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Paulo Roberto Carneiro Gomes

Universidade Federal do Piauí/ Campus Ministro Reis Velloso


Paulo Roberto Carneiro Gomes
Biomedicina 2018
Disciplina: Histologia e Embriologia
Professor Dr. Daniel Fernando Pereira Vasconcelos

Nós somos o tecido de que são feitos os sonhos.


William Shakespeare
Sumário
01. Microscópio Óptico.......................................................................03
02. Tecido Epitelial..............................................................................04
03. Tecido Conjuntivo.........................................................................09
04. Tecido Ósseo.................................................................................14
05. Tecido Nervoso.............................................................................20
06. Tecido Muscular............................................................................26
07. Sistema Respiratório.....................................................................32
08. Sistema Circulatório.....................................................................39
09. Referências Bibliográficas............................................................46
01. Microscópio Óptico
Oculares: Sistema de lentes que permite a observação da imagem ampliada.

Tubo ou canhão: Serve de suporte para as oculares.

Braço: Serve de suporte para o aparelho.

Revólver: Peça giratória onde encontra-se as objetivas.


Pinça: Serve como uma presilha para a lâmina.
Objetivas: Proporciona o aumento do material observado.
Platina: Serve de suporte para a lâmina.
Alguns microscópios apresentas três ou quatro objetivas. A
Diafragma no condensador: Controla o tamanho e maioria possui aumento de 4x, 10x, 40x e 100x
intensidade do cone da luz.
Parafuso macrométrico: Serve para ajustar a platina
Condensador: Concentra os raios luminosos que incidem fazendo movimentos amplos e grandes ajustes.
sobre a lâmina.
Parafuso micrométrico: Serve para ajustar a platina
Fonte de luz: Saída de luz para o microscópio fazendo movimentos pequenos e ajustes finos.
Charriot: Peça que movimenta verticalmente e
horizontalmente a lâmina sobre a platina.
Botão liga/desliga Base: Apoio para o aparelho.

Controle de luz: Permite controlar a intensidade da luz do aparelho


Fonte Imagem: DirectIndustry/atlaschg.blogspot.com
03
02. Tecido Epitelial
Fig. 01: Corte histológico da pele, formado por uma camada de Fig. 02: Corte histológico da pele, onde é possível observar a presença
queratina* (seta preta), tecido epitelial de revestimento estratificado de tecido adiposo unilocular. Coloração: hematoxilina e eosina.
pavimentoso queratinizado (seta vermelha) e logo abaixo, a camada Pequeno aumento
de tecido conjuntivo frouxo e denso não modelado (linha amarela).
Coloração: hematoxilina e eosina. Pequeno aumento.
*Queratina: é uma camada de epitélio se descamando, constituída de proteína
fibrosa que apresenta resistência, impermeabilidade à agua e elasticidade.

Figuras: Autoria própria. 05


Fig. 03: Corte histológico da pele, sendo possível observar a camada de Fig. 04: Mesmo corte da figura 03, onde é possível observar as
queratina (linha vermelha); tecido epitelial de revestimento camadas da epiderme. Camada basal, local de germinação das células
estratificado pavimentoso queratinizado* (linha amarela), tecido (quadro preto) ; camada espinhosa, no qual as células estão
conjuntivo frouxo (derme papilar) (linha azul) e tecido conjuntivo interligadas por desmossomos, o que da esse aspecto espinhoso (quadro
denso não modelado (derme reticular) (linha marrom). Coloração amarelo); camada granulosa, células preenchidas principalmente por
hematoxilina e eosina. Médio aumento. grânulos de querato-hialina (quadro vermelho); camada lúcida,
*Esse tecido epitelial recebe essa classificação pelo formato pavimentoso das constituída por uma camada de células achatadas, cujos citoplasma e
células da superfície apical e pela presença de queratina. núcleo são digeridos por lisossomos e somem (quadro branco) e
camada córnea, constituída por células mortas e sem núcleo (quadro
azul), papila dérmica (seta vinho) Coloração: hematoxilina e eosina.
Figuras: Autoria própria.
Médio aumento. 06
Fig. 05: Corte histológico da bexiga. Observa-se a camada de tecido Fig. 06: Mesmo corte da figura anterior, no qual é possível observar a
epitelial de revestimento de transição (seta preta), tecido conjuntivo camada de tecido epitelial de revestimento de transição (seta preta),
frouxo (seta vermelha), luz do órgão (LU) e a presença de tecido tecido conjuntivo frouxo* (seta vermelha) e a luz do órgão (LU).
muscular liso (seta amarela). Coloração hematoxilina e eosina. Coloração hematoxilina e eosina. Médio aumento.
Pequeno aumento. *Esse tecido recebe essa classificação por suas células apesentarem diversos
formatos ao longo de seu epitélio. Geralmente quando a bexiga está cheia de
urina suas células obedecem um formato mais pavimentoso e quando seca, as
células tem formato mais globoso.
Figuras: LIMA,2018 (adaptada). 07
Fig. 07: Corte histológico do intestino, formado pela camada mucosa, Fig. 08: Mesmo corte da figura anterior, entretanto, em grande
que apresenta um revestimento epitelial colunar com células aumento. É possível observar o epitélio de revestimento simples
caliciformes* associado a lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo colunar (seta preta) a presença de vilos*(seta vermelha) , células
(linha vermelha) e submucosa, compostas por tecido conjuntivo, vasos caliciformes (seta amarela) e tecido conjuntivo frouxo (seta azul).
sanguíneos, linfáticos e glândulas mistas(linha preta). Coloração Coloração: hematoxilina e eosina. Grande aumento.
hematoxilina e eosina. Médio aumento. *Os vilos são especializações da membrana que no intestino aumento a
*As células caliciformes é responsável pela produção de muco, que no intestino superfície de contato com substâncias, facilitando a absorção.
de função de lubrificação.
Figura (07): MARQUES,2018. Figura (08): ANDRADE,2014 (adaptada). 08
03. Tecido Conjuntivo
Fig. 09: Corte histológico da traqueia, pode-se observar pelo aumento o Fig. 10: Segue o mesmo corte da figura anterior, pode-se observar em
tecido epitelial (seta amarela), tecido conjuntivo frouxo (lâmina maior aumento o tecido epitelial de revestimento pseudoestratificado
própria) (seta verde), a presença de glândulas que na sua maioria cilíndrico ciliado com células caliciformes*-epitélio respiratório-
classificam como serumocosas ( círculos vermelhos), vasos (seta amarela), tecido conjuntivo frouxo (linha vermelha). No corte,
sanguíneos (círculo branco), o pericôndrio* (seta azul) e a presença de observa-se as células caliciformes (seta azul) e os cílios (seta verde).
cartilagem hialina (linha preta). Coloração: hematoxilina e eosina. Coloração: hematoxilina e eosina. Médio aumento.
Pequeno aumento. *A presença de cílios nesse órgão, possibilita a movimentação do muco para ser
*Camada de tecido conjuntivo denso modelado que envolve a cartilagem. deglutido.

Figuras: Autoria própria. 10


*

Fig. 11: Corte da traqueia, neste campo atenta-se a presença de vênula Fig. 12: Corte da traqueia. O campo proporciona a visualização de
(asterisco amarelo), tecido epitelial de revestimento glândulas tubulares seromucosas* (triângulo vermelho) e vaso
pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes (seta arterial (seta preta). Coloração hematoxilina e eosina. Médio aumento.
amarela),tecido conjuntivo frouxo, núcleo de fibroblastos (seta
*Glândulas com secreção serosas e mucosas.
branca) e fibras colágenas (seta verde). Coloração: hematoxilina e
eosina. Médio aumento.

Figuras: Autoria própria. 11


* * *
Fig. 13: Corte histológico do tendão (asterisco preto) formado de Fig. 14: Corte histológico do tendão. Nota-se a característica do tecido
tecido conjuntivo denso modelado. No corte, também é possível a conjuntivo denso modelado (asterisco vermelho) com presença de
visualização de musculo esquelético (asterisco amarelo). Coloração: células específicas, os fibróticos ( seta preta) e fibroblastos (seta
hematoxilina e eosina. Pequeno aumento. amarela), e fibras colágenas (seta verde). Coloração: hematoxilina e
eosina. Médio aumento.

Figuras: Autoria própria. 12


Núcleo dos adipócitos

Núcleo dos adipócitos

Fig. 15: Tecido adiposo unilocular, constituído de adipócitos* Fig. 16: Tecido adiposo multilocular, onde os adipócitos (estrela) são
(estrela) preenchidos por uma grande gota de lipídios. Coloração: preenchidos por múltiplas gotas de lipídios (seta). Coloração:
hematoxilina e eosina. Médio aumento. hematoxilina e eosina. Médio aumento.
*São células especializadas que tem a função de armazenar energia em forma de
gordura (lipídeos)e quando necessário, libera-la. Essa função esta ligada ao
controle do equilíbrio do fluxo energético.

Figura (16):Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento. Instituto de Ciências Biomédicas da


Figura (15): Departamento de Biología Celular y Tisular, Facultad de Medicina. Universidad
Nacional Autónoma de México (adaptada).
Universidade de São Paulo (adaptada). 13
04. Tecido Ósseo
Fig. 17: Corte histológico do osso secundário lamelar. É possível Fig. 18: Mesmo corte da figura 17. É possível observar o sistema de
observar o sistema de havers ou óesteon (círculo amarelo), canal de havers ou óesteon (círculo amarelo), canal de havers (seta vermelha),
havers (seta vermelha), canal de volkmann (seta preta) e sistemas lacunas, onde ficam depositados os osteócitos (seta preta), as lamelas
intermediários (asterisco vermelho). Osso por desgaste. Pequeno circulares (seta azul), e os canalículos* (seta vinho). Osso por
aumento. desgaste. Grande aumento.
*Realiza a comunicação entre os canais de havers e com os canais de havers com *Os canalículos são as fontes de alimentação dos osteócitos.
a cavidade medular e com a superfície externa do osso.

Figuras: Autoria própria. 15


* Zona de ossificação

Zona de calcificação

*
Zona de cartilagem hipertrófica

Zona de proliferação

Zona de cartilagem repouso

Fig. 19: Corte histológico do osso. Observa-se o disco epifisário (linha


vermelha), epífise (asterisco amarelo) constituído principalmente por Fig. 20: Corte histológico do osso. Observa-se o disco epifisário
osso esponjoso, cartilagem articular (linha amarela), diáfise (asterisco (linha vermelha), a presença da medula vermelha (seta preta) e as
azul) e osso compacto (seta branca). Coloração: hematoxilina e eosina. zonas de ossificação endocondral (disco epifisário). Coloração:
Pequeno aumento. hematoxilina e eosina. Médio aumento.

Figuras: Autoria própria. 16


Fig. 21: Corte histológico do osso. Pode-se observar az zonas do disco Fig. 22: Zonas do disco epifisário, do mesmo corte anterior: a zona de
epifisário : zona de cartilagem em repouso (quadro preto), onde a proliferação ou de cartilagem seriada (quadro amarelo), zona de
cartilagem não possui nenhuma alteração morfológica e a zona de cartilagem hipertrófica (quadro vermelho) com condrócitos ricos em
proliferação ou de cartilagem seriada (quadro amarelo), no qual as glicogênio e muito volumosos. Coloração: Hematoxilina e eosina.
cartilagens estão dispostas em fileiras e em proliferação. É possível Médio aumento.
observar os osteócitos (seta branca) e osteoblastos (seta azul).
Coloração: hematoxilina e eosina. Grande aumento.

Figuras: Autoria própria. 17


*
Fig. 23: Logo acima da zona de cartilagem hipertrófica, observa-se a Fig. 24: Observa-se no corte, a camada que recobre a parte externa do
zona de calcificação (quadro azul) onde ocorre a mineralização dos osso, periósteo (seta vermelha) e a camada que recobre a parte interna
delgados tabiques e morte dos condrócitos, e a zona de ossificação do osso, endósteo (seta amarela). Coloração: hematoxilina e eosina.
(asterisco amarelo), local onde ocorre a formação de osteoblastos e Médio aumento.
osteócitos e o encerramento do processo de ossificação . Coloração:
Hematoxilina e eosina. Médio aumento.

Figuras: Autoria própria. 18


*

Fig. 25: Neste corte, é possível a observação dos osteoclastos (seta Fig. 26: Processo de ossificação intramembranosa. É visível a
preta), células do tecido ósseo responsáveis pela reabsorção óssea. presença de osteócito (seta vermelha), osso imaturo (asterisco preto),
Coloração: hematoxilina e eosina. Grande aumento. células mesenquimais (seta marrom) e uma camada de osteoblastos
(seta verde). Coloração: hematoxilina e eosina. Grande aumento.

Figura (25): OLIVEIRA, 2013 (adaptada) Figura (26): FUJIMOTO, 2017 (adaptada) 19
05. Tecido Nervoso
Fig. 27: Corte do córtex cerebral, no qual encontra-se as células da glia, Fig. 28: Mesmo corte da imagem anterior. Observa-se um tipo de
representada na imagem por um astrócito fibroso (seta vermelha). célula da glia, conhecida como oligodendrócito (seta vermelha),
Observa-se a presença de vasos sanguíneos (seta amarela) e do pé caracterizado por um núcleo robusto e poucos prolongamentos. Sua
vascular (seta branca), que tem como função auxiliar a ligação do principal função é a produção da bainha de mielina dos neurônios no
neurônio com os vasos sanguíneos. Coloração: impregnação pela prata sistema nervoso central. Coloração: impregnação por prata. Médio
Pequeno aumento. aumento.

Figuras: Autoria própria.


Figura (28) : .FLETCHER, 2004 (adaptada).
21
Fig. 29: Corte do córtex cerebral, a seta vermelha aponta para a Fig. 30: Segue mesmo corte anterior. É visível no corte a presença de
micróglia. Um tipo de célula da micróglia, responsável por participar astrócito protoplasmático (seta vermelha) , que difere-se do fibroso
do processo de reparação do sistema nervoso central. Coloração: por conter uma quantidade bem maior de prolongamentos. A seta preta
impregnação por prata. Médio aumento. aponta para as ramificações dos astrócitos. Coloração: impregnação
por prata. Médio aumento.

Figura (29): ABREU, 2018 (adaptada). Figura (30): Autoria própria. 22


Fig. 31: Corte da medula espinhal. As estrelas destacam a substância Fig. 32: Corte da medula espinhal. Observa-se o corpo celular dos
branca da medula, formada principalmente por axônios mielinizados, neurônios ou pericário, onde ocorre a maioria das atividades
oligodendrócitos e outras células da glia. O destaque em vermelho metabólicas da célula (seta vermelha), os dendritos (seta amarela), que
evidencia a substância cinzenta (“H” medular), formada por corpos funciona como receptor de estímulos nervosos. A seta marrom aponta
celulares dos neurônios, dendritos, porção não mielinizada dos axônios para o núcleo do neurônio e as setas pretas, para o núcleo das células
e células da glia. . Coloração: hematoxilina e eosina. Pequeno aumento. da glia. Coloração: hematoxilina e eosina. Médio aumento.

Figuras: Autoria própria. 23


Fig. 33: Corte da medula espinhal. A seta amarela aponta para as Fig. 34: Corte da medula espinhal. A estrela destaca o canal medular,
fibras nervosas e a seta vermelha para um axônio. Coloração: que possui um revestimento constituído de células neuroepiteliais
hematoxilina e eosina. Pequeno aumento. colunares ciliadas, responsáveis por facilitar a movimentação do líquido
cefalorraquidiano, conhecidas como células ependimárias (seta
amarela). É visível também a presença de vasos arteriais (seta preta).
Coloração: hematoxilina e eosina. Médio aumento.

Figuras: Autoria própria. 24


Fig. 35: Corte da medula espinhal. A estrela destaca uma das Fig. 36: Mesmo corte da figura anterior. A seta aponta para a
membranas que envolve o sistema nervoso central, a dura-máter, membrana mais interna do sistema nervoso central, pia-máter,
sendo a mais externa das camadas. Logo em seguida, há uma camada conhecida como a camada vascularizada. Coloração: hematoxilina e
medial, a aracnoide (seta preta). No corte, observa-se a presença de eosina. Médio aumento.
fibra nervosa mielínica (círculo vermelho), axônio (seta amarela) e
imagem negativa da bainha de mielina (seta laranja) . Coloração:
hematoxilina e eosina. Médio aumento.
Figuras: Autoria própria. 25
06. Tecido Muscular
Fig. 37: Corte histológico da língua. Nota-se a presença dos feixes de Fig. 38: Mesmo corte da figura anterior. A seta preta aponta para as
fibras musculares estriadas esqueléticas em corte transversal papilas linguais e a amarela para as fibras musculares esqueléticas
(destaque em amarelo), a estrela situa-se em parte do tecido conjuntivo em corte longitudinal. As elipses destacam os feixes de fibras
frouxo e a seta aponta para as papilas linguais. Coloração: musculares estriadas esqueléticas, envolvidas por uma camada
hematoxilina e eosina. Pequeno aumento. externa de tecido conjuntivo frouxo, o epimísio (seta marrom). Nota-
se, também, a presença de tecido conjuntivo frouxo (estrela)
Coloração: hematoxilina e eosina. Médio aumento.
Figuras: MARQUES, 2018 (adaptada). 27
Fig. 39: Corte histológico da língua. Os feixes musculares estão Fig. 40: Mesmo corte da figura anterior. Observa-se as fibras
envolvidos por finos septos do epimísio, o perimísio (setas pretas) e musculares em corte transversal, multinucleadas com núcleo
cada fibra muscular estão envolvidas individualmente pelo endomísio periférico (setas brancas). Coloração: hematoxilina e eosina. Grande
(seta amarela). Observa-se, também, os núcleos das fibras musculares aumento.
(seta branca). Coloração: hematoxilina e eosina. Grande aumento.

Figuras: MARQUES, 2018 (adaptada). 28


Fig. 41: Corte histológico do duodeno. Observa-se a camada da Fig. 42: Corte histológico do duodeno. O musculo liso em corte
mucosa (linha vermelha), submucosa (linha preta) e a camada de transversal está envolvido por uma demarcação amarela e em corte
musculo liso (linha amarela). Coloração: hematoxilina e eosina. longitudinal, por uma demarcação preta. O músculo liso é
Pequeno aumento. caracterizada por não conter estrias e por conter apenas um núcleo
central (setas brancas). No duodeno, é possível encontrar corpos
celulares dos neurônios (seta preta), que são responsáveis pela
contração do órgão. Coloração: hematoxilina e eosina. Médio aumento.
Figuras: MARQUES, 2018 (adaptada). 29
Fig. 43: Corte histológico do coração. Observamos a camada mais Fig. 44: Mesmo corte da imagem anterior. A demarcação verde destaca
externa, o epicárdio (seta preta), a camada média , subepicárdica a acamada interna do coração, o endocárdio e a estrela a camada
(contorno preto) e o miocárdio (estrela) Coloração: hematoxilina e médio, o miocárdio. Coloração: hematoxilina e eosina. Médio
eosina. Pequeno aumento. aumento.

Figura (43): FREITAS, 2004 (adaptada) Figura (44): Autoria própria. 30


Fig. 45: Corte histológico do coração. Fibras estriadas musculares Fig. 46: Corte histológico do coração. As fibras musculares estriadas
cardíacas em corte transversal, com apenas um ou dois núcleos cardíacas estão em corte longitudinal. Observa-se os núcleos
centrais (seta vermelha). Coloração: hematoxilina e eosina. Médio centrais (seta amarela) e os discos intercalares* (quadros pretos). As
aumento. fibras musculares do coração, possuem algumas “ramificações” (seta
verde), uma características que bem visível desse tecido. Coloração:
hematoxilina e eosina. Médio aumento.
*Os discos intercalares são complexos juncionais encontrados na interface de
células musculares adjacentes.
Figuras : Autoria própria. 31
07. Sistema respiratório
Fig. 47: Corte histológico da traqueia. O quadro vermelho abrange o Fig. 48: Neste corte é possível observar, novamente, a célula
epitélio respiratório (tecido epitelial pseudoestratificado colunar caliciforme (seta vermelha) e célula colunar ciliada (quadro verde). A
ciliado com células caliciformes). Verifica-se no corte, algumas seta amarela aponta para a célula em escova, que são receptores
células do epitélio respiratório, célula colunar ciliada (contorno sensoriais compostas por microvilos em sua superfície. Microscopia
amarelo) e célula caliciforme (contorno preto). Coloração: eletrônica de varredura.
hematoxilina e eosina. Grande aumento

Figura (47):Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento. Instituto de Ciências Biomédicas da


Universidade de São Paulo (adaptada).
Figura (48): Junqueira & Carneiro, 2013 (adaptada). 33
Fig. 49 Corte histológico da laringe. As setas vermelhas apontam para Fig. 50: Corte histológico da traqueia, sendo possível observar o
as cordas vocais falsas e as amarelas para as cordas vocais epitélio respiratório (seta preta), pericôndrio (seta vermelha) e
verdadeiras. Verifica-se o ventrículo laríngeo (seta preta) e o cartilagem (1), que facilita a abertura do lúmen, garantindo a passagem
músculo vocal (estrela amarela) Coloração: hematoxilina e eosina. livre de ar. Coloração: hematoxilina e eosina. Médio aumento.
Pequeno aumento.

Figura (49): CABRERA, 2015 (adaptada) Figura (50): Histologia UFJF, 2013 (adapatada). 34
Fig. 51: Corte histológico do pulmão, mostrando um brônquio. Nota-se
a presença de epitélio respiratório (seta marrom), musculo liso (seta
Fig. 52: Corte histológico da parede do brônquio. A seta vermelha
vermelha) e cartilagem (contorno preto). LU, luz do brônquio. aponta para o epitélio respiratório e a seta preta para a acamada de
Coloração: hematoxilina e eosina. Pequeno aumento. músculo liso. Observa-se a presença de tecido conjuntivo frouxo
(estrela amarela) e cartilagem (estrela azul). Coloração: hematoxilina e
eosina. Médio aumento.

Figura: FARIÑA, 2015 (adaptada). Figura (52): GODINHO, 2013 (adaptada). 35


Fig. 53: Corte histológico do bronquíolo. Nota-se o lúmen (LU), o Fig. 54: Corte histológico do bronquíolo, o contorno preto destaca o
epitélio cilíndrico simples ciliado (contorno preto) e a presença de epitélio cilíndrico simples ciliado e as pontas de seta indicam a
músculo liso (ponta de seta. Verifica-se a ausência de glândulas ou camada de músculo liso. Coloração: hematoxilina e eosina. Médio
nódulos linfáticos, característica marcante de um bronquíolo. aumento.
Coloração: hematoxilina e eosina. Pequeno aumento.

Figuras: OLSON, 2011 (adaptada). 36


Bronquíolo
respiratório

Fig. 55: Corte histológico representando um bronquíolo respiratório Fig. 56: Corte histológico de um bronquíolo respiratório. Observa-se a
e bronquíolo terminal. A estrela destaca o saco alveolar. Coloração: delgada camada de epitélio simples, que varia de colunar baixo a
hematoxilina e eosina. Pequeno aumento. cuboide (seta vermelha) e músculo liso (seta azul). Lúmen (estrela).
Coloração: hematoxilina e eosina. Pequeno aumento.

Figura (55): OLSON, 2011 (adaptada). Figura (56): Junqueira & Carneiro, 2013 (adaptada). 37
*

Figura (58): Universidade Federal do Rio de Janeiro. Laboratório de Histologia Interativa.


*

Fig. 57: Corte histológico do pulmão, os asteriscos situam-se dentro Fig. 58: Corte histológico do pulmão, onde se observa as células da
dos sacos alveolares e as setas indicam os alvéolos. Coloração: parede do brônquio (contorno amarelo) e vários alvéolos. Há também
hematoxilina e eosina. Pequeno aumento. a presença de pneumócitos do tipo I (seta vermelha), que tem a
principal função de facilitar a troca de gases, e pneumócitos do tipo II,
que sintetizam o surfactante, que evita o colombamento dos alvéolos.
Nota-se, apontados pela cabeça de seta, os macrófagos alveolares,
funcionando como células de limpeza. Coloração: hematoxilina e
Figura (57): ISTOCK, 2012 (adaptada). eosina. Grande aumento. 38
08. Sistema circulatório
Fig. 59: Corte histológico representando uma artéria de grande Fig. 60: Mesmo corte da figura anterior, com foco maior na túnica
calibre ou elástica. Observa-se a túnica íntima (cabeça de seta); íntima (destaque vermelho), a seta verde aponta para a membrana
túnica média (linha amarela) onde é visível a presença de lâminas elástica externa, e média (linha amarela). Nota-se, também, em maior
elásticas (seta branca) e túnica adventícia (linha vermelha). Nas aumento as lâminas elásticas (seta branca). Coloração: hematoxilina e
artérias de grande calibre ou elásticas, a túnica média se destaca por ser eosina. Grande aumento.
mais espessa. Coloração: hematoxilina e eosina. Médio aumento.

Figuras: Atlas Histológico de Histologia (adaptada) 40


Fig. 61: Corte histológico de uma artéria muscular (médio calibre). Fig. 62: A imagem acima amplia as túnicas da artéria muscular da
A pontas de seta verde, apontam para a túnica íntima, a linha amarela mesma figura anterior. Observa-se as túnicas íntima( ponta de seta
para a túnica média, formada em sua maioria por fibras musculares e a verde), média (linha amarela) e adventícia (linha preta). As setas
linha preta, destaca a túnica adventícia. As setas apontam para a vasa- brancas apontam para o núcleo das células musculares. Nota-se que na
vasorum (vasos de vasos). Coloração: hematoxilina e eosina. Médio artéria muscular a camada média e adventícia tem visualmente as
aumento. mesmas dimensões. Coloração: hematoxilina e eosina. Grande
Figuras: CHERIWAY, 2013 (adaptada) aumento. 41
Fig. 63: Corte histológico de uma arteríola (pequeno calibre).
Fig. 64: Corte histológico de uma arteríola (pequeno calibre).
Observa-se a túnica íntima (ponta de seta verde), túnica média ( linha
Observa-se a túnica íntima (ponta de seta verde), túnica média ( linha
preta), caracterizada por uma grande camada de tecido muscular, no
preta), caracterizada por uma grande camada de tecido muscular, e
qual é possível notar o núcleo das células musculares lisas (ponta de
túnica adventícia (linha amarela) pouco desenvolvida. Coloração:
seta amarela), e túnica adventícia (linha amarela). Nota-se o lúmen
hematoxilina e eosina. Médio aumento.
(LU) relativamente estreito Coloração: hematoxilina e eosina. Médio
aumento.
Figura (63): GONÇALVES, 2015 (adaptada)
Figura (64): COTRAN et al., 1996 (adaptada) 42
Figura : Junqueira & Carneiro, 2013 (adaptada).
Figura: CAMPO, 2009 (adaptada)
Fig. 65: Corte histológico, no qual é possível observar os capilares
sanguíneos (circulo vermelho), que são importantes para o crescimento
do endotélio vascular, formada por até três células. A seta verde aponta
para o pericito. Coloração: hematoxilina e eosina. Médio aumento e
grande aumento, respectivamente.

43
c

Fig. 66: Corte histológico, no qual é possível observar uma arteríola Fig. 67: Pequeno vaso linfático. Nota-se que a parede do vaso é muito
(seta amarela) e uma vênula (seta verde) Como se pode observar, as delgada (seta preta) com apenas uma camada de células endoteliais e
vênulas são formadas por apenas uma camada de células endoteliais. sem aberturas terminais. Observa-se, também, as válvulas (seta rosa)
Coloração: hematoxilina e eosina. Grande aumento. projetadas para dentro do lúmen. Coloração: hematoxilina e eosina.
Pequeno aumento.

Figura: MIRANDA, 2015 (adaptada). Imagem: ABRAHAMSOHN e FREITAS, 2004 (adaptada) 44


Fig. 68: Corte histológico, no qual é possível observar uma veia Fig. 69: Observa-se neste corte as túnicas de uma veia. A barra preta
(contorno preto) com suas válvulas (seta amarela), dobras da túnica indica a túnica adventícia, a mais desenvolvida das camadas, a barra
íntima em direção a luz do vaso. Coloração: hematoxilina e eosina. amarela, túnica média e a ponta de seta azul, túnica íntima.
Pequeno aumento. Coloração: hematoxilina e eosina. Grande aumento.

Figuras: DMOR-UFRN, 2015 (adaptada) 45


09. Referências bibliográficas
1. CABRERA, Daniel. Histologia do Sistema Respiratório. 2015. Disponível em: <http://histologiarespiratorio.blogspot.com/2015/04/arbol-
bronquial.html>. Acesso em: 31 nov. 2018.
2. CAMPO, Angie Paola Jiménez. EME Colômbia Histologia. 2009. Disponível em: <http://emecolombia.foroactivo.com/t330-quiz-
histologia-respuesta-de-las-preguntas>. Acesso: 30 de nov. 2018.
3. Departamento de Biología Celular y Tisular, Facultad de Medicina. Universidad Nacional Autónoma de México/http://www.facmed.unam.mx
4. FREITAS, Vanessa; ABRAHAMSOHN, Paulo. MOL 3.0: Seu tutorial de Histologia Geral e Histologia Oral. 2004. Disponível em:
<http://mol.icb.usp.br/index.php/11-25-sistema-circulatorio/>. Acesso: 30 de nov. 2018.
5. FUJIMOTO Nicollas, Histologia-UFAM.:https://histologiaufam.wordpress.com
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