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Caso Clinico
Disciplina: Imunologia
Docente: Leida Calegário de Oliveira
12/07/2021
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Sumário
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................2
2. CASCAVEL.............................................................................................................................2
3. PEÇONHA.............................................................................................................................2
4. SINTOMAS............................................................................................................................4
5. TRATAMENTO......................................................................................................................4
6. DIAGNÓSTICO.......................................................................................................................4
7. SORO ANTI CROTALICO........................................................................................................7
8. DADOS ESTATATISTICOS.......................................................................................................8
9. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO...............................................................................................9
10. REFERÊNCIAS..................................................................................................................11
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1. INTRODUÇÃO
No Brasil, segundo dados coletados pela secretaria de saúde do Paraná, cerca de
“7,7% dos acidentes ofídicos são causados pela serpente do gênero Crotalus. Esse fato
pode ser ilustrado por meio do coeficiente de letalidade dos acidentes ofídicos (1,87%) e
pela frequência com que evoluem para insuficiência renal aguda.”
A ocorrência de picadas de cobra está principalmente relacionada às condições
climáticas e à atividade humana no campo. Mormente a faixa etária afetada varia entre
15 a 49 anos, sendo o sexo masculino o mais atingido, quanto ao local da picada, os pés
e as pernas são os locais mais propícios de serem lesados.
Os acidentes ofídicos, recorrentes nos países tropicais, representam um sério
problema de saúde pública, devido à letalidade e complicações dos casos relatados, no
Brasil, distribui-se principalmente nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul.
2. CASCAVEL
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Viperidae
3. PEÇONHA
Apeçonha desta espécie de cobra possui os seguintes componentes:
3.1 GIROXINA
3
3.3 CROTAMINA
Em a caraterização da crotamina e seu efeito sobre a contratilidade da
musculatura lisa do ducto deferente de rato, El-corab, Mariana D. M. K.(2015) a
crotamina é um peptídeo catiônico possui 42 aminoácidos e 4,88 kDa podendo ser
encontrado ou não no veneno, sendo classificados como crotamina positiva (quando a
crotamina é encontrado no veneno) e crotamina negativa (quando não é encontrado no
veneno). Possui grande área de carga positiva por causa dos seus aminoácidos básicos é
uma molécula compacta com a superfície liquida positiva e com grande interação com
cargas negativas por esse efeito age influenciada por potássio extracelular sobre canais
de sódio, controlando a permeabilidade de sódio pelo sarcolema, as primeiras células a
sofrerem essa ação são as musculares causando o efeito de paralisia muscular.
3.4 CONVULXINA
É encontrada no veneno de algumas espécies de cascavel, recebeu essa
denominação, pois acreditava-se ser a responsável pelas convulsões e distúrbios
respiratórios observadas em humanos vítimas de acidentes com estas serpentes.
Entretanto, Mello et al. (1989) demonstraram que a toxina não exibe atividade
convulsiva. Este componente do veneno de Crotalus é um potente ativador de plaquetas
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4. SINTOMAS
A reação física da picada normalmente é ausente e quando aparece é apenas um discreto
edema ao redor do ferimento. Os sintomas podem aparecer após alguns minutos, sendo
eles suor excessivo, mal-estar acompanhado de vomito, dor de cabeça, salivação ou
boca seca, sonolência ou agitação, fácies miastênia, esfíncter velo faríngeo, dor e
necrose muscular, hemorragia internas e lesões nos rins que liberam uma proteína,
mioglobina, prejudicial no sangue.
5. TRATAMENTO
Em o Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes com animais peçonhentos,
FUNASA (2013), o método de tratamento específico é a infusão intravenosa de soro
anticrotálico. A dose varia de acordo com a gravidade da doença. Refale-se que a dose
para crianças é igual à dos adultos. O tratamento geral inclui medidas simples, porém de
grande importância para o prognóstico. É recomendado lavar a região afetada com água
e sabão, analgesia e profilaxia do tétano, se necessário. Os pacientes devem ser bem
hidratados para prevenir a insuficiência renal. A alcalinização da urina e a diurese
osmótica estão indicadas nos casos que evoluam com mioglobinúria, no intuito de
diminuir a toxicidade renal. A alcalinização é realizada através da administração
parenteral de bicarbonato de sódio, monitorizada por controle gasométrico. A diurese
osmótica pode ser induzida com a administração endovenosa de manitol a 20%. Em
casos de oligúria, indica-se o uso de diuréticos de alça, como a furosemida. Nos casos
em que for constatado insuficiência renal aguda (IRA) deve se instalar um tratamento
dialítico precoce.
6. DIAGNÓSTICO
Segundo o artigo de aula prática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (p.10),
existem dois modos de se realizar os testes de ELISA. O modelo “ELISA indireto”:
onde um antígeno é aderido a placa de ELISA, um material sólido, para que seja
preparado. Logo em seguida, coloca-se sobre este, os soros em teste para buscar
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O teste de Elisa apresenta diversas aplicações dentro da imunologia, dentre elas, vale
pontuar:
1. Detecção de veneno
Testes ELISAs têm sido amplamente utilizados para detectar veneno no sangue,
urina e outros fluidos corporais de pacientes (recém-infectados). Como
principal método de diagnóstico permite a caracterização do sexo do animal
envolvido. Ademais, essa técnica também pode ser usada para quantificar e
determinar a dinâmica (relacionada ao movimento) do veneno circulante no
sangue do paciente, determinando à gravidade do envenenamento.
2. Detecção de 4
É disposto em ampolas com 10ml cada, sendo que cada ml do soro é capaz de
neutralizar cerca de 1,5 mg de veneno, estimasse que um frasco de soro então neutralize
no mínimo 15,0 mg de veneno.
Seu armazenado e transporte deve ser sempre a temperaturas entre 2ºC e 8°C.
em nenhuma hipótese deve ser colocado no congelador, e uma vez aberta a ampola,
deve ser usada imediatamente.
Tem prazo de validade de até 36 meses a partir de sua data de fabricação, que
pode variar se este não for mantido sob condições adequadas.
Praticamente não existem contraindicações ao uso do soro. Porem ao fazer uso são
necessários cuidados como:
● Não aplicar substâncias que não sejam prescritas pelo médico na área da picada.
● Não ingerir bebidas alcoólicas.
● Manter-se em repouso.
7.2 APLICAÇÃO
8. DADOS ESTATATISTICOS
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS, Universidade Estadual de Montes
Claros-Unimontes. Montes Claros-MG, Brasil, (2002-2006) constatou-se que a maioria
dos acidentes causados por serpentes peçonhentas ocorre em países em
desenvolvimento, sendo mais frequente em áreas rurais, onde os dados epidemiológicos
são poucos e subnotificados. De acordo com dados estatísticos provenientes do Serviço
Nacional de Informações Tóxico-farmacológicas, do Ministério da Saúde, os acidentes
causados por serpentes venenosas ocupam o segundo lugar nas taxas de intoxicação
humana, superados apenas pelas reações causadas por remédios.
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Tabela 1- Dados descritivos e demoográficos de 816 acidentes causados por tipo de serpente, notificados de janeiro de 2002 a dezembro de 2006
na macroregiao de saúde do norte de Minas Gerais
Unai 2 0 0 0 2
Pirapora 64 12 3 0 79
0.001
Janauba 126 16 0 0 142
Total 695 107 10 4 816
Sem informação 27 5 1 0 33
residencia
Urbana 80 20 4 1 105
0.001
Rural 608 87 4 2 701
Total 695 107 10 4 816
Fonte: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS, Universidade Estadual de Montes Claros-Unimontes. Montes Claros-MG, Brasil, (2002-2006)
Fonte: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS, Universidade Estadual de Montes Claros-Unimontes.
Montes Claros-MG, Brasil, (2002-2006)
9. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
A fitoterapia, uma das práticas terapêuticas mais antigas da humanidade, utiliza as
plantas e os vegetais para o tratamento e prevenção de diversas enfermidades. Diante
disso e com base nas pesquisas realizadas neste referente trabalho, conclui-se que a
fitoterapia tem sido largamente utilizada no tratamento dos efeitos decorrentes dos
acidentes ofídicos.
Com base nos estudos supracitados e por meio da semelhança existente entre os
casos clínicos das serpentes do gênero Lachesis e Crotalus, conseguiu-se mostrar que os
extratos do barbatimão também é bastante eficaz no combate aos efeitos do
envenenamento.
Portanto a proposta de intervenção deste trabalho consiste em analisar a
possibilidade de tratamento por meio do extrato de barbatimão em acidentes causados
por cascavel.
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10. REFERÊNCIAS
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS, Universidade Estadual de Montes
Claros - Unimontes. Montes Claros-MG, Brasil
Hospital Universitário Clemente Faria - Universidade Estadual de Montes Claros -
Unimontes. Montes Claros-MG, Brasil
CASCAVEL. Fundação Jardim Zoológico de Brasília, 2020. Disponível em:
<http://www.zoo.df.gov.br/cascavel/>. Acesso em: 10 de jul. de 2021.
CASCAVEL. Universidade Estadual de Londrina. Disponível em:
<http://www.uel.br/hu/portal/pages/cit/animais-peconhentos/cascavel.php>. Acesso em:
10 de jul. de 2021.
Youtube.com, 2020. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=n0YAn-
FvgTI>. Acesso em: 08 de jul. de 2021.
Instituto de Pesquisa Butantan, 2017. Disponível em <https://butantan.gov.br/soros-e-
vacinas/soros>. Acesso em: 08 de jul. de 2021.
Fundação Nacional Ezequiel Dias, 2018. Disponível em
<http://www.funed.mg.gov.br/soro-anticrotalico/>. Acesso em 08 de jul. 2021.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, p.10. Disponível em
<https://www.ufrgs.br/labvir/material/aulap10.pdf>. Acesso em 08 de jul. 2021.
Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos,
FUNASA, 2001. Disponível em
<https://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/Manual-de-Diagnostico-e-
Tratamento-de-Acidentes-por-Animais-Pe--onhentos.pdf>. Acesso em 08 de jul. 2021.
Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. Disponível em
<https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Acidentes-por-Serpentes>. Acesso em 08 de jul.
2021.