Com a ascensão da Quarta Revolução Industrial houve a democratização ao acesso de
novos meios de comunicação, que moldaram a forma de julgar e odiar as pessoas. É muito comum na sociedade contemporânea, atitudes que disseminam o sentido de ódio, e que acontecem nos círculos sociais e principalmente na internet. A necessidade de reconhecimento e o egoísmo exacerbado contribuem para a propagação desse sentimento de aversão e causa certo regresso social. A priori, para o filósofo Jean-Jacques Rousseau “O homem nasce bom mas a sociedade o corrompe”, o qual reforça a ideia de que costumes e sua maioria racistas, homofóbicos, sexistas e xenofóbicos acabam formando de geração em geração, indivíduos que em algum momento podem praticar algum ato ou fala ofensiva, seja na internet ou não,por acharem conveniente. Portanto a replicação de atitudes e comentários feitos nas redes sociais, é apenas um reflexo da arrogância vivida no offline. O fato de diminuir uma opinião em forma de ofensa não é culpa por completo da liberdade e acessibilidade das redes sociais e sim um problema estruturado no indivíduo. A posteriori, a busca por um padrão de comportamento extremamente volátil, é consequência do sentido de competição gerado por modelos ideais impostos na sociedade, seja em opiniões, bem materiais, atitudes ou costumes. Contudo a polarização de produtos e atitudes, estimulada por “virtudes” sociais, aumentaram a busca por maior hierarquização social, destilando o ódio nas pessoas que se consideram “fracassadas” e não reconhecidas no sistema. O que acaba gerando lucro para grandes empresas midiáticas, pela forte capacidade de viralização, e um grande consumo de conteúdos que envolvem o ódio. Assim, há uma grande preferência e estímulo para ditar o que mais odeia e se encaixar no padrão, do que debater e contrariar essas atitudes supérfluas que causam uma fragmentação social. Nessa perspectiva, todo esse sentimento de ódio, é uma falsa ideia de opinião, que as pessoas insistem a todo tempo em falar ou escrever nas redes. E assim, culpando a tecnologia por abrir portas a atitudes que já são notáveis em diversos âmbitos sociais, tudo em busca do desejado reconhecimento e notoriedade.