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Anais do XXIV Seminário Nacional UNIVERSITAS/BR

ISSN 2446-6123

ACESSO E PERMANÊNCIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: DESAFIOS E


ALCANCES DAS POLÍTICAS DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NA UFGD
Eugenia Portela de Siqueira Marques – UFGD
eumar13@terra.com.br
Giselle Cristina Martins Real - UFGD
gcreal@terra.com.br
Jonas de Paula Oliveira - UFGD
jonasdep@gmail.com
Eixo 5: Acesso e permanência na expansão da educação superior

Resumo: Objetiva-se neste texto analisar as políticas de acesso e permanência


implementadas na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no contexto
da democratização e expansão da educação superior brasileira. A UFGD possui uma
política de permanência que gradativamente está se consolidando, principalmente
por meio dos programas de assistência estudantil, entre as quais se destacam a Bolsa
Permanência e o Auxílio Alimentação, concretizadas a partir de recursos do PNAES
e outras medidas institucionais. As reflexões desse estudo buscam responder a
seguinte indagação: As políticas de assistência estudantil que estão sendo
implementadas na UFGD garantem a permanência? Para realizar a pesquisa serão
utilizados os dados quantitativos e qualitativos coletados na própria instituição, a
pesquisa documental e bibliográfica. Os resultados apontam para os limites e
avanços do processo de implantação, oferta e expansão da educação superior,
principalmente a importância e os desafios para a permanência de jovens em
situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Palavras-chave: Acesso e permanência, Educação superior, Assistência Estudantil.

Introdução
A democratização do acesso à educação superior no Brasil enfrenta o desafio
de reverter o quadro elitista que historicamente atendeu determinada parcela da sociedade
brasileira, por meio de critérios seletivos de exclusão, no qual a educação superior não era
considerada um bem público, com a finalidade precípua de atender indistintamente a todos os
cidadãos, por meio de um projeto democrático, solidário e heterogêneo. Gradativamente
observa-se um novo desenho da política pública de democratização - a universidade tem se
transformado com a presença de jovens oriundos das camadas populares. Com eles são
engendradas novas tarefas e responsabilidades às instituições, decorrentes da necessidade de
lidar com esse novo perfil de ingressantes, que em sua maioria pertencem à primeira geração
das suas famílias a ingressar no ensino superior e, conforme assinalou Coulon (2008), o
estudante ao ingressar na universidade precisa adquirir os status de igual, compreender e
decodificar os códigos inerentes da cultura universitária, daí resulta a sua afiliação ou o
fracasso.
Nesse sentido, os estudos sobre as políticas de permanência e assistência
estudantil se constituem no cenário nacional por representarem as medidas efetivas que

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poderão garantir que esses jovens permaneçam nos bancos universitários e tenham êxito
acadêmico.
A partir da aprovação da Lei N.13.005, de 25 de junho de 2014 que aprovou o
Plano Nacional de Educação - PNE, com vigência por 10 (dez) anos, a meta prevista para a
Educação Superior é de elevar a taxa bruta de matrícula para 50% (cinquenta por
cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24
(vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40%
(quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público. Expandir o acesso e
aumentar a escolaridade da população é desafiador na medida em que requer a articulação
com políticas de permanência, nesse contexto, a Política Nacional de Assistência Estudantil se
constitui num mecanismo imprescindível devido à acentuada disparidade de renda existente
no nosso país.
Esse estudo insere-se na pesquisa nacional vinculada ao Projeto Políticas de
Expansão Educação Superior no Brasil - OBEDUC/CNPq, desenvolvido pela Rede
Universitas/Br que visa analisar a política nacional voltada para acesso e permanência na
educação superior implementadas no contexto das instituições de educação superior, uma vez
que são nesses espaços que a política nacional é materializada. Buscaremos responder a
seguinte questão: As políticas de assistência estudantil que estão sendo implementadas na
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) garantem a permanência?
Os dados utilizados na pesquisa se constituem em informações extraídas do
Censo da Educação Superior (INEP, 2015) e em dados institucionais, obtidos junto aos
próprios setores da UFGD, especificamente: Pró-Reitoria de Assuntos Acadêmicos e
Estudantis (PROAE) e Pró-Reitoria de Avaliação Institucional e Planejamento (PROAP).
Cumpre destacar que os dados do Censo Educacional não contem todas as informações
necessárias para as análises qualitativas que envolvem as iniciativas de permanência
nacionais, bem como não contempla a política institucional.
O referencial teórico-metodológico usado tem por base o construcionismo
contextual de análise de políticas públicas (Palumbo, 1994), que considera que o contexto
histórico-político-social interfere na configuração das políticas, sejam nacionais ou
institucionais. Assim, a análise das políticas deve partir do conjunto de iniciativas e intenções

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desenvolvidas ao longo do tempo, em outras palavras: “policy is process, or an historical


series of intentions, actions, and behaviors of many participants1” (p. 8).
Portanto, nesse trabalho, procurou analisar as medidas públicas abarcadas no
período de 2005 a 2014, considerando o ano de criação da UFGD e os dados mais recentes
divulgados, ainda relacionando o contexto de influências das políticas nacionais
desenvolvidas ao longo desse período no lócus institucional.
O texto está estruturado em três seções, sendo que a primeira contextualiza a
UFGD no movimento de expansão e de ampliação do acesso à educação superior.
A segunda parte analisa a efetividade dos programas de assistência estudantil
implementados na UFGD e a sua contribuição para a permanência.
A terceira seção aponta as possíveis lacunas existentes na política de
assistência estudantil na UFGD, no contexto das políticas nacionais e nas considerações finais
apontamos as possibilidades e ajustes necessários para que as ações institucionais na UFGD
atendam aos desafios de garantir a permanência estudantil.

A UFGD e o processo de expansão e de promoção do acesso à educação superior

A UFGD é uma instituição federal de educação superior criada, a partir de


processo de desmembramento da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), por
meio da Lei Federal Nº 11.153, de 29 de julho de 2005 (BRASIL, 2005). Sua criação ocorreu
no contexto do “Programa Expandir para ficar do tamanho do Brasil”, implementado pelo
governo federal no período de 2003 a 2006, que visava à expansão de instituições e de campi
universitários para o interior do país (BRASIL, 2015).
A partir de sua criação, a UFGD passa a ser lócus de implementação das
políticas nacionais, configurando-se como ponto empírico de confluência entre as políticas
nacionais e institucionais, e, portanto merece ser analisada, na medida em que sofre e exerce
influência na política nacional.
Nesse sentido, cumpre destacar que o presente artigo toma como eixo de
análise os dados de matrícula e não os dados de vagas ofertadas, porque as matrículas
referem-se ao atendimento efetivado, e assim permite analisar os resultados reais alcançados
pela política, que neste caso refere-se à promoção do acesso/ingresso à educação superior.

1
Política é um processo, ou uma série histórica de intenções, ações e comportamentos de muitos
participantes. (Tradução livre).

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De forma geral, pode-se perceber que a UFGD, ao se constituir como uma


iniciativa de política nacional de expansão da educação superior contribui com a sua
efetivação. Os dados de Mato Grosso do Sul são ilustrativos desse processo.
Mato Grosso do Sul, onde se insere a UFGD, incidiu em expansão da educação
superior abaixo da média nacional, considerando o período de 2005 a 2014. Segundo dados
extraídos do Censo da Educação Superior (INEP, 2015), o Brasil, em 2005, tinha 579.587
alunos matriculados em cursos presenciais sendo que em 2014 esse número cresceu para
1.083.586 alunos, o que perfaz um crescimento de 46,51%. Em Mato Grosso do Sul o
crescimento foi na ordem de 25%.
No entanto, os dados, constantes na Tabela 1, explicitam que em Mato Grosso
do Sul a expansão da educação superior ocorre de forma mais intensa no setor público, o que
proporciona um contingenciamento do movimento de massificação da educação superior, que
por sua vez amplia o sistema de atendimento da população, aproximando-se de uma educação
superior de massa2 e, portanto, com parâmetros mais democratizantes (GOMES, MORAES,
2012).
Observa-se que em Mato Grosso do Sul o percentual de expansão do setor
público foi maior que o do setor privado, uma vez que o setor público expandiu 24,38% das
matrículas e o setor privado apresentou crescimento de 17,48%. Pode-se apontar, inclusive,
que as instituições públicas federais foram as responsáveis pelo aumento do setor público,
considerando que o crescimento das instituições estaduais foi de 5,36% e das instituições
federais chegou a 30,26%. Esse movimento de expansão contradita os dados nacionais, em
que o setor privado cresce mais do que o público, mesmo considerando a ampliação das vagas
federais, no contexto de criação dos programas de expansão implementados, como o
Programa de Expansão e Reestruturação das Universidades Federais (REUNI).

Tabela 1 – Número e percentual de matrículas na educação superior, por organização


administrativa, no estado de Mato Grosso do Sul, considerando os anos de 2005 e 2014.
Organização Acadêmica Matrículas 2005 Matrículas 2014 %
Pública 22.113 29.244 24,38
Federal 15.582 22.343 30,26
Estadual 6.531 6.901 5,36
Privada 43.223 58.577 17,48
Total 65.336 87.821 25,60

2
Estamos adotando aqui os princípios de Gomes e Moraes (2012) que ao se pautarem na teoria de Martin
Trow, utilizam como padrão de classificação do sistema educacional o percentual de atendimento da
população de 18 a 24 anos de idade, que seria a faixa etária ideal para a educação superior, estabelecendo três
marcos, a saber: até 14% de pessoas atendidas seria um sistema de educação superior elitizado, de 15% a 30%
seria um sistema de massa e acima de 30% seria um sistema democratizado.

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Fonte: Construção própria a partir de dados do Centro da Educação Superior (INEP, 2015)
É possível, ainda, observar que a UFGD se constitui como a principal medida
de expansão, considerando o número de matrículas públicas no estado, quando se compara
com o universo das universidades federais.
Os dados apresentados na Tabela 2 apontam que havia 52 (cinquenta e duas)
universidades federais, em 2005, ano em que a UFGD foi criada. Dessas universidades 12
(doze) apresentavam menos de 3 (três) mil alunos matriculados, o que representa um
percentual de 23,10% do total de universidades. Cabe destacar que entre essas consta a
UFGD.
Em 2014, pode-se notar que o conjunto das universidades federais chegou a 62
(sessenta e duas) instituições. Desse conjunto, 18 (dezoito) universidades, o que representa
29,03% do total existente, apresentaram percentual de crescimento do número de matrículas
superior 50%, ou seja superior à media nacional que foi de 46,51%. E dentre essas está a
UFGD. Pode-se constatar, ainda, a partir dos dados disponibilizados na Tabela 2, que todas as
12 (doze) universidades que em 2005 tinham menos de 3 mil alunos cresceram mais do que
50% em 2015.
Esses dados, mesmo que apresentando apenas as taxas de matrículas, permitem
inferir que a politica nacional de promoção do acesso se efetivou, especialmente em algumas
instituições em que se conseguiu de fato ampliar as taxas de matrículas. Esse fato representa
aumento da inserção da população nas universidades públicas, onde a priori a qualidade da
educação superior seria melhor (SEVERINO, 2009).
Tabela 2 – Matrículas das universidades federais, considerando os anos 2005 e 2014
Nº Instituição 2005 2014 %
01 Universidade Federal de Rondônia 9.795 8.856 -10,60
02 Universidade Federal do Acre 6.981 9.619 27,42
03 Universidade Federal do Amazonas 16.444 29.357 43,99
04 Universidade Federal de Roraima 2.811 5.988 53,05
05 Univ. Federal Rural da Amazônia 1.802 4.355 58,62
06 Universidade Federal do Pará 33.225 35.567 6,58
07 Universidade Federal do Amapá 6.856 7.028 2,45
08 Universidade Federal do Tocantins 8.568 16.530 48,17
09 Universidade Federal do Maranhão 11.220 26.467 57,60
10 Universidade Federal do Piauí 13.256 22.488 41,05
11 Universidade Federal do Ceará 20.070 23.253 13,69
12 Univ. Federal Rural do Semi-Árido 1.018 7.548 86,51
13 Univ. Fed. do Rio Grande do Norte 18.950 25.166 24,70
14 Universidade Federal da Paraíba 15.456 27.847 44,50
15 Univ. Federal de Campina Grande 8.299 15.884 47,75
16 Univ. Fed. Vale do São Francisco 474 5.390 91,20
17 Univ. Federal Rural de Pernambuco 6.100 10.550 42,19

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18 Univ. Federal de Pernambuco 21.095 30.837 31,59


19 Universidade Federal de Alagoas 11.001 25.252 56,44
20 Universidade Federal de Sergipe 11.435 24.667 53,64
21 Universidade Federal da Bahia 19.399 27.789 30,19
22 Univ. Fed. do Recôncavo da Bahia 622 8.861 92,98
23 Universidade Federal de Viçosa 8.443 13.537 37,63
24 Universidade Federal de Alfenas 1.320 5.952 77,82
25 Universidade Federal de Itajubá 2.129 5.525 61,47
26 Univ. Federal de Juiz de Fora 12.062 17.113 29,52
27 Universidade Federal de Lavras 2.530 7.948 68,17
28 Univ. Federal de Minas Gerais 21.455 32.103 33,17
29 Universidade Federal de Ouro Preto 4.821 10.978 56,08
30 Univ. Federal de São João del Rei 3.445 11.197 69,23
31 Universidade Federal de Uberlândia 11.918 20.631 42,23
32 Univ. Federal do Triângulo Mineiro 727 5.008 85,48
33 Univ. Fed. Vale Jequitin. e Mucuri 1.393 7.542 81,53
34 Univ. Federal do Espírito Santo 12.677 22.345 43,27
35 Universidade Federal Fluminense 19.105 3.499 42,97
36 Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro 6.720 13.153 48,91
37 Univ. Fed. Estado do Rio de Janeiro 4.958 8.009 38,10
38 Univ. Federal do Rio de Janeiro 28.557 39.887 28,41
39 Universidade Federal de São Carlos 5.717 11.332 49,55
40 Universidade Federal de São Paulo 1.322 9.589 86,21
41 Universidade Federal do Paraná 19.865 26.666 25,50
42 Univ. Tecnológica Fed. do Paraná 11.136 23.147 51,90
43 Univ. Federal de Santa Catarina 17.733 26.454 32,97
44 Univ. Federal do Rio Grande 6.192 8.513 27,26
45 Universidade Federal de Pelotas 7.324 14.941 50,98
46 Univ. Federal de Santa Maria 10.840 17.982 39,72
47 Univ. Federal do Rio Grande do Sul 21.001 26.980 22,16
48 Univ. Federal da Grande Dourados 2.901 6.375 54,49
49 Univ. Fed. de Mato Grosso do Sul 12.681 15.204 16,59
50 Univ. Federal de Mato Grosso 13.731 18.802 26,97
51 Universidade Federal de Goiás 12.912 22.299 42,10
52 Universidade de Brasília 18.679 31.348 40,41
53 Univ. Federal do Oeste do Pará - 6.591 -
54 Univ. Fed. do Sul e Sudeste do Pará - 3.671 -
55 Universidade Federal do Cariri 2.128 -
56 Univ. Federal do Oeste da Bahia - 1.534
57 Univ. Federal do Sul da Bahia - 765 -
58 Universidade Federal do ABC - 9.580 -
59 Univ. Fed. Integ. Latino-Americana - 1.407 -
60 Univ. Federal da Fronteira Sul - 6.493 -
61 Univ. Fed. Ciências da Saúde P.A - 1.735 -
62 Universidade Federal do Pampa - 9.196 -
Fonte: Construção própria a partir de dados do Centro da Educação Superior (INEP, 2015)
A UFGD, considerando todas as universidades federais da região Centro-
Oeste, foi a que obteve maior percentual de crescimento do número de matrículas no período.
Esses dados permitem inferir que houve de fato uma confluência de fatores institucionais que

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contribuíram com a efetivação da política nacional de expansão da educação superior,


particularmente no contexto de Mato Grosso do Sul.
Na medida em que amplia o processo de expansão da educação superior,
particularmente do setor público, observado no número de matrículas realizadas, pode-se
afirmar que há uma ampliação do ingresso/acesso à educação superior. A UFGD, nesse
contexto, contribui com o processo efetivo dessa ampliação.
No entanto, a literatura da área (SILVA, VELOSO, 2013) informa que o
conceito de acesso à educação diante do atual quadro da expansão da educação superior é
considerado em sua concepção mais ampla, em que não basta considerar o ingresso de
estudantes, mas é necessário considerar, também, a sua permanência e a sua conclusão com
êxito da educação superior.
Nesse sentido, a próxima seção busca explicitar os resultados das políticas de
permanência no contexto da UFGD.

A efetividade dos programas de assistência estudantil na UFGD

A UFGD desde sua criação apresenta preocupação com o processo de


ingresso e permanência estudantil. Essa preocupação pode ser observada com a oferta do
Curso de Licenciatura Intercultural Indígena “Teko Arandu3”, que é oferecido como curso
permanente desde 2006. Esse curso pode ser considerado como a primeira medida de ação
afirmativa da instituição, uma vez que suas vagas eram reservadas para estudantes indígenas,
especificamente da nação guarani4.
Como forma de viabilizar o ingresso e a permanência de indígenas, a proposta
curricular do curso é construída a partir de 3 (três) eixos diferenciadores: o bilinguismo
português-guarani com a finalidade de facilitar a comunicação entre professor e alunos, o
diálogo entre os saberes tradicionais indígenas e conhecimento acadêmico-ocidental e a
adoção da metodologia da alternância, ofertada em dois tempos, o da Universidade e o da
Comunidade (RAMOS, 2011).
Outro ponto que explicita a preocupação com a permanência de indígenas na
construção do curso é a parceria com: o Movimento dos Professores Guarani e Kaiowá, a
Fundação Nacional do Índio (FUNAI), a Universidade Católica Dom Bosco, as Secretarias

3
A expressão guarani “teko arandu” significa modo sábio de viver.
4
Para consultar histórico completo do curso acessar: < http://www.ufgd.edu.br/faind/licenciatura-
indigena/historico>. Acesso em 1 de fevereiro de 2016.

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Municipais de Educação dos municípios do Cone Sul do estado de Mato Grosso do Sul que
possuem populações Guarani (Kaiowá e Ñandeva) e a Secretaria Estadual de Educação do
MS. Essa parceria viabiliza que professores atuantes em salas de aula da educação básica
possam participar do curso, além do diálogo constante que o próprio movimento dos
professores indígenas.
Além dessa iniciativa, a UFGD desenvolve ações voltadas para a
permanência estudantil, por meio de programas específicos, a partir de 2006. Essas ações
estão listadas no Quadro 1, a seguir exposto.

QUADRO 1 - Programas de permanência oferecidos na UFGD


Programas Benefícios/Observações
• Bolsa permanência UFGD Bolsa de R$ 400,00 mensais
• Bolsa permanência MEC Bolsa de R$ 400,00 mensais
• Auxílio Alimentação Auxílio de R$ 150,00 mensais
• Auxílio Moradia Auxílio de R$ 200,00 mensais
• Moradia Estudantil Vaga na moradia Estudantil
• Auxílio Emergencial Bolsa de R$ 400,00 mensais
• Apoio pedagógico – Curso da Língua Curso + Material didático
Estrangeiro Inglês e Espanhol
• Participação em Eventos Acadêmicos Passagens + Inscrição no evento + Ajuda de
custo
• Mobilidade Acadêmica Internacional Bolsa + Passagens + Seguro Saúde +
Despesas com visto
• PROMISAES Bolsa de R$ 622,00;
• Restaurante Universitário Subsídio de no mínimo de 50%
• Esporte, Recreação e Lazer Jogos abertos, UFGD em Movimento ...
• Integração Estudantil Recepção aos Calouros...
• Apoio aos Acadêmicos Pais e Mães Centro Educacional Infantil - UFGD
• Atendimento Psicossocial Orientação e assistência psicossocial
• Acessibilidade de Estudantes promover uma educação inclusiva
Portadores de Necessidades Especiais
Fonte: Construção Própria a partir de dados do sítio da PROAE/UFGD.

As duas primeiras medidas específicas voltadas para a permanência estudantil


implementadas na universidade foram os programas Bolsa Permanência e Auxílio
Alimentação. Os gráficos 1 e 2 a seguir apresentam os números do atendimento de alunos ao
longo desse período:

GRÁFICO 1 - Número de estudantes atendidos com o Programa Auxílio Alimentação

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Fonte: Construção Própria a partir de dados do sítio da PROAE/UFGD

GRÁFICO 2 - Número de estudantes atendidos com o Programa Bolsa Permanência

Fonte: Construção Própria a partir de dados do sítio da PROAE/UFGD

Pode-se observar que, apesar da preocupação institucional, as ações


desenvolvidas estão em sintonia direta com as áreas definidas pelo Decreto Nº 7.234, de 19 de
julho de 2010, que dispõe sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes),
conforme explicita o § 1º do art. 3º deste Decreto:
Art. 3o O PNAES deverá ser implementado de forma articulada com as atividades
de ensino, pesquisa e extensão, [...].
§ 1o As ações de assistência estudantil do PNAES deverão ser desenvolvidas nas
seguintes áreas:
I - moradia estudantil;
II - alimentação;
III - transporte;
IV - atenção à saúde;
V - inclusão digital;

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VI - cultura;
VII - esporte;
VIII - creche;
IX - apoio pedagógico; e
X - acesso, participação e aprendizagem de estudantes com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação. (BRASIL, 2010).

A relação entre as medidas institucionais voltadas para a permanência


estudantil e o Pnaes também podem ser observadas nos gráficos 1 e 2, quando se nota que as
ações específicas para a permanência estudantil vão ser iniciadas em 2006, período em que os
recursos são de origem institucional, mas é quando inicia o investimento dos recursos
financeiros do governo federal para ações dessa natureza, é que as medidas passam a ser mais
significativas em termos quantitativos.
Segundo o Ministério da Educação (MEC) a partir de 2008 são destinados
recursos financeiros diretamente para as instituições federais voltados para a garantia da
permanência estudantil, e que posteriormente vão ser alocados como um programa próprio,
com o nome de Pnaes, por meio do Decreto Nº 7.234/2010 (MEC, 2016).
Com isso, podem-se compreender os picos de aumento do atendimento
evidenciado nos programas Bolsa Permanência e Auxílio Alimentação na UFGD, pois é
quando a política nacional vai se concretizando, particularmente quando o Pnaes se efetiva
como programa governamental, instituído por meio de decreto.
Em estudo recente sobre esses programas na UFGD, Real et.al. (2015)
informam que
As politicas de permanência da Instituição também são configuradas por políticas
nacionais e institucionais. Depreende-se da análise dos dados expostos nos últimos
anos, acompanhando a expansão na oferta de cursos de graduação. Em alguns casos,
como os do Programa da Bolsa Permanência e Bolsa Alimentação, observa-se que o
crescimento foi superior ao crescimento do número de matriculados, o que na
prática significa que se ampliou o total de alunos atendidos (REAL, et al, 2015, p.
726) .

Assim, pode-se observar que as políticas de permanência estudantil embora


efetivas são ainda recentes, e estão diretamente relacionadas com o padrão de recursos
financeiros de origem nacional.
Cumpre destacar, também, que a oscilação no padrão quantitativo da oferta
explicita necessidade de maior amadurecimento dos setores técnicos da instituição para o
aprimoramento dos processos de concessão e monitoramento dos programas.

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Portanto, pode-se afirmar que as ações voltadas para a permanência


constituem como um desafio a ser enfrentado, o que explicita a fragilidade, neste momento,
de interferir positivamente na efetivação da permanência do estudante na universidade.

A permanência material e a permanência simbólica: lacunas e ajustes


Conforme disciplina o Decreto Nº 7.234/2010 que institui o Pnaes, executado
no âmbito do Ministério da Educação, tem como finalidade ampliar as condições de
permanência dos jovens na educação superior pública federal. Entre os objetivos estão a
democratização e a permanência, a redução das desigualdades, da retenção e evasão, além de
contribuir para a promoção da inclusão social, por meio da educação. Neste sentido, o Plano
Nacional de Assistência Estudantil rege-se pelos seguintes princípios:

I) a afirmação da educação superior como uma política de Estado; II) a gratuidade


do ensino; III) a igualdade de condições para o acesso, a permanência e a conclusão
de curso nas IFES; IV) a formação ampliada na sustentação do pleno
desenvolvimento integral dos estudantes; V) a garantia da democratização e da
qualidade dos serviços prestados à comunidade estudantil; VI) a liberdade de
aprender, de ensinar, de pesquisar e de divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o
saber; VII) a orientação humanística e a preparação para o exercício pleno da
cidadania; VIII) a defesa em favor da justiça social e a eliminação de todas as
formas de preconceitos; IX) o pluralismo de ideias e o reconhecimento da liberdade
como valor ético central.

Observa-se que nos anos 2000, a política pública de educação superior


brasileira não foi equilibrada, no que tange ao acesso/ingresso e a permanência, os seja, os
esforços para a democratização não concorreram na mesma proporção que a permanência e o
êxito acadêmico. Ao analisar as políticas de permanência dos estudantes em cursos de
graduação no Brasil promovidas por meio de Programas, Projetos e Ações do Ministério da
Educação (MEC), nos anos 2000, Araújo (2015, p.) ressalta que:

[...] nos anos 2000, a preocupação do Estado centra-se ainda na ampliação do acesso
à educação superior e em menor proporção, ao apoio a parcelas específicas de
estudantes da graduação, com vistas à sua permanência e terminalidade, a partir do
pagamento de bolsas e/ou financiamento estudantil

Com a implementação dos Programas de Assistência Estudantil espera-se que


os obstáculos para a permanência e a evasão sejam superados, pois os acadêmicos de menor
renda possuem dificuldades financeiras para se manterem na universidade.

Podemos dizer que há um desafio para as IES públicas, especialmente as de maior


prestígio, para considerar efetivamente como parte de suas tarefas e responsabilidade
a necessidade de lidar com a emergência desse novo perfil de estudante
universitário, que chega com diferentes necessidades e requer atenção especial por

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parte das instituições. É importante destacar que muitos desses estudantes pertencem
à primeira geração das suas famílias a ingressar no ensino superior. Vários
estudantes que conseguiram ingressar em uma universidade pública nos anos
recentes viveram dificuldades em termos econômicos e também em termos do
acesso a diferentes oportunidades de inclusão em atividades oferecidas pelas
universidades (HERINGER, 2013, p. 86).

Observa-se que na UFGD a assistência estudantil foi implementada em


consonância com as diretrizes PNAES, a política de Assistência Estudantil atualmente é
composta pelos seguintes programas: a) Bolsa Permanência; b) Restaurante Universitário; c)
Auxílio alimentação; d) Moradia Estudantil; e) Integração Estudantil; f) Apoio Pedagógico; g)
Esportes, recreação h) Auxílio Saúde i) Acompanhamento psicossocial; j) Incentivo à
participação em eventos; k) Incentivo a participação e organização Estudantil: l) Apoio aos
acadêmicos Pais e Mães; m) Acessibilidade aos estudantes portadores de necessidades
especiais; n) Apoio á Mobilidade Acadêmica Internacional.

A Meta 12 do novo Plano Nacional de Educação (PNE – 2014 -2024) prevê a


elevação da taxa bruta de matrícula na educação superior para cinquenta por cento e a taxa
líquida para trinta e três por cento da população de dezoito a vinte e quatro anos, assegurada a
qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, quarenta por cento das novas matrículas, no
segmento público. No que tange às estratégias dispõe no item 12.5:

[...] ampliar as políticas de inclusão e de assistência estudantil dirigidas aos(às)


estudantes de instituições públicas, bolsistas de instituições privadas de educação
superior e beneficiários do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), de que trata a
Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, na educação superior, de modo a reduzir as
desigualdades étnico-raciais e ampliar as taxas de acesso e permanência na educação
superior de estudantes egressos da escola pública, afrodescendentes e indígenas e de
estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, de forma a apoiar seu sucesso acadêmico (BRASIL,
2014).

Ao analisarmos os dados de alguns programas da assistência estudantil da


UFGD nos últimos 3 (três) anos, observamos que será necessária a adoção de medidas
corretivas, considerando que a evolução dos programas está abaixo do que prevê o novo PNE.
Observa-se que a efetivação dos programas na UFGD se mostram de forma
recente ou oscilante no que se refere ao quantitativo. Se levarmos em consideração que além
do auxílio material, por meio de bolsas, cabe à instituição implementar outras ações que
potencializem as propostas do Pnaes, visando a permanência e a terminalidade do curso.
Em relação à permanência simbólica identifica-se a possibilidade da
implementação de ações que não estão relacionadas unicamente ao apoio financeiro, mas

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ações de acompanhamento e de acolhimento dos acadêmicos na universidade, a exemplo do


atendimento psicossocial.
Ações que também podem contribuir para a adaptação e evitar a exclusão, bem
como os aspectos que não podem ser mensuráveis, mas contribuem para a afiliação ou o
fracasso do acadêmico. Conforme assinalou Coulon (2008), o estudante ao ingressar na
universidade precisa adquirir o status de igual, compreender e decodificar os códigos
inerentes da cultura universitária, daí pode resultar o seu êxito ou o fracasso acadêmico.

A democratização do acesso à educação superior no Brasil é um processo que


avança gradativamente e deve continuar nos próximos anos enfrentando o desafio da
permanência e da evasão, se de fato pretende-se atingir as metas previstas no PNE vigente.

Considerações finais

As reflexões abordadas neste estudo apontam que a implementação da política


de assistência estudantil na UFGD atende a proposta prevista nos programas do Pnaes,
contudo verifica-se que a efetividade e ampliação de medidas que visam à permanência ainda
são incipientes e limitadas, ainda incapazes nesse momento de promover impactos na efetiva
permanência do estudante no contexto institucional. Observa-se que a democratização do
acesso à graduação aumentou significativamente, contudo a assistência estudantil não se
efetivou de forma proporcional.
Desse modo na UFGD permanece a mesma lógica identificada na política
nacional, a ausência de articulação entre o acesso/ingresso e a permanência, dai os limites
institucionais para o fortalecimento de mecanismos que garantam o êxito acadêmico, ou seja
apenas a ampliação do acesso/ingresso não é garantia de direito à educação superior se não
houver possibilidades de terminalidade.

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