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CMCG AE1/2011 – Literatura 2º ANO ENSINO MÉDIO 1ª CHAMADA 1


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ALUNO N°: NOME: TURMA: Prof Jucinaldo

1ª QUESTÃO (10 escores)

ROMANTISMO

MÚLTIPLA ESCOLHA

ESCOLHA A ÚNICA RESPOSTA CERTA, ASSINALANDO-A COM UM “X” NOS PARÊNTESES À ESQUERDA.

Leia o texto abaixo e responda aos itens de 01 a 10.

Por ela eu deixaria a voz das turbas


E esta ânsia infeliz de gloria vã;
SEMPRE SONHOS! Na vida que nos corre tão sombria
Eu seria, meu Deus, seu doce guia,
Se eu tivesse, meu Deus, santos amores, E ela - minha irmã!
Eu m'erguera cantando essa paixão,
E atirara p'ra longe - sem saudade - Eu velara, senhor, pelos seus dias,
Este véu que me cobre a mocidade Como a mãe vela o filho que dormiu:
De tanta escuridão! Se um dia ela soltasse um só gemido,
Eu iria saber porque ferido
Eu que sou como o cardo do rochedo Seu seio assim buliu!
Quase morto dos ventos ao rigor,
Encontrara de novo a minha vida, (...)
O sol da primavera e a luz perdida, Como o nauta olha o céu de primavera
Nos braços desse amor! Eu, sentado a seus pés, ébrio de amor,
Espreitara tremendo no seu rosto
Minha fronte, que pende sofredora A sombra fugitiva dum desgosto,
Acharia, meu Deus, inspirações, A nuvem duma dor!
E o fogo que queimou Gilbert e Dante
Correria mais puro e mais constante Eu lhe iria mostrar nos hinos d'alma
Na lira das canções! Outro mundo, outro céu, outros vergéis;
Nossa vida seria um doce afago,
No mundo tão gentil dos devaneios Nós - dois cisnes vogando em manso lago,
Minh'alma mais feliz saudara a luz, - Amor - nossos batéis!
E apagara, Senhor, num beijo puro
A dor imensa da perda do futuro Se eu tivesse, meu Deus, santos amores...
Que à morte me conduz.

Casimiro de Abreu - 1858

1. De acordo com o poema, os românticos

( A ) fazem um íntimo diálogo com a pessoa amada, para queixar-se da falta de correspondência amorosa.
( B ) fazem um íntimo diálogo com sua solidão, buscando distinguir se o motivo de sua dor é amor ou simples
paixão.
( C ) realizam uma projeção de felicidade num mundo que não fora concretizado fora do seu íntimo, mas é
sentido intensamente, em imagens.
( D ) realizam uma projeção de felicidade num mundo que não fora concretizado no seu íntimo, por exclusiva
culpa de Deus.
( E ) fazem um íntimo diálogo consigo mesmo, tentando entender o que se passou nos seus sonhos de amor.

02. Na poesia romântica, o belo estético encontra-se na

( A ) expressão da alma - fonte inesgotável de todo ideal de beleza e de sentimento.


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( B ) possibilidade de ser feliz, além dos limites dos sonhos ou dos devaneios.
( C ) condição sagrada de amar no distanciamento eterno do ser amado.
( D ) cortesia amorosa – quando o ser amado é martirizado em nome de quem ama.
( E ) escuridão de uma alma poética transtornada, que não encontra refúgio nem mesmo em Deus.

03. O liberalismo burguês influenciou os textos românticos a partir do(a)

( A ) sentimento de posse em relação ao bem amado, sem submeter-se a outros interesses.


( B ) confidência amorosa levada a cabo com plena liberdade de expressão lírica.
( C ) despertar no cidadão comum a capacidade de sonhar com os ideais de felicidade.
( D ) liberdade de culto, que propicia ao sujeito lírico um contacto direto com o Divino.
( E ) valorização do livre arbítrio, entre amar ou não; ter família ou não.

04. O que acontece, no poema, é que o sujeito lírico

( A ) cultiva uma solidão voluntária, que o faz sofrer e ao mesmo tempo o agrada.
( B ) chama a atenção para seu eu, como um ser sôfrego, excluído da felicidade na terra.
( C ) expande seu sentimento de culpa para a natureza, que por sua vez se ressente por ele.
( D ) transfere a responsabilidade de seu sofrimento para o ser amado, que não lhe tem olhos.
( E ) culpa a Deus por não ter sido contemplado por essa dádiva cristã, que é o amor.

05. É questão de Marketing do Eu no poema; EXCETO:

( A ) ter de deixar todo um futuro de glória profissional pela frente para viver uma paixão.
( B ) proteger a amada de qualquer desgosto, de qualquer dor.
( C ) ser tão jovem e já se ver lançado à escuridão, à dúvida e à perda do futuro.
( D ) mostrar outros mundos, outros céus, outros vergéis à amada.
( E ) morrer, no auge da juventude, por força dos vícios e da vida embriagada de prazeres.

06. No texto, a opção pelo tempo verbal - pretérito mais que perfeito – é de suma importância, uma vez que, num
plano mais profundo e significativo da existência do Eu, demonstra

(A) o estado emocional – depressivo - em que se encontra o sujeito lírico no presente, em relação ao passado
de felicidade.
(B) um desvio na linha do tempo, com um mundo de possibilidades que abrir-se-iam ao sujeito lírico, caso
tivesse confessado a Deus antes de morrer.
(C) as condições que deveriam ser cumpridas para que a felicidade fosse alcançada, algo que o sujeito lírico
deixou de fazer.
(D) a dura impossibilidade de superar o tempo e modificar seu destino, já pronto e acabado. Em suma, o
lastimável “se...” da vida humana.
(E) um sujeito lírico vivendo – intensamente – o momento atual de sua mocidade, como ele mesmo diz: um
doce afago ao seu ego.

07. No conjunto de imagens do poema, não se encontra em harmonia com o amor a expressão

( A ) “mundo tão gentil dos devaneios”.


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( B ) “o sol de primavera e a luz perdida”.

( C ) “como a mãe vela o filho que dormiu”.

( D ) “como o nauta olha o céu de primavera”.

( E ) “este véu me cobre a mocidade de tanta escuridão”.

08. No plano filosófico, vivendo o absolutismo do Eu – o sujeito lírico

( A ) projeta-se à conquista do amor, perdendo seu eu para o ser amado, na expectativa de um retorno pleno e
feliz.

( B ) conduz-se numa expectativa de viver um amor intenso sem, contudo, estar dependendo do ser amado.

( C ) idealiza um ser amado totalmente dependente dos seus desejos e inspirações, reproduzindo as emoções
daquele.

( D ) vive, intensamente, um encontro sagrado entre o seu ser e o bem amado, que o liberta de seus interesses
egoísticos.

( E ) apresenta, geralmente, sujeito lírico que não consegue projetar-se para o ser amado e vive a abundância
do seu próprio eu em si.

09. No mundo paralelo dos sonhos, criado pela subjetividade romântica, o amor, se fosse possível,

( A ) seria vivido pelo sujeito lírico após a sua morte, como uma recompensa dada por Deus a um amante fiel.
( B ) seria puro, redentor, benigno, tudo suportaria, tudo superaria, tudo alegraria o eu, que seguiria feliz com
sua alma irmã.
( C ) misturar-se-ia com a idéia de desejo, de paixão, fogo ardente que poderia matar o sujeito lírico num
delírio.
( D ) seria atemporal: os amantes vivê-lo-iam, intensamente, em qualquer recanto da história, em qualquer
parte do mundo, esquecidos de Deus.
( E ) seria essencialmente platônico, posto que o sujeito lírico satisfar-se-ia apenas com a idéia de amar e de
sofrer.

10. No poema, o Mal-do-Século, estado de alma melancólico, fatalista e mórbido, só é amenizado em versos como
( A ) “A dor imensa da perda do futuro”.
( B ) “O sol da primavera e a luz perdida”.
( C ) “E esta ânsia infeliz de glória vã”.
( D ) “Encontrara de novo a minha vida”.
( E ) “Eu velara, Senhor, pelos seus dias”.

2ª QUESTÃO (06 escores)

CORRESPONDÊNCIA

EXISTEM ABAIXO VÁRIOS CONCEITOS EM COLUNAS. COLOQUE NOS PARÊNTESES DA COLUNA DA DIREITA
O NÚMERO QUE JULGAR CORRESPONDER AO CONCEITO DA COLUNA DA ESQUERDA. DÊ UM TRAÇO SE NÃO
HOUVER CORRESPONDÊNCIA.

11. Conforme as mais diversas formas de subjetivismo e idealização romântica propagadas pelo Eu, proceda à
correspondência, identificando essas formas nos versos que se apresentam à direita.
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Sistema de projeções do Eu romântico Estrofes de poetas românticos


1. O Eu projeta-se em direção às origens. ( ) Se soubesse que no mundo
Existia um coração,
Que só por mim palpitasse
Se soubesse que no mundo
Existia um coração,
Que só por mim palpitasse!
2. O Eu projeta-se para dentro de si. ( ) Nas horas tardias que a noite desmaia
Que rolam na praia mil vagas azuis,
E a lua cercada de pálida chama
Nos mares derrama seu pranto de luz.
3. O Eu projeta-se no ser amado. ( ) Era de noite - dormias
Do sonho nas melodias,
Ao fresco da viração;
Emblada na falua,
Ao frio clarão da lua,
Aos ais do meu coração!
4. O Eu projeta-se na aflição do próximo. ( ) Minh’alma tenebrosa se entristece,
É muda como sala mortuária...
Deito-me só e triste, sem ter fome
Vejo na mesa a ceia solitária.
5. O Eu projeta-se na natureza. ( ) Oh! Que céu, que terra aquela,
Rica e bela
Como o céu de claro anil!
Que seiva, que luz, que galas,
Não exalas,
Não exalas, meu Brasil!
6. O Eu projeta-se no mistério. ( ) Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão
7. O Eu projeta-se no passado.

3ª QUESTÃO (43 escores)

DÊ O QUE SE PEDE

Observe atentamente a figura abaixo e responda ao item 12.

(Francisco de Goya, EL três de Mayo, 1814 – Museu do Prado, Madrid)


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12. Identifique, nessa tela, elementos estéticos que a inserem no movimento romântico do século XIX

(03 escores)

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Observe atentamente a figura abaixo e responda ao item 13.

13. A arte romântica – ao contrário da imitação clássica do belo - a supervalorização da aparência, no mundo de hoje -
prima pela simbiose entre o belo e o grotesco. Em que se fundamenta essa opção do artista romântico?
(02 escores)

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Leia o texto abaixo para responder aos itens 14 e 15.

Veja este mito:

“Pigmaleão via tantos defeitos nas mulheres que acabou por abominá-las, e resolveu viver solteiro. Era
escultor e executou com maravilhosa arte, uma estátua de marfim tão bela que nenhuma mulher de
verdade com ela poderia comparar-se. Era, na verdade, de uma perfeita semelhança com uma jovem que
estivesse viva e somente o recato a impedisse de mover-se. A arte, por sua própria perfeição, ocultava-se,
e a obra parecia produzida pela própria natureza. Pigmaleão admirou sua obra e acabou apaixonando-se
pela criação artificial. Muitas vezes, apalpava-a como para se assegurar se era viva ou não, e não podia
acreditar que se tratava apenas de marfim. Acariciava-a e dava-lhe presentes, como as jovens gostam:
conchas, brilhantes, pedras polidas...colares, brincos, cordões de pérolas... Deitou-a num leito recoberto de
panos coloridos com púrpura, chamou-a de esposa e colocou-lhe a cabeça num travesseiro de plumas,
como se ela pudesse sentir a maciez.”
Bulfinch, Thomas,O livro de ouro da mitologia: história de deuses e heróis; tradução David Jardim – Rio de Janeiro: Ediouro, 2006
p.71.
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14. Relacione o mito de Pigmaleão com o processo platônico do Romantismo, no que se refere à mulher e ao amor.
Comente esse comportamento. (04 escores)

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15. Segundo o pensador do Romantismo alemão, Johan Amadeu Fichte, “Toda a realidade é uma produção do Eu. Ele
é, ao mesmo tempo, a geração, a ação e o produto da ação.” Demonstre, passo a passo, como esse pensamento se
aplica ao mito de Pigmaleão. (03 escores)

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Observe, atentamente, a figura abaixo e responda ao item 16.

16. Na poesia romântica, o sentimento de solidão, por exemplo, é fruto de uma expansão do Eu rumo ao infinito, em
busca de respostas. É quando o Eu considera que está sobrando em si mesmo. Nesse contexto, que papel
desempenha a natureza? (03 escores)

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Leia o texto e observe, atentamente, a figura abaixo para responder aos itens 17 a 19.
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O Canto do Guerreiro
I
Aqui na floresta
Dos ventos batida, (Dias, Gonçalves. Poesia e prosa completas. Rio
Façanhas de bravos de Janeiro: Nova Aguilar, 1998. P. 106.Fragmento).
Não geram escravos,
Que estimem a vida
Sem guerra e lidar.
- Ouvi-me, guerreiros.
- Ouvi meu cantar.

II
Valente na guerra
Quem há como eu sou?
Quem vibra o tacape
Com mais valentia?
Quem golpes daria
Fatais como eu dou?
- Guerreiros, ouvi-me;
- Quem há como eu sou?
(Ilustração de uma ‘Justa ou torneio medieval)
17. A temática da valorização da pátria e da busca do passado histórico, a criação dos símbolos da identidade de um
povo, espalhou-se da Alemanha para toda a Europa. Lá o ideal da cavalaria erigiu-se como símbolo de nacionalidade.
No Brasil, como se lê no poema, o bom selvagem cumpriu esse papel.

Partindo dessas informações, estabeleça conexões ou analogias entre o herói nacionalista romântico do Brasil – o
índio – pintado por Gonçalves Dias, e a figura do cavaleiro medieval europeu.
(04 escores)
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18. O Romantismo estabelece, na arte e na literatura, as vivências de um mundo paralelo, subjetivo, que recria a
história, e faz o leitor viver outras dimensões da realidade e até da própria história, sob intenso sentimento e
ideologia.

Identifique no poema de Gonçalves Dias, o discurso da superioridade do nativo, que desafia, implicitamente, o
invasor a lutar nas suas ‘trincheiras’. (03 escores)
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19. Por que precisávamos – no pós-Independência - de um herói valente, forte e brioso e ainda por fim, nativo?
(02 escores)
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Leia o cartão abaixo e responda ao item 20.


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20. Na poesia romântica, o Eu não egocêntrico, para atingir a plenitude do amor divino, precisa encontrar-se por
inteiro no ser amado. Esse ideal pode ser detectado na mensagem acima? Justifique.

(02 escores)
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21. “No amor basta uma noite para fazer do homem um deus.” Verso do poeta latino da Antiguidade –Propércio – que
serve de inspiração à poesia byroniana.

Interprete esse verso e demonstre de que forma o sentido dele entra em conflito com a mensagem do
cartão dos namorados, no item 20. (03
escores)

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Observe atentamente a figura abaixo, e leia o


texto a seguir para responder aos itens 22 e 23.

(Cena do filme Crepúsculo)


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Tu perguntaras: - qu’é da minha c’roa?...

Eu te diria: - desfolhou-a o vento!...


Vampiro infame, eu sorveria em beijos

Toda a inocência que teu lábio encerra,


Oh! Não me chames coração de gelo!
E tu serias no lascivo abraço
Bem vês: trai-me no fatal segredo.
Anjo enlodado nos pântanos da terra.
Se de ti fujo é que te adoro e muito,

És bela – eu, moço; tens amor – eu


Depois... desperta no febril delírio, medo!...

- Olhos pisados – como um vão lamento,


(Excerto do poema – Amor e medo, de Casimiro de Abreu)

22. Até mesmo no cinema, um dos temas recorrentes do Ultra-romantismo é o amor unido à sensação de medo e
morte. Levante hipóteses nas estrofes, sobre as negativas do sujeito lírico para não concretizar o seu amor, conforme
o ultimo verso do excerto. (04 escores)

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23. Identifique no texto as imagens que compõem o jogo entre o sagrado e o profano, no qual se encontra
o amor, típico da poesia byroniana. (02
escores)

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Leia o texto e observe, atentamente, a figura ao lado para responder aos itens 24 a 26.

(Estrofes do poema América, de Castro Alves)

Ó pátria, desperta... Não curves a fronte


Que enxuga-te os prantos do Sol do Equador.
Não miras na fímbria do vasto horizonte
A luz d alvorada de um dia melhor?

Já falta bem pouco. Sacode a cadeia


Que chamam riquezas... que nódoas te são!
Não manches a folha de tua epopéia
No sangue do escravo, no imundo balcão.

Sê pobre, que importa? Sê livre... és gigante,


Bem como os condores dos píncaros teus!
Arranca este peso das costas do Atlante,
Levanta o madeiro dos ombros de Deus.
(Ilustração de embarque em um navio negreiro)
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24. A poesia da Terceira Geração romântica desenvolve a linguagem poética voltada para a ideologia da liberdade e
da justiça entre os povos. Nas estrofes acima, o sujeito lírico invoca a pátria para que abandone já as ‘nódoas’ da
escravidão ou do comércio de escravos. Que argumentos (figurativos) usa para convencê-la?
(03 escores)
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25. O estilo grandiloquente de Castro Alves é expresso pela abundância de invocações, personificações e hipérboles.
Identifique cada um desses recursos poéticos nas estrofes acima. (03 escores)

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26. O apelo do poeta à sua pátria finda-se com o verso: “Levanta o madeiro dos ombros de Deus.” O que deviam os
leitores do século XIX, principalmente as famílias escravocratas, compreender com essa imagem?
(02 escores)
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4ª QUESTÃO (06 escores)

DISCURSIVA

LEIA ATENTAMENTE O TEMA ABAIXO, REDIJA O TEXTO NA CAIXA DE RASCUNHO E TRANSCREVA-O PARA A
CAIXA DO TEXTO DEFINITIVO.

Para responder ao item discursivo, leve em conta as linguagens verbal e não verbal a seguir.

Segredos As almas que sentem paixão como a minha

Que digam, que falem em regra geral.

Eu tenho uns amores – quem é que os não


tinha

Nos tempo antigos? – amar não faz mal;


- A flor dos meu sonhos é moça bonita
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Qual flor entr’aberta do dia a raiar,

Mas onde ela mora, que casa ela habita, Casimiro de Abreu (excerto)

Não quero, não posso, não devo contar!

Note que, no texto de Casimiro de Abreu, o sujeito lírico faz a descrição de sua namorada, entremeada de
segredos e mistérios. Há uma idealização em curso na segunda estrofe. Atualmente, o uso dos chats e bate-papos faz
parte do mundo jovem global e, por vezes, cumprem o mesmo papel dos folhetins do século XIX.

27. Inspirado no texto de Casimiro de Abreu e nas imagens oferecidas, monte um diálogo – via MSN – mantendo-se o
teor de mistério, idealização e subjetividade, em que o internauta conta ao interlocutor o advento de um “amor à
primeira vista”, típico do Romantismo, que o faz perder o sono.

- Você pode fazer uso da linguagem específica do MSN, com Nicknames, emoticons, etc. desde que o texto fique
legível e inteligível.
- O diálogo é curto, porém significativo. Deve ir de 00:40h a 01:00h.
- O uso de vocabulário vulgar ou de baixo calão, mesmo em internetês dará grau zero ao item.
- Seja criativo e inspirador, desperte a atenção do seu amigo ou amiga.
- Lembre-se que no Romantismo há muitas comparações com elementos da natureza e ainda muitas metáforas
na hora de descrever a amada(o)
- aprofunde na temática do amor, tal como Werther, de Goethe.

TEMA 01 – ROMANTISMO reinventado.

RASCUNHO:
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TEXTO DEFINITIVO:
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Correção gramatical e/ou apresentação da prova: 0,2 ponto.

Tenha uma prova inspiradora!

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