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15/02/2017

Pigmentação

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PIGMENTAÇÃO
Exógena: Endógena
-Bilirrubina
-Carbono
-Melanina
- Argirose
-Hemossiderina
-Tatuagem
Profa. Maria Carolina M.Mussi -Lipofucsina
Profa. Maria Carolina Martins Mussi

Pigmentação CARBONO

-O pigmento mais comum é o carbono ou poeira de carvão

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Exógena: -Ao ser inalado é fagocitado por macrófagos alveolares e
transportados para os linfonodos regionais
-Carbono
-Argiria -O acúmulo desse pigmento escurece causa manchas irregulares no
-Tatuagem parênquima pulmonar, superfície pleural e os linfonodos do hilo
pulmonar – ANTRACOSE

CARBONO

• Em trabalhadores de minas de carvão, o grande acúmulo de


pigmento nos pulmões pode acompanhar-se de fibrose
elevar a diminuição da capacidade respiratória

• A degradação oxidativo-hidrolítica de carvão resulta na


formação de ácidos policarboxílicos que lesam os
componentes da parede alveolar
http://anatpat.unicamp.br/pecasdeg9.html

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ARGIRIA ARGIRIA LOCALIZADA


É
• Argirose (olhos)

• Diversos fatores influenciam a capacidade dos sais de prata


produzirem efeitos tóxicos no organismo, como solubilidade do
metal, capacidade de se ligar aos diferentes tecidos e grau com
que os complexos de proteína-metal formados são
sequestrados ou metabolizados e excretados

Neville et a., 2009

Tatuagem de amálgama

Neville et a., 2009


Dermatology Online Journal, 14(5), 2008

ARGIRIA SISTÊMICA

• Provocada por ingestão ou inalação crônica de compostos de


prata solúveis

• Os grânulos de prata são encontrados em macrófagos dos


linfonodos, células de Kupffer, membrana basal dos glomérulos
renais e globo ocular

• Foi relatada argiria sistêmica em dois pacientes submetidos a


hemodiálise por mais de 15 anos, possivelmente por
contaminação da água utilizada

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ARGIRIA SISTÊMICA ARGIRIA SISTÊMICA

É
MICROSCOPICAMENTE É
MACROSCOPICAMENTE
• Partículas de prata são visualizadas como grânulos arredondados
negros à microscopia de luz encontrados ao longo da borda
externa das membranas basais de glândulas sudoríparas, em
maior quantidade na porção glandular quando comparada com a
porção ductal, glândulas sebáceas, folículos pilosos, junção
dermoepidérmica e vasos sanguíneos, bem como em fibras
elásticas, ao redor de fibras nervosas mielínicas e amielínicas e
macrófagos da derme.

TATUAGEM TATUAGEM
É É
• É uma forma localizada de deposição de
pigmentos insolúveis na pele • A composição química dos compostos utilizados na tatuagem
varia amplamente e inclui corantes orgânicos, metais e solventes.
• Os pigmentos são fagocitados pelos Os elementos mais comumente identificados nas tintas são
macrófagos na derme, sendo também alumínio, oxigênio, titânio e carbono
encontrados na MEC
• Em geral pigmentos vermelhos à base de sais de mercúrio e
• Discreto infiltrado linfocitário cádmio, e corantes azoaromáticos são mais alérgiocos

• Geralmente não causam reação


inflamatória

Pigmentação

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Endógena:
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-Bilirrubina
-Hemossiderina
-Melanina
-Lipofucsina

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Bilirrubina Bilirrubina
• O principal pigmento biliar é a bilirrubina (Bb), produto final do
catabolismo da fração heme da hemoglobina e de outras
hemoproteínas • O aumento acentuado dos níveis sanguíneos de Bb não
conjugada, particularmente em recém-nascidos, pode causar
• Bb não conjugada possui ação antioxidante (capacidade de se lesão cerebral irreversível, morte e, nos casos de sobrevida,
combinar com radicais livres) sequelas neurológicas permanentes

• Ação moduladora sobre o sistema imunitário, inibindo a


proliferação de linfócitos, a produção de IL-2 e a citotoxicidade • O conhecimento de seu metabolismo é essencial para o
mediada por células dependente ou independente de anticorpos diagnóstico de um grande número de doenças, hereditárias ou
adquiridas, do fígado e do sangue

Bilirrubina Bilirrubina
-É o principal pigmento encontrado na bile
Formação da bilirrubina:
-Derivada da hemoglobina mas não contém ferro 1- Fração heme, que é um tetrapirrol em forma de quadrado
centralizado por uma molécula de ferro (Fe++) primeiro é separa da
da fração proteica (globina) da molécula de hemoglobina; em
ICTERÍCIA seguida, abre-se o anel porfírínico do heme por meio de cisão
oxidava pela enzima heme oxigenase, na presença de oxigênio (02)
e NADPH, resultando em formação de monóxido de carbono (CO),
redução de Fe++ para Fe+++ e biliverdina (pigmento tetrapirrólico
verde)
não-conjugada conjugada

02 e NADPH
3. sistemas
Fe++ transportadores
Fe+++
independentes de
CO sódio e difusão
passiva

Hemácias 4. ácido
glicurônico 3. ligandina e
velhas proteína Z
(Bb uridina difosfato
glicuronosiltransferase) (REL)

02 forma insolúvel, não ionizada e


A bile contem 75-90% de
bilirrubina diesterificada –
ionizada Reexcretado
Diglucuronato de Bb

Ileo terminal

Estercobilina

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Bilirrubina Bilirrubina
• Aumento de ambas pode ser causado por por lesão mais intensa
dos hepatócitos (onde há deficiência na conjugação e também
• Aumento da bilirrubina indireta, portanto, é causado pelo refluxo da bilirrubina conjugada para o sangue);
aumento da degradação do heme ou deficiência da conjugação
no fígado

• O aumento da bilirrubina direta é causado principalmente por


deficiência na eliminação da bilirrubina pela bile

Bilirrubina
Em uma hepatite por vírus há lesão dos hepatócitos, envolvendo as três
fases do metabolismo da bilirrubina. A secreção é o mais atingido. Em
consequência, grande quantidade de bilirrubina conjugada entra no
sangue. A bilirrubina não-conjugada também aumenta devido à redução
da captação e da conjugação. Ocorrem:

• Ruptura de canalículos biliares, em virtude da necrose dos


hepatócitos, que delimitam os canalículos (lembrar que cada canalículo
fica entre dois hepatócitos vizinhos e não tem parede própria).
• Compressão de canalículos por hepatócitos balonizados
Uma das consequências da hepatite aguda é o acúmulo de bilirrubina dentro e
• Obstrução de ductos biliares intrahepáticos terminais por células
fora dos hepatócitos (colestase intra e extrahepatocítica), bem como sua
inflamatórias
passagem para a circulação sanguínea, dando icterícia.

2 Bilirrubina

• O paciente afetado pela icterícia exibe uma descoloração


difusa, uniforme e amarelada da pela e das mucosas.

• Intensidade depende do nível sérico de bilirrubina e do sítio


anatômico.

É o sinal clínico causado por hiperbilirrubinemia e por sua deposição na pele, • Fibras elásticas apresentam afinidade pela bilirrubina (a esclera,
esclera, mucosas e na maiora dos tecidos e órgãos, em especial fígado e rins, nos
o freio lingual e o palato mole).
quais produz coloração que vai do amarelo ao negro, passando por diversas
tonalidades de

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Hemossiderina
• A hemossiderina é um pigmento derivado da HEMOGLOBINA

• Hemossiderina e ferritina

• Na célula, ferro + apoferritina = ferritina (balanço entre oferta


de Fe para MO e a necessidade de síntese de hemoglobina)

Microscopicamente, grânulos ou glóbulos amorfos castanho-esverdeados a • Quando ocorre um excesso local ou sistêmico de ferro, a
negros, evidentes especialmente no citoplasma de hepatócitos e de células de ferritina forma grânulos de HEMOSSIDERINA
Kupffer e na luz de canalículos biliares, onde formamos chamados "cilindros
biliares'' • HEMOSSIDERINA = agregado de ferritina

Hemossiderina
• Formação de hemossiderina :

1. incorporação da ferritina do citosol em forma de agregados


pelo REL (vacúolos autofágicos)
2. fusão dos vacúolos autofágicos com lisossomos, formando
lisossomos secundários(siderossomos)
3. desnaturaçãos seguida de degradação enzimática das proteí-
nas da membrana envoltória e da ferritina;
4. persistência de agregados nsolúveis de ferro (hemossiderin
Participa da formação de radicais livres

- Coloração varia do amarelo-ouro ao marrom

Hemossiderina

hemossiderose localizada hemossiderose sistêmica


• consequência de aumento na absorção
intestinal do Fe, especialmente em anemias
hemolíticas
• Pigmento acumula-se mais em macrófagos
do fígado, baço, medula óssea,
• A longo prazo, pode haver deposição de
hemossiderina no parênquima de alguns
órgãos
• Não há lesão suficiente para causar
disfunção do órgão

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Hemossiderina
EQUIMOSE
Melanina
• Hemácias são fagocitadas por macrófagos por vários dias • Ação fotoprotetora da melanina deve-se à sua eficiência em
• Macrófagos degradam hemoglobina e recuperam o ferro
absorver e dispersar fótons, convertendo rapidamente sua
energia em calor
• A fração heme é convertida em biliverdina e então em bilirrubina
• Paralelamente o ferro acumula-se como hemossiderina • Existem dois tipos de melanina:

Eumelanina Feomelanina
solúvel em solução alcalina, de
insolúvel, de coloração coloração amarela a vermelha,
castanha a negra, com ação igualmente com efeito
fotoprotetora e antioxidante antioxidante
hemoglobina desoxigenada biliverdina hemossiderina

95% de eumelanina
5% de feomelanina

67% de eumelanina 99% de eumelanina


33% de feomelanina 1% feomelanina

• Sintetizada com a participação da


enzima tirosinase
• Os melanócitos são responsáveis
pela produção de melanina • A tirosina é transformada em 3,4-di-
hidroxifenilalanina (dopa)

• Localizam-se na camada basal e • A tirosinase também age na dopa,


possui prolongamentos que entram produzindo dopaquinona, que, após
várias transformações, converte-se em
em contato com os queratinócitos melanina

•Os melanócitos não formam • A tirosinase é sintetizada nos


desmossomos com os polirribossomos, introduzida nas
queratinócitos, mas se prendem à cisternas do retículo endoplasmático
membrana basal por granuloso e acumulada em vesículas
formadas no complexo de Golgi
hemidesmossomos

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• É nessas vesículas (melanossomos) • Uma vez formados, os grânulos de


que se inicia a síntese da melanina melanina migram pelos
Inicialmente coexistem melanina e prolongamentos e são injetados, por
tirosinase nos melanossomos mecanismo pouco conhecido, no
citoplasma dos (depósitos)
• Quando cessa a síntese de melanina, o
melanossomo está repleto de • Grânulos de melanina se fundem com
melanina e perde sua atividade os lisossomos dos queratinócitos
tirosinásica, recebendo, então, o nome
de grânulo de melanina • Posição supranuclear oferece
proteção máxima ao DNA contra os
efeitos prejudiciais da radiação solar

•O equilíbrio entre a formação de eumelanina e de feomelanina


• 3 possibilidades de mecanismo de transferência de melanina dos depende:
melanossomos para o citoplasma dos queratinócitos
1. da presença de cisteína e glutationa durante o processo
de melanogênese
1. liberação de melanina dos melanossomos no espaço intercelular 2. dos níveis de tirosinase
por exocitose seguida de fagocitose do pigmento pelos
queratinócitos
Tirosinase

2. fagocitose dos terminais dendríticos carregados de


melanossomos pelos queratinócitos Cisteína/glutationa

3. fusão de membranas celulares com a formação de um poro ou Tirosinase


túnel que conecta o citoplasma do melanócito com o do
queratinócito, permitindo a transferência de melanina

Melanina Melanina
• Em indivíduos negros:

1. há maior produção de melanossomos por


• Pessoas brancas, não expostas ao sol, melanossomos são melanócitos
encontrados quase exclusivamente na camada basal e, em 2. individualmente, os melanossomos
menor grau, em queratinócitos acima dessa camada apresentam maior grau de melanização
3. os melanossomos são maiores
• Em indivíduos de cor negra, quantidades moderadas de 4. há dispersão maior dos melanossomos nos
melanossomos são observadas em toda a espessura da queratinócitos
epiderme, inclusive na camada córnea. 5. o índice de degradação dessas organelas é
menor

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Melanina Melanina
Atuam na formação da melanina (melanogênese)

3. luz solar que, por meio de UVB, é o principal fator


estimulante da produção de melanina na espécie
1. produtos de pelo menos 12 genes que regulam desde humana, aumentando o número de melanócitos e de
desenvolvimento e a migração de melanócitos até melanossomos, produzindo maior grau de melanização
controle da proliferação celular dos melanossomos e de transferência de melanossomos
para queratinócitos e aumentando a síntese e o nível de
atividade da tirosinase
2. diversos hormônios (ex. ACTH)

Mácula melanótica oral (focal)


Melanina
- Pigmentação plana e marrom causado pelo aumento localizado de melanina
• Hiperpigmentação - Não depende da exposição ao sol

1. aumento do número de melanócitos normais e neoplásicos


2. incremento da melanogênese
3. produção de melanossomos gigantes
4. defeito na eliminação de melanina através da epiderme.

Nevo melanocítico

- Lesões hamartomatosas constituídas de coleções focais de


células névicas, normalmente pigmentadas, situadas no
tecido conjuntivo.

- Células névicas: melanócitos indiferenciados ou tipo de


célula diferente derivada da crista neural

- Efélides X Mácula melanótica X Nevo melanocítico

- Ocorre mais comumente em superfícies cutâneas.

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Melanina

• Hipopigmentação
Pode ser congênita (p. ex., albinismo) ou adquirida (p. ex., vitiligo)

1. migração e diferenciação anormal de melanoblastos


2. redução da atividade da tirosinase
3. estrutura anormal dos melanossomos;
4. diminuição da melanização dos melanossomos
5. redução da transferência dos melanossomos para os
queratinócitos
6. aumento da degradação dos melanossomos em melanócitos

Lipofucsina
Durante o envelhecimento, há perda progressiva da
pigmentação melânica dos pelos, resultando na
formação de cabelos grisalhos e brancos. Isso • chamada de pigmento de desgaste, pigmento do
ocorre devido à apoptose, provavelmente mediada envelhecimento, etc
por lesão do DNA mitocondrial por estresse • marcador biológico de envelhecimento celular
oxidativo, resultando em redução acentuada do • grânulos delicados intracitoplasmátcos, pardo-amarelados,
número de melanócitos nos folículos pilosos PAS-positivo
• composição: grande variação em sua constituição mas
contém principalmente proteínas e lipídeos na proporção de
30 a 70% e 20 a 50%, respectivamente

Lipofucsina Lipofucsina

Há evidências de que a formação de A presença e o acúmulo de lipofuscina depende de:


lipofuscina seja causada por
peroxidação de material previamente 1. aumento de autofagia ou de captação celular de
autofagocitado no interior de material
lisossomos. Lesão celular por ação de 2. não completamente degradável;
radicais livres constitui a teoria do 3. redução da síntese e/ou da eficiência das enzimas
envelhecimento por estresse oxidativo lisossômicas
4. diluição da eliminação de resíduos não degradáveis
Formação de corpos residuais decorre[do desequilíbrio entre o processo como por ex. por meio de exocitose ou diluição desses
de autofagocitose contínua e a incapacidade da célula de eliminar resíduos através da divisão celular
resíduos da autodigestão

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Com o avançar da idade, a lipofuscina deposita-se especialmente em


células pós-mitóticas, como neurônios, células musculares cardíacas e
esqueléticas

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