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LEITURA DINÂMICA

Aprenda a Ler 3x mais rápido

ATENÇÃO: No final deste ebook temos uma surpresa especial para você!
Seja a leitura considerada um exercício, atividade de lazer ou mera

distração, é inegável que o ato de ler nos distingue ligeiramente de outras


espécies. Aliás, a capacidade de ler serve como distinção até mesmo entre os
humanos. Imagine quão limitado o universo de quem nunca tivera a
oportunidade de aprender a ler!

E é importante lembrar que a leitura necessita de aprendizagem; não


há nenhum mecanismo biológico ou genético que nos confira a habilidade
inata de ler. O processo de inserção na linguagem é o grande responsável pela
aquisição da leitura. Se um sujeito é privado de conviver com pessoas que
possuam linguagem falada, o ato de ler torna-se ligeiramente mais complexo.

Pessoas com deficiência auditiva, por exemplo, podem aprender a ler


quase com a mesma fluidez que uma pessoa com audição preservada. No
entanto, o processamento das informações visuais é ligeiramente diferente de

alguém que tenha a linguagem falada preservada.

A leitura requer tanto treino e desempenho cognitivo, que há uma


categoria de Transtornos Específicos da Aprendizagem especificamente
voltado para a incapacidade de processar letras, palavras e sílabas de forma
fluida. Este transtorno é conhecido por Dislexia.

E assim como há pessoas com prejuízos importantes no processamento


da leitura, também existem pessoas cuja habilidade com a leitura se mostra
ligeiramente acima da média. Estas pessoas acabam tendo vantagens em

alguns contextos, como por exemplo o universo acadêmico e o mercado de

trabalho, tendo em vista que, em ambos, quanto menos tempo você precisa
dedicar para obter informações através da leitura, mais produtivo você acaba
se tornando.

Tendo em vista tais vantagens, pesquisadores e profissionais de

diferentes áreas intelectuais passaram a se perguntar se seria possível aplicar


técnicas diversificadas à leitura a ponto de conseguir ler em um tempo
inferior com eficácia elevada. E uma das técnicas que surgiu neste sentido é a
chamada leitura dinâmica, que passou a ser investigada e amplamente
disseminada entre profissionais de diferentes áreas.

Como tudo que promete benefícios em troca de uma mudança no


padrão habitual das pessoas, a leitura dinâmica gera bastante controvérsia. Há
cursos e modos de treinamento para quem deseja aprendê-la na mesma

proporção em que há pessoas criticando e julgando se tratar de uma técnica


falha e ilusória.

Por conta disso, este e-book buscou discutir este assunto, tentando
abordá-lo de forma sintetizada. Assim, no primeiro capítulo buscou-se definir
o que seria a leitura dinâmica, enquanto os capítulos seguintes apresentam,
respectivamente, limitações, vantagens e técnicas para quem deseja aprender
a leitura dinâmica.
Boa leitura!
Capítulo 1

O que é leitura dinâmica

A leitura dinâmica consiste em uma forma de acelerar a velocidade

com que você absorve informações através da leitura, sem comprometer sua
eficácia.

Conforme veremos no próximo capítulo, é justamente a ideia de não


comprometer a eficácia da leitura que faz com que algumas pessoas se
mostrem resistentes a tal técnica. Para especialistas, seria necessário certo
tempo de contato com as palavras para reter informações com eficácia.

Por outro lado, no capítulo em que apresentamos técnicas para quem


deseja aprender a ler mais rápido, apresentamos a hipótese defendida por

quem acredita na eficácia da leitura dinâmica.

O fato é que a leitura exige diferentes estímulos e atividades por parte


do indivíduo. Entre eles, destacam-se os seguintes:

Controle muscular: os olhos precisam se movimentar da


esquerda para a direita em uma determinada velocidade e com
certa precisão, para que o indivíduo consiga de fato ler e
compreender o que está escrito.
Processamento visual: enquanto os músculos dos olhos se
movimentam da esquerda para a direita em certa velocidade e

padrão, o cérebro recebe informações sensoriais emitidos


através de ondas de luz. Pessoas com alterações genéticas ou
neuroanatômicas bem específicas (e raras, diga-se de
passagem) podem ter prejuízo na leitura por falhas no

processamento visual.
Reconhecimento de padrões: enquanto a pessoa está
movimento os músculos dos olhos e decodificando estímulos
sensoriais visuais, ela também precisa reconhecer padrões
previamente memorizados. É o que permite distinguir letras
aleatórias de palavras, e o que nos permite “criar” padrões a
partir de semelhança de padrões já conhecidos (C0m0 p0R
3x3mp10 L3R 3s7a fRa23).

Memorização: para que a leitura possa ser considerada efetiva,


a informação obtida por meio desta precisa ser armazenada, e é
necessário criar uma memória de longo-prazo do conteúdo que
fora lido.

Tendo em mente os processos descritos anteriormente, fica um pouco


mais fácil entender como se dá a leitura dinâmica. Basicamente, as técnicas
para a leitura dinâmica visam potencializar cada uma das etapas
anteriormente descritas, de forma sistemática. A seguir, apresentamos cada

uma das etapas.

1 – Controle muscular

Durante a leitura, os olhos se movimentam sempre da esquerda para a


direita em certa velocidade. Quando estamos aprendendo a ler, esta
velocidade é mais lenta, e tende a aumentar um pouco com a prática. No
entanto, a maioria das pessoas leva um tempo semelhante para ler uma frase,
pois uma fração de segundo é dedicada a cada letra individualmente.

O que acontece é que, com a leitura dinâmica, a pessoa começa a


passar os olhos mais rapidamente sobre as palavras, não dedicando
necessariamente muito tempo a cada letra.

2 – Processamento visual

O processamento visual se dá através de mecanismos neurais


específicos. Para não nos desviarmos do assunto central, estes mecanismos
não serão detalhados.

Mas o fato é que o cérebro possui capacidade de adaptação constante.


Lógico, existem limites físicos e anatômicos, de modo que é inimaginável
alguém ler uma página em 1 ou 2 segundos e conseguir memorizar as

informações, por exemplo. Ainda assim, com estímulo frequente é possível

ensinar o cérebro a acelerar a velocidade da leitura.

3 – Reconhecimento de padrões

Com a prática, a leitura flui cada vez mais rápido. Pessoas adultas
escolarizadas desde os 5 ou 6 anos de idade, em geral, leem de modo a não
direcionar o foco visual para cada letra isoladamente quando se trata de
palavras muito frequentes. Por exemplo, a palavra “amor”, se for
incorretamente grafada como “amlr”, a grande maioria das pessoas saberá
que a pessoa cometeu um erro de ortografia, na tentativa de escrever “amor”.

Este mesmo raciocínio se aplica a todas as palavras que conhecemos,


pois temos a capacidade de reconhecer padrões, e tentamos ajustar os objetos

que vemos aos padrões que conhecemos. O que acontece, então, é que se
estimularmos nosso cérebro a processar informações em menos tempo, a
capacidade de reconhecer padrões vai permitir que identifiquemos as palavras
conhecidas.

4 – Memorização
Aqui entra o ponto mais delicado. A memorização é o objetivo final da

leitura, por assim dizer. Se a pessoa lê para adquirir um conhecimento


pessoal, todo o tempo gasto em leitura perde a validade caso ela não seja
capaz de memorizar o que acabara de ler.

O mesmo vale para quando a pessoa está lendo para atender as

exigências de uma disciplina ou de um curso específico. Se a pessoa


consegue controlar o movimento de seus olhos mais rápido, processa
informação e reconhece o padrão das palavras, mas não memoriza os padrões
identificados em certa sequência, a leitura perde sua eficácia.

E, assim como falamos em limite físico e anatômico a respeito do


processamento de informações, também existem limites a se considerar
quando o assunto é capacidade de memorização. E é justamente nestes limites
que se baseiam os principais céticos acerca da leitura dinâmica, conforme

apresentamos mais detalhadamente no capítulo seguinte.


Capítulo 2

Limites da leitura dinâmica

“A memória dos homens e dos animais é o armazenamento e a

evocação de informação adquirida através de experiência” (Iván Izquierdo)

O Neurocientista Iván Izquierdo é um dos maiores nomes quando o


assunto é mecanismos neurais da memória. O referido pesquisador foi um
dos primeiros cientistas no mundo a explicar processos biológicos e
neuroquímicos que diferenciam tipos de memórias.

Novamente, não iremos mencionar de forma muito extensa os


mecanismos biológicos em questão, por conta da adequação à temática

central do e-book. No entanto, alguns dos mecanismos implicados serão


brevemente mencionados, unicamente no intuito de explicarmos os limites da
leitura dinâmica.

1 – Atenção dividida e prejuízos na memória


Um dos pontos centrais acerca da memória é sua relação com o
desempenho da atenção. Em linhas gerais, a atenção seria a capacidade de dar

ênfase a determinado estímulo de forma contínua e notável. É o que permite


ao cérebro distinguir um estímulo ou um objeto dos demais.

Nosso cérebro recebe inúmeros estímulos o tempo inteiro.


Temperatura, odores, sensações táteis, sons, ondas de luz, etc. Não haveria

como memorizarmos todos estes estímulos com precisão. Então o cérebro se


desenvolveu de modo a fazer uma espécie de filtragem, onde memoriza e
gasta energia apenas para memorizar fatos e estímulos importantes.

Considerando que a noção de “importante” é amplamente subjetiva e


imprecisa, o cérebro tem alguns indicadores que ajudam a distinguir algo
importante de algo irrelevante.

As emoções são decisivas neste sentido. Se um estímulo desperta


emoções intensas, sejam elas positivas ou negativas, o cérebro entende que o

estímulo em questão é importante. Afinal, as emoções possuem valor


adaptativo por conta disso.

Outro ponto elementar é a atenção. Alguns objetos prendem mais


nossa atenção do que outros. Alguns exemplos são:

Rostos humanos;
Sons muito altos;
Perfumes doces;
Variações na temperatura;

Vozes agudas;
Cores vibrantes e intensas;
Objetos em movimento brusco e súbito.

Estima-se que, ao longo da evolução, ter aptidão a identificar tais


objetos garantiu maior condição de adaptação por conta da facilidade em
localizar ataques de predadores naturais. Esta característica fora mantida ao
longo da evolução, passando de geração em geração e influenciando a forma
como nosso cérebro decodifica o mundo à nossa volta.

Mas qual a relação deste mecanismo com a leitura dinâmica? O que


acontece em relação à leitura dinâmica é que, para que a pessoa consiga de
fato ler com mais velocidade e alternar entre as palavras, linhas e frases com

mais eficácia, ela precisa alternar sua atenção entre diferentes estímulos de
forma simultânea.

Por um lado, a pessoa não estaria desviando o foco da leitura, apenas


estaria oscilando rapidamente a atenção entre uma palavra e outra, formando
frases em maior velocidade e, consequentemente, passando mais rapidamente
de uma frase para outra.
É muito difícil mensurar isso em termos práticos a ponto de dizer até
que velocidade uma pessoa pode ler sem que a memória fique prejudicada.

Além disso, a velocidade do processamento cognitivo varia de pessoa para


pessoa, conforme hábitos e habilidades que a pessoa já possua.

Mas o fato é que se a pessoa consegue manter sua atenção concentrada


mais pausadamente ao ler um livro, muito provavelmente a aquisição do

conhecimento e, principalmente, a facilidade de gerar uma memória sólida


são ligeiramente mais eficazes.
2 – Desconexão emocional

Conforme já mencionado, as emoções correspondem a uma das formas


através das quais o cérebro distingue estímulos importantes de serem
memorizados de estímulos irrelevantes. Desta forma, quanto menos emoções

envolvidas em determinada tarefa, mais difícil será memoriza-la de forma


eficaz.

Se já é difícil mensurar a qualidade da atenção concentrada de um


indivíduo, imagine como seria tentar medir a intensidade emocional! É uma
variável muito complexa e abrangente, totalmente inapropriada para se
considerar em experimentos científicos.

Todavia, sabe-se que a emoção é influenciada por inúmeros


mecanismos, entre eles conteúdo do pensamento e nível de estresse, seja este

físico ou mental. Como você deve imaginar, o que acontece com pessoas que
buscam ler ligeiramente mais rápido é uma certa automatização da tarefa. Ou
seja, a pessoa não tem uma experiência detalhada de pensamentos e emoções
evocados pela leitura, pois subitamente o cérebro recebe novas frases, que
evocam novos pensamentos e emoções, e assim sucessivamente.

Ao fazer tal processo repetidas vezes, o cérebro “entende” que gastar


energia buscando explorar emoções não seria adaptativo, pois há uma
oscilação enorme entre estas. O que acontece, então, é uma automatização

similar à de executar certos movimentos, como por exemplo caminhar.

Não pensamos detalhadamente sobre o fato de caminhar, e não


vivenciamos detalhadamente emoções e pensamentos associados a tal tarefa.
Apenas caminhamos, e um passo flui atrás do outro. Lembramos quantos

passos damos até determinado ponto, qual pé colocamos a frente primeiro ou


se precisamos fazer algum movimento levemente atípico? Muito
provavelmente não! E isso é apenas uma forma do cérebro economizar
energia com algo que seria “inútil”, sobrando assim energia para gastar com a
manutenção de órgãos e sistemas.

E o mesmo ocorre com relação à leitura. O cérebro entende que, uma


vez que a tarefa da leitura tenha sido automatizada, quanto menos energia
direcionar a tal atividade, melhor, pois o funcionamento de órgãos vitais

ficará beneficiado com mais energia disponível.

Em resumo, o que vimos neste capítulo é que a leitura dinâmica, ainda


que seja uma prática valiosa, pode causar prejuízos para sua finalidade de
interesse maior. Ou seja, se a pessoa precisa adquirir conhecimentos
complexos de forma consistente, talvez a leitura dinâmica não seja a melhor
opção para todas as pessoas.

No entanto, também cabe salientar que, ainda que a leitura dinâmica

não seja utilizada em todas as circunstâncias, o fato de dominar tal prática


pode se tornar vantajoso em certos contextos. E é isso que iremos mencionar
no próximo capítulo, antes de passarmos instruções para quem deseja
aprender a realizar a leitura dinâmica.
Capítulo 3

Quando e porquê utilizar a leitura dinâmica

O capítulo anterior discutiu algumas limitações que pessoas céticas em


relação à leitura dinâmica costumam apontar. As considerações apontadas

anteriormente são bastante pertinentes, pois tanto a leitura quanto a aquisição


do conhecimento lido dependem de mecanismos neurais, de modo que
implicações em tais mecanismos, de fato, causam prejuízos notáveis.

Contudo, certos conteúdos não necessitam leitura tão minuciosa, para


os quais a leitura dinâmica acaba não apresentando prejuízos importantes.
Igualmente, algumas pessoas experimentam a leitura dinâmica e
desenvolvem a habilidade de utiliza-la em contextos variados. A seguir,
apresentamos alguns tipos de conteúdo que, em geral, podem ser lidos através

da leitura dinâmica sem grandes prejuízos.

1 – Textos curtos

Conforme dito no capítulo anterior, um dos pontos prejudiciais da


leitura dinâmica é o fato de acabar automatizando a tarefa, prejudicando o
feedback emocional e o potencial de memorização. Contudo, isso pode ser
evitado quando se trata de uma leitura breve.

Os principais motivos para isso são o tempo gasto na tarefa e a própria


coerência da leitura. Com relação ao tempo, ainda que não seja possível
estipular com precisão em qual momento o cérebro passa a entender que o
processamento da informação está se tornando exaustivo, sabe-se que tarefas

com curta duração de tempo não geram o processo de automatização e


desconexão emocional.

Já com relação à coerência do texto, sabe-se que este ponto é


fundamental para facilitar a memorização. Quando você lê um livro, por
exemplo, mesmo que de forma pausada, é comum ter alguns momentos em
que sua atenção e concentração acabem oscilando. No entanto, quando você
lê um texto menor, este fenômeno não ocorre, principalmente porque em um
texto menor o mais comum é abordar-se um único tema com mais coerência.

2 – Temas que sejam de seu maior interesse

Para que você tenha resposta emocional suficiente para facilitar a


memorização, um ponto a se considerar é justamente buscar ler sobre
conteúdos que sejam realmente de seu interesse.
Ler sobre conteúdos maçantes, densos ou distantes de sua prática
comum podem exigir mais concentração, de modo que a leitura dinâmica

pode não ser a melhor opção, especialmente se você não for totalmente
habituado à leitura dinâmica. Todavia, ler sobre conteúdos que você goste,
ainda que através da leitura dinâmica, pode ajudar bastante.

3 – Conhecimento prévio

O conhecimento prévio acaba se relacionando com o item anterior,


onde descrevemos a importância de ler sobre assuntos de seu próprio
interesse. Isso porque, se você já tem conhecimento prévio sobre determinado
assunto, é bastante provável que você goste do assunto em questão, de modo
que a atenção e a resposta emocional acabam ficando facilitados.

Além disso, quando lemos sobre um assunto que já possuímos certo

conhecimento prévio, os mecanismos que facilitam a memória já estão


bastante propícios. Isso porque, na maioria das vezes, ao invés de inserirmos
conhecimentos novos, estamos apenas reforçando memórias já existentes,
acrescentando alguns conteúdos à estas.
Capítulo 4

Afinal, como realizar leitura dinâmica?

No primeiro capítulo deste e-book, explicamos quais mecanismos


estão envolvidos na leitura dinâmica, explicando nos capítulos seguintes

limitações e vantagens da mesma.

Conforme você pode perceber ao longo deste e-book, a leitura


dinâmica se trata de um processo complexo, que pode apresentar certas
limitações em alguns contextos, e vantagens em outros. Ainda merece ser
discutida e aprofundada detalhadamente por profissionais e pesquisadores,
mas já é considerada uma prática válida e efetiva.

Neste capítulo, iremos mencionar como você pode começar a treinar


sua leitura para que você passe a realizar leitura dinâmica e consiga ler mais

em menos tempo.
1 – Pare de pronunciar palavras

Na leitura típica, enquanto vamos movimentamos nossos olhos no


sentido da leitura vamos pronunciando as palavras em pensamento. E esse
processo acaba diminuindo a velocidade da leitura.

Se, por um lado, uma pessoa habilidosa consegue dar “saltos” maiores
com os olhos, ignorar certas palavras no meio das frases e afins, por outro,
pronunciar cada palavra que a pessoa lê exige certo tempo.

Sendo assim, se você quer praticar leitura dinâmica, pare de


pronunciar as palavras enquanto lê.

2 – Divida a página em três colunas e salte entre elas

Uma técnica excelente para quem deseja começar a realizar leitura


dinâmica é criando uma divisão imaginária de 3 colunas para saltar entre elas.

Em sua divisão imaginária, você irá dividir toda a extensão da página


de forma mais ou menos semelhante, em 3 colunas. Feito isso, você lerá
apenas uma palavra da primeira coluna e “saltará” para a segunda.
Igualmente, na segunda coluna você deverá ler apenas uma palavra e “saltar”
para a terceira, e então ir para a linha abaixo.

Assim, você estará otimizando seu tempo e dando ao seu cérebro o

estímulo da leitura dinâmica!

3 – Preste atenção no ambiente em que você realiza suas leituras

Toda leitura requer atenção e concentração para que possa ser


realizada com qualidade. No entanto, como você já pode perceber ao longo
deste material, a leitura dinâmica consiste em um estímulo diferente para o
cérebro, que acaba dificultando seu processamento.

Sendo uma leitura mais complexa, as exigências acabam sendo


significativamente maiores também. E isso inclui a qualidade do local em que
você realiza a leitura.

Alguns cuidados a se considerar são os seguintes:

Leia em um local silencioso


Esteja sentado ou deitado de forma confortável
Procure um local iluminado
Não leia quando estiver cansado ou com sono
Deixe uma garrafa d’água perto de você para evitar sentir sede
e ter a atenção direcionada para sua necessidade fisiológica.
4 – Ignore algumas palavras intencionalmente

Um dos grandes pontos da leitura dinâmica é a habilidade de ignorar


algumas palavras intencionalmente. Isso acontece de forma análoga ao que

faz uma pessoa que está aprendendo outro idioma conseguir ler uma frase,
por exemplo.

Imagine uma pessoa nativa em português que esteja aprendendo


inglês. Ela pode tentar ler uma frase da qual entenda apenas 70% ou 80% das
palavras, e ainda assim conseguir atribuir um sentido coerente a tal frase.

E se você consegue fazer isso em relação a um idioma que você


desconhece, por que você não poderia aplicar isso a um idioma que você é
fluente? É isso que a leitura dinâmica proporciona!

A pessoa não precisa ler palavra por palavra para conseguir entender o
que a frase está dizendo. Por exemplo, na frase “eu comprei este carro há dois
anos”, bastaria passar o olho por “comprei carro dois anos” para entender o
sentido geral da frase. Em uma frase curta como essa a diferença de tempo
dedicado à leitura é quase insignificante. Mas multiplique este tempo por
todas as frases presentes em um livro e você terá horas de eficácia.
5 – Leia diariamente buscando evoluir a cada leitura

O que acontece com a leitura é o mesmo que ocorre com atividades


físicas, por exemplo. Se a pessoa vai na academia uma ou duas vezes na
semana, o corpo receberá um tipo de estímulo. Se, por outro lado, a pessoa
realiza atividade física intensa quase que diariamente, a qualidade do

estímulo muda significativamente, e o corpo necessita se adaptar aos


estímulos que está recebendo.

Com relação à leitura, acontece o mesmo. Você possui um estilo de


leitura, que seria a leitura convencional. Este estilo seria equivalente ao seu
corpo sedentário, por exemplo. A leitura dinâmica altamente eficaz, que lhe
permitirá ler muito mais em menos tempo, seria um corpo hipertrofiado com
baixo índice de gordura.

Tal objetivo é difícil? Com certeza! Mas se você treinar

constantemente, buscando evoluir a cada vez que praticar, as chances de


obter bons resultados aumentam ligeiramente.

Por isso, se você quer aprender a técnica da leitura dinâmica, passe a


ler diariamente buscando aplicar essa técnica. Procure ler cada vez mais
rápido, fazendo seus olhos passarem mais rapidamente pelas palavras de
modo a compreendê-las com facilidade.
6 – Monitore seu desempenho

Monitorar nosso desempenho é fundamental para qualquer atividade


que se busque evolução. E com relação à leitura não é diferente.

Procure observar quanto tempo você leva para ler uma página, quanto

tempo leva para ler um artigo científico, quanto tempo leva para ler 15
páginas de um livro em fonte padrão. Repita o processo semanalmente, a
cada 15 dias ou ao menos uma vez ao mês. Isso ajudará você a acompanhar
seu processo e identificar pontos que ainda precisam ser melhor explorados.

7 – Leia a primeira página do livro de cabeça para baixo

Essa técnica com certeza parece atípica, e de fato é bastante inusitada.

Mas lembre-se que a leitura é um exercício, e como em todo exercício, a


intensidade pode ser relativizada.

Fazendo uma analogia com outros exercícios, imagine que você faça
um esforço X para levantar 5 kg. Se você passa um mês realizando
movimentos repetitivos com 30 kg, após este período você fará um esforço
significativamente menor para levantar 5 kg, certo? Esta mesma lógica se
aplica à leitura!
Ler de cabeça para baixo é totalmente incômodo, gera desconforto e
exige esforço maior. Não há motivo lógico para uma pessoa realizar esta

atividade apenas por prazer, por exemplo. No entanto, após ler a primeira
página de cabeça para baixo, as próximas páginas (que você lerá no sentido
correto) se tornarão extremamente mais fluidas e agradáveis de ler. Com isso
você facilita seu trabalho e aumenta a eficácia da leitura dinâmica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O tempo tem sido uma das principais moedas de troca em nossa


sociedade. Cada vez mais, temos priorizado fazer mais tarefas em menos
tempo, levando em consideração apenas o aspecto quantitativo desta
problemática.

Os motivos são bastante óbvios, afinal quanto menos tempo uma

pessoa leva para executar uma tarefa, mais produtiva ela acaba sendo e,
consequentemente, mais valiosa para o mercado profissional. Só que o tempo
reduzido nem sempre representa qualidade significativa.

Muitas vezes, para que uma tarefa seja desempenhada com qualidade é
necessário que se invista tempo na realização da mesma. Em alguns casos,
isso inclui tarefas como a leitura.
Este e-book buscou apresentar um guia para quem deseja aprender a
realizar leitura dinâmica. Mas não poderíamos concluir este e-book sem

propor uma reflexão acerca da real prioridade da leitura.

Aplicando as técnicas descritas no último capítulo, você irá conseguir


ler com mais velocidade. Mas, quando se tratar de leituras mais complexas,
veja o que faz mais sentido para você, respeite seu corpo, respeite seu tempo

e priorize a qualidade de sua leitura!

Chegamos ao fim por aqui. Na próxima página temos uma


surpresa especial para você, confira!
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