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capacitação em

Elaboração de
Documentos
Psicológicos
sumário
sumário
4 4
Resoluções CFP
Resolução CFP 001/2009

5 Resolução CFP 009/2018

16 Resolução CFP 006/2019

3131
Modelos de documentos
Declaração

32 Atestado Psicológico

33 Relatório Psicológico

35 Relatório Multiprofissional

37 Laudo Psicológico

45 Parecer Psicológico

46 Encaminhamento Psicológico

47 Anamnese Infantil

51 Anamnese Infanto-juvenil

56 Anamnese Psicomotricidade

58 Contrato de Atendimento Online

59 Contrato de sublocação de sala

60 Controle de Presença

61 Protocolo de entrega de documentos

62 Ficha de cadastro

63 Ficha de triagem

64 Recibo
Resoluções
RESOLUÇÃO CFP 001/2009 § 2º. Deve ser mantido permanentemente atualizado e
organizado pelo psicólogo que acompanha o procedimento.
Dispõe sobre a obrigatoriedade do registro documental decorrente
da prestação de serviços psicológicos. Art. 2°. Os documentos agrupados nos registros do tra-
balho realizado devem contemplar:
O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas I – identificação do usuário/instituição;
atribuições legais e regimentais, que lhe são conferidas pela II – avaliação de demanda e definição de objetivos do
Lei nº 5.766, de 20 de dezembro de 1971 e; trabalho;
CONSIDERANDO a necessidade de haver um registro III – registro da evolução do trabalho, de modo a per-
das informações decorrentes da prestação de serviços psi- mitir o conhecimento do mesmo e seu acompanhamento,
cológicos que possibilite a orientação e a fiscalização sobre bem como os procedimentos técnico-científicos adotados;
o serviço prestado e a responsabilidade técnica adotada; IV – registro de Encaminhamento ou Encerramento;
CONSIDERANDO a necessidade de contemplar de for- V – documentos resultantes da aplicação de instru-
ma sucinta a assistência prestada, a descrição e a evolução mentos de avaliação psicológica deverão ser arquivados em
do processo e os procedimentos técnico-científicos adota- pasta de acesso exclusivo do psicólogo.
dos no exercício profissional; VI – cópias de outros documentos produzidos pelo psi-
CONSIDERANDO que o registro documental, além de cólogo para o usuário/instituição do serviço de psicologia
valioso para o psicólogo e para quem recebe atendimento e, prestado, deverão ser arquivadas, além do registro da data
ainda, para as instituições envolvidas, é também instrumen- de emissão, finalidade e destinatário”.
to útil à produção e ao acúmulo de conhecimento científico,
à pesquisa, ao ensino, como meio de prova idônea para ins- Art. 3°. Em caso de serviço psicológico prestado em
truir processos disciplinares e à defesa legal; serviços-escola e campos de estágio, o registro deve con-
CONSIDERANDO o que está disposto no Código de Éti- templar a identificação e a assinatura do responsável técni-
ca Profissional do Psicólogo; co/supervisor que responderá pelo serviço prestado, bem
CONSIDERANDO a decisão do Plenário do Conselho como do estagiário.
Federal de Psicologia, no dia 31 de janeiro de 2009, Parágrafo único. O supervisor técnico deve solicitar do
estagiário registro de todas as atividades e acontecimentos
RESOLVE: que ocorrerem com os usuários do serviço psicológico pres-
tado.
CAPÍTULO I
DOS REGISTROS DOCUMENTAIS Art. 4°. A guarda do registro documental é de respon-
sabilidade do psicólogo e/ou da instituição em que ocorreu
Art. 1º. Tornar obrigatório o registro documental sobre a o serviço.
prestação de serviços psicológicos que não puder ser mantido § 1.° O período de guarda deve ser de no mínimo 05
prioritariamente sob a forma de prontuário psicológico, por ra- anos, podendo ser ampliado nos casos previstos em lei, por
zões que envolvam a restrição do compartilhamento de infor- determinação judicial, ou ainda em casos específicos em que
mações com o usuário e/ou beneficiário do serviço prestado. seja necessária a manutenção da guarda por maior tempo.
§ 1°. O registro documental em papel ou informatizado § 2º. O registro documental deve ser mantido em local
tem caráter sigiloso e constitui-se de um conjunto de infor- que garanta sigilo e privacidade e mantenha-se à disposição
mações que tem por objetivo contemplar de forma sucinta o dos Conselhos de Psicologia para orientação e fiscalização,
trabalho prestado, a descrição e a evolução da atividade e os de modo que sirva como meio de prova idônea para instruir
procedimentos técnico-científicos adotados. processos disciplinares e à defesa legal.

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CAPÍTULO II Resolução CFP 09/2018
DOS PRONTUÁRIOS
Estabelece diretrizes para a realização de Avaliação Psicológica no
Art. 5º. Na hipótese de o registro documental de que exercício profissional da psicóloga e do psicólogo, regulamenta o
Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos - SATEPSI e revoga as
trata o art. 1º desta Resolução ser realizado na forma de Resoluções n° 002/2003, nº 006/2004 e n° 005/2012 e Notas Técnicas
prontuário, o seguinte deve ser observado: n° 01/2017 e 02/2017.
I – as informações a ser registradas pelo psicólogo são
as previstas nos incisos I a V do art. 2º desta Resolução; O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso das
II – fica garantido ao usuário ou representante legal o atribuições legais e regimentais que lhe são conferidas pela
acesso integral às informações registradas, pelo psicólogo, Lei nº 5.766, de 20 de dezembro de 1971, e o Decreto nº
em seu prontuário; 53.464, de 21 de janeiro de 1964, e;
III – para atendimento em grupo não eventual, o psi- CONSIDERANDO que a utilização de métodos e técni-
cólogo deve manter, além dos registros dos atendimentos, a cas psicológicas constitui função privativa da psicóloga e do
documentação individual referente a cada usuário; psicólogo, com base nos objetivos previstos no parágrafo 1º,
IV – a guarda dos registros de atendimento individual do art. 13, da Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962, e no art.
ou de grupo é de responsabilidade do profissional psicólogo 4º, do Decreto nº 53.464/1964;
ou responsável técnico e obedece ao disposto no Código de CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer diretri-
Ética Profissional e à Resolução CFP nº 07/2003, que institui zes sobre Avaliação Psicológica que possam orientar o tra-
o Manual de Documentos Escritos, produzidos pelo psicólo- balho das psicólogas e dos psicólogos em diferentes contex-
go, decorrente de avaliação psicológica. tos de atuação profissional;
CONSIDERANDO a função social do Sistema Conse-
Art. 6º. Quando em serviço multiprofissional, o regis- lhos de Psicologia em contribuir para o aprimoramento da
tro deve ser realizado em prontuário único. qualidade técnico-científica dos métodos e procedimentos
Parágrafo único. Devem ser registradas apenas as in- psicológicos;
formações necessárias ao cumprimento dos objetivos do CONSIDERANDO a garantia do compromisso ético das
trabalho. psicólogas e dos psicólogos na utilização de testes psicológi-
cos no âmbito profissional;
Art. 7º Esta resolução entra em vigor na data de sua CONSIDERANDO a demanda social e técnico-científica
publicação. Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário. de construir um sistema contínuo de avaliação de testes psi-
cológicos compatível com a dinâmica da produção científica
e com as necessidades das profissionais e dos profissionais
ANOTAÇÕES da Psicologia;
CONSIDERANDO que o Sistema de Avaliação de Testes
____________________________________________ Psicológicos (SATEPSI) é um sistema informatizado que tem
____________________________________________ por objetivo avaliar a qualidade técnico-científica de instru-
____________________________________________ mentos submetidos à apreciação da Comissão Consultiva
____________________________________________ em Avaliação Psicológica do Conselho Federal de Psicologia
____________________________________________ (CFP);
____________________________________________ CONSIDERANDO o constante trabalho de aprimora-
____________________________________________ mento e incorporação de melhorias do SATEPSI sugeridas e
____________________________________________ debatidas em diferentes fóruns científicos;
____________________________________________ CONSIDERANDO a necessidade de tornar público os
____________________________________________ critérios de análise e o processo de avaliação de testes psi-
____________________________________________ cológicos;
____________________________________________ CONSIDERANDO os princípios éticos fundamentais
____________________________________________ que norteiam a atividade profissional da psicóloga e do psi-
____________________________________________ cólogo, e o inciso IV dos Princípios Fundamentais no Código
____________________________________________ de Ética Profissional da psicóloga e do psicólogo, que esta-
____________________________________________ belece a responsabilidade da psicóloga e do psicólogo por
____________________________________________ seu contínuo aprimoramento profissional e pelo desenvolvi-
____________________________________________ mento da Psicologia como campo científico de conhecimen-
_______________________________________ to e de prática;
_______________________________________ CONSIDERANDO a alínea b, do art. 1º do Código de
Ética Profissional da psicóloga e do psicólogo que preconiza

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que as psicólogas e psicólogos assumam responsabilidades na lista de Testes Psicológicos Não Avaliados no site do SA-
profissionais somente por atividades para as quais estejam TEPSI, salvo para os casos de pesquisa na forma da legisla-
capacitados, pessoal, teórica e tecnicamente, e; ção vigente e de ensino com objetivo formativo e histórico
CONSIDERANDO a decisão deste Plenário em 25 de no- na Psicologia.
vembro de 2017; §2 - Na hipótese de dúvida acerca da classificação do
RESOLVE: instrumento (teste psicológico ou instrumento não psicoló-
gico), ficam legitimados os Conselhos Regionais de Psicolo-
DAS DIRETRIZES BÁSICAS PARA A REALIZAÇÃO DE AVALIA- gia (CRPs) a submeter o respectivo instrumento à Comissão
ÇÃO PSICOLÓGICA NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA PSI- Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP) do CFP para
CÓLOGA E DO PSICÓLOGO apreciação.
§3 - A profissional psicóloga e o profissional psicólo-
Art. 1º - Avaliação Psicológica é definida como um pro- go poderão requerer ao CRP a submissão do instrumento à
cesso estruturado de investigação de fenômenos psicológi- apreciação da CCAP nos termos do parágrafo §2.
cos, composto de métodos, técnicas e instrumentos, com
o objetivo de prover informações à tomada de decisão, no Art. 3º - Documentos decorrentes do processo de Ava-
âmbito individual, grupal ou institucional, com base em de- liação Psicológica deverão ser elaborados em conformida-
mandas, condições e finalidades específicas. de com a(s) resolução(ões) vigente(s) do CFP. É obrigatória
§1 - Os testes psicológicos abarcam também os se- a manutenção de todos os registros dos atendimentos do
guintes instrumentos: escalas, inventários, questionários e processo de avaliação psicológica, conforme preconiza a re-
métodos projetivos/expressivos, para fins de padronização solução CFP n° 01/2009.
desta Resolução e do SATEPSI.
§2 - A psicóloga e o psicólogo têm a prerrogativa de DA SUBMISSÃO E AVALIAÇÃO DE TESTES AO SISTEMA DE
decidir quais são os métodos, técnicas e instrumentos em- AVALIAÇÃO DE TESTES PSICOLÓGICOS (SATEPSI)
pregados na Avaliação Psicológica, desde que devidamente
fundamentados na literatura científica psicológica e nas nor- Art. 4º - Um teste psicológico tem por objetivo identifi-
mativas vigentes do Conselho Federal de Psicologia (CFP). car, descrever, qualificar e mensurar características psicológi-
cas, por meio de procedimentos sistemáticos de observação
Art. 2º - Na realização da Avaliação Psicológica, a psi- e descrição do comportamento humano, nas suas diversas
cóloga e o psicólogo devem basear sua decisão, obrigato- formas de expressão, acordados pela comunidade científica.
riamente, em métodos e/ou técnicas e/ou instrumentos Art. 5º - Os documentos a seguir são referências para a
psicológicos reconhecidos cientificamente para uso na prá- definição dos conceitos, princípios e procedimentos de ava-
tica profissional da psicóloga e do psicólogo (fontes funda- liação de instrumentos psicológicos, bem como o detalha-
mentais de informação), podendo, a depender do contexto, mento dos requisitos estabelecidos nesta Resolução:
recorrer a procedimentos e recursos auxiliares (fontes com- I - American Educational Research Association, Ameri-
plementares de informação). can Psychological Association & National Council on Me-
Consideram-se fontes de informação: asurement in Education (2014). Standards for Educational
I – Fontes fundamentais: and Psychological Testing. New York: American Educational
a) Testes psicológicos aprovados pelo CFP para uso Research Association;
profissional da psicóloga e do psicólogo e/ou; II - International Testing Comission (2005). Diretrizes
b) Entrevistas psicológicas, anamnese e/ou; para o Uso de Testes: International Test Commission. (http://
c) Protocolos ou registros de observação de compor- www.intestcom.org);
tamentos obtidos individualmente ou por meio de processo III - International Testing Comission (2005). ITC Gui-
grupal e/ou técnicas de grupo. delines for Translating and Adaptating Tests. (http://www.
II - Fontes complementares: intestcom.org);
a) Técnicas e instrumentos não psicológicos que pos- IV - International Testing Comission (2014). The ITC
suam respaldo da literatura científica da área e que respei- Guidelines on the Security of Tests, Examinations, and Other
tem o Código de Ética e as garantias da legislação da profis- Assessments. (http://www.intestcom.org);
são; V - International Testing Comission (2013). ITC Guide-
b) Documentos técnicos, tais como protocolos ou rela- lines on Quality Control in Scoring, Test Analysis, and Repor-
tórios de equipes multiprofissionais. ting of Test Scores. (http://www.intestcom.org);
§1 - Será considerada falta ética, conforme disposto na VI - International Testing Comission (2005). ITC Guide-
alínea c do Art. 1º e na alínea f do Art. 2º do Código de Ética lines on Computer- Based and Internet Delivered Testing.
Profissional da psicóloga e do psicólogo, a utilização de tes- (http://www.intestcom.org);
tes psicológicos com parecer desfavorável ou que constem VII - CFP (2013). Cartilha de Avaliação Psicológica.

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(http://site.cfp.org.br/publicacao/cartilha-avaliacao-psico- Art. 9º - A submissão do teste psicológico para avalia-
logica-2013/). ção deverá ser realizada por meio do SATEPSI.
Parágrafo único – A submissão de teste psicológico ao
Art. 6º – Os testes psicológicos, para serem reconheci- SATEPSI está condicionada à indicação de responsável téc-
dos para uso profissional de psicólogas e psicólogos, devem nico com CRP ativo.
possuir consistência técnico-científica e atender os requisi-
tos mínimos obrigatórios, listados a seguir: Art. 10 - Os testes psicológicos submetidos ao SATEPSI
I - apresentação de fundamentação teórica, com es- serão avaliados pela CCAP, cuja constituição e funcionamen-
pecial ênfase na definição do(s) construto(s), descrevendo to seguirá o estabelecido pela Resolução CFP nº 003/2017,
seus aspectos constitutivo e operacional; ou resoluções que venham a substituí-la ou alterá-la.
II - definição dos objetivos do teste e contexto de apli-
cação, detalhando a população-alvo; Art. 11 - A tramitação dos testes psicológicos submeti-
III - pertinência teórica e qualidade técnica dos estí- dos ao SATEPSI obedecerá às seguintes etapas:
mulos utilizados nos testes; I - Submissão on-line ao SATEPSI;
IV - apresentação de evidências empíricas sobre as ca- II - Designação de 2 (dois) pareceristas ad hoc para
racterísticas técnicas dos itens do teste, exceto para os mé- análise do teste psicológico;
todos projetivos/expressivos; III - Avaliação do teste psicológico por pareceristas;
V - apresentação de evidências empíricas de validade IV - Análise dos pareceres emitidos e elaboração de re-
e estimativas de precisão das interpretações para os resulta- latório conclusivo por membro da CCAP;
dos do teste, caracterizando os procedimentos e os critérios V - Apreciação do relatório conclusivo pelo colegiado
adotados na investigação; da CCAP;
VI - apresentação do sistema de correção e interpre- VI - Apreciação e decisão pelo Plenário do CFP do re-
tação dos escores, explicitando a lógica que fundamenta o latório da CCAP; VII - Envio do parecer final do CFP aos re-
procedimento, em função do sistema de interpretação ado- querentes;
tado, que pode ser: VIII - Prazo para interposição de recurso; IX - Análise do
a) Referenciada à norma, devendo, nesse caso, relatar recurso pela CCAP;
as características da amostra de normatização de maneira X - Apreciação da análise do recurso pelo Plenário do
explícita e exaustiva, preferencialmente comparando com CFP; XI - Envio do parecer final sobre o recurso aos requerentes.
estimativas nacionais, possibilitando o julgamento do nível § 1º - A designação de pareceristas será feita pela CCAP,
de representatividade do grupo de referência usado para a considerando a lista de pareceristas ad hoc vigente à época.
transformação dos escores. §2º - Quando da análise dos pareceres pelo colegiado da
b) Diferente da interpretação referenciada à norma, CCAP, esclarecimentos ou informações complementares pode-
devendo, nesse caso, explicar o embasamento teórico e jus- rão ser solicitadas ao responsável técnico do teste psicológico.
tificar a lógica do procedimento de interpretação utilizado. §3º - O CFP encaminhará o resultado da avaliação ao re-
VII - apresentação explícita da aplicação e correção querente, e quando este for desfavorável, o requerente pode-
para que haja a garantia da uniformidade dos procedimen- rá apresentar recurso por meio do SATEPSI no prazo de até 30
tos. dias, a contar da data de envio da comunicação do resultado.
Parágrafo único - Testes psicológicos estrangeiros §4º - A análise do recurso será realizada pela CCAP na
adaptados para o Brasil devem atender aos incisos supraci- reunião subsequente ao recebimento do mesmo.
tados. §5º - A avaliação final desfavorável prevalecerá quan-
VIII - Atenção aos requisitos explicitados nos artigos do, mediante análise do recurso, a avaliação da CCAP se
30, 31, 32 e 33. mantiver, ou quando o recurso não for apresentado no pra-
zo estabelecido.
Art. 7º - O manual do teste psicológico deve atender
a todos os incisos do Art. 6° e incluir a ficha síntese do teste Art. 12 - Os prazos para cada etapa descrita no Art. 11
(com objetivo, público-alvo, material, aplicação e correção) desta Resolução são de até:
e exemplo(s) de utilização, contemplando a administração, I – 30 (trinta) dias, a partir da data de recebimento do
aferição, análise e interpretação dos resultados. teste psicológico completo por meio da plataforma on-line
do SATEPSI, e, se for o caso, do envio de materiais não digi-
Art. 8º - Os requisitos mínimos obrigatórios são aque- talizáveis, para a designação de 2 (dois) pareceristas ad hoc;
les contidos no Anexo I desta Resolução, denominado For- II - 20 (vinte) dias, a partir da data de aceitação da atri-
mulário de Avaliação da Qualidade de Testes Psicológicos. buição pelos pareceristas para a emissão dos pareceres, po-
Parágrafo Único - O Anexo que trata o caput deste Arti- dendo esse prazo ser prorrogado por igual período, median-
go é parte integrante desta Resolução. te solicitação realizada pelo parecerista no próprio SATEPSI.

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III - 30 (trinta) dias, a partir do recebimento dos pare- testes adquiridos.
ceres para elaboração de relatório e emissão de parecer pela Art. 17 - Os CRPs adotarão as providências para o cum-
CCAP. Nos casos em que houver necessidade de esclareci- primento desta Resolução, em suas respectivas jurisdições,
mentos ou acréscimo de informações a pedido da CCAP, o procedendo à orientação, à fiscalização e ao julgamento,
prazo de 30 dias será contado a partir do fornecimento des- podendo:
tas informações pelo responsável técnico; I - notificar a psicóloga ou psicólogo a respeito de irre-
IV - 30 (trinta) dias para emissão e decisão do Plenário gularidade, dando prazo para a sua regularização;
do CFP, a partir do relatório final da CCAP. II - representar contra profissional ou pessoa jurídica
V - 30 (trinta) dias, a partir da comunicação da decisão do por falta disciplinar;
Plenário do CFP para interposição de recurso pelo requerente; III - dar conhecimento às autoridades competentes de
VI - 30 (trinta) dias a partir do recebimento do recurso, possíveis irregularidades.
para análise e parecer pela CCAP, quando houver prazo hábil Parágrafo único - Os Conselhos Regionais de Psicologia
para análise. (CRPs) manterão cadastro atualizado de pessoas físicas e jurídi-
VII - 30 (trinta) dias para emissão e decisão do Plenário cas que, em sua jurisdição, comercializem testes psicológicos.
do CFP, a partir do relatório final do recurso pela CCAP.
Parágrafo único - Os prazos previstos no caput deste DA SUBMISSÃO AO SATEPSI DE VERSÕES EQUIVALENTES
artigo serão calculados em dias úteis e seguirão o calendário DE TESTES PSICOLÓGICOS APROVADOS (INFORMATIZA-
de Reuniões da CCAP e da Plenária do CFP. DAS E NÃO INFORMATIZADA)

Art. 13 - Os testes psicológicos com parecer final desfa- Art. 18 - Será considerada versão equivalente de um
vorável do CFP poderão ser reapresentados a qualquer tempo teste psicológico aquela com formato diferente de aplicação
e seguirão o trâmite previsto no Artigo 12 desta Resolução. descrita na versão aprovada pelo SATEPSI.

Art. 14 - Os estudos de validade, precisão e normas dos Art. 19 - Formato de aplicação diferente daquele descri-
testes psicológicos terão prazo máximo de 15 (quinze) anos, to no manual do teste aprovado pelo SATEPSI deverá ser sub-
a contar da data da aprovação do teste psicológico pela Ple- metido para apreciação da CCAP e terá a seguinte tramitação:
nária do CFP. I - Recepção; II - Análise;
§1º - Caso novas versões do teste sejam apresentadas III - Avaliação;
e recebam parecer favorável, versões anteriores poderão ser IV - Comunicação da avaliação aos requerentes, com
utilizadas até o vencimento dos estudos de normatização, prazo para recurso; V - Análise de recurso;
validade e precisão. VI - Avaliação final.
§2º - Os testes com parecer favorável no SATEPSI com §1o - Formato de correção diferente daquele descrito
data anterior à publicação desta Resolução terão sua vigên- no manual do teste psicológico aprovado pelo SATEPSI não
cia mantida para os estudos de validade (20 anos) e para necessita de nova avaliação, desde que os procedimentos
normas (15 anos). descritos nos seus respectivos manuais sejam rigorosamen-
§3º - Não sendo apresentada a revisão no prazo te seguidos.
estabelecido no caput deste artigo, o teste psicológico per- §2o - Compete ao responsável técnico a submissão ao
derá a condição de uso e será excluído da relação de testes SATEPSI de estudos de equivalência dos diferentes formatos
com parecer favorável pelo SATEPSI. de aplicação.
Art. 15 - A responsabilidade pela submissão dos estu-
dos de validade, precisão e de atualização de normas dos Art. 20 - Os procedimentos e prazos para cada etapa
testes psicológicos ao SATEPSI, será do responsável técnico descrita no Art. 19 desta Resolução são os seguintes:
pelo teste ou psicóloga ou psicólogo legalmente constituído. I – O envio deverá ser feito de forma on-line pelo SA-
TEPSI, por meio do preenchimento dos dados de identifica-
Art. 16 - Todos os testes psicológicos estão sujeitos ao ção do teste psicológico e da inserção dos seguintes docu-
disposto nesta Resolução, considerando que: mentos:
§1o - Os manuais de testes psicológicos devem infor- a) arquivo contendo o estudo de equivalência entre os
mar que sua comercialização e seu uso é restrito a psicólo- diferentes formatos de aplicação;
gas e psicólogos, regularmente inscritos no CRP. b) arquivo digital contendo a versão aprovada do manual;
§2o - Na comercialização de testes psicológicos, as edi- c) carta de anuência do responsável técnico do teste
toras manterão procedimento de controle, no qual conste o psicológico aprovado no SATEPSI.
nome da psicóloga e do psicólogo que os adquiriu, o seu II – No ato do envio, o requerente deverá assinalar a
número de inscrição no CRP e o(s) número(s) de série dos concordância de que o estudo de equivalência realizado to-

8 Elaboração de Documentos Psicológicos


mou como base o manual da versão aprovada pelo SATEPSI. guintes etapas:
III - O material será analisado por 1 (um) parecerista ad I - Recepção; II - Análise;
hoc, que terá um prazo de 20 dias a partir da data de aceita- III - Avaliação;
ção da atribuição para emitir o parecer, podendo esse prazo IV - Comunicação da avaliação aos requerentes, com
ser prorrogado por igual período, mediante solicitação reali- prazo para recurso;
zada no próprio sistema do SATEPSI. V - Análise de recurso;
IV - Após recebimento do parecer, a CCAP terá um pra- VI - Avaliação final.
zo de 30 dias para emitir seu relatório conclusivo, que será
enviado para decisão do Plenário do CFP. Art. 24 - Os procedimentos e prazos para cada etapa
V - A avaliação poderá ser favorável quando, por decisão descrita no Art. 23 desta Resolução são os seguintes:
do Plenário do CFP, a versão apresentada possua evidência I - O envio deverá ser feito on-line pelo site do SATEPSI
favorável quanto à equivalência entre as versões do instru- por meio do preenchimento dos dados de identificação do
mento, ou desfavorável, quando, por decisão do Plenário do teste psicológico e da inserção dos seguintes documentos:
CFP, a análise indicar divergências significativas entre as ver- a) estudo que gerou as novas normas, com descrição
sões. Nesse caso, o parecer deverá apresentar as razões, bem detalhada dos participantes, do período da coleta de dados
como as orientações para que o problema seja sanado. e dos índices de precisão dos escores/indicadores;
VI - Após o envio da comunicação da avaliação, e nos b) arquivo digital contendo a versão aprovada do manual;
casos em que ela for desfavorável, o requerente poderá c) carta de anuência do responsável técnico do teste
apresentar recurso no prazo de 30 dias, a contar da data do psicológico aprovado no SATEPSI.
envio da comunicação do resultado. II – O material será analisado pela CCAP, que terá um
VII - A análise do recurso à avaliação desfavorável será prazo de 60 dias a partir do recebimento da solicitação, para
realizada pela CCAP, que terá o prazo de 30 dias, a contar da encaminhar sua deliberação ao Plenário do CFP.
data do recebimento do recurso do requerente. III - A avaliação poderá ser favorável quando, por deci-
VIII - A CCAP encaminhará seu parecer para a Plenária são do Plenário do CFP, a atualização de normas contemplar
do CFP, que fará a deliberação final. as determinações desta Resolução, ou desfavorável, quan-
Parágrafo único - Os prazos previstos no caput deste do, por decisão do Plenário do CFP, a análise indicar que a
artigo serão calculados em dias úteis e seguirão o calendário atualização das normas não está em consonância com a re-
de Reuniões da CCAP e do Plenário do CFP. ferida Resolução. No caso de parecer desfavorável, deverão
DA ATUALIZAÇÃO DE NORMAS DE TESTES PSICOLÓGICOS ser apresentadas as razões, bem como as orientações para
que o problema seja sanado.
Art. 21- Define-se Atualização de Normas o processo IV - Após o envio da comunicação da avaliação, e nos
de elaboração de novos estudos normativos para testes psi- casos em que ela for desfavorável, o requerente poderá
cológicos aprovados e com evidências de validade vigentes. apresentar recurso no prazo de 30 dias, a contar da data do
§1o - Não se trata de atualização de normas o estudo envio da comunicação do resultado.
com amostras que possuam características sociodemográfi- V - A análise do recurso à avaliação desfavorável será
cas diferentes das especificadas no Manual do teste aprova- realizada pela CCAP, que terá o prazo de 30 dias, a contar da
do pelo SATEPSI. data do recebimento do recurso do requerente.
§2o - Nesse caso, o material deverá ser submetido à nova VI - A CCAP encaminhará seu parecer para a Plenária
avaliação pelo SATEPSI, seguindo as normas desta Resolução, in- do CFP, que fará a deliberação final.
cluindo-se as novas evidências de validade e estudos de precisão. Parágrafo único - Os prazos previstos no caput deste
artigo serão calculados em dias úteis e seguirão o calendário
Art. 22 - O material de atualização de normas deverá de Reuniões da CCAP e do Plenário do CFP.
considerar os seguintes aspectos: Art. 25 - As normas atualizadas, a partir da data de
I - Os resultados deverão ser decorrentes de coleta de aprovação, devem ser disponibilizadas juntamente com o
dados com nova amostra de participantes, que contemple teste psicológico. Cabe aos autores, editores, laboratórios,
um estudo independente da versão aprovada pelo SATEPSI, instituições e responsáveis técnicos do teste determinarem
abarcando os critérios desta Resolução. de que forma tal disponibilização será feita, não podendo
II - Os resultados deverão contemplar, preferencial- este ser utilizado sem a versão mais atualizada de suas nor-
mente, a representação demográfica de distintas regiões mas aprovadas pelo SATEPSI.
geopolíticas brasileiras. Parágrafo único: A partir da data de aprovação das
normas atualizadas, os autores, editoras, laboratórios e/ou
Art. 23 – Os procedimentos para atualização das nor- responsáveis técnicos do material terão o prazo de 180 dias
mas terão tramitação interna na CCAP, de acordo com as se- para aplicar o disposto no caput deste artigo.

Elaboração de Documentos Psicológicos 9


niões da CCAP e do Plenário do Conselho Federal de Psicologia.
DA ATUALIZAÇÃO DE ESTUDOS DE VALIDADE DE TESTES
PSICOLÓGICOS Art. 29 - Os novos estudos de validade, a partir da data
de aprovação, devem ser disponibilizados, juntamente com
Art. 26 - Define-se Atualização de Estudos de Validade o teste psicológico comercializado. Cabe aos autores, edito-
o processo de elaboração ou compilação de novos estudos res, laboratórios e responsáveis técnicos do teste psicológi-
de evidências de validade que não constem no manual de co determinarem de que forma tal disponibilização será fei-
teste psicológico com parecer favorável pelo SATEPSI. ta, não podendo este ser comercializado sem a versão mais
atualizada dos estudos de validade aprovada pelo SATEPSI.
Art. 27 - Os procedimentos para atualização de estu- Parágrafo único - A partir da data de aprovação dos no-
dos de validade deverão ser submetidos para apreciação da vos estudos de validade, os autores, editoras, laboratórios
CCAP, e terá a seguinte tramitação: e/ou responsáveis técnicos do material terão o prazo de 180
I - Recepção; II - Análise; dias para aplicar o disposto no caput deste artigo.
III - Avaliação;
IV - Comunicação da avaliação aos requerentes, com JUSTIÇA E PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NA AVA-
prazo para recurso; LIAÇÃO PSICOLÓGICA
V - Análise de recurso;
VI - Avaliação Final. Art. 30 - Na Avaliação Psicológica, a psicóloga ou psicó-
logo deverão considerar os princípios e artigos previstos no
Art. 28 - Os procedimentos e prazos para cada etapa Código de Ética Profissional das psicólogas e dos psicólogos,
descrita no Art. 27 desta Resolução são os seguintes: bem como atender aos requisitos técnicos e científicos defi-
I - O envio deverá ser feito on-line pelo site do SATEPSI, nidos nesta Resolução.
por meio do preenchimento dos dados de identificação do
teste psicológico e da inserção dos seguintes documentos: Art. 31 - À psicóloga ou ao psicólogo, na produção, vali-
a) estudos com as novas evidências de validade, con- dação, tradução, adaptação, normatização, comercialização
tendo a descrição detalhada dos participantes; e aplicação de testes psicológicos, é vedado:
b) arquivo digital contendo a versão aprovada do manual; a) realizar atividades que caracterizem negligência,
c) carta de anuência do responsável técnico do teste preconceito, exploração, violência, crueldade ou opressão;
psicológico aprovado no SATEPSI. b) induzir a convicções políticas, filosóficas, morais,
II - O material será analisado por 1 (um) parecerista ad ideológicas, religiosas, raciais, de orientação sexual e iden-
hoc, que terá um prazo de 20 dias a partir da data de aceita- tidade de gênero;
ção da atribuição para emitir o parecer, podendo esse prazo c) favorecer o uso de conhecimento da ciência psicoló-
ser prorrogado por igual período, mediante solicitação rea- gica e normatizar a utilização de práticas psicológicas como
lizada no SATEPSI. instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de vio-
III - A CCAP terá um prazo de 30 dias para emitir seu lência.
parecer, que será enviado para decisão do Plenário do CFP.
IV - A avaliação poderá ser favorável quando, por deci- Art. 32 - As psicólogas e os psicólogos não poderão ela-
são do Plenário do CFP, a versão apresentada possuir evidên- borar, validar, traduzir, adaptar, normatizar, comercializar e
cia favorável quanto aos estudos de evidência de validade, ou fomentar instrumentos ou técnicas psicológicas, para criar,
desfavorável, quando, por decisão do Plenário do CFP, a aná- manter ou reforçar preconceitos, estigmas ou estereótipos.
lise não indicar novos estudos de evidência de validade para o
teste. Nesse caso, o parecer deverá apresentar as razões, bem Art. 33 - A psicóloga e o psicólogo, na realização de es-
como as orientações para que o problema seja sanado. tudos, pesquisas e atividades voltadas para a produção de
V - Após o envio da comunicação da avaliação, e nos conhecimento e desenvolvimento de tecnologias, atuarão
casos em que ela for desfavorável, o requerente poderá considerando os processos de desenvolvimento humano,
apresentar recurso no prazo de 30 dias, a contar da data do configurações familiares, conjugalidade, sexualidade, orien-
envio da comunicação do resultado. tação sexual, identidade de gênero, identidade étnico-racial,
VI - A análise do recurso à avaliação desfavorável será características das pessoas com deficiência, classe social, e
realizada pela CCAP, que terá o prazo de 30 dias, a contar da intimidade como construções sociais, históricas e culturais.
data do recebimento do recurso do requerente.
VII - A CCAP encaminhará seu parecer para a Plenária Art. 34 - Casos omissos ou não referidos nesta Resolu-
do CFP, que fará a deliberação final. ção serão analisados no âmbito da CCAP e deliberados pelo
Parágrafo único - Os prazos previstos no caput deste artigo Plenário do CFP.
serão calculados em dias úteis e seguirão o calendário de Reu-

10 Elaboração de Documentos Psicológicos


Art. 35 - O descumprimento ao que dispõe a presente A10. Conclusão sobre a Qualidade geral do manual:
Resolução sujeitará o responsável às penalidades da lei e das [ ] Nível A + (Excelente): contém todos os itens de informa-
Resoluções editadas pelo Conselho Federal de Psicologia. ção, com excelência.
[ ] Nível A (Bom): contém todos os itens de informação.
Art. 36 - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua [ ] Nível B (Suficiente): contém, mas de forma resumida, to-
publicação, revogando-se as Resoluções CFP nº 002/2003 e dos os itens de informação.
005/2012, as Notas Técnicas n° 01/2017 e n° 02/2017 e dispo- [ ] Nível C (Insuficiente): faltam itens de informação neces-
sições em contrário. sários. Comentários / Sugestões relacionados à qualidade
geral do manual:
Anexo I – Resolução CFP 09/2018
B - Requisitos Técnicos
B1. Defina o(s) construto(s), variáveis/dimensões que o
FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE teste pretende avaliar:
TESTES PSICOLÓGICOS
B2. Identificação do(s) construto(s) que se pretende avaliar:
A - Descrição Geral do Teste Psicológico [ ] Crenças/Valores/Atitudes
[ ] Habilidades/Competências
(Considerar as informações fornecidas pelo manual) [ ] Inteligência
[ ] Interesses/Motivações/Necessidades/Expectativas
A1. Nome do teste: [ ] Personalidade
[ ] Processos afetivos/emocionais
A2. Autor(es): [ ] Processos Neuropsicológicos
[ ] Processos perceptivos/cognitivos
A3. Responsável técnico (Psicólogo inscrito, informar nome [ ] Saúde Mental e Psicopatologia
e número do CRP): [ ] Outro(s): ______________________________________

A4. Editora: B3. Procedimento de adaptação, quando traduzido de


outro idioma:
A5. Possui Ficha Síntese no Manual Descrição satisfatória do procedimento de tradução e adap-
(objetivo, público-alvo, material, aplicação e correção): tação à língua portuguesa e cultura brasileira dos estudos da
[ ] não [ ] sim [ ] satisfatório [ ] insatisfatório equivalência com a versão original.
[ ] sim [ ] não [ ] não se aplica
A6. Aplicação: Se sim, quais:
[ ] Individual [ ] Coletivo [ ] Tradução reversa :
[ ] Informatizado [ ] Não informatizado [ ] satisfatória [ ] insatisfatória
[ ] Exige intervenção adicional do aplicador durante a apli- [ ] Comitê de especialistas :
cação (por ex. testes de aplicação individual que exigem in- [ ] satisfatórios [ ] insatisfatórios
quérito, controle do tempo, manipulação de materiais etc) [ ] Indicadores de concordância entre os juízes:
[ ] satisfatórios [ ] insatisfatórios
A7. Correção: [ ] Estudo transcultural :
[ ] Informatizado [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
[ ] Não informatizado
B4. Fundamentação teórica:
A8. Qualidade gráfica do material do teste Deve contemplar:
(incluindo os estímulos, se aplicado): (a) definição do construto (constitutiva e operacional),
A apresentação, impressão, formatação, organização, obje- (b) revisão clássica e atualizada da literatura científica sobre
tos e/ou software. o construto/instrumento, especialmente as evidências em-
[ ] Excelente [ ] Bom [ ] Suficiente píricas existentes,
[ ] Insuficiente Comentários / Sugestões: (c) revisão da literatura científica que sustente a utilidade do
construto/instrumento para os propósitos e contextos de-
A9. Qualidade da redação do teste: clarados no manual.
Adequação às normas cultas da língua portuguesa Obs: estes itens podem estar claramente descritos ou po-
[ ] Excelente [ ] Bom [ ] Suficiente [ ] Insuficiente dem ser inferidos a partir da leitura do manual.

Elaboração de Documentos Psicológicos 11


[ ] Nível A+ (Excelente): descrição muito clara e documen- [ ] indicadores para variáveis latentes (curva de informação,
tada do construto que se pretende medir, do procedimen- confiabilidade composta, etc)
to de mensuração e das justificativas de sua aplicabilidade, [ ] Outros. Especifique:
incluindo discussões sobre as especificidades da avaliação
do construto no Brasil, sustentadas na revisão atualizada da B6.2) Coeficiente(s) calculado(s) para diferentes grupos de sujeitos:
literatura científica. [ ] não
[ ] Nível A (Bom): descrição clara, atualizada e documenta- [ ] sim [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
da do construto que se pretende medir, do procedimento de
mensuração e das principais áreas de aplicação. B6.3) Conclusão sobre os estudos de precisão:
[ ] Nível B (Suficiente): contém sumariamente essas informações. Há evidências de precisão em estudos brasileiros?
[ ] Nível C (Insuficiente): não contém essas informações de [ ] Nível A+ (Excelente): sim, dois ou mais estudos satisfató-
modo suficiente. rios, com indicadores iguais ou superiores a 0,80.
Comentários / Sugestões relacionados à fundamentação teórica: [ ] Nível A (Bom): sim, dois estudos satisfatórios, com indica-
dores iguais ou superiores a 0,70; um estudo satisfatório com
B5. Análise dos itens indicadores iguais ou superiores a 0,70 para teste projetivo.
(para testes projetivos esse item não se aplica): [ ] Nível B (Suficiente): sim, um ou mais estudos satisfató-
Aplica-se ao teste avaliado? [ ] sim [ ] não rios, com indicadores iguais ou superiores a 0,60.
Caso se aplique: [ ] Nível C (Insuficiente): ausência de estudos satisfatórios. Co-
[ ] possui análise de dificuldade ou variabilidade mentários / Sugestões relacionados aos estudos de precisão:
[ ] satisfatória [ ] insatisfatória
[ ] possui análise de discriminação B7. Validade:
[ ] satisfatória [ ] insatisfatória Os resultados dos estudos de validade devem ser suficientes
[ ] Análise de invariância do item (DIF, multigrupos, etc) para indicar evidências favoráveis à validade das interpreta-
[ ] satisfatória [ ] insatisfatória ções pretendidas.
[ ] outros ________________________________________
[ ] satisfatória [ ] insatisfatória B7.1) Evidências de validade baseadas na análise do con-
Quais? teúdo ou domínio:
[ ] Nível A + (Excelente): contém no mínimo três estudos dis- B7.1.1) Qualidade da representação do conteúdo ou do-
tintos satisfatórios. mínio:
[ ] Nível A (Bom): possui dois estudos satisfatórios. Aplica-se ao teste avaliado? [ ] sim [ ] não
[ ] Nível B (Suficiente): contém pelo menos um estudo satisfatório. Caso se aplique:
[ ] Nível C (Insuficiente): ausência de estudos satisfatórios. Consulta, por meio de procedimento sistematizado, a juízes.
Comentários / Sugestões relacionados à análise de itens: Os resultados foram:
[ ] satisfatórios [ ] insatisfatórios
B6. Precisão: Coeficientes de análise (kappa, correlação, coeficiente de
O manual apresenta estudos sobre a precisão do instrumen- validade de conteúdo, outros)
to e seus resultados são satisfatórios (para ser satisfatório, [ ] satisfatórios [ ] insatisfatórios
por exemplo, os índices de consistência interna devem ser
iguais ou superiores a 0,60). B7.2) Evidências baseadas na estrutura interna:
Considera-se indispensável a apresentação de um estudo
B6.1) Delineamento utilizado: relacionado à verificação da estrutura interna do teste. No
[ ] Equivalência (Formas paralelas) entanto, o parecerista deve observar se este tipo de estudo
[ ] satisfatório [ ] insatisfatório se aplica à natureza do teste em avaliação.
[ ] Formas alternadas Aplica-se ao teste avaliado? [ ] sim [ ] não
[ ] satisfatório [ ] insatisfatório [ ] Análise fatorial exploratória
[ ] Estabilidade temporal (teste-reteste) [ ] satisfatório [ ] insatisfatório [ ]
[ ] satisfatório [ ] insatisfatório [ ] Análise fatorial confirmatória
[ ] Precisão de avaliadores [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
[ ] satisfatório [ ] insatisfatório [ ] Modelagem de Equação Estrutural
[ ] Consistência Interna [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
[ ] satisfatório [ ] insatisfatório [ ] Estudo de invariância (DIF, Multigrupos, Mixture Models, etc)
Se realizado estudo de consistência interna: [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
[ ] Alfa ou similares (em Teoria Clássica dos Testes - TCT) [ ] Outro. Especifique

12 Elaboração de Documentos Psicológicos


[ ] satisfatório [ ] insatisfatório especificidade do teste.
Na composição da amostra há cuidado com o controle das 1. ____________________ [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
variáveis importantes (por exemplo, sexo, escolaridade, ní- 2. ____________________ [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
vel socioeconômico, regiões geográficas, entre outras) apre- 3. ____________________ [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
sentadas pela literatura como sendo associadas ao constru-
to, com o objetivo de garantir variabilidade suficiente para B7.3.2) Evidências de validade convergente:
as análises? [ ] sim [ ] não Esse tipo de validade é verificado a partir do estudo da relação
A amostra é de tamanho suficiente para possibilitar a com- entre testes que avaliam o mesmo construto (por exemplo,
parabilidade dos diversos grupos avaliados, segundo os cri- duas escalas para avaliação de ansiedade). A evidência de as-
térios descritos na literatura? sociações de magnitude (a partir de 0,50) entre os testes serve
[ ] sim [ ] não como um indicador de que ambos medem o mesmo construto.
B7.3) Evidências de validade baseadas nas relações com Caso os indicadores de validade não atinjam esse valor, deve-
variáveis externas: -se apresentar uma justificativa, técnica e científica, para o não
B7.3.1) Evidências de validade de critério: comprometimento na interpretação dos resultados.
Variáveis critério (contínuas ou relativas a grupos contrastan- Análise de convergência [ ] sim [ ] não
tes) consistem geralmente em observações comportamentais Liste os testes usados no estudo e avalie a qualidade dos estu-
relevantes em si mesmas (por exemplo, desempenho no tra- dos, considerando a pertinência, com base na literatura apre-
balho, acidentes, adoecimento mental, escolha profissional, sentada, e se o número de participantes é satisfatório para as
etc). Essas variáveis critério são resultantes de vários fatores análises realizadas, considerando a especificidade do teste.
dentre os quais alguns (especialmente processos psicológicos) 1. ____________________ [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
são avaliados pelo instrumento. A justificativa da relação teste- 2. ____________________ [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
-critério, especialmente as discussões sobre como o construto 3. ____________________ [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
avaliado pelo teste se relaciona com eventos comportamentais
observáveis, é parte integrante da fundamentação teórica do B7.3.3) Evidências de validade discriminante
instrumento baseada na revisão da literatura no manual. Esse tipo de validade é verificado a partir do estudo da re-
lação entre testes que avaliam construtos diferentes e que
B7.3.1.1) Evidências de validade de critério concorrente: teórica e empiricamente sejam considerados não relaciona-
Quando a avaliação da variável critério é feita simultanea- dos. A evidência de associações de baixa magnitude entre os
mente ao teste, a validade é chamada diagnóstica ou con- testes serve como um indicador de que ambos não medem
corrente pois se as associações forem altas atingiu-se co- o mesmo construto. As correlações entre os construtos di-
nhecimento da situação presente. vergentes devem ser menores do que as apresentadas nos
Análise teste-critério concorrente [ ] sim [ ] não estudos de convergência (diferença maior do que 0,10).
Análise clínica/diagnóstica [ ] sim [ ] não Análise de divergência [ ] não [ ] sim
Liste as variáveis critério usadas no estudo e avalie a quali- Em caso afirmativo
dade delas, considerando a medida de critério em si, a justi- [ ] acompanha estudo de convergência
ficativa das relações estabelecidas entre teste e critério, com [ ] não acompanha o estudo de convergência
base na literatura apresentada, e se o número de participan- Liste os testes usados no estudo e avalie a qualidade dos
tes é satisfatório para as análises realizadas, considerando a estudos, considerando a pertinência, com base na literatura
especificidade do teste. apresentada, e se o número de participantes é satisfatório
1. ____________________ [ ] satisfatório [ ] insatisfatório para as análises realizadas, considerando a especificidade
2. ____________________ [ ] satisfatório [ ] insatisfatório do teste.
3. ____________________ [ ] satisfatório [ ] insatisfatório 1. ____________________ [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
2. ____________________ [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
B7.3.1.2) Evidências de validade de critério preditiva: 3. ____________________ [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
Quando a variável critério é avaliada após a aplicação do
teste, a validade é chamada preditiva já que uma alta asso- B7.4) Evidências baseadas em testes avaliando constru-
ciação entre os escores do teste e o critério indica que o teste tos relacionados.
conseguiu prever uma situação futura. Esse tipo de validade é verificado a partir do estudo da rela-
Análise teste-critério preditiva [ ] sim [ ] não ção entre testes que avaliam construtos diferentes, mas teó-
Liste as variáveis critério usadas no estudo e avalie a quali- rica e empiricamente relacionados (por exemplo, ansiedade
dade delas, considerando a medida de critério em si, a justi- e neuroticismo). A evidência de associações significativas
ficativa das relações estabelecidas entre teste e critério, com entre os testes e, com magnitudes compatíveis com aque-
base na literatura apresentada, e se o número de participan- las listadas na literatura (correlações a partir de 0,20), serve
tes é satisfatório para as análises realizadas, considerando a como indicador de validade de que ambos estão associados

Elaboração de Documentos Psicológicos 13


conforme a expectativa. B8. Sistema de correção e interpretação dos escores obti-
Análise construtos relacionados [ ] sim [ ] não dos no estudo brasileiro:
Liste os testes usados no estudo e avalie a qualidade dos estu- Trata-se de teste projetivo? [ ] sim [ ] não
dos, considerando a pertinência, com base na literatura apre-
sentada, e se o número de participantes é satisfatório para as B8.1) Sistema referenciado à norma:
análises realizadas, considerando a especificidade do teste. [ ] sim [ ] não
1. ____________________ [ ] satisfatório [ ] insatisfatório Relata as características importantes da amostra de norma-
2. ____________________ [ ] satisfatório [ ] insatisfatório tização (por exemplo, sexo, escolaridade, região, nível socio-
3. ____________________ [ ] satisfatório [ ] insatisfatório econômico, etc)?
B7.5) Evidências por estudos experimentais/quase-expe- [ ] sim [ ] não [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
rimentais: Compara características sociodemográficas relevantes da
Estudos experimentais/quase-experimentais nos quais se ve- amostra com estimativas nacionais?
rifica se um instrumento é capaz de captar mudanças resul- [ ] sim [ ] não [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
tantes de intervenção (variável externa), especialmente pla- O estudo de normatização inclui participantes de diferentes
nejada para alterar o construto que o teste pretende avaliar. regiões geopolíticas brasileiras?
Análise de estudo experimental/quase-experimental [ ] sim [ ] não [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
[ ] sim [ ] não O estudo de normatização inclui participantes em número
Caso se aplique: adequado para os estudos realizados, considerando a natu-
Os resultados foram: [ ] satisfatórios [ ] insatisfatórios reza do teste (projetivo ou objetivo)?
[ ] sim [ ] não [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
B7.6) Evidências baseadas no processo de resposta:
Refere-se à análise teórica-empírica das relações entre os proces- B8.2) Diferente da interpretação referenciada à norma
sos mentais ligados ao construto em causa e as respostas aos itens (referência ao conteúdo, ao critério e a outros tipos):
do instrumento, isto é, às propostas explicativas dos processos Explica o embasamento teórico do sistema?
mentais subjacentes às respostas aos itens e à coerência entre [ ] sim [ ] não [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
as explicações e os dados empíricos. Tais evidências podem, por O sistema está sustentado em princípios lógicos derivados do
exemplo, associar-se à verificação de hipóteses sobre o modo de embasamento teórico e está apoiado nos estudos de validade?
operação dos processos em avaliação durante a realização do tes- [ ] sim [ ] não [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
te; à análise pormenorizada das verbalizações e/ou dos passos do Há estudos sistemáticos de estabelecimento de pontos de
indivíduo em resposta aos diferentes estímulos do teste, etc. corte baseados nos estudos de validade de critério para
Análise de processo de resposta [ ] sim [ ] não apoiar as interpretações pretendidas?
Caso se aplique: [ ] sim [ ] não [ ] satisfatório [ ] insatisfatório
Os resultados foram: [ ] satisfatórios [ ] insatisfatórios
B8.3) Análise de pontos de corte: acurácia/especificida-
B7.7) Conclusão dos estudos de validade: de/sensibilidade:
[ ] Nível A+(Excelente): presença de estudo de estrutura in- Testes que propõem diagnósticos com base em pontos de
terna, quando aplicável, e três ou mais estudos de diferen- corte devem apresentar um estudo de acurácia. O estabe-
tes fontes de evidência de validade, com amostras amplas/ lecimento de pontos de corte deve estar de acordo com o
diversificadas, para testes objetivos; para testes projetivos, propósito do teste (pode ser mais sensível ou específico, de-
deve-se considerar dois ou mais estudos de diferentes fon- pendendo da finalidade do teste). Para tanto, é fundamental
tes de evidência de validade. discutir a acurácia, a sensibilidade e a especificidade, indi-
[ ] Nível A (Bom): presença de estudo de estrutura interna, cando, claramente, as situações nas quais os pontos de cor-
quando aplicável, e outros dois estudos de diferentes fontes te são adequados, bem como as suas limitações e os riscos
de evidência de validade (por exemplo, convergência e crité- envolvidos na sua utilização (em relação aos falsos positivos
rio concorrente ou validade de conteúdo), para testes objeti- e negativos). Não existe um ponto de corte ideal para todos
vos; para testes projetivos deve-se considerar um estudo de os testes (American Educational Research Association, Ame-
evidência de validade. rican Psychological Association, & National Council on Mea-
[ ] Nível B (Suficiente): presença de estudo de estrutura in- surement in Education. (2014). Standards for educational
terna, quando aplicável, e outro estudo de validade (desde and psychological testing. Washington, DC: American Edu-
que não seja de conteúdo). cational Research Association).
[ ] Nível C (Insuficiente): não atende às especificações an- A sensibilidade é associada à taxa de verdadeiros positivos
teriores. Comentários / Sugestões relacionados aos estudos indicados pelo teste, quando o indivíduo realmente possui
de validade: determinada característica (i.e. os pontos de corte minimi-
zam a ocorrência de falsos negativos). A Especificidade, por

14 Elaboração de Documentos Psicológicos


conteúdo e outros), o estudo normativo deve ter no mínimo
ANOTAÇÕES 100 participantes, por região geopolítica, e a interpretação
deve ser detalhada em relação aos níveis da escala (pontos
____________________________________________ de corte empiricamente derivados, por exemplo) ou aos in-
____________________________________________ dicadores qualitativos.
____________________________________________ [ ] Nível A (Bom): possui sistema de correção e interpreta-
____________________________________________ ção de escores baseados na literatura, com amostras con-
____________________________________________ troladas em relação às variáveis associadas ao construto. Os
____________________________________________ estudos contemplam duas regiões geopolíticas brasileiras,
____________________________________________ com mínimo de 250 por região ou 500 no total distribuídos
____________________________________________ nas regiões conforme proporção calculada a partir de dados
_______________________________________ geopolíticos populacionais. No caso de testes que utilizem
_______________________________________ outros sistemas de normas (por critério, conteúdo e outros),
o estudo normativo deve ter no mínimo
100 participantes, por região geopolítica, e a interpretação
sua vez, é associada à taxa de verdadeiros negativos indica- deve ser detalhada em relação aos níveis da escala (pontos
dos pelo teste, quando o indivíduo testado realmente não de corte empiricamente derivados, por exemplo) ou aos in-
apresenta determinada característica (i.e. os pontos de cor- dicadores qualitativos.
te minimizam a ocorrência de falsos positivos). Em situações [ ] Nível B (Suficiente): possui sistema de correção e inter-
nas quais o teste é utilizado para triagem ou acesso a trata- pretação de escores baseados na literatura. Os estudos con-
mento, entre outros exemplos nos quais os falsos positivos templam uma região geopolítica brasileira, com mínimo de
sejam toleráveis, é possível estabelecer um ponto de corte 500 participantes. No caso de testes que utilizem outros sis-
brando, maximizando a sensibilidade do resultado (i.e. au- temas de normas (por critério, conteúdo e outros), o estudo
mentando a proporção de verdadeiros positivos). Em situa- normativo deve ter no mínimo 150 participantes e a inter-
ções nas quais os falsos positivos podem gerar prejuízos às pretação deve ser detalhada em relação aos níveis da escala
pessoas e organizações envolvidas, é possível estabelecer (pontos de corte empiricamente derivados, por exemplo) ou
um ponto de corte estrito (mais alto), aumentando a espe- aos indicadores qualitativos.
cificidade do resultado, ainda que isso possa acarretar em [ ] Nível C (Insuficiente): não atende às especificações ante-
perda da sensibilidade. riores. Comentários/Sugestões relacionados aos estudos de
Além disso, sugere-se apresentar publicações e estudos nos normatização:
quais a acurácia do teste seja comparada com a de outros
já existentes e/ou versões anteriores do instrumento. Além C - Requisitos Mínimos
disso, caso os pontos de corte tenham sido estabelecidos
em estudo internacional, é necessário demonstrar a acurá- C1. Manual Nível A+, A ou B no item A10
cia, sensibilidade e especificidade em pesquisa nacional. [ ] Sim (Qualidade geral do manual)
[ ] Não
Atente para o fato que a imprecisão dos escores gerada pelo
C2. Fundamentação teórica
teste força a diminuição da acurácia das classificações em Nível A+, A ou B no item B5
[ ] Sim (Fundamentação teórica)
[ ] Não
qualquer ponto de corte escolhido. Ao estabelecer os pontos
de corte, atente para que o erro de diagnóstico pode afetar C3. Análise de itens Nível A+, A ou B no item B6
[ ] Sim (quando aplicável ao teste)
consideravelmente a vida do examinando. [ ] Não
Análise de acurácia [ ] sim [ ] não C4. Precisão
[ ] Sim Nível A+, A ou B no item B7.3
Especificidade [ ] satisfatório [ ] insatisfatório [ ] Não
Sensibilidade [ ] satisfatório [ ] insatisfatório C5. Validade
[ ] Sim Nível A+, A ou B no item B8.8
[ ] Não
B8.4) Conclusão sobre o sistema de correção e interpre-
C6. Sistema de correção e
tação dos escores: interpretação dos resultados Nível A+, A ou B no item B9.3
[ ] Nível A+ (Excelente): possui sistema de correção e inter- [ ] Sim
[ ] Não
pretação de escores baseados na literatura, com amostras
controladas em relação às variáveis associadas ao constru- O teste psicológico atende os requisitos mínimos (C1 a C6)?
to. Os estudos contemplam as cinco regiões geopolíticas [ ] Sim [ ] Não
brasileiras, com mínimo de 250 por região ou 1000 no total, Parecer / Sugestões adicionais
distribuídos nas cinco regiões conforme proporção calcula-
da a partir de dados geopolíticos populacionais. No caso de Nome e assinatura do parecerista
testes que utilizem outros sistemas de normas (por critério, Data

Elaboração de Documentos Psicológicos 15


Resolução CFP 06/2019 II - Comentários e Fundamentações sobre a
Resolução
Orientações sobre elaboração de documentos escritos produzidos
pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional RESOLUÇÃO n.º 6, DE 29 DE MARÇO DE 2019

Institui regras para a elaboração de documentos escri-


I - Apresentação tos produzidos pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional
e revoga a Resolução CFP n.º 15/1996, a Resolução CFP n.º
A elaboração de documentos escritos produzidos pe- 07/2003 e a Resolução CFP n.º 04/2019.
la(o) psicóloga(o) em sua prática profissional tem sido pauta
no Sistema Conselhos de Psicologia desde 2001, com o ob- O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso das
jetivo de fornecer diretrizes para as(os) psicólogas(os), e ga- atribuições legais e regimentais, conferidas pela Lei n.º
rantir maior uniformidade e qualidade na produção desses 5.766, de 20 de dezembro de 1971;
documentos. Na construção histórica das normativas a res- CONSIDERANDO que a(o) psicóloga(o), no exercício
peito desta temática, destacamos as seguintes resoluções profissional, tem sido solicitada(o) a apresentar informa-
que versaram sobre elaboração de documentos escritos ções documentais com objetivos diversos e a necessidade
produzidos por psicólogas(os): Resolução CFP n.º 30/2001, de editar normativas que forneçam subsídio à(ao) psicólo-
posteriormente revogada pela Resolução CFP n.º 17/2002 e ga(o) para a produção qualificada de documentos escritos;
pela Resolução CFP n.º 07/2003. CONSIDERANDO os princípios éticos fundamentais
A Resolução CFP n.º 07/ 2003, revogada pela atual nor- que norteiam a atividade profissional da(o) psicóloga(o) e
mativa, contemplava um Manual de Elaboração de Docu- os dispositivos sobre avaliação psicológica contidos na Re-
mentos Escritos produzidos pela(o) psicóloga(o), com foco solução CFP n.º 10/2005, que institui o Código de Ética Pro-
na prestação de serviços decorrentes de avaliação psicoló- fissional do Psicólogo — diploma que disciplina e normatiza
gica e organizado sobre os seguintes itens: princípios norte- a relação entre as práticas profissionais e a sociedade que as
adores; modalidades de documentos; conceito/finalidade/ legitima —, cujo conhecimento e cumprimento se constitui
estrutura; validade e guarda dos documentos. como condição mínima para o exercício profissional;
Considerando a complexidade do exercício profissio- CONSIDERANDO que a Psicologia no Brasil tem, nos
nal da(o) psicóloga(o), a Resolução CFP n.º 06/2019 foi cons- últimos anos, se deparado com demandas sociais que exi-
truída de modo a ampliar o leque de documentos psicológi- gem da(o) psicóloga(o) uma atuação transformadora e sig-
cos para aqueles decorrentes do exercício profissional nos nificativa, com papel mais ativo na promoção e respeito
mais variados campos de atuação, fornecendo os subsídios aos direitos humanos, ponderando as implicações sociais
éticos e técnicos necessários para a elaboração qualificada decorrentes da finalidade do uso dos documentos escritos
da comunicação escrita. produzidos pelas(os) psicólogas(os);
Nesse sentido, a presente Resolução avança ao sepa- CONSIDERANDO que, com o objetivo de garantir a
rar os documentos que são provenientes de avaliação psi- valorização da autonomia, da participação sem discrimina-
cológica de outros relativos às diversas formas de atuação ção, de uma saúde mental que sustente uma vida digna às
da(o) psicóloga(o), ao estabelecer o Relatório Multiprofis- pessoas, grupos e instituições, a(o) psicóloga(o) encontra-se
sional e, também, ao regulamentar aspectos referentes ao inserida(o) em diferentes setores de nossa sociedade, con-
destino e envio de documentos e fatores relacionados à en- quistando espaços emergentes que exigem normatizações
trevista devolutiva. que balizem sua ação com competência e ética;
Este documento foi produzido com o objetivo de orien- CONSIDERANDO que a(o) psicóloga(o) deve pautar sua
tar as(os) psicólogas(os) sobre a Resolução CFP n.º 06/2019, atuação profissional no uso diversificado de conhecimen-
de grande importância para a categoria profissional, desta- tos, técnicas e procedimentos, devidamente reconhecidos
cando a responsabilidade da(o) psicóloga(o) ao produzir do- pela comunidade científica, que se configuram nas formas
cumentos psicológicos. de avaliação e intervenção sobre as pessoas, grupos e ins-
tituições;
Brasília, 11 de setembro de 2019. CONSIDERANDO que a(o) psicóloga(o) deve atuar com
Grupo de Trabalho da APAF para revisão da Resolução autonomia intelectual e visão interdisciplinar, potenciali-
n.º 07/2003 - Conselho Federal de Psicologia zando sua atitude investigativa e reflexiva para o desenvol-
Grupo de Trabalho para elaboração da versão comenta- vimento de uma percepção crítica da realidade diante das
da da Resolução CFP nº. 06/2019, composto por: Alessandra demandas das diversidades individuais, grupais e institucio-
Gotuzo Seabra, Caroline Barbosa Roseiro, Losiley Alves Pi- nais, sendo capaz de consolidar o conhecimento da Psicolo-
nheiro, Mari Ângela Calderari Oliveira, Mércia Capistrano Oli- gia com padrões de excelência ética, técnica e científica em
veira e Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica do CFP. favor dos direitos humanos;

16 Elaboração de Documentos Psicológicos


CONSIDERANDO que a(o) psicóloga(o) deve: construir midade com a caracterização da Organização Internacional
argumentos consistentes da observação de fenômenos psi- do Trabalho, Organização Mundial da Saúde e Classificação
cológicos; empregar referenciais teóricos e técnicos perti- Brasileira de Ocupação;
nentes em uma visão crítica, autônoma e eficiente; atuar de CONSIDERANDO que o artigo 13, parágrafo 1.º, da Lei
acordo com os princípios fundamentais dos direitos huma- n.º 4.119, de 27 de agosto de 1962, estabelece que é função
nos; promover a relação entre ciência, tecnologia e socieda- da(o) psicóloga(o) a elaboração de diagnóstico psicológico;
de; garantir atenção à saúde; respeitar o contexto ecológico, CONSIDERANDO a Resolução n.º 218, de 06 de março
a qualidade de vida e o bem-estar dos indivíduos e das cole- de 1997, do Conselho Nacional de Saúde, que reconhece
tividades, considerando sua diversidade; as(os) psicóloga(os) como profissionais de saúde de nível
CONSIDERANDO a complexidade do exercício profis- superior;
sional da(o) psicóloga(o), tanto em processos de trabalho CONSIDERANDO a decisão deste Plenário em sessão
que envolvem a avaliação psicológica como em processos realizada no dia 23 de fevereiro de 2019;
que envolvem o raciocínio psicológico, e a necessidade de RESOLVE:
orientar a(o) psicóloga(o) para a construção de documen-
tos decorrentes do exercício profissional nos mais variados Capítulo I
campos de atuação, fornecendo os subsídios éticos e técni- Disposições Gerais
cos necessários para a elaboração qualificada da comunica-
ção escrita; Art. 1.º Instituir as regras para a elaboração de docu-
CONSIDERANDO que toda a ação da(o) psicóloga(o) mentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o) no exercí-
demanda um raciocínio psicológico, caracterizado por uma cio profissional.
atitude avaliativa, compreensiva, integradora e contínua, Parágrafo único. A presente Resolução tem como ob-
que deve orientar a atuação nos diferentes campos da Psi- jetivos orientar a(o) psicóloga(o) na elaboração de docu-
cologia e estar relacionado ao contexto que origina a mentos escritos produzidos no exercício da sua profissão
demanda; e fornecer os subsídios éticos e técnicos necessários para a
CONSIDERANDO que um processo de avaliação psi- produção qualificada da comunicação escrita.
cológica se caracteriza por uma ação sistemática e delimi-
tada no tempo, com a finalidade de diagnóstico ou não, que Art. 2.º As regras para a elaboração, guarda, destino e
utiliza de fontes de informações fundamentais e comple- envio de documentos escritos produzidos pela(o) psicólo-
mentares com o propósito de uma investigação realizada ga(o) no exercício profissional, referido no artigo anterior,
a partir de uma coleta de dados, estudo e interpretação de encontram-se dispostas nos seguintes itens:
fenômenos e processos psicológicos; I - Princípios fundamentais na elaboração de docu-
CONSIDERANDO a função social do Sistema Conse- mentos psicológicos; II - Modalidades de documentos;
lhos de Psicologia em contribuir para o aprimoramento da III - Conceito, finalidade e estrutura;
qualidade técnico-científica dos métodos e procedimentos IV - Guarda dos documentos e condições de guarda; V
psicológicos; - Destino e envio de documentos;
CONSIDERANDO a Resolução CFP n.º 01/1999, que VI - Prazo de validade do conteúdo dos documentos;
estabelece normas de atuação para as(os) psicólogas(os) VII - Entrevista devolutiva.
em relação à questão da orientação sexual; Resolução CFP
n.º 18/2002, que estabelece normas de atuação para as(os) Art. 3.º Toda e qualquer comunicação por escrito, de-
psicólogas(os) em relação ao preconceito e à discriminação corrente do exercício profissional da(o) psicóloga(o), deverá
racial; a Resolução CFP n.º 01/2009, alterada pela Resolu- seguir as diretrizes descritas nesta Resolução.
ção CFP n.º 05/2010, que dispõe sobre a obrigatoriedade do § 1.º Os casos omissos, ou dúvidas sobre matéria desta
registro documental decorrente da prestação de serviços normativa, serão resolvidos pela orientação e jurisprudência
psicológicos; a Resolução CFP n.º 01/2018, que estabelece firmada pelos Conselhos Regionais de Psicologia e, naquilo que
normas de atuação para as(os) psicólogas(os) em relação se aplicar, solucionadas pelo Conselho Federal de Psicologia, de
às pessoas transexuais e travestis, e a Resolução CFP n.º acordo com os termos previstos no artigo 6.º, alíneas g e h da Lei
09/2018 que estabelece diretrizes para a realização de Ava- n.º 5.766/1971, artigo 13, item XII, do decreto n.º 79.822/1977,
liação Psicológica no exercício profissional da(o) psicólo- artigo 22 do Código de Ética Profissional do Psicólogo (Resolu-
ga(o), regulamenta o Sistema de Avaliação de Testes Psico- ção CFP n.º 010/2005), ou legislações que venham a alterá-las ou
lógicos (SATEPSI) e revoga as Resoluções n.º 02/2003, substituí-las, preservando o mérito aqui disposto.
n.º 06/2004 e n.º 005/2012, e Notas Técnicas n.º 01/2017 e § 2.º A não-observância da presente norma constitui falta
02/2017; ético-disciplinar, passível de capitulação nos dispositivos refe-
CONSIDERANDO que as(os) psicólogas(os) são profis- rentes ao exercício profissional do Código de Ética Profissional
sionais que atuam também na área da saúde, em confor- do Psicólogo, sem prejuízo de outros que possam ser arguidos.

Elaboração de Documentos Psicológicos 17


Capítulo II priadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, co-
Disposições Especiais nhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados
na ciência psicológica, na ética e na legislação profissional.
Seção I § 5.º Na realização da Avaliação Psicológica, ao produ-
Princípios Fundamentais na Elaboração de Documentos zir documentos escritos, a(o) psicóloga(o) deve se basear no
Psicológicos que dispõe o artigo 2.º da Resolução CFP n.º 09/2018, fun-
damentando sua decisão, obrigatoriamente, em métodos,
Documento Psicológico técnicas e instrumentos psicológicos reconhecidos cientifi-
camente para uso na prática profissional da(o) psicóloga(o)
Art. 4.º O documento psicológico constitui instrumen- (fontes fundamentais de informação), podendo, a depender
to de comunicação escrita resultante da prestação de servi- do contexto, recorrer a procedimentos e recursos auxiliares
ço psicológico à pessoa, grupo ou instituição. (fontes complementares de informação).
§ 1.º A confecção do documento psicológico deve ser § 6.º A(O) psicóloga(o) deve resguardar os cuidados
realizada mediante solicitação da(o) usuária(o) do serviço com o sigilo profissional, conforme previsto nos artigos 9.º e
de Psicologia, de seus responsáveis legais, de uma(um) pro- 10 do Código de Ética Profissional do Psicólogo.
fissional específico, das equipes multidisciplinares ou das § 7.º Ao elaborar um documento em que seja neces-
autoridades, ou ser resultado de um processo de avaliação sário referenciar material teórico técnico, as referências de-
psicológica. vem ser colocadas, preferencialmente, em nota de rodapé,
§ 2.º O documento psicológico sistematiza uma condu- observando a especificidade do documento produzido.
ta profissional na relação direta de um serviço prestado à § 8.º Toda e qualquer modalidade de documento deverá ter
pessoa, grupo ou instituição. todas as laudas numeradas, rubricadas da primeira até a penúlti-
§ 3.º A(O) psicóloga(o) deverá adotar, como princípios ma lauda, e a assinatura da(o) psicóloga(o) na última página.
fundamentais na elaboração de seus documentos, as técni-
cas da linguagem escrita formal (conforme artigo 6.º desta Princípios da Linguagem Técnica
Resolução) e os princípios éticos, técnicos e científicos da
profissão (conforme artigos 5.º e 7.º desta Resolução). Art. 6.º O documento psicológico constitui instrumen-
§ 4.º De acordo com os deveres fundamentais previstos to de comunicação que tem como objetivo registrar o servi-
no Código de Ética Profissional do Psicólogo, na prestação ço prestado pela(o) psicóloga(o).
de serviços psicológicos, as(os) envolvidas(os) no processo § 1.º A(o) psicóloga(o), ao redigir o documento psico-
possuem o direito de receber informações sobre os objeti- lógico, deve expressar- se de maneira precisa, expondo o ra-
vos e resultados do serviço prestado, bem como ter acesso ciocínio psicológico resultante da sua atuação profissional.
ao documento produzido pela atividade da(o) psicóloga(o). § 2.º O texto do documento deve ser construído com fra-
ses e parágrafos que resultem de uma articulação de ideias,
Princípios Técnicos caracterizando uma sequência lógica de posicionamentos
que representem o nexo causal resultante de seu raciocínio.
Art. 5.º Os documentos psicológicos devem ser elabo- § 3.º A linguagem escrita deve basear-se nas normas
rados conforme os princípios de qualidade técnica e científi- cultas da língua portuguesa, na técnica da Psicologia, na ob-
ca presentes neste regulamento. jetividade da comunicação e na garantia dos direitos huma-
§ 1.º Os documentos emitidos pela(o) psicóloga(o) nos (observando os Princípios Fundamentais do Código de
concretizam informações fundamentais e devem conter da- Ética Profissional do Psicólogo e as Resoluções CFP
dos fidedignos que validam a construção do pensamento n.º 01/1999, 18/2002 e 01/2018, ou outras que venham a al-
psicológico e a finalidade a que se destina. terá-las ou substituí-las).
§ 2.º A elaboração de documento decorrente do servi- § 4.º Os documentos psicológicos devem ser escritos
ço prestado no exercício da profissão deve considerar que de forma impessoal, na terceira pessoa, com coerência que
este é o resultado de uma avaliação e/ou intervenção psico- expresse a ordenação de ideias e a interdependência dos di-
lógica, observando os condicionantes históricos e sociais e ferentes itens da estrutura do documento.
seus efeitos nos fenômenos psicológicos. § 5.º Os documentos psicológicos não devem apresen-
§ 3.º O documento escrito resultante da prestação de tar descrições literais dos atendimentos realizados, salvo
serviços psicológicos deve considerar a natureza dinâmica, quando tais descrições se justifiquem tecnicamente.
não definitiva e não cristalizada do fenômeno psicológico.
§ 4.º Ao produzir documentos escritos, a(o) psicóloga(o) Princípios Éticos
deve se basear no que dispõe o artigo 1.º, alínea “c”, do Código
de Ética Profissional do Psicólogo, prestando serviços psicoló- Art. 7.º Na elaboração de documento psicológico, a(o)
gicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e apro- psicóloga(o) baseará suas informações na observância do

18 Elaboração de Documentos Psicológicos


Código de Ética Profissional do Psicólogo, além de outros Seção III
dispositivos de Resoluções específicas. Conceito, Finalidade e Estrutura
§ 1.º De modo especial, deverão ser observados os Prin-
cípios Fundamentais e os seguintes dispositivos normativos: DECLARAÇÃO - Conceito e finalidade
I - artigo 1.º, alíneas “b”, “c”, “f”, “g”, “h”, “i”, do Código
de Ética Profissional do Psicólogo; Art. 9.º Declaração consiste em um documento es-
II - artigo 2.º, alíneas “f”, “g”, “h”, “j”, “k”, “q”, do Código crito que tem por finalidade registrar, de forma objetiva e
de Ética Profissional do Psicólogo; sucinta, informações sobre a prestação de serviço realiza-
III - artigo 11, do Código de Ética Profissional do Psicólo- do ou em realização, abrangendo as seguinte informações:
go; IV - artigo 12, do Código de Ética Profissional do Psicólogo; I - Comparecimento da pessoa atendida e seu(sua)
V - artigo 18, do Código de Ética Profissional do Psicólogo. acompanhante; II - Acompanhamento psicológico realizado
§ 2.º Devem ser observados, ainda, os deveres da(o) ou em realização;
psicóloga(o) no que diz respeito ao sigilo profissional em re- III - Informações sobre tempo de acompanhamento,
lação às equipes interdisciplinares, às relações com a justiça dias e horários.
e com as políticas públicas, e o alcance das informações na § 1.º É vedado o registro de sintomas, situações ou es-
garantia dos direitos humanos, identificando riscos e com- tados psicológicos na Declaração.
promissos do alcance social do documento elaborado.
§ 3.º À(Ao) psicóloga(o) é vedado, sob toda e qualquer Estrutura
condição, o uso dos instrumentos, técnicas psicológicas e
experiência profissional de forma a sustentar modelo insti- § 2.º A declaração deve apresentar as informações da es-
tucional e ideológico de segregação dos diferentes modos trutura detalhada abaixo, em forma de itens ou texto corrido:
de subjetivação. I - Título: “Declaração” II - Expor no texto:
§ 4.º Sempre que o trabalho exigir, poderá a(o) psicó- a) Nome da pessoa atendida: identificação do nome
loga(o), mediante fundamentação, intervir sobre a deman- completo ou nome social completo;
da e construir um projeto de trabalho que aponte para a re- b) Finalidade: descrição da razão ou motivo do documento;
formulação dos condicionantes que provocam o sofrimento c) Informações sobre local, dias, horários e duração do
psíquico, a violação dos direitos humanos e a manutenção acompanhamento psicológico.
ou prática de preconceito, discriminação, violência e explo- III - O documento deve ser encerrado com indicação do
ração como formas de dominação e segregação. local, data de emissão e carimbo, em que conste nome com-
§ 5.º A(O) psicóloga(o) deve prestar serviço responsá- pleto ou nome social completo da(o) psicóloga(o), acrescido
vel e de qualidade, observando os princípios éticos e o com- de sua inscrição profissional e assinatura.
promisso social da Psicologia, de modo que a demanda, tal
como formulada, seja compreendida como efeito de uma A Declaração é o documento psicológico mais obje-
situação de grande complexidade. tivo e sucinto entre todos. Responde a solicitações pontu-
§ 6.º É dever da(o) psicóloga(o) elaborar e fornecer do- ais que visam a informar situações que envolvem dia(s),
cumentos psicológicos sempre que solicitada(o) ou quando horários e tempo de atendimento da(o) paciente/cliente
finalizado um processo de avaliação psicológica, conforme e/ou da pessoa que a(o) acompanha.
artigo 4.º desta Resolução. Diferente do Atestado Psicológico, a declaração
§ 7.º A(O) psicóloga(o) fica responsável ética e discipli- NUNCA deve apresentar registro de sintomas, estados psi-
narmente pelo cumprimento das disposições deste artigo, sem cológicos, ou qualquer outra informação que diga respei-
prejuízo da responsabilidade civil e criminal decorrentes das in- to ao funcionamento psicológico da pessoa atendida.
formações que fizerem constar nos documentos psicológicos. A especificação da finalidade do documento é es-
sencial e refere-se a um item obrigatório. É por meio da
Seção II identificação da finalidade ou motivo do documento que
Modalidades de Documentos a(o) psicóloga(o) se resguarda em relação ao uso dado ao
documento depois de sua entrega.
Art. 8.º Constituem modalidades de documentos psi-
cológicos: I - Declaração; ATESTADO PSICOLÓGICO - Conceito e finalidade
II - Atestado Psicológico;
III - Relatório: Art. 10 Atestado psicólogo consiste em um documento
a) Psicológico; que certifica, com fundamento em um diagnóstico psicoló-
b) Multiprofissional; gico, uma determinada situação, estado ou funcionamento
IV - Laudo Psicológico; psicológico, com a finalidade de afirmar as condições psico-
V - Parecer Psicológico. lógicas de quem, por requerimento, o solicita.

Elaboração de Documentos Psicológicos 19


§ 1.º O atestado presta-se também a comunicar o diag- nacional de Doenças (CID) ou outras Classificações de diag-
nóstico de condições mentais que incapacitem a pessoa nóstico, científica e socialmente reconhecidas, como fonte
atendida, com fins de: para enquadramento de diagnóstico;
I - Justificar faltas e impedimentos; VI - O documento deve ser encerrado com indicação
II - Justificar estar apto ou não para atividades espe- do local, data de emissão, carimbo, em que conste nome
cíficas (manusear arma de fogo, dirigir veículo motorizado completo ou nome social completo da(do) psicóloga(o),
no trânsito, assumir cargo público ou privado, entre outros), acrescido de sua inscrição profissional, com todas as laudas
após realização de um processo de avaliação psicológica, numeradas, rubricadas da primeira até a penúltima lauda, e
dentro do rigor técnico e ético que subscrevem a Resolução a assinatura da(o) psicóloga(o) na última página.
CFP n.º 09/2018 e a presente, ou outras que venham a alte- § 7.º É facultado à(ao) psicóloga(o) destacar, ao final do
rá-las ou substituí- las; atestado psicológico, que este não poderá ser utilizado para
III - Solicitar afastamento e/ou dispensa, subsidiada na fins diferentes do apontado no item de identificação, que pos-
afirmação atestada do fato. sui caráter sigiloso e que se trata de documento extrajudicial.
§ 2.º Diferente da declaração, o atestado psicológico Cabe ressaltar que, em geral, em processos legais e da
resulta de uma avaliação psicológica. É responsabilidade justiça do trabalho a descrição no documento do número do
da(o) psicóloga(o) atestar somente o que foi verificado no CID que caracteriza o diagnóstico do paciente é imprescin-
processo de avaliação e que esteja dentro do âmbito de sua dível. Nestes casos, a solicitação de autorização por escrito
competência profissional. da pessoa atendida para divulgação do número do CID no
§ 3.º A emissão de atestado deve estar fundamentada documento se faz necessária.
no registro documental, conforme dispõe a Resolução CFP n.º
01/2009 ou aquelas que venham a alterá-la ou substituí-la, não O atestado é oriundo de um processo de avalia-
isentando a(o) psicóloga(o) de guardar os registros em seus ar- ção psicológica, realizado para verificar determinada
quivos profissionais, pelo prazo estipulado nesta resolução. situação ou condição do estado psicológico (diagnóstico
§ 4.º Os Conselhos Regionais podem, no prazo de até psicológico). Ressalta-se que o diagnóstico psicológico a
cinco anos, solicitar à(ao) psicóloga(o) a apresentação da que se refere o Art. 10 não corresponde a diagnóstico no-
fundamentação técnico-científica do atestado. sológico, mas sim a descrição de estado psicológico re-
lativo aos construtos avaliados. Desta forma, o atestado
Estrutura psicológico serve para informar sobre a saúde mental do
avaliando a partir de evidências científicas encontradas
§ 5.º A formulação desse documento deve restringir-se à in- no âmbito da ciência psicológica.
formação solicitada, contendo expressamente o fato constatado. Nos processos de avaliação psicológica compulsó-
I - As informações deverão estar registradas em texto ria, o documento a ser emitido pela(o) psicóloga(o) deve-
corrido, separadas apenas pela pontuação, sem parágrafos, rá ser o atestado psicológico. Contudo, quando solicita-
evitando, com isso, riscos de adulteração. do, a(o) psicóloga(o), além do atestado psicológico pode
II - No caso em que seja necessária a utilização de pa- emitir também um laudo psicológico.
rágrafos, a(o) psicóloga(o) deverá preencher esses espaços Vale ressaltar que o documento atestado psicológi-
com traços. co indica a necessidade de afastamento e/ou dispensa da
§ 6.º O atestado psicológico deve apresentar as infor- pessoa baseado na avaliação de aspectos psicológicos.
mações da estrutura detalhada abaixo: Contudo, cabe observar aspectos legais relativos a esse
I - Título: “Atestado Psicológico”; afastamento e/ou dispensa. Por exemplo, nos casos em
II - Nome da pessoa ou instituição atendida: identifica- que a(o) psicóloga(o) perceba a necessidade de afasta-
ção do nome completo ou nome social completo e, quando mento laboral da pessoa atendida por um período supe-
necessário, outras informações sócio demográficas; rior a quinze dias, a orientação, de acordo com a legisla-
III - Nome da(o) solicitante: identificação de quem so- ção brasileira, é encaminhar a pessoa atendida ao INSS.
licitou o documento, especificando se a solicitação foi rea- A(o) psicóloga(o) deve manter em seus arquivos
lizada pelo Poder Judiciário, por empresas, instituições pú- uma cópia dos atestados psicológicos emitidos, junto a
blicas ou privadas, pela(o) própria(o) usuária(o) do processo todo o material resultante do processo avaliativo, proto-
de trabalho prestado ou por outras(os) interessadas(os); colado com data, local e assinatura de quem recebeu o
IV - Finalidade: descrição da razão ou motivo do pedido; documento, para fins de comprovação e fiscalização.
V - Descrição das condições psicológicas do beneficiá-
rio do serviço psicológico advindas do raciocínio psicológico
ou processo de avaliação psicológica realizado, responden- RELATÓRIO PSICOLÓGICO - Conceito e finalidade
do a finalidade deste. Quando justificadamente necessário,
fica facultado à(ao) psicóloga(o) o uso da Classificação Inter- Art. 11 O relatório psicológico consiste em um docu-

20 Elaboração de Documentos Psicológicos


mento que, por meio de uma exposição escrita, descritiva e ção no Conselho Regional de Psicologia.
circunstanciada, considera os condicionantes históricos e
sociais da pessoa, grupo ou instituição atendida, podendo Descrição da demanda
também ter caráter informativo. Visa a comunicar a atuação
profissional da(o) psicóloga(o) em diferentes processos de § 3.º Neste item, a(o) psicóloga(o), autora(or) do do-
trabalho já desenvolvidos ou em desenvolvimento, poden- cumento, deve descrever as informações sobre o que moti-
do gerar orientações, recomendações, encaminhamentos e vou a busca pelo processo de trabalho prestado, indicando
intervenções pertinentes à situação descrita no documento, quem forneceu as informações e as demandas que levaram
não tendo como finalidade produzir diagnóstico psicológico. à solicitação do documento.
I - O relatório psicológico é uma peça de natureza e valor I - A descrição da demanda constitui requisito indis-
técnico-científico, devendo conter narrativa detalhada e didá- pensável e deverá apresentar o raciocínio técnico-científico
tica, com precisão e harmonia. A linguagem utilizada deve ser que justificará procedimentos utilizados, conforme o pará-
acessível e compreensível à(ao) destinatária(o), respeitando grafo 4.º deste artigo.
os preceitos do Código de Ética Profissional do Psicólogo.
II - Deve ser construído com base no registro documen- Procedimento
tal elaborado pela(o) psicóloga(o), em conformidade com a
Resolução CFP n.º 01/2009 ou resoluções que venham a al- § 4.º Neste item, a(o) psicóloga(o) autora(or) do relató-
terá-la ou substituí-la. rio deve apresentar o raciocínio técnico-científico que justifi-
III - O relatório psicológico não corresponde à descri- ca o processo de trabalho utilizado na prestação do serviço
ção literal das sessões, atendimento ou acolhimento realiza- psicológico e os recursos técnico-científicos utilizados, espe-
do, salvo quando tal descrição se justifique tecnicamente. cificando o referencial teórico metodológico que fundamen-
Este deve explicitar a demanda, os procedimentos e o racio- tou suas análises, interpretações e conclusões.
cínio técnico-científico da(o) profissional, bem como suas I - Cumpre, à(ao) psicóloga(o) autora(or) do relatório,
conclusões e/ou recomendações. citar as pessoas ouvidas no processo de trabalho desenvol-
vido, as informações objetivas, o número de encontros e o
Estrutura tempo de duração do processo realizado.
II - Os procedimentos adotados devem ser pertinentes
§ 1.º O relatório psicológico deve apresentar as infor- à complexidade do que está sendo demandado.
mações da estrutura detalhada abaixo, em forma de itens ou
texto corrido. Análise
I - O relatório psicológico é composto de cinco itens:
a) Identificação; § 5.º Neste item devem constar, de forma descritiva,
b) Descrição da demanda; narrativa e analítica, as principais características e evolução
c) Procedimento; do trabalho realizado, baseando-se em um pensamento sis-
d) Análise; têmico sobre os dados colhidos e as situações relacionadas
e) Conclusão. à demanda que envolve o processo de atendimento ou aco-
lhimento, sem que isso corresponda a uma descrição literal
Identificação das sessões, atendimento ou acolhimento, salvo quando tal
descrição se justificar tecnicamente.
§ 2.º Neste item, a(o) psicóloga(o) deve fazer constar I - A análise deve apresentar fundamentação
no documento: teórica e técnica.
I - Título: “Relatório Psicológico”; II - Somente deve ser relatado o que for necessário
II - Nome da pessoa ou instituição atendida: identifica- para responder a demanda, tal qual disposto no Código de
ção do nome completo ou nome social completo e, quando Ética Profissional do Psicólogo.
necessário, outras informações sócio demográficas; III - É vedado à(ao) psicóloga(o) fazer constar no docu-
III - Nome da(o) solicitante: identificação de quem so- mento afirmações de qualquer ordem sem identificação da
licitou o documento, especificando se a solicitação foi rea- fonte de informação ou sem a devida sustentação em fatos
lizada pelo Poder Judiciário, por empresas, instituições pú- e/ou teorias.
blicas ou privadas, pela(o) própria(o) usuária(o) do processo IV - A linguagem deve ser objetiva e precisa, especial-
de trabalho prestado ou por outras(os) interessadas(os); mente quando se referir a informações de natureza subjetiva.
IV - Finalidade: descrição da razão ou motivo do pedido;
V - Nome da(o) autora(or): identificação do nome com- Conclusão
pleto ou nome social completo da(o) psicóloga(o) responsá-
vel pela construção do documento, com a respectiva inscri- § 6.º Neste item, a(o) psicóloga(o) autora(or) do rela-

Elaboração de Documentos Psicológicos 21


tório deve descrever suas conclusões, a partir do que foi re-
latado na análise, considerando a natureza dinâmica e não ANOTAÇÕES
cristalizada do seu objeto de estudo.
I - Na conclusão pode constar encaminhamento, orienta- ____________________________________________
ção e sugestão de continuidade do atendimento ou acolhimento. ____________________________________________
II - O documento deve ser encerrado com indicação do ____________________________________________
local, data de emissão, carimbo, em que conste nome com- ____________________________________________
pleto ou nome social completo da(o) psicóloga(o), acrescido ____________________________________________
de sua inscrição profissional, com todas as laudas numera- ____________________________________________
das, rubricadas da primeira até a penúltima lauda, e a assi- ____________________________________________
natura da(o) psicóloga(o) na última página. ____________________________________________
III - É facultado à(ao) psicóloga(o) destacar, ao final do ____________________________________________
relatório, que este não poderá ser utilizado para fins diferen- ____________________________________________
tes do apontado no item de identificação, que possui caráter ____________________________________________
sigiloso, que se trata de documento extrajudicial e que não ____________________________________________
se responsabiliza pelo uso dado ao relatório por parte da ____________________________________________
pessoa, grupo ou instituição, após a sua entrega em entre- ____________________________________________
vista devolutiva. ____________________________________________
A presente Resolução inova na distinção entre Rela- ____________________________________________
tório e Laudo Psicológico, visando a abarcar os diversos ____________________________________________
contextos, serviços e demandas em que a comunicação ____________________________________________
escrita a ser elaborada por psicólogas(os) pode ocorrer. ____________________________________________
Desse modo, a Resolução acolhe uma pluralidade de ____________________________________________
procedimentos, observações, análises e referenciais de ____________________________________________
atuação que possam ser comunicadas com finalidade ____________________________________________
informativa ou de intervenção pontual, resguardando-se ____________________________________________
a autonomia profissional para definir métodos e técnicas ____________________________________________
a serem relatados e o sigilo inerente à relação estabele- ____________________________________________
cida com pessoas, grupos ou instituições atendidas. ____________________________________________
O Relatório Psicológico deverá atender aos objeti- ____________________________________________
vos dos serviços prestados; portanto, poderá abranger ____________________________________________
finalidades diversas a depender do contexto de solici- ____________________________________________
tação. Podem ser elaborados Relatórios Psicológicos ____________________________________________
decorrentes de visitas domiciliares, para fins de enca- ____________________________________________
minhamento, sobre um único atendimento — como em _______________________________________
situações de orientação ou de acolhimento nos serviços _______________________________________
— para prestar informações de referência e de contra-re-
ferência; para subsidiar atividades de outros profissio-
nais, entre outras situações que já ocorrem no exercício A estrutura descrita para o Relatório refere-se aos
profissional, desde que constitua instrumento de comu- conteúdos que devem constar no documento. O Relatório
nicação escrita resultante da prestação de serviço psico- Psicológico refere-se a contextos e solicitações diversas,
lógico à pessoa, grupo ou instituição, conforme artigo entre os quais poderíamos mencionar encaminhamen-
4.º. Assim, deverá referir-se à atuação da(o) psicóloga(o) tos, relatos de estudo de caso, relatórios de visita domici-
e atender às Resoluções CFP n.º 01/2009 e n.º 05/2010, liar, relatórios para solicitação de ampliação de número
que dispõe sobre a obrigatoriedade do registro docu- de sessões para planos de saúde. No item finalidade a(o)
mental decorrente da prestação de serviços psicológicos psicóloga(o) deverá apontar o contexto e/ou solicitação
bem como todas as diretrizes éticas da profissão. que originou o documento.
Importante distinguir o Relatório Psicológico de O Relatório será elaborado a partir da demanda
outros documentos informativos que sejam de caráter e/ou da solicitação, com base no registro documental,
administrativo ou protocolares, tais como Relatórios de ressaltando-se, porém, que não se trata de transcrição
Atividades ou relatos em ofícios, que são documentos fre- ou de sistematização em texto desses registros. Os re-
quentemente assinados por psicólogas(os), especialmen- gistros abrangem todas as informações referentes aos
te em serviços públicos, mas que não são elaborados com serviços psicológicos ou, em equipes multiprofissionais,
fim de relatar o atendimento psicológico realizado. também a outros atendimentos, providências e decisões

22 Elaboração de Documentos Psicológicos


tomadas. A construção do Relatório deve tomar esses re- serviços psicológicos e que prejudiquem o sigilo e outras
gistros como base, mas não se limita ao seu conteúdo. prerrogativas éticas da profissão.
Portanto, se os registros são a base do Relatório, então Recomenda-se que, na conclusão, seja retomada a
o trabalho desenvolvido, a demanda atendida e a fina- finalidade da emissão do documento, registrado a entre-
lidade da solicitação do documento fazem parte de sua vista devolutiva para a entrega do documento, indicadas
estrutura, e devem direcionar a argumentação analítica as possibilidades de encaminhamento ou de continuida-
e/ou a comunicação informativa, a depender dos obje- de dos serviços psicológicos, além de outras orientações.
tivos da solicitação e dos direitos das(os) usuárias(os), Essas recomendações são fundamentais em contextos
salvo contextos previstos no Código de Ética Profissional nos quais os Relatórios Psicológicos possam subsidiar
do Psicólogo e nas legislações vigentes. decisões pessoais e institucionais que tragam impac-
Conforme o Código de Ética Profissional do Psicó- tos para a vida da(s) pessoa(s) atendidas, o que ocorre
logo, a solicitação de documentos decorrentes de servi- regularmente nos serviços públicos e em contextos que
ços psicológicos é condicionada ao acordo de trabalho envolvem processos judiciais. Nesse sentido, além dos
ou aos objetivos do serviço prestado, o que depende da prazos definidos pelas normativas e manuais referen-
relação e contratualidade entre psicóloga(o) e pesso- tes a métodos e técnicas de avaliação psicológica, que
a(s) atendida(s) e de deveres legais. Um apontamento podem ser considerados aqui por analogia, devem ser
importante é esse artigo parecer conflitar com as dispo- explicitados na conclusão argumentos técnicos e éticos
sições da Resolução CFP n.º 08/2010, quando diz que é que delimitem não apenas a finalidade do documento,
vedado: “I - Produzir documentos advindos do processo mas também a validade temporal das informações pres-
psicoterápico com a finalidade de fornecer informações tadas no documento, ressaltando-se a natureza dinâmi-
à instância judicial acerca das pessoas atendidas, sem ca e não cristalizada do objeto de estudo bem como das
o consentimento formal destas últimas à exceção de De- intervenções, ações ou análises realizadas.
clarações, conforme a Resolução CFP n.º 07/2003.”
Contudo, a Resolução define que se apresente a fina-
lidade do documento e a descrição da demanda de modo RELATÓRIO MULTIPROFISSIONAL - Conceito e finalidade
a propiciar a diferenciação necessária a partir de cada
contexto de solicitação. Isto é, a(o) psicóloga(o) tem au- Art. 12 O relatório multiprofissional é resultante da
tonomia para decidir quais procedimentos, observações atuação da(o) psicóloga(o) em contexto multiprofissional,
e análises serão comunicados, a depender dos contextos podendo ser produzido em conjunto com profissionais de
de solicitação, o que estará condicionado a resguardar as outras áreas, preservando-se a autonomia e a ética profis-
diretrizes, normativas e princípios éticos da profissão, os sional dos envolvidos.
quais são orientados pelo respeito e defesa dos direitos e I - A(o) psicóloga(o) deve observar as mesmas carac-
dignidade da pessoa humana e das coletividades, desta- terísticas do relatório psicológico nos termos do artigo 11.
cando-se, especialmente, as alíneas de “e” a “h”, do artigo II - As informações para o cumprimento dos objetivos
1.º, bem como as alíneas “a”, “b”, “c”, “f”, “g”, “j” e “k” do da atuação multiprofissional devem ser registradas no rela-
artigo 2.º do Código de Ética Profissional. tório, em conformidade com o que institui o Código de Ética
Os procedimentos a serem descritos no Relatório Profissional do Psicólogo em relação ao sigilo.
dizem respeito a descrição de toda e qualquer atividade, Estrutura
técnica, argumentação técnico-científica e considera-
ções éticas utilizadas na prestação de serviço psicológico § 1.º O relatório multiprofissional deve apresentar, no
e devem basear-se em evidências científicas. que tange à atuação da(o) psicóloga(o), as informações da es-
O Relatório abrange descrições e narrativas que trutura detalhada abaixo, em forma de itens ou texto corrido.
sejam referidas aos procedimentos adotados, à deman- I - O Relatório Multiprofissional é composto de cinco itens:
da da solicitação e à evolução do trabalho, quando hou- a) Identificação;
ver. Pode referir-se a ações e a relatos pontuais, como nos b) Descrição da demanda;
casos de encaminhamentos e de relatórios de visitas, ou c) Procedimento;
pode referir-se a uma exposição analítica maior, quando d) Análise;
necessário. Ainda que contemple análises ou considera- e) Conclusão.
ções críticas, não cabe juízos de valor e opiniões pesso-
ais que não possuam respaldo na ciência psicológica. As Identificação
descrições literais apenas serão justificáveis quando fo-
rem necessárias à argumentação desenvolvida no texto § 2.º Neste item, a(o) psicóloga(o) deve fazer constar
e para evidenciar o contexto de que se trata, e não como no documento: I - Título: “Relatório Multiprofissional”;
resposta a solicitações que extrapolem a condição dos II - Nome da pessoa ou instituição atendida: identifica-

Elaboração de Documentos Psicológicos 23


ção do nome completo ou nome social completo e, quando ser realizada em conjunto, principalmente nos casos em que
necessário, outras informações sócio demográficas; se trate de um processo de trabalho interdisciplinar.
III - Nome do solicitante: identificação de quem solici- § 9.º A(O) psicóloga(o) deve elaborar a conclusão a par-
tou o documento, especificando se a solicitação foi realizada tir do relatado na análise, considerando a natureza dinâmica
pelo Poder Judiciário, por empresas, instituições públicas e não cristalizada do seu objeto de estudo, podendo constar
ou privadas, pela(o) própria(o) usuária(o) do processo de encaminhamento, orientação e sugestão de continuidade
trabalho prestado ou por outros interessados; do atendimento ou acolhimento.
IV - Finalidade: descrição da razão ou motivo do pedido; I - O documento deve ser encerrado com indicação do
V - Nome das autoras(res): identificação do nome com- local, data de emissão, carimbo, em que conste nome com-
pleto ou nome social completo das(os) profissionais respon- pleto ou nome social completo dos profissionais, e os núme-
sáveis pela construção do documento, com indicação de ros de inscrição na sua categoria profissional, com todas as
sua categoria profissional e o respectivo registro em órgão laudas numeradas, rubricadas da primeira até a penúltima
de classe, quando houver. lauda, e a assinatura da(o) psicóloga(o) na última página.
II - É facultado à(ao) psicóloga(o) destacar, ao final do
Descrição da demanda relatório multiprofissional, que este não poderá ser utilizado
para fins diferentes do apontado no item de identificação,
§ 3.º Neste item, a(o) psicóloga(o), autora(or) do docu- que possui caráter sigiloso, que se trata de documento extra-
mento, deve descrever as informações sobre o que motivou judicial e que não se responsabiliza pelo uso dado ao relató-
a busca pelo processo de trabalho multiprofissional, indi- rio multiprofissional por parte da pessoa, grupo ou institui-
cando quem forneceu as informações e as demandas que ção, após a sua entrega em entrevista devolutiva.
levaram à solicitação do documento.
I - A descrição da demanda constitui requisito indis- Esta modalidade de documento contempla a atu-
pensável e deverá apresentar o raciocínio técnico-científico ação em equipes multiprofissionais e permite a elabo-
que justificará procedimentos utilizados pela(o) psicólo- ração conjunta, a responsabilidade compartilhada e
ga(o) e/ou pela equipe multiprofissional, conforme o pará- referenciais interdisciplinares, resguardando-se a auto-
grafo 4.º deste artigo. nomia das demais categorias profissionais e do contexto
de cada serviço/equipe multiprofissional.
Procedimento Na atuação profissional, especialmente nas áreas
da saúde, da assistência social e do judiciário, tem se
§ 4.º Devem ser apresentados o raciocínio técnico- consolidado a nomenclatura “Relatório Psicossocial”;
-científico, que justifica o processo de trabalho realizado porém, com a variedade de contextos e de composição
pela(o) psicóloga(o) e/ou pela equipe multiprofissional, e das equipes, a elaboração de relatórios com esta deno-
todos os procedimentos realizados pela(o) psicóloga(o), minação abarca organização textual e referenciais de in-
especificando o referencial teórico que fundamentou suas tervenção e de argumentação técnica muito variados. A
análises e interpretações. Resolução acolhe essa diversidade e não define qualquer
§ 5.º A descrição dos procedimentos e/ou técnicas impedimento para que seja utilizada essa denominação.
privativas da Psicologia deve vir separada das descritas pe- Da mesma forma, como define-se na modalidade de Re-
las(os) demais profissionais. latório Psicológico, o documento deve conter como títu-
lo “Relatório Multiprofissional”. Contudo, pode receber
Análise subtítulos diversos e variar em sua organização textual,
a depender do serviço, da demanda e da solicitação,
§ 6.º Neste item orienta-se que cada profissional faça resguardando a necessidade de constar as informações
sua análise separadamente, identificando, com subtítulo, o especificadas na presente Resolução. Desta forma, o
nome e a categoria profissional. Relatório Multiprofissional pode referir-se a Relatório In-
§ 7.º A(O) psicóloga(o) deve seguir as orientações que formativo, Relatório de Encaminhamento, entre outras,
constam no § 5.º do artigo 11 desta resolução (item Aná- inclusive, podendo ser fruto de uma única intervenção/
lise do Relatório Psicológico). I - O relatório multipro- atendimento – nos casos, por exemplo, de visitas domici-
fissional não isenta a(o) psicóloga(o) de realizar o registro liares, atendimentos para orientação ou de acolhimento,
documental, conforme Resolução CFP n.º 01/2009 ou outras estudos de caso, mediação de conflitos, participação em
que venham a alterá-la ou substituí-la. grupos, procedimentos de saúde realizados em equipe,
entre outros. Importante ressaltar o dever de assumir
Conclusão responsabilidades profissionais somente por atividades
para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tec-
§ 8.º A conclusão do relatório multiprofissional pode nicamente (Código de Ética Profissional, artigo 1.º, b),

24 Elaboração de Documentos Psicológicos


considerando-se que as demandas em equipes multi- so de avaliação psicológica, com finalidade de subsidiar de-
profissionais possam gerar solicitações que extrapolem cisões relacionadas ao contexto em que surgiu a demanda.
as atribuições da psicologia ou que excedam a possibi- Apresenta informações técnicas e científicas dos fenômenos
lidade de observação e análise a partir dos procedimen- psicológicos, considerando os condicionantes históricos e
tos realizados, ou ainda, que não sejam pertinentes aos sociais da pessoa, grupo ou instituição atendida.
referenciais técnicos da(o) profissional. Reforça-se tam- I - O laudo psicológico é uma peça de natureza e valor
bém a observância das alíneas de “e” a “h”, no artigo 1.º técnico-científico. Deve conter narrativa detalhada e didáti-
do Código de Ética Profissional, que concernem aos direi- ca, com precisão e harmonia, tornando-se acessível e com-
tos de usuárias(os) dos serviços psicológicos, que devem preensível ao destinatário, em conformidade com os precei-
ser inegociáveis nos diversos contextos de solicitação tos do Código de Ética Profissional do Psicólogo.
desses Relatórios e de outros documentos psicológicos, II - Deve ser construído com base no registro documen-
ainda que sejam solicitações feitas não pela(o) usuá- tal elaborado pela(o) psicóloga(o), em conformidade com a
ria(o), mas por outros profissionais, serviços e agentes Resolução CFP n.º 01/2009, ou outras que venham a alterá-la
públicos, inclusive quando advindas de demandas e de- ou substituí-la, e na interpretação e análise dos dados obti-
terminações do judiciário. O Relatório Multiprofissional é dos por meio de métodos, técnicas e procedimentos reco-
proveniente da atuação multidisciplinar, interdisciplinar nhecidos cientificamente para uso na prática profissional,
ou transdisciplinar. Cabe observar, quanto à atuação em conforme Resolução CFP n.º 09/2018 ou outras que venham
equipe multiprofissional, que diversos procedimentos e a alterá-la ou substituí- la.
referenciais são empregados e construídos de modo in- III - Deve considerar a demanda, os procedimentos e o
ter ou transdisciplinar e, portanto, sua escrita pode ser raciocínio técnico- científico da profissional, fundamentado
em conjunto com outros profissionais. Contudo, quando teórica e tecnicamente, bem como suas conclusões e reco-
a atividade desenvolvida no atendimento a pessoa/gru- mendações, considerando a natureza dinâmica e não crista-
po/instituição consistir em métodos e técnicas privativos lizada do seu objeto de estudo.
da Psicologia, estes devem ser relatados em itens dife- IV - O laudo psicológico deve apresentar os procedi-
rente dos demais profissionais, destacando que foram mentos e conclusões gerados pelo processo de avaliação
utilizados apenas pela(o) psicóloga(o) da equipe. Em psicológica, limitando-se a fornecer as informações necessá-
todos os casos, a estrutura do Relatório Multiprofissional rias e relacionadas à demanda e relatar: o encaminhamen-
deve contemplar o estabelecido Resolução, e conforme to, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico, a hipótese
haja acordo com as regulamentações das outras pro- diagnóstica, a evolução do caso, orientação e/ou sugestão
fissões envolvidas. A orientação para que a análise seja de projeto terapêutico.
destacada na organização textual também se direciona V - Nos casos em que a(o) psicóloga(o) atue em equi-
a evidenciar argumentações, referenciais, observações, pes multiprofissionais, e havendo solicitação de um docu-
métodos e técnicas específicos e privativos da Psicologia. mento decorrente da avaliação, o laudo psicológico ou in-
Caso as informações relatadas não se baseiem em méto- formações decorrentes da avaliação psicológica poderão
dos e técnicas privativas da Psicologia, a redação deste compor um documento único.
item pode ser em conjunto com outros profissionais, nos VI - Na hipótese do inciso anterior, é indispensável que
casos em que se trate de processos de trabalho interdis- a(o) psicóloga(o) registre informações necessárias ao cum-
ciplinares. Recomenda-se, porém, que essa compreen- primento dos objetivos da atuação multiprofissional, res-
são seja explicitada no texto, conforme regulamentação guardando o caráter do documento como registro e a forma
das demais categorias profissionais envolvidas. Assim de avaliação em equipe.
como na Análise, a Conclusão pode ser redigida em con- VII - Deve-se considerar o sigilo profissional na elabo-
junto com outros profissionais nos casos em que se trate ração do laudo psicológico em conjunto com equipe multi-
de processos de trabalho interdisciplinares. É importan- profissional, conforme estabelece o Código de Ética Profis-
te o profissional encerrar o documento com data, local sional do Psicólogo.
e assinatura a fim de atestar a veracidade das informa-
ções apresentadas no documento. Da mesma forma, a Estrutura
rubrica em todas as páginas assim como a numeração
das mesmas é uma segurança ao profissional do conjun- § 1.º O laudo psicológico deve apresentar as informa-
to do documento elaborado. ções da estrutura detalhada abaixo, em forma de itens.
I - O Laudo Psicológico é composto de seis itens:
a) Identificação;
LAUDO PSICOLÓGICO - Conceito e finalidade b) Descrição da demanda;
c) Procedimento;
Art. 13 O laudo psicológico é o resultado de um proces- d) Análise;

Elaboração de Documentos Psicológicos 25


e) Conclusão; em sua complexidade considerando a natureza dinâmica,
f) Referências. não definitiva e não-cristalizada do seu objeto de estudo.
I - A análise não deve apresentar descrições literais das
Identificação sessões ou atendimentos realizados, salvo quando tais des-
crições se justifiquem tecnicamente.
§ 2.º Neste item, a(o) psicóloga(o) deve fazer constar II - Nessa exposição, deve-se respeitar a fundamenta-
no documento: I - Título: “Laudo Psicológico”; ção teórica que sustenta o instrumental técnico utilizado,
II - Nome da pessoa ou instituição atendida: identifica- bem como os princípios éticos e as questões relativas ao si-
ção do nome completo ou nome social completo e, quando gilo das informações. Somente deve ser relatado o que for
necessário, outras informações sócio demográficas; necessário para responder a demanda, tal qual disposto no
III - Nome do solicitante: identificação de quem solici- Código de Ética Profissional do Psicólogo.
tou o documento, especificando se a solicitação foi realizada III - A(o) psicóloga(o) não deve fazer afirmações sem
pelo Poder Judiciário, por empresas, instituições públicas sustentação em fatos ou teorias, devendo ter linguagem ob-
ou privadas, pela(o) própria(o) usuária(o) do processo de jetiva e precisa, especialmente quando se referir a dados de
trabalho prestado ou por outras(os) interessadas(os); natureza subjetiva.
IV - Finalidade: descrição da razão ou motivo do pedido;
V - Nome da(o) autora(or): identificação do nome com- Conclusão
pleto ou nome social completo da(do) psicóloga(o) respon-
sável pela construção do documento, com a respectiva ins- § 6.º Neste item, a(o) psicóloga(o) autora(or) do laudo
crição no Conselho Regional de Psicologia. deve descrever suas conclusões a partir do que foi relatado
na análise, considerando a natureza dinâmica e não cristali-
Descrição da demanda zada do seu objeto de estudo.
I - Na conclusão indicam-se os encaminhamentos e inter-
§ 3.º Neste item, a(o) psicóloga(o), autora(or) do do- venções, diagnóstico, prognóstico e hipótese diagnóstica, evo-
cumento, deve descrever as informações sobre o que moti- lução do caso, orientação ou sugestão de projeto terapêutico.
vou a busca pelo processo de trabalho prestado, indicando II - O documento deve ser encerrado com indicação do
quem forneceu as informações e as demandas que levaram local, data de emissão, carimbo, em que conste nome com-
à solicitação do documento. pleto ou nome social completo da(o) psicóloga(o), acrescido
I - A descrição da demanda constitui requisito indis- de sua inscrição profissional, com todas as laudas numera-
pensável e deverá apresentar o raciocínio técnico-científico das, rubricadas da primeira até a penúltima lauda, e a assi-
que justificará procedimentos utilizados, conforme o pará- natura da(o) psicóloga(o) na última página.
grafo 4.º deste artigo. III - É facultado à(ao) psicóloga(o) destacar, ao final do
laudo, que este não poderá ser utilizado para fins diferentes do
Procedimento apontado no item de identificação, que possui caráter sigiloso,
que se trata de documento extrajudicial e que não se respon-
§ 4.º Neste item, a(o) psicóloga(o) autora(or) do laudo sabiliza pelo uso dado ao laudo por parte da pessoa, grupo ou
deve apresentar o raciocínio técnico-científico que justifica o instituição, após a sua entrega em entrevista devolutiva.
processo de trabalho realizado pela(o) psicóloga(o) e os re-
cursos técnico-científicos utilizados no processo de avaliação Referências
psicológica, especificando o referencial teórico metodológico
que fundamentou suas análises, interpretações e conclusões. § 7.º Na elaboração de laudos, é obrigatória a informa-
I - Cumpre, à(ao) autora(or) do laudo, citar as pessoas ção das fontes científicas ou referências bibliográficas utili-
ouvidas no processo de trabalho desenvolvido, as informa- zadas, em nota de rodapé, preferencialmente.
ções objetivas, o número de encontros e o tempo de dura-
ção do processo realizado. Destaca-se o caráter específico do laudo psicoló-
II - Os procedimentos adotados devem ser pertinentes gico, diferenciando-o do relatório psicológico. O laudo é
à complexidade do que está sendo demandado e a(o) psicó- fruto de um processo de avaliação psicológica diante de
loga(o) deve atender à Resolução CFP n.º 09/2018, ou outras uma demanda específica e deve apresentar os itens des-
que venham a alterá-la ou substituí-la. critos no § 1.º, com destaque para o procedimento con-
Análise duzido, a análise realizada e a conclusão gerada a partir
§ 5.º Nessa parte do documento, a(o) psicóloga(o) deve desse processo de avaliação. Em contrapartida, o rela-
fazer uma exposição descritiva, metódica, objetiva e coerente tório não envolve um processo de avaliação psicológica.
com os dados colhidos e situações relacionadas à demanda O registro documental, em conformidade com a Re-

26 Elaboração de Documentos Psicológicos


solução CFP n.º 01/2009 e a Resolução CFP n.º 005/2010, te referenciadas. Deve-se consultar a legislação vigente
inclui os “documentos produzidos pela(o) psicóloga(o) a fim de garantir a escrita apropriada a demanda.
para o usuária(o)/instituição do serviço de psicologia A citação de referências é obrigatória no Laudo Psi-
prestado” e os “documentos resultantes da aplicação de cológico. Orienta-se que sejam colocadas em notas de ro-
instrumentos de avaliação psicológica”, a serem arqui- dapé a fim de que o documento seja finalizado com a data
vados conforme determinado pelas resoluções citadas. e assinatura do profissional. Não deve ser colocada em
O título “Laudo Psicológico” deve ser usado indepen- folha a parte, pois esta poderia ser destacada do conjunto
dentemente da orientação ou especificidade teórico-meto- do documento, o que o tornaria incompleto. Destaca-se
dológica do processo. Se quiser, o(a) psicólogo(a) poderá que as referências, além de descritas em nota de roda-
colocar um subtítulo especificando o processo, por exem- pé, devem ser citadas ao longo do texto como usual em
plo, “Laudo Psicológico – Avaliação neuropsicológica”. materiais técnico-científicos. Por exemplo, ao nomear um
O laudo psicológico deve apresentar todos os itens instrumento de avaliação usado, apresentar no texto a ci-
da estrutura identificados separadamente. tação do manual com sobrenomes e data e, no local apro-
Em Procedimento, é necessário explicitar os recur- priado (nota de rodapé), apresentar a citação completa.
sos usados, as fontes fundamentais e complementares
usadas, segundo a Resolução CFP n.º 09/2018, com cita-
ção de sua base técnica-científica e uso de referências. PARECER PSICOLÓGICO - Conceito e finalidade
Conforme os incisos V, VI e VII, o laudo psicológico
poderá compor um documento único com a equipe multi- Art. 14 O parecer psicológico é um pronunciamento
profissional, caso as conclusões necessárias para respon- por escrito, que tem como finalidade apresentar uma análi-
der à demanda inicial sejam derivadas da integração das se técnica, respondendo a uma questão-problema do cam-
avaliações individuais dos profissionais da equipe, ou seja, po psicológico ou a documentos psicológicos questionados.
ultrapassando suas avaliações disciplinares e demandan- I - O parecer psicológico visa a dirimir dúvidas de uma
do a análise conjunta. Nesse caso, deve-se resguardar as questão-problema ou documento psicológico que estão in-
práticas privativas da(o) psicóloga(o), assim como sigilo terferindo na decisão do solicitante, sendo, portanto, uma
profissional, conforme o inciso VII, de forma que apenas resposta a uma consulta.
estejam descritos os resultados necessários para que a II - A elaboração de parecer psicológico exige, da(o)
análise integrada seja realizada. Todos os itens de Estru- psicóloga(o), conhecimento específico e competência no
tura devem estar presentes. Ainda que alguns itens pos- assunto.
sam ser apresentados de forma conjunta no documento III - O resultado do parecer psicológico pode ser indica-
multiprofissional (tais como Identificação, Descrição da tivo ou conclusivo.
demanda, Conclusão e Referências), deve-se garantir a IV - O parecer psicológico não é um documento resul-
apresentação dos itens Procedimento e Análise com uma tante do processo de avaliação psicológica ou de interven-
redação independente por parte da(o) psicóloga(o), pois ção psicológica.
eles fazem referência a métodos, técnicas e procedimen- Estrutura
tos específicos da(o) profissional psicóloga(o).
A conclusão deve estar em harmonia com os de- § 1.º O parecer psicológico deve apresentar as infor-
mais itens do Laudo psicológico. Nem todos os itens des- mações da estrutura detalhada abaixo, em forma de itens.
critos no inciso I precisam estar descritos na Conclusão, I - O Parecer é composto de cinco itens:
porém, é necessário que seja apresentada uma conclu- a) Identificação;
são a partir dos resultados e análise realizados e que al- b) Descrição da demanda
guma orientação de encaminhamento/intervenções ou c) Análise;
diagnóstico/hipótese diagnóstica ou orientação/suges- d) Conclusão;
tão de projeto terapêutico seja oferecida. e) Referências.
A hipótese diagnóstica ou o diagnóstico devem ter
base técnica-científica. A critério da(o) psicóloga(o), po-
derão ser usados documentos classificatórios mundial- Identificação
mente reconhecidos na área da saúde mental, tais como
a Classificação Internacional das Doenças (CID) ou o § 2.º Neste item, a(o) psicóloga(o) deve fazer constar
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais no documento: I - Título: “Parecer Psicológico”;
(DSM) em suas edições mais atuais, bem como outras te- II - Nome da pessoa ou instituição objeto do questio-
orias reconhecidas na psicologia, desde que devidamen- namento (ou do parecer): identificação do nome completo
ou nome social completo e, quando necessário, outras in-

Elaboração de Documentos Psicológicos 27


formações sócio demográficas da pessoa ou instituição cuja De acordo com a definição, o Parecer Psicológi-
dúvida ou questionamento se refere; co é um documento em que a(o) parecerista emite o seu
III - Nome do solicitante: identificação de quem solici- ponto de vista fundamentado cientificamente sobre uma
tou o documento, especificando se a solicitação foi realizada questão solicitada que está relacionada ao âmbito da
pelo Poder Judiciário, por empresas, instituições públicas Psicologia e, portanto, não é decorrente de avaliação ou
ou privadas, pela(o) própria(o) usuária(o) do processo de intervenção psicológica realizada pela parecerista. O pa-
trabalho prestado ou outros interessados; recer pode ser unicamente teórico, fruto do conhecimento
IV - Finalidade: descrição da razão ou motivo do pedido; científico da profissional acerca de um tema (questão es-
V - Nome da(o) autora(or): identificação do nome com- pecífica ou ampla). Exemplo de situações onde se aplica a
pleto ou nome social completo da(o) psicóloga(o) responsável emissão de um parecer são: quando alguém solicita um
pela construção do documento, com a respectiva inscrição no parecer sobre se “o teste de Rorschach é confiável e válido
Conselho Regional de Psicologia e titulação que comprove o para o seu uso no contexto jurídico”. Neste caso, o parece-
conhecimento específico e competência no assunto. rista, especialista na área, irá emitir um parecer demons-
trando cientificamente como o teste Rorschach é adequa-
Descrição da Demanda do para avaliação neste caso e contexto específico.
Quando há a solicitação de apreciação de um
§ 3.º Destina-se à transcrição do objetivo da consulta documento produzido por outra(o) psicóloga(o). Por
ou demanda. Deve-se apresentar as informações referentes exemplo, em situações de perícias psicológicas em que
à demanda e finalidades do parecer. é solicitado à(ao) psicóloga(o) assistente técnica(o) de
I - A descrição da demanda deve justificar a análise realizada. uma das partes um parecer acerca do Laudo Psicológico
elaborado pela perita nomeada pelo juiz. Neste caso, a
Análise análise do documento é feita, avaliando se o documento
atende os preceitos científicos, técnicos e éticos da Psi-
§ 4.º A discussão da questão específica do Parecer Psico- cologia. Assim, a(o) assistente poderia, com base em es-
lógico se constitui na análise minuciosa da questão explana- tudos científicos, questionar resultados de testes (ou de
da e argumentada com base nos fundamentos éticos, técni- outras técnicas) aplicados pela(o) perita(o), fazer obje-
cos e/ou conceituais da Psicologia, bem como nas normativas ções aos seus diagnósticos e conclusões, como também
vigentes que regulam e orientam o exercício profissional. apoiá-los, sempre fundamentando-se na ciência, na téc-
nica e normativas da Psicologia.
Conclusão A construção do parecer precisa ser bem fundamen-
tada, de forma que as contestações ou ratificações apon-
§ 5.º Neste item, a(o) psicóloga(o) apresenta seu posi- tadas no documento analisado fiquem explícitas. Por isso,
cionamento sobre a questão-problema ou documentos psi- esse tipo de documento demanda uma expertise.
cológicos questionados.
I - O documento deve ser encerrado com indicação do Seção IV
local, data de emissão, carimbo, em que conste nome com- Guarda dos Documentos e Condições de Guarda
pleto ou nome social completo da(o) psicóloga(o), acrescido
de sua inscrição profissional, com todas as laudas numera- Art. 15 Os documentos escritos decorrentes da prestação
das, rubricadas da primeira até a penúltima lauda, e a assi- de serviços psicológicos, bem como todo o material que os funda-
natura da(o) psicóloga(o) na última página. mentaram, sejam eles em forma física ou digital, deverão ser guar-
II - É facultado à(ao) psicóloga(o) destacar, ao final do dados pelo prazo mínimo de cinco anos, conforme Resolução CFP
parecer, que este não poderá ser utilizado para fins diferen- n.º 01/2009 ou outras que venham a alterá-la ou substituí-la.
tes do apontado no item de identificação, que possui caráter § 1.º A responsabilidade pela guarda do material cabe
sigiloso, que se trata de documento extrajudicial e que não à(ao) psicóloga(o), em conjunto com a instituição em que
se responsabiliza pelo uso dado ao parecer por parte da pes- ocorreu a prestação dos serviços profissionais.
soa, grupo ou instituição, após a sua entrega ao beneficiário, § 2.º Esse prazo poderá ser ampliado nos casos previs-
responsável legal e/ou solicitante do serviço prestado. tos em lei, por determinação judicial, ou em casos específi-
cos em que as circunstâncias determinem que seja necessá-
Referências ria a manutenção da guarda por maior tempo.
§ 3.º No caso de interrupção do trabalho da(do) psicó-
§ 6.º Na elaboração de pareceres psicológicos, é obriga- loga(o), por quaisquer motivos, o destino dos documentos
tória a informação das fontes científicas ou referências biblio- deverá seguir o recomendado no artigo 15 do Código de Éti-
gráficas utilizadas, em nota de rodapé, preferencialmente. ca Profissional do Psicólogo.

28 Elaboração de Documentos Psicológicos


A necessidade de guarda do material se faz pelo Respeitando a Resolução CFP n.º 11/2018, que trata
zelo e segurança da(o) psicóloga(o). Assim, em caso de de atendimentos realizados por TICs, em caso de entrega
fiscalização ou questionamentos, a(o) profissional terá de documentos neste parâmetro, é obrigatória a assina-
condição de apresentar o material que levou à sua con- tura (certificação) digital da profissional e o protocolo de
clusão técnico científica. entrega pode ser a resposta ao endereço de correio eletrô-
O material, de fato, pertence à instituição em que nico de envio, em que o cliente confirma o recebimento.
foi realizado o serviço, porém, cabe à(ao) psicóloga(o) Sugere-se a emissão de uma cópia do documen-
adequar o local para garantir o sigilo necessário, de to produzido em que o usuário assina que recebeu uma
acordo com as resoluções vigentes, a saber o Código de cópia idêntica e data; tal material deve ser acrescenta-
Ética Profissional e a Resolução CFP n.º 01/2009. do ao registro documental do usuário e arquivado em
Em caso de desligamento da(o) psicóloga(o), o conjunto. Caso isso não seja possível por algum motivo
material permanece na instituição. O repasse deve se- como, por exemplo, pela evasão da(o) paciente, suge-
guir ao indicado no Código de Ética Profissional, e inclui re-se o registro do contato e tentativa de devolutiva no
a entrega do material com termo de repasse à nova pro- prontuário do mesmo.
fissional que venha a assumir o serviço ou lacre junto à Ressalta-se que os documentos que podem ser
fiscal do CRP da jurisdição. entregues às(aos) pacientes são os aqui apresentados
Destaca-se que cabe à(ao) psicóloga(o) que reali- nesta Resolução e não protocolos de testes psicológicos.
zou o serviço ou intervenção concluir o trabalho com a Sugere-se a guarda física deste material; porém,
emissão do documento que atenda à demanda reali- em caso de registros ou prontuários eletrônicos, todo
zada. Assim, não restarão pendências em sua atuação, material adicional à intervenção que tenha sido utiliza-
mesmo por ocasião do desligamento. do precisa estar salvaguardado, por exemplo, em caso
de uso de testes psicológicos, a folha de protocolo deve
Seção V ser escaneada e anexada ao registro digital.
Destino e Envio de Documentos
Seção VI
Art. 16 Os documentos produzidos pela(o) psicólo- Prazo de Validade do Conteúdo dos Documentos
ga(o) devem ser entregues diretamente ao beneficiário da
prestação do serviço psicológico, ao seu responsável legal e/ Art. 17 O prazo de validade do conteúdo do documen-
ou ao solicitante, em entrevista devolutiva. to escrito, decorrente da prestação de serviços psicológicos,
§ 1.º É obrigatório que a(o) psicóloga(o) mantenha deverá ser indicado no último parágrafo do documento.
protocolo de entrega de documentos, com assinatura do so- § 1.º A validade indicada deverá considerar a norma-
licitante, comprovando que este efetivamente o recebeu e tização vigente na área em que atua a(o) psicóloga(o), bem
que se responsabiliza pelo uso e sigilo das informações con- como a natureza dinâmica do trabalho realizado e a necessi-
tidas no documento. dade de atualização contínua das informações.
§ 2.º Os documentos produzidos poderão ser arquiva- § 2.º Não havendo definição normativa, o prazo de va-
dos em versão impressa, para apresentação no caso de fis- lidade deve ser indicado pela(o) psicóloga(o), levando em
calização do Conselho Regional de Psicologia ou instâncias consideração os objetivos da prestação do serviço, os pro-
judiciais, em conformidade com os parâmetros estabeleci- cedimentos utilizados, os aspectos subjetivos e dinâmicos
dos na Resolução CFP n.º 01/2009 ou outras que venham a analisados e as conclusões obtidas.
alterá- la ou substituí-la.
Este item deve ser considerado para os seguintes do-
O beneficiário do serviço prestado sempre tem cumentos: Atestado Psicológico, Laudo Psicológico e Rela-
direito ao documento final, mesmo que este tenha sido tório Psicológico. A permanência deste item na Resolução
solicitado por órgãos ou instituições. Neste caso, cabe a foi considerada com o objetivo de assegurar a informação
entrevista devolutiva, que deve funcionar como uma elu- do caráter dinâmico e não determinista do funcionamen-
cidação verbal daquilo que está escrito no documento. to dos fenômenos psicológicos envolvidos em processos
Sugere-se que, quando se tratar de resultados pra CNH avaliativos e de intervenção dos quais decorrem os docu-
ou Polícia Federal, entre outros, para o órgão seja libe- mentos emitidos pela(o) profissional da Psicologia.
rado apenas aquilo que o beneficiário necessita para Desta forma, é essencial que a(o) psicóloga(o) se
o trâmite de suas ações, ficando a(o) psicóloga(o) com aproprie com fundamentos teóricos, técnicos e éticos para
a cópia do documento completo que foi repassado ao se valer da natureza da finalidade de seu processo de tra-
cliente, assinado por este, comprovando a entrega. balho no que diz respeito a decisão sobre a validade a ser

Elaboração de Documentos Psicológicos 29


indicada. Em cada situação a(o) psicóloga(o) deve ter au- ANOTAÇÕES
tonomia para decidir se este item será exposto por meio
de informação cronológica, que pode estar relacionada as ____________________________________________
normativas que dizem respeito aos procedimentos utiliza- ____________________________________________
dos, ou a outras normativas inerentes ao próprio processo ____________________________________________
de avaliação psicológica (por exemplo, em um concurso ____________________________________________
público a avaliação realizada terá validade somente para ____________________________________________
aquele fim). De outra forma a validade pode estar relacio- ____________________________________________
nada aos aspectos qualitativos de uma determinada fase ____________________________________________
do desenvolvimento do sujeito envolvido no processo de ____________________________________________
trabalho da(o) psicóloga(o) como, por exemplo, em um ____________________________________________
processo de psicoterapia de um adolescente, fase esta ____________________________________________
onde muitas mudanças são esperadas e que o funciona- ____________________________________________
mento dos fenômenos psicológicos podem alterar-se e, ____________________________________________
portanto, há necessidade de um acompanhamento fre- ____________________________________________
quente e sistemático. ____________________________________________
Neste item a(o) psicóloga(o)também pode conside- ____________________________________________
rar uma validade a partir de um prognóstico favorável le- ____________________________________________
vando em consideração a efetivação do encaminhamento ____________________________________________
sugerido. Da mesma forma com um prognóstico desfavo- ____________________________________________
rável caso não haja intervenção sugerida, podendo assim ____________________________________________
recomendar nova avaliação em um tempo cronológico ____________________________________________
determinado pelo resultado do raciocínio psicológico do ____________________________________________
profissional que resultou no prognóstico. ____________________________________________
Assim, é importante que a(o) psicóloga(o) compre- ____________________________________________
enda que não há um modelo de prazo de validade para ____________________________________________
todos os casos. O que vai prevalecer para esta determi- ____________________________________________
nação é o entendimento da natureza do que está sendo ____________________________________________
avaliado e da finalidade do documento que está sendo ____________________________________________
produzido. É importante que seu documento expresse a ____________________________________________
dinamicidade dos fenômenos psicológicos assim como os ____________________________________________
condicionantes históricos e sociais que atuam sobre eles. ____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
Seção VII ____________________________________________
Entrevista Devolutiva ____________________________________________
____________________________________________
Art. 18 Para entrega do relatório e laudo psicológico, é ____________________________________________
dever da(o) psicóloga(o) realizar ao menos uma entrevista ____________________________________________
devolutiva à pessoa, grupo, instituição atendida ou respon- ____________________________________________
sáveis legais. ____________________________________________
§ 1.º Na impossibilidade desta se realizar, a(o) psicólo- ____________________________________________
ga(o) deve explicitar suas razões. ____________________________________________
§ 2.º Nos demais documentos produzidos com base ____________________________________________
nesta resolução, é recomendado à(ao) psicóloga(o), sempre ____________________________________________
que solicitado, realizar a entrevista devolutiva. ____________________________________________
Art. 19 Esta resolução entrará em vigor em 90 dias a ____________________________________________
partir da data de sua publicação. ____________________________________________
Art. 20 Revogam-se a Resolução CFP n.º 15/1996, a ____________________________________________
Resolução CFP n.º 07/2003 e a Resolução CFP n.º 04/2019, ____________________________________________
sem prejuízo das demais disposições em contrário. _______________________________________
_______________________________________

30 Elaboração de Documentos Psicológicos


Modelos de Documentos
DECLARAÇÃO

Declaro, para os fins de acompanhamento jurídico, que (Nome Completo do


Paciente), inscrito no CPF nº 123.456.789-00, é meu paciente e está sob meus
cuidados terapêuticos desde 01/04/2000, comparecendo regularmente às sessões
para acompanhamento psicológico.

Maceió, 01 de abril de 2020.

DECLARAÇÃO
______________________________
(nome completo do profissional)
Psicólogo – CRP 01-2345
Declaro, para os fins de acompanhamento jurídico, que (Nome Completo do
Paciente), inscrito no CPF nº 123.456.789-00, é meu paciente e está sob meus
cuidados terapêuticos desde 01/04/2000, comparecendo regularmente às sessões
para acompanhamento psicológico.

Maceió, 01 de abril de 2020.

______________________________
(nome completo do profissional)
Psicólogo – CRP 01-2345

Elaboração de Documentos Psicológicos 31


ATESTADO PSICOLÓGICO

Atesto para os devidos fins de afastamento laboral, que o sr. (nome completo
do paciente), inscrito no CPF de nº 123.456.789-00, apresenta as seguintes condições
psicológicas: _________________________________________________________
e encontra-se em acompanhamento psicológico para tratar de sintomas compatíveis
ao CID __________. Em virtude disto, necessita de 1 (um) dia de afastamento de suas
atividades laborais.

O presente atestado foi produzido a partir de Relatório/Laudo previamente emitido por mim,
correspondente ao processo de avaliação psicológica realizada e que o laudo/relatório emitido será
mantido em meus arquivos profissionais pelo prazo mínimo de 05 (cinco) anos, conforme estabelecido
na Resolução CFP 006/2019. Este documento não poderá ser utilizado para fins diferentes, pois se
trata de documento sigiloso e extrajudicial.

Maceió, 01 de abril de 2020.

______________________________
(nome completo do profissional)
Psicólogo – CRP 01-2345

32 Elaboração de Documentos Psicológicos


RELATÓRIO PSICOLÓGICO

1. IDENTIFICAÇÂO

Nome:
Solicitante:
Autor (a): Nº de Inscrição no CRP:
Finalidade:

2. DESCRIÇÃO DA DEMANDA

O sr. ______________________ procurou atendimento junto ao serviço de


psicologia para seu filho (descrever o nome do local do atendimento. ex: consultório
saúde) onde relatou que (descrever as informações que recebeu). Diante do caso faz-
se necessária a criação de um plano interventivo.

3. PROCEDIMENTOS

Foram realizadas entrevistas e aplicação de técnicas sensoriais em X


encontros de X horas de duração em dias alternados.
Apresentar os recursos técnicos científicos utilizados especificando o
referencial teórico metodológico que fundamentou sua análise, interpretação e
conclusão.
Citar as pessoas ouvidas no processo de trabalho desenvolvido, as
informações, números de encontros ou tempo de duração.

RM Cursos e Consultoria
CNPJ: 21.690.609/0001-00

Elaboração de Documentos Psicológicos 33


4. ANÁLISE

Nas primeiras sessões o examinado demonstrou (descrever as principais


características e evolução do trabalho realizado sem corresponder a uma descrição
literal das sessões)

5. CONCLUSÃO

Através dos dados analisados foram verificados indícios de (especificar se


houve encaminhamento, orientação e sugestão de continuidade do atendimento).
Declaro que este documento não poderá ser utilizado para fins diferente da sua
finalidade, pois se trata de documento sigiloso e extrajudicial.

Obs: O relatório psicológico não tem como finalidade produzir diagnostico


psicológico.

RUBRICA-SE DA PRIMEIRA ATÉ A PENÚLTIMA LAUDA, ASSINANDO A ÚLTIMA.

Maceió, 01 de abril de 2020.

Nome Completo do Psicólogo


CRP 01-2345

RM Cursos e Consultoria
CNPJ: 21.690.609/0001-00

34 Elaboração de Documentos Psicológicos


RELATÓRIO MULTIPROFISSIONAL

1. IDENTIFICAÇÂO

Nome:
Solicitante:
Autores:
Finalidade:

2. DESCRIÇÃO DA DEMANDA

O sr. ______________________ procurou atendimento junto ao serviço de


psicologia para seu filho (descrever o nome do local do atendimento. ex: consultório
saúde) onde relatou que (descrever as informações que recebeu). Diante do caso faz-
se necessária a criação de um plano interventivo.

3. PROCEDIMENTOS

Foram realizadas entrevistas e aplicação de técnicas sensoriais em X


encontros de X horas de duração em dias alternados.
Apresentar os recursos técnicos científicos utilizados especificando o
referencial teórico metodológico que fundamentou sua análise, interpretação e
conclusão.
Citar as pessoas ouvidas no processo de trabalho desenvolvido, as
informações, números de encontros ou tempo de duração.

RM Cursos e Consultoria
CNPJ: 21.690.609/0001-00

Elaboração de Documentos Psicológicos 35


4. ANÁLISE

Perspectiva da psicologia:
Nas primeiras sessões o examinado demonstrou (descrever as principais
características e evolução do trabalho realizado sem corresponder a uma descrição
literal das sessões)

Perspectivas da xxxxxxx:

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.

5. CONCLUSÃO

Através dos dados analisados foram verificados indícios de (especificar se


houve encaminhamento, orientação e sugestão de continuidade do atendimento).
Declaro que este documento não poderá ser utilizado para fins diferente da sua
finalidade, pois se trata de documento sigiloso e extrajudicial.

Obs: O relatório psicológico não tem como finalidade produzir diagnostico


psicológico.

RUBRICA-SE DA PRIMEIRA ATÉ A PENÚLTIMA LAUDA, ASSINANDO A ÚLTIMA.

Maceió, 01 de abril de 2020.

Nome Completo do Profissional


CRP 01-2345

Nome Completo do Profissional


CRX 98-7654

RM Cursos e Consultoria
CNPJ: 21.690.609/0001-00

36 Elaboração de Documentos Psicológicos


LAUDO PSICOLÓGICO

I – IDENTIFICAÇÃO

Autor/relator: (nome completo do profissional)


Solicitante: Empresa SVO Construções (fictícia)
Avaliado: Srº J. S. (fictício)
Assunto: Avaliação psicossocial para trabalho em espaço confinado – NR 33

O presente relatório tem como objetivo apresentar a empresa SVO


Construções os resultados da avaliação psicossocial feita com o Sr. José da Silva,
avaliando suas condições atuais de trabalho, ambientais e psicológicas para a
atuação dentro de espaços confinados. A avaliação tem a validade de um ano, sendo
necessária sua renovação anual, conforme a regulamentação da NR-33.

II – DESCRIÇÃO

O intuito da avaliação psicossocial é apresentar o atual estado de saúde


psicológica do Sr. J.S, que atua dentro da empresa SVO Construções como Operador
de escavadeira – subterrâneo. Como o mesmo trabalha em espaço confinado, acaba
se enquadrando na NR 33, regulamentada pela CLT, onde se é necessária uma
avaliação psicossocial anual para o desempenhar de suas atribuições laborais. J.S
tem 33 anos, casado, tem um casal de filhos, trabalha 8 anos na empresa, mas só
exerce a função de operador de retro escavadeira à pouco mais de 2 anos. Em virtude
do seu tempo na vaga, essa é sua terceira avaliação psicológica.

III – PROCEDIMENTO

O processo foi dividido em 05 (cinco) encontros: entrevista inicial, aplicação de


04 (quatro) testes psicológicos (BPA, EVENT, BFP, BPR-5) e, por fim, devolutiva. No
primeiro encontro, que aconteceu em 20 de junho de 2017, às 10:00 horas, com

Elaboração de Documentos Psicológicos 37


duração de 50 minutos, foi feita a entrevista inicial para o levantamento de dados a
respeito da vida e cotidiano do avaliado, em seus aspectos familiares, sociais,
profissionais, entre outros. A conduta psicológica adotada foi realizar uma entrevista
semi dirigida e observar aspectos emocionais/ comportamentais da cliente. Buscou-
se também informá-la sobre o processo, definir horários e datas das sessões, firmar
o contrato e estabelecer vínculo com a cliente. No segundo encontro, realizado no dia
04 de abril de 2017, às 10:00 horas, com duração de 55 minutos, foram aplicados os
testes BPA – Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção e EVENT – Escala de
Vulnerabilidade de Estresse no Trabalho. A conduta psicológica adotada foi realizar o
teste seguindo as instruções fornecidas pelo manual. O teste BPA avalia a atenção
do sujeito de forma geral, como também sub a categorizando em Atenção
Concentrada, Atenção Dividida e Atenção Alternada. O teste EVENT avalia a
vulnerabilidade do sujeito ao stress laboral, mediante um inventário com 40 questões.
No terceiro encontro, realizado no dia 05 de abril, às 10:00 horas, com duração de 40
minutos, foi aplicado o teste BFP – Bateria Fatorial de Personalidade, teste de
personalidade que avalia o indivíduo mediante sobre as perspectivas de Neuroticismo,
Extroversão, Socialização, Realização e Abertura. No quarto encontro que ocorreu no
dia 06 de abril, às 10:00 horas, com duração de 35 minutos, foi aplicado o teste BPR-
5 – Bateria de Provas de Raciocínio, onde dos cinco tipos provas de raciocínios, foram
aplicados somente duas Raciocínio Espacial e Raciocínio Mecânico. O quinto e último
encontro será realizado no dia 10 de abril, com a devolutiva do processo ao sujeito,
junto com o envio da síntese deste relatório para a empresa solicitante.

IV – ANÁLISE

Nas sessões de avaliação o sujeito mostrou-se interessado a participar do


processo, respondendo com emprenho a todas as perguntas que lhe eram feitas e as
técnicas aplicadas, construindo assim um bom rapport. O mesmo esteve bem
orientado referente a tempo e espaço durante todo o processo, sendo também pontual
e comparecendo a todas as datas marcadas apresentando boa aparência.
REFERÊNCIAS: SILVA, Izabella Brito; NAKANO, Tatiana de Cássia. Modelo dos cinco grandes fatores da personalidade:
análise de pesquisas. Aval. psicol., Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 51-62, abr. 2011.
NUNES, C. H. S. S., Hutz, C. S. & Nunes, M. F. O. (no prelo). Bateria Fatorial de Personalidade (BFP)- Manual técnico. Itatiba,
SP: Casa do Psicólogo.
MARIN RUEDA, Fabián Javier and MONTEIRO, Rebecca de Magalhães. Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção
(BPA): desempenho de diferentes faixas etárias. Psico-USF [online]. 2013, vol.18, n.1, pp.99-108. ISSN 1413-8271.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-82712013000100011.

38 Elaboração de Documentos Psicológicos


Em sua entrevista informou ter um bom relacionamento familiar, e que embora
apareçam imprevistos e conflitos do cotidiano, conseguem lidar bem com eles, os
resolvendo. Considera seus momentos de descanso com a esposa e seus filhos,
sejam eles em casa ou quando saem para algum passeio em suas folgas, como os
momentos que gosta e que são de grande importância tanto para ele quanto para toda
sua família. Afirmou não fumar, nem usar substâncias químicas ilícitas. Diz que faz
uso de álcool, mas de forma muito corriqueira, somente em ocasiões de
comemoração, com sua esposa ou amigos mais próximos. Afirmou não ter um grande
grupo de amigos, mas os que tem são os que conservou desde a adolescência e que
sempre se encontram quando podem. Diz gostar muito de seu trabalho, mesmo sendo
considerado pesado e em alguns momentos cansativo, por ele outros colegas que
trabalham juntos. Lida bem com a hierarquia da empresa, conhecendo bem seus
supervisores e encarregados e já trabalha na mesma equipe a mais de dois anos.
Afirmou ter um bom relacionamento com seus colegas de trabalho, onda há
cooperação mútua entre os mesmos. Está atualizado referente ao material que
trabalha, onde fez recentemente um curso de aperfeiçoamento por conta de
instrumentos novos de escavação e atualização do maquinário. Alegou fazer sempre
o uso dos EPIs, sabendo da importância dos mesmos, inclusive ressaltou já ter sido
membro da CIPA anteriormente, embora não tenha interesse de fazer parte dela mais.
Sobre sua saúde física, diz que gostaria de se dedicar mais a ela, não que esteja
doente, mas que tem que cuidar melhor de seu corpo, praticando algum exercício.

Após aplicação, análise e interpretação do Teste BPA o cliente apresentou


o seguinte resultado:

Pontos Percentil por faixa etária (tabela 23)


Atenção Concentrada
135 70
Pontos Percentil por faixa etária (tabela 24)
Atenção Dividida
108 60

REFERÊNCIAS: SILVA, Izabella Brito; NAKANO, Tatiana de Cássia. Modelo dos cinco grandes fatores da personalidade:
análise de pesquisas. Aval. psicol., Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 51-62, abr. 2011.
NUNES, C. H. S. S., Hutz, C. S. & Nunes, M. F. O. (no prelo). Bateria Fatorial de Personalidade (BFP)- Manual técnico. Itatiba,
SP: Casa do Psicólogo.
MARIN RUEDA, Fabián Javier and MONTEIRO, Rebecca de Magalhães. Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção
(BPA): desempenho de diferentes faixas etárias. Psico-USF [online]. 2013, vol.18, n.1, pp.99-108. ISSN 1413-8271.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-82712013000100011.

Elaboração de Documentos Psicológicos 39


Pontos Percentil por faixa etária (tabela 25)
Atenção Alternada
100 60
Pontos Percentil por faixa etária (tabela 26)
Atenção Geral
343 65

No resultado obtido observou-se que J.S está um pouco a cima da média em


comparação as pessoas de sua idade com relação a atenção, seja ela Concentrada,
Dividida, Alternada, como também na perspectiva de Atenção Geral.

Após aplicação, análise e interpretação do Teste EVENT o cliente


apresentou o seguinte resultado:

Classificação
Pressão No Trabalho Médio Superior
Infraestrutura E Rotina Médio Superior
Clima e Funcionamento Organizacional Inferior

Os resultados mostraram que nos quesitos de Pressão no Trabalho e


Infraestrutura e Rotina, há exposição a agentes estressores, sendo os resultados,
nível médio superior em ambos os quesitos; e no quesito Clima e funcionamento
organizacional o resultado obtido no teste apontou para o nível inferior, onde em
relação ao clima do seu ambiente de trabalho não é um fator gerador de stress.

Após aplicação, análise e interpretação do Teste BFP, o cliente


apresentou o resultado:

ESCORE GERAL NEUROTICISMO (baixo): que de acordo com o teste


tendem a não vivenciar de forma mais intensa sofrimento psicológico, dando ênfase
aos aspectos positivos dos fatos.

REFERÊNCIAS: SILVA, Izabella Brito; NAKANO, Tatiana de Cássia. Modelo dos cinco grandes fatores da personalidade:
análise de pesquisas. Aval. psicol., Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 51-62, abr. 2011.
NUNES, C. H. S. S., Hutz, C. S. & Nunes, M. F. O. (no prelo). Bateria Fatorial de Personalidade (BFP)- Manual técnico. Itatiba,
SP: Casa do Psicólogo.
MARIN RUEDA, Fabián Javier and MONTEIRO, Rebecca de Magalhães. Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção
(BPA): desempenho de diferentes faixas etárias. Psico-USF [online]. 2013, vol.18, n.1, pp.99-108. ISSN 1413-8271.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-82712013000100011.

40 Elaboração de Documentos Psicológicos


N1-Vulnerabilidade (médio): Escores médios indicam é um padrão de
comportamento dentro da média com relação a sua fragilidade emocional e a
intensidade que vivenciam sofrimento.
N2- Instabilidade Emocional (baixo): Tendem a não agir impulsivamente
quando sentem algum desconforto psicológico, tomando decisões bem pensadas e
baseadas em razão.
N3- Passividade / Falta de Energia (médio): Apresentam um comportamento
dentro da média referente a tomadas de decisão.
N4- Depressão (Baixo): tendem a viver as experiências por uma perspectiva
positivas. Tipicamente apresentam alto nível de esperança com relação as
experiências.

ESCORE GERAL EXTROVERSÃO (médio):


E1- Comunicação (médio): Este fator é composto por itens que descrevem o
quão comunicativo e expansivo as pessoas acreditam que são. Escores médios nessa
faceta indicam um padrão comportamental dentro da média no que se refere a quão
comunicativas e expansivas as pessoas acreditam ser. Não apresentam dificuldades
em expressarem em público e falarem sobre si mesmo, agindo de forma flexível de
acordo com as situações.
E2- Altivez (baixo): geralmente são mais humildes, não se vangloriam pelos
bens e capacidades pessoais, e apresentam pouca necessidade de receber atenção
das pessoas. Podem inclusive ter dificuldade para reconhecer as suas capacidades e
atributos favoráveis, mesmo que sejam evidentes
E3- Dinamismo (baixo): tendem a se concentrar em uma única atividade por
vez e não precisam estar sempre em movimento ou em atividade para se sentirem
bem. Além disso, podem demorar mais para colocar suas idéias em prática e tomar
iniciativa para realizar certas ações.
E4- Interações Sociais (médio): Descreve pessoas que buscam ativamente
situações que permitam interações sociais, como festas, atividades em grupo etc.
Escores médios indicam um padrão comportamental dentro da média.
REFERÊNCIAS: SILVA, Izabella Brito; NAKANO, Tatiana de Cássia. Modelo dos cinco grandes fatores da personalidade:
análise de pesquisas. Aval. psicol., Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 51-62, abr. 2011.
NUNES, C. H. S. S., Hutz, C. S. & Nunes, M. F. O. (no prelo). Bateria Fatorial de Personalidade (BFP)- Manual técnico. Itatiba,
SP: Casa do Psicólogo.
MARIN RUEDA, Fabián Javier and MONTEIRO, Rebecca de Magalhães. Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção
(BPA): desempenho de diferentes faixas etárias. Psico-USF [online]. 2013, vol.18, n.1, pp.99-108. ISSN 1413-8271.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-82712013000100011.

Elaboração de Documentos Psicológicos 41


ESCORE GERAL SOCIALIZAÇÃO (médio): tem um comportamento de
socialização e confiança nas pessoas dentro de uma média padrão.
S1- Amabilidade (médio): apresentam disponibilidade para com os demais.
S2- Pró sociabilidade (médio): comportamento de respeito as regras sociais
dentro de uma média padrão.
S3- Confiança nas pessoas (médio): tem um comportamento de socialização
e confiança nas pessoas dentro de uma média padrão
ESCORE GERAL REALIZAÇÃO (médio): tendem a ter um interesse muito
difuso em relação ao planejamento geral de suas vidas e a se envolver em atividades
sem uma noção clara de como estas as levarão aos seus objetivos. Além disso,
usualmente são descomprometidos e pouco pontuais; tem dificuldade para se manter
envolvidos em tarefas, mesmo que isso gere prejuízos para eles e para as outras
pessoas.
R1- Competência (alto): escores altos referem-se a pessoas que tendem a
acreditar no seu potencial para realizar várias tarefas ao mesmo tempo, a gostar de
atividades complexas e desafiantes e a possuir clareza sobre quais objetivos de vida
possui.
R2- Ponderação/ Prudência (alto): Pessoas que se identificam com esses
itens tendem a ser mais ponderadas quanto ao que dizem e fazem, tentando controlar
sua impulsividade ao resolver problemas.
R3- Empenho/ Comprometimento (médio): tende a se dedicar para
atividades profissionais e acadêmicas, dentro de uma média.

ESCORE GERAL ABERTURA (alto): são curiosos, imaginativos, criativos,


divertem-se com novas idéias e com valores não convencionais.
A1- Abertura de idéias (médio): Podem incluir postura aberta para posições
filosóficas, arte, fotografia, estilos musicais, diferentes expressões culturais e uso da
imaginação e da fantasia.
A2- Liberalismo (alto): Tendência a abertura para novos valores morais e
sociais.
REFERÊNCIAS: SILVA, Izabella Brito; NAKANO, Tatiana de Cássia. Modelo dos cinco grandes fatores da personalidade:
análise de pesquisas. Aval. psicol., Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 51-62, abr. 2011.
NUNES, C. H. S. S., Hutz, C. S. & Nunes, M. F. O. (no prelo). Bateria Fatorial de Personalidade (BFP)- Manual técnico. Itatiba,
SP: Casa do Psicólogo.
MARIN RUEDA, Fabián Javier and MONTEIRO, Rebecca de Magalhães. Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção
(BPA): desempenho de diferentes faixas etárias. Psico-USF [online]. 2013, vol.18, n.1, pp.99-108. ISSN 1413-8271.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-82712013000100011.

42 Elaboração de Documentos Psicológicos


A3- Busca por novidades (médio): é composto por itens que descrevem
preferências por vivenciar novos eventos e ações. Escores médios nessa faceta
indicam um padrão comportamental dentro da média

Após aplicação, análise e interpretação do Teste BPR-5 observa-se o


seguinte resultado:

Tabela 02 – Resultados no BPR-5


PROVA PERCENTIL DESCRIÇÃO VERBAL
RM 100 Médio
RE 125 Superior

Seu desempenho em relação ao Raciocínio Espacial supera a maioria das


pessoas com o mesmo nível de escolaridade, com as quais seu desempenho foi
comparado, demonstrando ter facilidade em questões que envolvem capacidade de
visualização, isto é, de formar representações mentais visuais e manipulá-las
transformando-as em novas representações. Já no Raciocínio Mecânico mostrou-se
na média, dentro do resultado da grande maioria das pessoas com a mesma
escolaridade, o que remete a capacidade dentro do esperado.

V – CONCLUSÃO

Embora em seu teste de vulnerabilidade ao stress no trabalho tenha sido


evidenciado a presença de alguns agentes estressores, compreende-se que isso se
dá por conta da própria práxis de sua atribuição. Seus aspectos de personalidade
também demonstram boa capacidade psicológica e emocional para lidar bem com
possíveis agentes estressores.
Sendo assim, com base nas informações obtidas através da investigação
psicossocial, não foram encontrados, no momento, fatores, psicológicos de
origem cognitiva ou emocional, tanto como fatores ambientais e sociais, que

REFERÊNCIAS: SILVA, Izabella Brito; NAKANO, Tatiana de Cássia. Modelo dos cinco grandes fatores da personalidade:
análise de pesquisas. Aval. psicol., Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 51-62, abr. 2011.
NUNES, C. H. S. S., Hutz, C. S. & Nunes, M. F. O. (no prelo). Bateria Fatorial de Personalidade (BFP)- Manual técnico. Itatiba,
SP: Casa do Psicólogo.
MARIN RUEDA, Fabián Javier and MONTEIRO, Rebecca de Magalhães. Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção
(BPA): desempenho de diferentes faixas etárias. Psico-USF [online]. 2013, vol.18, n.1, pp.99-108. ISSN 1413-8271.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-82712013000100011.

Elaboração de Documentos Psicológicos 43


impossibilitem ou coloquem em risco o Sr. J. S. na continuidade do exercício de
suas funções laborais como operador de escavadeira, mantendo sua segurança
e integridade física, de acordo com a NR 33. Vale a pena salientar que a avaliação
psicossocial não descarta a necessidade de uma avaliação da saúde física a ser
realizada por uma equipe médica.

Maceió, 01 de abril de 2020.

______________________________
(nome completo do profissional)
Psicólogo – CRP 01-2345

REFERÊNCIAS: SILVA, Izabella Brito; NAKANO, Tatiana de Cássia. Modelo dos cinco grandes fatores da personalidade:
análise de pesquisas. Aval. psicol., Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 51-62, abr. 2011.
NUNES, C. H. S. S., Hutz, C. S. & Nunes, M. F. O. (no prelo). Bateria Fatorial de Personalidade (BFP)- Manual técnico. Itatiba,
SP: Casa do Psicólogo.
MARIN RUEDA, Fabián Javier and MONTEIRO, Rebecca de Magalhães. Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção
(BPA): desempenho de diferentes faixas etárias. Psico-USF [online]. 2013, vol.18, n.1, pp.99-108. ISSN 1413-8271.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-82712013000100011.

44 Elaboração de Documentos Psicológicos


PARECER PSICOLÓGICO

I – IDENTIFICAÇÃO

Autor/relator: (nome completo do profissional)


Solicitante: Empresa SVO Construções (fictícia)
Avaliado: Srº J. S. (fictício)
Assunto: Avaliação psicossocial para trabalho em espaço confinado – NR 33

II – DESCRIÇÃO

Descrever a demanda da solicitação do parecer psicológico.

III – PROCEDIMENTO

Discorrer, com base na literatura da psicologia, a respeito do assunto. Sempre


se baseado no referencial teórico. (Observação: O parecer não é um documento
decorrente de um processo de avaliação psicológica. O psicólogo se munirá
dele para avaliar um cenário, temática, documento, estrutura. O parecer
psicológico traz uma posição técnica sobre algo, com base nos estudos da
psicologia).

IV – CONCLUSÃO

Responder, com base na análise feita, a pergunta problema que gerou a


solicitação do parecer.

Maceió, 01 de abril de 2020.

______________________________
(nome completo do profissional)
Psicólogo – CRP 01-2345

Referências: Em notas de rodapé.

Elaboração de Documentos Psicológicos 45


ENCAMINHAMENTO PSICOLÓGICO

De: (nome completo do profissional)


Para: (nome do profissional e/ou especialidade)

Encaminho (nome completo do paciente), inscrito no CPF de nº 123.456.789-


00, para avaliação e acompanhamento com (especialidade). O mesmo iniciou
acompanhamento psicológico em (mês e ano), sendo necessário o prosseguimento
da psicoterapia, porém conjuntamente ao acompanhamento (especialidade).
Encontro-me à disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem
necessários e desde já agradeço a atenção.

Maceió, 01 de abril de 2020.

______________________________
(nome completo do profissional)
Psicólogo – CRP 01-2345

RM Cursos e Consultoria
CNPJ: 21.690.609/0001-00

46 Elaboração de Documentos Psicológicos


ANAMNESE PSICOLÓGICA INFANTIL

Realizada em ___/___/___ Informante: ___________________________________________________________________


Telefones para contato: _____________________________________________________________________________________
I. IDENTIFICAÇÃO DA CRIANÇA
Nome completo: ___________________________________________________________________________________________
Data de nascimento: ___/___/___ Cidade/Estado: ________________________________ Idade:______ Sexo: [ M ] [ F ]
Endereço: _________________________________________________________________________________________________
Tipo de moradia: ____________________ [ ] Própria [ ] Alugada [ ] Financiada [ ] Emprestada [ ] Outros ____________
Escola: ___________________________________________________________________________________________________
[ ] Pública [ ] Privada [ ] Outros: _______________________________________ Turno: [ M ] [ T ] [ M e T ] Ano: ______

Nome do Pai: ______________________________________________ Idade:_____ Escolaridade: : [ F ] [ M ] [ S ] [ C ] [ I ] [ A ]


Profissão: _________________________ Ocupação: _________________________ Religião: _________________________
Nome da Mãe: _____________________________________________ Idade:_____ Escolaridade: : [ F ] [ M ] [ S ] [ C ] [ I ] [ A ]
Profissão: _________________________ Ocupação: _________________________ Religião: _________________________
Composição familiar: _______________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Renda Familiar em salários mínimos: [ -1 ] [ 1+ ] [ 2+ ] [ 3+ ] [ 4+ ]
Onde e com quem a criança fica quando não está na escola? ______________________________________________________
II. QUEIXA OU MOTIVO DA CONSULTA
Histórico (quando começou; o que mudou; desde quando; o que mantém?)
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Medidas tomadas (encaminhamentos; outros tratamentos; exames realizados)
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Atitude da família em relação a dificuldade (pai; mãe; irmãos; pessoas próximas)
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
III. ANTECEDENTES GESTACIONAIS
A gravidez foi planejada? [S] [N] Como se sentiu quando soube que ia ter um (a) filho (a)? ____________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Houveram abortos naturais? [S] [N] Houve tentativa de aborto? [S] [N] Houveram abortos anteriores? [S] [N]
Engravidou quanto tempo após o relacionamento? __________ Fez tratamento pré-natal? [S] [N] Mês iniciado ______
Enjoos ou vômitos [S] [N] Tempo _________ Tirou radiografias? [S] [N] Fez Transfusão de sangue? [S] [N]
Utilizou álcool, cigarro ou outras drogas durante a gestação? [S] [N] ______________________________________________
Alterações psicológicas durante a gravidez? ____________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Página 1 de 5

Elaboração de Documentos Psicológicos 47


Acidentes/doenças durante a gravidez? _______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Observações:______________________________________________________________________________________________
CONDIÇÕES DE NASCIMENTO
Local do parto: ___________________________________________________________ Peso: __________ Altura: __________
Tipo de parto: [ ] seco [ ] úmido [ Normal ] [ Fórceps ] [ Cesariana ] motivo _________________________________________
Posição no nascimento: __________________________________________________ [ ] Chorou logo ____________________
Ficou: [ ] vermelho demais [ ] roxo [ ] amarelo Quanto tempo? _______________________________________________
[ ] Precisou de oxigênio? Quanto tempo? ______________________________________________________________________
[ ] Ficou na incubadora? Quanto tempo? ______________________________________________________________________
Outras observações:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
IV. DESENVOLVIMENTO
Consegue controlar o cocô e o xixi? __________ Desde que idade? __________ Como foi o treino? ___________________
Rói unhas? __________ Possui alguma mania? Qual? ____________________________________________________________
1. SONO
Como é o sono da criança? _______________________________________________________________ Dorme ______ h / dia
Dorme com alguém (Desde quando?) _____________________________________________ Tem sua própria cama? [ S ] [ N ]
Ritual:____________________________________________________________________________________________________
[ ] Insônia [ ] Pesadelos [ ] Hipersonia (excesso) [ ] Outros _____________________________________________________
2. ALIMENTAÇÃO
Quanto tempo após o parto recebeu a primeira alimentação? _____________________________________________________
Teve dificuldades na amamentação? Quais? ____________________________________________________________________
Até que idade foi amamentada? ________ Qual o motivo do desmame? _____________________________________________
Como foi a passagem para a mamadeira? ______________________________________________________________________
Até quando usou mamadeira? ________________ E chupeta? ____________________ Chupa dedo? ____________________
Em que idade começou a alimentação sólida? __________________________________________________________________
Quando começou a se alimentar sem ajuda?____________________________________________________________________
Como é a alimentação da criança? Quais alimentos gosta e quais rejeita? Faz as refeições acompanhada? _______________
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
3. MOTRICIDADE
Atividades que realiza sozinha
[ ] Tomar banho, desde ___________ [ ] Escovar os dentes, desde __________ [ ] Vestir-se, desde ___________
[ ] Amarrar os sapatos, desde ________ [ ] Servir-se de líquidos, desde _________ [ ] Escovar os dentes, desde _________
Quem auxilia o processo de ___________? _____________________________________________________________________
[ ] Arrastou __________ [ ] Sentou __________ [ ] Engatinhou? __________ [ ] Utilizou andador ________________
Quando começou a andar? __________ Como era? _____________________________________________________________
CRIANÇA: [ ] Destro [ ] Canhoto || PAI: [ ] Destro [ ] Canhoto || MAE: [ ] Destra [ ] Canhota
Possui habilidade para lidar com objetos pequenos? _____________________________________________________________
Página 2 de 5

48 Elaboração de Documentos Psicológicos


Esbarra nas coisas ou deixa cair as coisas das mãos? Exemplos ____________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Anda de bicicleta? [ S ] [ N ] Desde quando? __________ Como aprendeu? ___________________________________________
Brincadeiras que gosta / praticada sozinha: ____________________________________________________________________
Brinquedos que tem / gosta: _________________________________________________________________________________
4. LINGUAGEM
Falou com que idade? __________ Quais eram as primeiras palavras? _____________________________________________
Com que idade passou a falar corretamente? ________________ Troca letras na fala? ________________________________
Apresentou ou apresenta gagueira? __________________________________________________________________________
Teve ou tem atendimento especializado? ______________________________________________________________________
V. DOENÇAS
Teve doenças infantis? Quais? _______________________________________________________________________________
Alguma complicação? Ficou hospitalizada? ____________________________________________________________________
Apresentou ou apresenta desmaios? Em que circunstâncias? _____________________________________________________
Apresenta dores de cabeça? Com que frequência? Como são? ____________________________________________________
Apresenta alguma alergia? __________________________________________________________________________________
Enxerga e Ouve bem? _______________________________________________________________________________________
Apresenta deficiência física? Qual? Providências tomadas? _______________________________________________________
Utiliza medicamentos? Quais? ________________________________________________________________________________
Outros atendimentos (psicológico, fonoaudiológico, fisioterápico) _________________________________________________
VI. COMPORTAMENTO SÓCIO - EMOCIONAL
Como é o temperamento da criança? Suas características emocionais? [ ] Tensa [ ] Calma [ ] Agitada [ ] Apática
[ ] Outro __________________________________________________________________________________________________
Situações _________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Por quais atividades a criança se interessa? ____________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Prefere brincar sozinha ou acompanhada? _____________________________________________________________________
Quais os comportamentos e atitudes da criança que aborrecem os pais? ____________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Quais os comportamentos e atitudes da criança que os pais apreciam? _____________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Como a criança reage quando contrariada? ____________________________________________________________________
Como a criança reage quando é elogiada? _____________________________________________________________________
Como é o relacionamento da criança com:
O pai: ____________________________________________________________________________________________________
A mãe: ____________________________________________________________________________________________________
Irmãos: ___________________________________________________________________________________________________
Familiares mais próximos:___________________________________________________________________________________
Amigos:___________________________________________________________________________________________________
Quais as medidas disciplinares usadas com a criança? ___________________________________________________________
Página 3 de 5

Elaboração de Documentos Psicológicos 49


Quais são as reações da criança nesta situação? ________________________________________________________________

Descreva a rotina diária da criança:


Dias comuns:______________________________________________________________________________________________
Finais de semana: __________________________________________________________________________________________
Feriados:__________________________________________________________________________________________________
Férias:____________________________________________________________________________________________________
VII. MEDOS, BIRRAS E MENTIRAS
Apresentou ou apresenta medos? Desde quando? Com que frequência? O que faz quando isso acontece? _______________
__________________________________________________________________________________________________________
Inventa fatos não ocorridos? _________________________________________________________________________________
Mente? Em que situações? ___________________________________________________________________________________
Qual a atitude dos pais quando a criança mente? ________________________________________________________________
Tem amigos imaginários? ___________________________________________________________________________________
Tem crises de birra? Em que situações? ________________________________________________________________________
Qual a atitude dos pais? _____________________________________________________________________________________
Tem crises de ciúme? De que/quem? __________________________________________________________________________
Qual a atitude dos pais? _____________________________________________________________________________________
VIII. ESCOLARIDADE
Com que idade foi para a escola pela primeira vez? ________ Como reagiu? _________________________________________
Quantas escolas frequentou? ___________________ Se sim, quando repetiu? ______________________________________
Apresenta dificuldades na escola? Quais? Desde quando? ________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Como foi a alfabetizçao?_____________________________________________________________________________________
A criança gosta da escola? E da professora? ____________________________________________________________________
Pratica algum esporte?______________________________________________________________________________________
Participa de alguma atividade de reforço? ______________________________________________________________________
Nas tarefas de casa: Recebe ajuda? _____________________ Tem dificuldade de compreensão? ______________________
É lenta ou rápida? ____________________________________ Tem um local apropriado? ______________________________
Quanto tempo dispõe para a tarefa?___________________________________________________________________________
IX. ANTECEDENTES FAMILIARES
Na família possui alguém ou a criança convive com alguém:
Nervoso:__________________________ Com deficiência mental: _____________ Com alergia: ______________________
Alcoólatra: ________________________ Com vício de jogo:__________________ Com asma:________________________
Envolvido com prisão:_______________ Tentativa de suicídio: _______________ Homicídio:________________________
X. SEXUALIDADE
Apresentou ou apresenta alguma curiosidade sexual? ___________________________________________________________
A criança já foi orientada sobre sexo? _________________________________________________________________________
Já foi vista fazendo alguma brincadeira ou tocando no próprio corpo? ______________________________________________
Se menina, já menstruou? Qual foi a reação? Já tinha algum conhecimento? _________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
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50 Elaboração de Documentos Psicológicos


ANAMNESE PSICOLÓGICA INFANTOJUVENIL

Realizada em _____/_____/________ Informante: ____________________________________________________________


Telefones para contato: _____________________________________________________________________________________
1. IDENTIFICAÇÃO
Nome completo: ___________________________________________________________________________________________
Data de nascimento: ___/___/___ Cidade/Estado: ________________________________ Idade:______ Sexo: [ M ] [ F ]
Profissão: _________________________ Ocupação: _________________________ Religião: _________________________
Para adolescentes mais velhos:
Casado (a): [S] [N] Tempo ______________ Idade do cônjuge: _____ Escolaridade do cônjuge: [ F ] [ M ] [ S ] [ C ] [ I ] [ A ]
Profissão: _________________________ Ocupação: _________________________ Religião: _________________________
Endereço: _________________________________________________________________________________________________
Tipo de moradia: ____________________ [ ] Própria [ ] Alugada [ ] Financiada [ ] Emprestada [ ] Outros ____________
Escola: ___________________________________________________________________________________________________
[ ] Pública [ ] Privada [ ] Outros: _______________________________________ Turno: [ M ] [ T ] [ M e T ] Ano: ______
Nome do Pai: ______________________________________________ Idade:_____ Escolaridade: : [ F ] [ M ] [ S ] [ C ] [ I ] [ A ]
Profissão: _________________________ Ocupação: _________________________ Religião: _________________________
Nome da Mãe: _____________________________________________ Idade:_____ Escolaridade: : [ F ] [ M ] [ S ] [ C ] [ I ] [ A ]
Profissão: _________________________ Ocupação: _________________________ Religião: _________________________
Renda Familiar em salários mínimos: [ -1 ] [ 1+ ] [ 2+ ] [ 3+ ] [ 4+ ]
Onde e com quem a criança fica quando não está na escola? ______________________________________________________
2. QUEIXA OU MOTIVO DA CONSULTA
Histórico (quando começou; o que mudou; desde quando; o que mantém?)
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Medidas tomadas (encaminhamentos; outros tratamentos; exames realizados)
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Atitude da família em relação a dificuldade (pai; mãe; irmãos; pessoas próximas)
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
3. FAMÍLIA
Algum dos filhos é adotivo? Qual? _______________________________________________________________________
Algum filho mora com outras pessoas? [S] [N] Por quê? ____________________________________________________
Morreu algum filho? [S] [N] Quando? _______ Com que idade? _____ Qual a idade do paciente na ocasião? ________
Causa da morte: ____________________________________________________________________________________
Houve abortos naturais? [S] [N] Quantos? ________ Houve tentativa de aborto? [S] [N] Houve abortos anteriores? [S] [N]
Quem mora na casa? ________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________
Página 1 de 5

Elaboração de Documentos Psicológicos 51


Alguém na família teve tratamento psicológico? [S] [N] Quem? ___________________________________________________
Em que instituição? __________________________________________________________________________________
Por quê? __________________________________________________________________________________________
Hábitos em família: __________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
4. GESTAÇÃO
A gravidez foi planejada? [S] [N] Como se sentiu quando soube que ia ter um (a) filho (a)? ____________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Houveram abortos naturais? [S] [N] Houveram tentativas de aborto? [S] [N] Houveram abortos anteriores? [S] [N]
Engravidou quanto tempo após o relacionamento? __________ Fez tratamento pré-natal? [S] [N] Mês iniciado ______
Enjoos ou vômitos [S] [N] Tempo _________ Tirou radiografias? [S] [N] Fez Transfusão de sangue? [S] [N]
Utilizou álcool, cigarro ou outras drogas durante a gestação? [S] [N] ______________________________________________
Alterações psicológicas durante a gravidez? ____________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Acidentes/doenças durante a gravidez? _______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Observações:______________________________________________________________________________________________
CONDIÇÕES DE NASCIMENTO
Local do parto: ___________________________________________________________ Peso: __________ Altura: __________
Tipo de parto: [ ] seco [ ] úmido [ Normal ] [ Fórceps ] [ Cesariana ] motivo _________________________________________
Posição no nascimento: __________________________________________________ [ ] Chorou logo ____________________
Ficou: [ ] vermelho demais [ ] roxo [ ] amarelo Quanto tempo? _______________________________________________
[ ] Precisou de oxigênio? Quanto tempo? ______________________________________________________________________
[ ] Ficou na incubadora? Quanto tempo? ______________________________________________________________________
Outras observações:________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
5. DESENVOLVIMENTO
Consegue controlar o cocô e o xixi? __________ Desde que idade? __________ Como foi o treino? ___________________
Urina na cama? [ S ] [ N ] Como reage quando faz isso? ___________________________________________________________
SONO
Como é o sono da criança? _______________________________________________________________ Dorme ______ h / dia
Dorme com alguém (Desde quando?) _____________________________________________ Tem sua própria cama? [ S ] [ N ]
Ritual:____________________________________________________________________________________________________
Transpira muito durante o sono? [ S ] [ N ] Acorda várias vezes? [ S ] [ N ] Quando acorda à noite procura os pais? [ S ] [ N ]
[ ] Insônia [ ] Pesadelos [ ] Hipersonia (excesso) [ ] Outros _____________________________________________________
ALIMENTAÇÃO
Quanto tempo após o parto recebeu a primeira alimentação? _____________________________________________________
Teve dificuldades na amamentação? Quais? ____________________________________________________________________
Até que idade foi amamentada? ________ Qual o motivo do desmame? _____________________________________________
Como foi a passagem para a mamadeira? ______________________________________________________________________
Página 2 de 5

52 Elaboração de Documentos Psicológicos


Até quando usou mamadeira? ________________ E chupeta? ____________________ Chupa dedo? ____________________
Em que idade começou a alimentação sólida? __________________________________________________________________
Quando começou a se alimentar sem ajuda?____________________________________________________________________
Como é a alimentação da criança? Quais alimentos gosta e quais rejeita? Faz as refeições acompanhada? _______________
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
MOTRICIDADE
Atividades que realiza sozinha
[ ] Tomar banho, desde ___________ [ ] Escovar os dentes, desde __________ [ ] Vestir-se, desde ___________
[ ] Amarrar os sapatos, desde ________ [ ] Servir-se de líquidos, desde _________ [ ] Escovar os dentes, desde _________
Quem auxilia o processo de ___________? _____________________________________________________________________
[ ] Arrastou __________ [ ] Sentou __________ [ ] Engatinhou? __________ [ ] Utilizou andador ________________
Quando começou a andar? __________ Como era? _____________________________________________________________
CRIANÇA: [ ] Destro [ ] Canhoto || PAI: [ ] Destro [ ] Canhoto || MAE: [ ] Destra [ ] Canhota
Possui habilidade para lidar com objetos pequenos? _____________________________________________________________
Esbarra nas coisas ou deixa cair as coisas das mãos? Exemplos ____________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Anda de bicicleta? [ S ] [ N ] Desde quando? __________ Como aprendeu? ___________________________________________
Brincadeiras que gosta / praticada sozinha: ____________________________________________________________________
Brinquedos que tem / gosta: _________________________________________________________________________________
LINGUAGEM
Falou com que idade? __________ Quais eram as primeiras palavras? _____________________________________________
Com que idade passou a falar corretamente? ________________ Troca letras na fala? ________________________________
Apresentou ou apresenta gagueira? __________________________________________________________________________
Teve ou tem atendimento especializado? ______________________________________________________________________
6. SAÚDE
Teve doenças infantis? Quais? _______________________________________________________________________________
Alguma complicação? Ficou hospitalizada? ____________________________________________________________________
Apresentou ou apresenta desmaios? Em que circunstâncias? _____________________________________________________
Apresenta dores de cabeça? Com que frequência? Como são? ____________________________________________________
Apresenta alguma alergia? __________________________________________________________________________________
Enxerga e Ouve bem? _______________________________________________________________________________________
Apresenta deficiência física? Qual? Providências tomadas? _______________________________________________________
Utiliza medicamentos? Quais? ________________________________________________________________________________
Outros atendimentos (psicológico, fonoaudiológico, fisioterápico) _________________________________________________
7. COMPORTAMENTO E HÁBITOS
Rói unhas? [ S ] [ N ] Desde _______ Razões dadas: ______________________________________________________________
Morde os lábios? [ S ] [ N ] Desde _______ Razões dadas: _________________________________________________________
Puxa os cabelos? [ S ] [ N ] Desde _______ Razões dadas: ________________________________________________________
Tem algum tique? [ S ] [ N ] Desde _______ Razões dadas: ________________________________________________________
Possui alguma mania? [ S ] [ N ] _______________________________________________________________________________
Como os pais reagem a isso? _________________________________________________________________________________
Página 3 de 5

Elaboração de Documentos Psicológicos 53


8. COMPORTAMENTO SÓCIO - EMOCIONAL
Como é o temperamento da criança? Suas características emocionais? [ ] Tensa [ ] Calma [ ] Agitada [ ] Apática
[ ] Outro __________________________________________________________________________________________________
Situações _________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Por quais atividades a criança se interessa? ____________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Prefere brincar sozinha ou acompanhada? _____________________________________________________________________
Cuida dos brinquedos? [ S ] [ N ] Tem amigos? [ S ] [ N ] Normalmente, estes amigos são da mesma idade? [ S ] [ N ]
Faz amizades facilmente? [ S ] [ N ] Lidera nas brincadeiras? [ S ] [ N ] Quem escolhe os amigos? _______________________
Quais os comportamentos e atitudes da criança que aborrecem os pais? ____________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Quais os comportamentos e atitudes da criança que os pais apreciam? _____________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Como a criança reage quando contrariada? ____________________________________________________________________
Como a criança reage quando é elogiada? _____________________________________________________________________
Como é o relacionamento da criança com:
O pai: ____________________________________________________________________________________________________
A mãe: ____________________________________________________________________________________________________
Irmãos: ___________________________________________________________________________________________________
Familiares mais próximos:___________________________________________________________________________________
Amigos:___________________________________________________________________________________________________
Quais as medidas disciplinares usadas com a criança? ___________________________________________________________
Quais são as reações da criança nesta situação? ________________________________________________________________

Descreva a rotina diária da criança:


Dias comuns:______________________________________________________________________________________________
Finais de semana: __________________________________________________________________________________________
Feriados:__________________________________________________________________________________________________
Férias:____________________________________________________________________________________________________
9. MEDOS, BIRRAS E MENTIRAS
Apresentou ou apresenta medos? Desde quando? Com que frequência? O que faz quando isso acontece? _______________
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Inventa fatos não ocorridos? _________________________________________________________________________________
Mente? Em que situações? ___________________________________________________________________________________
Qual a atitude dos pais quando a criança mente? ________________________________________________________________
Tem amigos imaginários? ___________________________________________________________________________________
Tem crises de birra? Em que situações? ________________________________________________________________________
Qual a atitude dos pais? _____________________________________________________________________________________
Tem crises de ciúme? De que/quem? __________________________________________________________________________
Qual a atitude dos pais? _____________________________________________________________________________________
Página 4 de 5

54 Elaboração de Documentos Psicológicos


10. ESCOLARIDADE
Com que idade foi para a escola pela primeira vez? ________ Como reagiu? _________________________________________
Quantas escolas frequentou? ___________________ Se sim, quando repetiu? ______________________________________
Como foi a alfabetizçao?_____________________________________________________________________________________
A criança gosta da escola? E da professora? ____________________________________________________________________
Apresenta dificuldades na escola? [ S ] [ N ] Quais? Desde quando? ________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Como os pais reagem quando tira notas baixas? ________________________________________________________________
Foi reprovado alguma vez? [ S ] [ N ] Quando? __________ Por quê? ________________________________________________
Pratica algum esporte?______________________________________________________________________________________
Participa de alguma atividade de reforço? ______________________________________________________________________
Nas tarefas de casa: Recebe ajuda? _____________________ Tem dificuldade de compreensão? ______________________
É lenta ou rápida? ____________________________________ Tem um local apropriado? ______________________________
Quanto tempo dispõe para a tarefa?___________________________________________________________________________
É inquieto na classe? [ S ] [ N ] Briga muito com os amigos? [ S ] [ N ] Na escola mantém-se isolado dos colegas? [ S ] [ N ]
11. ANTECEDENTES FAMILIARES
Na família possui alguém ou a criança convive com alguém:
Nervoso:__________________________ Com deficiência mental: _____________ Com alergia: ______________________
Alcoólatra: ________________________ Com vício de jogo:__________________ Com asma:________________________
Envolvido com prisão:_______________ Tentativa de suicídio: _______________ Homicídio:________________________
12. SEXUALIDADE
Apresentou ou apresenta alguma curiosidade sexual? ___________________________________________________________
A criança já foi orientada sobre sexo? _________________________________________________________________________
Já foi vista fazendo alguma brincadeira ou tocando no próprio corpo? ______________________________________________
Se menina, já menstruou? Qual foi a reação? Já tinha algum conhecimento? _________________________________________
Sofreu algum tipo de violência sexual? [ S ] [ N ] Qual? De quem? _________________________________________________
Qual a atitude dos pais frente a isso? __________________________________________________________________________
Para adolescentes mais velhos:
Tem vida sexual ativa? [ S ] [ N ] Quando iniciou? ________________________________________________________________
Já morou/mora junto com um parceiro ou foi casado/a? [ S ] [ N ] Explique: __________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Acredita ter orientações suficientes sobre assuntos ligados a sexo? [ S ] [ N ] _________________________________________
Gostaria de saber mais sobre: ________________________________________________________________________________
OUTRAS OBSERVAÇOES
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
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Elaboração de Documentos Psicológicos 55


ANAMNESE DE PSICOMOTRICIDADE

Realizada em _____/_____/________ Informante: ____________________________________________________________


Telefones para contato: _____________________________________________________________________________________
1. IDENTIFICAÇÃO
Nome completo: ___________________________________________________________________________________________
Data de nascimento: ___/___/___ Idade:______ Sexo: [ M ] [ F ]
Nome da Mãe: __________________________________________________________________________________ Idade:_____
Nome do Pai: ___________________________________________________________________________________ Idade:_____
2. QUEIXA OU MOTIVO DA CONSULTA
Histórico (quando começou; o que mudou; desde quando; o que mantém?)
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Medidas tomadas (encaminhamentos; outros tratamentos; exames realizados)
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Atitude da família em relação a dificuldade (pai; mãe; irmãos; pessoas próximas)
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
4. GESTAÇÃO
A gravidez foi planejada? [S] [N] Como se sentiu quando soube que ia ter um (a) filho (a)? ____________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Houveram abortos naturais? [S] [N] Houveram tentativas de aborto? [S] [N] Houveram abortos anteriores? [S] [N]
Engravidou quanto tempo após o relacionamento? __________ Fez tratamento pré-natal? [S] [N] Mês iniciado ______
Enjoos ou vômitos [S] [N] Tempo _________ Tirou radiografias? [S] [N] Fez Transfusão de sangue? [S] [N]
Utilizou álcool, cigarro ou outras drogas durante a gestação? [S] [N] ______________________________________________
Alterações psicológicas durante a gravidez? ____________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Acidentes/doenças durante a gravidez? _______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Observações:______________________________________________________________________________________________
4. CONDIÇÕES DA VIDA DIÁRIA
O meio cotidiano: __________________________________________________________________________________________
A escola: __________________________________________________________________________________________________
Outros locais que a criança frequenta: _________________________________________________________________________
4. ANTECEDENTES TERAPÊUTICOS
Ensaios terapêuticos já tentados: _____________________________________________________________________________
Conclusão de diversos exames: ______________________________________________________________________________
Teste aplicados: ___________________________________________________________________________________________
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56 Elaboração de Documentos Psicológicos


Aspectos físicos e de desenvolvimento: _______________________________________________________________________
Saúde aparente: ___________________________________________________________________________________________
Harmonia e desarmonia: ____________________________________________________________________________________
Anomalias (estrabismos, onicofagia etc.): ______________________________________________________________________
Exames ortopédicos: _______________________________________________________________________________________
4. VIVÊNCIA DE SENTIMENTOS NEGATIVOS
Ansiedades: _______________________________________________________________________________________________
Inibições: ________________________________________________________________________________________________

EXPRESSÃO VERBAL:
Voz: ______________________________________________________________________________________________________
Ritmo: ____________________________________________________________________________________________________
Espontaneidade: ___________________________________________________________________________________________
Maturidade da expressão: ___________________________________________________________________________________
Conteúdo da linguagem: ____________________________________________________________________________________

ATITUDES COM O CORPO:


Gestos: ___________________________________________________________________________________________________
Mímica: ___________________________________________________________________________________________________
Presença ou ausência do sorriso: _____________________________________________________________________________
Hipermobilidade: __________________________________________________________________________________________
Hipomobilidade: ___________________________________________________________________________________________

REAÇÕES PARTICULARES OBSERVADAS:


Sentimento de:
Fracasso [S] [N] Precipitação em tudo [S] [N] Interesse pelas coisas [S] [N] Excitabilidade [S] [N]
De adaptação [S] [N] Perfeccionismo [S] [N] Desinteresse [S] [N]
Lentidão geral [S] [N] Desleixo [S] [N] Fadigabilidade [S] [N]

OUTRAS OBSERVAÇOES
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Elaboração de Documentos Psicológicos 57


CONTRATO DE ATENDIMENTO PSICOLÓGICO ONLINE

HORÁRIO:

O atendimento tem duração de 50 minutos, sendo realizado em horário combinado


com antecedência, uma vez por semana, estando o Psicólogo a disposição do cliente naquele
período. Como o trabalho é realizado com horário marcado, a pontualidade é fundamental,
não sendo possível estender o horário para além dos 50 minutos previstos, mesmo em caso
de atraso do cliente. Em casos de atrasos do psicólogo, ocorrerá a compensação para além
do horário acordado ou em sessão subsequente. Não será feito e nem retornado contato com
o paciente além dos 50 minutos de sessão, exceto em caso de remarcação de horário ou
desmarcação de sessão.
FALTAS:

Deverão ser avisadas com o mínimo de 24 horas de antecedência. As sessões em


que o cliente faltar ou desmarcar com menos de 24 horas de antecedência, serão cobradas
normalmente. O bom andamento do processo depende da frequência e adesão do cliente às
sessões. No caso de faltas excessivas (quatro ou mais faltas intercaladas ou consecutivas),
a orientação psicológica online deverá ser reconsiderada.
DESMARCAÇÕES OU MUDANÇAS DE HORÁRIO:

Em caso de desmarcações, com até 24 horas de antecedência, o cliente não arcará


com o valor da sessão. Caso a ausência seja avisada no dia da consulta, ou não seja avisada,
a sessão será cobrada normalmente. Estas sessões poderão ser remarcadas junto ao profis-
sional. Mudanças de horário deverão ser discutidas com o psicólogo e serão realizadas
quando possível.
TÉRMINO:

O encerramento do processo terapêutico pode ocorrer por escolha do cliente. Caso


exista a necessidade de interrupção das sessões, é necessário o aviso com uma semana de
antecedência para que seja realizada uma sessão de fechamento da orientação.
Declaro que estou ciente e de acordo com as informações e regras supracitadas.

Maceió - AL, 20 de abril de 2019.

Nome do cliente ou responsável:________________________________________________


CPF: _____________________________________________________________________

______________________________
(nome completo do profissional)
Psicólogo – CRP 01-2345

RM Cursos e Consultoria
CNPJ: 21.690.609/0001-00

58 Elaboração de Documentos Psicológicos


CONTRATO DE SUBLOCAÇÃO DE SALA

Mediante o presente documento se regulamenta a relação contratual entre


(nome completo) com sede em (endereço da sala) na cidade de (cidade), doravante
denominada contratada e do outro lado, como Contratante:

Nome:______________________________________________________________
RG:_____________________________________CPF:_______________________
Email:_____________________________ Tel/Whatsapp:_____________________
Endereço:___________________________________________________________
Profissão:_________________________ Número do registro profissão:___________

CLÁUSULAS:

1 - A contratada é uma empresa que tem por objetivo disponibilizar espaço e


instalações, sem caráter de exclusividade, destinado a proporcionar de maneira
confortável e otimizada a atividade profissional da Contratante.
2 - O Contratante, mediante a assinatura deste instrumento, fica autorizado a
utilizar o espaço disponível de acordo com o plano contratado (hora avulsa) no horário
previamente agendado.
3 - O Contratante declara que suas atividades desenvolvidas no ambiente do
contratado ou ainda fora desta, são plenamente legais, não infringindo qualquer
norma civil, criminal, fiscal ou tributária disposta na legislação brasileira, ficando,
portanto, única e exclusivamente responsável pelo desenvolvimento de suas
atividades e pelos arquivamentos dos documentos produzidos.
4 - O Contratante reconhece que o imóvel objeto desta cessão se encontra em
perfeito estado, no que concerne aos móveis, revestimentos, ás pinturas, os pisos,
decoração e demais instalações; bem como que tudo se acha em pleno
funcionamento, e se obriga a conserva-la custeando todas as providencias
correlativas, e a restituí-las ainda nas mesmas condições.

Maceió, 01 de abril de 2020.

______________________________ ______________________________
Contratado Contratante

______________________________ ______________________________
Testemunha (nome e CPF) Testemunha (nome e CPF)

RM Cursos e Consultoria
CNPJ: 21.690.609/0001-00

Elaboração de Documentos Psicológicos 59


CONTROLE DE PRESENÇA

Nome:
Nº da ficha: Data de início: / /
Terapeuta:

Encontro Data Assinatura


1 / /
2 / /
3 / /
4 / /
5 / /
6 / /
7 / /
8 / /
9 / /
10 / /
11 / /
12 / /
13 / /
14 / /
15 / /
16 / /
17 / /
18 / /
19 / /
20 / /
21 / /
22 / /
23 / /
24 / /
25 / /
26 / /
27 / /
28 / /
29 / /
30 / /

RM Cursos e Consultoria
CNPJ: 21.690.609/0001-00

60 Elaboração de Documentos Psicológicos


PROTOCOLO DE ENTREGA DE DOCUMENTOS

(nome da empresa), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o


nº (informar), com sede à (rua), nº (informar) - (bairro), Cep (informar), na cidade de
(município) - (UF), declara ter recebido de (nome), inscrito(a) no CPF sob o nº
(informar), nesta data, os seguintes documentos:

- (primeiro documento);

- (segundo documento);

- (terceiro documento).

Maceió, 01 de abril de 2020.

______________________________
(nome do responsável)
(cargo)

RM Cursos e Consultoria
CNPJ: 21.690.609/0001-00

Elaboração de Documentos Psicológicos 61


FICHA DE CADASTRO

Número de Identificação: Data de Preenchimento: / /

Nome completo:

Nome social:

Telefones / Whatsapp:

Tel. de Familiar (nome e parentesco):

Gênero: [ M ] [ F ] [ outro ] Data de Nascimento: / / Idade:

Estado Civil: [ S ] [ C ] [ V ] [ D] [ outro ] Escolaridade:

Filiação:

CPF: RG:

Endereço:

CEP:

Bairro: Cidade / UF:

Profissão

Data de início do acompanhamento: / /

Medicação regular:

RM Cursos e Consultoria
CNPJ: 21.690.609/0001-00

62 Elaboração de Documentos Psicológicos


FICHA DE TRIAGEM

Número de Identificação: Data de Preenchimento: / /

Instituição de Ensino:

Nome completo:

Nome social:

Telefones / Whatsapp:

Tel. de Familiar (nome e parentesco):

Gênero: [ M ] [ F ] [ outro ] Data de Nascimento: / / Idade:

Estado Civil: [ S ] [ C ] [ V ] [ D] [ outro ] Escolaridade:

Filiação:

CPF: RG:

Endereço:

CEP:

Bairro: Cidade / UF:

Profissão

Renda: Nº de dependentes:

Motivo da procura:

Encaminhado por:

Horário do atendimento: Data: / /

Triado por:

Encaminhado para:

RM Cursos e Consultoria
CNPJ: 21.690.609/0001-00

Elaboração de Documentos Psicológicos 63


RECIBO

Eu, (nome completo do recebedor), inscrito no CPF sob n° (informar) e e RG n°


(informar) recebi de (nome completo do pagador), inscrito no CPF sob n° (informar) e
e RG n° (informar) a importância de R$ (valor) (valor por extenso), referente ao
pagamento pelo atendimento psicológico.

Maceió, 01 de abril de 2020.

______________________________
Nome completo do profissional
Psicólogo (a)
Nº registro no CRP

RM Cursos e Consultoria
CNPJ: 21.690.609/0001-00

64 Elaboração de Documentos Psicológicos

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