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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ – UEAP ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL


Métodos empíricos: observações da realidade física.
DISCIPLINA: MANEJO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
TURMA: EFL 18.1 Método aerodinâmico: transferência turbulenta de massa, de calor e
AULA de quantidade de movimento é semelhante à difusão molecular;
Método do balanço energético: que se fundamenta na aplicação do

EVAPORAÇÃO E princípio da conservação de energia aos fluxos de energia


relacionados com a superfície-fonte;
Evapotranspiração Métodos combinados: método aerodinâmico + balanço de energia;
Método da correlação dos turbilhões: fundamentado na oscilação
PROF.: WELLIAM CHAVES MONTEIRO DA SILVA
de parâmetros microclimáticos em torno das respectivas médias.
E-mail: welliam.silva@ueap.edu.br 68 69

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ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO

MÉTODOS EMPÍRICOS E COMBINADO:

✓ Método de Hargreaves - Samani;


MÉTODOS EMPÍRICOS; ✓ Método do Tanque Classe A;
MÉTODOS COMBINADOS; ✓ Método de Blaney Criddle;
✓ Método da Radiação - FAO;
✓ Método de Penman-Monteith;

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MÉTODO EMPÍRICO
MÉTODO EMPÍRICO
TANQUE CLASSE A
✓ MÉTODO DE HARGREAVES-SAMANI (1985)
Método empírico, baseado na proporcionalidade existente entre a
𝐸𝑇𝑜 = 0,0023 ⋅ 𝑄𝑜 ⋅ (𝑇𝑚𝑎𝑥 − 𝑇𝑚í𝑛 )0,5 ⋅ (𝑇𝑥 + 17,8) Califórnia
evaporação de água do tanque classe A (ECA) e a ET0, visto que
ambas dependem exclusivamente das condições meteorológicas. A
ETo – Taxa de evapotranspiração de referência, mm.dia-1; conversão de ECA em ET0 depende de um coeficiente de
Qo – Radiação no topo da atmosfera, mm.dia-1;
𝑇ത – Temperatura média do ar, ºC; proporcionalidade, denominado coeficiente do tanque (Kp).
Tmax – Temperatura máxima, ºC;
Tmin – Temperatura mínima, ºC.
Qo é denominada Irradiância solar no topo da atmosfera e simbolizada por Ro,
estimada com a unidade MJ/m2.dia. Para transformar em mm/dia, basta, dividi-la
pelo valor do calor latente de evaporação, que assume genericamente, o valor de
2,45 MJ/kg de água evaporada.
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MÉTODO EMPÍRICO MÉTODO EMPÍRICO
TANQUE CLASSE A TANQUE CLASSE A
Kp depende por sua vez de uma série de fatores, sendo os principais A Evapotranspiração da Cultura pode ser estimada a partir da evaporação
o tamanho da bordadura, a umidade relativa do ar e a velocidade do medida pelo Tanque Classe A.

vento. Ou seja, só é necessário corrigir os valores da evaporação com o


coeficiente de cultura Kc .
ET0 = ECA * Kp
ETc = Kc . ET0
O valor de Kp é fornecido por tabelas, equações, ou ainda pode-se empregar um ou seja,
valor fixo aproximado, caso não haja disponibilidade de dados de UR e U para sua
determinação. ETc = Kc . (Kp . ECA)
ETc = evapotranspiração da cultura(mm/dia);
ECA = evaporação do tanque classe A (mm/dia);
74 Kp = coeficiente do tanque. 75

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MÉTODO EMPÍRICO MÉTODO EMPÍRICO


TANQUE CLASSE A
TANQUE CLASSE A

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MÉTODO DE BLANEY-CRIDDLE MÉTODO DE BLANEY-CRIDDLE


(modificado pela FAO (BC-FAO)) (modificado pela FAO (BC-FAO))
ET0 = a + b.p.(0.46.t + 8,13)
ET0 = a + b.p.(0.46.t + 8,13)
a = 0,0043 . URmin - n/N - 1,41
a = 0,0043 . URmin - n/N - 1,41
b = ao + a1 (URmin) + a2(n/N) + a3(Ud) + a4 URmin(n/N) + a5 (URmin. Ud)
b = ao + a1 (URmin) + a2(n/N) + a3(Ud) + a4 URmin(n/N) + a5 (URmin. Ud)
ETo = evapotranspiração da cultura de referência, mm.dia-1;
t = temperatura média diária mensal, °C;
a0 =0,81917 a3 = 0,065649
a1 = -0,0040922 a4 = -0,0059684 p = porcentagem das horas de luz solar real em relação ao total anual,
a2 = 1,0705 a5 = -0,0005967 para um dado mês e latitude;
Ud = velocidade média do vento no período diurno, a 2m de altura, m.s -1;

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URmin= Umidade relativa mínima mensal. 79

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FATOR p DO MÉTODO DE BLANEY-CRIDDLE, EM
COEFICIENTES FUNÇÃO DA LATITUDE E DA ÉPOCA DO ANO

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MÉTODO EMPÍRICO ✓ MÉTODO DA RADIAÇÃO SOLAR (FAO-24)


✓ MÉTODO DA RADIAÇÃO SOLAR (FAO-24) W = 0,407 + 0,0145  Tu , 0  Tu  16C
ETP = c W  Rs W = 0,483 + 0,01  Tu , 16,1  Tu  32C
Valores da constante c W = ponderação
Intervalos de velocidade
Tu = temperatura do bulbo úmido
média do vento (m.s-1) Intervalos de umidade relativa média (%)
<40 40-55 55-70 >70
0-2 0,971 0,920 0,875 0,814
2-5 1,057 1,014 0,927 0,886
5-8 1,143 1,100 0,986 0,923
>8 1,229 1,172 1,043 1,000

ETP - evapotranspiração, mm.d-1;


Rs é a radiação solar à superfície (irradiância solar global, Rg), expressa em mm.d-1
(Rs = Rg/calor latente de evaporação);
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✓ MÉTODO DA RADIAÇÃO SOLAR (FAO-24) MÉTODO COMBINADO

MÉTODO DO PENMAN-MONTEITH

Método físico, baseado no método original de Penman. O método de


b = fator de ajuste que varia com a umidade relativa e a velocidade do vento do período diurno;
PM considera que a ETP é proveniente dos termo energético e
aerodinâmico, os quais são controlados pelas resistências ao
transporte de vapor da superfície para a atmosfera. As resistências
são denominadas de resistência da cobertura (rs) e resistência
ETo é a ET de referência, mm.d -1; aerodinâmica (ra). Para a cultura padrão, rs = 70 s/m.
Rs é a radiação solar à superfície (irradiância solar global, Rg), expressa em mm.d-1
(Rs = Rg/calor latente de evaporação); 84 85

84 85

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MÉTODO COMBINADO ESTIMATIVAS DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO
METODO DE PENMAN-MONTEITH- padrão FAO 1998
MÉTODO DO PENMAN-MONTEITH
Nível de
Referência

Resistência
aerodinâmica
Superfície
Evaporante
Estômato

Cuticula
Solo
Resistência da
cobertura

A figura acima mostra o conjunto de resistências que controlam o


transporte de vapor para a atmosfera. A rs é o conjunto das
resistências dos estômatos, cutícula e do solo 86 87

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ESTIMATIVAS DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO ESTIMATIVAS DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO


METODO DE PENMAN-MONTEITH- padrão FAO 1998 METODO DE PENMAN-MONTEITH- padrão FAO 1998

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88 89

CONVERSÃO DA VELOCIDADE DO VENTO OBTIDA A UMA


ESTIMATIVAS DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO ALTURA DE 10 METROS PARA UMA ALTURA DE 2
METODO DE PENMAN-MONTEITH- padrão FAO 1998 METROS

Para o cálculo do vento a 2 metros de altura deve-se substituir a letra


“z” pelo valor da altura em que foi medida a velocidade do vento. E
substituir a variável Uz pelo valor obtido da velocidade do vento.

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CONVERSÃO DA VELOCIDADE DO VENTO OBTIDA A UMA CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DE UM
ALTURA DE 10 METROS PARA UMA ALTURA DE 2
METROS MÉTODO DE ESTIMATIVA DA ET
Exemplo:
Para leitura do vento a 10 metros de altura obteve-se um valor de 2,54 m/s. Disponibilidade de dados climáticos: esse é o primeiro aspecto a
Para converter o valor de velocidade do vento de 2,54 m/s lido a uma altura ser levado em consideração. Somente será possível o uso de
de 10 metros para a altura de 2 metros, deve-se substituir na equação como determinado método se houverem dados disponíveis para tal. Não se
mostrado abaixo: pode aplicar o método de Penman-Monteith em locais que só

 2 − 0,08   2 − 0,08  disponham de dados de temperatura.


Ln Ln
0,01476  0,01476 
U2 = UZ  U 2 = 2,54  = 1,90 m/ s
 z − 0,08  10 − 0,08 
Ln  Ln 
 0,01476   0,01476 

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CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DE UM


MÉTODO DE ESTIMATIVA DA ET CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DE UM
MÉTODO DE ESTIMATIVA DA ET
Escala de tempo: deve-se considerar a escala de tempo a ser
utilizada. Para escalas mensais, as equações empíricas apresentam
Condição climática do local: certos métodos somente se aplicam a
resultados tão satisfatórios como as equações de base física. Porém,
certas condições climáticas, apresentando grandes distorções nos
para escalas de tempo menores, deve-se priorizar, desde que
ambientes para os quais eles não foram desenvolvidos. O método de
possível, os métodos de base física.
H&S superestima ETP em climas úmidos.

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MUITO OBRIGADO PELA


ATENÇÃO.
ATÉ A PRÓXIMA AULA.

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