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APÍTU

C
L

O
Termômetros: grandezas

e equações de conversão
2

ou: Estar em um ambi nte onde a te per t ura esteja

a 0 graus pode ser ag adá el?

S7
YR

No Suplemento, você encontra orientações

1 Introdução para o trabalho com a questão introdutória.


L
OTOHP

Em um dia de inverno, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou a tempera-

A temperatura de
BGA/SAIBUS

70 graus, se medida tura de 1,2 °C em Campos Novos (SC). No mesmo dia, na região serrana do Rio Grande

na escala Fahrenheit,

do Sul, a temperatura chegou perto de 0 °C. O corpo humano saudável mantém-

corresponde a, aproxi-

se a uma temperatura média de 7 °C. O congelador de uma geladeira


REIV

madamente, 21 ºC,

que é uma tempe


AX

deve funcionar aproximadamente à temperatura de 10 °C para con-

r n

servar alimentos.
vel

A temperatura dos corpos está associada à agitação das par

.8991
tículas que os constituem. Como não é possível medir direta

ed
orierevef
mente o nível dessa agitação, essa medida é feita de forma

n reta. Para sso, ut zam se termômetros. O pr ncí o

ed
91
de funcionamento desses aparelhos baseia se na r

ed
ção de proporcionalidade entre a agitação térmica e

016.9
uma grandeza física que varia com a temperatura.

ieL
e
Por sso, ao co ocar qua uer t o e termôme

laneP
tro em contato com um corpo, é necessário

ogidóC od
aguardar um certo intervalo de tempo até

que ocorra o estado de equilíbrio térmico

481
entre o termômetro e o corpo.

.trA
.adibiorp
oãçudorpeR

 Atualmente, a

tecnologia permite informar a

temperatura de um sistema não

só pela dilatação de uma coluna

de determinado líquido. Neste

termômetro, instalado em uma

rua de Barcelona, na Espanha, a

temperatura é registrada em um

painel eletrônico no qual a altura

das “lâmpadas” acesas indica a

temperatura.

28
KCOTSNIT
 Grandezas termométricas

AL/
RARBIL OTOHP
A grandeza física mais utilizada para medir tempera-

turas é o comprimento de uma coluna líquida. Ao entrar

em contato com um corpo, o líquido pode se dilatar ou se

ECNEICS/LLIHETIHW LUA
contrair. Consequentemente, o comprimento da coluna

vai aumentar ou diminuir. A essa variação é associado um

número que indica a temperatura em uma escala. O com-

um material, a voltagem em um fio, o volume de um gás ou

P
a cor de um objeto também s o grandezas cuja variaç o

pode estar associada a uma mudança no estado térmico do

corpo. Essas alteraç es podem ser representadas e quanti -  A temperatura de uma pessoa pode ser obtida

por meio de um termômetro de cristal líquido. A grandeza


ficadas em uma escala de temperaturas.

termométrica utilizada nesse tipo de aparelho é a cor, que

As grandezas físicas que variam proporcionalmente com


se altera em função da variação da temperatura.

a temperatura são chamadas grandezas termométricas

3 Calibração ou graduação
.8991

de um termômetro
ed
orierevef

ara que um termômetro registre medidas de temperatura em determinada es-

cala, ele deve estar calibrado ou graduado. A calibração de um termômetro consiste


ed

em a -
91

S8
ed

tos e dividir a diferença entre esses valores em intervalos menores e iguais. Feita a
016.9

No Suplemento, há uma proposta

raduação, estabelece -se uma escala termométrica.


de atividade experimental simples
ieL

para introduzir o estudo das esca-


e

O gelo em fusão e a ebulição da água são sistemas de fácil reprodução; por isso,
laneP

las termométricas.

geralmente são adotados como os estados térmicos de referência, cujas tempera -


ogidóC od

turas ao nível do mar caracterizam os denominados pontos fixos

Assim, por exemplo, para calibrar ou graduar um termômetro em que a grandeza


481

termométrica é a altura da coluna de um líquido (geralmente mercúrio ou álcool),


.trA

coloca -se o instrumento em contato com gelo em fusão e mede-se a altura atingida
.adibiorp

pelo líquido. Associa -se, então, um valor numérico a essa altura. O procedimento é o
oãçudorpeR

mesmo para a água em ebulição. Definidos esses dois valores, divide -se o intervalo

entre eles em um número de partes menores e iguais. Na maioria das escalas, cada

uma dessas partes é chamada de grau.


AIDEMOID/SREHCRAESEROTOHP
LISARB
ENOTSYEK/OTOHP CIPOT

 Primeiro ponto fixo:  Segundo ponto fixo:

temperatura do elo em fusão ao temperatura da água em ebulição ao

nível do mar. nível do mar.

29
4 Escalas termométricas Celsius e

Fahrenheit: equação de conversão

Ao longo do desenvolvimento dos estudos em Termologia, muitas escalas

Termologia. Parte da Física

termométricas foram construídas, or ue era fácil estabelecer valores arbitrários


que estuda os fenômenos tér

para a graduação dos termômetros. No início do século XVIII, havia cerca de 0 es- micos sob os pontos de vista

macroscópico e microscópico.

calas em uso.

A Termologia engloba os estudos

Atualmente, a maioria dos países adota a escala Celsius, uma escala centígra- de termometria (temperatura e

escalas termométricas), calori-


da, ou seja, em que a diferença entre os valores de referência, os pontos fixos, é

metria (variação de temperatura

dividida em 100 partes iguais. O zero da escala Celsius corresponde à temperatura


e mudanças de estado) e dilato-

de fusão do gelo, enquanto a centésima parte da escala, isto é, 100 °C, corresponde metria (dilatação dos corpos).

à temperatura de ebulição da água. Ambas as temperaturas são medidas em condi-

ções normais de temperatura e pressão.

Em 1714, o físico alemão Daniel Fahrenheit (1686-176) construiu o primeiro

termômetro de mercúrio que funcionou de modo satisfatório. Esse termômetro me

dia temperaturas em uma escala não centígrada, denominada escala Fahrenheit. Na

construção dessa escala, utilizou-se o valor 2 °F para a temperatura de usão do

gelo e 212 °F para a temperatura de ebulição da água. Essa escala é bastante uti-

lizada em países de língua inglesa. O intervalo entre os dois pontos fixos na escala

.8991
KCOTSRETTUHS/EYE
Fahrenheit é dividido em 180 partes, ou seja, um intervalo de 100 °C corresponde a

ed
orierevef
180 °F. Assim, uma variação de 1 °C corresponde à variação de 1,8 °F.

Para estabelecer a relação entre as escalas Celsius e Fahrenheit, verifica-

ed
91
mos a correspondência entre as medidas de suas temperaturas nos pontos fi

ed
SNOELEMAHC
xos e entre as medidas das temperaturas de um determinado sistema, no qual

016.9
os termômetros graduados nessas escalas são simultaneamente colocados em

ieL
e
contato (fig. 5).

laneP
ogidóC od
° °F

100 T

481
ebulição da água

.trA
.adibiorp
OIBUR

oãçudorpeR
ZIUL

t t Temperatura de um
C

sistema qualquer

0 32 Temperatura de

 Há termômetros

fusão de gelo

graduados com as escalas Celsius

Representação esquemática da temperatura de e Fahrenheit, lado a lado, em um

um sistema obtida simultaneamente por dois termômetros mesmo bulbo de vidro contendo

graduados nas escalas Celsius e Fahrenheit. álcool com corante.

A relação entre as escalas Celsius e Fahrenheit, expressa por uma equação

matemática, pode ser obtida por meio da relação de proporcionalidade entre os

segmentos determinados pelas alturas da coluna do líquido nas duas escalas. Ob-

servando a representação dessas escalas na figura 5, podemos escrever a seguinte

proporção:

t 0 t 2
C F

1 212 2

S9

Desenvolvendo um pouco essa expressão, obtemos esta relação matemática


No Suplemento indicamos o

entre as duas escalas termométricas, Celsius e Fahrenheit: acesso a um art go so re o -

senvolvimento histórico da escala

Fahrenheit.

t t 2 t t 32
C F C F

 V 

1 1 5 9

30
Sempre foi assim?
Para saber mais

Do termoscópio de Galileu ao sensor elétrico:

instrumentos que indicam ou medem temperatura

O
SEGA

KCOTSNIT
TOHP
BGA/SENAJ
WOLG

AL/SIBROC/SEEL
YMALA/NESLHO

E
Termistor é um resistor

KCOTSNIT
ECNEICS/TREBMAL
cujo valor de resistência

DIV
elétrica pode aumentar

AD
EVETS

ou diminuir de acordo

AL/YR
com a variação da

temperatura. Dispositivos

WERDNA

L OTOHP
em que a resistência

diminui são denominados

termistores de coeficiente

negativo e costumam ser

utilizados na medição e

controle de temperatura.
.8991
ed

Nesse termômetro, a variação de temperatura Um dos primeiros instrumentos que


orierevef

altera a densidade do líquido contido no tubo. possibilitaram uma avalia o um pouco

Essa alteração ocasiona a subida e a descida mais precisa que a simples observa o
ed

de bolinhas de vidro que contêm líquidos da sensação térmica foi o termoscópio,


91

coloridos por corantes. Nas extremidades de inventado por Galileu. Por meio da
ed
016.9

cada bolinha, há placas nas quais está gravado variação do nível de um líquido, o

o valor da temperatura. termoscópio indicava a variação de


ieL

temperatura.
e
laneP

OTOHP

KCOTSNIT
ogidóC od

Existem ainda os

termômetros

ECNEICS/A KEISA
digitais m

A
481

/YR
propriedades elétricas
.trA

r n .
.adibiorp

L
Eles podem ser

P
encontrados em

DERFLA
oãçudorpeR

relógios de pulso e

em equipamentos

r n m

computadores.

SEGAMI
A medida da

temperatura é feita

por meio da variação

WOLG/OTOHP
r rí
/YMAL

SEGA

r . m
M
A/NEE

comuns utilizam
O registro
WOLG

PA/REYEM

um resistor, em um
termográfico
RG

circuito elétrico, que


de um sistema
J
DIVAD

n in r
realizado com
SNEJ

de temperatura de
uma câmara

r m v r
termográfica

resistência.
é apresentado

por meio de um

código de cores.

A MPL I A NDO SUA LEIT UR A

1 Identifique as grandezas termométricas de cada um dos termômetros

citados no texto.

2 No termômetro que utiliza as bolinhas de vidro para indicar a tempera-

tura, o que ocorre com o movimento delas em um dia de muito calor?

31
5 Escala Kelvin (K): escala absoluta

°C K
Existe limite máximo para o valor da temperatura de um corpo? E limite mínimo?

Teoricamente não há um limite máximo para a temperatura. No entanto há um limi-


100 37

te mínimo. Como o conceito de temperatura está associado à medida do rau de a -

tação molecular, o menor valor para a temperatura de um corpo deve representar

total ausência de a itação térmica. Essa temperatura, denominada zero a so uto

corresponde a aproximadamente 27,15 °C. O zero absoluto é um valor teórico e

não é possível atin -lo na prática. No entanto, valores próximos ao zero absoluto á

foram obtidos em laboratório.

OIBUR ZIUL
A escala Kelvin é uma escala absoluta, pois seu menor valor de temperatura é re-

presentado pelo número zero. Assim, todas as temperaturas medidas nessa escala
–273 0

são necessariamente positivas.

Considerando a temperatura de 27 °C como aproximadamente igual ao zero Este esquema

representa a equivalência entre

absoluto em kelvin, 0 °C corresponderá a 27 K e, assim, 100 °C será equivalente

temperaturas medidas nas

a 7 K. A temperatura em kelvin (T ) equivale à temperatura (t ) em graus Celsius escalas Celsius e Kelvin.
C

acrescida de 27:

.8991
T  t  273
C

ed
SSERP ARUTUF/

orierevef
A unidade de temperatura no Sistema Internacional (SI) é o kelvin (K) e não se

ed
usa o símbolo grau ( °), como se faz nas escalas Celsius e Fahrenheit.

91
ed
K
NLOCNIL

016.9
ieL
6 Equações de conversão

e
laneP
No dia a dia, é constante nosso contato com medidas de temperatura, seja para

ogidóC od
verificar se temos febre, seja para escolher a roupa mais adequada para vestir antes

de sair de casa. Dependendo do tipo de medida de temperatura de que necessita-

481
mos, é possível consultar termômetros que utilizam outras grandezas termométri-

.trA
.adibiorp
cas, além da variação na altura da coluna de mercúrio (Hg).

Lembramos que, em qualquer termômetro, a medida da temperatura está as-

oãçudorpeR
sociada ao equilíbrio térmico entre o instrumento que mede a temperatura e o

corpo cuja temperatura se deseja conhecer. O que varia de um tipo para outro é a

grandeza termométrica utilizada como indicador do estado térmico. Desse modo,

é necessário padronizar a leitura da temperatura relacionando-a com a variação

da grandeza termométrica. Essa relação é obtida por meio das chamadas equa-

ções de conversão

Para converter uma temperatura de uma escala para outra, utilizamos as rela-

ções de proporcionalidade entre os segmentos determinados pelos pontos fixos e

por uma temperatura genérica. Assim, supondo que em uma escala A os pontos fi-

 Nos termômetros

xos são 10 °A e 50 °A e em uma escala B são 20 °B e 80 °B, podemos estabelecer a


digitais, a grandeza termométrica

equação de conversão entre A e B da seguinte maneira: utilizada é a resistência elétrica.

°A °B

t 10 t (
A B

50 80  , sendo
A B

50 10 80 (

temperaturas genéricas.

t t
A B

Então:
ADUSTAM NOSLEN

t 10 t 1 20 t 10 t 1 20
A B A B
20
10
 

40 100 2 5

32
Já sabe responder?

Estar m um ambi nte o de a te per tura esteja

a 70 g a s pode ser agra áve ?


SEGAMI
WOLG/YMALA/NEERG
J
DIVAD
.8991
ed
orierevef

QUESTÕES RESOLVIDAS
ed
91

R1 Uma pessoa não se sentia bem e desconfiou R2 Durante uma viagem a um país de língua inglesa,
ed
016.9

que estava com febre. Ao solicitar um termô-


uma moça diz a seu marido que não se sente bem

metro clínico de mercúrio em uma farmácia, o


ieL

e desconfia estar com febre. Ao medir a tempera-


e

vendedor lhe ofereceu um termômetro digital


laneP

tura da esposa com um termômetro graduado na

argumentando que as leituras de temperatura,

escala Fahrenheit, o marido lê o valor 100 °F.


ogidóC od

nesse tipo de termômetro, seriam obtidas ins-

a) Considerando 37 °C como a temperatura


tantaneamente, pois independiam do estabele-
481

normal média de um adulto, é possível afir


cimento de equilíbrio térmico entre o corpo da
.trA

mar que a moça está com febre?


pessoa e o instrumento de medida.
.adibiorp

a) Em relação aos termômetros clínicos de mer- b Qual é o valor da te mpe ra tur a em g ra us

cúrio, explique por que é preciso aguardar


oãçudorpeR

Fahrenheit equiva l e n te a 37 °C?

determinado tempo antes de efetuar a leitu-

ra do valor da temperatura de uma pessoa. Resolução

b Nos termômetros digitais, é necessário ou a) A equivalência entre as temperaturas em

não esperar determinado tempo para efetuar


graus Celsius e em graus Fahrenheit pode

a leitura da temperatura?
ser obtida por meio da expressão:

t 32 t
F
Resolução

9 5

a) Para medir a temperatura de uma pessoa

Como t 5 100 ° temos:


com qualquer termômetro, deve-se esperar F

determinado tempo para que o equilíbrio


t t
100 68

 V  V
térmico entre o corpo e o instrumento se
9 5 9 5

estabeleça. O contato entre termômetro e

340
corpo da pessoa durante alguns minutos é
V t 5 [ t . 38 °C
C C

essencial para que esse equilíbrio ocorra.

b) Da mesma forma que nas leituras realizadas A moça está com febre, pois sua temperatura

com termômetros clínicos de mercúrio, deve-se


é maior que a temperatura média normal.

esperar certo intervalo de tempo para efetuar a

t 32 t
F C

leitura da temperatura utilizando o termômetro


b) Como  e t  37 °C, temos:
C

9 5

digital. No entanto, esse tempo é menor que o

necessário para as leituras realizadas com ter-


t 32 t 32
F 37 F

 V 5 7,4 Æ
mômetros clínicos, pois termômetros digitais
9 5 9

operam com termistores (compostos de semi-

condutores) que tornam mais rápidos os pro-


Æ t [ t 5 98,6 °F
F F

cessos de leitura e conversão de informações.

33
Observe que a diferença de 1 °C não é equi-
t t t
C R 200 R

 V  [ t  160 °
R
valente à diferença de 1 °F, pois um grau
5 4 5 4

Fahrenheit resulta da divisão de um intervalo

R4 O gráfico a seguir representa a relação entre a


em 180 partes, enquanto um grau Celsius re-

escala Celsius e a altura da coluna de mercúrio,


sulta da divisão de um intervalo em 100 partes.

medida em centímetros.
De modo geral, a relação entre dois inter-

valos de temperaturas nas escalas Celsius e


h (cm)

Fahrenheit pode ser expressa matematica-

20,8

OIBUR ZIUL
Dt Dt
C F 9

mente por Æ t t , ou seja,


C

100 180 5

uma variação de um grau Celsius equivale a

1,8 vezes a variação de um grau Fahrenheit.

10,8

R3 O físico francês René de Reamur (1683-1757)

provavelmente foi o primeiro a perceber que a

fusão do gelo e a ebulição da água eram fenôme

nos de fácil reprodução e, portanto, adequados 0


20 60 t (°C)

ao papel de pontos fixos. Em sua escala, Reamur

adotou 0 °R para o gelo fundente e 80 °R para a a) Estabeleça uma equação de conversão entre

temperatura da água em ebulição. a altura do líquido e a escala Celsius.

a Que equação estabelece uma relação entre b) Qual é a altura da coluna líquida equivalente

as escalas termométricas Celsius e Reamur? à temperatura de 313 K?

.8991
b) Um corpo sofre uma variação de temperatu-

Resolução

ra de 20 °R. Qual é o valor dessa variação em

ed
orierevef
a) Para estabelecer a equação de conversão en-
graus Celsius?

tre a altura da coluna do líquido e a escala

c) Qual é a temperatura, em graus Reamur,

ed
Celsius, podemos ler no gráfico dois pares de

91
equivalente a 473 K?

valores correspondentes entre a temperatu-

ed
016.9
ra em Celsius e a altura da coluna líquida, em
Resolução

centímetros. A partir dessa leitura, podemos

ieL
a) As duas escalas usam os mesmos pontos

e
estabelecer a equivalência entre o intervalo

laneP
fixos: a fusão do gelo e a ebulição da água.

de valores de temperatura e a respectiva va-

Na escala Celsius, a varia ão de temperatu-

ogidóC od
riação da altura da coluna do líquido.

ra entre os pontos fixos foi dividida por 100,

mas na escala Reamur essa mesma varia ão Assim, podemos representar os segmentos

481
foi dividida por 80. Lo o, a escala Celsius é proporcionais estabelecidos pelas medidas:

.trA
centígrada, mas a Reamur, não.

.adibiorp
°C h (cm)
Ao representar as duas escalas, temos:

60 20,8

oãçudorpeR
° °R

ADUST
100 80

AM
ADUST

NOS
t h
C
AM

EN
NOSLEN

t t
C R

10,8
20

0
0

t 20 10 8 t 20 h 1
C C

 V  V

Como os segmentos estabelecidos são pro- 60 20 20 , 40 10

porcionais, vem:

t 20
C

V  h 10,8 [ h  0,25t  5,8

t t t t
R C R 4

 V 

100 80 5 4

b) A temperatura de 313 K equivale à de 40 °C,

b) A partir da equação de conversão, determi-


pois T 5 t 1 273. Assim, a altura da coluna
C

namos que a variação de 1 °C corresponde a


líquida equivalente à temperatura de 313 K é

0,8 °R. Logo, a variação de 20 °R corresponde


igual àquela equivalente a 40 °C. Pela equa-

a uma variação de 25 °C na escala Celsius.

ção de conversão obtida no item a, temos:

c) A temperatura T  473 K correspo n de a

h 5 0,25 t 1 5,8 V h 5 0,25 40 1 5,8 V


C
t  200 °C, pois T  t  273. Utilizando a
C

equaç ão que relac i ona as e s c al a s Re a m ur e

V h 5 10 1 5,8 [ h 5 15,8 cm
Celsius, temos:

34
Incentive seus alunos a escrever textos coesos, coerentes e com preci-

são de linguagem ao responderem a questões dissertativas.

Lembre-se: resolva as questões no caderno.


QUESTÕES PROPOSTAS

1 Na parede de uma sala de aula de uma escola

brasileira, são colocados dois termômetros gra

duados nas escalas Celsius e Fahrenheit. Nume-

ricamente, qual deles apresentará maior leitura?

Justifique sua resposta.

2 Júlio, estudante de Física, realizava no laboratório

t H
C
um experimento no qual deveria aquecer certa

massa de água inicialmente à temperatura de

25 °C. Ao colocar sobre a mesa o termômetro uti

lizado para medir a temperatura inicial da água,

o instrumento caiu e quebrou. Procurando outro

0 2
termômetro, Júlio encontrou um graduado na es

cala Kelvin e utilizou-o para medir a temperatu- °


C H (cm)

ra ao final do aquecimento da água, encontrando

a) Expresse matematicamente a relação que for-


o valor de 318 K. Em seu relatório, o estudante

nece a temperatura na escala Celsius em fun-


deveria empregar a variação de temperatura da

ção da altura da coluna líquida.


água na escala Fahrenheit. Qual foi o valor, em

graus Fahrenheit, encontrado por Júlio para a va- b) Qual é o valor da temperatura na escala Cel-
8991

riação de temperatura da água? sius para a altura H  15 cm?


ed
orierevef

3 Dois termômetros de mercúrio, idênticos, um de


7 Uma esc ala termomé tr ic a G, g ra du a d a em graus

les graduado na escala Celsius e o outro na escala


G, está relaciona da à escala Fa h r e nhe it, c omo
ed

Fahrenheit, estão sendo usados para medir a tem- representado no e s que ma a s e g u i r. Q ua is são os
91
ed

peratura do mesmo líquido. A altura da coluna de valores dos pontos fixos da á g ua na e s c a la G?


016.9

mercúrio que indica essa temperatura no termô- Na questão , o aluno pode dizer que

t (°G)
ieL

G
faltam os dados dos pontos xos da
metro Celsius é maior, menor ou igual à altura cor-
e

água na escala Fahrenheit. Estimule-os


laneP

respondente no termômetro Fahrenheit? Justifique.

sempre a pensar em dados que não


ogidóC od

estão explicitados nos problemas. É


4 A temperatura de uma massa de água foi ava- 38

esperado que utilizem os pontos xos da

liada com dois termômetros, um graduado em


água na escala Fahrenheit ou na
481

graus Celsius e o outro, em graus Fahrenheit. escala Celsius.


.trA

A leitura em Fahrenheit excede em 8 unidades o


.adibiorp

triplo da leitura em Celsius. Qual é o valor da tem


t (°F)
F

peratura da água em Celsius e em Fahrenheit?


0 76 152
oãçudorpeR

5 No gráfico a seguir, está representada a relação

8 (Uerj) No mapa abaixo, está representada a va-

entre os valores de medidas de temperaturas

riação média da temperatura dos oceanos em um

com dois termômetros, e , de escalas lineares

determinado mês do ano. Abaixo, encontra-se a

diferentes. Qual é o valor que mais se aproxima

escala, em graus Celsius, utilizada para a elabo-

do valor indicado por quando indica 42,5?

ç p

90

70

60

50

40
EPNI/CETPC

30

20

10

x
OIB
R
ZIUL :SEÕÇARTSULI

6 Em um termômetro contendo um líquido, a gran-

deza termométrica é o comprimento H da coluna

líquida. A seguir, representa-se esquematicamen-

te a relação entre a temperatura t na escala Cel-


C

sius e o valor da altura H em centímetros.


Adaptado de enor.cptec.inpe.br.

35
Determine, em graus kelvin, o módulo da varia- a –10 (menos dez) vezes o seu valor na escala

ção entre a maior e a menor temperatura da es- Fahrenheit. Determine essa temperatura.

cala apresentada.
a) 8 °F d) 64 °F

b) 16 °F e) 128 °F
9 (Imed-RS) Uma temperatura é tal que 18 (de-

c) 32 °F
zoito) vezes o seu valor na escala Celsius é igual

Para saber mais Diálogos com a Física Moderna

muito intensos. Mas, para isso, os eletroímãs devem


Próximo do zero absoluto!

ser resfriados a temperaturas extremamente baixas,

É provável que você já tenha retirado uma forma de


mais precisamente a 271 °C (2 K). Como vimos neste

gelo do congelador e tido noção da sensação de frio que


capítulo, o zero absoluto, ou zero kelvin, corresponde

as baixas temperaturas provocam. A temperatura inter-


à temperatura de 273 °C (0 K). Portanto, a tempera-

na de um r é de, aproximadamente, 18 °C. Países

tura em que esses eletroímãs operam é muito próxi-

com inverno rigoroso podem atingir temperaturas des-

ma do zero absoluto.

sa ordem de grandeza. Temperaturas menores ainda

.8991
AIDEMOID/SEGAM
são encontradas em regiões localizadas nos polos ter-

ed
restres, como a estação de pesquisa russa de Vostok, na

orierevef
Antártida. Nesse local, em 21 de julho de 1983, registrou-

-se a menor temperatura atingida na Terra: 89,2 °C.

ed
SPIT

91
Mas uma região entre a França e a Suíça já alcançou

ed
temperaturas muito menores que essa. Entre a França

016.9
e a Suíça? Sim, na maior e mais cara máquina criada, até

ieL
hoje, pela ciência: o acelerador de partículas LHC, Large

e
laneP
Hadron Collider, ou Grande Colisor de Hádrons.

ogidóC od
Aceleradores de artículas são má uinas gigantes-

cas ue aceleram artículas subatômicas até velocida-

481
des róximas à da luz. Essas artículas colidem com

.trA
outras ue giram em sentido contrário. A artir dessas

.adibiorp
colisões, a ciência pode investigar os constituintes bá-

sicos formadores da matéria.

oãçudorpeR
Para poder acelerar e direcionar os feixes de partí-

Vista do LHC. Enormes eletroímãs r riados até

culas que irão colidir no acelerador, o LHC possui enor-

temperaturas muito próximas do zero absoluto para a geração

mes eletroímãs produtores de campos magnéticos


de intensos campos magnéticos.
KCOTSNIT

A MPL I A NDO SUA LEIT UR A


AL/SIBROC/

1 Faça uma relação das tr s

temperaturas mais baixas a

que você teve acesso. Esti-


YS/LAHCT P

me seus valores, converta-as

para a escala Kelvin e com-


CIRÉDÉRF/OTOHP

pare-as com a temperatura

dos eletro mãs do LH

2 Pesquise por que os eletro-

ímãs devem ser resfriados


NREC

a temperaturas tão próxi-

mas do zero absoluto. Que

ro riedade eles ad uirem

nessa situação?

Vista aérea da região onde fica o Cern

(Centro Europeu de Pesquisas Nucleares),

na fronteira da França com a Suíça.

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