Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INDUSTRIAIS
(Atualizado em 08/16)
Para entender mais sobre assuntos relacionados a caldeirões, é preciso saber como ele
funciona. Existem vários modelos de caldeirões, mas com vaso de pressão somente três.
Os modelos acima podem ser “Americanos” com tampas comuns com pressão somente
na camisa geradora de vapor, ou “Autoclavado” com travamento da tampa com pressão
também na panela de cocção.
O que a maioria não sabe, é que alguns produtos podem enxugar durante o cozimento,
aumentando a temperatura bruscamente e como consequência a pressão. Esta pressão
pode sair do limite dos 0,5 kgf/cm² (pressão de trabalho) e chegar facilmente a 0,650
kgf/cm² por alguns minutos, é o que chamamos de pressão de “Pico”, retornando para
faixa verde de trabalho.
0,5 kgf/cm²: Esta é a pressão máxima da escala verde de trabalho, mas não é o
seu Set Point definido, pode ser qualquer valor desde que > 0,3 e < 0,5 kgf/cm.
0,6 Kgf/cm²: A escala amarela vai de 0,5 a 0,7 kgf/cm², se manômetro entrar
nesta escala não há problema desde que não permaneça nela por mais de 3
minutos, retornando para a escala verde. A pressão de pico pode variar de acordo
com o produto, arroz é o pior caso e a maioria dos produtos não gera este pico.
Nesta escala o operador deve redobrar a atenção.
0,7 Kgf/cm²: É o PMTA, a pressão de pico é obrigada a ficar abaixo deste valor,
acima deste valor a escala é vermelha e não se deve permitir que o caldeirão
opere nesta escala.
Ao ser desligado, assim que perde a pressão inicia-se um vácuo que pode chagar
a 300 mmHg este vácuo é aliviado pela função quebra vácuo da válvula.
Estas informações são importantes para entender que se trata de um equipamento com
funcionamento bem específico, e que não é uma caldeira e nem vaso de pressão.
Como não há ainda uma norma especifica para caldeirões no geral, as normas de
segurança como NR12 e NR13 são aplicáveis.
Resumindo, somente caldeirões elétricos até 200 litros devem ser certificados pela
portaria 371 de segurança elétrica INMETRO, acima são industriais, e precisara de uma
avaliação da aplicação conforme menciona a própria portaria 371.
A NR13 é para caldeiras e vaso de pressão, como o caldeirão não é nenhum dos dois é
preciso que seja um similar entre caldeira e vaso de pressão para aplicação da norma, e
neste caso, o vaso de pressão é o que mais se aproxima do caldeirão por similaridade, e
deve-se aplicar o P x V.
Pressão em
Tipo de pressão Sigla Nota
kgf/cm²
Pressão de trabalho PT 0,075 75 Gramas
Pressão máxima de
PMTA 0,130 130 Gramas
trabalho admissível
Neste caso é aplicado os critérios do
Pressão de teste
TH 0,5 fabricante, superior a ASME Aço inox
hidrostático de fábrica
AISI 304
Conforme memorial de cálculo do PMTA
Pressão de projeto PP 0,8
Aço inox 304
Temperatura máxima do vapor na válvula
Temperatura do projeto TP 107 C°
é de 107 C°
Por ser uma panela de pressão industrial onde o comportamento da pressão máxima
(pressão de pico) está relacionado ao tipo de produtos, à margem de segurança entre PT
para PP segue os critérios de segurança dos fabricantes baseados em testes de
laboratório.
(Litros) (m³)
50 0,050
100 0,100
200 0,200
300 0,300
500 0,500
Se um caldeirão não foi adquirido como “Especial”, este devera ter chapas iguais à
tabela 3. Existem fabricantes que usam chapas mais finas que as indicadas na tabela, por
isso é preciso ter cuidado na compra de caldeirões de qualquer fabricante.
Por garantia, não use válvulas com pressão de trabalho > 0,5 kgf/cm², da mesma forma
é errado manômetros com escala superior a 1 kgf/cm². Esta é uma margem de segurança
quando não se tem informações completas sobre o vaso de pressão dos caldeirões.
Abertura total
Início de abertura
(Set Point) (*)
Descrição
Grama
Grama
A abertura das válvulas Cozifrio são gradativas, quanto maior pressão, maior a abertura
com maior vazão.
Nota: A pressão de trabalho dos caldeirões compreende-se o final da escala verde (0,5
kgf/cm²). O inicio de abertura das válvulas será igual para todos os produtos, mas a
abertura total (Set Point) será diferente para produtos que perde líquidos. Mas desde que
dentro dos limites de segurança, escala verde ao amarela é considerado normal.
Válvulas de alavancas com calibração lacrada só pode ser usada em caldeirões como
válvula de segurança desde que haja uma válvula de alivio própria para caldeirões
funcionando paralelamente na pressão padrão. A válvula de alavanca para segurança
deve ser ajustada para abrir com 0,7 kgf/cm² com pressão de fechamento superior a 0,5
kgf/cm².
O cálculo para saber qual volume em m³ deverá ter um caldeirão no vaso de pressão
para se enquadrar tecnicamente nos requisitos de abrangência da NR 13 pode ser
resumido para todos os modelos conforme abaixo.
Com a pressão de trabalho convertida em kPa temos 49, usamos o fator universal 8
dividido pela pressão de trabalho (8/49) igual a 0,163 m³. Desta forma todos os
caldeirões com volume geométrico da camisa geradora de vapor superior à 163 litros, se
enquadra nos requisitos de abrangência da NR 13.
Para Caldeirões autogeradores de vapor tipo autoclaves valem as mesmas regras, pode
ser usado o mesmo cálculo acima, levando em consideração a pressão de trabalho
padrão de mercado que é 0,075 kgf/cm² e o volume geométrico corespondente ao
modelo (P x V)
O cálculo do P x V para determinar o valor real referente ao produto P x V “8” pode ser
feito conforme abaixo. Para exemplo usamos um caldeirão de 200 litros com um vaso
geométrico de 0,046m³ na camisa geradora de vapor.
O mesmo calculo acima pode ser usado para cadeirões com volumes geométricos
diferentes, também pode ser usado para determinar o produto do vaso de pressão das
panelas de cocção dos modelos autoclaves.
RESUMO:
NOTA: É comum achar que a pressão da panela de cocção das modelos autoclaves é a
mesma do vaso de pressão (0,5 kgf/cm²), ou que a pressão varia entre 1 e 3,5 kgf/cm²
(Uma clássica comparação as autoclaves esterilizadoras). O que não é verdade!
Com exceção dos caldeirões autogeradores de vapor elétrico de 50 a 200 litros que
devem ser certificados pelo INMETRO (Portaria 371), outros modelos devem atender a
NR12, e esta repete a maioria dos requisitos de segurança da própria NR13 etc.
Em caldeirões padrão de mercado esse teste não se aplica, principalmente se for nas
dependências do cliente, em modelos automatizados também não pois podem danificar
os sensores. O teste hidrostático é obrigatório na fabricação do caldeirão independente
de se enquadrar ou não na NR13 e deve ser executado conforme a norma que foi
adotada em seu projeto. O teste hidrostático posterior à fabricação só é aplicado caso
haja vazamentos e reparos nos vasos de pressão.
Para caldeirões padrão de mercado com pressão de trabalho de 0,5 kgf/cm² com PMTA
de 0,7 kgf/cm², se aplica um teste hidrostático de 0,9 kgf/cm² por 60 minutos usando
água pressurizada. O fabricante usa água na temperatura mínima de 40 C° para quebra
da película da agua para revelação de micros furos na panela de cocção.
Algumas empresas usam de má fé iludindo clientes que este teste deve ser feito uma vez
por ano, Testes errados por empresas sem o devido conhecimento podem danificar mais
o caldeirão do que ser util. Veja abaixo placa de um caldeirão com “dados errados”,
feita por uma empresa de engenharia para um caldeirão padrão de mercado que se
enquadra na tabela 2, no caso abaixo uma panela de 200 litros.
Veja abaixo os estragos que este teste hidrostático causou na panela de cocção,
danificando com ondulações e marcações das cintas de amarração do fundo da panela
de cocção.
O teste hidrostático sem que haja reparos ou intervenção nos vasos de pressão só deve
ser executado no fim da vida útil do caldeirão, caso seu responsável decida manter o
caldeirão em operação a seu critério.
A vida útil de um caldeirão é determinada pelo fundo da panela de cocção, está vida é
de 10 anos da data de fabricação. O cloro presente na agua do vaso de pressão gera íons
de cloro, com a fervura da água estes íons agridem o aço inox causando micro furos.
Com o passar dos anos estes furos se expandem formando micro canais e
posteriormente trincos em formato pé de galinha como é conhecido.
Fundo da panela de cocção acima desta idade tem sua resistência comprometida. Para
caldeirões com a vida útil acima de 10 anos é um tiro no escuro dizer que está em
condições segura mesmo em bom estado de conservação, pois não é possível avaliar seu
estado interior sem que seja desmontado.
Para manter o caldeirão com mais de 10 anos em funcionamento, novo prazo pode ser
determinado por um profissional Habilitado se a panela de cocção e seu sistema interno
forem analisados visualmente. Deve ser avaliação se existe degradação do aço e só pode
ser liberado para funcionar mediante laudo (ART) emitido pelo seu responsável técnico.
A ART só é aplicada em caldeirões neste caso, ou se exigida como prudência pelos seus
responsáveis.
Documentação:
Manual de manutenção das válvulas (Este manual deve fazer parte do Databook)
Nota: Deve ser solicitada ao fabricante a entrega de todos esses documentos com o
caldeirão novo. Demais requisitos da NR13 não são aplicáveis para caldeirões com o P
x V < 8, inclusive laudo de instalação ou ART. Porém os documentos obrigatórios como
Databook devem ser assinados por um engenheiro responsável, exceto os certificados de
calibração.
Para caldeirões novos exija o certificado do aço da panela de cocção e da tampa, para
provar para efeitos legais que o aço é próprio para contato com alimentos (Inox AISI
304). As partes metálicas que entram em contato com o alimento devem atender a
regulamentação RDC 20/2007 da ANVISA, ou sua respectiva sucessora.
Não confunda a válvula de alivio com válvula de segurança, exija as duas mais o
Datasheet (para que não possa ser enganado), apesar das válvulas serem iguais por fora,
por dentro é completamente diferente.
COMO DEVE SER O MANÔMETRO PARA CALDEIRÕES?
É muito importante que os caldeirões sejam equipados com manômetros com a escala
máxima 100% da pressão de trabalho, isso para maior precisão nas leituras da pressão.
Exija manômetros exclusivos para caldeirões.
Válvulas de alívio.
Válvulas de segurança.
Sim, é obrigatório e deve ser feito anualmente, as válvulas e manômetros devem ser
calibradas, os certificados podem ser RBC ou rastreáveis contra padrões da RBC (Rede
Brasileira de Calibração – INMETRO).
Ter um certificado de calibração das válvulas ou dos manômetros não significa que os
mesmos estejam calibrados! Para ter um certificado válido é preciso ter regras ou
critérios para aceitação do certificado.
A vida útil das válvulas e manômetros são de 3 anos da data de fabricação em caldeirões
novos, ou 3 anos da nota fiscal de compra para válvulas cromadas e manômetros em aço
carbono em caldeirões usados. Válvulas e manômetros em aço inox o prazo é de 5 anos,
mas com as mesmas regras.
Esta matéria tem por finalidade conscientizar os responsáveis por caldeirões a manter
seus equipamentos em dia com a manutenção preventiva para evitar os acidentes aqui
mencionados. Qualquer outra interpretação desta matéria e mera coincidência e não o
nosso objetivo.
Acidentes com caldeirões industriais por falta de manutenção geral representam 80%,
15% são erros no manuseio e outros 5% relacionados a projetos mal dimensionados,
inclusive na metodologia do calculo do PMTA e na aplicação das válvulas.
Um dos maiores erros é a adoção de única válvula de alivio como única válvula de
segurança como na foto abaixo! Se esta válvula de alivio travar não existe a válvula de
segurança como segunda opção!
Na foto acima não há erro no uso da válvula de alivio, errado é a falta da segunda
válvula de segurança que deveria estar paralela como na foto abaixo.
Agora veja abaixo o descaso com a manutenção das válvulas, infelizmente isso é o que
mais acontece!
Nas fotos acima, descaso com a manutenção das válvulas, infelizmente todos os
caldeirões que estavam equipados com elas estufaram! Todas são válvulas de alivio e
não possuem as válvulas de segurança.
Veja as fotos abaixo o que acontece quando se ignora a manutenção das válvulas.
Nenhum estufamento acontece por acaso, antes há vários indícios e um deles é a anta
pressão nos manômetros que nos casos acima foram completamente ignorados.
CALDEIRÕES AUTOCLAVES
No caso dos caldeirões autoclaves o entupimento das válvulas é causado pelo acumulo
de gordura ou pelo contato direto com os alimentos que em excesso encostam à válvula
causando seu entupimento.
Na foto abaixo um caldeirão com a válvula travada causou este acidente, tudo porque a
válvula estava sendo usada acima do seu tempo de vida útil e travada.
Cozinha destruída por caldeirão com válvula travada
SOLUÇÕES COZIFRIO
Veja neste site as paginas “Válvulas de alivio e segurança para caldeirões” e “Caldeirões
Industriais” automatizados que evitam erros de operação humana com recursos de
segurança que não se encontram em nenhum outro do mercado, por ser exclusividade
Cozifrio.
A Cozifrio fornece a linha completa de válvulas para caldeirões ou o caldeirão para sua
necessidade. Faça o enquadramento dos seus caldeirões às normas de segurança com a
Cozifrio, entre em contado com quem mais entende de caldeirões pelo e-mail abaixo e
esclareça suas dúvidas.
Dúvidas, críticas ou sugestões sobre esta matéria, entre em contato com o e-mail abaixo:
suporte_tecnico@cozifrio.com.br
Links Interessantes
Produtos
Caldeirões Industriais
Dicas
Mapa do site
A Empresa
Produtos
Serviços
Canal de Dicas
Contato