadas feedforward, possuem uma
certa limitação quando o resultado da previsão está diretamente associada com os dados que a
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antecedem, uma vez que nesse tipo as informações processadas pelos neurônios são transmiti-
das somente para as camadas subsequentes. Já as arquiteturas das RNN incluem loops, os quais
permitem repassar as informações processadas de forma recursiva para uma representação de
sequência predefinida de neurônios internos antes de enviar para a próxima camada. Esse tipo
de rede usa suas conexões feedback para armazenar as representações de eventos de entradas
recentes, agindo como uma memória de curto prazo (Dupond, 2019). A Figura 1 mostra um
esquema do processo de desenrolamento de um neurônio da rede neural recorrente.
<t>
x
<0> <1> <2> <t>
x x x x
<t>
y
<0> <1> <2> <t>
y y y y
As RNN possuem diversas variações, e a utilizada neste trabalho foi a LSTM. A LSTM
possui uma memória que dura mais tempo em relação às arquiteturas tradicionais de RNN,
garantindo que uma informação importante que foi passada no inı́cio de um série temporal não
seja perdida durante o treinamento, isso acontece devido aos seus blocos de memória denomina-
dos de células (Hochreiter, Schmidhuber, 1997). Para evitar os problemas de desaparecimento
ou explosão de gradiente, as células da LSTM possuem uma estrutura (Figura 2) utilizada para
gerenciar as informações que são aprendidas e esquecidas pela rede, essa estrutura é composta
principalmente pelos seguintes componentes:
Forget gate f: Recebe como entrada a saı́da do estado anterior, que é somado a um bias e apli-
cado à uma função sigmoide (σ) para decidir sobre o que deve ser eliminado (valores próximos
de 0) ou mantido (valores próximos de 1), com isso a rede simula uma memória de longo prazo
que mantém somente as informações relevantes. O forget gate é definido pela Equação 1, onde
Wi são os pesos atribuı́dos aos seus neurônios, ht−1 é a saı́da do estado anterior, xt é a entrada
do estado atual e bi é um bias somado à matriz e pesos.
Input gate i: Recebe como entrada a saı́da do estado recém calculado pelo forget gate e sub-
mete de forma individual para as funções de ativação sigmoide (σ) e tangente hiperbólica
(tanh), o resultado obtido é multiplicado e enviado para o próximo estado. O input gate pode
ser definido pela Equação 2.
Cell state c: Recebe a soma das informações geradas pelo forget gate e input gate: c = f + i.
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Output gate o: Recebe como entrada a saı́da gerada pelo cell state aplicada à uma função de
ativação tangente hiperbólica (tanh) multiplicado pela saı́da gerada pelo input gate aplicado à
função de ativação sigmoide (σ). É aplicada uma função de sigmoide no resultado que é enviado
para a próxima camada da rede. O output gate pode ser definido pela Equação 3.
<t>
x
σ σ tanh σ x
x
tanh
x +
<t>
y
Após realizar alguns testes e ajustes nos hiperparâmetros da rede, foi definida para este tra-
balho a arquitetura representada pela Figura 3. A camada de entrada recebe uma série temporal
que pode variar seu comprimento entre 1 e 12 tempos anteriores. A primeira camada oculta é
composta por uma célula LSTM com 100 neurônios, a segunda e terceira camadas ocultas são
compostas por 50 neurônios cada, ambas utilizando a função de ativação tangente hiperbólica
(tanh) e dropout de 20%, a fim de evitar o overfitting. Foram definidas 500 épocas para o treina-
mento, com lotes de tamanho 32 (batches), método de otimização Adam (Kingma, Ba, 2014),
com a taxa de aprendizado em 0,001. O erro foi medido pela função Mean Square Error (MSE)
e a acurácia pela Mean Absolute Error (MAE).
Entrada Saída
Como supracitado, foram utilizados os dados referentes aos dias 14 e 15 de agosto, tota-
lizando 288 registros. Desse total, 85% dos dados foram utilizados para treinamento e 15% para
teste e validação.
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3. RESULTADOS
20000
15000
Total de flashes
10000
5000
0
12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00 20:00 21:00 22:00 23:00 00:00 01:00 02:00 03:00 04:00 05:00 06:00 07:00 08:00 09:00 10:00 11:00
Hora
Figura 4- Total de raios computados por hora pelo produto Flash do GLM.
0.008
0.05
Mean Absolute Error (MAE)
Mean Squared Error (MSE)
0.006 0.04
0.004 0.03
0.002 0.02
0.01
0.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Comprimento da série temporal Comprimento da série temporal
Os testes realizados consistiram, de forma geral, em dois tipos: utilizando somente dados
de raios (GLM) e dados de raios com dados da temperatura de brilho do topo das nuvens (GLM
e ABI). Em ambos os casos, foram testadas variações entre 1 e 10 no tamanho da série temporal
de entrada, ou seja, os valores dos dados em tempos anteriores incluindo o tempo atual. A
Figura 5 mostra os valores das funções de erro e acurácia após o treinamento do modelo com
diferentes tamanhos da série temporal. Pode ser observado que com a inclusão dos dados do
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sensor ABI, o erro tende a ter uma variação menor. Ainda na Figura 5, pode ser notado que
utilizando até quatro tempos, o erro da previsão é menor.
Por ser um evento extremamente caótico, como abordado anteriormente, a previsão exata
do número de raios detectados se torna uma tarefa difı́cil, sendo assim, busca-se na previsão
de eventos meteorológicos a aproximação maior possı́vel dos eventos observados. A Figura
6 mostra o comparativo entre as informações observadas e previstas pela rede com entradas
de tamanho 1 e 4, usando o conjunto de dados separado para teste. Nela, pode ser observado
que para a maioria dos casos, os valores previstos se aproximam do valor real, capturando a
tendência dos eventos de forma coerente.
Série temporal de tamanho 1 Série temporal de tamanho 1
Flashes observados X Flashes previstos Flashes observados X Flashes previstos
Observados
7000 7000 Previstos
6000 6000
5000 5000
4000
4000
3000
3000
2000
2000
1000
1000
0
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Total observados
Série temporal de tamanho 4 Série temporal de tamanho 4
Flashes observados X Flashes previstos Flashes observados X Flashes previstos
Observados
Previstos
6000 6000
5000 5000
Total de GLM flashes
4000 4000
Total previstos
3000
3000
2000
2000
1000
1000
0
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Total observados
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como objetivo desenvolver um modelo de previsão a curto prazo (10 mi-
nutos à frente) da densidade de raios para a região sul do Brasil, utilizando a LSTM e os dados
do satélite geoestacionário GOES-16. Após serem testadas algumas configurações, pôde ser ob-
servado que o modelo de previsão baseado somente na variável observada, neste caso o próprio
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raio, acompanha a tendência dos eventos, porém a variação do erro é maior em comparação ao
modelo treinado com variáveis complementares associadas ao evento. Além disso, por ser um
evento de alta variabilidade e por se tratar de uma previsão a curto prazo, a entrada com séries
temporais muito longas acabaram prejudicando o resultado previsão, sendo ideal para este caso
em especı́fico, séries temporais de no máximo 4 tempos anteriores ao valor que se deseja prever.
A inclusão de novos dados e a previsão em menor escala se destacam como melhorias
futuras que podem ser incorporadas neste trabalho. Além para utilização do modelo em outras
regiões, é necessário que seja realizado um treinamento com o dados referentes a elas, uma vez
que o Brasil possui caracterı́sticas e padrões meteorológicos distintos entre suas regiões.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Williams Earle R. The electrification of severe storms // Severe Convective Storms. 2001.
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Abstract. Severe storms and related events are characterized by their high destructive power.
Lightning strikes associated with severe storms are responsible for causing several socio eco-
nomic problems. Human fatalities caused by these phenomena are among the main motivations
for studying them. In addition, other indirect effects may be caused by these events, for exam-
ple: the degradation of buildings or interruptions in energy transmission and communication
services. This paper presents a model for short-term prediction of the density of lightning in
southern Brazil using the recurrent neural network Long Short-Term Memory. The data comes
from the ABI and GLM instruments, which are on board the geostationary satellite GOES-16.
Severe weather events that took place between August 14 and 15, 2020, which triggered the
formation of tornadoes that affected some cities in the brazilian state of Santa Catarina, are
presented as a case study. Finally, the model evaluations are presented in detail and the results
obtained are discussed.
Keywords: Recurrent Neural Network, Long Short-Term Memory, Severe Storms, Lightnings
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1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas o interesse mundial voltou-se para fibras vegetais muito utilizadas
antes da 2ª Guerra Mundial e deixado de lado devido à ascensão das fibras sintéticas. Fibras
de origem vegetal são também chamadas de fibras naturais lignocelulósicas (FNL), devido a
sua composição química, contendo celulose, hemicelulose e lignina. Atualmente muitos
estudos têm sido realizados objetivando utilizar as FNL na construção civil, indústria
automobilística, aeronáutica e blindagens balísticas em substituição às fibras sintéticas.
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Visando obter peças mais leves e de custo reduzido. Isto deve-se à tendência mundial pela
procura de recursos renováveis e de baixo custo.
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Observando-se a representação de uma gota de líquido sobre uma superfície sólida, tem-
se que com θ=0° há uma tendência espontânea de espalhamento do líquido sobre a superfície
em que é exposto; θ=90° é considerado ângulo de contato limite para espalhamento do líquido
sobre a superfície em que é exposto; e θ=180° não há tendência ao contato entre as superfícies
de ambos.
O ângulo de molhabilidade dá uma noção da molhabilidade entre uma superfície sólida e
um líquido, indicando os parâmetro superficiais para a medida, visto que a tendência do
líquido de espalhar-se sobre uma superfície sólida é inversamente proporcional à θ, o ângulo
de contato é uma medida inversa de molhabilidade. Os parâmetros de molhabilidade, por sua
vez, podem ser correlacionados com a energia de adesão do trabalho deadesão (WA),
representado pela Equação 2 de Young-Dupré.
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Figura 1. (a) Valores dos trabalho de pullout e ângulos de contato entre a resina epóxi e as
fibras de sisal sem e com tratamentos químicos, (b) micrografias de gota de resina epóxi sobre
a fibra de sisal sem e com tratamento químico (aumento de 40x).
O aumento da concentração de NaOH no tratamento químico o trabalho de pullout
experimental aumentou, até aproximar-se do valor teórico (97,7) para a fibra tratada com
NaOH 5%. Esse comportamento deve-se ao aumento da resistência interfacial fibra/matriz, ou
seja, o tratamento químico provocou uma melhor adesão na interface fibra/matriz, com a
interface mais forte foi necessário aplicar uma tensão mais alta para extrair as fibras da
matrize, portanto, observou-se um aumento no trabalho de pullout experimental. O trabalho
de pullout das fibras sem tratamento químico foi 30% menor que o trabalho teórico,
demosntrando uma adesão pobre ma interface fibra/matriz. O teste de pullout realizado com a
fibra tratada com NaOH 5% obteve o trabalho experimental mais próximo do teórico,
confirmando que o tratamento químico realizado na fibra promoveu aumento na resistência ao
cisalhamento na interface fibra/matriz.
Silva et al (2017) apresentaram resultados do tratamento de por imersão em solução
aquosa de hidróxido de sódio (NaOH) em concentração de 4% (m/m) durante 1 h e lavadas
até pH neutro, como também pela imersão por 1 h em solução aquosa contendo 5% (m/m) de
cada um dos silanos investigados, 3-aminopropiltrimetoxisilano (AMPTS), trietoximetilsilano
(TEMS) e viniltriclorosilano (VTCS). As características da interface das fibras com resina
poliéster foram investigadas em termos de molhabilidade e adesão, por meio de medidas do
ângulo de contato e ensaio de pull-out, respectivamente. A diminuição do ângulo de contato
promovida pelo tratamento AMPTS é consequência de uma maior molhabilidade da fibra pela
resina poliéster. Isto pode ser explicado pela redução do caráter polar promovido pelo silano
na superfície da fibra, assim aumentando a afinidade com a resina hidrofóbica, facilitando seu
espalhamento. Aparentemente, o AMPTS se sobressai ao TEMS por conter grupo
organofuncional amino, com possibilidade de ligação tanto com a resina poliéster quanto com
os grupos hidroxila presentes nas fibras.
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Figura 4. Perfil de ângulo de contato dos filmes de amido termoplástico obtidos por
vazamento, e tratados por plasma de SF6 em diferentes tensões de autopolarização: (a) -80, (b)
-100, (c) -150 V, e (d) perfil do ângulo de contato dos compósitos A (0% FB), B (1%FB) e C
(10%FB) obtidos por extrusão antes e após tratamento por plasma de SF6.
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Como pode ser observado pela Figura 3, pela cinética de molhabilidade, o ângulo de
contato é mais estável utilizando uma tensão de autopolarização de -100 V. Os filmes de
amido que apresentavam ângulo incial de 35°com a água, tornaram—se hidrofóbicos após o
tratamento por plasma. Além disso, a interface água-amostra é muito mais estável, uma vez
que o ângulo de contato diminui menos de 20% após 600 s de contato da gota d’água com a
superfície dos filmes. Após 1 ano de estocagem os filmes permaneceram hidrofóbicos. O
compósito A, amido termoplástico, que originalmente apresentou ângulo de contato de 25°
com água, obteve aumento após a adição de 10% de fibra de bananeira para 35°, mas a
superfície ainda continuou hidrofílica. Esta diferença é função do diferente teor de água e
também da rugosidade da superfície. A rede tridimensional formada pelas ligações de
hidrogênio após a adição da fibra de bananeira tornou o compósito menos suscetível à água
(θCompósitoA< θCompósitoB< θCompósitoC).
2. MATERIAIS E MÉTODOS
A molhabilidade das fibras de tucum foi inferida a partir de medidas de ângulo de contato
gerado por uma gota líquida de água em um monofilamento. Fotografia das gotas foram
obtidas e analisadas através do software Image J a fim de se obter os valores referentes à
altura máxima da gota (Rg) comprimento da gota (Cg)e raio da fibra (rf), a serem utilizados
para o cálculo do ângulo de contato através do método da geometria de gotas em filamentos
cilíndricos.
Figura 5. Parâmetros geométricos medidos de uma gota d’água em uma fibra de tucum.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 6. (a) Valores obtidos para o ângulo de contato, tensão interfacial e (b) perfil típico das
gotas d’água na fibra de tucum
A média obtida para o ângulo de contato foi 101,66 ± 5,43 e a tensão de molhabilidade de
14,70 ± 6,70. Os valores de ângulo de contato estão distantes aos verificados na literatura para
outras fibras vegetais. Sirvaitiene et al. (2013) reportaram valores de aproximadamente 23°
para fibras de algodão e 30° para linho, após tratamento dom 5% NaOH por 24h, os ângulos
de contato com a resina poliéster foram de cerca de 16° e 30° respectivamente. Para
sisal/epóxi, Sila e Al-qureshi (1999) obtiveram ângulo de contato em torno de 47° para fibras
sem tratamento e de 34° para fibras tratadas com 5% NaOH por 1h a 100°C.
4. CONCLUSIONS
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polar das fibras foi efetivamente reduzido. Após o tratamento, houve aumento do
valor médio de tensão interfacial de cisalhamento, cerca de 2,5 vezes em relação
às fibras sem tratamento. A compatibilidade e adesão entre as fibras de curauá e a
matriz polimérica de poliéster foi comprovadamente melhorada.
A aplicação de tratamento térmico sobre fibras naturais faz com que os ângulos de
contato aumentem em relação à temperatura ambiente. Esse fato é explicado pelo
aumento da hidrofobicidade da fibra natural com o aumento da temperatura.
Exposição à temperaturas altas não são adequadas pois causam empenamentos e
rachaduras na superfície da fibra naural, além da diminuição da qualidade das
suas propriedades físicas.
Após tratamento com plasma SF6 a superfície tende a tornar-se super-hidrofóbica.
A interface do filme e a gota d’água se apresentou estabilizada, possivelmente
devido à associação de diferentes fatores, tais como, estrutura da superfície,
incorporação de flúor e reticulação da superfície.
O artigo em questão traz resultados prévios de ângulo de contato na fibra de
tucum. Há a continuação do levantamento de dados quanto a caracterização da
interface da fibra com diversas matrizes poliméricas e tratamentos superficiais.
Acknowledgements
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APPENDIX A
Abstract. A method for verifying the surface wettability is through the observation of the lotus
effect, in which the roughness in micro and nanometric scales are responsible for its
hydrophilicity. This work aims to study the ability of natural fiber surfaces to absorb or repel
water. For this, a contact angle measurement technique based on the Young-Laplace theory
was used. As a result, the contact angle and the interface tension in the natural fibers were
measured. Finally, images of the drop are presented according to the type of surface and a
statistical analysis indicating the average value for the contact angle. A brief review of
contact angle in natural fibers was carried out. Finally, the images of the fall are presented
according to the type of surface and a statistical analysis indicating the average value of the
contact angle. An average for the contact angle of 101.66 ± 5.43 and the wettability tension of
14.70 ± 6.70 was obtained.
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Resumo. A busca por novas fibras para aplicação em engenharia está aumentando
progressivamente para garantir a preservação ambiental e o aumento de desenvolvimento
econômico, principalmente das populações ribeirinhas da região Norte e Nordeste do Brasil.
A fibra de caranã (Mauritiella Armata), extraída do caule de uma palmeira sulamericana,
surge nesse cenário como um novo recurso a ser estudado para futuras aplicações uma vez
que não há indícios na literatura sobre o seu estudo. Diferentes intervalos de diâmetros da
fibra de caranã foram investigados para descobrir como a relação entre eles influencia as
propriedades mecânicas de tração. Pela primeira vez na literatura essas informações foram
estudadas segundo a norma ASTM D2101, aplicando a análise estátistica de Weibull que
determinou as características e tendências de confiabilidade do ensaio de tração dessa fibra
natural lignocelulósica (FNL). Os resultados indicaram que as médias de resistência a tração
das fibras de caranã são estatisticamente iguais a um nível de 5% de significância.
1. INTRODUÇÃO
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A Caranã é uma planta do tipo palmeira (Henderson, 1997) e suas fibras possuem uma
baixa densidade, aproximadamente 0,66 g/cm3. No estirpe do caranãzeiro aparecem espinhos
rígidos que medem de 2 (dois) a 3 (três) cm e são bem agressivos. As folhas da palmeira são
muito utilizadas como cobertura de casas e em artesanatos. Além disso, o fruto pode ser
transformado em doce, suco ou após a sua fermentação em vinho (Smith, 2014).
Encontrada nas regiões Centro Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste do Brasil é um
recurso natural também visto em regiões tropicais e temperadas como Bolívia, Colômbia,
Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela (Funk et al., 2007).
Até onde se sabe, os poucos artigos científicos disponíveis nesta palmeira estão
restritos à caracterização botânica (Funk et al., 2007), (Henderson, 1997). Assim o presente
trabalho investiga as propriedades mecânicas relativa a tração da Caranã e sua resistência em
relação aos seus diâmetros.
Figura 1- (a) Morfologia de uma fibra fina de Caranã aumento de 200x (b) Morfologia da
fibra de Caranã aumento de 1200x
2. MATERIAIS E MÉTODOS
A tensão máxima em tração de uma fibra é uma propriedade importante que influencia
de modo direto no reforço efetivo das fibras em relação à matriz. Utilizando a norma ASTM
D2101, as fibras foram submetidas ao ensaio de tração para os seus diferentes diâmetros. Os
ensaios foram realizados em uma máquina universal Instron modelo 3365 e com velocidade
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2.2 Weibull
Onde β é o coeficiente angular e −[βln(θ)] o coeficiente linear que compõe uma reta.
Utilizando o programa Weibull Analysis os parâmetros analisados foram colocados em ordem
crescente e obtidos com relativa facilidade. A distribuição de Weibull foi utilizada para
análise de tração das fibras de Caranã.
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3. RESULTADOS
Table 1- Resultados para o ensaio de tração das fibras de caranã mais seus parâmetros
de Weibull.
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Table 2- Resultados de ANOVA para comparação de médias para o ensaio de tração das
fibras de caranã.
C 51258,6625
Causas de variação GL SQ QM Fcalc Fcrítico
Tratamentos 5 1934,99 387,00 1,25 2,53
Resíduo 30 9255,59 308,52
Total 35 11190,58 -
De acordo com a Tabela 2, uma vez que Fcalc foi menor que Fcrítico (tabulado), a hipótese
de que as médias são iguais foi aceita (com nível de significância de 5%). Portanto, foi
confirmado que não houve diferença entre a resistência a tração dos diferentes diâmetros da
fibra de Caranã.
Gráficos de confiabilidade Weibull são apresentados na Figura 4. Para cada um dos
intervalos de diâmetros observa-se uma reta unimodal, semelhante aos resultados encontrados
na literatura (Monteiro et al., 2009); (Reis et al., 2020); (Monteiro et al., 2017) que ajusta
todos os pontos.
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4. CONCLUSÕES
Agradecimentos
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of fiber morphology on the tensile strength of natural fibers. Journal of Materials Research and Technology,
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APPENDIX A
Abstract. The search for new fibers for application in engineering is progressively
increasing to guarantee environmental preservation and an increase in economic development,
especially among riverside populations in the North and Northeast regions of Brazil. Caranan
fiber (Mauritiella Armata), extracted from the stem of a South American palm tree, appears in
this scenario as a new resource to be studied for future applications since there is no evidence
in the literature about its study. Different ranges of diameters of the caranan fiber were
investigated to discover how the relationship between them influences the mechanical
properties of traction. For the first time in the literature, this information was studied
according to the ASTM D2101 standard, applying Weibull's static analysis that determined
the characteristics and reliability trends of the tensile test of this natural lignocellulosic fiber
(FNL). The results indicated that the average tensile strength of the caranã fibers are
statistically equal to a 5% level of significance.
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1. INTRODUCTION
X-ray fluorescence (XRF) is a well known and established analytical technique, widely
used in the most diverse fields of science and industry (Guerra, 2000; Ridolfi, 2019). In
conservation and heritage sciences its use can be traced back to the late 60’s (Keene Congdon,
1967), being now routinely employed. During the last decade, XRF technique started being
used in a scanning fashion, gathering data representing large surfaces instead of a handful
of spots (Dik, 2008). It first started in synchrotron facilities around 2008 and, thanks to the
advancements and miniaturization of robotics and electronics, it is now possible to perform MA-
XRF scanning analyses in-situ with mobile or portable home-made instrumentation (Ravaud,
2016; Cesareo, 2018; Campos, 2019).
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This transition entailed the need for new data analysis methods and algorithms. The amount
of data collected through scanning is significantly larger than that obtained with traditional
spot analysis. While for the latter it is possible to evaluate each obtained spectrum manually
and individually, for the former this approach is impossible. Few software and routines were
developed in time to tackle this issue. However, only few are available as software possessing
a distribution package. Currently the default (and only) open-source software used is PyMca
(Sole, 2007). It was developed in 2007 and updated ever since. However, it was not conceived
initially as an ad hoc tool for MA-XRF, and, using it exclusively for this purpose may be a
bit confusing or counter-intuitive at first. Another program used for MA-XRF data processing
is Datamuncher (Alfeld, 2015), built on top of WinAxil routines and running on IDL virtual
machines. It lacks a distribution package and therefore can be difficult to run, especially if the
user has no knowledge or practice with virtual machines.
In this scope, a new and ad hoc software for MA-XRF data processing was developed
(named XISMuS), including different data evaluation routines for a fast, balanced or precise
calculation of elemental maps, all automated. The software provides image manipulation tools
and a data stitching module to merge different datasets together. The latter being extremely
useful when analysing large samples that need to be sub-divided into several parts. Moreover,
the software automatically builds a local sample database, updated through usage, providing a
fast way to change between datasets to load, compare and cross-normalize outputs.
The software implementation and few results are presented and discussed.
2. IMPLEMENTATION
As a MA-XRF analysis software, the routines required for evaluating the data are mostly
based on the extrapolation of firmly established methods for XRF data analysis. These comprise
peak deconvolution, energy calibration (through linear or polynomial regression), peak fitting,
and continuum estimation, to cite a few. The main difference lies in the automatic application of
this series of methods to several spectra at once. This process can be extremely time consuming
depending on the dataset size, and, keeping that in mind, three methods were developed to
calculate the elements’ peaks net area, creating 2D images of the element’s spatial distribution.
Each method has an application, for a fast (first-approach), balanced or precise analysis. They
are labelled in the software as simple roi, auto roi, and auto wizard, respectively.
Currently the software supports *.mca and *.txt spectra files. The batch of spectra,
representing one sample (dataset), is loaded either by the user or automatically by the software
when it detects a dataset in an user-defined subfolder. The dataset is packed into a *.cube
file, containing all the necessary information to finally extract the elemental maps. The file-
reading process can become a bottleneck for large datasets readout, significantly increasing the
computing time. Because of that, the reading process is split into several threads, speeding up
the operation. Following the file-reading process, necessary information is calculated. This
information comprises derived spectra, calibration, global image, spectra matrix and continuum
matrix. The latter can be calculated using the Statistical Non-Linear Iterative Peak Clipping
(SNIPBG) or orthogonal polynomial methods (Van Grieken, 2002), chosen by the user.
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The element’s peaks usually follow a Gaussian distribution, deviations from this profile
are observed when a high number of photons are detected (roughly 107 ) in the peak, or when
fitting K-lines of high Z atoms, such as barium (Van Grieken, 2002). Therefore, in a MA-
XRF perspective, one can set a region of interest (ROI) equal to the peak’s full-width at half-
maximum (FWHM) centred at the peak’s centre.
By ”slicing” both the spectra and continuum matrices synthetically packed in the *.cube
file, in the ROI range, it is possible to obtain a 2D representation of that ROI. Traditionally, this
range is set manually by the user, where he/she gives the start and end indexes. This option
is available in the software, but, to automate the process, the user can simply select chemical
elements from a periodic table and the software will take care of finding those elements’ ROI.
In simple roi method, each polled element is assigned two energy values, Kα and Kβ (or
Lα and Lβ depending on Z). These values are tabulated and the software extracts them from
either xraylib (Brunetti, 2004) (if available in the host machine) or from its internal database.
Next, the energy values distance from the observed corresponding peaks in the summation
spectrum is verified. If needed, the peak centre index is updated and the ROI finally set. The
peak’s FWHM is calculated based on the following relation: F W HM = 2.3548 · σ, where
the standard deviation σ can be defined as a function of the peak energy (in eV), the electronic
noise contribution to the peak’s width, silicon’s fano factor and the energy required to produce
an electron-hole pair in silicon (Sole, 2007; Van Grieken, 2002):
s 2
N OISE
σ(Eline ) = + (wSi ∗ F AN O ∗ Eline ) (1)
2.3548
In auto roi method, the difference is that the peak’s centre is verified in each and every
spectrum instead of the summation derived spectrum. This approach results in several identified
ROI’s, one for each pixel-spectrum. With this method it is possible to extract information from
elements that are only present in small portions of the sample and consequently suppressed
in the summation spectrum. The existence of a peak is assessed with signal-to-noise ratio
(SNR) criteria and second differential curve. Each pixel-spectrum is smoothed with a 3rd order
Savitzky-Golay filter to enhance peak detection. If a peak is detected, it’s net area is calculated
over the non-smoothed (raw) data.
Finally, when using auto wizard method, the net peak areas are calculated through a
Gaussian curve fitting. The software initially runs a peak detection algorithm to identify which
elements are present in the dataset. This algorithm will first smooth the spectra matrix and
then recalculate the continuum matrix. An auxiliary summation spectrum and corresponding
continuum are calculated, where each added spectrum has its values below 1 clipped to 1. In this
way, noise from individual pixel-spectrum is overlooked, thus avoiding the mis-identification of
peaks. Next, the recalculated summation spectrum is convoluted and its convolution variance,
together with its continuum, are used as a criteria to select which peaks will be fitted.
Following, the list of selected and identified peaks is re-checked with simple roi’s algorithm
for peak centring. The user is prompted to add more elements to the fitting pool (if needed) and
then start the operation, calculating the peaks net area by fitting the following equation for each
pixel-spectrum:
"peaks nchan !#
X X Ap ∗ gain (E(i) − Ep )2
f (peaks) = √ · exp − + continuum (2)
p i
2πσp 2σp 2
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Where E(i) is a function that correlates each channel to an energy value, peaks is an
array containing the energies of the matched peaks in electronvolts, and Ap , Ep , and σp are
the amplitude, energy, and standard deviation of peak p, respectively.
Fitting is performed using scipy’s curve fitting routine. Fitting independent peaks allows
the deconvolution of overlapping ones, not possible with the two previously described methods.
Obviously, this large advantage comes with a drawback in computing time. To speed up the
operation, fitting is performed in as many available cores possible (when multicore option
is enabled by the user), splitting the data into several chunks and launching the processes
sequentially. Fano and noise factors are globally fitted during the dataset first compilation,
further speeding the fitting process, as less variables have to be fitted in each pixel-spectrum.
The processes progress is monitored using a lock and killed if data is left hanging.
Datasets can be stitched together using a dedicated module called Mosaic. This module
lists all *.cube files already compiled by the user and gives the possibility to add any number
of datasets to a canvas. The canvas size is set when starting the module. The datasets are
represented by either the sum-map or any elemental map previously calculated. In the canvas,
the user can rotate and drag the datasets around, positioning them accordingly.
Canvases states can be saved and loaded, a feature useful when analysing data in-situ, where
datasets are acquired sequentially and the image is assembled during the scanning campaign.
This option allows the user to load the previous canvas state with n datasets and easily add the
newly acquired n+1 dataset, visualizing the current overall progress of the scanning campaign.
Figure 1 shows a schematic representation of how the Mosaic module works. The canvas
image is refreshed every time the user performs an action (rotate, drag, move layer). The image
is drawn by reading each pixel and checking its priority, given by the layer position. To avoid
redrawing the whole image when dragging, only the modified part is refreshed (refreshed area
in Fig. 1). Then, when compiling the datasets loaded on canvas into one new *.cube file, the
render area will exclude the borders where no data is present.
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The rendering process can be performed creating or not a scaling mask, according to user
input. In short, the scaling mask is used to correct issues (as discontinuities in the final images)
created from the difference in signal intensity from the different datasets loaded on canvas.
There are three algorithms available: (a) one that averages the datasets as blocks, by assigning
each dataset a scaling factor, (b) one that automatically matches every dataset histogram (based
on the sum map) to the largest dataset histogram, and one last method (c) that applies a variant
of the contrast stretching filter used in image processing, enhancing the contrast in darker areas.
Lastly, the user can manually adjust each dataset histogram if none of the above algorithms suits
his/her needs or do not perform well.
3. SOFTWARE OUTPUTS
To demonstrate few of the software capabilities, two artificially corroded copper coupons
were scanned with a portable MA-XRF acquisition system developed in-house. The system
comprises an x-y scanning stage and a detachable head. The latter supports the X-ray tube and
detector(s), chosen according to need. The system is built in a modular fashion, allowing a
quick exchange of parts, including the scanning stage, if larger samples are to be analysed.
For the data acquisition process, the tube operated with a voltage of 35 kV and a current
of 17 µA. The step resolution used was of 1 mm and the dwell-time set to 5 seconds. This
resulted in a total scanned area of 43 × 13 mm2 acquired in approximately 54 minutes, each
sample. These samples were thoroughly analysed and interpreted elsewhere (Barcellos Lins,
2019). Here, they are used with the sole purpose of giving the reader a general overview of
the software outputs and capabilities. Furthermore, the system and software have been tested
with real archaeological bronze samples (Barcellos Lins, 2020), gilded and painted leathers
and other materials.
The datasets were then loaded into the software and compiled each into a *.cube file.
Following, they were loaded into a Mosaic canvas and merged together by using the counts per
pixel scaling algorithm. Elemental distribution maps were extracted with auto wizard method
using the default configuration values. Elemental maps for sulphur and iron are shown in the
analysis screen in Figure 2.
In Figure 3, some other functionalities of the software can be seen. The proposed software
can apply a series of routines to the obtained outputs, as image addition and subtraction (Fig.
3a), application of imaging filters (Fig. 2), sub-ROI analysis and correlation plots (Fig. 3b).
The latter takes into consideration any filters and sub-ROI applied, therefore being useful to
verify possible correlations between specific regions in the image. For the sub-ROI, the derived
summation spectrum representing the selected area is displayed in live-time and can be saved
separately for further investigation. Image addition/subtraction takes into consideration any
filters previously applied.
To test the software outputs reliability, the first sample’s datacube (dataset 1 - Fig. 2) was
analysed with the default software for MA-XRF analysis. There, the dataset was configured
and then fitted with the fast XRF stack fitting tool. Results were nearly identical except for the
iron elemental distribution map, shown in Figure 4, where a slightly higher contrast image was
obtained with the default software. Sulphur signal is found to be very low, almost suppressed
in the summation spectrum. However, both software managed to fit the low-signal peak and
extract consistent images.
The information provided by the software could give insight on the sulphur-based corrosion
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Figure 2- Image analyzer screenshot from the software GUI. Elemental distribution maps obtained from
the rendered datacube of sulphur and iron Kα lines are shown (left and right, respectively).
Figure 3- Image subtraction output between Cu-Kα and S-Kα from the rendered datacube (a) and
correlation plot example from the central portion of dataset one for Cu-Kα and Fe-Kα (b).
Figure 4- Comparison between PyMca and XISMuS outputs for sulphur and iron Kα lines from dataset
one.
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products spatial distribution, even though the sulphur concentration in the sample’s surface, as
a result of the artificial corrosion process is considerably low (± 2% wt.). Datacube merging,
by using the Mosaic module was useful solely for a more direct comparison and visualization
of both datasets together. It’s full power is only highlighted when dealing with large samples
which have been sub-divided into two or more sub-datasets. Furthermore, the correlation plot
shown in Fig. 3b suggests that there is no correlation between iron and copper in this case,
being iron rather a contamination. This is somewhat plausible, as the samples are 99.96% pure.
4. CONCLUSIONS
Acknowledgements
This project has received funding from the European Union’s Horizon 2020 research and
innovation programme under the Marie Skłodowska-Curie grant agreement No. 766311. The
authors would like to thank Prof. Dr. Sabrina Grassini and Dr. Elisabetta Di Francia for
kindly providing the datasets used to demonstrate the software functionalities. Furthermore,
the authors also acknowledge Prof. Dr. Roberto Cesareo, Prof. Dr. Antonio Brunetti and Dr.
Stefano Ridolfi for the fruitful discussions, suggestions and comments during the development
of this software.
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1. INTRODUÇÃO
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
Todas as fibras de caranã “in natura” utilizadas neste trabalho foram doadas pela
Universidade Federal do Pará (UFPA). As fibras de Caranã que estavam na forma de gravetos
foram limpas, desfibriladas, cortadas num comprimento de 150mm e secas em estufa a 70°C
por 24h. Para visualização da morfologia da fibra foi utilizado um MEV modelo Quanta FEG
250, da FEI localizado no IME. A distância de trabalho utilizada foi de 10mm, potência de
15kV e um spot de 4,5.
2.1 Diâmetro
Este trabalho empregou o método baseado na projeção de luz para medir o diâmetro
das fibras. O equipamento utilizado foi um microscópio óptico, modelo BX53M da marca
OLYMPUS, com amplitude de 5x em modo de campo escuro. Os diâmetros foram obtidos em
micrômetros (m). O grupo amostral foi de um total de 100 (cem) fibras onde cada uma delas
foi medida, ao longo do seu comprimento, 15 (quinze) vezes a 0° e 90° (Figura 1). A fibra foi
medida num ângulo de 0° por e seus valores de diâmetro foram anotados, para fazer uma
média mais real a fibra foi girada 90° e novamente foi anotado os valores obtidos.
A partir desses resultados foram realizadas médias das dimensões e calculada a média
do diâmetro de cada fibra. Com as médias obtidas foi possível separar as fibras em dez classes
de acordo com a sua distribuição de frequência e plotar um histograma.
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Vm = (π * d2/4) * l (1)
ρ = m/V (2)
ρf = ρm – Vmρm/ Vf (3)
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3. RESULTADOS
Para possibilitar maiores valores de resistência é necessário que haja uma boa aderência
da fibra a matriz polimérica. Atendendo a esse conceito (Souza et al., 2020) apresentaram o
comprimento crítico (lc) da caranã (8,40mm ± 0,55 que deve ser excedido para que a fibra
seja rompida sem escorregar da matriz. Considerando valores do comprimento da fibra (L)
abaixo do crítico, espera-se a falha da interface com o descolamento da fibra.
Imagens de MEV da seção transversal da fibra de caranã são mostradas na Figura 2.
Pode-se ver que ela apresenta estruturas semelhantes às de outras FNLs (Monteiro et al.,
2011), (Hamad et al., 2017) com um lúmen no centro, cercado por várias paredes formadas
por fibrilas de celulose semi-cristalina incorporada em uma matriz de hemicelulose e lignina.
A estrutura tem uma forma de lúmen interno quase circular. Além disso, espera-se uma baixa
densidade, em comparação com outras fibras (Reis et al., 2020),(Luz et al., 2018), (Monteiro
et al., 2014) isso pode ser parcialmente explicado devido à grande quantidade de lúmen e a
estrutura fina da parede celular.
a b
Figura 2- Morfologia da fibra de caranã (a) fibra fina (100x) (b) seção transversal
(200x).
3.1 Diâmetro
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A frequência média das dimensões das seções transversais para as fibras investigadas,
Figura 3, revela uma distribuição quase normal no intervalo de 0,3 a 1,2 μm com 0,79 μm
como a média do diâmetro equivalente. É importante ressaltar que todo o trabalho de
desfibrilação da fibra de caranã é manual, sendo assim, provavelmente há uma influência do
operador para retirada das fibras do pecíolo.
As 10 (dez) classes de diâmetros obtidas para a fibra seguem na Tabela 1. Observa-se que
as classes 4, 5, 6 e 7 possuem uma maior frequência relativa enquanto que as classes 1 e 10
possuem menor quantidade em relação às demais.
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Como já relatado na literatura por (Monteiro et al., 2017),(Netto et al., 2016), a baixa
porcentagem de fibras no intervalo 1 pode originar-se do fato de ser mais difícil conseguir
fibras finas e longas que não se rompam ao serem desfiadas manualmente. Em relação ao
intervalo 10 admite-se que fibras com maiores diâmetros possuem maior quantidade de
defeitos.
3.2 Densidade
Calculando-se a média das densidades e o desvio padrão tem-se uma densidade média
de 0,658 g/cm3 com um desvio padrão de ± 0,097 g/cm3. A Tabela 2 apresenta os valores dos
parâmetros Weibull (β e R2), bem como seus diâmetros característicos θ obtidos através do
software Weibull Analysis. Os valores de R2 indicam que todos os resultados obtidos são
estatisticamente confiáveis ≥ 0,8104. Aqui, é importante notar que o valor relativamente baixo
do módulo de Weibull β (fator de forma) é devido às características heterogêneas relacionadas
ao processo biológico de formação de qualquer FNL (Wang e Shao, 2014) como caranã no
presente trabalho.
Segundo Güven et al. (2016), o alto teor de celulose influencia diretamente nas
propriedades mecânicas das fibras uma vez que é o único constituinte a se cristalizar.
Utilizando o método descrito por SEGAL et al. (1959), Eq (4), obteve-se o índice de
cristalinidade a partir da área máxima dos picos relacionados aos planos cristalinos (101) e
(002), os quais estão associados às fases amorfa e cristalina das fibras respectivamente. Ao
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observar a Figura 4 os resultados indicam uma alta cristalinidade para as fibras de caranã com
um valor de Ic = 70,09%.
A Figura 5 mostra o FTIR da fibra de Caranã. As duas áreas mais importantes para o
exame preliminar dos espectros são as regiões de 4.000 a 1.300cm -1 e de 900 a 650 cm-1 onde
a região de mais alta frequência é chamada de região dos grupos funcionais.
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4. CONCLUSÕES
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APPENDIX A
Abstract. Due to growing concerns about the environment and the depletion of fossil
resources, the search for materials from renewable sources in engineering applications has
been discussed for some time. In this context, the use of natural fibers as reinforcement in
polymers is a viable alternative on the sustainability tripod (balance in the environmental,
social and economic scope) since they can generate final products with lower cost, less
density, good mechanical properties and with an environmental appeal. With this scenario,
the South American palm tree (Mauritiella Armata), unknown to the literature in terms of
engineering, had its fibers investigated from this work. These natural lignocellulosic fibers
(FNLs) were subjected to infrared spectroscopy by Fourier transform (FTIR), x-ray
diffraction (XRD), density and diametrical analysis. The results obtained show the great
potential of caranan as a possible reinforcement in composite materials.
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1. INTRODUÇÃO
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Figura 1. Resistência à tração através da estatística de Weibull sendo (a) sisal, (b) rami, (c)
curauá, (d) juta, (e) bambu, (f) coco, (g) piaçava e (h) buriti. Adpatado de Monteiro et al.
(2011).
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Estas relações presentes em todos os trabalhos mostram que diâmetro mais finos
apresentam uma resistência relativamente alta. O ponto de maior destaque na Figura 1 são os
menores intervalos de diâmetro do rami, curauá e piaçava que atingiram valores de resistência
a tração acima de 1000 MPa. Neste cenário é necessário a sociedade cientifica e tecnológica
obter conhecimento sobre a fibra de tucum e apontar possíveis aplicações.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
As fibras de tucum foram obtidas no mercado local do estado do Amazonas, Brasil. Cada
fibra tem aproximadamente 1 metro de comprimento com uma espessura não uniforme ao
longo de seu comprimento. Para determinar o diâmetro médio da fibra, 100 fibras aleatórias
foram separadas para uma análise estatística, que mediu as dimensões da seção transversal da
fibra, bem como seu comprimento e massa. Cinco posições diferentes e dois ângulos
diferentes (0° e 90°) foram investigados em um microscópio modelo Olympus BX53M.
Foram utilizados na preparação dos corpos de prova papel 90 g/m2 e fita crepe. A preparação
do corpo de prova foi feita conforme a norma ASTM C1557, como ilustra a Figura 2.
Figura 2. Montagem do corpo de prova: (a) molde de papel para fixação das fibras; (b)
preparação do corpo de prova para o ensaio e (c) detalhe do corte do papel antes do ensaio.
Os ensaios de tração foram realizados em um equipamento universal Instron do
Laboratório de Ensaios Não Destrutivos, Corrosão e Soldagem (LNDC) da COPPE/UFRJ,
modelo 3365, com célula de carga de 25kN. A velocidade de ensaio utilizada nos corpos de
prova foi de 1 mm/min. A aplicação da distribuição de Weibull na resistência à tração de
fibras é descrita por diversos autores (Defoirdt et al, 2010; Silva et al, 2008; Tripathy et al,
2000). O módulo de Weibull é uma medida de variabilidade na resistência e módulo elástico
das fibras. A análise de Weibull é dada pela Função Densidade de Probabilidade f(x),
conforme Equação 1.
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Rx = 1- Ff (x) (3)
Y= mX + c (5)
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Através do ensaio de tração realizado nas fibras de tucum pode-se obter o módulo de
elasticidade para cada fibra. Os valores de módulo de elasticidade foram analisados através da
estatística de Weibull, para todas as faixas de diâmetro, Figura 3, assim como os parâmetros
de módulo de Weibull (β), parâmetro de escala (θ) e parâmetro de ajuste (R²).
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A Figura 5 mostra os dados estatísticos gerados pela análise de Weibull referentes aos
valores de tensão de tração característica e média.
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Acknowledgements
REFERENCES
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Fbers and Interfacial Strength with an Epoxy Resin”, Journal of Applied Polymer Science, v. 75, pp. 1585–
1596.
APPENDIX A
Abstract. The use of plant resources for the production of materials is a renewable,
biodegradable and low-cost alternative. Vegetable fibers are not abrasive to equipment and
generate cheaper composites, with lower density and greater toughness. During the
conventional molding process, fibers undergo many mechanical efforts and thermochemical
attacks, requiring the study of their physical, chemical and mechanical properties. Among the
great variety of existing vegetable fibers, tucum fiber was chosen to be characterized in this
work. The choice of this fiber considered the regional economic development, and the small
number of studies of the fiber. Thus, in order to characterize the mechanical properties of the
tucum fiber, its tensile properties were investigated. The results achieved with the tucum fiber
were also compared with other lignocellulosic fibers. With a diameter between 0.64 to 0.12,
an increase in the value of the modulus of elasticity was obtained from 1.90 to 26.9 GPa, an
increase of 14 times. And for the tensile strength of the fibers, an increase of 16 times was
obtained, from 34.07 to 549.75 MPa.
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Resumo. A sociedade atual demanda cada vez mais por materiais que apresentem soluções
para as questões de sustentabilidade e preservação do ambiente. Dessa forma, os materiais
naturais surgem como potenciais candidatos para o desenvolvimento de compósitos
sustentáveis. Este trabalho se propôs a analisar a estabilidade térmicas de compósitos de
resina epóxi reforçada com escamas de pirarucu. Os compósitos foram preparados utilizando
30%v/v de escamas de pirarucu e foram analisados através de análises dinâmico-mecânicas
(DMA), termogravimétricas (TGA) e calorimetria diferencial de varredura (DSC). Os
resultados de DMA e TGA demonstraram uma melhora nas propriedades térmicas dos
compósitos em relação à resina pura, enquanto os resultados de DSC demonstraram que a
utilização das escamas como reforço não prejudicou a estabilidade térmica da resina.
1. INTRODUÇÃO
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piscicultura tem sido crescentemente explorado nos últimos anos (Imbiriba, 2001; de Oliveira
et al., 2012). Suas escamas alcançam até 10 cm de comprimento e são capazes de oferecer
proteção contra outros peixes carnívoros, como as piranhas, que habitam as mesmas regiões
(Yang et al., 2014; Meyers et al., 2012; Lin et al., 2011). Essas peças protetoras apresentam
uma estrutura complexa em camadas que, por sua vez, são formadas por lamelas de fibras de
colágeno reforçadas com nanocristais de hidroxiapatita (Yang et al., 2014; Yang et al., 2019;
Liu et al., 2019; Meyers et al., 2012). Essa estrutura é também conhecida como estrutura de
Bouligand e apresenta um gradiente de mineralização das fibras de colágeno ao longo de sua
espessura (Yang et al., 2014; Yang et al., 2019; Liu et al., 2019; Meyers et al., 2012; Lin et al.,
2011).
Vários trabalhos têm sido dedicados ao estudo da estrutura e das propriedades das escamas
de pirarucu nos últimos anos (Sherman et al., 2017; Murcia et al., 2017; Torres et al., 2012;
Arola et al., 2018). Uskokovic et al. (2003) estudaram a estabilidade térmica de biocompósitos
à base de colágeno com precipitados de hidroxiapatita, observando as transições de fase
presentes no material com o aumento da temperatura, principalmente na estrutura nativa das
fibras de colágeno. Torres et al. (2012) estudaram o efeito da quantidade de umidade presente
nas escamas de Arapaima gigas nas transições térmicas de suas estruturas. Eles observaram que
a temperatura de desnaturação do colágeno presente nas escamas tende a aumentar com o
aumento do teor de água das mesmas.
Nos últimos anos, tem crescido o interesse na pesquisa e desenvolvimento de materiais
compósitos em sintonia com as preocupações ambientais. Nessa área, as fibras naturais surgem
como forte alternativa dadas suas características como boa resistência mecânica, baixa relação
preço/custo, entre outros (Braga et al., 2018; Costa et al., 2019; Oliveira et al., 2019a;
Demosthenes et al., 2019; Nascimento et al., 2019a). Vários trabalhos têm se dedicado ao
estudo dos compósitos reforçados com fibras naturais lignocelulósicas, porém são encontrados
apenas alguns utilizando escamas como carga, observando uma variação nas propriedades de
seus compósitos (Chiarathanakrit et al., 2019; Wu, 2019; Razi et al., 2019). A utilização de
escamas de rohu (Labeo rohita) como reforço em compósitos com matriz de epóxi mostrou-se
promissora, dado que os compósitos reforçados obtiveram uma melhor resistência ao desgaste
por erosão quando comparados a resina epóxi pura (Satapathy et al., 2009. Bezerra et al. (2020)
estudaram a utilização das escamas de pirarucu como reforço em uma matriz de resina epóxi,
caracterizando tanto as escamas quanto os compósitos e observando que esses materiais
naturais promovem um aumento no módulo de elasticidade em flexão dos compósitos com
30%v/v.
Dessa forma, observa-se o potencial de utilização das escamas de pirarucu como reforço
em compósitos de matriz polimérica. O objetivo deste trabalho é avaliar a estabilidade térmica
das escamas de pirarucu e de compósitos poliméricos reforçados com 30% vol. através de
análises dinâmico-mecânicas (DMA), termogravimétricas (TGA) e calorimetria diferencial de
varredura (DSC).
2. MATERIAIS E MÉTODOS
As escamas de pirarucu foram adquiridas sem nenhum tratamento, em seu estado natural,
no Mercado Municipal Adolpho Lisboa, em Manaus, Amazonas. Subsequentemente, foram
submetidas a um processo de aplanamento conforme proposto por Bezerra et al. (2020) e
adicionadas na proporção de 30%v/v à uma matriz de resina epóxi DGEBA/TETA, fornecida
pela empresa Epoxyfiber, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, de modo a se obter o material
compósito.
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A estabilidade térmica das escamas de pirarucu e dos compósitos com 30%v/v foi analisada
através das técnicas de TGA/DTG, DSC e DMA, cujo procedimento está descrito abaixo.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Figura 1 – Curvas de TGA e DTG para o compósito de resina epóxi com 30%v/v de escamas
de pirarucu.
Deste modo, o pico da curva DTG associado à taxa de decomposição da resina epóxi
reforçada com 30%v/v, aparentemente são afetados pela presença das escamas se comparado
ao valor para resina epóxi pura, de 357,16°C, relatado na literatura (Nascimento et al., 2019b).
Portanto, pode-se afirmar que a estabilidade do compósito em relação a resina epóxi antes da
incorporação das escamas não foi prejudicada. Considera-se a temperatura máxima de trabalho
do compósito de 200°C.
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A Figura 2 mostra as curvas de DSC para a escama de pirarucu. Nesta figura, a curva [1,2]
refere-se ao primeiro estágio de aquecimento enquanto a curva [1,5] faz referência ao segundo
estágio de aquecimento. É possível observar a presença de picos endotérmicos em temperaturas
entre 40 e 60°C. Esses picos podem estar associados à perda de umidade presente nas escamas
de pirarucu ou ao início do processo de desnaturação do colágeno tipo I, presente na estrutura
das escamas. Esse fenômeno foi observado em trabalhos anteriores para uma temperatura de
aproximadamente 73°C e varia com a umidade presente nas escamas (Torres et al., 2012).
A Figura 3 apresenta as curvas de DSC obtidas para os compósitos de resina epóxi
reforçados com 30%v/v de escamas de pirarucu. A curva designada [1,2] representa o primeiro
estágio de aquecimento e a curva nomeada [1,5] está relacionada ao segundo estágio de
aquecimento.
Figura 3 – Curvas de DSC dos compósitos de resina epóxi reforçada com 30%v/v de escamas
de pirarucu.
As análises efetuadas por DSC da matriz de epóxi e do compósito com 30%v/v de escamas
evidenciaram muito limitadamente uma pequena variação nos picos endotérmicos observados
nas curvas do primeiro estágio de aquecimento. Devido a limitações do equipamento,
temperaturas superiores a 200°C não puderam ser atingidas o que limitou as transições térmicas
observadas nos materiais.
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armazenamento (E’), módulo de perda (E”) e tan δ foram obtidas a partir dos resultados e são
mostradas na Figura 4.
A partir da Figura 4 é possível determinar que a Tg do compósito com 30%v/v de escamas
de pirarucu é igual a 100,56°C. Esse valor é ligeiramente superior aquele encontrado por outros
autores para a resina epóxi pura. Esse valor e outros são mostrados na Tabela 1. O aumento da
temperatura de transição vítrea pode indicar que a incorporação das escamas de pirarucu
diminuiu a mobilidade das cadeias da resina epóxi, restringindo-as (da Luz et al., 2018). Como
consequência disso, a estabilidade térmica dos compósitos com 30%v/v de escamas de pirarucu
apresenta uma melhora em relação à resina pura.
Figura 4 - Gráficos de DMA para o módulo de armazenamento (E’), módulo de perda (E’’) e
tan δ para amostra com 30%v/v de escamas de pirarucu.
Tabela 1 - Valores de Tg, E’ a 25º, E” e obtidos para o compósito de resina epóxi reforçada
com 30%v/v de escamas de pirarucu e outros compósitos com fibras naturais.
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Módulo de
Módulo de Pico de
perda
Material Tg (ºC) armazenamento relaxação Fonte
máximo
(MPa) a 25º (ºC)
(MPa)
Epóxi+30
%v/v Presente
100,56 6500 550 80
escamas- trabalho
pirarucu
Epóxi+30
Nascimento
%fibras- 96,91 4300 600 85
et al. (2019b)
malva
Epóxi+30
Oliveira et
%tecido- 89,38 1300 180 85
al. (2019b)
fique
Epóxi+30
da Luz et al.
%fibras- 73,16 3800 430 75
(2018)
coco
da Luz et al.
Epóxi pura 82,73 3800 280 80
(2018)
4. CONCLUSÃO
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cerca de 550 MPa no seu valor máximo. O pico de relaxação (α), representado pelo ponto
máximo da curva do módulo de perda, foi de 79°C.
De modo geral, pode-se afirmar que houve uma melhora nas propriedades térmicas da
resina epóxi após a incorporação de 30%v/v de escamas de pirarucu, dado que houveram
incrementos nos módulos de armazenamento e perda e a temperatura de início de degradação
da resina não sofreu decréscimo considerável. Esses resultados indicam o potencial de aplicação
das escamas de pirarucu como reforço em compósitos poliméricos.
Agradecimentos
Os autores agradecem o apoio das agências brasileiras: CNPq, FAPERJ e CAPES para o
desenvolvimento deste trabalho.
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and fish scales in composites: Preparation, characterization, and applications. Mater Sci Eng C, 104, 109878.
Yang, W. et al. (2014), Protective role of Arapaima gigas fish scales: Structure and mechanical behavior. Acta
Biomaterialia, 10, 3599–3614.
Yang, W. et al.. (2019), Structural architectures with toughening mechanisms in Nature: A review of the materials
science of Type-I collagenous materials. Prog Mater Sci, 103, 425–83.
APÊNDICE A
Abstract. Nowadays, society demands more and more for materials that present solutions to
sustainability and environmental preservation issues. In this perspective, natural materials
appear as potential candidates for the development of sustainable composites. This work aimed
to analyze the thermal stability of epoxy resin composites reinforced with pirarucu (Arapaima
gigas) scales. The composites were prepared using 30% v/v of Arapaima scales. The composites
were analyzed through dynamic mechanical analysis (DMA), thermogravimetric analysis
(TGA) and differential calorimetry scanning (DSC). The DMA and TGA results demonstrated
an improvement in the thermal properties of the composites in relation to the plain resin, while
the DSC results demonstrated that the use of Arapaima scales as reinforcement did not impair
the thermal stability of the resin.
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1. INTRODUÇÃO
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gradiente de mineralização, sendo esta maior na superfície e menor na camada mais interna. As
camadas mais internas são formadas por lamelas, com aproximadamente 50 μm de espessura,
de fibras de colágeno tipo I reforçadas com nanocristais de hidroxiapatita. Essas lamelas são
empilhadas com orientações que variam em um ângulo característico, entre 45-90⁰, formando
uma estrutura do tipo Boulingand (Lin et al., 2011; Sherman et al., 2017; Murcia et al., 2017;
Arola et al., 2018; Torres et al., 2008).
Considerando a motivação de desenvolver materiais sustentáveis e mais amigáveis ao meio
ambiente, a utilização das escamas de peixe com sua proteção natural torna-se uma potencial
alternativa na criação de novos compósitos. Para tanto é necessário entender a resposta
mecânica estática e dinâmica desses materiais. Nos últimos anos, muitas pesquisas têm se
dedicado aos materiais compósitos reforçados com fibras naturais, principalmente as
lignocelulósicas (Costa et al., 2019; Demosthenes et al., 2019; Ku et al., 2011; Nascimento et
al., 2019a; Oliveira et al., 2019). No entanto, pouco tem sido publicado sobre a aplicação das
escamas de peixe como reforços em materiais compósitos e suas propriedades mecânicas
(Chiarathanakrit et al., 2018; Wu, 2019; Razi et al., 2019; Satapathy et al., 2009). Em um dos
poucos trabalhos sobre utilização das escamas de pirarucu, Bezerra et al. (2020) analisaram a
estrutura e algumas propriedades mecânicas das escamas de pirarucu e de seus compósitos com
resina epóxi, reportando que sua utilização como reforço resultou em um aumento no módulo
de elasticidade em flexão dos compósitos com 30%vol de escamas de pirarucu.
Nesse contexto, o objetivo do presente estudo é documentar o comportamento mecânico
através da absorção de energia por impacto Izod, a resposta mecânica sob compressão e a
resposta dinâmica através da energia absorvida de um projétil de alta velocidade, do compósito
de resina epóxi reforçada com 30%vol de escamas de pirarucu.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Com o objetivo de aferir a energia de fratura dos compósitos, em Joules por metro (J/m),
os ensaios de impacto Izod foram realizados no Laboratório de Fibras Naturais, na Universidade
Estadual do Norte Fluminense (UENF), com o equipamento Pantec, Modelo XC-50, utilizando
um martelo de 11J e seguindo a norma ASTM D256.
Dessa forma, os ensaios foram realizados nos compósitos de resina epóxi reforçada com
escamas de pirarucu nos percentuais de 20 e 40 %vol. Foram preparados sete corpos de prova
de cada fração selecionada, apresentando dimensões de 63,5x12,7x10 mm, conforme a FIG.
3.7. Uma fresa em aço, disponível no Laboratório de Fibras Naturais, será utilizada para a
confecção do entalhe com 2,54 mm de profundidade, ângulo de 45º e raio de curvatura de 0,25
mm.
Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias
foram comparadas utilizando o teste de Tukey, conforme descrito na literatura (Costa et al.,
2020).
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O ensaio de compressão foi realizado em dez corpos de prova preparados a partir da resina
epóxi pura e dos compósitos de resina epóxi com 30%vol de escamas de pirarucu, segundo as
recomendações da norma ASTM D6641.
As placas de compósito foram cortadas em peças menores com dimensões de 10x10x20
mm e os testes de compressão foram realizados em um equipamento EMIC DL10000,
utilizando uma velocidade de deformação fixada em 5 mm/min.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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volumétrica das escamas de pirarucu, estas passam a funcionar como barreiras a propagação
das trincas, desviando sua trajetória e aumento a energia de impacto do sistema, de modo
semelhante aos compósitos reforçados com fibras naturais e tecidos (Gomes et al., 2015). Outro
aumento, porém mais expressivo, ocorreu com a variação de 20 para 40%vol de escamas de
pirarucu, evidenciando uma transição no mecanismo de ruptura para esta fração volumétrica de
reforço, esse fenômeno também é observado em compósitos reforçados com fibras naturais
(Costa et al., 2020; Oliveira et al., 2019).
Após os ensaios, foi observada a ruptura completa de todos os corpos de prova, validando
os resultados obtidos. A superfície de fratura dos corpos de prova foi inspecionada através do
microscópio eletrônico de varredura de modo a identificar os mecanismos de fratura presentes.
A Figura 1 (a) apresenta a superfície de fratura dos compósitos reforçados com 20%vol de
escamas de pirarucu. É possível observar a presença de duas camadas de escamas que
aparentam fratura frágil nesta região da seção transversal do compósito. Pode-se ver a presença
de trincas nas camadas internas das escamas que estão associadas aos mecanismos de
propagação de trincas na matriz interna composta lamelas de colágeno (estrutura de Bouligand)
(Yang et al., 2014; Yang et al., 2019; Liu et al., 2019; Meyers et al., 2012; Lin et al., 2011).
Além disso, podem ser observadas marcas de rio na matriz epóxi, o que caracteriza a presença
de um mecanismo de fratura completamente frágil (Costa et al., 2020).
(a) (b)
Na Figura 1 (b), com um aumento maior na região das escamas é possível observar os
mecanismos de deformação e fratura presentes neste material. Pode-se observar a ruptura das
fibras de colágeno orientadas perpendicularmente ao plano da fratura e, concomitantemente,
rotação, delaminação e ruptura das fibras presentes nas lamelas orientadas paralelamente ao
plano de fratura, como indicado por estudos anteriores (Yang et al., 2014; Yang et al., 2019.
Além dos mecanismos citados anteriormente, foi possível observar a presença do efeito
pullout de feixes de fibras de colágeno orientadas na direção perpendicular à superfície de
fratura, como mostrado na Figura 2.
As Figuras 2 (a) e 2 (b) apresentam imagens de microscopia eletrônica de varredura obtidas
para a superfície de fraturas dos compósitos de resina epóxi reforçada com 40%vol de escamas
de pirarucu, após ensaio de flexão.
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(a) (b)
A partir da Tabela 2, é possível afirmar que as médias não são iguais com nível de
significância de 5%, visto que F calculado (142,22) > F crítico (3,55). Dessa forma, pode-se
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concluir que a fração volumétrica das escamas de pirarucu como reforço na matriz epóxi
apresenta efeito diferente na energia de impacto Izod. Sendo assim, o Teste de Tukey foi
utilizado, com nível de confiança de 95%, para avaliar a fração volumétrica que oferece
melhores resultados quanto a energia absorvida. Foi obtida uma diferença média significativa
(d.m.s) de 59,79. Os resultados encontrados para as diferenças entre os valores médios da
energia de impacto Izod para as diferentes frações volumétricas de escamas testadas mostraram
que com a incorporação de 40%vol de escamas de pirarucu na resina epóxi, os compósitos
resultantes apresentaram melhor desempenho, apresentando maior valor de energia média de
impacto Izod (292,36 J/m). Resultados semelhantes foram observados em outros trabalhos
relacionados a energia de impacto em compósitos reforçados com fibras naturais (Oliveira,
2018).
Além disso, foi possível observar também diferença significativa entre os valores de
energia média de impacto Izod entre as frações de reforço com 20 e 40%vol, evidenciando uma
ligação direta entre o aumento da percentagem de escamas de pirarucu e a energia de impacto
Izod.
Foram obtidas curvas de força versus deslocamento para os corpos de prova submetidos ao
ensaio de compressão. A análise das curvas permite constatar a ocorrência de um aumento
levemente não-linear da força, seguido de falha catastrófica após a força máxima de resistência,
como exposto na Figura 3. Foi possível observar também uma pequena variação no
comportamento mecânico, que é comum em materiais naturais. Nos casos extremos, os
compósitos epóxi/30%vol de escamas suportaram uma carga máxima superior de 8.577 N com
um deslocamento de 1,80 mm, enquanto apresentaram uma resistência à compressão máxima
inferior de 5.645 N, com 0,90 mm de deslocamento até a falha.
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Tabela 3 - Propriedades mecânicas da resina epóxi pura e dos compósitos com escamas de
pirarucu.
Tiro Vi Vr
1 850,20 804,60
2 847,50 816,10
3 846,10 811,00
4 842,40 805,10
5 833,70 791,60
6 848,80 814,30
7 860,00 828,70
Desvio Padrão 7,97 11,53
Média 846,90 810,20
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A análise de Weibull também foi aplicada nos resultados do teste de velocidade residual e
o gráfico está exposto na Figura 6, para o compósito com reforço de 30%vol de escamas de
pirarucu. Nessa análise, a unidade característica resultante da estatística de Weibull representa
a velocidade limite (VL) para cada componente testado. Os valores mais característicos obtidos
de VL foram de 254,2m/s para o compósito com escamas de pirarucu, apresentando um módulo
de Weibull de 14,88. Quanto ao valor de R², o componente da blindagem multicamada estudado
apresentou um valor razoável, igual a 0,86. Esse fator indica que os resultados obtidos para o
compósito de escamas de pirarucu possuem cerca de 14% não explicado pela variação
estatística da distribuição de Weibull. Para as placas compósitas avaliadas, o mecanismo de
absorção de energia pode ser associado à fragmentação frágil da matriz em conjunto com o os
mecanismos atuantes das escamas e a presença de vazios.
Figura 4 - Gráfico de Weibull da velocidade limite (VL) para o compósito com reforço de
30%vol de escamas de pirarucu.
4. CONCLUSÃO
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Agradecimentos
Os autores agradecem o apoio das agências brasileiras: CNPq, FAPERJ e CAPES para o
desenvolvimento deste trabalho.
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science of Type-I collagenous materials. Prog Mater Sci, 103, 425–83.
APÊNDICE A
Abstract. The repurposing of natural materials for applications with greater technological
demand is an economically attractive approach to the development of new sustainable
materials. Thus, the use of natural materials as reinforcement in composites arises with great
potential. This work proposed to analyze static and dynamic mechanical properties of
Arapaima scales reinforced epoxy composites. The composites were prepared using 20, 30 and
40vol% Arapaima scales and were analyzed using Izod impact tests, compression tests and
ballistic analysis of impact energy absorption by residual velocity. The results of Izod impact
tests demonstrated a significant increase in the absorbed energy for the 40vol%composites e,
while the 20% did not a considerable change. Compression tests of the 30vol% composites
demonstrated a significant increase in the Young modulus and compressive strength, as
compared to the plain epoxy. A similar result was seen in residual velocity tests, where an
increase in the absorbed impact energy was observed with the incorporation of the 30vol% of
arapaima scales in epoxy resin.
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Resumo. Devido à alta produtividade do algodão nos últimos ano na região oeste da Bahia e
competitividade, as indústrias algodoeiras precisam estar atentas ao bom planejamento.
Sendo assim, realizou-se um estudo de simulação com o objetivo de avaliar os impactos dos
desperdícios de movimentação dos fardos de algodão, em função da dersordem no local de
armazenagem. Para isto, foi obtida e tratada estatisticamente uma amostra de tamanho 149,
referente ao tempo em que o operador demora procurando o produto. O modelo deste
processo foi construído e validado, considerando o erro tipo I de 5%. Com o auxílio do
software ©FlexSim Solved Problem, gerou-se a distribuição estatística para representar a
aleatoriedade dos tempos, neste caso, Weibull (0; 38,48504; 1,49351) e o intervalo de
confiança obtido para a validação do modelo computacional foi [-2,9; 10,1]. Com estas
informações, concluiu-se que para cada unidade de tempo de procura reduzida, é possível
movimentar 3 fardos, desde que se mantenham as mesmas características aleatórias do
sistema durante o período de trabalho. Este estudo mostrou-se de grande valia por
possibilitar a quantificação prévia do impacto da melhoria, neste caso, a organização do
produto supracitado.
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1. INTRODUÇÃO
O oeste baiano firma-se como uma região de grande importância no cenário agropecuário
nacional, com produção diversificada e alta produtividade. Segundo Carneiro (2020), trata-se
de uma grande geradora de empregos e renda, responsável por boa parte da economia do
estado.
Segundo a ABAPA (2020), a previsão em 2020 é que a Bahia alcance a produtividade de
300 arrobas de fibras/hectare em uma área total de 313.566 hectares, sendo o oeste do estado
um dos principais pólos agrícolas de algodão do Brasil, com 93% de toda a produção de
pluma, consistindo ainda no segundo maior produtor brasileiro de algodão, perdendo apenas
para o Mato Grosso. A Bahia, por meio da região oeste, contribuiu para o cenário favorável
do algodão no Brasil, cuja produção, em sua maioria, atende às indústrias de fiação do
Nordeste e o restante é destinado ao mercado internacional.
Diante de uma área tão rica em termos de produção e de tamanha importância para o
país, torna-se oportuno propor melhorias no processo de beneficiamento na indústria
relacionada, demonstrando diretamente como as técnicas da engenharia de produção, neste
caso a modelagem e simulação, conhecimentos de estatística e princípios do lean
manufacturing, tem uma aplicação ampla em várias áreas produtivas, inclusive no
agronegócio.
As atividades da empresa em estudo consistem no beneficiamento do algodão. Ao se
analisar o processo, foi verificado um problema na atividade de movimentação dos fardos do
produto não beneficiado, ou seja, o operador de uma empilhadeira ao tentar movimentar um
fardo específico, da área de armazenagem para o beneficiamento, não tinha informações sobre
a localização do produto, sabendo somente qual produto movimentar mas não a sua posição
no armazém. Desta forma, surge então a perda de tempo com a procura, movimento este que
não agrega valor. Sendo assim, este trabalho tratou de realizar uma análise de simulação para
a quantifição das perdas em termos de produtividade nesta operação em específico.
2. METODOLOGIA
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1,5A] é considerado outlier moderado e precisa ser retirado da amostra, sendo Q1 e Q3,
respectivamente, o primeiro e o terceiro quartil.
A = Q3 – Q 1 (1)
O passo seguinte é verificar se existe ou não correlação entre os valores da amostra, neste
sentido, é desejável que a mesma seja aleatória para a aplicação posterior do teste de
aderência. Sendo x1, x2,..., xn os valores consecutivos, ao se desenhar no plano cartesiano os
pares, na ordem, (x1,x2); (x2,x3); (x3,x4);...(xn-1, xn), é possível saber se a amostra retirada é
adequada para o prosseguimento dos estudos.
S s2 S r2
Xs Xr t
(2)
2 n 2,
2
n
onde,
X s - média do modelo simulado;
X r - média do modelo real;
t - distribuição t de Student para 2n – 2 graus de liberdade a um nível de significância
2 n 2,
2
de α/2;
S s2 - desvio padrão do modelo simulado;
S r2 - desvio padrão do modelo real;
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n - número de replicações.
a y bx (5)
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Nesta seção será apresentada o processo escolhido para a realização do estudo de caso
proposto, bem como todas as etapas necessárias de modelagem e simulação para uma
posterior análise matemática de cenário.
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Em busca de estudar cenários, obteve-se então uma amostra de tamanho 149 (Apêndice
A), através de cronoanálises, seguindo as recomendações de (SHWIF e MEDINA, 2015),
onde cada valor representa o tempo em que o operário demorou para identificar cada fardo de
interesse e pegá-lo, em diferentes momentos.
A partir do Apendice A, obteve-se: Q1 = 19, Q2= Me = 30 (mediana), Q3 = 50, A = 31, Li
= -27,5 (considera-se zero), Ls = 96,5. A representação gráfica encontra-se na Fig. 3, e como
todos os valores estão situados entre 0 e 96, não existem outliers moderados, tornando a
amostra inicial adequada para que sejam realizadas conclusões estatísticas.
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Após criação e análise dos gráficos de independência, os dados foram inseridos no Expert
Fit (complemento do software ©Flexsim Solved Problem) onde o mesmo sugeriu a
distribuição Weibull como a mais aderente, com os parâmetros de localização, escala e forma,
respectivamente de 0; 38,48504; 1,49351.
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O eixo horizontal da Fig. 6 representa o número da amostra (18), já o eixo vertical mostra
as quantidades de produtos movimentados a cada 40 minutos. Essas quantidades obtidas
virtualmente foram comparadas com as quantidades reais, e ambas estão representadas na
Tabela 1.
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18 79 66
Média 67,6111 71,2222
Desvio P. 12,0496 6,3944
Fonte: Autores, 2019
Em posse dos dados reais e dos dados simulados, foi possível validar o modelo
estatisticamente. Esta conclusão foi obtida ao se aplicar a Eq. (2).
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4. CONCLUSÃO
O objetivo deste artigo foi alcançado, pois se verificou quantitavamente que pequenos
deperdícios de movimentação impactam negativamente na produtividade ao longo de uma
jornada de trabalho. Para trabalhos futuros, sugere-se a aplicação desta mesma metodologia
nos demais processos da empresa ou até mesmo em atividades particulares, pois a ineficiência
nas mesmas geram expressivas perdas na organização como um todo.
Este artigo mostrou interdisciplinaridade entre diferentes áreas da ciência e engenharia e
o quanto isto é importante para o avanço do conhecimento científico. Contribui também para
a disseminação de trabalhos focados em um dos pilares da indústria 4.0: a simulação virtual.
Isto se comprova ao observar a integração entre os sete desperdícios da produção, conceitos
da metodologia 5S, procedimentos estatísticos aplicados à simulação discreta e conceitos de
regressão linear. Desta forma, presencia-se a utilidade do lean manufacturing e estatística na
área do agronegócio.
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APÊNDICE A
Tempos cronometrados em segundos
64 26 21 92 51 15
70 19 6 68 25 46
25 28 26 22 36 26
35 17 18 11 89 19
34 40 24 17 28 39
40 76 42 40 11 10
13 73 63 33 40 26
0 7 17 48 12 23
35 11 26 62 53 13
17 45 24 29 43 78
18 60 15 65 55 61
34 84 17 60 46 50
16 78 14 12 62 38
27 29 20 27 37 24
26 36 19 36 8 53
37 23 16 59 16 64
3 25 10 50 29 42
1 29 16 53 67 19
4 13 19 74 35 94
32 33 31 13 30 70
41 19 37 21 22 57
7 84 43 32 28 40
26 25 47 18 56 51
20 9 74 35 33 68
40 25 70 6 60
Fonte: Autores, 2019
Abstract. Due to the high productivity of cotton in recent years, in the western region of
Bahia, and competitiveness, cotton industry need to be attentive to good planning. Thus, a
simulation study was carried out with the objective of evaluating the impacts caused by the
movement of cotton bales, due to disorder in the storage location. For this, a sample of size
149 was obtained and statistically treated, referring to the time the operator spent looking for
the product. The model of this process was constructed and validated, considering the
probability type I error of 5%. With the aid of the ©FlexSim Solved Problem software, a
statistical distribution was generated to represent the randomness of times, in this case,
Weibull (0; 38.48504; 1.49351) and the confidence interval obtained for the validation of the
computational model was [-2.9; 10.1]. With this information, it was concluded that for each
unit of reduced search time, it is possible to move 3 bales, as long as the same random
characteristics of the system are maintained during the work period. This study proved to be
of great value for making it possible to previously quantify the impact of the improvement, in
this case, the organization of the aforementioned product.
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1. INTRODUÇÃO
Problemas que envolvem a infiltração de água no solo e seu movimento, conhecido como
percolação, resulta na determinação da carga de pressão d’água. Além disso, na percolação
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2. Modelo Matemático
Para o desenvolvimento desse trabalho foi utilizado como modelo matemático a equação
de Richards, que é uma combinação da equação de Buckingham-Darcy e a equação da
continuidade. Assim, introduzindo os termos de fonte/sumidouro (Kroes et al., 2008), tem-se
∂ψ ∂ ∂(ψ − z)
C(ψ) = k(ψ) − Sa (ψ) − Sd (ψ) − Sm (ψ) (1)
∂t ∂t ∂z
em que ψ é a tensão em (cm), C(ψ) é a capacidade hı́drica (cm−1 ), t é o tempo (s), K(ψ) é a
condutividade hidráulica (cm s−1 ), z é a coordenada vertical (cm), Sa (ψ) é a taxa de extração
de água do solo pelas raı́zes (cm−3 s−1 ), Sd (ψ) é a taxa de extração por descarga de dreno na
zona saturada(s−1 ) e Sm (ψ) é a taxa de transferência com os macro poros (s−1 ) .
A umidade volumétrica de água no solo é obtida por meio da curva de retenção de água no
solo θ = θ(ψ), e a capacidade hı́drica é dada por C(ψ) = ∂θ/∂ψ. Existem várias equações
matemáticas que relacionam θ e ψ. Pode-se citar as curvas de retenção de água no solo de
Garner (1858), Brooks e Corey (1964), Campbell (1988), Haverkamp (1980), van Genuchten
(1980) e Omuto (2009).
3. Discretização
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em que AP = τ + ∆tKnt Φ/2δZN + ∆tKst ∆t/2δZS + ∆ZP ∆tΦ (ω1 SaP + ω2 SdP + ω3 SmP ),
AN = −Knt Φ∆t/2δZN , AS = −Kst Φ∆t/2δZS , b = τ ψPt + [Knt (1 − Φ)∆t/2δZN ](ψN t
− ψPt ) +
[Kst (1 − Φ)∆t/2δZS ](ψSt − ψPt ) − (Knt − Kst )∆t − ∆ZP ∆t {−ω1 [SaP (1 − Φ)ψPt + SaC ] −
ω2 [SdP (1 − Φ)ψPt + SdC ] −ω3 [SmP (1 − Φ)ψPt + SmC ]}.
4. Condições de Contorno
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Coeficientes a b c d
Fluxo de Darcy 1 0 0 constante
Dirichlet 0 0 1 constante
Newmann 0 1 0 constante
Robin 1 1 1 constante
Robin + Darcy 0 0 1 constante
5. Fluxograma de trabalho
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Figure 3- Flowchat.
6. Conclusão
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van Genuchten, M. T., “A closed-form equation for predicting the hydraulic conductivity of unsaturated
soils”, Soil Science Society of America Journal, 44 (5), 892-898.
APPENDIX A
Abstract
With the increasing advance and development of industries, environmental proliferation
and soil contamination have increased. This concern with the quality of the soil, it becomes
necessary the study that involves the flow of water in the unsaturated soils. As water in the soil
is one of the main factors for agricultural systems with irrigation management, drainage, studies
of contaminants and solute in the soil, therefore it is a relevant concern. Realizing this reality
and from the advances of mathematical models combined with numerical models, before this
work, the solution of the Richards equation by the Finite Volume Method and its sink sources
will be, which are empirical parameters that depend on the texture of the soil and intrinsic
characteristics with a high variability of depth and space.
Keywords: Water, irrigation, Richards equation, finite volume method
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Abstract. Agribusiness is the bigger responsible to waste of water in the world. The Richards
equation is the mathematical model that prescribe the soil water content and pressure. However,
to solve the Richards equation is necessary a function, soil water retention curve, that relates
these quantities. This function needs some parameters that are obtained by experiments or
inverse problem. In this work was used the Morris method and SAlib library to analyse the
importance this parameters for model.
Keywords: Inverse problem, Sensitivity analyzis, Morris method, SAlib library, Richards
equation
1. Introduction
Richards proposed an equation that describes the movement of water on unsaturated soil,
relating the Darcy-Buckingham equation and the continuity equation (Kroes et al., 2008). being
used up to now as one of the main equation for that purpose. Many works in the last decades
have been dedicated to the numerical solution of the equations that involve the infiltration and
percolation of water in the soil, using methods such as Finite Differences and Finite Elements
(Celia et al., 1990). Recently Guterres (Guterres, 2014) and (Gusterres et al., 2017) present
a numerical formulation using the Finite Volume Method for the two-dimensional solution of
the Richards’ Equation. Queiroz (2017) and Temperini (2018) tackled the solution of the one-
dimensional Richards’ equation, using both methods of Finite Elements and Finite Volumes.
In order to solve the Richards’ equation, a correlation is needed to represent the relationship
between the volumetric water content of soil and the pressure head (van Genuchten, 1980;
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Gardner, 1958; Mualem, 1976), which is the soil water retention curve. Since Gardner (1958),
several authors have proposed different equations that model the soil water retention curve. In
this work, the sensitivity of the parameters of the curve proposed by van Genuchten (1980),
one of the most widespread in academia, will be analyzed, using the algorithm proposed by
Temperini (2018).
Inverse problems have increasily being to obtain parameters from experiments (Moura Neto
and Silva Neto, 2012). One key issue for that purpose is related to the sensitivity of the direct
problem to small variations in the parameters of interest.
Currin et al. (1986) and Sacks et al. (1989) discuss statistically motivated procedures
to predict the output of a computational model. Morris (1991) comments that inputs to a
model are important, and have an influence on outputs. Thus, a sensitivity analysis of the
input data of the problem addressed is necessary. For King and Perera (2013), who used
the Morris’ method, sensitivity analysis provides a structure, and many techniques, that can
identify important variables in a computational model. Pianosi et al. (2016) presents a review
on sensitivity analysis for environmental models, including One-At-a-Time (OAT), All-At-a-
Time (AAT), and the Pearson’s correlation coefficient. The latter will not be used in this work
due to the non-linear nature of the problem addressed. In this work we will use OAT methods.
Ferreti et al. (2016), in their study on trends in sensitivity analysis, showed that there is a
lack of reviews on good practices in this subject, and that the main generalist journals could
contribute in this regard. Mengistu et al. (2019), using the HYDRUS-1D software, for the
study of water infiltration in the soil, showed that the volumetric water content in the saturated
soil and the saturated hydraulic conductivity are the parameters that have greater influence
on the result. This result was also observed by Ferreira et al (2019), who also identified the
correlation between these two quantities for the case addressed, making the saturated hydraulic
conductivity not to be optimized.
Lugon Junior et al. (2002) present the modified coefficients dimensionless to analyse the
sensitivity of isotherms of gas-liquid adsorption model. Parolin et al. (2015) presented the
sensitivity analysis of the parameters of the term source of contaminants in the Macaé River, and
through Pearson’s correlation, showed a strong correlation between the parameters. Pinheiro
et al. (2004) presented the sensitivity analysis for radioactive transfer problems, allowing
decision making for work with inverse problems.
In this work will be presented the sensitivity of the Richards’ equation solved by finite
volume method with relation each input parameter. It was used the Morris’ method to analyse
the sensitivity and correlation through the mean and standard deviation.
2. Mathematical Model
Richards coupled the continuity equation to Darcy’ equation in order to prescribe soil
moisture content and pressure head over time, thus creating the Richards’ equation (1931).
To model the problem of water infiltration and percolation in the soil, we use the Richards
equation, which was first described involving the soil water content, θ(cm3 cm−3 ), and pressure,
ψ(cm), in a mixed formulation, which can be described in the forms θ-based or ψ-based (Kroes
et al., 2008). In this work, we used the formulation ψ-based, which was solved by Temperini
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where C(ψ) is the water capacity (cm−1 ), t is the time (s), K(ψ) is the hydraulic conductivity
(cm−1 ) and z is the vertical coordinate (cm), in the direction of the origin for the negative axis
(Guterres, 2014).
The solution to this equation, ψ-based, is the pressure over position in the domain and time,
ψ(z, t). To determine the volumetric water content, it is necessary to use the soil water retention
curve, i.e. θ(ψ). There are several functions that model this relationship, however, in this study,
we will use the van Genuchten (1980) retention curve, given by
where θs is the volumetric water content in the saturated soil (cm3 cm−3 ), θr is the volumetric
water content in the residual soil (cm3 cm−3 ), α (cm−1 ), and n and m (dimensionless) are
empirical factors. Besides, the parameters m and n are related by m = 1 − 1/n (Kroes et al.,
2008).
However, to solve eq. (1), it is necessary to know the function C(ψ) and K(ψ). Water
capacity, C(ψ), is obtained from the soil water retention curve, θ(ψ), that is, C(ψ) = ∂θ/∂ψ,
or
The hydraulic conductivity function of van Genuchten and Mualem (Mualem, 1976) is given
by
−m 2 −m/2
K(ψ) = Ks 1 − (α|ψ|)n−1 [1 + (α|ψ|)n ] [1 + (α|ψ|)n ] (4)
Solving the direct problem with two different sets of parameters, two different solutions are
expected. This means that the problem is sensitive to the parameters. If a parameter and that
same parameter with a small addition results in the same solution as the direct problem, the
direct problem will not be sensitive to that parameter. This is not suitable, as there will be a set
of values for this parameter whose solution to the direct problem will be the same. Thus, the
value of the object function, which is to be minimized in the inverse problem, will always be the
same, making its optimization impossible. This parameter must be excluded from the process,
as it cannot be obtained using inverse problems.
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In the Morris method the Elementary Effects (EE) are calculated for each input parameter
using the following equation
θ(P̃1 , . . . , P̃i−1 , P̃i + ∆, P̃i+1 , . . . , P̃n ) − θ(P̃)
EEi = , i = 1, 2, . . . , n (5)
∆
where P̃ belongs to an experimentation region, Ω, which is a p-level n-dimensional mesh
(hypercube), n is the total number of parameters and p the number of intervals for each edge
of the hypercube. Thus, P̃i ∈ [0, 1] and ∆ ∈ {0, 1/(p − 1), 2/(p − 1), . . . , 1} . Observe that
the parameter values P have been normalized, P̃, to the range [0, 1]. To investigate the global
sensitivity of P̃i , the elementary effects of N different values of each P̃i are obtained randomly
from Ω. In this work it was made an interpolation between each edge of the hypercube and,
therefore, in the interval where the van Genuchten parameters belong. To evaluate the effects of
the input parameters on the output of model, ie, the Richards’ equation solution, the modified
Morris’ index (Campolongo et al., 2007) is used,
N
1 X
µ?i = |EEi,r |, i = 1, 2, . . . , n (6)
N r=1
The test case used in this work is the same one considered by Vasconcellos and Amorim
(2001). The soil domain of observation is 60.0 cm in depth. However, for some types of
sandy soil, it was necessary to increase this depth. This is explained by the fact that the
infiltration and percolation process occurs more quickly in such soils. We represent that depth
by Lz , and consider a total simulation time of 1200 seconds, Dirichlet boundary conditions,
ψ(0, t) = −10.0 cm, t > 0, ψ(Lz , t) = −350.0 cm, t > 0, and the initial condition
ψ(z, 0) = −350.0 cm, 0 ≤ z ≤ Lz .
The parameters considered were obtained from the SWAP Guide (Kroes et al., 2008). In
Table 1 are presented different sets of parameters, one for each kind of soil for the Morris
method application were selected the minimum and maximum values shown for each parameter
in the table.
Due to kinds of soil, was make an investigation a priori and detected which depths are
necessary to analyse. The test case was run for each set of parameter in the Table 1, and the
choice happened in depths who presented variation in a soil water retention curve.
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Table 1- van Genuchten parameters for eleven kinds of soil (Kroes et al., 2008).
van Genuchten parameters
Soil
α(cm−1 ) n m θr (cm3 cm−3 ) θs (cm3 cm−3 ) Ks (cm d−1 )
Sand 0.145 2.68 0.6269 0.045 0.43 8.25E − 01
Loamy sand 0.124 2.28 0.5614 0.057 0.41 4.05e − 01
Sandy loam 0.075 1.89 0.4709 0.065 0.41 1.23E − 01
Loam 0.036 1.56 0.3590 0.078 0.43 2.89E − 02
Silt 0.016 1.37 0.2701 0.034 0.46 6.94E − 03
Silt loam 0.020 1.41 0.2908 0.067 0.45 1.25E − 02
Sandy clay loam 0.059 1.48 0.3243 0.100 0.39 3.64E − 02
Clay loam 0.019 1.31 0.2366 0.095 0.41 7.22E − 03
Silty clay loam 0.010 1.23 0.1870 0.089 0.43 1.94E − 03
Sandy clay 0.027 1.23 0.1870 0.100 0.36 3.33E − 03
Clay 0.008 1.09 0.0826 0.068 0.38 5.56E − 03
To perform the sensitivity analysis, the SAlib library developed in Python was used (Herman
and Usher, 2017), with minor adaptations. During the simulations, the soils sand, loamy sand
and sandy loam were the most complex, due to the infiltration process having a higher speed in
these soils which is related to their higher saturated hydraulic condutivity Ks , see Table 1. As a
result, as already mentioned, it was necessary to increase the depth of the soil profile to 160 cm.
Another point observed was the need to refine the time step to 0.2 s, in the simulation for these
three types of soil, while for the other types of soil a time step equal to 1 s or greater was used.
This may be linked to the Courant–Friedrichs–Lewy condition (CFL) K(ψ) · ∆t/∆z, which
can be investigated.
In Table 2 are presented the summarized results about the Morris method for all depths.
Table 2- Results of Morris method to van Genuchten parameters at six different depths.
van Genuchten Depth
Morris index
parameters 1 cm 15 cm 35 cm 65 cm 95 cm 125 cm
α 1.090 0.370 0.320 0.294 0.258 0.250
n 0.022 0.014 0.011 0.013 0.013 0.011
µ? θr 0.551 0.763 0.758 0.758 0.754 0.767
θs 0.208 0.062 0.057 0.064 0.062 0.044
Ks 99.09 2.4e-15 2.2e-15 2.9e-15 3.1e-15 1.3e-15
α 0.834 0.437 0.403 0.385 0.280 0.364
n 0.026 0.013 0.0107 0.011 0.012 0.011
σ θr 0.268 0.080 0.074 0.081 0.077 0.075
θs 0.184 0.082 0.070 0.072 0.074 0.057
Ks 108.4 7.9e-15 8.6e-15 9.5e-15 9.0e-15 5.2e-15
Figure 1 shows a random sampling, performed by the Morris method, between the maximum
and minimum values for each parameter in Table 1, which were divided into eight parts, ie,
p = 8. The parameter was not considered separately because it is related to parameter n, i.e.
m = 1 − 1/n as already described.
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Figure 1- Random distribution between the minimum and maximum values for each parameter at six
different depths.
Figure 2 shows the distribution of the elementary effects (EEs) for each parameter, at the
selected depths. With the exception of Figure 2(a), whose depth is 1 cm, there was no variation
with Ks . In the first layer of soil Ks was extremely sensitive. This fact indicates that we can
propose a finer mesh in the first layers of the soil, and a coarser mesh from a certain depth, from
15 cm on for example. The parameter n had an almost insignificant sensitivity, and the others
showed on overall good sensitivity.
In Fig. 3(a) are shown Ks is influential and has interactions with other parameters or has
non-linear effects at the 1 cm depth. However for the other depths, Figs. 3(b)-3(f), Ks is a
non-influential entry, confirming the observations in Fig. 2. The parameter θr is an influential
entry with non-linear effects, while α, n and θs are influential, and may have interactions with
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Figure 3- Covariance plot with Morris coefficients at different depths in the soil.
5. Conclusions
The sensitivity analysis of the proposed algorithm to solve the Richards equation using the
finite volume method allowed us to understand the behavior of the van Genuchten retention
curve parameters as well as the parameters of the hydraulic conductivity function. As a result,
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it is possible to improve decision making in the process of obtaining these parameters through
inverse problems. An important observation was that in the first layers it may used a refinament
of the mesh because the parameter Ks is extremely sensitive.
The parameter θr can be obtained by an inverse problem approach because it has a good
sensitivity and do not have interactions with others parameters. The parameters α, θs and n
can indicate interations with others parameters or non linear solution. However they can not be
excluded of process of the optimization process used for the inverse problem solution.
6. Acknowledgements
The authors acknowledge the financial support provided by FAPERJ, Fundação Carlos
Chagas Filhos de Suporte à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, CNPq, Conselho Nacional
de Desenvolvimento Cienttı́fico e Tecnológico, and CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nı́vel Superior (Finance code 001),
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Abstract. As publicized by WWA/UNESCO (2019), the world demand for water will increase
40% by 2030, as also for energy request. To supply water and energy demand, dams has been
built around the world and with them, increase the possibility to occur accidents. In Brazil, the
latest data obtained by the Dam Safety Report 2018, presented a total of 17,064 indexed dams,
with the State of Rio de Janeiro presenting 29 indexed dams. Two of such dams in the Rio de
Janeiro appointed with structural damage, one of them is the Juturnaiba reservoir located at
the São João river basin. To prevent accidents, studies simulated the downstream course of the
flood wave. In this study, the IBER and MOHID software were used to simulate the downstream
flood wave that would result from the Juturnaiba dam’s disruption. The results obtained
demonstrated that the flood spreads through the downstream floodplains and can reach the
urban areas of Tamoios and Barra de São João districts and in some areas of the Rio das
Ostras municipality, approximately, 34 hours after the spillway’s rupture began.
1. INTRODUCTION
The water demand has growing over the years with 40% increasing projections by 2030
and 55% by 2050 (WWA/UNESCO report, 2019). In Brazil, the water demand projection is to
growth 24% until 2030. Today, the water consumption is 2.1 million liters per second, thus, in
2030, it will surpass 2.5 million liters for second (ANA, 2019). For supply demands, dams have
been constructed to flood reservoirs with a varied purposed such as provide drinking water,
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industrial uses, river flow regulation to reduce the effects of floods and droughts, irrigation,
energy production, recreation, among others.
Milliman (1997) verified that between 1950 and 1982, more than 30,000 dams were
upraised and, until the early 90’s, more than 13% of river flow were interrupted. The forecast
was that this percentage would be higher than 20% at the beginning of the 21st century.
However, the predictions were exceeded, as demonstrated by Van Capellen and Maavara
(2016), who observed that, in this period, more than 50% of the world's river flows pass over
one or more dams, and that by 2030 the percentage could reach 90%. Lehner (2011) identified
more than 16 million of dams around the world, among then, 50,000 dams are considered large
impoundments, with dam wall heights higher than 15 meters. Frederikse et al. (2020) observed
that impoundment reduces, albeit temporary, the sea level rise. Thereat, Groeskamp and
Kjellson (2020), suggested a construction of a Northern European Enclosure Dam (NEED) to
minimize the impacts of the sea level rise as a result of global warming to prevent flooding in
the areas near the coast.
Dam construction restarts to growth in the world, after a decline period of construction
mainly in view of scientific studies that described the dam impacts on river fluxes,
biogeochemistry cycle, water quality and biodiversity (Reidy Liermann et al., 2012; Suwarno
et al., 2014; Van Cappellen e Maavara, 2016; Maavara et al., 2017; Zeng et al., 2018; Wang et
al., 2018). In Brazil, the latest issue of the Dam Safety Report (2018) listed 17,604 indexed
dams, from which 39% are under supervision of the National Dam Safety Policy (NDSP)
(ANA, 2018). In accordance with the NDSP’s 12,334/2010 law, dams need to have, at least,
one of the mentioned characteristics: minimum crest height of 15m; reservoir storage capacity
higher than 3.0 million of cubic meters; hazardous waste storage in accordance with applicable
technical standards and medium to high associated potential damage category (BRASIL, 2010).
The dam construction to supply water occurred at least for the last 5,000 years and with
the impoundments also started the dam collapses, as occurred with the first dam built, Sadd el
Kafara, that collapsed soon after your construction has been completed, due failures on your
project, as the absence of spillways (Jansen, 1983). Aguiar (2014) related the greatest accidents,
between 1864 and 1976, that caused from 11 to 230,000 fatal victims – including indirect deaths
arising from downstream flooding. He identified 17 accidents that mostly happened because by
dam failure. Balbi (2008) observed a correlation between the countries that excelled in dam
building and the negative experiences arising from the accidents with these structures.
With the several tragedies observed over the history, some studies simulated the
downstream water behavior and analyze the accident consequences from dam failure. Some
simulations applied diversified modelling techniques to describe several scenarios of water and
particulate material behavior considering the dam breaking (Lai & Kahn, 2012; Dewals et al.,
2014). Some studies simulated the dam collapse by using mathematical models which has been
accurate by comparing to data from accidents that have already occurred (Gallegos, Schubert
& Sanders, 2009; Cleary, Prakash & Rothauge, 2010; Prakash, Rothauge & Cleary, 2014; Ali,
Boualem & Mohamed, 2017).
Among the various computer simulators, we have the MOHID and IBER. These
softwares can work with 1D, 2D or 3D models, depending on the response to be achieved at
simulations. These programs attempt to detailed the water way and predict flood inundation (da
Silva Tavares et al., 2018; Castelltort et al., 2020), river fluxes influenced by impoundments
(Canuto et al., 2019), create environment scenarios to support management of waterbodies
(Tosic et al., 2019), simulate biogeochemical processes and behavior of trace metals and
suspended particulate matter on riverine systems (Trancoso et al., 2009; Duarte et al., 2014;
Garneau et al., 2017) and hydrodynamics of the waterbodies (Vaz et al., 2007)
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Considering that there are 29 indexes dams in the State of Rio de Janeiro and two dams
have important structural damage, it is urgent to simulate the downstream waterway after the
dam spill of the reservoir water volume, using computer simulation tools. The Juturnaíba
reservoir is classified as medium risk and high potential damage and it is included in the 39%
of dams submitted to National Dam Safety Policy (NDSP) (ANA, 2018). According to the Dam
Safety Report 2018, the dam presents: “Structural problems on the controlled spillways, in the
bottom unloaders, operational problems due to the supernatant extant in the reservoir and
concerning the island downstream of the dam” (ANA, p. 37, 2018). The Emergency Action
Plan (ANA, 2016) recommended the utilization of hydrodynamics models to simulate scenarios
of dam break. Thus, this study applied the IBER and MOHID hydrodynamic models to simulate
scenarios of the Juturnaíba dam collapse and flooding of downstream urban and rural areas of
the São João river watershed, and to support the elaboration of an Emergency Action Plan to
the Juturnaíba reservoir and the watershed, as the dam is classified as high potential damage.
2. METHODS
The Juturnaíba reservoir is located in the middle basin of the São João River at the UTM
coordinates 23K zone, 780971.07m E longitude and 7499593.53m S latitude. The reservoir is
supplied by three main rivers: Capivari, Bacaxá e São João. The Capivari and Bacaxá rivers
born in the Rio Bonito and Lavras mountains, respectively, at 1,100 m height, while the São
João river headwaters are located at the Cachoeiras de Macacu and Sambê mountains at 600 m
height (Bidegain & Volckër, 2003; Hora, Massera & Porto, 2001). However, most of the
watershed is composed by lowlands with long navigable stretches (Bidegain & Volckër, 2003).
The São João river basin has 2,160 km2 and seven municipalities are partially (Cachoeiras
de Macacu, Casimiro de Abreu, Rio Bonito, Araruama, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio and
Rio das Ostras) or totally (Silva Jardim) insert within the basin (Bidegain & Volckër, 2003;
Bidegain & Pereira, 2005), summing about 139 thousand people living in the basin (IBGE,
2010). The upstream watershed area contributing to the reservoir is 1,280 km2, where 559 km2
corresponding to the São João river, 528 km2 to the Bacaxá river and 193 km2 to the Capivari
river. Each sub-basin (São João, Bacaxá and Capivari) contributes to the reservoir with 29, 5.6
and 4.4 m3/s /, respectively (PCE, 1997; Bidegain & Volckër, 2003). The upper and middle
basin are composed by forest fragments, pasture, agriculture, urbanization. The lower river was
straightened with large agricultural and cattle lands and mangrove and urbanizations in the
estuarine portion (Cunha, 1991; Bidegain & Volckër, 2003; INEA, 2011).
In 1960’s the São João’s river had its 3.0 km of its channel strengthened to flood control
of low lands. With the beginning of the dam construction more 20 km of the lower river basin
was also strengthened and the channel enlarged (Cunha, 1991). The dam construction initiated
in the late 1970’s and early 1980’s, and for security reason, the dam was first constructed and
then the spillways. The dam was constructed with compacted clay soils and its left side has
1,300 m in length and 2,160 in the right side which are fixed on natural hills. The maximum
height of the dam is 12 m. The spillways were built with concrete mass and has Creager profile
with a crest at 8.4 m height. To resist the highest flow estimated at 862 m3/s with recurrence
time of 200 years, the dam would have 700 m in length, but the area did not have this extension.
Then the solution was to build a maze spillway type containing four segments with 180 m each.
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In order to dissipate energy downstream of the shed area. There are two structures: sheaf and
dissipation teeth (Figure 1) (Borges, 1991; PCE, 1997).
Figure 2 – Juturnaiba’s dam and its structures: (1) spillways with Crager profile; (2) sheaf and
(3) dissipation teeth (photo from Jornal O Globo, 2019)
The maximum operation quota is 8.4 m and with this condition, the reservoir area has 42
km2, maximum width of 3 km and maximum length of 15 km. The average depth of the
reservoir is around 2.6 m, reaching up to 6.4 m (PCE, 1997; Bidegain & Pereira, 2005; Melo &
Nascimento, 2019). The water volume ranging from 9.2 x 107 to 1.3 x 108 m3 (Wasserman,
2014). The water residence times was estimated at 34 and 38 days (PCE, 1997; Bidegain &
Pereira, 2005). The water behind dam supply drinking water for 771,259 inhabitants in the
Região dos Lagos and Casimiro de Abreu and part of Rio Bonito, as well as control flood
downstream and ensure irrigation to agriculture fields (Cunha, 1995; Bidegain & Volckër,
2003; Noronha, 2009; IBGE, 2019).
We choose to simulate a overtop spillway, by the fact that this type of accident is more
frequent in Brazil, according to the Dam Safety Report 2018. To simulate the flood wave, the
MOHID platform and IBER were applied to ensure a better simulation. The MOHID Land
module is a three-dimensional numerical hydrodynamic model, which was developed, initially,
to realize studies related to surface waters in the coastal and oceanic zone (Neves, Chambel-
Leitão & Leitão, 2000; Duarte et. al, 2014). It is a model that can be used for various purposes:
water quality simulation, three-dimensional flows, nutrient transport simulation for coastal
zone, oil spill simulation, predict flood, among others (Neves, Chambel-Leitão & Leitão, 2000;
Duarte et al., 2014; Paiva et al., 2017; Lugon Junior et al., 2019). With the input data, the
software works as a hydrodynamic model and related equations are capable to solve
incompressible three-dimensional flow (Paiva et al., 2017). The IBER is a software which
consists of a flow simulation model in rivers and estuaries, developed by the collaboration
among the Grupo de Ingeniería del Agua y del Medio Ambiente (Universidade da Coruña),
Grupo de Ingeniería Matemática (Universidade de Santiago de Compostela), Instituto Flumen
(Universitat Politècnica de Catalunya y Centre Internacional de Mètodes Numèrics en
Enginyeria) and promoted by Centro de Estudios Hidrográficos do CEDEX (Bladé et al., 2014).
It allows simulating unsteady free-surface turbulent flow and transport processes in shallow
water flows, divided into three main modules: hydrodynamic module, turbulence module, and
sediment transport module, which are based on an unstructured mesh of finite volumes formed
by triangular or quadruple elements. For hydrodynamic processes, the IBER calculates the
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In the MOHID software, the hydrographic area of the São João river basin was obtained
from the GIS interface of the program, comprising the area from the dam until the estuary outlet.
From the Digital Terrain Model (DTM) and watershed delineation, the horizontal grid of 50 m-
quadratic cells was obtained. Altimetric data was supplied by the TOPODATA dataset, which
provide a Digital Elevation Model (DEM) based on the SRTM data refined to the 30 m
resolution (Valeriano, 2005). To obtain the greatest accuracy of physical terrain, the depressions
were removed which avoid risk of emergence or loss channel areas (Telles et al., 2012; 2016).
In order to work with the same hydrographic area in both models, the Digital Terrain Model
built in the MOHID platform was exported as shapefile format and then to Raster format. In the
IBER software, the study area was delimited, as well as, the construction of an unstructured
mesh containing triangular 50-m long elements.
For receive the input data, the Module Runoff in MOHID works with the difference
between adjacent cells, known as dynamic wave, to simulate the water flow from cells with
higher to lower slopes. The flow was calculated using the Saint Venant equation, that consider
the inertia effects in the 2D approach. In the IBER Model, the same equation was applied to
simulation, whose numerical resolution is given by the Finite Volume Method.
The reservoir’s volume was obtained from Wasserman (2014) whom performed depth
measurements in 600 sites throughout the reservoir. For both simulations we adopted the
elevation of 8.4 m, that would be on the crest of the spillways. The outlet boundary condition
was considered the elevation equal to zero because the outlet is at sea level. The tidal variation
was not taken into account in the calculations; thus, the water flow found no resistance. The
Manning Coefficient was calculated considering a constant value equal to 0.03 m. Finally, the
simulation time was three days and eight hours (80 hours); that was the time the wave took to
reach the height of the disruption and stop the leakage.
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was calculated water depth around 0.05 m and 0.48 m (Figure 3). The wave gets the river outlet
after 18 hours according to the simulation, and after 34 hours flood the small portion of urban
areas of Tamoios and Barra de São João districts, and in 52 hours reaches part of the Rio das
Ostras municipality.
The IBER simulation presented that only pasture and agricultural areas were impacted
and the flood wave does reach the river outfall in the estuarine portion. The simulated depth
ranges from 0.00 m to 1.20 m, with the maximum values observed along all the riverbed of the
strengthened river section and near the rupture area. We also observed the maximum depths,
approximately, 11 km distance away from dam in the right bank (Figure 4).
Figure 3 – MOHID simulation of water depth (m) after dam collapse across the downstream
São João river basin.
Figure 4 – IBER simulation of water depth (m) after dam collapse across the downstream São
João river basin.
The MOHID simulation velocity after dam collapse demonstrated that the higher values
were calculated near the river channel and adjacent floodplains, reaching more than 1.2 m/s.
For most of downstream reaches, velocity varies between 0.05 m/s and 0.41 m/s. The model
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considered the wind influence in the estuarine zone, increasing the water velocity values to ≥
1.2 m/s which contribute to the water overflow the riverbed and reach the urban area in the
Tamoios and Barra de São João districts (Figure 5). The IBER velocities simulations were
similar to the MOHID results, with the higher values of ≥1.20 m/s in the floodplains near the
dam and the predominance of values between 0.00 m/s and 0.45 m/s (Figure 6).
Figure 5 – MOHID simulation of water velocity (m/s) after dam collapse across the downstream
São João river basin.
Figure 5 – IBER simulation of water velocity (m/s) after dam collapse across the downstream
São João river basin.
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the Casimiro de Abreu municipality, deviating the path of the sinuous stretch near from the
river mouth; and get close to the seaside, instead of MOHID.
4. CONCLUSION
The simulation of Juturnaíba dam collapse and downstream flooding indicated which
regions of the basin will be affected by the flood wave, its arrival time and water velocity and
depth. Pasture and agricultural fields will be affected by the waves as part of the urban areas in
the river mouth. Higher depth and velocity were estimated at 1.2 m and 1.2 m/s, respectively,
near the dam and in the outlet after dam spill. The wave gets the river outlet after 18 hours
according to the simulation, and after 34 hours flood the small portion of urban areas of
Tamoios and Barra de São João districts, and in 52 hours reaches part of the Rio das Ostras
municipality. In part, MOHID and IBER models has similar results. Despite it is a preliminary
simulation yet without discrimination of the Manning Coefficient for each use of the soil, the
behavior of the flood wave can support governmental authorities to elaborate an Emergency
Action Plan to notify the population living downstream the Juturnaíba dam in the situation of
collapse. Complementary studies are needed to improve the simulation by adjusting the
Manning coefficients which will accuracy the simulations of the flood wave behavior.
Acknowledgments
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1. INTRODUÇÃO
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municı́pios. Deste modo, a modelagem hidrodinâmica vem a colaborar nos estudos sobre os
corpos d’água, propiciando contribuições na previsão de desastres ambientais, sendo fonte
de informação na tomada de decisões por parte dos governantes. E, no contexto atual, os
investimentos no combate a inundações são uma alternativa para a recuperação econômica pós-
pandemia somado a preservação de vidas humanas, considerando o aumento na recorrência de
inundações (Kuzma; Luo, 2020).
Neste trabalho utilizam-se as equações de águas rasas para a modelagem matemática de
recursos hı́dricos pouco profundos, as quais são discretizadas pelo método dos elementos
finitos e pelo método das linhas caracterı́sticas, no espaço e no tempo, respectivamente. A
aplicação da metodologia se da na cidade de Pelotas, localizada no Rio Grande do Sul, Brasil.
A geometria do objeto de estudo é preenchida por elementos triangulares com três nós e funções
de interpolação lineares.
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A discretização espacial das equações (1) e (2) é realizada pela técnica dos resı́duos
ponderados de Galerkin para empregar o método dos elementos finitos, usando elementos
triangulares de três nós com funções de interpolação lineares (Zienkiewicz et al., 2005).
A aplicação da metodologia as equações governantes do escoamento se da ao nı́vel de um
elemento finito genérico de área A, conduzindo as expressões:
Z
∂h ∂Ui
+ δh dA = 0 (4)
A ∂t ∂xi
Z
∂Ui ∂Fij g ∂η ∂H g |U |
+ + + (−1)i νUk + Ui − cd |W |Wi δUi dA = 0 (5)
A ∂t ∂xj 2 ∂xi ∂xi c2m h2
com i, j = 1, 2 e k = i + (−1)i+1 , sendo χ = 0 e cujo δh e δUi são os fatores de ponderação.
As variáveis são interpoladas no elemento com funções lineares φ = [φ1 φ2 φ3 ] e os fatores
de ponderação são simplificados, assim as equações da conservação de massa e da quantidade
de movimento podem ser compactadas como:
M ḣ + Ai U i = 0, (6)
M U̇ i + K i U i + K k U k + g h Ai h = P Ui , (7)
onde o sı́mbolo ”–” abaixo da variável indica uma quantidade nodal e acima da variável indica
∂U
os valores no baricentro do elemento, ḣ = ∂h ∂t
e U̇ i = ∂ti , h = φ h = (h1 +h32 +h3 ) cujos hi
(i = 1, 2, 3) são os valores de h nos nós do elemento finito.
As matrizes e os vetores introduzidos são dados por:
R T ∂φ
M = A (φ φ) dA Ai = A φ ∂xi dA K k = [(−1)i ν M ] P = A φT dA
T
R R
h i R T
g |U | ∂φ
Ki = Auj + c2m 2 M Auj = A
φT ∂xj Û j dA P Ui = (cd |W | Wi )P − g h Ai H
h
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O método dos elementos finitos é uma técnica pela qual transforma-se um problema
contı́nuo em discreto, de modo que a solução seja obtida num número finito de pontos, sendo
eles os nós dos elementos cujo domı́nio em estudo foi discretizado. Neste trabalho tem-se
um domı́nio espacial bidimensional, sendo utilizado um elemento de forma triangular com nós
localizados em seus vértices, utilizando funções lineares para interpolar as coordenadas e as
incógnitas do problema. Um elemento finito triangular genérico é apresentado na Figura 1 com
seus nós (1, 2 e 3) e suas respectivas coordenadas.
(ai + bi x + ci y)
Li = (i = 1, 2, 3), L1 + L2 + L3 = 1 e φ = L1 L2 L3 , (8)
2A
onde ai = xj yk − xk yj , bi = yj − yk e ci = xk − xj (i, j, k = 1, 2, 3 e i 6= j 6= k).
Deste modo são montadas as matrizes para cada elemento, então deve-se fazê-la para todo o
sistema, aplicar as condições de contorno e adotar um esquema para integrar no tempo. Depois
de realizar estes passos, calculam-se as incógnitas do problema h e Ui em cada nó da malha.
Para aplicar o método baseado nas linhas ou direções caracterı́sticas (em inglês:
“Characteristic Based Split Method” - CBS), para o sistema de equações de águas rasas, se
faz uma separação das variáveis do problema, que são as componentes do fluxo por unidade de
largura Ui (ou as componentes da velocidade Ûi ) e a profundidade total h.
O esquema é apresentado com detalhes por Zienkiewicz et al. (2005), cuja variável é obtida
a partir da expansão em Série de Taylor, com incremento de tempo ∆t = tn+1 + tn . A
primeira etapa do esquema CBS consiste em resolver a equação da conservação da quantidade
de movimento sem os termos de pressão, dividindo-a em ∆Ui = ∆Ui∗ + ∆Ui∗∗ , onde a pressão
é considerada como um termo fonte em ∆Ui∗∗ . Depois de calcular ∆Ui∗ , a pressão é calculada.
Por fim, na última etapa, ∆Ui é determinado a fim de obter o fluxo médio Uin+1 avaliado no
tempo n + 1 através de Uin+1 = Uin + ∆Ui .
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O procedimento apresentado pelos três passos podem ser resolvidos de forma explı́cita ou
implı́cita, para um esquema totalmente explı́cito, como será adotado neste trabalho, utiliza-se
1
2
≤ θ1 ≤ 1 e θ2 = 0. Para isso, a condição para estabilidade é que o passo de tempo adotado
l
seja menor ou igual ao intervalo de tempo crı́tico. Ou seja, ∆t ≤ ∆tcrit , sendo ∆tcrit = cw +|U i|
,
cujo l é um tamanho caracterı́stico do elemento, cw é dado por (3) e |Ui | é o valor absoluto de
Ui (Grave, 2016).
Dados tais pressupostos, faz-se a discretização no tempo das equações obtidas com a
aplicação de elementos finitos. Então:
Passo 1:
n
1 ∗ ∆t 0 1
= −∆t Aj U j + ∆U j − h(−D kj p + f p ) + 2 (M D − M )∆pm ; (10)
2 2 cw
Passo 3:
n
m+1 ∆t u u
(M D ∆U i ) = M ∆U i − ∆t h Ai p − (−Dki p + f p ) + (M D − M )(∆U i )m ; (11)
2
Cálculos finais:
i 21
U n+1
h n+1
2p
U n+1
i = U ni + ∆U i , pn+1 = pn + ∆p, hn+1 = H 2 + g
e Û i = i
hn+1
,
M = Ω φT φ dΩ M ν = ν0 M Mβ = β M
R
R ∂φ
∂φ
M D = Ω3 I φT ∂xj dΩ Auj = φT
R
Aj = Ω Ω
Û
∂xj j
dΩ
R T ∂φ
∂φ ∂φ
Au,β T u,ν 0
AH (φT ∂xi )dΩ
R R
k = Ω
φ Û k ∂xk dΩ A k = ν Ω
φ Û k ∂xk dΩ i = g η Ω
∂φT ∂(Û k φT )
Pw φT dΩ P 0k = P u,w
R R R
i = γi Ω Ω ∂xk
dΩ k,i = γi Ω ∂xk
dΩ
g |U |
φT qnp dΓ
R
f= Γ
γi = cd |W | Wi β= 2
c2m h
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∂(Û j φ) ∂(φp)
f ukj = (Û k φT ) (Û k φT )qnu dΓ f up = (Û k φT ) (Û k φT )qnp dΓ
R R R R
Γ ∂xj
nj dΓ = Γ Γ ∂xj
nj dΓ = Γ
h i
∂(φ Û j ) ∂(Ûj ) ∂p ∂(φ p)
qnu = ∂xj
nj = ∂xj
nj qnp = ∂xn
= ∂xj
nj
0 0
Dukj (m, n) = Dkj [(m), (n)]Û k [(m)]Û j [(n)] P u,w
k,i (n) = P k [(n)]U k [(n)]
Au,β
k (m, n) = β Û k [(n)]Ak [m, (n)] Au,ν
k (m, n) = ν Û k [(n)]Ak [m, (n)]
A cidade de Pelotas localiza-se, conforme a Figura 2, no estado do Rio Grande do Sul (RS),
no sul do Brasil (latitude: −31o 460 19”; longitude: −52o 200 3300 ). O municı́pio ocupa uma área
de 1.600 km2 , aproximadamente, sendo a quarta cidade mais populosa do estado, com cerca de
343.000 habitantes, que na sua maioria reside na zona urbana (Lima, 2016).
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3. Resultados
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Na Figura 4 observa-se o inı́cio das simulações, em t = 90 s (0, 025 h), a altura h varia
nas proximidades dos fluxos de entrada. Em t = 1.800 s (ou 0, 5 h), o nı́vel d’água aumenta,
os vetores indicam a intensidade e a direção do escoamento com ondas longas. Ao longo do
tempo, apresentado na Figura 5, aumenta o volume dentro da geometria de controle, sendo esta
a enchente. Em t = 21.600 s (ou 6 h), a altura total máxima chega a 7, 25 m, a qual ocasionaria
inundações no bairro localizado nas proximidades.
4. Considerações finais
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Agradecimentos
REFERÊNCIAS
Abstract. Modeling in shallow water systems enables important contributions to the prediction
of environmental disasters, since it is possible to represent the hydrodynamic behavior of
a two-dimensional domain with height variation. Like this, it is possible to describe the
horizontal behavior of the fluid as well as the water level, essential for flood forecasting. In
this work, discretization is done of equations by the Galerkin finite element method, domain
with triangular elements with nodes at their vertices and interpolation function linear. Since the
characteristic lines method is used in temporal discretization, stabilizing the terms of adveccion.
The methodology is applied in Praia do Laranjal, located in the urban area of the city of Pelotas,
state of Rio Grande do Sul, performing numerical simulations in cases test, representing the
flow in the water body and verifying the increase in the height of the water.
Keywords: Hydrodynamic modeling, Characteristic based split method, Finite element method,
Laranjal beach.
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1. INTRODUÇÃO
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Para que seja possível a solução única das equações de balanço espacial SN utilizamos
as equações auxiliares do método DD que escrevemos na forma
(7)
(8)
Na Fig. (2) mostramos os varridos usados no esquema iterativo SI (Source Iteration) para
resolver numericamente as equações de balanço espacial SN junto com as equações auxiliares
do método DD e condições de contorno prescritas (Lewis e Miller, 1984). O esquema de
varredura consta de quatro direções de varrido: 1. Varrido do sudoeste para nordeste (A), 2.
Varrido do sudeste para noroeste (B), 3. Varrido do nordeste para sudoeste (C), e 4. Varrido
do noroeste para sudeste (D). A continuação, derivaremos as equações de varredura para o
caso (A).
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Primeiramente, explicitamos os fluxos angulares emergentes das Eqs. (7) e (8). Substituímos
o resultado nas equações SN e resolvemos para o fluxo angular médio na célula de
discretização espacial . Podemos escrever o resultado da forma
(9)
(10)
(11)
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rendimento em nosso código, fazemos um ciclo serial adicional fora do ciclo primário para
atualização do termo de fonte de espalhamento dentro de cada iteração.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Tabela 1. Fuga de nêutrons gerada pelo método DD para várias grades de discretização
espacial
Figura 4. Fluxo escalar de nêutrons para uma grade de discretização espacial 200 x 200.
Para os testes das versões serial e paralela foi usado um computador com o sistema operativo
(SO) Ubuntu 16.04 de 64 bits com dois processadores XEON E5-2420 Hexa Core da Intel,
totalizando 12 núcleos físicos e 12 núcleos hyper-threading, disponibilizando 24 núcleos com
velocidade de 1.90 GHz; e 16 GB de memória RAM. Na Tabela 2 mostramos os resultados
dos tempos de execução variando a quantidade de processadores usados para executar a
versão paralela. Na tabela 2 reportamos as métricas de programas paralelos (speedup e
eficiência) nos experimentos numéricos realizados. Para os testes foi usada uma grade de
discretização espacial de 1000 x 1000 nodos e uma quadratura LQn de ordem 6. Na Fig. 4
plotamos o speedup do código em função do número de processos. De forma geral ao
usarmos um maior número de processos conseguimos tempo de processamento menores. O
menor tempo de execução foi obtido ao usar os 24 processadores disponíveis conseguindo um
speedup de 7,53 em comparação com a simulação serial. O speedup apresenta comportamento
sublinear, com valores próximo do comportamento linear para poucos processos, e um forte
afastamento do comportamento linear ao aumentar o número de processos. Ao analisarmos a
eficiência, nota-se que entre 2 e 12 processos os valores de eficiência são satisfatórios com
resultados entre 0,5 e 0,8. Entretanto, para 24 processos se observa uma queda pronunciada na
eficiência.
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Tabela 2. Tempo de execução e aceleração dos resultados do problema modelo para o caso de
uma grade de discretização espacial de 1000 x 1000 nodos.
6. CONCLUSÕES
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Reconhecimentos
REFERÊNCIAS
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Zika, M.R., Adams, M.L. (2000), “Transport synthetic acceleration with opposing reflecting boundary
conditions”. Nuclear Science and Engineering, 134, 159-170.
APPENDICE A
Abstract. In neutron transport problems with high scattering material media, the iterative
schemes used converge slowly to the correct solution. Various techniques to accelerate
convergence are reported in the literature, such as Chebychev acceleration, mesh
rebalancing and synthetic acceleration techniques. In this work, we present the
parallelization with OpenMP, as an acceleration technique, using the numerical method
Diamond Difference (DD) with iteration of the scattering source. For the parallelization of
the code we use the technique of inversion of cycles and isolate the critical sections outside
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the cycles in each iteration. The results generated by the method converge the reference
solution for fine spatial grids and require high processing times in the serial case in high
scattering ratio problems. For thick grids, the method is unstable, obtaining negative scalar
flow values. The parallel implementation of the method decreases the processing times. Better
processing times and higher speedup values are reported with the increase in the number of
CPUs used in the execution of the parallel version.
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Resumo. A microestrutura dos metais Babbitt consiste na junção de uma matriz dúctil com
particulados intermetálicos duros (SnSb ou Cu6Sn). A maioria dos novos materiais aplicados
em rolamentos são baseados em ligas do metal Babbitt. O presente trabalho busca estudar a
possibilidade da substituição de um anel de vedação de bronze (CuAl) com adição supercial
de estanho (Sn), por um anel de bronze com adição superficial de chumbo (CuAl +Pb),
aplicados em uma bomba de deslocamento positivo. Foram utilizadas amostras de SAE 68D
com dimensões de 2,5 x 2,5 x 50 cm, as quais foram submetidas a processos de tratamento
termoquímico, os quais se baseam em diferentes períodos de tempo (3, 4 e 5 horas). Durante
esse processo, ocorreu a difusão do elemento químico Pb para a superfície das amostras. A
dureza por microidentação foi realizada conforme a norma ASTM E92, seguido de uma
comparação entre os resultados obtidos para a liga em estudo (CuAl + Pb) e a liga de bronze
com estanho supercial (CuAl + Sn).
1. INTRODUÇÃO
Os metais babbit, foram inventados por Isaac Babbitt em 1839, sendo os mateirias mais
comuns usados como matéria prima para rolamentos clássicos, funcionam em máquinas
rotativas que variam de pequenos eixos à alta rotação usado em motores, sopradores,
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2. DESENVOLVIMENTO
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revelados após o lixamento e preparação e que não tiveram contato com o Chumbo (Pb), 6 a
12. Sendo o ponto 9 o mais distante do contato com o chumbo, variando as durezas entre
185,6 a 141,0 HV, revelando assim uma diminuição da dureza, demostrando que os átomos de
chumbo não penetraram na rede cristalina do bronze; como citado por Fernandes R. F. (2013).
Tal fato é ocasionado pela diferença entre os diâmetros atômicos do Chumbo e do Cobre,
principal elemento do Bronze, não permitiu que houvesse difusão para as camadas profundas
do metal base.
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(A) (B)
Figura 7- Variação de Dureza Vickers das amostras (A) para os tempos de 4 e 5 horas
nos setores 1 a 5 e (B) para os tempos 3, 4 e 5 horas nos setores 6 a 12.
Dureza Rockwell
Amostras Setor 1 Setor 2 Setor 3 Setor 4
Original 94 93 94 94
Anel 1 t: 3h 96 97 95 93
Anel 2 t: 4h 8 14 8 8
Anel 3 t: 5h 15 11 14 14
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3. CONCLUSÃO
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Silva LA. (2014). Substituição de anéis de vedação de ptfe por anéis de bronze (cual) com adição DE Sn
SUPERFICIAL. Dissertação (Mestrado Profissional em Materiais) – Fundação Oswaldo Aranha do Campus
Três Poços, Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda.
Thomson J, Zavadil R, Sahoo M, Dadouche A, Dmochowski W, Conlon M. (2010). Development of a Lead-
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Yanguo Y, Minghua J, Ting X, Zhixiang Z, Kun L, Jianwei L. (2006). ResearchProgress in Sliding Bearing
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Zeren A, Feyzullahoglu E, Zeren M. (2007). A Study on Tribological Behavior of Tin-Based Bearing Material in
Dry Sliding, Materials & Design. 28(1):318–323.
Abstract. A Babbitt metal microstructure consists of a soft matrix and hard intermetallic
particles of SnSb e Cu6Sn. Most of the new bearing materials are based on Babbitt metal
alloys. The present work aims to study the possibility of substituting a sealing ring of CuAl
Bronze coated with Tin (Sn) for a sealing ring of CuAl coated with superficial lead (Pb) on a
functional positive displacement pump. samples of SAE-68D with dimensions of 2.5 x 2.5 x 50
cm were used as specimens. These specimens were subjected to a thermochemical treatment
process, based on different periods ranging from 3, 4, and 5 hours. During these periods a
diffusion of the chemical element Pb occurred on the surface of the specimens. A Hardness
microindentation have been done following the procedures of ASTM E92, after that a
comparison between the different groups was analyzed. Besides the results were compared to
the previous operating sealing ring of CuAl bronze coated with superficial Sn.
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1. INTRODUÇÃO
O Brasil é um país que se destaca apresentando vantagens para a utilização das fibras
naturais lignocelulósicas (FNLs), por possuir uma extensa variedade e potencial para fibras
ainda não estudadas. Aliado ao desenvolvimento regional de regiões rurais e ribeirinhas que
não apresentam uma forte economia, permitindo um outro cenário a empregabilidade da
população envolvida na produção de fibras. Assim, uma variedade extensa de estudos voltados
ao uso de uma matriz polimérica com fibras naturais lignocelulósicas para proteção balística
confirma tal empregabilidade (Abtew et al, 2019; Braga et al., 2018, Da luz et al., 2015;
Oliveira et al., 2019; Silva et al., 2018)
A planta de Junco-sete-ilhas (Cyperus malaccensis Lam.) apresenta um número limitado
de estudos em aplicações de caracterização, composição e estrutura de suas fibras. A qual
encontrada na região do Vale do Ribeira no estado de São Paulo, na cidade de registro onde o
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cultivo é concentrado, exclusivamente nessa região no Brasil. Recebendo esse nome por ter sua
origem na região de sete ilhas no Japão. A Fig. 1 representa a planta de junco-sete-ilhas. (Hiroce
et al., 1988)
Figura 1- (a) zona de cultivo da planta Cyperus malaccensis Lam. (b) caule com
raízes da planta após colheita. (Shioya et al., 2019)
2. DESENVOLVIMENTO
Para preparação dos corpos de prova as fibras foram extraídas de uma esteira de junco-
sete-ilhas adquiridas por meio da empresa Artevale, localizada na cidade de Registro
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pertencente ao estado de São Paulo. Foram utilizadas “in natura” e estavam na forma de caule,
por isso foram limpas, desfiadas e cortadas.
Os procedimentos para a preparação das 36 amostras, divididas em seis grupos de intervalo
de diâmeto, e os procedimentos recomendados durante a realização dos ensaios estão em
conformidade com a norma ASTM D2101 e foram realizados em uma máquina universal de
tração modelo EMIC, de acordo com a Fig. 2, com célula de carga de 20 kN e com uma taxa
de deformação de 0,9 mm/min. A confecção das amostras foi feita, com o intuito de prender
as extremidades das fibras com o auxílio de uma fita adesiva visando evitar o escorregamento
das fibras entre as garras da máquina de tração e o seu esmagamento.
Figura 1 - (a) Máquina universal EMIC (b) amostra antes de ser feito o ensaio de tração.
Baseado na carga máxima, a resistência à tração de cada fibra foi obtida e seus valores
foram analisados estatisticamente pelo método de Weibull para cada diâmetro de intervalo
[9,10]. A Fig. 3 mostra os gráficos de confiabilidade para os seis intervalos de diâmetro.
Além disso, é possivel observar que todas as figuras são unimodais com uma curva retilínea
ajustando os pontos do mesmo intervalo de diâmetro, gráficos similares estão presentes na
literatura a cerca de outras fibras naturais lignocelulósicas. (O'connor, PD & Kleyner, 2012;
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Monteiro et al., 2011; Faruk et al., 2012; Thakur et al., 2014; Güven et al., 2016; Pickering et
al., 2016; Trujillo et al., 2014)
A Tabela 1 demonstra os valores de tensão máxima obtida no ensaio de tração relacionados
com os intervalos de diâmetro, além disso estão presentes os parâmetros de β, R² e a tensão
máxima característica (θ).
Tensão Coeficiente
Tensão
Diâmetro Desvio Módulo de característica de
máxima
médio (mm) Padrão Weibull (β) Θ correlação
(MPa)
(MPa) (R²)
0,2300 163,4800 84,8800 2,0740 189,4000 0,9776
0,3600 81,7300 14,2800 6,6850 87,2600 0,8895
0,4800 66,0200 47,8300 1,4750 76,6700 0,9279
0,6100 32,3500 282,700 0,4586 46,9400 0,7648
0,7400 61,8300 33,1200 1,9950 71,3300 0,9735
0,8600 40,7400 20,6600 2,1360 47,3500 0,7506
Baseado nos valores do parâmetro βpode ser concluído que os dados seguem uma
distribuição estatística de Weibull com boa precisão para os intervalos que apresentam um
maior valor do módulo. Além disso, o parâmetro R² indica um bom ajuste linear para os
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intervalos com valores acima de 0,9. Dessa forma, os valores encontrados em intervalos com
bom ajsutes lineares são mais homogêneos e não apresentam uma dispersão muito elevada entre
os resultados encontrados para um mesmo grupo. No gráfico da Fig. 4 mostra a tensão máxima
em função do diâmetro médio das fibras de junco-sete-ilhas. A tabela constata a existência de
uma tendência de aumento significativa com a diminuição do diâmetro, evidenciando uma
diferença significativa das propriedades mecânicas em fibras com maiores diâmetros. Uma
menor presença de quantidades de defeitos presentes em fibras de menor diâmetro justifica essa
diferença nas propriedades mecânicas.
As barras de erro que indicam uma dispersão grande nos valores de resistência à tração
são devidos a heterogeneidade e a características aleatórias no processo de formação biológico
das fibras naturais. Os valores de tensão característica da fibra de junco-sete-ilhas foram
adquiridos através da estatística de Weibull. O resultado obtido é demonstrado na Fig. 5 e
fornece uma visualização de uma queda abrupta do valor da tensão característica do primeiro
intervalo para o segundo e uma constante tendência a diminuição da tensão até o intervalo de
maior diâmetro.
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Figura 7: microestrutura da fratura de uma superfície grossa com uma ampliação de 500x.
3. CONCLUSÃO
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A análise estatística de Weibull revelou uma relação inversa entre os diâmetros das fibras
a resistência à tração. Demonstrando que a tensão tende a aumentar a medida que o diâmetro
das fibras diminuem.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Abstract. The fibers extracted from the stem of the seven-islands-sedge (cyperus malaccensis
lam.) plant have been investigated as possible composite reinforcement, aiming to discover a
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possible new fiber for an engineering aplication. Analysis of the distribution of the diameter
and how it affects the mechanical properties of seven-islands-sedge. Acording to , ASTM
D2101, for the first time in the literature the diameters of the fibers were analyzed by the
Weibull method, indicating an inverse depence and higher tensile strenght were achieved for
the thinnest fibers. Besides an investigation of the microstructure by a scanning electron
microscopy have shown a mechanism for this dependence. Also a mathematical hyperbolic
relationship have been found to adjust the inverse correlation.
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Resumo. O metal Babbitt está sendo amplamente utilizado durante anos como material de
rolamento, embora possua um alto custo. O presente trabalho visa o uso de uma liga bronze
alumínio CuAl com estanho (Sn) superficial como um substituto para o polímero
politetrafluoroetileno (PTFE) usado pela indústria em muitas aplicações tribológicas,
destacando seu uso em rolamentos, selos e anéis de vedação. Embora, possuam muitas
características positivas fornecidas pelo material os mesmos falham em altas pressões e
temperaturas. Por essa razão e visando reduzir custos adquirindo um material que atue sob
essas condições possuindo um alto custo, a presente pesquisa utilizou amostras de bronze
alumínio CuAl SAE-68D submetido a um processo de tratamento termoquímico para
diferentes períodos de 3, 4 e 5 horas em temperaturas acima de 150°C. A maior difusão se
encontra presente no período de 5 horas. Depois disso algumas análises de microscopia
eletrônica por Varredura e EDS foram realizadas para verificar as diferenças de gradiente
presentes nas amostras.
1. INTRODUÇÃO
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1994; Kamal M, 2010). Até então, muitos materiais foram testados como componente de
rolamento. Em 1839, uma liga consistindo de Sn-Sb-Cu foi patenteada por Babbitt para esse
propósito. A liga de Babbitt, conhecida como metal branco, se tornou indispensável para
mancais de deslizamento e como um bom material de revestimento em aços (Zeren A, et al.,
2007; Goudarzi MM, et al., 2009). Essas ligas são amplamente usadas como rolamentos e a
microestrutura é constituída de uma matriz dúctil e dois compostos particulados
intermetálicos (Goudarzi MM, et al., 2009; Chen SW, et al., 2012). Possuem uma excelente
resistência a corrosão, entretanto seu custo é elavado (Bora MO, et al., 2010; Roberts EW,
1990).
Lubrifiçação por meio de lubrificantes sólidos são concebidas em aplicações que
necessitam de um bom componente tribologico. Entretanto, as formas utilizadas para
aplicação de revestimento apresentam desvantagem em relação a durabilidade curta de filmes
finos aplicados por deposição sputter (Roberts EW, 1990).
Devido a esses conceitos, o presente trabalho, buscou substituir um anel de vedação de
politetrafluoretileno (PTFE), amplamente usado em muitas aplicações tribologicas, aplicado
em uma bomba de deslocamento positivo que apresentava diversas falhas prematuras antes do
tempo de troca recomendado. Visando incorporar um material resistente à altas pressões e
temperaturas e um custo benefício, optou utilizar um bronze aluminio CuAl tratatado
termoquimicamente com um pó de estanho (Sn) em contato com a superfície do metal base.
Análise feitas por um microscopio de varredura e a técnica de EDS foram utilizadas para
verificar se o estanho difundiu pela superfície modificando a microestrutura e
consequentemente as propriedades do material como um todo.
2. DESENVOLVIMENTO
Para realização dos ensaios e caracterizações foram utilizados três anéis de bronze
alumínio SAE-68D. As amostras foram adquiridas nas seguintes dimensões: diâmetro interno
35,4 mm e diâmetro externo 46,9 mm.
As amostras foram preparadas seguindo algumas etapas antes da realização do processo
de difusão. As amostras dos anéis de vedação foram divididos em quatro setores. Com quatro
posições sendo, (a) borda externa, (b) centro, (c) borda interna, (d) e (e) corte transversal. A
técnica de marcação ajuda mapear cada área da amostra conforme Fig. 1, a seguir. O
primeiro digito é composto da letra “S” indicando o setor mais o número da partição e o
segundo digito identifica a posição do setor em relação a análise .
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As imagens obtidas por microscopia eletrônica serão apresentadas a seguir, para isso, os
anéis de bronze 1, 2 e 3 foram divididos em setores para análise de suas microestruturas.O
anel 1, tratado termoquimicamente, por 3 horas é representado pela figura 3 (a) e (b) que
compõe a borda externa, onde é visível o surgimento de duas estruturas distintas. Observa-se
que a Fig. 3(c) representada pelo o centro do anel é visível o surgimento de alguns pontos
isolados de estanho. A figura 3(d) representa a borda interna do anel, onde novamente aparece
o mesmo cenário das figuras iniciais, ou seja, duas estruturas distintas. Já no corte transversal
representado pela imagem 3(e) aparece uma pequena área de migração de estanho.
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A figura 4 representada pela imagem (a) borda externa e imagem (b) borda interna do
anel tratado termoquimicamente no período de 4 horas é possível visualizar alguns poros na
estrutura do bronze com início de migração do estanho. O centro e o corte transversal do anel
representado respectivamente pela imagem (c) e (d) exibe pontos isolados de poros e estanho
em suas estruturas.
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Na figura 5 representada pelas seguintes imagens: (a) borda externa, (b) centro, (c) borda
interna e (d) corte transversal do anel 3, são marcadas com diversos pontos com migração do
estanho na estrutura do bronze. A grande concentração do estanho no anel foi devido ao
tratamento termoquímico que foi realizado no período de 5 horas.
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3. CONCLUSÃO
O bronze alumínio passou por um processo de difusão com pó de estanho nos períodos de
três, quatro e cinco horas com a temperatura 150 ºC. Foi observado que os anéis tratados
termicamente com estanho no período de quatro e cinco horas de tratamento, foram
suficientes para o estanho se difundir em sua superfície e através de toda a espessura da
amostra. Além disso, a concentração do estanho colaborou na auto lubrificação do bronze,
devido o estanho também agir como lubrificante.
Agradecimentos
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Dry Sliding, Materials & Design. 28(1):318–323.
Abstract. Babbitt metal alloys are widely applied as bearing materials for years, despite their
high cost. The present work aims to use a bronze aluminum CuAl alloy coated with superficial
tin (Sn) as a replacement of polytetrafluoroethylene (PTFE) polymer widely used in industry
for many tribological applications, highlighting their use in plain bearings, rings and seals.
Despite, some positive characteristics given by this material it may fail and lose their
properties at high pressures and temperatures. For this reason and aiming to reduce some
costs by acquiring expensive materials, the present research worked with samples of CuAl
bronze SAE-68D subjected to a thermochemical treatment processes for different periods of
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3, 4 and 5 hours at temperatures above 150°C. The higher diffusion has occurred in the
period of 5 hours. After that some analysis of scanning electron microscopy (SEM) and EDS
have been done to verify the differences of the gradients of Sn present on the specimens.
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Resumo. O fim do período de maior produtividade dos campos de petróleo e gás na Bacia de
Campos no litoral sudeste brasileiro, tem sido amplamente discutido em ambientes industriais
e acadêmicos, dado que remoção das muitas estruturas off shore, pode gerar impactos
significativos e demanda uma atenção minuciosa dos órgãos ambientais. Dentro dessa etapa
denominada “descomissionamento”, as perturbações relacionadas à remoção dos dutos
flexíveis submarinos precisam ser avaliadas, pois é formada uma pluma de sedimentos em
suspenção durante a operação de recolhimento, podendo gerar impactos na vida marinha local.
Modelos computacionais de dispersão de sedimentos são largamente utilizados em estudos para
fins de avaliação de impactos ambientais, permitindo estimar a altura da pluma formada, assim
como o volume de material ressuspendido, que são variáveis fundamentais para avaliação das
dimensões da trincheira formada durante a operação. Entretanto, a obtenção destes dados
depende da disponibilidade de boas imagens da operação que são capturadas por um veículo
remotamente operado. Para possivelmente sanar a falta informação em algumas imagens, é
proposto então, o uso de um modelo matemático gerado por uma rede neural que, dada as
dimensões de uma trincheira, pode-se prever a altura da pluma. A deficiência de variáveis pode
muitas vezes inviabilizar a avaliação pretendida, para tal, a previsão de dados faltantes a partir
daqueles conhecidos se mostra útil.
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1. INTRODUÇÃO
Muitos campos de produção de petróleo e gás offshore no Brasil atingiram o fim de suas
vidas economicamente produtivas e muitas instalações também estão atingindo, ou já
excederam, a vida útil de projeto (Mimmi et al., 2017). Como resultado, a demanda por
descomissionamento de campos de petróleo e gás no Brasil tem aumentado significativamente
e operadoras e reguladores precisam decidir as melhores opções disponíveis para desativá-los
(Bond et al., 2018). Neste contexto, compreender os efeitos ambientais do descomissionamento
e das possíveis alternativas de uso destas estruturas é uma prioridade (Sommer et al., 2019).
Para explorar as reservas de petróleo e gás offshore, uma ampla infraestrutura é instalada
no leito marinho, incluindo as estruturas das plataformas, linhas de ancoragem, equipamentos
de poço e dutos submarinos. Os dutos submarinos a serem descomissionados na Bacia de
Campos são estruturas instaladas no leito marinho, que viabilizam o controle e operação do
sistema de produção (Rouse et al., 2018).
O descomissionamento dos campos de produção apresenta desafios financeiros, de
segurança, técnicos, ambientais e socioeconômicos para as partes interessadas e reguladores
(Fowler et al., 2014), e está submetido a padrões muito distintos de avaliação e proteção
ambiental ao redor do mundo que carecem de uma legislação com maior embasamento
científico (Cordes et al., 2016).
As características dos sistemas submarinos no Brasil (operação em águas rasas,
profundas e ultra profundas; amplo uso de dutos flexíveis; e grandes extensões de dutos
submarinos) e as condições ambientais (presença de rodolitos e corais de águas profundas) são
muito diferentes daquelas encontradas em projetos de descomissionamento em outras regiões
do mundo, especialmente no Mar do Norte (Nicolosi et al., 2018).
As atividades de remoção dos dutos submarinos podem causar danos físicos com
deslocamento ou remoção destas estruturas, perturbações associadas à qualidade da água,
causadas pela dispersão de sedimentos durante a operação, e soterramento do ambiente
bentônico pela deposição dos sedimentos (Paiva et al., 2020).Essas perturbações ambientais
estão relacionadas às particularidades da operação de recolhimento do duto, à hidrodinâmica
da região, à sedimentologia do leito marinho, e, especialmente, à quantidade de material
ressuspendido.
A avaliação de risco ambiental em áreas com presença de coral é normalmente analisada
a partir da modelagem da propagação dos sedimentos na água e da deposição destes sobre os
corais, levando em consideração os níveis de tolerância estabelecidos em estudos de campo ou
de laboratório (DNV, 2013). A estimativa de descargas e exposições a sedimentos
ressuspendidos na coluna d'água é uma tarefa complexa e varia entre as diferentes locações,
criando desafios para operadores e pesquisadores desenvolverem cenários realistas (Baussant
et al., 2018).
O volume de material ressuspendido pode ser estimado como uma função das
dimensões da trincheira formada durante o recolhimento do duto, uma abordagem análoga a
utilizada por Mengual et al. (2016) em operações de pesca de arraste. Assim como a altura da
pluma formada, a largura e altura da trincheira podem ser obtidas por meio do tratamento das
imagens capturas por ROV (Remotely Operated underwater Vehicle) durante a operação de
recolhimento dos dutos, e são dados de entrada fundamentais para a modelagem do transporte
de sedimentos, que pode ser utilizada na avaliação de impactos ambientais das atividades de
recolhimento dos dutos flexíveis submarinos.
Entretanto, as análises dos vídeos e imagens capturadas durante estas operações de
recolhimento demonstram limitações para a aquisição destas medidas ao longo de toda a
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operação. Em alguns casos, foi possível estimar com maior precisão a altura da pluma, por
exemplo, mas não houve qualidade de imagem suficiente para estimar as dimensões da
trincheira. Houveram também momentos da operação, em que as imagens estavam favoráveis
a estimar com clareza as dimensões da trincheira, mas não era possível avaliar a altura da pluma.
Neste cenário, é proposto utilizar uma rede neural, que auxilia no preenchimento de falhas
nos dados necessários para simulação da dispersão de sedimentos, e que pode servir na
avaliação dos riscos ambientais ocasionados pela operação de recolhimento de dutos flexíveis.
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2. METODOLOGIA
Este estudo teve acesso a quatro vídeos de diferentes operações de recolhimento de dutos
flexíveis na bacia de Campos. Três destes registros são referentes a operações na plataforma
continental (com lâmina d’água inferior a 200 m) nos campos de produção de Pargo, Corvina
e Bicudo. O quarto vídeo disponibilizado registrou uma operação de recolhimento de duto no
campo de Marlim, no talude continental.
O objetivo da análise dos vídeos foi permitir o entendimento sobre os principais
mecanismos pelos quais se dá a ressuspensão de sedimentos, e sobre a dinâmica inicial da pluma
de sedimentos, para que sejam propostos parâmetros adequados para as descargas de sedimento
para o modelo de transporte de sedimentos, ou seja, a altura da descarga, e volume de material
ressuspendido.
Com o apoio do software ImageJ, e de seu “plugin” FIJI (Schindelin et al., 2012), as
capturas de tela dos vídeos, em diversos estágios da operação de recolhimento, foram
analisadas, com o objetivo de identificar as dimensões da trincheira (rastro) deixada pela
operação, em uma abordagem análoga à realizada para estimar o volume ressuspendido durante
a pesca de arraste (Mengual et al., 2016). Dado que o diâmetro externo do duto é conhecido
(Dd), por meio da contagem de pixels das demais medidas indicadas na imagem, o software
ImageJ auxilia na estimativa da altura (ht) e largura (wt) da trincheira aberta durante a operação,
e a altura (Hp) alcançada pela pluma de sedimentos no momento imediatamente após a
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ressuspensão, em uma abordagem similar à realizada por Bombrun et al. (2018) na estimativa
das dimensões da pluma vulcânica, exemplificada na Fig. 2.
Tendo os dados tabelados, pode-se dar início ao tratamento deles e pôr seguinte efetuar
o treinamento. Com a ajuda da biblioteca de manipulação e análise de dados, pandas
(McKinney, 2010), foram feitos ajustes no conjunto. Assim, foi criado um dataframe para cada
um dos conjuntos de imagem, tendo as informações das dimensões da trincheira e altura da
pluma.
Nem todas as fotos apresentaram as variáveis de forma nítida, sendo assim, houveram
casos onde não se conseguiu obter todos os dados necessários, assim, no caso dessas imagens,
seus dados foram descartados por completo. Os dados também foram normalizados, pois
utilização dessa técnica gera redução tanto no erro em um fator de 5 a 10, quanto no tempo de
treinamento (Sola, J., Sevilla, J. 1997), pois os pesos conseguem de adequar melhor a dados
que estão dentro de uma sorte de números delimitados.
Após o tratamento dos dados, para fins de visualização, foram gerados gráficos de
correlação (Fig. 3), onde o eixo vertical representa a altura da pluma e o eixo horizontal a largura
(Fig. 3 (a)) e altura (Fig. 3 (b)) das trincheiras. Também foi gerado um gráfico para cada
conjunto provenientes dos outros campos de produção.
(a) (b)
Figura 3 - correlação dos dados de Corvina. (a) Relação entre largura da trincheira e altura da
pluma. (b) Relação entre altura da trincheira e altura da pluma.
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método de imputação, como por regressão, sequencial entre outros (Song, Shepperd ,2007).
Para contornar esse problema, optou-se pela junção dos dados dos 4 conjuntos em apenas um
(a) (b)
Figura 4 – Representação dos dados concatenados (a) Relação entre largura da trincheira e
altura da pluma. (b) Relação entre altura da trincheira e altura da pluma.
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(1)
(2)
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tanto a relação entre largura ou altura da trincheira com a altura da pluma se mostrou fraca
pela métrica de correlação de Pearson, tendo 0.185 e 0.277, podendo ser considerada uma fraca
relação entre os dados (Schober et al., 2018). Lidando como um modelo de regressão, as
métricas de avaliação em geral são ligadas ao erro, para verificação de quão o modelo foi bem
implementado. Fazendo o cálculo de MSE entre os resultados finais, temos o valor de 0.21
pontos, que equivalem a 21cm de diferença, a pontuação R2, tem o valor de 0.51. Levando em
consideração a não linearidade do modelo, valores como esses representam progresso.
Predições exatas poderiam representar que houve sobreajuste nos dados, ou seja, estaria deveras
adaptado a aquele conjunto, mas valores diferentes provavelmente não teriam o mesmo efeito.
Figura 5 –Previsão sob dado reais e Erro total. Dado predito (azul) em relação a dados
experimentais (vermelho).
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Na Fig. 5, tem-se uma visualização 3D dos dados previstos sobrepostos aos dados originais.
De maneira separada, tanto a altura quanto a largura da trincheira apresentaram baixa correlação
com a altura da pluma, porém, ainda assim, foi possível construir um modelo que pudesse
predizer com uma precisão considerável. Na Fig. 5 os dados reais estão representados por
pontos vermelhos e os previstos por triângulos azuis. É possível observar que a os dados
previsto não estão muito distantes do que foi estimado. E na Fig. 6 tem-se o gráfico com erro
total absoluto, as previsões tiveram um erro médio absoluto de 0.32.
4. CONCLUSÃO
O modelo apresentou ser promissor. Entretanto, pode ser melhorado, com novos testes de
outras funções de ativações, mudanças na sua estrutura e arquitetura que podem promover em
resultados melhores.
A implementação desse modelo permitiu mostrar a viabilidade de usar redes neurais para
gerar novos modelos a partir de dados de imagens, principalmente para suprir a necessidade de
informações faltantes de operações em que seja difícil conseguir imagens nítidas.
A vantagem de prever a altura da pluma é ter uma solução alternativa para a falta de tais
informações, que inviabilizariam o uso de todo experimento para simulação da dispersão de
sedimentos na operação. O uso da ferramenta em conjunto com o modelo de dispersão permitirá
uma melhor previsão do comportamento dos sedimentos durante a operação de recolhimento
de dutos e consequentemente possibilitará um melhor controle do impacto causado ao meio
ambiente no descomissionamento de dutos flexíveis interligados às plataformas de produção.
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Abstratc. The end of the period of most productivity of oil and gas fields in the Campos Basin
on the southeast coast of Brazil has been widely discussed in industrial and academic
environments, since the removal of the many off shore structures can generate significant
impacts and demands thorough attention from environmental agencies. Within this stage called
"decommissioning", the disturbances related to the removal of the submarine flexible pipelines
need to be evaluated, since a plume of sediments is formed in suspension during the collection
operation, which may generate impacts on local marine life. Computational models of sediment
dispersion are widely used in studies for environmental impact assessment, allowing the
estimation of the height of the plume formed, as well as the volume of resuspended material,
which are fundamental variables for assessing the dimensions of the trench formed during
operation. However, the obtaining of this data depends on the availability of good images of
the operation that are captured by a remotely operated vehicle. In order to possibly remedy the
lack of information in some images, it is proposed then, the use of a mathematical model
generated by a neural network that, given the dimensions of a trench, can predict the height of
the plume. The deficiency of variables can often make the intended assessment impossible, so
the prediction of missing data from those known is shown to be useful.
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Resumo. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a importância do uso de uma taxa de
injeção variável de um processo de redução de enxofre em panelas de ferro-gusa líquido que
ofereçam eficiência com menor custo operacional com a redução do consumo específico do
agente dessulfurante. O resultado obtido através deste estudo pode ser praticamente aplicado
no processo operacional por meio de um procedimento de dessulfurização, o que proporciona
melhores condições operacionais e econômicas, alcançando resultados que podem ser
extendidos a outras unidades de dessulfurização existentes nas diversas fábricas no mundo. As
amostras foram analisadas pelo equipamento LECO S230. Foi comprovado que o processo de
redução oferecia ganhos econômicos para a indústria siderúrgica, aliados a uma economia de
insumos e tempo de processo.
1. INTRODUÇÃO
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de qualidade para resistir a HIC (trinca introduzida por hidrogênio) e aços de alta resistência
para atender o mercado de chapas blindadas ou chapas para tanques de GNL (gás natural
liquefeito) ( Kuttner, 2014).
O enxofre no ferro gusa líquido possui origem no redutor, sendo o processo de
dessulfuração realizado na panela de transferência e no carro torpedo. A retirada do enxofre
do ferro gusa é uma reação química de redução e não ocorre de forma limitada a uma parte
oxidante (Freikmut & Ainring, 2004; Silva, 2012).
A eficiência do processo de dessulfuração do gusa pode levar a redução do consumo
de agentes dessulfurantes e consequentemente os custos de dessulfuração, testes industrias
foram realizados. Conforme a eficiência do processo de dessulfuração pode ser medida pelo
fator K (Silva et al., 2012).
Os principais agentes dessulfurantes, ou melhor, o que é comum encontrar nos
processos, são aqueles que apresentam o cálcio em sua composição devido ao fator afinidade
do enxofre com o mesmo. Assim, temos o CaO como uma fonte comum e economicamente
viável para servir como matéria prima ao insumo, mas o mesmo deve ter combinações para
que haja a eficiência no processo. Conforme é descrito, há também outros dessulfurantes
comuns, bem usuais nas usinas: o Carbureto de Cálcio (CaC2), Magnésio (Mg) e Soda
(NaCO3). Estes três dessulfurantes são muito mais eficientes que o CaO, porém o custo
R$/ton (real por tonelada) é maior (Yang, 2012).
Devido a esses conceitos, o presente trabalho, buscou avaliar o ganho em relação a
possibilidade de diminuir a quantidade de agente dessulfurante a injetar ganhos no processo
operacional e ganho de tempo das pesquisas realizadas por Azevedo e colaboradores (2019)
no qual foram apresentadas no 74° Congresso Anual da ABM, que buscou vericar o
mecanismo de reação do carbureto de cálcio através do microscópio eletrônico de varredura
(MEV) e espectroscopia de energia dispersiva (EDS), além de ultilizar o FactSage 7.1
(Sistema de Banco de Dados Termodinâmicos) para simulação do mecanismo de reação e
entendimento do comportamento do agente dessulfurante frente ao oxigênio.
2. DESENVOLVIMENTO
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Com essa alteração operacional pode-se atingir a redução de 25% no consumo de agente
dessulfurante, conforme Fig. 2. Onde as novas misturas são referentes a formação de escória
CaS, CaO e CaC2.
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Si
ln =k×t (2)
Sf
Dessa forma substituindo os termos de Q e C pelo tempo de tratamento a Eq. (3) foi
utilizada para o presente estudo.
Si C
ln =k× Q (3)
Sf
É possível incluir a vazão na constante K pelo fato dessa vazão ser constante, dessa forma
é possível calcular o parâmetro K utilizado, geralmente, para medir a eficiência de
dessulfuração. As amostras foram analisadas no aparelho LECO S230, sendo reponsável pela
queima da amostra coletada e através de uma célula de enxofre, juntamente com uma calibração
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adequada gera o resultado em percentual de enxofre. O teste 1, foi realizado sob uma vazão
constante a cada 4 minutos.
Além disso, foi possível gerar um gráfico para saturação do enxofre conforme
observado na Fig. 3.
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No segundo teste, foi realizado a variação da taxa de injeção, com o conceito de iniciar
o processo com um valor de taxa de injeção mais elevado, diante da oferta de enxofre no metal
líquido e após injetados 50% do agente dessulfurante proposto. Além de reduzir a taxa de
injeção visando a redução da velocidade de subida do agente dessulfurante para a escória e
assim, possibilitando que o mesmo faça a reação com o enxofre dissolvido no banho metálico,
que neste momento tende a estar com um percentual menor na panela. Diante desse conceito, a
Tabela 2 foi gerada sendo referente ao segundo teste.
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1 0,28 Constante
2 0,39 Variável
Com este resultado, pode-se criar uma metodologia de processo, com padronização, para
aplicação na operação, visando melhora na eficiência e com isso, redução no consumo de agente
dessulfurante. Observa-se que, no segundo teste, a operação poderia ter interrompido o
processo, no tempo de injeção de 21 minutos, aproximadamente, ou seja, o resultado objetivado
do teor de enxofre, foi alcançado antes do tempo final, de 26 minutos. Com isso, teria-se um
ganho na redução do agente dessulfurante injetado e menor tempo da panela no tratamento,
liberando o metal mais rápido para a aciaria. Analisando o resultado do fator K, constante de
eficiência, nos testes, podemos verificar que é possível reduzir a quantidade de dessulfurante a
ser injetado, conforme Tabela 4 e, assim, tornar o processo de dessulfuração em panelas mais
econômico, com ganho de eficiência, visto que, o agente dessulfurante é o maior responsável
pelo custo do processo.
Quantidade
Taxa de Quantidade à Injetar
Real Previsto Economia
Teste K Injeção real Injetada Utilizando o
(Kg/Ton) (Kg/Ton) Prevista (%)
(Kg/min) (Kg) Método
(Kg)
1 0,28 Const. 6,04 1246
- - -
2 0,40 Variável 6,08 1239 823 4,11 33
Tomando conhecimento do custo em dólares ($) por tonelada (ton), para chegar a um
tratamento que tem como objetivo final, em enxofre de 140 parte por milhão (ppm) . Podendo
ser utilizado os valores encontrados na tabela 5, juntamente com a aplicação do conceito do
segundo teste. (Iron & steel technology, 2013).
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$/ton
1,74 2,61 3,02 3,42 3,95 4,09 4,36 5,33
Previsto
Além disso, na Fig. 5 são apresentados os dados referentes à Tabela 5, onde pode-se
observar o ganho com a aplicação do conceito para o segundo teste.
3. CONCLUSÃO
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Agradecimentos
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Abstract. The present work aims to evaluate the importance of using a variable injection rate
of a sulfur reduction process in hot metal pans that gives efficiency with a lower operating cost
with the reduction of the specific consumption of the desulphurizing agent. The result obtained
through this study can be practically applied in the operational process through a pig
desulphurization procedure, which provides better operational and economic conditions,
reaching results that can be extended to other desulphurization units existing in the various
plants around the world. The samples were analyzed by LECO S230 equipment. It proved that
the reduction process offered economic gains for the steel industry allied to an economy of
insumes and time of process.
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1. INTRUÇÃO
Com a crescente pressão global para a substituição de resinas sintéticas utilizadas pelas
indústrias. O desenvolvimento de biopolímero e polímeros verdes tornou-se motivação para o
desenvolvimento de produtos que possuam propriedades semelhante às resinas sintéticas,
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sítios específicos permite a interação a nível molecular entre polímeros polares e apolares, ou
entre polímeros. O anidrido maleico é o monômero mais utilizado na funcionalização do PP,
por diminuir a tensão interfacial e com isso, melhorando a adesão entre as fases e a dispersão
de partículas, devido as duplas ligações (Souza MA, Pessan, L. A.; Rodolfo, A.).
A carga utilizada foi a argila bentonítica com tamanho de partícula em escala
nanométrica, que já têm sido incorporadas em polímeros biodegradáveis, uma vez que, além
de manter sua capacidade de biodegradação, atuam como reforço mecânico e podem diminuir
a permeabilidade ao vapor de água (Park, et al. 2003). Nanocompósitos de polímeros
biodegradáveis e argilas como a montmorilonita, saponita e hectonita também têm sido
bastante estudados (Vanin, M. et al. 2003)
No tocante às formas de incorporar uma carga à uma matriz polimérica, existem duas mais
utilizadas, a polimerização in situ e o método de intercalação por fusão. Na polimerização in
situ, as camadas da argila dilatam-se pela adição de um monômero líquido e um iniciador
antes da adição. Na intercalação pelo estado fundido ou intercalação por fusão (método que
foi utilizado neste presente trabalho), a mistura e dispersão da argila é promovida com matriz
polimérica no estado fundido (Peixoto, 2012).
Segundo Peixoto (2012), a síntese de um nanocompósito por intercalação via estado
fundido implica no recozimento estático ou sob cisalhamento por extrusão da mistura de um
polímero (matriz) e uma argila organofilizada (carga) acima da temperatura de estado viscoso
(para termoplásticos amorfos) ou de fusão (para termoplásticos semicristalinos) de um
polímero.
Desta forma, teve como principal objetivo o desenvolvimento de bionanocompósitos a
partir da matriz polimérica de PHB, um agente compatibilizante PP-g-MA com adição de
argila bentonítica organofílica, cloisite 20A, por meio da técnica de intercalação por fusão, e
posteriormente, concentrar-se no estudo e avaliação sobre o comportamento de degradação
hidrolítica dos bionanocompósitos, pelo método in vitro.
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Reagentes
Fosfato de Potássio (KH2PO4), da marca Dinâmica, com peso molecular (M) igual
a 136,09 g/mol.
Fosfato de Sódio (Na2HPO4), da marca Impex, com peso molecular (M) igual a
141,96 g/mol.
Cloreto de Sódio (NaCl), da marca Dinâmica, com peso molecular (M) igual a
58,44 g/mol.
2.2 Métodos
2.2.1 Processamento dos Bionanocompósitos
2.2.3 Caracterizações
Foi utilizada a técnica de microscopia óptica (MO) antes e após o processo de degradação
hidrolítica utilizando um microscópio óptico Leica Microsystems MD500, operando em modo
de transmissão, com câmera de captura modelo ICC 50E e ampliação de 100X (200 µm) na
região da superfície do bionanocompósito.
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Para o preparo da solução fosfato salino foram utlizados os reagentes: 9,0 g de NaCl,
dissolvido em 1 L de água destilada. Em seguida, foram diluídos KH2PO4 (2,92 g) e Na2HPO4
(11,5 g) em solução de NaCl, obtendo-se então, uma solução tampão com pH = 7,4.
As amostras foram acondicionadas em tubos de ensaio contendo 5 mL da solução tampão
e mantidas em um banho termostatizado, modelo SL-150, à temperatura de 37 °C. A solução
foi trocada semanalmente e, ao final de períodos predeterminados em 15, 30 e 45 dias, 5
amostras para cada composição foram retiradas, lavadas em água deionizada com o objetivo
de retirar o excesso de solução salina, e posteriormente pesadas para obtenção do percentual
de absorção hidrolítica. Após quantificar o percentual de absorção hidrolítica, as mesmas
amostras foram submetidas a secagem em estufa a 60 °C durante um período de 24 horas,
possibilitando mensurar o percentual de perda de massa.
Para a determinação da massa dos filmes foi utilizada uma balança analítica Shimadzu –
ATY 224. Os as curvas de Perda de Massa e Absorção hidrolítica foram construídas com
auxílio do programa Origin pro 8.
(1)
(2)
3. RESULTADOS E DICUSSÃO
3.1 Microscopia Óptica (MO)
Através da análise por Microscopia Optica, pode-se observar que a adição de argila
bentonita organofílica proporcionou um melhor aspecto e homogeneidade aos filmes em
resposta da redução das marcas de prensagem, como observado na Figura 1.a para a Figura
1.b, e com o aumento do teor em carga a superfície dos bionanocompósitos tornaram-se ainda
mais regular, desaparecendo as marcas de prensagem, como ilustrado na Figura 1.b para a
Figura 1.c.
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4.50
PHB
PHB1
3.75
PHB3
Perda de Massa (%)
3.00
2.25
1.50
0.75
0.00
0 15 30 45
Tempo (Dias)
O sistema PHB1, apresentou comportamento estável em relação aos outros sistemas até o
trigésimo dia. Do trigésimo ao quadragésimo quinto dia houve um aumento na perda de massa
em torno 0,19%, enquanto o sistema PHB e o PHB3 perderam 1,06% e 2,35%,
respectivamente. O sistema PHB1 obteve menor perda de massa, apresentando maior
resistência ao processo de degradação. Este evento possivelmente deve-se a propriedade de
barreira imposta pela presença da argila, diminuindo a permeabilidade do polímero e
dificultado a difusão de solução tampão para o interior das amostras.
O sistema PHB3 perdeu maior percentual de massa até o final do teste, 3,36%. Durante o
processo de troca de solução, observou-se a flutuação de pequenas partículas, onde
supostamente pode ter ocorrido o desprendimento de matrial da superfície do biocompósito.
Uma eventual explicação para este efeito é a presença de glomerados e o inchamento
interlamelar possibilita maior área de contato entre a superfície da amostra com a solução,
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implicando em uma taxa de degradação da matriz mais veloz eliminando o suporte estrutural
da a argila organofílica. A deterioração deste suporte evidencia o desprendimento de
partículas na solução (Ayres, 2006).
O comportamento de perda de massa deve-se a redução da fase amorfa da matriz
polimérica, ocasionada por a fácil acessibilidade da solução tampão às cadeias poliméricas na
superfície dos sistemas estudados. Segundo estudos realizados por Malmonge (2017), esta
primeira etapa de degradação é caracterizada pela penetração e difusão de água nas regiões
amorfas do polímero e cisão hidrolítica das ligações ésteres das cadeias poliméricas, após essa
etapa, inicia-se o segundo estágio de degradação, no qual envolve a fase cristalina, pois com o
decorrer da degradação da fase amorfa ocorre simultaneamente um aumento percentual de
fase cristalina, em detrimento da redução de fase amorfa. Então a terceira e última etapa é
caracterizada pela a erosão do polímero, consequência da acentuada degradação da fase
cristalina.
3. CONCLUSÃO
Por meio da avaliação dos resultados de Microscopia Óptica, foi possível observar que a
superfície das amostras dos bionanocompósitos apresentaram melhor aspecto superficial e
homogeneidade, não sendo observado marcas de prensagem nos bionanocompósito,
possivelmente devido a presença da argila. A redução do percentual de absorção hidrolítica
apresentada por todos os sistemas bionanocompósitos após o 45º dia de exposição, deve-se a
etapa de erosão na superfície das amostras.
No teste de Degradação Hidrolítica, tanto as amostras do polímero puro (PHB) quanto os
sistemas bionanocompósitos PHB1 e PHB3 atingiram a etapa de erosão da fase polimérica. A
composição PHB1 apresentou maior estabilidade frente a perda de massa, reflexo da
resistência a difusão de solução na superfície das amostras, dificultando o processo de
hidrólise. Esta resistência pode ter sido ocasionada pelo efeito de barreira implicada pela
presença da carga. Sendo assim, através deste estudo, observou-se que a composição PHB1
apresentou maior estabilidade frente a perda de massa e a absorção hidrolítica e a composição
PHB3 apresentou maior taxa de degradação, possivelmente em resposta da presença de
aglomerados, que implicam em maior área de contato possibilitando maior zonas de acesso
para difusão de solução hidrolítica.
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Resumo. A seleção de materiais inadequados para certas aplicações pode levar a altos
prejuízos financeiros para uma empresa. O presente trabalho focou na solução de problema de
um material inapropiado empregado em um sistema de vedação de uma bomba de
deslocamento positivo. Tal material é conhecido como politetrafluoroetileno (PTFE) que foi
submetido sob condições de serviço de altas pressões e temperaturas levando a ocorrência de
diversas falhas. Nesse contexto, visando confeccionar um material de elevado custo benefício,
uma liga SAE 68D de bronze alumínio foi submetida a um tratamento termoquímico durante
diferentes períodos de 3, 4 e 5 horas com o intuito de introduzir o elemento químico estanho na
superfície através de um processo de difusão. Um ensaio de dureza por microidentação foi feito
como requerido pela norma NBR ISO 6508-1 para confirmar se ocorreu modificações nas
propriedades mecânicas ocasionadas pela presença de estanho na superfície do bronze CuAl.
Além disso, foi realizado uma avaliação desse material operando em condições de serviços de
alta temperatura e pressão no interior de um sistema de vedação através da coleta de dados.
1. INTRODUÇÃO
559
favoravéis, em condições de serviço que exigem altas pressões e temperaturas, esse material
falha antes do seu tempo de vida útil recomendado. Em virtude disso, ligas de Babbit possuem
propriedades favoráveis incluindo boa adaptação a um desalinhamento entre eixos inicial e boas
propriedades antifricionais, dessa forma são extensivamente aplicados em componentes de
rolamento (Zhang D, et al., 2015; Zhang X, et al., 2019).
Ligas de Sn-Pb-Cu são frequentemente utilizadas em ambientes agressivos para aplicações
de engenharia como em máquinas rotativas e turbinas. A microestrutura dessas ligas contém
uma matriz de estanho dúctil com precipitados duros conferindo boa conformabilidade e
dureza (Dong Q, et al., 2018; Lashin AR, et al., 2013; Wei M, et al., 2018). Adicionalmente as
partículas duras tomam um importante papel de distribuir a carga submetida durante o serviço
(Zeren A, et al., 2007). Geralmente sob altas cargas e velocidades em operações de trabalho
quando altas temperaturas podem ocorrer, a performance mecânica é comprometida e sofre uma
redução na resistência e dureza (Zeren A, et al., 2007; El-Bediwi A, et al., 2011; Kamal M, et
al., 2009).
O nome Babbitt tem sido utilizado para outras ligas baseadas em ingredientes simillares. O
estanho (Sn), por sua vez, possui um baixo coeficiente de fricção que é a primeira condição a
se considerar para o uso como um material de rolamento. É estruturalmente fraco quando usado
para aplicações de rolamento, por essa razão cobre (Cu) e antimônio (Sb) são adicionados em
sua liga para conferir maior dureza, resistência á tração e à fadiga. Por ter uma boa resistência à
corrosão, baixo custo e excelentes propriedades friccionais o estanho é largamente utilizado
(Kamal M, et al., 2010; Stachoviak GW, et al., 2001).
Dessa forma, visando um custo benefício, uma liga de bronze alumínio CuAl foi submetida
a tratamento termoquímico onde ocorreu um processo de difusão de estanho na superfície da
liga. Em busca de verificar boas propriedades que conferem uma possibilidade de aplicação no
sistema de vedação foi realizado um ensaio de dureza por microidentação e posteriormente foi
coletado e monitorado as informações de como o material se comportou diante de altas pressões
e temperaturas em seu uso no sistema de vedação durante diversos meses.
2. DESENVOLVIMENTO
Para realização dos ensaios e caracterizações foram utilizados três anéis de bronze alumínio
SAE-68D. As amostras foram adquiridas nas seguintes dimensões: diâmetro interno 35,4 mm e
diâmetro externo 46,9 mm.
As amostras foram preparadas seguindo algumas etapas antes da realização do processo de
difusão. As amostras dos anéis de vedação foram divididos em quatro setores, com quatro
posições sendo, (a) borda externa, (b) centro, (c) borda interna, (d) e (e) corte transversal. A
técnica de marcação ajuda mapear cada área da amostra conforme Fig. 1, a seguir. O primeiro
digito é composto da letra “S” indicando o setor mais o número da partição e o segundo digito
identifica a posição do setor em relação a análise.
560
Figura 1– Amostra dividida em setores
Depois foi aplicado uma pasta nos anéis de bronze para retirar a película de óxido do
material e ajudar na aderência do estanho. As amostras foram colocadas em recipientes e
receberam camadas de estanho na parte inferior e superior. Para o tratamento termoquímico, foi
utilizado um forno elétrico da marca Mufla Quimis, o qual foi ligado uma hora antes do início
de inserção das amostras para homogeneização da temperatura. Após atingido a temperatura de
150 ºC, foram introduzidas todas as amostras no forno. A primeira amostra foi retirada do forno
em 3 horas, a segunda em 4 horas e a terceira e última em 5 horas de tratamento. Depois de 12
horas de resfriamento as amostra foram retiradas dos recipientes e removido o excesso de pó de
estanho. As amostras foram submetidas ao ensaio de Dureza Rockwell B e F conforme
recomendado pela norma NBR ISO 6508-1 de 2015, na execução do ensaio foi aplicado uma pré
carga de 10 Kg e uma carga de 100 Kg para o anel 1, para os anéis 2 e 3 foi utilizado uma carga
de 60 Kg. O equipamento utilizado no ensaio foi de marca Pantec, modelo rasn-rs com
penetrador aço temperado de Ф 1/16.Visando obter resultados estatisticamente confiáveis, foram
realizados 12 identações por anel.
Para monitoramento da temperatura e pressão dos anéis foram utilizados os transmissores
integrados no próprio processo. As informações de pressão e temperatura são transmitidas e
enviadas para o software de gerenciamento do processo. Esse sistema tem comunicação com os
equipamentos da planta de processo, em tempo real e sua função é monitorar e armazenar as
condições operacionais dos equipamentos.
Foram coletadas informações das pressões e das temperaturas diariamente no período de 12
meses, do PTFE. O mesmo procedimento foi adotado com o bronze após a substituição.
561
altas temperaturas e altas pressões (Derek ET, et al., 1990). Será apresentado na Fig. 2, o cenário
que o PTFE não suportava, uma pressão e temperatura média respectivamente de 115 ºC e 3019
psi.
562
A figura 3 aponta o acompanhamento das temperaturas e pressões sobre o polímero ao
longo de 12 meses, deixando evidente que a temperatura média atingida foi de 115 ºC e a
pressão média foi de 3.019 psi. Com base no exposto a variação da temperatura e pressão obtida
no sistema de vedação comprometeu a integridade do PTFE, levando a deformação do material.
Conforme Bento RE. (2011), o polímero e deixa claro, que o PTFE, sob uma temperatura de 23
ºC e carga de 500 à 2.000 psi, sofre deformação.
Na figura 4 é exposto a transição dos materiais, onde PTFE ficou como parte integrante do
sistema de vedação até agosto de 2013, nesse período foi registrado a temperatura mínima de
100 ºC e máxima de 116 ºC. As pressões também variaram entre 2.913 psi e 3.022 psi. Em
setembro de 2013 o anel de bronze tratado termoquimicamente no período de 5 horas com
estanho foi instalado no sistema de vedação da bomba alternativa. A temperatura e pressão
mínima ficaram em torno de 90 ºC e 2.813 psi, a temperatura e a pressão máxima atingiram 113
ºC e 3.073 psi. No mês de junho e novembro não foram registrados temperatura e pressão, pois o
equipamento estava fora de operação.
563
altas pressões e temperaturas, colaborando no processo de dissipação de calor no interior do
sistema de vedação.
O bronze possui características favoráveis para o ambiente exigido, como: boa capacidade
de manter sua característica em altas e baixas temperaturas, resistente a abrasão, resistentes
tensões cíclicas ou alternadas e ótimas qualidades anti-fricção (Derek ET, et al., 1990). Esses
resultados explicam o desempenho positivo do material na redução da temperatura dentro da
caixa de vedação da bomba, evitando possíveis falhas.
Temp.Média
É exposto a média das durezas dos anéis de bronze na figura 6. No anel 1 o período de
tratamento foi de três horas, nos anéis 2 e 3 o período de tratamento foram respectivamente
quatro horas e cinco horas. A dureza do anel 1 foi superior em relação aos anéis 2 e 3, essa
dureza é justificada pelo curto tempo de tratamento termoquímico no anel. Observa-se que os
anéis 2 e 3 ficaram aproximadamente 90% mais macios que o anel 1, isso foi devido a maior
concentração do estanho na superfície dos mesmos, conforme descrito a seguir.
564
Tabela 2- Dureza Rockwell em diferentes setores dos 4 anéis de vedação.
Dureza Rockwell
Amostras Setor 1 Setor 2 Setor 3 Setor 4
Original 94 93 94 94
Anel 1 t: 3h 96 97 95 93
Anel 2 t: 4h 8 14 8 8
Anel 3 t: 5h 15 11 14 14
Diante disso o fator econômico foi o ponto crucial para o processo de substituição dos
anéis do sistema de vedação da bomba, pois além do aumento de disponibilidade,
proporcionou redução de custo. A tabela 3, a seguir, lista o histórico anual da bomba,
exibindo um comparativo da situação antes e após a instalação do anel de bronze.
Indisponibi TMEF
Disponibili Fal Custo
Ano lidade (dias)
dade(dias) ha (Reais)
(dias)
2012 165 - 18 9 517.258,48
2013 215 - 30 7 239.967,1
2014 300 - - 0 -
757.226,19
3. CONCLUSÃO
Após as análises realizadas, conclui-se que o presente estudo demonstrou ser eficaz para
avaliar as falhas provocadas pelo o anel de polímero no sistema de vedação. O PTFE quando
operava em pressões e temperaturas altas, sofria deformações. Essas deformações geradas
pela alta temperatura proporcionavam perda de materiais quando o mesmo estava em contato
com o pistão da bomba. As perdas de material e a deformação levou o polímero alcançar altos
níveis de temperatura, provocando a fusão do PTFE.
Com a instalação do anel 3 os resultados foram positivos, o material obteve bom
desempenho durante as altas pressões e temperaturas. O bronze durante a operação não sofreu
deformações sob altas pressões e temperaturas, devido possuir característica positiva como:
boa resistência mecânica, baixo coeficiente de fricção contra aço, resistência à fadiga e
dissipação de calor.
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Além disso, os resultados de Dureza Rockwell comprovaram que ocorreu uma
diminuição na dureza superficial em mais de 90% quando comparado aos valores adquiridos
para uma amostra do mesmo anel de vedação sem tratamento.
Agradecimentos
REFERENCES
Abstract. The selection of inappropriate materials for certains applications can lead to a high
financial loss for a company. The present work focused on solving a problem of inappropriate
material used in a sealing system of positive displacement pump. Such material is known as
polytetrafluoroethylene (PTFE) which was subjected to a working condition of high pressures
and temperatures leading to several ruptures. In this context, aiming to produce a new
material with high cost benefit, a bronze aluminum SAE 68D was subjected to a
thermochemical treatment process for different periods of time of 3, 4 and 5 hours in order to
introduce tin (Sn) by a diffusion process. A Hardness microidentation test has been done as
required by NBR ISO 6508-1 in order to confirm the mechanical properties modification
made by atoms of Sn presents on the surface of bronze. Besides an evaluation of the CuAl
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bronze coated with Sn operating in working conditions of high pressures and temperatures
inside the sealing system was made by means of data collection.
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1. INTRODUÇÃO
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propriedades especiais (Ishak et al., 2013; kabir et al., 2012; Saw et al., 2011; Zhou et al.,
2014) .
As fibras naturais lignocelulósicas (FNLs) são amplamente utilizadas como fase
reforço em matrizes poliméricas, pois quando comparados às fibras inorgânicas
tradicionais, como vidro e carbono, são baratos e com um peso leve, possuem resistência
específica à tração e um módulo de elasticidade específico relativamente altos e são
biodegradáveis. (Zhou et al., 2012; Pietak et al. 2007; Ho et al., 2012)
No entanto, as principais desvantagens das fibras naturais estão presentes na sua
incompatibilidade polar com matrizes poliméricas não polares gerando uma adesão
interfacial ruim entre as fases reforço e matriz. Sua absorção de umidade, devido a sua
característica hidrofílica e suas instabilidades térmicas das fibras naturais durante o
processamento dos compósitos que geralmente ocorrem em altas temperaturas (Tajvidi et
al., 2006). Portanto, uma grande limitação frequentemente encontrada ao usar fibras
naturais como reforço em uma matriz polimérica é a degradação térmica. Essas fibras são
compostas principalmente por celulose, hemiceluloses e lignina que exibem diferentes
perfis de degradação. Análises termogravimétricas de celulose, hemicelulose e lignina sob
vácuo mostraram que lignina é a mais resistente térmicamente, a celulose possui uma
resistênica intermediária e a hemicelulose é a menos estável. (Ramiah et al., 1970)
A degradação das fibras durante o processamento pode ter um efeito desfavorável
sobre as propriedades mecânicas dos compósitos principalmente por dois motivos: altera a
estrutura da fibra com um impacto negativo em sua propriedades mecânicas e os produtos
voláteis da degradação geralmente criam microvazios na interface que atuam como falhas
críticas e levam a um deslocamento extensivo e falha do material em serviço. A degradação
térmica é também um aspecto crucial no desenvolvimento de fibras naturais compósitos,
uma vez que afetará fortemente a temperatura máxima usada no processamento dos
compósitos. Sendo assim, A degradação das fibras naturais leva a deterioração de suas
propriedades mecânicas. (Renneckar et al., 2004).
Diversa fibras naturais podem ser empregadas como reforço em compósitos de
matriz polimérica, pois diferentes fibras naturais são compostas de diferentes porcentagens
de constituintes, sendo assim seus perfis de decomposição térmica não seriam os mesmos.
Em virtude disso, o presente trabalho, busca avaliar a estabilidade térmica de uma fibra
extraída da planta de junco-sete-ilhas, sendo uma planta originária do japão e cultivada no
Brasil na cidade de Registro na região do vale do Ribeira. (Hiroce et al., 1988)
Essa planta é desconhecida cientificamente em relação a conhecimentos de interesse
de uma possível aplicação como um material de engenharia. Dessa forma, a resposta
térmica das fibras de junco-sete-ilhas e compósitos incoporando essas fibras em diferentes
frações volumétricas correspondentes a 10, 20 e 30% v/v em matrizes epóxidicas foram
avaliadas por uma análise calorimetria diferencial de temperatura.
2. DESENVOLVIMENTO
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Para a fabricação dos compósitos foi utilizada uma matriz metálica possuindo dimensão
de 15 x 12 x 1,19 cm, com um volume interno correspondente a 214,2 cm³. Sendo as placas
confeccionadas em uma prensa SKAY de 30 toneladas, aplicando uma carga de 5 toneladas
durante 24 horas. Uma camada de graxa de silicone foi adicionada em toda a superfície da
matriz de modo a evitar uma elevada aderência da placa na matriz e facilitar a retirada. O
valor da densidade da resina epóxi foi baseado em dados disponíveis na literatura,
considerando um valor de 1,1 g/cm³ (Callister & Rethiwishc, 2016). A resina, fornecida pela
distribuidora RESINPOXY Ltda foi endurecida utilizando o catalisador Trietileno Tetramina
(TETA), adotando a proporção estequiométrica de 13 partes de endurecedor para 100 partes
da resina. As fibras foram inseridas manualmente na matriz, alinhadas e distribuídas
uniformemente pelo molde após serem molhadas com a resina. Sendo divididos em três
grupos diferentes baseados no seu percentual de 10, 20 e 30% em volume.
Pela definição da norma ASTM E473-04, a calorimetria de varredura diferencial (DSC)
é uma técnica na qual a diferença da taxa de fluxo de calor entre uma substância e um
material referencial é medido, por sua vez, é uma função da temperatura enquanto a
substância e o referencial são submetidos a uma temperatura controlada e programada.
Nenhum medidor de fluxo de calor é necessário para medir o calor que entra ou sai da
amostra. Isto pode ser feito se tivermos uma referência além da amostra e a diferença de
temperatura deles for monitorada continuamente. No estado estacionário, essa diferença de
temperatura é proporcional à capacidade de calor da amostra e ao calor que flui para dentro ou
para fora da amostra. (Menczel et al., 2020)
Para a análise de calorimetria diferencial de varredursa (DSC) as amostras de fibra de
junco-sete-ilhas foram cominuídas e inseridas em um cadinho de alumínio, o mesmo
procedimento foi feito para as amostras de epóxi puro e compósitos epóxidicos com
diferentes percentuais de fibra de 10, 20 e 30% v/v, sendo um total de 5 amostras. As
condições de operação envolveram uma atmosfera de nitrogênio com taxas de aquecimento de
10 °C/min com um intervalo de 30 a 600 °C, as amostras foram ensaiadas no Instituto de
Pesquisas da Marinha (IPQM) utilizando o equipamento DSC-60 da Shimadzu. Os
parâmetros estabelecidos para o ensaio foram as temperaturas entre 25 °C e 250 °C, com uma
vazão de gás de 50 ml/min, taxa de aquecimento de 10 °C/min em atmosfera de Nitrogênio.
O gráfico da Fig. 1 exibe o fluxo de calor versus a temperatura para a análise de DSC da
fibra de junco-sete-ilhas submetidas a uma taxa de aquecimento de 10 °C/ min.
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3. CONCLUSÃO
Através das análises de DSC das fibras de junco-sete-ilhas foi possível descobrir um dado
importante referente a faixa de temperatura em que o pico endotérmico relacionado a perda de
umidade presente nas superfícies dessa fibra se encontra. Além disso, essa temperatura
encontrada está em conformidade com o esperado para fibras naturais lignocelulósicas na
literatura.
Ademais, foi possível obter uma avaliação das faixas de temperatura em que os picos
endotérmicos aparecem para os compósitos epoxídicos reforçados com junco-sete-ilhas,
evidenciando que essa faixa de temperatura não possui uma variação muito grande em torno
de 66,8 a 81,1°C. Confirmando a perda de umidade presente nas superfícies das fibras
incorporadas na matriz de epóxi. Em relação ao pico endotérmico de 81,1°C presente na
resina epóxi DGEBA pura está diretamente relacionado com a temperatura de transição vítrea
(Tg), conforme é encontrado em outros estudos presentes na literatura.
Agradecimentos
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matrix polymeric composites and when compared to inorganic fibers such as carbon and
glass, the natural fibers presents low cost, low weight and have higher specific tensile
strenght and flexural strenght. The present work have been dedicate to analyze a scientifically
new ligocellulosic fiber for engineering aplications known as seven-islands-sedge in Brazil
where it has an exclusive cultivation in the region of Vale do Ribeira, São Paulo. Concerning
to discover how it behaves in high temperatures the natrual fiber was subjected to an
differential scanning calorimetry (DSC) analysis , besides composites reinforced with 10, 20
an 30% of volumetric fractions of this fiber were also analysed.
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Resumo. Este trabalho tem por objetivo apresentar uma metodologia sistemática para a
resolução numérica de Equações Diferenciais Parciais Fracionárias usando a aproximação
da derivada fracionária e o Método da Colocação Ortogonal. Em linhas gerais, o termo
diferencial fracionário é substituı́do por uma aproximação numérica que leva em consideração
a ordem diferencial e o número de pontos de colocação. A metodologia proposta é validada com
a resolução de dois estudos de caso que possuem aplicações em diversas áreas do conhecimento
e que apresentam solução analı́tica. Os resultados obtidos demonstram que a abordagem
proposta configura-se uma boa alternativa para a resolução desta classe de problemas.
1. Introdução
Diversas áreas do conhecimento tais como Biologia, Economia, Fı́sica e Engenharia fazem
uso de equações diferenciais parciais para representar os fenômenos observados na natureza,
dentre as quais pode-se citar as equações de um oscilador harmônico clássico, da difusão de
calor, de onda, de movimento das cargas em circuitos elétricos, de escoamento de fluidos, entre
outras aplicações (Nussenzveig, 2013).
Nas últimas décadas, para a modelagem destes sistemas tem-se empregado o uso de
equações diferencias fracionárias (EDFs). O interesse pelo estudo deste tipo de equacionamento
se deve à necessidade do desenvolvimento de modelos que sejam capazes de capturar as mais
variadas contribuições que podem ser observadas quando se estuda um determinado fenômeno.
No contexto fracionário parcial, inúmeras aplicações podem ser encontradas, tais como estudos
de caso em quı́mica (Kirchner et al., 2000), finança (Sabatelli et al., 2002), hidrologia (Schumer
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et al., 2003), biologia (Magin, 2006), difusão anômala (Zhang et al., 2017), advecção-dispersão
(Yuan, 2016; Zhang, 2018; Li & Rui, 2018), estudo de efeitos relacionados com atraso no tempo
e com efeito de memória (Oliveira & Machado, 2014), entre outras. No campo da fı́sica, um
dos primeiros no contexto fracionário é a representação do movimento Browniano (Mandelbrot,
1982). Além disso, também observa-se aplicações como a Equação de Schrödinger Fracionária
(Laskin, 2017) e a Equação de Calor Fracionária (Zhang et al., 2014).
O Cálculo fracionário pode ser usado de modo a tornar o tradicional cálculo diferencial
e integral mais abrangente, proposto de forma independente por Isaac Newton e Leibniz
(Oliveira & Machado, 2014). Diversos trabalhos encontrados na literatura dissertam sobre a
linha do tempo do desenvolvimento do Cálculo fracionário (Camargo & Oliveira, 2015), o
desenvolvimento de algumas técnicas para analisar modelos fı́sicos (Mainardi, 2001, 1996;
Gomes et al., 2016), bem como algumas aplicações(Rodrigues & Oliveira, 2015; Andrade
et al., 2016). É importante enfatizar que, do ponto de vista matemático, resolver um EDF
ordinária ou parcial representa uma tarefa desafiadora, dada a sua generalização em relação as
equações diferenciais com ordem inteira (Mainardi, 2001, 1996; Gomes et al., 2016; Rodrigues
& Oliveira, 2015).
Diante do que foi apresentado, este trabalho tem como objetivo empregar a aproximação de
derivada fracionária de Riemann-Liouville em conjunto com o Método da Colocação Ortogonal
(MCO) para a resolução de Equações Diferenciais Parciais Fracionárias (EDPFs) espaciais e
temporais. Este trabalho esta estruturado como segue. A Seção 2. apresenta os problemas de
interesse. Já na Seção 3. apresenta a descrição da metodologia considerada neste trabalho. Os
resultados obtidos com a aplicação desta abordagem em dois estudos de caso são apresentados
na Seção 4. As conclusões são apresentadas na última seção.
∂ 2 ρ(x, t) ∂ α ρ(x, t)
∂ρ(x, t)
D + ν =
∂x2 ∂x ∂tα
∂ρ
ρ(x, 0) = P (x), (x, 0) = 0, 0 < x < L (2)
∂t
∂ρ(0, t) = 0, ∂ρ(L, t) = 0
∂x ∂x
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e
α β
∂ %(x, t) + ν ∂ %(x, t) = ∂%(x, t)
α D ∂xβ
∂x ∂t
%(x, 0) = P (x), 0 < x < L (3)
∂%(0, t) = 0, ∂%(L, t) = 0
∂x ∂x
em que ρ e % são variáveis dependentes, L é o comprimento máximo relacionado a variável
espacial x.
3. METODOLOGIA
Para a resolução dos modelos descritos será considerado a extensão do MCO para o contexto
fracionário. Inicialmente será apresentada uma breve revisão sobre o MCO para o contexto
inteiro (Villadsen & Michelsen, 1978).
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Para que o MCO possa ser empregado para a resolução de uma EDPF é necessário avaliar
cada uma das derivadas fracionárias que aparecem no modelo de interesse. Para essa finalidade,
considere a aproximação para a derivada de Riemann-Liouville (RL Dxα F (x)) de um função
genérica F (x) com relação à variável independente x (Miller & Ross, 1993):
y Zx
α d 1
RL Dx F (x) = (x − t)y−α−1 F (t)dt (4)
dt y Γ(y − α)
0
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para avaliar a metodologia proposta, a seguir são apresentados dois estudos de caso, a saber,
um fracionário no tempo e o outro fracionário no espaço. Em cada um destes foi definido um
conjunto de parâmetros de entrada de forma que ambos apresentassem solução analı́tica, obtida
considerando a Técnica da Separação de Variáveis (TSV) associada a função de Mittag Leffler.
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e ν = 1 mm/s. De forma geral pode-se observar nestas figuras que a metodologia proposta
foi capaz de obter boas estimativas para os perfis simulados em comparação com a solução
analı́tica. Fisicamente, na Fig. 1(a) (α = 1, 2) observa-se um comportamento tipicamente
difusivo, cuja atenuação é influenciada pelos parâmetros definidos anteriormente. Este mesmo
comportamento também pode ser observado para α = 1, 8 (Fig. 1(b)). Todavia, fica evidente a
influência da ordem fracionárias entre estes perfis, i.e., quanto mais próximo a ordem for de 2,
mais pronunciado é o comportamento oscilatório do modelo.
0, 4
0,013046 0,013046
0,283302
0, 2 0,283302
0,425562
0, 2
0,425562
ρ1 (x, t)
ρ1 (x, t)
0,574437 0,574437
0,716697 0,716697
0, 1 0,986953 0,986953 0
0,013046 0,013046
0,283302 0,283302
0,425562
0 −0, 2 0,425562
0,574437 0,574437
0,716697 0,716697
0,986953 0,986953
−0, 1 −0, 4
0 40 80 120 160 200 0 40 80 120 160 200
t(s) t(s)
(a) α=1,2. (b) α=1,8.
Tabela 1- Erro calculado considerando diferentes valores para α e N para o problema de difusão-
advecção de ordem fracionária no tempo.
α N Φ
1, 2 5 1, 48697 × 10−8
1, 2 10 6, 77765 × 10−12
1, 8 5 7, 18788 × 10−8
1, 8 10 2, 81121 × 10−12
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Dn2 π 2 ν2
λn = − − (10)
L2 2D
A Figura 2 apresenta os perfis obtidos pelo MCO para a equação de difusão-advecção
fracionária no espaço considerando diferentes ordens (α=[1,01 1,4 1,75 1,99]), N =6 (grau da
aproximação polinomial) e os seguintes parâmetros L = 40 mm, D = 1 mm2 /s e ν = 1
mm/s. É importante ressaltar que, para estas simulações, considerou-se que β é igual a α/2.
Como pode ser observado nesta figura, é possı́vel constatar uma boa concordância entre os
perfis simulados e analı́ticos, demonstrando a qualidade da metodologia proposta. Além disso,
também observa-se a tendência de atenuação das curvas quanto o processo entrar em regime
permanente. A diferença de amplitude inicial é esperada devido a diferença de comportamento
da expressão considerada para P , que é função das ordens α e β.
̺1 (x, t)
0 0
−0, 1 −0, 1
0 40 80 120 160 200 0 40 80 120 160 200
t (s) t (s)
̺1 (x, t)
0 0
−0, 1 −0, 1
0 40 80 120 160 200 0 40 80 120 160 200
t(s) t(s)
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Tabela 2- Erro calculado considerando diferentes valores para α para o problema de difusão-advecção
de ordem fracionária no espaço.
α β (=α/2) Φ
1, 01 0, 505 2, 05547 × 10−7
1, 4 0, 7 1, 66667 × 10−7
1, 75 0, 875 1, 79898 × 10−7
1, 99 0, 995 2, 69785 × 10−7
5. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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Abstract. This work aims to present a systematic methodology for numerical resolution of
Fractional Partial Differential Equations using a fractional derivative approximation and the
Orthogonal Collocation Method. In general, the fractional differential term is replaced by
a numerical approximation that takes into account the differential order and the number of
collocation points. The proposed methodology is validated in two case studies that have
applications in different areas of knowledge and that presents analytical solution. The results
obtained shows that the proposed approach is a good alternative for solving this class of
problems.
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Resumo. Compósitos epoxídicos reforçados com 10, 20 e 30% em volume de uma fibra
lignocelulósica cientificamente nova em termos de sua aplicação como um material de
engenharia conhecida no Brasil como junco-sete-ilhas. Por essa razão propriedades
mecânicas associadas com o ensaio de impacto Izod foram investigadas. As dimensões dos
corpos de prova foram de 60,25x12,7x10 mm conforme a norma ASTM D256 e confeccionados
em um molde de aço misturando fibras alinhadas com uma resina epóxi endurecida com
trietileno tetramina. Os resultados demonstraram que os compósitos de 30%v/v apresentam
um reforço mais efetivo. As análises estatísticas foram realizadas pela análise de Weibull,
análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey confirmaram que reforço de 30% em volume
de fibras de junco-sete-ilhas apresentaram a maior absorção de energia, entretantto somente
apresentaram uma diferença significativa entre a fração volumétrica de 10% em volume e a
matriz de epóxi pura. A análise de Weibull exibiu um ajuste linear satisfatório confirmando
uma homogeneidadade dos corpos de prova de cada grupo.
1. INTRODUÇÃO
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extensivamente investigadas nas últimas décadas como possíveis substitutos para fibras
sintéticas que são tradicionalmente aplicadas como uma fase reforço em compósitos de matriz
polimérica. Essas fibras são extraídas de plantas como a juta, sisal, canhâmo, coco, linho,
abacaxi e muitos outros materiais naturais (Nabi & Jog, 1999; Bledzki & Gassan, 1999;
Mohanty et al., 2000).
O uso da aplicação de fibras naturais como uma alternativa para fibras sintéticas em
compósitos de matriz polimérica já acontece em produtos disponíveis no mercado. Como a
substituição de alguns componentes de um veículo aplicando compósitos reforçados com uma
variedade de fibras naturais (Suddel et al., 2002; Marsh, 2003; Hill, 1997; Zah et al., 2007).
Vale ressaltar que cada tipo de fibra lignocelulósica tem características morfológicas
específicas em sua superfície, afetando de diversas maneiras o comportamento mecânico dos
compósitos, sendo capaz de melhorar as suas propriedades mecânicas de forma satisfatória. O
uso dessas fibras em materiais compósitos é fortemente promissor, visando um futuro que
utilize materiais ecologicamente corretos, resistentes e com baixo custo. (Balla et al., 2019).
Compósitos poliméricos são confeccionados por uma matriz termorrígida ou termoplástica
possuindo função de acomodar adequadamente a fase dispersa e transferir a essa a tensão
aplicada. Para aplicações estruturais os polímeros termorrígidos são os mais comumente
aplicados, produzindo produtos com alta resistência. Uma das resinas mais empregadas como
matriz em compósitos é a resina epóxi, devido a proporcionar baixas taxas de contração do
material durante a cura e promove uma ótima aderência com a fibra (Monteiro et al., 2009)
Buscando investigar novas fibras naturais para uma possível aplicação em compósitos de
matriz polimérica, o presente trabalho, buscou explorar a introdução de uma fibra extraída de
uma planta conhecida como junco-sete-ilhas, o cultivo exclusivo dessa no Brasil é empregado
na cidade de registro em São Paulo. Sendo uma fibra nunca antes explorada em termos de
propriedades mecânicas, fisicas e térmicas para uso e aplicações de engenharia. O presente
trabalho consiste em inserir fibras de junco-sete-ilhas em uma matriz epóxi e avaliar em
diferentes percentuais de fração volumétrica o seu comportamente ao sofrer um ensaio de
impacto. (Hiroce et al., 1988)
2. DESENVOLVIMENTO
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fibras foram inseridas em uma estufa a 70°C durante 24 horas previamente à realização de
confecção das placas. O total de placas confeccionadas se basearam nos percentuais de uma
matriz com 0, 10, 20 e 30% em fração volumétrica de fibra de junco-sete-ilhas com diâmetro
aleatório, contínuas e alinhadas uniformemente. Assim, as quatro placas seguiram o processo
baseado em realizar a mistura da resina epóxi com o endurecedor e adicionar o mesmo
conforme as fibras são acomodas no interior do molde. Em seguida, depois de se obter todas as
fibras molhadas pela resina, foi imposto uma pressão de 5 toneladas na matriz em temperatura
ambiente por um período de 24 horas. Após esse processo, as placas foram cortadas com o
auxílio de uma serra até se obter um total de 10 amostras com dimensões de 60,25 x 12,7 x 10
mm para cada grupo, de acordo com a norma ASTM D256. Foi necessário desbastar as amostras
com lixas de água com numerações de grão 80 e 220, buscando eliminar possíveis defeitos
superficiais e atingir as dimensões necessárias para estar em conformidade com a norma dos
corpos de prova que excediam os valores. Foi necessário ser feito um entalhe com auxílio de
um entalhador manual de dente único da marca Pantec Iz/Ch-50, sendo realizado
individualmente para cada corpo de prova seguindo a norma, no qual o raio de curvatura é de
0,25 mm ± 0,05 mm, ângulo de 45° ± 1° e profundidade de 2,54 mm. Com a finalidade de
calcular a energia absorvida por comprimento, foi necessário medir as dimensões de todos os
corpos de prova.
Os ensaios foram realizados no laboratório de Fibras Naturais da Universidade Estadual do
norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), na cidade de Campos dos Goytacazes. O
equipamento utilizado da marca Pantec modelo XC-50, empregando um martelo de 22J.
Durante a realização dos ensaios os corpos de prova foram fixados verticalmente com o entalhe
centralizado voltado para o lado em que o martelo impacta. Os resultados da energia absorvida
foram analisados estatisticamente. A Fig. 1 demonstra os corpos antes de se realizar o entalhe
.
Figura 1: Corpos de prova para impacto Izod de compósitos reforçados com fibras de junco-
sete-ilhas.
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Os resultados obtidos para o ensaio de impacto Izod para compósitos epoxídicos reforçados
com fibras de junco-sete-ilhas contínuas e alinhadas, nas frações volumétricas de 0, 10, 20 e
30% evidenciaram existir uma capacidade baixa de absorção de energia destes materiais
comparativamente a diferentes compósitos reforçados com FNLs (Costa et al., 2019; Thakur et
al., 2014). Os resultados dos grupos mencionados estão presentes na Tabela 1.
Foi possível notar que os valores de energia absorvida tendem a crescer à medida que
as frações de reforço aumentam, como acontece em outros estudos (Mariatti et al., 2008;
Pereira et al., 2017). Uma análise de variância (ANOVA) com o intuito de determinar se
existe diferença significativa entre os resultados adquiridos para a energia de impacto Izod
entre os compósitos de 0, 10, 20 e 30% foi realizada. A tabela 2 demonstra os resultados
obtidos.
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Diante dos resultados obtidos na análise de variância, a hipótese de que as médias são
iguais com nível de significância de 5%, pois pela estatística se tem F calculado (22,6844) maior
do que F crítico (2,8662). Ainda, o valor de P simboliza um número muito menor do que 5%
de significância. Dessa forma, é possível dizer que os efeitos do percentual das frações
volumétricas das fibras nos compósitos possuem efeitos diferentes na energia de impacto Izod.
Sendo assim, o teste de Tukey foi utilizado para comparação de médias aplicando um nível de
confiança de 95% para averiguar qual proporção do percentual de fibras de junco-sete-ilhas
proporcionou resultados melhores em termos de energia de impacto Izod. A diferença média
significativa (d.m.s) obtida foi de 16,32. Na Tabela 3 os resultados para as diferenças entre os
valores médios da energia de impacto entre as fraçãos volumétricas de fibras são demonstrados.
Tabela 3: Resultados para as diferenças entre os valores médios da energia de impacto Izod
após aplicação do teste de Tukey
Fração volumétrica de
0% 10% 20%
fibras de junco-sete-ilhas
0% 0 1,20 3,99
10% 1,2 0 22,79
20% 23,99 22,79 0
Baseado nos resultados com nível de significância de 5%, o compósito reforçado com
30%v/v de fibras de junco-sete-ilhas exibiu melhor desempenho, justificado por apresentar um
valor médio de energia de impacto Izod (63,0084 J/m), obtendo uma diferença significativa
entre os valores de 0% e 10% devido as diferenças encontradas se mostrarem superiores ao
d.m.s de 16,32. Esse comportamento também é observado em outros estudos na literatura
(Costa et al., 2019).
Com a finalidade de verificar se as propriedades dos corpos de prova fabricados não
variaram significativamente de um para o outro, os valores da energia absorvida foram tratados
estatisticamente pela análise de Weibull. Os parâmetros da distribuição β, θ e R² estão presentes
na Tabela 4 e a Fig. 2 demonstra o gráfico da distribuição de Weibull que ilustra tal análise.
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Fração
Média Desvio
volumétrica β θ R²
(J/m) Padrão
(%)
0 22,38 9,26 2,63 25,53 0,74
10 23,29 10,32 2,40 26,26 0,94
20 43,75 13,13 3,83 49,80 0,95
30 63,01 17,59 4,03 69,66 0,91
Os valores relacionados aos percentuais de 10, 20 e 30% v/v demonstraram valores acima
de 0,9 indicando uma boa qualidade do ajuste linear e certificando que os dados estão
distribuídos de acordo com o a função de Weibull de parâmetros β e θ. Dessa forma os valores
são satisfatórios, apesar de o valor de R² de 0% ser inferior ao valor necessário para um bom
ajuste linear caracterizando uma certa heterogeneidade entre as propriedades dos corpos de
prova.
3. CONCLUSÃO
Os resultados indicam que o corpo de prova contendo uma fração de 30%v/v em reforço
de fibras de junco-sete-ilhas apresentou um melhor desempenho na absorção de energia em
relação as demais frações volumétricas de 10 e 20%v/v. Como era esperado ocorreu um
crescimento gradual na resistência ao impacto com o aumento percentual do volume de fibras.
Nas análises estatísticas de ANOVA e Tukey provaram, com um nível de 95% de
confiança, que a incorporação de fibras de junco-sete-ilhas melhoram o desempenho com o
aumento da fração volumétrica.No teste de Tukey o compósito que apresentou melhor
desempenho foi o de 30%v/v. Entretanto apresenta diferença significativa somente em relação
ao compósito reforçado com 0 e 10%v/v de fibras. Sendo pela primeira vez estatísticamente
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comprovado. Além disso, a fração volumétrica contendo 10% em volume de fibras não
apresentou diferença significativa se comparado a matriz epóxi sem reforço de fibras.
Ademais, a análise de Weibull comprovou que os resultados são satisfatórios uma vez
que todos os parâmetros de R² para as frações de 10, 20 e 30% exibiram um valor de ajuste
superior a 0,9. Entretanto o valor de R² para a matriz epóxi sem reforço de fibras apresentou
ser inferior ao valor necessário para um bom ajuste linear caracterizando uma certa
heterogeneidade entre as propriedades obtidas dos corpos de prova ensaiados.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Abstract. Epoxy composites reinforced with 10,20 and 30% of volume fraction of a scientifically
new natural lignocellulosic fiber in terms of its use as an engineering material known in Brazil
as seven-islands-sedge were, for this reason, investigated for mechanical properties associated
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with Izod impac test. The specimens dimensions were 60,25x12,7x10 mm as required by ASTM
D256 and were fabricated in a steel mold by mixing aligned fibers with an epoxy resin hardened
with triethylene tetramine. The results have shown that composite that have 30% of volume
fraction presents more effective reinforcement. The statitiscal analysis of the impact energy’s
data obtained, were performed by Weibull analysis, ANOVA statistics ad Tukey test. Both of
the Anova and Tukey test analysis were based on a 95% confidence level, therefore, the Tukey
test confirmed that the reinforcement of 30% seven-islands-sedge fibers reinforced epoxy
composites presents the highest absorption energy altough it just have shown a significant
difference for a pure epoxy matrix and a 10% of volume fraction reinforcing composites. The
weibull analysis exhibited a satisfactory linear adjustment confirming an homogeneity in the
specimens group.
Keywords: Seven-islands-sedge, Izod impact test, Epoxy , ASTM D256.
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Palmas - TO
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, uma preocupação crescente com a limitação de recursos não
renováveis trouxe um foco no desenvolvimento de materiais compósitos ambientalmente
sustentáveis e biodegradáveis. Aliados a uma legislação ambiental conectada com a demanda
industrial e consumidora ao redor do mundo, impulsionam novos estudos e pesquisas em
busca de materiais que substituam fibras sintéticas atenuando a dependência de produtos à
base de petróleo. Nesse contexto, a tendência crescente no desenvolvimento de materiais
biocompósitos em diversas aplicações de engenharia e com uma grande variedade de
aplicações empregando fibras naturais como reforço (Lofti et al., 2019; Rajak et al., 2019).
Atualmente o interesse no emprego de compósitos de matriz polimérica reforçados com fibras
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naturais tem aumentado. Esses compósitos não exigem muita energia para o seu
processamento e apresentam baixo custo. Além disso, a produção de fibras naturais necessita
de menos energia se comparado a fibras sintéticas como a de vidro (Balla et al., 2019).
Entretanto a natureza hidrofílica é a principal desvantagem da fibra natural provocando
uma compatibilidade ruim entre a fibra e a matriz relativa a alta absorção de umidade.
Portanto, a umidade presente na superficie da fibra reduz a adesão interfacial dentro dos
compósitos devido ao fato de polímeros comomumente usados como fase matriz em
compósitos possuirem características hidrofóbicas (Monteiro et al., 2011; Bledzki et al.,
1999; Monteiro et al., 2011).
Por essa razão para determinar o comprimento crítico e a resistência interfacial associada
com a eficiência de ligação entre a interface fibra/matriz, um teste de pullout foi propossto por
Kelly e Tyson (1965) com o intuito de avaliar a adesão interfacial e posteriormente adaptado
por Monterio e D’Almeida (2006).
Além disso, fibras naturais lignocelulósicas (FNLs) são comparadas como um material
compósito natural constituído basicamente de duas fases distintas: uma cristalina e outra
amorfa. A fase cristalina principal é a celulose microfibrilar considerada como a fase reforço e
a lignina por sua vez é considerada como a fase matriz amorfa (Monteiro et al., 2011;
Satyanarayana et al., 2009; Maya et al., 2008; Mohanty et al., 2002; Mohanty et al., 2000;
Thakur et al., 2014). A celulose confere a maior porção em peso das fibras naturais (Rowell et
al., 2000), além disso o percentual de celulose na fibra afeta diretamente propriedades como
a densidade, módulo de Young e resistência à tração das fibras. Pois cada unidade de
repetição de celulose contém três grupos de hidroxila e esses grupos, juntamente com sua
habilidade em formar ligações de hidrogênio, atuam como o principal meio de governar
propriedades físicas da celulose (Abdul et al., 2007).
Devido a esse fato, o presente trabalho procurou obter informações sobre o grau de
cristalinade de uma fibra de junco-sete-ilhas extraídas da planta (Cyperus malaccensis
Lam.), sendo ainda desconhecida cientificiamente em termos de propriedades físicas. Bem
como realizar um teste de pullout buscando avaliar seu comportamento crítico e como isso
pode afetar a interface fibra/matriz.
2. DESENVOLVIMENTO
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(IME), através desse ensaio foi possível adquirir um difratograma das fibras de junco-sete-
ilhas.
Buscando avaliar a relação de aderência da fibra e a matriz, foi realizado um ensaio de
escorregamento das fibras. Um total de 80 amostras contendo uma única fibra inserida na
matriz de resina epóxi, foram divididas em grupos contendo diferentes comprimentos de
embutimento, para cada grupo foi separado dez amostras, considerando L como o
comprimento, L = 2, 4, 6, 8, 10, 15, 20 e 25 mm. O comprimento adotado para resina, em
formato cilíndrico, foi de 50 mm e 8 mm de diâmetro. O ensaio de tração foi realizado no
laboratório de Ensaios Não Destrutivos, Corrosão e Soldagem (LNDC) da COPPE/UFRJ e
com uma taxa de deformação de 0,75 mm/min, célula de carga de 25 kN e um equipamento
Instron de modelo 3365.
O polímero termorrígido empregado como material da matriz para confecção das amostras se
tratou da resina epóxi comercial (DGEBA) fornecida pela distribuidora RESINPOXY Ltda e
fabricada pela empresa Dow Chemical do Brasil, localizada no Rio de Janeiro. O catalisador
utilizado à resina foi o Trietileno Tetramina (TETA), adotando a proporção estequiométrica
de 13 partes de endurecedor para 100 partes da resina.
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O método formulado por Segal e colaboradores (1959) foi utilizado para calcular o índice de
cristalinidade a partir da Eq. (1) e indicou uma cristalinidade elevada para as fibras de junco-
sete-ilhas com o valor de IC = 62,47%. Esse índice está diretamente relacionado ao conteúdo
de celulose presente, por sua vez, quanto maior o conteúdo de celulose melhor serão as
propriedades relacionadas a rigidez e resistência. Além disso, ainda são ligadas diretamente a
um ângulo microfibrilar pequeno (Segal et al., 1959; Demosthenes et al., 2019).
IC = 1 – (1180,9/3146,7) (1)
IC = 0,6247 (1)
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Os resultados obtidos pelo ensaio de pullout permitiram construir o gráfico presente na Fig. 2
um comportamento similar ao modelo proposto por Kelly e Tyson (1965) pode ser observado.
No primeiro estágio, a resistência à tração aumenta linearmente com o comprimento de
embutimento da fibra na matriz. Quando a resistência atinge a tensão limite da fibra, ocorre a
ruptura da fibra. O comprimento de embutimento no qual a fibra falha é conhecida como
comprimento crítico (lc). O valor do comprimento determina se a fibra é longa o suficiente
para agir como reforço ou se é apenas uma carga incorporada, ou seja, se ocorre transferência
de carga da matriz para a fibra (Luz et al., 2018).
A Eq. (2) e (3) correspondem aos ajustes lineares das fibras de junco-sete-ilhas
presentes no gráfico Tensão de pullout versus comprimento de embutimento.
(2)
(3)
A interseção das Eqs. (2) e (3) definem o comprimento crítico (lc), sendo alcançado
quando o valor é de 10,77 mm. A partir desse valor do lc é possível obter o valor da
resistência da ligação interfacial da fibra/matriz (𝜏c), através da Eq. (4). Além disso, foi usado
os valores do diâmetro médio das fibras de 0,675 mm e o valor da tensão média de 32,35
MPa.
(4)
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(4)
Comparando com outras valores presentes na literatura (Nirmal et al., 2011; Oliveira
et al., 2019) pode se assumir que a interface entre fibra de junco-sete-ilhas e a matriz
epoxídica se apresenta consideravelmente razoável. Sendo que, outras interfaces como a de
noz de bétele/epóxi apresenta um valor de 0,88, fique/epóxi assumindo um valor de 0,27,
coco/epóxi com um resultado de 1,42 e PALF/epóxi com 4,93, são comparativamente mais
fortes. Entretanto, sob condições de impacto, uma resistência da ligação interfacial baixa
promove a separação entre a interface fibra/matriz pela propagação longitudinal de trincas,
associado diretamente a uma maior energia ao impacto e maior resistência ao impacto
(Margem et al., 2016).
3. CONCLUSÃO
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Abstract. A growing concern about the limitation of non-renewable resources has brought a
focus on the development of environmentally sustainable and biodegradable composite
materials. In this context, a trend in the development of natural fibers used as a reinforce in
composites is ever increasing. Therefore, in this work, for the first time in the literature,
shows results of the seven-islands-sedge physically characterized by X-ray diffraction (XRD)
and the cristallinity index were obtained. Besides an evaluation of the interface adhesion of
the fiber and a epoxy resin was made by the critical lenght obtained in a pullout test.
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1. INTRODUCTION
The modelling and solution of neutron transport problems is the subject of several studies
in the engineering field. Since there is some difficulty in the direct analytic solution of realistic
neutron shielding problems, researchers work in the development of numerical methodologies
that are capable of obtaining more precise results in less computational time.
These problems are modelled by the linearized Boltzmann equation (Duderstadt & Hamil-
ton, 1976). It is a integro-differencial equation with 7 independent variables. The angular
variables are discretized using the discrete ordinates formulation (Lewis & Miller, 1993), and
the energetic variable is treated according to the multigroup theory (Bell & Glasstone, 1970).
The modelling presented here considers stationary bidimensional problems.
We discuss in this paper the precision of a method for the solution of two-dimensional
fixed-source problems, named Modified Spectral Deterministic–Constant Nodal (MSD-CN). It
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is a modification of the Spectral Deterministic Method (SDM) (Oliva, 2018), which is a coarse-
mesh method that uses the intranodal analytical solution of the neutron transport equation and
an iterative process to calculate the neutron angular fluxes in the node-edge of the modelled
domain. This study aims to test the union of this intranodal analytic solution with a modification
of the iterative process Source Iteration (Lewis & Miller, 1993), which is used in the traditional
fine-mesh method Diamond Difference (Lewis & Miller, 1993).
At this point, we give an outline of the remainder of this paper. In Section 2, it is showed
the mathematical modelling of the neutron transport problem in a non-multiplying host media
considering a rectangular cartesian X-Y geometry. In Section 3 is introduced the Modified
Spectral Deterministic–Constant Nodal. In Section 4 the results of a neutron shielding problem
are presented, along with a comparison with conventional methods from the literature. Finally,
in Section 5, it is showed the conclusions and and suggestions for future works.
2. MATHEMATICAL MODEL
The equation that describes the neutron transport phenomenon in X-Y cartesian geometry
in a non-multiplying media, stationary form, with isotropic scattering, in the discrete ordinates
formulation, using the energy multigroup theory is given by
∂ ∂
µm ψm,g (x, y) + ηm ψm,g (x, y) + σT,g (x, y)ψm,g (x, y)
∂x ∂y
G M
1 X g0 →g X
= σS (x, y) ψn,g0 (x, y)ωn + Qg (x, y), m = 1 : M, g = 1 : G. (1)
4 g0 =1 n=1
In Eq. (1), ψ represents the neutron angular flux, σT the macroscopic total cross section, σS
the macroscopic isotropic scattering cross section, and Q and external neutron source with
fixed value. The energetic variable is divided in G energy groups. For the angular variable
discretization, it is used the Level Symmetry quadrature (LQN ) (Lewis & Miller, 1993), which
uses a set of discrete ordinates in each one of the cartesian plane quadrants to describe the
neutron angular fluxes incoming and outgoing directions. From the quadrature order N , the
total number of discrete directions can be calculated using the equation
N (N + 2)
M= ,
2
with M coordinates µm and ηm , see Figure 1, and M weigths ωm .
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Let us consider an arbitrary spatial grid Γx,i × Γy,j in a rectangular domain D of width X and
height Y , where each spatial cell, termed node Γi,j , has constant macroscopic cross sections
g 0 →g
σT,g,i,j , σS,i,j and a constant interior source Qg,i,j . After this step, Eq. (1) can be applied in
the interior of each Γi,j node, which physical-material parameters are constant, resulting in the
intranodal spatial balance transport equation in the discrete ordinates formulation (SN ), given
by
∂ ∂
µm ψm,g (x, y) + ηm ψm,g (x, y) + σT,g,i,j ψm,g (x, y)
∂x ∂y
G M
1 X g0 →g X
= σ ψn,g0 (x, y)ωn + Qg,i,j , m = 1 : M, g = 1 : G. (2)
4 g0 =1 S,i,j n=1
The first step to the fixed-source neutron transport problem’s solution using the MSD-CN is
the application of the operator
Z us+ 1
1 2
(.)du (3)
hu,s us− 1
2
in Eq. (2), where u = x (or y) and s = i (or j). For the coordinated direction y, it is obtained
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d e ηm
µm ψm,g,j (x) + ψm,g,j+ 1 (x) − ψm,g,j− 1 (x) + σT,g,i,j ψem,g,j (x)
dx hy,j 2 2
G M
1 X g0 →g X e
= σ ψn,g0 ,j (x)ωn + Qg,i,j , m = 1 : M, g = 1 : G (4)
4 g0 =1 S,i,j n=1
µm d
ψm,g,i+ 1 (y) − ψm,g,i− 1 (y) + ηm ψbm,g,i (y) + σT,g,i,j ψbm,g,i (y)
hx,i 2 2 dy
G M
1 X g0 →g X e
= σ ψn,g0 ,j (x)ωn + Qg,i,j , m = 1 : M, g = 1 : G, . (5)
4 g0 =1 S,i,j n=1
Where the transverse integrated angular fluxes, respectively in the coordinated directions x and
y are given by
Z yj+ 1
1 2
ψem,g,j (x) = ψm,g (x, y)dy
hy,j yj− 1
2
and
Z xi+ 1
1 2
ψbm,g,i (y) = ψm,g (x, y)dx.
hx,i xi− 1
2
Eqs. (4-5) represents two systems, each one with GM equations and 2GM unknowns,
GM
unknowns represented by the neutron angular fluxes ψm,g,j (x) and ψm,g,i (y) , and GM un-
e b
knowns represented by the transverse neutron leakage terms, described by the equations
ηm
ψm,g,j+ 1 (x) − ψm,g,j− 1 (x)
hy,j 2 2
and
µm
ψm,g,i+ 1 (y) − ψm,g,i− 1 (y) .
hx,i 2 2
In this point, the only appoximation in this method is performed, the transverse leakages are
approximated by constants (Barros & Larsen, 1992), in the form
and
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ηm b
ψm,g,i,j+ 1 − ψbm,g,i,j− 1 = L
bm,g,i,j
hy,j 2 2
µm e
ψm,g,i+ 1 ,j − ψem,g,i− 1 ,j = L
em,g,i,j
hx,i 2 2
After performing these approximations, it is guaranteed the unicity of the transverse inte-
grated intranodal equation solution in the Γij node. Thus, Eqs. (4-5) can bee rewritten as
d e
µm ψm,g,j (x) + L
bm,g,i,j + σT,g,i,j ψem,g,j (x)
dx
G M
1 X g0 →g X e
= σ ψn,g0 ,j (x)ωn + Qg,i,j , m = 1 : M, g = 1 : G, (6)
4 g0 =1 S,i,j n=1
The solution of Eqs. (6-7) is divided in two components: and homogeneous one and a
particular one, a set for each coordinated direction, described as
h p
ψem,g (x) = ψem,g (x) + ψem,g
h p
ψbm,g (y) = ψbm,g (y) + ψbm,g
The particular solution in the coordinated axis x, is presented in the form (Oliva, 2018)
G X
M
X 1 g0 →g p
σT,g,i,j δmn δg0 g − σS,i,j ωn ψen,g 0 = Qg,i,j − Lm,g,i,j .
b
g 0 =1 n=1
4
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−(x − xj− 1 )
2
h
ψem,g,j (x) = axm,g (ϑx )e ϑx . (8)
Substituting Eq. (8) in the homogeneous part of Eq. (6), it is obtained an eigenvalue problem,
given by
G M
1 XX 1 g0 →g 1
σT,g,i,j δmn δg0 g − σS,i,j ωn axn,g0 (ϑx ) = x axm,g (ϑx )
µm g0 =1 n=1 4 ϑ
Here, a set of GM real and symmetric eigenvalues (ϑ) are obtained, as well as a set of GM
eigenvectors (a(ϑ)) with GM × GM order.
At this point, the general intranodal solution of Eq.(6) can be written as
−(x − xi− 1 )
GM 2
ϑxl
X
ψem,g,j (x) = αlx axm,g (ϑxl )e + ψegp (9)
l=1
where αx represents a set of GM arbitrary parameters in each one of the Γij nodes. These pa-
rameters are updated in each one of the iterations, in order to weigth the neutron angular fluxes
in each direction. Similarly, the general intranodal solution of the neutron transpor equation in
the coordinated axis y can be written as
−(y − yj− 1 )
GM 2
ϑyl
X
ψbm,g,i (y) = αly aym,g (ϑyl )e + ψbgp . (10)
l=1
To deduce the equations used in the iterative process of the MSD-CN, the first step is to
calculate the average angular fluxes in each coordinated axis, for x we have
−h
x,i
Z xi+ 1 GM
x 1 1 X x x x
αl am,g (ϑxl ) e ϑl − 1 + ψegp
2
ψ m,g,i,j = ψem,g,i (x)dx = (11)
hx,i xi− 1 hx,i l=1
2
Analogously, in the coordinated axis y, the average angular neutron flux is given by the expres-
sion
−hy,j
GM
y 1 y
αly aym,g (ϑyl ) e ϑl − 1 + ψbgp .
X
ψ m,g,i,j = (12)
hy,j l=1
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Z xi+ 1 Z yj+ 1
1 2 2
= (.)dydx
hx,i hy,j xi− 1 yj− 1
2 2
applied to Eq. 2, resulting in two equations for updating the neutron angular fluxes. To obtain
the outgoing x direction node-edge average angular fluxes in the right and left faces of the
nodes, we have the equation
ψem,g,i+ 1 ,j = ψem,g,i− 1 ,j
2 2
G M
!
hx,i,j x 1 X g0 →g X x
+ −L
bm,g,i,j − σT,g,i,j ψ m,g,i,j + σ ψ 0 ωn + Qg,i,j (13)
µm 4 g0 =1 S,i,j n=1 n,g ,i,j
ψem,g,i− 1 ,j = ψem,g,i+ 1 ,j
2 2
G M
!
hx,i,j x 1 X g0 →g X x
+ −L
bm,g,i,j − σT,g,i,j ψ m,g,i,j + σ ψ 0 ωn + Qg,i,j (14)
|µm | 4 g0 =1 S,i,j n=1 n,g ,i,j
Now, to obtain the flux in the upper and bottom faces of the node, it is applied the operator
Z yj+ 1 Z xi+ 1
1 2 2
= (.)dxdy (15)
hy,j hx,i yj− 1 xi− 1
2 2
in Eq. (2), resulting in the equations to outgoing y direction node-edge average angular fluxes
ψbm,g,i,j+ 1 = ψbm,g,i,j− 1
2 2
G M
!
hy,i,j y 1 X g0 →g X y
+ −L
em,g,i,j − σT,g,i,j ψ m,g,i,j + σ ψ 0 ωn + Qg,i,j (16)
ηm 4 g0 =1 S,i,j n=1 n,g ,i,j
and
ψbm,g,i,j− 1 = ψbm,g,i,j+ 1
2 2
G M
hy,i,j y 1 X g0 →g X y
+ − Lm,g,i,j − σT,g,i,j ψ m,g,i,j +
e σ ψ 0 ωn + Qg,i,j (17)
|ηm | 4 g0 =1 S,i,j n=1 n,g ,i,j
In order to perform the iterative process, 4 sweeping directions across the spatial grid are
adopted: SW → N E, SE → N W , N E → SW and N W → SE (Figure 1), where the
outgoing fluxes of each node are calculated using the incoming fluxes and the interior neutron
sources, using Eqs. (13-14) and Eqs. (16-17). Before each sweep, the average neutron angu-
lar fluxes and scatering sources are updated in each node, as in the iterative process Source
Iteration, as shown in Lewis & Miller (1993).
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After this process, the average scalar fluxes are calculated in each node, according to the
equation
M
u 1X u
φg,i,j = ψ ωn ,
4 n=1 n,g,i,j
where u can represent any of the coordinated axis. In this work, it was used as the stopping
criterion a comparison between the maximum relative deviation of the average scalar fluxes of
two subsequent interations
u,k+1 u,k
φ
g,i,j − φg,i,j
u,k <ξ (18)
φ g,i,j
4. NUMERICAL RESULTS
In this section, we present the solution of a model-problem simulated with MSD-CN. The
results are compared to the codes TWOTRAN (K.D. Lathrop & F.W. Brinkley, 1973), DOT-II
(A. F. Dias, 1980) and the method Response Matrix (RM) (da Silva, 2018), besides a fine-mesh
reference, that uses the Diamond Difference method (Lewis & Miller, 1993). This problem, that
was suggested by the Argonne Code Center (Argonne National Laboratory, 1972), is about a
realistic neutron shielding model in an absorver media with 2 groups of energy.
This model presents a problem with constant physical-material parameters and a neutron
source (Qg ) evenly distributed in one of the regions of the domain. The geometry of this problem
can be seen in Figure 3.
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In the solution of this problem was used the quadrature orders S8 and S12 , and a stopping
criterion ξ = 10−6 . The region that contains the source was divided in 13 × 14 nodes, the 68
cm region in the x direction was divided in 14 nodes, and the 80 cm one in the y direction in 16
nodes. For the fine-mesh reference, it was used a 39 × 42 grid in the fixed-source region, and
for the outer region, a 36 × 48 mesh. The results for the neutron leakage in the right face of the
domain in shown in Table 2.
The numerical results obtained with each quadrature orders used were close to the fine-mesh
reference. In a precision point of view, the results presented by the MSD-CN, this work’s main
goal, are compatible with the ones presented by the DD and RM methods, and the DOT-II and
TWOTRAN codes, that uses the SN transport theory.
5. CONCLUSIONS
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iterations with other coarse-mesh methods, and develop the MSD-CN using parallel program-
ming.
Acknowledgments
This study was financed in part by the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nı́vel
Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001. The group would like to thank the Laboratório
de Modelagem Multiescala e Transporte de Partı́culas (LabTran).
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Resumo. Uma preocupação crescente a respeito do gás efeito estufa para o meio ambiente
motivam esforços de pesquisadores visando promover a aplicação de materiais naturais menos
prejudiciais ao meio ambiente e a qualidade de vida dos seres vivos. Por essa razão o uso de
fibras lignocelósicas aparece como uma alternativa para substituir compósitos reforçados com
fibras sintéticas. Uma diversidade dessas fibras já foram amplamente pesquisadas como a juta,
sisal, linho, cânhamo, algodão e muitas outras variedades de fibras e até aplicadas como
reforço em compósitos empregados em componentes veiculares, por exemplo. No entanto,
essas fibras apresentam certas desvantagens, uma em específico é relacionada à baixa
estabilidade térmica, o que reflete em uma limitação dos compósitos. O presente trabalho foi
dedicado a análise de uma fibra lignocelulósica cientificamente nova em termos de estudo,
conhecida como junco-sete-ilhas no Brasil, cujo cultivo é exclusivo na região do Vale do
Ribeira/São Paulo. Se preocupando em conhecer seu comportamento em altas temperaturas
da fibra natural, foi realizado uma análise de termogravimetria (TGA), além de analisar o
comportamento térmico dos compósitos reforçados com 10, 20 e 30% de fração volumétrica.
Onde se observou uma Tonset de 255,68°C para a fibra e uma faixa de 292 até 300,5°C para os
compósitos.
1. INTRODUÇÃO
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Broutman, 1990; Ashbee, 1993; Chawla, 2012), aplicada em praticamente todos os campos de
interesse humano, de próteses cirúrgicas até componentes aeroespaciais. Entretanto, no fim do
século passado uma preocupação a respeito da poluição generalizada causada por materiais não
biodegradáveis, gerada especialmente por plásticos com um processo lento de degradação, e
mudanças climáticas resultantes de emissão de gás carbônico, levou a uma tendência em
substituir materiais compósitos reforçados com fibras sintéticas. Materiais naturais, em
particular as fibras ricas em celulose, conhecidas popularmente como fibras lignocelulósicas
(FNLs) foram selecionadas como substitutas da fase reforço constituídas por fibras inorgânicas,
através de diversas pesquisas nas últimas décadas (Nabi & Jog, 1999; Eichhorn et al., 2001;
Netravali & Chabba, 2003; Satyanarayana et al., 2007; Crocker, 2008; Monteiro et al., 2009).
Atualmente, componentes automotivos, equipamentos de esporte e próteses médicas são
alguns exemplos de utilização de compósitos reforçados com FNLs (Kalia et al., 2011). Quando
comparada às fibras de vidro as FNLs são mais baratas, leves e menos abrasivas em contato
com equipamentos (Wambua et al., 2003; Joshi et al., 2004). Entretanto, as dimensões das
fibras vegetais apresentam uma dispersão estatística elevada e são anatomicamente restritas,
enquanto que por outro lado, as fibras inorgânicas são fabricadas com dimensões precisas
(Monteiro et al., 2011). Além disso, a natureza hidrofílica das fibras naturais provoca uma
adesão fraca em relação aos polímeros hidrofóbicos, geralmente empregados como matrizes
poliméricas (Bledzki & Gasssan, 1999; Mohanty et al., 2000; Mohanty et al., 2002; Mohanty
et al., 2005).
Condições associadas à aplicação de altas temperaturas durante o processo de fabricação
do compósito compromete o processamento com o uso de fibras naturais como fase reforço,
pois apresentam uma estabilidade térmica inferior se comparadas aos compósitos reforçados
com fibras sintéticas. De acordo com a literatura, a temperatura de processamento usual de um
compósito termoplástico é estabelecida em torno de 180-200°C. Entretanto, é possivel aplicar
temperaturas acima de 200°C por curtos períodos de tempo para algumas fibras lignocelulosicas
em particular (Agarwal & Broutman, 1990; Ashbee, 1993; Sanadi et al., 1996).
Em virtude disso, o presente trabalho busca avaliar a estabilidade térmica de uma fibra
extraída da planta de junco-sete-ilhas, que por sua vez, é uma planta originária do japão e
cultivada exclusivamente no Brasil na cidade de Registro na região do Vale do Ribeira. (Hiroce
et al., 1988).
Essa planta é desconhecida cientificamente com relação as suas propriedades térmicas.
Sendo assim, a resposta das fibras de junco-sete-ilhas e compósitos incorporando essas fibras
em diferentes frações volumétricas correspondentes a 10, 20 e 30% em volume, em matrizes
epóxidicas, foram avaliadas por uma análise termogravimétrica.
2. DESENVOLVIMENTO
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resinas poliméricas sintéticas, como a resina epóxi DGEBA-TETA, e pelo fato de serem
hidrofóbicas. A grande perda de massa acontece na Tonset (344, 74°C) e a máxima taxa
representada na curva DTG em 388,5°C ambas diretamente relacionadas com a degradação e
ruptura das cadeias poliméricas, chegando a uma perda de 70,59% de massa. Uma terceira etapa
ocorrendo na temperatura de 455 até 600°C, confere um teor de cinzas final correspondendo a
cerca de 19,6%. Os parâmetros termogravimétricos adquiridos para as curvas de TGA/DTG do
epóxi e dos compósitos de 10, 20 e 30%v/v de fibras de junco-sete-ilhas estão presentes na
Tabela 1.
Fração
0% 10% 20% 30%
volumétrica
Degradação das
- 80,2 97 90,4
Fibras (°C)
Final do
primeiro estágio 227 228 224,2 219,6
(°C)
Tonset (°C) 344,7 292 287,08 300,5
Máxima Taxa
388,5 341,6 362,1 334,2
(°C)
Início do
Terceiro estágio 455,5 420 420,3 421,9
(°C)
Resíduo final
19,6 27,38 27,64 26,8
(%)
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Figura 3- Curvas TGA da resina epóxi e matriz epoxídica reforçada com 10,20 e 30%
em volume de fibras de junco-sete-ilhas.
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Figura 4: Curvas DTG da resina epóxi e matriz epoxídica reforçada com 10,20 e 30%
em volume de fibras de junco-sete-ilhas.
3. CONCLUSÃO
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Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Monteiro SN, Calado V, Rodriguez RJ, Margem FM. Thermogravimetric stability of polymer composites
reinforced with less common lignocellulosic fibers - An overview. Journal of Materials Research and
Technology. 2012;1(2):117-126.
Monteiro, SN, Calado V, Margem FM., Rodriguez RJS.Thermogravimetric stability behavior of less
common lignocellulosic fibers - A review. Journal of Materials Research and Technology. 2012;1(3):189-199.
Abstract. A growing concern about the environmental reasons involving green gas motivated
researchers efforts aiming to providade natural materials less harmful to the enviromennt and
the humanbeings’s quality of life. For this reason the use of lignocellulosic fibers replaces
sinthetic fibers composites, a diversity of them have already been investigated such jute, sisal,
flax, hemp, cotton and other variets of fibers and even apllied as reinforcement in polymeric
matrices in automobile components, for instance. However, theses fibers presents certains
drawbacks, specifically one of them is relative to their low thermal stability reflecting on a
limitation to their composites. The present work have been dedicate to analyze a scientifically
new ligocellulosic fiber for engineering aplications known as seven-islands-sedge in Brazil
where it has an exclusive cultivation in the region of Vale do Ribeira/São Paulo. Concerning
to discover how it behaves in high temperatures the natrual fiber was subjected to an
thermogravimetric analysis (TGA), besides composites reinforced with 10, 20 and 30% of
volumetric fractions of this fiber were also analysed.
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1. INTRODUÇÃO
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2. CONCEITOS PRELIMINARES
Para trabalhar com modelos compartimentais estocásticos a estrutura natural a ser utilizada
são os processos estocásticos denominados processos de Markov.
Um processo estocástico é uma coleção de variáveis aleatórias {Xt (ω) : t ∈ T, ω ∈ Ω},
onde T é o conjunto de índices e Ω é o espaço amostral, denominado espaço de estados. Um
processo estocástico markoviano caracteriza-se por não ter memória, isto é, o conhecimento
do estado futuro do processo depende apenas do seu estado atual. Isto é, matematicamente,
representado da seguinte forma,
para t0 < t1 < · · · < tk < tk+1 , ti ∈ T , com i = 0, 1, 2, · · · , k + 1, sendo xi o estado que a
variável aleatória pode assumir.
Se as variáveis aleatórias Xt (ω) assumem valores discretos, então o processo markoviano é
denominado Cadeia de Markov. Uma Cadeia de Markov pode ser classificada, a depender de
se o tempo é considerado discreto ou contínuo, como Cadeia de Markov de Tempo Discreto,
DTMC, pelas siglas em inglês (Discrete Time Markov Chain), ou como Cadeia de Markov de
Tempo Contínuo, CTMC (Continuous Time Markov Chain). O modelo compartimental proposto
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neste trabalho é o CTMC, pois suas variáveis aleatórias assumem valores discretos e o tempo é
analisado em um intervalo contínuo.
Cada variável aleatória X(t) do processo possui uma distribuição de probabilidade
{pi (t)}∞
i=0 associada, tal que
A probabilidade dos estados possíveis que a variável aleatória X(t) pode assumir é repre-
sentada pela Eq. (2). Pode-se representar essa distribuição de probabilidade através do vetor
p(t) = (p0 (t), p1 (t), . . . )T , onde T denota a transposta.
As variáveis aleatórias Xs e Xt , com s < t, em uma Cadeia de Markov, podem ser
relacionadas através da probabilidade de transição entre estados, oferecendo assim informações
acerca do sistema.
Essa probabilidade de transição, denotada por pji (t, s), é definida como a seguinte probabi-
lidade condicional:
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As mudanças de estado do sistema ocorrem com probabilidade α(n)∆t + o(∆t), num intervalo
de tempo pequeno ∆t, portanto a função de distribuição para o tempo entre eventos é
Fi (t) = P rob{Ti ≤ t} = 1 − e−α(n)t . (7)
Como α(n) é independente do estado do processo, o tempo entre eventos é o mesmo para todo
salto i. Define-se Ti ≡ TE para todo i. Então, o tempo entre eventos, TE , é uma variável
aleatória contínua definida em [0, ∞), e pode ser expressa em função de uma outra variável
aleatória uniforme, U , definida no intervalo [0, 1]. Pode-se definir o tempo entre eventos, TE , a
partir da Eq. (7), como
ln U
TE = F −1 (U ) = − , (8)
α(n)
onde F é a função de distribuição acumulada da variável aleatória TE .
3. MODELO MATEMÁTICO
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Na primeira coluna da Tabela 1, o par (∆S, ∆I) representa a variação de cada compartimento
considerando a evolução de um indivíduo da população, isto é, os valores −1 e 1 representam
que um indivíduo saiu do compartimento ou entrou nele, respectivamente, ao passo que o valor 0
indica que não houve variação. Nas expressões para as probabilidades de transição, na segunda
coluna, β representa a taxa de infecção ou taxa de contágio e γ representa a taxa de recuperação
de um indivíduo infectado. Supondo que inicialmente não há indivíduos recuperados, define-se
a distribuição inicial do sistema como (S(0), I(0)) = (s0 , i0 ), sendo i0 > 0 e s0 + i0 = N .
Considerando (S(t), I(t) = (s, i)), analisamos o caso em que ocorre transição do estado
(s, i) para o estado (s, i − 1), onde um indivíduo infectado é recuperado e sua probabilidade é
dada por
γi γ
ps = = . (9)
γi + (β/N )si γ + (β/N )s
Quando ocorre transição do estado (s, i) para o estado (s − 1, i + 1), onde é considerada a
infecção de um indivíduo suscetível, sua probabilidade é
γ (βN )s
1 − ps = 1 − = . (10)
γ + (β/N )s γ + (β/N )s
Para realizar simulações estocásticas de um modelo SIR CTMC, calcula-se o tempo entre
eventos utilizando a soma das probabilidades de transição entre estados do processo, definida na
Eq. (6), o que corresponde com
X β
pjn (∆t) = S(t)I(t) + γI(t) ∆t + o(∆t) (11)
j6=n
N
ln U
TE = − β
(12)
N
S(t)I(t) + γI(t)
4. MODELO COMPUTACIONAL
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apresentado nas Eqs. (9) e (10) são avaliadas na linha 5 do Algoritmo 1, o estado do sistema
é então alterado dependendo da variável aleatória uniforme (linhas 6 e 8). Este novo estado é
então armazenado (linha 10).
A condição de parada do laço ocorre quando um dos seguintes critérios é satisfeito; ou não
há mais infectados, I = 0, ou o tempo de simulação T (dias) é alcançado. O tempo de simulação
representa a quantidade máxima de dias que são simulados dentro do algoritmo.
4.1 Otimizações
Devido à propriedade Markoviana dada pela Eq. (1), necessita-se somente do estado anterior
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para encontrar o estado seguinte. Assim, optamos por não armazenar todos os estados de
transição. Utilizando as técnicas de subamostragem (Bellman, 1961) é possível manter uso de
memória limitado. O método utilizado é também chamado decimação, onde somente cada i-
ésimo elemento é utilizado. Aplicamos então a decimação durante o armazenamento dos estados
reduzindo o número de requisições de realocações de memória e escrita em disco. Apesar
da alta frequência inerente dos processos estocásticos, a amplitude das componentes de alta
frequência são negligenciáveis, comparado ao componente de baixa frequência do modelo SIR.
Esta abordagem nos permitiu executar simulações com populações expressivas em computadores
pessoais conforme podemos ver na Figura 1. No Algoritmo 2, a decimação é realizada utilizando
aritmética modular (linha 10) com um contador auxiliar (linha 13) de iterações.
Apesar do tempo computacional não ser um impeditivo para a execução de uma única si-
mulação, processos estocásticos são normalmente simulados em bateria, para a compreensão do
comportamento emergente do modelo e o estudo de suas tendências. Por esta razão, utilizamos
a biblioteca Numba e otimizações em linguagem C, tudo o qual nos permitiu utilizar a expres-
sividade da linguagem Python com uma performance computacional ótima. O algoritmo final
apresentou um speedup de 20,67, conforme mostrado na Figura 2.
5. RESULTADOS
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Figura 3- Comparativo de resultado entre modelo regular (18337048 pontos) e otimizado (185 pontos).
Figura 4- Aproximação em intervalo crítico com Figura 5- Aproximação em intervalo crítico com
amostragem de 185 pontos amostragem de 1850 pontos
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6. CONCLUSÕES
Neste trabalho demostramos que, na simulação de uma Cadeia de Markov em tempo contínuo
(CTMC), é possível otimizar o modelo computacional, o algoritmo e as tecnologias utilizadas,
de modo que estas simulações sejam computáveis em computadores pessoais atuais com um
tempo de processamento extremamente reduzido. Isto pode ser realizado sem perder a precisão
do modelo e com o mesmo grau de convergência e tendência, que não é afetado de qualquer
forma devido à propriedade de Markov.
As técnicas apresentadas permitiram um speedup de 20x no tempo de processamento e o
controle do uso da memória para um limite superior arbitrário, independente do tamanho da
amostragem do modelo SIR.
Pretendemos estender análises para otimizações às Cadeias de Markov de tempo discreto
(DTMC), que impõem grande barreira computacional devido às largas matrizes de transição e à
dificuldade inerente de paralelizar um processo estocástico.
Os dados destes experimentos, bem como os códigos fontes estão livremente disponíveis
para verificação e reprodução. O código (Morgado-Lau, 2020) é disponibilizado de acordo
com a licença Creative Commons (CC BY). Esperamos que isto possa fomentar colaborações
científicas.
Agradecimentos
Referências
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Morgado, I. and Lau, M. (2020). Biblioteca Python Modelo SIR estocástico. https://github.
com/igormorgado/sir. Último acesso em 15/09/2020.
Whittle, P. (1955). The outcome of a stochastic epidemic—a note on Bailey’s paper. Biometrika, 42(1-2),
116-122.
Abstract. The recent Coronavirus (COVID-19) quickly spread around the world, boosting the
research of mathematical modeling applied to epidemiology. One of the commonly used models
to analyze the COVID-19 propagation is the deterministic version of the Susceptible-Infected-
Recovered (SIR) model. In this work, we present the computational model of a stochastic version
of the SIR model, using Continuous Time Markov Chain (CTMC). The simulation of stochastic
processes introduces computational barriers in execution time, but, mostly finds its limits in
system phsysical memory. The approach presented in this work gave us a speedup around 20
times while keeping the memory usage constant, independent of simulation parameters. We also
present an algorithm that solves the SIR CTMC model.
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1. INTRODUÇÃO
A água sempre esteve presente na história humana, às margens dos rios e mares, civilizações
construíram impérios e travaram guerras. Segundo Bacci (2008), nosso planeta não teria se transformado
em ambiente apropriado para a vida sem a água. Entretanto, 97% da água do mundo é salgada, sendo
apenas 3% água potável, ou seja, própria para consumo e, desse percentual, apenas 29% se encontra
acessível, já que o resto está localizado nas calotas polares.
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Tomando como princípio que a demanda de água no Brasil (vazão de retirada), é de 1.592 m3 /s,
sendo que cerca de 53% deste total (841 m3 /s) são consumidos, não retornando às bacias hidrográficas
(ANA, 2005), sua preservação é dever de todos, previsto, inclusive, na Constituição de 1988 Art. 225
- defendê-la e preservá-la para as presentes e futuras gerações. Porém, atualmente se vive em um dos
piores momentos possíveis relacionado ao conceito de poluição hídrica, em especial, dos rios, uma que o
cenário é preocupante devido ao fato dessa poluição ser uma das causadoras da escassez de água potável
(Coimbra, 2019).
Cabe ressaltar ainda, que boa parte da água potável proveniente dos rios sofre constante ameaça de
poluição, devido à expansão urbana, aliada ao desenvolvimento da indústria e das atividades agrícolas
(ONU, 2010), o que levou o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), por meio das leis
No 430 e No 467, reconhecer a importância de estabelecer critérios e procedimentos para uso de
produtos nos corpos hídricos, bem como seu monitoramento para se determinar o nível de impurezas
da água em decorrência do lançamento desse poluente. Até mesmo a Organização das Nações Unidas
(ONU) enfatiza a necessidade de uma maior fiscalização no que se refere à qualidade da água nos rios
(ONU, 2010). Mas, na prática é muito diferente, visto que o monitoramento e avaliação pelos órgãos
responsáveis acabam acarretando problemas financeiros e logísticos, já que se necessita de material
específico e mão de obra qualificada para o trabalho, tornando assim o processo caro.
Nesse contexto, torna-se essencial a utilização de modelos matemáticos, e consequente solução
numérica envolvendo algoritmos computacionais para simular o transporte e dispersão de poluentes em
cursos d’águas naturais, uma vez que estes podem contribuir para o processo de tomada de decisões,
possibilitando a geração de diferentes cenários realísticos sem a necessidade de vários trabalhos de
campo para essa finalidade, agregando um melhor custo/benefício no que tange a análise desse tipo
de problema.
Para a modelagem do presente trabalho, foi adotado um modelo matemático unidimensional devido
à geometria da área de estudos, resolvido utilizando o Método dos Volumes Finitos, com as formulações
explícita, a qual é condicionalmente estavél, e a formulação implícita, que é incondicionalmente estável.
2. ESTUDO DE CASO
Quando um poluente atinge um corpo hídrico, o mesmo sofre alterações devido às características
biológicas, físicas e químicas existentes na natureza, logo, é importante ter conhecimento da área de
estudo. Nesse sentido, nessa seção é apresentada uma breve descrição da região de interesse.
A área de estudo para a qual se aplicou a simulação analisada neste trabalho está situada na região
serrana do Estado do Rio de Janeiro, dentro da bacia hidrográfica do rio Macaé, a qual possui uma área
de drenagem de aproximadamente 1.765 km2 e engloba praticamente toda a área dos limites territoriais
do município de Macaé, onde se localiza sua foz.
Em particlar, o rio São Pedro, região escolhida para a realização do experimento, está situada em
São Pedro da Serra, 7o Distrito de Nova Friburgo (RJ), local que foi afetado por um rápido processo de
transformação espacial, social e econômica, com fortes impactos ambientais (LimaVerde, 2005).
A região tem como característica uma pequena profundidade e margens repletas de rochas. Além
de conter trechos sinuosos e grande biodiversidade, tem como principais atividades econômicas a
agricultura familiar e o turismo, dado que a área engloba atrativos como as cachoeiras e a mata,
possibilitando a prática de trilhas. Tais fatores levaram a criação da Área de Proteção Ambiental (APA)
de Macaé de Cima.
Sendo o rio São Pedro afluente da bacia do rio Macaé, que tem importância econômica inquestionável
para o país, justificada pelo abastecimento de toda a área próxima ao rio, assim como a exploração de
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petróleo e gás natural na região oceânica, torna-se evidente a necessidade de uma melhor avaliação desse
corpo hídrico, visto que, segundo Freitas (2015), a qualidade e a quantidade de água que chega à foz do
rio Macaé depende do que está acontecendo nas áreas mais altas da bacia. Todos os impactos ambientais
que o rio sofrer ao longo do seu curso serão refletidos, de alguma forma, em sua foz, situada em Macaé.
Os dados experimentais utilizados nesse trabalho, tem como base o experimento realizado e descrito
por Sousa (2009), o qual ocorreu no dia 26 de janeiro de 2009, com início às 10:50:28 h e participação
de 5 pessoas, onde buscou-se simular um cenário de poluição acidental no curso de água em questão.
Para isso, foi utilizada uma solução de cloreto de sódio (NaCl) como traçador. Se comparado com outros
traçadores, o NaCl apresenta vantagens como, por exemplo, solubilidade em água, presença natural quase
nula, não possui efeitos nocivos ao impacto ambiental, facilidade de armazenamento ou de quantificação
e também um custo muito baixo. As medições foram feitas em um trecho do rio localizado na saída da
vila de São Pedro da Serra, em frente à estrada do cemitério (22 19.155S, 42 19.897W). Na Figura 1 é
apresentada a vista parcial do trecho de interesse do rio São Pedro.
Para a preparação da solução salina, foram utilizados 2000 g de cloreto de sódio, diluídos em
aproximadamente 15 L de água em um balde, os quais foram liberados instantaneamente em um ponto
da seção de injeção, sobre a linha de corrente central do escoamento. A primeira seção foi escolhida a
50 m do ponto de injeção e, a segunda, a 100 m. Foram colhidas amostras de 200 mL da água a cada
15 s, totalizando 60 amostras, as quais, posteriormente, foram analisadas em laboratório. Na Tabela 1
são mostradas as configurações do rio.
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O modelo matemático para o problema proposto neste trabalho leva em consideração o fato de o
trecho do rio estudado ser suficientemente estreito e raso, fazendo com que as variações nas direções
transversal e vertical sejam desprezíveis em relação às variações longitudinais. Logo, um modelo
unidimensional que considera apenas as variações na referida direção, sendo expresso pela Equação
de Advecção-Dispersão, Eq. (1), que descreve o comportamento de um constituinte em relação ao seu
deslocamento e sua dispersão ao longo do rio, com condições inicial e de contorno, descritas pelas Eq.
(2a) e (2b), respectivamente:
Equação de Advecção-Dispersão:
∂C ∂C ∂2C
+U = EL 2 , −∞ < x < ∞, t > 0 (1)
∂t ∂x ∂x
M
C(x, 0) = C0 + δ(x), −∞ < x < ∞ (2a)
A
C(±∞, t) = C0 , t > 0 (2b)
A solução analítica para o modelo matemático descrito na Eq. (1), com condições de contorno e
inicial, dadas pelas Eq. (2a) e (2b), é dada pela Eq. (3) (Sousa, 2009):
(x − U t)2
M
C(x, t) = C0 + √ exp − , −∞ < x < ∞, t > 0 (3)
A 4πEL t 4EL t
Para a resolução numérica da Eq. (1) foi aplicado o Método dos Volumes Finitos, o qual utiliza
a forma integral da equação para obter sua aproximação, dando origem às formulações explícita e
implícita, o qual é descrito na próxima seção.
Para o trecho do rio São Pedro analisado neste trabalho foi realizada a discretização do domínio
unidimensional, dando origem às malhas espaciais, para que possa ser aplicado o Método dos Volumes
Finitos. Na Figura 2 é mostrada uma representação ilustrativa da malha espacial para o Método dos
Volumes Finitos, onde as letras W e E indicam as direções Oeste e Leste, respectivamente, as letras w e
e representam suas faces e a letra P é centro do volume de controle.
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Aplicando o método na Eq. (1), pode-se realizar a integração ao longo do tempo, em intervalos de
tempo ∆t (constantes), e no espaço, de w até e, do termo transiente (primeiro termo do lado esquerdo da
referida equação), da seguinte forma:
t+∆t
Z Ze
∂C
dxdt = ∆x(CPt+∆t − CPt ) (4)
∂t
t w
A integração do termo advectivo (segundo termo do lado esquerdo da Eq. (1)) pode ser feita através
do esquema Upwind (UDS), o qual consiste na substituição do valor da função nas interfaces w e e de
cada volume de controle pelo valor da mesma no ponto a montante, o qual varia de acordo com o sentido
da velocidade do escoamento (Versteeg; Malalasekera, 1995), ou seja:
t+∆t
Z Ze
∂C
U dxdt = U ∆t(CPθ − CW
θ
) (5)
∂x
t w
Para a integração do termo dispersivo longitudinal (termo do lado direito da Eq. (1)) foi usada a
expresão de Taylor para aproximar a derivada primeira em x, via diferenças centrais. Logo:
Z Ze
t+∆t
∂2C CEθ − 2CPθ + CW
θ
EL 2 dxdt = EL ∆t (6)
∂x ∆x
t w
Observe que o termo transiente, expresso na Eq. (4), possui as concentrações avaliadas nos instantes
de tempo t e t + ∆t, enquanto os termos advectivo, Eq. (5), e dispersivo, Eq. (6), apresentam
concentrações em função de θ. Portanto, esses termos devem ser manipulados através de uma função
de interpolação, dada pela Eq. (7), de forma a poder avaliar as concentrações nos mesmos instantes de
tempo presentes no termo transiente, gerando assim, as formulações explícita e implícita.
C θ = θC t+∆t + (1 − θ) C t (7)
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U ∆t ∆t U ∆t ∆t ∆t
CPt+∆t = + EL t
CW + 1− − 2EL t
CP + EL CEt (8)
∆x ∆x2 ∆x ∆x2 ∆x2
U ∆t ∆t t+∆t U ∆t ∆t t+∆t ∆t
+ EL CW + 1− − 2EL CP + EL CEt+∆t = CPt (9)
∆x ∆x2 ∆x ∆x2 ∆x2
Ambas as formulações podem ser escritas através de um sistema linear e resolvidas na forma
matricial, sendo a formulação explícita resolvida diretamente utilizando o produto entre matrizes e
vetores e, a formulação implícita, resolvida através do método iterativo de Gauss-Seidel.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tendo como enfoque validar e calibrar o modelo matemático resolvido pelo Método dos Volumes
Finitos, foram realizadas diversas simulações, com a variação da malha computacional, além de ser
comparados os resultados numéricos obtidos com o mesmo, com a solução analítica, dada pela Eq. (3),
e os dados experimentais obtidos no trabalho de campo descrito em Sousa (2009), as quais tiveram com
base os parâmetros das Tabelas 1 e 2. Para a implementação foi utilizado o software Scilab versão 5.5.0.
Com o intuito de determinar uma discretização espacial que possa representar, de forma coerente, a
solução analítica e as concentrações obtidas experimentalmente, bem como mostrar as diferenças entre
as formulações explícita e implícita, foram realizadas algumas variações na malha especial para mostrar
a influência do critério de estabilidade em ambas as formulações, conforme apresentado nas Figuras 3
a 5, onde foi fixada a velocidade em 0, 59 m/s, bem como o coeficiente de dispersão longitudinal em
1, 82 m2 /s, ambos retirados de Sousa (2009). Já o intervalo de tempo da malha temporal com relação à
duração do experimento, foi de 1 s, ou seja, 550 nós.
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Deste modo, foi possível constatar que, para o método com formulação explícita, a partir de 225
volumes, a solução começa a apresentar inconsistência nos resultados, como mostrado na Figura 4(a)
e, ao utilizar 250 volumes (Figura 5(a)), essa instabilidade se torna mais evidente, inviabilizando a
visualização dos dados experimentais e solução analítica de maneira adequada.
Em seguida, foi realizado um maior refinamento da malha para a formulação implícita, onde
dobrou-se a quantidade de volumes de uma simulação para a seguinte, ou seja, adotou-se 500 e 1000
volumes, cujo o intuito foi mostrar que esta formulação é incondicionalmente estável, uma vez que, uma
malha mais refinada não ocasiona as oscilações ocorridas na formulação explícita (Figuras 4(a) e 5(a)),
conforme Figura 6.
(a) 500 volumes na malha espacial. (b) 1000 volumes na malha espacial.
É importante destacar que, devido ao critério de estabilidade da formulação explícita, não houve
um maior refinamento da malha espacial. Para uma malha com maior número de volumes espaciais,
seria necessário adotar intervalos de tempo muito pequenos para que os resultados não apresentassem
oscilações, acarretando em um elevado custo computacional. Por outro lado, é possível verificar que,
após o refinamento da malha para a formulação implícita, não houve uma variação significativa do pico
de concentração quando se dobrou a quantidade de volumes (500 para 1000 volumes).
Analisando os resultados obtidos com as formulações explícita e implícita, pode-se verificar que a
formulação implícita torna-se a mais indicada no que se refere à maior flexibilidade ao se combinar a
variação das malhas espacial e temporal, bem como a velocidade e o coeficiente de dispersão, uma vez
que esta é incondicionalmente estável.
5. CONCLUSÕES
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uma malha mais refinada, possibilitou uma maior robustez do modelo resolvido com a formulação
implícita.
Verificou-se ainda que, após os resultados numéricos, obtidos na resolução do modelo matemático
utilizando o Método dos Volumes Finitos com formulações explícita e implícita, bem como a comparação
dos mesmos com a solução analítica e os dados experimentais, foi possível configurar o modelo para que
as simulações por ele realizadas se comportassem de maneira satisfatória na região de interesse, sendo
uma alternativa para o diagnóstico e monitoramento das águas de maneira a assemelhar-se à realidade.
No que se refere a futuros desdobramentos, o modelo em questão pode ser aplicado em corpos
hídricos com características similares ou, até mesmo, ser adaptado para regiões que possuírem a
geometria parecida com a que foi analisada, podendo alterar seus parâmetros a fim de calibrá-lo de
acordo com cada caso específico.
Ademais, podem ser realizadas investigações a cerca das variações no valor da velocidade e do
coeficiente de dispersão e, por consequência, originar diferentes perfis de concentração com o intuito de
ajustar adequadamente aos dados experimentais. Logo, sugere-se a aplicação de métodos de otimização
para a estimativa desses parâmetros baseada em uma abordagem de problemas inversos de modo a
estimar o valor ótimo dos mesmos.
Agradecimentos
Referências
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industrial activities, water pollution has worsened more and more, this being the main reason for the
scarcity of drinking water. Thus, the present work sought to simulate a scenario of accidental pollution
in the watercourse, in order to formulate and implement a mathematical model, in which its numerical
result approaches the real problem about the transport of contaminants in rivers, with data experimental
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results obtained in fieldwork carried out on the São Pedro River, which is located in the mountainous
region of the State of Rio de Janeiro. For the modeling, we used a one-dimensional mathematical model
solved using the Finite Volume Method, with the explicit and implicit formulations, which are based on
multiple integrals and Taylor series. The numerical results were observed to be close to the real problem
related to the transport of contaminants in rivers.
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1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, a crescente eficiência das proteções balísticas emergiu como um
fator relevante na segurança pessoal e veicular, para proteção civil e militar. A busca por
materiais para proteção balística tanto mais leves quanto mais resistentes têm aumentado
proporcionalmente à medida que a sofisticação no desenvolvimento de armas de fogo também
evoluiu (Benzait, 2018). Estudos mostram que os compósitos poliméricos reforçados com
fibras lignocelulósicas naturais (FNLs) apresentam eficiência balística em sistemas de
blindagem multicamada (SBMs), com cerâmica frontal, comparável ao tecido de aramida de
mesma espessura (Assis et al., 2018; Luz et al., 2015 and 2017; Braga et al., 2017; Monteiro
et al., 2017).
A grande maioria desses estudos foi realizada utilizando 3 camadas na blindagem
balística, como indicado na Figura 1. Sendo a primeira camada cerâmica, responsável por
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erodir a ponta do projétil e absorver a maior parte da energia do impacto. A segunda camada
geralmente é a compósita, podendo ser com fibras naturais ou sintéticas, responsável por reter
os fragmentos tanto do projétil quanto da primeira camada, assim como absorver boa parte da
energia do impacto. A terceira camada geralmente utiliza-se uma liga de metal leve,
responsável por absorver a energia remanescente do impacto, a plastilina é utilizada para
simular a consistência do corpo humano e consiste em um dos métodos para avaliar o
comportamento desses SMBs.
O fator integridade é primordial numa blindagem balística, nestas blindagens, cujos quais
são formadas por 3 camadas, o resultado é satisfatório. No entanto, o sistema por si só já
apresenta proteção para nível III segundo a NIJ 0101.04. Significa dizer que não seria
necessário um colete, como é o caso da placa de Dyneema, que é utilizada como insertos para
aumentar a proteção de coletes nível IIIA para III. Porém, esses SBMs com 3 camadas não
são flexíveis o bastante para se fabricar uma armadura e devido a isso esse trabalho tem por
objetivo avaliar um SBM composto apenas de duas camadas: a cerâmica frontal e o
compósito para serem usados como insertos em coletes nível IIIA afim de otimizá-los para
nível III.
Em geral, os compósitos que utilizam as FNLs têm a vantagem da sustentabilidade
ambiental em associação com a relação custo-benefício, densidade mais baixa e fabricação
fácil em comparação com compósitos de fibras sintéticas (Sanjay et al., 2018; Pickering et al.,
2016; Thakur et al., 2014; Monteiro et al., 2011). No entanto, tem as desvantagens de falta de
compatibilidade com a matriz polimérica, prejudicando assim a integridade para aplicações
balísticas. Com isso, o oxido de grafeno (GO), se destaca sobretudo em recobrimento de
fibras para aplicação em compósitos poliméricos, isto é, devido aos grupos funcionais
presentes em sua estrutura dando a esse a característica de anfifilicidade que influencia a
resistência da interface entre a matriz polimérica e as fibras, otimizando suas propriedades
(Sarker et al., 2018; Chen et al., 2018; Tsagkalias et al., 2017).
O presente trabalho tem por objetivo a avaliação do comportamento balístico assim como
o fator integridade de compósitos de matriz epoxídica reforçada com fibras de curauá
funcionalizadas com óxido de grafeno.
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
Foram utilizadas fibras de curauá fornecidas pela Universidade Federal do Pará (UFPA).
A Figura 2 mostra as fibras de curauá como fornecidas.
Para a fabricação da primeira camada do SBM foi utilizada uma cerâmica avançada de
Al2O4 dopada com Nb2O5, que não foi alvo de estudo do presente trabalho. Foram utilizadas
placas laminadas de tecido de aramida para simular coletes nível IIIA com 12 camadas para
atingir a espessura correta.
2.2 Preparação das fibras de curauá para funcionalização com óxido de grafeno
O polímero utilizado como o material da matriz da placa compósita foi a resina epóxi
comercial do tipo éter diglicidílico do bisfenol A (DGEBA), endurecida com trietileno
tetramina (TETA), utilizando-se a proporção estequiométrica de 13 partes de endurecedor
para 100 partes de resina. A empresa fabricante da resina foi a Dow Chemical do Brasil e
fornecida pela distribuidora Epoxyfiber Ltda.
Para fabricar os compósitos foi utilizado um molde metálico com dimensões de 15 x 12 x
1,19 cm. As placas foram produzidas em uma prensa hidráulica de 30 toneladas. Utilizou-se
uma carga de 5 toneladas durante 24 horas para possibilitar a cura do polímero. Para as fibras
de curauá utilizou-se como referência inicial a densidade de 0,92 g/cm3, e para a resina epóxi
(DGEBA-TETA) o valor de 1,11 g/cm3. O percentual de fibras utilizado no trabalho foi de
30% vol.
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a) b)
Figura 3 - SBM montado com camada intermediária compósita: a) FC/E; b) FCGO/E
A terceira camada de tecido de aramida que pode ser vista na Figura 2, foi pensada para
simular um colete nível IIIA segundo a NIJ 0101.04 (NIJ Standard, 2000). E com isso o
sistema Cerâmica/compósito se torna diferente daqueles que utilizam
Cerâmica/Compósito/Liga metálica.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Figura 4 - Blindagem multicamada com 20%vol. de Curauá após o impacto balístico: (a)
Compósito com FC (b) Compósito com FCGO.
Pode-se notar que o SBM com camada intermediária de compósito do grupo FCGO
sofreu menos fragmentação quando comparado ao grupo FC. Isto pode ser justificado pela
ação do óxido de grafeno na interface das fases do compósito que dificulta a ocorrência de
alguns mecanismos de fratura, como a delaminação e pullout.
Observa-se pela Tabela 2, que a dispersão nos valores de indentação não se ajusta tão
bem à distribuição de Weibull, como indicado pelo valor de R² = 0,8982 para o grupo FC e R²
= 83,45 para o grupo FCGO. Isso pode ser devido à falta homogeneização entre as fases do
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compósito e o fator de aresta, devido a alguns disparos não ocorrerem exatamente no centro
da placa cerâmica (Braga et al., 2018).
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(a) (b)
Figura 5 - Vista do alvo SBM após teste balístico: com segunda camada de a) 30 % em
volume de compósito de epóxi reforçado com fibras de curauá; b) 30% em volume de
compósito de epóxi reforçado com fibra de curauá tratadas com GO.
(a) (b)
Figura 6 - Superfície de fratura das pastilhas cerâmicas: a) 3000x; b) 10000x
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Figura 7 - Fibra de curauá presente nos compósitos FCGO/E coberta de fragmentos cerâmicos
(4º) Delaminação composta, Figura 5a, que é um mecanismo macro de dissipação de energia
que envolve a criação de uma área de superfície livre relativamente grande associada à
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Os SBMs testados somente com camada cerâmica frontal e última camada compósita de
epóxi reforçado com fibras de curauá mostraram-se igualmente eficientes quando comparado
aos SBMs com camada intermediária compósita de polímeros reforçados com fibras, seja
sintética ou natural, camada cerâmica frontal e camada traseira de alumínio. Em ambos os
casos resultaram em indentações na plastilina abaixo do trauma limite estabelecido por
norma. No entanto, a integridade é um fator primordial em um sistema de blindagem
balístico, obtendo-se melhora com o tratamento com GO, porém, para os grupos com 20 e
30% de fibras ainda não foi satisfatória.
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(a) (b)
Figura 11 - Vista do alvo SBM após teste balístico: com segunda camada de a) 40 % em
volume de compósito de epóxi reforçado com fibras de curauá e b) 40% em volume de
compósito de epóxi reforçado com fibra de curauá tratadas com GO.
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3. CONCLUSÕES
Agradecimentos
Os autores deste trabalho agradecem ao CNPq, FAPERJ, CAPES e a UFPA pelo apoio e
fornecimento das fibras de curauá..
REFEREÊNCIAS
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Abstract: Natural fibers have shown great potential as engineering materials, especially for
ballistic applications. Curaua fiber Ananas erectifolius is a promising candidate to replace
synthetic fibers such as glass and aramid fibers. The addition of graphene oxide (GO) to its
surface proved to be an excellent solution to optimize properties through the best
compatibility between the hydrophilic fiber and its polymeric (hydrophobic) matrix. The
functionalization of curaua fibers optimized the composite's integrity characteristic after
firing, and is therefore of paramount importance for ballistic applications.
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1. INTRODUÇÃO
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
Foram utilizadas fibras de curauá fornecidas pela Universidade Federal do Pará (UFPA).
A Figura 1 mostra as fibras de curauá como fornecidas.
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2.2 Preparação das fibras de curauá para funcionalização com óxido de grafeno
(a) (b)
(c) (d)
Figura 2 - Fibras de curauá durante o tratamento com GO: a) fibras de curauá penteadas e
cortadas; b) solução de GO e agitador mecânico universal utilizados; c) fibras de curauá
imersas na solução de GO; d) fibras de curauá após o tratamento com o GO.
O polímero utilizado como o material da matriz da placa compósita foi a resina epóxi
comercial do tipo éter diglicidílico do bisfenol A (DGEBA), endurecida com trietileno
tetramina (TETA), utilizando-se a proporção estequiométrica de 13 partes de endurecedor
para 100 partes de resina. A empresa fabricante da resina foi a Dow Chemical do Brasil e
fornecida pela distribuidora Epoxyfiber Ltda.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados obtidos correspondem aos três grupos de amostras com duas condições
diferentes cada um quanto à capacidade de absorção de impacto Izod. A tabela 2 mostra as
médias e desvios padrão de cada grupo em ambas as condições: FC e FG. Esses valores estão
apresentados no gráfico da figura 3.
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Tabela 3 - Análise de variância dos resultados de impacto Izod dos grupos FC e FG.
Fonte da
SQ GL MQ F valor-P F crítico
variação
Entre grupos 652557 5 130511,4 5,916203 0,001064 2,620654
Dentro dos
529439,9 24 22060
grupos
Total 1181997 29
De acordo com a Tabela 3, foi calculado que o valor de F é maior que o valor de F crítico
com fator P < 0,05, ou seja, com 95% de confiança que há diferença entre os valores de
energia absorvida entre os diferentes grupos de tratamento. No âmbito de identificar quais
grupos apresentam diferença significativa, o teste de Tukey foi empregado, comparando dois
a dois todos os grupos. A Tabela 4 apresenta os parâmetros relativos ao teste de Tukey.
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Tabela 4 - Parâmetros e resultados do teste de Tukey dos resultados de impacto Izod dos
grupos FC e FG
Analisando o resultado do teste de Tukey, Tabela 4, pode-se aferir que o grupo FC2 e
FG2, referentes aos grupos com 20 %vol. de fibras de curauá, apresentam diferença dos
demais grupos, com exceção do grupo FG2 com o grupo FG3 que não apresentam diferenças
estatisticamente significante. Por outro lado, os demais grupos podem ser considerados iguais
em média como se fossem um único grupo.
O resultado de 591,58 J/m foi excluído devido às medidas do corpo de prova não estarem
de acordo com a norma, pois o entalhe ficou menor do estabelecido pela ASTM D256-10. Isto
resultou em um melhor ajuste aos parâmetros de Weibull como mostrado na Figura 4 e na
Tabela 5.
(a) (b)
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(c)
Figura 4 - Ajuste de Weibull para o grupo FG: a) FG20; b) FG30; c) FG40
Amostra/Parâmetros B β θ R2
FC20 -24,666 4,3828 278,0800715 0,8724
FG20 -13,879 2,3286 387,700687 0,6848
FG20 c/ exclusão -46,63 8,2547 283,979783 0,9432
FC30 -40,219 6,1766 672,8424407 0,9575
FG30 -24,487 3,854 574,5910306 0,9730
FC40 -60,872 9,3977 650,2322192 0,7700
FG40 -12,244 1,8645 711,1675231 0,9599
A ação do GO na superfície das fibras não causou grande mudanças nos valores de
absorção de energia de impacto, contudo, a funcionalização com GO foi essencial para
homogeneidade dos resultados, sobretudo para os compósitos com maiores frações
volumétricas de fibras. Com base nos valores do parâmetro de Weibull R2, Figura 4 e Tabela
5, certifica-se que houve uma tendência crescente.
Tendo em vista esses resultados, os tratamentos que apresentaram uma otimização de
propriedades e resultados mais homogêneos, estatisticamente comprovados foram os grupos
FG3 e FG4. Esses grupos apresentaram um melhor ajuste aos parâmetros de Weibull, assim
como os valores de absorção de energia mais confiáveis. Com maior porcentagem
volumétrica de fibras de 40%, pode ser considerado o grupo ideal, pois com a maior
porcentagem de fibras o compósito tende a propriedades mais otimizadas.
3. CONCLUSÃO
Através dos resultados de absorção de energia de impacto Izod dos compósitos para todas as
condições, foi possível verificar que a quantidade de óxido de grafeno (GO) utilizada foi
menos efetiva quando comparado às frações volumétricas que estatisticamente mostraram
influência significativa.
Por outro lado, a funcionalização com GO, mesmo em baixas concentrações, influência de
forma positiva na dispersão dos resultados, ou seja, na homogeneidade de propriedades dos
compósitos.
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Agradecimentos
Os autores deste trabalho agradecem ao CNPq, FAPERJ, CAPES e a UFPA pelo apoio e
fornecimento das fibras de curauá.
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1. INTRODUÇÃO
O mercado imobiliário é um dos setores mais importantes da economia, não apenas por
estar relacionado com moradia e qualidade de vida, como também com desenvolvimento
urbano, investimento financeiro e impostos gerados nas transações comerciais. Além disso,
quanto mais populosa e desenvolvida é uma cidade ou região, maior é o número de imóveis
ofertados e demandados, o que torna este um mercado em constante evolução. Outro fator que
influencia o crescimento deste mercado, especificamente na região serrana do Rio de Janeiro,
é a violência da região metropolitana do estado do Rio de Janeiro. Segundo o Cenário do
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Mercado Imobiliário da SECOVI RIO (SECOVI RIO, 2018), apesar de a região serrana ser
mais conhecida por seu potencial turístico, ela tem atraído cada vez mais moradores fixos,
devido a aspectos como segurança e qualidade de vida, quando comparada a outras regiões do
estado. Como consequência, o preço dos imóveis nesta região tem alcançado valores cada vez
maiores, enquanto na cidade do Rio de Janeiro os imóveis têm se desvalorizado ano a ano.
Ainda segundo a SECOVI, quase todos os bairros pesquisados nos municípios serranos
apresentaram valorização de julho de 2017 a julho de 2018.
Como consequência da expansão deste mercado, um número cada vez maior de pessoas
precisa lidar com a compra e venda de unidades imobiliárias. Felizmente, o surgimento de
portais de anúncios de imóveis na internet, como OLX e Vivareal, possibilitou o acesso
facilitado das pessoas a uma quantidade considerável de imóveis. Em Nova Friburgo, por
exemplo, a procura por anúncios de imóveis na internet aumentou 24% (SECOVI RIO, 2018).
Porém, seja quando o interesse é pela venda de um imóvel, ou pela aquisição, um dos maiores
obstáculos está na justa avaliação. Devido à grande heterogeneidade das características de cada
imóvel, a atribuição de um valor para ele é uma das tarefas mais dinâmicas do mercado (Steiner,
2008). Muitos fatores podem ser levados em consideração e, com isso, a volatilidade dos
valores pode nem sempre ser justa, e a avaliação pode não representar realmente um valor
coerente com seus atributos.
Assim, o objetivo do presente trabalho é identificar as características mais importantes para
a avaliação de um imóvel e, em seguida, construir um modelo matemático simples que possa
ser usado para estimar o valor do imóvel. Para isso, foi utilizada uma base de dados obtida por
web scraping de um portal de anúncios de imóveis. Foram considerados, no presente estudo,
apenas apartamentos e coberturas à venda na cidade de Nova Friburgo, situada na região serrana
do estado do Rio de Janeiro. As características mais importantes foram identificadas por
aplicação do método Random Forest, e, em seguida, um procedimento de regressão linear
múltipla foi aplicado para a obtenção de um modelo matemático simples para a estimação dos
preços de acordo com as características identificadas.
Este trabalho está estruturado da seguinte forma: na seção 2 é realizada uma revisão da
literatura, a fim de mostrar trabalhos que, assim como este, procuram encontrar modelos para
avaliação de imóveis em diferentes locais. A seção 3 descreve a metodologia utilizada no
presente trabalho. Já a seção 4 mostra o modelo e os resultados obtidos, assim como uma
pequena discussão e análise sobre eles. Por fim, a seção 5 apresenta as principais conclusões
do trabalho.
2. TRABALHOS RELACIONADOS
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A abordagem de (Rosa, Oliveira, & Pinto, 2019) propõe dois modelos obtidos por
regressão linear múltipla. O primeiro foi ajustado utilizando o preço e as características de 749
imóveis à venda na cidade de João Monlevade, Minas Gerais. Já o segundo, utiliza 271 imóveis
disponíveis para aluguel, no mesmo local. Os autores concluíram que a quantidade de quartos
e vagas de garagem foram as variáveis mais importantes em ambos os modelos. Os autores
também reportam que, apesar de os coeficientes de determinação registrados serem baixos
(R² = 0,43 para venda e R² = 0,34 para aluguel), os resultados representaram a realidade do
mercado imobiliário da cidade. Por outro lado, o estudo elaborado por (Nunes, Neto, & Freitas,
2019) busca extrair, por regressão linear múltipla, um modelo capaz de avaliar o valor de
mercado apenas de apartamentos residenciais em Fortaleza, Ceará. Ao limitar o tipo de imóvel
estudado, os autores atingiram resultados mais interessantes, registrando um coeficiente de
determinação R² igual a 0,91 e erro percentual médio de 21,10%.
O trabalho de (Pereira, Garson, & Araújo, 2012) utilizou dados obtidos a partir de
websites de imobiliárias da cidade de Sorocaba-SP. Nestes dados, foram aplicadas técnicas de
seleção de variáveis para identificar as mais importantes na determinação do valor do imóvel.
Em seguida, o processo de regressão linear múltipla foi capaz de gerar um modelo que alcançou
13% de erro percentual médio. O mesmo processo foi aplicado no trabalho de (Yusof & Ismail,
2012), que criou um modelo para estimação de preços de imóveis na cidade de Kuala Lumpur,
Malásia, e alcançou um R² de aproximadamente 0,84.
Já a abordagem de (Yan & Zong, 2020) teve como objetivo comparar diferentes técnicas
para estimação do preço de imóveis em Pequim, China. Para isso, foi utilizada a base de dados
da maior agência de imóveis do país. A base contabiliza 14.758 imóveis, com características
estruturais e locacionais. O estudo concluiu que, neste contexto, o melhor modelo foi capaz de
obter um coeficiente de determinação R² de apenas 0,42.
Observa-se, portanto, que apesar da literatura demonstrar atributos importantes para
predição do valor de imóveis, a heterogeneidade dos mercados imobiliários requer estudos
sobre áreas específicas. Esta especificidade influencia os atributos importantes que descrevem
o comportamento do valor de determinado mercado de imóveis.
3. METODOLOGIA
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Um dos maiores desafios para a obtenção de um modelo para a estimação de valores para
imóveis está na falta da disponibilidade de uma estrutura homogênea de dados, com atributos
bem definidos (Steiner, 2008). Felizmente, o uso crescente de plataformas online de anúncios
de imóveis tornou possível o acesso a um grande número de informações relativas a unidades
imobiliárias à venda no mercado. Estes portais apresentam descrições básicas dos imóveis, além
de seus valores. Para obter os dados do máximo de imóveis possível, foi aplicado um processo
de web scraping automatizado no site Vivareal no mês de agosto de 2020, portal com maior
número de imóveis anunciados para venda na cidade de Nova Friburgo. De forma a simplificar
o escopo do presente trabalho, foram selecionados apenas apartamentos. Foi possível extrair as
seguintes características de cada imóvel: valor em reais, tipo (apartamento ou cobertura), bairro,
área total, quantidade de quartos, quantidade de vagas, quantidade de banheiros, e a presença
das seguintes estruturas: varanda, área de serviço, lareira, dependência completa, elevador,
churrasqueira, piscina e sauna. Com isso, no total, foram obtidas 16 variáveis de cada imóvel,
sendo uma, o valor, a variável objetivo. O número total de imóveis extraídos do portal foi de
497 apartamentos. A variável bairro, por ser nominal categórica, possui 33 categorias,
representando os bairros dos imóveis. Na fase de pré-processamento, a variável bairro foi
substituída por variáveis dummy, cada uma responsável por descrever se o imóvel pertence ou
não ao respectivo bairro. Com isso, o total de variáveis previsoras disponíveis elevou para 47.
Devido à volatilidade do mercado imobiliário e à ausência de um modelo local para os
preços, a inexperiência de um corretor imobiliário pode atribuir um valor incoerente às
características do imóvel. Considerando que a inclusão de anúncios nos portais pode ser feita
por pessoas físicas, não necessariamente corretores imobiliários, torna-se bastante possível a
existência de outliers na base. Para resolver este problema, foram considerados como outliers
todos os imóveis que estavam fora dos limites definidos pela regra 1,5×IQR (Walfish, 2006)
em cada bairro, sendo o IQR o intervalo interquartil.
Em seguida, a técnica Random Forest (Breiman, 2001) foi aplicada para a identificação
das variáveis mais importantes para a estimação do valor dos imóveis. O objetivo, aqui, foi
reduzir o número total de variáveis a serem usadas na regressão linear múltipla a apenas aquelas
com maior importância na estimativa do preço. Métodos estatísticos como o Random Forest
podem ser utilizados na seleção de variáveis (Grömping, 2012), pois executam internamente
um processo de avaliação de importância de cada entrada, utilizando métricas como entropia
ou impureza de Gini (Archer & Kimes, 2008). Nestes casos, a seleção de variáveis é feita de
maneira “mergulhada”, o que faz esses métodos serem conhecidos como embedded (Lal,
Chapelle, Weston, & Elisseeff, 2006).
Após esta etapa, a base foi separada em duas partes: dados para treinamento e para testes.
A base de treinamento, que representa os dados efetivamente usados no processo de
aprendizagem, foi composta por 75% dos dados, selecionados aleatoriamente. A base de testes
foi composta pelos 25% restantes. Ela foi usada como um conjunto de dados inéditos, nunca
testados pelo sistema.
A regressão linear múltipla foi aplicada na base de treinamento, para que um modelo fosse
construído. O modelo treinado foi, então, testado e avaliado na base de testes. Modelos obtidos
por regressão linear múltipla são frequentemente utilizados para analisar uma variável de
interesse em função de uma série de variáveis previsoras. Um modelo deste tipo pode ser
expresso pela Eq. (1).
𝑦 = 𝛽0 + 𝛽1 𝑥1 + 𝛽2 𝑥2 + ⋯ + +𝛽𝑘 𝑥𝑘 + 𝜀 (1)
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como os dados foram extraídos de uma plataforma que permite a inclusão de anúncios de
imóveis por pessoas físicas, não necessariamente corretores imobiliários, é razoável admitir que
os valores atribuídos aos imóveis à venda possam ter sido superestimados ou subestimados,
caracterizando a presença de outliers na base. Além disso, de acordo com (Liang, Liu, Qiu,
Jing, & Fang, 2018), imóveis que se localizam em uma mesma região possuem valores com
distribuições similares. Assim, é importante verificar a existência de outliers por região
geográfica. A Fig. 2a mostra boxplots dos valores de venda dos imóveis de acordo com o bairro
em que ele está localizado. Analisando a figura, é possível perceber a presença dos outliers.
Para resolver este problema, foram considerados como outliers todos os imóveis que estavam
fora dos limites superior e inferior definidos pela regra 1,5×IQR, em cada bairro. O resultado
da remoção de outliers pode ser verificado na Fig. 2b. Ao final, restaram 439 imóveis na base
de dados utilizada no presente trabalho, dos 497 iniciais. 7 imóveis estavam abaixo de 1,5×IQR
e 51 acima. Os valores estão expressos em milhões de reais.
a) b)
Figura 2 – Boxplots dos valores dos imóveis por bairro: com outliers (a) e sem (b).
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mais importantes do que a primeira variável referente à localização que aparece na lista, a
variável “Centro”, que indica se o imóvel pertence ao centro da cidade ou não. Isso significa
que o fato de o imóvel estar, ou não, no bairro “Centro” é a característica mais importante no
que se refere à localização do imóvel. Esta relação é corroborada pelas estatísticas recentes do
mercado imobiliário, que mostram que esta é a área mais valorizada da cidade nos últimos anos
(SECOVI RIO, 2018).
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Uma das maneiras de análise é avaliar a correlação entre as variáveis. A Fig. 4 mostra os
dados calculados da correlação de Pearson entre as variáveis previsoras e a variável objetivo.
Na figura, é possível observar que a maior parte das variáveis possuem forte correlação com a
variável objetivo. Porém, algumas das variáveis possuem correlação entre si, o que pode
demonstrar a existência de multicolinearidade, um problema comum em problemas de
estimação de valor de imóveis (Nunes, Neto, & Freitas, 2019). Por exemplo, verifica-se que a
presença de piscina no imóvel está relacionada linearmente com a presença de churrasqueira e
sauna. Relações deste tipo indicam que pode ser possível combinar estas variáveis para
melhorar os resultados do modelo. Este tipo de transformação de variáveis não está no escopo
do presente trabalho, que procura apenas construir um modelo linear simples preliminar, que
estabelece um benchmark para a estimação de valores de imóveis na cidade de Nova Friburgo
e pode ser melhorado em trabalhos futuros. Para contornar o problema de multicolinearidade,
a regressão linear múltipla foi realizada utilizando o Ridge Regression (El-Denery & Rashwan,
2011).
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Os dados foram, então, separados em uma base de testes, composta por 25% dos imóveis,
e uma base de treinamento, composta pelos 75% restantes. O processo de regressão foi aplicado
na base de treinamento, considerando apenas as 20 principais variáveis obtidas pela seleção
feita anteriormente. O ajuste dos coeficientes foi realizado com o método Ridge Regression,
implementado na biblioteca scikit-learn. O modelo resultante pode ser visto na Eq. (2).
Figura 5 – Desvio relativo obtido pelo modelo quando aplicado nas bases de treinamento e de
testes.
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Figura 5 – Histograma do desvio relativo obtido pelo modelo quando aplicado nas bases de
treinamento e de testes.
5. CONCLUSÕES
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Abstract. With the expansion of the real estate market in the mountainous region of the state of
Rio de Janeiro, an increasing number of people needs to deal with the purchase and sale of
real estate. However, to fair evaluate, a real estate unit is not a simple task and can be
influenced by different characteristics. To assist in this task, the objective of the present work
is to identify the most critical attributes for evaluating a property and then build a simple
mathematical model that can be used to estimate the value of the property in this region.
Thereunto, data from properties for sale in the city of Nova Friburgo were extracted from online
ad portals to build a unique database of real estate data. In these data, variable selection
techniques and a multiple linear regression process were applied to obtain a mathematical
model that describes prices based on the property's essential characteristics. The obtained
results revealed that the most crucial aspect of the evaluation is the property's total area. The
developed model was also able to predict prices with a mean percentage deviation of
approximately 19% on the test database.
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Palavras Chaves: Fibra de ubim; Fibra lignocelulósica natural, Massa específica, Diâmetro
de fibras.
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1. INTRODUCÃO
2. MATERIAIS E MÉTODOS
A fibra de ubim, obtida pelos coautores VSC e ACRS em Belém do Pará, Brasil é
extraída do caule da planta, ilustrado na Figura 1, possuindo uma grande variação nos seus
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diâmetros. Para caracterização da fibra, a primeira etapa consistiu em analisar essa variação,
para construção de um histograma. A fibra de ubim foi desfiada manualmente com ajuda de
um estilete, e posteriormente feito a medição das dimensões e comprimento da seção
transversal da fibra.
Para a obtenção do diâmetro, cada fibra foi dividida em 5 pontos distintos separados
uniformemente, e depois girados 90º para novamente serem medidos nos mesmos 5 pontos
citados anteriormente.
Em cada ponto foi realizado um total de 3 medidas, obtendo assim uma média. O
equipamento utilizado foi um microscópio da OLYMPUS, modelo BX53M com aumento de
5x, vide figura 2.
Após o cálculo da média dos diâmetros das fibras de ubim e sua variação, as fibras foram
divididas em seis intervalos de diâmetro, e assim foi elaborado um histograma da variação
diametral da fibra de ubim.
Dessa forma, ao se fazer a análise nas fibras, pode-se relacionar esse intervalo das fibras
com suas propriedades, e sobretudo com o seu diâmetro. Outra etapa foi determinar o
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comprimento das fibras, para obter o comprimento médio e a variação do comprimento das
fibras de ubim.
O comprimento de cada fibra foi medido por uma régua metálica. Como as fibras são
aproximadamente cilíndricas, o volume médio pode ser determinado pela equação 1:
Vm = π (rm)2 lm (1)
Para obtenção da massa, as fibras foram pesadas em uma balança eletrônica Gehaka,
modelo AG-200, de precisão 0,0001g. Assim, com o volume obtido e a massa de cada fibra, a
massa específica das fibras foi obtida de acordo com a equação 2:
ρ = m / Vm (2)
A avaliação padrão da massa específica foi realizada conforme ASTM 3800 (ASTM,
2010), relacionando o diâmetro das fibras com sua massa específica. Para cada intervalo de
diâmetros calculou-se a massa específica média. Assim, a variação da massa específica pela
variação do diâmetro foi avaliada estatisticamente através da distribuição proposta por Ernest
Weibull ((Di Bella et al, 2014).
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após obtenção do volume das fibras foi calculado a massa específica da fibra com valor
médio de 2,40 g/cm3. A comparação da massa específica média da fibra de ubim com a de
outras FNLs que se destacam, está mostrada na Tabela 1.
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Dentre elas podemos citar as fibras de curauá, juta, sisal, bambu, rami entre outras
(Monteiro et al, 2011; Satyanarayana et al, 2007).
lnln(11−F(x))=βlnx−(βlnθ) (4)
ρ
Intervalo dos (g/cm3) Desvio
β Θ R²
Diâmetros (µm) Padrao
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Como mencionado acima, para cada intervalo de diâmetro foram analisados os valores de
massa específica média pelo programa de Análise de Weibull, que forneceu os gráficos de
probabilidade de confiabilidade verso parâmetros associados à Equação (4).
Esses gráficos lineares de Weibull são mostrados na Figura 4. Deve-se notar que todos os
gráficos na Figura 4 são unimodais, ou seja, com apenas uma única linha reta ajustando os
pontos em cada intervalo. Isso indica comportamento mecânico semelhante de todas as fibras
dentro do mesmo intervalo de diâmetro.
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4. CONCLUSÃO
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Abstract. The production of synthetic materials uses non-renewable forms of energy, as well
as highly polluting, processes that motivate the search for new natural or alternative
materials, which offer properties similar to synthetic ones. In particular, the use of natural
lignocellulosic fibers (NLFs) has been considered in the last decades and emerges strongly as
an alternative to or replace synthetic components, and to reinforce composite materials for
engineering applications. NLFs generally stand out for being biodegradable, non-polluting,
have low cost of cultivation and economically more viable, in addition to being lighter than
synthetic fibers, being a possible substitute for these components, with similar mechanical
properties. In this article, a NLF still unknown, the ubim fiber (Geonoma baconiferous), will
be analyzed statistically in terms of diameter in relation to its density, using the Weibull
method for future applications in engineering composites. In summary, it was concluded that
the ubim fibers have a high density (2.4 g / cm3) compared to other natural fibers. Moreover
its density displays little change with the diameter within the 240 to 320 um interval.
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1. INTRODUÇÃO
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
Foram utilizadas fibras de curauá fornecidas pela Universidade Federal do Pará (UFPA).
A Figura 1 mostra as fibras de curauá como fornecidas.
2.2 Preparação das fibras de curauá para funcionalização com óxido de grafeno
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O polímero utilizado como o material da matriz da placa compósita foi a resina epóxi
comercial do tipo éter diglicidílico do bisfenol A (DGEBA), endurecida com trietileno
tetramina (TETA), utilizando-se a proporção estequiométrica de 13 partes de endurecedor
para 100 partes de resina. A empresa fabricante da resina foi a Dow Chemical do Brasil e
fornecida pela distribuidora RESINPOXY Ltda.
Para fabricar os compósitos foi utilizado um molde metálico com dimensões de 15 x 12 x
1,19 cm. As placas foram produzidas em uma prensa hidráulica de 30 toneladas. Utilizou-se
uma carga de 5 toneladas durante 24 horas durante a cura do polímero. Para as fibras de
curauá utilizou-se como referência inicial a densidade de 0,92 g/cm3, e para a resina epóxi
(DGEBA/TETA) o valor de 1,11 g/cm3. O percentual de fibras utilizado no trabalho foi de
30% vol.
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Percentual de fibras de
Quantidade de
Grupo curaua contínuas e
amostras
alinhadas
Compósito com matriz epoxídica e fibras de
curauá (FC/E) (grupo controle)
Figura 3 - Corpos de prova dos compósitos para ensaio de tração: a) FC/E; b) FCGO/E;
c) FC/EGO e d) FCGO/EGO.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram obtidos resultados para o ensaio de tração dos compósitos FC/E, FCGO/E,
FC/EGO e FCGO/EGO. Para todos os grupos, tanto resistência a tração quanto o módulo de
elasticidade dos compósitos foram superiores aos valores encontrados na literatura (Maciel et
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al., 2018). Uma possível explicação está no método de fabricação dos compósitos, pois
utilizar moldes de silicone ou moldes metálicos com cura sob pressão, podem alterar as
propriedades do compósito final (Chen et al., 2018; Gomes et al., 2007). Por outro lado, estão
de acordo com os valores encontrados por Monteiro et al. (2016), em seu trabalho com
compósitos de matriz de poliéster reforçada com fibras de curauá, no qual foi feita uma
seleção de diâmetros de fibras, para fibras mais finas que consequentemente possuem menos
defeitos e propriedades mais otimizadas (Monteiro et al., 2016).
Os resultados para módulo de elasticidade, assim como os parâmetros de Weibull dos
compósitos, estão mostrados na Tabela 2. Como pode ser observado, para cada grupo, o valor
do R2 mostra que todos os resultados se ajustam bem a distribuição de Weibull. Isso indica
que as amostras estavam homogêneas, o que descarta a possibilidade de que dentro de cada
tratamento fosse necessária a censura de qualquer amostra.
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funcionalização tanto nas fibras quanto na matriz resultou no grupo com menor resistência à
tração (94,05 ± 17,03 MPa). Por outro lado, o módulo de elasticidade de 3449,4 ± 527,07
MPa ainda foi superior ao do compósito FC/E. Essa queda nas propriedades de mecânicas
pode estar associada a quantidade de GO no compósito, que pode ter atingido o limite de
solubilidade do sistema, concomitante com a grande quantidade de microbolhas vistas na
superfície de fratura.
(a) (b)
(c) (d)
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(a) (b)
(c) (d)
Por meio das micrografias da Figura 5, uma análise que pode ser feita é sobre a adesão
das fibras na matriz. Para os compósitos FC/E, é possível verificar que a interface fibra/matriz
não é boa, há presença de marcas de rios, com uma superfície mais lisa do epóxi. Para os
compósitos FCGO/E, a interface já se ajusta melhor à superfície da fibra, porém, ainda
apresentando falhas na adesão. Por outro lado, a interface dos compósitos FC/EGO, foi a mais
otimizada. Com base na característica da fratura, com presença de marcas de rios juntamente
com características grosseiras e de vários planos na superfície de fratura, sugere-se que as
folhas de óxido de grafeno induziram a deflexão das frentes de propagação de trinca. Esse
processo introduz uma carga fora do plano que gera novas superfícies de fratura, aumentando
assim a energia de deformação necessária para a continuação da fratura (Bortz et al., 2011).
Com o intuito de avaliar se houve diferença significativa entre os resultados de resistência
a tração e módulo de elasticidade entre os grupos de tratamento, foi utilizada a análise de
variância (ANOVA). Os resultados estão dispostos na Tabela 4.
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Tabela 5 - Resultados obtidos para as diferenças entre os valores médios de módulo de Young
para os compósitos: FC/E, FCGO/E, FC/EGO e FCGO/EGO, após aplicação do teste de
Tukey.
FC/E FCGO/E FC/EGO FCGO/EGO
FC/E 0,00 817,65 1.869,03 244,47
FCGO/E 817,65 0,00 1.051,39 573,18
FC/EGO 1.869,03 1.051,39 0,00 1.624,57
FCGO/EGO 244,47 573,18 1.624,57 0,00
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4. CONCLUSÃO
Ensaios de tração em compósitos de matriz epoxídica (E) reforçada com fibras de curauá
(FC) funcionalizadas com óxido de grafeno (GO), revelaram que a interface fibra/matriz foi
mais eficiente para o grupo FC/EGO, apresentando propriedades mecânicas otimizadas em
relação aos outros grupos. Sobretudo nos grupos que receberam tratamento na fibra e os sem
tratamentos FCGO/E e FC/E respectivamente. Portanto, a adição de GO na resina epóxi,
como foi o caso do grupo FC/EGO, mostrou uma influência maior em relação a
funcionalização das fibras de curauá, cerca de 40,15 % na resistência a tração e 54,15 % para
o módulo de Young em relação ao grupo FC. Isto ocorreu pela mudança no mecanismo de
fratura, causado pela deflexão das frentes de propagação das trincas pelas folhas de GO. Com
isso, o módulo de Young é mais sensível a adição de GO, tanto nas fibras quanto na matriz,
visto que este apresentou diferença para maioria dos grupos.
Os resultados da tensão de escoamento (σy), resistência máxima (σmax), módulo de Young
(E). Em comparação com o composto não funcionalizado FC/E, o FC/EGO exibe valores de
σy, σmax, e E superiores a 64, 40, e, 54,15%, respectivamente.
Apesar de relativamente maior desvio padrão, o teste ANOVA e Tukey confirmaram o
compósito FC/EGO com melhores propriedades de tração, exceto para ductilidade e
tenacidade.
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Esses resultados são relevantes porque, pela primeira vez, a funcionalização com GO de
uma matriz polimérica se revela associada com propriedades mecânicas superiores em
comparação ao reforço de fibra natural funcionalizada com GO.
Agradecimentos
Os autores deste trabalho agradecem ao CNPq, FAPERJ, CAPES e a UFPA pelo apoio e
fornecimento das fibras de curauá.
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Abstract. The presence of pathologies in concrete structures is a major problem for civil
engineering, in particular when they are not located on the object surface. In this regard, digital
tomographic reconstruction techniques have proved to be a great ally for the study of the
internal structure of materials. Thus, this work aims to develop a computational tool combining
tomographic techniques with the ultrasonic pulse velocity test to identify non-homogeneities
within concrete structures. With this aim, the essential mathematical background for a better
understanding of the tomographic problem, and the necessary steps for computational
implementation are presented. The tomographic reconstruction algorithm was implemented in
MatLab. To verify the effectiveness of the developed code, six simulated specimens were used
representing internal sections of elements with discontinuities of different sizes and locations.
Pulse propagation time vectors have been developed for horizontal, vertical, and composite
reading configurations. To study the mesh dependency, meshes of 5cm x 5cm and 2.5cm x 2.5cm
were used. The developed algorithm was able to create tomograms of the internal structure of
the proposed elements. The results obtained both in terms of location and dimensioning of the
discontinuities were best represented by the 2.5cm x 2.5cm mesh.
1. INTRODUCTION
The interest in studying the integrity of concrete structures is the focus of numerous
researches in civil engineering (HAACH; RAMIREZ, 2016; PESSÔA et al., 2016; REGINATO
et al., 2017a). Differences in homogeneity, degradation over time, exposure to harmful
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environments, loading cracking, presence of voids or strange bodies are some of the pathologies
that can be developed in these structures (PESSOA, 2011; SOUZA; RIPPER, 2009).
In this sense, non-destructive evaluation can be used to characterize properties and
pathologies in concrete structures without affecting their visual aspect or integrity. In particular,
the ultrasonic pulse velocity test can be used to inspect the internal integrity of structures
(LOPES, 2014; REGINATO et al., 2017a).
Even being able to evaluate the general conditions of homogeneity in concrete, the
ultrasonic pulse velocity test alone is not able to locate and dimension internal discontinuities
in the structures. Therefore, combining the traditional ultrasonic test with a tomographic
reconstruction algorithm is an alternative to solve this problem (PERLIN, 2015).
The ultrasonic tomography is a non-destructive evaluation method that combines a
tomographic algorithm with ultrasonic readings in several directions to reconstruct internal
sections of concrete bodies. (CHOI; POPOVICS, 2015; HAACH; RAMIREZ, 2016). In this
regard, researches have been constantly directed towards the study, development, and
improvement of tomographic algorithms for ultrasonic pulse inspection. The implementation
of the algorithm, evaluation of solution methods for the tomographic equations system, data
allocation, and solution for pre-established simplifications are some of the study topics
(HAACH; RAMIREZ, 2016; PERLIN, 2015; PERLIN; PINTO, 2019).
Hence, the aim of this work is to describe the physical problem involving ultrasonic
tomography, the characteristics of the developed equations systems, and to propose the
implementation of an algorithm for its numerical solution.
In a simplified way, the physical problem that governs the tomography is described in Fig1.
The difference between the signal that leaves the source and arrives at the receiver provides the
information about the interior structure of the body. Considering projections in many different
directions, it is possible to reconstruct the internal characteristics of the body (DE PIERRO,
1990).
This is the basis of tomography and it can be expressed mathematically in the form
∆𝑆 = ∫ 𝑑𝑗 𝑎𝑗 (1)
where ∆S is the difference between the emitted and received signal, 𝑑𝑗 é is the distance traveled
by the signal in the infinitesimal element j, and 𝑎𝑗 is the attenuation in the element.
In the ultrasonic tomography in concrete, the difference between the emitted and the
received signal ∆S is the time T necessary for the ultrasonic pulse to be emitted from the
emitting transducer, to pass-through the concrete body and to be received at the receiving
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transducer. The attenuation property 𝑎𝑗 is the resistance that the material has in relation to the
wave propagation velocity, and this can be expressed as
1
𝑝=𝑉 (2)
where T is the travel time, 𝑝𝑗 is the pulse vagarosity in element j, and 𝑑𝐿𝑗 is the traveled distance
in element j.
The integral described in Eq. 3 can be numerically approximated for a summation using
numerical quadrature methods (BURDEN; FAIRES, 2011). Thus, the approximate integral that
describes the travel time of the ultrasonic pulse in the concrete can be write as
where i represents each ultrasonic test trajectories. Equation 4 can be represented in matrix
form as
𝑇𝑚 = 𝐷𝑚,𝑛 ∗ 𝑃𝑛 (5)
where m is the total number of pulse readings, n is the total number of discretized elements
inside the body, D is the distance matrix of order m x n, P is the slowness vector of order n, and
T is the time vector of order m.
It is noticed that the time vector is obtained through the readings of the ultrasonic pulse
velocity test, and the distance matrix is calculated from the geometric characteristics of the body
and the established mesh. Then, the ultrasonic tomographic problem is reduced to determining
the vagarosity vector.
3. EXPERIMENTAL PROGRAM
For computational development, the described mathematical basis was used. Figure 2
illustrates the steps used in the implementation. The inputs used were the geometric
characteristics of the problem to create the distance matrix 𝐷𝑚,𝑛 , and the vector of synthetic
time readings 𝑇𝑚 . The output is the tomogram that represents the internal section of the
simulated object.
Step 1 refers to the data entry of the geometric characteristics of the studied section (height
and width). The tomographic process requires the body to be discretized into smaller elements
where the numerical operations will be computed. Thus, step 2 of Fig. 2, refers to the mesh
definition on the studied element, the positioning of the transducers, and the reading trajectories
definition.
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The data entry of the time vector 𝑇𝑚 is performed in step 3 of Fig. 2. In this stage of the
work, the data entry will be done through the use of synthetic data. The creation of these data,
application criteria, and what they simulate are described in section 3.2 Experimental Program:
Creation of time vectors.
Once the mesh has been determined, the positions of the transducers, the sections of
readings and their lengths, we can proceed to step 4 of Fig. 2, referring to the construction of
the distance matrix. In addition to knowing the information about the position of the transducers
and the length of the section, it is necessary to compute how much of the reading path goes
through each of the discretized elements in the body.
Now that we know the time vector and the distance matrix is calculated, the tomographic
system can be set up. Step 5 in Fig. 2 is responsible for this procedure. In step 6 of Fig. 2, the
sparsity and condition analyzes are performed. At this stage, we study the structure of the
elements of the system of equations to choose the best solution method.
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Now that we know the components of the system of equations and the characteristics of
the distance matrix, we proceed to step 7, the implementation of a solution method. In this stage
of the work, the following solution methods will be used: 1- LU factorization with partial
pivoting if the distance matrix is square; or QR factorization with column pivoting for other
cases.
The obtained result is evaluated in step 8. This step is iterative once, depending on the
found results, it is needed to repeat step 7 using a new solution method. Two evaluations must
be made to assess the efficiency of the solution method. The first is to verify whether the method
can effectively solve the proposed system. The second is related to the methods that effectively
manage to solve the system, and consists of verifying if the precision of the obtained result is
in agreement with the user's need.
Finally, step 9 in Fig. 2, consists of displaying the vagarosity vector to the user as a
tomogram. For that, we use the contour maps representation. Contour maps are already used
for the traditional representation of ultrasonic pulse evaluations on concrete.(REGINATO et
al., 2017b; RIBEIRO et al., 2020).
In order to verify the capacity of the algorithm of developing tomograms, we had chosen the
construction of synthetic data of ultrasound readings.
The ultrasonic pulse velocity readings in concrete specimens are affected by numerous
factors, such as lack of accuracy of the inspector, reading angle, poor transducers coupling,
piece surface conditions, among others (GODINHO et al., 2020; MALHOTRA; CARINO,
2004; MOHAMMED; RAHMAN, 2016; PERLIN, 2015). Thus, the option for synthetic data
was made to guarantee control over the results in this stage of the tool efficiency testing.
We created a virtual specimen (VS) with dimensions of 15cm x 15cm, and we assign
characteristics of a fictitious homogeneous material, which means, the ultrasonic pulse velocity
does not vary while passing through the same material. We attribute to this material an
ultrasonic pulse velocity equal to 1 m/s.
To assess the capacity of the algorithm for detecting internal discontinuities in the material
and generating the tomogram, elements of 5cm x 5cm x 5cm and 2.5cm x 2.5cm x 2.5cm were
located inside the body in different configurations. To ensure discrepancy between the
discontinuity pulse velocity and the base material, we assign a pulse velocity of 0,5m/s to the
discontinuity.
To verify the mesh dependency of the developed algorithm, two meshes were used. The
first mesh with a grid of 5cm x 5cm, following the dimensions of the largest simulated
discontinuities, and the second mesh of 2.5cm x 2.5cm.
For better understanding, the following nomenclature was attributed to the developed VSs.
First we relate the property of the mesh, 5cm x 5cm (m50), or 2.5cm x 2.5cm (m25). Then the
type of reading, which can be horizontal (h), vertical (v), or compound (hv). Next, the
discontinuity dimension of 50mm x 50mm (50), or 25mm x 25mm (25). And finally, the
location of the discontinuity in the body, which is centered (ce), lower-left corner (ie), or main
diagonal (sd). Figure 3 shows the geometric domain of a virtual specimen.
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The elaboration of the time vectors was performed by calculating, for each reading, the
component parts of the traveled pulse in the discretized mesh, and weighting by 1m/s for
sections through the base material and 0.5m/s for sections through the discontinuities.
The capacity to generate tomographic images of the algorithm developed based on reading
directions was also evaluated. Then, the time vector was composed of simulated readings in the
horizontal direction, in the vertical direction and simultaneously in both directions.
The distance matrices were calculated according to that described in previous sections.
Since they describe purely the geometric characteristics of the path in the discretized mesh, 6
different matrices were obtained and can be used for the set of readings. Figure 4 shows the
meshes and reading paths used for creating the distance matrices.
The analysis of Fig. 4 is as a good device to verify the operation of the algorithm in the
calculation of distance matrices. From it, we can observe that: 1- the reading grid was properly
discretized; 2- the intersections between the readings and the grid lines were properly
established; 3- there are no reading paths outside the domain that are being computed in the
matrix; 4- the location of the reading sections in the distance matrix 𝐷𝑚,𝑛 is correct.
It is also noticed that in Figure 4 (c) and (f), the density of reading passing through each
mesh element is visibly higher than in the horizontal and vertical readings only. The impact of
different reading configurations on the final tomogram will be discussed in the following
sections.
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Figure 4- Reading paths. For the 5cm x 5cm mesh: horizontal readings (a), vertical readings
(b), composed readings (c). For the 2.5cm x 2.5cm mesh: horizontal readings (d), vertical
readings (e), composed readings (f).
An analysis of sparsity, condition, and order of the distance matrices was performed as a
way to study the behavior of the developed systems of equations. The results obtained can be
seen in Table 1.
Table 2 shows that the distance matrices generated from readings in one direction are
square, which provides us linear equations systems without overdetermination.
Overdetermination is a characteristic of the matrices generated in the 50x50hv and 25x25hv
meshes.
The difference between the condition of the matrices is also evident. The matrices
generated from composite readings have a low condition number, while the other matrices have
it way higher. High conditioning numbers can be indicative of distance matrix singularity.
Regarding sparsity, it is clear that regardless of the mesh, the problem is composed of
sparse matrices. This number indicates that for 5cm x 5cm meshes 56.79% of the terms in the
distance matrix are null, while this value reaches 80.25% for 2.5cm x 2.5cm meshes.
Therefore, it may be noted from the characteristics of the calculated distance matrices that
the tomographic problem in question can be divided into two groups: 1-overdetermined, well-
conditioned systems with a high degree of sparsity; and 2- systems without overdetermination,
poorly conditioned and also sparse.
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4.3. Tomograms
With the distance matrices properly computed, and time vectors inserted, the algorithm
solved the systems of equations and delivered the numerical results. The tomograms were
generated from contour images, by linear interpolation of the results obtained and are shown in
Fig. 5 and 6.
In this work, we focused on the solution of the systems generated from composite readings
(Fig. 4 (c) and (f)) of overdetermined, sparse, and well conditioned systems. For the solution of
poorly conditioned systems, Perlin (2015) indicates the numerical solution method by
optimized Cimmino or Karczmarz.
Figure 5- Generated tomograms for the 5cm x 5cm mesh. a) m50hv50ce, b) m50hv50ie, c)
m50hv50dp, d) m50hv25ce, e) m50hv25ie e f)m50hv25dp.
In general, the proposed algorithm was able to represent the location of internal
discontinuities in the 5cm x5cm mesh (Fig. 5), except in the VP m50hv25ie tomogram. The
non-representation of the 2.5cm x 2.5cm defect in the lower-left corner by the 5cm x 5cm mesh
(Fig. 5 (e)) was observed, and can be explained since no component of the reading vector
crosses the discontinuity. For this mesh, the geometric characteristics of the discontinuities do
not represent their nature.
With the mesh reduction to 2.5cm x 2.5cm, we continue to notice the ability of the
algorithm to identify the location of discontinuities in the material. Regarding its geometric
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nature, it was noticed that in all cases the decrease in the mesh led to a better quality of the final
result, which was expected by the characteristics of the problem. The greater the number of
discretized elements, the greater the quality of the generated tomogram. However, it is warned
that the gradual decrease of the mesh element by the user must take into account the significant
increase in the number of experimental readings, which can make the inspection impossible in
practical terms.
5. CONCLUSIONS
In this work, we present the mathematical basis that involves the problem of ultrasonic
tomography in concrete, the characteristics of the generated equation systems, and we proposed
the implementation of an algorithm for its solution.
From the analysis of the generated systems and the resulting tomograms, we can conclude
that:
• The problem of ultrasonic tomography can be divided into two major groups: poorly
conditioned, square and sparse systems, and well-conditioned, over-determined and
sparse systems;
• It was possible to present a solution method for sparse, well-conditioned, and over-
determined tomographic problems, capable of generating tomograms of the internal
structure of the material;
• Mesh dependence has a significant influence on the geometric representation of the
internal defect. Smaller meshes lead to better tomograms.
The future developments of this research suggest the implementation of the optimized
Cimmino and Karczmarz methods to evaluate the algorithm in the solution of poorly
conditioned systems. Also, evaluate the performance of the developed algorithm with time
vector data generated from physical readings of ultrasonic pulse in concrete controlled samples.
Acknowledgements
We thank the Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), the institution where we
conducted this research, the Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB),
for the master's scholarships provided.
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Resumo. O fluxo de grãos em secadores vem sendo cada vez mais estudado, visto que o tempo
de permanência dos grãos dentro destes equipamentos, bem como a temperatura do ar de
secagem podem resultar em sub ou sobre secagem. Desta forma, é evidente a necessidade de
buscar métodos de simulação e análise do fluxo de grãos, um dos métodos utilizados na
atualidade é o método dos elementos discretos. Com esta técnica, é possível analisar o fluxo
destes materiais, analisando o processo partícula por partícula. Este tipo de análise tem um
alto custo computacional, e encontrar alternativas que reduzam este custo é de suma
importância para o desenvolvimento de estudos mais aprofundados. Neste trabalho,
analisamos o fluxo de grãos de soja em um aparato experimental que replica em partes o
interior de um secador de fluxo misto. Realizamos simulações computacionais 3D e reduções
quase-2D do ambiente, os resultados mostram que a redução do ambiente de simulação para
um ambiente quase 2D com espessura de 7 partículas apresentou resultados bastante
aproximados dos resultados 3D. Além disto, esta redução obteve uma redução do tempo de
processamento de mais de 66%, comprovando a eficácia e a viabilidade do uso deste tipo de
simulação para o estudo do fluxo de grãos em secadores de fluxo misto.
1. INTRODUÇÃO
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futura comercialização. O arranjo inadequado dos componentes dos secadores pode resultar em
uma secagem não homogênea da massa de grãos, gerando consequentemente um elevado
consumo de energia e a perda da qualidade dos grãos (SCAAR et al, 2016). Os efeitos da
secagem não homogênea dos grãos são a sobre secagem resultando na perda de qualidade dos
grãos em função da queima e/ou deterioração das propriedades físicas, químicas e biológicas
dos mesmos e a sub secagem tem como consequência o surgimento de mofo, bolor, proliferação
de insetos em meio a massa armazenada.
Secadores do tipo torre de fluxo misto, tem sido cada vez mais utilizados em todo o
mundo (BROOKER, BAKKER-ARKEMA E HALL, 1992). Este tipo de secador é utilizado na
secagem de diferentes tipos de grãos, e sua forma construtiva permite uma secagem com maior
índice de impurezas e oferece poucas chances para incêndios (OLIVO, 2011). O processo de
secagem neste tipo de secador, ocorre por meio do uso combinado dos fluxos de ar em sentido
concorrente, contracorrente e cruzado (BORTOLAIA, 2011). As vantagens deste tipo de
secador são a sua alta eficiência energética, sua alta capacidade de secagem/hora, porém, tem
como desvantagem o seu alto custo de implantação. Embora estejam sendo utilizados em larga
escala na agricultura, é necessário otimizar o processo de secagem neste equipamento, bem
como, o próprio equipamento, visto que, o escoamento dos grãos pelo secador não foi
suficientemente estudado (MELLMANN et al. 2011).
Diversas pesquisas vêm sendo realizadas visando melhorar o processo de secagem de
grãos. No trabalho publicado por (LI e CHEN, 2019), os autores propuseram um método para
melhorar a precisão do controle de secadores por meio de redes neurais buscando tornar o
processo de secagem mais eficiente e tornar as condições de umidade da massa de grãos mais
homogênea. Métodos computacionais de CFD foram utilizados por VISCONCINI, ANDRADE
e COSTA (2019), para analisar o fluxo de ar em meio a massa de grãos em um secador do tipo
torre de fluxo misto.
O fluxo dos grãos e do ar em secadores de fluxo misto é estudo por Weigler et al. (2017),
onde os autores analisam o perfil do fluxo do fluxo dos grãos e do ar bem como o tempo de
residência das partículas dentro destes equipamentos, buscando melhorar a sua eficiência
energética. Já em (SCAAR et al, 2016), os autores investigam a distribuição do fluxo de ar em
um secador de fluxo misto. Os autores também propuseram mudanças na arquitetura interna do
equipamento, buscando melhorar a sua eficiência.
Em Khatchatourian, Binelo e Lima (2014) foi realizado o estudo do fluxo de grãos em
secadores de fluxo misto utilizando simulações computacionais 3D por meio do método dos
elementos discretos. Já em (DE LIMA et al, 2017), os autores estudam o fluxo de grãos em uma
geometria de secador de fluxo misto reduzida por meio do método dos elementos discretos em
uma simulação 3D. O método dos elementos discretos também é utilizado em Binelo et al
(2019), onde os autores propuseram uma técnica de aplicação da força de arrasto do ar no fluxo
de grãos utilizando o método dos elementos discretos.
Este trabalho tem como objetivo analisar o fluxo de grãos dentro de um secador de fluxo
misto por meio do método dos elementos discretos, analisando dados como a velocidade média
dos grãos dentro deste tipo de secador, bem como os pontos dentro desta estrutura onde os grãos
tendem a apresentar um fluxo mais acelerado ou mais lento. Para tal, o restante do presente
artigo está organizado da seguinte maneira, na seção 2 serão apresentados trabalhos
relacionados, na seção 3 será apresentado um breve referencial teórico, na seção 4 é apresentada
a metodologia experimental, na seção 5 são analisados os resultados obtidos, na seção 6 são
apresentadas as considerações finais dos autores e por fim, são apresentadas as referências
bibliográficas utilizadas no presente artigo.
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
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O método dos elementos discretos foi desenvolvido por Cundall e Strack (1979) e foi
utilizado inicialmente para estudo com mecânica de rochas. O método utiliza um esquema
numérico explícito onde a interação entre as partículas é monitorada de forma individual. O
método se trata de uma técnica de modelagem numérica que simula o movimento e as interações
mecânicas de cada partícula, utilizando a segunda lei do movimento de Newton e a lei força-
deslocamento (BOAC et al. 2010).
O funcionamento do método pode ser resumido em 5 etapas, as quais são executadas a cada
passo temporal. Como pode ser visto na Figura 2, em um primeiro momento são estabelecidas
as condições iniciais das partículas, posteriormente, detecta-se o contato entre os corpos, a partir
destes contatos, calculam-se as forças de contato e as forças externas agindo em cada partícula
e por fim, atualizam-se as posições e rotações das partículas com base nas forças agindo sobre
as mesmas, por meio da integração das equações de movimento. O método dos elementos
discretos é amplamente utilizado e discutido em diversas obras na literatura, para mais
informações sobre o seu funcionamento, recomendamos os seguintes autores (LUDING, 2008;
ZHAO, 2017).
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Quase 2D
Medida/Simulação 3D 4 5 6 7 partículas
partículas partículas partículas
Tempo de simulação (min) 90:06 17:01 22:13 26:01 30:33
Redução de tempo (%) 0 81,14 75,35 71,13 66,10
Espessura (cm) 17 2,36 2,95 3,54 4,13
Redução de espessura (%) 0 86,14 82,67 79,20 75,74
Como pode ser visto na tabela 2, o tempo de simulação em ambientes quase-2D é bastante
reduzido quando comparado ao tempo de simulação em ambientes 3D. Pode-se perceber que a
redução do tempo de execução chegou a ser reduzido em 81% para o ambiente com 4 partículas
de espessura, e foi de 66,1 % para o ambiente com 7 partículas de espessura, corroborando com
os dados apresentados por Boac et al (2010), onde os autores obtiveram redução de XX % no
tempo de simulação quase 2D em relação às simulações realizadas pelos autores em ambientes
3D. Assim, pode-se dizer que não somente a realização de simulações computacionais em
ambientes quasi-2D é viável para a obtenção de resultados muito próximos dos resultados que
seriam obtidos se realizada a simulação completa utilizando ambiente 3D, como também, pode-
se afirmar que isso pode ser feito com uma redução no custo computacional considerável, visto
que, para a simulação de experimentos, ou uma realidade com espessura muito maior, a redução
do custo computacional seria ainda mais expressiva.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização deste artigo conseguiu atingir os seus objetivos que eram validar a utilização
de simulações computacionais quase 2D em substituição ao uso de simulações 3D para a análise
do fluxo de grãos em secadores de fluxo misto. Uma das contribuições do trabalho foi a de
determinar que a espessura que melhor aproxima os resultados dos resultados 3D é a espessura
com 7 de grãos.
Além disso, percebe-se uma considerável redução no custo computacional ao realizar este
tipo de simulação. Dadas as dimensões reais de um secador, pode-se dizer que o uso deste tipo
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de ambiente não somente é viável, como também, necessário, visto que o uso de simulações 3D
nestes casos teria um custo computacional e de tempo de simulação que tornaria inviável este
tipo de estudo.
Para trabalhos futuros, consideramos interessante realizar a análise do fluxo de grãos em
um ambiente maior, que replique com maior precisão o ambiente interno de um secador de
fluxo misto.
Agradecimentos
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Abstract. The grain flow in dryers has been studied more and more, since the time of
permanence of the grains inside these equipments, as well as the temperature of the drying air
can result in under or over drying. Thus, it is evident the need to seek methods of simulation
and analysis of grain flow, one of the methods used today is the discrete element method. With
this technique, it is possible to analyze the flow of these materials, analyzing the process
particle by particle. This type of analysis has a high computational cost, and finding
alternatives that reduce this cost is extremely important for the development of more in-depth
studies. In this work, we analyze the flow of soybeans in an experimental device that replicates
in parts the interior of a mixed flow dryer. We perform 3D computational simulations and
quasi-2D reductions of the environment, the results show that the reduction of the simulation
environment to an almost 2D environment with a thickness of 7 particles showed results very
close to the 3D results. In addition, this reduction obtained a reduction in processing time of
more than 66%, proving the effectiveness and feasibility of using this type of simulation for the
study of grain flow in mixed flow dryers.
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Resumo. Os compósitos de fibras naturais vêm sendo cada vez mais empregados em
importantes setores da indústria, como a automotiva e a construção civil. Além de suas
vantagens naturais, esse reforço natural é constantemente otimizado a ponto de já apresentar
desempenhos mecânicos equiparáveis aos dos compósitos de fibras sintéticas. Dentre as
possíveis aplicações, pode-se citar a de camada intermediária em sistemas de blindagem
balística individual. De modo particular, a fibra de cânhamo (Cannabis sativa), embora
largamente utilizada em tecidos, ainda foi pouco explorada em compósitos poliméricos para
aplicações de engenharia. Em vista disso, o presente trabalho analisou termicamente os
compósitos de matriz epóxi reforçados com esse material vegetal. Foram fabricados
compósitos com diferentes frações volumétricas de tecido (0, 10, 20 e 30%) e utilizou-se
análise termogravimétrica (TGA) para caracterizar a estabilidade térmica do material, além
da verredura diferencial de calorimetria (DSC). Baseado nestas análises, concluiu-se que
houve um pequeno decréscimo na temperatura de degradação do compósito em relação á
resina epóxi (-14%) e chegou-se à uma temperatura de 200°C para uso prático do material.
Ademais, estimou-se a temperatura de transição vítrea do compósito em um intervalo entre
68 e 70°C.
1. INTRODUÇÃO
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embalagem, material esportivo, blindagem e construção civil (Benzait & Trabzon, 2018; Di
Bella et al, 2014; Dittenber & Rao, 2012). Sua aplicação é justificada principalmente pela
redução de custo que a fibra natural proporciona frente às sintéticas. Além disso, as fibras
naturais, em geral, apresentarem propriedades importantes como baixo peso específico,
reciclabilidade, bom isolamento acústico e sustentabilidade. Dianto desse fato, o uso destes
compósitos vem cada vez mais ganhando novas projeções, já que a sua resistência mecânica,
antes uma desvantagem, vem sendo estudada e otimizada à ponto de equiparar-se com os
compósitos consagrados em variadas aplicações, principalmente como camada intermediária
num sistema de proteção balística individual (Benzait & Trabzon, 2018; Oliveira et al., 2019;
Garcia Filho et al., 2020).
Dentre as fibras naturais com potencial para ser aplicada como reforço em matriz
polimérica, destaca-se as fibras de cânhamo, cientificamente conhecida como Cannabis
sativa. Esta fibra é cultivada há 4500 anos em regiões do oriente e tem um excelente potencial
no contexto sustentável já que não requerer grandes investimentos para cultivo, em termo de
fertilizantes, herbicidas e pesticidas para seu crescimento saudável (Summerscales et al.,
2013). Além disso, seu custo final chega a ser 1/4 do de fibras longas sintéticas (Dayo et al.,
2017). Sua composição química se dá pela celulose (55-76%), hemicelulose (12,3-22,4%),
lignina (0,9-18%), pectina (3,3-5,7%) e cinzas (0,8-7%) e tem recebido bastante atenção por
ser uma alternativa de substituição às fibras sintéticas em várias aplicações compósitas (Sepe
et al., 2018). Na sua forma mais utilizada, como tecido, a fibra de cânhamo tem sido
explorada como reforço de compósitos com matrizes poliméricas (Güven et al., 2016; Faruk
et al., 2012; Ku et al., 2011). Em um recente artigo, Sair et al. (2018) estudaram a
condutividade térmica de compósitos de fibras de cânhamo em matriz de poliuretano.
Entretanto pouca informação é disponível sobre a estabilidade térmica dos compósitos,
principalmente os de matriz termofixa como as resinas epóxi.
Assim, o presente trabalho analisa termicamente a aplicação da fibra de cânhamo em
forma de tecido como reforço de uma matriz polimérica epoxídica em frações volumétricas
variadas entre 0, 10, 20 e 30% vol. As propriedades térmicas do material final foram
determinadas utilizando a análise termogravimétrica (TGA) e a varredura diferencial de
calorimetria (DSC).
2. MATERIAIS E MÉTODOS
O tecido de cânhamo utilizado neste trabalho foi obtido da empresa Kayaan Ltda.,
localizada na cidade de Curitiba, Paraná. Sua composição é de 100% fibras de Cannabis
sativa e foi confeccionado utilizando técnicas manuais.
A resina utilizada na matriz dos compósitos foi a epóxi do tipo diglicidil éter do bisfenol
A (DGEBA) na proporção de 100 para 13 com o endurecedor trietileno tetramina (TETA),
ambos adquiridos da empresa Epoxyfiber Indústria Química, Brasil.
Os tecidos foram colocados em estufa por um período de 24h à 60°C com o objetivo de
retirar a umidade e possibilitar a fabricação dos compósitos.
As análises térmicas de TGA e DSC ocorreram no Laboratório de Materiais do Instituto
de Pesquisas da Marinha (IPqM). Para a análise de DTG, foi utilizado o equipamento
Shimadzu modelo DTG 60H com atmosfera de nitrogênio e uma taxa de aquecimento de
10°C/min em um intervalo de 30 a 600°C. As amostras de resina epóxi e de compósitos
reforçados com 10, 20 e 30% vol. de tecido de cânhamo foram cominuídas e colocadas em
cadinhos de platina para os ensaios. Já para a análise de DSC, foi utilizado o equipamento
DSC 404 F1 Pegasus Netzsch também sob uma atmosfera de nitrogênio e uma taxa de
aquecimento de 10°C/min entre temperaturas de 20 a 250°C.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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A Fig. 3 apresenta as curvas de DSC para a resina epóxi pura e para os compósitos de matriz
epóxi reforçada com tecido de cânhamo.
4. CONCLUSÕES
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a resina epóxi apresenta natureza hidrofóbica, essa perda foi de menor magnitude
(cerca de 1,7%);
• A fase de maior degradação do material esteve relacionada com a rupturas de cadeias
poliméricas e ocasionou grandes perdas de massa. Para a resina epóxi, este fenômeno
ocorreu por volta de 388°C, enquanto que nos compósitos ocorreu entre 276 e 302°C;
• Como a temperatura de início de degradação de elementos estruturais da fibra natural
ocorre por volta de 200°C, essa temperatura é sugerida como a temperatura máxima de
trabalho do material compósito.
• A temperatura de transição vítrea foi estimada pelas análises de DSC. Dessa forma, as
resinas epóxi pura apresentaram Tg em 81,3°C enquanto que os compósitos
apresentaram Tg entre 68 e 71°C.
Acknowledgements
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Abstract. Natural fiber composites have been increasingly used in important sectors of the
industry, such as automotive industry and civil construction. In addition to its natural
advantages, this natural reinforcement is constantly optimized until presenting mechanical
performances comparable to those of synthetic fiber composites. Among the possible
applications, it can be mentioned the intermediate layer in individual ballistic armoring
systems. In particular, hemp fiber (Cannabis sativa), although widely used in fabrics, has still
been little explored as reinforcement to polymeric composites for engineering applications. In
view of this, the present work analyzed the thermal behavior of epoxy matrix composites
reinforced with this natural material. Composites were manufactured with different volume
fractions (0, 10, 20 and 30%) and thermogravimetric analysis (TGA) was used to
characterize the thermal stability of the material, in addition to the differential scanning
calorimetry (DSC). Based on these analysis, it could be concluded that there was a small
decrease in the temperature of degradation of the composite in relation to epoxy resin (-14%)
and the temperature of 200 ° C was determined for practical use of the material. In addition,
the glass transition temperature of the composite was estimated in an interval between 68 and
70 ° C.
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
O tecido de cânhamo investigado neste trabalho foi obtido da empresa Kayaan Ltda.,
localizada na cidade de Curitiba, Paraná, Brasil. O material é composto 100% fibras de
Cannabis sativa e apresenta um arranjo simples de fios de fibra de cânhamo.
Para calcular a fração volumétrica do tecido no compósito, foi necessário conhecer a
densidade superficial e volumétrica do material. A partir do método de Arquimedes e do
ensaio de gramatura da norma ABNT NBR 10591:2018 (2008), obteve-se a densidade média
de 1,55 g/cm³ e densidade superficial média de 449,6 g/m².
Os tecidos foram cortados nas dimensões do molde metálico utilizado na fabricação
dos compósitos e secos em estufa por 24h à temperatura de 60°C. Posteriormente, preparou-se
a matriz polimérica, misturando a resina epóxi diglicidil éter do bisfenol A (DGEBA) com
13% de endurecedor trietileno tetramina (TETA), ambos adquiridos da empresa Epoxyfiber
Indústria Química, Rio de Janeira, Brasil. Em seguida, depositou-se a resina com endurecedor
e as camadas de tecidos alternadamente no molde metálico e o comprimiu utilizando uma
prensa hidráulica com uma carga de 3 MPa (5 ton) por 24h.
Para o ensaio de impacto Izod fabricou-se placas compósitas de 4, 8 e 12 camadas de
tecidos, as quais correspondem a 10, 20 e 30% em fração volumétrica, respectivamente.
Foram analisados 6 corpos de prova, os quais foram serrados, lixados e entalhados a fim de
atender os parâmetros propostos na norma ASTM D256 (2006). Realizou-se os ensaios de
impacto Izod utilizando um pêndulo da marca PANTEC com um martelo de 22J.
Para o ensaio de tração fabricou-se placas compósitas de 1, 2 e 3 camadas de tecidos,
as quais correspondem a aproximadamente 10, 20 e 30% em fração volumétrica,
respectivamente. Foram analisados 7 corpos de prova de prova, que foram serrados e lixados
a fim de atender os parâmetros da norma ASTM D3039 (2017). Foi utiliza uma máquina
universal EMIC, com uma taxa de deformação de 2 mm/min.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Com base na Tabela 2, pode-se rejeitar que as médias são diferentes com 95% de
confiança, já que Fcalculado > Ftabelado. Ou seja, a presença do tecido comprovadamente
influenciou na resistência medida de energia absorvida no impacto Izod dos compósito. Dessa
forma, para complementar a análise de variância, realizou-se o teste de Tukey a fim de
comparar a diferença estatística dois a dois entre os compósitos. A Tabela 3 mostra as
comparações entre as médias nesse teste a partir de uma diferença média significativa (DMS)
calculada de 12,20.
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4. CONCLUSÕES
Acknowledgements
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Abstract. Composites of natural lignocellulosic fibers (NLFs) have been increasingly used in
the automotive, civil construction, sports equipment and packaging industries. Among NLFs,
hemp fiber stands out with several applications and is historically used in the textile industry,
in the manufacture of papers and even in the pharmaceutical industry. However, few
applications exist for hemp fiber as an engineering material. Therefore, it was investigated in
this work the use of epoxy matrix composites reinforced with hemp fabric in various
volumetric fractions of 0, 10, 20 and 30% in order to compare the performance of the energy
absorbed in the Izod impact test and the tensile strength, as well as its elastic modulus. The
results identified that the 30% vol. composites absorbed more energy than those with the
other fractions, in addition to having higher values under tensile and greater stiffness. This
could be affirmed after applying the statistical method of analysis of variance (ANOVA) and
Tukey's test.
Keywords: Hemp fabric, epoxy, Izod impact, tensile strength, elastic modulus.
Anais do XXIII ENMC – Encontro Nacional de Modelagem Computacional e XI ECTM – Encontro de Ciências e Tecnologia de Materiais.
Palmas, TO – 28 a 30 Outubro 2020
723
28 a 30 de Outubro de 2020
Universidade Federal do Tocantins
Palmas - TO
Resumo. As baterias são componentes essenciais para muitos dispositivos e sistemas eletroeletrônicos,
avaliar corretamente o seu ciclo de vida é importante para evitar trocas desnecessárias e prever possíveis
falhas na mesma. Embora a predição de tempo de vida útil de baterias seja uma informação útil, ela
ainda é pouco explorada em equipamentos e aplicações comerciais. Objetivo: Este trabalho tem o
objetivo de apresentar as principais técnicas de teste de baterias e avaliar a aplicabilidade de
determinados algoritmos de inteligência artificial para uma eficiente avaliação dos dados obtidos nos
testes, e consequentemente a correta previsão de vida útil desses componentes. Metodologia: Este
trabalho foi feito em 2 etapas. A primeira constitui a análise das principais variáveis elétricas utilizadas
para avaliação e teste de baterias. Na segunda etapa foram analisados alguns algoritmos de inteligência
artificial e sua possível aplicação na previsão de vida útil de baterias, de forma que a metodologia possa
ser aplicada independente do tipo de bateria utilizada. Resultados: Com base no levantamento de dados
foi possível identificar os algoritmos de inteligência artificial mais adequados para o processamento das
informações obtidas nas variáveis de teste e consequentemente uma correta previsão de vida útil de
baterias. Conclusão: Embora exista uma grande variedade de algoritmos de inteligência computacional,
apenas uma parcela é adequada para o processamento de dados temporais e a correta análise de vida útil
de baterias.
Palavras-Chaves: Inteligência Artificial, Teste Elétrico, Degradação de Bateria, Previsão de Vida Útil.
1.0 INTRODUÇÃO
A grande demanda de armazenamento de energia elétrica torna as baterias um dos principais
componentes de muitos sistemas elétricos e eletrônicos modernos, (KHUMPROM, 2019).
Aplicações como carros de propulsão elétrica, sistemas de energia solar, sistemas de nobreak, partida de
motores de combustão como em automóveis e grupos geradores são exemplos de aplicações dependentes
724
de baterias. Tendo utilização em larga escala os quesitos custo, manutenção e descarte de uma bateria
se tornam cada vez mais importantes, ainda deve-se lembrar que os componentes das baterias são
prejudiciais ao meio ambiente e requerem tratamento e reciclagem adequados(NAZRI e PISTOIA;
2009)
VIDAL (2020) relaciona o uso de inteligência artificial para estimativa do estado da carga e taxa de
envelhecimento de baterias utilizadas em veículos, e fornece uma comparação de métodos de
estimativa de estado da bateria com base em abordagens de machine learning, em redes neurais
avançadas, redes neurais recorrentes, máquinas de vetores de suporte, funções de base radial e redes de
Hamming.
DICKSON (2019) apresenta o uso de aplicações de redes neurais para determinação da estimativa do
estado de carga de baterias de lítio utilizadas em automóveis. Para tanto o autor utiliza os ciclos de
carga e descarga da bateria para treinamento da rede neural nas diferentes demandas dos ciclos de
carga e descarga.
BELOVA (2019) publicaram um trabalho onde se utiliza redes neurais artificiais para monitorar a
degradação de baterias utilizadas em sistemas com células de energia solar, também é abordado o
estudo da degradação das células no rendimento total do sistema.
KHUMPROM (2019) apresentou o uso de algoritmos de deep Learning aplicados a determinação da
saúde e da vida útil de baterias com redes neurais artificiais, ainda é feita uma comparação do
algoritmo de redes neurais com o outro algoritmo de machine leaning chamado máquina de vetores de
suporte (SVM) e rede neural artificial regular (RANN).
ENYONG HU (2011) estuda a relação entre o teste de capacidade de baterias utilizadas em aviação
com lógica fuzzy, no trabalho o autor declara que após muitos experimentos foi encontrada uma
correlação entre a resistência dinâmica da bateria e a sua capacidade de armazenamento de energia, e
para determinar a capacidade em amperes/hora dessas baterias aeronáuticas esses dados foram
utilizados pelo algoritmo de lógica fuzzy.
WEI YOU (2009) analisa a predição de taxa de envelhecimento de baterias níquel-hidrogênio(Ni/H)
utilizando redes neurais artificiais e atingiu resultados satisfatório na predição da capacidade da
bateria.
PAREDES (2019) publicou o texto “Development of a Fuzzy Logic-Based Solar Charge Controller for
Charging Lead–Acid Batteries” relatando o desenvolvimento de um carregador de baterias para
sistema de energia solar baseado em lógica fuzzy. De acordo com o texto foram notadas diversas
vantagens ao se utilizar lógica fuzzy no controle de carga da bateria como por exemplo menor tempo
de carga e prevenção da sobre tensão na bateria, o artigo ainda descreve detalhes da construção do
protótipo que utiliza um microcontrolador AVR Atmega.
CAI (2017) declara que apesar de haver muitas pesquisas sobre previsão de vida útil de baterias, ainda
não existe uma solução que possa oferecer com precisão a vida útil da bateria baseado em poucas
amostras da mesma. O objetivo do autor é utilizar um método hibrido otimizado orientado a dados
com algoritmos como máquina de vetores de relevância (RVM) e otimização com algoritmo artificial
de enxame de peixes, para melhora da precisão da estimativa de vida útil das baterias de lítio.
O ponto crítico na previsão de vida útil das baterias é a exatidão da previsão, pois diversas pesquisas
apontam que essa lacuna ainda não foi dominada de forma satisfatória, tornando-se um campo de
pesquisa útil e desejado pela comunidade acadêmica, e consequentemente empresas do setor que
725
podem utilizar a técnica de previsão para estender a vida útil das baterias utilizadas em aplicações
comerciais.
O objetivo desse documento é relacionar e analisar as técnicas mais promissoras para a análise e previsão
do tempo de vida útil de baterias, baseando-se em técnicas de inteligência artificial, e testes físicos da
mesma que também avaliem as características das diversas aplicações pelas quais as mesmas podem ser
utilizadas.
Longe de se abranger todas as técnicas de inteligência computacional o trabalho considera apenas as
principais técnicas de acordo com as características das mesmas e sua aplicabilidade na previsão de
dados.
A estrutura do trabalho inicialmente apresenta as principais técnicas de teste e análise de baterias que
podem ser utilizadas para obter as condições de funcionamento da mesma, em seguida é apresentado
as técnicas de inteligência artificial bem como suas principais características. No final será sugerido a
combinação entre qual algoritmo e quais testes físicos se apresentam mais promissores para obter a
melhor otimização na obtenção do tempo de vida útil da bateria.
1.1 Metodologia
Do ponto de vista da natureza o trabalho se classifica como uma pesquisa aplicada. Com foco
qualitativo pois é de caráter exploratório. Com o objetivo de descrever as características dos sistemas
de inteligência artificial aplicáveis a análise de vida útil de baterias, o presente trabalho se classifica
como descritivo. (SILVA E MENEZES, 2005).
Levando em consideração que parte da pesquisa é baseada na análise de livros, artigos e
conhecimentos já obtidos e divulgados pela comunidade cientifica a mesma se classifica como
bibliográfica.
Para análise dos dados as informações foram divididas em duas partes.
Na primeira parte é feito o levantamento e análise das variáveis elétricas e tipos de testes elétricos que
são utilizados para a obtenção de dados de teste da bateria.
Na segunda parte é feito o levantamento das características dos principais algoritmos de inteligência
artificial que podem ser utilizados para tratamento dos dados obtidos com as informações dos testes.
726
Em seguida relacionar as características dos algoritmos de inteligência artificial que podem tratar os
dados obtidos nos testes da bateria, de forma a encontrar os algoritmos mais indicados.
2.0 REFERENCIAL TEÓRICO
Para uma correta análise de dados será exposto o referencial teórico que baseia as conclusões do
trabalho.
727
Figura 1- Divisão dos blocos de função do equipamento proposto. Figura 2- Ciclos de carga em função da profundidade de carga
aplicados em uma bateria.[27]
A corrente de manutenção de carga é fornecida pelo carregador da bateria para que a mesma
permaneça totalmente carregada até o momento em que o circuito alimentado pela bateria exija uma
demanda de corrente elétrica (PAREDES 2020).
O número de ciclos carga/descarga pode variar drasticamente conforme a aplicação, como em um
sistema de iluminação de emergência onde a demanda pode ocorrer apenas uma vez a cada mês, ou em
sistemas de partida de motores de automóveis onde a bateria tem sua carga reduzida após cada partida
do motor do automóvel, fato que pode ocorrer até dezenas de vezes por dia (VIDAL, 2020). Esse fato
é importante na avaliação geral na vida útil da bateria.
Na figura 2, o gráfico demonstra a média de ciclos de carga e descarga que uma bateria pode atender
em sua vida útil, sendo a profundidade de descarga o principal fator que limita o número de ciclos.
Conforme o gráfico o número de ciclos de carga e descarga de uma bateria interfere na degradação de
sua capacidade.
Entre as variáveis mais importantes para verificação do estado da bateria estão a impedância interna e
a condutância, que são testes realizados de forma distinta na bateria. (I. BUCHMANN, 2020)
2.2 Algoritmos de inteligência artificial
Nessa parte serão avaliadas as características dos principais algoritmos de inteligência artificial que
podem processar os dados apresentados na parte 1. Nos tempos atuais podem ser encontrados diversos
728
algoritmos de inteligência artificial, como cada um deles possui características específicas, serão
tratados os que mais se adequam ao projeto proposto.
A figura 3 resume alguns dos grupos de algoritmos utilizados em inteligência artificial.
729
Outro exemplo é descobrir a associação entre produtos comprados em um supermercado, pois ao ir as
compras um cliente raramente compra apenas um produto
A área de reinforcement learning ou aprendizado por reforço, possui uma abordagem um pouco
diferente, onde o sistema aprende qual é a melhor decisão a ser tomada dependendo obviamente das
circunstâncias encontradas. O processo se baseia no princípio da recompensa e da punição, onde toda
ação tomada resulta em uma punição ou uma recompensa, esse processo ocorre milhares de vezes até
que o sistema aprende a melhor ação a ser tomada nas mais diversas situações (LI, 2019).
Na figura 4 é possível observar as divisões dos algoritmos de machine learning.
730
como apresentado na figura 8. Um exemplo muito comum de classificação é a seleção de e-mail’s,
onde se pode classificar uma mensagem como span ou como mensagem regular.
2.2.2.2 Regression
A regressão é um recurso de modelagem estatística e tem a função de estimar a relação entre duas ou
mais variáveis utilizando como base dados de amostra. Um exemplo muito conhecido é o de regressão
linear, onde o algoritmo traça uma reta próxima a concentração dos dados possibilitando obter
informações dos intervalos de dados. (AKERKAR, RAJENDRA, 2018).
731
No processo chamado de fuzzificação as variáveis linguísticas são definidas de forma subjetiva, e
podem ser gerados diversos tipos de espaços como trapezoidal ou triangular utilizado no exemplo
acima. Uma particularidade da Lógica fuzzy é que não possuem memória ou capacidade de
prendizado, os dados são expostos a lógica gerada inicialmente (PAREDES, 2020).
Para reduzir essa limitação é possível o desenvolvimento de sistemas híbridos onde a técnica de redes
neurais pode ser combinada com a lógica fuzzy.
2.5 Algoritmos genéticos
O algoritmo genético é um eficiente método para resolver problemas de busca e otimização que se
baseia na seleção natural, que busca imitar o processo da evolução das espécies. Como ocorre na
mudança de geração da natureza, quanto maior a adaptação dos descendentes maior a chance dos
mesmos serem escolhidos para produzir a próxima geração e assim aumentam as chances de
sobrevivência (CAI, 2017).
Cada indivíduo é reconhecido como um cromossomo e por sua vez possui características consideradas
como genes, um exemplo é apresentado na figura 6.
732
2.6.2 O Perceptron
O perceptron é um dos modelos mais básicos de redes neurais artificiais. É um classificador simples de
uma camada, podendo receber n atributos em diversas camadas de entrada, porém possui apenas uma
única camada de saída que produz apenas dados binário, ou seja 0 e 1 ou verdadeiro/Falso (VIDAL,
2020).
Cada atributo possui um peso na relevância do processamento do perceptron, ou seja, a variável X1
pode ter uma consideração maior do que a segunda variável para a tomada de decisão do conjunto.
O perceptron pode ser essencialmente útil para tarefas de classificação, mais adiante será tratado
outros algoritmos mais completos.
2.6.3 Rede Neural FeedForward
Nas redes neurais tipo feedforward, o fluxo de dados ocorre apenas em uma direção, sendo da camada
de entrada para a camada oculta e na sequência para a camada de saída. Não há loops de feedback
presentes nessa rede neural, por isso é usada em casos em que os dados não são sequenciais por
natureza. Caso os dados analisados sejam sequenciais ou dependentes do tempo como o som e dados
de séries temporais é mais adequado a utilização de redes neurais do tipo feedback que possuem
recursos de retenção de memória (BELOVA,2019).
Esse tipo de rede neural é usado principalmente no aprendizado supervisionado para classificação e
reconhecimento de imagem.
2.6.4 Rede Neural Recorrente
Uma rede neural recorrente é um tipo de rede neural utilizada para a análise de dados sequenciais e
temporais como por exemplo análise de linguagem natural, séries temporais como a variação da bolsa
de valores, a variação da temperatura ambiente ao longo de um dia e na tradução automática de áudio e
legendas de vídeos. É largamente utilizada para a previsão de dados baseada no histórico de variação
dos mesmos, pois é capaz de armazenar informações ao longo do tempo.
2.6.5 Redes neurais LSTM (Long Short Term Memory )
As redes neurais recorrentes possuem uma limitação chamada de vanishing gradiente que dificulta o
reconhecimento de alguns tipos de padrões e o treinamento da rede em alguns casos. Para solucionar
essa limitação foram desenvolvidas as redes LSTM que é uma arquitetura de rede neural recorrente
(RNN) capaz de lembrar valores em intervalos temporais arbitrários, por isso é capaz de processar e
prever séries temporais com intervalos de tempo de duração desconhecida extraindo informações do
contexto dos dados, algo que a rede neural recorrente básica não é capaz de executar. (KHUMPROM e
YODO, 2019).
Sua aplicação ocorre em reconhecimento de fala, tradução automática, análise de sentimentos e séries
temporais encontradas na engenharia, economia, saúde e outros.
2.6.6 Autoencoders
Autoencoders são um tipo de redes neurais artificiais, onde a entrada é igual à saída. Eles compactam a
entrada em um código de menor dimensão e em seguida reconstroem a saída dessa representação. O
código é um resumo ou compactação da entrada, ou seja, os autoencodificadores são um algoritmo de
redução de dimensionalidade e compactação de dados do mesmo tipo, como imagens de números
manuscritos ou fotografias. É um processo não supervisionado, ou seja, basta inserir os dados na
733
camada de entrada da rede e a mesma se encarrega de criar os rótulos dos dados fornecidos. Vale
lembrar que os dados compactados na saída não são exatamente como os mesmos fornecidos
inicialmente, existe uma degradação no processo de codificação (VEERARAGHAVAN, 2017).
As principais aplicações práticas dos Autoencoders é a remoção de ruídos em dados e a redução de
dimensionalidade para visualização de dados.
2.6.7 Redes neurais convolucionais
Redes Neurais Convolucionais são um tipo de algoritmo de aprendizagem profunda que realiza o
aprendizado com informações extraídas de imagens através de filtros, isso lhe permite aprender os
objetos presentes em uma imagem e discernir uma imagem entre outras diferentes (KHUMPROM,
2019).
Durante o treinamento inicial, os filtros podem exigir ajustes manuais mas com o progresso do
treinamento, a rede é capaz de se adaptar aos recursos aprendidos e desenvolver filtros próprios.
Sua principal aplicação é no reconhecimento de imagens para classificação, segmentação e localização
de objetos em imagens. Embora também possam ser utilizadas para análise de imagem de gráficos
como espectrograma de áudio, análise de dados gráficos e até mesmo associado a outras redes como
LSTM para reconhecimento de fala (KHUMPROM, 2019).
3.0 RESULTADO E DISCUSSÃO
Após a aquisição de dados elétricos básicos do acumulador, é possível estimar outros parâmetros úteis
como a capacidade real de carga como apresentado na figura 14. Quando esses dados são aplicados a
algoritmos de inteligência artificial e a seu devido período de aprendizagem, criam um modelo
computacional que é utilizado para realizar previsões temporais das reais capacidades da bateria, como
também levanta o perfil da carga alimentada pela bateria, visto que a vida útil da mesma está
diretamente ligada a suas condições de utilização.
Conforme as informações apresentadas no referencial teórico é concluído que mediante a necessidade
de aquisição e processamento dos dados de forma contínua no tempo, os melhores algoritmos de
inteligência artificial que podem ser aplicados para determinação da vida útil de baterias são aqueles
com capacidade de processamento de dados temporais, acompanhados dos algoritmos de classificação
os algoritmos de dados temporais podem fornecer recursos para a previsão da vida útil das baterias
bem como classifica-las em aptas ou não para continuarem em operação. Para isso os algoritmos de
classificação e regressão são os mais indicados.
Para uma maior precisão desses algoritmos são utilizados com os métodos listados na tabela 1.
Algoritmo Função Aplicação
Logica Fuzzy Determinação Avaliar se a bateria ainda possui condições de
utilização.
Rede Neural Analise temporal Avaliar os dados através do aprendizado contínuo dos
Recorrente dados para a previsão de valores
Tabela 1- Tipos de algoritmos de inteligência artificial indicados para a previsão da vida útil de
baterias.
Quando se utiliza as informações de teste e medição da bateria em conjunto com os algoritmos
apropriados é possível atingir excelentes resultados na previsão de envelhecimento de baterias (I.
BUCHMANN, 2020).
734
Como citado, a figura 1 representa um diagrama com as principais variáveis básicas de teste e medição
que são analisadas, bem como outras variáveis que são obtidas a partir das variáveis básicas.
4.0 CONCLUSÃO
O objetivo do trabalho é demonstrar as técnicas de inteligência artificial mais adequadas para
juntamente com informações de teste e medição, realizar a previsão da vida útil de baterias. Dessa
forma, foram apresentadas as principais técnicas de análise de condições funcionais de uma bateria,
onde as medições se corretamente avaliadas revelam as condições de desgaste da bateria. Diversas
técnicas de inteligência artificial podem ser utilizadas, evidentemente cada uma possui características
próprias que podem ou não serem mais adequadas para previsão de dados temporais, devido a esse
fato, são estudadas diversas técnicas de inteligência artificial que possibilitam a análise e previsão de
dados gerados por series temporais. Os algoritmos de logica fuzzy, regressão e redes neurais
recorrentes se mostraram os mais adequados para a presente aplicação. Mediante as informações
apresentadas algumas lacunas podem ser preenchidas futuramente, como uma combinação de vários
algoritmos de inteligência artificial para oferecer a melhor exatidão de previsão, ou a descoberta do
número de medições necessárias para realizar o treinamento do sistema e iniciar as previsões de vida
útil da bateria.
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maio. 2020.
Abstract. Batteries are essential components for many electronic devices and systems, correctly
assessing their life cycle is important to avoid unnecessary changes and to predict possible failures
in the same. Although the prediction of battery life is useful information, it is still little explored in
commercial equipment and applications. Objective: This work aims to present the main battery
testing techniques and evaluate the applicability of certain artificial intelligence algorithms for an
efficient evaluation of the data obtained in the tests, and consequently the correct prediction of the
useful life of these components. Methodology: This work was done in 2 steps. The first is the
analysis of the main electrical variables used for battery evaluation and testing. In the second
stage, some artificial intelligence algorithms and their possible application in the prediction of
battery life were analyzed , so that the methodology can be applied regardless of the type of battery
used . Results: Based on the data survey, it was possible to identify the most suitable artificial
intelligence algorithms for processing the information obtained from the test variables and,
consequently, a correct battery life forecast. Conclusion: Although there is a wide variety of
computational intelligence algorithms, only a portion is adequate for the processing of temporal
data and the correct analysis of battery life.
737
XXIII ENMC e XI ECTM
28 a 30 de Outubro de 2020
Universidade Federal do Tocantins – Palmas - TO
Abstract. Este trabalho propõe uma abordagem numérica pelo método implı́cito de direções
alternadas (ADI) para o problema de convecção natural. Esse problema é governado pelas
equações de Navier-Stokes incluindo os efeitos da temperatura pela relação de Boussinesq. O
problema em questão é reescrito em termos da função corrente e da vorticidade e é incluı́do
termos temporais às equações com o intuito de gerar um problema pseudo transiente. As
equações resultantes são discretizadas pelo método ADI dando origem a uma aproximação de
segunda ordem no tempo e no espaço. A aproximação em regime estacionário é obtida através
de um processo iterativo que tem como estratégia de convergência o uso de resı́duos associados
às equações do problema modelo. Simulações numéricas são realizadas empregando a
metodologia proposta na resolução do problema da cavidade quadrada variando certas
propriedades do modelo. Os resultados numéricos obtidos são comparados com benchmarks
da literatura onde é possı́vel validar a metodologia proposta.
1. INTRODUÇÃO
Anais do XXIII ENMC – Encontro Nacional de Modelagem Computacional e XI ECTM – Encontro de Ciências e Tecnologia de Materiais,
Palmas, TO – 28 a 30 Outubro 2020
738
XXIII ENMC e XI ECTM
28 a 30 de Outubro de 2020
Universidade Federal do Tocantins – Palmas - TO
O problema em questão foi tratado por Vahl Davis (1983), que o resolveu usando um método
de falso transiente em Mallinson & Vahl Davis (1973) e desenvolveu uma série de resultados
que são usados até hoje como benchmark para esse problema. Posteriormente, um método de
quadratura diferencial (DQ Method) foi utilizado por Lo et al (2007) para resolver também o
problema de convecção natural. Outras abordagens são utilizadas por Türk (2014), que se vale
do método de elementos finitos (FEM) e do Chebyshev spectral collocation method (CSCM)
para encontrar soluções em cavidades quadradas.
O propósito do presente trabalho é estender o trabalho desenvolvido por Erturk et al (2005),
através da inclusão da temperatura e da conservação de energia para descrever o problema de
convecção natural. No trabalho proposto por Erturk et al (2005) é empregado o método implı́cito
de direção alternada (ADI) para aproximar as equações de Navier-Stokes escritas em termos da
função corrente e vorticidade e simular o problema da cavidade (lid-driven cavity flow). Nesse
contexto, incluı́mos os efeitos da temperatura nesse sistema através da relação de Boussinesq
para simular o problema da convecção natural em uma cavidade quadrada.
Assim, para discretizar as equações empregamos o método implı́cito de direções alternadas
(Alternating Direction Implicit – ADI) desenvolvido por Peaceman (1954). O método ADI
apresenta um menor custo computacional, devido ao seu stencil gerar matrizes tridiagonais,
mesmo em problemas em 2 ou 3 dimensões, e também ao fato de ser incondicionalmente
estável (por Von Neumann (Thomas, 2013), não restringindo as escolhas do passo temporal
ao espacial, além de apresentar convergência quadrática no espaço e no tempo. Dessa forma,
propomos uma discretização de segunda ordem pelo método ADI utilizando uma estratégia
pseudo transiente que tem sua convergência para o regime estacionário controlado por resı́duos
discretos associados às equações do modelo. Os resultados numéricos obtidos pela metodologia
proposta são validados a partir da comparação com benchmarks extraı́dos da literatura.
2. PROBLEMA MODELO
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3. ABORDAGEM NUMÉRICA
Neste trabalho vamos propor uma técnica de resolução numérica para o sistema (6) baseada
em uma extensão dos resultados apresentados por Erturk et al (2005), que empregou uma
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Para introduzir a discretização do modelo (6) pelo método ADI, definimos o domı́nio
espacial Ω = [ax , bx ] × [ay , by ] particionado nas direções horizontal e vertical em partes iguais
δx = (bx − ax )/(I − 1) e δy = (by − ay )/(J − 1), respectivamente, dando origem a uma
malha com I elementos na direção x e J elementos na direção y, que podem ser localizados
respectivamente por xi = ax + iδx, i = 0, 1, 2, ..., I, e yj = ay + jδy, j = 0, 1, 2, ..., J. Além
disso, definimos tn = nδt, com n = 0, 1, 2, ..., onde δt denota o passo temporal.
Discretizações por diferença central são empregadas para aproximar os operadores
laplaciano e gradiente que são, em ambos os casos, aproximações de segunda ordem. Essa
escolha visa manter a convergência de segunda ordem no tempo e no espaço. Neste contexto,
empregando o esquema ADI no sistema (6), pode ser escrito como
função corrente
n+1/2 n n+1/2 n+1/2 n+1/2 n n n
1 ψi,j − ψi,j ψi+1,j − 2ψi,j + ψi−1,j n
ψi,j+1 − 2ψi,j + ψi,j−1
− = ωi,j +
αψ δt/2 δx2 δy 2
n+1/2 n+1/2 n+1 n+1 n+1 n+1/2 n+1/2 n+1/2
1 ψi,j − ψi,j ψi,j+1 − 2ψi,j + ψi,j−1 n
ψi+1,j − 2ψi,j + ψi−1,j
− 2
= ωi,j +
αψ δt/2 δy δx2
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temperatura
n+1/2 n n+1 n+1 n+1/2 n+1/2 n+1/2 n+1/2 n+1/2
1 Ti,j − Ti,j (ψi,j+1 − ψi,j−1 )(Ti+1,j − Ti−1,j ) (Ti+1,j − 2Ti,j + Ti−1,j )
+ −
αT δt/2 4δxδy δx2
n+1 n+1 n n n n n
(ψi+1,j − ψi−1,j )(Ti,j+1 − Ti,j−1 ) (Ti,j+1 − 2Ti,j + Ti,j−1 )
= + 2
4δyδx δy
n+1 n+1/2 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1
1 Ti,j − Ti,j (ψi+1,j − ψi−1,j )(Ti,j+1 − Ti,j−1 ) (Ti,j+1 − 2Ti,j + Ti,j−1 )
− − 2
αT δt/2 4δxδy δy
n+1 n+1 n+1/2 n+1/2 n+1/2 n+1/2 n+1/2
(ψi,j+1 − ψi,j−1 )(Ti+1,j − Ti−1,j ) (Ti+1,j − 2Ti,j + Ti−1,j )
=− +
4δyδx δx2
vorticidade
n+1/2 n n+1 n+1 n+1/2 n+1/2 n+1/2 n+1/2 n+1/2
1 ωi,j − ωi,j (ψi,j+1 − ψi,j−1 )(ωi+1,j − ωi−1,j ) (ωi+1,j − 2ωi,j + ωi−1,j )
+ − Pr 2
αω δt/2 4δyδx δx
n+1 n+1 n n n n n n+1 n+1
(ψi+1,j − ψi−1,j )(ωi,j+1 − ωi,j−1 ) (ωi,j+1 − 2ωi,j + ωi,j−1 ) Ti+1,j − Ti−1,j
= + Pr + RaP r
4δxδy δy 2 2δx
n+1 n+1/2 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1
1 ωi,j − ωi,j (ψi+1,j − ψi−1,j )(ωi,j+1 − ωi,j−1 ) (ωi,j+1 − 2ωi,j + ωi,j−1 )
− − Pr
αω δt/2 4δxδy δy 2
n+1 n+1 n+1/2 n+1/2 n+1/2 n+1/2 n+1/2 n+1 n+1
(ψi,j+1 − ψi,j−1 )(ωi+1,j − ωi−1,j ) (ωi+1,j − 2ωi,j + ωi−1,j ) Ti+1,j − Ti−1,j
=− + Pr + RaP r
4δyδx δx2 2δx
Por simplicidade, adotamos neste trabalho um espaçamento fixo e de mesma dimensão h
entre dois nós consecutivos da malha nas direções x e y, ou seja, h = δx = δy. Além disso,
definimos os seguintes coeficientes que são usados para simplificar a apresentação do problema
discreto
n+1 n+1
δt 1 n+1 n+1 1 n+1 n+1
Ti+1,j − Ti−1,j
σ = 2; ρx = (ψi+1,j −ψi−1,j ); ρy = (ψi,j+1 −ψi,j−1 ); Θx = . (8)
2h 4 4 2δx
A partir das definições Eq. (8), podemos reescrever as discretizações para a função corrente,
temperatura e vorticidade como segue
função corrente
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vorticidade
n+1/2 n+1/2 n+1/2
n
(1/αω + 2P rσ)ωi,j + σ(ρy − P r)ωi+1,j − σ(ρy + P r)ωi−1,j = σ(ρx + P r)ωi,j+1
n n
(13)
+ (1/αω − 2P rσ)ωi,j + σ(P r − ρx )ωi,j−1 + RaP rΘx
n+1 n+1 n+1 n+1/2
(1/αω + 2P rσ)ωi,j − σ(ρx + P r)ωi,j+1 + σ(ρx − P r)ωi,j−1 = σ(P r − ρy )ωi+1,j
n+1/2 n+1/2
(14)
+ (1/αω − 2P rσ)ωi,j + σ(P r + ρy )ωi−1,j + RaP rΘx
As discretizações apresentadas nas Eqs. (9)–(14) definem o problema aproximado para cada
uma das 3 equações, que são acopladas, para resolução do problema de convecção natural. A
estratégia de resolução empregada neste trabalho para este problema consiste em:
0 0 0
Dadas as condições iniciais ωi,j , ψi,j , Ti,j , para cada iteração no tempo em que o critério de
parada relacionado aos resı́duos Eqs. (15), (16) e (17) não é satisfeito, repete-se, na seguinte
ordem, os passos:
n n+1/2
• Dado ωi,j , encontrar ψi,j pela Eq. (9);
n n+1/2 n+1
• Dados ωi,j e ψi,j , encontrar ψi,j pela Eq. (10);
n n+1 n+1/2
• Dados Ti,j e ψi,j , encontrar Ti,j pela Eq. (11);
n+1 n+1/2 n+1
• Dados ψi,j e Ti,j , encontrar Ti,j pela Eq. (12);
n n+1 n+1 n+1/2
• Dados ωi,j , ψi,j e Ti,j , encontrar ωi,j pela Eq. (13);
n+1/2 n+1 n+1 n+1
• Dados ωi,j , ψi,j e Ti,j , encontrar ωi,j pela Eq. (14);
• Calculam-se os resı́duos de corrente, temperatura e vorticidade e repete-se o processo
caso não sejam atendidos os critérios de parada.
Os resı́duos relacionados às equações da função corrente Rψ , temperatura RT e vorticidade
Rω são dados por
n+1 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1
ψi+1,j − 2ψi,j + ψi−1,j ψi,j+1 − 2ψi,j + ψi,j−1 n+1
Rψ = + + ωi,j , (15)
h2 h2
n+1 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1
(ψi,j+1 − ψi,j−1 )(Ti+1,j − Ti−1,j ) (ψi+1,j − ψi−1,j )(Ti,j+1 − Ti,j−1 )
RT = − +
4h2 4h2 (16)
n+1 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1
Ti+1,j − 2Ti,j + Ti−1,j Ti,j+1 − 2Ti,j + Ti,j−1
+ + ,
h2 h2
n+1 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1
1 (ψi,j+1 − ψi,j−1 )(ωi+1,j − ωi−1,j ) 1 (ψi+1,j − ψi−1,j )(ωi,j+1 − ωi,j−1 )
Rω = − +
Ra 4h2 Ra ! 4h
2
n+1 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1 n+1 (17)
P r ωi+1,j − 2ωi,j + ωi−1,j ωi,j+1 − 2ωi,j + ωi,j−1 Ti+1,j − Ti−1,j
+ + + Pr .
Ra h2 h2 2h
A magnitude desses resı́duos indicam o quão próximo a solução aproximada está do regime
estacionário. No limite, esses resı́duos seriam zero. Em nossos cálculos, para todos os
números de Rayleigh adotados nas simulações, consideramos que a convergência foi alcançada
quando para cada Equação (15), (16) e (17) o máximo valor absoluto do resı́duo no domı́nio
computacional max(|Rψ |), max(|RT |) e max(|Rω |) for menor que 10−6 .
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4. RESULTADOS NUMÉRICOS
Ra αψ αT αω
103 1 1 1
104 1 1 1
105 0.1 0.5 0.5
106 0.1 0.5 0.01
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1
10
0.1
0.9
0.2
-0.2
0.8
0.3
0.7
0.4
0.6
0
0.5
-0.3 0
2
-0. -0.4
10
0.8 0.8 -10 0.8
20
-0.5
20
0.6 -0.
10
-0.8 -20
-0 .6
0
0.7 - 7 0.7 0.7
-0
.5
-0.3
-0.9
0
0
-0.4
7
30
-0.
-1
-10
40
50
-1.1
-0.1
-10
-0.2
-0.4
Y
Y
0.5 0.5 0.5
-0.1
-20
50
40
-3
0
-30
-0.8
-1
30
0.6
0.5
0.7
9
0.4
-0. 0.8
0.8
0.3
-0.2
0.9
0.2
1
0.1
-0.9 - -20
0
-0
-0.6
-0.7 -0.6 -0.5
20
20
10
-0.3 -0.4 0
0
-0.2
0
Figure 2- Solução aproximada da função corrente (esquerda), vorticidade (centro) e temperatura (direita)
para uma cavidade quadrada adotando Ra = 103 .
Função Corrente Pr=0.7Ra =10000 Vorticidade Pr=0.7Ra =10000 Temperatura Pr=0.7Ra =10000
1 0 0 1 200 150 0 1
150 10 50
-0.5 100 0
0.3
0.7
0.9 0.9 50 0.9
1
0.6
0.4
0.1
-0.5
0.5
-1
0.9
0.8
0
-1.5
0.2
0
50 00
150
-2
0.8 0.8 0.8
100
-1
-2.5 -2. -5
0
5 -50
-3.5 -3
50
-0.5
0.7
-2
-3 -4 -100
0
0
-1.5
-1
0.6
400350
-50
2025
-10
5
0 0
-4.
-5
300
0.8
300
Y
350400
2520
-4.5
0 0
0
-10
-4 -1 3
0.
0.9
0.5
-4
0.6
1
4
0.
0.1
-2
0
2
.5
0.
-3.5 -3 .5
0.7
-3
-1
-50
-2
100
10
-2 0.3
150
-1.5 -2 -1.5 .5
50
-1 -0 0
0
-1
0
Figure 3- Solução aproximada da função corrente (esquerda), vorticidade (centro) e temperatura (direita)
para uma cavidade quadrada adotando Ra = 104 .
Função Corrente Pr=0.7Ra =100000 Vorticidade Pr=0.7Ra =100000 Temperatura Pr=0.7Ra =100000
1 0 0 1 500 1
-1 500 300
0.3
0.7
300
0.5
0.6
0.4
-2 -1 9 0.8
0.
0.2
0.1
-2
0
-3 00
305000
-4
-500
-2 0 8
-3
300
-4
-5-4
-50
-6 0.7
0.7 0.7 0.7
0
0.7
-7
-1
0
-8
0.6
-200
-5
00
-2
-8
-2
0
2000
-6
0.5
2000
-9
Y
0.5
0.4 0.4 0.4 0.4
0.8 0.9
-500
0.3
4
-7
-8
0.
-9
-8
0.2
-9
1
-500-200
0.1
0
0.3
-3
500
-6
-7
-5 -7
0
-2
503000
-4 -6
-20
-5 0
0.7
-5
0
0.3
-3 -4
0
-20
0
-1
0 500
0 0 0 0 500300 0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
X X X
Figure 4- Solução aproximada da função corrente (esquerda), vorticidade (centro) e temperatura (direita)
para uma cavidade quadrada adotando Ra = 105 .
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Função Corrente Pr=0.7Ra =1000000 Vorticidade Pr=0.7Ra =1000000 Temperatura Pr=0.7Ra =1000000
1 0 0 1 1
2000
-4 -2 -2 -500 500 9
-8-6 -70
0 500 300 0. 0.8
0.2
0.9 0.9 0.9
1
-4
0.5
0.4
300
0.6
-10500
0.3
0
0.7
0.1
00
-700-2000
0
-6 0
2000
0
-10
-8 0.7 0.8
30
0.8
0
-1000 00
0.8 -10 0.8 0.8
-500
-1000
2000
-12
-20
-2
-10
-12
-14 -12
00
0
-500
000
-14
0500
0.7
-6-8
0.7 -14 0.7 0.7
00
0
-7-50
-7
-4
-1
300
-4
-2
0.6 -16 -16 0.6 0.6 0.6 0.6
-16
-2000
0
-2000
0
-8 -6
0.5
Y
Y
0.5 0.5 0.5 0.5
-500
500 -700
0.4 0.4 0.4
1 0.9
-16 0.4
0.60.7
0.2
0.4
0-1000
0.4
0.3
0.5
0.1
-10-700 -2000
0
-14
2000
0.3
-16
300
0
0
-1 6
-1000-2000
-12
0.8
-1
-12
00
-8 -1-142
-500
-500
-1
-10 -7010000
2000
-4 -6 0
-2
-500 0
4
0
-8 - 0.2
3000500
0
-6 300 0.2
0 -7
0.1 -4 -6 -8 0.1 0.1
-4 500
-2 -2 0 500
-2 30 2000
0 0 0 0 0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
X X X
Figure 5- Solução aproximada da função corrente (esquerda), vorticidade (centro) e temperatura (direita)
para uma cavidade quadrada adotando Ra = 106 .
5. CONCLUSÕES
Nesse trabalho foi desenvolvida uma metodologia numérica para resolver o problema de
convecção natural em uma cavidade quadrada. Essa abordagem buscou estender o trabalho
de Erturk et al (2005), desenvolvido para as equações de Navier-Stokes, para o problema
de Boussinesq. Neste contexto, utilizando uma estratégia pseudo temporal, foi empregado o
método implı́cito de direções alternadas ADI, devido ao seu baixo custo computacional, para
resolver este problema. As simulações computacionais demonstraram grande proximidade
com um benchmark da literatura, apresentando erros menores do que 1%, que validam a
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Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Calor e de Massa” 6o ed., Rio de Janeiro: LTC.
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Lo, D. C., Young, D. L., e Tsai, C. C. (2007), “ High resolution of 2D natural convection in a cavity by
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Peaceman, D. W. e Rachford Jr, H. H. (1955), “The numerical solution of parabolic and elliptic
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non-uniformly heated wall (s)”, International Journal of Engineering Science, vol. 43(8-9), 668-680.
Thomas, J. W. (2013),“Numerical partial differential equations: finite difference methods”, vol. 22,
Springer Science & Business Media.
Türk, Ö. (2014), “FEM solutions of magnetohydrodynamic and biomagnetic fluid flows in channels”,
Tese de Doutorado, Department of Scientific Computing, Middle East Technical University.
Abstract. This paper proposes a numerical approach by the Alternating Direction Implicit
(ADI) for the natural convection flow problem. This problem’s governing equations are the
Navier-Stokes equations, including the buoyancy forces based on the Boussinesq relation. This
problem has been rewritten in terms of the stream function and the vorticity and is included
temporal terms to these equations in order to generate a pseudo-transient problem. The
resulting equations are discretized by the ADI method generating a second-order approximation
in time and space. The steady approximation is obtained by an iterative process that has,
as a convergency strategy, the usage of residual elements associated with the model problem
equations. Numerical simulations are performed using the proposed methodology to solve
the square cavity flow problem, varying specific model’s properties. The results obtained
are compared with the literature’s benchmarks, where it is possible to validate the proposed
methodology.
Keywords: ADI method, Natural convection, Cavity flow problem, Navier-Stokes equations,
Boussinesq problem.
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Resumo. No Brasil há um elevado consumo de água de coco, gerando assim uma grande
quantidade de fibras de coco. As fibras naturais, por estarem expostas ao meio ambiente,
podem sofres diversos tipos de degradação. Um tipo de degradação é a fotoquímica
provocada pela radiação ultravioleta (UV), gerando mudanças em sua estrutura química e
morfológicas. O presente trabalho tem como objetivo avaliar as mudanças ocasionadas na
superficie da fibra de coco quando exposto à radiação ultravioleta (UV) por 50 horas, sendo
avaliadas através das análises de índice de absorção de água, microscopia eletrônica de
varredura (MEV) e Rugosidade. Com base nos resultados obtidos conclui-se que à radiação
UV provoca mudanças químicas e superficiais nas fibras de coco, tornando-as mais
hidrofóbicas e rugosas.
1. INTRODUÇÃO
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e fúngica, o coco pode levar mais de oito anos para se decompor no meio ambiente (Sátiro,
2002; Silva, 2015). Na Fig. 1 é apresentado a estrutura de um coco verde.
Do mesocarpo do coco são retiradas suas fibras por meio da maceração, que é realizada
nas fibras de coco verde, ou desfibramento mecânico, sendo mais utilizado em coco seco. As
fibras de coco podem ser utilizadas em diversas aplicabilidades entre elas como pastilhas,
canecas, vasos, isolantes acústicos entre outros. Outra forma de sua utilização é através de
reforço em materiais compósitos (Ramírez et al, 2011; Souza et al. 2015).
De acordo com a sua origem, as fibras são classificadas em dois grandes grupos podendo
ser do tipo sintéticas ou naturais. As fibras sintéticas são produzidas pelo homem que utiliza
como matéria-prima produtos químicos e são aplicadas como materiais de engenharia, já que,
possuem elevadas propriedades mecânicas e químicas como a resistência a abrasão e dureza.
Dentre as fibras sintéticas pode-se destacar, como uma das mais produzidas, a de aramida
muito utilizada na produção de coletes a prova de bala (Jacob et al. 2008; Souza et al. 2015).
As fibras naturais são oriundas da natureza e ainda podem ser classificadas segundo a sua
origem podendo ser do tipo vegetal, animal ou mineral. As fibras naturais de origem vegetal,
também são chamadas de fibras naturais lignocelulósicas (FNL) e podem ser classificadas de
acordo com sua retirada. Logo, as fibras de coco são classificadas como fibras naturais
vegetais oriundos do fruto (Jacob et al. 2008).
As fibras naturais vegetais também são usualmente chamadas de lignocelulósicas devido
sua composição química, pois têm como os principais componentes a celulose, hemicelulose e
lignina. Além destes componentes são encontrados compostos como pectinas e graxas (Yang
et al. 2008).
A celulose possui uma estrutura semicristalina composta apenas por monômero de
glicose e ligações de hidrogênio, proporcionar a resistência e flexibilidade na fibra. A lignina
é caracteristicamente hidrofóbica, possuindo uma estrutura trimendisional amorfa e
poliolifinica complexa com bastante ramificada, tem como função conferir a rigidez na fibra.
A hemicelulose é composta por diferentes monossacarídeos, sendo hidrofílica e ramificada, e
uni a celulose e a lignina. A fibra de coco destaca-se por possuir um elevado percentual de
lignina o que proporciona uma maior rigidez e resistência (Araújo et al., 2008; Wearn et al.,
2020).
Na Fig. 2 é representa a organização mais comum das paredes estruturais de uma fibra
lignocelulósicas (FNL).
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Cada FNL possui uma estrutura de camadas complexas. Esta estrutura é formada por três
paredes mais o lúmen. A parede primária é a mais fina é a parede mais externa da FNL, logo
apresenta algumas substâncias, tais como graxas e pectininas, além de envolver a parede
secundária, sendo dividida em S1 e S2. A parede secundária S2 é a camada mais espessa,
podendo constituir até 90% de uma fibra, nela apresenta-se o ângulo microfibrilar (ângulo
espiral), sendo um dos fatores que determina as propriedades mecânicas da fibra. E por último
a parede terciária que é a camada mais interna da FNL e envolve o lúmen (Agarwal et al.,
2000; Nicolau et al., 2019; Wearn et al., 2020).
As fibras por estarem no meio ambiente, estão sujeitas a diversos tipos de intemperismo,
como a radiação ultravioleta (UV). A energia que é liberara pela radiação UV, pode ser
considera baixa quando comparada com a energia da radiação gama. O material ao ser
exposto a radiação UV tende a absorver a energia da radiação gama que é libera, o que pode
provocar reações químicas em estrutura molecular, pois ocasiona cisões em suas cadeias
geradas pela fotodegradação (Silva et al., 2018; Nicolau et al., 2019).
A fotodegradação gerada pela radiação UV pode produzir mudanças microestruturais e
superficiais nas fibras, pois induz a desfibrilação e escamação das microfibrilas superficiais e
formação de novos grupos funcionais devido o processo fotoquímico (Nicolau et al., 2019).
O presente trabalho tem como objetivo avaliar as mudanças ocasionadas na superficie da
fibra de coco verde quando exposto à radiação ultravioleta (UV) por 50 horas. Sendo
avaliadas através das análises de índice de absorção de água, microscopia eletrônica de
varredura (MEV) e Rugosidade.
Para realizar o seguinte trabalho, foram utilizadas fibras de coco verde doadas
gentilmente pela empresa Coco Verde localizada na cidade do Rio de Janeiro.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
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índice de absorção de água (A), em porcentagem (%), sendo 𝑚𝑢 a massa úmida da amostra
para cada tempo de pesagem e 𝑚𝑠 a massa inicial seca da amostra.
𝑚𝑢 − 𝑚𝑠 (1)
𝐴= 𝑥 100
𝑚𝑠
Para esse ensaio foram separadas 3 amostras de 0,100 g de cada tipologia (in natura e 50
UV), sem seguida foram secas em uma estufa modelo SL-100, a 100°C por 3 horas. Após a
secagem, as fibras foram imersas em água destilada, em temperatura ambiente, por 24 horas.
Dentro dessas 24 horas, foram realizadas 6 pesagens em determinados períodos de tempos,
retirando sempre o excesso de água de cada amostra.
Os efeitos da radiação ultravioleta na superficie da fibra de coco foram avaliados através
da análise por MEV no Microscópio Eletrônico de Varredura, de modelo Quanta Feg 250. E
pela análise de rugosidade no Rugosimetro 3D New View 7100 Profiler de superficie 3D
Optical, com máscara para delimitar o local analisado.
A influência da radiação UV na resistência mecânica à tração das fibras, foi obtida
através do ensaio de tração realizado em uma máquina universal da Istron – EMIC linha DL,
do Laboratório de ensaios mecânicos do IME, utilizando a norma ASTM D638, com
velocidade de 1,2 mm/min e célula de carga de 1kN.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
110
In natura
105
50 UV
100
Indice de absorçao de agua (%)
95
90
85
80
75
70
65
60
55
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Tempo (min)
Os resultados indicam que a fibra de coco após a radiação UV tende a absorver teores
menores de água quando comparada com a in natura. Logo, indicam que ocorreu uma
mudança na estrutura química das fibras favorecendo um comportamento mais hidrofóbico.
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Vale ressaltar que o ensaio foi realizado em triplicada, como descrito na metodologia, porém
o o desvio padrão foi tão insignificante que a barra de erros ficou imperceptível no gráfico.
A radiação possivelmente causou um processo de degradação e envelhecimento em uma
profundidade de penetração limitada, já que, é uma radiação de baixa energia, quando
comparada a radiação gama e por raios-X (Silva et al., 2018; Nicolau et al., 2019).
A hidrofobicidade de uma fibra é um parâmetro importante quando deseja-se utiliza-la
como carga de reforço, uma vez que esse comportamento tende a colaborar para uma melhor
compatibilidade química entre a interface matriz/fibra, já que, matrizes poliméricas são
hidrofóbicas, influenciando assim diretamente o desempenho mecânico do compósito, como
mostrado nos trabalhos de Di Benedetto et al. (2015), Miranda et al. (2015) e Almeida et al.
(2006). Nas Fig. 4 e Fig. 5 são apresentados as fotomicrografias da fibra de coco antes e pós o
processo de irradiação, respectivamente.
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.
Figura 6 - Fotomicrografia da fibra de coco in natural.
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4. CONCLUSÕES
Os dados obtidos pelo ensaio de absorção de água sugerem que após a irradiação as fibras
de coco apresentam uma característica mais hidrofóbica, possivelmente pela fotodegradação
ocasionada. Já os resultados de MEV e rugosidade mostram visivelmente como a irradiação
prova rugosidade na superficie da fibra de coco. Logo, todos os indicam que a radiação UV de
fato prova alterações morfológicas e químicas na fibra de coco, após 50 horas de exposição.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
Agarwal, B.D. et al (2000). “Analysis and Performance of Fiber Composites”, Nova York:
John Wiley & Sons; 2000.
Almeida, J. R. M. et al. (2006). Tensile mechanical properties, morphological aspects and
chemical characterization of piassava (Attalea funifera) fibers.”, Composites: Part A, 37,
1473–1479.
Araújo, J. R, et al, (2008). Thermal properties of high density polyethylene composites with
natural fibres: Coupling agent effect. Polymer Degradation and Stability, 93 (10), 1770-
1775.
Di Benedetto et al. (2015). “Influência da Radiação Ultravioleta nas propriedades físico-
químicas e mecânicas de fibras de Bananeira: Um método alternativo de tratamento
fotoquímico”. Universidade Federal de Itajubá, Itajubá: Dissertação (Mestrado em
Materiais para Engenharia).
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016). “Levantamento sistemático da produção agrícola”,
Rio de Janeiro, v.29, pp. 1-113, 2016.
Jacob, M., et al. (2008). Biofibres and Biocomposites. Carbohydrate Polymer, 71, 343-364.
Miranda, C. S. et al. (2015). Efeito dos tratamentos superficiais nas propriedades do bagaço
da fibra de piaçava attalea funifera martius. Química Nova, 38 (38), 161-165.
Nicolau, G. et al (2019). “A influência do processo de mercerização nas fibras de coco”. 74º
Congresso Anual da ABM. Vol.74, 1386-1394.
Nicolau, G. et al. (2019). “A influência da radiação ultravioleta (UV) nas propriedades
mecânicas do polimetilmetacrilato (PMMA)”. X Encontro Técnico de Materiais e
Química.
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APÊNDICE A
Abstract. In Brazil there is a high consumption of coconut water, thus generating a large
amount of coconut fibers. Because natural fibers are exposed to the environment, they can
suffer different types of degradation. One type of degradation is photochemistry caused by
ultraviolet (UV) radiation, generating changes in its chemical and morphological structure.
The present work aims to evaluate the changes caused on the surface of coconut fiber when
exposed to ultraviolet (UV) radiation for 50 hours, being evaluated through the analysis of
water absorption index, scanning electron microscopy (SEM) and roughness. Based on the
results obtained, it is concluded that UV radiation causes chemical and superficial changes in
coconut fibers, making them more hydrophobic and rough.
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Resumo. Aços estruturais suscetíveis à corrosão sob tensão podem ter sua resistência
avaliada com amostras produzidas segundo a norma ASTM G30-2016. O dobramento
previsto impõe altas deformações, conformando uma placa em formato U. Após este
processo, o corpo de prova recupera a deformação elástica. Esta recuperação é analisada
pela distância de abertura e pelas tensões. As tensões residuais podem ter origem do fluxo
plástico não uniforme ou da restrição à deformação. Além disto, atrito pode alterar o estado
de tensão, mas é pouco explorado na literatura para este tipo de ensaio. Este refere-se ao
contato metal-metal não-lubrificado entre a ferramenta e o aço. Além do dobramento, a
norma determina o aparafusamento para manter as tensões trativas na região convexa e
aumentar a suscetibilidade à corrosão sob tensão. O estudo foi realizado em modelagem
computacional, utilizando Ansys Mechanical. Observou-se que o aumento do coeficiente de
atrito provoca o impedimento do deslizamento do corpo de prova na ferramenta, o que
proporciona tensões mais concentradas na região central. Além disso, a recuperação elástica
aumentou com coeficientes de atrito maiores, as tensões trativas se localizam na região
convexa e o atrito não altera de modo significativo o valor das tensões ao final do
dobramento.
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1. INTRODUÇÃO
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propagação das trincas induzidas pelo ambiente. Assim, com base na norma ASTM G30-
2016, o estudo consiste em modelar o sistema de grandes deformações plásticas do aço API
5L X70 e comparar o carregamento da amostra ao dobramento e à aplicação do parafuso.
Com essa modelagem foi possível estudar as tensões, deformações, recuperação elástica e
tensões residuais em cada estado de tensão, além da influência do coeficiente de atrito nos
vários parâmetros.
2. METODOLOGIA
2.1 Aço
O aço API 5L X70 foi escolhido devido à grande utilização no setor de óleo e gás. As
propriedades utilizadas são as tensões e deformações provenientes da curva tensão vs
deformação (Figura 1), limite de escoamento de 496 MPa, módulo de elasticidade de
219,67 GPa e coeficiente de Poisson 0,29.
Figura 1 – Curva tensão vs deformação do aço API 5L X70. Modificado de (KOFIANI et al.,
2013). A interseção na curva indica a tensão máxima atingida durante o dobramento para
(677 MPa).
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Para o deslocamento foram introduzidos dois nós próximos à superfície do rolo para que
fosse aplicada a rotação de forma semelhante ao realizado pela ferramenta. Estes nós foram
ligados à ferramenta por elementos de viga, e apenas efetuam a ligação entre os elementos,
sem restrição. Além disto, condições de engaste para os nós pertencentes às áreas transversais
do rolo e aos nós da base da ferramenta fixa foram aplicadas (Figura 5).
Para modelagem do parafuso, inicialmente foi preciso exportar as coordenadas dos nós do
modelo de dobramento, após a recuperação elástica. Além disto, as respostas de tensões e
deformações também são consideradas na simulação. Após a importação, foi realizado um
estudo para entender o funcionamento do parafuso de forma mecânica, para que pudesse ser
feita a aplicação. A norma ASTM G30-97 (2016) mostra a geometria final do corpo de prova
(Figura 6) cujos centros dos furos foram ligados por um elemento MPC184. Este compreende
uma classe geral de elementos de ligação, elementos de restrição ou elementos de junta. Para
representar o comportamento do parafuso, foi utilizado junta translacional, permitindo esse
deslocamento apenas no eixo da aplicação da carga.
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2.6 Pós-processamento
3. RESULTADOS
O espécime foi submetido ao dobramento pela ação da ferramenta e a sequência pode ser
dividida em três fases. A primeira delas refere-se à fase final de dobramento a 180o. Logo
após o dobramento, inicia-se o processo de recuperação elástica, ou fase 2. Por fim, a fase 3
pode ser descrita como a etapa final de aperto com o parafuso (Figura 7).
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Figura 8 – Distribuição das tensões S1S3 para o caso com coeficiente de atrito 0 (a) e 1,0
(b) no final da fase 2.
Para as duas superfícies, a média das tensões tem uma queda de acordo com o aumento
dos coeficientes de atrito, tanto na côncava quanto para convexa. As tensões dentro da área
retangular escolhida (Figura 8) têm resultados mais baixos com atrito. Provavelmente a
restrição à deformação causa mais deformação plástica nas camadas mais superficiais e
menos no volume da amostra metálica. Isto pode ser explicado devido ao deslizamento, pois
sem atrito, o espécime apresenta tensões mais distribuídas por toda região escolhida, enquanto
ao modelo com atrito, devido ao não deslizamento, suas tensões estão concentradas apenas no
centro da área retangular, proporcionando uma média menor. Além disso, o efeito do atrito
pôde ser avaliado também para a abertura do corpo de prova.
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A abertura do corpo de prova, após a recuperação elástica, tende a ter valores maiores
quando se utiliza coeficiente de atritos maiores (Figura 10). Este comportamento pode ser
caracterizado pela queda das tensões médias, representados pela Figura 9, ou seja, quanto
maiores as tensões, mais deformação plástica, menos recuperação elástica e menor a abertura.
Provavelmente o agarramento entre a peça e a ferramenta persiste com a recuperação elástica;
assim, maior atrito maior a recuperação pois parte dele ocorre devido à restrição de
deslizamento chapa-ferramenta.
Com a aplicação do parafuso (fase 3), percebe-se que as tensões trativas concentram-se
na região convexa, e na região côncava temos compressão (Figura 11). A alta tensão trativa
favorece a nucleação e a propagação da trinca de corrosão sob tensão. Alguns aços
inoxidáveis, como o austenítico podem apresentar fluência em baixa temperatura e isto
favorecer o rompimento do filme passivo e permitir a nucleação da trinca.
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4. CONCLUSÕES
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mostrou que o atrito não altera significativamente a tensão final da amostra, embora a
distribuição das tensões e a abertura intermediária seja afetada pelo atrito.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
ASTM G30-97(2016), Standard Practice for Making and Using U-Bend Stress-Corrosion Test Specimens, ASTM
International, West Conshohocken, PA, 2016.
BERTI, F.; LA BARBERA, L.; PIOVESAN, A.; ALLEGRETTI, D., OTTARDI, C.; VILLA, T., and PENNATI, G.
Residual stresses in titanium spinal rods: effects of two contouring methods and material plastic
properties. Journal of Biomechanical Engineering, v. 140, n. 11, 2018.
CAO, J.; LI, F.; MA, X.; and SUN, Z. Tensile stress–strain behavior of metallic alloys. Transactions of
Nonferrous Metals Society of China, v. 27, n. 11, p. 2443-2453, 2017.
JASKE, C.; BROEK, D.; SLATER, J.; and ANDERSON, W. Corrosion fatigue of structural steels in seawater
and for offshore applications. In: Corrosion-Fatigue Technology. ASTM International, p.19-47, 1978.
KOFIANI, K.; NONN, A.,and WIERZBICKI, T. New calibration method for high and low triaxiality and
validation on SENT specimens of API X70. International Journal of Pressure Vessels and Piping, v. 111, p.
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LIM, S. C.; ASHBY, M. F.; and BRUNTON, J. H. The effects of sliding conditions on the dry friction of metals.
ActaMetallurgica, v. 37, n. 3, p. 767-772, 1989.
LINK, R. E.; JOYCE, J. A.; ROE, C. Crack arrest testing of high strength structural steels for naval
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MOHTADI-BONAB, M. A., SZPUNAR, J. A., BASU, R., and ESKANDARI, M. The mechanism of failure by
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Hydrogen Energy, v. 40, n. 2, p. 1096-1107, 2015.
WITHERS, P. J. Residual stress and its role in failure. Reports on Progress in Physics, v. 70, n. 12, p. 2211,
2007.
Abstract. Steels appear susceptible to corrosion under stress and their strength can be
assessed with those produced according to the ASTM G30-2016 standard. The predicted
bending imposes high deformations, forming a U-shaped plate. After this process, the
specimen recovers the elastic deformation. This recovery is analyzed by the opening distance
and the stresses. As residual stresses, they may be due to the non-uniform plastic flow or the
restriction to deformation. In addition, friction can alter the state of tension, but it is little
explored in the literature for this type of test. This refers to the non-lubricated metal-to-metal
contact between the tool and the steel. In addition to bending, a standard determines bolting
to maintain tensile stresses in the convex region and increase susceptibility to stress
corrosion. The study was carried out in computational modeling, using an Ansys Mechanical.
It was observed that the increase in the friction coefficient causes the specimen to slip in the
tool, which offers more concentrated stresses in the central region. In addition, elastic
recovery has increased with higher friction coefficients, as tensile stresses are in the convex
region and friction does not significantly alter the stress value at the end of the bend.
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1. INTRODUÇÃO
Modelos baseados em redes neurais passaram a ser amplamente utilizados nos últimos anos.
De uma maneira geral, pode-se definir, dentro do grande espectro de modelos de redes, dois
grupos: os generativos e os discriminativos. Modelos discriminativos são aqueles capazes de
classificar e estimar algo, enquanto os generativos se baseiam em distribuições estatísticas na
geração de novos elementos.
Em 2014, baseado na teoria de decisão e MinMax Nash et al. [1950], Goodfellow et al.
[2014] propuseram um modelo generativo chamado Generative Adversarial Nets (GAN). O
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principal objetivo deste modelo era gerar novas instâncias (imagens de faces de pessoas, por
exemplo) com um conjunto de características similares às presentes nas instâncias reais, de
forma a confundir uma rede neural artificial discriminativa. Ou seja, apesar de não serem
imagens verdadeiras, essas instâncias geradas eram classificadas como sendo verdadeiras.
Devido a natureza e objetivo das redes generativas, esse modelo é constantemente avaliado
usando funções que buscam um valor numérico a partir da aproximação do item gerado pela
rede com um item verdadeiro. As duas métricas mais usadas para tal objetivo são: FID (Fréchet
Inception Distance) proposto por Heusel et al. [2017] e IS (Inception Score) Salimans et al.
[2016].
Devido à inovação do tema e à grande capacidade das redes generativas adversárias de
criar novas instâncias (como imagens de novos cachorros), é possível observar a utilidade em
diversas áreas, tais como nas artes gráficas, na literatura, na criação de novos produtos, dentre
outras. Tendo em vista essa gama de aplicações possíveis para este modelo de rede, o presente
trabalho é motivado a compreender as utilidades e limitações desta tecnologia. Espera-se que
este trabalho possa nortear e contribuir para o desenvolvimento de trabalhos futuros na área de
redes generativas ao identificar as vantagens e desvantagens de cada modelo proposto a estudo.
Enriquecendo assim, trabalhos como o de Cao et al. [2019] em que foi feita uma extensa revisão
bibliográfica sobre o assunto, porém usando bases de dados simples, como MNIST LeCun and
Cortes [2010], que pode acabar escondendo detalhes de uma implementação mais complexa
(usando um dataset de imagens com maior resolução e detalhes, por exemplo).
Após pesquisa e análise dos diversos modelos de redes generativas adversárias propostos na
literatura, foram selecionados alguns modelos tomando como base a sua importância histórica,
bem como os resultados apresentados.
Por muitos anos, os modelos baseados em cadeias de Markov Stewart [1994] foram
considerados o estado da arte dentre os modelos de redes generativas, focando principalmente
na geração de novas instâncias. No entanto, em 2014, Goodfellow et al. [2014] propuseram um
modelo baseado na teoria dos jogos Nash et al. [1950], a qual chamaram de Redes Generativas
Adversárias (GANs). Com o uso do método de decisão Minmax e embasado no equilíbrio de
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Nash Nash et al. [1950], rapidamente o método provou ser uma alternativa mais simples que as
cadeias Markovianas Stewart [1994].
As redes generativas adversárias permitem, dessa maneira, a implementação de um modelo
generativo de forma mais rápida, eliminando a complexidade das cadeias de Markov, e assertiva,
uma vez que a qualidade das instâncias geradas alcançam altos níveis de proximidade em
relação as instâncias verdadeiras.
O modelo se baseia em duas redes neurais que batalham entre si, mas que possuem
diferentes objetivos:
• A rede G, generativa, deve tentar maximizar os erros de classificação da rede D, por meio
de instâncias geradas (falsas);
• Já a rede D, discriminativa, deve tentar minimizar suas classificações erradas, ou seja,
evitar ser enganada pela rede G.
Com objetivo principal de melhorar o modelo proposto por Goodfellow et al. [2014],
Radford et al. [2015] propuseram uma abordagem convolucional para redes generativas
adversárias na busca por um melhor desempenho na geração de novas instâncias, bem como
na melhoria da velocidade da rede generativa, para modelos baseados em imagens.
Os pesquisadores testaram várias abordagens de convolução em diversas redes do modelo
generativo adversarial. Com isso, definiram um conjunto de práticas que caracterizam uma rede
Deep Convolutional Generative Adversarial Network:
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• Usar somente convoluções strided Dumoulin and Visin [2016] na rede discriminativa
fractional-strided Dumoulin and Visin [2016] na rede generativa;
• Usar batchnorm Ioffe and Szegedy [2015] nas duas redes (generativa e discriminativa);
• Usar função de ativação ReLU para todas as camadas da rede generativa, com exceção da
última, que deve ser uma função de ativação tangente hiperbólica;
Algumas dessas definições são importantes para evitar instabilidade da arquitetura de redes:
Uma representação genérica da arquitetura das duas redes que compõem esse modelo pode
ser vista na Figura 2.
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Por exemplo, patas de animais são itens que se relacionam e cuja a relação é difícil de ser
estabelecida usando uma simples DCGAN. Com objetivo de evitar esse problema, Zhang et al.
[2018] propuseram aplicar o método de self attention em uma das camadas da rede DCGAN.
Ou seja, a integração dessa técnica permite que a rede capture e relacione fielmente informações
espaciais de longo alcance de uma maneira computacionalmente eficiente.
• O resultado da etapa anterior passa por três convoluções em paralelo gerando as matrizes
F, G e H;
• O resultado desta multiplicação passa por uma função chamada softmax que normaliza
o resultado em uma distribuição estatística. A partir disso, forma-se o mapa de self
attention;
Nos testes feitos, a camada responsável pela convolução, que leva de tamanho 32x32, foi
escolhida como sendo o melhor local para aplicar este método.
Mesmo aplicando os mapas de self attention, o modelo proposto ainda apresenta os
problemas de instabilidade. No entanto, junto a esta técnica, foi proposto um conjunto de
práticas que ajudam a realizar o ajuste das redes de forma estável e, da maneira como foi
originalmente proposto, com treinamento em paralelo das redes. Essas práticas são:
• uso do método two-timescale update rule (TTUR), proposto por Heusel et al. [2017], para
garantir estabilidade nos ajustes das redes.
A grande novidade nessa abordagem foi a melhora na estabilidade, que é garantida com
essas duas técnicas. Além disso, foi possível, também, realizar o treinamento das redes em
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paralelo, como na primeira abordagem proposta por Goodfellow et al. [2014]. Ou seja, o
problema da convergência e colapso são tratados com a normalização das redes (spectral
normalization) ao mesmo tempo em que o problema do desbalanceamento é tratado pelo TTUR.
A TTUR propõe um balanceamento com taxas de aprendizado diferentes para as duas redes,
com o discriminador tendo taxa 4 vezes maior que a do gerador (Discriminador 0.004 e Gerador
0.001 Heusel et al. [2017]).
Buscando melhorar as principais métricas (IS e FID) para imagens geradas em GAN’s,
Brock et al. [2018] propuseram uma arquitetura que atualmente é considerada o estado da arte
dentro do universo de redes generativas adversárias. Essa arquitetura também foi capaz de gerar
altos scores de IS e FID com imagens de alta resolução, como por exemplo 512x512.
Alguns métodos empregados na arquitetura da rede são herdados do modelo SAGAN, na
qual a Big GAN se baseou. Os métodos propostos tem como principal objetivo melhorar a
estabilidade, escalabilidade e qualidade do modelo generativo. São eles:
• Uso de Two Time-Scale Update Rule(TTUR) para balancear a atualização entre a rede
discriminadora e generativa;
• Inicialização ortogonal de pesos: os pesos iniciais de cada layer são iniciados de forma
randômica, satisfazendo a operação W T .W = I, em que W é a matriz de pesos e I uma
matriz identidade;
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Além das técnicas acima, uma nova técnica, chamada de truncation trick Brock et al. [2018],
foi introduzida nesse artigo. Nesse aspecto, Uma faixa de amostragem menor resulta em melhor
qualidade das imagens geradas, enquanto uma faixa de amostragem maior resulta em mais
variedade. Para essa técnica funcionar de maneira adequada, pode-se fazer necessário o uso de
um método chamado Orthogonal Regularization Huang et al. [2018], na qual se busca manter,
em todas as interações, os fundamentos ortogonais propostos na inicialização dos pesos.
Na arquitetura proposta nas figuras 4a, 4b e 4c, é possível observar a entrada de uma classe
no começo da rede generativa. Este procedimento é conhecido como conditional instance
normalization e foi proposto por Dumoulin et al. [2016]. Este método busca normalizar as
ativações baseado nas estatísticas de uma classe, como por exemplo, uma face de um cachorro.
Além disso, nota-se que a Big GAN se baseia na arquitetura ResNet proposta por He et al.
[2016], na qual se tem a presença de blocos residuais.
3. METODOLOGIA
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Nessa etapa, o principal objetivo era definir um conjunto de dados, composto por raças
de cachorro, para treinamento e avaliação dos modelos propostos para implementação. Duas
abordagens eram possíveis: a primeira seria a obtenção desse dataset a partir de um processo de
crawler na Internet. A segunda, por sua vez, seria a utilização de uma base de dados já proposta
e utilizada em outros projetos.
Visando uma maior qualidade e replicabilidade do projeto, foi definido o uso da base de
dados proposta por Khosla et al. [2011] para implementação desse trabalho.
Arquitetura Naive GAN Nesta rede, foram usadas as técnicas de estabilidade presentes no
estudo proposto por Goodfellow et al. [2014].
Arquitetura DCGAN Da mesma forma que na arquitetura Naive GAN, foram seguidas todas
as recomendações propostas pelos autores deste modelo.
Arquitetura SAGAN O modelo SAGAN implementado, teve como base o modelo DCGAN.
Ou seja, tem-se a mesma arquitetura, porém com a adição da operação Self-Attention aplicada
na operação que resulta na imagem 32x32.
Arquitetura Big GAN Por fim, este modelo foi implementado também seguindo as definições
e parâmetros definidos pelos autores dessa arquitetura.
Nessa etapa do processo, será calculado as duas principais métricas de qualidade sobre os
modelos implementados: IS e FID.
Nesta última etapa, o principal objetivo foi mostrar e analisar os resultados apresentados
pelas diferentes arquiteturas aplicados ao problema de geração de imagens artificiais de
cachorros. Para isto, foi levado em consideração as métricas de IS e FID, bem como foram
analisadas a estabilidade e facilidade de implementação das arquiteturas, conseguindo assim,
determinar o melhor caso de uso para cada arquitetura comparada.
4. RESULTADOS
Todos os experimentos usaram a mesma base de dados, com objetivo de comparar, de forma
justa,todos os modelos de redes generativas propostos. Além disso, foram obtidos, ao final de
cada treinamento, os valores das métricas IS e FID, sendo mantidos, sempre que possível, todos
os valores de parametrização usados nos artigo originais. Na tabela 1, é possível observar um
resumo dos valores obtidos pelas métricas para cada modelo de rede.
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Tabela 1- Tabela de resultados obtidos com os melhores valores em negrito. Ou seja, as imagens de
maior qualidade apresentam os melhores valores de FID e IS.
Abaixo será feita a análise detalhada de cada modelo estudado, apontando os pontos
positivos e negativos de cada arquitetura.
Devido a natureza rudimentar deste método, foi feita uma simplificação no treino, ou seja,
foram consideradas duas classes: cachorro e não cachorro. Assim, tanto no experimento, no
qual as redes discriminadora e generativa foram treinadas em paralelo, quanto no treinamento,
no qual foram treinadas separadamente, foram capazes de gerar amostras de qualidade.
Nesse modelo, a base de dados utilizada considerou cada raça de cachorro como uma classe
diferente, alcançando, dessa forma, um total de 121 classes para treinamento. Além disso, todos
os parâmetros da rede foram configurados conforme o modelo apresentado por Radford et al.
Radford et al. [2015]. Os melhores resultados obtidos com esta rede podem ser observados na
Figura 6.
Conforme descrito nas seções anteriores, este modelo proposto por Radford et al., se
caracteriza como uma base de boas práticas para utilização de redes convolucionais em
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arquitetura GAN. Devido a isso, os autores do artigo original, não apresentaram resultados
das métricas IS e FID, o que tornou impossível uma comparação dos valores obtidos na Tabela
1. No entanto, é possível inferir que o baixo desempenho da rede se deve ao fato da base
de dados, apesar de possuir muitas classes, não apresentar variações significativas entre as
amostras. Além disso, como a base de dados utilizada possui várias classes, o treinamento é
dificultado, gerando resultados, no que se refere às imagens finais e as métricas de desempenho,
de qualidade inferior.
Percebe-se no gráfico de Iterações x Loss da figura 6 que os valores obtidos foram dentro
do esperado, ou seja, o gerador com o mínimo de perda, enquanto o descriminador obteve o
máximo de perda. Além disso, em ambas as redes não se observa nenhum colapso, fato que
possibilitou obter amostras com algum grau de semelhança com cachorros.
Uma ação possível para melhorar o desempenho dessa arquitetura é encontrar um conjunto
otimizado de parâmetros para a rede. Uma solução para isso seria utilizar um framework de
otimização de hiperparâmetros, como o Optuna Akiba et al. [2019].
Neste modelo, o objetivo foi observar qual seria o impacto da operação de self-attention
no desempenho da rede generativa DCGAN, no que tange as métricas de avaliação FID e IS.
Como pode ser observado na Tabela 1, o desempenho da SAGAN foi superior a DCGAN para
as duas métricas. No entanto, essa melhora não foi tão significativa como descrito por Zhang
et al. Zhang et al. [2018] em seu trabalho.
A Figura 7 mostra os melhores resultados gerados por esse modelo e é possível perceber
uma melhora em relação as amostras geradas pelo modelo DCGAN (Figura 6). Contudo, a
rede SAGAN apresenta uma complexidade maior no que tange ao número de parâmetros que
devem ser ajustados em relação ao modelo DCGAN, bem como exige uma sintonia mais fina
no ajustes desses parâmetros para que o modelo não colapse.
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Outro fator que deve ser levado em consideração na escolha desse modelo é o seu alto custo
computacional. Por exemplo, nos testes, não foi possível gerar imagens de maior qualidade
(64x64), mas somente imagens de tamanho reduzido (32x32), pois alto custo de processamento
e memória, tornou inviável o treinamento no equipamento utilizado nos experimentos (colocar
o equipamento, mesmo que seja uma nota de rodapé).
Devido a grande dificuldade em se encontrar os valores de parâmetros que gerassem
resultados satisfatórios, uma possível solução seria a utilização, como na DCGAN, de um
framework de otimização de hiperparâmetros, como o Optuna Akiba et al. [2019].
Para a realização dos experimentos da rede Big GAN foi necessário utilizar uma rede
pré-treinada (disponibilizada em Google [2018]), devido ao seu alto custo computacional de
treinamento. Na figura 8 é possível observar os melhores resultados obtidos para esse modelo.
Os resultados obtidos com o modelo Big GAN foram similares aos encontrados por Brock
et al. Brock et al. [2018] e mostraram que esta arquitetura foi a melhor, em termos de qualidade
de imagem e resultados de IS e FID, entre todas as arquiteturas testadas. No entanto, assim
como ocorreu nos outros modelos, é possível observar uma diminuição nos valores obtidos
para as métricas quando comparado com os valores originais encontrados em Brock et al.
[2018]. Esta diferença se deve, principalmente, à limitação de classes presente nos testes
realizados neste artigo, uma vez que, neste trabalho, foram usadas somente raças de cachorros,
diferentemente do artigo original que usou mais de 20000.
5. CONCLUSÃO
Este artigo se propôs a realizar uma comparação entre quatro modelos de redes generativas
adversárias: Naive Gan, DCGAN, SAGAN e Big Gan. Para isso, foi feita uma análise
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quantitativa sobre as métricas FID e IS dos modelos, bem como uma análise qualitativa sobre
dificuldades e vantagens de cada arquitetura. Ao final, foi possível perceber, semelhantemente
ao resultados encontrados na literatura, que as melhores redes, segundo as métricas FID e IS,
foram, em ordem crescente: Naive GAN, DCGAN, SAGAN e Big Gan.
Ao se realizar uma análise qualitativa pôde-se perceber que, mesmo apresentando os
melhores resultados, os modelos Big GAN e SAGAN, exigem um grande poder computacional,
além de possuir um maior número de parâmetros a serem otimizados. Este aumento da ordem
paramétrica torna o processo de ajuste do sistema extremamente complexo, dificultando, dessa
forma, a obtenção de resultados satisfatórios para a geração de um conjunto de dados.
Com isso, caso o resultado esperado nessa geração de novas instâncias não tenha como
requisito a alta qualidade ou uma amostra de tamanho elevado, a DCGAN poderia ser uma
boa opção devido ao menor número de parâmetros que precisam ser ajustados, bem como a
sua maior velocidade de processamento. Já as redes Naive GAN, devido a sua instabilidade e
a baixa qualidade dos resultados apresentados, poderiam ser desconsideradas no processo de
geração de novas instâncias de imagens.
Como trabalhos futuros, propõe-se repetir os experimentos, mas agora considerando apenas
duas classes (cachorro ou não cachorro), nas redes DCGAN, SAGAN e Big GAN, para validar
a hipótese de influencia desse parâmetro sobre os resultados e métricas. Outra proposta, seria a
utilização de um framework de otimização de hiperparâmetros, como o Optuna.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Abstract. Generative Adversarial Networks (GANs) are widely applied in creating new
instances (such as images, texts, and videos), as in the graphic arts, in literature, to create new
products, among others. Among the several factors favorable to its widespread use, the ability
to generate instances similar to the natural elements stands out. In this work, the evaluation of
different implementations of opposing regenerative neural networks was elaborated to improve
the topic’s understanding. The models under study are Naive Gan, DCGAN, SAGAN and
Big Gan, using a fixed database of dog images for this purpose. Two metrics were used, the
Fréchet Inception Distance (FID) and the Inception Score (IS), to evaluate the performance
of the models. Likewise, each model’s main advantages and disadvantages were presented
regarding the visual quality of the images produced and the main problems found in the models’
simulations. The final result showed that the simulated generative networks had lower FID and
IS values than those obtained in the literature, in addition to instability problems and difficulty
in parameterization. However, it was possible to see that, similar to the literature’s results, the
Big GAN network presented the best metrics.
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Abstract.
Moisture on the walls is a relevant problem, both for civil construction, regarding preserving
historic buildings. In this work, we propose a method of reconstructing the wet area, inspired
by the impedance tomography problem and considering the method of fundamental solutions,
which is a meshless method. Therefore, very suitable for application in a free boundary
problem. We perform numerical simulations to study the accuracy of the proposed method.
1. INTRODUCTION
This work focuses on the inverse problem of electrical impedance tomography (EIT) to
analyze moisture in structures. The EIT is a noninvasive type of medical imaging that consists
of determining the conductivity distribution in a geometrical domain from surface electrode
measurements.
Topology and shape optimization techniques are applied to address this type of problem.
These methods are based on minimizing a shape functional when the domain is perturbed its
shape (shape sensitivity analysis - Sokolowski & Zolesio. (1992), or by a singular perturbation,
such as the creation of holes, inclusions, sources, (topological sensitivity analysis) - Novotny &
Sokolowski. (2013).
In recent work, Sikora et al. (2018), presented an optimization algorithm based on the Gauss-
Newton method in addition to a hybrid of this method and the level definition method, achieving
significant, but not accurate results.
In Rymarczyk et al. (2018), the general idea that was adopted is to build a static mesh inside
the wall to use each mesh element as a pixel corresponding to a color that is associated with the
electrical conductivity. The main disadvantage is that the quality of the wet area reconstruction
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depends on the number of pixels considered at the time of mesh generation, producing high
computational cost.
This work presents an alternative approach without performing shape sensitivity analysis to
avoid dealing with additional calculations using the already mentioned methods. Furthermore,
the method of fundamental solutions (MFS) is applied to overcome the problem of iterative
discretization of the domain in the reconstruction process, which is involved when using mesh-
dependent methods, particularly the finite element method, which was used in the papers already
mentioned.
The main idea of the methodology used to solve the electrical impedance tomography (EIT)
inverse problem is to minimize a cost function related to the measurements and the numerical
data obtained through the MFS. The last data is dependent only on the boundary of the target.
We present several numerical examples to verify the validity of the method. For a simulation
more realistic, we incorporate white gaussian noise (WGN) in the data.
2. PROBLEM FORMULATION
γi > 0, i = 1, 2.
Σ1 Ω2 Σ5
Γ
Σ2 Ω1 Σ4
Electrodes
Σ3
If the distribution of electrical conductivities, i.e. Ω1 and Ω2 , is known in advance, then the
mathematical model to describe the electrical potential is given by
−div(γ(x)∇u) = 0 in Ω
∂u
∂n
(x) = 0 on (∂Σ1 ∪ ∂Σ2 ∪ ∂Σ4 ∪ ∂Σ5 ) \ E
, (2)
u(x) = 0 on Σ3
u(x) = f (x) on E
Conversely, the EIT inverse problem aims at finding the distribution of electrical conductivity
taking into account the information about potential and currents at the boundary. In order to
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solve this problem, electrical potentials are applied to the electrodes ei , these potentials produce
∂u
a current density in the electrodes (qi = γ ∂n (ei )). In other words, the inverse problem aims at
reconstructing the free boundary Γ that leads to solutions that satisfy the Eq.(2).
The Method of Fundamental Solutions is a meshless method that has been widely applied
in numerical solutions of boundary value problems (BVP) when the fundamental solution is
known. MFS’s main idea is to approximate the solution by a collocation method, taking
into account a linear combination of fundamental solutions, whose singularities are outside
the domain, on a fictitious boundary. For details on applying MFS to inverse problems, see
Karageorghis et al. (2011).
Besides the advantages over domain discretization methods, such as the Finite Element
Method and the Finite Difference Method, the MFS also has advantages over the Boundary
Element Method (BEM). The MFS does not require a sophisticated discretization; neither
involves costly integrations over the boundary. Also, both the solution and its derivatives are
evaluated directly, while a quadrature is requested in BEM. On the other hand, the MFS is easy
to implement and requires little data preparation. Finally, an essential advantage of MFS in the
present context is the ease of working with free boundary problems, Karageorghis (1992).
In this paper, we consider Ω ∈ Rn , n = 2, 3. In this case, the fundamental solution of the
Laplace operator is given by
1
− 2π ln||x − ξ||, n = 2,
Φ(x, ξ) = (3)
1
4πkx−ξk
, n = 3.
Where ||·|| is the Euclidean norm, and ξ denotes a singularity. Then, we consider M collocation
points x1 , · · · , xM on the boundary ∂Ω and N source points ξ1 , · · · ξN on a fictitious boundary
containing Ω. The Fig. (2) presents an example of a schematic diagram of the MFS, taking
M = N = 128, where the fictitious boundary given by a square of side R = 2 and centered at
(0.5, 0.5).
Figure 2- Representation of the distribution for the collocation and source points.
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The MFS sets out the solution to the problem through a linear combination of the
fundamental solutions, i.e.
N
X
umf s = cj Φ(x, ξj ). (4)
j=1
To compute the MFS solution for the Prob. (2), we consider continuity and jump of the
normal derivative
∂u1 ∂u2
u1 |Γ = u2 |Γ , γ1 = γ2 , (5)
∂n Γ ∂n Γ
in Γ, arising from the variational formulation of Prob. (2), as well as the collocation at
boundaries Σ1 , Σ2 , Σ3 and Σ4 . With these elements, we have the resulting system of algebraic
equations
Ac = b. (6)
The matrix A is often ill-conditioned and requires some regularisation. In this work, we
adopt the Tikhonov regularization method, which replaces the system (6) with the optimization
problem
where λ > 0 is a smoothing parameter and the matrix P (1) ∈ R(N −k)×N is associated to the first
order Tikhonov regularization, see Hansen (2010). In particular, in this work, the parameter
λ > 0 is prescribed by the L-curve criterion, Hansen (1992).
4. NUMERICAL RESULTS
Initially, in order to solve the inverse problem in an intuitive way, the following cost
functional is proposed
2
2
X
∂u1
X
∂u2
J(z) =
γ1
∂n − q Ei
2 z +
γ2
∂n − q Ej
2 z .
(8)
i∈{2,4} L (Σ ) i L (Σ )
j∈{1,5} j
Taking into account n0 points for the reconstruction process, the unknown vector z ∈ Rn0
describes the shape of the surface Γ to be reconstructed. In addition, u1 , u2 are the numerical
solutions obtained by means of the MFS taking into account the configuration of domains Ω1
and Ω2 , which in addition to the boundaries {Σzk }, k ∈ {1, 2, 4, 5} depend on z. The values
qEl , l ∈ {1, 2, 4, 5} represent the corresponding current measurements on the set of electrodes
El ⊂ ∂Σl on the current boundaries, and E = E1 ∪ E2 ∪ E4 ∪ E5 .
In order to obtain smooth solutions (reconstructions) in the minimization of the previous
cost functional, a regularization term was introduced, thus, Eq. (8) becomes
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Let us consider the Prob. (2) where the target boundary Γ∗ = 0.5 and the Dirichlet boundary
condition f (x), x ∈ [0, 1], given by
( γ2
− γ1 y, if y ≤ 0.5
f (x) = . (11)
y − γγ12 + 1 0.5, if y > 0.5
Under the conditions described above, we have the following analytical solution to the direct
problem (2).
u1 = − γγ12 y, in Ω1
( an
an
u (x, y) =
γ2
. (12)
uan
2 = y − γ1
+ 1 0.5, in Ω2
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Figure 3- Test 1. Figure 4- Test 2 with 1% WGN. Figure 5- Test 2 with 5% WGN.
Table 1- comparison of the number of iterations, cost function values and reconstruction errors for the
Example 1.
WGN Iterations JR kΓr − Γ∗ kL2 (Γ)
0% 49 0.00632996 0.044716
1% 68 0.0703142 0.038997
5% 57 0.197282 0.095015
Test 3. Fig. 6 depicts the result the algorithm achieves with 24 iterations.
Test 4. Figures 7 and 8 are the results obtained by incorporating the noise levels 1% and 5%.
Figure 6- Test 3. Figure 7- Test 4 with 1% WGN. Figure 8- Test 4 with 5% WGN.
Table 2 presents the behavior of the results with such added noise levels.
Table 2- Comparison of the number of iterations, cost function values and reconstruction errors for the
Example 2.
WGN Iterations JR kΓr − Γ∗ kL2 (Γ)
0% 24 0.00636919 0.054298
1% 23 0.0641294 0.104858
5% 42 0.214811 0.122469
Example 3. We consider fictitious data for a specific target boundary Γ∗ . More specifically,
the following procedure was performed:
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• The associated direct problem (2) was addressed numerically using MFS.
• The fictitious measurements qi were obtained by taking the normal derivative of the
numerical solutions on the electrodes.
For the creation of the fictitious data, the same Dirichlet conditions as in Examples 1 − 3 were
considered. The target area Γ∗ :]0, 1[→]0, 1[, was given by
Furthermore, 64 source points were considered on the side square centered on (0.5.0.5), with
64 collocation points. A second-order Tikhonov regularization was also applied to the system
matrix associated with MFS.
Test 5. To solve the inverse problem and in order to avoid inverse crimes, N = 64 source
points were placed in the (0.5.0.5) centered square of radius 4, M = 64 collocation points,
of which n0 = 16 belong to the boundary to be reconstructed. The regularization parameter
for the cost functional (9) was λJ = 10, chosen by the criterion of trial and error in the range
{10−2 , 10−1 , 1, 2, 3, . . . , 10}. The initial boundary considered was constant Γ0 (x) = 0.1212.
The result of the reconstruction of the border considered is presented in Fig. 9. It required
400 iterations to achieve a cost functional tolerance value of 0.05.
Figure 9- The initial, desired and computed distribution for the wet area reconstruction for the Test 5.
A series of tests were performed for various source point distribution (spherical, cubic,
parallelopipedon). The spherical distribution was the most efficient and is used in all the
following numerical examples. For all of the following examples, it was considered an
orthohedral domain of [0, 30] × [0, 50] × [0, 100], with k = 32 electrodes, 16 placed on
each wall, respectively. It was considered 62 collocation points: 32 on each wall, 15 at
the base, and n0 = 15 on the surface to be reconstructed. Also, fictitious data was created
using the same procedure described in Example 4, considering two types of target boundaries
shown in the examples 5 and 6. For the Dirichlet data used, the values (1, 2, 3, ..., 15, 16) and
(4, 5, 6, ..., 18, 19) were considered in the 16 electrodes placed on each wall parallel to the XZ
plane of the domain considered.
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For a better comparative unbiased analysis of the proposed method, both for creating
fictitious data and solving the auxiliary problems involved in the implemented algorithm that
solves the inverse problem, the number of source points, and the spherical radius of their
distribution, are different.
It is worth mentioning that all the numerical examples presented were tested using the
interior points, active set, and genetic algorithms using pre-defined MATLAB functions, the
latter being more effective in terms of velocity for its convergence. Therefore, only the results
corresponding to the use of genetic algorithms will be presented below.
It was considered a population size of 100, a limit of 50 generations and Eq. (9) is used as
the fitness function. The following are two numerical examples for two different target surfaces,
regarding in each of the different initial surfaces and WGN.
Example 4. In this first example, for the creation of the fictitious measures, the target
boundary Γ∗ :]0.30[×]0.50[→]0.100[ was considered constant Γ∗ = 60.
Test 6. It was taken as an initial guess, the constant boundary Γ0 = 15. Figure 10 presents
the result obtained by the algorithm. Figures 11 and 12 represent the outcomes after adding 3%
and 5% of WGN, respectively.
Table 3 provides the relationship between the noise and the final value of the minimized
function after 50 iterations in all cases.
Figure 10- Test 6. Figure 11- Test 6 with 3% WGN. Figure 12- Test 6 with 5% WGN.
Table 3- Comparison of the computed optimal cost function values for the Example 4, Test 6.
WGN JR
0% 0.00004975
3% 0.0001007
5% 0.0001216
Test 7. For this case, as an initial estimate, the surface area Γ0 :]0, 30[×]0, 50[→]0, 100[,
given by
Γ0 (x1 , x2 ) = 5(sin x1 + cos x2 ) + 10, xn0 = (x1 , x2 ), (15)
was considered. The Fig.(13) is the result achieved by the algorithm for 50 iterations. Figures
(14) and (15) display the outputs after incorporating 3% and 5% of WGN respectively. For a
comparison between noise and the value of the cost function, see Table 4. For all cases, 50
iterations were considered.
Example 5. Finally, let us consider the target boundary Γ∗ :]0.30[×]0.50[→]0.100[,
Γ∗ (x1 , x2 ) = 5(sin x1 + cos x2 ) + 60. (16)
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Figure 13- Test 7. Figure 14- Test 7 with 3% WGN. Figure 15- Test 7 with 5% WGN.
Table 4- Comparison of the computed optimal cost function values for the Example 4, Test 7.
WGN JR
0% 0.00004976
3% 0.00007847
5% 0.00008175
The findings for the boundary reconstruction with 0%, 1% and 3% WGN are shown in the
Figures 16, 17 and 18, respectively. Table 5 shows the final value of the cost functional after 50
iterations.
Figure 16- Example 5. Figure 17- Example 5 with 1% Figure 18- Example 5 with 3%
WGN. WGN.
Table 5- Comparison of the computed optimal cost function values for the Example 5.
WGN JR
0% 0.00005194
1% 0.00005738
3% 0.00009358
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5. CONCLUSIONS
In this work we have proposed an approach to solve the EIT inverse problem for the
analysis of wetness in structures by boundary measurements. The aim of this proposal was
the application of the Fundamental Solutions Method to solve the inverse problem, due to the
greater ease of implementation and reduction of the computational cost involved in relation
to the mesh dependent numerical methods, which applied to this type of problem, imply in
re-meshing the domain at each iterative phase, independently of the method used to solve the
inverse problem.
The problem was addressed by solving the EIT direct problem associated with a distribution
of movable position points related to a cost functional to reconstruct the water-free surface
on a wall. We have shown that the proposed algorithm can approximate the target boundary
through several two-dimensional and three-dimensional examples addressed in this work by
solving some numerical experiments. Two objective boundaries were presented considering
fictitious data created by numerical solutions obtained through MFS and polluting those data
with WGN. However, a disadvantage of using this method is that it relies on regularization due
to poorly conditioned MFS systems of equations, involving the search for the best regularization
parameter at each stage of the iterative reconstruction process.
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1
Instituto Militar de Engenharia – IME – Rio de Janeiro, RJ, Brasil
2
Universidade Estadual de Minas Gerais – UEMG – João Monlevade, MG, Brasil.
Abstract. The common types used in platforms and offshores cause corrosion due to the high
concentration of dissolved in the water together with the oxygen present in the atmosphere,
caused by a mechanical weakening of metal, allowing catastrophes. This research proposes
to determine how metallurgical and corrosive properties of steel API 5l X70, welded by
electronic process coated under welding conditions, analyzing the effects of corrosion in the
ZTA after submersion of water samples in the synthetic sea. Thus, steel welding and the
assembly of a device on a laboratory scale were developed, without symmetrical
qualifications such as: characteristics such as temperature, flow, shear stress and viscosity.
The results indicated an average resistance of API 5L X70 steel to corrosion, high
susceptibility of the cellulosic electrode to hydrogen crack formation. Likewise, a high
concentration of carbon in the root pitch had low corrosion compared to the metal base.
Being able to verify if the specimens were more resistant to corrosion in the ZTA. From the
results seen, there are deficiencies in the process, proving the improvement in the welding
and manufacturing process of API 5L X70 steels, requiring a new change to it.
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1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
Para a realização desse trabalho foi realizado a soldagem do aço API 5L X70 para a
obtenção dos corpos de provas, inicialmente, o preparo da peça seguiu os requisitos
informado pela especificação de processo de soldagem (EPS) API 1104 Ed set/99, utilizando
a fresa de cabeça móvel sem adição de líquido refrigerante. A peça foi chanfrada em um
ângulo de 60° com cada bisel com a 30°. Após a produção do chanfro a peça foi unida de
forma que permanecesse firme e mantendo a distância mínima entre elas, a raiz. A união da
amostra foi feita com dois pontos de soldas nas suas extremidades, para esse processo
utilizou-se do metal de adição conforme a AWS o E6010, sendo o mesmo metal de adição do
passe de raiz, de tal modo não tenha influência na composição química final. Em seguida, foi
aplicado um pré-aquecimento de aproximadamente de 250°C para garantir a uniformidade do
calor aplicado na peça durante a soldagem.
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Após o pré-aquecimento a peça recebeu o primeiro passe, o de raiz. Para esse processo
utilizou-se do consumível classificado pela AWS como E6010 de marca comercial ESAB OK
22.45 P, tais eletrodos ficaram acondicionados na estufa livre de qualquer contaminação com
aproximadamente 50°C no período de 2 horas. Durante o passe de raiz foi utilizado 2
eletrodos E6010 em um tempo de 1 minuto e 8 segundos. Em seguida, foi ajustado novos
parâmetros para o segundo passe, seguindo a EPS API 1104 Ed set/99. O 2° passe utilizou-se
do consumível classificado pela AWS como E8010-G e de marca comercial OK 22.47 P, que
também ficou acondicionado na estufa durante 2 horas a 50°C. Durante o segundo passe foi
utilizado 1 eletrodo E8010 em um tempo de 1 minuto e 32 segundos e 5 milésimos. Para o
preenchimento total da peça utilizou-se os parâmetros finais informados pela EPS API 1104
Ed set/99. No processo de enchimento e acabamento aplicou-se os mesmos parâmetros e
utilizou-se no processo 3 eletrodos, sendo 1 no enchimento e 2 no acabamento.
O tempo de operação de enchimento/acabamento foi de aproximadamente de 228,48
segundos. As velocidades foram controladas com a utilização do cronômetro seguindo o
tempo e a velocidade solicitada pela a EPS. O tempo entre o pré-aquecimento, passe de raiz,
segundo passe e o passe de enchimento/acabamento não ultrapassou o solicitado pela EPS,
totalizando 1772 segundos. Durante todo o processo de soldagem observa-se os parâmetros
como voltagem, tempo, quantidade de material depositado. Logo, as energias encontradas
durante o processo foram calculadas conforme QW 409 da norma ASME seção IX (ASME,
2000).
Para avaliar a qualidade da solda, realizou-se dois ensaios não destrutivos, ultrassom e
líquido penetrante (LP). O ensaio de ultrassom foi realizado em toda a extensão do corpo de
prova seguindo as orientações da norma PETROBRAS - CONTEC N-1594 REV.F DEZ/2004
(CONTEC, 2004). O ensaio utilizou-se do aparelho EPOCH LT Olympus® calibrado com os
parâmetros para aço carbono baixa liga. Para o processo foram utilizados dois diferentes
cabeçotes: reto (4MHz – espessura normal) e 45° (4MHz – 8x45°), estes com velocidades
iguais de aproximadamente 1499m/s. Para a validação da peça, a mesma passou pelo processo
de teste LP seguindo a norma PETROBRAS – CONTEC N-1596 VER.E NOV/2003
(CONTEC, 2013) como referência para validação do processo de soldagem.
Para o processo de preparação metalográfica, a amostra foi seccionada metricamente e
enumerada de forma que facilitasse a sua identificação nos testes futuros. A amostra foi
enumerada de acordo com suas faces primária, ou seja, as faces das duas extremidades. Após
o corte as amostras foram lixadas e polidas dando o acabamento superficial de suas faces. As
amostras foram preparadas conforme norma ASTM 03-80 utilizando as lixas 300#, 400#,
500#, 600#, 800#, 1000#, 1200#, 1500# e posteriormente polidas com feltro e alumina 3,0 μ e
0,5 μ. Após o polimento os corpos de prova foram atacados com NITAL 3%.
A micrografia foi feita a partir do microscópio óptico e analisador de imagem Olympus
Stream®. As amostras foram analisadas e fotografadas nos aumentos de 10X, para os cordões
e região da ZTA.
Para a produção da água do mar sintética, utilizou-se a norma ASTM D-1141-90/ASTM
D-1141-98 (ASTM, 2003). A partir da norma foi preparada a solução pesando as quantidades
dos sais referentes à produção de 10 litros da mesma. Após o preparo das soluções realizou-se
a pesagem das amostras após o polimento e o estudo macrográfico a fim de que após a
pesagem a mesma já fosse para a imersão no simulador de fluxo marinho (FLUXPUMP TP
2101).
Para a construção do simulador do fluxo marinho, o FLUXPUMP TP 2101 utilizou-se
dos seguintes equipamentos; eletromotor 127 V - vazão de 90l/h (2,5x10-5 m3/s) de imersão,
bico injetor de 2,0mm de diâmetro galvanizado, caixa d’agua de PVC (Policlereto de Vinila)
de 4 litros, aletas de alumínio revestido a cobre de 40x40mm, placa peltier 12V – 60W TEC1-
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1. Corpos de provas imersos na água com 1 mês (a), 2 meses (b) e 3 meses (c).
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Após a retirada dos corpos de prova da solução efetuou-se a limpeza conforme a norma
da ASTM G1-90/ASTM G1-03. Para a remoção dos produtos de corrosão foi utilizada uma
solução de 5% de ácido clorídrico e posteriormente secadas em estufa por 15 minutos a
100°C. Após a secagem, sucedeu-se a pesagem dos CP’s. Foi possível verificar visualmente
os efeitos da corrosão, calcular a perda de massa e a taxa de corrosão utilizando a norma
ASTM G 31-72 apresentados na Tabela 1.
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A média das perdas de massas foi de 0,8280g e esse valor mostra que o fluxo permaneceu
linear durante todo os 90 dias promovendo uma corrosão homogênea (NACE, 2005). A partir
da comparação realizada, conclui-se que o comportamento dos corpos de prova em meio
marinho não foi satisfatório nas condições estabelecidas. Com a corrosão dos CP’s
classificada como moderada, é notório que existe a necessidade de aplicação de
processos/pesquisa para redução dessa taxa de corrosão. Após todas análises macrográficas
foram realizadas análises de microscoscopia ótica utilizando a lente de 6X, apresentadas na
figura 3. A escolha do aumento 6X tem a finalidade de verificar a morfologia da corrosão.
Figura 3. Morfologia do Aço API 5L X70 após a imersão, utilizando microscópio Olympus Stream® com
aumento de 6x.
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de raiz, foi utilizado o eletrodo que continha uma grande quantidade de carbono e no
momento do resfriamento da soldagem, formou-se uma grande quantidade de martensita.
Como a martensita é uma microestrutura de alta dureza, torna-se mais fácil a penetração do
oxigênio e do hidrogênio, sendo mais suscetível a corrosão (Melchers e Chernov, 2010;
Zhang et al. 2018). Assim, comprova-se que a morfologia nos Pontos A1 é estritamente ligada
a composição química do metal de adição, ou seja, o eletrodo E6010. As outras morfologias
da corrosão como: alveolar, uniforme, placas e contorno de solda são superadas pelas
Transcristalinas devido ao grau de risco. Esse defeito promove danos as propriedades
mecânicas acarretando a uma possível fratura à menor solicitação mecânica (Vora e Badheka,
2017).
4. CONCLUSÃO
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Combining Rainfall and Water Level Data for Multistep High Temporal Resolution
Empirical Hydrological Forecasting
Abstract. This work proposes a multilayer perceptron neural network to forecast temporal
series of water level at the outlet of a watershed located in a mountain region in the Brazilian
state of Rio de Janeiro with up to a 2-hour antecedence, which is the time of concentration
that measures the response of the watershed. This particular watershed was chosen due to
previous natural disasters that affected that area, causing floods and landslides. Input data
was collected by a set of hydrological monitoring stations in the considered watershed and is
composed by water level and/or rainfall measures acquired with a 15-minute resolution. The
neural network was implemented using the Python language, the Tensorflow library and the
Keras API. Prediction results were evaluated by the Nash-Sutcliffe coefficient (NSE) and by the
root mean square error, showing a good agreement between predicted and observed values of
the water-level temporal series, specially when combining both water level and rainfall data. In
such case, values of NSE reached 0.994 for prediction antecedence of 15 minutes, and 0.9016,
for 120 minutes.
1. INTRODUCTION
Occurrences of natural disasters are increasing every year, due to climatic changes and
man-induced susceptibilities and vulnerabilities. Among these disasters are the floods, which
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are frequent in many countries, and have an obvious potential of causing injuries, fatalities
and damages. However, such effects can be eventually mitigated by forecasts issued with
a minimum antecedence. This work proposes the forecast of water level at the outlet of a
watershed in the city of Nova Friburgo, located in the mountain region of the state of Rio de
Janeiro in Brazil, which has been affected by floods and landslides.
A neural network is proposed to forecast temporal series of water level at the outlet of the
watershed with up to a 2-hour antecedence. Input data was collected by a set of hydrological
monitoring stations in the Grande river watershed. It is composed of temporal series of
water level and rainfall measures acquired with a 15-minute resolution. The programming
environment includes the Python language, the Tensorflow library and the Keras API. Three
different sets of predictions tests were performed, using only temporal series of water level,
rainfall and water level and rainfall. Results show that temporal series of water level at the
watershed can be predicted with acceptable accuracy for up to two hours antecedence, using at
least temporal series of water level as input for the neural network.
A multitude of forecast schemes for variables related to floods, such as water level or
discharge/flow of rivers, have been proposed in the last decades. Mathematical models can
be applied, but depend on the knowledge of physical parameters and also accurate initial
and boundary conditions. On the other hand, the so-called data-driven models are based on
algorithms that can be trained using known post-mortem data in order to ”learn” and thus make
predictions or classifications from new data. These are the machine-learning algorithms applied
to hydrological forecasting, and are discussed in Section 2.
It is difficult to conclude what is the better method/approach since each prediction depends
on the implementation of the proposed method, the availability of data, and the particular
geographical and physical scenario. Therefore, a good method/approach is possibly the one
that achieves a prediction performance that is acceptable for operational use in terms of issuing
warnings of disasters for the civil defense.
The current work is a development of a former prediction approach for the water level at the
outlet of the same watershed (Lima et al., 2016), using a neural network, but not applied to time
series.
An extensive review of flood prediction using machine learning was presented in (Mosavi
et al., 2018) showing multiple methods for short-term and long-term predictions. The review
started with thousands of articles, but selected almost two hundred original research articles,
which were then analysed and compared. These methods are mostly based on artificial neural
networks, but also included neuro-fuzzy or adaptive neuro-fuzzy inference systems (ANFIS),
and support vector machine (SVM), among other methods. Different classes of neural networks
are discussed. Hybrid approaches combining different methods and ensemble prediction
systems were also presented. Most articles propose a given method, in order to compare it to
another one that appeared before in a literature reference. According to the considered article,
different variables can be predicted: there are continuous variables like river water level (stage
level), river water flow, rainfall, rainfall-runoff, or categorical variables like flood, urban flood
and flash flood. According to this review, there is an increasing trend in the use of neural
networks, in comparison to other methods along the years, intended for an antecedence of a few
hours, as in this work, but some works consider in this class an antecedence of a few days. In
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tropical countries, many of these events start and end in a short period of time, so hydrological
forecast based on observed data is hard to be done. In the case of high temporal resolution flood
prediction, multilayer perceptron (MLP) neural networks seems to be often employed, despite
the difficulty of optimizing its architecture and choosing suitable activation functions. New
architectures, like recurrent the neural networks (RNN, (Elman, 1990)) and one of their variants,
the long short-term memory neural networks (LSTM (Hochreiter & Schmidhuber, 1997; Gers
et al., 2000)), began to be more employed in recent years for the prediction of temporal series.
RNNs are neural networks where the connections between neurons/form a directed graph along
a temporal sequence, making them suitable to deal with time series.
The review contains a general comparison of methods considering the complexity of the
related algorithm, easiness of use, processing time, accuracy, and input dataset. Short-term
prediction usually employs historical datasets as input, i.e. a temporal series with resolution
of minutes, hours or days for each variable. In addition, the survey compare the prediction
performance of the different methods by means of the mean square error and the correlation
coefficient between predicted and actual values. However, it is a 2018 survey, and new
approaches have been proposed more recently, with a wide variety of approaches as exemplified
in (Lugt & Feelders, 2020; Zhu et al., 2020; Choi et al., 2020).
Besides machine learning approaches, there are deterministic approaches, based on
mathematical models, but they are out of the scope of this work. As an example, besides
Weather Research and Forecasting (WRF), which is a mesoscale numerical model for weather
prediction, there is the WRF-Hydro modeling system 1 , an ensemble of models that include the
WRF itself, land and hydrological models, developed by the National Center for Atmospheric
Research (NCAR). WRF-Hydro was written in Fortran-90, and it was parallelized to be
executed in clusters and supercomputers. Users can select a given area of the USA territory
and ask for hydrological predictions, like streamflow for the watersheds contained in that area
2
. However, it is stated as an experimental service, and it is difficult to know if its accuracy can
be assessed.
The work (Zhu et al., 2020) is about forecasting streamflow (volume of water per time) in the
huge watershed of the Chinese Yangtze river using only a few hydrological monitoring stations
on this river or its tributaries. Authors propose to use a hybrid approach based on a LTSM
neural network embedding Gaussian process regression in order to perform a probabilistic daily
streamflow forecasting, which yields a varying prediction interval for the time series. They state
that the proposed approach associate the inductive biases of the LSTM network while retaining
the non-parametric, probabilistic property of the Gaussian process. They performed predictions
with other approaches such as a ”pure” LSTM or an ensemble using standard neural networks,
stating that this hybrid LSTM is more suitable for water resources management and planning.
Another recurrent neural network is proposed in (Lugt & Feelders, 2020) for predicting
water level temporal series at some hydrological monitoring stations using a RNN that has a
encoder/decoder with exogenous variables (precipitation and flow rates). These stations are
placed in rivers around a Dutch polder, a piece of land bellow sea level that require water level
management by pumping. This particular RNN is said to predict more accurately captures high
temporal resolution fluctuation of the water level.
In (Choi et al., 2020), authors compare some implementations of machine learning
1
See: https://ral.ucar.edu/projects/wrf hydro/overview
2
See: https://water.noaa.gov/tools/nwm-image-viewer
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algorithms to predict water level temporal series in a Korean wetland, with emphasis in water
level peaks. They tested algorithms like neural network, decision tree,random forest and support
vector machine concluding that the random forest had the better prediction performance. Input
data was composed of upstream water level temporal series and some meteorological variables
like rainfall, temperature and wind.
The area of study of this work is the Grande River watershed, located in the mountainous
region of the state of Rio de Janeiro, in Nova Friburgo city (Fig. 1). This is an area susceptible
to natural disasters like floods or landslides, with a potential of causing serious harm to the local
population (Lima et al., 2016). The Grande river watershed was delineated using the software
TerraHidro (Abreu et al., 2012) and a 30-meter resolution DEM (Digital Elevation Model),
obtained by an on-board radar of the SRTM (Shuttle Radar Topography Mission). TerraHidro
is a free software for distributed hydrological modeling written in C++ developed by INPE
(National Institute for Space Research) and written in the C++ language. TerraHydro employs
INPE’s TerraView GIS for manipulating maps, which includes the Terralib library and a spatial
database.
The data for this study was collected from five hydrological monitoring stations of the INEA
institute (Instituto Estadual do Ambiente), as listed in Table 1. These stations are in located
in Nova Friburgo, being the Conselheiro Paulino station located in the pour point (outlet) of
the Grande river watershed. All the stations provide rainfall and water level data, with a 15-
minute temporal resolution. Data was collected between December 1, 2011 and March 24,
2013, amounting to 46,080 samples for each station.
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The related data-driven model was implemented in the Python language using Tensorflow,
an open library developed by Google using the Keras API (Chollet et al., 2015), which is also
open, modular and user-friendly. This model is based on a Multilayer Perceptron (MLP) neural
network. Such network architecture is composed of multiple layers that allow to solve complex
problems related to non-linearly separable datasets in several areas of study as Meteorology,
Medicine, Criptography, etc. (Rumelhart et al., 1986). The Keras API is employed in much
complex neural networks than the MLP, such as convolutional and recurrent neural networks,
typical of Deep Learning implementations, but it was adopted in this work anticipating the
use of such neural networks in the ensuing work. On the implemented MLP network, the
input layer has one neuron for each input parameter, one hidden layer with 5 neurons and the
output layer has one neuron, as shown in Fig. 2. It employs the ReLu (Rectified Linear Unit)
activation function for the hidden layer, and the linear function for the output layer. The ReLU
function is a non-linear activation function, commonly used in Deep Learning. The advantage
of this activation function over the other ones is not to activate all the neurons at the same time
since, when an input is negative, its value is converted to 0, not activating the corresponding
neuron. This MLP neural network with a single hidden layer using the ReLu activation function
achieved a good prediction performance, as shown ahead, and thus a more complex multiple-
hidden layer MLP neural network was not required.
The adopted loss function for the MLP network was the mean absolute error (MAE) and the
optimization algorithm was Adam (Adaptive Moment Estimation), used instead of the classical
stochastic gradient descent procedure to update the network weights. The training process was
limited by a total of 100 epochs. The source code and the dataset used in this work are available
for download on the git repository https://github.com/cpfreitas/redes neurais/.
This work employs two metrics to evaluate the prediction performance of the proposed
neural network. The first one is the Nash–Sutcliffe model efficiency coefficient (NSE),
commonly used for hydrological models, and defined as:
PT 2
t=1 Qtp − Qto
N SE = 1 − PT 2 , (1)
t=1 Qto − Qo
where Qo is the mean of the actual discharges in the time interval [1, T ] that contains T discrete
values, Qtp is the predicted discharge at time t, and Qto is the actual discharge at time t. The
NSE is equivalent to the correlation coefficient between predicted and actual data. In this work,
instead of the water discharge, the NSE was calculated in terms of the water level. The better the
prediction, the higher is the NSE above the threshold value of 0.5, but it is difficult to reach the
top value of 1.0 that corresponds to a perfect prediction. The second metric is the well known
root mean square error (RMSE), which is the standard deviation of the prediction errors. It is
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also calculated here for the discrete times t in the interval [1, T ], and its value should be close
to zero for a good prediction. RMSE is defined by the following equation:
v
u ΣT Qt − Qt 2
u
t t=1 p o
RM SE = , (2)
T
where Qtp and Qto are respectively the predicted and observed discharge values at time t, as in
the former equation for NSE.
In this work, a neural network is proposed to predict a water level temporal series at the
outlet of the watershed using as input temporal series of water level and/or rainfall at different
hydrological monitoring stations. The prediction is done for antecedences ranging from 15 to
120 minutes.
Input data was split as follows: 70% for the training, 17.5% for the validation, and 12.5%
for the test of the neural network. Data in the period from December 2011 to January 2013 with
randomly sorted samples was used for training and validation, while data from the months of
February and March 2013 was used for test.
Three set of tests were performed, based on different combinations of the available input
datasets. The first test employs only water level data, the second one uses only rainfall data,
while the third one inputs both water level and rainfall data. All tests were devised for the
prediction of the water level at the Conselheiro Paulino station for up to 2 hours antecedence
using as input the datasets from the five hydrological monitoring stations described above.
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Predicted and actual/observed temporal series of the water level at the Conselheiro Paulino
station with an antecedence of 15 and 120 minutes is shown in Fig. 3 for a period of nearly 5,000
time intervals, corresponding to about 52 days of the months of February and March 2013. More
detailed curves of the same predicted and actual/observed temporal series are shown in Fig. 4
for time intervals 60 to 600 and in Fig. 5 for time intervals 2500 to 2800, but in this case, for all
five antecedences from 15 to 120 minutes. Input data included water level and rainfall temporal
series. These figures show a good agreement between predicted and actual values.
Figure 3- Observed and predicted values of water level at the outlet for 15 and 120 minutes of antecedence
considering all the 5,000 time intervals.
Figure 4- Observed and predicted values of water level at the outlet for 15 and 120 minutes of antecedence
considering time intervals 60 to 600.
The scatter plot between the predicted and observed values of the water level (in meters) at
the outlet of the watershed, for 15 and 120 minutes of antecedence, is shown in Fig. 6.
The performance of the three sets of predictions can be evaluated in Table 2 for the NSE and
Table 3 for the RMSE. Both tables show the values of these two metrics for antecedences from
15 to 120 minutes and for the three different sets of input time series: only water level, only
rainfall and water level and rainfall. According to Table 2 and 3, the test with only rainfall inputs
did not succeed, showing very low values of NSE and higher values of RMSE in comparison
to other other two sets of predictions. When only water level inputs were considered, the
performance was good, the RMSE did not exceed 0.0066 and the NSE was at least 0.8858.
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Figure 5- Observed and predicted values of water level at the outlet for 15, 30, 60, 90 and 120 minutes
of antecedence considering time intervals 2500 to 2800.
Figure 6- Scatter plot between predicted and observed values of water level at the outlet of the watershed
for 15 and 120 minutes of prediction antecedence.
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Adding rainfall inputs besides the water level ones, the performance sligthly improves for all
regarded antecedences, raising these values to 0.0063 (RMSE) and 0.9016 (NSE). As expected,
on these two sets of tests, the quality of the prediction decreases as the antecedence increases.
Fig. 3 shows that the agreement between observed and predicted values is substantially
better for 15 than for 120 minutes antecedence. The mismatch is more accentuated when the
variation of the water level is high, especially when the water level is increasing. As seen in
Fig. 5, the prediction curve is delayed in relation to the observed one, with the delay increasing
as the antecedence of prediction increases. However, the delay is rather small, being all the
observed water level peaks at the outlet reproduced by the predictions.
The scatter plot of Fig. 6 indicates that, in general, the models for 15 and 120 minutes
of antecedence have no bias to overestimate or underestimate the prediction. The mean errors
(mean difference between observed and predicted values) of both models were close to zero,
0.0002 and 0.0044 respectively, which confirms this fact.
5. CONCLUSIONS
This work proposed the use of a neural network to predict temporal series of water level
at the outlet of a watershed with antecedences ranging from 15 to 120 minutes using as input
data temporal series of (i) water level or (ii) rainfall or (iii) both, collected by five hydrological
monitoring stations in the watershed.
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The neural network was trained and validated using temporal series of water level and
rainfall data comprising 14 months of data with a temporal resolution of 15 minutes, and tested
using 2 months of data. A good agreement was found between the predicted and actual time
series for an antecedence of 15 minutes using the neural network trained with water level and
rainfall data. The quality of the predictions was assessed with the NSE and RMSE metrics.
Naturally, higher antecedences resulted in prediction with lower accuracy, but NSE was above
0.94 for up to a 75-minute antecedence using water level and rainfall data, or up to 60-minute
antecedence using only water level data. In both cases, RMSE was very low. On the other hand,
predictions using only rainfall data did not succeed.
The proposed approach was tested for a case of study, showing the possibility of its use
in an operational scenario. As future work, we propose to compare these results to the results
obtained by other hydrological prediction models, and to perform further prediction tests for
other Brazilian watersheds. In addition, it is intended to perform an operational test of this
forecasting tool using data from the network of hydrological monitoring stations of the Brazilian
Centre for Monitoring and Early Warnings of Natural Disasters (CEMADEN).
Acknowledgements
Authors thank the following funding: São Paulo Research Foundation (FAPESP) grant
#2015/50122-0, DFG-IRTG grant #1740/2 and CNPq grant #420338/2018-7.
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1. INTRODUÇÃO
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2. REVISÃO DA LITERATURA
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Figura 1- Ilustração esquemática dos comportamentos típicos de molhabilidade de uma gota em uma superfície
sólida com e sem rugosidade. (a) modelo de Young, (b) modelo de Wenzel e (c) modelo de Cassie (Yuying et al.,
2020).
Logo, o ângulo de contato é usado para indicar o grau em que o líquido se espalha sobre
as superfícies de materiais sólidos. Por definição, se o WCA for menor que 90° (θ<90°), trata-
se de uma superfície hidrofílica. Em outras palavras, para os líquidos é relativamente fácil de
molhar o sólido. Portanto, quanto menor o WCA, maior a molhabilidade (Yuying et al., 2020;
Kumar & Nanda, 2019).
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Por outro lado, se o WCA for maior que 90º (θ>90°), esta superfície sólida é hidrofóbica
e, portanto, não é fácil de molhar. Desta forma, ao se tratar de um adsorvente para separação
óleo-água, espera-se que a esponja ideal tenha o maior ângulo de contato possível com água e
o menor possível com o óleo, sendo assim hidrofóbica e oleofílica (Yuying et al., 2020;
Kumar & Nanda, 2019).
Em particular, se uma superfície possui WCA menor que 10º (θ<10°) ela é considerada
superhidrofílica, em contraste, quando o WCA é maior ou igual a 150º (θ≥150°) em que é
chamada de superhidrofóbica (Yuying et al., 2020; Kumar & Nanda, 2019).
Uma superfície ideal perfeitamente lisa não existe (Yuying et al., 2020), portanto, além
do modelo de Young, dois outros são importantes, pois abordam sobre a rugosidade e
porosidade da superfície que afeta o comportamento da gotícula, são eles o estado de
umedecimento uniforme (Yuying et al., 2020) ou estado de Wenzel (Wenzel, 1936) e o
estado de umedecimento composto heterogêneo ou estado de Cassie-Baxter (Cassie & Baxter,
1944), representados na figura 1 (b) e (c) respectivamente.
O estado de Wenzel define que a superfície molhada com rugosidade é uma superfície
homogênea sem bolsas de ar entre as ranhuras, como mostrado na Fig. 1 (b). Quando uma
gota é colocada na superfície, parte dela penetra nas ranhuras o que, posteriormente, reduz o
ângulo de contato estático e aumenta o ângulo de deslizamento que representa o ângulo de
inclinação do sólido (Yuying et al., 2020; Sethi et al., 2019). O aumento do ângulo de
deslizamento deve-se ao travamento da gota entre as ranhuras que é chamado de fixação
(Sethi et al., 2019). Wenzel (1936) propôs, então, a Eq. 2.
Segundo Cassie-Baxter (Ge et al., 2016; Yuying et al., 2020; Sethi et al., 2019), quando a
superfície é rugosa, mas não porosa, o f2 é igual zero e a Eq. (3) é reduzida à equação de
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Wenzel (Eq. 2) com o ângulo de contato aparente de uma superfície rugosa e com o fator de
rugosidade f1. Por fim, a transição do estado de Cassie-Baxter para o estado de Wenzel pode
ocorrer aplicando pressão na gota, variando o tamanho da gota e o impacto da gota ou por
vibração (Sethi et al., 2019).
Então, a molhabilidade de superfícies sólidas é determinada pela composição química e
pela estrutura topográfica das superfícies. De acordo com os conceitos acima, bons materiais
absorventes de óleo devem ter uma superfície composta de materiais de baixa energia
superficial e possuírem uma superfície rugosa (Ge et al., 2016).
O outro conceito fundamental na verificação da eficiência de adsorventes é a adsorção. A
adsorção ocorre sempre que uma superfície sólida é exposta a um gás ou líquido: é definida
como o enriquecimento do material ou o aumento da densidade do fluido nas proximidades de
uma interface. Sob certas condições, há um aumento apreciável na concentração de um
componente em particular e o efeito geral é então dependente da extensão da área interfacial
(Rouquerol et al., 2014; Keller & Staudt, 2005). Por esse motivo, todos os adsorventes
industriais têm grandes áreas de superfície específicas (geralmente muito acima de 100 m2g-1)
e, portanto, são altamente porosos ou compostos de partículas muito finas (Rouquerol et al.,
2014).
Cabe destacar que muitas vezes na literatura também é encontrado o termo sorção que
significa o efeito simultâneo da adsorção e absorção que é a entrada do fluido nos poros do
sólido (Rouquerol et al., 2014).
A adsorção é provocada pelas interações entre o sólido e as moléculas na fase fluida.
Dois tipos de forças estão envolvidos, que dão origem à adsorção física (fisicosorção) ou
quimiosorção. A adsorção ocorre devido ao efeito dos vários tipos de ligações entre o par
adsorbato-adsorvente: interações van der Waals, ligação covalente, ácido-base, ligação de
hidrogênio, entre outros. A força da ligação é extremamente importante, porque se as
interações são razoavelmente fracas, pequenas quantidades de adsorvido são adsorvidas; se as
interações forem fortes, será difícil conseguir a regeneração do adsorvente e, portanto, o seu
reuso. (Keller & Staudt, 2005; Camacho, 2004).
Um dos objetivos principais de uma experiência de adsorção é a determinação de uma
Isoterma de Adsorção, ou seja, a determinação das quantidades adsorvidas em função da
pressão, (ou pressão relativa) a temperatura constante. As técnicas principais para a obtenção
de uma isotérmica de adsorção são: volumetria de adsorção, gravimetria de adsorção e
técnicas de fluxo.
Em geral, a técnica utilizada nas pesquisas com melhoramento da superfície do PU foi a
gravimetria de adsorção e os resultados foram relatados em termos de gramas de óleo
adsorvido por grama de peso adsorvente (g⁄g). A gravimetria trata-se de um método simples e
acurado de medição o qual é calculado a partir da diferença de peso do adsorvente apurado
pelo uso de uma balança (Keller & Staudt, 2005).
Neste caso, a adsorção (Q) é, portanto, a diferença entre o peso após (Wt) e antes (W0)
do contato com o óleo, como representado na equação 4:
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uma superfície estruturada hierárquica com um material de baixa energia superficial, como
ácido graxo, polímeros, hidrocarbonetos e fluorcarbonetos. Para tal, vários métodos de síntese
dessas superfícies são relatados na literatura, como deposição eletroquímica, separação de
fases, emulsão, eletrofiação, imersão, deposição por vapor químico (CVD), reação química in
situ, litografia e outros (Kumar & Nanda, 2019).
A caracterização dos resultados obtidos na criação de superfícies hidrofóbicas pode ser
feita por Microscopia eletrônica de varredura (SEM), Força atômica microscópica (AFM),
Interferometria de luz branca (WLI) entre outros. Um dos métodos comumente empregados é
método da gota séssil, neste método o CA é medido por um goniômetro em uma lente. Após
uma gota ser desprendida em uma superfície por uma seringa localizada no topo da amostra
uma câmera embutida de alta resolução captura a imagem da amostra de cima ou de lado. A
imagem pode ser submetida a análise usando um software de análise de imagem (Jayadev et
al., 2019).
Já a adsorção também pode ser caracterizada por vários métodos visto que existem várias
propriedades adsorventes, como densidade, área superficial, tamanho médio dos poros,
distribuição do tamanho dos poros, forma e volume dos poros, entre outras, determinadas a
partir de técnicas específicas como Porosimetria de Mercúrio, Análise Termogravimétrica
(TGA) e Adsorção de nitrogênio em 77K (Keller & Staudt, 2005; Camacho, 2004).
Por fim, neste contexto, também se destaca a existência de normas padronizadas para
medição da adsorção como a ASTM F726.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dados os conceitos fundamentais, parte-se para análise dos estudos. A Tabela 1 relaciona
o resultado das pesquisas apresentando o método de revestimento das esponjas de PU, bem
como os resultados alcançados em termos de adsorção e WCA.
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Os métodos mais comuns para criação de esponjas modificadas são o revestimento por
imersão (dip coating); deposição por vapor químico (Chemical vapor deposition); Reação
química in situ (In situ chemical reaction).
Na maior parte dos estudos pesquisados o método utilizado para criação das esponjas foi
o revestimento por imersão, possivelmente este resultado se relacione com a facilidade do
método no qual não é necessária técnica ou equipamento sofisticado. Ademais, o processo
economiza tempo e leva apenas algumas horas para obter a esponja hidrofóbica. Nos
processos de revestimento por imersão, as esponjas foram imersas em solução que continha
materiais modificados por algumas vezes, seguidas de um processo seco e, em seguida, as
esponjas hidrofóbicas foram obtidas (Min et al., 2019).
Dentre as pesquisas levantadas a maior adsorção foi obtida com uma esponja de GPUF
(Anju & Renuka, 2020) que obteve uma variação de 90 a 316 g/g. A capacidade de adsorção
seguiu a ordem: Clorofórmio> Óleo Diesel> Óleo Lubrificante> Óleo de Feijão>
Tetrahidrofurano> Sulfóxido de dimetilo> Tolueno> Dimetilformamida> Acetona (Anju &
Renuka, 2020).
Segundo Anju e Renuka (2020), o expressivo resultado se deve a combinação da
hidrofobicidade das folhas de grafeno, a porosidade e oleofilicidade do PU, bem como a
mesoporosidade do óxido de ferro que também contribui com a resposta magnética. Os
autores consideram que esses três fatores resultam na considerável eficiência de adsorção.
Por outro lado, cabe destacar que os resultados obtidos destoam significativamente das
outras pesquisas, sendo quase o dobro da pesquisa com segunda maior adsorção SiO2/GO-PU
(Xiaomeng et al., 2016) em que as substâncias adsorvidas foram semelhantes. Cabe a
observação que as maiores adsorções (quatro primeiras) foram obtidas em compósitos que
continham grafeno.
Apesar dos resultados apresentados demonstrarem a adsorção em termos de valores e
mesma unidade de medida, a comparabilidade é prejudicada no sentido que diferentes
substâncias adsorvidas são testadas nas diferentes pesquisas. Embora os estudos utilizem a
equação 4 no cálculo da adsorção, procedimentos diferentes são aplicados. Apenas um
trabalho (Rahmani et al., 2017) faz menção a modelos de teste padronizados como os da
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American Society for Testing and Materials (ASTM), por exemplo o ASTM F726-17-
Método de teste padrão para desempenho de adsorção de adsorventes para uso em petróleo
bruto e derramamentos relacionados.
Em contrapartida, o WCA das pesquisas mencionadas foi calculado, por meio do método
da gota séssil a partir de equipamentos eletrônicos como: Krüss DSA 30 (Chun et al., 2019;
Fei et al., 2018); OCA 20 (Kong et al., 2017; Wu et al., 2015; Sittinun et al., 2020); GBX
Digidrop (Anju & Renuka, 2020; Ning et al., 2017) e outros. Quase todas as esponjas
encontradas nas pesquisas possuíam superhidrofocidade (WCA>150°). O maior WCA
encontrado na pesquisa foi 167º (Guselnikova et al., 2020), porém destaca-se que não foi feito
menção de como este valor foi obtido.
4. CONCLUSÃO
Agradecimentos
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Abstract. Oil spill is a frequently environmental problem and It has catastrophic impacts on
marine ecosystems. This article aims to review the main advances in polyurethane composite
materials in oil-water separation. So, an exploratory research with a qualitative approach
was carried out. The advances were identified from a literature review. As a result, the
parameters of adsorption and contact angle with water for 27 works were summarized in a
table, as well as the main points in the creation of adsorbent foams were discussed. This work
is relevant in the sense of consolidating dispersed works showing the results achieved by
several researches, serving as a starting point for new studies.
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1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
O trabalho foi desenvolvido nos anos de 2016 e 2017 na área experimental do Instituto
Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR) pertencente ao Departamento de Estudos
Agrários (DEAg) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
(UNIJUÍ) no município de Augusto Pestana-RS. Na semeadura, foi utilizada semeadora-
adubadora na composição da parcela experimental com 5 linhas, de 5 metros de comprimento
cada e espaçamento entre linhas de 0,20 m, correspondendo a uma unidade experimental de 5
m2. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com três repetições, com cinco
tratamentos (número de aplicação de fungicida). As condições de uso do fungicida foram:
testemunha (sem aplicação); uma aplicação aos 60 Dias Após Emergência (DAE); duas
aplicações aos 60 e 75 DAE ; três aplicações aos 60, 75 e 90 DAE; e quatro aplicações aos 60,
75, 90 e 105 DAE. As aplicações foram iniciadas aos 60 DAE por ser o período em que
normalmente surgem os primeiros sinais das doenças foliares. Foi utilizado o fungicida
FOLICUR® CE, produto comumente utilizado no cultivo do cereal, na dosagem de 0,75 litros
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2( p − p min )
N= −1 (1)
( p max − p min )
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Com os valores de erro absoluto encontrados, é possível perceber que apesar da grande
variação das condições meteorológicas e de produtividade de grãos que ocorrem entre ambos
os anos considerados no estudo, o modelo geral de RNA apresentou valores de simulação
satisfatórios para todas as condições de uso de fungicida. O erro percentual médio encontrado
de 4,54% também possibilita verificar a eficiência do modelo considerado e a eficiência das
RNAs em generalizar informações.
As RNAs vêm sendo cada vez mais utilizadas na representação de processos agrícolas,
possibilitando a criação de modelos eficientes para a realização de simulações e previsões.
Vendrusculo et al. (2015) utilizaram RNAs no desenvolvimento de um modelo capaz de
realizar a estimativa da altura de eucaliptos. Michelon et al. (2018) criaram modelos de RNA
para a estimativa de produtividade de grãos de soja e milho, considerando leituras de clorofila
como dado de entrada. Niedbala (2019) propôs um modelo via RNA para a previsão da
produção de colza de inverno considerando dados meteorológicos como a temperatura do ar e
precipitação e dados de fertilização mineral na Polônia.
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4. CONCLUSÕES
Agradecimentos
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under cool semi-arid growing conditions. Agricultural and florest meteorology, 184 – 197.
Abstract. Artificial neural networks (ANNs) enable the construction of simulation models and
crop predictions in the agricultural area. In the oats cultivation, the meteorological elements
and the management of the fungicide are factors that significantly influence in the expression
of grain productivity. The objective of the study is to train a model based on ANN capable of
simulating the productivity of oat grains, involving different conditions of fungicide use and
the non-linearity of meteorological conditions. The experimental design was a randomized
block with three replications, with five treatments, in the years 2016 and 2017. To simulate
the productivity of oats, regardless of the year of cultivation, a feedforward ANN was
implemented, the Percéptrons of Multiple Layers. The structure of the ANN consisted of three
layers, with four neurons in the input layer, eight neurons in the hidden layer and one neuron
in the output layer. The ANN architecture considered presented an average error of 4.54%
for the simulations. The ANN is capable of efficiently simulating and predicting the
productivity of oat grains, involving different conditions of use of the fungicide and the non-
linearity of meteorological conditions, regardless of the agricultural year.
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1. INTRODUÇÃO
O Aprendizado de Máquina, em inglês, Machine Learning (ML), é uma das principais áreas
da Inteligência Artificial (Russel & Norvig, 2013). O ML tem como objetivo possibilitar que um
agente aprendiz possa melhorar seu desempenho em tomadas de decisões. Uma das vertentes
desse campo, o Aprendizado Supervisionado caracteriza-se pela apresentação de exemplos
(pares de entrada e saı́da), de forma que o sistema de aprendizado possa verificar se sua predição
está certa ou não, comparando a mesma com a saı́da esperada para aquela instância (Silva et al.,
2016; Braga et al., 2000; Russel & Norvig, 2013).
Neste contexto de Aprendizado Supervisionado, estão presentes as Redes Neurais Artificiais
(RNAs). Uma RNA é baseada no funcionamento de neurônios biológicos e formulada por
modelos matemáticos (Haykin, 2007; Braga et al., 2000; Silva et al., 2016). Dentre as inúmeras
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As Redes Neurais Artificiais (RNAs), são fruto de estudos que buscavam entender o
processamento da informação nos neurônios biológicos (Haykin, 2007), sendo uma de suas
maiores contribuições o modelo matemático proposto por McCulloch e Pitts (MCP) (Russel
& Norvig, 2013). Nessa abordagem, as entradas dos neurônios são multiplicadas pelos seus
respectivos valores de pesos sináptico e então é feita a soma ponderada dessas informações
(Haykin, 2007; Silva et al., 2016). A partir desse modelo foi desenvolvido o Perceptron (Braga
et al., 2000; Silva et al., 2016). O Perceptron é a forma mais simples de configuração de uma
RNA, sendo constituı́do de apenas um único neurônio MCP (Silva et al., 2016; Braga et al.,
2000). A Fig. 1 exemplifica o modelo de MCP.
Durante seu treinamento, o Perceptron busca encontrar um hiperplano que consiga separar
linearmente as amostras de duas classes. O esforço computacional para mover esse hiperplano
até a fronteira de decisão (região que separa as classes) é dependente da taxa de aprendizagem,
que influencia na velocidade e custos computacionais para chegar nessa região (Silva et al.,
2016; Braga et al., 2000; Russel & Norvig, 2013).
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Redes múltiplas camadas possuem uma ou mais camadas intermediárias entre a entrada e a
saı́da dos dados com uma coleção de neurônios conectados. Nesse tipo de rede, a informação
processada por cada neurônio é propagada para os neurônios da camada seguinte até que
esse sinal chegue a camada de saı́da. Na sequência, é produzida uma resposta referente às
informações fornecidas na camada de entrada, como é o caso do PMC (Braga et al., 2000;
Silva et al., 2016; Russel & Norvig, 2013). Durante o treinamento da rede PMC é utilizado
o aprendizado supervisionado, onde a saı́da esperada (d) de uma determinada amostra (i) é
comparada com a saı́da produzida pela rede (Y ) através de uma função de custo como ilustra a
Eq. (1) (cálculo do erro quadrático), com n sendo o número de amostras do problema (Braga et
al., 2000; Silva et al., 2016):
n
1X
E= (d(i) − Y (i))2 . (1)
2 i=0
Uma RNA com uma camada intermediária é capaz de implementar qualquer função
contı́nua. Já com duas camadas intermediárias permite a aproximação de qualquer função
matemática (Braga et al., 2000). Quanto a quantidade de neurônios presente por camada, esse
número depende fortemente da distribuição de padrões na amostra (Braga et al., 2000). Se
uma RNA possuir um alto número de conexões e poucos exemplos pode ocorrer o overfitting
(memorização dos dados). Outro problema é quando o número de conexões é menor que o
número de exemplos, o que pode ocasionar o underfitting (não consegue separar as classes
corretamente) (Silva et al., 2016; Braga et al., 2000). Dessa forma, a quantidade de neurônios
nas camadas intermediárias, bem como a topologia da rede é determinada empiricamente
(Braga et al., 2000; Silva et al., 2016). Quanto a topologia, pode-se ser adotado a abordagem
“one of c-classes” onde cada neurônio da camada de saı́da é responsável por uma classe
diminuindo a complexidade do problema e a demanda de neurônios necessários nas camadas
intermediarias (Silva et al., 2016). Outra forma de melhorar o desempenho da rede neural diz
respeito a escalonar ou normalizar os valores tanto das entradas quanto da saı́da para intervalos
correspondente com os da função de ativação, evitando assim a saturação dos neurônios (Silva
et al., 2016).
2.2 AutoML
Apesar dos avanços nos processos de ML, eles ainda requerem a atuação humana para
aumentar seu desempenho. Nesse sentido o AutoML (Automated Machine Learning) busca
automatizar esses processos, de forma a tornar os algoritmos de ML mais eficientes (Dyrmishi
et al., 2019; Feurer et al., 2015). Para tanto, o Metalearning, uma ciência de observação
sistemática com o objetivo de aprender através da experiência pode ser usada com o AutoML
para recomendar hiperparâmetros baseado em experiências passadas (Brazdil et al., 2009;
Hutter et al., 2019; Dyrmishi et al., 2019; Feurer et al., 2015). Primeiro se faz necessário
reunir metadados que descrevem experiências anteriores, buscando informações como dados de
hiperparâmetros, arquiteturas das redes neurais, as avaliações do modelo selecionado, como o
tempo de duração, acurácia, etc, assim como, as metafeatures, as caracterı́sticas do problema
(Brazdil et al., 2009).
As metafeatures estáticas e teóricas extraı́das do conjunto de dados, como por exemplo,
o número de caracterı́sticas, a quantidade de classe, o número de amostra por caracterı́sticas,
podem ser usadas para determinar a semelhança entre tarefas (Brazdil et al., 2009, 2003; Hutter
et al., 2019; Cunha et al., 2018). Ao denominar T um conjunto de tarefas de classificação, ou
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problemas de classificação, onde cada tarefa Ti possui um vetor M com suas metafeatures
m1 , m2 . . . mn , e C um conjunto com valores de hiperparâmetros, pode ser feito um novo
conjunto com as avaliações (P ) dos valores de C em uma determinada tarefa Ti . Dessa forma,
P (Ti , C) fornece todas as avaliações das configurações C sobre aquela tarefa Ti , e Pk é um
elemento desse conjunto (Hutter et al., 2019; Cunha et al., 2018). Com essas avaliações (Pk ),
é possı́vel montar rankings com quais valores de hiperparâmetros C resultam nas melhores
avaliações para cada tarefa de T (Hutter et al., 2019). Quando uma nova tarefa é apresentada
ao algoritmo, o mesmo pode buscar uma tarefa do conjunto T que seja semelhante a essa nova
tarefa e ver quais valores de hiperparâmetros produziram as melhores avaliações, recomendando
esses valores (Feurer et al., 2015; Hutter et al., 2019).
Em seguida, é possı́vel realizar uma união desses rankings de tarefas individuais em um
ranking global. Desse modo, quando uma nova tarefa é apresentada ao algoritmo e não
existem tarefas semelhantes no conjunto T , uma solução é a busca por recomendações entre
as configurações globais (Hutter et al., 2019).
3. METODOLOGIA
A primeiro etapa deste trabalho foi a obtenção dos conjuntos de dados. Foram utilizados
no total onze problemas de classificação, sendo nove problemas populares de classificação do
repositório UCI Machine Learning1 e dois problemas do livro Redes Neurais Artificiais para a
Engenharia e Ciências Aplicadas (Silva et al., 2016). Nessa primeira fase do método, apenas
seis desses conjuntos de dados foram utilizados, quatro do repositório, sendo eles: O Iris2 ,
o Heart3 , Wine4 e Car5 . Além dos dois problemas descritos por (Silva et al., 2016), aqui
chamados de ”Petróleo”e ”Válvula”: o primeiro sobre a classificação de determinado óleo
durante o processo de destilação do petróleo baseado em três propriedades fı́sico-quı́micas e
o segundo sobre o controle de duas válvulas baseado em quatro sinais. A Tabela 1 apresenta
um resumo das informações de cada dataset adotado.
A segunda etapa foi o tratamento desses dados. Primeiro, os dados do tipo carácter
foram convertidos em numéricos. Em seguida, foi realizado o processo de normalização,
deixando dentro dos limites da função de ativação, evitando assim a saturação dos neurônios e
1
https://archive.ics.uci.edu/ml/index.php
2
https://archive.ics.uci.edu/ml/datasets/iris
3
https://archive.ics.uci.edu/ml/datasets/Heart+Disease
4
https://archive.ics.uci.edu/ml/datasets/Wine
5
https://archive.ics.uci.edu/ml/datasets/Car+Evaluation
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X − Xmin
X= (Kmax − Kmin ) + Kmin (2)
Xmax − Xmin
em que, Xmin e Xmax são valores mı́nimo e máximo do atributo a ser normalizado. Já Kmin e
Kmax , são os valores de mı́nimo e máximo da função de ativação.
Após os dados serem tratados, é adotada a validação cruzada por amostragem aleatória
para dividir aleatoriamente o conjunto de dados em um conjunto de treinamento e outro de
validação (Silva et al., 2016). Neste trabalho, a divisão realizada foi de 75% das amostras para
o treinamento e o restante (25%) utilizado para a validação (teste) da RNA.
Alguns dos problemas de classificação adotados possuem mais de duas classes. Apesar
de uma RNA poder classificar uma quantidade de classes igual 2m , sendo m a quantidade
de neurônios na camada de saı́da da rede (Silva et al., 2016), esse processo pode exigir mais
neurônios nas camadas internas. Assim, tornando a tarefa de classificação mais complexa (Silva
et al., 2016). Dessa forma, caso o problema adotado possua mais de duas classes é utilizada a
abordagem “one of c-classes”, a fim de simplificar a arquitetura exigida da rede.
Além desse hiperparâmetros, foi criado uma variável para o número de repetições (n),
que determina quantas vezes o algoritmo será executado. Então foram definidos vetores de
comprimento correspondente a n para armazenar os hiperparâmetros e avaliações de cada
repetição. A definição de duas camadas intermediárias, foi devido ao fato que com apenas
duas camadas ocultas uma RNA pode-se representar qualquer função matemática (Braga et al.,
2000). Já quanto ao número de neurônios em cada camada foi estabelecido como um valor
inteiro aleatório de 1 a 10. Os valores para taxa de aprendizagem, threshold e a quantidade
limite de ciclos foram determinados empiricamente analisar sucessivos testes.
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4. RESULTADOS
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cinco problemas. Esses novos problemas foram: Diagnosis6 , Amphibians7 , Balance8 , Cédulas9
e Doação10 . A Tabela 5 revela mais detalhes sobre o desempenho médio das dez melhores
combinações de cada ranking nesses novos dados.
Avaliando a Tabela 5, é possı́vel notar que as configurações dos rankings 1 e 3,
em geral, produziram bons desempenhos em novas bases de dados. O ranking 1, por
exemplo, alcançou a primeira colocação em dois problemas: Amphibians e Doação. Já
os hiperparâmetros do rankings 3, obtiveram os melhores desempenho nas seguintes bases
de dados: Diagnosis, Balance e Células. Uma hipótese é que esses rankings possuem
configurações de hiperparâmetros mais generalistas do que os demais.
5. CONCLUSÕES
6
https://archive.ics.uci.edu/ml/datasets/Acute+Inflammations
7
https://archive.ics.uci.edu/ml/datasets/Amphibians
8
https://archive.ics.uci.edu/ml/datasets/Balance+Scale
9
https://archive.ics.uci.edu/ml/datasets/banknote+authentication
10
https://archive.ics.uci.edu/ml/datasets/Blood+Transfusion+Service+Center
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valores. Em seguida, avalia-se o desempenho dessa RNA ao tentar resolver alguns problemas
de classificação. Os conjuntos de hiperparâmetros utilizados e suas avaliações são armazenados
e hierarquizados em função de suas avaliações sobre a forma de rankings. Os critérios de
desempenho adotados foram: a acurácia, quantidade de ciclos de processamento e o erro da
RNA.
Os resultados mostram que o algoritmo de AutoML conseguiu recomendar boas
combinações de hiperparâmetros para os problemas analisados. Além disso, também é possı́vel
utilizar os rankings gerados em novas bases de dados. Como mostrou as configurações
referentes aos rankings 1 e 3, que em geral, alcançaram os melhores desempenhos nos novos
problemas de classificação. Em trabalhos futuros, sugere-se a adoção de mais bases de dados
para análise. Também é importante novas versões para o algoritmo de AutoML, priorizando
uma maior flexibilidade na modelagem da arquitetura da RNA, variando por exemplo o número
de camadas.
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Agradecimentos
REFERÊNCIAS
APPENDIX A
Abstract. Machine Learning is one of the main fields of Artificial Intelligence. One of the
challenges in this area is the great sensitivity of these algorithms to their hyperparameters,
requiring scientists to dedicate long hours to adjust these values. In this sense, the Automated
Machine Learning (AutoML) area seeks to optimize the performance of machine learning
algorithms automatically. Thus, the objective of this paper, was to develop an AutoML system
for recommending hyperparameters for Artificial Neural Networks. For this, an AutoML
algorithm was elaborated, capable of recommending number of neurons, learning rate and
textit threshold for Neural Networks. The results show that the AutoML algorithm was able to
recommend good combinations of hyperparameters for the classification problems analyzed.
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Resumo. Na área de sistemas agrários, a inteligência artificial, por meio das redes neurais
artificiais (RNAs), tem possibilitado a criação de modelos capazes de simular e prever
diferentes processos. No cultivo da aveia, a utilização de fungicidas é necessária e o mesmo
possui influência direta sobre os componentes da produtividade da cultura. O objetivo do
estudo é adequar uma arquitetura de RNA para simulação e previsão da produtividade de
grãos de aveia, envolvendo o número de grãos por planta e diferentes condições de uso do
fungicida. O delineamento experimental foi de blocos casualizados com três repetições, com
cinco tratamentos, nos anos de 2015 e 2016. Para simulação da produtividade da aveia, foi
implementada uma RNA do tipo feedforward, a Percéptrons de Múltiplas Camadas. A
estrutura da RNA foi constituída por três camadas, com dois neurônios na camada de
entrada, quatro neurônios na camada oculta e um neurônio na camada de saída. A
arquitetura de RNA considerada apresentou erro médio de 2,69% para as simulações. As
variáveis selecionadas para compor as entradas da RNA possibilitam a criação de um
modelo de simulação eficiente, sendo que a RNA desenvolvida é capaz de simular e prever
com eficiência a produtividade de grãos de aveia.
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1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
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ocorreu de forma manual, pelo corte das três linhas centrais de cada parcela, que após
trilhadas com colheitadeira estacionária, foram direcionadas ao laboratório para correção de
humidade para 13% e posterior pesagem, convertida para a unidade de um hectare. Após a
obtenção dos dados, foi aplicada análise de variância (ANOVA), com nível de significância
de 5%, a fim de identificar efeito significativo dos tratamentos. A análise e contagem do
número de grãos por planta foi realizada pela coleta de dez panículas de cada unidade
experimental, em que foi calculada a média para cada repetição de condição de uso do
fungicida. Os anos agrícolas foram classificados observando as médias de produtividade de
grãos obtidas para cada ano, em comparação à expectativa de produtividade desejada, que era
de 4000 kg ha-1.
Para simulação da produtividade da aveia, independente de condição de ano de cultivo,
foi implementada uma RNA do tipo feedforward, a Percéptrons de Múltiplas Camadas
(MLP). A estrutura da RNA foi constituída por três camadas, sendo a camada de entrada,
oculta e de saída. A camada de entrada possui 2 neurônios, considerando as variáveis de
entrada, condições de uso de fungicida e número de grãos por planta. A camada de saída
possui 1 neurônio, considerando a produtividade de grãos de aveia como dado de saída. Foi
utilizada a metodologia adotada por De Mamann et al. (2019) para a definição do números de
neurônios da camada oculta, sendo treinadas 5 redes com 3 camadas cada. Foram
consideradas estruturas em que o número de neurônios na camada oculta variou de 4 a 8
neurônios. Após o treinamento de cada arquitetura de RNA, foi escolhida a de menor erro
quadrático médio (EQM) em relação à validação, menor EQM em relação ao treinamento e
menor EQM em relação ao teste de cada rede. A função de ativação utilizada foi a tangente
hiperbólica sigmoide. Para o treinamento da RNA foi utilizado o algoritmo backpropagation
juntamente com o algoritmo de otimização Levenberg-Marquardt. Para o treinamento da
RNA, foram considerados dados de 30 amostras, que foram normalizados a partir da Eq. (1)
2( p − p min )
N= −1 (1)
( p max − p min )
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Tabela 1 – Produtividade de grãos observada e número de grãos por planta para cada condição
de uso de fungicidade e médias de produtividade para os anos de 2015 e 2016.
ANO NAF PG
NGP PG
(kg ha-1) (kg ha-1)
0 65 2321
1 92 2696
2015
2 74 3487 3398
(AI)
3 86 4236
4 51 4251
0 43 2893
1 44 3478
2016
2 65 4423 3945
(AF)
3 45 4467
4 51 4464
NAF= Número de aplicação de fungicida; NGP= Número de grãos por planta; PG=
Produtividade de grãos; PG = Produtividade de grãos média. AI= Ano intermediário ao
cultivo da aveia; AF= Ano favorável ao cultivo da aveia.
Os dados obtidos para o número de grãos por planta para o ano de 2015 não apresentam
um comportamento proporcional à medida que ocorre um aumento no número de aplicações
de fungicida. Entretanto, este comportamento é observado para os valores de produtividade de
grãos obtidos para as diferentes condições de uso do agroquímico. Este fato pode evidenciar
uma maior influência do fungicida no peso dos grãos produzidos, comprovando a eficiência
deste manejo na garantia da qualidade dos grãos de aveia. O valor obtido para a produtividade
de grãos média para o ano de 2015 apresentou um valor satisfatório em relação à expectativa
desejada, entretanto não sendo um valor suficiente para classificação do ano em favorável à
produtividade de grãos. Desta forma, o ano de 2015 foi classificado como intermediário ao
cultivido da aveia (AI). Os dados obtidos para o ano de 2016 para o número de grãos por
planta, como no ano anterior, não apresentam um comportamento proporcional ao aumento do
número de aplicações de fungicida. Valores elevados de produtividade para as condições de 2,
3 e 4 aplicações de fungicida, evidenciam que além da ação do agroquímico, o ano apresentou
condições favoráveis para obtenção de alta produtividade. Isto é comprovado pelo valor de
produtividade de grãos média obtida para o ano, muito próximo à expectativa desejada de
4000 kg ha-1, possibilitando a classificação do ano como favorável ao cultivo da aveia.
A construção de modelos de simulação e previsão de produtividade de grãos, que
considerem diferentes condições de uso de um manejo e componentes da panícula, como o
número de grãos por planta, permite previsões eficientes de safras. Mantai et al. (2016)
propuseram um modelo de simulação da produtividade da aveia usando componentes da
panícula e o manejo do nitrogênio. Marolli et al. (2017) utilizaram componentes da panícula
da aveia, juntamente com diferentes doses de regulador de crescimento na composição de um
modelo da produtividade.
Com a aplicação da ANOVA foi verificado o efeito significativo de tratamentos nos
dados obtidos por bioexperimentação. Em seguida, foi desenvolvida uma arquitetura de RNA
para simulação da produtividade de grãos de aveia, independente de condição de ano agrícola,
visando gerar um modelo que contemplasse as variações de ano e as diferentes condições de
aplicação do agroquímico. Desta forma, seguindo a metodologia citada anteriormente, a
arquitetura de RNA escolhida foi 2-4-1, números que correspondem, respectivamente, às
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4. CONCLUSÃO
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Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Teodoro, P.E.; Barroso, L.M.A.; Nascimento, M.; Torres, F.E.; Sagrilo, E.; dos Santo, A.; Ribeiro, L.P. (2015),
Redes neurais artificiais para identificar genótipos de feijão-caupi semiprostrado com alta adaptabilidade e
estabilidade fenotípicas, 50.
Abstract. In the area of agrarian systems, artificial intelligence, through artificial neural
networks (ANNs), has enabled the creation of models capable of simulating and predicting
different processes. In the cultivation of oat, the use of fungicides is necessary and it has a
direct influence on the components of crop productivity. The objective of the study is to adapt
an ANN architecture for simulating and forecasting the oat grain productivity, involving the
number of grains per plant and different conditions of use of the fungicide. The experimental
design was a randomized block with three replications, with five treatments, in the years 2015
and 2016. For simulation of oat productivity, a feedforward ANN was implemented, the
Multi-Layer Percéptrons. The structure of the ANN consisted of three layers, with two
neurons in the input layer, four neurons in the hidden layer and one neuron in the output
layer. The ANN architecture considered presented an average error of 2.69% for the
simulations. The variables selected to compose the ANN entries allow the creation of an
efficient simulation model, and the developed ANN is capable of efficiently simulating and
predicting the oat grain productivity.
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Resumo. Com aumento de projetos mecânicos que demandam estruturas leves e flexı́veis,
cada vez mais se faz necessário desenvolver métodos de controle de vibrações indesejadas.
Este trabalho propõe a utilização de dois tipos de controle em uma viga. A primeira técnica
aplicada foi o Buraco Negro Acústico, que é um tipo de controle passivo onde é feita a retirada
de material da estrutura de forma que ela fique com buracos. A vibração quando entra neste
buraco fica presa dentro do mesmo, não refletindo a onda pro resto da viga. A segunda técnica
aplicada foi a implementação de um controlador baseado na Lógica Fuzzy para operar um
atuador piezoelétrico. A formulação e modelagem da estrutura foi feita com base no Métodos
dos Elementos Finitos.
Keywords: Controle de vibrações, Controle ativo e passivo, Buraco Negro Acústico, Lógica
Fuzzy
1. INTRODUÇÃO
As estruturas leves e flexı́veis têm cada vez mais sido utilizadas nos projetos mecânicos
atuais. Diversas áreas da engenharia, como a aeroespacial e a aeronáutica, se utilizam da
caracterı́stica de que essas estruturas trazem uma diminuição no custo do projeto, já que quanto
menor o peso da estrutura, menos energia é necessária para transportá-la (He & Fu, 2001, apud
Ortiz, 2015). Porém, quando o peso da estrutura é reduzido, surge uma nova problemática,
as vibrações indesejadas. Essas vibrações, quando implicam em amplitudes muito grandes,
podem causar danos a estrutura e na eficiência do sistema em si (Denis, 2014). Portanto se faz
necessário o uso de algum tipo de controle em tais estruturas.
O controle de vibrações pode ser classificado em dois tipos: o controle passivo, aquele que
não necessita de inserção de energia para realizar o controle, e o controle ativo, que é aquele
que necessita de energia para controlar (Nicoletti, 2013).
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O domı́nio da estrutura utilizada neste trabalho foi discretizado usando o Métodos dos
Elementos Finitos. A estrutura usada é uma viga engastada em um dos lados e foi considerado o
estado de deformações planas. Os elementos são retangulares com quatro nós em cada vértice,
cujo o domı́nio do elemento é denominado como Ωe, e foi considerado o movimento em duas
dimensões (2D). Em cada nó há dois graus de liberdade, o movimento horizontal do nó, xi , e o
movimento vertical do nó, yi , como mostrado na Fig. 1.
Para uma análise dinâmica do elemento, a equação regente para um elemento pode ser
descrita como na Eq. (1) (Liu & Quek, 2003):
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num atuador piezoelétrico então o sinal de controle é a tensão aplicada no mesmo, va . Este sinal
é multiplicado por uma matriz, Pa , que mapeia a voltagem aplicada (Molter et al.,2010). Sendo
assim, a equação global que rege a estrutura deste trabalho pode ser descrita como na Eq. (5) :
Mü + Cu̇ + Ku = Pa va . (5)
Para facilitar a resolução da Eq. (5), foi utilizado a análise modal, onde, ao utilizar as
coordenadas modais η, é possı́vel desacoplar as equações regentes do movimento. Segundo
Gawronski (2004 apud Padoin 2014), a representação por coordenadas modais pode ser obtida
pela transformação do modelo nodal. Essa transformação é feita utilizando a matriz modal que
é determinada a partir da solução modal, que é a solução do problema de autovalor e autovetor
descrito pela Eq. (6) abaixo:
(K − ω 2 M)Φ = 0. (6)
Os autovalores encontrados, ω 2 , são chamados de frequências naturais do sistema e são as
frequências com que as vibrações livres ocorrem. Os autovetores associados aos autovalores
encontrados, Φ, são denominados modos e descrevem a amplitude associada às frequências
naturais. A matriz modal, Φ, é a matriz com todos os modos do sistema. Como, geralmente,
apenas os primeiros modos contem informações relevantes à analise do sistema, usamos a
matriz modal truncada com n modos.
Com a matriz modal truncada podemos transformar o vetor de deslocamento nodal em
função das coordenadas modais, como descrito na Eq. (7) abaixo:
u = Φη. (7)
Utilizando a Eq. (7) na Eq. (5), obtemos a seguinte equação:
MΦη̈ + CΦη̇ + KΦη = Pa va . (8)
Multiplicando todos os termos da Eq. (8) por ΦT , temos:
Mη̈ + Cη̇ + Kη = Pa va . (9)
Na Eq. (9):
M = ΦT MΦ, C = ΦT CΦ, K = ΦT KΦ, Pa = ΦT Pa. (10)
Multiplicando todos os termos da Eq. (9) por M−1 , temos a seguinte equação:
η̈ + Zη̇ + Ωη = M−1 Pa va . (11)
Na Eq. (11):
Z = M−1 C = diag(2ζi ωi ), Ω = M−1 K = diag(ωi2 ). (12)
Se considerarmos como variaveis de estados o deslocamento e a velocidade modal, ξ =
[η η̇]T , podemos reescrever a Eq. (11) em representação em espaço de estados como:
ξ̇ = Aξ + Bva . (13)
Na Eq. (13):
0nxn Inxn 0nx1
A= , B= . (14)
-Ω -Z M−1 Pa
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Para satisfazer a condição da espessura, o perfil do BNA tem que responder à uma lei de
potência, ou seja, a espessura da estrutura precisa diminuir conforme a equação abaixo:
O termo h1 na Eq. (15) se faz necessário devido ao problema de manufatura da prática, já
que é impossı́vel, até o momento, produzir um perfil que tenda a espessura a zero, sobrando
sempre uma espessura residual. A constante a é uma constante que depende da largura e da
altura do BNA e m é a ordem do perfil (Zhao & Prasad, 2019). O esquemático de um BNA
descrito pela Eq. (15) é mostrado na Fig. 3.
Segundo Zhao & Prasad (2019), existem diversos fatores que influenciam em como o BNA
vai atuar na estrutura, como a quantidade, o comprimento, a ordem m do buraco, o tamanho do
resı́duo h1 e a configuração na estrutura. Aqui neste trabalho foram feitos diversos testes para
se encontrar a melhor forma de aplicação do efeito na estrutura.
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As cerâmicas piezoelétricas são materiais que têm a capacidade de converter energia elétrica
em energia mecânica e vice-versa. Elas podem operar de duas formas: como um sensor, quando
a energia mecânica é convertida em energia elétrica, ou como um atuador, quando o efeito
contrário acontece. Este trabalho se utiliza do segundo modo de operação, o efeito inverso da
piezoeletricidade. Como mostrado na Fig. 4 quando aplicamos uma tensão na mesma direção de
polarização da cerâmica, o material se expande, no caso de aplicarmos uma tensão contrária da
polarização, o material se contrai. Portanto, quando aplicamos uma tensão alternada à cerâmica,
podemos gerar um movimento periódico que servirá como ação de controle para as vibrações
indesejadas (Moheimani & Fleming, 1967).
Neste trabalho, como a proposta foi controlar a deflexão da viga, as variáveis de entrada
escolhidas foram a posição, pos, e a velocidade, vel, do movimento transversal. Após isso,
defini-se o universo de discurso das variáveis de entrada, ou seja, de quanto a quanto podem
variar. Aqui foi feita uma simulação da vibração da viga sem controle e, assim, definido o
universo de discurso abaixo:
Por conseguinte, é necessário escolher quais funções de pertinências serão usadas. Existem
diversas formas para as funções de pertinência, dependendo do sistema cujo elas são aplicadas
(Lima, 2016). Neste trabalho foi usado funções triangulares e trapezoidais, como mostrado na
Fig. 5. Temos três funções de pertinência definidas para a posição que são def− (deflexão
negativa), eq (ponto de equilı́brio) e def+ (deflexão positiva). Para a velocidade também foram
definidas três funções de pertinência que são vel− (velocidade negativa), nula (velocidade nula)
e vel+ (velocidade positiva).
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Para o próximo passo se estabelece as regras de controle. Tais regras são construı́das com
base na resposta requerida e nos preceitos que regem o sistema. Aqui as regras foram definidas
com base no sentido do movimento (velocidade) e o deslocamento, resultando em uma tensão
diretamente polarizada, V+ , ou uma tensão inversamente polarizada, V− , podendo essa tensão
ser forte ou não. As regras de controle são mostradas na Fig. 6.
6. RESULTADOS
Para se poder comparar o comportamento das vigas com e sem controle, iremos analisar o
movimento transversal do último elemento em x e em y. Foi usado como condições iniciais
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0.1m e 0.1m/s. Na Fig. 8 podemos ver a vibração para os dois primeiros modos e a soma dos
dois.
Figura 8- Dois primeiros modos e deflexão do último elemento da viga sem buraco.
Após isso, foram feitos diversos testes com os BNAs variando a quantidade (1,2,3 ou 5) e os
tamanhos (altura e largura). Observou-se qual destas configurações gerava a maior diminuição
da amplitude do movimento final da viga. A melhor opção foi utilizar um buraco no centro da
viga. Os dois primeiros modos da viga com um BNA são mostrados na Fig. 9, com frequências
14,15Hz e 137,46Hz respectivamente. O movimento final é mostrado na Fig. 10.
Figura 10- Dois primeiros modos e deflexão do último elemento da viga com buraco.
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Figura 11- Primeiro e segundo modo - Viga com um BNA e um atuador piezoelétrico.
Depois dessa etapa, foi aplicado o controle à viga. Foi feito o controle para os dois modos
separadamente para facilitar o projeto. O movimento final dos dois primeiros modos e a soma
dos dois são mostrados na Fig. 12.
Figura 12- Dois primeiros modos e movimento final da viga com um BNA e um atuador piezoeletrico
com controle Fuzzy.
7. CONCLUSÕES
Pelo presente trabalho conclui-se que a utilização dos BNAs auxiliou o controle de vibrações
da viga. Em relação ao controle ativo, o controlador Fuzzy se mostrou eficiente. Como atuador,
foi utilizado o material piezoelétrico, o qual é bastante utilizado no controle de vibrações e
confirmou-se sua efetividade.
Para trabalhos futuros, se propõe a implementação do controlador via códigos no MATLAB
e ainda é necessário desenvolver um trabalho de otimização da aplicação deste controle passivo,
pensando em qual melhor configuração para haver a maior atenuação da vibração.
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Agradecimentos
A autora Racquel Knust Domingues agradece à Universidade Federal de Pelotas pelo apoio,
suporte e financiamento através do Programa de Bolsas de Iniciação Tecnológica.
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————————————————————————————————————
VIBRATION CONTROL OF A BEAM USING ACOUSTIC BLACK HOLES AND FUZZY
LOGIC
Abstract. With the increase of mechanical designs that demand light and flexible structures, it is
increasingly necessary to develop methods to control unwanted vibrations. This work proposes
the use of two types of control on a beam. The first technique applied was the Acoustic Black
Hole, which is a type of passive control where material is removed from the structure so that it
remains with holes. The vibration when entering this profile is trapped inside it, not reflecting
the wave to the rest of the beam. The second technique applied was the implementation of
a controller based on fuzzy logic to operate a piezoelectric actuator. The formulation and
modeling of the structure was made based on the Finite Element Methods.
Keywords: Vibration control, Active and passive control, Acoustic Black Hole, Fuzzy Logic
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Resumo. O objetivo deste trabalho é controlar as vibrações livres presentes numa viga em
balanço, utilizando dois tipos de controle, o passivo e o ativo. Como controle passivo, o
efeito do Buraco Negro Acústico, que consiste em acrescentar buracos na estrutura, em que
a energia da vibração se acumula em seu interior, podendo então a vibração ser amenizada.
Para o controle ativo usou-se um atuador piezoelétrico, que é encarregado pela transformação
da carga elétrica sobreposta em uma deformação mecânica contrária à deformação da viga,
e a estratégia de controle empregada é um controlador ótimo realimentado. O Método dos
Elementos Finitos é utilizado para discretizar o domı́nio e assim obter a modelagem da viga.
Simulações numéricas foram obtidas utilizando uma implementação do problema no software
MATLAB. Foi possı́vel constatar que a junção dos controles utilizados foi eficaz, principalmente
o uso do controle ótimo realimentado para o controle de vibrações na estrutura.
Keywords: Controle de vibrações, Buracos Negros Acústicos, Método dos Elementos Finitos,
Controle ótimo realimentado
1. INTRODUÇÃO
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O controle passivo é aquele no qual o processo não gasta energia para se realizar, ou seja,
não há a necessidade de um atuador ou de um sensor para que haja controle. Já o controle
ativo é aquele que necessita de energia para controlar, isto é, tem energia na atuação e no
sensoriamento, tendo assim a diminuição da vibração (Nicoletti, 2013). O controle passivo de
vibrações geralmente se dá de duas formas: modificando as frequências naturais do sistema
para longe da vibração de operação, ou diminuindo a amplitude das vibrações, melhor dizendo,
amortecendo a vibração. Existem técnicas para amortecer uma vibração com controle passivo,
como, por exemplo, usar materiais com um fator de perda alto, ou utilizar amortecedores
sintonizados, que nada mais é que adicionar um sistema massa-mola com um amortecedor
viscoso ao sistema, ou até mesmo empregar uma camada superficial de amortecimento (Denis,
2014).
Recentemente, tem-se desenvolvido uma forma alternativa para o controle passivo de
vibrações, que é a utilização dos efeitos do Buraco Negro Acústico (BNA), que consiste em um
buraco feito na estrutura com geometria especı́fica. A ideia é que quando a vibração entra nesse
espaço, sua velocidade diminui e sua amplitude aumenta, fazendo com que a vibração fique
presa no centro do buraco e, assim, não é refletida para o resto da estrutura. Um BNA utiliza da
técnica de retirar material da estrutura, ou seja, é um método de rejeito (Zhao & Prasad, 2019).
Dentre os trabalhos que apresentam o controle de vibrações utilizando os efeitos dos BNAs
encontram-se os de O’Boy et al. (2010) e Krylov (2012). Neste trabalho foram feitos diversos
testes de configurações e tamanhos de BNA para o melhor desempenho de controle passivo.
Muitas vezes, apenas o uso do controle passivo não é suficiente, fazendo-se necessário
usar o controle ativo em conjunto, que neste caso, o controle ativo de vibrações é feito
projetando-se um controlador a partir de um atuador. Existem alguns atuadores possı́veis
de se utilizar para o controle de vibrações, Kras & Gardonio (2019) sugerem o uso de um
atuador inercial modificado, em que os problemas de estabilidade do atuador inercial clássico
são resolvidos. Porém o atuador normalmente utilizado para o controle de vibrações é o
atuador piezoelétrico, pois sua capacidade de converter energia elétrica em energia mecânica
é extremamente apropriado para este tipo de controle (Molter et al., 2018).
O projeto de um controle ativo de vibrações também demanda a escolha do tipo de
controlador a ser usado, mais precisamente a lógica a ser usada no controle. O controle através
da realimentação da velocidade por um ganho constante é amplamente utilizado (Zhang et
al., 2017). Outro controlador muito empregado é o regulador quadrático ótimo, que busca
maximizar a quantidade de energia atenuada (Schulz et al., 2013), sendo utilizado neste trabalho
o controle ótimo realimentado.
Além do projeto de controle de vibrações, este trabalho propõe a utilização da formulação
em Elementos Finitos (MEF) para modelagem e discretização do domı́nio da estrutura. Em
conjunto com o MEF, foram usados a análise modal e a representação em espaço de estados.
Para verificar a eficiência do controle proposto foram realizadas simulações computacionais e
alguns resultados apresentados.
O domı́nio da estrutura utilizada neste trabalho foi discretizado usando o Método dos
Elementos Finitos e a estrutura usada é uma viga engastada em um dos lados, sendo considerado
o estado de deformações planas. Os elementos são retangulares com quatro nós em cada vértice,
cujo o domı́nio do elemento é denominado como Ωe, e foi considerado o movimento em duas
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dimensões (2D). Em cada nó há dois graus de liberdade, o movimento horizontal do nó (xi ) e o
movimento vertical do nó (yi ), como exibido na Fig. 1.
A ideia é analisar a equação de equilı́brio para cada elemento, encontrando a equação local,
em seguida, associar a contruibuição de cada elemento numa equação global. Segundo Liu &
Queek (2003), para uma análise dinâmica do elemento, a equação regente para um elemento
(local) pode ser descrita como na Eq. (1):
no qual va é a tensão aplicada no atuador, como sinal de controle e este sinal é multiplicado
pela matriz Pa que mapeia a voltagem aplicada (Molter et al., 2010).
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Afim de facilitar a resolução da Eq. (5), utilizou-se a superposição modal, pois ao utilizar as
coordenadas modais η, é possı́vel desacoplar as equações regentes do movimento, sendo que,
segundo Gawronski (2004, apud Padoin, 2014), a representação por coordenadas modais pode
ser obtida pela transformação do modelo nodal. Essa transformação é feita utilizando a matriz
modal que é determinada a partir da solução modal, sendo ela, o resultado do problema de
autovalor e autovetor descrito pela Eq. (6):
(K − ω 2 M)Φ = 0. (6)
u = Φη. (7)
onde:
Multiplicando todos os termos da Eq. (9) por M−1 , a seguinte equação é obtida:
no qual:
ξ̇ = Aξ + Bva , (13)
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Para atender a condição da espessura, o perfil do BNA necessita responder à uma lei de
potência, ou seja, a espessura da estrutura precisa diminuir conforme a equação abaixo:
O termo h1 na Eq. (15) se faz necessário devido ao problema de manufatura da prática, pois
é impossı́vel produzir um perfil que tenda a espessura à zero, restando sempre uma espessura
residual. A constante a depende da largura e da altura do BNA e m é a ordem do perfil (Zhao
& Prasad, 2019).
De acordo com Zhao & Prasad (2019), existem diversos fatores que influenciam na maneira
como o BNA vai atuar na estrutura, entre eles a quantidade de buracos, o seu comprimento, a
ordem m do buraco, o tamanho do resı́duo h1 e a sua configuração na estrutura. No presente
trabalho foram realizados diversos testes para se encontrar a melhor forma de aplicação do
efeito na estrutura.
no qual G é o ganho e V̇s é a tensão gerada pelo sensor, que pode ser obtida integrando a carga
elétrica fornecida na superfı́cie do sensor piezoelétrico.
Assim, reescrevendo a Eq. (8), tem-se:
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Utilizando as equações do sensor e o controle proposto, as Eq. (13) e (14) podem ser escritas
na forma:
G = diag(Gk ), (21)
hs
Hs |H sik = − Es g31s rs [θi (xk2 ) − θi (xk1 )], (22)
xk2 − xk1
sendo Ea , d31a , b, ra , hs , Es , g31s , rs constantes do material utilizado. k1 e k2 referem-se ao
inı́cio e final do atuador, respectivamente . A Equação (20) refere-se a deformação da viga e a
Eq. (22) é a ação do sensor em captar a deformação.
Como no caso apresentado, procura-se por um controle ótimo que minimize o funcional do
problema da Eq. (23), sujeito ao estado da Eq. (14), que neste contexto é a energia dissipada
pela ação de controle, dado por:
Z ∞
Wc = ξ T Qξdt, (23)
0
sendo Q uma matriz semidefinida positiva, e seus elementos são escolhidos de forma a conectar
o sinal de saı́da do sensor juntamente com a entrada no atuador. Dessa maneira podemos definir
a matriz Q como:
0n×n 0n×n
Q= . (24)
0n×n Pa GHs
Assim é possı́vel reescrever a Eq. (23), através de técnicas de estado padrão, em uma função
de Lyapunov, como mostra a seguir:
W c = ξ T0 P ξ0 , (25)
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6. RESULTADOS
Inicialmente, serão apresentados os gráficos dos modos da viga sem a ação dos BNAs e na
ausência dos atuadores, tendo como frequências 76, 25Hz e 457, 28Hz, respectivamente. O
material utilizado para a viga foi o Alumı́nio com módulo de Young (E) igual a 65.109 GP a,
densidade (ρ) igual a 2890kg/m3 e coeficiente de Poisson (ν) igual a 0, 334 (Molter et al., 2010).
Os valores de Ea , d31a , b, ra , hs , Es , g31s , rs são os mesmos utilizados no trabalho de Molter
et al. (2010), e o ganho Gk para o primeiro modo é 1.1010 e para o segundo modo 2.107 . O
tamanho da malha utilizada foi 160x8 com elementos retangulares, tendo 1m de comprimento
por 0, 1m de altura. Veja o gráfico a seguir:
Para se comparar o comportamento das vigas com e sem controle, será analisado o
movimento transversal do último elemento em x e y, tendo como condições iniciais 0, 1m e
0, 1m/s. Dessa forma, quando não há BNA e nem o uso de piezoelétricos, o valor máximo
encontrado para a amplitude da resposta final foi de 0, 0103m, visto que esse retorno se refere
ao modo de vibração natural da viga.
Embora não apresentados neste trabalho, foram realizadas quatro simulações de BNA, sendo
elas com um, dois, três e cinco buracos, tendo como amplitude máxima 8, 3mm, 10, 1mm,
9, 1mm e 9, 4mm, respectivamente. Variando seus tamanhos (altura e largura), foram estudados
seus dois primeiros modos e seus respectivos deslocamentos finais. Em seguida, tomou-se como
base para a aplicação do controle ativo somente a viga que obteve o menor valor de amplitude
máxima, visto que se deseja encontrar a melhor opção para o controle de vibrações.
Desse modo, a viga com somente um BNA no centro foi a que melhor se adequou em relação
à menor amplitude obtida. À vista disso, os próximos gráficos apresentados serão referentes
somente aos dois modos da viga com somente um buraco, que tem como amplitude máxima
8, 3mm e frequências 14, 15Hz e 137, 46Hz, respectivamente. Veja seu deslocamento final no
gráfico abaixo:
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Como na análise realizada acima nos diz qual a configuração que proporcionou o menor
movimento final, usou-se essa situação favorável para acoplar o atuador piezoelétrico na viga,
de material PZT5A, considerando não haver perdas de propriedades mecânicas no acoplamento,
com módulo de Young (E) igual a 50.109 GP a, densidade (ρ) igual a 7600kg/m3 e com
constantes constitutivas c11 igual a 12, 1.1010 , c12 igual a 7, 54.1010 e c66 igual a 2, 26.1010
(Molter et al., 2010). Portanto, a partir dos dois primeiros modos da viga que contêm somente
um buraco, acrescentou-se 3 elementos, destacados na Fig. 6, com as caracterı́sticas de massa
e rigidez do material piezoelétrico, gerando como resposta final ao valor máximo da amplitude
7, 9mm e frequências 13, 73Hz e 130, 81Hz, respectivamente.
Afim de controlar ainda mais as vibrações que permanecem presentes na viga, utilizou-se o
controlador ótimo realimentado. No gráfico abaixo são apresentados os dois primeiros modos
sem e com controle, assim como a soma dos mesmos, sem e com controle:
Figura 7- Primeiro e segundo modo sem e com controle e a soma dos dois modos sem e com o controlador
ótimo realimentado.
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7. CONCLUSÃO
Tendo em vista os aspectos observados e a ideia principal do artigo, que era controlar as
vibrações presentes na viga engastada, utilizando dois tipos de controle, sendo eles o controle
passivo (via efeito de um BNA) e o controle ativo (via atuadores piezoelétricos e o controlador
ótimo realimentado), foi possı́vel constatar que o controle foi eficiente para o controle de
vibrações na estrutura.
Observou-se que a combinação do controle passivo com o controle ativo produz um
resultado satisfatório, gerando uma significativa diferença na amplitude da resposta final. As
simulações para o sistema de controle confirmaram a eficácia desta técnica de controle e os
resultados numéricos indicam que a quantidade de BNA pode ter influência considerável no
desempenho do controle do sistema integrado.
Por fim, vê-se que é necessário realizar uma análise mais aprofundada na configuração dos
BNAs, para que assim haja um desempenho melhor do controle passivo. Da mesma forma,
pode-se testar diferentes quantidades de atuadores piezoelétricos a serem acrescentados na viga,
para verificar quantos destes atuadores geram melhor eficiência para o controle das vibrações.
Agradecimentos
A autora Racquel Knust Domingues agradece à Universidade Federal de Pelotas pelo apoio,
suporte e financiamento através do Programa de Bolsas de Iniciação Tecnológica.
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————————————————————————————————————
Abstract. The objective of this work is to control the free vibrations present in a cantilever
beam, using two types of control, the passive and the active. As a passive control, the effect of
the Acoustic Black Hole, which consists of adding holes in the structure, in which the energy of
the vibration accumulates inside, and the vibration can then be softened. For active control,
a piezoelectric actuator was used, which is responsible for transforming the superimposed
electrical charge into a mechanical strain contrary to the beam strain, and the control strategy
employed is an optimized feedback controller. The Finite Element Method is used to discretize
the domain and thus obtain the beam modeling. Numerical simulations were obtained using
an implementation of the problem in the MATLAB software. It was possible to verify that the
combination of the controls used was effective, mainly the use of the optimized feedback control
for the control of vibrations in the structure.
Keywords: Vibration Control, Acoustic Black Holes, Finite Element Method, Optimal feedback
control
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Resumo. As tensões residuais são tensões internas que existem nos materiais,
independentemente da presença de quaisquer cargas externas, e estão presentes em todos os
componentes mecânicos, estruturas e tubulações, podendo afetar a vida em fadiga e o
desempenho dos mesmos. Compreender a natureza e a magnitude das tensões residuais, além
dos seus efeitos nas propriedades mecânicas dos materiais é, portanto, importante na
concepção dos componentes mecânicos. Os processos de soldagem são particularmente
geradores de tensões residuais devido à ação combinada da contração, aporte térmico e
transformações de fases, que ocorrem durante a solidificação da junta soldada. Sendo assim,
o presente artigo tem como objetivo analisar as tensões residuais geradas na soldagem por
resistência elétrica por ponto (RSW- Resistance Spot Welding) do aço HC420LA. Foi usada a
técnica de difração de raios-X, pelo método do sen2, para a medição das tensões residuais,
acompanhado da técnica de remoção de camadas, por polimento eletrolítico, para gerar um
perfil das mesmas nas camadas subsuperficiais do ponto de solda. Os resultados obtidos
mostraram que as tensões residuais são trativas na superfície do ponto soldado, sendo máxima
no centro, diminuindo gradativamente nas bordas do ponto.
1. INTRODUÇÃO
Aços de alta resistência e baixa liga, conhecidos pela sigla ARBL ou high-strength low-
alloy (HSLA), são definidos como a família de aços com composição química especialmente
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
O material selecionado para o presente estudo foi o aço de alta resistência e baixa liga
HC420LA, recebido na forma de chapa laminada de 2,0 mm de espessura, fabricado conforme
a norma DIN EN 10268. A Tabela 1 e a Tabela 2 apresentam, respectivamente, a composição
química e as propriedades mecânicas do aço HC420LA informadas pela norma.
Tabela 1 - Composição química do aço HC420LA (máx. % de peso) (Norma DIN EN 10268).
C Si Mn P S Al Ti Nb
0,14 0,5 1,6 0,030 0,025 0,015 0,15 0,09
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Duas amostras foram soldadas pelo processo de soldagem por resistência elétrica por
ponto, no Laboratório de Soldagem (LASOL), do Centro Federal de Educação Tecnológica
Celso Suckow do Rio de Janeiro (CEFET-RJ).
Os parâmetros de soldagem empregados para ambas as amostras estão listados nas
Tabelas 3 e 4.
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As tensões residuais foram medidas por difração de raios-X, pelo método do sen²ψ, no
Laboratório de Análise de Tensões (LAT) da Universidade Federal Fluminense (UFF),
utilizando o analisador de tensões XStress3000, da marca Stresstech. Os parâmetros de
calibração do equipamento utilizados são listados na Tabela 5.
Diâmetro do colimador 2 mm
Ângulo de incidência 2θ 156,42º
Ângulos de inclinação ψ [°] 0; 18; 27; 33; 45
Radiação Crα
Comprimento de onda λ [Å] 2,29092
Plano de difração [2 1 1]
Corrente 4,7 mA
Tensão 25 kV
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Além disso, foram medidas as tensões residuais no centro da pepita da amostra 2 nas
camadas subsuperficiais, por meio de polimento eletrolítico, onde a cada camada retirada de
material foi feita uma medição de tensão residual, tanto na direção longitudinal, que é a direção
de laminação da chapa, quanto na direção transversal. O objetivo foi gerar um perfil de tensões
residuais nas camadas subsuperficiais do ponto de solda.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 6 - Resultados das análises das tensões residuais na superfície dos pontos.
A soldagem por resistência elétrica por ponto gerou tensões residuais trativas no ponto de
solda. Além disso, as tensões residuais se mostraram maiores no centro do ponto de solda e
menores nas extremidades do ponto. Estes resultados estão coerentes com a literatura e
similares aos de Colombo et al. (2018), que relataram em sua pesquisa sobre soldagem a ponto
do aço TWIP valores de tensão residual decrescentes do centro em direção à borda da pepita.
É possível perceber que as tensões residuais foram consideravelmente elevadas, sendo a
máxima cerca de 500 MPa, ou seja, na mesma ordem de grandeza da tensão limite de
escoamento do material, o que pode ocasionar baixa vida em fadiga para o componente soldado,
considerando que tensões trativas são deletérias para a vida em serviço das juntas soldadas.
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No ponto do centro da pepita, que apresentou o maior valor de tensão residual foi realizado
o polimento eletrolítico, por remoção de camadas até a profundidade de 230 m, sendo que as
tensões residuais permaneceram trativas, apesar da relativa grande profundidade. Entretanto,
foi possível notar que as mesmas diminuíram gradativamente, até se tornarem constantes.
A Tabela 7 e a Fig. 4 mostram os perfis em profundidade das tensões residuais obtidos nas
direções, longitudinal e transversal.
Analisando os resultados obtidos, é possível notar que as tensões residuais são trativas em
toda a superfície e nas camadas subsuperficiais da pepita e tendem a estabilizar próximo a
80 μm de profundidade. Na superfície, nota-se valores elevados, na ordem de 500 MPa para
ambas as direções, entretanto, nas camadas subsuperficiais eles decrescem para cerca de
200 MPa.
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4. CONCLUSÕES
O estudo realizado, que teve como objetivo caracterizar as tensões residuais de uma chapa
de aço HC420LA soldada por resistência elétrica a ponto, permite as seguintes conclusões:
• As tensões residuais encontradas na superfície e subsuperfície da pepita tendem a ser
trativas e consideravelmente altas, podendo afetar a vida em fadiga do material, sendo de
grande importância levá-las em consideração no projeto mecânico.
• Os resultados obtidos na superfície das amostras mostraram que as tensões residuais
tendem a ter seu máximo próximo ao centro do ponto de solda e diminuem gradativamente
até atingir aproximadamente metade do valor inicial nas extremidades da pepita.
• O comportamento das tensões residuais nas camadas subsuperficiais indicou que estas
permanecem trativas em profundidade, porém diminuem gradativamente, até atingirem
valores constantes a cerca de 80 μm de profundidade.
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Abstract. Residual stress is an internal stress that exist in the materials, regardless of the
presence of any external loads, and are present in all mechanical components, structures and
pipelines, which can affect fatigue life and performance. Understanding the nature and
magnitude of residual stress, in addition to their effects on the mechanical properties of
materials, is therefore important in the design of mechanical components. Welding processes
are particularly generators of residual stresses due to the combined action of contraction,
thermal input and phase transformations, which occur during the solidification of the welded
joint. Thus, the present work aims to analyze the residual stress generated in resistance spot
welding (RSW) of HC420LA steel. The X-ray diffraction technique, by sen2 method, was used
to measure residual stress, accompanied by the layer removal technique, by electrolytic
polishing, to generate a profile in the subsurface layers of the nugget. The results obtained
showed that the residual stress is tensile on the surface of the welded nugget surface, being
maximum in the center, gradually decreasing at the nugget edges.
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1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
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2018 e 2019. Cabe acrescentar que uma das cultivares possui baixo afilhamento (URS Taura)
e a outra cultivar possui alto afilhamento (Brisasul), sendo que a capacidade de afilhar está
relacionada a emitir afilhos (novas plantas) a partir de uma planta inicial, processo que ocorre
no início do desenvolvimento da cultura. Nas análises, foram considerados os dados médios
envolvendo ambas cultivares e também os dados dos dois anos agrícolas individualmente a
fim de garantir um modelo seguro e com abrangência. As parcelas experimentais foram
constituídas por 5 linhas de 5 m de comprimento e espaçamento entrelinhas de 0,2 m,
totalizando 5 m2. Para verificação de efeitos significativos dos tratamentos foi aplicada
análise de variância (ANOVA) com nível de significância de 5%.
Para a modelagem do comportamento da produtividade de grãos de aveia foi utilizada
uma Rede Neural Artificial (RNA) do tipo feedforward, a Perceptron multicamadas, através
da ferramenta Neural Network Start do software MatLab. A estrutura da RNA implementada
foi baseada em três camadas, consistindo em camada de entrada, oculta e de saída. A função
de transferência utilizada foi a tangente hiperbólica. Para o treinamento da rede, foi
empregado o algoritmo de aprendizado Levenberg-Marquardt backpropagation.
Na camada de entrada da RNA foram considerados três neurônios, que consistem nas
variáveis de entrada, que são a densidade de semeadura, a precipitação pluviométrica e a
soma térmica ocorridas durante o ciclo. Estas variáveis meteorológicas foram escolhidas por
representarem fatores importantes para o desenvolvimento da planta, de modo que a soma
térmica ST envolve as temperaturas mínimas e máximas ocorridas no período de cultivo,
sendo determinada pela Eq. (1)
n
T Tmin i
ST = max i TB (1)
i 1 2
em que Tmax i
e Tmin i
são as temperaturas máxima e mínima diárias, respectivamente, n é o
número de dias do ciclo e TB é a temperatura basal de desenvolvimento da aveia (4ºC)
(Marolli et al., 2018). As variáveis meteorológicas foram obtidas através da estação
meteorológica automatizada, instalada a 200 metros do experimento.
Para a determinação do número de neurônios na camada escondida, seguiu-se a
metodologia de De Mamann et al. (2019), que analisa estruturas de RNA, de modo que o
número de neurônios escondidos tenha diferença igual ou superior a dois em relação aos
neurônios de entrada e que considera a RNA com menores erros quadráticos médios de treino
e validação. Neste sentido, foram testadas seis estruturas de rede, analisando,
respectivamente, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 neurônios na camada escondida, a fim de selecionar o
modelo com melhor desempenho segundo os critérios mencionados.
Quanto à camada de saída da RNA, utilizou-se um neurônio, referente à produtividade de
grãos de aveia, que é a saída desejada no modelo. Esta variável foi obtida a partir da colheita
das três linhas centrais de cada parcela experimental, que foram direcionadas ao laboratório
para correção da umidade de grãos para 13% e posterior pesagem, convertendo os valores
para a unidade de um hectare. Com os dados obtidos pela bioexperimentação, foram
interpoladas as densidades de 200 sementes m-2, 400 sementes m-2, 500 sementes m-2, 700
sementes m-2 e 800 sementes m-2.
O aprendizado da RNA foi realizado com os dados das amostras obtidas
experimentalmente, independente de cultivar, totalizando 72 amostras (para nove densidades
de semeadura, dois anos de cultivo e quatro repetições). As variáveis de entrada e de saída
foram normalizadas para realizar o treinamento, validação e teste da rede, através da Eq. (2)
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2.( R Rmin )
N= 1 (2)
( Rmax Rmin )
em que N é o valor normalizado, R é o valor real a ser normalizado, e Rmin e Rmax são os
valores mínimo e máximo do conjunto de dados reais, respectivamente. Esta normalização
adequou os valores no intervalo considerado pela função de transferência (De Mamann et al.,
2019). O conjunto de dados foi dividido aleatoriamente, de modo que 70% foi empregado no
treinamento, 15% na validação e 15% no teste.
As simulações foram realizadas em cada densidade de semeadura, utilizando a média da
precipitação e da soma térmica dos dois anos agrícolas. Os valores simulados pela RNA
foram comparados com os valores médios da produtividade de grãos em cada densidade
considerada, envolvendo os efeitos de ano agrícola e de cultivar concomitantemente. Para
avaliação deste modelo, foram analisados os erros absolutos e percentuais das simulações em
comparação aos desvios-padrão das médias de produtividade de grãos obtidas
experimentalmente em cada densidade de semeadura.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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necessita de grandes precipitações, desde que ocorra a devida umidade do solo ao longo do
ciclo (Peretti et al., 2017).
As variáveis meteorológicas exercem influências significativas no desenvolvimento de
plantas. Deste modo, pesquisas vêm sendo desenvolvidas nesse sentido. Junges & Fontana
(2011) utilizaram modelos de regressão linear múltipla, empregando variáveis
agrometeorológicas e espectrais, para estimativa de rendimento de grãos de trigo. Marolli et
al. (2018), através de modelos estatísticos, simularam a produtividade de biomassa em aveia
por elementos climáticos, nitrogênio e regulador de crescimento. Mocinho Júnior et al. (2019)
estimaram a produção do milho por meio da calibração de modelos estatísticos, fazendo uso
de variáveis climáticas, como temperatura do ar, precipitação pluvial, evapotranspiração
potencial, e déficit e excesso hídrico. Estas evidências reafirmam a necessidade de incluir
condições ambientais nos modelos utilizados nas simulações de processos agrícolas.
Com os dados normalizados das amostras experimentais foi possível então analisar qual a
arquitetura seria utilizada no modelo de rede neural artificial, quanto ao número de neurônios
na camada escondida. Ao serem analisados os erros quadráticos médios do treino e validação
de cada uma das RNAs considerando as estruturas de 5, 6, 7, 8, 9 e 10 neurônios, optou-se
pela estrutura com 5 neurônios. Este modelo, em comparação aos demais, obteve os menores
erros quadráticos de treino e validação, com valores de 0,0524 e 0,0636, respectivamente. O
erro quadrático médio do teste também foi reduzido, com valor de 0,1163. Cabe acrescentar
que estes números não possuem unidade, por estarem relacionados aos dados normalizados.
Na Tabela 2, são apresentadas as produtividades médias de grãos observadas
experimentalmente em cada densidade de semeadura, em ambos anos de cultivo,
conjuntamente ao desvio-padrão absoluto e percentual relativo à cada uma destas médias.
Também são apresentados os valores de produtividade simulados pelo modelo via RNA e os
respectivos erros absolutos e percentuais.
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4. CONCLUSÕES
Agradecimentos
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Abstract.
In this paper, an Eulerian-Lagrange Method of Fundamental Solution (ELMFS) method is
proposed for the solutions of a one-dimensional first-order wave equation. We used the Euler-
Lagrange Method (ELM) to modify the coordinates moving the solution along the characteristic
lines handling with the advection velocity field using the method of fundamental solution to
solve the diffusion equation, it is possible to obtain the solution for the advection equation.
The evaluated results were compared with the analytical and forward Euler scheme of finite
difference method to determine and compare the accuracy. The parameters of the numerical
method, like the distance between the source and collocation points and the number of
collocation points, were analyzed to achieve high accuracy in the results.
1. INTRODUCTION
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distributed source and boundary points is necessary during the numerical implementation. In
this regards Method of Fundamental Solution (MFS) was first introduced by Kupradze and
Aleksidze (1964) to solve partial differential equations and then Mathon and Johnston (1977)
used the MFS as a numerical method to solve elliptic boundary value problems. Over the past
30 years, MFS has been widely used for the numerical approximation of a large variety of
physical problems like potential flow, the biharmonic equations, the Poisson problems, heat and
mass transfer equations. The general concept of the MFS is that the solution is approximated
by a linear combination of fundamental solutions as regards source points located outside
the solution domain that can exactly satisfy the governing partial differential equation of the
problem, such way that only boundary conditions at boundary collocations need to be satisfied.
Hui and Qing-Hua (2019) pointed out as some advantages of MFS over BEM method, like no
needed integration over domain boundary, easy and direct implementation even for irregular
domains, high numerical accuracy, and fast convergence has also been proven.
Young et al. (2006) proposed a novel method to take into account the advective term to
evaluate the transport equations phenomena. The Eulerian-Lagrangian method of fundamental
solution was developed by combining the Eulerian-Lagrangian Method (ELM) and the method
of fundamental solution, to change the fixed Eulerian coordinate in a moving Lagrangian
coordinate, and thus displace the results along the line of characteristics. Such combination was
successfully implemented with the BEM to solve advection-diffusion. However, more advances
were made on the ELMFS, and the method was applied to the multidimensional advection-
diffusion equation, Young et al. (2008) and Young et al. (2009) adopted this formulation to solve
two-dimensional unsteady Burger’s equation and incompressible Navier-Stokes problems.
The aim of this study is to demonstrate the capability of the ELMFS to solve a
one-dimensional first-order wave propagation equation, compare the results with the well
established forward Euler scheme of finite difference method and analyze the inherent
parameters of the method. The governing equations and numerical method procedure are
explained in Sections 2. The numerical experiments and conclusions are provided, respectively,
in Sections 3 and 4.
The partial differential equation describing the process of conservative scalar transport in
the one-dimension domain subject to diffusion and advection phenomena is written as below :
∂u ∂u ∂ 2u
+v =α 2 (1)
∂t ∂x ∂x
where u is the scalar at location x and time level t, v is the velocity of a component in the
x-direction, and α is the diffusion coefficient. Eq.(1) simulates process named convection and
diffusion. According to Gu et al. (2009), the left-hand side of the equation can be transformed
into a material derivative and the Eq.(1) can be transformed into a diffusion equation in the
Lagrangian coordinates as follows,
Du ∂ 2u D ∂ ∂
= α 2, where = + (2)
Dt ∂x Dt ∂t ∂x
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vL convection transport
Pe = = (3)
α diffusion transport
where L is a characteristic length scale, v is the velocity field magnitude, and α is the diffusion
coefficient. Huysmans and Dassargues (2005) analyzed various definitions of the equation
above for systems with low permeability and concluded that, if the Peclet number is greater
than one (e.g. Pe > 10), the effects of convection term is significantly higher than the diffusion
transport, and hence, physically, convection dominates the transport and the diffusion term is
negligible. Otherwise, if the Peclet number is lower than one (Pe << 1), the diffusion term
dominates the process and the advection term can be neglected.
The fundamental solution depends on the operator in the governing model of the considered
problem. For the one-dimensional diffusion equation, the fundamental solution is given in the
form
−|x − xS |2
exp
4α(t − tS )
G(x, t, xS , tS ) = H(t − tS ) (4)
[4πα(t − tS )]
where G(x, t, xS , tS ) is the fundamental solution of the linear diffusion equation, x and xS are
the spatial coordinates of the boundary and source points, t and tS are the temporal coordinates
of the boundary and source points, respectively. Note that, the Eq.(4) is a function of the distance
between the points at the boundary and the source points which are located outside the domain
on the so-called virtual boundary, represented by dashed lines in Figure 1.
The distribution of source points at a virtual boundary for an irregular domain is presented
in Figure 1a. In this work, the source points are distributed along the x-axis at the distance d
perpendicular to the time axis as presented in Figure 1b. In this approach used by Grabski (2019)
to solve transient heat conduction problems, the number of source points in the virtual boundary
and the collocation points at the real boundary and initial time is the same, to form a squared
matrix of coefficients. In the application of the method of fundamental solution, the solution
of the problem governed by the diffusion equation is approximated as a linear combination of
fundamental solutions
NS
X
u(x) ≈ cj G(x, t, xS , tS ), x ∈ Ω, xS ∈
/Ω (5)
j=1
where G is the fundamental solution matrix and c is a vector of unknown coefficients. The
approximation exactly satisfies the initial and boundary conditions of the partial differential
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(a) (b)
Figure 1- (a) Schematic diagram for the distribution of source and boundary points for generic domain
shape. (b) Schematic diagram for the location of source points and field points on the 1D space–time
domain.
equation due to the non-overlapping of the source points and the collocation points. Thus, a
linear system of equations Gc = b is formed, where b is a vector with values at the boundary
and initial conditions. This resultant system of equations may become highly ill-conditioned
when the number of source points is increased or depending on the location of source points.
To mitigate this drawback, the Tikhonov regularization was employed in the form
cλ = (GT G + λI)−1 GT b (6)
where λ > 0 is the regularization parameter. The regularization parameter is the value that
minimize the expression below and is acquired finding the L-curve corner, as described by
Hansen (1992),
min kGc − bk2 + λ kck2
(7)
where the first term is the residuals, and the second term is the norm of solution. The parameter
in this work is λ =10-10 .
In the Euler-Lagrange method of fundamental solution (ELMFS) proposed by Young et al.
(2006), the diffusion results at (n + 1)∆t are evaluated by solving the Eq. (5). Afterwards, the
numerical results of diffusion are moved along the line of characteristics, once the advection
velocity is expressed in terms of spatial and time increments as
dx
u= , xn+1 = xn + u(∆t) (8)
dt
2.3 Forward Euler scheme
An explicit form of the finite difference method was used to approximate the solution of the
proposed model equation. The solution of partial differential equation with the forward Euler
scheme consists of approximate the time derivative using a forward difference, and a central
difference for second-order spatial derivative as implemented by Langtangen and Linge (2017).
Thus the Eq.(2) can be written as
un+1
i − uni uni+1 − 2uni + uni−1
=α (9)
∆t ∆x2
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∆t 1
un+1
i = uni + F (uni+1 − 2uni + uni−1 ), F =α 2
≤ (10)
∆x 2
where F in the Fourier mesh number, a stability criteria parameter that considers the
discretization to assure the convergence of finite difference method.
3. NUMERICAL EXPERIMENT
∂ϕ ∂ϕ
+v =0 (11)
∂t ∂x
The initial condition was proposed as half sinusoidal function, and the boundary condition
of the first kind as follows,
sin(x)
−π ≤ x ≤ π
ϕ(x, t)t=0 = 2 (12)
0 otherwise
using separation on variables the analytical solution can be obtained using the expression:
sin(x − t)
−π ≤ x − t ≤ π
ϕ(x, t) = 2 (14)
0 otherwise
Figure 2 shows the analytical and the numerical results obtained using the FDM and ELMFS for
several frames in time. Both methods tested in this case are in concordance with the analytical
solution. The numerical evaluation of MFS and FDM uses the same number of collocation
points, Nt = 30 collocation points at time discretization and Nx = 50 collocation points space
discretization. This discretization ensures compliance with the stability criterion for the Forward
Euler scheme settled in Eq.(10), where F = 0.44. The number of source points used for MFS is
calculated as Ns = 2(Nt+1)+Nx, to form a square matrix of fundamental solution.
Golberg et al. (1996) and Grabski (2019) showed that the distance d between the source
points and the boundary points is an important parameter for the accuracy of the method of
fundamental solutions. For the distribution type of sources points (see Figure 1b) used in this
work, they are directly present in the fundamental solution of partial differential equation in the
term (t − tS ). Furthermore, the source points were placed at distances ranging from 10-2 to 108
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to choose the best distance making the results more accurate. The results were compared with
the analytical solution using the root mean squared error RMSE as shown in Eq.(15) below,
v
u
u 1 X Ns
(i) (i)
RMSE = t (uNumerical − uAnalytical )2 (15)
Ns i=1
Analytic Analytic
0.5 ELMFS 0.5 ELMFS
FDM FDM
0.0 0.0
0.5 0.5
Time: 0.0 Time: 3.2
5 0 5 10 5 0 5 10
x x
Analytic Analytic
0.5 ELMFS 0.5 ELMFS
FDM FDM
0.0 0.0
0.5 0.5
Time: 6.4 Time: 9.6
5 0 5 10 5 0 5 10
x x
Figure 2- Analytical (solid line), Finite Difference Method (black circle) and Euler-Lagrange Method of
Fundamental Solution (red points) frame results for different times.
Analyzing the results in Figure 3, it is possible to notice that the increase in the distance
between source points present in the virtual boundary and collocation points in the real boundary
reduces the error between the exact solution and the numerical solution with ELMFS. Compared
to the results of the finite difference method, the source points must be positioned at a distance
of 108 to achieve the same error order. This value is related to diffusion coefficient, once both
appear in denominator of fundamental solution, if they have same order, a high accuracy is
obtained. Another approach to check the accuracy of the method was the variation in the number
of source points and, consequently, placement points, as they are related. In Figure 3 (Right) it
is noticed that there is a decrease in the error with the increase in the number of points used in
the solution.
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10 2
FDM NT=20, t=0.60
ELMFS 0.04 NT=50, t=0.25
10 4 NT=100, t=0.12
0.03
RMSE
RMSE
10 6
0.02
10 8 0.01
FDM: 2.60e-10
0.00
10 1 101 103 105 107 0.0 2.5 5.0 7.5 10.0
d Time
Figure 3- (Left) Errors analysis for the distance d from virtual boundary to real boundary (Right) Errors
analysis for the number of collocation points in time axis for a fixed d = 1.
Error 1e 8
0.4 2.0
0.2 1.5
elmfs
0.0 1.0
0.2 0.5
0.4
12 12
10 10
8 8
5 0 6t 5 0 6t
5 10 4 5 10 4
x 15 20 2 x 15 20 2
0 0
Figure 4a shows the solution surface for wave propagation over the whole domain using
ELMFS. It is possible to notice that the coordinate changes along the characteristic line. In
Figure 4b the absolute error between the analytical result and the numerical result is shown.
The larger errors are localized at the peaks of wave and tend to increase with the time evolution.
Even we assume the low diffusion coefficients (α = 10-9 ), the equation was solved using the
diffusion fundamental solution, and the diffusion coefficient influences the evaluation. However,
for the time simulated the maximum absolute error is of the order of 10-8 .
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4. CONCLUSIONS
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UFF – Universidade Federal Fluminense – Escola de Engenharia/PGMEC, Rua Passo da Pátria, 156,
Bloco D, Sala 302, CEP 24210-240, São Domingos, Niterói – RJ
Resumo. Os aços de alta resistência e baixa liga (ARBL) têm grande importância na fabricação
de tubos de grandes diâmetros para transporte de óleo e gás. O conhecimento do estado de
tensões residuais é de grande importância para garantir a segurança de estruturas e
componentes, principalmente daqueles que trabalham em condições extremas. Por este fato,
oferecer alternativas de técnicas que facilitem a qualificação e a quantificação das tensões
residuais é tarefa de grande importância. Existem várias técnicas disponíveis para medição
das tensões residuais, dentre elas destacam-se a difração de raios-X, ultrassom, ruído
magnético Barkhausen (RMB), entre outros. Assim sendo, o presente trabalho tem por objetivo
estudar as tensões residuais em amostras de aço API 5L X80 por duas técnicas não destrutivas.
A primeira, por difração de raios-X é bem estabelecida e considerada como a técnica de
validação, já a técnica por RMB está em desenvolvimento. Os resultados mostraram coerência
entre as duas técnicas, verificando que o ruído Barkhausen coincidiu com o estado de tensões
residuais medidas por difração de raios-X. O espectro de frequência conferiu melhor
visualização do ruído magnético Barkhausen produzido e as envoltórias permitiram
caracterizar o comportamento do sinal nas amostras com diferentes níveis de tensão, conforme
suas naturezas.
Palavras chave: Tensões residuais, Aço API-5LX80, Difração de raios-X, Ruído magnético
Barkhausen
1. INTRODUÇÃO
Os aços de alta resistência e baixa liga (ARBL) são aços microligados, que possuem
pequenas quantidades de elementos de liga em sua composição para garantir alta resistência
combinada com elevada tenacidade. São amplamente utilizados para fabricação de tubos de
grandes diâmetros, usados no transporte de petróleo, gás e derivados e são classificados pela
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norma API 5L (American Petroleum Institute) para padronizar os requisitos técnicos exigidos
de modo a minimizar falhas prematuras (Drumond et al., 2018).
O surgimento de tensões residuais é intrínseco a todos os processos de fabricação e sob
ação externa, as tensões residuais e aplicadas podem somar-se mesmo no regime elástico, e
causar a ruptura inesperada e prematura do componente (Cindra Fonseca et al., 2012) . A
determinação da magnitude e distribuição das tensões é importante para assegurar o
desempenho mecânico do material e garantir credibilidade na análise da integridade estrutural
do componente (Lothhammer et al., 2017).
Nas últimas décadas, diferentes métodos foram desenvolvidos para medir as tensões
residuais em diferentes tipos de materiais e componentes. Algumas técnicas, tais como furo
cego e método de remoção de camadas são chamadas de destrutivas, enquanto entre as não-
destrutivas se destacam a difração de raios-X, difração de nêutrons, ultrassom e magnética.
A técnica por difração de raios-X, é bem estabelecida e eficaz na determinação das tensões,
residuais e aplicadas, em materiais cristalinos (Sherry et al., 2018). Ela permite qualificar e
quantificar em magnitude e direção as tensões superficiais existentes em dado ponto do
material. Os seus princípios básicos foram desenvolvidos há mais de cinquenta anos e são
baseados em duas teorias: a teoria da difração de raios-X em materiais cristalinos e a teoria da
elasticidade do material sólido, oriunda da mecânica dos sólidos (ROSSINI et al., 2012.).
Outra técnica não-destrutiva de análise de tensões residuais e ainda não completamente
estabelecida é a RMB (ruído magnético Barkhausen), que vem ganhando destaque e se baseia
no efeito que a presença de tensões mecânicas e/ou descontinuidades microestruturais exerce
no movimento das paredes dos domínios magnéticos em materiais ferromagnéticos (Grijalba &
Padovese, 2018), durante o processo de magnetização, sem causar danos à integridade do
material (Scotti et al., 2014), demonstrando grande potencial na aplicação em campo (Pal’a &
Usak, 2015).
Assim sendo, o presente trabalho apresenta um estudo comparativo das tensões residuais
em amostras de aço X80, analisadas por difração de raios-X e por ruído magnético Barkhausen
(RMB).
2. MATERIAIS E MÉTODOS
O material utilizado para o presente trabalho foi o aço API 5L X80, produzido pela
Usiminas, por laminação controlada a quente. As especificações, composição química e
propriedades mecânicas informadas pelo fabricante estão representadas nas Tabelas 1 e 2,
respectivamente.
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Velocidade
Profundidade de corte
Amostra superficial da peça
(ap) (mm)
(Vw) (m/min)
A1
A2 0,05 16
A3
A4
0,10 10
A5
Após o preparo de todas as amostras, as tensões residuais foram medidas por difração de
raios-X, com o método do sen²ψ, utilizando o analisador de tensões Xtress 3000 (Fig. 1), no
Laboratório de análise de tensões (LAT/UFF). Foi utilizada radiação CrKα para difratar o plano
(211) da ferrita.
a) b)
Figura 2 – Analisador de tensões X-Stress3000: (a) Sistema de medição;
(b) Equipamento completo com unidade de controle e software.
Para a análise por ruído magnético Barkhausen, foram-se medidos os valores de ruído e a
partir deles foi possível realizar a extração dos sinais através do software MatLab, permitindo
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tensões Residuais
Amostra
(MPa)
A1 -350 ±6
A2 -420 ±10
A3 10 ±5
A4 270 ±4
A5 240 ±5
A Figura 3 possibilita visualizar de forma mais clara a diferença entre os resultados obtidos
para cada amostra.
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A1
A2
A3
A4
A5
(a) (b)
O processamento de sinais também permitiu a extração dos gráficos do valor médio de ruído
(RMS), para uma determinada amostra em uma determinada frequência de excitação. Após
compilar os valores médios foi feita a correlação dos resultados de RMB com os de difração de
raios-X conforme a Erro! Fonte de referência não encontrada.5 com frequência de 10 Hz e
a Fig. 6, com frequência de 50 Hz.
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Figura 6 – Tensões residuais por difração de raios-X vs. RMB para f = 50 Hz.
É possível observar graficamente que os resultados de RMB para 50Hz apresentaram uma
correlação maior com os resultados da tensão residual por difração de raios-X. Entretanto, em
ambos os cenários foi possível notar o mesmo comportamento de crescimento do RMB para os
casos de tensão residual trativa.
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4. CONCLUSÕES
Agradecimentos
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Abstract. High-strength and low-alloy steels (ARBL) are of great importance in the
manufacture of large diameter pipes for transporting oil and gas. Knowledge of the state of
residual stresses is of great importance to guarantee the safety of structures and components,
especially those that work in extreme conditions. For this reason, offering alternative
techniques that facilitate the qualification and quantification of residual stresses is a task of
great importance. There are several techniques available for measuring residual stresses,
including X-ray diffraction, ultrasound, Barkhausen magnetic noise (RMB), among others.
Therefore, the present work aims to study the residual stresses in steel samples API 5L X80 by
three non-destructive techniques. The first, by X-ray diffraction is well established and
considered as the validation technique, whereas the RMB technique is under development. The
results showed consistency between the two techniques, verifying that the Barkhausen noise
coincided with the state of residual stresses measured by X-ray diffraction. The frequency
spectrum provided a better visualization of the Barkhausen magnetic noise produced and the
envelopes allowed to characterize the behavior of the signal in samples with different stresses
levels, according to their nature.
Keywords: Residuals stresses, API-5LX80 Steel, X-ray difraction, Magnetic Barkhausen noise
Technique
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Abstract. This work studies the syphilis transmission process in the Brazilian population
and its impact on infant mortality through a compartmental mathematical model (vertical
transmission). Using official data, a numerical experiment is carried out whose results indicate
the growth of the disease among the population of pregnant women.
1. INTRODUCTION
Syphilis is a human infection disease transmitted through sexual contact. It is caused by the
bacterium Treponema Pallidum and it’s among the major causes of illness in the world, and a
serious public health problem in developing countries (17), although the first recorded outbreak
of syphilis is Europe occurred in 1494/1495 in Italy during a french invasion (5). In 16th to
through 19th centuries, syphilis was one of the largest public health burdens in prevalence,
symptoms and disability (11). In 20th century the treatment suffer a great improvement with
the advances in microbiology and pharmacology. The vertical transmission, from infected
mother to fetus causes a congenital infection. In Brazil, there has been a significant increase
in cases of acquired syphilis, as well as among pregnant women, in recent years (16). Figure
1 shows the evolution of cases among pregnant women in Brazil. It is observed that in 2018,
62.59 cases/1,000 live births were registered, and in the first half of 2019 there were already
11,759 new cases. The Figure also shows the evolution of cases of congenital syphilis, which
follows the same upward trend. All of this information raises great concerns and needs to be
studied seriously. According Avelleira and Bottino (3), embryo infection can occur at any stage
gestational age or stage of maternal illness. Contamination of the fetus can cause abortion, fetal
death and neonatal death in 40% of infected concepts or the birth of children with syphilis.
Approximately 50% of infected children are asymptomatic at birth. The risk of contagion
varies from 10% to 60% according to most authors (3). Incidence rate of congenital syphilis in
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Figure 1- Left-Cases(per 1.000 live births) of pregnant women with syphilis. Right - Cases (per 1.000
live births) of congenital syphilis in children under one year of age.
children under 1 year of age is about 8.383 (per 1000 live births) (14). Average mortality rate
(non-congenital) per 1000000 inhabitants is 0.156 (12) and for congenital siphylis is 3.716 per
100000 inhabitants. All this information reinforces the need to study vertical transmission of
the disease. One way to do this is through mathematical modeling. Garnett et al. (6) proposed a
mathematical model that admits multiple stages of infection, where the individual when treated
in the latent or tertiary stages acquires temporary immunity. The work published by Grassly
et al. (7), in 2005, uses real data on syphilis cases between 1941 and 2002 for 68 cities in
the United States with a SIRS model. Additionally, Milner and Zhao (13), in a 2010 article,
proposed a model that considers behaviors, such as safe sexual activity, to control the epidemic,
and emphasize that secondary and later infections confer partial immunity to the individual.
In a 2016 study, Iboi and Okuonghae (10) presented a new deterministic mathematical model
that addresses the distinction between early and late latent stages, in addition to considering
that there have a reversal for individuals infected in the early latent stage to the primary or
secondary stages of the infection. In 2018, Gumel et al. (8) presented a deterministic sex-
structured mathematical model of the population and Okuonghae et al. (15) developed a new
mathematical model that allows preventive strategies against the spread of syphilis. Abdullahi
et al. (1) develop a non-linear mathematical model to analyze the existence and uniqueness of
the system of equations using the Lipchitz criteria (4). In this context, mathematical modeling
can be used to better understand the transmission in a population and the resurgence of syphilis
in countries as Brazil. So based on cited models, this work proposes a practical application in
Brazilian scenario, including vertical transmission of the disease.
The model considers different compartments (Figure 2): Susceptible male (Sm (t)),
Susceptible female (Sf (t)), Suscetible babies (Sb (t)), Infected male (Im (t)), Infected female
(If (t)), Infected pregnant (Ip (t)), Infected babies (Ib (t)), Complications (C(t)) and Treated
(T (t)). The nine compartments sub-divides the total population (N (t)) at time t. The model
assumes the following hypothesis:the susceptible individuals have no contact with the infection
until the sexual contact with infected individuals; only the infected population who effectively
contacted the infection, can transmit it through sexual contact; the individuals with medical
complications have infection at a stage that can leads to other diseases or death; the treated
population has the individuals recovered due treatment. And uses as parameters the following
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positive constants: α1 , α2 - contact rates for male and female; β1 , β2 - rate of progression
of infected classes into the complication class; r1 , r2 - recovery rates; k - fertility rate; k̄ -
contamination rate of babies born of infected mothers; ν - treated rate of complications class;
δ - syphilis induced death rate; δ̄ - syphilis induced death rate for babies. The corresponding
mathematical model is given as:
α1
Sm Im
β1
r1
ν δ
T C
r2
r2 β2
β2
α2 k (1 − k̄)
Sf If Ip Sb
k̄
δ̄
Ib
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3. NUMERICAL EXPERIMENT
Through the model presented at last section, we perform a numerical experiment for the
infection in Brazil. The experiment considers r1 = r2 = 0.142857 days−1 ; ν = 0.03571
days−1 ; α1 = 0.10115/100000 inhabitants; α2 = 0.06885/100000 inhabitants; β1 = 0.08571
days−1 ; β2 = 0.05714 days−1 ; k = 0.00000174; k̄ = 0.07; δ = 0.0156/100000 inhabitants;
δ̄ = 0.006307; and the initial conditions: Sm (0) = Sf (0) = 10000; Im (0) = 1970;
If (0) = 1380; Ip (0) = 1360; Sb (0) = Ib (0) = C(0) = R(0) = 0. The main results can
be observed at Figure 3.
Figure 3- Solution for the acumulated population of Infected Pregnants, Babies and Dead Babies.
The Figure shows the cumulative populations of infected pregnants, infected babies and
dead babies due to syphilis. Such results indicate the growth of these populations. Considering
that the input data correspond to the state of the Brazilian population in 2017, so the numerical
experiment reproduces 2018 dynamics. The goal was to compare the simulation with the real
data. We observe the results are in agreement with those observed through official data (14)
that registred 63983 cases of pregnantes with syphilis, 26219 cases of infected babies and 241
dead babies in 2018. So the experiment presented a plausible result when compared to official
statistics. The results for male and female infected followed the same behavior (2).
4. CONCLUSIONS
In view of the importance of syphilis in Brazil, where the number of cases is alarming,
strongly affecting the population of pregnant women, studies that help to understand the
transmission process in this population and its impact on infant mortality are of great use. The
work proposes a mathematical model for the vertical transmission of syphilis that was tested
with the data provided publicly by the Ministry of Health, showing itself to be an interesting
tool in the estimation of new cases, which constitutes important information in planning to
combat the epidemic in Brazil.
Acknowledgements
This study was financed in part by the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nı́vel
Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001.
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1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
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interpoladas as densidades de 200 sementes m-2, 400 sementes m-2, 500 sementes m-2, 700
sementes m-2 e 800 sementes m-2.
As variáveis de interesse relacionadas à produtividade de grãos (PG) e ao índice de
colheita da panícula (ICP) foram obtidas ao fim do ciclo da cultura. A variável PG foi obtida a
partir da colheita das três linhas centrais de cada parcela experimental, que foram
direcionadas ao laboratório para correção da umidade de grãos para 13% e posterior pesagem,
convertendo os valores para a unidade de um hectare. Para a obtenção da variável ICP, foram
mensurados os dados de cinco panículas de cada parcela, considerando o ICP médio destas
panículas. O ICP é dado pela Eq. (1)
MGP
ICP (1)
MP
2.( R Rmin )
N= 1 (2)
( Rmax Rmin )
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em que N é o valor normalizado, R é o valor real a ser normalizado, e Rmin e Rmax são os
valores mínimo e máximo do conjunto de dados reais, respectivamente. Esta normalização
adequou os valores no intervalo considerado pela função de transferência (De Mamann et al.,
2019).
Para realizar as simulações foram consideradas as densidades e os valores médios de ICP.
A produtividade de grãos simulada em cada caso foi comparada com a respectiva
produtividade média de grãos obtida experimentalmente. Para análise dos dados, foram
comparados os valores absolutos e percentuais de desvio-padrão dos dados experimentais e os
erros absolutos e percentuais das simulações.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Percebe-se bons índices de colheita da panícula com valores iguais ou superiores a 0,839,
chegando a atingir 0,903, sendo que quanto mais próximo o índice é de 1, mais significativa é
a massa de grãos da panícula em relação à massa total da mesma. Trabalhos envolvendo
densidade de semeadura e características da panícula vêm sendo desenvolvidos. Marolli et al.
(2017) definiram a dose ótima de regulador de crescimento em aveia, utilizando variáveis
ligadas à panícula, através de modelos de regressão. Scremin et al. (2017) analisaram as
diferentes relações entre a densidade de semeadura e a época de aplicação de nitrogênio, na
obtenção de uma melhor supressão do azevém e maior expressão dos caracteres de produção
de aveia, utilizando regressões e outros modelos estatísticos. Mantai et al. (2020) analisaram a
contribuição e a dinâmica das relações dos componentes da panícula da aveia com a
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Tabela 2 - Erros quadráticos médios de treino, validação e teste em cada estrutura de RNA.
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De modo geral, é possível perceber erros absolutos reduzidos quando comparados aos
valores de desvio-padrão dos dados experimentais. Além disso, percebe-se um erro percentual
médio baixo, com valor de 2,9%, enquanto o desvio-padrão percentual dos dados
experimentais é de 15,2%. Esses resultados evidenciam a eficiência do modelo via RNA
desenvolvido na simulação da produtividade de grãos de aveia.
Diversos trabalhos vêm sendo desenvolvidos com o uso de redes neurais artificiais
envolvendo plantas, também com resultados satisfatórios. Trindade et al. (2016) avaliaram a
eficiência da estimação simultânea de índices morfométricos da copa de árvores de eucalipto
através de redes neurais artificiais, que demonstraram adequabilidade e precisão para estimar
os índices. Magalhães Junior, Santos e Sáfadi (2019) classificaram imagens radiografadas de
sementes de girassol quanto ao seu nível de dano. Oda et al. (2019) analisaram a estabilidade
e adaptabilidade do rendimento de grãos de soja, utilizando métodos tradicionais e redes
neurais artificiais. Neste sentido, é evidenciada a eficiência das RNAs na resolução de
problemas no contexto agrícola.
4. CONCLUSÕES
Agradecimentos
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22.
Abstract. Artificial neural networks (ANNs) are important allies in the description of
agricultural processes. The cultivation of oat is affected by the seeding density, which
influences the indicators related to panicles, bringing impacts on grain productivity. The
objective of this study is to train an ANN model to estimate the oat grain productivity, as a
function of seeding density and the panicle harvest index. For this study, an experiment was
developed under real cultivation conditions, with a randomized block design, with 4
replications. The ANN used was feedforward, multilayer Perceptron, with 1 input layer, 1
hidden layer and 1 output layer. It was used 2 input neurons, 4 hidden neurons and 1 output
neuron. The learning algorithm applied was Levenberg-Marquardt backpropagation and the
activation function used was the hyperbolic tangent. The simulations showed an average
percentage error of 2.9%, with errors smaller than the standard deviations of the
experimental data. The developed ANN efficiently models the oat grains productivity,
considering seeding density and panicle harvest index.
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Resumo. As placas volares têm sido cada vez mais utilizadas em procedimentos cirúrgicos
que visam estabilizar fraturas na região distal do rádio. No Brasil, a maioria das placas é
produzida com aço inoxidável austenítico. O objetivo deste trabalho é comparar, por meio de
um modelo paramétrico em elementos finitos, a rigidez sob esforços de tração e compressão
de uma estrutura composta por um rádio fraturado, uma placa volar e parafusos de fixação.
Estudou-se um modelo de placa feito de aço inoxidável 316L (ASTM F138). As simulações
numéricas foram realizadas trabalhando-se em conjunto com dois softwares de cálculos
numéricos, Matlab e Ansys Mechanical. Foram aplicados esforços de tração e de
compressão, com esfera de 5,0 mm de diâmetro e também com carregamento pontual. Os
resultados obtidos revelaram não uniformidades nos valores de rigidez obtidos tanto para
compressão quanto para tração, devido principalmente à geometria complexa do sistema.
Além disto, notou-se que para o ensaio de compressão pontual, houve contato entre a parte
distal do osso e a face externa da região proximal. Em ambas as simulações atingiu-se o
limite de escoamento do aço antes de se aplicar o deslocamento máximo de 1,0 mm.
Palavras-chave: Placa volar, Aço inoxidável 316L (ASTM F318), Método dos Elementos
Finitos.
1. INTRODUÇÃO
As fraturas no rádio distal ocorrem, por ano, em cerca de trinta e duas a cada dez mil
pessoas (Mulders et al., 2019) e sua incidência está crescendo em todo o mundo (MacIntyre &
Dewan, 2016). Uma das formas de tratamento mais utilizadas para tais fraturas é o uso de
placas volares, devido a sua eficácia no tempo de recuperação e na retomada dos movimentos
por parte dos pacientes, além das complicações funcionais causadas pelos demais tipos de
tratamento (Mulders et al., 2019). Com o aumento de cirurgias com uso de placa volar, surgiu
uma variedade de modelos de implante, apresentando diferentes formatos, como tamanho,
disposição dos parafusos e material utilizado (Souer et al., 2010). O aço inoxidável é o
material mais utilizado para implantes ortopédicos no Brasil, devido a fatores como a
resistência mecânica e o baixo custo (Fonseca et al., 2011). Na literatura internacional, a
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maioria dos casos estudados refere-se ao titânio comercialmente puro ou à liga Ti6Al4V pois
apresenta vantagens técnicas em relação ao aço inoxidável, como maior resistência à
corrosão, mais baixo módulo de elasticidade e maior limite de escoamento. Entretanto, no
Brasil, os implantes usados no SUS (Sistema Único de Saúde) são essencialmente de aço
inoxidável austenítico 316L (ASTM F138) por motivo do custo mais baixo, tornando
necessário estudar seu comportamento mecânico.
Neste trabalho avaliou-se o comportamento mecânico do sistema constituído por uma
placa volar de aço e o rádio com uma fratura transversal no antebraço com espaçamento de
1,0 mm, sob carregamento trativo e compressivo. Duas maneiras de se realizar carregamentos
de compressão e tração foram definidos e estudados.
2. METODOLOGIA
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Com a malha superficial em quadriláteros obtida, a geometria do osso foi construída pela
criação de um cubo com uma malha volumétrica em formato hexaédrico, semelhante à obtida
no passo descrito anteriormente, com cada nó da superfície do cubo correspondendo a um nó
da malha superficial em quadriláteros do rádio. Posteriormente, o cubo formado passou por
um processo de deformação laplaciana a fim de assumir o formato do osso (Fig. 2b), e assim
se obter a malha volumétrica do rádio em hexaedros. A deformação laplaciana consiste em
um algoritmo de deformação representado por um problema de minimização quadrática, cuja
resolução de um sistema de equações lineares gera a superfície já deformada (Botsch et al.,
2007). Posteriormente, a malha da geometria formada foi suavizada por um filtro lambda-nu
(Taubin, 2001) implementado no Matlab (Fig. 3). Uma parte da malha também foi refinada,
por meio de um algoritmo de subdivisão de hexaedros (Schneiders, 2000), com o intuito de
ter uma maior discretização na área de inserção dos parafusos por “feature insertion”,
aumentando o número de elementos (9516 para 56780) e de nós (10680 para 58988).
A geometria do implante (Fig. 4) foi elaborada por meio de uma rotina computacional
onde seu contorno foi desenhado no Ansys APDL no intuito de representar uma placa volar
típica. A partir de tal geometria, a placa foi importada para o Matlab onde a superfície da
mesma foi projetada sobre a superfície do rádio para modelar representar uma superfície que
se adequasse perfeitamente a superfície do osso. Para o contato entre placa volar e osso,
utilizou-se os elementos de contato superfície-superfície disponíveis na biblioteca do Ansys. A
superfície da placa foi definida como conta173, simulando o contato com a superfície do
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rádio (targe170), definido como alvo. Entre os parafusos e o osso, empregou-se o contato via
conexões contínuas, enquanto que o contato entre a placa e osso foi do tipo superfície-
superfície, com coeficiente de atrito de 0,2. Os parafusos foram elaborados com um diâmetro
de 2,8 mm, estando conectados aos nós mais próximos da estrutura para fixar o implante no
osso. Tais componentes foram definidos como elementos de viga beam188. Ao todo, a
geometria foi composta por 77714 elementos (14455 para o conjunto placa-parafusos e 63259
para o osso) e 79388 nós (13713 para o conjunto placa-parafusos e 65675 para o osso).
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Para segunda simulação (Fig. 8), selecionaram-se os nós que compõem a face distal do
rádio e tais nós foram deslocados de maneira paralela, a fim de simular esforços de
compressão ou tração. Os deslocamentos utilizados foram os mesmos que no primeiro
método.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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se que neste caso as curvas carga vs deslocamento possuem comportamento mais próximo do
linear se comparadas com as obtidas para as simulações de deslocamento pontual. Na
Tabela 2 temos as cargas de reação dos nós engastados e as tensões correspondentes, para os
deslocamentos que fizeram o aço atingir o limite de escoamento.
MPa MPa
Figura 10a: Tensão equivalente de von Mises Figura 10b: Tensão equivalente de von Mises
para compressão pontual. para tração pontual.
MPa MPa
Figura 11a: Tensão equivalente de von Mises Figura 11b: Tensão equivalente de von Mises
para compressão paralela. para tração paralela.
Na Tabela 3 temos a rigidez obtida para cada simulação (compressão e tração) de acordo
com o carregamento pontual ou paralelo. Observa-se que o modo de carregamento altera
significativamente a estimativa da rigidez, destacando-se que o carregamento distribuído, ou
seja, em paralelo, seja em tração ou em compressão, resulta em maior rigidez. O
carregamento distribuído eleva consideravelmente a rigidez em relação à concentrada via
esfera de 5,0 mm. Além disto, a tensão hertziana no osso com a esfera de 5,0 mm produz uma
tensão de contato de 998 MPa no osso para a carga de 435 N.
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4. CONCLUSÕES
Agradecimentos
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Abstract. Volar plates have been increasingly used in surgical procedures that aim to
stabilize fractures in the radius's distal region. In Brazil, most plates are produced using
austenitic stainless steel. This work seeks to compare, through a parametric model in finite
elements, the stiffness under tensile and compression efforts of a structure composed of a
fractured radius, a volar plate, and fixing screws. A plate model made of stainless steel 316L
(ASTM F138) was studied. The numerical simulations were performed by working together
with two numerical calculation software, namely Matlab and Ansys Mechanical. The results
obtained showed non-uniformities in the values of stiffness obtained for both compression and
traction, mainly due to the non-linear geometry of the system. In addition, it was noted that
for the point compression test there was no contact between the distal part of the bone and the
external face of the proximal region. In both tests, the steel yield stress was reached before
the maximum displacement of 1.0 mm was applied.
Keywords: Volar plate, Stainless steel 316L (ASTM F138), Finite Element Method.
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1. INTRODUÇÃO
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processamento e apresentam baixo custo. Além disso, a produção de fibras naturais necessita
de menos energia se comparado a fibras sintéticas como a de vidro. Cada tipo de fibra
lignocelulósica tem características morfológicas específicas em sua superfície, afetando de
diversas maneiras o comportamento mecânico dos compósitos, sendo capaz de melhorar as
suas propriedades mecânicas de forma satisfatória. O uso dessas fibras em materiais
compósitos é fortemente promissor, visando um futuro que utilize materiais ecologicamente
corretos, resistentes e com baixo custo (Balla et al., 2019). Ainda foi descoberto em estudos
que os compósitos reforçados com fibras naturais possuem melhores resistências elétricas,
alta resistência à fratura, boas propriedades mecânicas e boas propriedades térmicas (Sanjay et
al., 2019).
Além disso, outros estudos indicam que a fração em peso das fibras afeta diretamente as
propriedades relacionadas a resistência à tração e flexão dos compósitos reforçados com
fibras naturais. Essas propriedades crescem gradualmente e depois decrescem após alcançar
um valor de pico correspondente a uma fração ideal de peso para fibra. Entretanto, esse valor
não é fixo e varia de fibra para fibra (Khan et al., 2018).
Em virtude disso, o presente trabalho, buscou avaliar a utilização de uma fibra de junco
extraída da planta junco-sete-ilhas (Cyperus malaccensis Lam.) proveniente da região do Vale
do Ribeira, situada no Sul de São Paulo, se tornando o único estado produtor desse tipo de
junco na América e apresenta cerca de 50 hectares de área cultivada em várzea alagada
(Hiroce et al., 1988; Scifoni et al., 2008).
Sendo pela primeira vez realizado o emprego do junco-sete-ilhas como fase reforço em
uma matriz epóxi, visando analisar a sua aplicação em forma de fibras contínuas e alinhadas
com o intuito de comparar o comportamento das frações volúmetricas de 10, 20 e 30%v/v
referente as propriedades mecânicas de resistência à tração e módulo de elasticidade. Com a
finalidade de verificar a confiabilidade dos resultados foi realizado uma análise estatística do
resultado pelo meio da análise de variância (ANOVA) e o teste de Tukey.
2. DESENVOLVIMENTO
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Figura 1: (a) Equipamento EMIC e (b) corpos de prova submetidos ao ensaio de tração.
Os resultados obtidos pelos ensaios de tração nos corpos de prova dos materiais
compósitos reforçados com fibras de junco-sete-ilhas nos percentuais de 10, 20 e 30% v/v,
estão presentes na Tabela 1 e na Fig. 2. O crescimento da resistência mecânica equivalente ao
percentual de fibras presentes é demonstrado, da mesma forma, outros autores que
trabalharam com CFNLs verificaram o mesmo comportamento de acréscimo na resistência
mecânica com o aumento percentual de fibras (Glória et al., 2017; Monteiro et al., 2009).
Tabela 1: Resultados para o ensaio de tração de compósitos reforçados co fibras de junco-
sete-ilhas.
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Figura 2: Variação da resistência mecânica com o aumento de percentual das fibras de junco-
sete-ilhas aplicadas como reforço em m compósitos epoxídicos.
Os valores demonstrados na Tabela 1 e Fig. 2. Exibem valores médios da tensão
máxima da resistência mecânica. Além disso, foi realizado uma análise de variância
(ANOVA) para averiguar se existe uma diferença significativa entre os resultados obtidos
para a resistência mecânica entre os compósitos reforçados com 10, 20 e 30%v/v de fibras
contínuas e alinhadas. A tabela 2 exibe os resultados obtidos.
Tabela 2: Análise de variância da resistência mecânica para os compósitos epoxídicos
reforçados com 10, 20 e 30% com fibras contínuas e alinhadas.
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Fração volumétrica de
10% 20% 30%
fibras de junco-sete-ilhas
10% 0 5,4 8,16
20% 5,4 0 2,76
30% 8,16 2,76 0
Fração
Média Desvio
volumétrica β θ R²
(MPa) Padrão
(%)
10 7,0079 3.309 2,274 8,02 0,9265
20 12,4072 7,874 1,685 14,45 0,946
30 15,1705 2,958 5,943 16,32 0,9815
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Os valores relacionados aos percentuais de 10, 20 e 30% v/v demonstraram valores acima
de 0,9 indicando uma boa qualidade do ajuste linear e certificando que os dados estão
distribuídos de acordo com o a função de Weibull de parâmetros β e θ. Dessa forma os
valores são satisfatórios, caracterizando uma certa homogeneidade entre os as propriedades
dos corpos de prova. Além disso, através dos dados obtidos pelo ensaio de tração foi possível
calcular dados relacionados ao módulo de elasticidade maximo dos compósitos e sua
deformação máxima percentual, através de uma média calculada para percentual de fibras
contínuas e alinhadas reforçando a matriz de epóxi, apresentados na Tabela 5 e Fig. 4.
3. CONCLUSÃO
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Agradecimentos
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Abstract. The fibers extracted from the stem of the seven-islands-sedge (cyperus malaccensis
lam.) plant have been investigated as possible composite reinforcement, aiming to discover a
possible new fiber for an engineering aplication. For this reason these fibers were
incorporated in an epoxy matrix in different volumetric fraction of 10, 20 and 30% vol. and
were investigated for mechanical properties associated with tensile strenght. Plates were
fabricated following the dimensions of 150x15x2 mm as required by ASTM D3039. The
statistics analysis of the results were performed by ANOVA and Tukey tests based on a 95%
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confidence level. Besides, a Weibull analysis was applied and have shown a great confidence
of the weibull parameters.
Keywords: Seven-islands-sedge, Composites, Tensile strenght, ASTM D3039.
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1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, a crescente preocupação com os recursos não renováveis se tornando
limitados e o crescente interesse da comunidade científica na procura de materiais
ambientalmente corretos e sustentáveis. Devido a esses motivos, pesquisadores buscaram
investigar ss fibras naturais, conhecidas por ser um recurso renovável e amplamente utilizados
por milênios através de materiais derivados dessas fibras como cordas, cestas e esteiras. Essas
fibras são adquiridas de variadas fontes de origem animal, mineral e origem vegetal como as
lignocelulósicas(Bledzki&Gassan, 1999). Surgindo uma tendência ao desenvolvimento e uso
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2. DESENVOLVIMENTO
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O emprego do microscópio óptico, cujo modelo foi o BX53M da marca OLYMPUS, com
amplitude de 5x no modo de campo escuro serviu como auxílio para medir o diâmetro das
fibras. Um total de 100 amostras foram selecionadas aleatoriamente. Sendo realizado a
medição de cada uma em 5 pontos específicos a (0°) e 5 em (90°), distribuídos ao longo do
comprimento das amostras, sendo que em cada ponto foi realizado 3 medições e uma média
entre essas medições. Após esse procedimento foi novamente realizado uma média dos
valores obtidos, em micrometros (µm), ao longo da fibra e dessa forma foi possível obter a
média do diâmetro característico de cada fibra.
Devido à grande variação existente entre os diâmetros característicos das fibras de junco-
sete-ilhas se dividiu em dez intervalos de diâmetros característicos. O método para obter a
densidade linear geométrica, considerou as fibras aproximadas a um formato cilíndrico
levando em consideração a seção transversal e o comprimento previamente medidos. Com o
intuito de calcular a densidade, foi necessário ser feito a pesagem de cada uma das 100
amostras, com o auxílio de uma balança analítica da marca Bioprecisa, cujo modelo é o
FA2104N com uma precisão de 0,001 g,Tornando possível ser obtido a densidade das fibras.
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Além disso, a Tabela 1 a seguir permite visualizar a frequência relativa das fibras de
acordo com as dez classes de diâmetro
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0,16807
𝑃= + 0,16291 (1)
𝐷
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Figura 6: Superfície de (a) e (b) uma fibra de maior diâmetro; (c) e (d) fibra presente em um
menor intervalo de diâmetro.
3. CONCLUSÃO
Através do histograma feito é possível observar que uma frequência maior de fibras
está presente nos intervalos intermediários de diâmetro. Ainda é possível notar uma relação
matemática entre a densidade e o inverso do diâmetro confirmando que a fibra tende a possuir
uma maior densidade em intervalos menores devido a presença menor de microfibrilas
defeituosas e vazios. Além disso, a análise morfologica evidenciou uma presença maior de
irregularidades e defeitos superficiais em fibras grossas. Todas essas conclusões eram
esperadas, de acordo com estudos realizados para diferentes espécies de FNLs presentes na
literatura.
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Agradecimentos
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correlation between the density and the inverse of the diameter and a morphological
characterization of the seven-islands-sedge (Cyperus Malaccensis Lam.) through an scanning
electron microscopy (SEM) analysis.
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Resumo. O concreto é usualmente muito solicitado no ramo da construção civil, seu processo
de fabricação e aplicação, no Brasil se apresenta como a indústria que mais gera resíduos de
impacto ambiental. Visando a mitigação do impacto ambiental gerado, têm sido
desenvolvidos estudos relacionados ao reaproveitamento de materiais como possível solução
para sanar essa problemática. Nesta linha tênue, o presente trabalho expõe uma investigação
do levantamento de característica mecânica no incremento do concreto com diversas
concentrações de volume do poliuretano rígidas, para substituição de uma parcela do
agregado graúdo estabelecendo relações com os dias de cura do concreto predefinido, com o
intuito de produzir concreto estrutural que atenda as normas vigentes. A metodologia
adotada foi de caraterização dos materiais, verificação granulométrica, o abatimento do
concreto, a porcentagem de umidade adquira após cura do concreto e resistência a
compressão. Os dados obtidos deslustraram resultados bem satisfatórios e com potencial
para dar suporte no projeto correto de designação para pavimentos e elementos de
fundações, porém inviável para fins estruturais sendo destinado para construção civil.
1. INTRODUÇÃO
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.
O arranjo de dois ou mais elementos diversos é um material designado como
compósito, com a finalidade de atingir um melhor arranjo de propriedades. Várias tecnologias
modernas demandam materiais com propriedades anômalos que é inerente a materiais padrões
(CALLISTER, 2002). A utilização de resíduos poliméricos, como agregado graúdo de
concreto estrutural, é uma alternativa viável, pois reutilizando esse material estaremos
reduzindo a geração de resíduos na indústria civil e de refrigeração.
As espumas de poliuretano rígido são extensamente usadas no segmento da indústria
de refrigeração, o qual pode ser encontrado nas portas e gabinetes de geladeira e freezers. Este
tipo de polímero após passa pelo processo final de fabricação não pode ser fundido e
remodelado novamente, logo não é reciclável mecanicamente. O concreto por sua vez
também, possui insumos que não são renováveis e de fonte esgotáveis, como por exemplo,
areia, brita e cimento muito solicitado na construção civil (VILAR, 2000).
O presente trabalho tem por finalidade analisar o comportamento deste material após o
incremento do PUR na produção de concreto estrutural, analisando se os dados estão dentro
do parâmetro da norma, com objetivo de consegue alcançar características interessantes que
deem valor ao novo produto.
A metodologia aplicada foi realizada por pesquisa bibliográfica, posteriormente da
definição do tipo de material a ser empregado, sendo desenvolvido ensaio de compressão para
análise da resistência alcançada após o atendimento das seguintes etapas: caracterização das
matérias, análise da granulometria, determinação do traço, slump teste, elaboração dos corpos
de prova, cura em 7, 14 e 28 dias; checagem da tensão de ruptura mediante ensaio de
compressão axial e analise dos resultados obtidos.
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
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CARACTERIZAÇÃO DOS
RESÍDUOS DE PUR
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Quadro 1. Separação por formato cilíndrico do PUR pelo extrator de suco de laranja.
PASSA NA PENEIRA RETIDO NA PENEIRA (MM)
(MM)
19 9,5
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As figuras 2 e 3 são referentes aos tamanhos dos diâmetros que se verificou aparte do
peneiramento, a qual ficou retida na abertura 9,5mm e por medição na régua.
2.5 Caracterização dos agregados
O traço definido e conveniente para todas as amostras foi de 1; 1,14 ;1,40 e 0,38
composto de cimento, areia, brita e água, respectivamente. Este traço foi refinado com a
execução do teste por Slump utilizando o amassamento com substituição dos agregados pela
maior concentração de poliuretano rígido. Os ensaios por Slump Test foram realizados com os
equipamentos de tronco de cone, base e haste de socamento que segue as especificações da
NBR NM67: 1998.
(1)
Quadro 2. Materiais utilizados para elaboração de cada traço de concreto, convertidos para volume em litros.
- CIMENTO(dm³) AREIA dm³) BRITA( dm³) ÁGUA( dm³) PUR( dm³)
PADRÃO 1 1,06 1,20 0,54 0
25% 1 1,06 0,90 0,54 0,30
50% 1 1,06 0,60 0,54 0,60
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3 RESULTADOS
3.1 Slump test
A técnica por Slump Test é usado com o objetivo de se alcançar ao traço de concreto
coerente para cada mistura fazendo a devida substituição da brita por poliuretano rígido.
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4 CONCLUSÃO
Os resultados obtidos nos ensaios foram bastante satisfatórios, o slump test com o
incremento de PÚR com concentração de 25% e 50% não diferiu muito do convencional,
respectivamente o abatimento foi de 7 cm e 11 cm em relação ao convencional que obteve 7
cm. Na análise de absorção da água os dados não variaram muito, manteve quase semelhante
ao convencional. O ensaio de tensão de ruptura houve uma grande diferença de resistência em
relação ao concreto padrão.
Conforme a NBR 8953/2015, o concreto deve alcançar na compressão axial no mínimo
20MPA.Considerando-se essa norma, o resultado aquirido nos ensaios de tensão de ruptura
deu 18,17MPA abaixo do permitido, sendo inviável sua designação para fins estruturais.
Porém,o estudo demostrou grande potencial para ultrapassar essa resistência
determinado por norma, pois à medida que se aumenta a concentração de PUR, a resistência
aumenta. A norma faz referência quanto à consistência do concreto que para abatimento de 10
a 50 mm e 50 a 100 mm, indica-se para resistência abaixo de 20MPA, sua funcionalidade
designa-se para concreto extrusado, vibro prensado e pavimento.
REFERÊNCIA
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Abstract. Concrete is usually very requested in the construction industry, its manufacturing
and application process, in Brazil it is presented as the industry that generates most residues
of environmental impact. In order to mitigate the environmental impact generated, studies
have been developed regarding the reuse of materials as a possible solution to solve this
problem. In this thin line, the present work exposes an investigation of the mechanical
property survey in the concrete increment with several concentrations of rigid polyurethane
volume to substitute a portion of the large aggregate establishing relations with the curing
days of the preformed concrete, with the intention of produce structural concrete that attends
the current standards. The methodology adopted was to characterize the materials,
granulometric verification, the concrete abatement, the percentage of humidity acquired after
concrete curing and compressive strength. The data obtained showed satisfactory results and
with the potential to support the correct project with indication of paving elements and
foundations, but it is not feasible for structural purposes for the civil construction.
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Centro Universitário REDENTOR – Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil
2
Centro Universitário REDENTOR – Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil
3
Universidade Federal Fluminense, Campus Praia Vermelha - Niteroí, RJ, Brasil
4
Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campus Leonel Brizola – Campos dos Goytacazes, RJ,
Brasil
5
Instituto Federal Fluminense, Campus Centro - Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil
6
Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campus Leonel Brizola – Campos dos Goytacazes, RJ,
Brasil
7
Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campus Leonel Brizola – Campos dos Goytacazes, RJ,
Brasil
8
Instituto Militar de Engenharia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
9
Instituto Militar de Engenharia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
10
Universidade Federal Fluminense, Campus Praia Vermelha - Niteroí, RJ, Brasil
Resumo. A durabilidade dos mecanismos metálicos depende muitas das vezes de bom
conhecimento estrutural e de sua composição química e ainda do seu comportamento
mecânico quando solicitado a regimes pertinentes ao seu trabalho. Pretendendo um melhor
aproveitamento final da peça, este trabalho propõe a avaliação de cementação sólida, no
qual tem por objetivo elevar a dureza superficial para resistir melhor ao desgaste e manter o
núcleo da peça dúctil e tenaz, também com o objetivo de conservar sua propriedade
absorvente de energias abruptas, de impacto ou solicitações rápidas. O trabalho discorreu
por procedimento de tratamento termoquímico e procedimentos de ensaio metalográfico
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1. INTRODUÇÃO
2. MATERIAIS E MÉTODOS
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• Amostragem/Corte
Procedimento feito com perícia para prevenir o aquecimento demasiado no qual poderia
alterar a microestrutura original do material recebido para o ensaio.
• Lixamento
O principal objetivo do lixamento consiste em remover a camada superficial por demais
arranhada “danificada”, pelo disco abrasivo de corte.
Foi realizado lixamento manual com critério recomendado para otimizar os resultados da
amostra no ensaio metalográfico.
• Polimento
O principal objetivo do polimento consiste em remover a camada superficial por demais
arranhada “danificada”, pelos abrasivos das lixas. Foi utilizado alumina como material de
polimento da peça.
• Inspeção sem ataque
3. RESULTADOS
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Antes de a amostra sofrer o ataque, a mesma deve estar perfeitamente limpa e seca. Não é
possível identificar com clareza os constituintes das microestruturas antes do ataque, embora
seja possível pela premissa não destrutiva do ensaio visual, identificar inclusões, trincas e
outras imperfeições físicas (incluindo defeitos no polimento propriamente dito), conforme
Figura 3 e 4 (Vandersluis e Ravindran, 2020).
Figura 4 - Amostra micrográfica do material lixado e polido para ataque químico posterior.
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Figura 5 – Microestruturas analisadas do corpo de prova de aço ASE 1040, ainda sem
tratamento termoquímico. Parte clara ferrita, parte escura perlita (ferrita+cementita). Amostra
do centro e da borda do corpo de prova. Nas amostras 100x (cem vezes), 200x, 400x.
Após aferidos os parâmetros microestruturais do aço SAE 1040, foi determinado através
da tabela ferro-carboneto de ferro a temperatura de austenização de 830°C, e permanência de
2 horas para completa equalização microestrutural. Posteriormente a permanência no forno, a
peça foi submetida a resfriamento em carvão mineral e mantida por 60 minutos em contato
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com o material cementante até seu resfriamento a temperatura ambiente. Após cementação foi
realizado revenimento, retornando a peça para o forno a 300°C e mantida por 60 minutos com
essa temperatura e resfriada no forno (Figura 6) (Wang et al., 2020).
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Figura 7 – Gráfico de dureza Rockwell do material aço SAE 1040 tratado termoquimicamente
e ensaiado em laboratório da Faculdade Redentor.
4. CONCLUSÃO
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Abstract. The durability of metal mechanisms often depends on good structural knowledge
and its chemical composition and also on its mechanical behavior when requested to regimes
relevant to its work. Aiming at a better final use of the piece, this work proposes the
evaluation of solid carburizing, in which it aims to increase the surface hardness to better
resist wear and keep the core of the piece ductile and tenacious, also with the objective of
conserving its absorbent property of abrupt energies, of impact or rapid requests. The work
was carried out by thermochemical treatment procedure and metallographic testing
procedures, showing changes in phases, physical characteristics and hardnesses, initial and
final to the thermochemical treatment.
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Centro Universitário REDENTOR – Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil
3
Centro Universitário REDENTOR – Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil
4
Universidade Federal Fluminense, Campus Praia Vermelha - Niteroí, RJ, Brasil
5
Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campus Leonel Brizola – Campos dos Goytacazes, RJ,
Brasil
6
Instituto Federal Fluminense, Campus Centro - Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil
7
Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campus Leonel Brizola – Campos dos Goytacazes, RJ,
Brasil
8
Instituto Militar de Engenharia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
9
Instituto Militar de Engenharia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
10
Universidade Federal Fluminense, Campus Praia Vermelha - Niteroí, RJ, Brasil
Resumo. Este artigo tem por objetivo estudar a diferença de dureza alcançada no aço SAE
1045, quando o mesmo é submetido ao tratamento térmico de têmpera, e resfriado em três
diferentes tipos de materiais: carvão, areia e óleo. Através do ensaio mecânico de dureza e a
realização da Metalografia, as propriedades dos quatro tipos de amostras foram analisadas e
comparadas entre si. O ensaio de dureza foi realizado para determinar a diferença de dureza
alcançada nas amostras resfriadas em diferentes tipos de materiais. A metalografia foi feita
para determinar as microestruturas obtidas após o tratamento térmico. As amostras que
passaram pela têmpera obtiveram uma melhora em sua dureza, em consequência das
mudanças microestruturais.
Palavra-chave: Tratamento térmico, Ensaio de dureza, aço SAE 1045.
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1. INTRODUÇÃO
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Para a obtenção dos dados encontrados neste trabalho foram necessárias três etapas: a
realização da têmpera, o teste de dureza e o ensaio metalográfico.
Para este artigo foram utilizadas quatro amostras de aço SAE 1045, Figura 01, com 0,5
polegadas de diâmetro e 5 cm de largura, sendo uma das quatro amostras utilizadas sem
tratamento térmico apenas para fins de comparação. O aço SAE 1045 tem composição
química especificada na Tabela 1, e é classificado como um aço médio carbono, considerado
um aço de boa usinabilidade, boa resistência mecânica e alta forjabilidade (Sridar et al.,
2020). Suas aplicações são variadas dentre elas a fabricação de eixos, engrenagens comuns,
componentes estruturais de maquinas, virabrequins entre outras.
C 0,43 – 0,50
SI 0,15 – 0,35
Mn 0,60 – 0,9
P 0,03
S 0,05
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O forno foi aquecido até 855 °C com uma taxa de pré-aquecimento de 60 min. Após
atingir a temperatura desejada foi realizado o aquecimento das amostras no patamar
máximo por 30 min, sendo assim o tempo total de aquecimento das amostras foi de 1h e
30 min.
Para a definição da temperatura foi utilizado o diagrama Fe-C como o apresentado na
Figura 2, traçando no diagrama Fe-C uma linha até a zona crítica do aço, e tomando como
base um aço 1045 encontra-se uma temperatura aproximadamente a 775°C, de acordo com
as dimensões da amostra foi utilizada uma temperatura 80ºC acima da zona crítica, para a
completa austenitização do aço (Wang et al., 2020).
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Para o resfriamento foram utilizados três tipos de materiais: areia, carvão e óleo, com
o objetivo de verificar a alternância de dureza obtida em cada uma das amostras.
Como demonstrado na Figura 3, a taxa de resfriamento no aço 1045 também citada
anteriormente é de meio segundo, o que torna a obtenção da martensita um processo
difícil, no momento do resfriamento nenhuma das amostras foram movimentadas dentro
dos materiais utilizados, elas foram completamente submersas de forma calma (Wang et
al., 2020).
Figura 3- Curva TTT do aço 1045, com uma linha representando o tempo máximo de
resfriamento.
Fonte: Vicente Chiaverini, Tecnologia Mecânica Volume 3
Tabela 2 - Quantidade de material usado para o resfriamento e tempo de retirada do forno até
o resfriamento.
Material Tempo de Resfriamento Quantidade
Areia 5s 0,00042 m³
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Com a conclusão das duas etapas iniciais foi realizado o ensaio metalográfico para a
verificação das microestruturas obtidas após o tratamento térmico (Singh, 2020).
Para a realização do ensaio, foi necessário o lixamento das amostras com lixas 240, 340, 400,
600 e 1200. Após as amostras estarem devidamente lixadas elas foram polidas em uma
Politriz Lixadeira Motorizada Polipan-2. Com o polimento concluído as amostras passaram
por um ataque químico. No ataque químico a amostra ficou imersa em ácido nítrico por cerca
de 1 minuto. Para finalizar o ensaio, foi realizada a microscopia, descrita como análise feita
em um microscópio para verificar a microestrutura formada (Singh, 2020).
3. RESULTADOS
Grafico de Dureza
60
Dureza (HRC)
50
40
30
20 Não
10 temperada
0
Carvão
Ensaios de Dureza
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Os dados apresentados abaixo relacionam a média de dureza feita em cima das dez
verificações em cada amostra com o material utilizado para o resfriamento (Tabela 4).
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Com a realização do tratamento térmico de têmpera foi possível garantir aos corpos de
prova um aumento em sua dureza, isto ficou comprovado com os dados obtidos no ensaio de
dureza.
A Tabela 1 demonstra a diferença de dureza obtida nos três tipos de amostras resfriadas,
cada uma resfriada em um tipo de material diferente, e para fim de comparação há também os
dados de dureza obtida da amostra que não passou pelo tratamento térmico (Singh, 2020).
Através do Ensaio metalográfico foi possível observar as mudanças microestruturais ocorridas
em cada uma das amostras após o tratamento térmico de tempera (Sridar et al., 2020).
Com o ensaio de dureza na amostra não temperada, verificou-se uma dureza média de
24,3 demonstrada na Tabela 3. Com base na dureza encontrada nesta amostra, foi feito a
análise do quão efetivo foi o aumento de dureza nas outras três amostras.
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O ensaio metalográfico realizado para esta amostra determinou dois tipos de materiais perlita
e ferrita, sendo o aço 1045 um aço de médio teor de carbono é possível observando 3 que a
quantidade de perlita e ferrita quase se equiparam (Li et al., 2020).
A areia como material para resfriamento se mostrou mais eficaz que o carvão, porém
menos eficaz que o óleo. A média de dureza da areia foi de 37 HRC, o que representa um
acréscimo de 12,7 HRC em comparação com a amostra não tratada termicamente.
No ensaio metalográfico a areia apresentou uma formação de grandes grãos de perlita.
A amostra resfriada em carvão foi a que obteve um menor aumento em sua dureza, ou
seja, o carvão foi o material menos efetivo para o, apresentando apenas um acréscimo de
7HRC em relação a amostra não tratada termicamente, porém foi a amostra que obteve uma
menor dispersão de valores obtidos no ensaio de dureza , isto porque o carvão é rico em
carbono tornando os grãos de perlita mais bem distribuídos, isto se comprova com os dados
do ensaio metalográfico observando a Figura 5 (Wang et al., 2020).
Dentre os materiais utilizados para o resfriamento o óleo foi o material mais efetivo
quando se busca um aumento na dureza do aço. A amostra resfriada em óleo obteve uma
dureza média de 49.7 HRC, como demonstrado na Tabela 3, isso significa uma melhora em
dureza media equivalente a 25,4 HRC em comparação com a dureza da amostra que não
passou por tratamento térmico (Gong et al., 2020).
Com o ensaio metalográfico comprovou-se a formação de bainita nesta amostra, uma
microestrutura mais dura que a perlita.
4. CONCLUSÃO
A têmpera possui grande eficiência no aumento da dureza dos aços, comprovando sua
importância para a indústria mecânica.
Os experimentos realizados demonstraram a importância da escolha do material para o
resfriamento no tratamento térmico de têmpera em razão do aumento da dureza,
comprovando-se a eficiência do óleo quando utilizado como material para o resfriamento e
certa ineficiência do carvão em estado sólido, ficando a areia entre os dois anteriores em
relação ao aumento de dureza das amostras.
Comprovaram-se também as mudanças microestruturais sofridas pelas amostras que
passaram pelo tratamento térmico de têmpera, tendo em alguns casos o aumento de perlita ou
então a formação de uma nova microestrutura como no caso do óleo, onde se formou a
bainita, O aumento ou mesmo a formação das microestruturas citadas foram responsáveis
pelo acréscimo de dureza após o tratamento térmico nas amostras.
REFERENCIAS
Askeland, D. R; PHULÉ, P.P. (2017) Ciência e Engenharia dos Materiais. São Paulo: Cengage Learning.
Beer, F.P. (2006), “Resistência dos Materiais”, 4 ed., McGraw Hill, São Paulo.
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in simulated cathodic environment of proton exchange membrane fuel cell (PEMFC). International Journal of
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Universidade Federal do Tocantins – Palmas - TO
Singh, G. (2020)A review on effect of heat treatment on the properties of mild steel. Materials Today. In Press.
Souza, Sergio Augusto de (1984), “Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicos: Fundamentos teóricos e
práticos”, 5 ed., Edgard Blucher Ltda, São Paulo.
Sridar, S; Zhao, Y; Li, K; Wang, X; Xiong, W. (2020) Post-heat treatment design for high-strength low-alloy
steels processed by laser powder bed fusion. Materials Science and Engineering: A. Volume 788, 139531.
Vandersluis, E; Ravindran, C. (2020) Effects of solution heat treatment time on the as-quenched microstructure,
hardness and electrical conductivity of B319 aluminum alloy. Journal of Alloys and Compounds. Volume
838, 155577.
Wang, Z; Xu, J; Li, J. (2020) Effect of heat treatment processes on hydrogen embrittlement in hot-rolled medium
Mn steels. International Journal of Hydrogen Energy. Volume 45, Issue 38, 20004-20020.
Abstract. This article aims to study the difference in hardness achieved in SAE 1045 steel,
when it is subjected to tempering heat treatment, and cooled in three different types of
materials: coal, sand and oil. Through the mechanical hardness test and the realization of
Metallography, the properties of the four types of samples were analyzed and compared with
each other. The hardness test was performed to determine the difference in hardness achieved
in the samples cooled in different types of materials. Metallography was performed to
determine the microstructures obtained after heat treatment. The samples that have been
tempered have improved in hardness as a result of microstructural changes.
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Palmas - TO
1
Centro Universitário REDENTOR – Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil
2
Centro Universitário REDENTOR – Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil
3
Centro Universitário REDENTOR – Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil
4
Universidade Federal Fluminense, Campus Praia Vermelha - Niteroí, RJ, Brasil
5
Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campus Leonel Brizola – Campos dos Goytacazes, RJ,
Brasil
6
Instituto Federal Fluminense, Campus Centro - Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil
7
Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campus Leonel Brizola – Campos dos Goytacazes, RJ,
Brasil
8
Instituto Militar de Engenharia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
9
Instituto Militar de Engenharia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
10
Universidade Federal Fluminense, Campus Praia Vermelha - Niteroí, RJ, Brasil
Resumo. Este artigo tem por objetivo estudar o comportamento da conformação do aço 1045
quando submetido a diversos tratamentos térmicos, em prol da fabricação de coroas de kit
relação utilizados em motocicletas, pelo qual procuramos o aprimoramento e inovações,
tendo como foco levar ao mercado melhores peças, como a Coroa Powder Coat de Aço
1045T. Foi realizado um teste de tração em um corpo de prova do aço 1045 não tratado,
para obtermos a relação entre tensão e deformação. Logo após, submetemos algumas
amostras a tratamentos de normalização, têmpera à óleo e têmpera à água. Através do ensaio
mecânico de dureza, suas propriedades foram comparadas ente si e com as propriedades da
amostra não tratada. As amostras temperadas apresentaram maior dureza. A têmpera em
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água, entre os testes feitos, foi a que apresentou maior dureza e maior uniformidade em
pontos distintos da peça.
Palavra-chave: Aço 1045, tempera, propriedades.
1. INTRODUÇÃO
Serão apresentadas e comparadas neste artigo as propriedades do aço 1045, que foram
analisadas através de ensaios nos laboratórios de Usinagem e de Metalografia e Tratamento
Térmico da Faculdade Redentor em Itaperuna no dia 15 de junho de 2015, para que assim
possam também ser comparadas com as propriedades do aço utilizado na fabricação da Coroa
Powder Coat de Aço 1045T (Askeland, 2017).
O aço utilizado na Coroa Powder Coat de Aço 1045T é produzido a partir de uma
fórmula exclusiva. Ele tem ligas de aço e as moléculas de carbono se distribuem
uniformemente, assim, mantém-se homogênea a rigidez do material em toda a sua área,
evitando partes quebradiças e frágeis, proporciona estampo de qualidade sem problemas com
a espessura a ser alcançada, o que oferece resistência maior às peças. Mas, a durabilidade e
resistência do Aço VAZ 1045T se devem principalmente ao processo pelo qual ele é
submetido, que é a tempera por indução, identificado pela letra T. A indução térmica torna
este aço ainda mais resistente à abrasão (Jiang et al., 2020).
Foi feito o ensaio de tração no corpo de prova produzido segundo as normas da ABNT do
aço 1045 não tratado para conferir a resistência deste, a normalização, a têmpera com
resfriamento em óleo e água e ensaios de dureza na peça não tratada e nas peças tratadas para
que pudessem ser comparadas as propriedades (Wang et al., 2020).
O aço 1045 é um aço de boa usinabilidade, boa resistência mecânica, média soldabilidade
e alta capacidade de forjamento. Tem em sua composição química Carbono (0,43% - 0,50%),
Silício (015% - 0,35%), Magnésio (0,30% - 0,60%), Fósforo (0,03% máx.) e Enxofre (0,05%
máx.). É muito utilizado no fabrico de peças para indústria mecânica em geral e suas maiores
aplicações são em pinos, parafusos, pregos, pinças, eixos em geral, cilindros, braçadeiras,
entre outros (Singh et al., 2020).
A partir dos ensaios de tração e dureza apresentar as propriedades do aço SAE 1045,
observar as mudanças ocorridas após a normalização e as têmperas e analisar o que as
propriedades do aço não tratado e dos aços tratados tem em comum, ou diferem, das
propriedades do aço VAZ 1045T.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Primeiramente foi feito o ensaio de tração para medir a resistência do aço 1045. Os
corpos de prova para o ensaio de tração devem seguir um padrão de forma e dimensões para
que os resultados dos testes efetuados possam ser significativos e validados. O ensaio de
tração descrito neste artigo, e realizado no Laboratório de Engenharia Mecânica, o corpo de
prova foi devidamente dimensionado segundo a normativa MB-4 da ABNT que define
formato e dimensões do corpo para cada tipo de ensaio (Vandersluis e Ravindran, 2020).
Este teste mede a resistência de um material a um carregamento mecânico ou aplicado
lentamente. As taxas de deformação de um teste de tração são reduzidas. Isso é conseguido
pela movimentação do travessão a velocidade de constante. A máquina de ensaio de tração
utilizada no ensaio do corpo de prova é da marca Kratos Equipamentos, com célula de carga
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2.5 Dureza
Os ensaios de dureza foram feitos na peça de aço 1045 não-tratada e nas outras três peças
tratadas.
Foi utilizado o ensaio de dureza Rockwell, que é o processo mais utilizado no mundo. Ele
é rápido, de fácil execução, isento de erros pessoais, é capaz de distinguir pequenas diferenças
de dureza em aço temperado e as impressões deixadas por ele são de pequena dimensão
(Souza, 1984).
“O princípio do ensaio é semelhante ao do processo Brinell, ou seja, força-se, pela
aplicação de uma carga preestabelecida, um penetrador de forma e dimensões conhecidas,
sobre a superfície da peça a ensaiar.” (CHIAVERINI, 1986) Porém, o valor da dureza é
proporcional à profundidade de penetração.
3. RESULTADOS
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Módulo de Elasticidade
Limite de Escoamento
Limite de Resistência
Alongamento Carga
Diâmetro Externo
Redução de Área
Identificação da
Força Máxima
Comprimento
Alongamento
Amostra
Amostra
Máxima
MPa
MPa
MPa
Mm
Mm
No.
%
N
ART. 3876,4
1 26895,17 347,03 330,37 19,03 12,91 35,48 6,200 35,00
1045 5
Tendo em vista que a máquina que ensaiou o corpo de prova já informou os valores das
variáveis das propriedades mecânicas do aço SAE 1045, utilizaremos o gráfico Força x
Deslocamento, conforme a Figura 3 a seguir, também descrito pela máquina, para calcularmos
as propriedades já expostas na tabela acima, com o propósito de validá-las (Jiang et al., 2020).
Para fazer o gráfico Tensão x Deformação foram divididos os valores das forças
aplicadas pela área da secção transversal obtendo a tensão, e as deformações pelo
comprimento inicial obtendo a deformação. Nos ensaios de dureza Rockwell, observamos os
resultados na Figura 4.
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Com o comparativo do resultado dos ensaios de dureza, obtivemos que o aço feito a
tempera e resfriado em água tem maior dureza, com uma média de 55 HRC, comparado as
outras peças que obtiveram uma média menor, sem tempera 27 HRC, normalizado 35
HRC e tempera resfriado em óleo 39 HRC (Singh et al., 2020).
4. CONCLUSÃO
Ao final deste artigo, depois de feitos os ensaios nos laboratórios da Faculdade Redentor,
pudemos notar através dos ensaios de tração e de dureza que o aço 1045 tem uma boa relação
entre resistência mecânica e resistência à fratura. Como é um aço de médio teor de carbono,
tem boa resistência mecânica e média tenacidade. Ele também possui boa tempera. Assim,
observamos que tanto no resfriamento em óleo, em água e na normalização, houve aumento
da dureza. Porém, fica bem evidente na Figura 4, que o aumento da dureza foi maior na peça
que recebeu tratamento térmico de têmpera resfriada em água.
Concluímos então, que o aço 1045 com tratamento térmico obtém maior dureza, mas
quando comparado ao Aço VAZ 1045T, nota-se que este é o mais viável para a construção de
coroas para kit relação de motocicletas, pois não se deve esperar durezas uniformes no aço
1045 após a têmpera e para a construção das coroas para kit relação é exigida uma maior
dureza, maior resistência à abrasão, rigidez de maneira homogênea em toda sua área e peças
que tenham desgaste correto durante o uso, onde está diretamente ligado a durabilidade,
resistência e facilidade de usinagem da peça.
Dentre os testes feitos obtivemos que a tempera resfriada em água seria de melhor
benefício para a construção de coroas, porque foi a que nos apresentou maior média de
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dureza, e estrutura mais homogenia. Porém, deveriam ser aplicados também outros
tratamentos térmicos para satisfação das propriedades necessárias em coroas para kit relação
de motocicletas.
REFERENCIAS
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hardness and electrical conductivity of B319 aluminum alloy. Journal of Alloys and Compounds. Volume
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Wang, Z; Xu, J; Li, J. (2020) Effect of heat treatment processes on hydrogen embrittlement in hot-rolled medium
Mn steels. International Journal of Hydrogen Energy. Volume 45, Issue 38, 20004-20020.
Abstract. This article purposes to study the 1045 steel conformation behavior when subjected
to various heat treatments, for the sake of crown relation kit`s manufacturing, used on
motorcycles, where we seek improvement and innovation, willing to provide the market the
finest parts, such as the 1045T steel Crown Powder Coat. A test was conducted on an
untreated 1045 sample, aiming to achieve the relation between stress and strain. Hence, we
submitted some samples to normalization treatments, quenching to oil and quenching to
water. Through mechanical hardness tests, the outcome was compared among the treated and
untreated samples. The quenched samples offered higher hardness. The water quenched
samples showed the highest hardness and uniformity in different points of the piece.
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Resumo. Este trabalho tem por objetivo realizar a análise de dureza e da resistência ao
desgaste em uma engrenagem de transmissão de motocicleta (pinhão), tratando-a
termicamente, objetivando assim relatar o motivo no qual os fabricantes fazem os
tratamentos térmicos superficiais nas peças com o objetivo de melhorias em dureza e
resistência ao desgaste, e destacando-se assim que a peça em suas condições normais após
sua fabricação sem nenhum tipo de melhoria de dureza em sua superfície teria um desgaste
excessivo em seus dentes. A análise foi feita através de um tratamento térmico de
normalização na peça com o objetivo de minimizar os efeitos do tratamento térmico
superficial feito após sua fabricação e comparar os valores de dureza obtidos nos ensaios
realizados antes e após o tratamento térmico.
Palavra-chave: Engrenagem de Moto, Tratamento Térmico, Dureza.
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1. INTRODUÇÃO
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 A Engenhagem
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Com a peça apenas com uma tempera superficial, foi realizado um ensaio para medir a
dureza, foi utilizado a máquina de ensaio de dureza marca DIGIMESS, disponibilizado pela
Faculdade Redentor, localizada no laboratório de usinagem e ensaios mecânicos e tem
capacidade de 150 Kgf de carga ou 1470,9975 N, como mostra a Figura 3 abaixo.
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Foram analisados 10 pontos diferentes da peça na região dos dentes para se obter os
seguintes dados observados na Tabela 1. Após analisarmos cada ponto do ensaio de dureza
a peça foi submetida a um tratamento térmico de normalização (Vandersluis e Ravindran,
2020).
2° 49
3° 48
4° 48
5° 49
6° 48
7° 47
8° 49
9° 48
10° 48
Com o objetivo de minimizar os efeitos causados pelo tratamento superficial feita após
sua fabricação e objetivando retornar as suas características originais, foi realizado um
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tratamento térmico de normalização. Para realização deste processo a peça foi introduzida no
forno e aquecida até a temperatura de 825°C, pois o aço 1045 se austenitiza em 775°C, e é
necessário um acréscimo de no mínimo 50°C acima de sua zona crítica (Jiang et al., 2020.
Para realização desse processo foi utilizado um forno da marca NOVUS, disponibilizado pela
Faculdade Redentor, e localizado no laboratório de metalografia e tratamentos térmicos. É um
forno digital, que possibilita um controle muito preciso sobre a temperatura, e com a
capacidade máxima de 1200°C. Esse processo é dividido em 3 partes: Aquecimento,
encharque e resfriamento (Gong et al., 2020).
Com o forno desligado foi introduzido a peça. Após ligar o forno, o processo de
aquecimento teve duração de aproximadamente 40 minutos até atingir a temperatura de
825°C. Após atingir a temperatura de 825°C a peça permaneceu aproximadamente 140
minutos no forno. Nesse momento na estrutura da peça inicia-se a formação de austenita, e
ocorrer o refinamento dos grãos, como pode-se analisar no diagrama ferro-carbono mostrado
na Figura 4 abaixo (Li et al., 2020).
Como Aço 1045 possui de 0,43% à 0,50% de carbono, podemos concluir que a
temperatura de 825°C e o tempo do tratamento é suficiente para ocorrer a austenitização.
Após 140 minutos no forno a peça foi retirada e resfriada ao ar livre. Devido ao resfriamento
lento, e não um resfriamento brusco, a estrutura retorna a ter composição de ferrita e perlita
fina, mas agora com os grãos refinados. Como resultado ocorre um alívio das tensões internas
da peça, causado pelo tratamento térmico superficial feito pós-fabricação, assim ocorrendo
um aumento na tenacidade da peça e reduzindo a dureza a um nível similar de um pinhão sem
tratamento térmico (Zolin, 2010).
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1° 33
2° 35
3° 34
4° 34
5° 35
6° 34
7° 33
8° 34
9° 34
10° 35
3. RESULTADOS
Foi realizado um ensaio de dureza no pinhão de aço SAE 1045 antes do tratamento
térmico para verificação de intensidade de dureza e após o tratamento térmico para efeito de
comparação e análise, tendo como resultado os seguintes valores de dureza em HRc como
mostra a Tabela 3 abaixo (Jiang et al., 2020).
Tabela 3 - Resultados dos ensaios de dureza antes e após o tratamento térmico medido nas
proximidades dos dentes da engrenagem
47 HRc 33 HRc
47 HRc 35 HRc
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48 HRc 34 HRc
48 HRc 34 HRc
49 HRc 35 HRc
47 HRc 34 HRc
48 HRc 33 HRc
48 HRc 34 HRc
49 HRc 34 HRc
49 HRc 35 HRc
Figura 5 - Gráfico dos valores obtidos nos ensaios de dureza medidos em HRc
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4. CONCLUSÃO
REFERENCIAS
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ZOLIN, IVAN. (2010) Curso técnico em automação industrial. Ensaios mecânicos e análises de falhas.
Universidade Federal de Santa Maria: Colégio Técnico Industrial de Santa Maria.
Abstract. This work aims to perform the analysis of hardness and wear resistance in a
motorcycle transmission gear (pinion), treating it thermally, aiming to report the reason why
manufacturers do the surface heat treatments on the parts with the objective of improvements
in hardness and wear resistance, and highlighting that the part in its normal conditions after
its manufacture without any kind of improvement of hardness on its surface would have
excessive wear on its teeth. The analysis was made through a normalization heat treatment on
the part in order to minimize the effects of the surface heat treatment done after its
manufacture and to compare the hardness values obtained in the tests carried out before and
after the heat treatment.
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1. INTRODUÇÃO
De acordo com IAB (2018), a indústria brasileira representa 2,1% na produção mundial
de aço, sendo que na América Latina, o Brasil corresponde em torno de 53,5% da produção
de aço. Paralelo ao crescimento da produção de aço está o aumento da geração de resíduos
sólidos industriais e coprodutos siderúrgicos, podendo ser destacados os agregados de alto-
forno que correspondem em torno de 42% desses resíduos.
As principais aplicações para os agregados siderúrgicos, incluindo a escória de alto-forno,
estão vinculadas aos diversos setores da construção civil como nivelamento de terrenos, base
e sub-bases de pavimento, agregados de concreto e produção de cimento (IAB, 2018). No
processo de produção do cimento, a clinquerização é responsável por um alto consumo de
energia e liberação de dióxido de carbono ( ) para a atmosfera. A indústria do cimento
gera para cada tonelada de cimento produzida, em torno 1 tonelada de , sendo responsável
por 5% da emissão global. No Brasil, isso pode ser considerado em torno de 1,4%
(CARVALHO et al., 2017).
Atualmente, com a incorporação de aditivos minerais e ativos hidráulicos, é possível
produzir cimentos compostos com características específicas para diferentes aplicações, além
da redução de energia e de clínquer consumidos. Dessa forma, o crescimento da utilização
desses cimentos deve-se ao seu melhor desempenho mecânico e de durabilidade quando
coMParado ao cimento comum (CASTRO et al., 2017). A adição de escória de alto-forno na
produção de cimento Portland, além da reposição parcial, também pode substituir parte do
clínquer utilizado, impactando na redução de energia, consumo e emissão de gases de efeito
estufa, além do custo de produção, e com isso, apresentando-se como alternativa sustentável
na produção de cimento (CARVALHO et al., 2017).
2. REFENCIAL TEÓRICO
2.1 Cimento
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
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A avaliação do grau de vitrificação foi realizada pela contagem dos grãos parciais e
completamente cristalizados por meio de microscopia de luz transmitida polarizada. Os
parâmetros de classificação são considerados nos intervalos: maior que 95%; entre 90 e 95%;
e menor que 90% de fase vítrea, dessa forma, quanto mais vítrea mais reativa a escória
(GOBBO, 2009). O índice de refração pode ser considerado uma ferramenta bastante útil na
identificação de minerais ou qualificação de escórias, considerando a sua composição química
e estrutura cristalina (GOBBO, 2009). De acordo com NBR 16697 (ABNT, 2018), as escórias
que exibem índice de refração superior a 1,63 correspondem àquelas de natureza básica e
obedecem ao índice de hidraulicidade:
2 O3 2>1 (1)
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Foram adotadas condições de cura de 23ºC durante 48 horas; e à 55ºC durante 24 horas.
Os corpos de prova foram curados dentro das formas até a idade de ruptura. As condições de
cura acelerada também colaboram para o processo de hidratação da escória.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Resultados
Parâmetros
(% massa)
Perda ao fogo-PF 0
Dióxido de silício 34,38
Óxido de alumínio 13,56
Óxido de ferro 0,25
Óxido de cálcio 40,38
Óxido de magnésio 8,25
Óxido de sódio 0,14
Óxido de potássio 0,30
Sulfeto 0,75
Resíduo insolúvel 0,31
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No ensaio de atividade hidráulica com solução sódica em cura normal 23°C a 48h, os
valores de resistência típicos de escórias de boa qualidade são entre 7MPa a 10MPa. O
resultado obtido no ensaio foi de 11MPa. Em cura acelerada, 55°C a 24h esses valores
aumentam de 13MPa a 15MPa. O resultado obtido foi de 12,50 MPa. Esses valores de
referência são para áreas específicas próximas de 3500cm²/g, ou seja, a amostra é adequada
também nesse parâmetro pois apresentou área de 3490cm²/g. Quanto à resistência à
compressão, apresentou valores em cura normal e acelerada próximos aos valores de
referência, 11 MPa e 12,50 respectivamente.
5. CONCLUSÃO
A partir do presente estudo foi possível verificar que a escória de alto-forno atua
positivamente nas propriedades mecânicas do cimento. Por meio da eficiência do seu
potencial hidráulico, foi possível afirmar que o resíduo colabora para o aumento de resistência
à compressão em idades mais avançadas, logo, também maior durabilidade. Além disso,
concluiu-se que a escória de alto-forno como adição ao cimento permite a redução de clínquer
na fabricação, dos gases emitidos para o meio ambiente e custo de produção, ou seja, pode ser
considerada uma alternativa sustentável para indústria do cimento.
REFERÊNCIAS
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Abstract. The great demand for steel production, there is an increase in the generation of
waste and steel products, including blast furnace slag. Blast furnace slag is a by-product
generated in the manufacture of pig iron in blast furnaces. The cement manufacturing process
provides the addition of this residue to the cement produced. Thus, the present work
highlights the hydraulic potential of blast furnace slag, which provides an improvement in the
mechanical properties of cement, in addition to being a sustainable alternative for the sector.
The tests carried out were for the characterization of the chemical composition, which is
relevant for checking its hydraulics; the determination of the degree of vitrification, as slags
subjected to slow cooling conditions are crystalline and do not have hydraulic properties; and
hydraulic activity using the accelerated soda method, which provides slag hydration
parameters. The sample studied was basic in nature, as it had a refractive index close to 1.65.
Its degree of vitrification was 98%, in fast cooling conditions. In the test of hydraulic activity
with soda in normal cure at 23 ° C at 48h, the result obtained was 11MPa and in accelerated
cure, at 55 ° C at 24h was 12.50MPa. The sample analyzed showed resistance to compression
of the cures close to the reference values. It was concluded with the study that the sample
presented characteristics that qualify it as a good performance as an addition to cement, in
addition to providing less impact to the environment.
Keywords: Blast furnace slag, Cement, Industrial solid waste, Hydraulic potential.
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1
Lab de Biomateriais, Instituto Militar de Engnharia, Pr Gen Tiburcio 80, Rio de Janeiro-RJ
2
Instituto de Estudos Avançados, São José dos Campos-SP
1. INTRODUÇÃO
Entre as diversas aplicações do titânio e suas ligas, destaca-se o uso como eletrodos para
células fotovoltaicas (Barbe C.H. et al., 1997), purificação ambiental, terapia de câncer no
qual o material é um excelente fotocatalisador (Fujishima A. et al., 2000), sensor de gás na
forma de películas finas nanocristalinas para quimiossorção (Eranna G. et al., 2004),
implantes ósseos (Sula Y.T., 2003) e componentes ópticos para os quais são necessários
revestimentos de proteção e antirreflexo (Suhail M.H., 1992).
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As aplicações do titânio comercialmente puro (Ti cp) e suas ligas como biomateriais
estão associadas ao fato de serem atóxicos, biocompatíveis, apresentarem osseointegração e
serem estáveis no meio corpóreo, tanto química quanto mecanicamente.
Em algumas aplicações, o titânio é submetido à coloração.Várias técnicas podem ser
usadas para obter um revestimento de óxido de titânio colorido, entre elas a deposição
catódica (Takikawa A. et al., 1999), a deposição de plasma (Teng K.S. et al., 1998), a
deposição de laser (Garapon C. et al., 1996), a pulverização catódica (Lee J.H. et al., 2012), a
oxidação térmica (Dong H. & Bell T., 2000), a oxidação eletrolítica (Diamanti M.V. et al.,
2008; Del Pino, A. P. et al., 2004) e a oxidação por laser (O’Hana S. et al., 2008; Del Pino,
A. P. et al., 2004; Lavisse L. et al., 2000). Mais frequentemente, as marcações coloridas nas
superfícies metálicas são feitas por impressão, revestimento por emulsão ou técnicas de
oxidação eletrolítica (Yang, C.-C. et al., 2017).
Os métodos sem contato como feixes de laser não danificam a superfície do objeto e não
os desgastam. Deste modo, estes métodos de manufatura avançados têm substituído a maioria
das tecnologias convencionais dos tratamentos de superfície. Em geral, o calor produzido
durante a irradiação a laser é influenciado pela energia do laser e das propriedades do material
iluminado. O comprimento de onda selecionado do laser, a energia e o número de pulsos e o
coeficiente de absorção de calor do material afetam o calor produzido na superfície dos
objetos. Alguns estudos propuseram que o tratamento da superfície a laser com vários
parâmetros podem ser usados para obter cores diferentes no substrato do metal (Yang, C.-C.
et al., 2017).
Uma característica interessante dos revestimentos de titânio está relacionada ao seu
aspecto visual. A cor dos revestimentos obtidos através de técnicas convencionais tem sido
geralmente atribuída a fenômenos de interferências de luz na camada superficial do óxido
(Suzuki A., 1996; Teng K.S. et al., 1998; Garapon C. et al., 1996). As cores variam com a
espessura da camada de óxido. Nos revestimentos de óxido obtidos por tratamento com laser
pulsado, as diferentes cores são associadas à espessura da camada superficial constituída por
vários tipos de óxidos (Langlade C. et al., 1998; Langlade C. et al., 1998).
Os filmes de óxido de titânio apresentam uma variedade de cores, o que permite que eles
sejam usados em aplicações decorativas (Del Pino, A. P. et al., 2004), eletrônica, indústria
automotiva e arte para novos designs, publicidade e jóias (Diamanti M.V. et al., 2008;
O’Hana S. et al., 2008).
No presente trabalho a coloração do Ti cp foi feita com emprego de feixes de laser. A
coloração dos metais por laser é um exemplo de corrosão gasosa em altas temperaturas.
Literalmente, a reação com o oxigênio e a composição dos produtos da reação podem ser
previstos, baseados em dados termodinâmicos e coeficientes cinéticos. De modo geral, com o
aquecimento são formados vários tipos de óxidos de titânio com diferentes espessuras. O uso
de laser para a oxidação dos metais introduz uma série de fatores difíceis de serem analisados,
e o processo é considerado fotofísico e não fototérmico (Karlov N.V. et al., 1993).
Segundo Del Pino, A. P. et al (2004), o tratamento de superfície do titânio com laser
forma uma camada composta basicamente por TiO2 policristalino e outros óxidos, com alto
grau de oxidação e cristalinidade quando a velocidade de escaneamento do laser é baixa. As
cores observadas da camada transparente de óxido na superfície do titânio são consequências
de fenômenos de interferência da luz. A camada de óxido de titânio filtra as ondas de luz que
passa através dele e causas interferência da luz refletida. A cor que observada na peça de
titânio depende da espessura da camada de óxido. A espessura da camada de óxido pode ser
controlada por processos eletroquímicos ou aquecimento. NO presente trabalho o
aquecimento foi obtido pelo feixe laser.
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
No presente trabalho foram usadas placas de titânio (130 x 14 x 0,1 mm3) com uma
pureza comercial classificado como grau 2 (ASTM F67).
Os tratamentos de oxidação com laser foram realizados com um sistema Baasel Lasertech
Nd: YAG (λ = 1,064 μm) com espelhos galvanométricos que permitem a deflexão do feixe. O
sistema foi operado no modo cw (continuous wave), e o feixe com potência de 53 W foi
focado nos alvos formando pontos circulares com diâmetro da lente de comprimento focal de
aproximadamente 350 μm a 160 mm e intensidade média do laser de aproximadamente 55
kW/cm2.
As amostras foram irradiadas ao ar através do escaneamento da superfície da amostra
linha a linha com o feixe de laser com traço paralelo a uma velocidade de escaneamento
controlada em um range de 350 – 80 mm/s. Traços adjacentes foram separados por 100 μm.
Um tempo de atraso de 2 s entre traços consecutivos foi selecionado com intuito de evitar
acúmulo excessivo de calor durante o tratamento. Na mesma placa de Ti diferentes cores
foram obtidas com diferentes velocidades de escaneamento com laser (Tabela 2).
Para medir a rugosidade do titânio, foi utilizado o equipamento New View 7100 da marca
Zygo. O equipamento é baseado na técnica de interferometria de luz branca de varredura sem
contato, tridimensional, com uma matriz de medição 640x480 µm, faixa de varredura vertical
150 μm (5906 μin), resolução vertical <0,1 nm e resolução óptica de 0,36 a 9,5 μm. O sistema
é controlado pelo software ZYGO MetroPro em execução no Microsoft Windows 7.
Para caracterizar a rugosidade foram quantificados os parâmetros:
Ra: média aritmética dos valores absolutos das ordenadas de afastamento (yi), dos
pontos de perfil de rugosidade em relação à linha média, dentro do percurso de
medição (lm).
Rms: média quadrática das áreas acima da linha média do perfil.
PEAK: altura do maior pico em relação a linha média.
Rz: diferença entre o valor médio das coordenadas dos cinco pontos mais profundos
medidos a partir da linha de referência, que não intercepta o perfil de rugosidade
durante a medição.
Valley: profundidade do maior vale em relação a linha média.
R3z: corresponde a cada um dos 5 módulos (cut off). Em cada módulo foram traçadas
as distâncias entre o terceiro pico mais alto e o terceiro vale mais profundo, em sentido
paralelo à linha média.
3. RESULTADOS
Mostra-se na Figura 1 a imagem de uma das placas após a coloração com laser. Na Fig 2
é mostrada a imagem representativa obtida por interferometría. Os dados medidos da
rugosidade são apresentados na Tabela 1.
Na Figura 3 mostra-se os gráficos das médias dos parâmetros de rugosidade medidos por
interferometria.
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Figura 2- Gráficos das médias dos parâmetros de rugosidade (Ra, Rz, Pico, Vale, Rms e R3z)
de acordo com as coloração do óxido de titânio.
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4. DISCUSSÃO
5. CONCLUSÃO
É possível obter diferentes cores do óxido de titânio utilizando oxidação com laser em
chapas de titânio comercialmente puro grau 2.
Entre as diferentes cores do óxido de titânio não existe diferença estatística significativa
dos parâmetros de rugosidade.
Agradecimentos
Os autores agradecem aos órgãos de fomento FAPERJ, CAPES e CNPq pelo suporte
financeiro para executar o presente trabalho.
REFERÊNCIAS
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Compounds, vol. 715, 349-361.
Abstract. The commercially pure titanium and its alloys have several applications in
engineering and as biomaterial. The main property for biomaterial applications must be its
biocompatibility. In some applications, the Ti surface must have different colors. Ti oxide
color varies with the thickness of the titanium oxide film on the surface. The objective of this
work is to analyze the influence of the Ti oxide thickness heated at different temperatures in
roughness. The results showed that it is possible to obtain the growth of the Ti oxide layer
through the laser heating process. The roughness data measured by interferometry showed
that there is no statistically significant difference in roughness between 6 analyzed colors.
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Abstract. The equations of state were developed to predict the vapor pressure, temperature
and volumetric behavior of systems of simple components and mixtures, behavior (P, V, T ),
thus becoming important tools for modeling thermodynamic systems in both sectors chemical
and petroleum engineering industry as academics. This work aims to carry out a comparative
study between the three main state equations of van der Waals (VDW), Soave-Redlich-Kwong
(SRK) and Peng-Robinson (PR) in the calculation of the molar volume of the saturated phase
of ethylene and compare the results with those found in the literature.
1. INTRODUÇÃO
Muitas fórmulas semi-empı́ricas foram propostas para descrever as propriedades dos gases
reais pressão (P ), temperatura (T ) e o volume (V ), também denominados de comportamentos
P V T . O conhecimento dessas propriedades é muito útil na engenharia quı́mica e petrolı́fera, a
mais simples dessas equações é a lei dos gases ideais dada por
RT
P = (1)
V
sendo R a constante universal dos gases, entretanto para Faires & Clifford (1991 ) a validade da
equação Eq.(1) é restrita aos gases em baixas pressões.
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Para contornar essa dificuldade, a indústria procurou encontrar equações que possam
refletir com a máxima precisão e acurácia o comportamento dessas variáveis quando levadas a
condições extremas. Várias equações de estado(EDE) já foram propostas, entre as mais famosas
destacam-se quatro: a equação de Van der Waals (VDW), 1873, citada por Danesh et al. (1991 );
a equação de Redlich – Kwong(RK), 1949, publicado por Redlich & Joseph (1949 ); a equação
de Soave-Redlich-Kwong(SRK), 1972, apresentada por Soave (1972 ) e a equação de Peng
– Robinson(PR), publicada pelo próprio autor 1976, Peng & Robinson (1976 ). Todas elas
incluem duas ou mais constantes aplicáveis a diferentes gases reais. Com base nas teorias
dos princı́pios dos estados correspondentes, essas equações foram desenvolvidas, nas quais as
constantes são aplicáveis a todos os tipos de gases dentro de uma certa pressão e temperatura.
A equação do gás ideal é muito simples, logo, muito conveniente de usar. Entretanto, os gases
se desviam significativamente do comportamento ideal do gás em estados próximos à região
de saturação e ao ponto crı́tico. Segundo Cengel & Boles (2007 ), esse desvio na temperatura
e pressão especificadas é contabilizado com precisão pela introdução de um fator de correção
chamado fator de compressibilidade Z dado por
PV
Z= (2)
RT
.
Quanto mais leve for o gás, mais baixas forem as pressões e mais altas as temperaturas, mais
o fator Z se aproxima de 1 e o gás se aproxima do comportamento dos gases ideais(P V = RT ),
enquanto que para gases reais Z pode ser maior ou menor que a unidade, sendo Z < 1 gases
reais para baixas pressão e temperatura e Z > 1 gases reais para altas pressão e temperatura.
Quanto mais longe Z estiver da unidade, maior o desvio que o gás apresenta em relação ao
comportamento de um gás ideal.
Uma das equações de estado mais comumente usada na indústria petrolı́fera é a equação
proposta pelo fı́sico holandês Johannes Diderik Van Der Wallls(VDW) (1837-1923), em 1873.
Para Struchtrup (2014 ), Van Der Wallls considerou que a pressão real de um sistema devia levar
em consideração dois termos :
P = P R + PA , (3)
onde PR seria a pressão ocasionada pelas forças de repulsão e PA a pressão ocasionada pelas
forças de atração. Assim,
RT a
P = − 2 (4)
V −b V
sendo que o parâmetro a é chamado de força atrativa servindo para diminuir a pressão, uma vez
que as moléculas não colidirão tão facilmente no recipiente e o termo b é denominado parâmetro
repulsivo.
Manipulando a Eq. (4) e escrevendo como uma equação com a incógnita no volume no seu
ponto crı́tico obtém-se
3 RT a ab
V − b+ V2+ V − = 0, (5)
P P P
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sendo a Eq. (5) denominada de equação cúbica de estado em V , uma vez que existem para
um dado valor de Tc , Pc e dos parâmetros a e b, três raı́zes para o volume. Para se usar V DW
precisa-se determinar os parâmetros a e b para a substância de interesse. Pode-se encontrar
esses valores no ponto crı́tico do gráfico P vT , sendo a temperatura constante.
Aplicando a primeira e a segunda derivadas na equação de VDW nos pontos crı́ticos obtém-
se
27 (RTc )2
a= (6)
64Pc
e
RTc
b= (7)
8Pc
PV
A Eq. (5) pode ser escrita também em função do fator de compressibilidade (Z = ),
RT
ZRT
substituindo V = em Eq. (5) tem-se
P
3 2
ZRT RT ZRT a ZRT ab
− b+ + − =0 (8)
P P P p P P
Z 3 − (1 + B)Z 2 + AZ − AB = 0 (9)
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sendo
aP
A= (10)
R2 T 2
e
bP
B= (11)
RT
a Eq. (9) que é a equação de VDW em função do fator de compressibilidade produz uma raiz
real na região monofásica e três raı́zes reais na região bifásica (onde a pressão do sistema é
igual à pressão de vapor da substância). Segundo Ahmed (2013 ), na região bifásica a maior
raiz positiva corresponde ao fator de compressibilidade da fase de vapor Z V ; enquanto a menor
raiz positiva corresponde à da fase lı́quida Z L .
RT a(T )
P = − · (12)
V − b (V + b) (V + σb)
Onde e σ são constantes para todas as substâncias e dependem da equação de estado de
referência de acordo com a Tabela 1 e a(T ) e b são, respectivamente, os termos atrativos e
parâmetros de co-volume especı́ficos para cada substância. Esses parâmetros são geralmente
determinados usando correlações generalizadas baseadas em propriedades crı́ticas e fator
acêntrico1 , de acordo com:
α (T ; ω) R2 T 2
α(T ) = Ψ , (13)
Pc
RTc
b=Ω · (14)
Pc
Onde Tc é a temperatura
crı́tica, Pc é a pressão crı́tica, ω é o fator acêntrico, Tr temperatura
T
reduzida Tr = , os outros sı́mbolos são mostrados na Tabela 1. Nota-se ainda que a
Tc
equação de Van der Waals é um caso especı́fico da Eq. (12), quando a(T ) = a é uma constante
que depende da substância e = σ = 0 e
2
αSRK (T ; ω) = 1 + 0.48 + 1.57ω − 0.176ω 2 1 − Tr0.5
(15)
2
αP K (T ; ω) = 1 + 0.37464 + 1.54226ω − 0.26992ω 2 1 − Tr0.5
(16)
1
Usado para descrever a não-esfericidade das moléculas
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Um problema tı́pico envolvendo equações cúbicas de estado é para calcular o volume molar
a uma determinada pressão e temperatura. Este volume pode ser calculado resolvendo a Eq. (5).
Alternativamente, pode ser calculado resolvendo a equação cúbica para Z Eq. (9). O último
método é recomendado por uma série de razões. A equação para Z é adimensional, isso reduz
as chances de erros envolvendo unidades.
√ θ a
x1 = −2√Qcos 3 − 3
x2 = −2 Qcos θ+2π
3
− a
3
√ θ−2π a
x3 = −2 Qcos 3 −
3
onde !
R
θ = arccos p
Q3
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iii) Se R2 > Q3 o polinômio possui somente uma raiz real e seus parâmetros A e B devem ser
calculados da seguinte forma:
h p i 13
A = −sign(R) |R| + R2 − Q3
e (
Q
A
se A 6= 0
B=
0 se A = 0
onde sign(x) é a função que retorna o sinal de x e a sua única raiz real será dada por
a
x1 = (A + B) −
3
4.2 O problema
O etileno (C2 H4 ), um gás incolor de odor etéreo, levemente adocicado que se liquefaz a
−103o C e solidifica a −169o C, é um componente de grande utilização na industria quı́mica,
principalmente na produção de plásticos. Devido a falta de dados experimentais desse
componente e para validar a teoria apresentada e o programa desenvolvido apresenta-se um
problema sugerido por Matsoukas (2013 ) para se calcular o volume molar através das equações
de VDW, SRK e PR.
(
m3
VL = ZLPRT ⇒ VL = 1.1793936 × 10−4 mol
m3
VV = ZVPRT ⇒ VV = 5.036372 × 10−4 mol
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Table 2- Volumes molares da fase lı́quida e vapor pelas equações de VDW, SRK e PR
Equação VL (m3 /mol) Erro(%)∗ VV (m3 /mol) Erro(%)∗
VDW 1.1793936×10−4 65.41 5.036372×10−4 10.45
SRK 8.17434×10−5 14.65 4.55207×10−4 -0.17
PR 7.23918×10−5 1.53 4.39135×10−4 -3.69
Literatura 7.13×10−5 - 4.56×10−4 -
∗ VEDOs − VLiteratura
Erro = × 100%
VLiteratura
5. CONCLUSÃO
A equação de van der Waals apresenta o maior erro, principalmente na região do lı́quido. A
equação de Peng-Robinson fornece o menor erro no lı́quido, mas a equação de Soave-Redlich-
Kwong é melhor na região do vapor.
Agradecimentos
REFERENCES
APPENDIX A
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Abstract. The equations of state were developed to predict the vapor pressure, temperature
and volumetric behavior of systems of simple components and mixtures, behavior (P, V, T ),
thus becoming important tools for modeling thermodynamic systems in both sectors chemical
and petroleum engineering industry as academics. This work aims to carry out a comparative
study between the three main state equations of van der Waals (VDW), Soave-Redlich-Kwong
(SRK) and Peng-Robinson (PR) in the calculation of the molar volume of the saturated phase
of ethylene and compare the results with those found in the literature.
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Resumo. O presente artigo tem como objetivo primário definir quais são as propriedades
físicas e mecânicas do Cobre, baseado em um ensaio mecânico de tração. Após a realização
do estudo, puderam ser definidas as características principais do material, bem como as
possíveis aplicações nos mais variados setores da indústria nacional e internacional. Para
que isso fosse possível de ser consolidado, realizou-se um ensaio de tração, de acordo com a
norma ASTM A370, nas dependências laboratoriais da Sociedade Universitária Redentor. A
partir dos resultados obtidos e, posteriormente comprovados por meio de cálculos
matemáticos, chegamos à conclusão de diversas características que o material apresenta
quando solicitado a determinados esforços. É por essa gama de boas propriedades físicas,
químicas e mecânicas, que determinamos o Cobre como um material extremamente versátil e
de uma aplicabilidade muito grande no cenário industrial nacional e internacional.
Abstract. This article has as primary objective to define what are the physical and
mechanical properties of copper. After the study, the main material characteristics and
possible applications in various sectors of national and international industry could be set. To
make this possible be consolidated, there was a tensile test according to ASTM A370, the
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laboratory facilities of the University Redeemer Society. From the results obtained and
subsequently verified through mathematical calculations, we conclude several characteristics
that the material shows when asked to determined efforts. For this range of good physical,
chemical and mechanical properties, which determine the copper as an extremely versatile
material and a very great applicability in domestic and international industrial scenario.
1. INTRODUÇÃO
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Alguns estudos realizados há poucos anos tentaram encontrar um substituto que possuísse
um custo menor e com as mesmas propriedades que o Cobre. O Alumínio passou a ser
utilizado principalmente como serpentina para aparelhos de ar condicionado, devido ao seu
baixo custo e peso quando comparado com o Cobre. Porém não possui a mesma capacidade
de resistir a agentes causadores de corrosão como o Cobre (Panaskar, 2017). Isso faz com que
o Cobre ainda possua ampla utilidade no setor industrial. A Figura 1 apresenta duas
aplicações do cobre.
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Figura 01 – Cobre utilizado na confecção de conexões e fio de cobre utilizado para instalações
elétricas.
Fonte: www.reformafacil.com.br (2015)
2. MATERIAIS E MÉTODOS
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3. RESULTADOS
Ao final do ensaio o corpo de prova não gerou nenhum som quando se rompeu, por
consequência do cobre possuir boa maleabilidade e ductilidade. Pode-se observar nas figuras
5 e 6 o acabamento antes e após o ensaio.
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1004
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Os resultados obtidos foram comprovados por cálculos matemáticos sendo possível assim
a criação dos gráficos ilustrados nas Figuras 7 e 8. referentes respectivamente á carga-
deslocamento e tensão-deformação.
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d) Limite de resistência:
e) Tensão de ruptura:
f) Deformação ( ) = = 5,952 mm
g) Deformação específica:
h) Resiliência:
i) Estricção:
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j) Tenacidade:
4. CONCLUSÃO
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Palmas - TO
Abstract. The work is based on subjecting the samples SAE 4340 steel heat treating process
with different cooling media (charcoal, sand, air, oil and water with ice), which alter the
microstructure of the material, therefore, changes the properties mechanical steel, which may
cause an increase or decrease in material hardness. With the completion of the mechanical
test of hardness in each sample analyzed, it was observed that there was an increase of
hardness in all samples heat treated.
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1. INTRODUÇÃO
Os aços, materiais formados por uma liga metálica de ferro e carbono, diferenciam-se
pela forma, tamanho e uniformidade dos grãos que o compõem e por sua composição
química, que pode ser alterada em função de sua aplicação final (Chiaverini, 1977).
Os aços apresentam diferentes graus de resistência mecânica, soldabilidade, ductilidade,
resistência à corrosão. Outras propriedades inerentes a este tipo de material são a elasticidade,
a plasticidade, a resiliência e a fluência. É um material homogêneo e, portanto, pode ser
laminado, forjado, estampado, estriado e, ainda, ter suas propriedades modificadas por
tratamentos térmicos ou químicos (Chiaverini, 1986).
A utilização do aço se faz presente de forma ostensiva, devido ao seu custo e por
apresentar características que podem ser alternadas mediante aos tratamentos térmicos.
O aço SAE 4340 é um aço para beneficiamento com elevada temperabilidade, ligado ao
cromo, níquel e molibdênio, muito utilizado na indústria para a fabricação de diferentes
componentes estruturais, quando se deseja uma combinação de resistência mecânica média à
fratura e à fadiga, bem como uma homogeneidade de dureza ao longo de pequenas ou grandes
seções transversais servindo para aplicações em eixos, engrenagens, engrenagens planetárias,
colunas, mangas e cilindros, entre outras (Askeland, 2006).
Tratamento Térmico pode ser conceituado como um processo de aquecimento e
resfriamento controlados realizado nos metais objetivando a alteração de suas propriedades
físicas e mecânicas. Está associado ao aumento da resistência mecânica, ao desgaste, à
corrosão e ao calor, à melhora da usinabilidade e das propriedades de corte, da
conformabilidade, da restauração, da ductilidade, depois de uma operação a frio alterando
características e propriedades elétricas ou magnéticas dos materiais (Krylova et al., 2019).
O tratamento térmico aplicado aos aços modifica o seu comportamento maximizando sua
utilidade, no que diz respeito ao alívio de tensões internas, provenientes de um resfriamento
desigual e as propriedades de resistência.
A temperatura de austenitização, a temperabilidade e a velocidade de resfriamento são
determinadas em função da composição do aço. Sua utilização é dada em ferramentas com
médios e altos teores de cromo, e aços inoxidáveis (Barriuso et al., 2014).
Dentre os tratamentos térmicos mais utilizados podemos destacar o recozimento, a
normalização, a têmpera e o revenido. Cada um deles apresenta características singulares.
O recozimento é utilizado quando se deseja remover tensões, devido ao tratamento
mecânico a frio ou a quente, buscando diminuir a dureza, ajustar os grãos e melhorar a
usinabilidade. A normalização é semelhante ao recozimento quanto aos objetivos, porém o
resfriamento é menos lento e feito ao ar (Ghrib et al., 2008).
A têmpera consiste no resfriamento rápido do corpo de prova, de uma temperatura
superior à crítica, para se obter uma estrutura com alta dureza que chamamos de martensítica.
Apesar de elevar o limite de resistência, de tração do aço e sua dureza, este tipo de tratamento
reduz a maleabilidade e produz o aparecimento de tensões internas, que são atenuadas através
do revenido, tratamento que sucede a têmpera com objetivo de aliviar as tensões produzidas e
corrigir a excessiva dureza e fragilidade do material, aumentando sua maleabilidade e a
resistência ao choque (Ghrib et al., 2008).
Quando se deseja a redução da dureza, a remoção de tensões residuais, a melhoria da
tenacidade, a restauração da ductilidade, a redução do tamanho do grão ou alteração das
propriedades eletromagnéticas do aço, utiliza-se as formas chamadas de amolecimento que
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
Os estudos foram baseados no diagrama Fe-C, que relaciona a quantidade de carbono dos
aços com a temperatura dos mesmos, mostrando em cada fase as microestruturas presentes.
Outra base do estudo foi a curva TTT do aço SAE 4340, que relaciona a temperatura em
que ocorre a transformação da austenita e a estrutura e propriedades das fases produzidas e
função do tempo.
(a) (b)
Figura 01 – (a) Diagrama Fe-C (b) Curva TTT do aço SAE 4340..
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i. Resfriamento no carvão.
Após sair do forno, a amostra foi colocada em um recipiente de vidro com capacidade de
1000 ml e ficou submersa em carvão mineral triturado até que resfriasse. Após
aproximadamente 24h o aço foi retirado do recipiente.
Medição da dureza
Para a medição da dureza de cada peça foi utilizado um durômetro de mesa, da marca
Digimess, que tem uma ponteira de diamante industrial em formato cônico e utiliza a escala
Rockwell, medida em HRC.
Em cada peça foram feitas dez medições da dureza, a fim de se obter um valor médio
entre elas. Abaixo os gráficos e tabelas que representam a dureza com cada meio de
resfriamento do aço SAE 4340.
3. RESULTADOS
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Os resultados obtidos no ensaio de dureza do aço resfriado na água com gelo estão
indicados na Figura 6.
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4. CONCLUSÃO
Após a análise dos testes realizados concluímos que houve um aumento significativo da
dureza do material utilizado, quando submetido a tempera, com resfriamento em água com
gelo (0°C). Os outros métodos de resfriamento também produziram aumento da dureza,
porém em menores escalas.
No resfriamento com carvão obtivemos uma dureza de 40,3 HRC, que se deu pelo fato de
o carvão ser um material composto, basicamente, de carbono e, no processo de resfriamento,
transferir carbono para a superfície da amostra aumentando assim a dureza superficial do aço.
No caso da peça que foi resfriada na areia, sua dureza teve um aumento menor pelo fato deste
material dificultar a troca de calor da peça com o ambiente. A dureza média foi de 38,3 HRC.
Quando a terceira amostra resfriou ao ar livre ocorreu o tratamento térmico de normalização,
que gera uma dureza menor que de todos os tipos de têmperas. Sua média foi de 34,5 HRC.
No caso da peça que resfriou no óleo de têmpera, pelo fato de seu resfriamento ser mais
rápido, também teve sua dureza aumentada consideravelmente, dando um valor médio de 38,7
HRC. Já no último tipo de resfriamento, que foi na água com gelo caracterizando um processo
quase instantâneo, o aumento de dureza foi maior dando uma média de 59,1 HRC.
O tratamento térmico que usou a água com gelo para resfriamento, se faz necessário para
peças ou ferramentas que necessitam de alta dureza. Por outro lado, esse processo gera muita
tensão interna no material, que não é bom por muitas vezes gerar trincas internas e externas e
aumentar a fragilidade do aço. Para diminuir essas tensões e a fragilidade recomenda-se fazer
o revenimento.
Agradecimentos
REFERENCES
Askeland, R. (2006), Phulé, D., Pradeep, P. Ciência e Engenharia dos Materiais. 1ª Edição. 2006.
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Abstract. This work aims to study the conformation of steel SAE 1045 behavior when
subjected to heat treatment quenching in varying weather and tempering for the manufacture
and use screws. Several samples were subjected to thermal treatments at different times
ranging from 30 minutes to 120 minutes. Through the Rockwell B assay, their degrees of
hardness were compared to obtain analysis results for commercial industry. After the heat
treatment were compared and analyzed aspects mechanical obtained samples of the post-
shaped state, looking for a good quality of the final product. The hardened and tempered
samples resulted in the formation of a microstructure with a mean hardness of 47.82 HB, and
therefore strong and good machinability, resulting in parts with good applicability, wherein
the microstructure showed an appropriate hardness relative to the process of post-treatment
machining. The samples were also submitted to conformation to thread insert in cross section,
forming the final piece.
1. INTRODUÇÃO
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Têmpera
(a) (b)
Figura 01 – (a) Ripas finas de teor baixo carbono; (b) Placas maiores com alto teor de carbono de
Martensita (Askeland, 2006).
Revenimento
Revenimento é um processo feito logo após o endurecimento por têmpera. Peças que
sofreram têmpera tendem a ser muito mais quebradiças. A fragilidade é causada pela presença
da martensita, com isso pode ser removida pelo processo de revenimento. O resultado é uma
combinação desejável de dureza, ductilidade, tenacidade, resistência e estabilidade na
estrutura. As propriedades resultantes dependem da composição do aço e da temperatura em
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que foi utilizado o revenimento. É aplicado nos aços para corrigir a tenacidade e a alta dureza,
conseguindo o aumento da tenacidade dos aços (Ghrib et al., 2008).
O revenimento consiste no reaquecimento das peças temperadas, a temperaturas abaixo
da linha inferior de transformação do aço de 727 ºC. Dependendo da temperatura resulta em
pequena ou grande transformação da estrutura que se formou (Krylova et al., 2019)..
Na faixa de 140 °C e 200 °C não há alterações de significância num aço, a dureza cai
para 58 a 60 RB dependendo da composição, nesta faixa de temperatura mudou pouco a
estrutura do aço trabalhado (Krylova et al., 2019)..
Na faixa de 210 °C e 260 °C as tensões internas são alteradas, e assim começa a baixar a
dureza apresentada, o que não teve nenhuma modificação na estrutura considerável, logo
assim inicia a alteração da estrutura (Krylova et al., 2019)..
Na faixa de 270 °C e 360 °C começa a precipitação de carbonetos finos presentes. O
revenimento já faz alterações maiores na estrutura feita por têmpera (Krylova et al., 2019)..
Na faixa de 370 °C e 730 °C a transformação na estrutura é maior. Conforme a
temperatura de revenimento é maior. A 730 °C, o revenimento pode levar a uma queda da
dureza significativa. Aços altamente ligados apresentam um comportamento diferente no
revenimento, pois na faixa de 600 °C apresentam precipitação de carboneto de liga (Krylova
et al., 2019)..
Esse processo já é empregado para as ligas ferrosas há milhares de anos. Por exemplo,
vários desses tratamentos térmicos foram usados para produzir o famoso aço Damasco e as
espadas dos samurais japoneses. Pode-se obter uma distribuição bastante fina de Fe3C e
ferrita, conhecida como martensita revenida, com o tratamento térmico de revenimento da
martensita. O tratamento de revenimento determina as propriedades finais do aço temperado
(Askeland, 2006).
Dureza
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
Tratamentos Térmicos
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Amostras
Conformação
3. RESULTADOS
Após passarem pelo processo de têmpera e revenimento, dez pontos foram escolhidos ao
longo da seção transversal de cada amostra, para ser realizado o ensaio de dureza de Rockwell
B, apresentando os seguintes resultados.
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4. CONCLUSÃO
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Agradecimentos
REFERENCES
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Krylova, S. E. (2019), Romashkov, E. V., Gladkovsky, S. V., Kamantsev, I. S. Special aspects of thermal
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1. INTRODUÇÃO
Uma das principais formas de combate à poluição industrial é o tratamento dos efluentes
gerados nos processos antes de serem descartados em corpos hídricos. Com o crescimento e o
desenvolvimento da população, o tratamento dos efluentes tornou-se essencial para que o
progresso industrial e as boas condições de vida para os seres vivos pudessem se tornar mais
equilibrados (ARAÚJO et al., 2016). Para isso, o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA) criou diretrizes a fim de estipular as concentrações máximas permitidas de íons
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2. METODOLOGIA
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3. RESULTADOS
Fonte: Autoras.
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4. DISCUSSÃO
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(006) e são próximos aos encontrados por Rodrigues (2007) para o HDL do tipo Mg-Al-CO3-
HDL, sendo característicos dessas estruturas em camadas. Além disso, os picos localizados
em 34,9°, 39,9°, 43,1° e 45,5° estão deslocados em comparação aos picos do difratograma do
HDL precursor do óxido misto (Mg-Al-CO3-HDL), o que indica uma alteração na distância
interlamelar da estrutura devido à presença do fosfato adsorvido nesta região (SOUZA, 2008).
Com o estudo cinético realizado, foi possível observar um baixo valor de adsorção de
fosfato com óxido misto com uma concentração final de 319,77 mg/L, o que equivale a uma
remoção de 24,8% e quantidade máxima adsorvida por grama de adsorvente de 52,7 mg/g. O
equilíbrio foi atingido com 70 minutos de contato entre adsorvato e adsorvente e o pH medido
no início e final do processo foi de 6,9 e 9,0, respectivamente. Cai et al. (2012) mostraram que
a quantidade de fosfato dissolvido em Mg-Al-HDL calcinado é máxima em pH em torno de 6
e que em valores de pH mais altos, a superfície do adsorvente pode estar mais negativamente
carregada, gerando repulsão eletrostática entre a superfície adsorvente e o ânion em solução.
De acordo com Souza (2008), a adsorção de ânions em solução aquosa ocorrida pela
regeneração do HDL calcinado ocasiona um aumento no pH da solução. Nesse caso, uma
forma de aumentar a eficiência do processo seria controlando o pH de forma a mantê-lo em
uma faixa de valores mais baixos, uma vez que as cargas de adsorvato e adsorvente devem
ser opostas de modo a haver maior atração eletrostática entre eles (BAUTISTA-TOLEDO et
al., 2005).
O baixo desempenho apresentado pelo adsorvente também pode estar atribuído à sua
dosagem e à concentração inicial de fosfato. Lv et al. (2008) utilizaram óxido misto de
magnésio e alumínio obtido a partir da calcinação de HDL do tipo Mg-Al-CO3-HDL para
remover fosfato de solução aquosa. Os resultados mostraram que para uma concentração
inicial da solução de fosfato de 136 mg/L, a dosagem de 1,5 g/L de adsorvente alcançou uma
remoção de 97,7% e quantidade adsorvida por grama de adsorvente próxima de 88 mg/g,
enquanto que uma dosagem de 0,2 g/L apresentou remoção de 39,1% e quantidade adsorvida
por grama de adsorvente próxima de 265 mg/g, para a mesma concentração inicial. Levando
em consideração as proporções de concentração inicial para dosagem de adsorvente, a
dosagem utilizada no presente trabalho foi duas vezes inferior, o que pode justificar a baixa
remoção apresentada. Adicionalmente, Peleka e Deliyanni (2009), estudaram a remoção de
fosfato de solução aquosa utilizando hidrotalcita calcinada a 500°C. No estudo, foi empregada
uma dosagem de adsorvente de 0,5 g/L para uma solução de fosfato na concentração inicial de
10 mg/L, em pH 9,25. Os resultados mostraram um percentual de remoção de quase 100% e
quantidade adsorvida por grama de adsorvente de 9,8 mg/g.
A partir dos resultados expressos na Tabela 1, os valores de R² maiores que 1 possuem
um ajuste melhor, assim para este trabalho o modelo de pseudossegunda ordem foi o que
melhor se ajustou aos dados experimentais. Neste caso, a etapa determinante é a de
quimiossorção (CRINI; BADOT, 2008), sendo esta, a etapa responsável pela determinação da
velocidade global do processo de adsorção de fosfato em HDL.
5. CONCLUSÃO
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ampla variação de pH observada no meio. Assim, apesar de o óxido misto ter se mostrado
capaz de adsorver fosfato, quantidades maiores de remoção poderiam ser obtidas a partir da
realização de estudos adicionais de modo a investigar qual desses fatores teria maior
influência no desempenho do adsorvente.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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APÊNDICE A
Abstract. In present study, the Layered Double Hydroxide (LHD) of the type
Mg6Al2(CO3)(OH)16.4H2O was synthesized by the co-precipitation method at variable pH and
then calcined at 500ºC. Thus, mixed lamellar oxide composed of Mg and Al was established,
which was used as an adsorbent in the removal of phosphate from an aqueous solution. The
kinetic test was performed at room temperature, using 2 g of adsorbent for 1 L of phosphate
solution (425 mg/L), at pH 6,9. After the test, some kinetic models were adjusted to the data
used. The adsorbent was corrected before and after the adsorption X-ray diffraction tests. The
results induced that the oxide structure was formed and that, after adsorption, it returned to
the typical structure of an LHD, whose phosphate load was 52.7 mg/g. This process was
relatively quick (equilibrium reached in about 70 min), with the pseudo-second order model
being the one that best fit the experimental data. The phosphate removal route investigated in
this work proved to be feasible, however, it requires future studies to improve its anion
removal efficiency (24.8%).
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1. INTRODUÇÃO
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para estimar os dados faltantes nas séries de dados meteorológicos, segundo Ulrych T. J.;
Bishop T. N. (1975) e Ulrych T. J.; Clayton R. W. (1976), pode ser usado um modelo
preditivo auto regressivo conhecido como “AR (p)”, o qual é um modelo linear que usa os
valores de p tempos anteriores e posteriores de amostragem para estimar o valor em um
determinado momento. Para o cálculo dos coeficientes gerados pelo modelo foi usado o
método de Burg, proposto por Burg R. (1967) e Burg R. (1968).
A estimativa AR foi originalmente desenvolvida para o processamento de dados
geofísicos, onde foi denominado Método de Entropia Máxima (MEM). Foi utilizado para
aplicações em radares, imagens, radioastronomia, biomedicina, oceanografia e sistemas
ecológicos (Steven M. K.; Marple S. L., 1981).
Hoje em dia, por questões de economia de energia e pela redução de danos causados ao
meio ambiente, é fundamental que se tenha sistemas computacionais que consumam menos e
que consigam utilizar os recursos disponíveis da melhor maneira possível (Pilla, M. L.;
Santos, R. R. dos; Cavalheiro, G. G. H., 2009). Em sistemas paralelos, os programas são
executados em processadores paralelos para alcançar altas taxas de desempenho e,
geralmente, existem tantos processos quanto processadores, tentando resolver um problema
de forma mais rápida ou um problema maior na mesma quantidade de tempo (Andrews, G.
R., 2009).
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
Foi escolhido por Gillo, N. (2018) o modelo preditivo auto-regressivo porque não se
contava com os dados de nenhuma estação nas proximidades ou com características físico-
geográficas similares as da estação em estudo nas datas que faltava informação.
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A primeira aproximação usada para estimar os dados em falta foi a média dos valores
existentes na série de dados.
O modelo auto-regressivo de ordem p, AR (p) , obedece à Equação 1:
p
y [t ]=∑ ai y [t−i]+φ [t ] (1)
i=1
Onde a saída no tempo t depende dos p valores anteriores mais um valor φ, o qual
corresponde ao ruído introduzido nos cálculos, e ai são os coeficientes do modelo. Então, o
filtro preditivo correspondente é mostrado na Equação 2:
p
y b [t ]=∑ ai y [t−i] (2)
i=1
O método também executa o filtro em tempo reverso, então agora o dado no tempo t se
estima com os p valores futuros da série (Eq. 3):
p
y f [t]=∑ ai y [t+i] (3)
i=1
Note que ambos filtros preditivos são executados dentro dos dados, sem sair dos limites
da série. Então, o filtro que usa os p valores anteriores não produz saída para os p primeiros
valores da série, e o filtro que usa os p valores posteriores não produz saída para os p últimos
valores da série. Porém, para os valores dos extremos, é usada a única saída disponível, e para
os valores do meio, é usada a média das duas saídas, como mostrado nas Equações 4, 5 e 6:
O cálculo dos coeficientes (a i) de um modelo AR (p) pode ser feito através de vários
métodos. Um dos métodos mais usados segundo Rodríguez G. (1995) é o método de Burg, o
qual é usado para o tratamento de séries determinísticas. Para o cálculo dos coeficientes do
modelo através do Método de Burg, foi usado o algoritmo desenvolvido por Andersen N.
(1974).
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3. Fazer a primeira aproximação do método, que em nossa pesquisa foi feita com o valor
médio dos valores da série toda.
4. Aplicar o método preditivo auto regressivo.
5. Imprimir os resultados obtidos num arquivo de texto para a sua futura utilização (*.txt
ou *.csv).
∑ b 1[i]b 2 [i ]
a m= N −mi=1 (9)
∑ (b12 [i]+b 22 [i])
i=1
3. Se: m > 1
Recalcular os coeficientes anteriores aos da presente iteração através da Equação 10:
4. Aumentar o iterador m
5. Fazer o vetor dos coeficientes anterior igual ao vetor dos coeficientes na iteração:
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primeira aproximação: Esta função calcula uma primeira aproximação dos valores
faltantes na série de dados como a média dos valores todos da série. Esta função só usa uma
porcentagem muito pequena do tempo todo de cálculo do modelo.
erro quadrático médio: Nesta secção é calculado o erro quadrático médio como o
objetivo de comparar os resultados obtidos pelo modelo e os valores originais da série. Esta
secção também tem pouco custo computacional.
método preditivo auto regressivo: Esta função executa o método preditivo auto
regressivo, usando dentro dela uma outra função para o cálculo dos coeficientes do método.
Durante o cálculo desta função é usado o 86,48% do tempo todo de cálculo do modelo.
outras funções: Entre outras funções estão aquelas para ler e escrever dados nos arquivos
de entrada e saída, cálculo de erro relativo entre iterações consecutivas e criação de vetores e
arrays precisos para cálculos posteriores. Estas funções só ocupam o 13,42% do tempo de
cálculo total do modelo.
Depois de analisar por partes o código, definimos que a função que é preciso paralelizar
para obter um maior rendimento do método é a função encarregada do cálculo do método e os
coeficientes. Nela encontramos várias secções que poderiam ser paralelizadas e testamos cada
uma delas, comparando o SpeedUp obtido para cada implementação.
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Fazer enquanto a diferença máxima entre duas iterações consecutivas seja maior do que
um valor definido com antecedência pelo usuário, ou chegar a uma quantidade de iterações
também definida pelo usuário com antecedência.
1. Calcular os coeficientes do método.
2. Calcular os filtros preditivos anterior e posterior (Eq. 2 e 3).
Para o cálculo destes filtros são usados dois loops “for” anidados para cada filtro, e
foram paralelizados os loops internos com a diretiva de compartilhamento de trabalho
“#pragma omp parallel for reduction(+:Sum)” com a cláusula de redução com a qual
o compilador gera código de tal forma que uma condição de corrida é evitada e não
sejam sobrescritos os valores das variáveis de redução pelos diferentes threads.
3. Definir o vetor de valores estimados (Eq. 4, 5 e 6).
Esta seção está composta por vários loops “for” que definem o novo vetor de valores
estimados usando os resultados dos vetores filtros preditivos anterior e posterior, os
quais foram paralelizados usando a diretiva “#pragma omp parallel for” para
compartilhamento de trabalho.
4. Redefinir o vetor de valores estimados. Este passo foi feito substituindo os valores
estimados somente nas posições dos dados faltantes na série com os dados
meteorológicos originais.
Esta seção também foi paralelizada usando a diretiva “#pragma omp parallel for”,
similar a seção anterior.
5. Calcular a diferença máxima entre a iteração atual e a anterior.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como resultado deste trabalho foi paralelizado o modelo apresentado por Grillo, N.
(2018) para a estimativa de dados faltantes nas séries de dados meteorológicos usando os
dados da mesma Estação Meteorológica. Para a paralelização foram usadas técnicas de
OpenMP no código em C++. O qual permitiu obter uma maior velocidade na hora de executar
o modelo usando ordens maiores a 775. Estas ordens são usadas quando a quantidade de
dados é maior que 1550 dados, como por exemplo, quando se executa o modelo com os dados
de um mês de uma estação meteorológica automática (4032 dados). Segundo a natureza do
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modelo preditivo autorregressivo usado, não é recomendado usar ordens maiores à metade da
quantidade de dados da série a ser testada (Grillo, N; 2018).
Para os testes do modelo foi usando um computador Acer Aspire ES 15, com sistema
operacional Linux (Ubuntu 18.04.5 LTS) e 4 processadores Intel® Core™ i3-7100U CPU de
2.40GHz, com 2 núcleos físicos e 2 lógicos.
Segundo Grillo, N (2018), o modelo obteve bons resultados com até 10 dados faltantes
consecutivos em diferentes posições da série, sempre que estiverem depois da terceira
posição. Então foram apagados, manual e aleatoriamente, seções de 10 valores consecutivos
em diferentes posições da série (14, 814, 1914, 2914 e 3914).
Tabela 1- Tempos de execução das versões serial e paralela e SpeedUp para cada ordem.
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A maior aceleração obtida foi de 1,28 com a ordem 1700 do modelo. O speedup
aumentou de forma exponencial até o valor máximo antes comentado, a partir do qual ficou
constante.
5. CONCLUSÕES
Com esta pesquisa conseguiu se paralelizar com sucesso o modelo preditivo auto-
regressivo desenvolvido por Grillo, N. (2018). Foram feitos testes com 2 treads (físicos) e 4
threads (2 físicos e 2 lógicos), e obtivéram-se melhores resultados quando usados só 2 threads
pois não se obteve SpeedUp maior a 1 quando usados 4 threads nos testes feitos. Usando 2
threads, o tempo de cálculo do modelo foi acelerado em até 1,28 vezes, obtendo-se uma
aceleração do modelo paralelizado em comparação ao modelo serial, a partir da ordem 775,
antes desse valor a versão serial obteve melhores resultados em quanto a tempo de execução.
Concluiu-se que a eficiência do modelo aumenta com a paralelização dele.
Futuramente se recomenda fazer testes com uma quantidade maior de dados e paralelizar
outros algoritmos desenvolvidos por especialistas com o objetivo de fazer estimativas de
dados faltantes em séries de dados meteorológicos, pois é um problema muito frequente na
hora de fazer estudos climatológicos com séries de dados extensas.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Abstract. This work presents the parallelization of the auto-regressive predictive method for
the estimation of missing data in meteorological data series, using only the information from
the same series, presented by Grillo (2018). The objective of this work is to compare the
performance of the algorithm using parallel programming and the one presented by Grillo
(2018). Our results show that as the amount of data to be computed and the model order
increases, the use of OpenMP makes the calculation more efficient. Comparing the
calculation speeds of the serial and parallel versions, was obtained a maximum SpeedUp of
1.28 times, demonstrating that the parallelization of the model increases its efficiency.
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1. INTRODUÇÃO
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2. METODOLOGIA
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3. RESULTADOS
Fonte: Autoras.
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Fonte: Autoras.
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4. DISCUSSÃO
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como na quitosana experimental, foi observado que a massa não teve variação significativa na
faixa de 150°C a 250°C para a quitosana comercial. Já entre 250°C e 400°C, é possível
observar um pico exotérmico com 41,84% de perda de massa, referente ao evento E. Esse
evento está relacionado à decomposição das cadeias poliméricas que contêm aminogrupos,
em que as ligações das unidades monoméricas de glicose são quebradas (MOUSSOUT et al.,
2016; KUMARI et al., 2017). Em seguida, entre 400°C e 740°C, houve a ocorrência do
evento F, com 10,04% de perda de massa, referente à degradação do anel de piranose da
quitosana, segundo Moussout et al. (2016). Desta forma, a perda de massa total da quitosana
comercial foi de 60,01%.
Assim como observado a partir dos dados de DRX, foi possível notar similaridade no
comportamento das quitosanas comercial e experimental também frente à análise térmica,
tendo os materiais apresentado eventos ocorrendo nas mesmas faixas de temperatura,
reforçando o que foi indicado com base nas informações de DRX, ou seja, de que é possível
fazer a substituição da quitosana comercial pela experimental.
Com relação aos testes cinéticos, a Tabela 1 mostra que o ensaio cinético realizado com a
quitosana experimental apresentou carregamento máximo de fosfato por grama de quitosana
de 37,46 mg/g, representando 17,53% de remoção do contaminante, atingindo o equilíbrio no
tempo de 50 minutos. Este mesmo tempo também foi obtido no trabalho de Liu e Zhang
(2015). Já o ensaio cinético com a quitosana comercial apresentou equilíbrio no tempo de 70
minutos, no qual foi alcançado o carregamento de fosfato de 38,87 g/mg, tendo porcentagem
de remoção máxima de 17,68%. Szymczyk et al. (2016) diz em seu trabalho que a baixa
remoção do fosfato pode ser explicada pela alta concentração inicial da solução de fosfato,
sendo assim uma relação inversamente proporcional. Dentre as concentrações utilizadas de
fosfato em seus experimentos, Szymczyk et al. (2016) obtiveram melhor remoção para a
menor concentração de fosfato, que foi de 1 mg/L. Fazendo uma analogia do presente
trabalho com o que foi feito por Szymczyk et al. (2016), para obter remoção de fosfato
próxima de 57%, seria necessário aumentar a concentração de quitosana de 2 g/L para 427
g/L, no caso da quitosana commercial e 439 g/L para a quitosana experimental, ou então
reduzir a concentração de fosfato inicial. O pH também foi medido no início e no final da
adsorção. Ao início, tanto para quitosana comercial quanto experimental o valor de pH foi de
5,4. Já no final, a solução contendo quitosana comercial apresentou um valor de pH de 6,7 e a
quitosana experimental de 7,0. Embora o pH tenha aumentado para ambas as quitosanas, os
valores apresentados ainda estão abaixo do pH no ponto de carga zero, encontrado na
literatura como 7,9 para a quitosana, o que indica que a carga superficial do adsorvente é
positiva favorecendo a adsorção de fosfato (SZYMCZYK et al., 2016).
A partir dos dados obtidos, conforme pode ser visto na Tabela 1, o modelo que melhor se
ajustou nos dois ensaios foi o modelo de pseudossegunda ordem, com R² igual a 0,9701 para
a quitosana experimental e 0,9856 para a quitosana comercial. Isso mostra que a etapa de
quimissorção nos dois casos é a responsável pela velocidade do processo de adsorção de
fosfato utilizando a quitosana como adsorvente.
5. CONCLUSÃO
De acordo com os estudos feitos neste trabalho, foi possível observar grande similaridade
entre a quitosana comercial com a quitosana obtida experimentalmente a partir de resíduos da
indústria pesqueira. Tanto na difração de raios-X quanto na análise termogravimétrica os
resultados para os dois compostos foram similares e dentro do padrão encontrado na
literatura, de modo que a substituição da quitosana comercial pela experimental é possível de
ser feita. Essa possibilidade é reforçada pelo fato de ter sido observado similaridade nos
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APÊNDICE A
Anais do XXIII ENMC – Encontro Nacional de Modelagem Computacional e XI ECTM – Encontro de Ciências e Tecnologia de Materiais.
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1. INTRODUÇÃO
1051
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28 a 30 de Outubro de 2020
Universidade Federal do Tocantins – Palmas - TO
Silva, 2000), tem-se notado o aumento de propriedades que optam pela despolpa e
desmucilagem dos grãos, pois, com isso, nota-se um aumento da qualidade dos grãos quando
esses vão para o mercado (Bruno & Oliveira, 2008).
Porém, a atividade de lavagem e despolpa dos frutos, realizada quando se opta pela via
úmida, é responsável por gerar grandes volumes de resíduo líquido, que devido à elevada
concentração de matéria orgânica e inorgânica, se disposto em locais impróprios pode causar
danos à fauna e à flora locais (Mato & Lo Mônaco, 2006). Com isso, surge a necessidade de
implementação de sistemas de gestão de resíduos com baixo custo de operação e manipulação
para se tratar tal resíduo (Mato & Lo Mônaco, 2003).
O efluente gerado nesse processo é conhecido como água residuária do café (ARC), o qual
é caracterizado pela sua alta acidez (Haddis, Addis & Devi, 2008) devido à alta concentração
de compostos fenólicos e, em particular, de ácidos clorogênicos (Barcelos et al., 2001), que
causam a alta toxicidade. Alguns estudos ainda afirmam que a concentração de fenóis totais
presentes na ARC varia de 80 a 90 mg L-1 (Bruno & Oliveira, 2008), podendo chegar ao valor
de 300 mg L-1 (Matos, Eustáquio Júnior & Matos, 2015). Como elevadas concentrações de tal
poluente estão associadas a diversos impactos ambientais, o Conselho Nacional de Meio
Ambiente (Brasil, 2011) estabelece um limite para lançamento em corpos d’água de 0,5 mg L -
1
. Isso implica aos produtores a necessidade de se tratar tal efluente. O2, O3
Há vários métodos de tratamento de efluentes na remoção de fenol, dentre eles destaca-se o
processo de oxidação avançada promovido por agentes oxidantes, como o peróxido de
hidrogênio (H2O2), o oxigênio, o ozônio, dentre outros. A técnica que se mostra mais eficaz e
econômica entre essas descritas é a utilização de peróxido de hidrogênio, devido ao seu baixo
consumo de energia em comparação aos demais e por promover a degradação de uma série de
poluentes orgânicos além do fenol, podendo atingir as condições ambientais estabelecidas por
lei (Britto & Rangel, 2008).
Desse modo, o presente trabalho objetivou tratar a ARC utilizando 10% (v/v) de peróxido
de hidrogênio como agente oxidante para a eliminação dos principais poluentes presentes, em
especial o fenol, visto que a quantidade deles contida na ARC excede a concentração máxima
prevista nas resoluções do CONAMA 357/2005 e 430/2011 (Brasil, 2005 & 2011) para o
despejo em corpos hídricos.
2. METODOLOGIA
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Tabela 1 - Variáveis analisadas e método utilizado para detecção, forma de preservação, prazo
para análise e volume mínimo a ser coletado segundo a NBR 9898.
Equipamentos e Prazo para Volume
Parâmetro Preservação
Métodos análise mínimo
Açúcares Espectrofotômetro
Refrigeração a 4°C 24 horas 200 mL
redutores UV-Vis - DNS
Espectrofotômetro H3PO4 1:0 até pH <
Compostos
UV-Vis – Método de 2 e refrigeração a 24 horas 1000 mL
fenólicos
Folin-Ciocalteau 4°C
Refrigeração e
Turbidez Turbidímetro armazenamento ao 24 horas 200 mL
abrigo da luz
SST Gravimétrico Refrigeração a 4ºC 7 dias 1000 mL
Condutividade Condutivímetro de
Refrigeração a 4ºC 28 dias 500 mL
elétrica eletrodo
Fonte: NBR 9898, adaptado pelos autores.
Nos experimentos realizados, utilizou-se uma concentração de 9,7 mol L-1 de peróxido de
hidrogênio para o tratamento da água residuária do café (ARC) nos períodos de 2, 3 e 4 h. Em
cada erlenmeyer usado para os experimentos, foram três ao todo, foi adicionada uma
quantidade de peróxido de hidrogênio correspondente a 10% do volume resultante da mistura
com a ARC. Os erlenmeyers foram dispostos em um agitador SHAKER SL 222 da marca
SOLAB e no tempo de 2 h foi retirado o primeiro erlenmeyer para a análise dos parâmetros
estudados. O segundo e o terceiro erlenmeyers foram retirados, respectivamente, no tempo de
3 e 4 h.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Tabela 2 - Valores médios referentes à caracterização da água residuária do café (ARC) sem
tratamento com o peróxido de hidrogênio (H2O2) utilizada no estudo.
Parâmetro Unidade Valor Médio
Açúcares redutores (AR) mg L-1 2.440,31 ± 88,42
-1
Compostos fenólicos (CF) mg L 1.462,19 ± 9,29
pH - 4,19 ± 0,08
Turbidez NTU 11.483,33 ± 211,11
Sólidos totais dissolvidos (SST) mg L-1 26.396 ± 268
Condutividade elétrica (CE) mS cm-1 4,686 ± 0,022
Fonte: os autores.
Tabela 3 - Eficiência de remoção (em %) dos poluentes presentes na água residuária do café e
a variação da condutividade elétrica e pH utilizando 10% de peróxido de hidrogênio (H 2O2)
para o tratamento.
Tempo de
Eficiência de remoção (%) Variação Média
reação
Hora AR CF Turbidez SST pH CE (mS cm-1)
2 96,87 26,40 26,12 76,16 -0,30 -1,55
3 95,72 30,43 35,56 74,53 -0,40 -1,59
4 94,50 47,31 37,01 76,37 -0,82 -1,55
Fonte: os autores.
Nas Figuras 1 e 2 estão representadas a água residuária do café com 10% de peróxido de
hidrogênio antes e depois da reação, respectivamente.
Fonte: os autores.
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Figura 2 - Água residuária do café com 10% de peróxido de hidrogênio depois da reação (da
esquerda para a direita: 2, 3 e 4 h, respectivamente).
Fonte: os autores.
Analisando a Tabela 3, observa-se nas Figuras 1 e 2, que ao longo do tempo houve uma
nítida alteração da coloração do efluente, mostrando que ocorreu uma reação entre o peróxido
de hidrogênio e o efluente.
Observou-se que a remoção dos compostos fenólicos ocorreu de forma crescente,
aumentando gradualmente de 26,40% no tempo de 2 h, 30,43% no tempo de 3 h, sendo maior
na última hora de reação, 47,31%. De acordo com Britto e Rangel (2008), a oxidação de fenol
é a etapa determinante da velocidade da reação, notando-se também, que os intermediários
gerados no processo se degradam mais rapidamente que o fenol.
Quanto à turbidez, na Tabela 3, nota-se que nas duas primeiras horas ocorreu uma pequena
remoção, sendo ela igual a 26,12% e, nas últimas horas houve uma remoção maior de
turbidez, 35,56% em 3 h e 37,01% em 4 h. Resultados semelhantes foram observados por
Nagel-Hassemer et al. (2012), os quais também relataram um decréscimo da mesma ao longo
do tempo empregando H2O2 junto à radiação UV como pós tratamento. É importante destacar
que diferença de turbidez em relação ao efluente bruto, observada no presente estudo,
provavelmente se deve ao fato de o peróxido de hidrogênio consumir os sólidos suspensos
que são constituídos basicamente de compostos orgânicos. A diminuição na variação de
remoção de turbidez nos tempos de 3 e 4 h pode ser um indicativo de que a reação entre o
peróxido de hidrogênio e os sólidos suspensos estava se encaminhando à sua máxima.
Em relação aos açúcares redutores na ARC, observou-se que a maior eliminação ocorreu
nas duas primeiras horas, 96,87%, enquanto que nos tempos 3 e 4 h a remoção foi de 95,72%
e 94,50%, respectivamente (Tabela 3). Com isso, foi possível estimar que o efluente não terá
grande produção de alcalinidade, como mostrado nos valores de pH, pois, de acordo com
Chernicharo (2007), a degradação de carboidratos não gera alcalinidade por não produzirem
cátions como produto final, assim, provavelmente não haveria tamponamento durante o
processo de biodegradação.
O pH do meio reduziu pouco, sendo que em 2 h de reação houve uma redução de 0,30;
0,40 no tempo igual a 3 h e 0,82 em 4 h, fazendo com que o efluente se tornasse mais ácido
do que já era inicialmente devido ao fato de que o peróxido de hidrogênio tem o seu valor de
pH entre 1 e 3,5. Tal característica final do efluente faz com que o mesmo tenha que ter seu
pH corrigido antes de ser descartado nos corpos hídricos (BRASIL, 2005).
Em relação aos açúcares redutores na ARC, observa-se pela Tabela 3 que a maior
eliminação ocorreu nas duas primeiras horas, 96,87%, enquanto que nos tempos de 3 e 4 h, a
remoção foi de 95,72% e 94,50%, respectivamente. Foi possível estimar que o efluente não
terá grande produção de alcalinidade, pois, de acordo com Chernicharo (2007), a degradação
de carboidratos e álcoois não geram alcalinidade por não produzirem cátions como produto
final, assim, provavelmente não haveria tamponamento durante o processo de biodegradação.
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4. CONCLUSÕES
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Resumo.
A aparência dos alimentos tem grande impacto no seu consumo e valor econômico. Sendo
assim, é importante que frutas e verduras, quando expostas nas fruteiras, chamem a atenção
do consumidor. Neste sentido, este trabalho busca modelar o crescimento de frutos de tomate a
fim de criar um modelo paramétrico tridimensional que melhor represente este crescimento. O
texto que segue consiste em um estudo de revisão sobre temas fundamentais que se relacionam
ao conteúdo proposto neste trabalho, além destes, é exposto também o andamento da pesquisa
até o momento.
1. INTRODUÇÃO
Quando expostos nas fruteiras, os alimentos precisam chamar a atenção aos olhos do
consumidor para que este queira levá-los para casa. Tratando-se de tomates não é diferente,
os frutos precisam estar visivelmente saudáveis, ter a pele lisa, poucas manchas, e sem dúvidas,
o tamanho também é importante na hora de escolher os frutos, uma vez que um fruto de tamanho
considerado normal indica que este teve um desenvolvimento saudável.
Nesse contexto, a produção de tomates de qualidade é de extrema importância, pois além
de beneficiar os consumidores, que estão no fim da cadeia de consumo, também traz benefı́cios
econômicos ao produtor, que, por sua vez, trabalha e investe na produção esperando o melhor
retorno possı́vel (FOOLAD, 2007). É fato conhecido que quanto maior a qualidade dos frutos
do tomate, maior será a renda do produtor.
A análise dos aspectos morfológicos do fruto, tais como tamanho e forma, em seus
diferentes estágios de desenvolvimento, é fundamental para atingir a excelência na produção
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O Tomate
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de dados medidos de um modelo fı́sico como uma réplica do original (YE et al., 2008).
Os escâneres 3D vem se mostrando muito úteis em aplicações que exigem medições e
visualizações em escala tridimensional de objetos estacionários, outrossim, a engenharia reversa
é amplamente aplicada a áreas como design de produtos industriais, automotivos, petrolı́fera,
aeroespacial, além de produtos de consumo simples, saúde, geração de energia, design de
brinquedos, e também em pesquisa e educação (YE et al., 2008)
De modo geral, os Scanners 3D coletam grandes quantidades de dados tridimensionais a
partir da superfı́cie de um objeto, na forma de uma nuvem de pontos ou malha poligonal
(LINDER, 2009). Atualmente, existem vários tipos de escâneres, e cada um deles apresenta
vantagens e desvantagens sobre os demais. A fotogrametria pode ser definida como a “ciência
da medição em fotos”, uma vez que esta ciência possibilita a geração de modelos 3D a partir
de imagens bidimensionais (2D), geralmente fotografias (LINDER, 2009). É a arte, ciência e
tecnologia capaz de, a partir da interpretação de fotografias, fazer medições 3D, além de obter
volumes e informações verdadeiramente confiáveis.
A técnica da fotogrametria se sobressai aos outros métodos de escaneamento 3D (LINDER,
2009). Um dos motivos para tal é o tempo relativamente curto necessário para a aquisição
dos dados. Além disso, essa técnica também é capaz de capturar a cor e a textura dos objetos
de forma única, permitindo que pontos da malha possam ser observados minuciosamente. Os
fatores de baixo custo, acessibilidade e facilidade que se tem ao capturar, armazenar e manipular
as imagens estão preparando as bases para uma ampla adoção desta tecnologia (EVIN et al.,
2016).
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e a próxima camada é depositada, crindo uma camada bidimensional em cima de outra; o ciclo
é repetido até que o modelo completo seja construı́do (DIZON et al., 2018).
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associados com o assunto sobre tomate, outros com a técnica de fotogrametria, e outros ainda
com a modelagem paramétrica.
Pesquisadores como Rupanagudi et al. (2014), apresentam uma metodologia para
realizar inspeções de classificação de maturação do tomate, de maneira econômica com uma
configuração simples, a qual utiliza técnicas de processamento de imagem, tendo em mente
uma solução mais rápida e menos complicada, a fim de reduzir o tempo necessário para obter
resultados. Já os autores Fukui et al. (2017) desenvolveram um método de processamento
de imagem completo para determinar o volume de frutos de tomate usando uma câmera de
profundidade e uma câmera colorida.
Os autores Verhulst et al. (2017) apresentam em sua produção uma abordagem
personalizável para gerar frutas e vegetais (FaVs) visualmente realistas com variabilidade
de forma e aspecto. Para isso os autores seguiram uma abordagem usando uma estrutura
esquelética, Splines, cilindros generalizados e Metaballs.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
A técnica para a criação do modelo virtual 3D, contará com uma estrutura esquelética
usando Splines, cilindros generalizados e Metaballs. Dado que as Splines permitem a
modelagem de uma grande variedade de formas e geometrias, por sua vez os cilindros
generalizados então varrem a estrutura esquelética criada pelas Splines para dar a forma geral
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e finalmente Metaballs serão usados para obter uma aparência de forma orgânica. O modelo
3D será então convertido para o formato STL (uma abreviatura de estereolitografia, do inglês
stereolithography) para ser impresso em uma impressora 3D. Os resultados obtidos após a
impressão do modelo serão relacionados com o modelo virtual e os dados das dimensões
originais do fruto, buscando-se a validação, através da correta calibração dos parâmetros do
modelo.
Atualmente, estão sendo trabalhados os programas utilizando linguagem Python, para
criação de modelos genéricos aos quais serão adicionados futuramente os dados obtidos no
experimento. Resultados iniciais parciais podem ser observados na Figura 2.
Na Figura 2 pode ser observado o modelo gerado a partir da interpolação de pontos médios
extraı́dos de forma manual de um tomate. O programa cria espécies de pontes entre os pontos
gerando uma malha de triângulos. Destaca-se que o modelo ainda é preliminar, baseado em
um tomate já maduro. A partir dos dados obtidos experimentalmente, será possı́vel construir o
modelo paramétrico completo do desenvolvimento do tomate.
4. CONCLUSÕES
É notória a presença de elementos da natureza em grande parte das pesquisas que envolvem,
de alguma forma, a computação gráfica. Muito tem se estudado para manter o realismo
virtual destes elementos, mas devido à complexidade geométrica que estes podem apresentar,
modelá-los geometricamente ainda é um grande desafio, e o processo que o envolve não é
nada simples (HASANUDDIN et al., 2015). Muitos estudos têm sido desenvolvidos com
o objetivo de melhorar a genética dos frutos produzidos, além de aspectos morfológicos,
como tamanho, forma e cor dos frutos visando aliar quantidade e qualidade. Há pesquisas
relacionadas ao crescimento das plantas de tomate, e outras sobre o desenvolvimento dos
frutos, mas trabalhos que aliam o crescimento de frutos de tomate à técnicas de escaneamento,
modelagem paramétrica e impressão 3D ainda são escassos na literatura.
os resultados preliminares mostram que é viável a utilização de processamento digital de
imagem e modelagem 3D paramétrica para a construção do modelo tridimensional do tomate.
A partir dos resultados experimentais que serão obtidos será possı́vel construir o modelo
paramétrico completo do desenvolvimento do tomate.
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Agradecimentos
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APPENDIX A
Abstract. The appearance of food has a major impact on its consumption and economic value.
Therefore, it is important that fruits and vegetables, when exposed in fruit trees, attract the
attention of the consumer. In this sense, this work seeks to model the growth of tomato fruits
in order to create a three-dimensional parametric model that best represents this growth. The
text that follows consists of a review study on fundamental themes that are related to the content
proposed in this work, in addition to these, it is also exposed the research progress so far. This
work refers to the dissertation research in progress, developed in the Stricto Sensu Graduate
Program in Mathematical Modeling, Master’s Degree, from the Regional University of the
Northwest of the State of Rio Grande do Sul.
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1.INTRODUÇÃO
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boa resistência térmica, sendo um fator limitante para a utilização de fibras naturais em
diversas aplicações. (Dittenber & Gangarao, 2012; Bledzki, 1999).
Assim sendo, estudos recentes utilizando materiais a base de grafeno, mais conhecidos
pela obreviação inglesa GO de “ graphene oxide”, sugerem uma possível e emergente solução
para tais desvantagens. O (GO), se destaca no âmbito de recobrimento de fibras para
aplicação em compósitos poliméricos, devido aos grupos funcionais presentes em sua
estrutura que influenciam a resistência da interface entre a matriz polimérica e as fibras
(Tsagkalias et al., 2017; Sarker et al., 2018; Chen et al., 2018).
O presente trabalho tem por objetivo caracterizar por diversas técnicas a funcionalização
tanto das fibras naturais de curauá quanto do sistema Epóxi/TETA com GO.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
Foram utilizadas fibras de curauá fornecidas pela Universidade Federal do Pará (UFPA).
A Figura 1 mostra as fibras de curauá como fornecidas.
2.2 Preparação das fibras de curauá para funcionalização com óxido de grafeno
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(a) (b)
(c) (d)
Figura 2 - Fibras de curauá durante o tratamento com GO: a) fibras de curauá penteadas e
cortadas; b) solução de GO e agitador mecânico universal utilizados; c) fibras de curauá
imersas na solução de GO; d) fibras de curauá após o tratamento com o GO.
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O polímero utilizado como o material da matriz da placa compósita foi a resina epóxi
comercial do tipo éter diglicidílico do bisfenol A (DGEBA), endurecida com trietileno
tetramina (TETA), utilizando-se a proporção estequiométrica de 13 partes de endurecedor
para 100 partes de resina. A empresa fabricante da resina foi a Dow Chemical do Brasil e
fornecida pela distribuidora Epoxyfiber Ltda.
Para fabricar os compósitos foi utilizada um molde metálico com dimensões de 15 x 12 x
1,19 cm. As placas foram prensadas em uma prensa hidráulica de 30 toneladas. Utilizou-se
uma carga de 5 toneladas durante 24 horas para fabricação dos corpos compósitos. Para as
fibras de curauá utilizou-se como referência inicial a densidade de 0,92 g/cm3, e para a resina
epóxi (DGEBA-TETA) o valor de 1,11 g/cm3. O percentual de fibra curauá utilizado no
trabalho foi 30%v/v.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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De acordo com Bouvet, et al. (2016), as bandas em 914 cm-1 são características da
vibração dos grupos epóxidos. Isso sugere que as resinas epóxi foram totalmente curadas, no
entanto, podem ter ocorrido diferenças no grau de reticulação ou ligações cruzadas, devido às
intensidades destas bandas terem sido alteradas com a adição do GO. As principais bandas da
Figura 5 são consistentes com os resultados relatados na literatura sobre epóxi (Ngono &
Maréchal, 2000; Riaz & Park, 2019).
Com a adição do GO na resina epóxi, foram causadas mudanças nas intensidades
relativas de algumas bandas, assim como deslocamentos, por exemplo, da banda em 3387 cm-
1
referente ao estiramento dos grupos (O-H), que pode indicar uma interação dos grupos
funcionais do GO com os da resina epóxi (Betancur et al., 2019; Zhbankov et al., 2002). De
acordo com Ngono e Maréchal, (2000), a banda em 1510 cm-1 é referente a vibrações de anéis
fenil (C=C), cujo qual se apresentou com mais intensidade relativa no espectro
EPÓXI/TETA/GO, que pode ser explicada pela presença da estrutura do GO que contribuiu
para esse aumento de intensidade e definição do pico.
Além disso, bandas muito sutis apareceram no espectro EPOXI/TETA/GO entre 1800 e
1600 cm-1, como mostrado na Figura 5 ampliada. Segundo Bykkam, et al. (2013) a banda em
1652 cm-1 pode ser atribuída a anéis benzênicos presentes no GO, assim como também as
bandas 1722 e 1639 cm-1 referentes a vibração de carboxil (C=O) e vibrações de alongamento
de (C=C) respectivamente (Sarker et al., 2018; Bykkam et al., 2013; Betancur et al., 2019).
Na Figura são mostradas as bandas em 900 cm−1 e 1093 cm−1 do espectro de fibras de
celulose que são bandas características da celulose tipo I (Rourke et al., 2011), que mostram
uma mudança óbvia após a funcionalização com GO na superfície da fibra.
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A Figura 8 mostra imagens MEV de ambas as fibras de curaua investigadas: (a) como
não recebidas (FC) e (b) revestido com óxido de grafeno (FCGO). Medições de diâmetro
médio realizadas em 10 fibras para cada caso revelou valores de 54,2 ± 14,3 μm para o FC e
51,1 ± 12,0 μm para o FCGO. Como esperado, esses valores são praticamente os mesmos
dentro do desvio padrão. Isso indica que o grafeno não afetou o diâmetro da fibras.
De fato, o revestimento GO foi estimado em aproximadamente 10 nm. Isso
corresponderia a um aumento insignificante de menos de 3 a 10% vol. na fração volumétrica
da fibra curauá.
Com maior ampliação, a Figura 9 ilustra os diferentes aspectos da superfície de FC e
FCGO. Deve-se notar a superfície uniforme e mais lisa do FCGO, Figura 9b, devido ao
revestimento de óxido de grafeno em comparação com a superfície mais áspera do FC na
Figura 9a.
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As folhas GO, preparadas pelo método Hummers modificado (CHIKE et al., 1981)
formam uma suspensão estável e homogênea e exibem um aspecto ondulado transparente
típico, quando revestidas nas fibras, como mostra a Figura 9b.
(a) (b)
Figura 8 - Micrografias por microscopia eletrônica de varredura (MEV) de ambas as
fibras de curauá investigadas: (a) FC não revestida; b) FCGO (500X)
(a) (b)
Figura 9 - Imagens de superfície MEV de ambas as fibras: (a) FC; b) FCGO (3000X).
4 CONCLUSÃO
De acordo com a análise do FTIR, o GO causou alterações nas bandas características dos
grupos funcionais presentes na estrutura das fibras FC e na resina epóxi, sugerindo a
formação de ligações de hidrogênio, bem como o surgimento de novas bandas características
da estrutura molecular do GO.
A análise Raman foi importante para mostrar as mudanças na razão ID/IG antes e depois
da funcionalização, mostrando que além deste ter sido incorporado nas fases, não houve
destruição de sua estrutura de carbono. E com isso foi possível caracterizar os grupos
funcionais antes e depois do tratamento.
Agradecimentos
Os autores deste trabalho agradecem ao CNPq, FAPERJ, CAPES e a UFPA pelo apoio e
fornecimento das fibras de curauá.
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Resumo. A fibra de curauá (Ananas erectifolius) assim como várias outras fibras naturais,
apresenta excelentes propriedades, aumentando o campo de materiais apropriados para
aplicações de engenharia assim como as fibras sintéticas. No presente trabalho a utilização
de grafeno (G) e seus derivados como o óxido de grafeno (GO) mostrou ser uma solução
promissora para otimizar propriedades por meio da melhor compatibilidade entre a fibra
(hidrofílica) e a matriz polimérica (hidrofóbica). Devido à característica anfifílica do GO a
funcionalização dessas fibras faz com que a degradação térmica das mesmas seja retardada,
permitindo, portanto, que essas tenham cada vez mais possibilidades para às novas
aplicações de engenharia.
1. INTRODUÇÃO
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
Foram utilizadas fibras de curauá fornecidas pela Universidade Federal do Pará (UFPA).
A Figura 1 mostra as fibras de curauá como fornecidas.
2.2 Preparação das fibras de curauá para funcionalização com óxido de grafeno
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(a) (b)
(c) (d)
Figura 2 - Fibras de curauá durante o tratamento com GO: a) fibras de curauá penteadas e
cortadas; b) solução de GO e agitador mecânico universal utilizados; c) fibras de curauá
imersas na solução de GO; d) fibras de curauá após o tratamento com o GO.
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comercial do tipo éter diglicidílico do bisfenol A (DGEBA), endurecida com trietileno
tetramina (TETA), utilizando-se a proporção estequiométrica de 13 partes de endurecedor
para 100 partes de resina. A empresa fabricante da resina foi a Dow Chemical do Brasil e
fornecida pela distribuidora Epoxyfiber Ltda.
Para fabricar os compósitos foi utilizado um molde metálico com dimensões de 15 x 12 x
1,19 cm. As placas foram prensadas em uma prensa hidráulica de 30 toneladas. Utilizou-se
uma carga de 5 toneladas durante 24 horas para fabricação dos corpos compósitos. Para as
fibras de curauá utilizou-se como referência inicial a densidade de 0,92 g/cm3, e para a resina
epóxi (DGEBA-TETA) o valor de 1,11 g/cm3. O percentual de curauá utilizado no trabalho
foi 30%v/v.
2.5 Análise Térmica das fases FC, FCGO, DGEBA/TETA e DGEBA/TETA/GO e seus
respectivos compósitos
A análise térmica por termogravimetria (TGA) foi realizada em fibras de curauá sem
tratamento (FC) e funcionalizadas com GO (FCGO) bem como em compósitos com matriz
epoxídica sem tratamento (FC/E) e funcionalizada com GO (FCGO/EGO) e (FC/EGO).
Para as análises por (TGA), as fibras de curauá nas condições FC, FCGO e seus
compósitos (FC/E e FCGO/E), foram cominuídas e colocadas em cadinho de alumínio do
equipamento TA Instruments, modelo Q 500 analyzer, pertencentes ao Instituto de
Macromoléculas (IMA), as amostras foram submetidas à uma taxa de aquecimento de 10
°C/min, partindo de 30 °C até atingir 700 °C.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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(a) (b)
Figura 6 - Superfície das fibras: (a) FC; (b) FCGO (5000X)
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Figura 7 - Curvas de TGA dos compósitos com fibras FC, FCGO, FC/EGO e
FCGO/EGO
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Através das curvas de DTG, Figura 8, é possível verificar que houve um deslocamento
além de uma mudança no perfil da curva do compósito FC/E por volta de 276°C, que pode ser
referente à decomposição da hemicelulose presente nas fibras. O mesmo evento não foi
identificado no compósito FCGO/E, assim como a respectiva decomposição da lignina que
ocorreu em temperaturas próximas a 400 °C (Caraschi & Leão, 2000; Spinace et al., 2009;
Corrêa et al., 2009), o qual pode ser observado nos compósitos FCGO/E. O resíduo gerado
maior nos compósitos FCGO/E pode ser um indicativo da ação do GO na proteção do
compósito. Este seria outro efeito que pode ser explicado pela melhor adesão do reforço
recoberto com GO na matriz epoxídica.
4. CONCLUSÃO
De acordo com os resultados mostrados, pode-se concluir que a degradação térmica das
fibras FCGO foi retardada pela reação do GO na superfície das mesmas causando um
impedimento para que iniciasse a degradação.
Quando em conjunto com uma matriz polimérica as fibras FCGO também causaram um
impedimento para a degradação térmica sugerindo que o GO causou modificações na
interface fibra matriz e possivelmente no processo de cura da resina epóxi de modo que as
taxas de degradação ocorreram em temperaturas mais elevadas apresentando curvas
deslocadas para a direita em relação ao compósito com fibras FC.
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Agradecimentos
Os autores deste trabalho agradecem ao CNPq, FAPERJ, CAPES e a UFPA pelo apoio e
fornecimento das fibras de curauá.
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excellent properties, increasing the field of materials suitable for engineering applications as
well as synthetic fibers. In the present work the use of graphene (G) and its derivatives such
as graphene oxide (GO) has proved to be a promising solution to optimize properties through
better compatibility between the fiber (hydrophilic) and the polymeric matrix (hydrophobic).
Due to the amphiphilic characteristic of the GO, the functionalization of these fibers causes
their thermal degradation to be delayed, thus allowing them to have more possibilities for new
engineering applications.
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1. INTRODUÇÃO
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Nesse trabalho ao contrário do trabalho de Fávero et al., o vento foi simulado pelo modelo
LES-PALM e não estocasticamente.
Neste trabalho foi usada uma abordagem Euleriana para calcular a concentração de
poluentes. Geralmente, os modelos Eulerianos de dispersão de poluentes consideram que o
vento médio é dominante na direção x e desprezam a componente v do vento [Buske et al.
(2007)]. No caso da ocorrência de meandro, as duas componentes horizontais (u e v) do vento
devem ser consideradas.
Conforme Mortarini e Anfossi (2015), em condições de vento fraco, a função de
autocorrelação Euleriana das componentes do vento horizontal tem um comportamento
oscilatório caracterı́stico identificando um lóbulo negativo e um pico no espectro que caracteriza
o meandro do vento. Além do mais, a razão entre os parâmetros de ajuste da função de
autocorrelação deve ser maior ou igual a 1.
2. METODOLOGIA
∂ 2c
∂c ∂c ∂c ∂ ∂c ∂ ∂c
− −u −v + Kx + Ky 2 + Kz =0 (2)
∂t ∂x ∂y ∂x ∂x ∂y ∂z ∂z
sendo ζn (y) um conjunto de autofunções ortogonais dadas por ζn (y) = cos(λn y), com λn =
Z Ly
nπ
(n = 0, 1, 2, ...), sendo λn o conjunto de autovalores e Nn é dado por Nn = ζn2 (y)dy.
Ly
Z Ly 0
1
Substituindo a equação (3) na equação (2) e tomando momentos 1 ζm (y)dy pode-se
Nm2 0
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escrever
∂cn (x, z, t) ∂cn (x, z, t)
αn,m + αn,m u + βn,m v cn (x, z, t) =
∂t ∂x
∂cn (x, z, t) ∂ 2 cn (x, z, t) ∂cn (x, z, t)
= αn,m Kx0 + αn,m Kx 2
+ αn,m Kz0 + (4)
∂x ∂x ∂z
∂ 2 cn (x, z, t)
+αn,m Kz − αn,m λ2n Ky cn (x, z, t)
∂z 2
As expressões para αn,m e βn,m que aparecem na equação (4) são dadas por
Z Ly
1 0, m 6= n
αn,m = 1 1 ζn (y)ζm (y)dy = (5)
Nn Nm
2 2 0 1, m = n
(
Z Ly 2n2
1 0
Ly (m2 −n2 )
[cos(nπ)cos(mπ) − 1], m 6= n
βn,m = 1 1 ζn (y)ζm (y)dy = (6)
Nn Nm 0 2 2 0, m = n
Aplicando a técnica da transformada de Laplace na equação (4) na variável t e usando
a condição inicial [cn (x, z, 0) = 0] do problema, pode-se escrever o seguinte problema
estacionário
∂C(x, z, r)
αn,m r C(x, z, r) + αn,m u + βn,m v C(x, z, r) =
∂x
∂ 2 C(x, z, r)
+αn,m Kz − αn,m λ2n Ky C(x, z, r)
∂z 2
sendo que C C(x, z, r) = L {cn (x, z, t); t → r} denota a transformada de Laplace na variável
t e r é complexo.
Propõe-se a solução do problema da equação (7) com base nas autofunções do problema de
Sturm-Liouville e expande-se a concentração C(x, z, r) da seguinte forma
I
X
C(x, z, r) = cn,i (x, r)ςi (z) (8)
i=0
em que ςi (z) é um conjunto de autofunções ortogonais dadas por ςi (z) = cos(γi z), com
iπ
γi = (i = 0, 1, 2, ...), no qual γi é um conjunto de autovalores e I se refere ao número
h
de autovalores no somatório.
Substituindo a equação (8) na equação (7) resolve-se o problema pela Técnica da
Transformada de Laplace Integral Generalizada (GILTT) [Buske et al. (2007)]. A técnica
GILTT combina uma expansão em série com uma integração. Na expansão, é usada uma
base trigonométrica determinada com a ajuda de um problema auxiliar de Sturm-Liouville.
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Para validar o modelo foram utilizados dados de vento fraco reportados no experimento
INEL (USA) [Sagendorf e Dickson (1987)]. O experimento INEL consiste de uma série de
testes difusivos, conduzidos em um terreno plano e uniforme. O poluente SF6 foi coletado em
arcos posicionados nos raios de 100, 200 e 400 m do ponto de emissão na altura de 0, 76 m do
solo. O poluente foi liberado de uma altura de 1, 5 m acima do nı́vel do solo. O parâmetro
meteorológico vento em 2 m foi obtido do experimento. A rugosidade na superfı́cie foi de
0, 005 m.
Os parâmetros, comprimento de Monin-Obukhov, velocidade de fricção e altura da CLP,
não foram medidos no experimento INEL (USA), mas foram calculados por formulações
empı́ricas. O comprimento de Monin-Obukhov foi calculado [Zannetti (1990)] pela expressão
L = 1100u∗ 2 . A velocidade de fricção foi calculada como u∗ = ku(zr )/ln(zr /z0 ), sendo
zr = 2 m (altura de referência) e z0 = 0, 005. A altura da camada limite h foi calculada como
h = 0, 4(u∗ L/fc )1/2 [Zilitinkevith (1972)].
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A sigla PALM se refere ao modelo de simulação dos grandes turbilhões (LES) para fluxos
atmosféricos e oceânicos que se destina a arquiteturas de computadores em paralelos. A técnica
LES é baseada na separação de escalas, com o objetivo de reduzir o número de graus de
liberdade da solução.
Ψ(xi , t) = Ψ(xi , t) + Ψ0 (xi , t) (11)
em que Ψ se refere aos turbilhões.
Os grandes turbilhões (baixa frequência) são calculados diretamente e representam as
escalas resolvidas, já os pequenos turbilhões (alta frequência) são parametrizados usando
um modelo estatı́stico (escalas subgrade/subfiltro). Os pequenos e grandes turbilhões são
diferenciados definindo um comprimento de corte ∆.
O modelo LES-PALM [Raasch (2015)] usa discretização espacial e temporal por diferenças
finitas. Os métodos de passo de tempo explı́cito usados pelo modelo são os de Euler e Runge-
Kutta de segunda ou terceira ordem. Os métodos de advecção utilizados são Upstream, Piacsek-
Williams (diferenças finitas centradas de segunda ordem), esquema de Bott-Chlond (somente
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Dentre as fórmulas de ajuste mais utilizadas, pode-se citar a proposta por Frenkiel [Frenkiel
(1953)]
R(τ ) = e−pτ cos(qτ ) (13)
e a proposta por Degrazia [Szinvelski et al. (2013); Moor et al. (2015)]
cos(qτ )
R(τ ) = (14)
(1 + pτ )2
sendo p e q os parâmetros de ajuste. A razão entre os parâmetros de ajuste é dada por m = q/p,
sendo m uma quantidade adimensional que controla a frequência de oscilação do meandro.
3. RESULTADOS
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Figura 3- Concentrações observadas (co ) e preditas (cp ) pelo método 3D-GILTT para o teste 4 do
experimento INEL e para os arcos de 100, 200 e 400 m.
4. CONCLUSÕES
Foi descrita uma metodologia que identifica a ocorrência do fenômeno de meandro do vento.
As funções de autocorrelação calculadas com base nos dados de vento simulados pelo modelo
LES-PALM mostram um lóbulo negativo, juntamente com a razão dos parâmetros de ajuste
maior do que 1 e os respectivos espectros mostram um pico nas baixas frequências. Essas
caracterı́sticas, segundo a literatura, indicam a presença do fenômeno de meandro do vento.
O modelo euleriano baseado na equação da advecção-difusão leva em conta o efeito do
meandro do vento para simular a dispersão de poluentes na atmosfera. A turbulência foi
parametrizada por uma formulação que leva em conta o efeito de memória da pluma de
poluentes. O vento foi parametrizado usando perfil potência. Os dados usados para validar
a metodologia foram do experimento realizado nos EUA (INEL) sob condições atmosféricas
estáveis e de vento fraco.
O modelo de dispersão simula de forma satisfatória as concentrações observadas no teste 4
do experimento INEL. Como trabalhos futuros pretende-se fazer simulações para outros testes
desse experimento.
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Agradecimentos
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Abstract. The aim of this work is to simulate the pollutants dispersion in the atmosphere
in low wind conditions using Generalized Integral Laplace Transform Technique in three
dimensions (3D-GILTT) where the advection-diffusion equation is solved in a analytically way.
Were made simulations with WRF (Weather Research and Forecasting) model to INEL (Idaho
National Engineering Laboratory) experiment region helded in USA and the data were used to
initialize the LES-PALM (Large-Eddy Simulation Parallelized) model. From the simulated wind
components by LES-PALM model, were calculated the wind angles and both informations were
considered to simulate the pollutants concentration in the atmosphere. The model simulates the
observed concentrations peak in a satisfactory way and can be used to air quality regulatory
applications.
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Resumo. O estudo dos efeitos do vento em edificações deu origem à chamada Engenharia
do Vento que, tradicionalmente, utiliza-se de ensaios fı́sicos com modelos reduzidos em túneis
de vento ou procedimentos de cálculos contidos em normas especı́ficas. Apesar da validade
desses métodos, verifica-se que as normas tem seu escopo de aplicação limitado aos casos
de edificações e situações mais comuns encontrados e os túneis de vento não são facilmente
acessı́veis, devido à sua escassez e alto custo. Assim, o uso da modelagem numérico-
computacional apresenta-se como uma alternativa viável no estudo aerodinâmico de estruturas
em Engenharia do Vento Computacional. Neste campo, uma das principais limitações
verificadas nos estudos encontra-se no poder de processamento dos computadores que limita
o número de equações resolvidas em tempo hábil e, consequentemente, limita também o nı́vel
de refinamento da malha necessário para captação de fenômenos que acontecem em escalas
menores, exigindo, desta forma, modelos matemáticos eficazes de representação dos efeitos
de turbulência. Na tentativa de minimizar o custo computacional das análises, o presente
trabalho analisa as dimensões do volume de controle do fluido na simulação do vento sobre uma
estrutura de forma a obter o menor volume possı́vel que não interfira na acurácia da análise. Os
resultados mostram ser viável reduzir as dimensões do domı́nio do fluido em relação a outros
ensaios já publicados sem prejuı́zo significativo da análise, reduzindo, consequentemente, o
custo computacional.
1. INTRODUÇÃO
O estudo dos efeitos do vento em edificações deu origem à chamada Engenharia do Vento
(EV) que, tradicionalmente, utiliza ensaios fı́sicos em túneis de vento para simular a ação
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do vento em estruturas reais por meio de modelos reduzidos submetidos a ventos artificiais
(BRAUN, 2007). No Brasil, os resultados obtidos em tais estudos foram sistematizados na
norma NBR 6123:1988 – Forças devidas ao vento em edificações. Apesar de sua validade,
a própria norma reconhece sua limitação, pois sua aplicação é restrita a casos de geometrias
especı́ficas e simplificadas, e sugere estudos adicionais para edificações consideradas fora do
comum (ABNT, 1988). Segundo Stathopoulos (1997) e Awruch, Braun e Greco (2015), embora
importantes, os resultados obtidos em túneis de vento possuem várias fontes de erros que devem
ser avaliadas e seus resultados não devem ser recebidos como dogmaticamente inquestionáveis.
Nesse contexto, o avanço da computação cientı́fica deu origem à chamada Engenharia do
Vento Computacional (EVC), que utiliza ferramentas computacionais para resolver problemas
modelados pelas equações de Navier-Stokes (BRAUN, 2007). Assim, diante das limitações dos
túneis de vento e da aplicação de normas, a EVC tem se apresentado como uma alternativa
viável para a resolução de problemas de estruturas submetidas a cargas de vento. Diversos
trabalhos como Awruch, Braun e Greco (2015), Blocken, Stathopoulos e Beeck (2016),
Gunawardena et al. (2017) e Mukherjee e Bairagi (2018) tem demonstrado a validade e
confiabilidade dos resultados da EVC.
Desde o seu surgimento na década de 80, umas das principais limitações da EVC foi o
poder de processamento dos computadores. De acordo com Murakami (1997), a presença de
corpos rombudos (bluff body) com arestas vivas constitui uma das maiores dificuldades nas
simulações da EVC, pois exige a implementação de malhas bastante refinadas para a captação
de importantes fenômenos (vórtices) que acontecem nas escalas menores, aumentando,
consequentemente, de forma proibitiva o custo computacional dessas análises.
Embora a resolução direta das equações em todas as escalas seja a forma mais precisa
de resolver problemas de escoamento (SANGALLI, 2009), o refinamento da malha exigido
para isso torna-se proibitivo. Apesar do avanço na capacidade dos computadores, o custo
computacional continua sendo uma preocupação na resolução de problemas de EVC. Para
ilustrar o problema, Neto (2002) apresenta uma expressão matemática que calcula o número N
de equações que seriam necessárias para solucionar escoamentos atmosféricos tridimensionais
de forma direta, isto é, sem aplicação de modelos de turbulência:
L
N = ( )3 , (1)
l
onde L é a dimensão caracterı́stica do problema e l é a escala dissipativa de Kolmogorov, onde
a energia dos vórtices em pequenas escalas é absorvida pelas forças viscosas do fluido. Um
problema que apresente, por exemplo, L = 30, 0 m e l = 1, 0 mm, contará com um número de
equações da ordem de N = 1013 , cerca de 100.000 vezes mais do que o número de equações
praticável atualmente, em torno de 108 (PICCOLI, 2009).
Para atenuar as limitações impostas pelos computadores disponı́veis atualmente, são
utilizados modelos de turbulência que permitem representar a multiplicidade de escalas em
que ocorrem os fenômenos aerodinâmicos de forma computacionalmente exequı́vel (PICCOLI,
2009). Além disso, deve-se buscar formas de reduzir o número de graus de liberdade por meio
da simplificação e redução do modelo ou uso de malhas adaptativas. Na tentativa de reduzir o
custo computacional das análises (mesmo com aplicação de modelos de turbulência), o presente
trabalho analisa as dimensões do volume de controle do fluido na simulação do vento sobre uma
estrutura prismática de forma a obter o menor volume possı́vel que não interfira na acurácia
da análise. Para isso, são apresentados dois ensaios de validação do modelo e, em seguida,
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apresenta-se a simulação de uma estrutura com um volume de controle usual que é reduzido
progressivamente. As simulações apresentadas foram realizadas no módulo Fluid Flow (Fluent)
do software Ansys Workbench.
∂ v̄
ρ + ρv̄.∇v̄ = ρg − ∇P̄ + µ 4 v̄ + λ∇div(v̄) + div(σ SGS ) e (2)
∂t
σ SGS = 2µt ∇S v̄ (3)
div(v̄) = 0, (4)
onde ρ é a massa especı́fica do ar atmosférico, considerado incompressı́vel; g é a aceleração
da gravidade; P é a pressão estática do fluido; µ e λ são a viscosidade dinâmica e volumétrica,
respectivamente, do ar atmosférico; v̄ é o vetor velocidade do fluxo; e t é o instante de tempo;
σ SGS é o tensor tensão submalha de Reynolds, dado pela hipótese de Boussinesq e usado
para representar os efeitos das menores escalas (inferiores aos elementos da malha); µt é a
viscosidade turbulenta, sendo dada pelo modelo de Smagorinsky-Lily que pode ser visto em
detalhes em Braun (2007).
Vale salientar que os modelos de turbulência viabilizam a solução de problemas na
EVC, possibilitando simular fenômenos aerodinâmicos em todas as escalas, reproduzindo,
desta forma, o comportamento do vento real sem utilizar um número de graus de liberdade
excessivamente elevado que inviabilize a solução, conforme Sangalli (2009).
O modelo de turbulência de Simulação de Grandes Escalas (ou LES), aqui utilizado, foi
escolhido por mostrar-se mais adequado ao objetivo proposto, conforme Murakami (1997),
Stathopoulos (1997), Braun (2007) e Awruch, Braun e Greco (2015). O modelo LES é baseado
no conceito de cascata de energia, que modela o escoamento turbulento como uma superposição
de vórtices, o que é adequado para altos números de Reynolds. Os vórtices maiores retiram
energia do escoamento principal e transferem-na para vórtices de uma escala menor, que por
sua vez transportam a energia para vórtices de uma escala ainda menor, de forma sucessiva,
até chegar em uma escala pequena o suficiente onde a energia possa ser absorvida pelas forças
viscosas do fluido.
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4P F
C= 2
= (5)
(1/2)ρv q.Ae
onde F é a força lı́quida numa região da estrutura; C é o coeficiente aerodinâmico; q =
(1/2)ρv 2 é a pressão no ponto de estagnação da região dada pela equação de Bernoulli; e Ae é
a área efetiva da região analisada.
No caso da aplicação da referida norma de vento, os coeficientes C são obtidos em tabelas
e ábacos e, então, a força é calculada. No caso de ensaios numéricos (ou, semelhantemente, em
túnel de vento) as forças e momentos são obtidos na análise a partir dos resultados de pressão
sobre a superfı́cie e os coeficientes podem, assim, ser determinados pela equação (6), que são
decorrentes da equação (5) aplicadas a cada direção:
Fx Fy Fz Mx My Mz
CFx = ; CFy = ; CFz = ; CMx = 2
; CMy = 2
; CMz =
q.HW q.HL q.W L q.H L q.H W q.HLW
(6)
onde Fi e Mi são a força e o momento resultantes na direção i, respectivamente; L, W e H são
as dimensões da estrutura em x, y e z, respectivamente.
3. ENSAIOS DE VALIDAÇÃO
A face AC foi definida como a entrada do fluido com velocidade uniforme e a face BD
foi definida como a saı́da com pressão relativa nula. As faces AB e CD foram definidas como
paredes com condição de contorno de deslizamento livre (cisalhamento nulo). A superfı́cie do
cilindro foi modelada como uma parede rı́gida com condição de não deslizamento.
Os dados fı́sicos, geométricos e a organização da malha deste problema foram replicados
de Braun (2007), sendo massa especı́fica de 1,0 kg/m3 , viscosidade dinâmica de 0,01 Ns/m2 ,
velocidade de entrada de 10,0 m/s, dimensão caracterı́stica (diâmetro) de 1,0 m e passo de
tempo igual a 1, 8 × 10−3 s.
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A análise dos coeficientes de pressão mostra um pico de diferença de 17% entre os valores
do presente trabalho e aqueles obtidos por Braun (2007) na região de maior sucção, em
aproximadamente 75o , o que resulta dos diferentes procedimentos matemáticos adotados. Nas
demais regiões, verifica-se boa concordância entre os coeficientes. No caso da NBR 6123,
constatou-se discordâncias consideráveis na região entre 110o e 250o , sendo a divergência
explicada pela grande diferença no número de Reynolds do presente trabalho para aquele
considerado na Norma, que é superior a 4, 2 × 105 .
Nesse caso tridimensional, foi replicada a análise de um edifı́cio vertical isolado que foi
resolvido por Braun (2007). O autor utilizou o código implementado em sua tese de doutorado e
validou seus resultados com Akins, Peterka e Cermak (1977). A Figura 3 apresenta a geometria
do edifı́cio e do domı́nio do fluido.
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e as paredes do edifı́cio foram modeladas como faces de deslizamento nulo, onde a velocidade
tangencial do fluido no contato é nula. O vento na entrada foi modelado pela lei de potência
apresentada por Loredo-Souza, Schettini e Paluch (2004) com p = 0, 34 e v(zref ) = 50, 0m/s.
A malha de volumes finitos utilizada teve 42.139 nós e 231.274 elementos. Já nesta etapa,
após testes realizados, verificou-se possı́vel diminuir o volume de controle utilizado por Braun
(2007) sem prejuı́zo dos resultados da análise. Ao invés de utilizar um comprimento de 1.530
m na direção x (conforme Figura 3), utilizou-se 930 m, sendo 600 m de comprimento livre a
sotavento (10H), o que tornou a análise mais rápida. Este ensaio foi realizado em Seidel (2020),
onde maiores detalhes estão disponı́veis.
As propriedades do escoamento simulado são: massa especı́fica de 1,25 kg/m3 , viscosidade
dinâmica de 6, 96×10−3 Ns/m2 , velocidade caracterı́stica de 27,56 m/s, dimensão caracterı́stica
de 30,0 m e passo de tempo de 5×10−3 s. Para modelagem da turbulência, utilizou-se o modelo
LES e o modelo de submalha Smagorinsky-Lily com CS = 0, 1, conforme Braun (2007) e
Akins, Peterka e Cermak (1977).
A Tabela 1 apresenta os resultados obtidos neste trabalho e aqueles utilizados para validação.
Na comparação, também foram incluı́dos os coeficientes de força obtidos pela NBR 6123,
embora a Norma estabeleça coeficientes com base na ação estática do vento. Os coeficientes de
momento não são dados pela Norma, portanto, só foram considerados coeficientes de força. Os
ı́ndices dos coeficientes (x, y e z) estão de acordo com os eixos de referência dados na Figura 3.
Os coeficientes calculados mostram boa concordância com os resultados dos demais autores,
sendo que as maiores diferenças relativas foram verificadas nos coeficientes que possuem
valor nulo ou próximo de nulo. Os coeficientes da Norma na direção do escoamento (CFx )
e na direção transversal ao mesmo (CFy ) mostraram-se coerentes com os demais resultados,
porém divergências consideráveis, em torno de 50%, foram identificadas no coeficiente de
força vertical (CFz ), o que evidencia a limitação da Norma e necessidade de estudos mais
aprofundados. A Figura 4 mostra o campo de pressão relativa e as linhas de corrente do ensaio
realizado.
Para verificação das dimensões do volume de controle considerado, propôs-se uma estrutura
prismática de dimensões 15, 0 m × 10, 0 m × 60, 0 m (dimensões x,z,y) colocada, inicialmente,
no domı́nio de fluido indicado na Figura 5. As dimensões iniciais de referência foram adotadas
com proporções semelhantes a outros trabalhos da EVC (AWRUCH; BRAUN; GRECO, 2015;
BRAUN, 2007) (também cf. seção 3.2). Quanto à seção transversal, de acordo com Bênia
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Figura 4- (a) Campo de pressão (Pa) vertical no plano de simetria, (b) campo de pressão (Pa) horizontal
em z=30,0 m, (c) linhas de corrente (m/s) no plano vertical no eixo de simetria e (d) linhas de corrente
(m/s) no plano horizontal em z=30,0 m
(2013), a razão entre a área de bloqueio e a seção de escoamento, devido a presença dos
modelos, não deve ser superior a 5% em ensaios em túnel de vento, ou, caso o limite seja
ultrapassado, deve-se recorrer a correções dos resultados. No exemplo em questão, a área de
bloqueio é inferior a 0,5%, então, considerando-se o limite de 5% como um parâmetro balizador,
infere-se que a seção adotada a priori mostra-se bastante razoável. As faces laterais e superior
do volume de controle foram consideradas como paredes de deslizamento livre, simulando a
condição da estrutura em local aberto. As faces inferior (solo) e as paredes do modelo foram
consideradas como faces de não deslizamento, onde a velocidade tangencial no contato é nula.
Novamente, o vento na entrada foi modelado pela lei de potência apresentada por Loredo-
Souza, Schettini e Paluch (2004) com p = 0, 34 e, para modelagem da turbulência, utilizou-
se o modelo LES e o modelo de escala da submalha Smagorinsky-Lily com CS = 0, 1.
As propriedades do ar atmosférico foram tomadas em CNTP, com massa especı́fica igual a
1, 225 kg/m3 e viscosidade dinâmica igual a 1, 7894 × 10−4 N s/m2 . A velocidade de entrada
foi de 30, 0 m/s e o passo de tempo foi 0, 005 s.
A Tabela 2 apresenta os coeficientes médios de força e momento obtidos na análise inicial,
além dos coeficientes de força previstos pela NBR 6123. Na comparação dos coeficientes de
força da norma com os da análise one way, foi verificado que o coeficiente na direção do
escoamento (CFz ) apresentou uma diferença de 22% e o coeficiente na direção transversal
ao escoamento (CFx ) foi igual ao da simulação numérica; assim como na simulação anterior, a
maior diferença encontrada foi no coeficiente de força vertical (CFy ), onde a divergência foi de
55%.
Após esta análise inicial, foram realizadas simulações reduzindo-se os parâmetros
geométricos a, b, c e d (conforme Figura 5) e foram determinados os coeficientes de força
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Assumindo o volume de controle inicial como referência balizadora (com base nos ensaios
de validação), verifica-se que todas as reduções dos parâmetros a e c conduziram a erros
consideráveis em pelo menos um dos coeficientes de força/momento e, portanto, não permitem
redução desta dimensão sob pena de prejuı́zo dos resultados finais.
Por outro lado, os parâmetros geométricos b e d sofreram reduções sem prejuı́zo na obtenção
dos coeficientes. A dimensão b, quando reduzida de 600m para 300m (equivalente a 5 vezes
a altura da estrutura), implicou em diferenças desprezı́veis nos resultados finais, apresentando
divergência máxima igual a 0,01 no coeficiente CFz . De forma semelhante, a dimensão d,
quando reduzida de 300m para 150m (equivalente a 2,5 vezes a altura da estrutura), apresentou
resultados bastante semelhantes aos de referência, com uma diferença máxima de 0,03 no
coeficiente CFy .
Apesar das análises com as reduções supracitadas nas dimensões b e d aplicadas
isoladamente não prejudicarem os resultados dos coeficientes, quando as duas reduções foram
feitas na mesma simulação, verificou-se um erro considerável no coeficiente CFy , que foi igual
a 0,357; os demais coeficientes mantiveram-se com divergências desprezı́veis. Assim, nota-
se que as reduções do volume de controle devem ser feitas de forma cautelosa, de maneira a
garantir a acurácia necessária a cada simulação.
A partir dos dados apresentados, é possı́vel otimizar o volume do domı́nio do fluido
considerado em modelagens na EVC, tendo em vista a necessidade de se reduzir o número de
elementos presentes na malha e, por conseguinte, o custo computacional da simulação realizada.
5. CONCLUSÃO
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Resumo. O aço inoxidável é uma liga de ferro (Fe) e Cromo (Cr) com no mínimo 10,50% de
Cr, é um material conhecido por ter uma grande resistência à corrosão, ao impacto e à
abrasão, além de grande durabilidade. Embora os aços inoxidáveis aqui estudados sejam
austeníticos AISI 304 e 316L, suas propriedades podem se diferenciar em cada caso a se
utilizar. Com isso conceituamos na melhoria de como aferir de modo que cada um deles seja
melhor em qualquer especialização que se queira projetar, fornecendo com suas pequenas
diferenças o seu aperfeiçoamento. O existente trabalho, através de um ensaio de tração e
analisando diversos dados e diagramas gerados pelo mesmo, tem a finalidade de estabelecer
um comparativo entre as propriedades mecânicas e físicas dos tradicionais aços inoxidáveis
austeníticos estudados, usados diariamente nas indústrias e diversos outros campos de
trabalho.
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1. INTRODUÇÃO
O aço inoxidável é uma liga de ferro (Fe) e Cromo (Cr) com no mínimo 10,50% de Cr,
sendo um material conhecido por ter uma grande resistência à corrosão, ao impacto e à
abrasão, além de grande durabilidade (Carbó, 2001). Porém ele é mais utilizado em processos
de corrosão e isso se deve à formação de um filme passivo de óxidos, o cromo (Cr) livre na
superfície do aço que reage com oxigênio e do ar e umidade, e assim forma um “filme” que
isola o aço do oxigênio e dessa forma evitando a oxidação do ferro. No aço inoxidável os
filmes passivos são extremamente finos, são de uma espessura aproximadamente de 30 a 50
angstrom e são favorecidos pela presença de meio oxidantes, não dizendo apenas que só o aço
inoxidável tem passividade (filmes passivos) só que o caso é quanto mais oxidável for o
metal, mais ele terá formação de filme passivos que assim se forma através da reação entre
água e o metal base (Carvalho et al., 2020).
O aço inoxidável com adição de outros elementos como especialmente o cromo e o
níquel e outras ligas como o molibdênio (Mo), titânio (Ti) e nióbio (Nb) a fim de se obter
determinadas características e assim formando famílias de martensíticos, ferríticos,
austeníticos, duplex e endurecíveis por precipitação (Garcés et al., 2020). Os aços estudados
nesse trabalho apresentam a composição química ilustrada pela Tabela 1. Essas famílias
também terão a presença de carbono e de outros elementos que encontram presentes em todos
os aços, como silício (Si), manganês (Mn), fósforo (P) e enxofre (S) (Carvalho et al., 2020).
De acordo com a Tabela 1 a diferença entre eles pela composição química é que 304
possui mais carbono que o 316L e outra grande diferença é que o 316L possui molibdênio
(Mo). Esse fator contribui para diferenciar na qualidade de vários ramos trabalho assim como
diferenciar dentro da família dos austeníticos, pois se sabe que é excelente a resistência
corrosão, mas é preciso estabelecer que mesmo sendo pequena a diferença, isso pode mudar
muito nas estruturas de projeto em relação de resistência mecânica (Garcés et al., 2020).
Diminuição do carbono: Isso ajuda em trabalhos que há a necessidade de realização de
soldagem e precisa que ele seja resistente a corrosão mesmo depois da soldagem assim
evitando o fenômeno da sensitização, isso ocorre devido à precipitação de carbonetos de
cromo nos contornos de grão em temperaturas entre 425ºC e 850ºC (Sarmento, 2012).
Por isso o aço 316L é melhor que 304 para se trabalhar em industrias, especialmente
em peças soldadas que vão trabalhar em meios oxidantes. Porém é preciso se ter um cuidado,
pois reduzindo o teor carbono ocorre a queda da resistência mecânica, assim na hora da
seleção desse material deve levar em conta isso assim aumento sua espessura da peça para não
levar tanto em conta esse risco da queda resistência mecânica (Gonzalez et al., 2020).
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 Materiais
Para a realização do ensaio de tração foi utilizado dois corpos de prova do tipo cilíndrico,
uma para cada tipo de material (inox 304 e 316l). Sua usinagem foi feita em um torno
mecânico de acordo com as especificações na norma ASTM A 370. Os corpos de prova
possuem, na regiam de seção reduzida, uma área de seção transversal de 32,97918mm² e
diâmetro de 6,48mm para o aço inox 304, e área de 32,16991mm² e diâmetro de 6,4mm para
o 316l. É possível notar que ambas as áreas e diâmetros são bem próximos em seus valores.
Possuem também um comprimento da seção reduzida de 35 mm. A geometria do corpo de
prova de tração pode ser observada através de uma imagem real tirada antes do ensaio, essa
imagem está representada pela Figura 1.
Após o ensaio de tração, seu comprimento possui um valor maior do que seu
comprimento inicial e é visível o ponto onde ocorre a estricção do material ou
“empescoçamento”. Ao atingir a tensão última, a área da seção transversal começa a diminuir
em uma região localizada do corpo-de-prova, e não mais ao longo do seu comprimento
nominal. Este fenômeno é causado pelo deslizamento de planos no interior do material e as
deformações reais produzidas pela tensão cisalhante. Uma vez que a área da seção transversal
diminui constantemente, esta área só pode sustentar uma carga menor. Assim, o diagrama
tensão-deformação tende a curvar-se para baixo até a ruptura do corpo-de-prova com uma
tensão de ruptura (Beer, 2006).
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O corpo de prova é fixado na máquina de ensaio através das castanhas, onde sob alta
pressão permite a fixação do corpo de prova para realização do ensaio sem que o mesmo se
solte. A Figura 2 mostra o local onde é fixado o corpo de prova para o ensaio e a Figura 3
mostra a máquina utilizada na realização do ensaio de tração.
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2.2 Métodos
Foi realizado um ensaio de tração no corpo de prova, de acordo com a especificação das
normas americanas (ASTM A370: 2017). O ensaio foi realizado na máquina de ensaios
KRATOS v1.0 à temperatura de 25º C, com uma força aplicada pela máquina que pode
chegar até 100KN. A máquina mede a própria deformação e a do corpo de prova, sendo a
deformação da máquina desprezível. Foram levantados o limite de escoamento, limite de
ruptura e deformação específica a partir das curvas de carregamento apresentadas no ensaio.
Força máxima, limite de resistência (MPa), limite de escoamento (MPa), alongamento (%),
alongamento(%) carga máxima (%), módulo de elasticidade (MPa), diâmetro externo (mm),
comprimento (mm).
O resultado de um ensaio de tração desse tipo é registrado na forma da carga ou força em
função do alongamento. Essas características carga-deformação são dependentes do tamanho
do corpo de prova. Se o comprimento e a área de seção transversal forem dobrados, serão
necessárias duas vezes mais carga para produzir um mesmo alongamento.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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A partir do ensaio a máquina gera uma serie de dados previamente selecionados com a
finalidade de ajudar na análise do comportamento mecânico desses materiais em estudo.
Esses dados podem ser visualizados na Tabela 2. E através dos dados apresentados na Tabela
2 é possível calcular outros parâmetros que podem ser visualizados na sequência do texto e
são copilados na Tabela 3.
Alongamento
Força Limite de Limite de Modulo de
Amostra Alongamento a Carga
Máxima Resistência Escoamento Elasticidade
Máxima
Inox 23217,61 704,01
615,52 MPa 49,09% 39,34% 7318,9 MPa
304 N MPa
Inox 20030,4 622,64
403,7 MPa 57,37% 45,6% 6409,57 MPa
316L N MPa
- Tensão de ruptura:
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- Resiliência:
- Tenacidade:
4. CONCLUSIONS
Pela observação dos aspectos analisados é possível concluir que apesar das amostras
analisadas serem de aços inoxidáveis austeníticos, suas propriedades mecânicas são
diferentes, devido a suas composições, o que altera as suas características. O aço inox 304 é o
mais utilizando no mercado e sua propriedade apresenta um elevado grau de deformação que
o material suporta até o momento de sua fratura, isso lhe confere um grande potencial de
utilização em vários campos de trabalho. O aço 316L por ter uma redução de carbono na sua
composição, e por isso sua resistência mecânica deve ser levada em consideração na hora de
se escolher esse material quando houver a seleção de suas espessuras, para que não haja
comprometimento nos projetos. Esta conclusão foi obtida devido aos testes feitos em
laboratório e em estudos na área abordada.
Utilizando um método destrutivo, ensaio de tração, para saber todas as suas
especificações como carga máxima, sua deformação e o limite de resistência, por exemplo,
onde podemos observar melhor o material a ser trabalhado. Todo o assunto abordado sobre os
aços inoxidáveis estudados, 304 e 316L, foi pensando como seria ele dimensionado e o
utilizado em alguma ação de mecanização. Nesse sentido pode-se concluir na melhora do
material escolhido, sempre revisando devido as especificação. Como é possível observar nos
resultados obtidos, o desenvolvimento do aço inoxidável austenítico 304 vem contribuindo
melhor nas propriedades mecânicas, então devido a esse fato a qualidade dos aços austeníticos
é excelente para trabalhos enquanto tração, mas sempre vendo os parâmetros empregados.
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Abstract. Stainless steel is an alloy of iron (Fe) and Chromium (Cr) with at least 10.50% Cr,
it is a material known for having a great resistance to corrosion, impact and abrasion, in
addition to great durability. Although the stainless steels studied here are AISI 304 and 316L
austenitic, their properties may differ in each case to be used. With that we conceptualize in
the improvement of how to measure so that each one of them is better in any specialization
that one wants to project, providing with its small differences its improvement. The existing
work, through a tensile test and analyzing various data and diagrams generated by it, has the
purpose of establishing a comparison between the mechanical and physical properties of the
traditional austenitic stainless steels studied, used daily in industries and several other fields
of work .
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Resumo. Propulsores Hall estão entre os tipos mais usados de propulsão elétrica para
manutenção e transferência de órbita de satélites. Com o propósito de contribuir com os
esforços para o desenvolvimento de um propulsor Hall em condições de vôo no Brasil, este
trabalho usa o protótipo desenvolvido no Laboratório de Física dos Plasmas da Universidade
de Brasília como modelo para análise através de simulações numéricas. Alterando o arranjo
dos ímãs permanentes, foram selecionadas três configurações capazes de produzir um campo
magnético radial com um pico de cerca de 85G no diâmetro médio do canal. O campo
magnético gerado por cada um desses arranjos foi calculado pelo método dos elementos finitos,
e os resultados foram usados como dados de entrada para simular a operação do propulsor pelo
método Particle-in-Cell com colisões de Monte Carlo. Através das simulações foi avaliado o
desempenho com cada uma das três configurações de linhas de campo, e uma delas apresentou
melhor resultado de força de empuxo.
1. INTRODUÇÃO
A propulsão elétrica é uma tecnologia muito usada para manutenção e mudança de órbita
de satélites. São sistemas que produzem impulso através da descarga de íons acelerados de uma
massa de plasma, que é gerado pela ionização de um fluido de trabalho. Os íons são expelidos
a velocidades muito mais altas que a dos gases de exaustão de um sistema de propulsão
química. Logo, apesar da força de propulsão obtida ser relativamente baixa, a propulsão elétrica
consegue, operando por mais tempo, gerar um impulso total maior com a mesma massa de
fluido. Esse maior aproveitamento do fluido de trabalho significa menos carga a bordo. Essa é
a maior e grande vantagem da propulsão elétrica, que faz dela uma tecnologia promissora para
explorações mais distantes.
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O propulsor Hall é um tipo específico de propulsão elétrica baseado no efeito Hall, de onde
vem o seu nome. Os detalhes da sua operação são descritos em Goebel & Katz (2008). Ele
possui uma geometria cilíndrica, com um canal anelar onde é contido o plasma. Em uma
extremidade do canal anelar estão localizados o ânodo, que gera uma diferença de tensão
positiva em relação à região externa, e a admissão do gás usado como fluido de trabalho. A outra
extremidade é a descarga do canal. Fora do canal é posicionado um catódo que emite elétrons,
que são atraídos para o canal. Eletroímãs ou ímãs permanentes geram um campo magnético
radial que captura os elétrons no canal. A combinação do campo magnético com o campo
elétrico produzido pelo ânodo força os elétrons em um movimento de deriva perpendicular a
ambos os campos, ou seja, ao redor do eixo central. Esse fluxo de elétrons é a chamada corrente
de Hall. Através de colisões, esses elétrons ionizam os átomos neutros do gás, formando o
plasma. Os íons do plasma são acelerados para fora pela força eletrostática, gerando impulso.
No Brasil, o Laboratório de Física dos Plasmas da Universidade de Brasília (LFP-UnB)
desenvolveu e testou quatro protótipos de propulsores Hall batizados de PHall. Os propulsores
PHall usam ímãs permanentes, no lugar de eletroímãs, para gerar o campo magnético no canal,
diminuindo a potência consumida (Ferreira et al., 2016; Martins et al., 2017; Martins et al.,
2019). A pesquisa desenvolvida no LFP-UnB motivou este trabalho, que busca contribuir
para o desenvolvimento de novos protótipos. O modelo usado como base neste trabalho é o
protótipo PHall-IIc, o mais recente deles. Os seus anéis interno e externo de ímãs permanentes
são compostos por ímãs mais curtos do que os usados nas primeiras versões. Isso permite a
variação no arranjo dos ímãs, com mudanças na posição e alinhamento dos polos.
A configuração das linhas de campo magnético no canal pode influenciar bastante o
desempenho e a vida útil do propulsor. O principal fator limitante na vida útil é a erosão
nas paredes do canal, causada pela colisão de íons (Mazouffre, 2016; Kim, 1998). Uma
técnica conhecida para reduzir esse desgaste é manter as linhas de campo magnético paralelas
às paredes do canal na região de aceleração dos íons, se estendendo até a região próxima ao
ânodo. Essa solução é chamada de escudo magnético e funciona pela alteração do potencial
elétrico na região próxima às paredes(Hofer et al., 2014; Mazouffre et al., 2014; Mikellides
et al., 2011; Mikellides et al., 2013; Mikellides et al., 2014). Também é possível melhorar o
confinamento do plasma no canal através de uma configuração das linhas de campo chamada de
espelho magnético. Quando a intensidade do campo magnético radial aumenta o suficiente do
centro do canal até as paredes, os elétrons que se aproximam das paredes sofrem uma força que
os reflete de volta para o centro (Chen, 2016; Keidar & Boyd, 2005). O aumento da largura do
canal reforça esse espelho magnético, além de reduzir a razão área-volume do canal, diminuindo
a interação do plasma com as paredes (Mazouffre et al., 2012).
Por conta de sua importância no desempenho de um propulsor, a configuração das linhas de
campo magnético é o alvo de estudo deste trabalho. O trabalho foi feito em duas etapas, cada
uma delas com uma ferramenta de simulação numérica diferente. Na primeira parte do trabalho,
foi feita uma análise, através de simulação pelo método dos elementos finitos, da configuração
das linhas de campo variando a posição e o alinhamento dos polos dos ímãs. Nessa análise
foram observadas três formas de disposição dos ímãs capazes de gerar um campo magnético
radial no centro do canal. A ferramenta de simulação usada nessa etapa foi o software COMSOL
Multiphysics. O campo magnético fornecido pelas três formas de disposição dos ímãs foi usado
como dado de entrada para a segunda parte do trabalho. Nessa segunda etapa foram feitas
simulações da operação do propulsor com cada uma das três configurações das linhas de campo
obtidas na etapa anterior. O método numérico usado é uma combinação do método Particle-
in-cell com o método Monte Carlo Collisions (PIC-MCC). A ferramenta usada foi o software
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VSim e o código da simulação foi validado por Choi et al. (2012). Esse mesmo código também
foi usado por Braga (2019) para simular o PHall-IIc. A diferença deste trabalho foi aprimorar
o modelo de Braga (2019) com uma representação mais precisa do campo magnético, que é o
alvo da análise.
Com os dados extraídos da simulação, foram calculados a força de empuxo e o impulso
específico para cada configuração de campo magnético. Na primeira configuração, os dois
anéis estão com os polos alinhados na direção radial. A segunda é similar à configuração usada
no Instituto de Tecnologia de Harbin, na China (Ding et al., 2016; Ding et al., 2017). Os
polos são alinhados na direção axial, com os ímãs internos e externos em sentidos opostos,
produzindo dois picos de campo radial no canal. Os ímãs foram posicionados de forma que
o segundo pico coincida com a saída do canal. O terceiro arranjo combina os dois primeiros,
com o anel externo posicionado como no primeiro arranjo e o anel interno como no segundo.
Como o objetivo é avaliar a configuração das linhas de campo, a magnetização dos ímãs em
cada arranjo foi alterada para manter uma intensidade de cerca de 85G no centro do canal, que é
aproximadamente o valor medido em laboratório pelo LFP-UnB. O terceiro arranjo foi capaz de
produzir mais empuxo que os outros dois. A simulação também retorna o número de partículas
arrancadas da parede do canal, mas nos três casos esse número foi muito baixo para permitir
uma comparação conclusiva.
2. CAMPO MAGNÉTICO
As configurações das linhas de campo foram obtidas através de simulações pelo método dos
elementos finitos, variando a posição e o alinhamento dos polos dos ímãs para obter um campo
radial no canal. Foram selecionados três formas de arranjo dos ímãs permanentes capazes de
gerar o campo radial no canal. A ferramenta de simulação usada foi o software COMSOL
Multiphysics versão 5.3. Para aproveitar a simetria axial do canal do propulsor, foi usado um
domínio bidimensional em coordenadas cilíndricas. As dimensões do canal do PHall-IIc foram
obtidas no trabalho de Braga.
A Fig. 1 mostra as três formas de arranjo dos ímãs, que estão representados em vermelho,
com os polos Norte e Sul indicados pelas letras N e S, respectivamente. No primeiro arranjo os
ímas interno e externo tem os polos alinhados na direção radial. No segundo arranjo, os polos
são alinhados na direção axial, em sentidos contrários, e os ímãs são posicionados de forma que
o pico do campo magnético no raio médio do canal coincida com o plano de saída. O terceiro
arranjo é uma combinação dos dois primeiros.
Figura 1- Representação do canal do propulsor e da configuração dos ímas nos três arranjos.
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3. SIMULAÇÃO PIC-MCC
As configurações de campo calculadas previamente são usadas como dados de entrada para
uma simulação da operação do propulsor. A ferramenta de simulação é o software VSim e
o código foi validado por Choi et al. (2012). A teoria dos códigos PIC-MCC é descrita em
detalhes em (Birdsall, 1991; Birdsall & Langdon, 2004).A Fig. 5 mostra um esquema do
domínio da simulação, com as condições de contorno de potencial elétrico. Para manter a
simetria axial do modelo, o cátodo é representado de forma simplificada uma fonte uniforme
de elétrons na saída do canal. O gás neutro não é tratado como partícula pelo código PIC,
e serve apenas como alvo de colisões. A densidade dos átomos neutros de Xe é considerada
constante no tempo, e varia apenas ao longo do eixo z, diminuindo linearmente a partir de um
valor máximo no ânodo. O código usa a mudança de escala proposta e validada por Taccogna
et al. (2005), para reduzir o custo computacional e manter a similaridade do modelo. O fator de
redução, ζ, é igual 50.
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simplificada, são usadas as configurações calculadas na etapa anterior. Apesar dos testes em
laboratório do PHall-IIc terem sido realizados com gás Argônio, o fluido de trabalho neste
modelo é o gás Xenônio (Xe), de uso mais comum em propulsores Hall. Em cada simulação
foram rodados 300 mil passos de tempo de 5, 6433864079 × 10−13 s, chegando a um tempo total
de simulação de quase 170ns.
4. RESULTADOS
A simulação PIC atualiza o potencial elétrico e a posição e velocidade das partículas (íons,
elétrons e moléculas arrancadas da parede) a cada passo de tempo, salvando os dados com a
frequência desejada. Os dados foram salvos a cada mil passos de tempo. Ou seja, a cada mil
passos de tempo, o código imprime em um arquivo as coordenadas (z, r) e componentes de
velocidade (vz , vr , vφ ) de todas as partículas no domínio da simulação naquele determinado
passo de tempo. Com os dados das partículas de Xe+ , foram calculados a densidade média, n̄, e
a velocidade axial média, vz , dos íons na região até 0,5mm de distância da fronteira de saída do
domínio. Esse intervalo da região de saída foi escolhido para contabilizar um número razoável
de partículas e em uma região onde praticamente não há mais queda de potencial, e portanto
aceleração dos íons. A teoria da força de empuxo, T , e do impulso eespecífico, Isp, é descrita
em Goebel & Katz (2008). A força de empuxo foi calculada pela Eq. (1),
2
T = ṁi v̄zi = Mi n̄i v̄zi A (1)
onde Mi é a massa do íon e A é a área da fronteira de saída. O impulso específico foi calculado
pela Eq. (2),
ṁi v̄zi v̄zi
Isp = = ηm (2)
ṁp g g
onde ηm é a eficiência de utilização da massa, ou seja, a razão entre o fluxo de íons e o fluxo
total de gás e g é a aceleração da gravidade (9,8 m/s2 ). Como o fluxo de gás é representado
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de forma simplificada pelo código, essa eficiência foi considerada igual a 1, por conveniência.
Portanto, valor de Isp apresentado representa a velocidade de saída dos íons em unidade de
impulso específico, para facilitar a comparação com valores de outros trabalhos.
A Fig. 6 apresenta à esquerda os valores de Isp e à direita a densidade média dos íons
na saída. A densidade está na escala reduzida da simulação, que, pela similaridade aplicada no
modelo, é 50 vezes maior que o valor real (Taccogna et al., 2005). O número de passos de tempo
usados é uma quantidade razoável para atingir regime estacionário nesse tipo de simulação. A
tendência das curvas aponta para uma provável estabilização. Os arranjos 2 e 3 apresentam
melhores resultados de Isp. Além disso o arranjo 3 apresenta uma maior densidade na saída.
Como resultado, o arranjo 3 produz mais empuxo, como mostra a Fig. 7.
5. CONCLUSÃO
Alterando a posição dos ímãs foram encontrados três configurações capazes de gerar um
campo magnético radial desejado para o funcionamento do propulsor. O desempenho das três
formas de arranjo dos ímãs foi avaliado através de simulações PIC-MCC. Com os 300 mil
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passos de tempo das simulações não foi possível obter resultados conclusivos da comparação
do desempenho em relação ao desgaste por erosão. O número de partículas arrancadas das
paredes foi muito baixo em todos os casos. Mas foi possível observar que o terceiro arranjo
produziu uma força de empuxo maior que os outros dois, com um impulso específico de cerca
de 1000s.
Contribuições futuras a este trabalho podem ser feitas avaliando a divergência do feixe de
íons e a perda de energia do plasma para as paredes do canal. Ambas afetam negativamente a
eficiência e a vida útil do propulsor. Com uma estimativa da perda de energia para as paredes
também é possível fazer uma análise térmica do propulsor, para conhecer as temperaturas às
quais os materiais estarão expostos. Temperaturas muito altas podem alterar as propriedades
magnéticas dos ímãs permanentes.
Agradecimentos
Referências
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Abstract. Hall Thrusters are one of the most relevant type of electric propulsion systems for
orbit transfer and station keeping. In this work the prototype developed in the University of
Brasília Plasma Physics Laboratory is taken as a model for numerical simulations. The purpose
is to give a contribution to the development of a thruster with flight conditions in Brazil. The
permanent magnets were rearranged in three different configurations, all of them keeping a
radial magnetic field of about 85G in the channel mean diameter. The magnetic field was
calculated through a finite element method analysis for each configuration. The results were
used as input data in a Particle-in-cell with Monte Carlo Collisions simulation to evaluate the
thruster operation. The results show that one of the field lines configuration produces more
thrust than the other two.
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1. INTRODUÇÃO
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sua constituição celular (BLEDZKI e GASSAN, 1999; MONTEIRO et al. 2011). Segundo
John e Thomas (2008) as FNLs são compostas basicamente por uma matriz de hemicelulose e
lignina, a qual envolve fibrilas de celulose semicristalina.
É crescente a empregabilidade de fibras naturais lignocelulósicas em diversos setores
tecnológicos, conforme apresenta John e Thomas (2008) ao se referir às fibras de banana
aplicadas pela Mercedes Benz no modelo Classe A. No Brasil em especial pode-se listar
alguns exemplos da aplicação de FNLs na indústria automotiva, onde as fibras de algodão,
juta, rami e coco são aplicadas em: revestimentos internos, painéis e plásticos (JOSEPH e
CARVALHO, 1999; MATTOSO e FRAGALLE, 1996).
Cada fibra natural apresenta variação de suas propriedades, isso pode ser atrelado a
diversos fatores como: proporção de seus constituintes (celulose, hemicelulose e lignina),
ângulo microfibrilar, local de cultivo, idade da planta, variação geométrica, dentre outros
fatores (KALIA, KAITH e KAURS, 2011; MOHANTY, MISRA e HINRICHSEN, 2000).
A não uniformidade, limitação dimensional e heterogeneidade microestrutural podem ser
apontadas como parâmetros que dificultam o aumento da aplicabilidade das FNLs em
indústrias.
A comparação entre algumas propriedades mecânicas apresentadas pelas FNLs em
relação às fibras sintéticas pode ser observada na Tabela 1.
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Figura 1 – Localidades em que a espécie Copernícia prunífera está presente, (a) América do
Sul, (b) Brasil e (c) Nordeste. Fonte: adaptado de Gbif (2020).
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 Fibras de carnaúba
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As folhas recebidas foram submetidas a um conjunto de etapas para a obtenção das fibras
propriamente ditas, as etapas adotadas estão representadas na Figura 3.
Foi utilizado o microscópio óptico, operado em campo escuro, com câmera digital
embutida (Olympus – BX53M), pertencente ao laboratório de metalografia do IME para
medição dos diâmetros. As cem fibras foram medidas em cinco pontos distintos ao longo do
seu comprimento. Em cada ponto foram realizadas seis leituras, sendo que três dessas foram a
0° outras três a 90°, totalizando cerca 30 pontos de coleta de dados ao longo do comprimento
útil.
O ensaio de tração das fibras foi realizado em parceria com o Laboratório de Ensaios
Mecânicos da Universidade Federal Fluminense (UFF) com equipamento Emic Serie 23, foi
utilizada célula de carga de 20 kN a uma taxa de tração de 0,5 mm/min.
A realização do ensaio tomou como base orientações conforme a norma ASTM C1557-
14 (2014). A seção transversal das fibras foi determinada através do diâmetro médio para 0° e
90°, as quais foram obtidas no Laboratório de Metalografia do IME. As fibras ensaiadas
foram selecionadas de acordo com o diâmetro médio apresentado.
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Figura 4 – Moldura de papel utilizado para ensaio de tração das fibras (a) e (b) fibras de
carnaúba montadas sob as molduras de papel.
A utilização do Teste de Tukey permite a comparação entre as médias obtidas dois a dois,
para cada um dos tratamentos empregados (porcentagem de fibras). A partir dos resultados é
possível rejeitar ou não a hipótese de igualdade entre as médias comparadas através da
diferença mínima significativa (d.m.s.), conforme Equação 1.
(1)
Onde:
q: a amplitude total estudantizada (valor tabelado, dependente do grau de liberdade,
resíduo e número de tratamentos);
QMR: quadrado médio do resíduo;
r: número de repetições de cada tratamento.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Variação diametral
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Figura 5 – Propriedades mecânicas em função do diâmetro médio das fibras de carnaúba. (a)
Resistência à tração, (b) Módulo de elasticidade e (c) Alongamento.
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5(c) apresentado pelas fibras de carnaúba tende a apresentar valores superiores com o
aumento do diâmetro médio. Conforme observado por Monteiro e colaboradores (2017), as
fibras de menor diâmetro tendem a apresentar maiores resistências à tração. O aumento do
diâmetro médio das FNLs acarreta no decrescimento da resistência à tração das fibras, tal
redução apresenta curva aproximadamente hiperbólica (MONTEIRO et al, 2017; CHOKSHI
et al. 2020; BALAJI et al. 2020).
A Figura 5(a) apresenta o comportamento da resistência média em tração, dessa forma
tende ao crescimento com a redução do diâmetro médio. É possível observar diferença visível
entre a resistência média à tração das fibras de menor diâmetro em relação às fibras de maior
diâmetro. Com o objetivo de avaliar a influência do diâmetro médio das fibras sobre a
resistência média à tração foi aplicada a análise de variância (ANOVA) nos dados, onde os
resultados obtidos estão descritos na Tabela 4.
Tabela 5 – Resultados obtidos para as diferenças entre os valores de tensão média em tração
para cada intervalo de fibras, após aplicação do teste de Tukey.
Intervalo de
1° 2° 3° 4° 5° 6°
diâmetro
1° 0 55,4 100,2 116,33 119,34 127,86
2° 55,4 0 44,8 60,93 63,94 72,46
3° 100,2 44,8 0 16,13 19,14 27,66
4° 116,33 60,93 16,13 0 3,01 11,53
5° 119,34 63,94 19,14 3,01 0 8,52
6° 127,86 72,46 27,66 11,53 8,52 0
Com base nos valores obtidos, tem-se que, com o nível de significância de 5%, as fibras
pertencentes ao primeiro intervalo de diâmetro (0,31 – 0,46 mm) apresentaram melhor
desempenho que as demais, sendo significativamente diferente dos outros intervalos, com
valor de resistência à tração média de 157,3 MPa. Dessa forma há diferença significativas
entre as tensões médias em tração nesse intervalo, sendo superior ao valor d.m.s (41,64). É
importante ressaltar que não há diferença significativa entre os valores de resistência à tração
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apresentados no 3°, 4°, 5° e 6° intervalos, pois as diferenças entre as médias observadas não
são superiores ao d.m.s. calculado.
Um fator a ser levado em consideração de acordo com Bhatinagar (2016), é que fibras
mais finas tendem a apresentar maiores teores de celulose, a qual é responsável por conferir a
resistência às fibras, esse aumento se dá possivelmente pela elevada concentração de
microfibrilas em sua estrutura, dessa maneira, fibras mais espessas apresentam maior
concentração de lignina em relação à celulose, assim sendo menos resistentes,
correlacionando assim a variação da resistência à tração com a variação do diâmetro médio
das fibras.
O estudo da influência da variação diametral sobre as propriedades mecânicas é de
fundamental importância para se predizer possíveis aplicações para as FNLs, visto que,
através de uma simples seleção de fibras que apresentem menor diâmetro, abre a possibilidade
de produção de materiais com propriedades superios (MONTEIRO et al, 2011; MONTEIRO
et al, 2017).
Conforme é apresentado por Monteiro e outros (2011), as fibras naturais lignocelulósicas
apresentam diferentes características que as tornam tão peculiares entre si, diante de tal
informação torna-se difícil fazer comparação entre diferentes FNLs.
4. CONCLUSÃO
Através da análise diametral das fibras percebeu-se que a distribuição apresenta um valor
de diâmetro médio de 0,769, com valor de diâmetro mínimo de 0,313 mm e máximo de 1,207
mm.
Os ensaios de tração retornaram valores das propriedades mecânicas das fibras de
carnaúba, com resistência à tração média de 69,8 MPa, módulo de elasticidade igual a 1,54
GPa e alongamento percentual de 5,5%. Foi confirmada a variação da resistência média a
tração com o aumento do diâmetro das fibras, com os melhores valores de resistência
apresentados para as fibras pertencentes ao intervalo de menor diâmetro (0,31 – 0,46 mm),
com valor de resistência à tração média de 157,3 MPa.
De acordo com as propriedades mecânicas apresentadas pelas fibras de carnaúba,
destaca-se possibilidade de aplicação das fibras de carnaúba como reforço em matriz
polimérica na produção de compósitos, destinados para aplicações de engenharia.
Agradecimentos
Os autores deste trabalho agradecem à CAPES e a FAPERJ por meio do PDS pelo
financiamento da pesquisa.
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Abstract. Natural fibers especially lignocellulosic, are materials that present high complexity
in their cellular constitution, this factor highlights the high variability of their properties.
Given this point, it is important to investigate the properties presented by different natural
lignocellulosic fibers (NFLs). To this end, the present study aims to evaluate the mechanical
properties presented by the carnauba fibers (Copernicia prunifera). To determine the
diametrical variation, optical microscopy was applied, the mechanical properties were raised
through the fiber tensile test and the data were treated by analysis of variance (ANOVA). The
diametrical variation analysis showed an average diameter value of 0.769 mm located in the
range of 0.31 to 1.21 mm. The fiber tensile tests returned reasonable mechanical properties
for the fibers, with an average tensile strength of 70 MPa, an elasticity modulus of 1.54 GPa
and an elongation of 5.5%. The ANOVA together with the Tukey test highlighted the fine
fibers (0.31 ~ 0.46 mm) as the most resistant, with an average tensile strength value of 157.3
MPa. Given the mechanical properties obtained for the carnauba fibers, there was a high
potential for using the fibers as reinforcement in polymeric composites.
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1. INTRODUÇÃO
O elevado interesse pela utilização de FNLs por parte da indústria pode estar aliado as
propriedades apresentadas por esses materiais, podendo citar o custo baixo, baixa massa
específica e serem provenientes de fontes ecológicas. As fibras quando em uso, podem ser
submetidas a uma grande variação de deformações mecânicas (estiramento, torção,
cisalhamento e abrasão), as quais geralmente apresentam resistência á tração e módulo de
elasticidade elevados (CALLISTER JR e RETHWISCH, 2011).
As fibras possuem duas principais classificações, podendo ser fibras naturais ou
químicas. Dentro da primeira designação, as fibras podem ser agrupadas em diversos
subgrupos (vegetal, animal ou mineral). As fibras naturais, em especial as lignocelulósicas
são obtidas em vegetais e constituem bons exemplos de materiais ecologicamente corretos
(MONTEIRO et al. 2011). Cada fibra natural apresenta variação de suas propriedades, isso
pode ser atrelado a diversos fatores como: proporção de seus constituintes (celulose,
hemicelulose e lignina), massa específica, idade da planta, diâmetro médio, dentre outros
fatores (KAILA et al. 2011; MOHANTY et al. 2000).
A não uniformidade, limitação dimensional e heterogeneidade microestrutural podem ser
apontadas como parâmetros que dificultam o aumento da aplicabilidade das FNLs em
indústrias. Ao comparar as fibras naturais às sintéticas se destaca outro fator importante, a
interação com a umidade. Os inconvenientes apresentados pelas fibras naturais são
sobrepostos por vantagens como: custo baixo, maior flexibilidade, baixa massa específica,
não abrasividade e possibilidade de desenvolvimento social e econômico.
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A carnaubeira é uma palmeira da família Palmae do tipo xerófito, cuja o nome científico
da espécie originária no Brasil é Copernícia prunífera (Miller) H. E. Moore (LORENZINE et
al. 1996). O gênero Copernícia possui cerca de 28 espécies, as quais são encontradas em
algumas regiões da Índia e na América do Sul. Estima-se que a carnaubeira possa chegar de
10 a 15 metros de altura, possuindo vida produtiva de 200 anos, é bastante resistente e se
adapta muito bem a estiagens severas e inundações (CONAB, 2017).
O presente estudo se propõe a levantar informações inerentes a massa específica e
variação diametral das fibras de carnaúba. Devido à escassez de informações referente a essa
classe de materiais, este trabalho se faz de grande valor científico contribuindo diretamente
com o enriquecimento de informações voltadas ao estudo de fibras naturais. As informações
levantadas neste trabalho serão tomadas como base para o desenvolvimento de estudos
voltados à aplicação das fibras de carnaúba para a produção de compósitos de matriz
polimérica.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Conforme foi observada elevada variação nos diâmetros das fibras de carnaúba, foram
empregados métodos para a determinação do diâmetro médio. Inicialmente as folhas de
carnaúba foram desfiadas de forma manual até que se obtivesse cerca de cem fibras.
Foi utilizado o microscópio óptico, operado em campo escuro, com câmera digital
embutida (Olympus – BX53M), pertencente ao laboratório de metalografia do IME para
medição dos diâmetros. As cem fibras foram medidas em cinco pontos distintos ao longo do
seu comprimento. Em cada ponto foram realizadas seis leituras, sendo que três dessas foram a
0° outras três a 90°, totalizando cerca 30 pontos de coleta de dados ao longo do comprimento
útil.
Para a avaliação da densidade foi tomado como base o princípio de Arquimedes, onde
foram utilizadas cem fibras com cerca de 50 mm de comprimento, balança hidrostática
Gehaka – BK300, béquer de 250 ml e 200 ml de gasolina. As fibras passaram por secagem
em estufa por 24h a 80°C até a realização do ensaio. Conforme a norma ASTM D3800-99
(2010), o ensaio foi realizado em água e óleo vegetal, porém a balança não detectou variação
no peso durante a leitura. Com isso foi utilizada gasolina como líquido, com densidade de
0,76 g/cm3 à temperatura ambiente. O método de Arquimedes se baseia na seguinte Eq. (1).
(1)
Onde:
ρArq: densidade da amostra;
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(2)
Onde:
θ: Unidade característica de Weibull ou parâmetro de escala;
β: Módulo de Weibull ou parâmetro de forma.
(3)
Onde:
: apresenta-se como variável independente (Y);
β: coeficiente de inclinação da reta (A);
𝑙𝑛𝑥: variável independente (X);
𝛽𝑙𝑛𝜃: Intercepto do eixo das ordenadas.
3. RESULTADOS E DICUSSÃO
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Figura 1 – Medição do diâmetro das fibras. Seção longitudinal 5x (a) Fibra fina e (b)
Fibra grossa. Seção transversal 5x (c) Fibra fina e (d) Fibra grossa.
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Tabela 2 – Densidade média das fibras de carnaúba obtidas pelo princípio de Arquimedes.
Intervalo de diâmetro médio(mm) Densidade (g/cm3)
0,31 – 0,46 1,61 ± 0,20
0,46 – 0,61 1,43 ± 0,16
0,61 – 0,76 1,27 ± 0,10
0,76 – 0,91 1,09 ± 0,17
0,91 – 1,06 0,93 ± 0,22
1,06 – 1,21 0,72 ± 0,13
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Figura 4 – Dependência da massa específica da fibra em relação ao diâmetro (a) e (b) relação
entre a densidade característica e o diâmetro das fibras de carnaúba.
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(4)
Onde:
ρcarac: Densidade característica;
D: Diâmetro médio;
Observa-se que os valores seguem uma tendência que pode ser aproximada por uma reta,
os dados obtidos apresentam baixa dispersão em relação à aproximação, dessa forma foi
obtido valor R2 = 0,873, representando qualidade no ajuste da reta em relação aos dados. Ao
se analisar a equação, pode-se concluir que para um aumento excessivo do diâmetro médio, o
valor da densidade tende a aproximar-se de 0,487 g/cm3. Entretanto, quando o diâmetro
médio é reduzido ocorre a tendência no aumento da densidade, comportamento também
reportado por outros autores (SATYANARAYANA et al. 2009).
4. CONCLUSÃO
Agradecimentos
Os autores deste trabalho agradecem à CAPES e a FAPERJ por meio do PDS pelo
financiamento da pesquisa.
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1. INTRODUÇÃO
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simulações em ambientes computacionais estão sujeitas a diversas fontes de erro que podem
contribuir para resultados não exatos (Vargas et al., 2008).
É esperado que durante os processos de simulação os resultados possuam erros dentro
de faixas de tolerância especificadas. A norma IEEE 754-2008 (Institute of Electrical
and Electronics Engineers (IEEE), 2008) com sua versão revisada IEEE 754-2019 (Institute
of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), 2019) para aritmética de ponto flutuante,
estabelece o comportamento de arredondamento, tratamento de erros e o grau de precisão dos
cálculos realizados, fazendo com que os resultados se aproximem do valor esperado. Porém,
como afirma Lozi (2013), há muitos trabalhos publicados cuja confiabilidade dos resultados
numéricos não tem sido avaliada com cuidado. Um método muito utilizado para minimizar
essas incertezas é o uso da aritmética intervalar, apresentada por Moore et al. (2009), para
a simulação dos sistemas. Entre as ferramentas mais utilizadas para realizar este tipo de
simulação encontra-se o conhecido INTLAB (Rump, 1999), que é um pacote para Matlab capaz
de implementar algoritmos de análise intervalar.
Existem na literatura trabalhos que levantaram dúvidas sobre a confiabilidade das
simulações numéricas, entre eles está o trabalho realizado por Vargas et al. (2008), em que
os autores apresentam um estudo da matemática intervalar aplicada ao problema das incertezas
no fluxo de potência em redes de energia elétrica. Assim como foi aplicado em Vargas et al.
(2008), esse método pode ser abordado também em diferentes áreas, por exemplo em projetos
de controladores robustos e análise de estabilidade de um sistema linear, que será o foco deste
trabalho.
A teoria de Lyapunov é uma técnica amplamente difundida no meio acadêmico, e pode
ser usada para certificar a estabilidade de sistemas dinâmicos (Khalil, 2002). Uma grande
vantagem na utilização da teoria de Lyapunov é escrever as condições na forma de desigualdade
matriciais lineares (LMIs, do inglês Linear Matrix Inequalities), possibilitando assim a inclusão
de incertezas presentes nos modelos de uma forma simples (Boyd et al., 1994). Em Pessim
et al. (2017, 2019), a estabilidade de sistemas incertos contínuos e discretos no tempo é
certificada por meio da existência de uma função de Lyapunov composta por um número
genérico de derivadas de ordem superior no vetor de estados (caso contínuo) e por um vetor
aumentado de estados deslocados (caso discreto). Uma outra maneira de tratar essas incertezas
é considerar os parâmetros incertos como intervalos representados por limitantes inferiores e
superiores (Fazzolari and Ferreira, 2015). No que diz respeito a sistemas incertos intervalares,
em Smagina and Brewer (2002); Lee et al. (2006) é realizado o projeto de controle robusto
utilizando representação intervalar para modelar a incerteza presente no modelo. Os intervalos
considerados pelos autores são apenas relacionados às incertezas do próprio sistema, não
abrangendo as incertezas numéricas provindas de cálculos computacionais.
Este trabalho tem por objetivo encontrar uma solução para equação de Lyapunov que
garanta a estabilidade do sistema que será analisado, utilizando aritmética intervalar como
forma de considerar os erros de simulação computacional. A solução de LMIs é realizada
por meio de pacotes computacionais baseados em programação semidefinida. Tais pacotes
permitem encontrar uma solução para o sistema que garanta a estabilidade, e como dito
anteriormente, ao utilizar o pacote INTLAB, os valores numéricos passam a ser representados
por intervalos. Uma abordagem possível para tratar este tipo de problema é a resolução de LMIs
intervalares fazendo uso dos pacotes baseados em programação semidefinida em conjunto com
o INTLAB. Entretanto, este método não é trivial, pois a integração dessas ferramentas ainda
é limitada. Sendo assim, o método proposto neste trabalho é baseado no uso de equações
de Sylvester, possibilitando, então, encontrar uma solução para a análise da estabilidade de
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2. Conceitos Preliminares
Esta seção apresenta a base teórica na qual este trabalho foi fundamentado, de forma a
auxiliar o leitor a entender melhor o objetivo proposto. Na subseção 2.1 são abordados conceitos
relacionados à estabilidade de sistemas lineares contínuos e discretos invariantes no tempo,
utilizando a teoria de Lyapunov. A subseção 2.2 apresenta os conceitos da aritmética intervalar,
ou seja, a maneira como são realizadas as operações matemáticas neste cenário.
Considerando uma função quadrática na forma V (x(t)) = x(t)T P x(t) como candidata à
função de Lyapunov o seguinte lema pode ser enunciado (Boyd et al., 1994):
Lema 1. O sistema representado em (1) é assintoticamente estável se, e somente se, existir uma
matriz P = P T ∈ Rn×n tal que as condições
P >0 (2)
AT P + P A < 0 (3)
sejam satisfeitas.
Prova. A escolha de uma função de Lyapunov na forma V (x(t)) = x(t)T P x(t) é suficiente
para atender a condição V (0) = 0. A condição (2) garante que V (x(t)) = x(t)T P x(t) seja
definida positiva para todo x(t) 6= 0. Multiplicando (3) por x(t)T a esquerda e por x(t) a direita
pode-se escrever
x(t)T (AT P + P A)x(t) = x(t)T AT P x(t) + x(t)T P Ax(t) = ẋ(t)T P x(t) + x(t)T P ẋ(t)
= V̇ (x(t)) < 0
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Lema 2. O sistema representado em (4) é assintoticamente estável se, e somente se, existir uma
matriz P = P T ∈ Rn×n tal que as condições
P >0 (5)
AT P A − P < 0 (6)
sejam satisfeitas.
Prova. Assim como no caso contínuo, a escolha de uma função de Lyapunov quadrática,
juntamente com a condição (5) satisfazem as condições V (0) = 0 e V (x) > 0, ∀x 6= 0.
Multiplicando (6) por xk T a esquerda e por xk a direita pode-se escrever
(b) v T P v > 0, ∀v ∈ Rn , v 6= 0;
Além dos tópicos apresentados na Definição 1, uma condição necessária para que uma
matriz seja definida positiva é que todos os elementos de sua diagonal principal sejam positivos.
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A aritmética intervalar foi proposta por Moore et al. (2009) como uma ferramenta para
minimizar erros de arredondamento e truncamento em programas de computador. Desde
então, tem-se desenvolvido como uma metodologia geral para analisar incertezas numéricas
de diversos tipos de problemas (Zhang and Liu, 2007). Ao utilizar aritmética intervalar, os
números não são representados da forma convencional, mas sim com limites que estabelecem
um conjunto de possíveis valores dos quais ele pode estar contido, estabelecendo, assim, um
intervalo (Rump, 1999). Esses intervalos são representados como [X] = [X,X], em que, X e
X são os limites superior e inferior de X, respectivamente.
Proposição 1. Sejam [x],[y] ∈ R. Então:
3. Multiplicação intervalar:
[x] · [y] = [min{x · y,x · y,x · y,x · y},max{x · y,x · y,x · y,x · y}].
4. Divisão intervalar:
[x] x x x x x x x x
= min , , , ,max , , , .
[y] y y y y y y y y
3. Metodologia
Considerando a extensão proposta por Seif et al. (1994) para a equação de Lyapunov para
sistemas contínuos
o sistema ẋ(t) = [A]x(t) será assintoticamente estável se para qualquer A ∈ [A], e para
qualquer matriz intervalar simétrica definida positiva [C], se a equação de Lyapunov intervalar
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apresentar uma única solução [X] simétrica definida positiva. A equação (7) pode ser reescrita
como [G][x] = [c] (Seif et al., 1994), em que
sendo In é uma matriz identidade de ordem n, e desta forma a matriz de Lyapunov pode ser
recuperada pela resolução de um sistema de equações lineares.
De forma análoga, para sistemas discretos tem-se [A]′ [P ][A] − [P ] = −[C], sendo possível
utilizar o produto de Kronecker para obter uma solução na forma [G][p] = [c] com a propriedade
vec(ABC) = (C ′ ⊗ vec(A))vec(B), resultando em:
em que
[G] = (In2 − [A]′ ⊗ [A]′ ), [p] = vec([P ]), [c] = vec([C]).
sendo In2 é uma matriz identidade de ordem n2 .
Exemplo 1 - Seja a equação [A][X] + [X][A]′ = [C] para um sistema contínuo incerto, em
que
[0,7; 1,3] [1,75; 2,25] [0,5; 0,9] [0,75; 1,25]
[A] = , [C] =
[2,9; 3.1] [0,75; 1,25] [0,65; 1,15] [0,8; 1,4]
Nesse caso, as incertezas representadas por intervalos são referentes somente ao sistema.
Por outro lado, a metodologia deste trabalho aborda a consideração de incertezas numéricas
presentes nesse tipo de sistema. Sendo assim, as matrizes [A] e [C] passam a apresentar os
seguintes valores:
[0,6999; 1,3001] [1,7499; 2,2501] [0,5000; 0,9001] [0,7499; 1,2501]
[A] = , [C] = .
[2,899; 3.1001] [0,7499; 1,25001] [0,6499; 1,1500] [0,8000; 1,4000]
Dessa forma, pretende-se considerar todas as incertezas presentes em um sistema, ao realizar
a análise de estabilidade. Para verificar se as matrizes da função de Lyapunov obtidas são
realmente definidas positivas, será utilizado o conceito dos menores principais líderes, pois os
mesmos podem ser computados apenas com operações matemáticas básicas, e assim sendo,
todo o procedimento pode ser realizado utilizando o INTLAB. Todos os resultados apresentados
na próxima seção, foram simulados em um computador Windows 10, Intel(R) Core(TM) i5-
6200 CPU @ 2.30 GHz 2.40 GHz e sistema operacional de 64 bits.
4. Resultados
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0 1 0 0
−([k1 ]+[k2 ]) −[c1 ] [k2 ]
0
m1 m1 m1
ẋ(t) = x(t)
0 0 0 1
[k2 ] −([k2 ]+[k3 ]) −[c2 ]
m2 0 m2 m1
(9)
Figura 1- Sistema massa-mola-atrito.
A planta possui dois parâmetros precisamente conhecidos m1 = 2,77kg e m2 = 2,59kg. Os
parâmetros intervalares são definidos em função de um valor real e um raio de incerteza. Os
valores centrais dos parâmetros são dados por k1c = 200N/m, k2c = 390N/m. k3c = 30N/m,
c1c = 1,2N.s/m e c2c = 0,2N.s/m. Uma representação para este sistema é dada por
No trabalho realizado por Fazzolari and Ferreira (2015), os autores afirmam que é possível
certificar estabilidade para um raio de incerteza de até 12,74% utilizando o método proposto. A
matriz de Lyapunov intervalar obtida pelos autores é apresentada em (10). Entretanto os autores
não relatam ter considerado também as incertezas do computador.
Ao considerar todas as incertezas possíveis, representação do número no computador
e do próprio sistema, resolvendo a Eq.(7) com INTLAB, o maior raio de incerteza que
pode ser considerado para que o sistema permaneça estável é de 0,14% para todos os
parâmetros da planta. A matriz de Lyapunov obtida neste caso é representada por (11). Com
esse resultado, é possível afirmar que as incertezas de representação numérica presentes na
simulação, influenciam consideravelmente na análise do sistema, deixando os resultados mais
conservadores.
Ao computar os menores principais líderes das matrizes (10) e (11), com o auxílio do
INTLAB, considerando os axiomas da aritmética intervalar em todo o processo, pode-se
perceber que a matriz (10) não pode ser considerada definida positiva, enquanto a matriz (11)
possui todos os menores principais líderes positivos. A tabela 1 apresenta uma comparação
entre os menores principais líderes dos dois casos.
[Pmulti ] [PI ]
X4 [−64,7 × 104 ; 13,8 × 105 ] [11,3 × 102 ; 44,3 × 105 ]
X3 [−75,9 × 103 ; 34,5 × 104 ] [10,8 × 102 ; 19 × 102 ]
X2 [5,5 × 102 ; 10,8 × 102 ] [0,63 × 102 ; 0,8 × 102 ]
X1 [3,8 × 102 ; 4 × 102 ] [0,018 × 102 ; 0,02 × 102 ]
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[375,76; 412,19] [0,09; 0,68] [−259,55; −227,44] [0,22; 0,86]
[0,09; 0,68] [1,47; 2,61] [−0,49; −0,31] [−0,46; 1,01]
[Pmulti ] =
[−259,55; −227,44] [−0,49; −0,31] [181,35; 391,22] [−0,43; −0,26]
(10)
[0,22; 0,86] [−0,46; 1,01] [−0,43; −0,26] [0,89; 3,11]
[1,75; 2,07] [−3,16; 2,16] [0,05; 0,45] [−3,03; 2,26]
[−3,16; 2,16] [364,55; 378,70] [−2,26; 3,03] [−255,82; −238,63]
[PI ] = [0,05; 0,45]
(11)
[−2,26; 3,03] [1,89; 2,38] [−4,01; 3,01]
[−3,03; 2,66] [−255,82; −238,63] [−4,01; 3,01] [297,23; 320,02]
Para esse caso, o método proposto, foi capaz de certificar estabilidade para uma incerteza de 1,2%
considerando T = 0,0001. Sendo assim, os maiores valores de intervalos para os parâmetros da planta
que podem ser considerados para certificar estabilidade, utilizando o método proposto, são:
De acordo com Shafai et al. (1991) o máximo limite tolerável para as incertezas δi tal que o sistema
permaneça estável é de 0 < δ11 < 16 , δ22 < 12 , 0 < δ22 < 14 . Ao analisar a estabilidade
pela metodologia proposta, soluções factíveis foram encontradas apenas para valores de incertezas
δi = 0,003. A Matriz de Lyapunov obtida neste caso é representada por (13) e os menores principais
líderes são: M P L(1×1) = [10,2414; 91,2414], M P L(2×2) = [29,5671; 31,0058], M P L(3×3) =
[23,4158; 24,3527]. A Figura 2 apresenta a trajetória da função de Lyapunov obtida.
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60
50
50
45
40 40
30 1 2 3 4 5
20
10
0
1 6 11 16 21 26 31 36 40
Figura 2- Trajetória da função de Lyapunov intervalar cuja matriz é representada por (13), com condições
iniciais , x1 = [1,1891; 1,1892], x2 = [−0,0377; −0,0376] e x3 = [0,3272; 0,3273]. Conforme
esperado, é possível perceber um comportamento positivo e monotonicamente decrescente, indicando
que o sistema é estável para os intervalos estabelecidos, considerando as incertezas da representação
numérica em todas as etapas de análise.
[23,4158; 24,3527] [1,2630; 1,2860] [17,9577; 18,6971]
[PEx3 ] = [1,2630; 1,2860] [1,3333; 1,3388] [1,1227; 1,1422] (13)
[17,9577; 18,6971] [1,1227; 1,1422] [15,4661; 16,0484]
5. Conclusão
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
Boyd, S., El Ghaoui, L., Feron, E., and Balakrishnan, V. (1994). Linear Matrix Inequalities in System
and Control Theory. SIAM Studies in Applied Mathematics, Philadelphia, PA.
Fazzolari, H. A. and Ferreira, P. A. V. (2015). Análise de Estabilidade Robusta para Sistemas Intervalares
com Tratamento de Multi-incidências de Parâmetros. XII Simpósio Brasileiro de Automação
Inteligente (SBAI).
Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) (2008). IEEE Standard for Floating-Point
Arithmetic. IEEE Std 754-2008, pages 1–70.
Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) (2019). Ieee standard for floating-point
arithmetic. IEEE Std 754-2019 (Revision of IEEE 754-2008), pages 1–84.
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Resumo.
Este projeto almeja a construção de um algoritmo que ajude a definir circuitos de pistas de
kart, e para isto utilizou-se um algoritmo de inteligência computacional e simulação do kart em
um circuito. Este trabalho primeiramente envolve a implementação dos dados da pista dentro
do ambiente do software MATLAB. Em seguida, ocorre a implementação de um cursor móvel
dentro do circuito. Com a pista e o cursor prontos, busca-se obter dados a partir do cálculo
de distâncias do cursor com relação aos limites da pista. Decorrido este desenvolvimento, será
aplicado o algoritmo da inteligência computacional.
1. INTRODUÇÃO
Como o intuito de otimizar a rede neural são utilizados algoritmos genéticos, que simulam
os processos de evolução, baseados na ideia darwiniana de seleção. A inicialização deste tipo
de algoritmo ocorre pela geração de um determinado número de indivı́duos, onde cada um
destes representa uma possibilidade de resolução de uma dado problema. Selecionado-se os
indivı́duos com os melhores desempenhos, é feito a combinação destes para que produzam
a próxima geração de indivı́duos. Estes processos são repetidos até que haja uma solução
satisfatória(indivı́duo) para o problema em questão.
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Uma rede neural artificial (Figura 2) consiste em nós que analogamente ao biológico
representa o corpo celular, conectadas por arcos. Os quais representam os dendritos e os
axônios.
Cada arco está associado a um valor numérico, conhecido como “peso”. Similarmente ao
biológico nos nós as informações são processadas e passadas a diante, na rede neural artificial
tais informações são processadas e estocadas segundo a Equação 1.
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S = X1 W1 + X2 W2 + . . . + Xn Wn (1)
Uma vez feita está combinação entre os dados de entrada do nó e os pesos, o resultado
desta combinação (S) é aplicado em uma função de ativação, que tem como finalidade ativar
ou desativar o nó (neurônio), ou seja, determinar se a informação contida no nó será passada
adiante ou não.
Uma das funções de ativação mais utilizadas neste meio, e também neste presente projeto,
é a função sigmoide (φ), que é dada segundo a Equação 2.
1
φ(S) = (2)
1 + e−S
Redes neurais artificiais são tipicamente organizadas em camadas (layers) (Rowley,Baluja
& Kanade, 1998). A rede neural pode conter 3 tipos de camadas: camada de entrada, camada
escondida e camada de saı́da (Figura 3 ).
Passado a camada de entrada os dados são imersos na camada escondida, nesta camada os
dados são combinados com os pesos conforme a Equação 1. Além disso, normalmente a função
de ativação é aplicada nesta etapa, desativando ou ativando os nós. Pode haver mais de uma
camada escondida, com diferente números de nós.
Na última etapa da rede, na camada de saı́da , os dados mais uma vez são submetidos a
Equação 1, entretanto a função de ativação pode ou não ser utilizada dependendo do tipo de
problema. Esta camada resulta na resposta causada pela estimulação dos dados de entrada. O
número de nós nesta camada, também é escolhido em função do tipo de problema.
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Uma vez montada a estrutura rede neural, aplica-se um procedimento, visando o seu
processo de aprendizagem , conhecido como algoritmo de otimização. Sendo um dos mais
utilizados o algoritmo genético.
Uma vez que todos os indivı́duos são ganham uma nota de aptidão 00 f itness00 , uma nova
geração de indivı́duos será composta através da combinação destes, onde os melhores adaptados
possuem maior probabilidade de serem selecionados, porém, são mantidos os menos adaptados
no intuito de evitar que o algoritimo faça uma convergência muito rápida para um mı́nimo local
e busque se aproximar da solução ótima (Haupt,1995).
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1.2.2 Fitness
Para determinar a aptidão de um indivı́duo, é criado uma função, que analisa seu
desempenho e resulta na probabilidade de um indivı́duo ser selecionado. Tal função varia de
acordo com o tipo prolema analisado.
1.2.3 Seleção
A finalidade desta fase é selecionar os melhores indivı́duos e transmitir seus genes para a
próxima geração. Indivı́duos mais aptos possuem maiores chances de seleção e reprodução.
Entretanto, deve-se manter a probabilidade de selecionar indivı́duos menos aptos, para evitar
mı́nimos locais e explorar novas soluções.
1.2.4 Crossover
1.2.5 Mutação
Após a formação da nova população, gerada pela fase anterior, alguns genes podem estar
sujeitos a sofrerem mutação. Este procedimento é importante para ampliar as possibilidades de
soluções evitando que o algoritmo converta para um mı́nimo local. Entretanto, a probabilidade
de mutação não deve ser muito alta, afim de evitar o desaparecimento dos genes dos pais nas
próximas gerações.Dada o fim desta fase, o algoritmo deve retornar a fase de Fitness, para dar
continuidade a busca pela solução do problema. O Fluxograma seguinte (Figura 6) exemplifica
o funcionamento do algoritmo.
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2. MÉTODOS
Inicialmente em nossos experimentos utilizamos dados geométricos de uma pista, que fora
desenhada por um projetista em um software de CAD . Tais dados foram importados ao software
MATLAB, permitindo assim, ter uma visão da pista de maneira bidimensional (Figura 7).
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Inicialmente a rede neural foi gerada de maneira aleatória, o que resultou em tomadas de
decisões ruins, as quais causaram a colisão do cursor com um dos extremos da pistas em poucos
momentos. Para auxiliar no refinamento da rede, foi desenvolvido um algorı́timo genético.
Foram realizadas 10 gerações com 100 indivı́duos cada, selecionando-se os indivı́duos mais
aptos para a reprodução, ao logo das gerações. Cada indivı́duo possui sua própria rede neural,
que age em conjunto com o algoritmo genético, sendo assim, os pesos (W) da rede neural de
um indivı́duo, são identificados como os seus genes. Para este projeto o genes são valores
pertencentes ao intervalo fechado de -100 até 100.
n
F itness(n) = (3)
N
Onde n representa o número de marcadores ultrapassados por um indivı́duo e N o número
total de marcadores que foi de 70.
Com o fim da etapa de crossover, cada gene dos indivı́duos é submetido a uma possibilidade
de mutação, que neste projeto foi de 10%. Caso o gene seja submetido a mutação, um novo
valor, de maneira aleatória, é atribuı́do a este gene em questão, presente no intervalo fechado de
-100 até 100.
Dado o fim desta etapa, esse procedimentos são repetidos até o número de gerações
estabelecido for atingido.
3. RESULTADOS
Com a aplicação do algoritmo genético, pode-se observar como houve evolução da rede
neural, através da Figura 9. Onde exibe o fim de algumas gerações de destaque, destacando o
melhor indivı́duo e seu trajeto. Em média, cada geração utilizou cerca de 5, 5 minutos de tempo
de máquina para ser concluı́da.
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Figura 9: Simulação 1
Em uma tentativa de obter melhores resultados uma nova simulação (Figura 10) foi feita
com um número de gerações de 20 e o mesmo número de indivı́duos.
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A Figura 11 exibe o valor de Fitness para cada indivı́duo ao longo das gerações.
4. DISCUSSÕES
Na primeira simulação, houve indivı́duos que completaram o circuito sem colidir, entretanto
o algoritmo convergiu para um mı́nimo local, o qual pode ser observado onde percurso realizado
pelo melhor indivı́duo da última geração, tem um formato de “zigzag” demonstrado na Figura 9
(e), indicando que este não é o comportamento ideal neste intervalo da pista, e sim um percurso
próximo a uma linha reta . Na simulação 2 houve um comportamento que se aproximou desse
ideal, por outro lado, nenhum indivı́duo completou o circuito.
Com o avanço das gerações, nota-se que os indivı́duos tendem a avançarem no percurso
antes de colidirem. A Figura 11 mostra que com o avanço das gerações a densidade de
indivı́duos tendem a se concentrar mais próximo do máximo valor de Fitness.
5. CONCLUSÕES
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Referências
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simulation of a GP2 race car.“Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers, Part
D: Journal of Automobile Engineering 232.9 (2018): 1180-1195.
Ferneda, Edberto. (2006). Redes neurais e sua aplicação em sistemas de recuperação de
informação. Ciência da Informação, 35(1), 25-30
H. A. Rowley, S. Baluja and T. Kanade, “Neural network-based face detection,”in IEEE
Transactions on Pattern Analysis and Machine Intelligence, vol. 20, no. 1, pp. 23-38, Jan.
1998, doi: 10.1109/34.655647.
R. L. Haupt, “An introduction to genetic algorithms for electromagnetics,”in IEEE Antennas
and Propagation Magazine, vol. 37, no. 2, pp. 7-15, April 1995, doi: 10.1109/74.382334.
MOREIRA, Michel Castro; CECILIO, Roberto Avelino; PINTO, Francisco de Assis de
Carvalho and PRUSKI, Fernando Falco. Desenvolvimento e análise de uma rede neural
artificial para estimativa da erosividade da chuva para o Estado de São Paulo. Rev. Bras.
Ciênc. Solo [online]. 2006, vol.30, n.6
Abstract.
This project’s goal is an elaboration of an algorithm, which be able to define go-kart track
circuits. An intelligence computational algorithm and a simulation of a kart on a circuit have
been used to accomplish this objective. Primarily, this project includes the data implementation
of a go-kart track into the MATLAB environment, after that, there is the inclusion of a mobile
cursor into the circuit. Once, the data implementation is done, the algorithm calculates
the distances among the cursor and the track boundaries. Succeeding this procedure, the
intelligence computational algorithm can be applied.
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1. INTRODUÇÃO
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Tubular Goods (OCTG), utilizados na exploração de poços de petróleo (Hara, et al., 2020;
Taban et al., 2016). Esses aços foram desenvolvidos a partir de aços inoxidáveis
martensíticos, mantendo o teor de cromo na faixa de 12-13% e tendo como principais
alterações a redução do teor de carbono para valores inferiores a 0,03% e a adição de Ni e Mo
(Tavares et al., 2018). O Ni é adicionado para estabilizar a formação de austenita em
tratamentos de revenido, aumentando as propriedades, tais como tenacidade, resistência à
corrosão e ductilidade (Fraga et al. 2017), enquanto o Mo é adicionado para aumentar a
resistência à corrosão localizada.
É possível encontrar na literatura diferentes trabalhos sobre aços inoxidáveis
supermartensíticos, entretanto, pouco se sabe sobre o comportamento das tensões residuais na
usinagem desses materiais. Em um estudo sobre a influência das condições de corte nos
mecanismos de desgaste e na vida da ferramenta de corte durante o torneamento de aços
inoxidáveis martensítico e supermartensítico foi observada menor vida da ferramenta de corte
na usinagem do supermartensítico, ao utilizar parâmetros mais elevados de velocidade de
corte, avanço e profundidade de corte. Os principais mecanismos de desgaste atuantes na
usinagem do supermartensítico foram adesão e abrasão (Corrêa et al., 2017). Apesar do
estudo revelar os efeitos do torneamento desse material sobre as propriedades da ferramenta
de corte, nada foi observado em relação às tensões residuais geradas.
Tensões residuais são as tensões existentes nos materiais e estruturas na ausência de
qualquer tipo de carregamento externo e gradientes de temperatura (Valíček et al., 2019).
Essas tensões são geradas em praticamente todos os processos de fabricação e, dependendo de
sua natureza, podem influenciar de forma significativa o desempenho de um componente
mecânico em serviço (Wang & Xu 2018). Tensões residuais trativas produzem efeitos
deletérios, como acelerar a propagação de trincas em um componente em serviço e suas
origens são associadas a efeitos térmicos, como o aquecimento e resfriamento não uniforme
de uma peça. Já as tensões residuais compressivas produzem efeitos benéficos, como impedir
a propagação de trincas, aumentando a vida em fadiga de um componente e suas origens são
associadas a efeitos mecânicos, principalmente deformações plásticas (Capello 2005;
Mirkoohi et al., 2019). As tensões residuais presentes em peças fabricadas por torneamento
são geradas pelas grandes deformações plásticas e aquecimento da peça durantre o processo e
são influenciadas principalmente pelos parâmetros de corte e geometria da ferramenta de
corte (Sarnobat & Raval, 2019).
A geometria da ferramenta de corte impacta sobre as características das superficies
usinadas. Insertos multiraios, do tipo wiper, produzem um efeito alisador, responsável por
grandes deformações plásticas na superfície do componente (Zhang et al., 2019). Essas
deformações são fontes de tensões residuais compressivas, que podem atuar no sentido de
aliviar a intensidade das tensões residuais trativas, normalmente geradas pelo uso de insertos
convencionais.
Neste trabalho foi analisada a influência da geometria da ferramenta de corte e dos
parâmetros de corte sobre as tensões residuais geradas no torneamento de amostras de aço
Super 13Cr. As tensões residuais foram medidas por difração de raios-X e medições de ruído
magnético Barkhausen (RMB) foram realizadas para complementar o estudo.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
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C Si Mn P S Cr Mo Ni
0,01 0,30 0,40 0,02 0,002 11,80 2,0 5,70
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Os insertos foram trocados antes de cada ensaio para evitar o efeito do desgaste da
ferramenta. Resumindo os parâmetros apresentados na Tabela 3: foram usados 2 geometrias
de ferramenta de corte, 3 velocidades de corte e 2 avanços, perfazendo um total de 12 ensaios
de torneamento, com aplicação de fluido de corte em jorro.
As tensões residuais geradas nos ensaios de torneamento foram medidas por difração de
raios-X, com o método do sen²ψ, no Laboratório de Análise de Tensões, LAT/UFF, utilizando
o analisador de tensões XStress3000, da Stresstech. As medições foram realizadas na direção
longitudinal (do avanço) da ferramenta em um ponto de cada amostra, localizado na metade
do comprimento usinado. A Fig. 2 apresenta o sistema de medição.
(a) (b)
Figura 2 – Analisador de tensões X-Stress3000: a) Sistema de medição com software e a
amostra analisada; b) equipamento completo com unidade de controle.
O equipamento foi configurado para operar com radiação CrKα, com comprimento de
onda λ = 2,29092 Å, difratando com 5 ângulos de inclinação ψ (0º - 20,7º - 30º - 30,7º - 45º),
ângulo de difração 2θ = 156,42º e um colimador de 2 mm.
Após a medição das tensões residuais por difração de raios-X foram realizadas medições
de Ruído magnético Barkhausen (RMB), no Laboratório de Ensaios Não-Destrutivos
(LEND/UFF), utilizando o equipamento Barktech, desenvolvido por pesquisadores da
Universidade de São Paulo. As medições foram realizadas nos mesmos pontos onde as
tensões residuais foram medidas por difração de raios-X, na direção do avanço.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Amostra C1 C2 C3 C4 C5 C6 W1 W2 W3 W4 W5 W6
TR
140 320 210 120 240 400 80 160 180 120 240 240
(MPa)
Os resultados mostram que todas as tensões residuais geradas nos ensaios foram trativas.
O maior valor de tensão residual obtido foi de 400 MPa, na amostra C6, torneada com inserto
convencional, Vc = 60 m/min e f = 0,2 mm/rot, enquanto que o menor valor foi de 80 MPa,
obtido na amostra W1, torneada com inserto wiper, Vc = 100 m/min e f = 0,1 mm/rot. Tensões
residuais trativas de menores magnitudes foram obtidas com o uso de inserto wiper,
entretanto, na usinagem das amostras C4, W4, C5 e W5 não houve influência da geometria
dos insertos nas tensões residuais.
Este efeito alisador da geometria wiper sobre superficies torneadas, que conduz à geração
de tensões residuais menos trativas está coerente com o estudo (Zhang et al. 2019) em que os
autores observaram que essa geometria produz maiores deformações plásticas na superfície
usinada. Além disso, a geometria wiper promove a remoção de cavacos com maiores seções
quando comparados aos produzidos pela geometria convencional, o que permite maior
dissipação de calor pelos cavacos, aliviando os efeitos térmicos e, consequêntemente, gerando
tensões residuais trativas de menores magnitudes.
A Fig. 4 apresenta os resultados dos ensaios em um gráfico de barras, de modo a facilitar
sua visualização e análise.
É possível notar que menores valores de tensões residuais trativas foram obtidos com
maiores valores de velocidade de corte. Resultados semelhantes podem ser encontrados na
literatura. Em um estudo sobre a efeito dos parâmetros de corte nas tensões residuais geradas
no torneamento de AISI 1035 (Salman et al. 2019) os autores observaram que tensões
residuais trativas de maiores magnitudes foram obtidas com uso de menores velocidades de
corte. Isso poderia ser justificado pelo fato de que menores velocidades de corte produzem
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Em relação à velocidade de corte, a média foi de 257,5 MPa para as tensões residuais
geradas com Vc = 60 m/min, 240 MPa para as tensões geradas com Vc = 80 m/min e 115
MPa para as tensões geradas com Vc = 100 m/min. Não houve grande diferença entre as
médias obtidas para as velocidades de corte de 60 e 80 m/min, indicando que os ensaios com
essas velocidades não produziram resultados com variação significativa. Por outro lado, uma
maior diferença foi observada em relação à média obtida para Vc = 100 m/min, indicando que
os ensaios realizados com essa velocidade de corte produziram resultados com varição
significativa. Essa análise revela que a velocidade de corte de 100 m/min apresentou maior
efeito sobre as tensões residuais longitudinais, conduzindo à geração de tensões de menores
magnitudes.
Em relação ao avanço, as médias obtidas mostraram diferença significativa, indicando
que os ensaios realizados com diferentes avanços produziram resultados com variações
significativas. Além disso, o menor avanço teve o efeito de gerar tensões residuais de menores
magnitudes.
Analogamente, em relação à geometria do inserto, houve grande diferença entre a média
dos resultados obtidos com inserto convencional (C) e a média dos resultados com inserto
wiper (W), indicando que o tipo de inserto influencia de forma significativa os
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resultados. Nesse caso, o uso de inserto wiper teve o efeito de gerar tensões residuais
longitudinais de menores magnitudes. Este resultado pode ser explicado pela combinação do
efeito alisador da geometria wiper, responsável por induzir deformações plásticas que dão
origem às tensões compressivas, ou tensões trativas de menores magnitudes.
A Fig. 6 apresenta um gráfico de interação entre os parâmetros, velocidade de corte (Vc),
avanço (f) e a geometria do inserto, convencional (C) e wiper (W). Esse gráfico permite
verificar se o efeito de um parâmetro sobre os resultados é influenciado pelo efeito dos outros
parâmetros.
A Fig. 6 (a) revela que a variação do avanço não teve efeito significativo sobre as tensões
residuais geradas nos ensaios com Vc = 100 m/min e com Vc = 80 m/min. Por outro lado, nos
ensaios realizados com Vc = 60 m/min, os maiores valores de tensão foram obtidos com o
maior avanço (0,2 mm/rot). A interação entre a velocidade de corte e a geometria do inserto é
mostrada na Fig. 6 (b). É possível observar que, independentemente da velocidade de corte
usada, tensões residuais de menores magnitudes foram obtidas nos ensaios com inserto wiper
(W), porém, as tensões residuais geradas nos ensaios com Vc = 100 m/min não apresentaram
grande variação em relação à geometria do inserto. A Fig. 6 (c) apresenta a interação entre a
geometria do inserto e o avanço, revelando que nos ensaios realizados com f = 0,2 mm/rot
tensões residuais de menores magnitudes foram obtidas com o uso de inserto wiper. Da
mesma forma, para f = 0,1 mm/rot, tensões residuais de menores magnitudes também foram
obtidas com o uso de inserto wiper.
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4. CONCLUSÕES
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3) O comportamento dos sinais de RMB foi coerente com o comportamento das tensões
residuais, mostrando que essas tensões influenciam de forma significativa os sinais de
RMB.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Abstract. Supermartensitic steels are applied in the production of tubular components as Oil
Country Tubular Goods (OCTG), used in the exploration of oil and gas wells, where they are
exposed to corrosive enviroments under severe conditions of temperature and pressure.
Under these conditions, the residual stresses induced by the machining of these components
may influence their performance. This study presents an analysis of the residual stresses
induced by turning of a S13Cr steel, using two cutting tool geometries (conventional and
wiper) and different cutting parameters. The residual stresses were measured by X-ray
diffraction, with the sin²ψ method and compared with measurements of Barkhausen magnetic
noise. Results show that tensile residual stresses of lower magnitudes, less detrimental to the
service life of a component, were induced with the use of wiper insert and with a combination
of higher cutting speed and lower feed. The results of magnetic Barkhausen noisen
measurements were coerent with those obtained by X-ray diffraction.
Keywords: Residual stresses, X-ray diffraction, Barkhausen magnetic noise, Turning, S13Cr
steel.
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Abstract. Terrestrial transportation plays an essential role in the people’s daily lives all
around the globe, and its demand is continuously increasing, being the mainly transportation
modality for people and goods, causing intense traffic inconvenience in urban areas and
highways, making it easier for the traffic accidents occurrence, with different levels of
severity. These accidents are one of the major causes of deaths in the world, and Brazil ranks
the third place in the 2018 traffic deaths global ranking. For this reason, the traffic accidents
major causes identification is important to understand their origins and influences, in order
to establish strategies to reduce these occurrences. Data Mining have been widely used as a
traffic accidents data analysis tool, identifying patterns and helping traffic managers to
improve the transport flow. Accordingly, this paper analyzes traffic accidents data occurred
in 2017 brazilian’s federal highways, using Data Mining techniques with the association
algorithm Apriori. The results report that accidents majority involves the drivers themselves,
mainly male, due to lack of attention in traffic and excessive speed, occuring more frequently
in straight line roads. Finally, Data Mining techniques showed its effectiveness in detecting
patterns from different variables, being helpful for the traffic management.
1. INTRODUCTION
Terrestrial transportation, especially cars and motorcycles, is essential in the daily lives of
everyone, and its increasingly demand leads to congested traffic in urban areas and on
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highways, resulting in risks that can easily become accidents with severity different levels or
even fatals.
These accidents are one of the deaths mainly causes all around the world. The year of
2018 recorded more than 1.3 million deaths on roads, which means more than 3500 deaths per
day (WHO, 2018; WHO, 2018). In Brazil, about 485 thousand indemnities were paid for
traffic deaths from 2009 to 2018, (Seguradora Líder, 2019), placing Brazil in the third place in
the 2018 traffic deaths global ranking, according to the WHO “Global Status Report on Road
Safety” report (World Health Organization, 2018).
Still according to the “Semana Nacional de Trânsito” report (Seguradora Líder, 2019),
accidents involving motorcycles have the highest fatal victims number in Brazil, followed by
drivers and pedestrians, highlighting the southeast region.
According to Tian et al. (2010), data from traffic accidents are the basis for the tracking
of their causes. Therefore, it’s necessary to investigate the main reasons for these accidents, so
that their origin and influencing factors can be found, such as road and climatic conditions
and the driver’s behavior, which turns the work harder (Figueira et al., 2017).
Furthermore, the existent amount of terrestrial traffic data of is extremely large, requiring
an even more complex work to be done, especially by humans (Taamneh et al., 2017).
This way, the Data Mining tools have been widely and efficiently used to compile and
interpret information from traffic accidents, showing patterns between their different
variables, using different techniques and algorithms, so as to help the terrestrial traffic
managers in decision making and to train drivers as prevention (Zhang e Fan, 2013; Figueira
et al., 2017).
In Canada, Lee and Li (2015) studied the accidents effects, the driver, the traffic and the
geometric and environmental particulars for the level of injuries to the victims, using the
CART model.
Al-Turaiki et al. (2016) used the CHAID, J48 and Naive Bayes classification algorithms
to analyze and understand the traffic accidents in Saudi Arabia.
Li et al. (2017), in California, studied the relation between the death rates and factors
such as how the collision occurred, the weather and lighting conditions and the consumption
of alcohol by drivers, using Apriori, Naïve Bayes and K-means algorithms.
Dadashova et al. (2016) analyzed by using the CART model the external influences
effects on the accidents severity in the two main routes in Spain.
Bayam et al. (2005) related the traffic accidents and the drivers with advanced ages in the
USA, using Neural Networks, Decision Tree and CART.
In Brazil, Figueira et al. (2017) aimed to identify rules through decision trees with the
CART model, to find accidents with victims, their type and possible causes, based on data
from the Régis Bittencourt avenue, in São Paulo.
Galvão e Marin (2010) noticed the relations between the victims and the incidence of
hospital morbidity and mortality in Cuiabá, using the Apriori algorithm.
As shown, there are so many survey about terrestrial traffic using the Data Mining
techniques, however, these studies cover some specific areas around the world. Hence, this
paper focuses on finding patterns in accidents occured on federal roads in Brazil in 2017,
using Data Mining techniques with the Apriori algorithm.
2. LITERATURE REVIEW
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Data Mining is one of the most important techniques in Information Technology, and
basically find consistent patterns in incomplete, confusing and random data set (Han and
Kamber, 2012; Tayeb et al., 2015).
The analyzing methods are based on the Machine Learning techniques, the traditional
statistics and patterns identification, such as cluster and regression analysis, and neural
networks, applied in the question identifications and their dataset studies, in order to detect
patterns and rules for them (Olson e Delen, 2008; Sferra, 2003).
For this reason, some may say that this technique is a process of analyzing data from
different points of view, summarizing them in useful information, making predictions and
conclusions about future behaviors (Witten et al., 2011; Gai, 2012).
There are some different methods for applying Data Mining techniques, like
Classification, Grouping/Clustering and Association, for example.
The classification method basically associates which types of items belong to which
classes or categories previously defined, so that a rule can be created to classify a new
observation later. The grouping/clustering method emphasizes the self-classification based on
the similarity of variables, relating an item to a class (or cluster) determined by the item itself,
using probability rules such as “If, Then”. The association method identifies relationships
between data inside a database, aiming to create conclusions and possible patterns or hidden
information, having its relevance measured to the levels of “support” and “confident” (Sferra,
2003; Gai, 2012).
In doing so, Data Mining tools need to be versatile and scalable, so as to be used in
different models, for small or large databases, and applied in different areas (Olson and Delen,
2008).
2.2.1 Apriori
Apriori allows the association rules classification according to some metrics (DevMedia,
2007):
• Confidence: porcentage of data that are covered by both premise A and the
consequence B, which means, among the data that have items from A, how many also have
items from B.
• Lift: confidence divided by the proportion of all items that are covered by the
consequence B, indicating how much more frequent B becomes when A occurs.
• Leverage: proportion of additional items that are covered by premise A and
consequence B, if they are independent.
• Conviction: measure of removal from independence.
2.2 Python
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programming paradigms, aiming to promote a simpler and faster program production, with
readable syntax, but also allowing the development of complex algorithms (Python, 2009).
Python has a standard library with different classes and functions, but it’s also able to
use external libraries, accordingly to the user’s needs.
3. METHOD
This study was developed in 3 stages: first, the data acquisition and its preliminary
treatments. Second, a more complex treatment was done, and the Data Mining algorithm to be
used was defined. Last, the executions of the algorithm for further analysis of results.
This study analyzed data from the accident database of all the federal roads for the year
of 2017, available online on the Brazilian Federal Highway Police (“Polícia Rodoviária
Federal (PRF)”) portal.
First, as a data pre-treatment, the software LibreOffice ® was used to tabulate them,
manually, in order to get the accidents registers and their attributes, such as date, time, type
and cause. Then, the libraries Numpy (math) and Pandas (data analysis) from Python were
used for a more detailed treatment of the dataset, removing unnecessary and duplicated lines
of information to avoid data skell.
Finally, it was decided to work with the subset, using only data from the accidents main
causes, and some irrelevant features were also removed, such as ‘Inversed Date’, ‘Time’,
‘Main Cause’ and ‘Accident Order/Type’. Some features treatment was necessary, turning
them into number types: ‘PesID’, ‘KM’, ‘Vehicle ID’, ‘Year of manufacture’ and ‘Age’.
After the data cleaning on Python was concluded, a new file was created in .CSV format,
with clean data to be analyzed through the Apriori algorithm, so as to identify patterns and
relationships between the database variables.
The software WEKA - Waikato Environment for Knowledge Analysis was chosen for
this study because of its easy access and open-source. The dataset was imported into Weka for
processing.
Furthermore, some data such as year of fabrication and driver’s age needed to be
discretized in range of values, using the Discretize function, and numeric variables were
changed into nominal, by use of the NumericToNominal function.
At last, the association was selected, and the association rules were created by the Apriori
algorithm, using attributes as shown in Table 1.
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Layout of the road Nominal Straight, curve, viaduct, intersection, return, etc.
Initially, the first 300 association rules were generated by the Apriori algorithm, using
Confidence as a parameter:
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Some rules exemples using Confidence are shown in the Table 2 below:
Then, some variables were removed, such as: gender, age, type_involved and year_vehicle,
and 300 association rules were generated using Lift as parameter:
Some exemples of rules using Lift are shown in the Table 3 below:
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From the results of this study it was possible to identify the main causes of accidents
with injured victims, the gender of the drivers and the level of the injury, as shown in the
Figures 1, 2 and 3, respectively.
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Driver's Gender
Gender
121582
14983
Male Female
In addition, it was identified that most of these accidents occured in clear skies, in the
afternoon, and when the road had a straight line. This study also showed that rear-end
collision accidents, generally, do not cause injuries for the victims, and most of accidents
involving motorcycles have injured victims.
5. CONCLUSION
From this study, it was possible to identify patterns relating the accidents main causes
that occurred on Brazilian highways during 2017. The association rules obtained from the
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Data Mining shows the need of taking actions to educate drivers and prevent the accidents
occurrence in terrestrial traffic.
In both Apriori algorithm executions, it was observed that most of the accidents are
related to male drivers, according to Figueira et al. (2017) and Taamneh et al. (2017) and their
researches.
On the other hand, this study did not observe the driver’s age influence on accidents
occurrence, contrary to what Bayam et al. (2005) and Taamneh et al. (2017) found in their
studies.
It was also observed that the accidents main causes is the lack of attention while driving,
just like Al-Turaiki et al. (2016) pointed in their studies.
Other factors that had more influence were the high speed in straight line roads (Li et al.,
2017; Figueira et al., 2017).
This paper confirms that Data Mining techniques are great tools to analyze large datasets,
to identify patterns and relationships between variables, being very useful for aiding the
decision making.
The results of this paper gives support to Brazilian traffic managers, making it possible to
adopt preventive actions, both by the Government and by the drivers, aiming to make traffic
safer, with a better people flow and reducing the number of accidents and fatalities in Brazil.
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Resumo. No Brasil, a construção civil é um dos setores de maior representatividade, uma vez
que é grande geradora de postos de trabalho e riqueza. O crescimento populacional e a
densidade demográfica mostram sua relevância. Esse ramo, tido para muitos, como a mais
importante atividade do planeta, vem sendo alvo de grandes discussões, pois quanto maior a
quantidade de obras, maior é a produção de RCC (Resíduos da Construção Civil) e consumo
exagerado de matéria prima. Em estudos realizados, nota-se que esses entulhos representam
grande parte da massa total de resíduos sólidos urbanos de uma cidade de médio e grande
porte. E baseado neste aspecto, este artigo visa estudar as propriedades adquiridas pelo
cimento convencional na composição 1:2:3 (cimento:areia:brita) em volume misturado com
diferentes porcentagens de RCC em sua composição, feito com corpos de prova padronizados
com molde, e testado com ensaio de compressão. Esse artigo objetiva testar as propriedades
do concreto, quando em sua composição, substituirmos a areia, pelo RCC triturado, em
diferentes porcentagens, a fim de reduzir, reciclar e reutilizar essa grande quantidade de
resíduos oriundos das construções civis no país.
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1. INTRODUÇÃO
A principal pergunta é até quando o meio ambiente vai suportar a grande retirada de
matéria prima e pouquíssima reposição da mesma? Onde estão locados esses resíduos? E se
somados com outros fenômenos, que mal podem nos oferecer? Uma possibilidade é aplicação
dos resíduos gerados pela construção civil em concreto estrutural, que é um dos principais
materiais utilizados pelo setor. Assim, reaproveita-se os resíduos gerados pela construção
civil na própria construção civil. Alguns conceitos relevantes, entretanto, precisam ser
elucidados. A princípio, será descrita a definição de compósitos.
De forma geral, pode-se considerar um compósito como sendo qualquer material
multifásico que exiba uma proporção significativa das propriedades de ambas as fases que o
constituem, de tal modo que é obtida uma melhor combinação de propriedades. (Callister,
1999). Os materiais compósitos são combinados entre vários materiais, como metais,
cerâmicas e polímeros, a fim de obter-se uma nova geração de materiais com a união de suas
melhores características mecânicas, tais como a rigidez, tenacidade e resistência nas
condições ambientes e a altas temperaturas.
O concreto é um tipo de compósito, é o elemento mais importante na construção civil,
pois é resultante da união de proporções eficazes utilizando aglomerante (cimento), agregado
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fino (areia), agregado grosseiro (pedra britada – zero, neste caso) e água. Tem aplicações
estruturais, revestimento, pavimentos, paredes, canalizações, fundações e outros. Tem bom
comportamento a compressão, porém não é tão eficiente quando o assunto é tração. As
propriedades do concreto são variadas, entre elas destacamos massa específica, durabilidade,
permeabilidade e absorção, deformação, propriedade acústica e, por fim a que será tratado
nesse artigo, resistência mecânica (Malysz et al., 2020; Araújo et al., 2020).
A resistência mecânica é a principal propriedade desse material e é influenciada por
diversos fatores, tais como, idade, relação à quantidade de água em sua composição. Quanto
maior a idade (tempo de cura) deste concreto, maior sua resistência mecânica. E quanto maior
o excesso de água menor a resistência mecânica.
Com relação ao RCC, segundo Levy (1997), entulho de construção civil é definido
como a parcela mineral dos resíduos provenientes das atividades de construção e demolição.
Porém, essa definição não é tão abrangente, não considerando assim atividades envolvidas em
infraestrutura, como por exemplo tubos PVC. Para Zordan (2000), “resíduos sólidos não
contaminados, provenientes de construção, reforma, reparos e demolição de estruturas e
estradas, e resíduos sólidos não contaminados de vegetação, resultantes de limpeza e
escavação de solos. Como resíduos, incluem-se, mas não limitam-se, blocos, concreto e
outros materiais de alvenaria, solo, rocha, madeira, forros, argamassa, gesso, encanamentos,
telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos que não camuflem outros resíduos, fiação
elétrica e equipamentos que não contenham líquidos perigosos e metais que estiverem num
dos itens acima.”
Diante desse contexto, o objetivo principal desse trabalho é estudar as propriedades do
RCC quando usado como agregado na produção de concreto, como opção sustentável para
obter matéria prima, possibilitando assim a preservação do meio ambiente.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Os corpos de prova foram preparados e ensaiados segundo os procedimentos das normas
NBR 5738 e NBR 5739. Foram preparados para tal ensaio, cinco diferentes traços de
concreto, utilizando-se a proporção 1:2:3 (cimento:areia:brita) em volume, variando com
diferentes porcentagens de RCC em sua composição, conforme observa-se na Tabela 2. Todos
os corpos de prova foram obtidos a partir de um molde cilíndrico de 100 de diâmetro por 200
mm de altura, segundo as normas técnicas já citadas. Para cada composição estudada foram
utilizados 3 corpos de prova.
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Todos os corpos de prova referentes a cada traço foram preparados com o cimento (CP
III – 32). O método de solidificação usado em todos os casos foi solidificação ao ar. E a
peneira utilizada para peneirar tanto areia como as diferentes porcentagens de RCC, foi a de
4,25 milímetros. Os primeiros corpos de prova referentes à primeira etapa do ensaio foram
preparados com o traço comum, com 0% de RCC em sua composição, para servir de
parâmetro relacionando com os outros resultados. Nessa primeira etapa, obtivemos uma
média de 100,13 mm de diâmetro, 200,33 mm de comprimento, respeitando assim as medidas
de tolerância que não devem ultrapassar mais que 1% de diâmetro e 2% na altura em cada
corpo de prova. O peso médio referente aos corpos prova da primeira etapa deste ensaio foi
de 3,43 kg.
A segunda etapa do ensaio foi preparada substituindo-se 25% da areia por RCC
triturado. E assim, ao desenformar os corpos de prova, e medi-los, obtivemos uma média de
100,09 mm de diâmetro e 203,74 mm de comprimento, obedecendo assim à tolerância
preestabelecida pela norma já citada em cada corpo de prova. A média das pesagens dos
corpos de prova foi de 3,35 kg. A terceira etapa desenvolvida constituiu-se na substituição de
50% da areia do traço comum, por RCC. A média obtida no comprimento foi de 203,14 mm e
99,89 mm no diâmetro. A média de peso obtida nesta etapa foi de 3,40 kg. A quarta etapa foi
preparada com substituição de 75% de areia por RCC. A média de comprimento obtida foi de
202,64 mm e 100,01 mm no diâmetro. Já o peso médio foi de 3,11 kg. A quinta etapa foi
preparada com substituição total de areia por RCC, ou seja, o novo traço obtido foi
constituído por 100% de RCC, como agregado fino, dois de pedra britada zero e um de
cimento. O comprimento médio foi de 203,81 mm e 99,66 mm para o diâmetro médio. O peso
médio para esta quinta etapa, foi de 3,37 kg. A Figura 1 apresenta os corpos de prova
moldados.
Após sete dias da data de moldagem, foi executado um ensaio de compressão com
velocidade de 5 mm/min, em cada corpo de prova de cada etapa da preparação do para o
ensaio. A Figura 2 apresenta o equipamento utilizado no ensaio.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos através dos ensaios foram satisfatórios, apesar de algumas
surpresas. No primeiro traço que, serviu como parâmetro para comparação dos outros traços,
obtivemos uma média de compressão de 19,28 MPa, dentro dos limites regulamentos. O
segundo traço, feito com 25% de RCC em substituição da areia, apresentou resultados,
relativamente abaixo das expectativas, quando resistiu à apenas 5,66 MPa de média.
Acreditamos que esse fato ocorreu devido à excessiva porosidade apresentada nos corpos de
prova.
No terceiro traço, feito com 50% de RCC, atingiu resultados além do esperado,
apresentando assim uma média de 16,22 MPa, e superando expectativas quanto ao destino
futuro dos RCC’s e diminuição da poluição do meio ambiente. O quarto traço estudado, feito
com 75% de RCC, obteve uma média de 4,53 MPa, não superando assim, o limite estrutural
mínimo necessário a resistência mecânica é de 6 MPa. Já o quinto traço, feito com 100% de
resíduos, obteve uma média de resistência de 11,69 MPa, uma média bastante alta para um
traço feito completo de RCC. A Figura 3 apresenta os resultados de resistência obtidos no
ensaio.
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20
16
14
12
10
0 20 40 60 80 100
% RCC
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Araújo, W.M.P.; Avelino, F.P.; Picanço, M.S.; Macêdo, A.N. (2020). Study of the physical and mechanical
properties of permeable concrete with the addition of TiO 2 for the treatment of sewage. Rev. IBRACON
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Abstract. In Brazil, civil construction is one of the most representative sectors, since it is a
major generator of jobs and wealth. Population growth and demographic density show its
relevance. This branch, considered by many to be the most important activity on the planet,
has been the subject of great discussions, because the greater the quantity of works, the
greater the production of RCC (Civil Construction Waste) and excessive consumption of raw
materials. In studies carried out, it is noted that these debris represent a large part of the
total mass of solid urban waste in a medium and large city. Based on this aspect, this article
aims to study the properties acquired by conventional cement in the composition 1: 2: 3
(cement: sand: gravel) in volume mixed with different percentages of RCC in its composition,
made with standardized specimens with mold, and tested with compression test. This article
aims to test the properties of concrete, when in its composition, we substitute sand, for
crushed RCC, in different percentages, in order to reduce, recycle and reuse this large
amount of waste coming from civil constructions in the country.
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Abstract. Este trabalho apresenta uma proposta para a utilização de técnicas de visão
computacional para o processamento de imagens provenientes de equipamento de
ressonância magnética (RM) durante a aquisição dos exames, visando automatizar e auxiliar
o operador na tomada de decisão quanto ao posicionamento das marcações nas estruturas do
corpo do paciente em estudo. O trabalho foi feito baseado em imagens extraídas da tela do
console de um equipamentode RM durante aquisição de exames de crânio. O resultado deste
trabalho, ainda que preliminar, mostra o potencial da técnica para processar imagens
médicas de RM, podendo ser uma opção menos onerosa em termos computacionais ao uso de
redes neurais artificiais, sendo um elo entre a atual forma de execução de exame e uma nova
forma, mais automatizada e menos dependente do fator humano.
1. INTRODUÇÃO
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em relação ao uso dos métodos utilizados nessas pesquisas mencionadas, baseados em redes
neurais artificiais, é a facilidade na criação do modelo. O resultado deste trabalho, que
considera um conjunto limitado de 17 imagens, indica que utilizando apenas essas 17
imagens, é possível selecionar imagens de treino e de teste, para cada plano (sagital e
coronal), de forma a criar um modelo capaz de localizar com grande precisão as estruturas
anatômicas nas imagens de teste no mesmo conjunto considerado. Como comparativo, o
modelo da GE foi treinado com 29000 imagens.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Conforme apresentado por Hage e Iwasaki (2008), a imagem por ressonância magnética
promoveu um grande avanço na medicina no que diz respeito a imagens encefálicas devido ao
alto contraste de tecidos moles e à possibilidade de cortes em qualquer plano escolhido. De
uma forma resumida, a aquisição de imagens por RM é constituída das seguintes etapas: o
paciente é colocado no interior do magneto do equipamento (Figura 1-a); os núcleos atômicos
do paciente se alinham ao longo do campo magnético aplicado, gerando um vetor de
magnetização; gradientes de campo magnético sequenciais são aplicados para a localização
espacial dos sinais a serem adquiridos; os pulsos de excitação são aplicados e os núcleos
absorvem energia; após os pulsos, passam a ocorrer os fenômenos de relaxação; os núcleos
passam a induzir o sinal de RM nas bobinas receptoras; o sinal de RM é adquirido; o sinal de
RM é processado por meio da transformada de Fourier; a imagem é formada ponto a ponto
numa matriz. Na Figura 1-b é mostrado o operador no console do equipamento, de onde o
mesmo é comandado. Na Figura 1-c é apresentado exemplo de imagem gerada utilizando esta
tecnologia.
a) b) c)
Figura 1: Equipamento de RM. a) Magneto: local onde o paciente é inserido durante o exame.
b) Console: utilizado pelo operador para executar o exame e monitorar o paciente. c) Imagem
gerada por Ressonância Magnética de uma mão.
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a) b)
Conforme apresentado por Szeliski (2010), as assinaturas do SIFT são formadas pelo
cálculo do gradiente em cada pixel em uma janela 16x16 em torno do ponto-chave detectado,
usando o nível apropriado da pirâmide gaussiana na qual o ponto-chave foi detectado.
As magnitudes dos gradientes são ponderadas por uma função Gaussiana para reduzir a
influência de gradientes distantes do centro, uma vez que estes são mais afetados por
pequenos erros de registro. Os 128 valores não-negativos resultantes formam uma versão
bruta do vetor de descritor SIFT. Para reduzir os efeitos de contraste ou ganho (variações
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aditivas já são removidas pelo gradiente), o vetor 128-D é normalizado para o comprimento
da unidade. Para tornar o descritor mais robusto para outras variações fotométricas, os valores
são limitados para 0.2 e o vetor resultante é novamente renormalizado para tamanho unitário.
Os descritores resultantes tem invariância à escala e à rotação. A Figura 3 ilustra esse
processo: à esquerda, orientações e magnitudes de gradiente são calculadas em cada pixel e
ponderadas por uma função gaussiana (círculo). À direita, um histograma de orientação de
gradiente ponderado é então computado em cada sub-região, usando interpolação trilinear.
Embora essa figura mostre um patch de 8x8 pixels e um vetor de descritores 2x2, a
implementação real de Lowe usa 16x16 patches e uma matriz 4x4 de histogramas de oito
séries.
3. METODOLOGIA
Para o desenvolvimento deste trabalho foi delimitado o escopo do estudo para exames de
RM para a região do crânio, sendo considerado somente pacientes adultos e sem histórico de
patologias que afetem o corpo caloso significativamente.
Este trabalho foi desenvolvido em Python, utilizando o OpenCV, a partir de etapas
previamente definidas, que consistiram da amostragem da tela do operador, recorte da área da
tela para estudo, geração de descritores para os pontos de interesse na imagem de treino,
geração de descritores nas imagens de busca e o matching. A seguir serão detalhadas cada
uma destas etapas considerando a vista sagital do crânio. Porém, no resultado deste trabalho
foram consideradas as análises no plano coronal também, seguindo a mesma metodologia
aqui proposta.
Amostragem da tela: Para poder processar as imagens que são vistas durante o exame pelo
operador, foram coletadas amostras da tela do console (Figura 1-b) do equipamento no
momento em que o operador precisa localizar o corpo caloso. Estas amostras foram realizadas
para exames de diversos pacientes. Estas amostras serão utilizadas para as etapas de
processamento descritas adiante.
Recorte da área para estudo: Em cada tela amostrada, foram recortadas a imagem sagital do
crânio, que seria utilizada pelo operador para fazer a marcação baseada no corpo caloso
(Figura 4-a). O recorte forma uma nova imagem contendo somente uma imagem do crânio
(Figura 4-b). Estas últimas imagens geradas foram utilizadas para treino e como imagens de
busca durante os testes nas próximas etapas.
Geração de descritores de interesse: Dentre as imagens geradas à partir dos recortes da tela,
foi selecionada uma dentro do escopo para que fosse utilizada na geração dos descritores nos
pontos de interesse. Esses pontos são os pontos que contém as características que deverão ser
buscadas em outras imagens pelo programa gerado. No caso da imagem do plano sagital os
pontos de interesse são as extremidades inferiores do corpo caloso. Esses descritores geram
assinaturas, que são vetores que descrevem aquela região selecionada da imagem. Estas
assinaturas foram geradas utilizando o método SIFT, já apresentado anteriormente. Os pontos
centrais destas duas regiões de interesse foram selecionados manualmente e inseridos no
programa para que fossem computadas as assinaturas SIFT para elas (círculos na Figura 4-b).
O tamanho da região foi escolhido de forma que cada uma delas contivesse informações
suficientes para se tornarem mais únicas, para aumentar a precisão da fase de matching. Neste
trabalho, esta imagem de onde foram computados os descritores nos pontos de interesse (no
corpo caloso) é chamada de imagem de treino e estes descritores, chamados de descritores de
interesse.
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a) b)
Figura 4: Processamento inicial das telas - a) Tela do console com área a ser recortada
destacada pelo tracejado. b) Imagem gerada à partir do recorte já com a marcação da área que
terão os descritores SIFT computados.
Geração de descritores nas imagens de busca: São consideradas imagens de busca neste
trabalho a imagem que é utilizada pelo programa para este tentar localizar uma assinatura
similar à que foi gerada no passo anterior. Nesta etapa foram gerados descritores distribuídos
de forma uniforme em uma região da imagem. Essa região foi escolhida baseada na posição
do corpo caloso nas diversas imagens recortadas.
Foram realizados testes com descritores com diferentes distâncias entre si (passo) e
diferentes tamanhos de região de interesse (Figura 5). Esses testes seriam para determinar a
melhor combinação durante a fase de matching. Cumpridos os requisitos desta etapa, parte-se
então para a fase de matching.
Matching: Nesta fase, todos os descritores gerados em uma imagem de busca na etapa
anterior são comparados com os descritores de interesse, na busca pelo descritor que
apresente a melhor correspondência (similaridade). A busca para encontrar o melhor
candidato é feita comparando-se descritor por descritor com a tarefa de localizar o vizinho
mais próximo (em inglês "nearest neighbor") do descritor de interesse. O vizinho mais
próximo é aquele que possuir a menor distância euclidiana. Assim, após localizar o vizinho
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mais próximo, é traçada uma linha de correspondência entre as coordenadas centrais dos
descritores de interesse e as do vizinho mais próximo localizado. Este passo ocorre para cada
um dos descritores de interesse. Os resultados podem ser vistos na Figura 6.
4. EXPERIMENTOS E RESULTADOS
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a) b)
c) d)
Figura 7: No quadro a) e b) são mostrados pontos brancos, que foram os pontos centrais dos
descritores gerados na imagem de referência/treino. Em c) e d) são apresentadas as retas
geradas a partir das marcações manuais (reta M) e a reta gerada a partir dos pontos
localizados pelo programa na imagem de busca (reta E).
Tabela 1 - Coordenadas dos pontos marcados manualmente e dos pontos encontrados pelo
programa criado e suas distâncias para a reta E.
P1 P2 P3
Distância Distância Distância Distância
Tipo de
Plano x1 y1 x2 y2 x3 P1-E y3 P2-E P3-E Média
Marcação
(px) (px) (px) P-E (mm)
Manual Coronal 267 212 270 287 278 580 2,73 1,99 2,82
1,05
Encontrado Coronal 271 198 270 302 281 562
Manual Sagital 241 284 364 290 1,99 0,70
0,56
Encontrado Sagital 233 282 363 291
Considerando que para os radiologistas o limite aceitável seja de 3mm para a distância
pontos-reta e de 3 graus para a diferença no ângulo das retas (Polzin, 2019), o resultado
encontrado foi satisfatório e atende as exigências para que o exame seja realizado de forma
correta, uma vez que nenhuma das medidas excedeu esses limites.
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Tabela 2 – Coeficientes das retas traçadas a partir das coordenadas dos pontos marcados
manualmente (reta M) e dos pontos encontrados pelo sistema (reta E).
Coeficientes da reta
Tipo de Coeficiente angular Ângulo entre as retas em
Plano a b c
reta (-a/b) graus
M Coronal -0,00383 0,00011 0,99999 34,29751
0,05668
E Coronal -0,00380 0,00011 0,99999 33,17114
M Sagital 0,00019 -0,00369 0,99999 0,05097
1,12788
E Sagital 0,00027 -0,00377 0,99999 0,07072
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REFERÊNCIAS
Abstract. This work presents a proposal for the use of computer vision techniques for
processing images from magnetic resonance (MRI) equipment during the acquisition of
exams, aiming to automate and assist the operator in decision making regarding the
positioning of markings on the images of the structures of the patient body under study. The
work was performed based on images taken from the console screen of an MRI equipment
during the acquisition of brain exams. The result of this work, although preliminary, shows
the potential of the technique to process MRI images, which may be a less costly option in
computational terms compared to the use of artificial neural network, being a link between
the current form of examination and a new way, more automated and less dependent on the
human factor.
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Resumo. O motor de relutância variável monofásico induz polos magnéticos não permanentes
no ferromagnético do rotor, onde não possui nenhum enrolamento. Neste contexto, o presente
trabalho tem por objetivo modelar o projeto do dispositivo eletromagnético usando o método
dos elementos finitos. Além disso, analisa-se o gráfico da densidade de fluxo magnético no
entreferro e verificam-se as perdas no cobre nos enrolamentos do motor. Os resultados
mostram as análises do motor de relutância variável através dos parâmetros que caracterizam
o modelo matemático apresentado. Por fim, a simulação computacional é comparada aos
cálculos analíticos e mostrou-se eficiente aos resultados esperados.
1. INTRODUÇÃO
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aos motores de indução, todavia eficiente quando o mesmo é comparado aos motores de
corrente contínua. As principais características de um MRV são um estator com enrolamentos
de excitação, rotor sem enrolamentos e sem imãs permanentes, sem escovas ou comutadores, e
robustez semelhante a encontrada em motores de indução Mamede, (2016). Além disso, o
conjugado é produzido pelo deslocamento da sua parte móvel (rotor) para a posição em que há
maximização da indutância no enrolamento de excitação, sendo os polos estáticos (estator). O
rotor tende a se alinhar de forma a produzir uma relutância magnética mínima e, assim, uma
densidade máxima de fluxo Mamede et al. (2016). Devido sua forma construtiva, encontra-se
algumas desvantagens, o MRV não pode ser conectado de forma direta à rede, necessita de
acionamento eletrônico e identificação instantânea da posição do rotor.
Com o avanço da eletrônica de potência nas últimas décadas, o controle e o acionamento
do MRV deixou de ser um ‘empecilho’ para sua utilização. Dessa forma, converteu-se em
maiores possibilidades de pesquisas envolvendo o MRV. A despeito de certas limitações, o
MRV apresenta muitas vantagens como, por exemplo, bom rendimento, robustez, construção
simples, baixa inércia, confiabilidade e tolerância a falhas. Por suas vantagens e características,
o MRV tem sido fabricado em alguns países em escala industrial para diversas aplicações,
principalmente as que exigem variação de velocidade, controle de posição e tração com alto
conjugado Fitzgeral et al. (2014).
Com o intuito de adquirir uma modelagem significativa desse motor, é necessário o
conhecimento dos parâmetros do dispositivo eletromagnético, os quais são encontrados através
de simulações, usando o Método dos Elementos Finitos (MEF). O estudo referido consiste-se
basicamente na modelagem de um MRV monofásico, o qual essencialmente possui 4 polos no
estator e 4 polos no rotor, denominado 4x4. Com o apoio do software Finite Element Method
Magnetics (FEMM), o qual possui ferramentas baseadas no MEF aludido, é possível obter
características estáticas do MRV com escopo em analisar a densidade de fluxo magnético no
entreferro e as perdas no cobre.
Este artigo, organiza-se em 6 seções, as quais seguem os seguintes tópicos: a seção 2
apresenta o projeto do motor de relutância variável monofásico 4x4, a seção 3 explana sobre o
método dos elementos finitos, a seção 4 mostra a metodologia adotada, a seção 5 é designada
aos resultados e discussões e por fim, a seção 6 descreve as considerações finais.
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A Figura 1 apresenta todas as cotas que devem ser determinadas para a construção do MRV
e que serão descritas a seguir.
Onde: βs é o arco polar do estator (graus); β𝑟 é o arco polar do rotor (graus); 𝑙𝑝𝑠 é a largura do
polo do estator (mm); 𝑙𝑝𝑟 é a largura do polo do rotor (mm); 𝑐𝑠 é a culatra do estator (mm); 𝑐𝑟 é
a culatra do rotor (mm); ℎ𝑠 é a altura do polo do estator (mm); ℎ𝑟 é a altura do polo do rotor
(mm); D𝑠ℎ é o diâmetro do eixo (mm); 𝐷𝑖 é o diâmetro interno (mm); 𝐷0 é o diâmetro externo
(mm); 𝑔 é o comprimento do entreferro (mm).
No projeto é necessário especificar uma velocidade base de operação, a potência de saída
nominal e o torque nominal Mamede, (2016). Além disso, determina-se o comprimento da pilha
como um múltiplo do diâmetro interno, conforme a Equação (1):
L k.Di (1)
A partir da Equação (2) é possível determinar o valor de Di, o valor da eficiência ke deve
ser inferior a unidade e a velocidade Nrt é a base de operação. Além disso, os valores de kd e k1
podem ser calculados:
s .N r
kd
2 (3)
2
k1
120 (4)
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Onde: Nr é o número de polos do rotor. Para a posição alinhada, adota-se o valor máximo de B
permitido pelo material do núcleo. Os valores de k2 e As são adotados dentro de um intervalo
razoável. Em geral, no ponto de operação nominal do motor, o intervalo de k2 é:
0, 65 k2 0, 75 (5)
O carregamento elétrico específico, 𝐴𝑠, geralmente é:
4
min s (7)
N s .N r
O arco polar do estator será referenciado como valor mínimo calculado acima e, seguindo
as premissas apresentadas anteriormente, o arco polar do rotor será 5% maior que o arco polar
do estator, logo:
r 1,05 . s
(8)
A largura dos polos do rotor e do estator são determinados pelos arcos polares e pelo valor
do diâmetro interno. Dessa forma, a largura do polo do estator é:
l ps Di .sen s (9)
2
l pr Di - 2 g .sen r (10)
2
A culatra do estator deve suportar metade da densidade de fluxo que passa pelo polo do
estator. Além disso, a culatra do estator deve ser no mínimo metade da largura do polo do estator
Bianchi et al. (2012). Então, o valor da culatra deve estar no intervalo:
l ps cS 0, 5l ps
(11)
É sugerido escolher valores maiores que o mínimo para 𝑐𝑠, já a culatra do rotor não é
necessário ser grande como do estator e também não é indispensável ser igual ao valor mínimo,
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que é igual ao mínimo da culatra do estator. A culatra do rotor, em termos da largura do polo
do estator, pode ser definida no intervalo:
0,5l ps cr 0, 75l ps
(12)
D0 Di 2cs
hs (13)
2
A altura do polo do rotor pode ser determinada como:
Di 2g Dsh 2cr
hr (14)
2
Além disso, o número de espiras (𝑁𝑇) por fase é dado pela densidade de fluxo magnético
(B), pela corrente de pico (Ip) e pelo comprimento do entreferro (g), conforme a Equação (15):
2.g B
NT
I p 0 (15)
Ip
ac
Jc q (16)
lm 2.L.NT
(17)
Com o valor de lm , encontra-se a resistência da bobina R f que é calculada como:
ρ.lm
Rf (18)
ac
As perdas no cobre para corrente nominal, pode ser calculado através da Equação (19).
Pc I 2 .Rf (19)
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menores de triângulos e quadrilateros definidos por elementos finitos Luz, (2003), Malagoni,
(2012). As etapas para aplicação do MEF são:
A. Pré-processamento:
o Definição do problema e do domínio;
o Discretização ou divisão do domínio em elementos;
B. Processamento:
o Obter as equações dos elementos;
o Escolha da função de aproximação:
Método dos Resíduos Ponderados:
Método de Galerkin;
o Modelagem ou colocação das equações dos elementos juntas;
o Acréscimo das condições iniciais e de contorno;
o Solução do sistema linear ou não linear;
C. Pós-processamento:
o Apresentação dos resultados ou visualização gráfica;
o Determinação de variáveis secundárias.
A Figura 2 mostra o diagrama de blocos das etapas básicas do MEF.
Figura 2- Diagrama de blocos das etapas básicas do MEF (Adaptado de Tschiptschin, 2020).
div B 0 (21)
B µH (22)
Onde: B é a indução magnética (T); µ é a permeabilidade magnética (H/m); H é o campo
magnético (A/m).
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4. MEDOTOLOGIA
Através dos parâmetros do projeto do motor, pode-se obter analiticamente e por simulação
computacional usando o Método de Elementos Finitos (MEF) com o software FEMM os
valores das perdas no cobre nos enrolamentos e a densidade de fluxo magnético no entreferro.
Para melhor entendimento da metodologia empregada neste trabalho, alguns pontos devem ser
destacados:
As dimensões do motor são próximas das dimensões reais e a modelagem foi realizada
no software FEMM;
As correntes usadas nas simulações são: 7,6 (A); 12,6 (A); 17,6 (A) e 22,6 (A);
O diâmetro externo é duas vezes o diâmetro interno, ou seja, o diâmetro interno é 0,5
vezes o valor do diâmetro externo;
No pós-processamento, pode-se analisar a densidade de fluxo magnético no entreferro
graficamente, com o motor alinhado e desalinhado;
Analisa-se a perda total no cobre das bobinas comparando com os cálculos analíticos.
Além disso, adotou-se os seguintes parâmetros para o início do projeto, conforme mostra
a Tabela 2.
Tabela 2- Valores adotados para o início do projeto.
Parâmetros Valores
Densidade magnética (T) 1,90
g (mm) 0,30
Dsh (mm) 28,00
ke 0,50
k2 0,70
k 0,70
As (A.esp/m) 25000
Jc (A/mm2) 6,00
A Figura 3 mostra a curva de magnetização BxH do aço silício de grãos não orientados
M19 usado para o projeto e simulação do protótipo, observa-se que o material satura em torno
de 1,90 (T), foi o valor considerado como referência para o projeto do MRVM.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve por finalidade modelar um motor de relutância variável monofásico
através do método dos elementos finitos e simular várias correntes de forma a gerar gráficos
das densidades de fluxos magnéticos no entreferro em um polo. Além disso, o software livre de
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Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Tschiptschin, A. P. (2020). “Método de elementos finitos aplicado à seleção de materiais”, Notas de aula,
Departamento de Engenhria Metalúrgica e de Materiais, USP, São Paulo, 2020.
Abstract. The single-phase variable reluctance motor induces non-permanent magnetic poles
in the ferromagnetic of the rotor, where it has no winding. In this context, the present paper
aims to model the design of the electromagnetic device using the finite element method. In
addition, the graph of the magnetic flux density in the air gap is analyzed and the copper losses
in the motor windings are checked. The results show the analyzes of the variable reluctance
motor through the parameters that characterize the mathematical model presented. Finally, the
computer simulation is compared to the analytical calculations and proved to be efficient to the
expected results.
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1. INTRODUÇÃO
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3. REDUÇÃO DE DIMENSIONALIDADE
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4. MATERIAIS E MÉTODOS
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Esta pesquisa utilizou um banco de dados aberto que contém imagens retinianas para
avaliação do nervo óptico, chamado RIM-ONE 1 , que é dividido em três versões. A
segunda versão está sendo utilizada neste artigo porque contém um número semelhante entre
retinogramas de olhos normais e glaucomatosos, totalizando um conjunto de 455 imagens
(255 saudáveis e 200 patológicas). Existem dois exemplos de imagens deste banco de dados
na Figura 2: O primeiro é o retinograma de um olho saudável (a) e o outro é de um olho
glaucomatoso (b).
Figura 2- Exemplos do banco de dados RIM-ONE. (a) Olho saudável (b) Olho glaucomatoso
Neste trabalho, foram extraídos padrões de textura para obtenção de informações estatísticas
sobre as imagens apresentadas na subseção anterior, que auxiliam na sua classificação. Foi
utilizada a matriz de coocorrência para obter essas informações, transformando a imagem em
uma estrutura bidimensional de intensidade de nível de cinza baseada na relação espacial entre
1
Disponível em rimone.isaatc.ull.es
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Com os recursos de textura mencionados na Subseção 4.2 , foi possível criar um vetor com
os atributos que representam as imagens mencionadas na Subseção 4.1.
O número de elementos desse vetor é equivalente ao produto do número de ângulos que
os pixels de uma imagem foram submetidos à matriz de coocorrência pelo número de recursos
de textura implementados. Nesse caso, 9 atributos de textura foram submetidas a 4 ângulos da
matriz de co-ocorrência, resultando em 36 atributos para cada imagem.
O vetor resultante do DIP é o parâmetro de entrada os algoritmos de redução de
dimensionalidade. As técnicas escolhidas são bastante utilizadas na literatura, e foram citadas
na introdução: SVD, PCA, KPCA, ICA, FA e Isomap.
Para a implementação dessas técnicas, uma ferramenta bastante útil foi a biblioteca Scikit-
learn, da linguagem de programação Python. Essa biblioteca contém uma coleção de algoritmos
para tarefas de análise de dados, dentre elas, redução de dimensionalidade.
Segundo Pedregosa et al (2011), a biblioteca Scikit-learn fornece implementações de última
geração de muitos algoritmos de aprendizado de máquina bem conhecidos, enquanto mantém
uma interface fácil de usar totalmente integrada com a linguagem Python.
4.4 Classificação
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5. RESULTADOS
Os resultados foram obtidos da execução dos algoritmos sobre a base de dados original e
sobre os subconjuntos de atributos gerados através dos métodos redução de dimensionalidade.
O conjunto de atributos original foi submetido aos algoritmos de redução de dimensionalidade,
com objetivo de ter um parâmetro para avaliar os resultados do classificador nos subconjuntos
gerados.
As métricas avaliadas foram: Acurácia (a probabilidade de discriminar corretamente as duas
condições de interesse: a ausência ou presença de glaucoma), sensibilidade (a probabilidade
de diagnosticar corretamente os doentes) e especificidade (a probabilidade de diagnosticar
corretamente os indivíduos sadios).
Com o conjunto de dados original, o classificador alcançou de 79,5% de acurácia, 78,0% de
sensibilidade e 80,7% de especificidade. Esses dados foram reduzidos continuamente por cada
método até que restassem somente 2 atributos, afim de avaliar em qual espaço de dados reduzido
seria obtida a melhor classificação. A Figura 3 mostra os resultados da classificação para a base
de dados original e os melhores resultados alcançados pelos subconjuntos produzidos por todos
os métodos aplicados para as métricas consideradas.
Figura 3- Resultado da classificação da base de dados original e melhores taxas alcançadas pelos
subconjuntos produzidos por cada método de redução de dimensionalidade.
O melhor resultado foi obtido com o método KPCA, que apresentou em um dos espaços
reduzidos taxas de acurácia de 91,0%, sensibilidade de 89,9% e especificidade de 91.8%, as
melhores taxas em todas as métricas avaliadas. Percebe-se que nem todos os métodos tiveram
ganhos na classificação, como foi o caso do ISOMAP.Nas três métricas verificadas, a melhor
taxa encontrada nos subconjuntos obtidos por esse método é bem inferior às que foram obtidas
com outras técnicas e inclusive à taxa de acerto dos dados originais. Isso acontece porque,
provavelmente, o ISOMAP é adequado para outros tipos de dados ou outros tipos tarefas, então
vemos a importância de explorar alguns métodos para analisar suas performances e decidir qual
se adequará melhor ao problema estudado e ao tipo de dados com que se trabalha.
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Outro ponto interessante que os resultados dos experimentos ressaltaram é que é preciso
analisar como o resultado da classificação será em cada subconjunto resultante da redução
de dimensionalidade. A Figura 4 descreve o comportamento da classificação alcançada pelos
subconjuntos produzidos pelo KPCA, o método que alcançou a melhor classificação, conforme
o tamanho do espaço de atributos reduzia. Os resultados mostrados no gráfico começam a partir
da classificação do conjunto de dados original, e continuam conforme o número de atributos
decresce.
Figura 4- Taxas de acerto alcançadas pelos subconjuntos produzidos pelo KPCA conforme o número de
atributos reduz. Em destaque: Acurácia original e melhor acurácia alcançada pelo KPCA
Vemos que ele alcançou seu melhor desempenho nas primeiras reduções, e depois esse
desempenho é reduzido, mas ainda alcança classificações que superam as dos dados originais.
E a partir de um certo número de atributos, os dados ficam descaracterizados e a redução não é
mais vantajosa. Cada método teve sua melhor taxa de acurácia alcançada por um subconjunto
de tamanho diferente, como mostra a Tabela 1.
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Referências
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Abstract. The dimensionality reduction techniques are often used to obtain a limited set
of relevant attributes among the data, simplifying their representation, and consequently
facilitating data analysis tasks, such as classification. This paper had as a case study
the classification of retinography images for automated diagnosis of glaucoma. Some
dimensionality reduction methods were applied to the vector of attributes generated by the
digital processing of the cited images, with the objective of increasing the accuracy of the
classification of this vector and verifying which method would have the best performance.
The methods used were: Singular Value Decomposition (SVD), Principal Component Analysis
(PCA), Kernel PCA (KPCA), Independent Component Analysis (ICA), Factor Analysis (FA)
and Isomap. The classifier used to evaluate the performance of the generated subsets was
Random Forest. The results showed that the best performance was obtained by the KPCA.
While the original data reached rates of 79.6% of accuracy, 78.0% of sensitivity and 80.7% of
specificity, one of the subsets obtained by the KPCA achieved 91.0% 89.9% and 91.8% for the
same metrics.
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Resumo. Para este trabalho, os corpos de provas cilíndricos de aço SAE 1045 foram
submetidos ao tratamento térmico de têmpera, sendo austenitizados a uma temperatura de
850°C e imediatamente resfriados em água e óleo a fim de se comparar suas durezas
encontradas por meio de ensaio. Para o acompanhamento da evolução micro-estrutural em
ambas as amostras após seus respectivos resfriamentos foi realizado a metalografia. Os
resultados obtidos permitem a avaliação da dureza do material e a verificação dos efeitos do
ensaio realizado na microestrutura.
Palavras-chave: Tratamento térmico de Têmpera, aço SAE 1045, Resfriamento água e Óleo.
1. INTRODUÇÃO
Para a engenharia, ligas de ferro-carbono são de extrema importância, pois antes mesmo
de serem usadas em projetos, principalmente para a construção mecânica, são submetidos a
tratamentos térmicos visando modificar as propriedades das ligas. Em tratamento térmico de
têmpera, o estudo da cinética da mudança fase da austenitaé inevitável, pois é obrigatório a
austenitização completa do material para que em seguida sejam resfriados. Os resultados
obtidos através destes processos de aquecimento e resfriamento controlado estará sujeito a
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ensaios para que suas propriedades mecânicas se aproximem das requeridas (Hibbeller, 2010;
Van Vlack, 2004).
O tempo e temperatura serão de extrema influência para as transformaçõesde fases, visto
que o diagrama de curvasTTT (tempo-transformação-temperatura), demonstram o qual deverá
ser o tempo de resfriamento do aço SAE 1045 para o tratamento térmico de têmpera, que visa
otimizar dureza e tenacidade. A otimização para este aço, é possível através do rearranjo dos
carbonetos durante o resfriamento, dando origem a novas fazes, são elas: ferrita, bainita,
martensita e perlita (Callister, 2005).
Existem vários tipos de resfriamento após os tratamentos térmicos como: salmoura, óleo
de têmpera, água, carvão, areia. Os meios de resfriamento possuem taxas de resfriamento
diferente, portanto a escolha dos mesmos é determinante quanto a formação da microestrutura
final (Beer, 2006).
O aço SAE 1045 usado por este artigo é empregado em diversos componentes industriais,
tais como eixo, peças forjadas, engrenagens comuns, componentes estruturais e de máquinas,
virabrequim. Classificado como aço de médio teor de carbono (0,45%C) este aço reúne boas
propriedades mecânicas. Outro aspecto importante para este aço carbono comum é a baixa
temperabilidade, ou seja, dificuldade em formar martensita (Askeland, 2012).
O objetivo para este artigo é o aumento da dureza no aço SAE 1045 através do tratamento
térmico de têmpera com resfriamento em água e óleo para que por fim possa ser comparado e
qualificados entre si suas respectivas durezas.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 Materiais
Para a realização da têmpera foi utilizado dois corpos de provas de aços SAE 1045,
fornecidos por uma concessionária local, foram recebidos em forma cilíndrica de ½ polegadas
de diâmetro por 5 centímetro de comprimento, constituído mecanicamente segundo as normas
ABNT. A composição química do aço é ilustrado na Tabela 1 e o corpo de prova é ilustrado
na Figura 1. Possui fases iniciais de ferrita pró-eutetóide e perlita.
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2.2 Métodos
O forno utilizado para a têmpera nos aços é da marca NOVUS de controlador de
temperatura digital podendo atingir até 1200°C, conforme ilustrado na Figura 2.
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óleo calmo a temperatura ambiente foi de 5 segundos, assim como o resfriamento em água a
retirada da amostra do recipiente levou 24 horas.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os dados fornecidos pelo durômetro antes e depois da realização do tratamento térmico
de têmpera são expostos pelas Figuras 7 e 8.
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Figura 8 – Média para os estados não temperado e temperado resfriado em água e óleo.
A micrografia das amostras resfriadas em água e óleo estão expostas através das
Figuras 09, 10, 11.
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A amostra de aço SAE 1045 em seu estado não temperado, observado na micrografia da
Figura 11, notou-se que a quantidade de ferrita é predominante em sua matriz e que através do
ensaio constatou-se dureza média de 23,4HRC. Através da análise da Figura 10 para a peça
resfriada em óleo, notou-se que em relação ao aço não temperado, houve uma considerável
diminuição de ferrita e também um aumento de 17,8 HRC, pois a média encontrada através
dos ensaios para este tipo de resfriamento foi de 41,2 HRC.
O resfriamento em água foi o que obteve a maior média de dureza com 47,9 HRC, que
representa um aumento de 24,5 HRC em relação ao estado do aço não temperado. Para esta
amostra, observado sua microestrutura na Figura 9, constatou uma presença menos frequente
de ferrita em sua matriz se comparado a amostra resfriada em água. Vale ressaltar que a
diminuição da microestrutura ferrítica está relacionado diretamente com o rearranjo dos
carbonetos formando novas fazes durante o resfriamento visto pelo diagrama de curvas TTT.
4. CONCLUSÃO
A diminuição quantitativa de ferrita na matriz das amostras de aço SAE 1045 temperadas
e resfriadas em água e óleo, resultou em um aumento significativo em dureza Rockwell C.
Portanto o meio de resfriamento foi de total influência quanto obtenção de dureza final.
A não formação da microestrutura martensita nas amostras resfriadas em água e óleo após
o tratamento térmico de têmpera, ocorreu devido aotempo gasto para o resfriamento ter
excedido a aproximadamente 0,5 segundos necessários para a formaçãos desta microestrutura.
Para a amostra resfriada em água, imediatamente após ter sido austenitizada a 850°C, no
âmbito de aumento de dureza, foi a que obteve melhores resultados, com 6,7 HRC a mais em
comparação com a que foi resfriada em óleo.
REFERENCES
Askeland, R.R.; Phulé, P.P. (2012). Ciência e Engenharia dos Materiais, 1ª ed., LTC, 112p.
Beer, F.P., (2006). Resistência dos Materiais, 3ª ed., Pearson, McGraw Hill.
Callister, J.W.D, (1999). Ciência e Engenharia de Materiais, 5ª ed.. LTC, 623p.
Chiaverini, V. (2005). Ciência dos Materiais, 2ª ed., Makron, 222p.
Hibbeller, R.C. (2010) Resistência dos Materiais. Rio de Janeiro, 4ª ed., LTC.
Van Vlack, L. H. (2004) Princípios de Ciência e Tecnologia de Materiais, 1 ed., São Paulo, Editora Campus.
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Abstract. For this work, the cylindrical test specimens of SAE 1045 steel were subjected to
tempering heat treatment, being austenitized at a temperature of 850 ° C and immediately
cooled in water and oil in order to compare their hardness found through testing. To monitor
the microstructural evolution in both samples after their respective cooling, metallography
was performed. The results obtained allow the evaluation of the material hardness and the
verification of the effects of the test performed on the microstructure.
Keywords: Quench heat treatment, SAE 1045 steel, Water and Oil cooling.
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Abstract. We present a method to reduce the computational cost of determining the Tikhonov
Regularization parameter. Methods such as the L-curve and the Fixed Point Iteration require
the inverse problem to be solved several times in order to determine the best regularization
parameter, leading to a high computational cost when the dimension of the problem is increased.
In this work we propose an alternative path to overcome this difficulty by solving a problem
with a smaller dimension. This solution is then used to obtain an estimate for the regularization
parameter of the complete model. The results are obtained in the scope of an inverse heat
transfer problem where it is necessary to determine the inlet temperature profile of a channel.
They showed that when the number of points of the low cost model is sufficiently large, the
respective estimate is reasonably good.
Keywords: Tikhonov Regularization, Heat Transfer, Inverse Problem, Fixed Point Iteration
1. INTRODUCTION
The function estimation problem is often an ill-posed inverse problem, meaning that the
presence of noise on the input (experimental data) renders severe oscillations on the obtained
solution. To overcome this behavior, one classical approach is to use a technique known as
Tikhonov Regularization (TR) (Tikhonov, 1963), which intends to solve this issue by penalizing
oscillatory solutions. This technique requires the fine tuning of the regularization parameter λ,
which is a positive scalar that multiplies the penalization term in the objective function.
Several methods can be found in the literature that deals with the problem of finding
the optimal λ, such as the L-curve (Hansen, 1992; Hansen & O’Leary, 1993), the Morozov
Discrepancy Principle (Morozov, 1984), the Fixed Point Iteration method (Bazán, 2008) and
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others. For a more detailed review of these methods, the reader can see the work of Hansen
(1998).
In general, methods such the L-curve and the Fixed Point Iteration (FP) are very robust and
do not require prior information of the experimental error variance. They work by finding a
regularization parameter that balances the values of the objective function terms, i.e., equalizes
the least-squares and the regularization term. To do so, the L-Curve requires the computation
of several solutions of the inverse problem with different values of the regularization parameter,
then the squared norm of the regularized solution and the squared norm of the residue between
experimental data and calculated quantities are displayed against each other in a log-log plot.
This plot usually have a ”L” shape with distinctive horizontal and vertical parts, where the
corner is considered the region generated by the best regularization parameter. This idea is based
on the assumption that the corner region is where small changes in λ do not yield significant
changes on any of the terms. To select this region, the L-curve method chooses the λ which
maximizes the curvature of the log-log plot and this task is not always trivial (Bazán, 2008).
The FP uses the same principle, but λ is selected as the convergence of a series where each new
term is calculated by solving the problem once, where this series solution is the maximizer of
the curvature of the L-curve. Although the FP method is usually less computationally expensive
than the L-curve, both methods are affected when the dimension of the problem increases due
to the fact that they require the solution of the inverse problem to be obtained several times.
In this work we propose an approach to obtain an estimate of the optimal value of λ
for problems with large number of variables by solving an alternative problem with reduced
dimensions. This estimated value of λ can be set as initial value for starting the FP method, i.e.,
as the first term of the series. Then, it is expected that convergence will be reached much faster.
Tests are performed in the scope of a convective inverse heat transfer problem, where the
inlet temperature profile must be recovered given that some temperature measurements are
available at some position of the duct. To demonstrate the feasibility of the proposed technique,
we computed the optimal regularization parameter for problems with lower number of variables
by using the Fixed Point Iteration method. Then, each of this solution suggested a optimal value
for the model with higher number of variables.
∂ 2 T (x, y) ∂T (x, y)
K = v(y)ρc p , (1a)
∂y 2 ∂x
∂T (x, t)
K = q, (1b)
∂y y=h
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y K ∂T = q
∂y
x
x=0 ∂T x=b
-K =q
∂y
Figure 1- Schematic representation of the parallel plates system system showing the height dependant
fluid velocity.
∂T (x, t)
−K = q, (1c)
∂y y=0
y y
v(y) = 6vm 1− (1d)
h h
where the thermophysical parameters k, ρ and cp are: the thermal conductivity, specific mass
and specific heat capacity, respectively. The term vm is the average velocity of the fluid inside
the walls.
The problem described by Eq. (1) is solved using the built-in routine ”NDSolve” of the
Mathematica system. The Finite Elements Method is used as option of the routine and the
mesh generated to discretize the domain is retangular with all the elements having the same
dimensions, i.e., the mesh is uniform. In this approach, the velocity field v(y) and the inlet
temperature f (y) are implemented as continuous functions, so the discretization needed to solve
the differential equation is performed automatically by the routine.
The inverse problem consists of estimating the inlet temperature profile f (y) given that
temperature measurements are available at some discrete positions on the channel. In this case,
the vector of unknowns contains temperatures values representing discrete points of f (y)
where n is the total number of points used in the discretization of the sought function within the
inverse problem solution. The experimental measurements are simulated with
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where Nd is the total number of experimental data, f * is the exact inlet temperature profile, v
are random numbers drawn from a normal distribution centered at 0 with variance of σ 2 and xexp
is the position along x where the experimental data are acquired. Then, the objective function
is formulated as
where λ is the regularization parameter and L is the derivative operator matrix, chosen here as
the first derivative finite difference approximation. The operator ||.|| is the l2 euclidean norm.
Namely, we call the term ||Texp − T (u)|| as the residue norm and ||Lu|| as the regularization
norm.
The minimization of Eq. (4) is obtained with the Differential Evolution (Storn & Price,
1997) method with fixed number of iterations followed sequentially by the Nelder-Mead
(Nelder & Mead, 1965) algorithm with a specific stopping criterion. Further details of these
implementations are explained in the next sections.
3. TECHNIQUE DESCRIPTION
The Fixed Point Iteration (FP) method main idea is to select the λ that minimizes the product
between the residue norm and the regularized solution norm as a function of λ (Bozzoli et al.,
2014). In other words, one must find the limit of the series
||Texp − T(u)||
λi+1 = , i = 1, 2, ... (5)
||Lu|| λi
where the residue norm and the regularization norm are obtained from the solution of the inverse
problem with λi . Therefore, it is necessary to perform the optimization cycle in order to obtain
the next term of the sequence.
A few aspects of this technique must be pointed. First of all, it is possible that the series will
not converge, the original work of Bazán (2008) presents an algorithm that deals with this issue.
Furthermore, to start the series, the author suggests that the regularization parameter should be
close to zero, i.e., λ0 → 0. Finally, the series is considered converged when |(λi+1 /λi ) − 1| ≤
being a relatively small tolerance.
The objective of this extrapolation is to find an estimate for the initial λ of the series by
solving the inverse problem with a coarser discretization of the sought function, leading to
a problem of lower dimension. Once that the optimal regularization parameter λlow and the
regularized solution ulow of this problem is known, consider that one wants to determine the
optimal regularization parameter λhigh for a problem of higher dimension, i.e., more points on
the discretization of f (y), namely, uhigh . To solve this problem, one idea is to equalize the
regularization norms with their respective regularization parameters, yielding
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Table 1- Exact values of the parameters of parameters of the direct and inverse problem.
Parameter Value Dimension Observation
k 0.0265 [W/m.K] Thermal conductivity
cp 1007.0 [J/kgK] Specific heat
ρ 1.1614 [kg/m3 ] Specific mass
h 0.128 [m] Spacing between plates
b 0.635 [m] Plates length
um 0.025 [m/s] Average fluid velocity
q 500 [ºC] Ambient temperature
Nd 101 - Number of experimental data
σ 0.50 [ºC] Standard deviation of the measurement errors
where low and high are the indexes indicating the lower and the higher dimension inverse
problem, respectively. Then:
||Lu||low
λhigh = λlow (7)
||Lu||high
where λlow and ||Lu||low are known from the solution of the lower dimension problem. The
matrix Lhigh is simply the finite difference operator with the corresponding dimensions. Yet to
be determined is the term uhigh . Here some assumptions must be introduced, since we do not
have any solution u obtained with the the high model, the suggestion is to perform a linear
interpolation of ulow in order to generate uhigh .
Now it is possible to evaluate the whole expression of Eq. (7) to obtain an initial value for
λhigh since all the terms on the right-hand side are determined. In terms of computational cost,
this can be of great advantage if the estimated value of λhigh is reasonably good, meaning that
the higher dimension problem will be solved fewer times.
Simulated experimental data The fluid considered on the heat transfer problem is air and
the considered properties are presented in Table 1. The experimental data are acquired with
101 evenly distributed measurements on the y direction at the horizontal position of x = b/5.
This acquisition of temperature can be achieved in real experiments by the use of infrared
thermography. In this work, the exact inlet temperature profile f (y) is a step function, which can
represent a stratified flow of magnitude 26.85 ºC in 0 < y ≤ h/2 and 46.85 ºC in h/2 < y ≤ h.
The experimental noise is then added to the exact solution by using a noise level of σ = 0.5 ºC
in Eq. 3.
Optimization The optimization is performed with the Differential Evolution (DE) and
Nelder-Mead (NM) methods. For every solution obtained, DE is started with a random
population of five times the dimension of u or 5 × n. Also for DE, the parameters of the
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◆
40 ◆
◆ ◆ ◆
35 ◆
◆
◆
◆
30 ◆ ◆
◆ ◆ ◆ ◆
◆ ◆
◆◆◆ ◆
◆ ◆ ◆◆
25 ◆
◆ ◆ ◆◆
◆ ◆
◆
0.00 0.04 0.08 0.12 0.00 0.04 0.08 0.12 0.00 0.04 0.08 0.12 0.00 0.04 0.08 0.12 0.00 0.04 0.08 0.12
y [m] y [m] y [m] y [m] y [m]
40
◆ ◆ ◆ ◆ ◆
35
◆ ◆ ◆ ◆ ◆
30
◆
◆◆◆
◆ ◆ ◆
◆ ◆◆◆◆◆◆ ◆ ◆◆◆◆◆◆ ◆ ◆◆◆◆◆◆ ◆ ◆◆◆◆◆◆ ◆
25 ◆ ◆◆ ◆◆ ◆◆ ◆◆
0.00 0.04 0.08 0.12 0.00 0.04 0.08 0.12 0.00 0.04 0.08 0.12 0.00 0.04 0.08 0.12 0.00 0.04 0.08 0.12
y [m] y [m] y [m] y [m] y [m]
Figure 2- Evolution of the solution obtained for different values of λ as the FP series converge.
method, namely crossover probability CR and differential weight F , must be defined by the
user. According to the original authors of the method and after some tests, we setted these
parameters as CR = 0.25 and F = 0.85, respectively. The method is stopped when 100
loops are completed. Then, all of the points from DE are used to start the NM algorithm.
The reflection, expansion, contraction and shrink coefficients are the ones considered standard,
which are, respectively, 1.0, 2.0, 0.5 and 0.5. Since the convergence of the FP series depends
on the solution found by this search, the stopping criterion chosen must be robust. Hence, the
iterative procedure of NM is stopped when the standard deviation of the objective function value
from every point of the simplex is less or equal to 0.05 [ºC]2 . The search is performed inside
the limits of -73.15 ºC to 326.85 ºC.
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0.5 ◆ ◆ ◆
◆
◆
0.4
◆
0.3
λi
0.2
◆
0.1
◆
0.0 ◆ ◆ ◆
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
i
As it is possible to observe in Tab. 2, the estimations for λhigh gets closer to the value
found by solving the high dimension problem itself. This is expected since the error of the
approximation reduces when the dimensions are closer. Another thing to notice is that the
regularization parameter found for n = 7 generated the highest value of λhigh . One possible
way to explain this is due to the organization of the points itself, where the error increases
depending on where the points are allocated.
5. CONCLUSIONS
This work proposed a technique aimed at obtaining an estimate for the Tikhonov
Regularization parameter. This is achieved by finding the optimal parameter of a problem
with reduced number of variables and then equalizing the norm of the regularized solutions.
Results show that this approach is feasible. Research must continue on testing this technique on
other inverse problems and also on the development of a more robust and automatic algorithm,
especially regarding 2D function estimation problems.
Acknowledgements
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de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. The authors also acknowledge the CAPES
PrInt program (Process Code 88887.469279/2019-00).
REFERENCES
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Bejan, A. (2013) Convection Heat Transfer. Fourth Edition Ed. Hoboken, Wiley, New Jersey, NJ.
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Bozzoli, F., Cattani, L., Rainieri, S., Bazán, F. S. V. and Borges, L. S. (2014). Estimation of the local
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Resumo. Este trabalho tem como objetivo simular o escoamento bifásico em um tanque
de combustível usando o Método Lattice Boltzmann. A simulação foi realizada através da
utilização da biblioteca Palabos. O sloshing no tanque foi aproximado por um problema
de dambreak. As fases líquida e gasosa do combustível foram representadas por água e ar,
respectivamente. A pressão de impacto foi monitorada em uma parede do tanque e os resultados
foram semelhantes àqueles encontrados na literatura, o que indica o potencial do método em
análise.
1. INTRODUÇÃO
Ao longo dos últimos anos, a Dinâmica dos Fluidos Computacional (CFD, do inglês
Computational Fluid Dynamics) tem tido um papel fundamental no desenvolvimento de
produtos mais eficientes, tais como aeronaves, automóveis e trens de alta velocidade. Além
de permitir a otimização do projeto, proporciona uma considerável redução do custo e do ciclo
de desenvolvimento, já que muitos experimentos dispendiosos e complexos não precisam ser
realizados. O CFD também revela-se como uma ferramenta essencial na compreensão e análise
de vários fenômenos cuja investigação experimental é difícil ou mesmo impossível em alguns
casos.
Apesar de sua extensiva aplicação no mundo moderno, os métodos comumente empregados
em CFD não têm uma base matemática sólida, e foram derivados, nas décadas de 80 a 90
com base nas equações de Navier-Stokes (NS) (Ferziger & Peric, 2013). De forma bastante
empírica, os métodos de discretização das equações de NS foram propostos e testados buscando-
se evitar os problemas comuns de instabilidade numérica relacionados à precisão finita dos
processadores digitais. Infelizmente, uma consequência do desenvolvimento destes métodos foi
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o aumento da complexidade dos algoritmos envolvidos. Mesmo para problemas simples como
o escoamento laminar de um fluido em um canal, vários sistemas lineares envolvendo milhares
de incógnitas devem ser resolvidos, resultando em um custo computacional considerável. Para
escoamentos em regime turbulento, o tempo de CPU cresce conforme uma potência do número
de Reynolds, e a solução precisa em tempo hábil exige clusters de processadores. Os algoritmos
mais popularmente utilizados, da família SIMPLE (Ferziger & Peric, 2013), são inerentemente
ineficientes em função do chamado acoplamento pressão-velocidade. O avanço destas variáveis
deve ser contido para evitar divergência do conjunto de equações, o que exige várias iterações.
Como uma alternativa interessante à simulação das equações de Navier-Stokes, surge a
abordagem do Método Lattice Boltzmann (LB) (Succi, 2001; Wolf-Gladrow, 2005). Assim,
este trabalho tem como objetivo principal a simulação do escoamento bifásico em um tanque
de combustível através da utilização do método Lattice Boltzmann. Tal método foi escolhido
devido à sua capacidade de tratar fluxos multifásicos e multicomponentes sem a necessidade
de rastrear as interfaces entre as diferentes fases e, além disso, não há o chamado acoplamento
pressão-velocidade, pois a pressão é obtida de uma equação de estado algébrica, como será
visto adiante. Para realizar a simulação, foi utilizado um framework baseado no Método Lattice
Boltzmann chamado de Palabos, que não necessita de instalação e está disponível gratuitamente
sob os termos de uma licença AGPLv3 de código aberto. O download desse framework pode
ser realizado em link: http://www.palabos.org/.
Resumidamente, o método Lattice Boltzmann consiste na solução da equação de Boltzmann
(Chapman & Cowling, 1970), que por sua vez pode ser compreendida como análoga das
equações de NS em nível molecular. Essencialmente, a equação de Boltzmann descreve
a dinâmica espacial-temporal de uma grandeza estatística chamada função distribuição de
probabilidade (FDP). A principal vantagem desta abordagem em relação às equações de Navier-
Stokes é não estar limitada pela hipótese do contínuo, o que permite sua aplicação a uma
gama de problemas mais vasta. É possível, portanto, descrever o movimento de fluidos que
não se estejam no chamado regime hidrodinâmico. Além disso, o LB demonstra considerável
eficiência. O algoritmo é mais simples que aquele empregado na solução das equações do
contínuo, já que sistemas lineares não precisam ser resolvidos. De forma sintética, apenas
partículas com velocidade discreta e determinados pesos descrevem a FDP em cada ponto.
O avanço no tempo de um escoamento é descrito por duas operações explícitas: colisão e
advecção das partículas. As propriedades macroscópicas de interesse como velocidade são
simplesmente calculadas com base em médias em cada ponto. Conclui-se assim que é possível
descrever escoamentos complexos com este método com recursos mais modestos que aqueles
normalmente empregados na solução das equações de NS. Em função de sua simplicidade, a
extensão do método para aplicação em computação de alto desempenho (paralelização) é uma
tarefa bastante realizável, diferentemente das equações do contínuo.
Acerca da conhecida dificuldade de se representar bem geometrias complexas já há soluções
efetivas, como o refinamento adaptativo (www.palabos.org/). Há inclusive códigos
comerciais de uso bastante simples quando comparado aos softwares convencionais. Para
exemplificar, a Fig. 1 mostra a simulação de uma turbina eólica, realizada pelo software
XFLOW (http://www.xflowcfd.com/), com o movimento rotativo das pás. Esta
aplicação ainda representa um desafio para as técnicas convencionais de CFD, já que há a
necessidade de geração da malha a cada passo de tempo em função da movimentação das
fronteiras.
O fenômeno simulado no presente trabalho é conhecido por sloshing que, de forma
simplificada, significa qualquer movimento da superfície livre do líquido no interior do seu
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Figura 1- Simulação de uma turbina eólica, com movimento das pás, realizada com o software XFLOW
(http://www.xflowcfd.com/industries/view/energy).
O método Lattice Boltzmann pode ser visto como um método intermediário entre as
simulações de dinâmica molecular (MD, do inglês Molecular Dynamics) e a abordagem
contínua de simulação das equações de transporte de massa, momento e energia. Ao não
considerar o comportamento de cada partícula isoladamente, nem de uma grande quantidade
de partículas em um nó, volume ou elemento do domínio discretizado (na ordem de 1016
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Considerando um sistema que pode ser descrito estatisticamente por uma função de
distribuição f (r,c,t), que representa o número de partículas no instante t entre r e r + dr,
as quais têm velocidades entre c e c + dc. Uma força externa F agindo sobre uma partícula de
unidade de massa altera a sua velocidade de c para c + F dt, e sua posição de r para r + cdt,
como mostra à esquerda na Fig. 4.
Figura 4- À esquerda, vetor posição e velocidade para uma partícula antes e após a aplicação de uma
força F . À direita, representação em lattice para modelo bidimensional D2Q9 (acima) e unidimensional
D1Q3 (abaixo).
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em que, A, B, C e D são constantes a serem determinadas para cada problema com base
no princípio de conservação de massa, momento e energia, λ é um parâmetro escalar, como
densidade (ρ) ou temperatura, e ω = 1/τ é a frequência de colisão. Note que, a relação se dá de
forma quadrática, pois manteve-se somente os termos de segunda ordem e este cálculo depende
necessariamente de informações acerca do sistema investigado, tais como velocidade do fluido e
algum parâmetro escalar, e informações referentes à mesoescala, como as velocidades discretas
nos lattices, além da frequência de colisão que pode ser vista como uma medida da perturbação
causada no sistema, já que depende do tempo de relaxamento para a função distribuição de
equilíbrio e esta, por sua vez, dá a medida da diferença do estado de equilíbrio do sistema após
uma perturbação nele.
3. METODOLOGIA
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foi a Palabos 2.0, por apresentar algumas ferramentas necessárias na solução do problema aqui
abordado, tais como: fluidos multifásicos, fluxos de superfície livre (abordagem volume de
fluido), modelo LES de Smagorinsky para turbulência de fluidos, Modelo BGK e arranjo de
lattice D3Q19. Esta versão também oferece um código exemplo semelhante ao necessário para
a simulação do escoamento bifásico em um tanque com condição de baixo enchimento.
O fluxo de um fluido viscoso, homogêneo e incompressível é descrito pela conservação de
massa e momento dado pelo LB.
3.1 O sloshing
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Figura 5- À esquerda é representada a posição de interesse para monitorar a pressão no tanque. À direta
é apresentado o tanque com o volume de fluido a ser liberado.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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quando o escoamento tende a retornar em direção à parede vertical direita e em seguida para a
esquerda novamente, repetindo este movimento oscilatório. Isso ocorre devido a condição de
contorno de não-escorregamento, que impõe que a velocidade do escoamento rente a parede
inferior do tanque seja nula, e à viscosidade do fluido, que faz com que o fluido atrite consigo
mesmo, aumentando assim a resistência ao escoamento, pois uma parcela do fluido tende a se
mover em uma direção enquanto a outra tende a se mover na direção oposta, estando estas duas
parcelas em contato. Além disso, o decréscimo na quantidade de movimento traz a diminuição
na formação de ondas. Um vídeo da simulação com a evolução da velocidade entre os tempos
t = 0 s e t = 8,0 s pode ser acessado pelo link https://youtu.be/mFMTyAKfTFY.
Figura 6- À esquerda, a evolução da velocidade nos tempos t = 0,02 s, t = 0,28 s e t = 0,90 s, de cima
para baixo. À direita, a evolução da velocidade nos tempos t = 1,17 s, t = 1,53 s e t = 2,59 s, de cima
para baixo.
A pressão de impacto ao longo do tempo foi obtida, porém, estes resultados mostraram-se
ruidosos. Com isso, foi utilizado um filtro passa-baixa com fator de filtragem de 0,1. O sinal de
pressão filtrado pode ser observado à esquerda da Fig. 7.
Figura 7- Histórico da pressão exercida pelo impacto de ondas sobre uma parede vertical. À esquerda,
resultados obtidos utilizando a Palabos. À direita, resultados obtidos experimentalmente e em simulação
por Veldman (2006).
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Figura 8- Momento em que há impacto de fluido pela segunda vez na parede vertical esquerda em
t = 5,62 s.
O pequeno aumento de pressão em t = 5,62 s, visto à esquerda na Fig. 7, ocorre quando
há um segundo impacto do escoamento na parede esquerda. A Fig. 8 mostra o momento exato
deste impacto.
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Wolf-Gladrow, D. A. (2005), Lattice-Gas Cellular Automata and Lattice Boltzmann Models. [S.l.]:
Springer.
Abstract. This work aims to simulate the two-phase flow in a fuel tank using the Lattice
Boltzmann Method. The simulation was performed using the Palabos library. Tank sloshing was
approached by a dambreak problem. The liquid and gaseous phases of the fuel were represented
by water and air, respectively. The impact pressure was monitored on a tank wall and the results
were similar to those found in the literature, which indicates the potential of the method under
analysis.
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Abstract Over the past few years, the production of composite materials reinforced with
natural fibers, has aroused great interest in researchers and industries. The importance
of using natural fibers is mainly due to the advantages of using these fibers when
compared to synthetic fibers. Natural fibers have important characteristics,
such as being from a renewable source, low price, non-toxic nature, lightness
and biodegradability. Furthermore, these fibers can be found easily in nature,
and m particularly in the Amazon region, the Guaruman (Ischinosiphon arouma) is a
species abundant this region. From this plant, the fibers are removed, which are being
evaluated as an alternative for reinforcement in composite materials. Thus,
the objective of this work is to evaluate the flexural strength of epoxy matrix
composites with guaruman fiber reinforcement. The composites were produced with
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1 INTRODUCTION
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common to other natural fibers such as biodegradability, low cost and lightness, [18].
Preliminary studies are being carried out to evaluate the potential of Guaruman fiber as
reinforcement in polymeric composites, the results obtained indicate that this fiber has
good mechanical properties and can play a promising reinforcement in polymeric
composites [19].
In the present study, the mechanical behavior in flexural of epoxy matrix
composites reinforced with up to 30vol% of volume of continuous guaruman fibers was
evaluated.
The composites were made from the fibers extracted from the stem of the
guaruman plant, collected in the metropolitan region of Belém. The polymer matrix
used was epoxy resin based on bisphenol A (GY 250) and catalyst based on aliphatic
amine in stoichiometric ratio 2:1.
Initially, the stem of Guaruman was cut in an average length of 40 cm, and
brought to the oven for a period of 4 hours to 60 °C for drying process. Subsequently,
the fibers were shredded and cut in an average length of 15 cm. Fig. 1 shows the
guaruman plant and Fig.2 the extracted fibers.
Fig. 1: The guaruman plant
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The test bodies were produced individually in silicone mold, where the resin was
poured over the fibers aligned longitudinally, the test bodies were removed from the
mold after 24h, period of curing the material. Composites with 10, 20 and 30% fiber
volume were produced.
The mechanical behavior of the composites has been assessed by the flexural
strength test following the guidelines of ASTM D 790 on the AROTEC WDW-100E 5
kN load cell test machine, the test was conducted at a displacement speed of the
machine head of 2 mm/min.
The results obtained were evaluated by analysis of variance (ANOVA), through
the F test with significance level of 5% for all tests.
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90
80
70
0 10 20 30
5
Elastic modulus (GPa)
0 10 20 30
(b)
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Total 1516,672 23
From the results obtained in the analysis of variance in Table 1, the calculated F
statistic (2.64) is lower than the critical F value (3.09). Thus, the mean flexural strengths
are not significantly different, considering the 95% confidence level. Therefore, it can
be said that the addition of guaruman fibers in an epoxy matrix does not significantly
influence the flexural strength of the composites.
The results presented in Fig. 3 (b) referring to the modulus of elasticity, show a
slight increase with the incorporation of guaruman fibers, however, when considering
the standard deviation bars, it is not possible to observe a significant difference in the
results. This behavior may be associated with a non-homogeneous distribution of fibers
in the matrix, due to the difficulty in processing the composites. The analysis of
variance (ANOVA) of the modulus of elasticity of composites reinforced with
guaruman fibers tested in flexural shown in Table 2.
4 Conclusions
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Abstract This work has the objective to evaluate the granulometry and the plasticity
index of the addition of up to 10% by wt of blast furnace sludge to a clay slag
constituted of strong and weak clay from the municipality of São Miguel do Guamá-PA.
The sedimentation and sieving test and the plasticity were determined by determining
the Atterberg limit, allowing to delimit the appropriate regions to manufacture certain
products and classify the compositions in zones of optimal and acceptable extrusion.
The results showed that the clays are kaolinitic and that contributes to a good plasticity
since the residue does not modify the workability of the clays in the compositions
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1 INTRODUCTION
Diversos tipos de resíduos são produzidos e as formas de descarte por vezes são
ineficientes ou inadequadas. Junkes (2011) [4] ressalta que nos últimos anos, a
reutilização de vários resíduos sólidos vem crescendo e a utilização desses materiais
como constituintes mássicos em cerâmica vermelha é uma alternativa viável para
descartar sem agredir o ambiente e melhorar as propriedades das peças cerâmicas.
Há estudos com adição de vários tipos de resíduos que podem ser incorporados
em massa argilosa para produção de peças de cerâmica vermelha e os resultados sobre
as propriedades tecnológicas têm se mostrado positivos. Dentre os diversos tipos de
resíduos que são incorporados à cerâmica vermelha destacam-se os resíduos de
siderurgia [5].
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Para este trabalho foi utilizada uma argila forte e uma argila fraca cedida pela
Cerâmica Menegalli, localizada no nordeste paraense e o resíduo cedido por um
siderúrgica localizada no sudeste do estado do Pará.
As matérias-primas assim como o resíduo foram encaminhados para a etapa de
beneficiamento no Laboratório de Síntese de Materiais Cerâmicos – LASIMAC da
Universidade Federal do Pará.
As argilas e a lama de alto forno foram secas em estufa a 110oC por 24 horas e,
em sequência, foram desagregadas em um moinho de jarro em cerâmica sinterizada
sobre rolos motorizados da marca Marconi modelo MA 500/CFT por 30min.
Posteriormente foi feita a identificação da argila forte (AFO), argila fraca (AFR) e a
lama de alto forno (LAF).
Em seguida os materiais foram passados em peneira de 325 mesh, as argilas
forte e fraca foram encaminhadas para realizar a espectrometria de raios-x (EDS)
utilizando o equipamento espectrômetro de fluorescência de raios x EDS-720X, marca
Shimadzu e a lama de alto forno para realizar a fluorescência de raios-x (FRX)
utilizando o equipamento Axios Minerals da PANalytical a fim de determinar a
composição química. [H1] Comentário: Retire esse
Após essa etapa, foram elaboradas, três composições, assim definidas: uma dado, não iremos apresentar os
dado0s de frx e eds
somente com a argila forte e argila fraca (AFOAFR) e as demais correspondentes à
incorporação do resíduo na massa argilosa, nos percentuais de 5% (AFOAFR5LAF) e
10% (AFOAFR10LAF) em peso. Estas composições foram homogeneizadas com
adição de 8% de umidade, e em seguida, passadas em moinho de bola da marca WORK
INDEX, Série 005 para sua homogeneização por 30min. e, em seguida, passadas na
peneira de 35 mesh.
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Onde:
P= limite de plasticidade.
O LL trata-se do máximo peso de água que pode ser adicionado a massa e que
permite que essa massa quando separada por uma ranhura se una novamente após 25
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Figura 1. Curva de distribuição do tamanho das partículas das argilas, dos resíduos das
composições estudadas.
Nota-se que tanto a AFO quanto AFR apresentam baixos percentuais de fração
“argila” o que se confirma que esse material é pouco argiloso, sendo a fração “silte” de
maior concentração granulométrica tanto na AFO quanto na AFR. Já a LAF não é
apresentada a fração “argila”, sendo a fração “areia” que apresenta maior índice
granulométrico.
Nas composições estudadas observa-se que a AFOAFR foi o que apresentou
baixo teor de fração “argila”, já as com adição do resíduo aumentou a fração “argila”
desses materiais, esse comportamento pode estar associado ao peneiramento dessas
massas, selecionando assim grãos menores.
Na figura 2 apresenta o diagrama de Winkler.
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Assim, pode-se inferir que a mistura entre a argila forte e a argila fraca
contribuiu para controlar a plasticidade das massas e que a utilização de até 5% em peso
da lama de alto forno favorece a produção de telhas.
4 Conclusions
Com o estudo conclui-se que as argilas cedidas pela empresa Cerâmica Menegalli são
de preeminência cauliníticas, assim essas argilas podem contribuir para uma boa
plasticidade do material uma vez que é o argilomineral responsável pelo
desenvolvimento da plasticidade em mistura com a água.
A lama de alto forno apresenta uma granulometria favorável à adição em massa
argilosa, da mesma forma que o resíduo não modifica a trabalhabilidade das argilas nas
concentrações estudadas, porém a sua adição não pode ultrapassar os 5%.
Assim, pode-se concluir que as composições AFOAFR e AFOAFR5LAF
apresentaram resultados favoráveis a fabricação de telhas
References
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Resumo. Esse trabalho tem como objetivo a formulação e solução do problema inverso de
estimação de propriedades termofísicas empregando uma abordagem Bayesiana. O potencial
de aplicação dessa abordagem abrange diversas áreas da engenharia e indústria. Uma placa
termicamente fina é considerada na formulação do problema direto de condução de calor, cuja
solução é obtida via Método de Diferenças Finitas (MDF). O problema de estimação de
parâmetros é então formulado como um problema inverso, cujo objetivo é estimar
propriedades termofísicas da placa empregando o método de Monte Carlo com Cadeias de
Markov convencional (MCMC), implementado via Algoritmo de Metropolis-Hastings.
1. INTRODUÇÃO
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Para o problema proposto, a Eq. (1) pode ser matematicamente escrita como
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𝜌𝑐𝑝 = 𝑤 (3)
1
[ℎ(𝑥)𝑇∞ + 𝑞”] = 𝑃(𝑥) (4)
𝐿𝑧
𝑇𝑚 (𝑥, 0) = 𝑇∞ , 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝐿𝑥 (6)
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𝐿𝑥
𝑞 ′′ 𝑎𝑞 , 0≤𝑥≤
′′ ( )
𝑞 𝑥 = { 2 (8)
𝐿𝑥
0, < 𝑥 ≤ 𝐿𝑥
2
′′
Neste trabalho foi considerado 𝑞𝑎𝑞 = 440,5 W/m². Este valor foi escolhido de acordo com
experimentos reais realizados no Laboratório Patrícia Oliva Soares de Experimentação e
Simulação Numérica em Transferência de Calor e Massa - LEMA (Torres, 2018). O coeficiente
de troca térmica efetivo, ℎ(𝑥 ), leva em consideração a perda de calor da placa para a vizinhança,
na temperatura 𝑇∞ = 24 °C. Esta troca de calor envolve a convecção natural em uma placa
vertical e a linearização do fluxo de calor devido à radiação numa vizinhança na temperatura
𝑇∞ . Assumindo que as regiões com e sem aquecimento da placa possuem diferentes valores de
temperatura, o coeficiente de troca térmica efetivo pode ser modelado por uma função definida
por partes, sendo ela
𝐿𝑥
ℎ𝑥0 , 0≤𝑥≤
ℎ (𝑥 ) = { 2
𝐿𝑥 (9)
ℎ𝑥𝐿 , < 𝑥 ≤ 𝐿𝑥
2
onde ℎ𝑥0 = 17,0 W/m²K e ℎ𝑥𝐿 = 4,0 W/m²K. Estes valores também foram calculados
considerando o aparato experimental disponível no laboratório LEMA (Torres, 2018).
O Método das Diferenças Finitas (MDF) é empregado para obtenção de uma solução
aproximada, fisicamente satisfatória, da equação que modela o problema físico abordado. De
modo geral, o MDF pode ser resumido em dois passos principais, o primeiro passo consiste na
discretização do domínio de interesse, i.e, a solução do problema deixa de ser contínua e passa
a ser calculada em pontos discretos da malha. No segundo passo, as derivadas do potencial
𝑇𝑚 (𝑥, 𝑡) são aproximadas por expansões de Taylor usando os nós da malha discretizada.
Conforme pode ser visto na Figura 2, o domínio contínuo (𝑥, 𝑡) é substituído por uma malha
computacional onde cada nó (𝑥𝑖 , 𝑡𝑛 ) é identificado pelo par de índices (𝑖, 𝑛).
Considerando o domínio discretizado, apresentado na Figura (2), e as expansões em séries
de Taylor para as derivadas, considerando diferenças avançadas no tempo e centradas no
espaço, cada um dos termos da Eq. (5) pode ser então aproximado por
𝑛+1 𝑛
𝜕𝑇𝑚 (𝑥𝑖 , 𝑡𝑛 ) 𝑇𝑚 𝑖 − 𝑇𝑚 𝑖 (10)
=
𝜕𝑡 ∆𝑡
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𝑛 𝑛 𝑛
𝜕²𝑇𝑚 (𝑥𝑖 , 𝑡𝑛 ) 𝑇𝑚 𝑖+1 − 2𝑇𝑚 𝑖 + 𝑇𝑚 𝑖−1 (11)
=
𝜕𝑥² ∆𝑥²
onde
𝑇𝑚 𝑛+1
𝑖
= 𝑇𝑚 (𝑥𝑖 , 𝑡𝑛+1 ), 𝑇𝑚 𝑛𝑖 = 𝑇𝑚 (𝑥𝑖 , 𝑡𝑛 ), 𝑖 = 1, … , 𝐼 − 1, 𝑛 = 1, … , 𝑁𝑡𝑓
𝑘
Utilizando as Eqs. (10) e (11) e considerando a difusividade térmica 𝛼 = 𝑤 [m²/s], a Eq.
(5) pode ser reescrita na forma discretizada como
𝛼∆𝑡 𝑛 ∆𝑡 ∆𝑡 (12)
𝑇𝑚 𝑛+1 = 𝑇𝑚 𝑛𝑖 + [𝑇𝑚
𝑛
− 2𝑇𝑚
𝑛
+ 𝑇𝑚
𝑛
] − 𝑇𝑚 ℎ 𝑖 + 𝑃
𝑖 ∆𝑥 2 𝑖+1 𝑖 𝑖−1 𝑖 𝑤𝐿
𝑧 𝑤 𝑖
Para a representação das condições de contorno do problema original, Eqs. (7a) e (7b), pelo
Método das Diferenças Finitas, é considerado o uso de nós fictícios, permitindo, deste modo,
empregar diferenças centradas nos contornos. Então é possível escrever, para os contornos em
𝑖 = 0 e 𝑖 = 𝐼, respectivamente
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A solução final do problema inverso pode ser consideravelmente afetada por incertezas,
que são inerentes aos erros experimentais e/ou ao modelo computacional, por exemplo. Tais
incertezas podem ser levadas em consideração a partir de uma abordagem probabilística, onde
os parâmetros do problema são modelados como variáveis aleatórias. Este tipo de
caracterização do problema é adotada na denominada inferência Bayesiana, cujo objetivo é
gerar uma distribuição de probabilidade a posteriori dos parâmetros de interesse, a partir de
informações a priori de seus valores e a partir de dados experimentais disponíveis.
Do ponto de vista Bayesiano, a solução do problema inverso, dadas as observações
experimentais 𝒁𝑬 , é uma função densidade de probabilidade a posteriori de 𝜷 = [𝑤, 𝑘]𝑇 ,
denotada por 𝑝(𝜷|𝒁𝑬 ), que pode ser escrita, de acordo com o teorema de Bayes, como
𝑝( 𝒁 𝑬 | 𝜷 ) 𝑝( 𝜷 ) (17)
𝑝( 𝜷 | 𝒁 𝑬 ) =
𝑝(𝒁𝐸 )
onde 𝑝(𝒁𝑬 |𝜷) é a função de verossimilhança (Schwaab e Pinto, 2007), 𝑝(𝜷) é a densidade de
probabilidade a priori de 𝜷 e 𝑝(𝒁𝐸 ) é a densidade marginal, que funciona como uma constante
de normalização.
Amostras da distribuição a posteriori dos parâmetros de interesse, cuja simulação direta é
inviável, podem ser obtidas através dos métodos de Monte Carlo via Cadeias de Markov
(MCMC), cuja ideia é simular amostras aleatórias no domínio do parâmetro 𝜷, de tal forma,
que convirjam para a distribuição a posteriori 𝑝(𝜷|𝒁𝑬 ), utilizando técnicas de simulação
iterativa, baseadas em cadeias de Markov.
Algoritmos específicos são utilizados para a obtenção das cadeias de Markov, onde
neste trabalho será utilizado o algoritmo de Metropolis-Hastings, que faz uso de uma função
densidade de probabilidade auxiliar q, para obter amostras da distribuição de probabilidade a
posteriori 𝑝(𝜷|𝒁𝑬 ). O algoritmo pode ser especificado pelos seguintes passos (Kaipio e
Sommersalo, 2004).
Passo 1: Determinar um estado inicial para a cadeia 𝜷0 e atribuir 𝑗 = 1.
Passo 2: Gerar um candidato 𝜷∗ a partir da distribuição auxiliar 𝑞(𝜷∗ |𝜷𝑗−1 )
Passo 3: Calcular o fator de aceitação 𝛾 (Razão de Hastings)
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4. RESULTADOS NUMÉRICOS
A solução do problema direto via Método das Diferenças Finitas Explícito é obtida
considerando uma placa com comprimento 𝐿𝑥 = 0,08m e uma malha computacional com 𝛥𝑥
= 1/ 4000 m e 𝛥𝑡 = 0,2 s. A Figura 3 apresenta a superfície solução obtida considerando o tempo
final 𝑡𝑓 = 7000 s.
Na Figura 4(a) estão as curvas de temperatura calculadas na placa para alguns instantes de
tempo. Percebe-se que as magnitudes de temperatura, entre as metades com e sem aquecimento,
são significativamente distintas. Na Figura 4(b) estão as curvas da solução numérica, calculadas
nos pontos 𝑥 = 0,02, 𝑥 = 0,04 e 𝑥 = 0,06 𝑚, em função do tempo. Mais uma vez é possível
observar que as maiores temperaturas são atingidas na posição 𝑥 = 0,02 𝑚. Nota-se também
que, em 𝑥 = 0,06 𝑚, ponto médio da metade não aquecida da placa, praticamente não há
variação de temperatura com o avanço do tempo.
(a) (b)
Figura 4 – (a): Distribuição da temperatura ao longo da superfície da placa (b): Variação da temperatura em
algumas posições ao longo do tempo.
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Os resultados obtidos pelo Método das Diferenças Finitas Explícito foram consistentes
com os resultados apresentados na literatura especializada (Torres, 2018).
Considerando um regime estacionário, com base no problema direto, foi possível calcular
as temperaturas nas distintas posições da placa, que foram utilizados para calcular os dados
experimentais sintéticos, no qual considerou-se a presença de um ruído aditivo, com
distribuição gaussiana de média zero e desvio 𝝈 = 0,5𝑰𝑁𝑑 , onde 𝑁𝑑 o número de dados
experimentais e 𝑰𝑁𝑑 é a matriz identidade de ordem 𝑁𝑑 . Foram utilizadas cadeias de Markov
com 𝑁𝑚𝑐𝑚𝑐 = 5000 estados e um burn-in de 𝑁𝑏 = 2500 estados foi considerado para
inferência das propriedades estatísticas. As Figuras 5 e 6 e a Tabela 1 apresentam os
resultados obtidos considerando como estado inicial 𝜷0 = [𝑤 = 1,0 x 106 ; 𝑘 = 0,1].
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Para o resultado obtido nesse trabalho, a taxa de aceitação foi de 50,44%. Analisando a
Figura 6 e a Tabela 1, pode-se observar que as cadeias de Markov obtidas apresentaram uma
rápida convergência, em torno de 500 estados, aproximadamente. Observa-se também erros
relativos pequenos, da ordem de 10−2 para a condutividade térmica 𝑘 e 10−3 para a capacidade
térmica volumétrica 𝑤, o que implica que os valores estimados estão próximos dos valores
exatos. As funções densidade de probabilidade a posteriori (PDFs) estimadas, Figura 7,
apresentaram um comportamento aproximadamente normal, mostrando que valores próximos
às médias estimadas apresentam alta probabilidade de ocorrência. Ressalta-se também que o
MCMC apresentou uma boa amostragem das PDFs a posteriori, consequência de uma
exploração adequada do domínio de busca dos parâmetros estimados. Além disso, os valores
exatos estão contidos nos intervalos obtidos com 95% de credibilidade. Os resultados obtidos
nesse trabalho empregando o MCMC demonstraram a eficácia dessa metodologia para a
estimação de propriedades termofísicas de uma placa termicamente fina.
5. CONCLUSÕES
Agradecimentos
Os autores agradecem o apoio financeiro fornecido pela Fundação Carlos Chagas Filho
de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) – Código de Financiamento
001 e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
REFERÊNCIAS
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Abstract. This work aims to formulate and solve the inverse problem of estimating
thermophysical properties employing a Bayesian approach. The potential for applying this
approach covers several areas of engineering and industry. A thermally thin plate is considered
in the formulation of the direct problem of heat conduction, whose solution is obtained via
Finite Difference Method (FDM). The parameter estimation problem is then formulated as an
inverse problem, whose objective is to estimate thermophysical properties of the plate
employing the Markov Chain Monte Carlo Method (MCMC), implemented via Metropolis-
Hastings Algorithm.
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Resumo. O presente trabalho tem por objetivo a formulação e solução do problema inverso
de identificação de danos estruturais empregando Inferência Bayesiana. Para a solução do
problema direto, serão considerados o Método de Elementos Finitos (MEF) e o Modelo de
Superfı́cie de Resposta (MSR), parametrizados por um parâmetro denominado parâmetro de
coesão, o qual descreve continuamente a integridade da estrutura. O problema de identificação
de danos é então formulado como um problema inverso, cujo objetivo é estimar o parâmetro
de coesão da estrutura empregando os métodos de Monte Carlo com Cadeias de Markov con-
vencional, adaptativo e populacional. No entanto, devido ao alto custo computacional inerente
aos MEFs, será implementado uma combinação desses métodos com o método de aceitação
atrasada, onde o Modelo de Superfı́cie de Resposta será utilizado em substituição ao Método
de Elementos Finitos, com o objetivo de reduzir o custo computacional.
Keywords: Inferência Bayesiana, Métodos de Monte Carlo com Cadeias de Markov, Modelo
de Superfı́cie de Resposta, Método de Aceitação Atrasada
1. Introdução
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3
h(x)
β(x) = (2)
h0
Em muitos casos a relação explı́cita entre a resposta da estrutura e os parâmetros de interesse não
é conhecida. Nesse trabalho, será considerada uma função de resposta polinomial quadrática,
muito utilizada em problemas envolvendo dinâmica estrutural (Montgomery, 2006). Sendo
assim,
n
X n
X n X
X n
Gi,j = α0 + αk xk + αkk x2k + αkl xk xl (6)
k=1 k=1 k<l l=2
onde αk , αkk e αkl são os coeficientes da superfı́cie de resposta, que são determinados a partir
do método dos mı́nimos quadrados. Os parâmetros de entrada e saı́da do MSR são, respectiva-
mente, os parâmetros de coesão e a matriz de flexibilidade da estrutura, e sua determinação será
realizada considerando-se simulações numéricas a partir do MEF da estrutura. Para cada res-
posta escalar Gi,j determina-se uma superfı́cie de resposta, por simplicidade, será denominado
MSR o conjunto das superfı́cies de resposta.
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A abordagem inversa é uma ferramenta muito eficaz para o ajuste de modelos computaci-
onais e permite a estimação dos parâmetros de interesse, onde leva-se em consideração dados
experimentais para ajuste de grandezas desconhecidas (Ozisik, 2000). Do ponto de vista Baye-
siano, a solução do problema inverso, dadas as observações experimentais a posteriori ZE , é
uma função de densidade de probabilidade de β, que pode ser escrita, de acordo com a fórmula
de Bayes, como (Tanner, 1993)
p(ZE |β)p(β)
p(β|ZE ) = (7)
p(ZE )
onde p(β) é a distribuição de probabilidade a priori do parâmetro de coesão, p(ZE ) é a den-
sidade marginal e p(ZE |β) é a verossimilhança. Amostras da distribuição a posteriori de in-
teresse, cuja simulação direta é inviável, podem ser obtidas a através dos métodos de Monte
Carlo com Cadeias de Markov (MCMC). Com base em cadeias de Markov, os valores são
gerados iterativamente. A ideia geral dos métodos MCMC é simular amostras aleatórias no
domı́nio do parâmetro β, de tal forma, que a distribuição estacionária das amostras convirja
para a distribuição a posteriori p(β|ZE ). Para isso, são utilizados algoritmos especı́ficos. Neste
trabalho, foi utilizado o algoritmo de Metropolis-Hastings que faz uso de uma função densidade
de probabilidade auxiliar q, da qual seja fácil se obter valores amostrais. Supondo que a cadeia
de um dado parâmetro de coesão esteja em um estado β i−1 , um novo valor candidato β ∗ será
gerado da distribuição auxiliar q(β ∗ |β i−1 ), dado o estado atual da cadeia β i−1 . O novo valor
β ∗ pode ser aceito com probabilidade dada pela Razão de Hastings (Hastings, 1970)
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Npop
Y
1:Npop
pc (β |ZE ) = [p(ZE |β m )ζm p(β m )] (11)
m=1
Com o objetivo de reduzir o custo computacional, será utilizado o método de aceitação atra-
sada implementado em dois estágios. Seja π a densidade alvo com probabilidade de transição
0
p. O método da aceitação atrasada utiliza aproximações π com probabilidade de transição p0
(menos custosas computacionalmente) de π em dois estágios. No primeiro estágio, π é subs-
0
tituı́da por π na razão de Hastings, dessa forma o candidato é aceito ou não com probabilidade
0
α1 (β i−1 , β ∗ ). O segundo estágio é aplicado a todos os candidatos que passaram no primeiro
estágio e um candidato só é definitivamente aceito se passar em ambos os estágios. No estágio
0
dois a probabilidade de aceitação é dada por α2 (β i−1 , β ∗ ). A probabilidade de aceitação glo-
0 0
bal dada por γ = α1 (β i−1 , β ∗ )α2 (β i−1 , β ∗ ), assegura que a condição de reversibilidade seja
satisfeita com respeito a p, com (Sherlock et al., 2015)
" 0
#
∗ i−1 ∗
0 p (β |ZE )q(β |β )
α1 (β i−1 , β ∗ ) = min 1, 0 i−1 (12)
p (β |ZE )q(β ∗ |β i−1 )
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" 0
#
0 p(β ∗ |ZE )p (β i−1 |ZE )
α2 (β i−1 , β ∗ ) = min 1, (13)
p(β i−1 |ZE )p0 (β ∗ |ZE )
4. Resultados Numéricos
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de credibilidade obtidos não contêm os valores exatos. Também é observado que o MCMC con-
vencional apresentou uma taxa de aceitação baixa, indicando assim um processo de estagnação
de suas cadeias de Markov.
1.05 1.1
µ est βexato Int. Credibilidade
1
1
0.9
0.95
0.8
β 2-24
h/h0
0.9 0.7
0.6
0.85
0.5
0.8
0.4
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.46 0 2 4 6 8 10
x(m) Nmcmc ×10 4
(a) MCMC (b) Cadeias de Markov - MCMC
1.05 1.1
µ est βexato Int. Credibilidade
1
1
0.9
0.95
0.8
β 2-24
h/h0
0.9 0.7
0.6
0.85
0.5
0.8
0.4
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.46 0 2 4 6 8 10
x(m) Nmcmc ×10 4
(c) AdpDA-MCMC (d) Cadeias de Markov - adpDA-MCMC
1.05 1.1
µ est βexato Int. Credibilidade
1
1
0.9
0.95
0.8
β 2-24
h/h0
0.9 0.7
0.6
0.85
0.5
0.8
0.4
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.46 0 2 4 6 8 10
x(m) Nmcmc ×10 4
(e) popAdpDA-MCMC (f) Cadeias de Markov - popAdpDA-MCMC
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Com tudo que foi apresentado nesse trabalho, é possı́vel concluir que as técnicas adaptati-
vas e populacionais aqui abordadas lograram êxito em contornar as dificuldades apresentadas
pelo MCMC convencional, demostrando assim a eficácia desses métodos em identificar danos
estruturais.
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5. Conclusões
Agradecimentos
Os autores agradecem o apoio financeiro fornecido pela Fundação Carlos Chagas Filho de
Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), pela Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nı́vel Superior - Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001 e pelo Conselho
Nacional de Desenvolvimento Cientı́fico e Tecnológico (CNPq).
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Abstract. This work aims to formulate and solve the inverse problem of structural damage
identification employing Bayesian Inference. For the solution of the direct problem, the Finite
Element Method (FEM) and the Response Surface Model (RSM) will be considered, parame-
terized by a parameter called cohesion parameter, which continuously describes the integrity
of the structure. The damage identification problem is then formulated as an inverse problem,
whose objective is to estimate the cohesion parameter of the structure using the Markov Chain
Monte Carlo Method conventional, adaptive and population methods. However, due to the high
computational cost inherent to MEFs, a combination of these methods will be implemented
with the Delayed Acceptance Method (DA), where the Response Surface Model will be used to
replace the Finite Element Method, in order to reduce the computational cost.
Keywords: Bayesian Inference, Markov Chain Monte Carlo Method, Response Surface Model,
Delayed Acceptance Method
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1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos tem ocorrido um crescimento significativo na utilização de materiais vis-
coelásticos em diferentes áreas, como a aeroespacial, automotiva e estrutural (Rao, 2003). Tais
áreas lidam com sistemas mecânicos que estão sujeitos a carregamentos dinâmicos, os quais, em
determinadas condições podem causar nı́veis excessivos de vibração podendo, inclusive, causar
falhas estruturais, ocasionando assim grandes prejuı́zos à sociedade. Sendo assim, torna-se im-
prescindı́vel o desenvolvimento de técnicas de construção de sistemas mecânicos com controle
e isolamento de vibração adequado, permitindo assim aplicações das mesmas nas mais diversas
áreas da engenharia, como por exemplo, no desenvolvimento de amortecedores viscoelásticos
utilizados para o controle de vibrações em máquinas, estruturas aeronáuticas e em mecanismos
de dissipação de energia em edifı́cios, como proteção contra abalos sı́smicos. Essas medidas
geram impactos diretos na redução dos custos operacionais e manutenção adequada do funcio-
namento estrutural.
Nesse contexto, o presente projeto propõe a aplicação da abordagem Bayesiana para a
formulação e solução do problema inverso de estimação de propriedades mecânicas de um
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sistema mecânico discreto. Devido a sua grande aplicabilidade e eficiência, os métodos Bayesi-
anos estão, cada vez mais, sendo utilizados pela comunidade cientı́fica para resolução de proble-
mas em diversas áreas de interesse (Malakoff, 1999). Além de permitir que informações a priori
sejam incorporadas ao modelo, a facilidade de incorporá-las em um contexto formal de decisão,
o tratamento explı́cito das incertezas do problema e a habilidade de assimilar novas informações
em contextos adaptativos são algumas de suas vantagens (Costa, 2004). Nesta abordagem, as
grandezas do problema são modeladas como variáveis aleatórias e são utilizadas Funções de
Distribuição de Probabilidade (PDF) para incorporar ao processo de estimação de parâmetros
informações prévias sobre os próprios parâmetros a serem estimados. Uma aproximação da
função densidade de probabilidade a posteriori dos parâmetros de interesse é obtida ao final do
processo (Teixeira et al., 2020).
A formulação do problema direto é baseada no modelo de variáveis internas de dissipação
de um amortecedor viscoelástico (Vasques et al., 2010). O problema inverso de estimação
de propriedades mecânicas é baseado em alterações na resposta impulsiva do sistema e a sua
solução será obtida empregando o Método de Monte Carlo com Cadeias de Markov convencio-
nal (MCMC).
Z t
∂ε(t)
σ(t) = Erel (t)ε(0) + Erel (t − τ ) dτ (1)
0 ∂t
onde σ(t) e ε(t) são, respectivamente, a tensão e a deformação normal do material e Erel
representa o módulo de relaxação.
Diferentes módulos de relaxação são propostos na literatura especializada (Vasques et al.,
2010). No presente trabalho, o módulo de relaxação adotado é dado por
ni
!
X
Erel,i (t) = E∞i 1+ ∆i,k e−Ωi,k t (2)
k=1
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E∞2 , ∆2 , Ω2 E∞1 , ∆1 , Ω1
m2 m1
d2 d1
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p(ZE |β)p(β)
p(β|ZE ) = (6)
p(ZE )
onde p(β|ZE ) é a distribuição a posteriori de β e representa o conhecimento atualizado sobre
o parâmetro β, p(ZE |β) é, com as hipóteses do modelo perfeito e de experimento bem feito
(Schwaab & Pinto, 2007), é a função de verossimilhança, p(β) é a informação a priori de β e
p(ZE ) é a distribuição marginal de ZE , dada por
Z
p(ZE ) = p(ZE |β)p(β)dβ (7)
Algoritmos especı́ficos são utilizados para a obtenção das cadeias de Markov, onde neste
trabalho será utilizado o algoritmo de Metropolis-Hastings, que faz uso de uma função den-
sidade de probabilidade auxiliar q(β ∗ |β j−1 ), com a finalidade de amostras da distribuição de
probabilidade a posteriori p(β|ZE ), passando por um crivo estocástico, baseado em p(·)q(·),
para avaliar se serão aceitos ou não (Paulino, 2018), essa avaliação ocorre por meio do fator de
aceitação γ, conhecido como Razão de Hastings, dado por Hastings (1970); Tanner (1993)
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Quando um candidato β ∗ é aceito ele é atribuı́do a β j , quando isso não ocorre então β j−1
é atribuı́do a β j , em ambas as situações um novo candidato é gerado seguindo os mesmos
critérios, esse processo é repetido até que o tamanho da cadeia de Markov Nmcmc , definido
previamente, seja atingido. Os estados gerados até que a cadeia alcance o equilı́brio são de-
nominados de amostras de aquecimento, com tamanho denotado por Nb . Tais amostras são
descartadas para que a inferência estatı́stica dos parâmetros de interesse seja realizada.
4. RESULTADOS NUMÉRICOS
Ps
SNR = 10 log (9)
Pn
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Uma análise de sensibilidade do sistema aos parâmetros viscoelásticos foi realizada e de-
monstrou que os parâmetros E∞i e ∆i não podem ser facilmente estimados simultaneamente,
pois apresentam um alto grau de correlação entre eles, por esse motivo o parâmetro E∞ para
ambos os amortecedores foi previamente definido e não será incluı́do no vetor β a ser estimado.
Sendo assim, no presente trabalho, o vetor de interesse β é composto pelas seguintes variáveis
internas de dissipação dos amortecedores viscoelásticos:
β = [∆1 , Ω1 , ∆2 , Ω2 ] (10)
Parâmetro Valor
m1 1(kg)
m2 1(kg)
k1 100(N/m)
k2 100(N/m)
d1 1,1(N.s/m)
d2 0,8(N.s/m)
E∞1 10(N/m)
∆1 5
Ω1 20(s−1 )
E∞2 10(N/m)
∆2 5
Ω2 20(s−1 )
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Para o resultado apresentado nesse trabalho, a taxa de aceitação foi de 27,04%. Analisando
as Figuras 3 e 4 e a Tabela 2, observa-se que as cadeias de Markov obtidas convergiram rapida-
mente, em torno de 5000 estados, aproximadamente. É observado também que os erros relati-
vos obtidos foram pequenos, da ordem de 10−3 , o que implica que os valores estimados estão
próximos dos valores exatos. Observa-se ainda que as Funções Densidade de Probabilidade
a posteriori (PDFs) estimadas, Figuras 3b e 4b, apresentam comportamento aproximadamente
normal, mostrando que as médias estimadas no problema inverso apresentam alta probabilidade
de ocorrência. Ressalta-se também que o MCMC apresentou uma boa amostragem das PDFs
a posteriori, consequência de uma exploração adequada do domı́nio de busca dos parâmetros
estimados. Além disso, os valores exatos estão contidos nos intervalos obtidos com 95% de cre-
dibilidade, indicando com alto grau de credibilidade, que eles pertencem ao suporte das PDFs
estimadas. O resultado obtido nesse trabalho empregando o MCMC convencional demonstrou
a eficácia dessa metodologia para a estimação das variáveis internas de dissipação dos amorte-
cedores viscoelásticos do sistema mecânico adotado.
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5. CONCLUSÃO
Este trabalho apresentou a aplicação do método de Monte Carlo com Cadeias de Markov,
implementado via algoritmo de Metropolis-Hastings, na estimação de parâmetros viscoelásticos
de um sistema com dois graus de liberdade. Foi adotado na formulação do problema direto o
modelo de variáveis internas para os amortecedores viscoelásticos. Observou-se que o método
MCMC convencional, nas condições adotadas neste trabalho, apresentou resultados adequados,
conseguindo estimar acuradamente os parâmetros viscoelásticos do sistema adotado. As cadeias
de Markov obtidas apresentaram rápida convergência e as Funções Densidade de Probabilidade
a posteriori, que é a solução do problema inverso, apresentaram boa amostragem.
Agradecimentos
Os autores agradecem o apoio financeiro fornecido pela FAPERJ, Fundação Carlos Chagas
de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, ao CNPq, Conselho Nacional de Desenvol-
vimento Cientı́fico e Tecnológico e à CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nı́vel Superior - Código de Financiamento 001.
Referências
Christensen, R. M. (1982), “Theory of Viscoelasticity”. Academic Press (2a ed.), New York.
Costa, W. U. (2004), “Técnicas Bayesianas para engenharia elétrica”. Informe de pesquisa, p. 1–18.
Hastings, W. K. (1970), “Monte Carlo sampling methods using Markov Chain and their applications”,
Biometrika, vol. 57 pp. 97–109 .
Kaipio, J.; Sommersalo, E. (2004) “Statistical and Computational Inverse Problems”, New York:
Springer-Verlag.
Malakoff, D. M. (1999), “Bayes offers “new” way to make sense of numbers”. Science, v. 268, p.
1460–1464.
Paulino, C.D.; Turkman, M.A.A.; Murteira, B.; Silva, G.L. (2018),“Estatı́stica Bayesiana”, 2o ed.,
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
Rao, D.K. (2003), “Recent Applications of Viscoelastic Damping for Noise Control in Automobiles and
Commercial Airplanes”, Journal of Sound and Vibration, Vol. 262, No. 3, pp. 457-474.
Schwaab, M., Pinto, J.C. (2007), “Análise de Dados Experimentais I: Fundamentos de Estatı́stica e
Estimação de Parâmetros”, E-papers, Rio de Janeiro.
Tanner, M. A. (1993), “Tools for Statistical Inference: Methods for the exploration of posterior distri-
butions and likelihood functions”. New York: Springer Verlag.
Teixeira, J. S., Stutz, L. T., Knupp, D. C.; Silva Neto, A. J. (2020), “A new adaptive approach of the
Metropolis-Hastings algorithm applied to structural damage identification using time domain data”,
Applied Mathematical Modelling, vol. 82, pp. 587-606.
Vasques, C., Moreira, R., Rodrigues, J. (2010), “Viscoelastic damping technologies - Part I: Modeling
and finite element implementation”, Journal of Advanced Research in Mechanical Engineering, vol.
1, pp. 76-95.
Abstract. The present work aims to formulate and solve the inverse problem of estimating
mechanical properties of a discrete mechanical system, employing a Bayesian approach. In the
formulation of the direct problem, a discrete mechanical system with viscous and viscoelastic
damping will be considered. In this work, the parameter estimation problem is formulated
as an inverse problem, whose objective is to estimate the internal dissipation variables of the
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viscoelastic dampers using the Markov Chain Monte Carlo Method (MCMC), implemented via
Metropolis-Hastings Algorithm.
Keywords: Inverse Problems, Viscoelastic Damping, Bayesian Inference, Markov Chain Monte
Carlo Method
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Resumo. Este trabalho propõe uma aplicação de controle ótimo em um modelo de circuito
elétrico equivalente para simular os sinais elétricos em plantas. Estes sinais são ocasionados
por fluxos iônicos através da membrana celular. A aplicação de controle neste sistema tem
como objetivo representar a ação das bombas eletrogênicas. Um modelo fı́sico foi proposto
e gerou um conjunto de equações diferenciais lineares que foram resolvidas numericamente.
Resultados mostram que o sistema controlado volta ao seu estado de equilı́brio em perı́odo de
tempo menor do que o sistema sem a aplicação do controle. Isso sugere uma maior capacidade
de ciclos no que diz respeito a emissão de sinais.
1. INTRODUÇÃO
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Figura 1- Representação pictórica da seção transversal da membrana celular. Na figura à esquerda (A)
ilustra as cargas dos ı́ons que podem atravessar essa membrana e na figura à direita (B) os componentes
em termos de circuito elétrico. O fluxo de ı́ons irá ocasionar a corrente iônica. A membrana plasmática
irá fazer o papel de um dielétrico, fazendo com que essa se comporte como um capacitor de placas
paralelas. Os εn são os chamados potenciais de eletroestimulação, que podem ser os responsáveis pelo
transporte ativo de ı́ons através da membrana celular ou um estı́mulo que é desencadeado por um agente
externo.
Figura 2- Circuito elétrico proposto para a eletroestimulação da membrana celular. Através dos
potenciais de eletroestimulação εn , medimos como o sistema responde por meio dos potenciais Vn
criados nos capacitores Cn .
Na Figura 2, as correntes que passam por cada subcanal são representadas por ı́on para
n = Ca2+ , K + e Cl− ou n = 1, 2 e 3. Rn são as resistências dos subcanais e Cn são as
capacitâncias. Os Vn são as tensões nos capacitores, que são as nossas funções resposta aos
estı́mulos provocados pelos potenciais de eletroestimulação ε = εa , εk e εl . A partir da Figura
2, notamos que o circuito é composto por duas malhas fechadas (I) e (II). Da relação para
capacitores ideais, onde a capacidade de separação de cargas que entre duas placas condutoras
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i2 = i1 + i3 . (2)
εa − V1 − i1 Ra − i2 Rk − V2 + εk = 0, (5)
εl − V3 − i3 Rl − i2 Rk − V2 + εk = 0. (6)
Rl Rl
onde RA = Rl + Ra + Ra e RB = Rk + Rl + Rk . Observe que a partir desse sistema,
Rk Ra
calculados os potenciais V1 e V2 , o potencial V3 é diretamente obtido usando a Eq. (4). Esta
equação só é verdade se usarmos as condições iniciais V1 (0) = V2 (0) = 0 para t = 0. Soluções
analı́ticas para Vn podem ser obtidas para os potenciais de eletroestimulação εn constantes
(resultado não mostrado aqui). Neste trabalho, nosso maior interesse é usar esses potenciais
variando com o tempo, principalmente na forma de pulso. Portanto, vamos apresentar apenas
resultados obtidos numericamente para o sistema (7). Para obtenção das soluções, foi usado
o software Matlab, que emprega o método de Runge-Kutta de quarta ordem. As principais
funções (pulsos) de eletroestimulação εn (t) que foram empregadas são descritas a seguir.
Pulso quadrado, definido como
0, t < a,
εn (t) = h, a < t < b, (8)
0, t > b,
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Figura 3- Trajetórias temporais Vn (em mV) do sistema sem controle mediante a eletroestimulação εn
(representada por V0 ) dada por um pulso quadrado, de duração 0.01 e amplitude 1.
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Figura 4- Trajetórias temporais Vn (em mV) do sistema sem controle mediante a eletroestimulação εn
dada por dois pulsos triangulares, de duração 1 cada um e amplitude 0.5.
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onde Q é uma matriz de pesos semi definida positiva, R é uma matriz definida positiva e u é a
função de controle ótimo obtida pela equação,
onde B é a matriz de controle e P é uma matriz positiva definida, que é obtida da solução da
equação matricial de Riccati:
AT P + P A − P BR−1 B T P + Q = 0, (15)
V̇ = AV + Bu + C, (16)
onde
−1 Ca Rl −1 Rl Ck
1+ + −
Ca RA Cl Rk Ca RA
Rk Cl
A= , (17)
−1 Rl Ca −1 Rl Ck
− 1+ −
Ck RB Ra Cl Ck RB Ra Cl
0 V̇1 V1
B= , V̇ = ,V = , (18)
1 V̇2 V2
e
1 Rl Rl
Ca RA εa + εa Ra − εl + εk Rk
C= . (19)
1 Rl Rl
εa + εl + εk + εk
Ck RB Ra Ra
Sendo
100 0
Q= , R = 1, (20)
0 100
obtemos
1.4254 −0.3098
P = . (21)
−0.3098 9.8017
Substituindo os valores das constantes já apresentadas na seção anterior, obtém-se a matriz
de estado
−35.0919 −8.3786
A= . (22)
−0.2154 −0.4652
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A função de controle u(t), representa a alteração nas capacitâncias (que pode ser no meio
dielétrico) e resistências dos canais de ı́ons, causadas pela ação das bombas de H + .
A condição de controlabilidade completa de estado do sistema é obtida da matriz de
controlabilidade
M = [B|AB], (24)
4. CONCLUSÕES
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elétrico da célula ser atingido. Uma vez o sistema estando em equilı́brio o libera novamente
para ser estimulado, aumentando o número de ciclos. Essa alteração no comportamento fez com
que as trajetórias temporais similares a potenciais de variação passassem a ter comportamentos
similares a potenciais de ação, caracterizando assim a ação das bombas eletrogênicas presentes
nas células.
Agradecimentos
A autora Gesiéle S. da Rosa agradece à Stoller do Brasil pelo apoio financeiro recebido.
REFERÊNCIAS
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2 REVISÃO DA LITERATURA
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De acordo com Porter (1992), as atividades que geram valor podem ser divididas entre
atividades principais e atividades de apoio. As atividades principais têm relação com a criação
física de um produto, sua venda e distribuição a compradores e seu serviço pós-venda. Enquanto
as atividades de apoio proporcionam o apoio necessário para a implementação das atividades
principais
A matriz SWOT é realizada com o objetivo de definir as estratégias empresariais, focando
em manter os pontos fortes, reduzir a intensidade dos pontos fracos, aproveitar as oportunidades
e proteger-se das ameaças (Figura 2).
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3. METODOLOGIA
A natureza desta pesquisa é aplicada e com base em seus objetivos pode ser considerada
descritivo-exploratório. Em relação aos seus procedimentos técnicos é utilizado o estudo de
caso, em que possui como objeto de estudo um escritório de arquitetura na cidade de Campos
dos Goytacazes, RJ e busca elucidar a realidade da empresa com a metodologia de um
planejamento estratégico. Neste estudo, foi realizado a técnica de brainstorm junto aos
colaboradores com o objetivo de definir o verdadeiro perfil do escritório de arquitetura em
relação a visão e missão, ambiente externo e interno que consideravam inferir no escritório,
além da definição dos objetivos estratégicos, indicadores e metas. A análise dos dados
aconteceu simultaneamente à sua coleta e ao fim os resultados foram analisado junto ao
responsável pelo escritório atestando a sua veracidade.
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O estudo de caso foi realizado em uma micro empresa projetista de arquitetura que atua há
sete anos no ramo na cidade do interior do Rio de Janeiro. O escritório é referência na cidade
em que atua e está em grande ascensão nas cidades ao redor como Macaé e Itaperuna, além de
possuir visibilidade em todo o sudeste. Os principais serviços que os clientes buscam são
projetos executivos, interiores e reformas. A empresa recentemente possui equipes terceirizadas
de execução de obra, contudo ainda não é o forte da empresa, apesar de ser o responsável por
maior parte do seu faturamento.
Para garantir que o planejamento estratégico seja realizado de acordo com o que a empresa
pretende alcançar, iniciou-se nesta etapa a descrição da razão do escritório existir e o que ele
pretende alcançar. Como ainda não possuía esses elementos formalmente delimitados, foi
proposto junto ao escritório as seguintes definições elaboradas e que podem ser modificadas ou
ampliadas de acordo com Figura 3.
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A partir da linha abordada pelo Balanced Scorecard foi desenvolvido um mapa que integra
os diferentes objetivos estratégicos e como interagem entre si na perspectiva da Sociedade, dos
Processos Internos, das Pessoas e da Tecnologia e Infraestrutura, conforme Figura 7.
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A missão e a visão do escritório é o ponto principal para que seja definido os objetivos
estratégico a partir das quatros expectativas. Para a sociedade, o escritório busca a qualidade de
seus serviços percebida pelos clientes em seus projetos, a partir disso possui visibilidade para
atuar em novos mercados como a construção civil, garantindo a mesma qualidade. Em relação
aos processos internos, a busca por inova-los garantindo um planejamento adequado dos
clientes e redução no tempo de entrega dos projetos no intuito de obter uma excelência em
gestão operacional e estratégica por meio do desenho e alinhamento de todo o desenvolvimento
de trabalho. Enquanto pessoas, almeja fortalecer, capacitar e reter talentos o que tem impacto
direto na produtividade do escritório e garantir um capital humano. Por fim, a tecnologia e
infraestrutura para alcance de novas tecnologias voltada a elaboração de projetos e otimização
e controle dos processos internos.
Após definir os objetivos estratégicos, foram estabelecidos indicadores que meçam o seu
alcance e as metas que devem ser alcançadas permitindo ao escritório o acompanhamento dos
resultados almejados (Figura 7).
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5 CONCLUSÃO
REFERENCIAS
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APENDICE A
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Abstract. O método das diferenças finitas energéticas (MDFE) gera as equações discretas de
equilı́brio a partir da forma fraca das equações governantes, ao contrário do método clássico
das diferenças finitas (MDF) que utiliza a forma forte das equações. Tal formulação fraca tem a
vantagem de redução da ordem das derivadas, diminuindo, assim, o tamanho do stencil gerado
e o consequente esforço computacional, além de construir um novo framework para a análise
de erro, considerando o atendimento das equações em média como no método dos elementos
finitos (MEF). No presente trabalho, apresenta-se um estudo numérico-computacional de
barras submetidas a flexão composta plana com forte não linearidade geométrica (grandes
rotações de flexão) baseado no MDFE com representações convencionais para as derivadas dos
deslocamentos, usando formulação Lagrangeana total. A formulação proposta foi verificada
utilizando-se dois casos de barras sob carregamento estático, os quais foram estudados
anteriormente por outros autores com o mesmo modelo matemático, porém com outros
tratamentos numérico-computacionais - MDF e MEF -, obtendo-se grande concordância com
os resultados, o que demonstra a potencialidade do método.
1. INTRODUÇÃO
Uma abordagem de diferenças finitas com enfoque energético (a partir da forma fraca das
equações) foi apresentada inicialmente nos trabalhos de Griffin & Varga (1963) e Bushnell
(1973). Tal abordagem reduz a ordem das derivadas, gera maior exatidão das respostas
para o mesmo esforço computacional e introduz um novo framework para análise de erro
semelhante ao do MEF. No Brasil, o método das diferenças finitas energéticas (MDFE) vem
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sendo utilizado em diversos trabalhos, tais como: Villaça et al. (1993), Lima & Garcia
(2003) e Lima et al. (2014), nos quais utilizou-se um princı́pio variacional (energia potencial
total ou trabalhos virtuais) para gerar as equações discretas de equilı́brio do problema,
substituindo as derivadas dentro das integrais pelas expressões em diferenças finitas. No
presente trabalho, pretende-se verificar se uma discretização mais simples do que a utilizada
por Lima & Garcia (2003), baseada em representações centradas e reduzidas para as derivadas
dos deslocamentos, produzirá uma convergência satisfatória e mais rápida para os problemas
investigados inicialmente por Garcia (1987).
0 0
0u2 w2
xx = uo + o + o − Zθ0 , (4)
2 2
(Zθ0 )2
considerando o termo desprezı́vel em comparação ao Zθ0 . Sendo as demais
2
componentes do tensor deformação nulas.
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De acordo com a hipótese 5, a equação constitutiva é dada pela lei de Hooke generalizada,
na configuração indeformada, como a seguir.
sendo kk = xx + yy + zz a deformação volumétrica e δij o tensor delta de Dirac, igual a 1 se
i = j e 0 se i 6= j. Além disso, λ e µ são parâmetros do material (coeficientes de Lamè) que
νE E
são dados por: λ = eµ= , onde E e ν são o módulo de elasticidade
(1 + ν)(1 − 2ν) 2(1 + ν)
longitudinal (módulo de Young) e o coeficiente de Poisson, respectivamente. Substituindo as
expressões das deformações, obtêm-se:
0 0
0 u2 w2 0
σxx = (λ + µ)xx ' E uo + o + − Zθ e (6)
2 2
σyy = σzz = σxy = σxz = σyz = 0, (7)
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onde
Z Z L Z
δWint = σxx δxx dΩ = σxx δxx dA dx e (11)
Ω 0 A
Z L h iL
δWext = qx δuo + qz δwo dx + F̄x δuo + F̄z δwo − M̄y δθ , (12)
0 0
sendo que qx e qy são as componentes das forças por unidade de comprimento aplicadas nas
direções X e Z, respectivamente; e F̄x , F̄z e M̄y são as forças nas direções de X e Z e o momento
em torno de Y, respectivamente, prescritos nas seções extremas, x=0 e x=L.
Substituindo as equações 4, 8 e 9 em 11, integrando por partes para reduzir a ordem das
derivadas e usando as expressões trigonométricas em função dos deslocamentos, obtêm-se:
Z L nh 0 0 0 0 0
0 3uo2 wo2 uo3 uo wo2
δWint = EA uo + + + + +
0 2 2 2 2
0 0 00 2 00 0 00
i 0 h 0 0 w 0 u0 2 w 0 3
+ EI wo + uo wo − uo wo wo δuo + EA uo wo + o o + o +
2
i 0 2 2 00
00 00 0 00 00 00 2 0 0 00 0 0 00 00 02
+ EI − uo wo − uo uo wo + uo wo δwo + EI − wo wo − uo wo wo + uo wo δuo +
00 0 00 00 0 0 00 0 00 0
00 o
+ EI wo + 2uo wo − uo wo + uo2 wo − uo uo wo δwo dx, (13)
0 0 ∂θ 0 ∂θ 0 0 0 0 0
onde foi usada a relação δθ(uo , wo ) = ∂u0o
δuo + ∂wo0
δwo = −wo δuo + (1 + uo ) δwo .
onde
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Figure 2- Malha de pontos nodais, numeração dos graus de liberdade e trechos de integração.
N TI N TI Z
0 0 00 00
X X
LIN LIN
δWint = δWint (k) = EAuo δuo + EIwo δwo dx, (15)
k=1 k=1 Lk
N TI N TI Z
nh 3u0 2 w0 2 i 0 h 0 0
00
QU A
X QU A
X
o
δWint = δWint (k) = EA + o − EIwo 2 δuo + EA uo wo
k=1 Lk 2 2
00 00 i 0 k=1 0 00 00 0 00 00 0
00 o
+ EI uo wo δwo − EI wo wo δuo + EI 2uo wo − uo wo δwo dx e (16)
N TI N TI Z nh u0 3 u0 w0 2 0 00 i 0
00 0 00
X X
CU B CU B o o o 2
δWint = δWint (k) = EA + − EI uo wo − uo wo wo δuo
k=1 k=1 Lk
2 2
w 0 3 w 0 u0 2 0 00 0 0 0 00 00 0
00
+ EA o + o o δwo + EI uo wo2 − uo wo wo + uo 2 wo δuo
02 00 2
0 00 0
00 o
2
+ EI uo wo − uo uo wo δwo dx. (17)
As aproximações das 1a e 2a derivadas dos deslocamentos nos pontos nodais pivotais são:
−U2i−3
, uo (xi ) = U2i+1 −2UL2i−1 −U2i−2
0 00 0 00
uo (xi ) = U2i+12Lk
2
+U2i−3
, wo (xi ) = U2i+22Lk
, e wo (xi ) =
k
U2i+2 −2U2i +U2i−2
L2k
sendo Lk = λ = NLD .
,
Já a expressão do trabalho virtual externo é dado por:
N
X TI h i
δWext = qx δU2i+1 + qz δU2i+2 Li + F¯xl U2N N −3 − F¯x0 U2N N −9 + F¯zl U2N N −2
(i) (i)
i=1
M̄0 δU2N N +6 − δU2N N −10
− F¯z0 U4 + M̄l U2N N +4 δU2N N +3 +
2Li
M̄0 U2N N −6 − U2N N −10 δU2N N −7 − δU2N N −9 M̄l δU2N N − δU2N N −40
− −
2L3i 2Li
M̄0 U2N N −7 − U2N N −9 δU2N N −6 − δU2N N −10
+
2L3i
M̄l U2N N −3 − U2N N −5 δU2N N − δU2N N −4
−
2L
i
M̄l U2N N − U2N N −4 δU2N N −3 − δU2N N −5
+ , (18)
2L3i
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com qxi e qzi sendo as cargas uniformemente distribuı́das nos trechos de integração i nas direções
x e z, respectivamente. F¯x0 e F¯xl são forças axiais prescritas nos extremos da barra, enquanto
que F¯z0 e F¯zl são as respectivas forças transversais prescritas. Além disso, M̄0 e M̄l são os
momentos concentrados prescritos nas extremidades da barra.
As condições de contorno essenciais (cinemáticas) prescritas são:
Aplicando o princı́pio dos trabalhos virtuais, usando um deslocamento unitário para cada
variação de grau de liberdade, obtêm-se as equações algébricas simultâneas não lineares para o
problema:
φi U1 , U2 , ..., Un = 0, com i = 1, 2, ..., n, (19)
sendo φi cada uma das n equações algébricas. Para resolver o sistema de equações em termos
dos deslocamentos nodais Ui utilizou-se um método incremental interativo, baseado no método
de Newton-Raphson.
4. APLICAÇÕES
Nesta seção são apresentados os resultados de dois problemas não lineares, os quais
demonstram a potencialidade da formulação. Nos dois exemplos considera-se uma barra
com comprimento L = 100 cm, seção transversal quadrada (1, 0 cm × 1, 0 cm) e módulo de
elasticidade E = 240 GP a. Para comparação com os resultados obtidos por Garcia (1987)
admitiu-se uma malha com 28 divisões uniformes na barra e uma tolerância de 10−5 para o
processo de solução incremental-iterativo de Newton-Raphson.
Neste exemplo a barra é engastada e livre com uma carga transversal F na extremidade livre
(ver Figura 3). O incremento constante da carga é de 200 N .
Da Figura 4 percebe-se que a formulação do MDFE deste trabalho apresenta uma excelente
concordância com a solução exata em um problema em que há aumento rápido da rigidez com
o deslocamento.
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(a) wo (b) uo
Figure 4- Comparação dos deslocamentos transversal (a) e axial (b) na extremidade livre da barra, x = L,
entre o MDFE e a solução exata, para o exemplo de flexão simples.
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(a) wo (b) uo
Figure 6- Comparação dos deslocamentos transversal (a) e axial (b) na extremidade livre da barra, x = L,
entre o MDFE e a solução do MFE de Garcia (1987), para o exemplo de flexão composta.
5. CONCLUSÕES
Uma formulação baseada no método das diferenças finitas energéticas foi apresentada para
a modelagem de flexão composta de barras, considerando grandes deslocamentos e grandes
rotações. A formulação possui a restrição de pequenas deformações e flexão no plano. Dois
exemplos foram apresentados, demonstrando grande concordância com resultados exatos e
numéricos (baseados em elementos finitos). Análise de erro e uma formulação para malhas
não regulares serão publicados em artigos futuros. Cabe registrar ainda que de forma geral o
programa apresentou maior número de iterações nos casos que tratam de flambagem, o que é
natural. Todavia, solução como a diminuição do passo de carga se mostrou eficiente na busca
de melhoria na convergência da solução.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Approaches in one Computer Program. Numerical and Computer Methods in Structural Mechanics.
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Forte Não Linearidade Geométrica. Sitientibus, Feira de Santana, 1(28):121-144, Jan./Jul. 2003.
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Analysis of Reinforced Concrete Slab using Simplified Isotropic Damage Model. Revista IBRACON
de Estruturas e Materiais, 7(6):940-964, Nov./Dec, 2014. DOI:10.1590/S1983-41952014000600004.
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Villaça, S. F., Garcia, L. F. T. e Polilo, V. R. Uma Solução Numérica para Análise Não Linear
Geométrica de Flexo-Torção em Hastes de Paredes Delgadas com Seção Aberta. Revista Brasileira
de Engenharia, Caderno de Engenharia Estrutural, 10(2), 1993.
Abstract. The energetic finite difference method (EFDM) generates the discrete equilibrium
equations from the weak form of the governing equations, unlike the classic finite difference
method (MDF) which uses the strong form of the equations. Such a weak formulation has
the advantage of reducing the order of the derivatives, thus reducing the size of the stencil
generated and the consequent computational effort, in addition to building a new framework
for error analysis as in the finite element method (FEM). In the present work, is presented a
numerical-computational study of bars subjected the combined axial load and plane bending
with strong geometrical nonlinearity (large rotations) based on EFDM with conventional
representations for the derivatives of displacements, using total Lagrangian formulation.
The formulation obtained was verified using two cases of bars under static loading, which
were previously studied by other authors with the same mathematical model, but with other
numerical-computational treatments: MDF and MEF, demonstrating the great potential of the
formulation.
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Palmas - TO
1
Instituto Superior de Tecnologías y Ciencias Aplicadas (InSTEC), Universidad de La Habana, Ave.
Salvador Allende No. 1110, Quinta de los Molinos, La Habana 10400, Cuba.
2
Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste – CRCN-NE, Avenida Professor Luiz Freire,
1000, 50740-535 Recife, PE, Brazil.
3
Universidade Estadual de Santa Cruz, Campus Soane Nazaré de Andrade - Ilhéus, BA, Brazil.
1. INTRODUCCION.
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El núcleo del reactor analizado está compuesto por 69 conjuntos combustibles, en una
red cuadrada con paso de la red de conjuntos de 21.5 cm. El núcleo tiene una
configuración geométrica con simetría de un cuarto (Rosales y otros, 2018). La Fig. 1
describe la distribución radial de los conjuntos combustibles en el núcleo y su
enriquecimiento en U-235. Un enriquecimiento en peso de U-235 de 4 % para los
conjuntos combustibles interiores y 4.95 % para los exteriores. El ciclo combustible debe
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Cada conjunto combustible está formado por una red cuadrada de elementos
combustibles, compuestos de varillas de dióxido de uranio de composición uniforme
axialmente, y recubiertos con una envoltura de Zircaloy-4, una holgura ocupada por gas helio
que separa a la varilla de su envoltura. En cada conjunto combustible un arreglo de 24 tubos
guías sirve para insertar las barras de control, que en nuestra propuesta pueden estar formadas
por dos tipos de material absorbente. Aunque en el diseño original del mPower se propuso
como composición de las barras de control una aleación de plata, indio y cadmio (Ag-In-Cd),
en este estudio se consideró también un material muy usado en los reactores de agua ligera, el
carburo de boro (B4C). En el centro del conjunto combustible hay un tubo guía para el
instrumento de control del flujo neutrónico. En la Tabla 2 se dan los datos principales del
conjunto combustible.
En operación normal el estado crítico del reactor se alcanza insertando barras de
control en el núcleo para compensar el exceso de reactividad necesario, que disminuye con el
aumento del quemado. El núcleo analizado no usa absorbente disuelto en el refrigerante, por
lo que todo el exceso de reactividad caliente debe ser compensado con absorbentes quemables
y barras de control insertadas. Por esta razón este diseño tiene un numero mayor de barras de
control que otros PWR de la misma potencia y similar a los reactores de agua hirviente (BWR
por sus siglas en inglés).
Los conjuntos combustibles con grupos de barras de control (CRA por sus siglas en
inglés) son agrupados en bancos de barras de forma similar a un BWR, en la Fig. 2 se muestra
la distribución de los CRA en los grupos A y B. Adicionalmente, consideramos una
modificación en el grupo A, insertando un tercer grupo denominado A1 para los conjuntos de
las posiciones (C,3), (C,5), (C7), (E,3), (E,5), (E,7), (G,3), (G,5) y (G7). .
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Se puede observar que para el estado a potencia nominal y con el núcleo envenenado
al comienzo del ciclo (BOC, por sus siglas en inglés), se necesita compensar un exceso de
reactividad grande, mayor a 33500 pcm, para lo cual es necesario introducir en el núcleo
materiales absorbentes quemables y/o barras de control.
Uno de los desafíos del diseño del núcleo es la obtención de una distribución de
energía liberada lo más uniforme posible, durante todos los estados de trabajo del reactor a
potencia nominal. Ya que el caso ciclo estudiado no considera la recarga total del
combustible, el aplanamiento del flujo se convierte en una necesidad adicional a los requisitos
de seguridad, porque garantiza un quemado más uniforme del combustible descargado.
Figura 3. Dependencia del factor de multiplicación efectivo de los neutrones del tiempo de
quemado a potencia nominal.
En la Fig. 4 se muestran las distribuciones de los factores de pico del núcleo 4(a) y del
conjunto combustible más cargado 4(b) para tres momentos del ciclo combustible del núcleo
del reactor BOC, MOC y EOC (inicio, mitad y final del ciclo combustible por sus siglas en
inglés) en simetría de un cuarto. Los factores de pico del núcleo se calculan como la potencia
producida en el conjunto combustible entre la potencia promedio del núcleo y los factores de
pico del conjunto combustible más cargado se calculan como la potencia generada en cada
elemento combustible entre la potencia promedio del núcleo.
Las Figs. 4a e 4b muestran que las distribuciones de liberación de energía en el núcleo
y en el conjunto combustible más cargado son lo suficientemente planas para garantizar el
trabajo seguro del reactor, y ellas se vuelven cada vez más uniformes con el aumento del
quemado.
Una de las tareas del cálculo del ciclo combustible es describir el comportamiento de los
principales isótopos que componen el combustible y que se generan en el proceso de
irradiación. En la Fig. 5 se describe la variación en el tiempo de los isótopos físiles del
combustible. Se observa que la cantidad final de U-235 en el combustible es más de dos veces
la cantidad final de los nuevos isótopos físiles generados, Pu-239 y Pu-241.
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Fig. 4 a). Distribución de los factores de pico del núcleo del reactor en simetría de un cuarto
para tres estados del ciclo combustible, BOC, MOC y EOC.
Fig. 4 b). Distribución de los factores de pico del conjunto combustible más cargado en
simetría de un cuarto para tres estados del ciclo combustible, BOC, MOC y EOC.
Fig. 5 Variación de la masa de los isotopos fisiles con el quemado del combustible
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Table 3 Valores de efectividad de los grupos de barras de control considerados para ambos
tipos de materiales absorbentes.
4. CONCLUSIONES.
El modelo computacional neutrónico desarrollado basado en el código Serpent permite
describir satisfactoriamente el comportamiento del nucleó del reactor iPWR considerado. El
diseño de carga combustible propuesto garantiza un ciclo extendido de 4 años con recarga
total, manteniendo los índices de seguridad necesarios. Un análisis termo hidráulico del
núcleo propuesto está entre las tareas futuras y comprobaría los criterios para la operación
segura del ciclo combustible propuesto.
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Calculation Code. VTT Technical Research. Centre of Finland. Available online at
http://serpent.vtt.fi/mediawiki/index.php/Main
9. Rosales García, J.A., Cecilia Betancourt, M., García Hernández, C.R., Rojas, L., Lira,
C.A.B.O. and Bezerra, J.L. (2018) ‘New stage on the neutronics and thermal hydraulics
analysis of a small modular reactor core’, Int. J. Nuclear Energy Science and Technology,
Vol. 12, No. 4, pp.400–417
Abstract. Small modular nuclear reactors have great potential for future development. And
among them, due to their safety characteristics and similarity to current reactors, the integral
pressurized water reactors (iPWR) stand out. In the work, a neutronic computational model
based on the Monte Carlo Serpent code is presented for the design of a four-year extended
fuel cycle. The main results of the core neutronic behavior for the extended fuel cycle are
presented.
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Resumo. Neste trabalho, resolvem-se as equações da Cinética Pontual de Nêutrons com efeitos
de temperatura pelo método de Rosenbrock de quarta ordem e quatro estágios, considerando
reatividade constante, seis grupos de precursores de nêutrons atrasados e passo de tempo fixo.
O objetivo é validar esta metodologia para futuramente aplicá-la a uma extensão do modelo
com a inserção dos efeitos dos principais venenos absorvedores de nêutrons, além de inserir
reatividades dependentes do tempo. Os resultados obtidos foram satisfatórios ao aproximarem-
se com os dados considerados benchmark em fı́sica de reatores. Com isso, verificou-se que o
método proposto superou a rigidez do sistema de equações do modelo da cinética pontual de
nêutrons, além de resolver um problema não-linear pela inclusão da temperatura ao sistema.
1. INTRODUÇÃO
A energia nuclear tem um papel importante no que se refere a sua utilização como fonte
de energia limpa. Algumas vantagens são: não libera gases de efeito estufa, obedecendo aos
objetivos do protocolo de Kyoto (1997) e, mais recentemente, ao acordo de Paris (2015); é
uma das fontes com maior eficácia para geração de energia; exige-se pouco espaço para sua
construção; disponibilidade do combustı́vel e independe de fatores climáticos, além de outros.
No entanto, sua manipulação inadequada pode gerar graves acidentes, como o que ocorreu
em Three Mile Island, nos Estados Unidos, na cidade de Pensilvânia em 1979, onde falhas
humanas terminaram desestabilizando o bom funcionamento padrão do sistema de resfriamento
do reator. Outro acidente notável na história foi o de Chernobyl (Ucrânia) na antiga União
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Soviética em 1986, em que ocorreu uma explosão no reator quatro da usina, durante a realização
de um teste de segurança, fazendo da região até hoje inabitável para viver devido a contaminação
excessiva por radiação.
Em razão disso, é importante que se invistam em estudos que garantam a operação segura
de um reator nuclear. Modelos matemáticos são grandes aliados para a ciência nuclear, visto
que podem simular de forma precisa, rápida e confiável a situação fı́sica do problema. Um dos
modelos na Cinética de reatores são as equações da Cinética Pontual de Nêutrons (ECPN), que
descreve tanto a variação da densidade de nêutrons com o tempo, quanto a concentração de
precursores de nêutrons atrasados. Além disso, é importante levar em conta nas equações da
Cinética Pontual de Nêutrons os efeitos de temperatura no modelo, podendo a reatividade sofrer
ao longo do tempo alterações que podem ficar fora do controle do operador. Essas equações
são importantes na medida em que podem representar caracterı́sticas do controle operacional
de uma usina, como por exemplo, no ajuste das barras de controle. Esses efeitos podem ser
modelados através de diversas inserções de reatividade para simular tais mudanças na densidade
de nêutrons. Inúmeros trabalhos vem sendo produzidos com diferentes abordagens metodológicas
para solucionar este modelo, entre alguns, podemos citar os de Nahla (2011) que apresenta
o método New Analytic Method (NAM) baseado nas raı́zes da Equação de Inhour usando o
método Eliminação Gaussiana para resolver as ECPN com reatividades de tipo constante, rampa
e feedback de temperatura; Mohideen Abdul Razak e Rathinasamy (2018) apresentam uma
nova maneira de resolver as equações da cinéticas pontual inversas, usando a transformada
wavelet de Haar, transformando as equações da cinética pontual inversas em um conjunto de
equações lineares; em Picca, Furfaro, Ganapol (2013) desenvolvem a abordagem de Aproximaçao
Constante por Partes Melhorado (EPCA) de Kinard e Allen (2004); em Aboanber, Nahla, Al-
Malki (2012) utilizam o método Analytical Pertubation para um grupo de precursores de nêutrons
atrasados com feedback de temperatura com base em aproximações com pequenos parâmetros
para densidade de nêutrons; Ganapol (2013) executa um procedimento numérico que usa o
método de Euler implı́cito e o esquema de diferenças finitas (BEFD) para resolver as ECPN;
Tashakor, Jahanfarnia, Hashemi-Tilehnoee (2010) que desenvolvem uma solução numérica,
considerando, além da realimentação de temperatura, a queima de combustı́vel, usando apenas
um grupo de precursores de nêutrons atrasados em seu trabalho; Em Silva (2011) usa o método
da decomposição presente em Petersen (2011) para obter uma solução analı́tica do problema,
onde a não-linearidade é tratada utilizando os polinômios de Adomian; Em Tumelero (2015)
apresenta-se uma solução das equações da Cinética Pontual aplicando o método da aproximação
polinomial, considerando os efeitos de temperatura no reator. Recentemente, Ahmad et al. (2020)
utilizam um algoritmo explı́cito baseado no Método da Função Geradora (GFM) para resolver as
equações da Cinética Pontual com os efeitos de temperatura.
As ECPN são equações diferenciais rı́gidas devido a grande diferença de vida dos nêutrons
prontos e atrasados. Desta forma, precisa-se de métodos numéricos que contornem tal
caracterı́stica. O método de Rosenbrock (ROS) tem sido, diante da literatura, satisfatório
na solução de problemas não-lineares e com alto grau de rigidez. Em Galina (2016) apresenta-se
soluções numéricas para problemas rı́gidos de cadeias de decaimento radioativo envolvendo
cadeias naturais e artificiais por meio do método Rosembrock, produzindo resultados consistentes.
Recentemente, na cinética quı́mica, Sehnem (2018) utiliza o método para resolver um sistema
rı́gido de equações diferenciais ordinárias com o objetivo de moderar o grau de rigidez e diminuir
o número de espécies envolvidas na combustão do elemento metano. No trabalho de Yang
e Jevremovic (2009), utiliza-se o método de Rosembrock para resolver as próprias equações
da Cinética Pontual de Nêutrons com diferentes tipos de inserções de reatividade, na qual se
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2. METODOLOGIA
6
d ρ0 − α[T (t) − T (0)] − β X
n(t) = n(t) + λi Ci (t),
dt Λ i=1
d βi (2)
Ci (t) = n(t) − λi Ci (t),
dt Λ
d
T (t) = Hn(t),
dt
para i = 1 : 6, onde n(t) é a densidade de nêutrons, ρ0 é a reatividade inicial, T (t) é a
temperatura, T (0) é a temperatura inicial, β é a fração total de nêutrons atrasados, λi é a
constante de decaimento para cada grupo i de precursor, Ci (t) é a concentração de precursores
de nêutrons atrasados e βi é a fração de nêutrons atrasados para cada grupo i de precursor. O
termo H representa um parâmetro ligado à influência da mudança de fluxo de calor na taxa de
variação de temperatura.
Portanto, assume-se que a taxa de variação de temperatura está relacionada de forma linear
com a densidade de nêutrons.
Com as seguintes condições iniciais:
n(0) = n0 ,
βi
Ci (0) = n0 , (3)
λi Λ
T (0) = T0 ,
para i = 1 : 6. Portanto, na Eq. (2), tem-se o modelo da Cinética Pontual de Nêutrons com
retroalimentação de temperatura.
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em que B = [ γh 1
I − ∂f
∂y
]−1 , onde I é a matriz identidade m × m, h é o tamanho do passo de
integração, γ é uma das raı́zes do polinômio de Laguerre, ∂f
∂y
é a matriz jacobiana em relação a y
∂f
e ∂t é a matriz jacobiana em relação a t.
Os parâmetros para o método Rosenbrock de quarta ordem com quatro estágios, definidos
em Yang, Jevremovic (2009), utilizados neste trabalhos são: α21 = 2; α31 = 1, 92, α32 = 0, 24;
c21 = −8; c31 = 14, 88; c32 = 2, 4; c41 = −0, 896; c42 = −0, 432; c43 = −0, 4; b1 = 19/9;
b2 = 0, 5; b3 = 25/108; b4 = 125/108; c1 = 0, 5; c2 = −1, 5; c3 = 2, 42; c4 = 0, 116;
e1 = 17/54; e2 = 7/36; e3 = 0 e e4 = 125/108.
3. RESULTADOS
Os resultados são obtidos para seis grupos de precursores de nêutrons atrasados, considerando
reatividade constante e tamanho do passo de tempo fixo. Considera-se a densidade inicial
de nêutrons 1cm−3 , a temperatura inicial T0 = 300K, constante de proporcionalidade entre
temperatura e densidade de nêutrons H = 2, 5 · 10−6 K/M W s e coeficiente de temperatura da
reatividade α = 1K −1 . Os parâmetros cinéticos utilizados são: β1 = 0, 00021, β2 = 0, 00141,
β3 = 0, 00127, β4 = 0, 00255, β5 = 0, 00074, β6 = 0, 00027, β = 0, 00645, λ1 = 0, 0124,
λ2 = 0, 0305, λ3 = 0, 111, λ4 = 0, 301, λ5 = 1, 13 e λ6 = 3.
Utilizam-se três valores constantes para a reatividade: ρ = 1β, ρ = 1, 5β e ρ = 2β.
Comparam-se os resultados com o método da Aproximação Polinomial (PAM) presente em
Tumelero (2015) e com o método Backward Euler Finite Diference (BEFD) presente em Ganapol
(2013), considerado um benchmark em fı́sica de reatores.
O software utilizado foi o SciLab 6.0.2 (http://www.scilab.org/) em um computador com
as seguintes configurações: Intel
R CoreTM i74930k CPU 3.40GHz, 16 GB RAM, sistema
operacional de 64-bit, processador com base em x64.
Na Tabela 1, Tabela 2 e Tabela 3, apresentam-se os resultados para a densidade de nêutrons
considerando inserção de reatividade constante e passo de integração fixo. Ao analisar as Tabelas,
percebe-se que o método de Rosenbrock produz resultados satisfatórios ao comparar com os
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Tabela 1- Densidade de nêutrons em cm−3 para inserção de reatividade constante ρ = 1β com efeitos de
temperatura
Reatividade t(s) ROS PAM BEFD Erro Relativo
∆t = 0, 0001 ∆t = 0, 0001 ROS e BEFD
10 132,0482667 132,0360488 132,0385964 7,323307031×10−5
20 51,70203485 51,69886781 51,69986095 4,204670099×10−5
30 28,17547296 28,17421067 28,17468536 2,795339056×10− 5
40 18,14678449 18,14605626 18,14633000 2,504520843×10−5
ρ = 1β 50 12,77984170 12,77939848 12,77957703 2,070995918×10−5
60 9,475104779 9,474806263 9,474932501 1,818217360×10−5
70 7,244597473 7,244383322 7,244477494 1,656116857×10−5
80 5,646376541 5,646216922 5,646289700 1,537995196×10−5
90 4,456898476 4,456776689 4,456834255 1,440934774×10−5
100 3,550150858 3,550056532 3,550102766 1,354646659×10−5
Tabela 2- Densidade de nêutrons em cm−3 para inserção de reatividade constante ρ = 1, 5β com efeitos
de temperatura
Reatividade t(s) ROS PAM BEFD Erro Relativo
∆t = 0, 0001 ∆t = 0, 0001 ROS e BEFD
10 107,9259503 107,8782873 107,9116832 1,321934155×10−4
20 41,60719062 41,59240359 41,60428128 6,992397123×10−5
30 23,29002807 23,29295293 23,29893150 4,263073721×10−4
40 15,30404341 15,29976806 15,30342749 4,024557324×10−5
ρ = 1, 5β 50 10,89051396 10,88764407 10,89014315 3,404889809×10−5
60 8,101278959 8,099208379 8,101031859 3,050135679×10−5
70 6,182865064 6,181303562 6,182690459 2,824014404×10−5
80 4,793435259 4,792224927 4,793307820 2,658615233×10−5
90 3,755709348 3,754754694 3,755614629 2,522000272×10−5
100 2,966146135 2,965384313 2,966074952 2,399848043×10−5
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Tabela 3- Densidade de nêutrons em cm−3 para inserção de reatividade constante ρ = 2β com efeitos de
temperatura
Reatividade t(s) ROS PAM BEFD Erro Relativo
∆t = 0, 0001 ∆t = 0, 0001 ROS e BEFD
10 103,3974836 103,2824514 103,3808535 1,608366027×10−4
20 39,14209709 39,10307186 39,13886903 8,247028749×10−5
30 22,00499921 21,98505236 22,00377721 5,553283544×10−5
40 14,49435423 14,4818771 14,49367193 4,707350111×10−5
ρ = 2β 50 10,31902505 10,31040763 10,31861108 4,011716203×10−5
60 7,663596532 7,657272581 7,663319203 3,618783933×10−5
70 5,829591829 5,824777758 5,829395378 3,369892880×10−5
80 4,499570470 4,495821922 4,499427073 3,186904193×10−5
90 3,507529084 3,504567484 3,507422663 3,034073202×10−5
100 2,755206673 2,752843461 2,755126886 2,895862614×10−5
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(a) ρ = 1β (b) ρ = 1, 5β
(c) ρ = 2β
figura 2- Temperatura para inserção de reatividade constante, para (a) ρ = 1β, (b) ρ = 1, 5β, (c) ρ = 2β .
4. CONCLUSÃO
Agradecimentos
O primeiro autor agradece a CAPES pelo incentivo financeiro a esta pesquisa. Os demais
autores agradecem a UFPel pelo apoio a esta pesquisa.
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Mestrado, PPGMM/UFPel, Pelotas/RS.
Yang, X. e Jevremovic, T. (2009), Revisiting the Rosenbrock numerical solutions of the reactor point
kinetics equation with numerous examples. Journal Nuclear Technology and Radiation Protection, 24.
APÊNDICE
Abstract. In this work, we solve the Point Neutron Point Kinetics equations with temperature
effects by the fourth-order and four-stage Rosenbrock method, considering constant reactivity, six
groups of delayed neutron precursors, and fixed time step. The aim is to validate this methodology
for future application to an extension of the model with the insertion of the effects of the most
powerful known main neutron-absorbing nuclear poisons, besides inserting time-dependent
reactivity. The results obtained so far were satisfactory when approaching the data considered
a benchmark in reactor physics. With this, it was verified that the proposed method overcame
the stiffness of the system of equations of the Neutron Point Kinetics models, besides solving a
non-linear problem by including the temperature in the system.
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Abstract. An early fault detection can help to ensure optimal operation status, reducing
maintenance costs, and downtime in monitored industrial systems. However, incipient and
small-magnitude faults are easily masked by the effect of interferences, missing data, and noisy
measurements which are common in the industrial environments. Therefore, fault diagnosis
schemes are needed for effectively minimizing the false and missing alarm rates resulting from
noise, uncertainty, and unknown disturbances, by achieving high detection performances, even
in presence of missing data in the observations. This paper proposes a novel methodology
considering on-line imputation of missing data to detect small-magnitude faults based on data-
driven tools. For the imputation process, three techniques are evaluated: Fuzzy C-means
(FCM), Singular Value Decomposition (SVD), and Partial Least Squares regression (PLSr).
Afterward, a data preprocessing stage using the kernel PCA and Exponentially Weighted
Moving Average (EWMA-ED) is developed. The effectiveness of the proposal was validated
by using the Tennessee Eastman (TE) process benchmark.
Keywords: Incipient faults, Missing data, Online imputation, EWMA-ED, KPCA
1. INTRODUCTION
Data-based techniques and specifically Multivariate Statistical Process Monitoring (MSPM)
have received great attention in the develop of fault diagnosis schemes in the last two decades
(Ge, 2017; Yan et al., 2017; Lei et al., 2020). Its increasing popularity is due to that these
approaches not require an exact model since they only need historical data to characterize the
processes and identify their operational status (Bernal-de Lázaro et al., 2015). However, the
performance of these techniques can be severely affected by outliers, noisy measurements,
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and missing data, which are very common in industrial environments (Garces and Barbaro,
2011). Sources of electromagnetic and electrostatic noise such as AC power lines, electrical
motors, generators, transformers, fluorescent lights, and radio transmitters can bring additional
uncertainty on the measurements (Bernal-de Lázaro et al., 2018). The observations with
incomplete values can also result from the occasional disrupt of data acquisition systems, sensor
failure, merging data from different systems and inconsistent sampling rates, possible errors
in transmission networks and communication protocols among other reasons (Severson et al.,
2017). All challenges cited before, need to be considered for the successful design and on-line
implementation of the fault diagnosis systems.
Several data-driven approaches based on the Principal Component Analysis (PCA), Partial
Least Square (PLS), Independent Component Analysis (ICA), and their kernel versions have
been successfully applied to deal with the outliers and noisy measurements during the fault
detection tasks. However, the effectiveness of these fault detection procedures is usually
limited by the conventional Square Prediction Error (SPE) and Hotelling’s T2 statistics, which
do not work suitably against small-magnitude faults. This problem is further complicated if
critical information is dismissed by an improper handling of process observations with missing
data (Llanes-Santiago et al., 2019). In fault diagnosis, the missing data could hide relevant
information about possible relations between variables and abnormal operating conditions. For
these reasons, the imputation procedures should be part of the fault diagnosis systems for
handling the missing data.
In scientific literature, there are many computational tools proposed to deal with missing
data problems in the fields of computer science and information technology. Some advanced
procedures for handling the missing data problem include the use of the Moving-average
models, PLSr (Folch-Fortuny et al., 2017), statistical methods such as the mean substitution
(Ardakani et al., 2016), and Expectation-maximization algorithms (Zhang et al., 2015).
Likewise, imputation procedures based on the Artificial Neural Network (Silva-Ramı́rez et al.,
2018), Bayesian networks (Askarian et al., 2016), and Fuzzy Inference System (Luengo et al.,
2012b) have also been successfully utilized. However, these approaches have been mainly
evaluated in areas where the computational complexity and the real time concept are not strictly
relevant such as: the biological research (Celton et al., 2010; Schmitt et al., 2015), social
sciences (Silva-Ramı́rez et al., 2018; Cheema, 2014), and clinical studies (Molenberghs and
Kenward, 2007; Davis and Rahman, 2016). For complex industrial processes, such as chemical
and pharmaceutical industries, where the demands of efficiency, quality, and safety are very
high, the typical procedures to deal with the missing data imply a hard limitation (Llanes-
Santiago et al., 2019). Moreover, the risk of bias added by the imputation procedures must be
minimal to not fake the behavior of the variables. These are also extremely important issues
for the monitoring of incipient faults, where slowly developing changes can be masked by the
effect of control procedures, disturbances, noise, and outliers.
The present paper proposes a fault diagnosis methodology wherein the on-line imputation of
the missing data patterns in presence of small-magnitude faults is considered. Three imputation
methods to deal with the missing values are evaluated in the proposal: Fuzzy C-means (FCM),
Singular Value Decomposition (SVD), and Partial Least Squares Regression (PLSr). These
algorithms are powerful computational tools for imputation tasks, but other approaches could
also be utilized. This paper is not mainly focused on the performance comparison between the
imputation algorithms. In this regard, several studies have been developed by Garcı́a-Laencina
et al. (2010), Schmitt et al. (2015), Luengo et al. (2012a), Sikora and Simiński (2014), Dray and
Josse (2015), and Armina et al. (2017).
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This paper is organized as follows. Section 2 reviews the theoretical concepts and missing
mechanisms used to emulate the lost information at the process. In this section are also
described the TE benchmark and the methods used by the proposed methodology. The results
are discussed in Section 3. Finally, the conclusions and some future works are given.
Fault detection
Figure 1- Procedure proposed for handling incomplete observations and fault detection.
STEP 1: (Finding the missing data positions). Missing data patterns are successive
observations where one or more variables are temporarily unavailable, which results in
inconsistent values that not reflect the actual state of the measured physical quantity (Little
and Rubin, 2014). The procedure proposed uses different missing data mechanisms to emulate
the location and quantity missing variables in the historical data sets with aims to evaluate the
effectiveness of the imputation procedures. Three typical missing data mechanisms are utilized.
Missing at Random (MAR) that occurs when the probability that the variable xij is missing
depends on the other observed variables, but not on the value of the missing data itself. Missing
Completely at Random (MCAR) that occurs when the probability that missing variable xij is
unrelated to the value of xij itself or any other variable in the data set X. Finally, non-ignorable
case, also known as Missing not at Random (MNAR) that occurs when the probability of
variable xij missing is related to the value of xij itself even if the other variables are controlled in
the analysis. As is shown in Fig. 1, the procedure begins with the location of missing variables in
the observation acquired. If there are k missing variables, they are removed to leave a modified
vector x̃1×(p−k) , where only the available variables are considered.
STEP 2: (Classification of the partial information). In the second step the modified
observation x̃1×(p−k) and the mean vector x̄1×(p−k) are compared. Note that x̄1×(p−k) should be
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previously obtained from each operation class. For determining to which class belong x̃1×(p−k) ,
a majority vote decision and three similitude metrics are considered:
− 1
d1 (x̃0 , x̄0 ) = hx̃0 , x̄0 iF hx̃0 , x̃0 iF hx̄0 , x̄0 iF 2
(1)
#− 21
p−k
"
1 X 2
d2 (x̃0 , x̄0 ) = (x̄0 − x̃0i ) (2)
(p − k) i=1 i
Z ∞
0 0 2 2
d3 (x̃ , x̄ ) = √ e−t dt (3)
π ψ
The metric in Eq. (1) so-called Alignment measure is defined as the normalized Frobenius
inner product between the imputed data and the covariance matrix of the mean vector. It can
also be interpreted as the cosine distance between these two bi-dimensional vectors (Nguyen
and Ho, 2008). The second metric used to generate the majority vote decision is the inverse
of the Root Mean Square Error (RMSE) in Eq. (2). The third metric is a similarity factor
represented by Eq. (3), and proposed by Singhal and Seborg (2001), which can be understood
as the probability that the center clusters are not closer than its Mahalanobis distance ψ =
h i 12
T
(x̄ − x̃) Λ (x̄ − x̃) ; where Λ is the pseudo-inverse of the covariance matrix calculated
by using the singularnvalue decomposition P algorithm.
o The majority vote rule was defined as
1
P3 c
Vote(x̃ | x̄) = max 3 l=1 dl x̃, f =1 x̄f . The majority vote rule as a combination of
max rule and vote, is less sensible to estimation errors.
STEP 3: (Imputation of missing data patterns). Three imputation methods were selected to
deal with the missing values in this stage of the procedure. To evaluate the performance of these
imputation methods, the RMSE is always used. Fuzzy C-Means (FCM) is utilized as the first
imputation algorithm due to its robustness against overlapped data clusters. The FCM assigns
each data point to belong to different clusters so that the total intra-cluster distance is minimized.
The second imputation algorithm is the Singular Value Decomposition (SVD) proposed by
Troyanskaya et al. (2001). The last imputation method is the NIPALS-PLSr algorithm, which
replaces the missing values with predicted scores Ŷ using the regression equation Ŷ = XB+E.
In this case, B is the vector of PLS regression coefficients and E are the residual errors that
cannot be explained by the model (Rosipal and Trejo, 2001).
STEP 5: (Dynamic smoothing of the detection statistics). In order to detect the changes
resulting from the abnormal operation of the process, the Squared Prediction Error (SPE) and
Hotelling’s T2 are integrated by using the unified index (ϕ) as it is showed in Eq. (4) (Yue and
Qin, 2001).
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SPE T2
ϕ(xi , xT
i ) = + (4)
UCLspe UCLτ 2
However, these two indexes do not achieve high detection performances when dealing with
incipient and small-magnitude faults. The EWMA-ED is an alternative solution for this
problem. The underlying idea in the EWMA-ED is to use an enhanced factor (δ) to emphasize
the current value of the statistics, without ignoring the previous observations (Bernal-de Lázaro
et al., 2016). The smoothing through an EWMA scheme with reinforcing dynamic of the unified
index is given in Eq. (5).
Note that λ is a constant (0 < λ ≤ 1) that determines the depth of memory used on the statistics
and δ is an enhanced parameter, such that 0 < δ · λ ≤ 1. In each case, the confidence limits of
statistics are also determined using their conventional version. The confidence limit of UCLτ 2
can be calculated by the probability distribution:
(n2 − 1)α
UCLτ 2 = Fα (α, n − α) (6)
n(n − α)
where n is the number of samples, α is the number of components, Fα is the upper 100% critical
point of F-distribution with α and n − α degree of freedom. The confidence limit for UCLspe is
approximated by
h √ i1/h0
0 −1)
UCLspe = θ1 h0 cαθ1 2θ2 + θ2 h0 (h + 1
2
θ1 (7)
θi = n ζi h0 = 1 − 2θ1 θ23
P
j=α+1 j 3θ2
For both statistics, the 95% confidence limit is adopted. The upper control threshold for
the ϕδ statistic is obtained through Kernel Density Estimation (KDE). The Fault Detection Rate
(FDR) is also calculated in order to evaluate the fault detection process tasks.
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in the D feed temperature of the process. The variables affected by the fault F3 have very
similar behaviors in terms of the mean and variance with their normal operating conditions.
The fault F15 results from an unexpected increase in the inlet temperature of the condenser
cooling water of the process. Such variation causes a mean shift on the condenser cooling
flow, which produces an out-of-control for other variables of operation. However, as a result
of the control loops, the affected variables can be returned to their set-point excepting by the
temperature of the condenser cooling water.
3. Experimental results
The parameters values of the above algorithms should be adjusted before use the procedure
proposed. In this case, the number of eigenvalues for KPCA are selected by using the criterion
λi /sum(λi ) > 0.0001. Consequently, the dimension of the feature space for the TE data sets
is reduced to R33 → R19 , according to the cutoff value selected. Meanwhile, the parameter
values of the kernel function and EWMA-ED are chosen according the suggested in Bernal-de
Lázaro et al. (2016), such that: σ = 1276.22911, λ = 0.00666, and δ = 3.04656.
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evaluated observations with only one value missing in the fault F1 than regarding the rest of
simulated operating conditions. These results are quantified by the individual length of the bar
graphs.
classification rates
classification rates
classification rates
0.5 0.5 0.5 0.5
0 0 0 0
1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20%
F3 F3 F15
1 1 1 1
classification rates
classification rates
classification rates
classification rates
0.5 0.5 0.5 0.5
0 0 0 0
1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20%
&HQVRU
missigness Patterned missigness
NOC F1 NOC F1
1 1 1 1
classification rates
classification rates
classification rates
classification rates
0.5 0.5 0.5 0.5
0 0 0 0
1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20%
F3 F15 F3 F15
1 1 1 1
classification rates
classification rates
classification rates
classification rates
0.5 0.5 0.5 0.5
0 0 0 0
1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20%
NOC F1 F3 F15
Figure 3- Classification rates for partial observations with 1%, 5%, 10%, 15% and 20% of missed values.
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RMSE
RMSE
RMSE
5 5 5 5
0 0 0 0
1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20%
Missingness percents Missingness percents Missingness percents Missingness percents
F1-Random F1-Drop-out F1-Censor F1-Patterned
10 10 10 10
RMSE
RMSE
RMSE
RMSE
5 5 5 5
0 0 0 0
1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20%
Missingness percents Missingness percents Missingness percents Missingness percents
F3-Random F3-Drop-out F3-Censor F3-Patterned
10 10 10 10
RMSE
RMSE
RMSE
RMSE
5 5 5 5
0 0 0 0
1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20%
Missingness percents Missingness percents Missingness percents Missingness percents
F15-Random F15-Drop-out F15-Censor F15-Patterned
10 10 10 10
RMSE
RMSE
RMSE
RMSE
5 5 5 5
0 0 0 0
1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20% 1% 5% 10% 15% 20%
Missingness percents Missingness percents Missingness percents Missingness percents
Figure 4- Imputation performances obtained from the FCM, SVD, and PLSr algorithms.
Random Missingness Drop−out Missingness Censor Missingness Patterned Missingness
100 100 100 100
80 80 80 80
Performance(%)
Performance(%)
Performance(%)
Performance(%)
60 60 60 60
40 40 40 40
20 20 20 20
0 0 0 0
0% 1% 5% 10% 15% 20% 0% 1% 5% 10% 15% 20% 0% 1% 5% 10% 15% 20% 0% 1% 5% 10% 15% 20%
Missingness level Missingness level Missingness level Missingness level
F1 F3 F15
4. CONCLUSIONS
In this paper, a new methodology to detect incipient faults with the on-line imputation of
incomplete observations was proposed. The proposal was evaluated by using the TE process
with imputation performances higher than 90%. The results obtained indicate that to improve
the imputation performances should be used criteria less dependent on the historical data
average. Moreover, the study shows that high performances can be achieved in the detection of
abrupt faults after the on-line imputation of incomplete observations. However, the detection
of incipient faults is heavily affected by the bias added in the imputation procedures, and
acceptable performances are not achieved for high percentages of missing measurements. As
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future work, it should be noted the advisability of introducing the optimization techniques to
choose simultaneously all parameters of the algorithms used.
Acknowledgements
The authors acknowledge the financial support provided by the Coordenação de Aperfeiçoa-
mento de Pessoal de Nı́vel Superior (Finance Code 001 and CAPES-PRINT Process No.
88881.311758/2018-01), from Brazil. Furthermore, the authors appreciate the support provided
by the Asociación Universitaria Iberoamericana de Postgrado (AUIP) in Spain, the Conselho
Nacional de Desenvolvimento Cientı́fico e Tecnológico (CNPq) and Fundação Carlos Chagas
Filho de Amparo à Pesquı́sa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), both in Brasil, as well as the
collaboration given by the Universidad Tecnológica de La Habana ”José Antonio. Echeverrı́a”
(CUJAE) in Cuba.
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Resumo. A Rede de Sensores Sem Fio possui características que geram uma ampla
possibilidade de aplicações, mas devido a sua limitada fonte de energia é necessário
encontrar o melhor gerenciamento para minimizar o consumo de carga sem comprometer seu
desempenho. Essa otimização pode ser realizada utilizando metaheurísticas bioinspiradas
com comportamentos que combinam com as características dessa rede. O objetivo deste
trabalho é realizar uma bibliometria do uso da Inteligência de Enxame para solucionar
problemas de otimização em Rede de Sensores Sem Fio. Para isso, foi realizada uma busca
no Scopus com conceitos chave para obter trabalhos sobre esse tema e analisa-los em
relação a sua produção, autores, veículos e palavras-chaves utilizando a ferramenta
Bibliometrix. Através da pesquisa foram encontrados 412 trabalhos e 945 autores, onde foi
observado um grande crescimento a partir de 2014 na cronologia. Foram identificados
também os países mais produtivos e a colaboração entre eles, os autores mais relevantes no
impulso na série histórica, os periódicos em ascensão, e as aplicações e algoritmos mais
encontrados nas palavras-chaves. O tema, apesar de recente, demonstra um grande
crescimento de produção, colaboração entre os países, autores promissores e publicações em
ascensão nos periódicos, sendo uma área com espaço para futuras pesquisas.
1. INTRODUÇÃO
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2. METODOLOGIA
Para realizar esse estudo foi seguido um modelo baseado no proposto por Costa (2010),
com os seguintes procedimentos:
− Definição da amostra da pesquisa;
− Pesquisa na amostra com as palavras-chaves e seus tesauros;
− Coleta e análise dos dados;
− Levantamento da produção científica da área;
− Identificação dos autores mais relevantes;
− Levantamento dos periódicos mais produtivos na área;
− Analise de palavras-chave.
Para levantamento de dados da amostra foi utilizado a base de conhecimento Scopus,
devido a este ser o maior banco de dados de resumos e citações de literatura revisada. Com
registro de cerca de 77 milhões de documentos e 16 milhões de autores, a plataforma
consegue oferecer uma visão muito mais abrangente da produção científica mundial em
diversas áreas (Elsevier, 2020).
As palavras-chaves escolhidas na segunda etapa foram: Otimização (Optimization),
Inteligência de Enxame (Swarm Intelligence) e Rede de Sensores Sem Fio (Wireless Sensor
Network). Em seguida foram definidos seus tesauros, conforme o Quadro 1.
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( TITLE-ABS-KEY
( optim* OR maximization OR minimization ) #Tesauros de A
AND TITLE-ABS-KEY
( "swarm intelligence" OR "swarm algorithm" ) #Tesauros de B
AND TITLE-ABS-KEY
("Wireless Sensor Network" OR "WSN" OR "Sensor Nodes") #Tesauros de C
AND ( EXCLUDE
( PUBYEAR , 2020 ) )
AND ( EXCLUDE
( DOCTYPE , "cr" ) ) )
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A busca pelos tesauros dos conceitos definidos na metodologia resultou em 412 trabalhos
e 945 autores. Esta seção apresenta os resultados organizados em quatro partes: Produção
científica; Autores; Veículos; Palavras-chaves.
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A primeira análise realizada foi em relação a produção científica sobre esse tema. Pela
Figura 1 foi observado o levantamento cronológico das publicações.
A série histórica tem início em 2005 com baixo avanço até 2010 quando houve um
crescimento que foi impulsionado a partir de 2014 com uma leve queda em 2019. Devido ao
seu recente início e crescimento, o número de publicações ainda é relativamente baixo e com
isso, qualquer pequena alteração é notada no gráfico, o que poderia justificar a leve queda no
último ano.
Outros fatores analisados em relação a produção científica, na Figura 2, foram os países
que mais publicaram, representados pelos tons mais escuros de azul, e a colaboração entre
eles, representada pelas linhas claras.
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Os países que mais produzem trabalhos são a China com 261 documentos, a Índia com
176 documentos e os Estados Unidos com 43 documentos, sendo que os que mais colaboram
entre si são a China com os Estados Unidos, a Sérvia com Portugal e a Argélia com a França.
A China é o país que mais se relaciona externamente, enquanto a Índia parece interagir
mais internamente, pois apesar de ambos terem uma grande produção, a primeira tem mais
colaboração com outros países e a segunda nenhuma interação considerável.
Outro fator interessante é que a Sérvia, Argélia, França e Camarões, apesar de não
desenvolverem individualmente tantos trabalhos quanto os países maiores, conseguem
realizar tanta colaboração entre si quanto esses.
3.2 Autores
Nessa seção foram identificados os autores que mais contribuíram para o tema. Na
Figura 3 consta o modelo da Lei de Lotka que representa a produtividade relacionando a
quantidade de publicações e autores.
Analisando o modelo foi possível notar que poucos autores realizaram um número maior
de documentos, pois somente 16 dos 945 fizeram cinco ou mais publicações, o que
corresponde a quase 26% dos trabalhos encontrados. Na Figura 4 foi observado a produção
desses 16 autores ao longo dos anos tanto em quantidade quanto em frequência de citações.
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Apesar de ter começado a pouco tempo, Milan Tuba é o autor que mais produziu. O autor
é responsável por 12 documentos bem distribuídos ao longo dos anos e que foram muito
citados, realizando grande contribuição desde o seu início na área. Outros autores mais
recentes, como Ying Zhang, Eva Tuba, Marko Beko, Abdelhak Gueroui e Nabila Labraoui
também seguem esse ritmo de publicação a partir de 2015, o que poderia justificar o impulso
do crescimento de produção apresentado na Figura 1 da seção anterior. Outro ponto
observado foi a consistência de alguns autores, como Yanlong Wang, Ruchuan Wang e
FuQiang Wang, que apresentam trabalhos periodicamente desde o surgimento desse tema.
3.3 Periódicos
Nessa seção, foram levantados os periódicos mais relevantes para esse tema. Analisando
a quantidade de publicações dos periódicos ao longo dos anos (Figura 5) foi possível observar
que o periódico LNCS (Lecture Notes In Computer Science) realiza um número constante de
publicações por ano sobre o tema desde 2005, mas nos últimos anos está em queda. Com
relação aos periódicos AISC (Advances In Intelligent Systems And Computing) e IEEE
Access, apesar de terem começado a publicar sobre o tema somente a partir de 2015, possuem
um número crescente de documentos por ano, sendo o IEEE Access o periódico de maior
ascensão.
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2.4 Palavras-chave
A pesquisa realizada neste trabalho retornou 880 palavras-chaves utilizadas pelos autores
e as 50 mais frequentes são apresentadas no mapa da Figura 6.
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Em relação a aplicação foi observado que os problemas da RSSF mais relatados no mapa
que são solucionados com a Inteligência de Enxame são os de cobertura, roteamento,
localização e eficiência energética. Sendo os dois primeiros abordados por Tuba et al. (2016)
e Saleem et al. (2011), respectivamente.
Pelo mapa foi analisado também quais algoritmos são mais utilizados para essas
aplicações, sendo esses o Particle Swarm Optimization (PSO), Ant Colony Optimization
(ACO), Artificial Fish Swarm Algorithm (AFSA), Artificial Bee Colony (ABC) e Firefly
Algorithm (FA).
Saleem et al. (2011) informam que para aplicação em desenvolvimento de protocolos de
roteamento para a RSSF, o ACO é utilizado há mais tempo, enquanto o ABC é mais recente.
E isso pode ser observado pela frequência que o primeiro aparece ser bem maior que o
segundo.
O PSO é ainda mais utilizado que o ACO em outros problemas de otimização da rede de
sensores e também deve ser observado para pesquisas nesse campo. O AFSA e o FA, assim
como o ABC, são algoritmos mais novos que estão começando a expandir, mas que tem sido
empregados frequentemente na literatura.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo principal deste trabalho foi realizar a análise bibliométrica sobre a otimização
por Inteligência de Enxame aplicado a Rede de Sensores Sem Fio a fim de mapear a produção
científica e oferecer informações relevantes para o estudo desse tema. Os resultados deste
estudo relacionados a produção científica mostram que este campo é bem recente e vem
crescendo significativamente com grande potencial a ser explorado.
Outro fator observado foi que apesar de três países grandes obterem uma maior produção,
alguns com colaboração mais externa e outros mais interna, países menores conseguem
realizar tanta colaboração entre si quanto esses, mesmo que a produção total de cada um seja
menor.
Em outra análise foi notado que dos 945 autores somente 16 possuem cinco ou mais
trabalhos, representando 26% do total de publicações. Com 12 documentos, Milan Tuba é o
autor com mais publicações e assim como outros autores mais recentes se destaca por uma
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grande produção anual desde sua entrada nesse campo, sendo parte do impulso de
crescimento visto na série histórica.
Em relação aos periódicos, se destacam o IEEE Access e o Advances In Intelligente
Systems And Computing que estão em ascensão nessa área, sendo que o primeiro deve ser
monitorado para a busca de trabalhos mais recentes e o segundo para a busca de trabalhos
mais significativos. Também se destaca o periódico Lecture Notes In Computer Science que
contém a maior quantidade de produções por ser um dos pioneiros a relatar esse tema.
Por fim, analisando o mapa que contém as palavras-chaves mais utilizadas pelos autores
foi possível notar as aplicações mais realizadas e quais algoritmos de Inteligência de Enxame
são mais consistentes podendo servir de orientação para pesquisas nessa área.
Para trabalhos futuros, sugere-se a ampliação dessa busca em outras bases de dados além
do Scopus. Nos tesauros podem ser incluídos outros conceitos para reduzir a busca a trabalhos
focados na resolução de um determinado problema da rede de sensores sem fio que é
resolvido com a inteligência de enxame, como protocolo de redes ou problemas de área de
cobertura, ou realizar a comparação entre a busca por esses problemas separadamente.
REFERÊNCIAS
Abstract. The Wireless Sensor Network has characteristics that create a wide range of
applications, but due to its limited power source, it is necessary to find the best management
to minimize energy consumption without compromising its performance. This optimization
can be performed using bioinspired metaheuristics with behaviors that match the
characteristics of this network. The objective of this work is to do a bibliometry of the
Wireless Sensor Networks optimization problems solved with Swarm Intelligence. For this, a
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search was carried out in Scopus with key concepts to obtain works on this theme and analyze
them about their production, authors, sources and keywords using the Bibliometrix tool.
Through the research, 412 papers and 945 authors were found, where a great growth was
observed in 2014 in the chronology. The most productive countries and the collaboration
among them, the most relevant authors in the boost of the historical series, the rising
journals, and the applications and algorithms most found in the keywords were also
identified. The theme, although recent, shows a great growth in production, collaboration
between countries, promising authors and rising publications in journals, being an area with
place for future research.
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Relationships between leaks and the materials and diameters of water distribution pipes
at Prolagos concessionaire in the Lake Region, RJ, Brazil
Abstract. The objective of this work is to identify the relationships between actual water
losses and the types of materials and pipe diameters in the water distribution network of 5
municipalities located in the Lake Region, Rio de Janeiro State, Brazil. We analyzed 273
episodes of pipe bursting between June and July 2019, identifying the types of materials and
pipe diameters where the leaks occurred and comparing them to the total length of each type
of material and diameter. The PVC 50 mm and DeFoFo 100 mm ducts showed the highest
percentage of ruptures above expectations (18.94% and 2.68%, respectively). The
methodology proposed and used herein can be replicated to other water distribution
networks.
Keywords: Real Water Loss. Water Distribution Network. Pipeline Breakage. Material and
Diameter of Piping. Water Leakage.
1. INTRODUCTION
The current global picture of water resources is not very encouraging. In 2018, the
World Bank and the United Nations stated that 36% of the global population lived in areas
with water scarcity; in addition, the 2030 Water Resources Group projects a 40% water deficit
in the world scenario for 2030 (Biswas & Tortajada, 2019). This will be caused by accelerated
population growth coupled with the maintenance of current consumption patterns and the lack
of adequate water resources management.
The high level of water losses in distribution networks is one of the biggest challenges
faced by sanitation companies around the world (Aschilean & Giurca, 2018). The main factor
related to losses in water distribution systems are the leaks in the pipes (Fontana & Morais,
2016). In Brazil, 5146 municipalities guaranteed water supply to 173.2 million inhabitants in
2018, corresponding to 16 billion m3 of water volume. It should be noted, however, that the
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actual loss of this resource in the water distribution systems was approximately 38.5%
(BRASIL, 2019). Tabesh et al. (2018) state that investigating the causes of leaks in water
distribution networks is critical to reducing the problem. The authors raise flaws in the
collection and analysis of rupture events and cite that the main causes of leaks are due to poor
qualification of water distribution companies' employees and inadequate selection of pipes
that make up the distribution network.
Within this scenario, the present work aims to analyse the occurrences of real water
losses in the distribution network operated by Prolagos Sanitation Concessionaire. The main
objective is to identify relationships between leaks and the materials and diameters of the
pipes in the network. Prolagos company serves five municipalities in the Lakes Region, Rio
de Janeiro State. This is a tourist region that demands a seasonal service, mainly from
December to March, when the population increases five times more in relation to the local
population, estimated at around 422 thousand inhabitants (IBGE, 2017). During the high
season, which includes school holidays, festive dates, and long holidays, the mentioned
municipalities have water supply problems.
The study area corresponded to five municipalities (Armação dos Búzios, Arraial do
Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande and São Pedro da Aldeia) located in the region of coastal
lows, microregion of Lakes, in the State of Rio de Janeiro. The basic sanitation concessionaire
Prolagos has been supplying these municipalities with water and sewage collection and
treatment since 1998, with concession term extended until 2041. Its water supply network is
2,719.75 kilometers long (Prolagos, 2020).
To acquire the data regarding the distribution network and actual water losses,
technical visits were made to the Operational Control Center of the Basic Sanitation
Concessionaire Prolagos, with the monitoring of the sector coordinator. Three visits were
made during the months of July and August 2019, during which data related to the
distribution network and rupture events were requested.
Regarding the concessionaire's distribution network, Prolagos provided information on
the type of material and the diameter of the pipes. This information, along with network
location was made available in digital format in a vector file type KMZ which provided a
spatial visualization of the networks and its features in Google Earth (Gorelick et al., 2017).
The concessionaire also provided the coordinate records of leak positions in the network for
June−July 2019 as a .xls digital spreadsheet.
First, we identified pipe material and diameter for each leakage event by importing
both the information from the networks and the leakage events into the Geographic
Information System QGIS 3.8 8 (QGIS Development Team, 2019). Then, we converted the
KMZ file into a shapefile (.shp) vector file of the type rows, and the information of the
networks became available in the attributes table of the file. The coordinates of the leak
occurrences were also converted to a shapefile format file of the type points. In addition to
this information, the ".shp" files referring to the limit of each municipality were inserted in the
Geographic Information System (GIS). These data were obtained from the geographic
database of the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), year 2015 (IBGE,
2019).
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In GIS environment, two tasks were performed: 1- the calculation of the total length of
each type of material and pipe diameter of the network; 2- the identification of the types and
diameters of the pipes where the leaks occurred. From these data, it was possible to identify
rupture tendencies in pipe material or diameter in relation to the total availability on these
pipe features in the network.
The "Geometry" tool was used to calculate the total length of each type of material and
pipe diameter of the net. The cartographic projection used to calculate the length of the nets
was the Universal Transverse of Mercator Zone 32S, which has the meter as unit of
measurement (QGIS Development Team, 2019). In the sequence, the total extension values
were identified according to the type of net (material + pipe diameter) from the "Intersect"
tool and converted to a Microsoft Excel table, containing columns identifying the materials,
diameters and their lengths.
To relate the type of material and pipe diameter to each leakage event, it would only
be necessary to intersect the location of the leakage events with the lines for each network.
However, the geographical location of some of the leak sites and the networks did not match
because the sites were not located exactly on top of the lines representing the networks. This
pattern, identified in the majority of the points, made it impossible to use simple tools such as
the intersection between lines and points in the GIS. From this type of tool it would be
possible, for example, to quickly characterize in which type of material and diameter the leaks
occurred. In an attempt to overcome this problem and to relate the characteristics of the
network to the occurrences of leakage as well as to minimize the faults concerning the
geographical location of the points and lines, a matrix of distance between this data set was
calculated. The distance matrix was automatically calculated in the QGIS 3.8 software from
the "Distance Matrix" tool (QGIS Development Team, 2019). In this step, the data set
referring to the lines and the data set referring to the points had a unique identification. For
each point, all possible distances between the lines were calculated, so if a point was located
between two or more lines, all distances would be calculated.
When a line and a point intersected, the calculated distance consisted of the value zero.
However, when the point did not intersect with any line, the value of the shortest distance
between the point and all nearby lines was identified. Thus, it was assumed that the
occurrence of leakage in relation to the type and diameter of the network corresponded to the
nearest network. This procedure had to be performed for 84 percent of the data points.
The analysis of the rupture patterns was produced from the elaboration of
quantitative charts, based on the information described in the previous section. The analyses
considered the lengths of each type of pipe in the distribution network, since the predominant
materials tend, by simple probability, to present a higher incidence of ruptures than little used
materials. The percentage of breaks above or below the expected was calculated - Eq. (1).
where:
PB is the percentage of breaks above (if positive) or below (if negative) the expected; MB is
the amount of breaks in a given material; TB is the total amount of breaks; ML is the total
length of the material in the distribution network; and TL is the total length of the distribution
network.
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In June, 134 pipeline ruptures were reported while in July there were 139 ruptures. Of
the 273 rupture episodes, 15 had no record of pipeline material because there was no
information of the pipeline in the network record provided by the concessionaire. These 15
records were disregarded, leaving a total of 258 records for analysis.
The types of piping materials in the analysed water supply network were: PVC,
HDPE, FRP, DeFoFo, asbestos, cast iron, forged steel, and smaller diameter hook. Details
about the characteristics of these materials are discussed by Gama et al. (2019). There was no
break in the FRP and forged steel materials in this period.
PVC and HDPE showed the highest number of ruptures; breakage of PVC 50mm and
HDPE 63mm were particularly high, but were also the two most common types/diameters of
pipes composing the network. Indeed, the number of ruptures in each pipe type correlated
with its total availability in the network (rs = 0.82; n = 7; p = 0.023), with PVC and HDPE
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materials comprising more than 70% of the total extension (Fig. 1) and also the highest
number of ruptures.
Despite the fact that the PVC and HDPE pipes stand out in number of breaks but also
in total extension, when making the comparison with the total extent of each material in the
network, we found a significant deviation from expected frequencies of ruptures (χ2 = 66.38;
d.f. = 3; p < 0.0001); the materials that stood out the most in occurrences of breaks were PVC
and DeFoFo. The percentage of PVC pipe breaks over the total breaks was 21.19% higher
than the percentage of its length in relation to the total length of the distribution network. In
the case of DeFoFo material, the percentage of breaks over the total presented a value 4.70%
higher (Fig. 2 and 3). In turn, HDPE – particularly 63mm – and forged steel had fewer
breakages than expected by chance, considering their total extension. It is important to
emphasize that the concessionaire did not provide data on the time of installation of the
materials, which may imply in a higher number of ruptures, when their useful life is exceeded
due to loss of resistance of the material.
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Figure 3 - Difference betweeen the percentage of breakdowns and the percentage of extension
of the material in relation to the total extent of the network.
The number of ruptures in each pipe diameter was also proportional to their respective
availability in the network (rs = 0.69; n = 53; p < 0.0001), but the comparison between
observed and expected leakages in distinct pipe diameters was significant (χ2 = 44.07; d.f = 5;
p < 0.0001), showing that there were significant deviations on the number of ruptures
expected by chance. Indeed, the partial correlation between pipe diameter and number of
breaks showed a significant negative relationship (r = - 0.423; d.f = 50; p = 0.002), meaning
that pipeline with lower diameters showed higher number of breakages, after controlling for
their availability in the total network. These results confirm the research carried out by
Adedeji et al. (2017) that smaller diameter tubes are more susceptible to the risk of rupture as
the service pressure increases.
By analysing the pipe breaks and examining both their diameters and the type of
material, 12 different types of pipes showed number of leakages above expected. Equation (1)
was also used to verify this trend, considering the types of materials and their different
diameters for each algebraic term. Important prominence is given to PVC pipes 50 mm and
DeFoFo 100 mm with this latter one showing a tendency to break more than 7 times lower
when compared to the former (Fig. 4). Moreover, the tendency of rupture of DeFoFo 100 mm
is greater than the sum of all the tendencies of other DeFoFo diameters (Fig. 4).
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Focusing only on nets of a specific material, such as PVC and DeFoFo, which had a
greater tendency to break, it is important to consider which diameters had more breakages
than others. In the case of the PVC-type piping network, this deserves due attention because
the quantity of breaks is expressive for its extension (Fig. 2 and 3). Within PVC, there is a
marginally significant difference between pipes with 50, 75 and 100mm (χ2 = 4.667; d.f.=2; p
< 0.097; diameter categories with expected ruptures equal or greater than 5), showing a
tendency of more ruptures in 50mm pipes and relatively less on 75mm pipes (Fig. 5 and 6). It
is important to notice that considering the total extension of the network, indeed PVC 50mm
pipes showed a discrepant number of ruptures above expected (Fig. 4). Moreover, it should be
noted that the PVC pipes with diameters 32 mm, 85 mm, 150 mm and 400 mm did not present
ruptures and that for the PVC data only, there was no significant relationship between
diameter and number of breakages after controlling for extension (partial correlation r = -
0,57; d.f. = 6; p = 0.451).
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For the pipe network of DeFoFo material, there was a negative correlation between
pipe diameter and number of ruptures (parcial correlation r = - 0.96; d.f = 3; p = 0.009). The
large difference related to the diameter of 100 mm, the smallest of all, contributes to this
negative correlation (Fig. 7 and 8).
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Analysis of the characteristics of the different pipe materials can help to identify
possible causes of rupture as well as to define the most suitable material options for
replacement. Considering that the PVC pipes in Prolagos distribution network are PVC-O
type and that DeFoFo and PVC-O present more breaks, we can observe some weaknesses in
both, such as risk of displacement, average water tightness, and greater ground movement,
floor decomposition, and loss of material (for more details see ABPE (2017) and Lemos
(2020)). An important factor that interferes in the resistance of materials are the pressure
oscillations associated with demand variations, which confers reduced resistance limit for
PVC and DeFoFo (Almeida et al., 2011). These two characteristics are widely observed in the
Lake Region, which has fluctuating demand on weekends, holidays, and school holidays.
4. CONCLUSIONS
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concessionaire to collect these data in the future, which may comprise more in-depth studies
of the causes of water losses and, consequently, improve the performance in combating and
controlling these losses.
Acknowledgements
This work was supported by FUNADESP - National Foundation for the Development of
Private Higher Education.
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1. INTRODUÇÃO
A liga Ti-6Al-4V ELI (ASTM F136: Standard Specification for Wrought Titanium-6
Aluminum-4 Vanadium ELI) é usada em aplicações na área médico-odontológica devido as
suas propriedades mecânicas, boa biocompatibilidade e alta resistência à corrosão. Ela
apresenta microestrutura α + β em que o Al é elemento de liga estabilizador da fase α e o V da
fase β (Dai, N. et al., 2016; Murr, L. E., et al 2009).
Os métodos de fabricação convencional dos implantes e próteses usados na medicina é
por forjamento, usinagem e fresagem. Estas metodologias apresentam limitações na produção
de peças com formas complexas. Para atender estes requisitos foram desenvolvidos os
métodos de fabricação por manufatura aditiva (Yang, J., et al, 2016). Um destes métodos é a
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fusão seletiva a laser (FSL), o qual consiste em uma técnica de fabricação utilizando um feixe
de laser sobre um leito de pó. Esta técnica permite que sejam fabricadas peças com
geometrias complexas (Liu, S., & Shin, Y. C., 2019).
A fabricação de peças pela técnica de FSL apresenta desvantagens, como altas taxas de
resfriamento que geram tensões residuais nos produtos e a presença de partículas não fundidas
em sua superfície e acabamento superficial deficiente. As tensões residuais são oriundas da
formação de uma microestrutura martensítica α’ metaestável e elevada taxa de resfriamento.
O acabamento superficial deficiente pode acarretar em maior liberação de íons e até rejeição
do material quanto este utilizado na área biomédica (Cao, F., e Chandran, K. R., 2017).
Alguns fatores são importantes para a ocorrer a osseointegração dos implantes como a
rugosidade, morfologia e composição química da superfície do material. Estes parâmetros
estão diretamente relacionadas ao sucesso do implante, pois as interações entre a superfície do
implante e as proteínas dependem diretamente desses fatores. As superficies rugosas
estimulam a diferenciação das células e a formação de estruturas da matriz extracelular (Chen,
L. Y., et al, 2017 e Manivasagam, G., et al, 2010).
Ao longo dos anos diferentes tratamentos de superficies foram desenvolvidos para os
implantes dentários para melhorar a bioatividade, aumentar a biocompatibilidade, melhorar a
condutividade óssea, diminuir a liberação de íons metálicos e aumentar a resistência à
corrosão. Os principais tratamentos de superfície desenvolvidos são jateamento, tratamento
sol-gel, oxidação anódica e tratamento com ácido.
Superfícies tratadas com ácido apresentam melhores resultados clínicos. Os implantes que
são submetidos ao ataque ácido induzem maior diferenciação celular, com grande contato
entre osso e implante nos estágios iniciais da osseointegração em relação aos implantes com
superfícies usinadas (Feng, B., et al, 2003; Feng, B., et al, 2002).
O objetivo do presente trabalho é caracterizar a superfície da liga Ti-6Al-4V fabricada por
fusão seletiva a laser antes e após tratamento com ácido. Para isto, foram realizadas medidas
de rugosidade e análise por microscopia eletrônica de varredura antes e após o tratamento da
superfície das amostras.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
No presente trabalho foram caracterizadas amostras da liga Ti-6Al-4V produzidas por fusão
seletiva a laser (FSL). As amostras foram produzidas nas formas de discos e implantes. Para a
fabricação foram usados pós conforme as especificações da Norma ASTM F2924-14:
Standard Specification for Additive Manufacturing Ti-6Al-4V Powder Bed Fusion.
As amostras foram submetidas ao tratamento químico de superfície com uma solução de
ácido fluorídrico.
Para a análise da morfologia superficial foi usado o microscópio eletrônico de varredura Field
Emission Gun FEI QUANTA FEG 250® e a análise de rugosidade foi realizada com
perfilometro 3D New View 7100 Profilometer (Zygo Co, Middlefield, CT, USA).
3. RESULTADOS
Mostra-se na figura 1 as morfologias das superfícies da liga Ti-6Al-4V no estado como
produzidas por fusão seletiva a laser (FSL). Na microscopia apresentada é possível observar a
presença de partículas não fundidas e parcialmente fundidas. Estas partículas aumentam a
rugosidade. Resultado semelhante foi obtido por (Liu, S., & Shin, Y. C., 2019). Como o
acabamento da superfície após a fabricação por FSL não é adequado, é importante que o
material seja submetido a um tratamento para remover as partículas não fundidas e fracamente
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aderidas. A não remoção destas partículas pode acarretar em sua soltura durante a inserção no
corpo, ocasionando processos de rejeição do material implantado e aumento da quantidade de
íons liberados no organismo.
Figura 1 – Superfície das amostras produzidas por FSL como recebidas. Aumentos (a) 250x e
(b)500x.
Na figura 2 são apresentadas micrografias das amostras após o ataque com ácido fluorídrico
durante 10 min, 20 min e 30 min. Observa-se que os diferentes tempos de ataque interferem
na quantidade de partículas removidas. No ataque com 10 min, nota-se que a remoção foi
parcial, visto que ainda é possível observar a presença destas partículas. Para os tempos de 20
e 30 minutos ocorreu uma maior remoção de partículas. Entretanto, observa-se que para o
tempo de 30 minutos ocorreu um ataque ao substrato da amostra.
Figura 2 –Superfície Ti-6Al-4V obtida por fusão seletiva a laser após o tratamento químico
com HF em diferentestempos: (a) e (b) 10 min, ( c) e (d) 20 min e, (e) e (f) 30 min.
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Figura 3 – Morfologia da rugosidade da liga Ti-6Al-4V obtida por fusão seletiva a laser como
recebida e após tratamento químico durante 20 e 30 minutos
Material Ra
Ti-6Al-4V CR 15,02 ±1,14
Ti-6Al-4V 20 min 9,15 ± 0,62
2. CONCLUSÕES
O tratamento com ácido das amostras produzidas por fusão seletiva a laser foi efetivo para a
remoção das partículas não aderidas na superfície.
O tratamento com ácido foi efetivo para diminuir a rugosidade e remover as partículas.
O tempo de ataque que apresentou uma melhor resposta na superfície foi o de 20 minutos,
pois apresentou uma remoção das partículas sem atacar o substrato da amostra.
Agradecimentos
Os autores agradecem aos órgãos de fomento FAPERJ, CAPES e CNPq pelo suporte
financeiro para executar o presente trabalho e a empresa PLENUM Bioengenharia pela
colaboração no fornecimento das amostras.
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Abstract. The Ti-6Al-4V ELI alloy is used in medical and odontological applications due to
its mechanical properties, good biocompatibility and high resistance corrosion. This alloy
presents α + β microstructure where Al is the α-stabilizer element and V is the β-stabilizer
element. The conventional manufacturing methods of implants and prostheses are by forging,
machining and milling, which have restriction in the production of complex geometries parts.
In order to meet these requirements, additive manufacturing methods were developed. The
objective of this work is to characterize Ti-6Al-4V samples produced by laser additive
manufacturing. The samples were characterized by scanning electronic microscopy before
and after surface treatments. The results showed that samples “as received” presented high
number of particles weakly bonding on the surface, which may loose during insertion on the
bone. After acid-etching surface treatments samples presented surface morphology with
proper characteristics to obtain osseointegration.
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1. INTRODUÇÃO
A busca por aprimoramento técnico-científico sempre foi uma característica inerente aos
processos da Engenharia, desde seus primórdios, quando os conhecimentos eram desenvolvidos
de forma empírica, até o atual uso de novas tecnologias para resolução de problemas complexos.
Nesse desenvolvimento moderno, áreas como a informática tornam-se pilares neste processo,
onde a rapidez de solução dos problemas substitui o trabalho humanizado que seria realizado
por longos período de tempo.
De acordo com Nascimento, Bono e Bono (2017), o uso de modelos computacionais já é
rotineiro nas áreas automobilística, aeronáutica, em indústrias diversas e, também, na
Engenharia Estrutural. Carvalho, Filho e Junior (1999) também afirmam universalidade do uso
de recursos computacionais no desenvolvimento de projetos e evidenciam a importância de sua
aplicação na formação acadêmica de profissionais da Engenharia.
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O método dos deslocamentos, segundo Soriano e Lima (2006), por ser um método utilizado
em programações automáticas, é o mais importante método de análise estrutural. Os autores
afirmam também que as incógnitas primárias, neste método, são deslocamentos em pontos
adequadamente escolhidos na estrutura, que são obtidos por meio de um sistema de equações
algébricas lineares de equilíbrio.
O método dos deslocamentos diferencia-se do método das forças, segundo Martha (2010),
por ser feito na ordem inversa:
1º Condições de compatibilidade;
2º Leis constitutivas dos materiais;
3º Condições de equilíbrio.
Conforme a Figura 1, o sistema principal do método (Estado E) é o modelo com os
deslocamentos restritos. Soriano e Lima (2006) definem o símbolo ⊡ como a restrição nodal,
que é aplicado ao apoio/vínculo que está em excesso, tornado o pórtico hiperestático. Definido
o sistema principal, verifica-se que os demais sistemas serão as combinações lineares dos
demais estados.
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𝑓 + 𝑘11 . 𝑑1 + 𝑘12 . 𝑑2 = 𝒻1
{ 1 (1)
𝑓2 + 𝑘21 . 𝑑1 + 𝑘22 . 𝑑2 = 𝒻2
ou de forma matricial:
𝑘 𝑘12 𝑑1 𝒻 𝑓
[ 11 ] { } = { 1} − { 1} (2)
𝑘21 𝑘22 𝑑2 𝒻2 𝑓2
4. METODOLOGIA
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Uma vez calculados os deslocamentos 𝑑𝑖 pela equação (3), os esforços na estrutura real
foram determinados por (SUSSEKIND, 1981):
𝐸 = 𝐸0 + ∑𝑖𝑛=1 𝑑𝑖 . 𝐸𝑖 (4)
Assim, para cada viga foi formulado o respectivo sistema de equações que resolve o
problema. Visto que a viga 3 apresenta 3 incógnitas hiperestáticas, a eliminação gaussiana foi
implementada para resolução do sistema (ATKINSON, 1989).
5. RESULTADOS
As reações de apoio obtidas para a viga 1 pelo aplicativo em C++ e pelo FTOOL estão
apresentadas nas Figuras 3 e 4, respectivamente.
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Os valores obtidos mostram uma boa correlação dos resultados, apresentando erros
numéricos pequenos que não comprometem a validação do código.
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Assim como as reações de apoio, os esforços internos obtidos pelo aplicativo em C++
foram comparados com o FTOOL e mostraram bons resultados, como pode-se verificar a
seguir.
Visto que o aplicativo desenvolvido não possui uma interface gráfica, como o FTOOL,
capaz de construir os diagramas de momento fletor e força cortante, foi necessário criar uma
nomenclatura para identificação dos resultados, conforme a Tabela 1 abaixo.
Tabela 1 – Nomenclatura usada pelo aplicativo
Código Significado
va_e Força cortante à esquerda do apoio A
va_d Força cortante à direita do apoio A
ma_e Momento fletor à esquerda do apoio A
ma_d Momento fletor à direita do apoio A
m_max1pos Momento máximo positivo na seção 1
Nas Figuras 9 e 10, são mostrados os resultados da viga 1 no aplicativo em C++ para o
momento fletor e força cortante, respectivamente; nas Figuras 11 e 12 são apresentados o
momento fletor e a força cortante obtidos pelo FTOOL.
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Nas Figuras 13 e 14, são mostrados os resultados da viga 2 no aplicativo em C++ para o
momento fletor e força cortante, respectivamente; nas Figuras 15 e 16 são apresentados o
momento fletor e a força cortante obtidos pelo FTOOL.
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Nas Figuras 17 e 18, são mostrados os resultados da viga 3 no aplicativo em C++ para o
momento fletor e força cortante, respectivamente; nas Figuras 19 e 20 são apresentados o
momento fletor e a força cortante obtidos pelo FTOOL.
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6. CONCLUSÃO
Como pode ser verificado por meio dos resultados obtidos no aplicativo em C++, os valores
foram muito próximos aos que foram encontrados no FTOOL, software que serviu como
instrumento de comparação e validação, o que ratifica a acurácia do aplicativo desenvolvido.
O aplicativo em C++ pode ser usado para cálculos de reações de apoio e de esforços
internos para vigas hiperestática, com carga distribuída, rigidez continua para todas as seções e
GH até 3.
Além disso, o desenvolvimento de ferramentas computacionais para resolução de
problemas de estruturas mostra-se bastante útil nos estudos da engenharia de estruturas e na
formação dos profissionais da área. Tendo em vista os resultados positivos, ratifica-se a
acurácia do código desenvolvido e o atendimento aos objetivos do trabalho.
REFERÊNCIAS
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performs the calculation of reactions and internal stresses of hyperstatic beams using the
displacements method. The results obtained are validated by comparing them with the FTOOL
software and they confirm the accuracy of the code developed. In addition, the importance of
using structural calculation software in the professional training of civil engineers is presented.
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Abstract.
In this work, we have developed the extended Response Matrix constant–nodal (RM–CN)
method to solve multigroup X, Y –geometry problems in the discrete ordinates formulation with
anisotropic scattering including the upscattering events. Described here is the methodology
to obtain the discretized RM–CN equations and the partial one–node block inversion scheme
used to iteratively solve these equations. To illustrate the accuracy of the method, we offer and
discuss numerical results to two typical model problems.
1. INTRODUCTION
The Response Matrix (RM) methodology is a widely used approach to solving the neutral
particle transport problem. It has a firm theoretical basis (Lindahl & Weiss, 2010) and is focused
on a proper representation of the angular distribution of the interface currents. In general, the
RM method provides a solution to the transport problem based on the preservation of particle
balance and the continuity of interface currents, which couple each sub–zone to its closest
neighbours (Leppänen, 2019). The nodal RM methods consist in solving the problem in the
whole domain by considering each node as a local boundary value problem by itself. The
response matrix is used to relate the outgoing particles from one node to precomputed solutions
of the incident particles (Anghel & Gheorhiu, 1987).
In the work by da Silva et al (2020) was proposed an spectral nodal method for coarse–mesh
numerical solution of steady–state multigroup X, Y –geometry discrete ordinates (SN ) transport
problems in non-multiplying media. The method uses the RM technique to solve analytically
the multigroup one–dimensional transverse–integrated SN nodal equations with approximations
only for the node–edge angular fluxes in the transverse leakage terms.
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In this work, we extended the spectral Response Matrix constant–nodal (RM–CN) method to
solve fixed–source multigroup SN problems considering strong anisotropic scattering, including
any energy group transfer due to collision, which, in our viewpoint, is an important component
in order to improve the computational modeling of more realistic problems.
The notation in Equation (1) is standard (Lewis & Miller, 1993; Prinja & Larsen, 2010; Larsen
& Morel, 2010; Morató et al, 2020):
• θ, ϕ: polar and azimuthal angle, respectively,
p
• µ = cos θ, η = 1 − µ2 cos ϕ,
• (µm , ηm ), ωm : discrete directions and weights of the angular quadrature of order N ,
respectively. The sum of weights is normalized to be equal to 1 in each quadrant,
• M = N (N + 2)/2: total number of directions,
• ψmg (x, y): angular flux for the energy group g in direction (µm , ηm ),
• Σi,j
T g : group macroscopic total cross section,
(`) i,j
• ΣS g0 →g : Legendre moments of the macroscopic differential scattering cross section,
• P` (µ): Legendre polynomial of degree `,
• P`k (µ): associated Legendre polynomial of degree ` and order k,
• Qgi,j : isotropic source emitting radiation with energy within group g.
In this work, the subscript mg indicates the row in a column matrix by fixing g and varying
m = 1 : M . In other words, mg represents the component of position (g − 1)M + m.
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i,j ηm h i µm h i
• Lmg ≡ ψmg (x, yj+1/2 ) − ψmg (x, yj−1/2 ) or ψmg (xi+1/2 , y) − ψmg (xi−1/2 , y) .
hyj hxi
We note that the transverse leakage terms are approximated by constants along the edges in
each node di,j (Barros & Larsen, 1992; Curbelo et al, 2018; da Silva et al, 2020), which is the
only approximation involved in this method.
Equation (2) represents a system of M G ordinary differential equations within each
individual node di,j , whose analytical general solution can be written as
P H
Fmg, s (u) = Fmg, s + Fmg, s (u) .
P
Here, Fmg, s is a particular solution and can be obtained by solving the linear system of order
MG
X G XM
i, j i,j P i,j i,j
δm, n δg,g0 ΣT g − Smg, ng0 Fmg, s = Qg − Lmg , g = 1 : G, m = 1 : M .
g 0 =1 n=1
On the other hand, the homogeneous component of the general solution is assumed to be of
the form
−(x − λs ) us+1/2 , ν < 0
H ν
Fmg, s (u) = amg (ν) e , λs = . (3)
us−1/2 , ν > 0
Now we substitute Equation (3) into Equation (2), setting the group transverse leakage term and
the prescribed group interior source equal to zero, to obtain the eigenvalue problem
i,j
G X M
Σi,T gj Smg,
X ng 0 1
δm, n δg, g0 − ang0 (ν) = amg (ν) , g = 1 : G , m = 1 : M ,
g 0 =1 n=1
Λm Λm ν
where the quantities amg (νk ) are the components of the eigenvector corresponding to the
eigenvalue νk−1 . Thus, we write each component of the general solution for Equation (2) as
MG
X −(u − λs )
Fmg, s (u) = νk P
+ Fmg,
αk amg (νk ) e s , g = 1 : G , m = 1 : M , x ∈ di,j ,
k=1
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At this point, we use the expression of the general solution for Equation (2) obtained in
the previous section and follow the procedures described by da Silva et al (2020) to obtain the
sweeping equation for each node di, j
Ψout in
i,j = Ri,j Ψi,j + Fi,j .
Here, the response matrix Ri,j is a 2M G–order square matrix and Fi,j is a 2M G–dimensional
vector. Moreover, the entries of the 2M G–dimensional vectors Ψout in
i,j and Ψi,j are the multigroup
angular fluxes in the outgoing and incoming directions, respectively. Due to these response
matrix equations and the constant approximations for the transverse leakage terms, the present
method is termed the spectral nodal Response Matrix–Constant Nodal (RM–CN) method.
Further details on the procedures to calculate the response matrix and the additional matrices
can be found in the work by da Silva et al (2020).
According to the preliminary version of this method (da Silva et al, 2020), we generate
numerical solutions of the SN problem by implementing the partial one–node block inversion
(PNBI) iterative scheme. This iterative scheme is based on iterating on the multigroup node–
edge average angular fluxes in four sweeping directions departing from the corners of the
rectangular domain. The PNBI scheme solves the response matrix equations in each node
di,j for all the multigroup angular fluxes in the outgoing directions by using the most recent
available estimates for the node–edge average angular fluxes in the incoming directions. Figure
1 illustrates the quantities involved in the transport sweeps considering the SW−→NE direction
and two–energy groups, wherein each arrow represents N (N + 2)/8 directions.
g1 g1
g2 g2
NW ψQ2,g,j+1/2 ψQ1,g,j+1/2 NE
ψQ3,g,j+1/2 g2 g2 ψQ4,g,j+1/2
g1 g1
g1 g1 g1
g2 ψQ1,g,i−1/2 ψQ2,g,i+1/2 g2 g2 ψQ1,g,i+1/2
SW SE
di,j
Figure 1- PNBI algorithm for the SW−→NE sweep. (G = 2).
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5. NUMERICAL RESULTS
In this section we consider two model problems. The first test was adapted from the one–
dimensional homogeneous problem proposed by Siewert (1993) with strong upscattering and
here we recreated an equivalent X, Y –geometry version in order to compare the results. In
the second model problem we consider a two–layer shielding material with distinct nuclear
properties surrounding an isotropic source of neutral particles, as proposed by da Silva et al
(2020). We extend this problem to a model with 10–groups and L = 5 scattering.
We used the level symmetric angular quadrature sets (Lewis & Miller, 1993) and the
stopping criterion for each run required that the discrete maximum norm of the relative deviation
between two consecutive estimates for the group node–average scalar fluxes be less than 10−6 .
The methods were programmed in C++ (Code::Blocks 17.12 IDE), we used the ALGLIB library
(ALGLIB Project, 2020) for the matrix operations and we implemented parallelized versions of
the codes by using OpenMP API.
Let us first consider a six–group problem with triplet (L = 3) scattering. The problem
consists of a 30 cm–thick water slab which is bombarded on the left boundary (x = 0) by a
uniform isotropic source with energies in the first group. The material cross sections present a
strong upscattering and are taken from the work by Siewert (1993). A 2D mock–up was then
constructed using a [0, 30] × [0, 30] rectangle domain. The material distribution is analogous to
the one–dimensional problem (Siewert, 1993) and the isotropic source is considered constant
along the left boundary. In order to compare the results with the ones from the one–dimensional
problem, we have considered reflective boundary conditions on sides y = 0 and y = 10 cm.
We solved the 2D–problem by using the RM–CN+PNBI method on a set of uniform
spatial grids and several quadrature orders. The results were compared to the solution for the
one–dimensional problem obtained by Garcia & Siewert (1998) with the facile (FN ) method
considering N = 149. The reference solution for the group scalar fluxes is only available
at x = 0.0, 7.5, 15.0, 22.5 and 30.0 cm. Thus, we compare the group node–edge scalar
fluxes over the y coordinate direction computed by the RM–CN+PNBI method to the point
value of the reference scalar flux. Figure 2 shows the results obtained on a discretization
grid composed of 300×300 nodes and the S8 angular quadrature set. Under these conditions,
maximum percentage relative deviations (δ) were less than 1% except for the sixth energy group
at x = 0.0 cm.
In the second model problem we consider a shielding structure with distinct nuclear
properties surrounding an isotropic source of neutral particles. This problem was adapted from
the work by da Silva et al (2020) and we consider 10 energy groups and L = 5 scattering. Figure
3 represents one–fourth of the whole shielding structure, and we consider reflective boundary
conditions for both left and bottom boundaries and vacuum boundary conditions for both right
and top boundaries. The macroscopic cross sections (cm−1 ) of each material zone (z = 1 : 3)
is generated by
5
z + 20 g
ΣT g,z = − 0.15 δ5,g − 0.15 δ10,g , g = 1 : 10
21 10
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0
10
RM−CN (g=1)
RM−CN (g=2)
RM−CN (g=3)
10−3 RM−CN (g=4)
RM−CN (g=5)
RM−CN (g=6)
Group Scalar Flux
10−12
10−15
0 7.5 15 22.5 30
x (cm)
Figure 2- Group flux for the Model Problem No 1. δ is the maximum percentage relative deviation with
respect to the reference code F149 (Garcia & Siewert, 1998).
and
l
g0 g + g0
(l) z + 20
ΣS g0 →g ,z = 0.7 − ,
21 100 (g − g 0 + 1) 200
g = 1 : 10 , g 0 = 1 : g , l = 0 : 1 ,
respectively.
Vacuum
25 cm
23
Zone 3
15
Reflective Zone 2 Vacuum
6
Zone 1
Qg
0
0 6 15 23 25 cm
Reflective
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We calculate the group absorption rate densities in the 2 × 2 cm region at the upper right
corner of the structure, due to the centered radiation source
The numerical results obtained with the RM–CN+PNBI method are compared with the ones
from the conventional fine–mesh Diamond Difference (DD) method using the source iteration
(SI) scheme (Lewis & Miller, 1993). We considered as reference the results by using the
DD+SI method on a discretization grid composed of 500 × 500 nodes, i.e., 20 nodes/cm in
the x direction × 20 nodes/cm in the y direction, since it is considered fine for this type of
problem (Curbelo & Barros, 2020).
To analyze the numerical results of the group absorption rate densities, we solved the SN
problem by using the RM–CN+PNBI method on a coarse spatial grid composed of 25 × 25
nodes. The refinement of the mesh was performed until the result deviates from the reference
value less than 1%. With the S4 model, the higher percentage relative deviation (δ) is about
0.27% at the tenth energy group on a spatial grid composed of 75 × 75 nodes. On the other
hand, with the S8 angular quadrature set, δ is about to 0.51% at the second group considering
50 × 50 nodes. Therefore, the results for this model–problem are less sensitive to the spatial
discretization grid for higher orders of the angular quadrature.
Table 1 displays the results considering only the absorption rate densities for the energy
groups 1, 5 and 10, respectively, on several spatial grids and quadrature orders. The sixth
column shows the total response considering all energy groups.
Table 1- Group absorption rate density for Model Problem No 2 (cm−1 s−1 ).
S4 g=1 g=5 g = 10 Total response
DD+SI (∆20 ) a 4.77773e–04 1.04694e–05 5.90536e–06 5.92892e–04
RM–CN+PNBI (∆1 ) 5.02163e–04 1.11002e–05 6.32822e–06 6.23373e–04
RM–CN+PNBI (∆2 ) 4.90525e–04 1.06488e–05 6.03584e–06 6.07604e–04
RM–CN+PNBI (∆3 ) 4.78524e–04 1.04826e–05 5.92103e–06 5.93802e–04
S8 g=1 g=5 g = 10 Total response
DD+SI (∆20 ) 3.33405e–03 7.00512e–05 4.14198e–05 4.10944e–03
RM–CN+PNBI (∆1 ) 3.34811e–03 7.07249e–05 4.16970e–05 4.13122e–03
RM–CN+PNBI (∆2 ) 3.34649e–03 7.03311e–05 4.15826e–05 4.12526e–03
a ∆N : spatial grid composed of N nodes/cm in the x direction × N nodes/cm in the y direction.
6. CONCLUSIONS
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As future work, we intend to extend these procedures to forward and adjoint SN transport
models along with Monte Carlo models for radiation therapy applications such as boron neutron
capture therapy (BNCT). We also aim to apply this method to solve problems in three–
dimensional cartesian geometry.
ACKNOWLEDGMENTS
This study was financed in part by the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nı́vel
Superior – Brasil (CAPES) – Finance Code 001.
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1. INTRODUÇÃO
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2. METODOLOGIA
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Figura 2- Valores do fator de concentração de tensão para barras planas obtidos em ensaios fotoelásticos.
Os pontos marcados na curva azul são os valores usados nas simulações deste trabalho. (Fonte: Pilkey
& Pilkey, 2008).
2.1 Geometria
O modelo de barra plana usado nas simulações tem as larguras D = 120mm e d = 100mm.
Os comprimentos de cada porção da barra plana é de 1,5 vezes a sua largura. Essa medida é
tomada para garantir a condição de barra longa, como é mostrado por Troyani et al.(2003). Ou
seja, a porção com largura D tem 180mm de comprimento e a porção com largura d tem 150mm
de comprimento.
Foram usados três valores de raio do filete, que são indicados no gráfico da Fig.2. As razões
r/d usadas foram: 0, 02, 0, 05 e 0, 1. Os valores de K obtidos estão na faixa de 1,8 a 3. O
domínio das simulações é bidimensional e representa metade da barra plana, aproveitando a
sua simetria. A Fig.3 mostra a geometria de menor raio do filete usada na simulação. A única
alteração feita nos outros modelos usados foi o raio do filete.
A carga aplicada foi escolhida de forma que σmed = 10MPa, para simplificar o cálculo de
K. Em simulações em 2D, o ANSYS assume a espessura da geometria bidimensional constante
e igual a 1m. Logo, a carga aplicada para obter a tensão média de 10MPa foi de 500kN. A Fig.3
mostra a aplicação da carga.
A outra extremidade foi fixada, com a condição de contorno de suporte sem fricção. Essa
condição foi escolhida, ao invés do suporte fixo, para permitir o encolhimento transversal que
ocorre na barra submetida a tração, e evitar a introdução de tensões na direção transversal. Na
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fronteira de simetria, também foi definida a condição de suporte sem fricção, que é equivalente
a definir uma condição de simetria.
2.3 Malha
Foram construídos quatro tipos de malha, cada uma composta por um dos quatro tipos de
elemento abaixo:
3) Tria6: elementos triangulares com 6 nós, um em cada vértice e mais um em cada aresta,
e interpolação quadrática.
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As arestas dos elementos tria6 se ajustam muito melhor à linha verde que representa a curva do
filete.
Na Tabela 1 são apresentados os piores valores encontrados de Assimetria (skewness),
Qualidade Ortogonal (Orthogonal Quality) e Relação de Aspecto (Aspect Ratio), para os
elementos triangulares (tria3 e tria6) e quadrilaterais (quad4 e quad8). Tratam-se de parâmetros
de qualidade que medem a distorção dos elementos. Pelos manuais do ANSYS, são
considerados aceitáveis um valor máximo de Assimetria de até 0,94 e um valor mínimo de
Qualidade Ortogonal (QO) de pelo menos 0,15. A Relação de Aspecto (RA) deve ser o mais
próximo possível de 1. Quase todos os valores da Tabela 1 foram encontrados nas malhas com
n = 64 ou n = 32, onde surgiram elementos de qualidade mais baixa na região de transição
para se adequarem à imposição abrupta de refinamento local. Os elementos triangulares se
ajustam mais facilmente a geometrias complexas e isso se reflete nos números da Tabela 1, que
são quase sempre piores para os elementos quadrilaterais.
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Figura 6- Comparação entre elementos do tipo tria3 (esquerda) e tria6 (direita) com r/d = 0, 05 e n = 2.
A linha verde representa a curva do filete.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A seguir são apresentados os resultados para cada raio de filete. Os resultados são
apresentados nos gráficos das Fig.7, 8 e 9. Eles mostram os valores de K obtidos para cada
n usado na simulação. Os gráficos apresentam resultados para os 4 tipos de elementos usados e
a linha tracejada preta marca o valor obtido experimentalmente.
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Nos três casos os resultados sempre convergem para um valor muito próximo aos valores
obtidos em experimentos. Como esperado, os elementos quadráticos tem uma convergência
nitidamente mais rápida que os lineares. Para os elementos lineares, há uma diferença sensível
entre os elementos triangulares e quadrilaterais. A malha de elementos quad4 apresenta
melhores resultados que a do tipo tria3 nos três casos. Para os elementos quadráticos,
praticamente não há diferença de resultado entre os elementos triangulares e quadrilaterais com
o mesmo valor de n. Apenas para n = 2 ocorre uma diferença perceptível, e nos três casos a
malha com elementos quad8 leva uma ligeira vantagem em relação a do tipo tria6.
É importante lembrar que, com o mesmo valor de n, as malhas com elementos quadrilaterais
tem menos nós que as malhas com elementos triangulares, e portanto um sistema de equações
lineares menor. As malhas de elementos triangulares tem sistemas de equação cerca de 25%
maiores para elementos lineares, e mais de 60% maiores para elementos quadráticos. A
vantagem das malhas triangulares é a facilidade de se ajustar à geometria, o que geralmente
resulta em elementos de qualidade superior, como mostra a Tabela 1. Ainda assim, as malhas
com elementos quadrilaterais, no geral, obtiveram resultados melhores que as triangulares.
A partir dos resultados, pode ser definido o valor de n para obter um resultado satisfatório
para cada tipo de malha e valor de r/d. O critério estabelecido pra definir o valor satisfatório é
que, ao dobrar o valor de n, o resultado de K varie menos de 2,5%. Por exemplo, na Fig.9,
a diferença do valor de K obtido com n = 16 em relação ao valor obtido com n = 8 é
menor que 2,5% para a malha do tipo quad8. Portanto, para r/d = 0, 1, a malha do tipo
quad8 obtém um valor considerado satisfatório com n = 8. Os valores de n definidos por
esse critério são mostrados nas Tabelas 2, 3 e 4, para r/d = 0, 02, r/d = 0, 05 e r/d = 0, 1,
respectivamente. Também são mostrados o número de equações do sistema linear e o erro em
relação aos resultados experimentais de cada tipo de malha. Os valores de erro confirmam
que as simulações convergem para valores muito próximos dos resultados obtidos nos ensaios
fotoelásticos. Os sistemas lineares foram resolvidos através de métodos diretos para matrizes
esparsas.
Tabela 2- Valores definidos de n, tamanho do sistema linear e erros em relação aos resultados
experimentais para r/d = 0, 02.
tria3 quad4 tria6 quad8
n 32 32 8 8
Nº de Eq. 1679 1365 4150 2440
Erro (%) 2,45 1,41 0,4 0,47
Tabela 3- Valores definidos de n, tamanho do sistema linear e erros em relação aos resultados
experimentais para r/d = 0, 05.
tria3 quad4 tria6 quad8
n 32 16 16 16
Nº de Eq. 1429 849 4110 2472
Erro (%) 2,22 0,09 1,33 1,25
Para obter valores precisos de K, a dimensão dos elementos no filete deve ser igual ao
comprimento do filete dividido pelo n estabelecido. Logo, a razão em porcentagem, ζ, da
dimensão dos elementos no filete em relação à largura d é dada pela Eq.(2).
πr
ζ = 100 × (2)
2nd
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Tabela 4- Valores definidos de n, tamanho do sistema linear e erros em relação aos resultados
experimentais para r/d = 0, 1.
tria3 quad4 tria6 quad8
n 32 16 8 8
Nº de Eq. 1193 715 2564 1632
Erro (%) 0,42 1,64 1,85 2,22
A Fig.10 mostra os resultados de ζ para cada tipo de malha e valor de r/d. Os valores são
idênticos para as malhas do tipo tria6 e quad8, pois eles atingiram o critério de qualidade com
os mesmos valores de n.
4. CONCLUSÕES
Os resultados obtidos em simulações pelo método dos elementos finitos alcançaram valores
compatíveis com os obtidos experimentalmente através de ensaios fotoelásticos. Dessa forma,
foi possível estabelecer dimensões para os elementos na região do filete para obter resultados
confiáveis. Os elementos quadráticos, como esperado, mostraram uma convergência muito
mais rápida. Além disso, os elementos quadrilaterais mostraram resultados superiores com
dimensões semelhantes aos triangulares.
Este trabalho pode ser estendido usando mais amostras, com diferentes razões r/d e também
diferentes razões D/d. Além disso, podem ser feitos estudos em três dimensões, usando outras
geometrias, além de filetes, que também produzem concentração de tensões.
Agradecimentos
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Abstract. A shoulder fillet is a very common feature in mechanical components. When the
maximum stress is important, fillets can not be neglected in a structural analysis. Because of
the high stress gradient in those regions, a local mesh refinement is needed. In this work flat
bars under axial tension were evaluated by static finite element analysis. The goal is to define
proper mesh dimensions in order to get accurate results of maximum stress. The simulations
were validated by data from photoelastic tests available in previous studies.
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Resumo. Quando um material é sujeito a altas tensões e/ou altas taxas de deformação, o
comportamento gerado em seu interior é completamente diferente daqueles denominados
quase-estáticos, pois os átomos não têm tempo o suficiente de sentir o impacto. Este
comportamento é conhecido como dinâmico e, tal qual o estático, possui características
próprias e relevantes para o desempenho de uma blindagem. Sendo assim, esse trabalho
buscou conhecer um pouco sobre o comportamento dinâmico de uma blindagem metálica de
alta dureza, produzida nacionalmente, por meio do ensaio de compressão dinâmica com a
barra de pressão Hopkinson sob altas taxas de deformação, seguido de caracterização por
meio de microscopia eletrônica de varredura, onde foi possível identificar a falha dinâmica
conhecida como banda de cisalhamento adiabático.
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1. INTRODUÇÃO
Materiais estão em constante evolução em diversas áreas e uma delas é a balística, onde
há a utilização dos grandes grupos, a saber, metais, cerâmicos e polímeros. Selecionar o
material adequado para desempenhar seu papel com excelência requer conhecimento do que
se vai proteger e a que tipo de munição este ser, equipamento ou construção está sujeito
(Stewart e Netherton, 2020).
Quando se trata de proteção pessoal, seja para especialistas das forças armadas ou não, é
necessário conhecer a que tipo de ameaça (munição) a mesma estará sujeito. Dessa forma,
selecionar o material adequado para o colete, como por exemplo, a aramida ou o poliestireno,
é uma etapa fundamental neste processo (Cline e Love, 2020; Da Silva et al., 2020). Na
condição de soldado, por exemplo, a mobilidade é um critério importante, pois permitirá com
que o indivíduo caminhe e/ou corra e ainda seja protegido (Crouch, 2019).
Para a produção de carros de combate o material ainda mais utilizado é o metal. Sua
seleção é decorrente da relação custo-benefício, quando comparada aos outros materiais, e às
excelentes propriedades que se podem alcançar após os tratamentos térmicos de têmpera e
revenido, modificando a microestrutura do material (Saxena et al., 2018).
No estudo do comportamento mecânico de uma blindagem tem-se que as propriedades
mais importantes são dureza e tenacidade (MIL-DTL-46100E). A dureza para quebrar a ponta
do projétil e a tenacidade para a absorção da energia de impacto e retenção dos estilhaços
(Cabrilo and Geric, 2018; Oliveira et al., 2019). Todavia, essas características são obtidas a
baixa velocidade, quando o comportamento é considerado isotérmico, ou seja, a energia
gerada é dissipada para todo o corpo (Meyers, 1994).
Quando o material é submetido a um comportamento dinâmico, tem-se altas taxas de
deformação e/ou tensão. Fisicamente, no interior no material, tem-se a propagação de ondas
de tensão e a resposta do material pode se tornar adiabática, a saber, quando o calor gerado
não se propaga de forma homogênea na amostra, podendo causar falhas por bandas de
cisalhamento adiabático (Crouch, 2017; Meyers, 1994).
As bandas de cisalhamento são consideradas uma instabilidade termomecânica,
resultando em uma zona estreita com intensa deformação plástica, a qual pode levar a
blindagem a uma falha prematura (Bassim, 2000; Odeshi et al., 2009; Boakye-Yiadom et al.,
2014; Dorothy and Longère, 2019).
As propriedades mecânicas de uma blindagem metálica já foram estudadas por Oliveira
et al. (2019), contudo, o obetivo deste trabalho é avaliar o comportamento dinâmico de uma
blindagem produzida nacionalmente, por Siderúrgicas brasileiras, por meio do ensaio de
compressão dinâmica com uma Barra de pressão Hopkinson, seguida de uma análise via
Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV).
2. MATERIAL E MÉTODOS
O material de estudo é um aço de alta dureza, HHA (High Hardness Armor steel),
produzido de acordo com a norma MIL-DTL-46100E (2008). Esse aço foi fornecido na forma
de chapa laminada com dimensões 500 x 500 x 8 mm (Direção de Laminação – DL x Direção
Transversal – DT x Direção Normal, espessura – DN), que foi tratada termicamente por
têmpera a aproximadamente 910 °C e revenida a 310 °C, sem informações dos demais
detalhes do ciclo térmico nestes respectivos tratamentos – em função de sigilo industrial. Na
Tabela 1 tem-se a faixa de composição química do aço estudado.
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Elemento C Mn Si Cr Ni Al Ti Cu P S
0,80 0,80 0,325 0,25
% (massa) 0,32 1,10 1,10 0,475 0,75 0,100 0,100 0,25 0,020 0,005
O ensaio dinâmico foi realizado com uma barra de compressão Hopkinson bipartida
(Figura 1), que foi projeta e construída pelo Departamento de Engenharia Aeroespacial da
Universidade da Califórnia (San Diego – USA). Não foi utilizado nenhum aparato para
monitorar o incremento da temperatura, após o impacto.
A chapa revenida a 310 °C, na empresa Temperaço, foi submetida a um corte por
eletroerosão a fio, permitindo obter 3 amostras cilíndricas com 5 mm de diâmetro e 6 mm de
altura na direção normal (DN) da chapa, conforme a representação esquemática apresentada
na Figura 2.
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Figura 2 - Representação esquemática da retirada da amostra. Em (a) vista superior, (b) vista
lateral da espessura e (c) CP de Barra Hopkinson.
Este ensaio permitiu determinar a tensão e a deformação dinâmica, bem como a tensão de
escoamento e taxa de deformação.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
(a) (b)
Figura 4 - Aspectos morfológicos do aço HHA, via MO, após o ataque com o reagente Nital
3%. Em (a) tem-se à amostra temperada a 910 °C por 10 minutos e em (b) amostra revenida a
310 °C por 1 h, obtidas na empresa Temperaço.
B
B
M
M
FA
FA
(a) (b)
Figura 5 – Aspectos morfológicos do aço HHA, via MEV, após o ataque com o reagente Nital
3% em 10.000x. Em (a) tem-se à amostra temperada a 910 °C por 10 minutos e em (b)
amostra revenida a 310 °C por 1 h, obtida na empresa Temperaço. M: Martensita; FA: Ferrita
Acicular; B: Bainita
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FA Br
Mr
(a) (b)
Figura 6 - Micrografia, observada via MEV (SE), da amostra a 310 °C por 1 h, obtida na
empresa Temperaço, após o ataque com Picral 4% em (a) 20.000x e da área em destaque em
(b) 40.000x. Mr: Martensita revenida; FA: Ferrita Acicular; Br: Bainita revenida.
Embora apresentem taxas de deformação muito próximas (4120 s-1, 4336 s-1 e 4679 s-1),
as amostras impactadas demonstraram um aumento expressivo da tensão de escoamento. Este
comportamento pode estar relacionado à sua microestrutura formada majoritariamente por
bainita e martensita revenidas, conforme apresentado na Figura 5 - análise detalhada por
MEV.
Logo após o ensaio dinâmico nas distintas taxas de deformação, as amostras revenidas e
impactadas foram submetidas a análises microscópicas via MO, conforme representado pelas
micrografias de uma destas amostras (impactada a 4679 s-1) mostradas na Figura 9.
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Figura 8 - Curva TE x TDM das amostras revenidas a 310 °C por 1 h, obtida na empresa
Temperaço.
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BCAD
BCAD
(a) (b)
Figura 11 - Micrografia via MEV (SE) da amostra revenida a 310 °C por 1 h e impactada,
com taxa de deformação de 4679 s-1, com uma possível heterogeneidade em (a) 3.250x e (b)
10.000x. BCAD: Banda de cisalhamento adiabático deformada
4. CONCLUSÕES
Acknowledgements
The authors thank the support to this investigation by the Brazilian agencies: CNPq,
CAPES and FAPERJ.
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Abstract. When a material is subjected to high stresses and / or high rates of deformation, the
behavior generated inside it is completely different from those called quasi-static, because
atoms do not have enough time to feel the impact. This behavior is known as dynamic and,
like the static, has its own characteristics relevant to the performance of an armor. Therefore,
this work sought to know a little about the dynamic behavior of a high hardness armor steel,
produced nationally, through the dynamic compression test with the Hopkinson pressure Bar
under high deformation rates, followed by characterization through scanning electron
microscopy, where it was possible to identify the dynamic failure known as the adiabatic
shear band.
Keywords: Metallic armor, Ballistic Steel, Hopkinson pressure Bar, Adiabatic shear band.
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1. INTRODUÇÃO
Segundo Canevarolo Jr. (2002) as fibras são materiais que apresentam cadeias orientadas
em uma direção preferencial (sentido longitudinal), satisfazendo a razão de aspecto maior ou
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responsável por promover flexibilidades às plantas e atuar como agente de ligação entre a
celulose e a lignina (FENGEL e WEGENER, 1989).
A carnaubeira é uma palmeira da família Palmae do tipo xerófito, cuja o nome científico
da espécie originária no Brasil é Copernícia prunífera (Miller) H. E. Moore (CONAB, 2017;
LORENZINE, 1996). A palavra carnaúba é derivada diretamente da língua indígena,
significando “a árvore que arranha”, recebendo tal nomenclatura por apresentar espinhos ao
longo de seu caule, se destaca outras designações para essa planta, tais como: carnaúva,
carnaba, carandaúba e carnaíba.
A carnaúba foi apelidada de “árvore da vida” por Alexandre Von Humblodt, conforme
apresenta Cascudo (1964). Tal definição está atrelada ao fato das variadas formas de se
explorar os benefícios que a planta é capaz de ceder. Da carnaúba tudo pode ser aproveit ado,
as raízes possuem uso medicinal, os frutos são largamente empregados para alimentação
animal; seu tronco serve como madeira para construção civil; a cera é intensamente aplicada
na produção de lubrificantes, anticorrosivos e velas; e as folhas são empregadas para
cobertura de casas, produção de artesanatos e fibras (MOTTA, 2012).
As fibras da carnaúba são originadas das folhas da planta se apresentando em forma de
fibrilas coladas entre si pela lignina, assim constituem a morfologia característica da folha.
Geralmente as fibras são duras, onde se necessita de esforços mecânicos para desagrega-las da
composição da planta.
No presente estudo é proposto o estudo das propriedades térmicas apresentadas pelas
fibras de Carnaúba (Copernícia prunífera). Tal fibra é retirada da folha da carnaubeira como
popularmente é conhecida, esta planta tem maior ocorrência na região nordeste do país, mais
precisamente dos estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte.
Devido à escassez de informações literárias sobre as propriedades apresentadas por essas
fibras, se faz de suma importância e elevado valor científico a realização da caracterização
destes materiais, buscando predizer o seu comportamento diante de aplicações de
responsabilidade. Logo, este estudo busca levantar informações que possam ser utilizadas
como base de dados de pesquisas sobre as fibras de carnaúba, dessa forma, destacar as
propriedades termoquímicas por elas apresentadas.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
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Foi utilizado o espectrômetro Perkin Elmer modelo Spectrum Two. As fibras utilizadas
foram secas em estufa a 80°C por 24 h e trituradas na condição mais próxima de pó para a
produção das pastilhas. Cerca de 1,5 mg do material de interesse foi misturado à 300 mg d e
brometo de potássio (KBr), o conjunto foi macerado em almofariz e pistilo de ágata, a mistura
foi levada ao pastilhador e submetidas a uma pressão de 10 kgf.cm-2 em vácuo por 5 min.
As amostras foram submetidas a uma varredura de 4000 a 450 cm -1 , os dados gerados
foram tratados com software de análise de dados, gerando os respectivos espectros de
transmitância (%) em função do número de onda (cm-1 ).
3. RESULTADOS
Através da análise por FTIR foi possível observar que as fibras de carnaúba apresentam
características semelhante a outras FNLs (ABRAHAN, 2011; MONTEIRO et al. 2014;
BELOUDAH, 2015). As FNLs apresentam em sua constituição a celulose, hemicelulose e
lignina, dessa forma, os três materiais apresentam em sua constituição alcanos, ésteres,
aromáticos, cetonas e álcoois, onde nestas moléculas é comumente observado oxigênio
presente (ABRAHAN, 2011). Através dos dados gerados pela análise foi possível a plotagem
do espectro representado pela Figura 4.
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Figura 6 – Dados de DSC para as fibras de carnaúba. (a) Curva DSC e (b) Curva DDSC.
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4. CONCLUSÃO
A análise por FTIR apresentou resultados esperados, com bandas referentes a vibrações
moleculares de grupos funcionais pertencente aos constituintes básicos das FNLs, como
celulose, hemicelulose e lignina. Porém, se necessita do emprego de técnicas complementares
para ser possível levantamento quantitativo destes compostos.
Os dados referentes a análise termogravimétrica retornaram dois patamares referente a
perda de massa significativa, onde o primeiro localiza-se em 64,4 ° referente à perda de
umidade, o segundo em torno de 207°C a 414°C que está relacionado a degradação dos
constituintes da fibra. É importante salientar que as fibras naturais não devem ser utilizadas
em aplicações que envolvam temperaturas elevadas e que sejam próximas a temperatura de
degradação desses materiais.
Pela análise de DSC foi observado um pico endotérmico localizado em 208°C e dois
picos exotérmicos localizados em 287°C e 359°C, onde os eventos térmicos observados
ocorrem em temperaturas equivalente às perdas de massa apresentadas nas curvas de TG,
fortalecendo os valores obtidos pelas duas técnicas.
É importante salientar que as fibras de carnaúba apresentam baixo custo de obtenção, são
relativamente fáceis de serem produzidas e apresentam propriedades térmicas similares à
outras fibras naturais. De acordo com as propriedades térmicas apresentadas pelas fibras de
carnaúba, destaca-se a possibilidade de utilização das fibras em algumas aplicações de
responsabilidade, em especial para a produção de materiais compósitos de matriz polimérica.
Pois, apresentam propriedades similares a outras FNLs já aplicadas na produção de
compósitos.
Agradecimentos
Os autores deste trabalho agradecem a FAPERJ e à CAPES por meio do PDS pelo
financiamento da pesquisa e a UFCA por possibilitar a realização das análises.
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sejam obtidos os valores de diferentes propriedades dos grãos, para assim obter simulações
realistas e confiáveis (Binelo et al.,2019; Boac et al.,2010).
Ao analisar os grãos de soja é possı́vel verificar que seus espécimes podem variar conforme
o tipo da semente, o nı́vel de umidade do grão, o tamanho, densidade, coeficiente de
atrito, coeficiente de Poisson, entre outros aspectos (Kibar & Ozturk,2008) . Dado que estes
casos apresentam uma grande variedade, obter suas medidas e caracterı́sticas torna-se um
processo muito custoso e complexo, pois é necessário que seja utilizado equipamentos de
laboratório de alta qualidade, assim como é demandado muito tempo para se obter os resultados
(Lorenzoni,2018). Por conta disto, realizar uma busca exaustiva destas propriedades por meio
da realização de experimentos fı́sicos não é uma opção viável, pois a solução pode levar anos
para ser descoberta. Então ao deparar-se com um problema deste é necessário que seja aplicado
uma técnica inteligente para que seja possı́vel obter uma resposta para o problema. Uma forma
de abordar esse problema é a aplicação de algoritmos genéticos (AG). Este tipo de técnica se
adéqua muito bem a problemas de otimização onde é necessário explorar um espaço de busca,
mas onde não é possı́vel aplicar um método de enumeração exaustiva para gerar e avaliar todas
as soluções, considerando que é possı́vel definir uma função objetivo de otimização por meio de
simulação computacional. A determinação das propriedades dos grãos por meio de inteligência
artificial pode ser utilizada para viabilizar a simulação do escoamento desses grãos, e assim
permitir a criação de projetos otimizados de secadores, tornando sua operação mais eficiente e
segura (Silva,2005).
Este trabalho tem como objetivo obter as propriedades fı́sicas de grãos de soja de forma
indireta por meio de um AG. Estas propriedades poderão ser então utilizadas em simulações
computacionais aplicada na área de Engenharia de Biossistemas, como simulações de secagem,
armazenamento, movimentação e processamento de grãos. Neste processo de simulação
computacional do experimento será aplicada uma técnica que permite simular um experimento
de forma semelhante ao experimento real, já que nessas simulações são consideradas as leis
fı́sicas e o efeito dessas propriedades no comportamento do grão (Devillers,1996).
2. METODOLOGIA
Nesta seção é abordada a metodologia que foi aplicada para solucionar o problema, nela
serão explicados os passos para a realização do experimento fı́sico, o desenvolvimento da
simulação computacional e por fim a implementação e paralelização do AG que obtém a solução
para o problema.
O método utilizado para simular o escoamento de grãos é o Método dos Elementos
Discretos, que é amplamente utilizado em áreas de engenharias, sendo utilizado para
simular comportamentos fı́sicos de elementos em estruturas, onde estes elementos podem
ser grãos, rochas, componentes da construção civil, entre diversos outros tipo de elementos
(Haustein et al.,2017; Cundall & Strack,1979; Luding,2008).
Visto que para solucionar o problema é necessário realizar testes em diversos valores
para as propriedades da soja, é aplicado um AG, onde é gerado um conjunto inicial de
parâmetros, estes parâmetros são codificados por cromossomos que formam a população, que
são avaliados por meio da função aptidão. Ao longo das gerações, o AG utiliza os processos
de reprodução e seleção na busca de valores eque façam com que a simulação utilizada como
função aptidão se aproxime do experimento realizado. Mesmo a técnica de AG possuindo um
custo computacional menor que outras técnicas de exploração de espaço de buscas, em muitos
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casos, como o apresentado neste trabalho, esse custo é relevante, e técnicas de paralelização
podem ser empregadas a fim de que o AG apresente um melhor desempenho, viabilizando sua
aplicação em problemas maiores e mais complexos. Após o término das execuções do algoritmo
genético, os parâmetros obtidos são validados para verificar se os resultados foram satisfatórios.
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visto que os grãos de soja apresentam uma certa variação as distâncias de recuo tiveram uma
certa variação. Por conta desta variação foi aplicado um cálculo de média entre as distâncias
obtidas, com o intuito de obter apenas um valor para servir de função de aptidão para o algoritmo
genético.
Após o desenvolvimento dos experimentos fı́sicos foi necessário desenvolver uma simulação
computacional para que os diversos parâmetros possı́veis pudessem ser aplicados pelo AG,
verificando assim quais conjuntos melhor se adaptam ao resultado previsto.
Para realizar o desenvolvimento da simulação computacional foi desenvolvido um código
em Python que fazia a criação do grão de soja e das estruturas necessárias para recriar a o
experimento fı́sico, como pode ser visto na figura 2. Para a simulação foi utilizado o Yade, um
programa de software livre que implementa o método dos elementos discretos. O método dos
elementos discretos é um modelo computacional em que cada partı́cula é representada por uma
esfera, e as propriedades fı́sicas do grãos são utilizadas no modelo de contato para a simulação
fı́sica do movimento das partı́culas (Kozicki & Donze,2009).
Por fim foi desenvolvido um motor de execução que possui o intuito de monitorar o grão
para que pudesse ser obtido o recuo do grão após a primeira colisão do mesmo com a parede do
aparato. Esse valor obtido da simulação foi utilizado na função de aptidão do AG.
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Devido ao fato de que o DNA do indivı́duo é definido por um vetor de dez posições,
foi divido para que o coeficiente de amortecimento seja representado pelos cinco primeiros
dı́gitos, e o coeficiente de Poisson pelos cinco últimos dı́gitos. Esta sequência de números de
números é o genótipo do problema (Devillers,1996) (Janikow & Michalewicz,1991). O valor a
ser utilizado pela simulação é o fenótipo, que é obtido pela equação:
gene
f enotipo = ( ) ∗ (max − min) + min (1)
99999
onde min e max são os valores mı́nimo e máximo de cada parâmetro. Para o AG desenvolvido
foi utilizada uma população de 240 indivı́duos, com 60 torneios em cada geração, com 2
indivı́duos por torneio. A taxa de mutação adotada foi 5 % e foram realizadas 100 gerações.
Visto que cada indivı́duo do algoritmo genético necessita executar uma simulação
computacional independente na fase do cálculo de aptidão, e que estas simulações possuem
o maior custo computacional do algoritmo genético, a paralelização foi implementada nesta
fase para reduzir o tempo de processamento que ela demanda.
Depois da fase de reprodução do AG, fase do cálculo de aptidão, a população de N
indivı́duos é dividida em K grupos, sendo K o número de núcleos disponı́veis no sistema
computacional utilizado. É necessária a realização de N simulações par a avaliação da função
de aptidão, onde cada simulação é um processo independente do Yade. Para paralelização, N/K
processos são enviados para núcleo de processamento, e o resultado obtido de cada processo é
compilado pelo programa do AG, que então executa a fase de seleção. Para tornar isto possı́vel
foi utilizado a biblioteca do Python chamada de subprocess. Nesta biblioteca é possı́vel criar
pools de execução de processos, onde são iniciados todos os processos de forma paralela. O
pool de processos faz o gerenciamento dos mesmos para que o AG só consiga prosseguir assim
que todos os processos tenham terminado.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A Figura 3 mostra os resultados obtidos pelo AG ao longo das gerações. Como é possı́vel
observar, na primeira geração os dados estão dispersos, já que a população inicial é gerada
de forma aleatória. Porém ao passar das gerações foi possı́vel notar que os indivı́duos foram
se agrupando, convergindo para os valores de 0, 1384043 para o coeficiente de Poisson e
0, 2476494 para o coeficiente de amortecimento.
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A Figura 4 mostra o erro obtido pelo AG ao longo das gerações. O erro é calculado como
o módulo da diferença da distância de recuo do grão obtido no experimento e na simulação. O
resultado de recuo obtido nos experimentos foi de 5, 974 cm, e o resultado obtido pela simulação
resultante do AG foi 5, 9700026 cm, ou seja, abaixo da precisão de medição.
Nos resultados também é possı́vel verificar que a paralelização no algoritmo genético
apresentou um bom resultado, pois o tempo de execução do algoritmo reduziu de 2004, 6 s
para 204, 8 s, o que representa um speedup de 9, 8 quando executado com 12 núcleos, como
pode ser visto na Figura 5. O ganho mais expressivo ocorreu com 10 núcleos, havendo pouco
ganho a partir desse número.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Agradecimentos
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Abstract. In the post-harvest process, the flow of grains inside the dryer has a great impact on
the quality of drying and the safety of the operation. Obtaining data on the flow of soybeans
through experiments has a high cost and the need for complex equipment. To address this
problem, it is possible to develop computer simulations to replicate real problems in a digital
environment. However, for the simulation it is necessary to obtain physical properties of the
grains, which is also a complex process. This work proposes the application of artificial
intelligence to obtain these parameters, through the application of genetic algorithms. A simple
experiment was replicated using the discrete element method, and with the developed genetic
algorithm it was possible to find the optimized values for the Poisson coefficient and the damping
factor, two fundamental parameters for the computational simulation of the grain flow.
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1. INTRODUÇÃO
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uma alternativa para reduzir o impacto ambiental tanto na construção civil quanto na
produção industrial (Lopes & Rudnick & Martins, 2018).
Substituir agregados pode ajudar a obter concretos leves, cuja massa específica não
ultrapassa 2000 kg/m³ (ABNT, 2015a), ajudando a reduzir o peso próprio das estruturas. Um
dos resíduos que podem ser utilizados nestes concretos é o EVA, material proveniente da
indústria calçadista, que traz características de resiliência ao concreto (Kunzler et al., 2017).
Entretanto, agregados leves podem reduzir a resistência do concreto a tensões de
compressão (Dias, 2017). A recuperação da resistência é possível com a inclusão de fibras
que agem como pontes de tensão para evitar a propagação de fissuras, além de melhorar a
resistência ao impacto e à fadiga, e tenacidade (Oliveira & Gouveia & Teixeira, 2014). Entre
estas fibras temos as de piaçava, uma espécie de palmeira, nativa da região sul da Bahia.
Para estudar a estrutura interna desses materiais são priorizados os ensaios não-
destrutivos, que mantém a estrutura do material ensaiado, evitando perdas de materiais e
descartes desnecessários. Entre estes, destaca-se a microtomografia computadorizada de raios-
X (micro-CT ou μCT), através da qual é possível analisar a microestrutura e obter
informações quantitativas e qualitativas da amostra.
Segundo Du Plessis & Boshoff (2019), uma das principais aplicações da micro-CT
envolve a capacidade de identificar diferentes componentes na imagem, porém esse processo
requer uma segmentação para separar os materiais e identificá-los. Segmentar consiste em
dividir a imagem em diferentes regiões, que serão analisadas posteriormente por algoritmos
especializados em busca de informações (Albuquerque & Albuquerque, 2000). Desta forma, é
necessária a pesquisa métodos de segmentação acurados e eficientes para a automatização do
processo.
A limiarização é uma técnica de segmentação que utiliza um ou mais valores de limiares
de níveis cinza para separar a imagem em dois ou mais grupos, separando os pixels que
representam os objetos da frente e do fundo da imagem. Entre as técnicas de limiarização
automatizadas, destacam-se, por exemplo, os métodos K-means (Jain, 2010), de Otsu (Otsu,
1979) e o Fuzzy C-means (Bezdek, 1981).
Ainda, Xu et al. (2011) obtiveram sucesso com uma modificação no método de Otsu,
combatendo a tendência do limiar à classe que possui maior variância intraclasse através de
um novo limiar, necessariamente menor do que aquele estabelecido pelo método de Otsu
original. Para essa técnica, foi dada o nome de “range-constrained Otsu method” (Método de
Otsu com restrição de alcance).
Neste trabalho, os métodos citados foram utilizados para limiarizar as imagens de μCT, a
fim de obter a melhor separação entre a pasta de cimento, que fora considerada como fundo, e
os poros, agregados leves de EVA, fibras piaçava e o agregado graúdo (brita), os quais foram
considerados como objetos de estudo.
Assim, o presente trabalho utiliza técnicas de processamento de imagens tridimensionais,
para segmentar imagens de micro-CT de concretos leves reforçados com fibras, calculando o
volume total de objetos dentro das amostras para então serem extraídos os valores de
porosidade aparente.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Foram confeccionados por Dias (2017) corpos de prova cilíndricos com 100 mm de
diâmetro por 200 mm de onde utilizou cimento Portland CP II e 40 RS, água, areia fina como
agregado miúdo, britas 0 e 1 como agregados graúdos, superplastificante, EVA moído e fibras
de piaçava. Os grãos de EVA utilizados foram divididos em duas categorias em relação ao seu
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diâmetro: EVA grosso (EG) e EVA fino (EF). A medida escolhida para as fibras de piaçava
foi de 2 cm.
O concreto comum, sem adição de fibra e/ou grãos de EVA, foi denominado concreto de
referência (CR). No traço desta amostra, para cada quilo de cimento, foram adicionados 1,7
kg de areia, 0,98 kg de brita 0, 2,4 kg de brita 1 e 0,62 litro de água. O EVA e as fibras de
piaçava foram incorporados ao traço do concreto por substituição do volume de agregado
graúdo.
As amostras com EVA receberam sua denominação de acordo com a granulometria do
EVA adicionado, seja ele fino (EF) ou grosso (EG), seguidas do percentual do volume de
agregado graúdo que fora substituído. Os corpos de prova que ainda sofreram adição de 1%
de Fibras receberam este valor à frente do nome. Por exemplo, a amostra com 25% de EVA
fino e 1% de fibras foi chamada de “1EF25”, enquanto a amostra com 15% de EVA grosso
foi chamada de “EG15”.
As imagens microtomográficas foram obtidas usando um microtomógrafo SkyScan®
1173, versão 1.6, do Laboratório de Instrumentação Nuclear da COPPE – RJ. Para que fosse
possível ajustar os espécimes ao tomógrafo, foi necessário extrair dos corpos de prova um
testemunho com 25 mm de diâmetro e 40 mm de altura. As projeções obtidas foram
reconstituídas através do software NRecons® versão 1.7.7.0.
Os ensaios geraram, para cada testemunho, em torno de 2100 imagens da sua seção
transversal, todas em escala de cinza (8 bits) com 2240x2240 pixels cada uma.
Uma vez obtidas e classificadas as imagens em função da sua composição, deu-se início
ao processo de segmentação, no qual a região de interesse (ROI) da imagem deve ser definida,
a fim de separar a pasta de cimento dos elementos contidos no seu interior, sejam eles poros,
EVA fino ou grosso, fibras de piaçava e agregados graúdos. A técnica escolhida para a
segmentação das imagens foi a limiarização, através da qual as imagens foram binarizadas.
Para definição do limiar de binarização é comum que se utilize o histograma da imagem e
escolha, através de sua análise, o valor que melhor se adeque à sua necessidade. Porém, este
método de definição do limiar está sujeito a uma decisão humana e, portanto, a uma margem
de erro maior (Du Plessis & Boshoff, 2019).
De forma que os objetos das imagens sejam definidos com mais precisão e evitando que
um mesmo limiar seja utilizado para toda uma amostra, foram desenvolvidas rotinas de
algoritmos conhecidos como K-means, C-means, Otsu e range-constrained Otsu,
automatizando a seleção do limiar ótimo de binarização.
Segmentação com destaque para poros, EVA e fibras. No primeiro momento buscou-se
o melhor limiar para separar os poros, EVA e fibra de piaçava, de modo que a segmentação
apresentasse os valores mais coerentes e pudessem se aproximar da realidade das amostras.
As técnicas K-means e Fuzzy C-means apresentaram valores muito próximos de limiar,
mas falharam ao separar os objetos com dimensões próximas a 1 pixel. Neste contexto, o
método de Otsu se mostrou mais preciso, mas apesar de satisfatório, o limiar definido por este
método pode ser tendencioso para a classe com maior variância intraclasse, neste caso, as
regiões mais claras da imagem. Dessa forma, o método acaba por classificar de forma errônea
alguns objetos, colocando-os na mesma classe da pasta de cimento.
Assim, dado que Xu et al. (2011) tiveram sucesso em eliminar essa tendência do método
de Otsu, aplicamos esta variação para nossas amostras de concreto. O método mostrou
resultados satisfatórios, separando bem os objetos ao mesmo passo que soluciona o problema
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ocorrido com o Otsu original. Todo o processo seguinte, no que diz respeito as imagens com
destaque para poros, EVA e fibras, foi realizado com as imagens binarizadas através do
range-constrained Otsu.
As diferenças entre os métodos ficam evidentes na Fig. 1 que exibe exemplos de (a) uma
imagem original e suas binarizações através dos métodos (b) K-means, (c) Fuzzy C-means,
(d) Otsu e (e) Range-constrained Otsu.
Segmentação com destaque para agregados graúdos. Embora o método de Otsu tenha
funcionado bem para separar os demais elementos, se fez necessária a utilização de um outro
método de segmentação que conseguisse segmentar as pedras.
O método K-means possibilita ajustes de forma a reposicionar os centroides iniciais,
então realizar uma operação morfológica de abertura utilizando um elemento estruturante de
raio 10, eliminando pequenos buracos e preenchendo lacunas, ao ponto de se obter uma
binarização satisfatória com destaque para os agregados graúdos. O resultado dessa
segmentação pode ser visto na Fig. 2 que apresenta uma fatia da amostra de concreto com
15% de EVA fino (EF15).
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Figura 2- Imagem da amostra com 15% de EVA fino (EF15) binarizada com destaque
para o agregado graúdo.
Após realizada a segmentação das imagens, para cada fatia de cada amostra foi criada
uma máscara que define o limite entre a amostra de concreto e as bordas da imagem, que não
devem ser contabilizadas no cálculo do volume. Com essa separação, foi possível então
alimentar o algoritmo de processamento tridimensional para calcular o volume percentual de
objetos presentes nas amostras.
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Por fim, é realizada uma segunda passagem, na qual os rótulos provisórios são
substituídos pelos rótulos definitivos (Figura 3 (d)) e são extraídas as características dos
objetos encontrados, incluindo o volume total de objetos em relação ao total da amostra.
Este procedimento foi realizado para cada uma das nove amostras, tanto para as imagens
segmentadas destacando poros, EVA e fibras, quanto para aquelas com destaque para o
agregado graúdo. Assim, foi possível obter os valores percentuais do volume de objetos em
cada amostra e observar o seu comportamento.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Objetos 1.28 3.88 9.19 13.15 9.12 1.87 8.09 13.18 8.53
(%)
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apresentou um valor de 1,51%. Não obstante, uma diferença de 0,23% pode ser observada
entre os resultados dos ensaios, onde a porosimetria de mercúrio é um pouco maior.
Campos et al. (2017) explicam a dificuldade de detectar poros fechados à medida em que
o mercúrio penetra na amostra, podendo romper a parede dos poros. Este caráter destrutivo do
ensaio de intrusão de mercúrio pode explicar a divergência encontrada nesta amostra.
A leitura das imagens também foi realizada no algoritmo para aquelas com destaque dos
agregados graúdos. A Tabela 2 e a Fig. 5 apresentam os valores percentuais encontrados no
programa.
Objetos 45.18 52.95 44.19 42.49 54.79 55.51 49.31 38.69 54.74
(%)
4. CONCLUSÕES
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1. INTRODUÇÃO
Embora seja focado nos fenômenos de dinâmica de fluidos, o CFD também é muito
eficaz para a modelagem de transferência de calor e massa, reações químicas, fluxo
multifásico, solidificação e outros fenômenos complexos. Em virtude disso, CFD têm sido
utilizados em diversos trabalhos que analisam climatização de centro de dados, desde o
projeto à operação.
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Figura 4 - (a) Visão geral da malha, (b) Diferentes regiões do interior da malha.
Figura 5 - Locação dos planos para análise dos contornos de temperatura do rack.
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(a) (b)
Figura 6 – Contornos de temperatura na configuração 1 do sistema de refrigeração, (a) região frontal do
rack, (b) região traseira do rack.
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(a) (b)
Figura 7 – Contornos de temperatura na configuração 2 do sistema de refrigeração, (a) região frontal do
rack, (b) região traseira do rack.
(a) (b)
Figura 8 – Contornos de temperatura na configuração 3 do sistema de refrigeração, (a) região frontal do
rack, (b) região traseira do rack.
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(a) (b)
Figura 9 – Contornos de temperatura na configuração 4 do sistema de refrigeração, (a) região frontal do
rack, (b) região traseira do rack.
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4. CONCLUSÕES
Agradecimentos
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XXIII ENMC e XI ECTM
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Universidade Federal do Tocantins – Palmas - TO
Abstract. In the last few decades, the establishment and consolidation of the information
society has dramatically increased the number of data centers (DC) in operation. They
currently represent approximately 2% of the world's energy consumption. An important
component of the energy consumption of CDs is the cooling system. At the same time,
environmental problems oblige companies and governments to look for solutions to reduce
the carbon footprint of the most diverse activities, so there are several initiatives to reduce
energy consumption in virtually all sectors. Computational fluid dynamics (CFD) has been
increasingly used in the analysis of heat transfer problems. The present work studies the
thermal behavior of the CD of the Computational Biology Nucleus of the State University of
Santa Cruz, composed of two split air conditioners and a rack with 18kW of power. A
computational model was built containing the main equipment, a system discretization mesh,
the main system components were defined, and using the Ansys-CFX software, the equipment
temperatures were obtained for four different refrigeration system configurations. the CD.
After presenting and analyzing the temperature contours for the simulations performed, a
comparison of the results was made for different configurations of the refrigeration system.
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1. INTRODUÇÃO
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A relação das soluções desta equação com a estabilidade do sistema se dá da seguinte forma:
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• No caso dos autovalores do sistema serem puramente imaginários, o sistema será estável.
cuja resolução analı́tica pode não ser possı́vel. Contudo, existem formas de analisar
qualitativamente o comportamento destes sistemas, e para este trabalho, será estudado este
comportamento em torno dos pontos fixos (ou pontos de equilı́brio) do sistema, que são todos
aqueles pontos (x0 , y0 , z0 ) que respeitam a condição abaixo são denominados pontos fixos:
O critério de Routh-Hurwitz serve para verificar o sinal das raı́zes de um polinômio. Para
que um ponto fixos de um sistema seja estável, é necessário que seu polinômio caracterı́stico
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tenha apenas raı́zes com parte real negativa, o que ocorrerá quando todos os coeficientes da
primeira coluna da tabela, que será apresentada na próxima subseção, tiverem o mesmo sinal.
A seguir, serão mostrados exemplos genéricos do critério para polinômios de terceiro e quarto
graus, os quais serão abordados neste trabalho. Os exemplos do método generalizado se
encontra em Ogata (2011) e a prova se encontra em Anagnost (1991).
λ3 a c
2
λ b d
λ a1 0
λ0 d
em que
ad − bc
a1 = .
b
A condição de estabilidade será respeitada se a, b, a1 e d tiverem o mesmo sinal.
O critério para polinômios de quarto grau: Seja a fórmula geral de um polinômio de quarto
grau: aλ4 + bλ3 + cλ2 + dλ + e, a 6= 0. Este sistema terá a seguinte tabela:
λ4 a c e
λ3 b d 0
2
λ a1 e
λ a2
0
λ e
Em que
bc − ad a1 d − be
a1 = , a2 = .
b a1
A condição de estabilidade será respeitada se a, b, a1 , a2 e e tiverem o mesmo sinal.
2.4 Bifurcações
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6 40
30
4
20
2
10
x(t)
x(t)
0 0
-10
-2
-20
-4
-30
-6 -40
250 255 260 265 270 275 280 285 290 295 250 255 260 265 270 275 280 285 290 295
t t
4. ESTUDO DE SISTEMAS
Os sistemas caóticos a serem analisados nesta seção são os de Lorenz e Rössler, ambos
tri-dimensionais.
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Na Figura 3, é possı́vel observar que o sistema é estável até r = 24, 74. Depois, o sistema
apresenta oscilações não periódicas até r ≈ 240, com excessão de uma pequena janela, quando
160 ≤ r ≤ 180. Para r ≥ 240, as oscilações são periódicas. XM AX são os valores de
máximo da variável x(t), YM AX os valores de máximo de y(t) e ZM AX os valores de máximo de
z(t). Com a aplicação do algoritmo, chegou-se em um resultado comparável com os diagramas
encontrados nas bibliografias (Danca et al., 2012; Wang et al., 2011). O diagrama foi construı́do
usando apenas valores de máximo, o tempo de integração foi de [0 150], com transiente igual a
100 e o passo de integração definido pelo MATLAB.
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se comportar para diferentes valores deste parâmetro. Pela análise feita pelo critério de Routh-
Hurwitz, para 1 ≤ c ≤ 45, o sistema será instável, e o intuito é analisar para quais valores
neste intervalo o sistema apresenta comportamento periódico. Isto é analisado de acordo com o
diagrama de bifurcações na Figura 4.
Deste diagrama, pode-se inferir que para valores de 1 ≤ c ≤ 8.6, o sistema apresenta
comportamento periódico. Após, embora venham a existir algumas janelas periódicas, para a
maior parte destes valores o sistema será imprevisı́vel. O resultado decorrente da aplicação do
algoritmo é consistente com o diagrama encontrado no trabalho Alvarez (2003). O diagrama
foi feito com as mesmas configurações que para o sistema de Lorenz.
Lorenz Hipercaótico O modelo de Lorenz em quatro dimensões foi apresentado por Wang
(2008). O sistema modifica o sistema original de Lorenz (1963) ao adicionar uma nova variável
w, que funciona como um controlador não linear. O sistema é:
ẋ = a(y − x) + w,
ẏ = cx − y − xz, (6)
ż = xy − bz,
ẇ = −yz + rw.
Para a construção do diagrama (Figura 5), os valores usados foram os mesmos de Wang
(2008), para fins de comparação. Tem-se que a = 10, b = 83 e c = 28. A variação se dá
no parâmetro r, com −6, 43 ≤ r ≤ 0, 17. A aplicação do algoritmo para gerar o diagrama
no sistema mostra um resultado semelhante ao encontrado em Wang (2008). O sistema é
caótico para a maioria dos valores nesse intervalo, possuindo uma janela periódica no intervalo
aproximado −3, 25 ≤ r ≤ −1, 25.
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Modelo Epidêmico Modelo descrito por Zhang (2012), no qual n(t) representa a densidade
populacional da espécie suscetı́vel a epidemia, e(t) a espécie exposta, i(t) a espécie infectada e
r(t) a espécie recuperada. O parâmetro b > 0 é a taxa de natalidade, α > 0 é a taxa na qual os
indivı́duos expostos se infeccionam, γ > 0 é a taxa de recuperação e β1 a taxa de sazonalidade
da epidemia. O modelo é descrito pelo seguinte sistema de equações diferenciais:
ṡ = b − bs − βsy,
ė = βsy − (α + b)e, (7)
i̇ = αe − (γ + b)i,
ṙ = γi − br.
O parâmetro β representa a taxa de transmissão com forçagem sazonal, sendo calculado por:
β = β0 (1 + β1 cos 2πt).
O sistema foi estudado com b = 0, 02, α = 35, 84, γ = 100 e β0 = 1800, e o diagrama foi
construı́do de acordo com a variação da taxa de sazonalidade(β1 ∈ [0, 1]).
O diagrama foi feito para todas as variáveis do sistema, sendo mostrado na Figura 6. A
densidade da população de indivı́duos recuperados é alta, enquanto a dos demais indivı́duos
é baixo. Para valores de β1 em três intervalos (0 ≤ β1 ≤ 0, 25, 0, 55 ≤ β1 ≤ 0, 70
e 0, 90 ≤ β1 ≤ 1), o sistema apresenta oscilações periódicas, enquanto para os demais
valores do parâmetro as oscilações são aperiódicas. Destaca-se neste sistema, as dificuldades na
integração para certas condições iniciais, e a necessidade de um transiente longo (os primeiros
20000 pontos, em uma integração de 40000 pontos). Neste trabalho, para todos os valores
do parâmetro, tem-se que a condição inicial foi (0, 6; 0, 25; 0, 1; 0, 05). Com a aplicação do
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algoritmo, o diagrama é consistente com o encontrado em Zhang (2012), sendo que no presente
trabalho foram marcados os pontos de máximo e de mı́nimo. O trabalho também apresenta
maior detalhe quanto às bifurcações, em virtude do maior número de valores do parâmetro para
qual o sistema foi resolvido.
5. CONCLUSÕES
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global taxa
Abstract. The study of dynamical systems that show chaotic behavior has been a topic of interest
among researchers of different areas. In the last few decades, computational development
has provided more detailed studies about these systems’ behavior. However, the programs by
means of which the characteristics of these systems are simulated are often unavailable. This
work provides a detailed presentation of a computational program to generate the bifurcation
diagram of continuous systems that show chaotic behavior.
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1. INTRODUÇÃO
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questões surgem: como as flutuações farão com que um oscilador de ciclo limite afasta-se da
periodicidade perfeita? E ainda, quanta informação o oscilador de ciclo limite revela sobre as
variações no sinal externo, tanto em escalas de tempo longas quanto curtas? Essas questões são
centrais para o diagnóstico de doenças cardı́acas a partir da identificação de padrões de arritmia
cardı́aca ou para a compreensão dos padrões de pico nas células nervosas (Schleimer et al.,
2009).
Tendo em vista as inúmeras aplicações mencionadas este trabalho tem como objetivo o es-
tudo do efeito coletivo de um sistema oscilatório conectado por modelos de redes complexas.
Desta forma, realizamos um estudo em diferentes dinâmicas de redes complexas de oscilado-
res, onde supomos que a dinâmica de cada nó é oscilatória. Para simplificar assumimos ainda
que a estrutura de rede que será fornecida é estática ao longo do tempo. De modo que, para
compreender os efeitos da topologia das redes complexas, utilizamos a teoria da informação,
em particular a entropia de Shannon.
2. MODELO
Os osciladores de ciclo limite são usados para modelar uma variedade de processos rı́tmicos
na natureza, quando um ciclo limite está sujeito a ruı́do, a frequência das oscilações muda
e a fase de oscilação tende a se difundir. Esses efeitos são quantificados por coeficientes de
derivação e difusão, e são importantes para entender o comportamento de longo prazo de os-
ciladores ruidosos (Nakao et al, 2010). Em nosso trabalho, consideramos diferentes tipos de
rede complexa, onde cada rede possui N osciladores de ciclo limite estável, acoplados difusi-
vamente, de modo que o sistema dinâmico oscilatório é dado pela seguinte equação geral:
N
X ξkn S(uk , uk )
u̇k = F(uk ) + , k, = 1 . . . N, (1)
n6=k
Rn
em que u é o conjunto de variáveis dinâmicas do sistema, F é uma função vetorial das mesmas
variáveis dinâmicas e que se comporta como ciclo limite estável, S é uma função vetorial das
variáveis dinâmicas dos demais nós da rede complexa e que tem o caráter de função perturbador,
R é uma função que gera escala (norma, raio, número total) para os demais nós, k é nó em
questão da rede e n é o nó vizinho a k. O parâmetro ξ é uma constante de intensidade do
acoplamento.
Vamos considerar a função vetorial F análoga ao ciclo limite proposto em Zhao et al (2009):
(
x˙k = φxk + ωyk − αxk (x2k + yk2 ) = F1k (xk , yk )
(2)
y˙k = φyk − ωxk − αyk (x2k + yk2 ) = F2k (xk , yk ),
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xk xn + xk y n
S= (3)
y k xn + y k y n
p
Rn = x2n + yn2 (4)
O modelo (5) será resolvido computacionalmente utilizando o método de Monte Carlo. Para
isso, incorporamos uma dinâmica estocástica, considerando um processo discreto que ilustra
como ocorrerá a evolução do sistema a partir das taxas de transições, como podemos ver na
tabela abaixo:
3. ENTROPIA SHANNON
onde H(P ) é a entropia. Uma propriedade de H(P ) é que é não negativa e assume seu valor
máximo quando P i é igualmente provável, ou seja, P i = m1 e seu valor será zero quando
P i = 1 para um i ∈ {1, 2, . . . , m}.
4. REDE COMPLEXAS
A complexa relação de interação entre indivı́duos no mundo real pode ser descrita abstrata-
mente por uma rede. Na rede, cada nó representa um indivı́duo no sistema, e as interações entre
os indivı́duos podem ser expressas por arestas na rede (Li et al, 2008). Sistemas biológicos
e quı́micos acoplados, redes neurais, espécies em interação social, a Internet e a World Wide
Web são apenas alguns exemplos de sistemas compostos por um grande número de unidades
dinâmicas altamente interconectadas. Na busca de obtenção das propriedades globais de tais
sistemas, pesquisadores têm feito uso ostensivo de rede para nos ajudar a compreender ou pre-
ver o comportamento desses sistemas.
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5. SIMULAÇÃO
No domı́nio das redes complexas a entropia tem sido constantemente utilizada como uma
medida para caracterizar as propriedades da topologia, bem como a distribuição de grau de
nós, caminhos mais curtos entre pares de nós, objetivando quantificar a informação associada à
localização de endereços especı́fico ou enviar sinais na rede. Vale ressaltar que em nosso estudo
a entropia calculada será do sistema (5) e que estamos interessados em saber o efeito causado
pelo tipo de rede complexa utilizada, de modo que cada nó das redes simuladas corresponde
ao sistema (5). Assim, simulamos o modelo apresentado no sistema (5) nas seguintes redes
complexas e com as configurações descritas pela tabela abaixo:
De modo que comprimento informado na tabela acima é comprimento médio dos caminhos
mı́nimos, uma medida também usada para caracterizar a topologia de uma rede complexa. Para
as redes apresentadas na tabela acima e para todos os nós das redes utilizamos o sistema (5)
com as seguintes condições iniciais e com valores de constantes:
x y ω α φ ξ tempo final
30 0 0.35 0.001 0.75 0.001 45000
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Figura 1- Plano de fase do modelo (5) nos seguintes modelos de redes (a) , (b), (c) e (d).
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(a) Rede Sem Perturbação. (b) Rede Quadrada. (c) Rede Barabási–Albert.
À Figura 2, além das redes descritas na Tabela 2, acrescentamos as redes sem perturbação.
Nesse caso as redes não consideram as arestas, ou seja, o efeito do nó vizinho é nulo (ξ = 0).
Observando ainda a Figura 2 percebe-se a existência de uma diferença significativa dos valores
da entropia das redes sem perturbação em relação às redes perturbadas: esse comportamento
está dentro do esperado já que à medida em que o sistema é perturbado gera maior incerteza,
o que acarretará num aumento no valor da entropia. Entretanto não podemos ver se existe
uma diferença significativa dos valores da entropia das redes descrita na Tabela 2 apenas pelo
que mostra a Figura 2. Buscando responder ao questionamento sobre se a topologia da rede
influenciará significativamente nos valores da entropia encontrada, realizamos alguns testes, o
primeiro deles é apresentado pelo boxplot abaixo:
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Figura 3- Boxplot dos valores de entropia calculado das redes: Rede Sem Perturbação, Rede Quadrada,
Rede Barabási-Albert, Rede Erdös-Rényi, Rede Watts-Strogatz.
O boxplot apresentado na Figura 3 sugere que não há diferença significativa entre os va-
lores de entropia encontrados entre as redes com perturbação, já que os boxplots apresentam
uma grande interseção, sendo difı́cil de avaliar se existe uma diferença real entre as topologias
das redes utilizadas no trabalho, embora pareça que exista uma diferença real ainda que pro-
vavelmente seja pequena. Outro ponto importante é um outlier que apareceu na rede BA, foi
o maior valor de entropia encontrado entre todas as redes estudas, foi justamente no hub da
rede BA. Desse modo, a fim de obtermos uma resposta estatı́stica concisa quanto a existência
de diferença da entropia a partir da topologia das redes utilizadas, realizamos o teste de análise
de variância, ANOVA. Para isso, utilizamos como referência (Montgomery, 1997), de maneira
que todas as premissas para a realização do teste ANOVA foram atendidas. De modo que, para
a utilização do ANOVA utilizamos um nı́vel de significância de 5%, o resultado obtido no teste
foi um P-valor de 0,23, ou seja, um valor maior que o nı́vel de significância, assim, estatisti-
camente não podemos rejeitar a hipótese nula de igualdade das médias da entropia encontrada
para a topologia de redes que foram propostas no trabalho.
6. CONCLUSÃO
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Tabela 4- Medidas descritiva dos valores da entropia calculada nas redes apresentada em Tabela 2.
Essa variação do valores de entropia na rede Barabási-Albert devido os hubs, nos faz acreditar-
mos que a retirada do hub presente na rede Barabási-Albert faça com que os valores de entropia
dos nós da rede variem menos. Esse fato é importante pois, várias redes do mundo real, como
por exemplo as Rede Sociais possuem como caraterı́stica a existência hubs, logo esse fato pode
ser utilizado para compreender a disseminação de Fake News.
Agradecimentos
O primeiro autor agradece a Deus, CAPES, CEFET-MG, aos demais autores, familiares e
amigos.
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of Differential equations, v. 246, n. 5, p. 2020-2038, 2009.
Abstract. The dynamics of coupled oscillators arouses interest in several areas of knowledge,
due to their numerous applications. A characteristic problem in its analysis is to find dyna-
mic characteristics, such as synchronization, transition to chaos, the properties of oscillators,
and coupling. Recently, several studies aimed to study the properties of phase synchronization,
based on the hypothesis that they would play an important role in the transfer of information
within a network. Because of the complexity generated from the definition of phase dynamics, in
this work we seek a simpler approach to infer causality between processes connected in complex
networks when measuring the flow of information between network vertices, in terms of infor-
mation entropy. The processes used consist of dynamic systems of the type stable periodic limit
cycles system. The information flow is measured in different topologies of complex networks.
The networks exhibited different distributions of information entropy.
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Universidade Federal do Tocantins
Palmas - TO
1
Universidade Federal do Pará, Instituto de Tecnologia – Belém, PA, Brazil
2
Instituto Militar de Engenharia, Departamento de Ciência e Tecnologia - Rio de Janeiro, RJ, Brazil
3
Universidade Federal do Pará, Faculdade de Engenharia de Materiais - Ananindeua, PA, Brazil
1. INTRODUCTION
The Research and applications of new materials in society, especially those that demand
the call for technological innovation and ecological balance, have been increased in recent
decades. In relation to the basic constitution of these materials, known as composite
materials, its formation occurs from the conjugation or union of one or more elements with
desired characteristics not obtained with the use of a single constituent element isolated from
this material (Hill, 2010; Leão, 2008; Nirma, 2015).
In this scenario, the polymeric composites reinforced with natural lignocellulosic fibers
gain attention due to specific characteristics such as low density, attractive cost and
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profitability, adding to these peculiarities, there are also the reinforcements of renewable and
biodegradable sources (Baykus, 2015; Dittember, 2012; Joshi, 2004).
The hybridization method of natural lignocellulosic fibers with glass fibers is a strategy
to improve the mechanical properties of laminated polymeric composites with
reinforcements lignocellulosic fibers (John; Thomas, 2008), being that the degree at
reaching the resistance depends of the design and building of the composite material
(Idicula, 2009; Nayaki, 2010).
The jute and raffia fibers investigated in this research they are used by local communities
in the Brazilian amazon region for various textile applications such as yarn, fabric and
nonwoven production and other artifacts and have become one of the main economic
activities of riverside communities in the region (Oliveira, 2010). The Jute yarns were
purchased from the trade of City of Belém (Pará), in the flat woven fabric form,
manufactured by the textile company of Castanhal, as well as loose yarns of raffia and glass
unidirectional filaments in the form of bidirectional fabric. Thus, this work aims to evaluate
the tension mechanical behavior and main fractographic aspects of polyester matrix
composites reinforced by non-hybrid and hybrid laminates with fabric orientation 0º/0º/0º of
glass/glass/glass (G/G/G), glass/jute/glass (G/J/G) and glass/raffia/glass (G/R/G).
The jute, raffia and glass yarms were fabricated in on the loom. The weaving process for
the manufacture of the laminated, was made the unidirectional alignment of the jute yarns,
raffia and glass. Then, were cut to the size of the wooden mold of dimensions of 280 x 140
x 28 mm and subsequently, the masses of these and the polyester matrix were measured on
a semi-analytical balance with an accuracy of 0.01 g, in order to have control of their
respective mass fractions in the composite.
The unidirectional fabrics of jute and raffia were placed straight in the electric oven at
temperature 75ºC, for 7 minutes to remove moisture. The distribution occurred from of
homogenization of a thin layer 8g of unsaturated terephthalic polyester resin with the curing
agent methyl ethyl ketone peroxide (MEKP) (PERMEC D-45) in the ratio de 0,7 % (v/v)
around the surface of the transparent polyester films demarcated on the wooden mold,
providing a high-quality surface finish to laminated.
Afterwards, were deposited the quantities 61, 24 and 20 g of resin on the jute laminated,
glass and raffia, respectively. These quantities were sufficient for the polymeric matrix to
involve the constituents satisfactorily, providing to improve and control surface wettability
of the fibers
The fabrics were placed on top of each other, constituting a 03 (three) layers for each
manufactured laminated composite with fabric orientation 0º/0º/0º of glass/glass/glass
(G/G/G), glass/jute/glass (G/J/G) and glass/raffia/glass (G/R/G). Posteriorly, the
manufactured laminated, were conducted to the hydraulic press for the compression molding
at room temperature de 25±3ºC, under pressure of 500 kg for 120 minutes.
After such a procedure, the manufactured laminated composites were stored between the
molds under a level surface, because to avoid warping. After curing, the composites were
removed from the wooden mold.
.
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In accordance with ASTM D3039 Standard, 07 (seven) specimens were tested for each
type of manufactured laminate, in an universal testing machine (AROTEC ®), model WDW-
100E, with capacity of 10 tonnes, 5kN Load Cell and with a load rate of 2 mm/min.
The fracture surfaces of each sample were analyzed to verify the main failure
mechanisms. The analyzes were made using a high resolution photographic camera on the
surface of the fractured sections.
The Stress-strain curves of different laminated composites are shown in Figure 1. It’s
observed that the blue curve of the composite (G/G/G) has a tendency to linear behavior,
typical of most composites with thermoset polymer matrices and glass synthetic fibers
(Barros, 2006).
The rosea curve of the composite (G/R/G) reveals the slope at a certain point. Probably,
this characteristic occurred from the first failure of the raffia laminate having the least strain
in relation to the unidirectional laminated glass fiber yarns. Finally for (G/J/G), the
characteristic of the curve occurred from the first failure of the jute fiber yarns laminated,
having the least strain in relation to the unidirectional laminated glass fiber yarns (Barros,
2006).
350
GGG
GRG
300
GJG
250
Stress (MPa)
200
150
100
50
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
Strain (%)
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The tensile strengths of the composites are observed in Table 1. The greater tension
property of 346.05 MPa is seen for the (G/G/G) composite in relation to (G/R/G) and (G/J/G),
because they are synthetic fibers and they have good properties and affinity with the polyester
matrix (Gibson, 2012).
Moreover, it appears that the presence of jute in the laminate (G/J/G) leads to a reduction
in tension, which is 180.93 MPa, 47.72% lower, compared with the laminate (G/G/G).
Whereas the presence of raffia to the laminate (G/R/G) showed a stress of 249.71 MPa,
38.58% less than the laminate (G/G/G). It is interesting to note that the results of partial
substitutions of synthetic fibers by natural lignocellulosic fibers in hybrid laminates were
considered satisfactory, compared to the glass/glass/glass laminate (G/G/G) (Gibson, 2012).
The Fig. 2a shows the characteristic of XGM damage normalized, explosive, gauge
length and in the middle, with tearing and total rupture of the glass fibers, with preferential
cracks propagation in the direction of the inner layers towards the outer layers of the
manufactured laminate (G/G/G). The Fig. 2b of the composite (G/R/G) describes the fracture
mechanism evidenced by the normalized XGM damage characteristic, that is, explosive,
gauge length and in the middle, with tearing and total rupture of the raffia fibers, with
preferential cracks propagation in the direction of the inner layers of raffia towards the glass
fibers outer layers of the manufactured laminate. Finally, The Fig. 2c of the composite (G/J
/G) is evidenced by the XGM normalized damage characteristic, that is, explosive, gauge
length and in the middle, with tearing and total rupture of the glass fibers, rupture of the jute
fibers with preferential cracks propagation in the direction of the jute inner layers towards the
glass fibers outer layers of the manufactured laminate (ASTM, 2014).
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4. CONCLUSIONS
The effects of replacing synthetic glass fibers by natural lignocellulosic jute and raffia
fibers were studied. The laminated glass/glass/glass (G/G/G), show better results of tensile
strength, due to their best affinity with the polyester matrix, as was verified by several
authors. It was verified that the presence of raffia and jute in the (G/R/G) and (G/J/G)
laminated influenced the decrease in the tensile property of 38.58% and 47.72%,
respectively, in relation to the laminate (G/G/G). It is interesting to note that the results of
partial substitutions of synthetic fibers by natural lignocellulosic fibers in hybrid laminates
were considered satisfactory in relation to the researched literature, in comparison to the
glass/glass/glass laminate (G/G/G).
Acknowledgements
The authors are grateful for the support of the Federal University of Pará (UFPA),
Federal Institute of Education, Science and Technology of Pará (IFPA) by availability of
using its laboratories and equipments to perform tests and the Capes in the development of the
research.
REFERENCES
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1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
Para o presente estudo, foi utilizado o método de RK de quarta ordem para resolução das
equações (1) e (2), com condições iniciais de x = 0.0 e y(0) = 1, com o passo (h) de 0.1
através da linguagem de programação pyhton.
y1 = 2 ∗ cosh(x[i]) + 4 ∗ (x[i]) (1)
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y2 = 2 ∗ sinh(x[i]) + 4 (2)
3. RESULTADOS E CONCLUSÕES
Como resultado do algortimo observa-se na Figura 1 os erros relativos médios (1) e (2), que
são respectivamente: 0.601488 e 0.583596.
Figure 1- Resultado dos erros relativos médio das equações (1) e (2).
A partir o êxito observado nesta pesquisa, a mesma terá continuidade para resolução e
analise de diferentes equações parciais.
REFERENCES
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NO ENSINO DO CÁLCULO INTEGRAL. In: Anais do I ERMAC/NE. Juazeiro(BA) UNIVASF,
2019. Disponı́vel em: ¡www.even3.com.br/anais/IERMACNE/212987-FERRAMENTA-JUPYTER-
NOTEBOOK-NO-ENSINO-DO-CALCULO-INTEGRAL¿. Acesso em: 16/08/2020 14:32
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Búzios, RJ – 28 a 30 Outubro 2020
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ABSTRACT: Residues from the ceramic industries require appropriate disposal sites,
generating waste, waste of raw materials and, where the disposal site is improper,
environmental problems. Therefore, it is necessary to study the reuse of these wastes, both for
economic and environmental purposes. Thus, the reuse of grog, residue from the disposal of
ceramic materials, is possible through its incorporation in ceramic masses to produce new
materials (blocks, bricks, tiles, etc.). The objective of the present work was to analyze the
influence of grog on ceramic masses, comparing dosages with substitution of 10, 20 and 30% by
mass with a reference trace. For this, tests were carried out, with which properties related to
retraction by drying and firing, water absorption, fire loss, apparent porosity and bending
rupture stress can be obtained. In short, it can be concluded that the use of grog allows the
obtaining of materials with good mechanical resistance, moderate water absorption and good
dimensional properties, proving to be an environmentally friendly and economically viable
alternative.
Keywords: Residue; Ceramic mass; Grog.
1. INTRODUCTION
In a ceramic industry, it is noted that large quantity of ceramic blocks is lost due to
manufacturing defects. On the other hand, more studies and research are being carried out to
make industrial productions as sustainable as possible and to reach increasingly close to zero
waste. When it comes to ceramic products, its constituents are not toxic, but the great generation
of disposal causes economic and especially environmental damage.
The sector of services and industry related to construction, correspond to a large part of the
economy, so investing in ways that optimize and improve the productions will always be valid.
The ceramics industry itself is responsible for large numbers of jobs and resources for the
locations close to its poles. The region of Campos dos Goytacazes - RJ is a leading ceramic
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region of Brazil, with dozens of ceramic industries, so the study on use of their disposal is
extremely valuable to the region through the financial aspects and especially the environmental.
With the optimization of production processes and the technical training of employees, the
production lines tend to reduce their losses. When the ceramic industry is analyzed, because it is
a fragile product, the waste will always exist, both in conformation and in transportation.
Therefore, studying the ways of using the disposal material is a very interesting alternative.
There is a many different of research related to the incorporation of industrial solid waste,
of the most varied types, formats and origins, in civil construction materials. Construction
products, which are tested as replacements for soils, cement and aggregates in mortars, concrete
and even ceramic blocks. The incorporation of the ceramic block residue, called grog, in the
composition of other new blocks, is a feasible solution both in the economic as in the
environmental aspect. Consequently, there is a reduction of the necessary raw material, reducing
extractions and minimizing environmental problems caused by the dumping of the residue in
places not appropriate.
The influence of the grog on the new ceramic part, once it has already been burned, will be
the response of the new firing temperature, which may only act to improve the degree of
packaging and remain inert or, if exposed to higher temperatures than it has been be sintered
with the rest of the material.
In this work an experimental study was carried out observing the effect of the incorporation of
the grog made available by a local ceramics industry in ceramic masses, for the manufacture of
sealing blocks, observing and comparing the values obtained with a trace without the
incorporation of the residue.
The objective of this study was to evaluate the effect of the incorporation of grog in ceramic
masses dosed in different proportions and to analyze the effect of temperature, burning at 850
and 950°C, analyzing the drying and burning retraction properties, water absorption, fire loss,
bulk density and apparent porosity and bending rupture stress.
2. MATERIALS METHODS
For this work, clay and grog were used from the Sardinha ceramics industry, located in
Campos dos Goytacazes - RJ, which is one of the main ceramic poles in Brazil. The grog was
obtained from the disposal of ceramic blocks with a final firing temperature of approximately
850°C.
The grog sample was collected, manually crushed and ground in a ball mill. The clay was
mechanically crushed, after which it was discharged in a porcelain mortar and passed on the
ABNT200 sieve. A small portion of each was separated for analysis, namely X-ray diffraction
and efflorescence (XRD, EDX), differential thermal analysis (DTA) and derivative
thermogravimetry (DTG). For the granulometric characterization, the grog sample, were passed
in the sieve with 0.4 mm opening mesh (ABNT40).
After measuring the length and mass of the prepared bodies, they were placed for 24 hours
to rest at ambient conditions. After that, they were placed in oven MA033 / 1 at 100°C for 24 h,
and then the length and mass were measured, observing their retraction by drying. From the 30
specimens of each trace, 15 were burnt in a Mufla furnace, model ML 1300, at 850°C and 15 at
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950°C. After burning, the length and mass of the samples were measured, obtaining the values
of retraction by burning and loss to fire.
After burning, 7 specimens of 15 of each trace and firing temperature were separated to be
flexed and the remaining 8 were measured to measure water absorption.
The linear retraction was determined through the initial and final lengths of the specimens
after drying and firing, at temperatures of 850 and 950°C. The apparent porosity and the water
absorption were obtained from the procedures established in NBR 15270-13. The fire loss was
determined from the masses of the test specimens before and after the burning process. The
rupture stress was found through the 3-point bending procedure using a universal press EMIC
model 23-30.
Boulder Sand
Medium
Thick
Thin
Thin
C3 70 - 0.7 5.5 26.4 37.3 30.2 MH - Silt of high plasticity, elastic silt
C2 80 - 0.3 5.5 16.9 33.3 44.1 MH - Silt of high plasticity, elastic silt
C1 90 - 0.3 4.5 17.7 31.7 45.7 CH – Clay of high plasticity, fat clay
C0 100 1 7.2 16.7 11.8 13.8 49.6 CL – Clay of low plasticity, lean clay
CH 0 - - 0.2 22.1 68.8 9 SM – Silty sand
* Unified Soil Classification System
The granulometric distributions of the different compositions are shown in Figure 1, where it
can be observed that as the percentages of Grog (CH) were added, the percentage of clays
decreased and consequently the silt increased. With the result obtained, it is noticed that the
clay, silt and sand percentages of the compositions have a lower than recommended proportion,
which is 60% of clay, 40% of silt and sand1.
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1480
Figure 1. Granulometric distribution of compositions.
1481
porosity6. With the incorporation of the grog, the AA remains practically constant between C0
and C1, from there to a growth of AA, being the highest value for C3. The incorporation of the
grog leads to an increase of pores, since it has already been sintered, eliminating its interstitial
water and damaging a better agglomeration of the particles.
1482
The results of Figure 4 demonstrate a reduction of fire loss with increased grog
incorporation. This fact can be due to the grog having been sintered, being this with threshold
temperature at 850°C. The burning temperatures studied are close to that of grog sintering,
reducing the volatility of its components. Its incorporation into the ceramic mass reduces its loss
to the fire. For the different compositions, the increase in temperature did not significantly
influence the fire loss because the decomposition transformations that occur during the heating
and burning stages are possibly outside the temperature ranges studied.
Figure 5. Flexural mechanical strength and apparent porosity in specimens the different
compositions.
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1483
4. CONCLUSIONS
• The compositions C0 (100% clay and 0% grog), C1 (90% clay and 10% grog), C2 (80%
clay and 20% grog) at 950°C were the only ones to meet the requirements of standard,
regarding the absorption of water, the improvement of this parameter passes through the
increase of the sintering temperature.
• The incorporation of grog, in all cases, led to a reduction of the linear retraction by
drying and the linear retraction by burning, the reduction of these parameters is of
paramount importance in the ceramic industry, since it potentiates the control of defects
(cracks, fissures, warps, deformations, etc.) and the final dimension of the part.
• The increase of the apparent porosity, with the incorporation of the grog, led to a
decrease in the flexural rupture stress, but still, all compositions presented higher values
than those recommended in the literature.
• The use of grog for incorporation in ceramic masses, allows to obtain materials with
good mechanical resistance, moderate water absorption and good dimensional properties
(linear retraction and low burning). It also proves to be an economically viable
alternative, since it reuses a waste, and is efficient for reducing environmental problems
caused by its disposal.
5. ACKNOWLEDGEMENTS
The authors thank UENF and FAPERJ for the structure and financial support, and the
ceramics industry Sardinha, for the supply of clay and grog.
6. REFERENCES
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Palmas - TO
1. INTRODUÇÃO
No início do século 21, apesar da ausência de conflitos internacionais na escala das duas
guerras mundiais, conflitos locais e regionais envolvendo diferentes tribos, grupos étnicos,
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milícias, gangues e traficantes fortemente armados tornaram-se uma séria ameaça em várias
partes do mundo.
Os coletes de proteção balística usam tecido de aramida como uma única camada de
proteção. Esta proteção é limitada a impactos relativamente baixos, munição de até 9 mm. A
proteção contra projéteis de alto impacto requer um sistema blindagem multicamada (SBM)
[1]. Um SBM convencional possui, além do tecido de aramida, uma camada frontal de
cerâmica que absorve a maior parte da energia do impacto, erodindo a ponta do projétil.
Porém, tal proteção aumenta o custo e compromete a mobilidade do soldado devido ao
aumento significativo do peso do colete. Além disso, a camada frontal pode ser fragmentada
ao primeiro impacto, comprometendo sua resistência aos disparos subsequentes.
Os principais materiais cerâmicos usados para proteção balística são alumina (Al2O3),
carbeto de silício (SiC) e carbeto de boro (B4C). A alumina tem sido sugerida para proteção
balística devido às boas propriedades físicas e químicas. No entanto, a baixa resistência à
flexão e baixa tenacidade à fratura significam que o uso de alumina pura para proteção
balística pode levar a uma falha catastrófica. Além disso, a alta densidade, em torno de
4g/cm2, limita seu uso em aplicações onde o peso é fundamental, como coletes balísticos
[2,3].
De acordo com Figueiredo et al. [4], compósitos de alumina-UHMWPE podem render
um bom compromisso entre alta absorção de energia e baixa densidade, sendo o único
problema a baixa adesão entre as partículas de alumina e a matriz polimérica [5]. A adesão
pode ser aumentada pela exposição dos compósitos à radiação gama [6,7], que tem outros
efeitos favoráveis, como aumento da rigidez e estabilidade, conforme relatado por Shafiq. et
al. [8]. Por outro lado, de acordo com Hobbs et al. [9], altas doses de radiação geram
microfissuras que enfraquecem o componente alumina.
O objetivo deste trabalho foi investigar as propriedades da alumina irradiada com
radiação gama-UHMWPE, a fim de determinar a melhor combinação de concentração de
alumina e dose de radiação para aplicações de proteção balística. O UHMWPE é utilizado
para diminuir a densidade e aumentar a resistência à flexão, tornando o escudo mais adequado
para proteção pessoal e evitando fratura após o primeiro tiro [10,11]. Há também um fator
econômico envolvido, visto que o compósito é preparado a uma temperatura relativamente
baixa, 230 oC, enquanto a alumina pura deve ser preparada sinterizando pó de alumina em
altas temperaturas, da ordem de 1400 oC, procedimento de alto custo [12-15].
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Os materiais usados foram 60 Mesh Alundum em pó com dureza de 9,25 Mohs (Fisher
Scientific) e UHMWPE Mipelon PM-200 em pó de 10 µm a 30 µm de diâmetro (Mitsui
Chemicals).
Compósitos com diferentes proporções de massa de alumina-UHMWPE foram
preparados por mistura mecânica por 10 min e rotulados A00/00, A00/25, A00/50, A00/75,
A60/00, A60/25, A60/50, A60/75, A80/00, A80/25, A80/50, A80/75, A90/00, A90/25,
A90/50 e A90/75, onde o primeiro número é a concentração de massa de alumina em
porcentagem (00 é uma amostra UHMWPE puro usado para comparação). O segundo número
é a dose de radiação em kGy (00 é a amostra não irradiada). As amostras foram produzidas
em forma de discos de 5 mm de espessura e 51 mm de diâmetro. Os discos foram prensados a
230 oC por 10 min sob uma força de 90 kN e mantidos em formas de alumínio fundido.
A irradiação gama dos compósitos foi realizada usando um irradiador Gammacell 220
Excel com uma fonte Co-60.
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Para os testes de balística foi utilizado um rifle Gunpower SSS com supressor de ruído
Padrão Armas. O projétil é de chumbo de calibre 22 com uma massa estimada de 3,3 g. Um
cronógrafo balístico Air Chrony modelo MK3, com precisão de 0,15 m/s, foi utilizado para
medir a velocidade de impacto, e um cronógrafo balístico ProChrono modelo Pal, com
precisão de 0,31 m/s, para medir a velocidade residual.
O rifle de ar foi posicionado a 5 m do alvo, consistindo no disco composto fixado em
uma moldura de alumínio, preso por uma morsa e alinhado perpendicularmente ao rifle. Um
cronógrafo balístico foi posicionado a 10 cm do bico do supressor de ruído e outro foi
colocado a 10 cm atrás do alvo.
A energia absorvida pelo alvo foi calculada usando a equação
FM = Eabs/mc (2)
O teor de gel mostra a quantidade de reticulação nas amostras. Foi determinado de acordo
com ASTM D2765 usando um dispositivo Soxhlet [15]. As amostras foram extraídas com
xileno aquecido por 6 h e, posteriormente, lavadas com acetona e secas a 140 oC. O teor de
gel percentual foi determinado usando a seguinte expressão:
onde ΔHo e ΔHm são, respectivamente, a entalpia de fusão do polietileno cristalino (290 Jg-1)
e a entalpia de fusão da amostra.
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3. RESULTADO E DISCUSSÃO
Todos os tiros penetraram completamente nos discos. Dois disparos foram feitos em cada
experimento e oito experimentos foram realizados para cada composição. Amostras
representativas são mostradas na Figura 1 após o primeiro tiro.
Nenhuma diminuição significativa na absorção de energia foi observada após o primeiro
tiro.
Como o teste foi realizado com as amostras nos suportes de alumínio fundido, o
movimento lateral foi suprimido, reduzindo o dano ao compósito [17,18].
Figura 1 – Amostras A60/00, A60/25, A60/50, A60/75, A80/00, A80/25, A80/50, A80/75,
A90/00, A90/25, A90/50 e A90/75 após o primeiro tiro, organizadas em linhas de cima para
baixo.
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A Tabela 1 mostra os valores médios da massa do compósito (mc). massa do projétil (mp),
velocidade média de impacto (vi), velocidade média residual (vr), energia de absorção (Eabs) e
fator de mérito (FM) para cada composição. Como esperado, o mc aumenta com o aumento da
concentração de alumina.
Figura 2 - Fator de mérito de compósitos com concentração de 60%, 80% e 90% de alumina,
não irradiados e irradiados com 25 kGy, 50 kGy e 75 kGy
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A Tabela 2 mostra o teor de gel de UHMWPE, não irradiado e irradiado com gama nas
doses de 25 kGy, 50 kGy e 75 kGy. O maior teor de gel foi para as amostras irradiadas com
uma dose de 50 kGy, sugerindo que a concentração de reticulações é máxima para esta dose
de radiação. A diminuição do conteúdo do gel para uma dose maior de radiação é atribuída à
degradação do UHMWPE, formando radicais livres.
Tabela 2 - Conteúdo de gel de UHMWPE, não irradiado e irradiado com doses de 25 kGy,
50 kGy e 75 kGy.
A00/25 97,37
A00/50 100,00
A00/75 99,69
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Na Figura 4, pode-se observar que a amplitude de uma banda larga passa por um mínimo
para uma dose de radiação de 50 kGy. Isso sugere que a cristalinidade do UHMWPE aumenta
com o aumento da dose de radiação até 50 kGy, mas diminui para doses de radiação maiores.
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A Figura 6 é uma imagem SEM do pó de alumina, mostrando a forma irregular dos grãos,
o que melhora a rigidez dos compósitos.
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Figura 7 - Imagem ótica mostrando a zona de dano cônico na face distal de uma amostra
A80/50.
A Figura 8 mostra as microtrincas nas faces distais das amostras A80 e A80/50 após o
primeiro impacto. A principal diferença entre as Figuras 7a e 7b é que há evidências de
pullout nas amostras irradiadas como consequência do aumento da adesão entre alumina e
UHMWPE, como também mostrado na Figura 9.
Figura 8 - Imagens de MEV, após o primeiro impacto, da face distal (a) de uma amostra
A80/00 mostrando as microtrincas sem pullout e (b) de uma amostra A80/50 mostrando
microtrincas com pullout.
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Figura 9 - Imagens de MEV, após o primeiro impacto, (a) da face distal de uma amostra
A80/50, mostrando a região de contato entre alumina e UHMWPE, e (b) o aumento da mesma
região, mostrando o pullout de UHMWPE.
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
[1] LUZ, F.S., JUNIOR, E.P.L., LOURO, L.H.L., MONTEIRO, S.N., Ballistic test of multilayered armor with
intermediate epoxy composite reinforced with jute fabric, Materials Research, v. 18, p. 170-177, 2015.
[2] CAVALLARO, P.V., Soft body armor: an overview of materials, manufacturing, testing, and ballistic impact
dynamics, 1 August 2011, NUWC-NPT Technical Report 12,057
[3] CARLUCCI, D.E.; JACOBSON, S.S. Ballistics: theory and design of guns and ammunition. Boca Raton
[Florida]: CRC, 2008. 496p. ISBN 1420066180.
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Efeito da irradiação gama nas propriedades mecânicas e térmicas de redes DGEBA/amina cicloalifática com
potencial para aplicações médicas, Polímeros, v. 23, n. 6, p. 814-822, 2013.
[7] LIMA, I. S., ARAÚJO, E. S., Efeitos da radiação gama na estrutura e nas propriedades do poliestireno. In:
4'th Meeting on Nuclear Appplications, 1997, Poços de Caldas. Associação Brasileira de Polímeros-ABPol.
Rio de Janeiro: Divisão gráfica SG-6 / UFRJ, v. 2. p. 137-139, 1997.
[8] SHAFIQ, M., MEHMOOD, M.S., YASIN, T., On the structural and physicochemical properties of gamma
irradiated UHMWPE/silane hybrid, Mat. Chem. Phys, v. 143, p. 425-433, 2013.
[9] HOBBS, L. W., CLINARD JR., F. W., ZINKLE, S. J., EWING, R. C., Radiation effects in ceramics, J. N.
Mat., v. 216, p. 291-321, 1994.
[10] COUTINHO, F.M.B., MELLO, I.L., SANTA MARIA, L.C., Polietileno: Principais Tipos, Propriedades e
Aplicações, Polímeros: Ciência e Tecnologia, v. 13, p. 1-13, 2003.
[13] MEDVEDOVSKI, E., Ballistic performance of armor ceramics: Influence of design and structure – part II,
Ceramics International, v. 36, p. 2117-2127, 2010.
[14] MEDVEDOVSKI, E., Lightweight ceramic composite armor system, Advances in Applied Ceramics, v.
105, p. 241-245, 2006.
[15] SPIEGELBERG, S. H., Chapter 24: Characterization of Physical, Chemical, and Mechanical Properties of
UHMWPE, UHMWPE Biomaterials Handbook (Second Edition), p. 355-368, 2009.
[16] AZEVEDO, G., ARAGÃO, J.C.T., Apontamentos sobre balística, Rio de Janeiro, 2010.
[17] SHERMAN, D., Impact failure mechanism in alumina tiles on finite thickness support and the effect of
confinement, Int. J. Impact Eng., v.24, p. 313-328, 2000.
[18] BITTENCOURT, B.A., ELLWANGER M. V., NASCIMENTO, W. A., BELCHIOR, L. F., ARAÚJO, E.
M., MELO, T. J. A., Moldagem por compressão a frio do polietileno de ultra alto peso molecular. Parte 1:
Influência do tamanho, distribuição e morfologia da partícula na densidade a verde, Polímeros: Ciência e
Tecnologia, v. 19, n. 3, p. 224-230, 2009.
[19] BRESCIANI, L.M., MANES, A., GIGLIO, M., Na analytical model for ballistic impacts against ceramic
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1. INTRODUÇÃO
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Amostras com estequiometria PbxCu1-xFe2O4 (x=0,00; 0,10; 0,20) foram preparadas pelo
método de combustão utilizando Fe(NO3)3.9H2O com 98% de pureza, C2H5NO2
(combustível) com razão molar glicina/nitrato de 1,0 contendo 98,5% de pureza,
Cu(NO3)2.3H2O e Pb(NO3)2.
Os nitratos e a glicina foram pesados, misturados e diluídos em água deionizada,
posteriormente a solução foi colocada em uma placa de aquecimento, na qual a água foi
evaporada a 100ºC e após a total evaporação, ocorreu uma ignição instantânea, exotérmica e
autossustentável, ocasionando a queima no material por completo.
A combustão do material formou uma espuma e após a maceração manual com auxílio de
gral e pistilo, formou-se um pó, em que foi utilizado na preparação do compósito, que
posteriormente foi aplicado no tecido de aramida, utilizado nos ensaios balísticos.
Para a produção do fluido foram utilizados PEG 200 com 98% de pureza, álcool etílico
de 98% de pureza e o tecido de aramida com espessura de 0,28mm e massa específica de
210g/m2.
Foram produzidas cinco misturas de Pb0,1Cu0,9Fe2O4 com PEG 200, nas proporções em
massa de Pb0,1Cu0,9Fe2O4 de 40%, 45%, 50%, 55% e 60%. As misturas foram submetidas a
ultrassom de 50W e 40kHz por 30 minutos, para reduzir o tamanho das partículas. Cada
mistura foi diluída em etanol, para uma melhor homogeneização.
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Das soluções resultantes, foram retirados 15ml e depositados sobre quadrados de 7cm2
de aramida, seguindo assim com a impregnação do tecido com o fluido produzido. Por fim, as
amostras foram prensadas por 15 minutos.
Foi determinada a energia de absorção de cada amostra, utilizando um cronógrafo
balístico da marca Air Chrony modelo MK3 que mediu a velocidade de impacto. O
cronógrafo utilizado na medição da velocidade residual, de modelo ProChrono, foi
posicionado após o anteparo contendo as amostras. As medições feitas se deram pelo
princípio fotoelétrico e a velocidade do projétil foi lida diretamente no painel digital, após
cada disparo.
Para a realização do ensaio balístico, foi utilizado um provete de ar comprimido da marca
Gunpower, que foi colocado a 5m de distância do alvo. Utilizou-se um supressor de ruídos,
para ampliar a estabilidade do projétil na saída do provete.
Na determinação da viscosidade, foi utilizado um viscosímetro DV-II Pro Viscometer,
com o objetivo de traçar as curvas de viscosidade dos fluidos produzidos.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A figura 1, mostra a amostra perfurada após o ensaio balístico. Todas as amostras foram
perfuradas.
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Tabela 1- Amostras
A figura 3, mostra o gráfico das curvas de viscosidade das amostras para cada
concentração em massa de Pb0,1Cu0,9Fe2O4.
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5. CONCLUSÕES
A amostra F55, foi a que apresentou melhor desempenho entre todas as amostras e,
portanto, essa composição é considerada a melhor para a proteção balística, pois esta
apresenta maior energia de absorção. A curva de viscosidade dessa amostra, apresentou um
comportamento de fluido não-newtoniano, pois sua viscosidade aumentou com a diminuição
da velocidade de rotação.
REFERÊNCIAS
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synthesized Zn-substituted Cu–Ga–Fe compound. Journal Of Solid State Chemistry, [S.L.], v. 177, n. 12, p.
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dynamics, 1 august 2011, NUWC-NPT Technical Report 12,057.
DECKER, M.J., HALBACH, C.J., NAM, C.H., WAGNER, N.J., WETZEL, E.D., Stab resistance of shear
thickening fluid (STF)-treated fabrics, Comp. Scs. Tech., v. 67, p. 565-578, 2007.
HEUSER, J. A.; SPENDEL, W. U.; PISARENKO, A. N.; YU, C.; PECHAN, M. J.; PACEY, G. E. Formation of
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Science v.42, p. 9057– 9062, 2007.
I. Nedkov, T. Merodiiska, L. Slavov, R.E. Vandenberghe, Y. Kusano, J. Takada. Surface oxidation, size and
shape of nano-sized magnetite obtained by co-precipitation. J. Magn. Magn. Mater., 300 (2006), pp. 358-367
LEE, Y.S., WETZEL, E.D., WAGNER, N.J., The ballistic impact characteristics of Kevlar woven fabrics
impregnated with a colloidal shear thickening fluid, J. Mat. Scs., v. 38, p. 2825-2833, 2003.
SAPOZHNIKOV, S.B.; KUDRYAVTSEV, O.A.; ZHIKHAREV, M.V. Fragment ballistic performance of
homogenous and hybrid thermoplastic composites. International Journal Of Impact Engineering, [S.L.], v.
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ULLAH, S. ATIQ S. NASEEM, "Influence of Pb doping on structural, electrical and magnetic properties of
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XUPING, S.; YONGLAN, L. Size-controlled synthesis of dendrimer-protected gold nanoparticles by microwave
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Applications. 2013. 2 p. A Thesis Submitted to the Graduate School of Engineering and Sciences of İzmir
Institute of Technology in Partial Fulfillment of the Requirements for the Degree of Master of Science in
Materials Science and Engineering.
Agradecimentos
Os autores agradecem a CAPES e Cnpq pelos apoios financeiros.
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1. INTRODUÇÃO
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Os materiais usados neste trabalho foram nitrato férrico (Sigma-Aldrich, 98%), glicina
(Sigma-Aldrich, 98,5%), 200 g/mol PEG (Honeywell Riedel-de Haën), etanol absoluto
(Quimex, 93%), tecido de aramida com 0,28 mm de espessura com densidade de 210 g/m²
[HY Networks (Shanhai)] e MDF de 1 polegada de espessura (Arauco do Brasil).
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Um rifle de ar comprimido Gunpower SSS com supressor de ruído Padrão Armas foi
usado para os testes balísticos. O projétil era de chumbo de calibre 22 com uma massa
estimada de 3,3 g. A velocidade de impacto foi medida em um cronógrafo balístico Air
Chrony MK3 com precisão de 0,15 m/s e a velocidade residual foi medida em um cronógrafo
balístico ProChrono Pal com precisão de 0,31 m/s.
Após os testes balísticos, imagens das amostras com 7% de hematita foram obtidas em
FEI Quanta FEG 250 SEM.
A caracterização eletromagnética dos compósitos foi realizada por medidas de
refletividade/absorção utilizando a técnica de guia de ondas na banda X do espectro
eletromagnético (8 a 12 GHz). Este dispositivo foi acoplado a um Analisador de Rede
KEYSIGHT PNA-L (modelo N5232A) com gerador de frequência (300 kHz-20 GHz). O
material de referência utilizado para avaliar a eficiência de absorção dos compósitos foi uma
placa de alumínio, que reflete 100% da radiação incidente.
A massa relativa Mc foi calculada usando a Eq. 1 para expressar a quantidade relativa de
impregnação de aramida pelo fluido [11]:
Pasquali et al. [21] mostraram que a energia absorvida por um alvo de tecido fino é
devido a seis mecanismos de absorção/dissipação: formação de cone na face posterior do
alvo; falha de tração de fios primários; deformação de fios secundários; obstrução por
cisalhamento; início de delaminação e crescimento; e craqueamento da matriz [22,23].
Nos testes DOP, o rifle de ar foi posicionado a 5 m do alvo, que consistia em uma
amostra quadrada fixada com fita adesiva a uma placa de MDF e alinhada perpendicularmente
ao rifle [24–29]. Um supressor de ruído foi utilizado para aumentar a estabilidade do projétil
na saída do rifle de ar. Placas de MDF foram utilizadas como anteparos porque o MDF é um
material homogêneo, plano e denso, sem o veio da madeira maciça. O cronógrafo balístico foi
colocado a 10 cm do alvo, sendo determinado a velocidade de impacto [30].
a = - F/Mp (3)
em que F é a força sobre o projétil, a equação de Torricelli pode ser escrita na forma
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em que d é a distância percorrida pelo projétil. Substituindo a Eq. 2 na Eq. 4 e dividindo pela
massa relativa Mc, tem-se
Um fator de mérito FM foi definido como a proporção mostrada na Eq. 5 com DOP = d:
RESULTADO E DISCUSSÃO
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A Figura 3 mostra uma amostra com 7% de hematita após o teste de absorção de energia.
Pode-se ver fios primários e secundários deformados devido à deformação estendida em toda
a amostra, sugerindo uma força de arrancamento moderada.
A Figura 4 mostra imagens MEV de uma amostra com 7% de hematita (A07) antes e
depois do teste balístico. Antes do teste balístico (a), existe um excesso de carga que não
impregna os fios de aramida e, portanto, não contribui significativamente para a resistência
balística; e após o teste balístico (b), quase não há excesso de carga, exceto no canto inferior
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direito da imagem, onde pode-se ver os aglomerados provavelmente devido ao impacto [26].
As regiões de impacto, que não são mostradas, estão na direção do canto superior esquerdo
das imagens.
Figura 4 - Imagem SEM de amostras com 7% de hematita (a) antes e (b) após o impacto.
Figura 5 - (a) Dielétrico e (b) perda de refletividade para aramida pura e aramida impregnada
com um STF com 3%, 7%, 11% e 17% de hematita.
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Figura 6 - Perda magnética para aramida pura e aramida impregnada com um SFT com 3%,
7%, 11% e 17% de hematita.
CONCLUSÕES
Agradecimentos
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Resumo. As doenças renais crônicas constituem um grave problema de saúde pública que,
há décadas, vem desafiando as autoridades governamentais e sanitárias em todo o mundo.
Embora o transplante seja o melhor tratamento para um doente renal crônico, há um déficit
persistente entre a disponibilidade de rins para transplante e o número de doentes renais
na fase terminal. Para aumentar o número de transplantes, e consequentemente reduzir a
lista de espera por um rim, desenvolvemos um modelo dinâmico de doação emparelhada de
rins do tipo autômato celular probabilı́stico. Os dados gerados por simulação representam a
quantidade média de transplante sob influência do grau de altruı́smo. A dinâmica se baseia em
solucionar a incompatibilidade e/ou a baixa compatibilidade envolvida em um par doador-
receptor trocando-se o doador de pares distintos. A partir de regras probabilı́sticas que
dependem da compatibilidade entre doadores e receptores, do grau de altruı́smo do doador
e do fator de redução da compatibilidade, vimos que a doação interpar aumenta a quantidade
de transplantes. Adicionalmente, o sistema apresentou transição de fases. Por fim, fizemos
um paralelo com a realidade e encontramos um tempo limite Γ100 em que todos os pares
transplantam para um grau de altruı́smo pequeno.
1. INTRODUÇÃO
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Para citar dados, em 2018, houve um aumento absoluto de 58% e 54,1% , respectivamente, da
prevalência e incidência estimadas de pacientes em diálise crônica em relação a 2009. (Neves
et al., 2020). Esse cenário é um dos motivos pelo qual as iniciativas públicas do sistema
brasileiro de saúde começaram a dar atenção e assumirem que a doença renal crônica (DRC) é
uma questão importante de saúde pública (Lugon, 2009).
No estágio 5, onde ocorre a falência renal, a sobrevivência do indivı́duo portador de DRC
está condicionada às terapias renais substitutivas tais como hemodiálise, diálise peritoneal ou
transplante renal (Foundation, 2017). Dentre as terapias, o transplante de rim é a terapia
escolhida para a maioria dos pacientes com falência renal. Os pacientes que se submetem a um
transplante bem sucedido têm uma maior taxa de sobrevida com qualidade de vida, segundo
United States Renal Data System (2016). Embora o transplante seja o melhor tratamento
para o paciente crônico, há um déficit constante entre a doação de rim para o transplante e
o número de doentes renais na fase terminal (Smith et al., 2014). Segundo o Registro Brasileiro
de Transplantes (2019), a necessidade anual estimada de transplante de rins é 12.510, em
contrapartida, apenas 6.283 transplantes foram realizados em 2019. No perı́odo de 2012 a
2018, 5.651 pacientes, em média, transplantaram por ano.
Ainda que nem todo paciente renal crônico esteja inscrito na lista de espera por um rim
em decorrência de sua condição de saúde, em dezembro de 2019, 25.163 pacientes crônicos
aguardavam o transplante na lista (Transplantes, 2019). No Brasil, qualquer pessoa pode doar
o rim, desde que concorde com a doação, que não prejudique a sua saúde e esteja de acordo
com a legislação. Para doadores vivos, a lei permite parentes até o quarto grau. Não parentes,
somente com autorização judicial (Nefrologia, 2017).
Para estender o acesso ao transplante e consequentemente reduzir a lista de espera por um
rim, o governo dos Estados Unidos lançou um programa chamado Kidney paired donation
(KPD). Este programa é uma estratégia para que o doente renal crônico consiga o transplante
quando o único doador vivo em potencial é incompatı́vel. O objetivo do programa é
encontrar uma solução ótima na prática (algoritmo NP-difı́cil) que maximize o número total
de transplantes a partir de um conjunto de doações por ciclos e cadeias. Em especial, a doação
por ciclo permite a troca de rins entre dois pares que são incompatı́veis entre si porém são
mutuamente compatı́veis, de modo que cada nó é composto por um doador e um receptor
(Anderson et al., 2015).
Incentivados pelo programa KPD, este trabalho apresenta um modelo dinâmico de doação
emparelhada de rins baseado em uma rede aleatória de autômatos celulares de natureza
probabilı́stica, cujo objetivo foi aumentar o número de transplantes sob a influência do grau
de altruı́smo do doador. Os sı́tios da rede correspondem aos pares doador-receptor e possuem
estados binários referentes ao doador (ou receptor) estar ativo ou inativo para a doação.
Todos os pares evoluem em etapas de tempo discreto segundo as mesmas regras de transição
probabilı́sticas: os pares são atualizados simultaneamente segundo a melhor probabilidade das
doações ocorrerem seguida da tentativa de doação. A probabilidade de doação ocorrer depende
da compatibilidade entre doadores e receptores, do grau de altruı́smo do doador, e do fator de
redução da compatibilidade do receptor. O fator de redução é uma taxa aplicada à condição
de saúde dos portadores de doença renal crônica em diálise associada ao tempo de espera pelo
transplante renal. Segundo Teixeira et al. (2015), quanto maior o tempo em que o doente renal
crônico em diálise espera por um rim, maior é o risco de morte e doenças mórbidas. Sob
estas perspectivas, foi analisada a influência destes fatores na quantidade de transplante e no
comportamento do sistema ao longo do tempo. Além disso, estendemos o tempo limite de
execução da dinâmica para aumentar a chance do sı́tio que obteve uma doação mal sucedida
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reverter este cenário, porém atendendo o fator limitante de tempo relacionado à saúde do
receptor enquanto espera por um rim. Neste modelo, é permitido ao par doador-receptor
inicialmente formado ser incompatı́vel ou compatı́vel. O par compatı́vel dessa formação
original participa da dinâmica de doação para possibilitar ao receptor respectivo receber um
rim mais compatı́vel. A dinâmica consiste em conectar aleatoriamente dois sı́tios da rede e a
partir de regras de atualização probabilı́sticas obter doações bem (ou mal) sucedidas.
2. MODELO
Em linhas gerais, o modelo proposto neste trabalho consiste numa dinâmica do tipo
autômato celular probabilı́stico, ou seja, trata-se de um modelo discreto no tempo, no espaço e
no conjunto de estados acessı́veis. O sistema de interesse consiste num conjunto finito de sı́tios,
sendo que cada sı́tio corresponde a um par doador-receptor (DR). Em cada passo de tempo, os
sı́tios são ligados dois a dois de maneira aleatória, resultando numa configuração em que cada
sı́tio está conectado a apenas um outro sı́tio. Em seguida, são realizadas tentativas de doação
entre doadores e receptores de sı́tios conectados.
2.1 Definições
O estado Si (t) do i-ésimo sı́tio no instante t é dado por (σiD (t) σiR (t)), sendo σ uma variável
binária: σ = 0 corresponde a um doador (ou receptor) inativo, enquanto σ = 1 corresponde
a um doador (ou receptor) ativo. A cada passo de tempo, os pares podem assumir um único
estado dentre os quatro estados possı́veis. Dessa forma, os quatro estados possı́veis para um
sı́tio são:
Dizemos que as doações entre o sı́tio i (par (Di Ri )) e sı́tio j (par (Dj Rj )), com i 6= j
e i, j ∈ {1, 2, · · · , L}, são conexões direcionais (chamadas de interação) sendo determinadas
partindo do doador de um sı́tio e chegando ao receptor do outro sı́tio, Di → Rj e Dj → Ri , ou
entre o doador e o receptor de um mesmo sı́tio, Di → Ri e Dj → Rj .
Definem-se dois tipos de interação: doação intrapar e doação interpar. Uma doação é dita
intrapar se o doador doa o rim para o receptor de seu próprio par e interpar se o doador doa o rim
para o receptor de outro par. Observe que, dessa forma, há quatro possibilidades de interação
entre dois pares, como observado na Fig. 1: duas do tipo intrapar, Di → Ri e Dj → Rj , e duas
do tipo interpar, Di → Rj e Dj → Ri .
A probabilidade pij da doação intra ou interpar ocorrer é definida da seguinte forma,
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Figura 1- Ilustração da interação entre dois pares (Di Ri ) e (Dj Rj ). As setas indicam as possı́veis
doações intrapar e interpar. As doações intrapar ocorrem a partir das conexões Di → Ri no par (Di Ri )
e Dj → Rj no par (Dj Rj ). As doações interpar ocorrem a partir das conexões Di → Rj ou de
Dj → Ri . A probabilidade das doações interpar ocorrer é dado por pij , enquanto as doações intrapar
têm probabilidade pii .
aleatórios entre 0 e 1, com distribuição uniforme. Dessa forma, λDi Rj = 1 indica máxima
compatibilidade entre Di e Rj , enquanto λDi Rj = 0 indica total incompatibilidade entre esses
elementos. Aos elementos da diagonal principal dessa matriz, também foram atribuı́dos valores
aleatórios, porém no intervalo [0; 0, 1], indicando uma probabilidade pequena das doações
intrapar ocorrerem. O grau de altruı́smo gA é um parâmetro de controle que quantifica a
disposição de um doador para doar seu rim a um receptor: no caso de uma doação intrapar
gA = 1, enquanto no caso de ua doação interpar, 0 ≤ gA ≤ 1. O fator de redução Ft (gA , t) é
uma taxa que reduz a compatibilidade1 do receptor a cada doação mal sucedida. Além disso, a
cada passo de tempo, o fator de redução é reduzido proporcionalmente à redução da quantidade
de sı́tios na rede e, portanto, é definido pela equação de recorrência
2.2 Dinâmica
1
Neste contexto, reduzir a compatibilidade corresponde reduzir a condição de saúde do paciente a cada doação
mal sucedida.
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1. Distribui-se aleatoriamente conexões entre dois a dois pares da rede. Cada par pode se
conectar a apenas um outro par;
3. Obtida a maior probabilidade de doação entre pij e pii , faz-se a tentativa de doar: caso o
número sorteado for menor ou igual a maior probabilidade obtida, a tentativa de doação
será bem sucedida;
5. Obtida a maior probabilidade de doação entre pji e pjj , faz-se a tentativa de doar: caso
número sorteado for menor ou igual a maior probabilidade obtida, a tentativa de doação
será bem sucedida.
6. Atualiza-se o fator de redução dos receptores e os estados dos pares. Pares cujo estado é
Si (t) = (00) não poderão participar de novas interações.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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100
98
96
94
92
TX(%)
90
88
86
84 Γ50
Γ150
82 Γ300
80
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
gA
Figura 2- Percentual da quantidade média total de transplantes, T x, em função de gA para Γ50 , Γ150 e
Γ300 .
100
90
80
70
60
TX(%)
50
40
30
20
Interpar
10
Intrapar
0
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
gA
Figura 3- Quantidade média de transplantes T X do tipo doação interpar e intrapar para Γ300 .
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geral, é razoável pensarmos que encontrar uma população de doadores com gA mais baixo é
mais provável do que encontrarmos uma população muito disposta a doar, isto é, com gA alto.
A menos, é claro, para o seu respectivo receptor.
300
275
250
225
200 Todos
transplantaram
175
150
Γm
125
100
75
50 Nem todos
transplantaram
25
0
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
gA
Figura 4- Diagrama de fases. Podemos notar a curva gerada por gAC que delimita a transição da fase
ativa para a fase congelada para diversos Γm tal que m = 25q e q ∈ {1, 2, · · · , 12}.
4. CONCLUSÕES
O modelo dinâmico do tipo autômato celular probabilı́stico proposto neste trabalho foi
desenvolvido computacionalmente com intuito de aumentar a quantidade de transplante através
da simulação da doação emparelhada de rins sob a influência do grau de altruı́smo do doador. A
partir de tentativas de doação entre doadores e receptores obtivemos resultados esperados que
confirmam o aumento do número de transplantes quando se tem doações interpar.
Adicionalmente, o sistema apresentou transição da fase ativa em que nem todos
transplantaram para a fase congelada em que todos transplantaram para valores de grau
de altruı́smo crı́tico gAC correspondentes a cada tempo limite de execução da dinâmica
Γm proposto. Empregando o aumento da duração da dinâmica, vimos que todos os pares
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transplantaram para um gAC cada vez menor, o que é um resultado otimista por se tratar da
disposição do doador para doar seu rim.
Por fim, não associamos o tempo de execução de uma dinâmica ao tempo correspondente
no mundo real, para tanto, fizemos um paralelo com o mundo real e vimos que para Γ100 ,
aproximadamente 6 anos, é um tempo limite ideal para o receptor realizar o transplante.
Agradecimentos
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Abstract. Chronic kidney disease is a serious public health problem that has been challenging
government and health authorities around the world for decades. Although transplantation
is the best treatment for a chronic kidney patient, there is a persistent deficit between the
availability of kidneys for transplantation and the number of kidney patients in the terminal
phase. To increase the number of transplants, and consequently reduce the waiting list for a
kidney, we have developed a dynamic model of paired donation of kidneys of the probabilistic
cellular automaton type. The data generated by simulation represent the average amount of
transplant under the influence of the degree of altruism. The dynamics are based on solving the
incompatibility and / or the low compatibility involved in a donor-recipient pair by changing
the donor from different pairs. From probabilistic rules, which depend on the compatibility
between donors and recipients, the degree of altruism of the donor and the factor of reduction of
compatibility, we saw that interpar donation increases the amount of transplants. Additionally,
the system presented a phase transition. Finally, we made a parallel with reality and found a
time limit Γ100 in which all pairs transplant to a small degree of altruism.
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Resumo. Uma das principais ligas de aplicação biomédica, a liga Ti-6Al-4V, gera ao longo
do tempo óxidos de V e Al que se acumulam no corpo e causam efeitos citotóxicos. Sendo
assim, pesquisadores estão desenvolvendo ligas Ti com a fase metaestável β, combinando
resistência à corrosão, biocompatibilidade e boas propriedades mecânicas. Tendo em vista
esse cenário, o presente trabalho visa caracterizar a liga Ti-10Mo-20Nb e comparar os
resultados obtidos com uma liga de Ti-cp, outra de Ti-6Al-4V e ossos humanos. As amostras
de Ti-10Mo-20Nb receberam um tratamento térmico a 1000°C, resfriado em água a
temperatura ambiente, posteriormente foi realizado um forjamento a 900°C reduzindo em
80% a área das amostras metálicas. As ligas foram caracterizadas por microscopia óptica,
microscopia eletrônica de varredura, microdureza Vickers e ensaio de polarização linear.
Para a liga Ti-10Mo-20Nb a razão entre a dureza e o módulo de elasticidade foi de (3,22), o
valor de dureza (238 HV) e o módulo de elasticidade (74 GPa). A liga Ti-10Mo-20Nb
apresentou resistência a corrosão menor que a liga Ti-6Al-4V, mas uma compatibilidade
mecânica e biológica superior se comparado as outras ligas. Sendo uma alternativa
promissora para aplicações biomédicas devido a melhor biocompatibilidade com o osso
humano.
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1. INTRODUÇÃO
Titânio (Ti) e suas ligas são amplamente utilizados como materiais para implantes
ortopédicos. Isso ocorre, devido a sua excelente propriedade mecânica, biocompatibilidade
satisfatória, baixa densidade e baixo módulo de elasticidade em comparação com ligas de aço
inoxidável ou baseadas em ligas Co-Cr, ambas utilizadas como biomateriais ortopédicos
(A.NOURI et al., 2015; CHEN Q et al., 2015; GEETHA et al., 2013). Contudo, muitas ligas
Ti, como a Ti-6Al-4V, apresentam risco de liberar íons tóxicos como o alumínio (Al) e
Vanádio (V). A liberação desses íons provoca ao longo do tempo uma série de efeitos
citotóxicos e propícia o surgimento de doenças como o Alzheimer e outras desordens mentais
(H. KRÖGER et al., 1998).
Portanto, uma demanda urgente pelo desenvolvimento de novas ligas de Ti que possuam
elementos não tóxicos como Mo, Zr, Sn, Ta e Nb (FERRANDINI et al., 2007; GUO et al.,
2014; JUNG et al., 2013). A adição de estabilizadores beta (β) podem reduzir o módulo de
elasticidade, contribuindo para o aumento da vida útil do implante por evitar o fenômeno de
stress shielding que causa uma redução na tensão do osso que irá remodelar-se, fragilizando a
estrutura óssea ao redor do implante (M.G. JOSHI et al., 2000; Y.T.SUL, 2003).
As ligas de titânio β fornecem uma excelente resistência a corrosão em fluidos do corpo
humano. Diversos autores investigaram diferentes ligas Ti-Mo-Nb como candidatos a
implantes ortopédicos baseados em suas boas propriedades mecânicas e excelente resistência
à corrosão em situações que simulam fluidos corporais (CHELARIU et al., 2014; XU et al.,
2008, 2013). Embora Ti e Nb possuam um módulo de elasticidade relativamente alto se
comparado com o tecido ósseo (B.R. LEVINE et al., 2006; H. MATSUNO et al., 2001; J.Y.
RHO et al., 1993), o nióbio como um elemento de liga do titânio possibilita a obtenção de
ligas com módulos de elasticidade menores (NNAMCHI et al., 2016; ZHOU et al., 2008).
Portanto o presente estudo busca investigar a microestrutura, a resistência à corrosão e
propriedades mecânicas da liga Ti-10Mo-20Nb e compará-las com as ligas Ti-cp e Ti-6Al-
4V. O lingote de Ti-10Mo-20Nb recebeu tratamento térmico à 1000°C durante 24h por meio
de um forno tubular e então foi resfriado em água à temperatura ambiente. Foi então forjado a
900°C com uma redução de área de aproximadamente 80%. Podendo vir a ser um possível
substituto para a liga Ti-6Al-4V, atualmente uma das mais utilizadas, mas que cujo os óxidos
são potencialmente citotóxicos, causando danos à saúde a longo prazo.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
A partir do Ti-cp, Mo-cp e Nb-cp foi obtido uma liga através da fusão à arco com um
eletrodo de tungstênio e com atmosfera de argônio. Em seguida, o lingote obtido recebeu um
tratamento térmico à 1000°C durante 24h por meio de um forno tubular e então resfriado em
água à temperatura ambiente. Um processo de forjamento foi realizado a 900°C e gerou um
percentual de redução de 80% da seção transversal. Além disso, duas chapas de chapas de
baixa espessura de Ti-6Al-4V, com medidas dimensionais de 10x20 mm e espessura de 1mm
e duas chapas fina de Ti-cp, com dimensões de 10x20 mm e espessura de 1 mm.
O ensaio de polarização linear foi realizado, utilizando o equipamento
GALVANOSTATO AUTOLAB modelo PGSTAT302N. Em um recipiente suporte, foi
introduzida a amostra de forma a deixar apenas a área da superfície de contato da amostra em
contato com o fluido da solução ringer de NaCl a 0,9% em H2O destilada que será
posteriormente preencherá o recipiente. Os testes foram realizados em uma célula
eletroquímica com três eletrodos. Uma rede de fio de platina e um eletrodo de Ag / AgCl
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saturado em solução de KCl (calomelano) foram usados como contra eletrodo e eletrodo de
referência, respectivamente. As curvas de polarização linear foram obtidas com uma taxa de
varredura potencial de 0,050 V/min na faixa de potencial de -2,0 a 2,0 V vs Ag / AgCl à
temperatura ambiente.
As duas amostras de Ti-6Al-4V e duas amostras de Ti-cp foram embutidas através da
embutidora metalográfica EM30D na baquelite (resina fenólica), tendo como medidas um
diâmetro de 30 mm e 20 mm de altura máxima. Todas as amostras foram embutidas à quente
em baquelite preta, o processo de aquecimento levou aproximadamente 15 minutos e o de
resfriamento 10 minutos com uma pressão de 120 kg/cm2. Posteriormente as amostras
embutidas foram lixadas em uma politriz metalográfica Aropol 2V-PU, utilizando lixas de
carbeto de silício (220 a 1500). Em seguida, o polimento foi realizado com o pano de
polimento OP-CHEM (Struers) banhado em suspensão de OP-S (sílica coloidal).
Depois, as amostras passaram por um ataque químico para revelar a microestrutura,
utilizando-se uma solução Kroll. As amostras foram atacadas por imersão, por tempos
variados de 30 a 120 s. Após esse procedimento foram obtidas micrografias utilizando um
Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) da Hitachi modelo TM3000. Além disso, foi
utilizado um microscópio Óptico trinocular da marca Opton modelo TNM-08T-PL. Após a
preparação e análises metalográficas, foram realizadas as medidas de microdureza Vickers.
Utilizou-se um equipamento da marca PANTEC, modelo HR150, que possui uma ponta
cônica com diamante, com angulação de 136°, sendo a carga adotada de 0,2 kgf por um
tempo de endentação de 30 s, tomando-se a média de 10 medidas para cada amostra.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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a implicar numa menor taxa de manutenção dos implantes comparado a liga atual mais
utilizada de Ti-6Al-4V ajudando a reduzir os efeitos do stress shielding (M.G. JOSHI et al.,
2000; Y.T.SUL, 2003).
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As ligas Ti-cp e Ti-6Al-4V possuem o maior módulo de elasticidade, 112,5 ± 7,5 GPa e
113,5 ± 10,5 GPa respectivamente. Já a Ti-10Mo-20Nb se aproxima mais do módulo de
elasticidade dos ossos, tendo sido obtido 74 ± 4 GPa contra 15,68 ± 4,4 GPa dos ossos. O
decaimento do valor médio da liga Ti-10Mo-20Nb, é justificado pelos elementos de liga Nb e
Mo que tendem a diminuir o módulo de elasticidade a medida que o conteúdo percentual dos
dois elementos tendem a aumentar (COSSÚ et al., 2019; LI et al., 2020). Sendo mais
interessante que o valor requerido do módulo de elasticidade seja o mais próximo possível dos
ossos para, assim como a dureza, amenizar os efeitos do stress shielding (M.G. JOSHI et al.,
2000; Y.T.SUL, 2003). O valor do módulo de elasticidade presente na liga de Ti-10Mo-20Nb
se mostrou aproximadamente 4,4 vezes maior que a média dos valores do osso, mas ainda
35% menor que a média das outras duas ligas. Essa diminuição no módulo de elasticidade
conjunto também a uma dureza mais adequada, tendem a uma menor taxa de manutenção dos
implantes comparado a liga atualmente mais utilizada de Ti-6Al-4V ( RACK et al., 2006; XU
et al., 2020).
A relação de dureza por módulo de elasticidade é um parâmetro importante para
avaliarmos a aplicação para a biocompatibilidade, em geral quanto mais próximo do valor dos
ossos, melhores são as aplicações possíveis e mais próximo do comportamento mecânico dos
ossos o mesmo estará reduzindo o efeito do stress shielding (M.G. JOSHI et al., 2000;
Y.T.SUL, 2003). A relação de dureza por módulo de elasticidade dos ossos das diversas
regiões teve como valor da média femoral (3,64), conforme Zysset (1999). Conforme a
Figura 3, a liga com maior valor de relação dureza/módulo de elasticidade é a TI-10Mo-
20Nb com o valor de 3,22, embora a liga Ti-6Al-4V (3,02) esteja com valor muito
próximo, apenas 6,62% menor. Logo ambas as ligas são melhores para esse tipo de
aplicação do que o Ti-cp, cuja relação de dureza e módulo é muito inferior. A Liga Ti-
10Mo-20Nb (3,22) tem uma relação de dureza por módulo de elasticidade apenas 13%
menor que a média femoral (3,64). Logo sendo uma excelente alternativa para substituição
e com reduzido efeito de stress shielding. Além disso, a liga Ti 6Al-4V possui elementos
que são citotóxicos, causando danos à saúde do usuário do implante (H. KRÖGER et al.,
1998).
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Densidade de Corrente
Materiais Potencial (V)
(A/cm²)
Ti – 6Al – 4V - 0,32 2,89 x 10-8
Ti-cp - 0,65 7,87 x 10-7
Ti – 10Mo – 20Nb - 0,40 7,91 x 10-6
Figura 4:Gráfico da curva de polarização linear sobrepondo os resultados das ligas Ti-
10Mo-20Nb, Ti-cp e Ti-6Al-4V.
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4. CONCLUSÃO
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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and Modification of Metallic Biomaterials, Woodhead Publishing, 2015, pp. 3–60.
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Abstract. One of the main biomedical alloys, the Ti-6Al-4V alloy, over time generate oxides of
V and Al that accumulate in the body and cause cytotoxic effects. Researches have been
making an effort for developing β metaestable Ti alloys that combine corrosion resistance,
biocompatibility and good mechanical properties. In view of this scenario, the present work
aims to characterize a Ti-10Mo-20Nb alloy and compare the results obtained with a Ti-cp
alloy and Ti-6Al-4V alloy. The Ti-10Mo-20Nb samples have been subjected to termal
treatment at 1000°C, after that they have been water quenched and hot forged at 900°C have
been applied resulting on a cross section reduction of 80%. The alloys have been
characterized by optical microscopy, scanning electron microscopy, Vickers microhardness
and the linear polarization technique. For the Ti-10Mo-20Nb alloy the ratio between the
hardness and the modulus of elasticity was (3.22), the hardness value (238 HV) and the
modulus of elasticity (74 GPa). The Ti-10Mo-20Nb alloy showed less corrosion resistance
than the Ti-6Al-4V alloy, but a higher mechanical and biological compatibility when
compared to other alloys. Being a promising alternative for biomedical applications due to
better biocompatibility with human bone.
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1. INTRODUÇÃO
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2. MATERIAIS E METODOS
A base cerâmica usada sem adições se trata do cimento conhecido comercialmente por
CPV-ARI com fabricação normalizada pela NBR 16697:2018 produzido com uma maior
dosagem de calcário/argila para produzir clinquer, e trituração mais fina (ABNT, 2018). Assim,
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o material segundo o fabricante promove altas resistências com maior velocidade. Sendo suas
características apresentadas na Tabela 1.
A base cerâmica com adições empregada possui partículas granuladas de alto forno de
escoria, conhecido comercialmente por CPII-E, produzida com variação de 94% à 56% de
clínquer e gesso e 6% à 34% de escória, podendo ou não ter adição de material carbonático no
limite máximo de 10% em massa segundo a norma (ABNT, 2018).
O material segundo o fabricante com adições confere propriedade de baixo calor de
hidratação, e também apresenta melhor resistência ao ataque dos sulfatos contidos no solo.
Segue na sequencia Tabela 2 com caracterização do material.
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CPII-E CPV-ARI
Materiais CR- CR- CPII- CPII- CR- CR- CPV- CPV-
T1 T2 T1 T2 T1 T2 T1 T2
Traço Cimento (g) 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000
em Areia (g) 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000
massa Água (g) 590 1490 590 1490 590 1490 590 1490
das Biopolímero 0 0 100 100 0 0 100 100
amostras (g)
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𝐹
=𝐴 (1)
Msat−Ms
Indice de vazios = ∗ 100 (3)
Msat−Mi
onde Msat é massa da amostra saturada (g), Ms é a massa da amostra seca em estufa (g), Mi a
massa da amostra saturado, imerso em água (g).
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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20,85
22 19,72
CPII_E
16,96
18
14,08 17,99
14 15,06
10 11,18
7dias 14 dias 28 dias
CPV-ARI 9,32
10 8,78
8 8,58
(Mpa)
6 5,19 6,63
5,08 CPII_E
4 2,89 2,94
2 0,68
2,38
1,78
0 0,24
7dias 14 dias 28 dias
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dada relação água cimento fixa a permeabilidade diminui conforme hidratação do cimento
ocorre e parte do vazio ocupado pela água seja preenchido.Segue na sequencia dados dos
ensaios de absorção por capilaridade e imersão.
Com base nas Fig. 3 e 4, notou-se que a adição do biopolímero nas amostras CPII -T1 e
CPII -T2 influenciou a redução da absorção de 34%, contudo nas amostras CPV -T1 e CPV -
T2 ouve um acréscimo de 28%. Tal fato, pode estar relacionado a reação da adição de escória
de alto forno com o biopolímeros e a expansão dos poros capilares na amostra.
30
CPV_ARI CPII-E
25
(g/cm²)
20
15
10
0
10 90 180 360 1440 2880 4320
Tempo (minutos)
CPV_ARI
(g/cm²)
3
CPII-E
2
0
10 90 180 360 1440 2880 4320
Tempo (minutos)
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retardação do processo de hidratação pode ter proporcionado uma formação mais completa da
matriz diminuindo a formação de poro.
As amostras CPV R-T1 e CPV R-T2 obtiveram índices de absorção maiores que as
amostras CPII R-T1 e CPII R-T2, o que corresponde o esperado pela literatura. Tal fato, decorre
devido a adição escória de alto forno, resíduo não metálica oriunda produção de ferro gusa, a
adição proporcionou diminuição porosidade quando se avaliada parâmetros de absorção e
índices de vazios, assim contribui para a durabilidade dos materiais cerâmicos.
4. CONCLUSÃO
Nesse contexto, cabe lembrar da busca incessante da geração atua pela redução resíduos e
a exploração exacerbada, onde esse estudo segue de encontro com a atualidade quando interage
setores multidisciplinares em busca de uma solução sustentável.
Materiais alternativos ecologicamente corretos, derivados subprodutos tendem a ocasionar
redução de gastos, extração de matéria prima e agregar valor a algo muita das vezes
desvalorizado. Desta forma, se torna notório a importância de estudos com produtos
alternativos e novas tecnologias.
No caso do resíduo, objeto deste estudo, constatou-se que os resultados foram favoráveis,
demonstrando os grandes benefícios à matéria aplicada. Contudo por se tratar de um resíduo
orgânico se faz necessário a expansão do estudo e um estudo com relação à microbiologia da
matéria e controle de qualidade a variação do rejeito devido região e raça de animal podem
variar.
Com isto, a aplicação passa ser uma alternativa para o desenvolvimento de materiais
cerâmicos a base de cimento melhorando a reação de hidratação, para evitar retração, sem
alterar, ou até mesmo melhorar as propriedades mecânicas das matrizes.This section should be
included and need to show the main contributions of the paper in a briefly form.
Acknowledgements
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Abstract. The reduction of materials in the production stage follows the new precepts, but the
pressure on resources continues to grow following high consumption. Innovations focused on
sustainability are created by interacting economic and environmental systems. In this way
researches of new materials grow producing different products and compounds, we have as an
example the biopolymers in substitution to chemical additives. Thus, studies in the field of green
polymers are essential to increase the concept of innovation oriented towards eco-innovation.
This study aimed to evaluate the biopolymer derived from bovine milk in relation to cement-
based ceramics such as CPV-ARI and CPII-E, relating the action of the polymer with each
cement group through resistance, immersion absorption and capillarity tests. Finally, we
consider that the biopolymer performed well in CPV-ARI matrices in relation to hydration and
its mechanical properties and should be used with caution in CPII-E matrices.
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1. INTRODUÇÃO
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com a presença de poros atuam promovendo sustentação à parte fisiologicamente ativa dos
seres vivos, visto que o sistema ósseo possui naturalmente poros (SANTOS, A. M. et al.,
2015). Além disso, materiais porosos tendem a absorver as ondas de choque, presentes no
comportamento dinâmico, se tornando altamente eficientes no impacto balístico (MEYERS,
1994).
No campo dos materiais metálicos, tem-se o cobre, que corresponde à um metal muito
importante na história da humanidade, começando a ser utilizado pelo homem há mais de
7000 anos, tendo-se registros da existência de armas constituídas de cobre na época do
surgimento dos espanhóis no continente americano. O cobre tem como características ser um
metal dúctil, resistente à corrosão e excelente condutor de calor e eletricidade (RODRIGUES,
M. A.; SILVA P. P.; GUERRA, W., 2012).
Em polímeros, as microesferas promovem uma boa constante dielétrica e isolamento
térmico, pois conferem a matriz polimérica bolhas de ar permanentes (NERY BARBOZA, A.
C. R.; DE PAOLI, M. A., 2002). As microesferas cerâmicas são constituídas em maior parte
por sílica (SiO2) e a distribuição do tamanho de partícula situa-se na faixa entre 12–50 µm
(AL TENAIJI, M. A., 2014). Podem ser ocas ou porosas, no que diz respeito a sua estrutura
interna. No primeiro caso, a morfologia da microesfera é esférica, e no segundo, as
microesferas possuem uma forma arredondada com superfície rugosa (TAO, 2010 apud AL
TENAIJI, M. A., 2014).
Desse modo, este trabalho visa produzir um compósito poroso constituído por cobre e
microesferas ocas de cerâmica, de modo que as microesferas ocas distribuídas na matriz
metálica sejam eficazes em produzir espaços vazios, através da técnica de fundição,
envolvendo um processo acessível e de baixo custo.
2. DESENVOLVIMENTO
O compósito poroso foi produzido por meio da técnica de fundição, com o emprego de
um maçarico, cuja mistura oxicombustível de oxigênio e Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)
foi empregada. Os materiais utilizados foram cobre ELUMA S/A e microesferas ocas da
marca Redelease. Com a chama em temperatura ideal para a fusão do cobre, que corresponde
à 1.085 °C, o metal fundiu e então as microesferas foram adicionadas ao cadinho por etapas,
com o intuito de fornecer uma maior interação entre os dois constituintes do compósito.
Após a mistura das fases metálica e cerâmica com a constante aplicação do aquecimento,
o conjunto foi vertido em uma lingoteira de aço. Com o posterior resfriamento ao ar, obteve-
se o material compósito de cobre e microesferas ocas de cerâmica.
O material produzido foi analisado pela Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV),
utilizando tensão de aceleração de 30 kV. O objetivo da investigação por meio do MEV foi
verificar a adesão das microesferas com a fase matriz metálica de cobre, se houve a formação
de uma interface entre os dois materiais, e comprovar a presença de poros na microestrutura
da amostra, visto que, macroscopicamente, o compósito fabricado não apresentou regiões
porosas ou vazios em sua extensão. A execução desta técnica de caracterização foi realizada
no Instituto Militar de Engenharia (IME).
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Figura 1 – Imagens de MEV do compósito de cobre com microesferas ocas de cerâmica: (a)
microesfera oca esférica posicionada ao longo da fase metálica; (b) coalescência de duas
microesferas; (c) adesão entre fases metálica e cerâmica, com as microesferas representadas
pelo tom mais claro; (d) formação dos poros na matriz metálica.
Avalia-se na Fig. 1(c) a adesão entre o cobre e as microesferas cerâmicas, de modo que
algumas microesferas fundiram com o aquecimento fornecido pela chama do maçarico,
perdendo sua morfologia esférica, mas formando uma interface com a matriz metálica,
regiões apontadas pelas setas brancas, gerando uma interação natural entre os dois
consituintes do compósito. Na Fig. 1(d) é possível verificar a presença de poros na matriz
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metálica, confirmando que o emprego das microesferas foi eficiente em promover os espaços
vazios no cobre e produzir um material poroso. Vale ressaltar que todos os poros formados
foram todos micrométricos, uma vez que, a olho nu, as amostras não exibiam espaços vazios.
3. CONCLUSÃO
Foi possível comprovar que a fundição do cobre com a adição das microesferas ocas de
cerâmica, foram eficazes em originar espaços vazios no metal, produzindo um compósito
poroso. Além disso, observou-se que houve uma adesão natural entre o cobre e as
microesferas cerâmicas, eliminando a necessidade do uso de compatibilizante para promover
a interação entre os constituintes do compósito.
Agradecimentos
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Aplicações, QUÍMICA NOVA NA ESCOLA, v. 38, n. 1, p. 4-11.
Abstract. Although the presence of pores in certain materials can confer undesirable
effects, such as concentrating stresses and enabling the generation of cracks, controlled
porosity can expand the range of applications of a material, since the pores can interfere
with physical, mechanical and electrical properties , giving the initial material new
characteristics. Copper is an extremely important metal in the world industry, known for
its excellent electrical, thermal, high ductility and corrosion resistance properties.
However, the density of this metal is high, which limits it in certain applications. In this
sense, hollow ceramic microspheres are composed essentially of silica and have low
density. The addition of hollow microspheres in copper may generate empty spaces in this
metal, since they are hollow, promoting pores in the metallic matrix and, consequently,
reducing its specific mass. The SEM images show the success in generating pores in
copper and the good adhesion between the metallic and ceramic phases.
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Resumo. Neste trabalho investigou-se o fenômeno da levitação de objetos sem contato fı́sico
através da técnica de levitação acústica, utilizando ondas sonoras de alta frequência. Abordou-
se a relação entre a distância dos transdutores e a amplitude de pressão acústica resultante,
onde observou-se que para o agrupamento de vários transdutores, há uma distância ótima
entre o transdutor central e os demais, para que o campo de pressão acústico seja ampliado
utilizando menores quantidades de transdutores. Discute-se que apesar do modelo propor uma
relação inversamente proporcional entre intensidade do campo e distância dos emissores, o
valor ótimo para a distância não é circunvizinho ao emissor central.
1. INTRODUÇÃO
Se mostrássemos aos nossos ancestrais que somos capazes de levitar objetos sem contato
fı́sico, eles provavelmente relacionariam o fenômeno à magia ou algo do tipo. Entretanto,
com os adventos de novas tecnologias foram desenvolvidas diversas técnicas para levitação
de objetos sem contato (Koyama & Nakamura,2010), essas técnicas geram forças que se
contrapõem à força da gravidade que atua sobre o objeto, possibilitando o processo de levitação.
Dentre as diversas técnicas destacam-se a magnética, elétrica, óptica e a levitação acústica
(Silveira & Axt,2003).
A levitação acústica têm se destacado entre as demais, por não possuir restrições quanto
às propriedades intrı́nsecas do material (Andrade et.al, 2014) e, também pela possibilidade da
confecção de modelos de levitatores utilizando a tecnologia aditiva e componentes eletrônicos
de baixo custo. Por isso, essa técnica despertou o interesse do setor farmacológico, quı́mico e
mineiradoras.
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2. LEVITAÇÃO ACÚSTICA
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Cabe ressaltar da Equação (1) que, uma vez escolhido o ponto de levitação de um objeto,
os transdutores equidistantes ao eixo no qual será realizado a levitação contribuirão igualmente
para a intensidade do campo e devem ser ajustados pela mesma fase φ a ser determinada pela
Equação (2).
Na levitação acústica uma das maiores barreiras é a levitação de partı́culas mais densas, uma
alternativa interessante dá-se pelo aumenta-se do número de transdutores com a finalidade de
aumentar a amplitude do campo de pressão. Contudo, é possı́vel ainda otimizar a disposição de
tais transdutores para encontrar o melhor resultado para o campo acústico.
Ao alterar a diferença de fase entre os emissores, o nó de pressão da onda é deslocado,
fazendo com que a partı́cula aprisionada no nó seja manipulada (Andrade, Pérez & Adamowski,
2017), ou seja, através das fases é possı́vel realizar uma otimização desta manipulação. Outro
arranjo que pode ser otimizado é a disposição dos transdutores para maximizar as forças de
captura e o número de nós (Marzo et.al, 2017).
Para exemplificar os ganhos que se pode alcançar com o posicionamento dos transdutores no
processo de levitação acústica, considera-se o caso de agrupar um conjunto de 6 transdutores e
refletores ao redor de um conjunto de transdutor-refletor central. Cabe ressaltar que neste caso,
tanto os transdutores quanto os refletores emitem sinais ultrassônicos com frequência de 40kHz.
Ao se estabelecer o conjunto de seis transdutores o mais próximo possı́vel do transdutor central
e, realizando a correção de fases dos transdutores conforme descrito na Equação (2), pode-se
observar na Figura (1) que o nó de levitação focalizado está em torno de 23.58mm (posição
central para o modelo com 11 nós), entretanto, a inclusão dos 6 transdutores e refletores no em
torno do central proporciona um acréscimo mı́nimo ao campo de pressão.
Diante da simulação apresentada na Figura (1), é proposto estudar uma combinação ótima
entre a distância dos transdutores para intensificar o campo no eixo central e conciliar o valor
de φ para ajustar da melhor maneira as ondas ultrassônicas para o nó focalizado. Para tais
condições, estabelece que o transdutor central permanecerá fixo em sua posição, enquanto que
os demais transdutores serão realocados para posições que proporcionem a melhor contribuição
ao campo central e ajustando o ponto focal através do valor de φ para as ondas.
Figure 1- (a) Curva de Amplitude de pressão em torno do eixo central, considerando 6 transdutores o
mais próximo possı́vel do transdutor central (forão considerados 11 nós de levitação e priorizando a
intensificação do campo em torno do nó central). (b) Disposição dos transdutores.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Almejando a otimização dos campo de pressão acústica em torno do nó central, busca-se
obter uma distância ótima conciliada com a defasagem da onda para se obter uma intensificação
do campo em torno do nó desejado, mais especificamente em uma distância de 1/4 do
comprimento de onda (λ/4). Os chamados nós de levitação são regiões em que a pressão
acústica é praticamente nula e, nos anti-nós são formadas as regiões mais intensas do campo,
direcionando as partı́culas ou objetos para o nó central. Os nós são gerados a uma distância
de meio comprimento de onda (λ/2) e a uma distância de ±λ/4 há os anti-nós, conforme
apresentado na Figura (2), na qual está representado os nós através de uma análise sobre o
campo acústico (linha azul).
Conforme exposto anteriormente, para que se possa determinar a posição com maior
contribuição ao campo de pressão, deve-se intensificar o campo entre ±λ/4 da distância para o
nó focalizado. Dessa forma, podemos fixar o valor para Z em 21.44mm (valor para o nó central
subtraı́do λ/4) com o intuito que nesse ponto o campo seja máximo. Através dessa atribuição, o
modelo multivariável é simplificado para um uni-variável. Sendo assim, o valor para θ (ângulo
entre a normal do transdutor e eixo central) pode ser expressa pela equação,
21.44
θmax = arccos p , (3)
(x ) + (21.442 )
2
Por outro lado, é necessário que a fase no nó central (23.58mm) seja mı́nima, almejando
um valor mı́nimo do campo acústico no nó central. Sendo assim, torna-se possı́vel equacionar
o valor da fase φ pela expressão,
p
φmin = −k (x2 ) + (23.582 ) − 23.58 + π, (4)
onde k representa o número de ondas geradas pelo transdutor (k = 2π/λ). Partindo das
Equações (3) e (4), a parte real da Equação (1) dependente, agora, apenas do deslocamento
em x, conforme,
p
P0 V sinc(ka sin θmax ) ∗ cos (k (x2 ) + (21.442 ) + φmin )
P (x) = p , (5)
(x2 ) + (21.442 )
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Por meio da Equação (5), torna-se possı́vel determinar uma posição ótima para que os
transdutores que sejam incorporados no sistema, contribuam de forma eficiente. Sendo assim,
diferenciando a Equação (5) e igualando a 0, obtemos a localização ótima de 21.6525mm
para os transdutores em torno do centro, de acordo com as configurações determinadas para
este modelo. A Figura (3) representa o campo acústico no nó central conforme se aumenta a
distância x ( Equação (5)), para os valores P0 = 274 e V = 20V .
Sendo assim, através do valor ótimo determinado pela Equação (5), pode-se afirmar todos
os transdutores no raio em torno de 21-22 mm de distância do eixo central proporcionarão um
aumento otimizado no campo de pressão acústica.
A Figura (4) mostra a amplitude acústica para um levitador com 7 transdutores e 7 refletores,
sendo um par no eixo central e os demais distanciados a 22mm do centro. Apesar da obtenção
do valor ótimo para a distância do transdutor, observa-se que são necessários 6 pares de
transdutores/refletores para que a contribuição desses, sejam equivalentes ao campo gerado pelo
transdutor central.
Comparando-se as Figuras (1-a) e (4-a), é possı́vel observar que o campo gerado pelos
transdutores a uma distância de 22mm é superior em aproximadamente 200P a em comparação
com a disposição com os transdutores mais próximos ao central. Na Figura (5) é apresentado o
modelo do levitador desenvolvido em impressão 3D e com componentes eletrônicos de baixo de
custo, considerando a distância otimizada para os transdutores em torno do centro. No modelo
da Figura (5), utilizando apenas o transdutor central pode-se contrapor a força gravitacional
de uma partı́cula de EPS com uma tensão nominal mı́nima de 18V . Porém, inserindo os
transdutores equidistantes em 22mm do centro foi possı́vel abaixar a tensão nominal para cerca
de 9V , logo conclui-se que a simulação proposta na Figura (4) está de acordo com os resultados
experimentais alcançados.
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Figure 4- (a) Curva de Amplitude de pressão em torno do eixo central, considerando 6 transdutores em
uma distância de 22mm do transdutor central. (b) Disposição dos transdutores.
4. CONCLUSÕES
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Abstract. In this work we investigated the phenomenon of levitation of objects without physical
contact through the technique of acoustic levitation, using high frequency sound waves. The
relationship between the distance of the transducers and the amplitude of the resulting sound
pressure was approached, where it was observed that for the grouping of several transducers,
there is an optimal distance between the central transducer and the others, so that the acoustic
pressure field is enlarged using smaller quantities of transducers. It is argued that although the
model proposes an inversely proportional relationship between field strength and distance from
emitters, the optimal value for the distance is not surrounding the central emitter.
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esforços de impacto, atuam como absorvedores das ondas de choque. Sendo assim, é preciso
solicitar bem mais de um material com poros, e quanto maior o nível de porosidade, melhor
será a sua resposta no comportamento dinâmico. Os metais porosos compreendem materiais
que possuem poros dispersos no metal, geralmente esféricos e individuais. São um tipo
especial de metal celular, onde o grau de porosidade é, normalmente, menor que 70%
(BANHART, J., 2002).
O cobre refere-se à um metal utilizado pela humanidade há milhares de anos. Possui
como características principais elevada ductilidade, alta resistência à corrosão, não sofrendo
oxidação por íons hidrogênio sob condições padrão e possui coloração avermelhada
(RODRIGUES, M. A.; SILVA, P. P.; GUERRA, W., 2012). Após a prata, este material
metálico é o melhor condutor de calor e de eletricidade. Em contrapartida, possui densidade
elevada (CHIAVERINI, V., 1986).
A perlita é um material mineral com a característica de expansão quando submetida ao
aquecimento (KAYACI, K., 2020). Com relação à atividade industrial, a perlita na sua forma
expandida ganha destaque, sendo um material granular, com baixíssima densidade e alta área
superficial específica, obtida pelo aquecimento rápido em altas temperaturas (PÁLKOVÁ, H.
et al., 2020). Este aquecimento provoca um aumento de volume em até vinte vezes, fenômeno
relacionado com a água presente no mineral. Devido aos poros presentes, a perlita se
apresenta como um agregado leve, com massa específica aparente na faixa de 0,08-0,1 g/cm3.
O seu ponto de fusão encontra-se entre as temperaturas de 1085-1250 °C. Este material
cerâmico consiste essencialmetne em um aluminossilicato, com morfologia lamelar e amorfo
(DA SILVA FILHO, S. H.; VINACHES, P.; PERGHER, S.B.C., 2017).
Sendo assim, o presente trabalho visa produzir um material compósito de cobre com
partículas de perlita expandida, de modo que a perlita atue como material formador de poros
no cobre, analisar a morfologia dos poros formados e a interface entre os dois materiais
utilizados através da Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e verificar a natureza
química do material com o emprego da Difração de Raios X (DRX).
2. DESENVOLVIMENTO
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A análise microestrutural comprovou a presença dos poros nas amostras com perlita,
esféricos e isolados uns dos outros, apresentados pelas Figuras 1 (a) e (b). Os espaços vazios
ficaram distribuídos pelas amostras e alguns com tamanhos macroscópicos após o
processamento, enquanto outros atingiram dimensões micrométricas, como mostra as Figuras
1 (c) e (d).
Figura 1 – Imagens de MEV das amostras do compósito poroso: (a) poros esféricos e
individuais; (b) variação no tamanho dos poros; (c) e (d) tamanho micrométrico de dois poros
diferentes.
Adicionalmente, observa-se, nas Figuras 2 (a) e (b), a formação de uma interface entre a
matriz metálica de cobre e a segunda fase dispersa de cerâmica (região mais clara) formada
pela perlita expandida, mostrando a adesão entre os dois materiais.
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Por meio da difração, confirmou-se a natureza química do cobre presente nas amostras,
com a correspondência dos picos obtidos em relação ao cobre puro, localizados nas posições
angulares 2θ: 50,755°; 59,324°; 88,834°; 110,305°. No entanto, apareceram outros picos, que
sugere-se que são referentes aos resquícios de material cerâmico que ficaram impregnados na
superfície das amostras após o contato do fundido com as placas de granito, mineral definido
pela associação variada de diversos materiais. Assim, aponta-se que os picos não referentes ao
cobre são relativos ao granito, uma vez que a perlita expandida é amorfa. A Figura 3 mostra o
difratograma obtido para as amostras compósitas de cobre com perlita.
3. CONCLUSÃO
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cerâmica. Além disso, foi possível comprovar a geração de porosidade no cobre com o
emprego da perlita expandida como agente formador de poros.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
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Degischer, B. Kriszt: Weinheim.
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Aplicações. QUÍMICA NOVA NA ESCOLA, v. 38, n. 1, p. 4-11.
Abstract. The formation of pores in a controlled manner in a material may provide new
properties to it and consequently superior behavior in a given application field. Porous
metals present empty spaces dispersed in the metal, with spherical shape and separated from
each other. Copper is a metallic material widely used by the global industry, with excellent
mechanical, electrical and thermal properties. However, it has a high specific mass,
becoming a highly dense metal. In this sense, perlite consists of an extremely light mineral
and has the peculiarity of expanding its volume with the application of heating at high
temperatures. Therefore, it is possible to generate a porous composite material by joining
copper with perlite in its expanded form. SEM images showed the successful formation of
porosity in the material produced and the natural interaction between the two constituents of
the composite. The XRD technique showed the presence of copper and the absence of peaks
related to pearlite, due to the fact that this ceramic is amorphous.
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Abstract. Neste trabalho será abordado o problema de estimativa dos parâmetros, dispersivos
e advectivos, da equação do transporte bidimensional a partir do lançamento instantâneo de
um traçador. Os dados considerados foram obtidos por meio de um experimento realizado por
Sousa (2009) em um trecho do rio São Pedro, localizado na cidade de Nova Friburgo/RJ. A
equação do transporte foi discretizada pelo método de diferenças finitas, sendo empregado o
algoritmo de evolução diferencial como minimizador da função objetivo de mı́nimos quadrados
a partir da abordagem de máxima verossimilhança. A metodologia utilizada conseguiu obter
boas estimativas e apresentou resultados de melhor aderência, com os dados experimentais, em
relação a modelagem unidimensional aplicada por Sousa (2009).
1. INTRODUÇÃO
Rios podem conter e transportar diversas substâncias capazes de afetar a pureza de suas
águas e limitar seus usos. O despejo de poluentes em corpos hı́dricos e o consequente
comprometimento da qualidade das águas é possivelmente um dos maiores problemas
ambientais da atualidade (Collischonn e Dornelles, 2013).
A previsão do comportamento da dispersão de poluentes em rios, conduzida através de
modelos matemáticos, é importante para a análise e redução de impactos ambientais, podendo
levar a estimativas do alcance e das concentrações a serem observadas por uma pluma de
contaminantes. Desse modo, torna-se relevante o conhecimento das variáveis que influenciam
o transporte de efluentes despejados em um determinado curso fluvial.
Nesse contexto, o uso de problemas inversos surge como uma importante ferramenta na
estimativa dos parâmetros de interesse. A partir do experimento realizado por Sousa (2009)
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vários estudos, com diferentes metodologias, foram utilizados visando obter um bom ajuste
entre a resposta calculada e estes dados experimentais (Rodrigues et al., 2012; Rodrigues el al.,
2013; Lugão et al., 2016). Embora os trabalhos mencionados sejam capazes de obter estimativas
satisfatórias para os parâmetros, todos eles fazem uso de modelos unidimensionais e portanto
não podem avaliar o comportamento da pluma antes da zona de mistura completa. Indo de
encontro a essa limitação, o presente estudo, considera um modelo bidimensional de transporte
e portanto amplia o escopo dos trabalhos anteriores.
∂C ∂C ∂ 2C ∂ 2C
+ ux (y) = Ex 2 + Ey 2 (1a)
∂t ∂x ∂x ∂y
∂C
C(0, y, t) = C0 e =0 (1b)
∂x
x=Lx
∂C ∂C
=0 e =0 (1c)
∂y y=0 ∂y y=Ly
M
C(x, y, 0) = f (x, y) = C0 + δ(x − x0 )δ(y − y0 ) (1d)
H
sendo C0 [g/m3 ] a concentração do contaminante presente no rio, ux (y) [m/s] a velocidade, δ(·)
[m−1 ] a função delta de dirac ,Ex [m2 /s] e Ey [m2 /s] os coeficientes de dispersão longitudinal e
transversal, M [g] a massa de poluente inserida na posição (x0 , y0 ) com profundidade H [m] no
ponto de lançamento. Neste trabalho, adotou-se um perfil parabólico para a velocidade segundo
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a Eq. (2). Nessa expressão um indica o valor máximo da velocidade, que ocorre, na linha central
do escoamento.
2 !
y − 0.5Ly
ux (y) = um 1 − (2)
0.5Ly
Para a solução do problema direto, utilizou-se o método de diferenças finitas, cuja ideia
central é substituir a equação diferencial parcial analisada por uma aproximação discreta. Isso
significa que a solução numérica é conhecida apenas em um número finito de pontos do domı́nio
estudado. A quantidade de pontos pode ser escolhida pelo usuário do método e, em geral, seu
aumento não melhora apenas a resolução (detalhes), como também torna mais precisa a solução
obtida.
Dentre as diversas estratégias de discretização existentes na literatura, neste trabalho,
considerou-se uma formulação explı́cita por meio o esquema FTCS (Forward Time Centered
Space). Substituindo as aproximações discretas, obtidas por meio de uma expansão em série de
Taylor nas derivas da Eq. (1) segundo Ozisik (1994), encontra-se a seguinte expressão para os
nós interiores da malha computacional após algumas manipulações algébricas:
n+1 n n n n n
Ci,j = sy Ci,j−1 + (sx + rxj )Ci−1,j + (1 − 2sx − 2sy )Ci,j + (sx − rxj )Ci+1,j + sy Ci,j+1 (3)
onde
ux (yj )∆t Ex ∆t Ey ∆t
rxj = , sx = , sy =
2∆x ∆x2 ∆y 2
onde Y é o vetor contendo as medidas experimentais, Y(P) é o vetor com as saı́das do problema
direto, Nd indica a quantidade de dados e P representa o vetor de incógnitas com Np parâmetros,
que neste trabalho, será considerado como:
P = {um , Ex , Ey }
Uma vez definido os parâmetros a serem estimados, uma etapa preliminar importante,
compreende analisar o quão sensı́veis eles são. Os coeficientes de sensibilidade modificados
Jij , dados pela Eq. (5), representam uma medida da variação da concentração calculada com
respeito a mudanças nos valores de P. A multiplicação por Pj é importante para manter cada
componente na mesma unidade e facilitar as comparações a serem realizadas.
∂Ci
Jij = Pj , i = 1, · · · , Nd e j = 1, · · · , Np (5)
∂Pj
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Segundo Ozisik (2000) pequenos valores na magnitude de Jij , indicam que grandes
mudanças em Pj conduzem a pequenas variações em C, ou seja, baixa sensibilidade. Esse
comportamento leva a uma maior dificuldade na estimativa deste parâmetro, uma vez que, a
mesma concentração seria obtida por uma grande gama de valores de Pj . Assim, é desejável que
se tenha coeficientes de sensibilidade com elevadas magnitudes, visando tornar mais acurada a
estimativa dos parâmetros de interesse.
Com o intuito de minimizar a função objetivo definida na Eq. (4), considerou-se, o método
estocástico de evolução diferencial (differential evolution - DE) proposto por Storn e Price
(1995). De modo geral, a ideia central deste algoritmo recai sobre a atualização de cada
indivı́duo, realizada por meio de operações vetoriais. Basicamente, a diferença ponderada entre
um determinado número de membros é somada a um outro elemento da mesma população.
Assim, o indivı́duo gerado por esse esquema é avaliado de acordo com a função objetivo,
podendo este, substituir outros componentes da população mal avaliados nas gerações seguintes
(Lobato, 2011).
Inicialmente se especifica os parâmetros do algoritmo que, na sua versão clássica,
compreende o número máximo de gerações Gmax , o tamanho da população Npop , a
probabilidade de cruzamento CR, a taxa de mutação F e os intervalos de busca para cada
parâmetro. Após essas definições é gerada uma população inicial aleatória.
Aplica-se agora o operador de cruzamento dado pela Eq. (8). Este passo do evolução
diferencial visa gerar novos indivı́duos onde, o vetor mutante, pode ser aceito na população
com uma probabilidade CR.
(→−g
→
−g vi se rand ≤ CR ou j = jrand
ui = → −g (8)
xi caso contrário
Podemos agora utilizar o operador de seleção, de forma a verificar quais indivı́duos estão
mais aptos a seguir para as próximas gerações baseado no valor da função objetivo.
→−g
→−g →
−g
−− → ui se S ui ≤ S xi
xg+1
i = → − (9)
xg caso contrário
i
Uma vez completado o processo de seleção segue-se para a próxima geração, onde o
processo descrito anteriormente se repete até que o número máximo de gerações seja atingido.
Visando facilitar o entendimento do processo iterativo do algoritmo de evolução diferencial, a
figura 2 apresenta um fluxograma que resume todos os passos seguidos por esta metodologia.
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População
Inicial Mutação Cruzamento Seleção
(Aleatória)
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nesta seção serão apresentados os principais resultados para o problema inverso abordado.
Para tanto serão utilizados os dados experimentais obtidos por Sousa (2009) referente ao
lançamento instantâneo de 2000 g de NaCl, diluı́dos em aproximadamente 15 litros de água
em um balde, na linha central do escoamento do rio São Pedro, localizado na região rural do
municı́pio de Nova Friburgo/RJ. Na tabela 1 tem-se as caracterı́sticas da seção de injeção do
experimento juntamente com os parâmetros geométricos do problema modelado.
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um
Coeficiente de Sensibilidade
100 Ex
Ey
50
0
50
100
0 100 200 300 400 500
t [s]
Figure 3- Análise de Sensibilidade Modificada
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ser verificado, por meio dos baixos valores do coeficiente de variação. A velocidade no centro
do rio apresenta o menor CV , comportamento este já esperado, pelo fato deste parâmetro ser
aquele que possui a maior sensibilidade.
Ainda analisando a tabela 3 é possı́vel observar que a primeira execução obteve o menor
valor da função objetivo, sendo que o maior resultado ocorreu na nona execução. A diferença
entre o resı́duo quadrático desses extremos foi apenas 0,5291 e, na prática, não leva a variações
significativas no ajuste da solução do problema direto em relação aos dados experimentais como
pode ser visto na figura 4. Além disso, cabe ressaltar que a abordagem 2D apresentou melhores
resultados se comparados com os de Sousa (2009), que utilizou um modelo unidimensional,
sendo o valor da função objetivo aproximadamente 47, 3% menor.
Melhor
50 Pior
Sousa (2009)
40 Dados
C [mg/L]
30
20
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y [m]
75
1.0 300 1.0
50
0.5 150 0.5 25
0.0 0 0.0 0
0 50 100 150 200 0 50 100 150 200
x [m] x [m]
(a) t = 10 s (b) t = 50 s
80 56
2.0 70 2.0 48
60 40
1.5 1.5
50
y [m]
y [m]
32
1.0 40 1.0
30 24
0.5 0.5 16
20
0.0 10 0.0 8
0 50 100 150 200 0 50 100 150 200
x [m] x [m]
(c) t = 100 s (d) t = 150 s
5. CONCLUSÕES
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AGRADECIMENTOS
REFERENCES
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Abstract. In this work, the problem of estimating the parameters, dispersive and advective,
of the two-dimensional transport equation from the instantaneous launch of a tracer will
be addressed. The data considered were obtained through an experiment carried out by
Sousa (2009) on a stretch of the São Pedro River, located in the city of Nova Friburgo / RJ.
The transport equation was discretized by the finite difference method, using the differential
evolution algorithm as a minimizer of the objective function of least squares from the maximum
likelihood approach. The methodology used was able to obtain good estimates and presented
better adherence results, with the experimental data, in relation to the one-dimensional
modeling applied by Sousa (2009).
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Resumo. O presente trabalho tem como objetivo a introdução do COP ILOT S, um pacote
proposto para resolução de Problemas de Controle Ótimo (PCOs) com base no emprego de
Métodos Diretos. Esse pacote de código aberto, escrito para o Maltabr , foi elaborado para ser
utilizado por usuários com pouca ou nenhuma experiência na implementação computacional
de PCOs. Empregou-se o COP ILOT S na determinação da trajetória a ser percorrida por um
veículo na execução de uma manobra de estacionamento paralelo efetuada em tempo mínimo.
A comparação entre os resultados obtidos e aqueles reportados na literatura indica o potencial
do pacote.
1. INTRODUÇÃO
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do Controle Ótimo remontam ao fim do século XVII, quando, em 1697, Johann Bernoulli
apresentou à comunidade científica a solução do problema da braquistócrona. Bryson (1996)
propõe que o Controle Ótimo possui também raízes na Teoria do Controle Clássico, com
destaque para a formulação do Filtro de Kalman e do Regulador Linear Quadrático (LQR).
Ainda segundo Becerra (2008), aplicações do Controle Ótimo podem ser verificadas nas áreas
da robótica, engenharia aeroespacial, bioengenharia, e engenharia química.
Uma das formas de se resolver um problema de Controle Ótimo (PCO) é através da
implementação dos Métodos Diretos (Betts, 2001), que são baseados na transformação do
PCO em um problema de programação não linear (PPNL) (Becerra, 2008). Este tipo de
metodologia é amplamente adotado nos pacotes desenvolvidos para solução de PCOs. Isto
se deve principalmente à ampla gama de algoritmos de otimização robustos que podem ser
aplicados na resolução de PPNLs extensos e com diferentes tipos de restrições (Biral et al.,
2016).
No presente trabalho apresenta-se um pacote proposto para resolução de PCOs a partir do
emprego de Métodos Diretos, o COP ILOT S (Basic Optimal Control Solver). Esse pacote de
código aberto, escrito para Maltabr , foi elaborado para ser utilizado por usuários com pouca
ou nenhuma experiência na resolução computacional de PCOs. Para isso, o COP ILOT S
possibilita que, por meio da execução de um único comando, sejam criados, e já parcialmente
preenchidos, scripts a serem utilizados na estruturação do PCO, guiando o usuário iniciante.
Além disso, o COP ILOT S apresenta uma sintaxe algébrica próxima à da formulação de Bolza,
o que simplifica a implementação do PCO (Febbo et al., 2020).
Fazendo uso de uma das métricas propostas por Febbo et al. (2020) - o número de linhas
de código - a implementação do problema do estacionamento paralelo, por exemplo, é mais
simples no COP ILOT S se comparado a outros pacotes similares, como indicam os dados
introduzidos na Tabela 1. Vale ressaltar que o FALCON.m (Rieck et al., 2020) e o ICLOCS
(Imperial College London Optimal Control Software) (Nie et al., 2018) são pacotes escritos
para o Matlabr , enquanto o PSOPT (Pseudospectral Optimal Control Solver) (Becerra, 2019)
é uma biblioteca baseada em C++.
Diferentemente de outros pacotes, como o GPOPS-II (Patterson & Rao, 2014) e o PROPT
(Patterson & Rao, 2014), também baseados no Matlabr , o COP ILOT S é gratuito e seu código
fonte pode ser encontrado em https://github.com/ArthurIasbeck/copilots.
O presente trabalho tem como objetivo apresentar o COP ILOT S e implementá-lo na
obtenção da trajetória a ser percorrida por um automóvel na realização de uma manobra de
estacionamento paralelo em tempo mínimo. Pretende-se, a partir da implementação desse
estudo de caso, avaliar o desempenho do COP ILOT S e a qualidade das soluções obtidas
por meio desse pacote. Além disso, a fim de reduzir o esforço computacional, é proposto um
novo método para inicialização do problema do estacionamento paralelo.
O texto se encontra estruturado da seguinte maneira: na Seção 2, a formulação matemática
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O COP ILOT S é uma biblioteca de código aberto desenvolvida para solução de PCOs
envolvendo sistemas dinâmicos descritos por equações diferenciais de primeira ordem, e é
baseado na implementação de Métodos de Colocação Direta. O PPNL advindo da transcrição do
PCO em análise é resolvido por meio do emprego do SQP (Sequential Quadratic Programming)
(Vanderplaats, 1984). O usuário pode optar ainda por adotar a colocação trapezoidal ou a
colocação Hermite-Simpson.
Por tratar-se de uma biblioteca aberta, é possível visualizar e alterar o código fonte caso
necessário. Além disso, o pacote encontra-se organizado em módulos e foi desenvolvido com
base no paradigma da Programação Orientada a Objetos, o que facilita a compreensão do código
fonte e a realização de atualizações (Parejo et al., 2012).
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O processo de instalação do COP ILOT S é composto por duas etapas. Primeiramente, faz-
se o download do código fonte e adiciona-se a pasta em que esse foi salvo ao path do Matlabr
(Mathworks, 2020). Em seguida, executa-se no Matlabr o comando copilotsSetup.
A resolução de um PCO no COP ILOT S também é um processo constituído de duas
etapas. Primeiramente executa-se o comando copilotsNew para criação da pasta new, que
contém os scripts a serem preenchidos para implementação do PCO. Uma vez realizado este
preenchimento, executa-se o comando copilots dentro da pasta new para que se inicie
o processo de obtenção da solução. Ao fim da execução a pasta results será criada para
armazenamento dos resultados obtidos, como as trajetórias ótimas de estados e controles, e
os parâmetros associados à solução do PPNL originado na transcrição do PCO. A interpolação
e representação gráfica das trajetórias ótimas são geradas e armazenadas de forma automática,
e são, por padrão, apresentadas ao final da execução.
Por fim vale ressaltar que tanto o código fonte do COP ILOT S quanto os arquivos gerados
após a execução do comando copilotsNew estão repletos de comentários que orientam
a utilização do pacote. Mais ainda, acompanham o código fonte uma série de exemplos
envolvendo diferentes aplicações que podem ser utilizadas como base para implementação de
novos problemas.
Com o objetivo de verificar a qualidade das soluções geradas pelo COP ILOT S,
considerou-se o problema do estacionamento paralelo em tempo mínimo (Li & Wang, 2016).
As variáveis envolvidas no problema, bem como as posições inicial e final do automóvel, são
apresentadas respectivamente nas Figs. 1(a) e 1(c).
O modelo dinâmico do sistema é o seguinte:
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Figura 1- (a) Variáveis utilizadas na formulação do problema do estacionamento paralelo. (b) Choque do
automóvel com os limites da vaga. (c) Posições assumidas pelo veículo no início e no final da manobra.
em que κ0 (t) = ω(t)/(l · cos2 φ(t)) é a derivada da curvatura instantânea, associada a limitações
na velocidade angular ω(t) (Li & Wang, 2016).
Todas as posições assumidas pelo veículo na execução da manobra devem estar contidas na
região delimitada pelas curvas α(x) = (H(x − SL) − H(x)) · SW e β(x) = CL, sendo H(x)
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podem-se introduzir restrições que garantem que o veículo não se choque com os limites da via
ou da vaga, isto é:
No entanto, como indicado na Fig. 1(b), é possível que haja colisões mesmo que
as restrições (17)-(24) sejam satisfeitas. Assim sendo, novas restrições são propostas.
Considerando um novo sistema de eixos x0 Gy 0 redefinem-se os pontos O e E da seguinte forma:
l+n−m
Ox0 Gy0 = (Ox0 , Oy0 ) = (−x · cos θ − y · sen θ − , x · sen θ − y · cos θ) (25)
2
l+n−m
Ex0 Gy0 = (Ex0 , Ey0 ) = (−x · cos θ − y · sen θ − + SL · cos θ,
2 (26)
x · sen θ − y · cos θ − SL · sen θ)
Então, para garantir que as laterais do automóvel não se choquem com os pontos O e E
durante a execução da manobra, deve-se admitir que
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Tabela 2- Comparação entre os resultados obtidos por meio do COP ILOT S, considerando-se tanto
a colocação trapezoidal (COP ILOT St ), quanto a colocação Hermite-Simpson (COP ILOT Sh ), e
aqueles reportados por Li & Wang (2016). Os dados não informados são representados por “−”. O
número de nós de colocação é denotado por N .
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5
4
3
2
1
0
-1
-2
-3
0 2 4 6 8 10
De modo geral, os resultados obtidos por meio do COP ILOT S, introduzidos nas Figs.
2 e 3, e na Tabela 2, são coerentes com aqueles reportados por Li & Wang (2016), tanto nos
perfis dos estados e controles quanto nos valores de função objetivo atribuídos a cada solução.
Observa-se ainda que a utilização da colocação trapezoidal requereu, em comparação com a
da colocação Hermite-Simpson, um número bem inferior de avaliações, apesar do tempo de
processamento ser, praticamente, o mesmo. Esta diferença pode ser explicada pela natureza
numérica de cada uma dessas estratégias.
Na avaliação da qualidade das soluções advindas da utilização do COP ILOT S é necessário
que se leve em conta que a abordagem aqui proposta para inicialização do problema é
consideravelmente mais simples que aquela empregada por Li & Wang (2016), já que envolve
apenas duas execuções. Por fim, ressalta-se que os perfis de controle obtidos por Li & Wang
(2016), introduzidos na Fig. 3, apresentam oscilações de alta frequência que não aparecem nos
perfis obtidos por meio do COP ILOT S.
O presente trabalho teve como objetivo apresentar um pacote de código aberto para solução
de PCOs, o COP ILOT S. As principais características do COP ILOT S são a simplicidade e
a geração automática dos scripts utilizados na implementação dos PCOs. Foi apresentada uma
visão geral sobre as funcionalidades do pacote e sua utilização, e o mesmo foi empregado
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0
0,50 0,60
-0,50
0,40
0
-1,0
0,20
-0,50
-1,5
0
0 2,0 4,0 6,0 0 2,0 4,0 6,0 0 2,0 4,0 6,0
0,50
0,50
1,0
0 0 0
-1,0
-0,50
-0,50
0 2,0 4,0 6,0 0 2,0 4,0 6,0 0 2,0 4,0 6,0
Li & Wang
Figura 3- Comparação entre os resultados obtidos por meio do COP ILOT S, considerando-se o
emprego da colocação trapezoidal, e aqueles reportados por Li & Wang (2016).
Agradecimentos
Referências
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Universidade Federal do Tocantins – Palmas - TO
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Abstract. This work aims to introduce COP ILOT S, a package that uses Direct Methods for
solving Optimal Control Problems (OCPs). This open source package, written in Maltabr , was
designed for users with little or none experience in the computational implementation of OCPs.
The COP ILOT S was used to determine the path to be taken by a vehicle when executing a
parallel parking maneuver performed in minimum time. The comparison between the results
obtained and those reported in the literature indicates the potential of the package.
Keywords: COP ILOT S, Optimal Control Problem, Parallel parking, Direct Collocation,
Optimization
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Universidade Federal do Tocantins
Palmas - TO
M. A. Frota1 – marcofrotalima@yahoo.com.br
1
Universidade Federal Fluminense, Instituto de Biologia, Lab. de Radiobiologia e Radiometria –
Niterói, RJ, Brazil
Abstract. Neste trabalho foram calculados, utilizando o código de transporte de radiação MCNP, os
coeficientes de conversão de kerma no ar para o equivalente de dose pessoal (Hp) e os fatores de
retroespalhamento para feixes de raios X diagnóstico para os potenciais de 40, 50, 60, 70, 80, 90,
100, 120 e 150 kVp. A dose efetiva foi também calculada usando os simuladores antropomórficos em
voxels masculino e feminino recomendados pela publicação da ICRP110 e os fatores de peso para o
tecido recomendados pela publicação da ICRP 103, para irradiação simulada de corpo inteiro. Os
resultados mostram que a relação entre a grandeza operacional, Hp, e a de limitação de risco, dose
efetiva, apresentam uma variação de 0,14 a 0,71 para a qualidade RQR e de zero a 0,64 para a
qualidade RQA. Comparando os valores obtidos para os coeficientes de conversão de kerma no ar
para o equivalente de dose pessoal com o valor único adotado pela CNEN de 1,14Sv/Gy para a
determinação da dose individual, verifica-se que, para baixas energias os valores são superestimados
em até 44%, e para altas energias os valores são subestimados em até 110%.
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entre essas grandezas e as grandezas físicas, de medição direta. Para isso são usados os
coeficientes de conversão. A Comissão Internacional de Unidades e Medidas da Radiação
(ICRU - International Commissionon Radiological Units e Measuraments) e ICRP
disponibilizaram esses coeficientes em suas publicações.
A ICRP e a ICRU, visando estabelecer um critério para salvaguardar a população e
indivíduos do público em geral, apresentam limites de dose em suas publicações de número
60 (ICRP 60, 1991), número 103 (ICRP 103, 2008), recomendações estas que são usadas em
proteção radiológica.
Para a determinação dos coeficientes de conversão é necessário definir uma região
específica do corpo humano. A ICRU 47 sugere um simulador de polimetilmetacrilato
(PMMA) tipo placa de 30cm x 30cm x 15 cm, como simulador de troco humano para
calibração de dosímetros pessoais.
No Brasil, os limites anuais de dose individual de trabalhadores e indivíduos do público
são estabelecidos pelas normas CNEN NN 3.01 (Comissão Nacional de Energia Nuclear,
2005), e seguem as recomendações da ICRP 60 (International Commission on Radiologica
lProtection, 1991). Entretanto, diferindo da ICRU, as normas da CNEN adotam, para
grandeza operacional de monitoração pessoal a dose individual H x. A dose individual é
definida como grandeza operacional para monitoração individual externa a feixes de fótons,
obtida multiplicando-se o valor determinado pelo dosímetro individual utilizado na superfície
do tronco do indivíduo (Comissão Nacional de Energia Nuclear, 2005), calibrado em kerma
no ar, pelo fator f = 1,14 Sv/Gy
A norma IEC 61267 (International Electrotechnical Commssion, 2005) define as
qualidades para os feixes de raios X diagnósticos que com boa aproximação, são livres de
radiação espalhada (RQR, RQA, RQC RQT, RQR-M e RQA-M).
As qualidades de radiação de um feixe de raios X podem ser caracterizadas por seus
espectros. É recomendado que as qualidades das radiações do feixe de raios X utilizados em
radiodiagnóstico sejam caracterizados por uma combinação de parâmetros que incluem a
primeira camada semi-redutora (CRS) ; a segunda camada semi-redutora ; o coeficiente de
homogeneidade (razão entre a primeira e segunda camada semi-redutora), a tensão do tubo e a
filtração total.
Para feixes de radiação nas qualidades RQR, Feixe de radiação emergido do sistema de
raios X, tem como suas principais características são a voltagem no tubo que variam entre 40
kV e 150 kV e um filtro de alumínio de 2,5 mm. Os feixes de qualidade RQA, Feixe de
Radiação Emergido do objeto irradiado, se diferenciam dos feixes de qualidade RQR por um
filtro adicional de alumínio que varia conforme a voltagem do tubo. Para essas qualidades da
IEC, os coeficientes de conversão e os fatores de retroespalhamento foram determinados
experimentalmente por Rosado em sua dissertação de mestrado que foi apresentado em 2008
ao CDTN (Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear). Rosado determinou o kerma
no ar dentro e fora de um simulador tipo placa de 300mm x 300mm x150mm de
polimetilmetacrilato (PMMA) com o intuito de determinar a dose na profundidade. Outro
parâmetro importante determinado por Rosado foi a energia média dos espectros de raiosX.
O presente trabalho apresenta o cálculo das grandezas usadas em Proteção Radiológica,
para as qualidades de feixes de raios X diagnóstico da IEC, proporcionando assim, a
calibração dos dosímetros que serão utilizados para determinar a dose equivalente em órgãos
ou a dose efetiva em práticas de radiodiagnósticos ou ainda a dose na entrada da pele.
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2. MÉTODO DE CÁLCULO
O código de transporte de radiação MCNPX (X-5 Monte Carlo Team, 2003), baseado no
método de Monte Carlo, desenvolvido em Los Alamos NationalLaboratory(EUA), é
atualmente um dos códigos computacionais mais utilizados mundialmente na área de
transporte de radiação envolvendo nêutrons, fótons, elétrons e partículas carregadas tais como
prótons, deutérios, partículas alfa, etc. A capacidade de tratamento de geometrias complexas
em 3 dimensões e a variedade de opções de dados de entrada faz desse código, uma
ferramenta muito conveniente e poderosa no campo da física médica, proteção radiológica,
modelagem de instalações nucleares, detectores e blindagem da radiação.
O arquivo de entrada do MCNP (INP) permite ao usuário especificar: tipo de fonte, de
detector, configuração geométrica e condições gerais do sistema desejado, como tamanho,
forma, espectro de energia, composição da fonte de radiação bem como do meio que a
radiação irá interagir e definição da geometria do detector desejado
2.1 O simulador
(1)
No MCNP utilizou-se o comando *F8 , para os cálculos das energias depositadas nos
órgãos mais radiossensíveis expressa em MeV. Para obtenção da dose equivalente
normalizada pela fluência, os valores das energias depositadas foram multiplicadas pelo fator
que leva em consideração as seguintes transformações:
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A etapa seguinte foi multiplicar o valor de dose equivalente pelo fator de peso associado
ao órgão ou tecido radiossensível, considerando os fatores de peso (Wt) para os tecidos
recomendados pela ICRU 103. Este procedimento repetido a todos os órgãos e tecidos
relevantes, visando calcular a dose efetiva, E, conforme a equação1. Assim, para a obtenção
dos coeficientes de dose efetiva normalizados por kerma no ar (E/kar), dados em unidades de
Sv/Gy, os valores de E/Φ [Sv.cm²] calculados para a faixa de energia de fótons incidentes
serão divididos por valores de Kar/Φ [Gy.cm²].
(2)
(3)
3. RESULTADOS
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0.10
0.08 RQA 2
RQA 3
RQR 2
Número de Fotons Normalizado
0.08
0.02 0.02
0.01
0.00
0.00
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150
Voltagem (kV)
Voltagem (kV)
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Os resultados mostram uma variação dos coeficientes de conversão, para entre 0,51 e
1,50Sv/Gy para as qualidades RQR. Para as qualidades RQA a variação dos coeficientes de
conversão observadaé de 0,62a 1,90Sv/Gy. Quando foram utilizados os espectros os
coeficientes de conversão apresentaram uma variação entre 0,50 e 1,19 Sv/Gy para as
qualidades RQR. Para as qualidades RQA a variação dos coeficientes de conversão entre de
0,58 e 1,77 Sv/Gy.
Diferença Relativa
Qualidade Voltagem (KV) BSF ( ) BSF(E’)
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Tabela 3 Valores obtidos para Equivalente de Dose Pessoal para energia média ( ) e
para espectros de raios X(E’) para as qualidades RQR e RQA.
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Tabela 4 Diferença relativa entre Dose Efetiva e Equivalente de Dose Pessoal para os
Espectros E’ para as Qualidades RQR e RQA
Diferença Relativa
Voltagem
Qualidade
(KV) (pSv) (Sv/Gy)
4. CONCLUSÕES
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determinação da dose individual, verifica-se que, para baixas energias os valores são
superestimados em até 44%, e para altas energias os valores são subestimados em até 110%.
Os resultados também mostram que a diferença relativa entre as grandezas equivalente de
dose pessoal (Hp(10) ) e dose efetiva (E), apresentam uma variação de 0,14 a 0,71 para a
qualidade RQR e de 0,00 a 0,64 para a qualidade RQA. Estes resultados sugerem ser
apropriado o uso do equivalente de dose pessoal para estimar a dose efetiva dentro da faixa de
energia de radiodiagnóstico.
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Abstract. This paper aims to develop an algorithm that establishes an UDP communication
between Matlab® and X-PLANE 11® . A brief analysis of the simulator is presented and the
architecture of the packages sent by it are studied in a deepened way. Finally, the most important
sections of the algorithm developed along this work are analyzed, and a software in the loop
simulation is performed in order to verify if the communication was properly established.
Keywords: X-Plane 11® , Matlab® , UDP communication, PID control, Software in the loop
simulation.
1. INTRODUCTION
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The present work aims to detail the development of Matlab® algorithms that enables the
communication with X-Plane 11® , for testing control techniques using software in the loop
simulations. The communication between Matlab and X-Plane 11® is established by the UDP
protocol, which allows to obtain flight data from virtual aircraft in the X-Plane® simulation
environment. The flight control surfaces deflections are computed based on the readed data and
on the control laws implemented in Matlab environment. The software in the loop simulation
can be also used to verify the robustness of the control law under failure condition of sensors
and/or actuators (Carneiro, 2012).
This paper is sectioned into five parts. In Section 2., the flight simulator is generally
introduced, while in Section 3., the exigences for establishing flight simulation with data
communication through UDP protocol are detailed. In Section 4., the algorithm developed
in Matlab® environment, that allows establishment of communication and treatment of the
data obtained from flight simulations, is presented. The post-treatment of the flight data and
conclusions about the research are presented in Sections 5. and 6., respectively.
2. X-PLANE 11®
X-Plane 11® is a flight simulator made by Laminar Research (Figueiredo & Saotome, 2012)
characterized by its versatility and efficiency. It counts with civil and military models of aircraft,
and a virtual set including airports and regions of the whole world. Moreover, X-Plane 11®
allows representation of critic flight operations. Throughout the simulation, it is possible, for
example, to put the aircraft under a series of breakdowns such as failure of motors, sensors,
navigation tools, controllers, landing gears, among others. Similarly, it is also possible to alter,
at any moment during the simulation, climate conditions in order to insert disturbances as wind
gusts, turbulence zones, heavy rains, among others.
Federal Aviation Administration of United States (FAA) and Brazilian National Agency of
Civil Aviation (ANAC) recognize X-Plane® as a standard simulation software for professional
pilots training, once it is capable of reproducing, with fidelity, the flight environment and the
responses of control actions applied by the pilot. Besides that, the simulator has tools that allow
the pilot performance to be evaluated after the simulations are over (Correa, 2017).
During the simulations performed in X-Plane 11® , data concerning behavior, position, and
commands applied to the aircraft, are generated in real time. Considering the simulator is
adequately configured, these data can be sent through UDP network to a specific IP and port,
allowing other softwares to access it during the simulations. Furthermore, command packages
can be addressed to X-Plane® through UDP network, so that the aircraft can be controlled
through the actions over control surface and over propulsion system.
In order to treat the simulation data, it is necessary that X-Plane® send it to another software
responsible for processing and storing it. In this work, data analysis is performed through
Matlab® , and communications between it and the simulator are made via UDP protocol, since
this is the only protocol through which it is possible to establish communication with the X-
Plane 11® . Lastly, it is important to highlight that the simulator and the algorithm developed in
Matlab® must be executed simultaneously and in the same computer.
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(a) (b)
Figure 1- (a) Parameters sent by X-Plane® - Source: X-Plane. (b) Selection boxes in Data Output tab -
Source: X-Plane 11® .
The simulation proposed in this paper has as main objective evaluate the performance of the
developed algorithm and verify the UDP communication between Matlab® and X-Plane 11® .
Complex controllers will not be suggested and simulation will be initialized with the aircraft
in cruise flight. During flight execution, Matlab® shall treat the data from simulators and send
commands to the aircraft in order to perform the control of its Euler angles and ensure a stable
flight.
Since the control is done during simulation, it is necessary that Matlab® receives packages
including airplane attitude data. Therefore the selected parameters group in Data Output tab
in X-Plane® has index 17 (Pitch, roll & heading). Once exclusively selected this parameters
group, messages sent by X-Plane® must include, in degrees, pitch angle, roll angle and the
difference between the direction to which the plane is pointing and the north (headings).
Messages sent by X-Plane 11® are composed by a series of bytes and has the following
structure (Lewis, 2009):
• Header: 5 bytes;
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The header message sent by X-Plane® has five bytes and each one represents a character.
Messages sent by the simulator have a header compounded by letters D, A, T, and A, indicating
these are data packages, and one null character. However, as the messages sent by X-Plane® are
a group of numerical values, being each byte a value between 0 and 255, his five first bytes will
be the numbers [68 65 84 65 0], corresponding in ASCII table to [D A T A null] (AsciiTable,
2010). At the moment Matlab® sends commands to the simulator, the same structure must be
considered in the construction of messages.
Right after the header, there is the index corresponding to the data group within the message.
It has four bytes long. In this work, only the parameter group with index 17 was chosen.
Therefore, it is possible to observe, after the header, the bytes group [0 0 0 17].
Lastly, pitch, roll, and yaw values (parameters related to index 17 group, previously
discussed) are located at the end of the message and must be processed by the algorithm
responsible for the aircraft control. Each package constructed by X-Plane 11® can include
up to eight parameters, each one of them being a real number of float type (single precision)
compounded of 4 bytes (32 bits). The first bit denotes the sign s of the represented real number,
the next eight the exponent e, and the others, the mantissa m. In order to covert the received
byte array into real numbers, the inversion of theses bytes is necessary, once, in this case, the
computer where the algorithm was implemented uses the little indian data representation.
Once bytes inversion is finished, these shall be converted into its respective binary chains,
and lastly concatenated. In this case, as conversion happens from 4 bytes arrays, the generated
binary must possess, in the end, 32 bits and from this the mantissa, exponent, and sign bit are
obtained (Stallings, 2003). In order to estimate the real number (or single) corresponding to the
received data, the bits array composing the exponent is converted into a integer number, e10 ,
and lastly, Eq. (1) is used (Lewis, 2009).
23
!
X
single = (−1)s 1 + m23−i 2−i 2e10 −127 (1)
i=1
Conversion of a four bytes array into a float number is implemented on functions presented
on Section 4.2, where the Matlab® algorithms that allow real data to be obtained from X-Plane
11® packages are presented.
In case many parameter groups are selected by the user, all of them must be included in the
message sent by X-Plane® . Therefore, the structure of a package with more than one type of
parameter is:
• Header: 5 bytes;
• 1st data set: 32 bytes (8 float type numbers with 4 bytes each);
• 2nd data set: 32 bytes (8 float type numbers with 4 bytes each);
• And so on...
It is interesting that the data generated by the simulator is not only sent via UDP, but also
stored in a file and shown in screen throughout the execution, in a way it is possible to confirm,
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(a) (b)
Figure 2- (a) Flight parameters shown in X-Plane 11® at screen’s left upper corner during simulation -
Source: X-Plane11® . (b) Network and data update rate settings (Data Output tab) - Source: X-Plane
11® .
in real time and at the end of simulation, that the data received by Matlab® is actually corrected.
Therefore, it is only required to check selection boxes Show in Cockpit, Disk(data.txt File) and
Network via UDP in the Data Output tab (in the settings menu of X-Plane 11® ), Fig. 1(b). This
way, simulation data will not only be sent through the network, but also shown on the screen’s
left upper corner during simulation, Fig. 2(a), and saved in data.txt file, in X-Plane 11® main
folder.
In Data Output tab is also determined the data update rate in UDP network (number of
packages sent by X-Plane 11® per second), in UDP Rate, the writing rate in data.txt file
(amount of writing per second), in Disk Rate, and the device IP to which X-Plane® will send
the packages, in IP Address, Fig. 2(b). The data update rate through UDP network, used
in the simulation equivalently to the sampling rate, shall be defined based on the dynamic
characteristics of the used aircraft.
Local host was chosen as the destination IP for the packages sent by X-Plane® . This address
represents the device responsible for sending the messages, meaning that when a message is
directed to the local host, it returns to its sender. In this case, X-Plane® sends a message to
the local host and it returns to the computer running the simulation. Executing Matlab® and
X-Plane® on the same machine is one way to make sure the messages from the simulator arrive
at Matlab® . The port number the messages are directed to can be selected arbitrarily, but it is
important to observe if there isn’t any other software using the same port during simulation. In
this work, the chosen number for the port was 8888 and this parameter must be considered in
the development of the Matlab® code that shall receive and treat the messages.
In addition to receiving data packages from X-Plane 11® , it is also possible to send to
the simulator messages containing commands capable of altering the deflection of the airplane
control surfaces (ailerons, elevators, and rudder) or its motors acceleration. This way it is
possible to control the aircraft behavior sending commands through the network. As Matlab®
and X-Plane 11® are executed in the same computer simultaneously, the packages containing
commands are sent to local host (127.0.0.1) and to port 49000 (the default port used by the
simulator to receive messages). The packages sent to X-Plane® must present the same structure
as those sent by it: a header of 5 bytes filled with values [68 65 84 65 0], followed by a command
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index, and lastly the eight float type values properly represented as byte arrays.
To send commands to the simulator that alter the position of control surfaces, the index used
in the construction of the package sent to X-Plane® must be 11. Therefore, the final message
has five bytes of header ([69 65 94 65 0]), four of index ([0 0 0 11]), and thirty-two of data (the
first four refering to the elevator control, the next four, to the ailerons, and the following four, to
the rudder). In this case, there is only three information to be sent, being necessary eight float
values in the package. Therefore, to satisfy the X-Plane’s® package structure, for the remaining
parameters it is attributed the value -999, or more precisely its representation in bytes [0 192
121 196].
The parameter values relative to the control surfaces deflections, present in the command
package sent to X-Plane 11® , are always between -1.0 and 1.0, as the simulator only receives
normalized commands. These extremes represent the limit positions of each control surface.
In case the simulator receives a message in which the elevator parameter is 1.0, for example, it
will make this control surface tilt as much as possible upwards, whereas, if the value received is
-1.0 it will do the opposite. Between -1.0 and 1.0 all real values can be used. It should be noted
that once a new position is reached by a control surface, it will be kept until a new command is
sent to X-Plane 11® or the communication is finished. Then, in the event of a failure in sending
or receiving a command package, the position of the control surfaces will be maintained.
During simulation time, the aircraft can controlled with a joystick or a mouse. However,
once the communication is established and Matlab® starts to send commands to X-Plane® ,
manual control is disabled. In order to return to the user the control of the aircraft, Matlab®
sends a package in which value -999 is assigned to all parameters, indicating to the simulator
that no further message will be sent.
The aircraft used in simulations was Cessna 172 Skyhawk. For pitch and roll control two
PID (proportional integral derivative) controllers are used, one acting on the elevators, and thus
ensuring longitudinal stability, and the other on the ailerons, ensuring the lateral stability. The
code is based on a sequence of iterations and in each of them, the pitch and roll angle are
obtained from simulator, so that the control actions to be applied over elevators and ailerons are
calculated and sent to X-Plane® .
In order to establish communication with X-Plane 11® , obtaining data from it and sending it
commands to guarantee the aircraft stability, the algorithm presented in Fig. 3 was implemented.
Each stage of the flowchart shown in Fig. 3 will be detailed in the following sections and
all files related to the algorithm developed here can be accessed in https://github.com/
ArthurIasbeck/XPlaneComm.
In order to establish a communication with X-Plane 11® , an UDP socket is created and
configured to direct messages to IP 127.0.0.1 and to port 49000, while receiving messages from
PORT 8888. After its creation, the socket must be initiated, as shown in Fig. 4(a).
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N
Constructing the message
Ending the
to be send to X-Plane Sending the Process Y Analyzing the
communication
with the new deflections message completed? obtained data
with X-Plane
of the control surfaces
Figure 3- Flow chart of the code that implements the stability control proposed in this paper.
(a) (b)
Figure 4- (a) Communication initialization. (b) Receiving messages from simulator.
In order for Matlab® to receive the message from X-Plane® , reading of UDP socket initiated
before is executed as shown in Fig. 4(b). Function getData(), Fig. 5(a), then extracts,
from the received message, the bytes related to the desired data (pitch, roll and headings) and
forwards it to function bytes2single(), Fig. 5(b). This function transforms the forwarded
bytes into a binary chain through function data2bits(), Fig. 6(a), and this chain is converted
into a real number of float type (single precision) through function bits2single(), Fig. 6(b),
that implements the algorithm shown in Section 3.. As soon as pitch and roll values are obtained
they are saved in a file for later analysis.
(a) (b)
Figure 5- (a) Function responsible for obtaining data related to the behaviour of the aircraft within
packages sent by simulator. (b) Function responsible for convertion of 4 bytes array into a float type
number (single precision).
As previously stated, two PID controllers were implemented in order to ensure lateral
and longitudinal stability. The controller implementation will not be presented here since
the main objective of this work is the study of communication based on UDP protocol,
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(a) (b)
Figure 6- (a) Function responsible for convertion of 4 bytes arrays into a binary chain made up by the
concatenation of binary froms each byte. (b) Function responsible for conversion of a 32 bits binary into
a real number float type (single precision).
established between X-Plane® and Matlab® . A similar controller to the one used in this work is
implemented in CodeProject (2009).
The control action obtained through the PID controller is then sent to X-Plane® using the
function setElevator(), Fig. 7(a), which receives as parameters the new deflection of the
elevator, and the UDP socket through which the package containing this control action must be
sent. In this function, a data package is constructed using the function msgBuilder(), Fig.
7(b), which receives as input the eight parameters to be sent to X-Plane® and the respective
index, and converts each of the real values into a four bytes group, finally returning the 32
byte array that compose the final message. In this case, only the elevator deflection shall be
altered and to all other parameters in the message the value -999 is attributed. Lastly, the
constructed command package is sent to X-Plane® through UDP socket whose implementation
is shown in Section 4.1. The function responsible for sending to X-Plane® a normalized
value corresponding to the new ailerons deflection follows the same structure as function
setElevator().
(a) (b)
Figure 7- (a) Function responsible for sending to X-Plane®
a package with a command that alters elevator
deflection. (b) Function responsible for construction of command packages sent to X-Plane® during
simulation.
Lastly, to end the communication between Matlab® and X-Plane 11® , a command package
in which all parameters values are -999 is sent to the simulator through the function
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leaveControl(), Fig. 8(b). To call this function and close the socket used to establish the
UDP communication, the commands shown in Fig. 8(a) are implemented.
(a) (b)
Figure 8- (a) Code section responsible for finishing communication between Matlab® and X-Plane 11® .
(b) Function responsible for sending to X-Plane 11® a command package informing the simulator that
no more messages will be sent by Matlab® .
5. SIMULATIONS RESULTS
A simulation is executed in order to verify the efficiency of the implemented controllers and
the establishment of communication between Matlab® and X-Plane 11® . The results obtained
must show that the communication between Matlab® and X-Plane 11® was properly established,
that commands sent to the simulator in fact act on the aircraft, and that the data from Matlab®
matches those of X-Plane® ’s. With the aircraft already on cruise flight, a disturbance is applied
on it (an abrupt turn), and the algorithm developed here is initiated and starts to acts on the
control surfaces.
The simulation can be extended for as long as required, although it is not recommended to
be close it before the pitch and roll values are close to zero and the aircraft has a stable flight. In
case of stability is not reached, it is necessary to readjust the controller parameters. Evolution
of the pitch and roll angles of the aircraft throughout the simulation can be observed in Fig. 9.
20
Reference Reference
25
Output value Output value
15
20
Pitch [degrees]
Roll [degrees]
15 10
10
5
5
0
0
-5 -5
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
Time [seconds] Time [seconds]
Figure 9- Evolutions of pitch and roll angle throughout simulation time.
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Using the algorithms proposed here, it was possible to not only establish a communication
with X-Plane 11® , by UDP protocol, but also acquire, through it, data concerning the aircraft
condition during simulation. Furthermore, sending commands to the simulator was also
possible, in a way that the efficiency of two PID controllers, for pitch and roll stabilization,
could be verified. It is worth mentioning that although PID controllers have been implemented,
the algorithm developed here could allow, after few modifications, that any type of controller
was evaluated.
The use of PID controllers ensured satisfactory lateral and longitudinal stability of the
aircraft during simulation with favorable climate conditions. However, a decline in the
efficiency of the control system was observed when considering adverse weather conditions.
To fix this issue, adaptative techniques can be implemented to ensure that the used PID
controllers are tuned at all sample times and present satisfactory results regardless of the weather
conditions. Therefore, the adaptative control will be a subject dealt in further works.
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