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Encontro 1

Aspectos
psicológicos,
sociais e culturais
da maternidade
Organização: Thaís Siqueira e NamiClinic
Facilitadora: Diná Santos
No encontro
de hoje...
Vamos dar início a nossa jornada pela
perinatalidade!

Aspectos históricos do amor materno na Europa e


no Brasil
Quais os impactos dessa construção nas
mulheres?
"Ser mãe" na história
Ser mãe sempre foi do mesmo jeito? Não! As
práticas e conceitos foram mudando ao longo do
tempo.
Que fatores podem ter influenciado essas noções?

Maternagem x
Maternidade
Idade Média
Desvalorização do papel materno.
Na família não predominava afeto, ternura >
submissão, casamento por contrato.
O sentimento de infância surge quando a família
começa a se transformar.

(MOURA e ARAÚJO, 2004)


Recém-nascidos
A grande maioria dos recém-nascidos eram cuidados por
amas de leite.
As amas cuidavam de muitos bebês ao mesmo tempo,
por isso a condição deles era pouco favorável.
A mortalidade infantil era muito alta, esse fato é explicado
por Ariés e Badinter de formas diferentes.

(MALDONADO, 2017)
Séc. XVII - Séc. XVIII
No século XVII se iniciaram as mudanças na constituição
da família que vão se concretizar no século XVIII
A infância passa a ser mais valorizada.
A autoridade paterna perde destaque para o amor
materno
Esse amor passa a ser exaltado no discurso filosófico.
O corpo da mulher passa a definir sua função social.

Ascensão da
burguesia + Discurso médico
(MOURA e ARAÚJO, 2004)
"Rainha do Lar"
No século XIX o papel da mulher está estabelecido e
limitado ao lar.
A mãe é quem alimenta, educa e forma o caráter dos
filhos.
Ela é valorizada, desde que não ultrapasse o limite da
família.

(MOURA e ARAÚJO, 2004; MALDONADO, 2017)


No Brasil
O processo de transformação da família é indiretamente
influenciado pelo que ocorreu na Europa.
Marcado também pelo processo de se tornar uma nação.
A chegada da família real ao Brasil no século XIX é o
pontapé inicial.
A culpabilização da mulher que não cumpre o que é
designado como seu papel está sempre presente.

(MOURA e ARAÚJO, 2004)


No Brasil
Idealização do papel materno: relação mãe-bebe é
decisiva.
Na década de 80 passa a se valorizar a participação do
pai.
As experiências de maternar e paternar começam a
aparecer como vivências singulares de cada casal.
Toda a atenção é voltada para o bebê.
Ampliação de possibilidades para as mulheres.

(MOURA e ARAÚJO, 2004)


Romantização da maternidade?
As dificuldades enfrentadas na gravidez e nos cuidados
com os filhos são invisibilizadas.
As expectativas e cobranças em torno da mulher são altas,
em contrapartida, poucos esforços são empenhados no
cuidado da saúde mental das mulheres no período
gravídio-puerperal.
A excessiva idealização da maternidade pode contribuir
para o desconforto e a culpabilizacão materna.
Pensa com a gente:

Como você vê uma Como a sociedade vê Como eu me vejo


mãe? a mãe? mãe?
E agora... Que
implicações tudo
isso pode ter nas
mulheres?
Referências
MALDONADO, Maria Tereza. Psicologia da gravidez:
Gestando pessoas para um mundo melhor. Editora Ideias
& Letras, 2017.

MOURA, Solange Maria Sobottka Rolim de; ARAÚJO, Maria de


Fátima. A maternidade na história e a história dos cuidados
maternos. Psicologia: ciência e profissão, v. 24, n. 1, p. 44-
55, 2004.

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