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Período medieval

O Império Romano, devido à sua grande extensão e falta de governo central, não
conseguiu se manter unido e chegou ao fim no ano de 476. Muitas das obras de
infraestrutura, inclusive estradas, aquedutos e portos então existentes, foram demolidas
para construção de fortificações. Durante todo o período medieval, quase não houve
avanços científicos, o que afetou também o desenvolvimento de técnicas de engenharia,
que passaram a se restringir a conceitos práticos pouco estruturados. Os árabes,
sobretudo durante o período da expansão islâmica, incorporaram técnicas romanas
sobretudo utilizadas em fortificações, embora já possuíssem conhecimentos na construção
de grandes mesquitas.[10]
Não havia método científico nas construções, pelo que eram baseadas no sistema de
tentativa e erro, sendo numerosos os exemplos de colapso de estruturas. Neste período
nota-se, ainda, a criação de grandes fortificações em castelos, para prevenir invasões.
Houve um avanço na utilização de rodas de água para transportar água e mover moinhos.
Ocorreram também avanços na construção de canais navegáveis.[11]

Catedral de Santa Maria del Fiore, na Itália.

Era moderna
A partir da Renascença, o profissional engenheiro passou a ganhar importância e
reconhecimento, ao contrário do período medieval em que projetos eram criados por
artesãos. Um dos pioneiros do período foi Filippo Brunelleschi, que projetou o domo da
catedral de Santa Maria del Fiore em Florença. Ainda com o surgimento da impressão de
livros, começaram a surgir os primeiros manuais com técnicas de projeto e construção.[12]
Posteriormente, a Revolução Industrial começava a mudar radicalmente o perfil
da Inglaterra, o que posteriormente viria a acontecer no restante da Europa. A população
começou a migrar da zona rural para as cidades para trabalharem nas indústrias. As obras
estruturais necessárias para o desenvolvimento industrial era geralmente conduzida por
engenheiros militares. No entanto, em 1768, o inglês John Smeaton se autodenominou
'engenheiro civil' para diferenciar-se dos profissionais militares, criando assim uma nova e
distinta profissão. Poucos anos depois criou a Sociedade dos Engenheiros Civis, com a
finalidade de reunir profissionais para conceber e executar grandes projetos.[13]
Iron Bridge

A Revolução Industrial trouxe consigo novas técnicas e materiais pertinentes à engenharia.


A Ponte de Ferro, no Reino Unido, foi a primeira ponte de arco construída somente com
ferro fundido, o que é considerado um marco na história. Conforme ocorria o crescimento
econômico, era cada vez maior a necessidade de se acelerar os transportes. Por isso,
houve grande ampliação do sistema de canais e posteriormente surgiu a primeira ferrovia.
A utilização do ferro como elemento estrutural causou grandes mudanças, especialmente
por conta de sua resistência, capacidade de pré-fabricação e facilidade de montagem. Os
engenheiros civis, a partir de então, puderam inovar no formato dos prédios, além de
agilizar sua construção. Houve ainda inovação no que se refere à construção de túneis, a
partir do primeiro construído sob o rio Tâmisa em Londres para a criação do sistema
metroviário londrino.[14]
A partir do século XX, a engenharia como um todo passou a se desenvolver e se
especializar sobretudo por conta dos avanços científicos e fundamentações teóricas do
comportamento dos materiais. A partir de então surgiram grandes estruturas antes
inimagináveis, como o Viaduto de Millau, na França, a mais alta ponte para veículos do
mundo, e o Burj Khalifa, o mais alto edifício do mundo, com mais de oitocentos metros de
altura. A Sociedade Americana de Engenheiros Civis compilou uma lista com as sete
maravilhas do mundo moderno, das quais destacam-se o Eurotúnel, sob o estreito de
Dover entre o Reino Unido e a França, o canal do Panamá, que liga o oceano
Pacífico ao Atlântico e a Usina Hidrelétrica de Itaipu entre o Brasil e o Paraguai.[15]

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