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Toda a contextualização dos direitos humanos feita até agora tem como
principal objetivo deixar claro que, em tese, todos os indivíduos devem ter o
mínimo para sua existência. Porém, não é bem assim que se observa na prática.
O isolamento social nas periferias é uma realidade utópica, uma vez que, 7 em
cada 10 famílias tiveram a renda reduzida por conta do vírus e 63% dessas
famílias afirmam que serão prejudicadas e terão dificuldades de se alimentar
caso fiquem isoladas, como informam os dados de abril de 2020 do site Público.
A necessidade de garantia dos direitos fundamentais em regiões
periféricas
No Artigo 5° da constituição brasileira- criado em 1988- se encontra os fatores, pelos
quais se tratam dos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos, assegurando
igualdade perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Tal lei mostra-se distante da
realidade contemporânea em se tratando às regiões periféricas. Além desse panorama
lamentável se obter maior percepção nos dias atuais, no tocante a pandemia.
Nessa linha de raciocínio, é primordial destacar que no Brasil, de acordo com a Agência
Brasil3, cerca de 13,6 milhões de brasileiros vivem em favelas ou em situações
análogas. A de se ter em mente que o Estado foi criado como pacto social para
assegurar os direitos fundamentais dos indivíduos. Saneamento básico, educação,
segurança, propriedade, saúde e igualdade são alguns dos Direitos fundamentais
previstos na Constituição, entretanto, a realidade que se observa durante a pandemia,
deixa evidente que o Estado não compactua com esse tratado.
Ademais, as comunidades são locais de difícil acesso, onde milhares de pessoas vivem
aglomeradas por descaso do Estado, em se tratando de atenção e investimento. O
isolamento social nas periferias é uma realidade utópica, uma vez que, de acordo com as
pesquisas, 7 em cada 10 famílias tiveram a renda reduzida devidamente por conta do
vírus e 63% dessas famílias afirmam que serão prejudicadas e terão dificuldades de se
alimentar caso fiquem em estado de isolamento. Além do mais, no conjunto de favelas
da Maré, no Rio de Janeiro, moradores se organizam por conta própria, e contribuem
com a produção de mascaras e distribuição de álcool. Onde a desigualdade é visível, em
plena pandemia a comunidade se reúne para fazer o que é dever do Estado.
Em síntese, toda a contextualização dos direitos humanos feita até agora tem como
principal objetivo deixar claro que, todos os indivíduos devem ter o mínimo para sua
existência. Porém, não é bem assim que se observa na prática. Os efeitos desta crise de
saúde, todavia, estão longe de findar. Uma forma de contribuir melhor para situação é
por meio das manifestações de incentivo a formação de politicas publicas, e substituição
de atuantes governantes.