Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Setor de Fisioterapia

EENM: Aplicabilidade clínica nas

lesões ortopédicas

Prof. Dr. Thiago Yukio Fukuda

ELETROESTIMULAÇÃO
NEUROMUSCULAR

Ward e Shkuratova, Physical Therapy, 2002

 OBJETIVOS

MANUTENÇÃO / RECUPERAÇÃO FORÇA

SUBSTITUIÇÃO CINESIOTERÁPICA (CONDIÇÕES ESPECIAIS)

EVITAR FLACIDEZ, PERDA FORÇA OU ATROFIA

(INATIVIDADE MM)

CARACTERÍSTICAS UNIDADES MOTORAS

FIBRA TIPO I (V) FIBRA TIPO II (B)

Resistência
Fadiga lentamente
F tetânica (20 – 50 Hz)
Menor diâmetro
Enzimas oxidativas
Alto nº mitocôndrias
Melhor capilarização
Inervada neurônios Aα2
Velocidade, potência
Fadiga rapidamente
(50 – 100 Hz)
Maior diâmetro
Enzimas glicolíticas
Baixo nº mitocôndrias
Menos capilarização
Neurônios Aα1

JUDGE et al., 1989

 FREQUÊNCIA
BAIXA F MÉDIA F
> Resistência capacitiva < Resistência capacitiva
< Intensidade > Intensidade
< Penetração > Penetração
Recruta poucas fibras Pode ativar 30-40% a mais de
U.M. em relação a ex. resistido

PARÂMETROS

Frequência
Duração Pulso / Ciclo de trabalho
Ton/Toff (Tsubida e Tdescida)
Tempo aplicação
Técnica aplicação
Intensidade

Geofrey et al, JOSPT, 2009; Fritzgerald et al, JOSPT, 2003; Snyder-Mackler et al, JBJS, 1995
 FES (Functional Electrical Stim)

Alternada (bifásica), pulsada, simétrica, pulsos retangulares,

baixa frequência

1. DURAÇÃO DO PULSO

EENM
50 a 1.000 µs (até 400 µs)

RECRUTAMENTO DE FIBRAS
Tempo do pulso
Distância eletrodo
Calibre do nervo

ATROFIADOS (200 A 300 µs) E NORMAIS (300 A 400 µs)

2. FREQUÊNCIA

1 a 150 Hz
 3. INTENSIDADE (A)

Ganho de força muscular

Linearmente relacionado com nível de força muscular

Linearmente relacionado à Intensidade da EENM e
resultados finais da força muscular

4. CICLO ÚTIL

É a relação entre o tempo de estimulação e o tempo total

do tratamento

Ton / Toff 1:3 (músculo atrofiado)

1:1 (músculo normal)

CORRENTE RUSSA
1. CORRENTE PORTADORA
Período refratário motoneurônio = 0,4 ms
1s (1000 ms) 1000 / 0,4 = 2500 Hz
Evita período refratário

2. FREQUÊNCIA MODULAÇÃO

FIBRAS TIPO I (30 – 50 Hz)

FIBRAS TIPO II (50 – 80 Hz)

3. TEMPO DE CONTRAÇÃO
Até 30s fibras tipo I (boa condição)
T menor fibras tipo II
T repouso ⊇ T contração

4. CICLO DE TRABALHO
50%
5. TEMPO TOTAL DE APLICAÇÃO
Hipotrofia mm. (1:3)
Diminui c/ evolução (1:1)
T subida máximo = 1s (acomodação)
T total

6. INTENSIDADE
Direta/e relacionada à contração (visualização)
Não deve gerar dor intensa (mecanismo auto-proteção)
Ligeira dor

Paternostro-Sluga et al; 1999

 CORRENTE AUSSIE

TÉCNICAS DE APLICAÇÃO

MIOENERGÉTICA PONTO MOTOR

2 eletrodos iguais 2 eletrodos tamanhos diferentes

Dispersivo proximal
 ASPECTOS IMPORTANTES
Lesão pele / camada adiposa / fadiga
Troca eletrodos
Esboço movimento (dor)
Não trabalhar agonistas / antagonistas
Intervalo entre sessões (48 h)

RISCOS EENM
Dor / rigidez muscular
Lesões tendíneas
Deterioração fáscia mm.
Modificação não desejada composição fibra mm.

CONTRA-INDICAÇÕES

Lesões mms, tendinites e tenossinovites

Afecções mms. agudas, distrofias, miosites
Distúrbios articulares / peri-articulares fase aguda (A.R., bursites)
Tecidos não consolidados, fraturas, rupturas tendíneas e mms.
 Walls RJ, et al. BMC Musculoskeletal Disorders. 2010

Ganho de força com EENM (2500Hz) após ATQ

Lewek et al. Physical Therapy, 2001; Piva et al. Phys Ther. 2007
 30 pacientes (10°PO reconstrução MR)
EENM (infra-espinal) - Aumento torque em 22%

ANALYSIS OF THE QUADRICEPS TORQUE WITH

LOW AND MEDIUM FREQUENCY CURRENTS

Fukuda TY, Cazarini C, Rabelo N, Marcondes FB, Vasconcellos R

• 30 indivíduos
• Saudáveis
• Masculino
• Aleatório

TORQUE MÁXIMO VOLUTÁRIO

ISOMÉTRICO (60°)
 % TMV
RUSSA 45,6%†*
FES 55,8%*ǂ
VMS 57,4%†ǂ

† p < 0,05 – diferença significante

* P < 0,05 – diferença significante
ǂ p > 0,05 – sem diferença significante

EVA
RUSSA 6,8 ± 1,6
FES 8,3 ± 1,5
VMS 8,4 ± 1,0

Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Setor de Fisioterapia

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