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Proteína
A proteína é provavelmente o macro-nutriente mais importante no propósito de manter a
massa muscular na dieta. A proteína é hidrolisada (quebrada em pedaços) em aminoácidos
durante a digestão. Estes aminoácidos são liberados na corrente sanguínea onde eles
provavelmente irão acabando indo para as células (normalmente células musculares). A
proteína também é muito importante por que a sua disponibilidade é a variável mais
importante para que a síntese proteica aconteça. Isso significa que a síntese da proteína
aumenta em forma linear (diretamente proporcional à concentração plasmática de
aminoácidos) até que a concentração plasmática seja o dobro da normal. Generalizando para
os menos interessados cientificamente, ingerir proteína o suficiente é muito importante para
alguém que quer aumentar a massa muscular, ou manter enquanto está fazendo dieta. A
proteína salva os músculos por ajudar a aumentar a síntese proteica (e portanto induzir o
ganho de massa muscular) e agindo como um substrato muscular, já que ele pode ser usado
na glicogênise (síntese da glicose). No entando, a proteína não poupa tanto os músculos
quanto carboidratos quando eles são usados como matéria prima para síntese da glicose. A
proteína também é uma molécula muito ‘cara’ para o corpo utilizá-la como energia.
O corpo iria armazenar os aminoácidos ao invés de oxidá-los já que a oxidação da proteína
produz menos ATP por aminoácido quando comparado a carboidratos. Portanto, pode-se
afirmar que proteínas tem um efeito termogênico para o corpo.
Carboidratos
Carboidratos provavelmente têm a pior reputalção dentre os macro-nutrientes devido às
enchentes de dietas cetônicas. Dietas cetônicas reduzem a quantidade de carboidratos
ingeridos para praticamente nada, enquanto aumentam a ingestão de gordura e proteína. Com
pouca glicose para o cérebro utilizar como energia, o corpo começará a produzir cetonas.
Cetonas são o sub-produto da oxidação das gorduras e o cérebro pode usar as cetonas como
energia. Isso tem um potente efeito na queima das calorias, já que os níveis de insulina serão
reduzidos drásticamente devido à baixa quantidade de carboidratos. Baixos níveis de insulina
estão ligados com altas taxas de oxidação de gordura. Na verdade, a dieta cetônica pode ser a
melhor forma de reduzir o máximo de gordura em um curto período de tempo. No entanto, se
você voltar para os nossos objetivos no período pré-competição, você verá que manter a
massa muscular é o item número 1, com a perda de gordura em segundo. Se alguém não
agendou propriamente o período para perder gordura e precisa de medidas drásticas, então a
dieta cetogênica talvez seja a única opção para ficar preparado para a competição.
Infelizmente, eles não conseguirão manter a mesma massa muscular.
Para aqueles que reservaram um amplo período para preparo, eu não sugiro a dieta cetônica.
Ao invés disso, eu recomendo reduzir os carboidratos, mantendo eles alto o suficiente para
possuir os benefícios de manter a massa muscular enquanto se perde gordura.
O índice glicogênico
O corpo guarda os carboidratos dentro das células como glicogênico. Para cada grama de
glicogênico guardado, o corpo guarda por volta de 2.7g de água. Portanto, células que têm
maiores níveis de glicogênico também terão mais volume. Agora você pode ver por que dietas
com pouco carboidrato reduzem o tamanho das células pela depleção (esgotamento) do
glicogênico. Concluindo, carboidratos ajudam a manter os músculos pelo aumento do volume
celular. Um outro problema a considerar é a performance. Se você verificar os objetivos da
dieta pré-competição, você vertá que o número 3 é manter a alta intensidade na academia.
Isto é importante por vários motivos. Se a performance começar a diminuir, então a pessoa irá
perder força, sem dúvida. Isso pode levar a levar a uma subsequente perda de massa muscular
devido ao decrécimo do estímulo já que a sobrecarda do treino diminui. Portanto, é
importante que a performance se mantenha em bons níveis. Baixos níveis de glicogênico
foram associados a um aumento na fadiga e decrécimo da performance em atletas
(resistência, força, potência, etc).
A pesquisa
Vários estudos nos mostram que consumindo adequadas quantidades de carboidratos antes,
durante e depois dos exercícios podem atenuar o cansaço e melhorar a performance.
É importante lembrar que um estudo concluiu que “a taxa de recuperação é ligado à taxa de
reabastecimento do glicogênico muscular e sugere que a suplementos de recuperação devem
ser consumidos para optimizar a síntese do glicogênico muscular bem como o
reabastecimento do mesmo”.
É possível então concluir que fornecer carboidratos é crucial para manter a performance e
para a recuperação muscular. Gorduras são consideradas moléculas essenciais para a
sobrevicência. De fato, as gorduras estão envolvudas em vários processor do corpo que são
necessários para a sobrevivência. Algumas funções são estocar energia e síntese hormonal.
Elas são a forma preferida do corpo humano para guardar energia e a molécula mais eficiente
para o corpo queimar (em termos de energia gerada por grama, 9kcals/gr). O principal
hormônio que a gordura causa impactos que nós estamos preocupados é a testosterona.
Quando as calorias são restritas, os níveis de testosterona caem, já que o corpo vai previnir a
liberação de hormônios anabólicos para poder salvar nutrientes para oxidação (produção de
energia).
Isso faz todo o sentido: o corpo percebe que está “com fome” e portanto reprime o hormônio
mais anabólico para poupar os nutrientes de serem usados para aumentar massa muscular e
usá-los para produção de energia.
Consumo de proteínas
O “padrão de ouro” para um bodybuilder é em torno de 2.2g/Kg de peso corporal. Isto terá
que aumentar durante a dieta. Proteína é um macronutriente termogênico chave para poupar
o tecido muscular quando estiver em défcit calórico (veja a seção anteir sobre proteínas).
Eu recomendo a seguinte tabela para os diferentes tipos físicos:
Para o nosso teste, isso leva a um consumo de proteína por volta de 240-260g de proteína por
dia. Vamos “pegar o meio termo” e definir como 250g de proteína por dia. Isso significa que
1000Kcal foram doadas para o consumo de proteínas, deixando 1400kcals para gordura e
carboidratos.
Consumo de gorduras
Consumo de gorduras conforme a seguir:
Mesomorfo – 17% a 23% do total de calorias.
Ectomorfo – 24% a 28% do total de calorias.
Endomorfo – 23% a 28% do total de calorias (consumo de gordura é aumentado para reduzir
os carboidratos, já que endomorfos tem dificuldade de perder peso com quantidades mais
altas de carboidratos). Para o nosso teste, isso significa 400 a 550kcal provenientes de
gorduras por dia (45 a 60g por dia). Novamente, eu prefiro “pegar o meio termo” e colocar 55g
de gordura por dia (494kcal por dia vindo da gordura).
Consumo de carboidratos
O total de calorias que não foram reservadas para proteínas e gordura serão o consumo de
carboidratos. Para o nosso teste, isto deixa 2400 (1000 + 485) = 905kcals por dia para o
consumo de carboidratos. Isso quer dizer 225g por dia.
Eu recomendo maiores quantidades de proteína para endomorfo durante a dieta por causa do
efeito termogênico, não por que eles precisam de mais proteína para manter a massa
muscular.
Re-alimentação
A pessoa deve incorporar re-alimentação aos planos de dieta. Re-alimentação ajuda a
impulsionar o hormônio chamado leptina, que é a mãe de todos para queima de gordura.
Quase se está em dieta, a leptina cai numa tentativa de poupar a gordura corporal.
Periodicamente, a re-alimentação pode aumentar os níveis de leptina e ajudar a continuar a
queima de gordura a níveis altos. Uma pessoa que é magra deve se re-alimentar mais
frequentemente do que alguém que tem um percentual de gordura mais elevado. Para
aqueles que tem menos de 10%, é uma boa ideia fazer isso duas vezes por semana.
Para aqueles que estão entre 10-15%, re-alimentação a cada 6-12 dias provavelmente será
adequado. Para aqueles acima de 15%, realimentação não será necessário mais do que uma
vez por semana ou a cada duas semanas. Obviamente conforme a pessoa perder gordura a re-
alimentação terá de ser mais frequente.
Dias de re-alimentação devem ser planejados conforme:
Nos dias que você trabalha as suas piores pares do corpo, já que isso não só aumentará a
leptina, mas será bastante anabólico.
Mantenha gordura o mais baixo possível já que altos níveis de insulina aumentarão a gordura
da alimentação diretamente para tecidos adiposos. Além do mais, gordura da dieta não tem
impactos nos níveis de leptina.
Reduza o consumo de proteína para 2.2g/Kg.
Consumo o mínimo possível de frutose já que eles não tem impacto nos níveis de leptina.
Aumente as calorias para os níveis de manutenção (ou acima se você é ectomorfo) e aumente
carboidratos pelo menos 50-100% (endomorfos devem ficar na ponta de baixo, enquanto
ectomorfo devem pegar a ponta de cima) acima da dieta normal.
Tempo Nutricional
Como discutido anteriormente, carboidratos levam á liberação de insulina, que ajuda a poupar
músculos, mas também é muito anti-lipolítico. Portanto, é importante construir uma dieta que
intercale longos períodos de insulina baixa para maximizar a lipólise, acoplado com curtos
períodos de altos níveis de insulina para proteger os músculos quando há um grande risco de
catabolismo. Há dois momentos no dia quando os músculos encontram-se em risco de
catabolismo. O momento mais crucial é durante o treino. Como você já deve saber, treinar é
na verdade catabólico.
Quando a pessoa está com défcit calórico, o efeito catabólico é aumentado, já que o corpo irá
tentar aumentar os baixos níveis de glicose pela quebra de aminoácidos e convertê-los em
glicose.
Cortisol
Um dos hormônios que controlam essa ação é o cortisol. Infelizmente ele é muito catabólico já
que alguns desses aminoácidos vem de tecido muscular (veja a sessão de carboidratos). É
crucial que a pessoa consuma carboidratos antes de se exercitar, por várias razões.
Carboidratos da dieta será o combustível anaeróbico, e pouparão o tecido muscular de ser
convertido em glicose.
Carboidratos da dieta também irão causar a liberação de insulina, que irá bloquear a liberação
de cortisol pelo pancreas.
Carboidratos da dieta também aumentarão os níveis de glicogênco muscular, o que irá
melhorar a performance e diminuir o cansaço.
Eu sugiro que a pessoa consuma 35% do total diário de carboidratos em uma refeição 1.5 a 2
horas antes do treino, uma vez que isso irá dar tempo suficiente para que eles sejam digeridos
e entrem na corrente sanguínea. Eu também sugiro consumir um shake composto de 30 a 40g
de whey protein com dextrose ou maltodextrin durante o treino.
Os carboidratos no shake devem contar por 20% do total diário de carboidratos do dia.
Este shake terá vários benefícios:
Salvar o glicogênio muscular e melhorar a performance.
Poupar o tecido muscular.
Manter uma constante liberação de insulina, portante previnir a liberação do cortisol.
A ingestão contínua de carboidratos garantirá a matéria prima para a via glicolítica.
Também é uma ideia inteligente consumir um pós-treino composto de uma comida completa,
carboidratos de baixo Indice Glicêmico (apesar de que você prefira um outro shake de proteína
se sentir necessidade) após 30 minutos de terminar o shake durante o treino.
Este carboidrato de baixo IG deve conter 25% do total diário de carboidratos e irá ajudar
estabilizar os níveis de açucar no sangue. Note que dextrose causa uma grande quantidade de
insulina ser liberada, e se isso acontecer, o açúcar no sangue cairá rapidamente, e a pessoa
poderá ter hipoglicemia (baixo açucar no sangue). Baixos níveis de açúcar no sangue podem
fazer com que a pessoa sinta fome. Um carboidrato de IG baixo e proteína no pós-treino
ajudarão a estabilizar os níveis de açúcar. O outro momento onde a pessoa deve consumir
carboidratos é logo após acordar. Acordar é na verdade um período estressante para o corpo e
numa tentativa de “estar pronto” o corpo liberará vários hormônios catabólicos para produzir
energia para a pessoa em jejum. Os dois principais hormônios são cortisol e glicogênio, ambos
podem ser catabólicos para o tecido muscular.
Consumir uma refeição com carboidratos irá retardar a liberação desses hormônios e poupar o
tecido muscular. Também farão com que você se sintar melhor por fornecer combustível para
o seu cérebro funcionar.
Há algumas evidências que sugerem que uma refeição contendo carboidratos também ajudem
a suprimir a fome durante o dia. Eu sugiro consumir 15% do total de carboidratos como forma
de carboidratos de baixo IG. Os outros 5% dos carboidratos devem ser de vegetais através do
dia, como salada, brócolis, ervilhas, etc. Se você se exercitar após o café da manhã, apenas
combine o café da manhã com o pré-treino. Portanto, 35% + 15% = 50% do total de
carboidratos devem estar nessa refeição. Durante esses períodos de grande quantidade de
carboidratos, a pessoa deve tentar manter a gordura o mais baixo possível. Altos níveis de
insulina aumentam o transporte de gordura para o tecido adiposo, então é uma boa ideia
manter a gordura em baixos níveis quando a insulina estiver alta.
Você deve dividir o restante da gordura nas outras refeições onde o carboidrato será reduzido.
A proteína deve estar presente em todas as refeições.