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Laringite em Crianças e Adolescentes
Laringite em Crianças e Adolescentes
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Laringite em crianças e adolescentes
1. INTRODUÇÃO
Acomete principalmente crianças de 3 meses a 6 anos, com pico aos 2 anos e maior
incidência nos meninos. A transmissão é por gotículas e o período de incubação de 1 a 3 dias e
curso clínico aproximado de 1 a 6 dias. O pico de incidência de visitas ao PA é das 22h às 04h,
porém as crianças que visitam o PA entre 12h e 18h tem maior risco de internação.
Nos EUA, estima-se 30 visitas por 1000 crianças, 6 hospitalizações por 10.000 crianças e,
destas, 1% de intubações e 0,5% de mortes
OBJETIVOS
Uniformizar o tratamento da laringite nas UPAs
Evitar uso indiscriminado de antibióticos
Diminuir hospitalizações e retornos à UPA
POPULAÇÃO ALVO
Pacientes com até 16 anos incompletos com tosse estridulante
POPULAÇÃO EXCLUÍDA
Pacientes maiores de 16 anos
Imunodeficientes
Pacientes que tiveram contato recente com varicela (Alberta guideline)
Diretoria Espécie Especialidade Status
PRATICA MEDICA ASSISTENCIAL MEDICO Aprovado
Código Legado Código do Documento Versão Data Criação Data Revisão
DI.ASS.135.3 3 21/08/2015 23/08/2017
Elaborador Revisor Parecerista Aprovado por Data Aprovação
Elda Maria Stafuzza Elda Maria Stafuzza Jose Leao de 23/08/2017
Gonçalves Pires Gonçalves Pires Souza Junior |
Mauro Dirlando
Conte de Oliveira
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2. INCIDÊNCIA UPA
Em 2016 1700 crianças foram atendidas nas UPAs com o diagnóstico de laringite, totalizando
1,5% dos atendimentos pediátricos.
3. DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
Epiglotite: Início abrupto, toxemia, salivação, posição de conforto sentada inclinada para
frente, sem tosse estridulosa, sem história de vacinação para H. Influenza.
Corpo estranho: história de engasgo.
Traqueíte bacteriana: etiologia mais difícil de ser diferenciada. Febre, toxemia, não
responde bem à inalação com adrenalina.
Traqueomalácea: lactentes de 0-3 meses com história prévia de intubação orotraqueal.
Pacientes que apresentam mais que 2 episódios de laringite, devem ser pesquisados para
causas anatômica como papilomatose, anel vascular e cistos laríngeos.
Outros diagnósticos diferenciais mais raros são: doença do refluxo gastroesofágico, disfunção
paradoxal de cordas vocais, abscesso retrofaríngeo e peritonsilar, edema angioneurótico.
4. CLASSIFICAÇÃO DE GRAVIDADE
Os escores validados para laringite e utilizados para pesquisa são: Westley, Geelhoed,
Syracuse e Alberta (Tabela 1).
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Tabela 1 - Escore de Alberta modificado
Gravidade Sintomas
Leve Tosse estridulosa, SEM estridor inspiratório em repouso, sem ou leve tiragem
intercostal/ supraesternal
Moderada Estridor em repouso, pouca ou nenhuma agitação
Grave Estridor expiratório, agitação e confusão mental
Ameaça à vida Estridores pouco audíveis, letargia, rebaixamento do nível de consciência,
cianose.
5. TRATAMENTO
A inalação com adrenalina é um recurso emergencial para pacientes com laringite grave.
Sua utilização para estes pacientes é mandatória, visando aumentar o calibre da via respiratória
facilitando a passagem do ar.
Seu efeito é imediato e tem duração máxima de duas horas. Importante ressaltar que uma
vez passado seu efeito, o paciente pode voltar ao seu score de laringite de base, tornando o “efeito
rebote” um mito. Sua utilização é feita com a forma de L-epinefrina na diluição de 1:1000, inalatória
(0,5ml/kg máximo 5ml), com no máximo 2 doses na primeira hora.
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Oxigênio humidificado evita os efeitos adversos do ar seco na via aérea, e deve ser
ofertado aos pacientes hipoxêmicos (SatO2 < 92%). O heliox é uma alternativa nos pacientes com
laringite grave, em risco de falência respiratória, e pequena resposta ao tratamento inicial.
Não existe evidência científica que o ar umidificado melhore os sintomas de laringite, mas
pode trazer uma sensação de conforto para o paciente e os pais. Se a criança ficar agitada, deve ser
interrompido.
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6. FLUXOGRAMA
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7. MEDIDA DE QUALIDADE
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Laringite em crianças e adolescentes
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Núcleo de Protocolos das UPAs – Pediatria (à época da discussão): Ariel Levy, Cristina Quagio
Grassiotto, Edwin Adolfo Silva Tito, Elda Maria Stafuzza Gonçalves Pires.
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LARINGITE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTE
A Laringite é uma doença comum da infância, atingindo todas as faixas etárias, porém com sintomas
mais pronunciados nos primeiros 6 anos. Caracteriza-se por um edema (inchaço) da laringe (estrutura abaixo
da garganta que leva o ar para a traqueia) resultando em uma diminuição de sua luz. Com isso, menos ar pode
ser levado ao pulmão, resultando em tosse rouca e por vezes falta de ar. Pode ser precedida por sintomas
virais como febre, coriza, ou aparecer subitamente.
A doença piora sempre à noite, principalmente na madrugada, quando o cortisol (corticóide que
produzimos nas nossas glândulas suprarrenais) atinge seu menor valor no sangue.
Sua etiologia é na maioria das vezes viral, porém em alguns casos pode ser alérgica. Para ambas as
situações o tratamento é o mesmo, não havendo necessidade de elucidação da origem. Qualquer tipo de
exame no momento da urgência traria maior desconforto para a criança e, portanto, piora do quadro.
O quadro costuma recorrer, porém se torna menos pronunciado à medida que a criança vai crescendo,
findando, salvo raras exceções, aos 6 anos.
Sobre o tratamento
O tratamento se baseia em deixar a criança o mais confortável possível, garantir passagem adequada
de ar e reverter o quadro do edema de laringe. Para garantir a passagem do ar, muitas vezes basta deixar a
criança calma.
Quando mesmo calma há dificuldade respiratória, fazemos inalação com adrenalina, que visa a uma
imediata, porém transitória, melhora do calibre da laringe. Junto à inalação com adrenalina, damos corticóide
que agirá de maneira mais prolongada na melhora do calibre da laringe.
Caso a laringite tenha sido precedida de sintomas virais, entenda que o tratamento da laringite não visa
a combater o vírus que a causou, mas apenas o quadro de edema de laringe. Portanto, é possível que a febre
(se houver) persista por até 72 horas e a coriza e a tosse (não rouca) persista por mais tempo. Administre
todas as medicações prescritas e incremente a oferta de líquidos durante o tratamento.
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RESUMO
Descrição em forma de resumo para acesso em meios alternativos de conectividade como tablets ou
celulares
ANEXOS
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Elda Maria Stafuzza Gonçalves Pires (11/08/2015 01:53:24 PM) - Diretriz de atendimento da laringite
em crianças e adolescentes.
Elda Maria Stafuzza Gonçalves Pires (19/11/2015 06:31:42 PM) - Diretriz atualizada.
Elda Maria Stafuzza Gonçalves Pires (21/08/2017 09:10:06 AM) - Diretriz atualizada.
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