Você está na página 1de 55

TERMODINÂMICA

Cap.6 ENTROPIA E SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA (Parte II)

BOMBAS TÉRMICAS
IRREVERSIBILIDADE
2º LEI DA TERMODINÂMICA

Prof. Dr. Sérgio Turano de Souza 3


RESUMO
Máquina térmica.

Representação esquemática de uma máquina térmica básica.


Calor absorvido é retirado de um reservatório térmico quente à
temperatura TQ e o calor liberado é transferido para um reservatório
térmico frio a uma temperatura menor TF.

𝑊 = 𝑄𝑄 − 𝑄𝐹
O rendimento ε de uma máquina térmica

𝑊
𝜀=
𝑄𝑄
𝑄𝐹
𝜀 =1−
𝑄𝑄

4
RESUMO
REFRIGERADORES
Um refrigerador, é essencialmente, uma máquina
térmica que funciona ao contrário.
Calor é retirado do interior (reservatório frio) e calor
é liberado para o ambiente (reservatório quente).

𝑄𝐹
𝐶𝑂𝑃 =
𝑊

𝑊 = 𝑄𝑄 − 𝑄𝐹

Trabalho W é realizado sobre o


refrigerador e ele extrai calor QF de um
reservatório frio e libera calor QQ
5
A MÁQUINA DE CARNOT

Nenhuma máquina térmica trabalhando entre dois reservatórios térmicos pode


ser mais eficiente do que uma máquina reversível trabalhando entre dois
reservatórios.
TEOREMA DE CARNOT

6
A MÁQUINA DE CARNOT

7
Trabalho é realizado pelo gás nas
etapas 1 até 2 e até 3, e trabalho é
realizado sobre o gás nas etapas de
3 até 4 e até 1.

http://galileoandeinstein.phys.virginia.edu/more_stu
ff/Applets/carnot_cycle/carnot_cycle.html

http://galileoandeinstein.physics.virginia.edu/
8
more_stuff/flashlets/carnot.htm
RENDIMENTO DA MÁQUINA DE CARNOT

Como todos os ciclos de Carnot tem o mesmo rendimento, independente da


substância de trabalho, o rendimento do ciclo de Carnot é o mesmo para todas as
substâncias: 𝑄𝐹
𝜀 =1−
𝑄𝑄
O calor QQ é absorvido durante a expansão isotérmica do estado a para o estado b.
Lembrando da primeira lei da termodinâmica ΔEint = Q – W. Para a expansão
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

isotérmica de um gás ideal ΔEint = 0. Logo QQ é o trabalho realizado pelo gás.


𝑉2 𝑉2 𝑛𝑅𝑇 𝑉2
𝑄 𝑑𝑉 𝑉2
𝑄𝑄 = 𝑊𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑔á𝑠 = න 𝑝𝑑𝑉 = න 𝑑𝑉 = 𝑛𝑅𝑇𝑄 න = 𝑛𝑅𝑇𝑄 ln
𝑉1 𝑉1 𝑉 𝑉1 𝑉 𝑉1
Prof. Sergio Turano de Souza

a
Expansão
isotérmica
TERMODINÂMICA

9
V1 V2
RENDIMENTO DA MÁQUINA DE CARNOT

E o calor QF é entregue ao reservatório frio e é igual ao trabalho realizado


sobre o gás durante a compressão isotérmica. O calor rejeitado é:

𝑉3
𝑄𝐹 = 𝑊𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑔á𝑠 = 𝑛𝑅𝑇𝐹 ln
𝑉4
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

Compressão
isotérmica
Prof. Sergio Turano de Souza

d c
TERMODINÂMICA

V4 V3

10
A razão entre esses calores.

𝑉2 𝑉3
𝑄𝑄 = 𝑛𝑅𝑇𝑄 ln 𝑄𝐹 = 𝑛𝑅𝑇𝐹 ln
𝑉1 𝑉4

𝑉3
𝑄𝐹 𝑛𝑅𝑇𝐹 ln
𝑉4
=
𝑄𝑄 𝑛𝑅𝑇 ln 𝑉2
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝑄 𝑉1

𝑉3
𝑄𝐹 𝑇𝐹 ln
𝑉4
=
𝑄𝑄 𝑇 ln 𝑉2
Prof. Sergio Turano de Souza

𝑄 𝑉1
TERMODINÂMICA

11
Analisaremos agora os processos adiabáticos. Para
processo adiabáticos temos as equações:
a
𝛾 𝛾 𝛾−1 𝛾−1
𝑝𝑖 . 𝑉𝑖 = 𝑝𝑓 . 𝑉𝑓 𝑇𝑖 𝑉𝑖 = 𝑇𝑓 𝑉𝑓 Expansão
adiabática
b
Podemos relacionar as razões V2 /V1 e V3 /V4 usando a
equação para a expansão adiabática:
c
𝛾−1 𝛾−1
𝑇𝑄 𝑉2 = 𝑇𝐹 𝑉3 V1 V2 V3
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

a
E para a compressão adiabática:
Compressão
𝛾−1 𝛾−1 adiabática
𝑇𝑄 𝑉1 = 𝑇𝐹 𝑉4
b
Prof. Sergio Turano de Souza

Dividindo a primeira destas equações pela segunda:


d c
𝛾−1 𝛾−1
𝑉2 𝑉3
TERMODINÂMICA

V1
= V4 V2 V3
𝑉1 𝑉4 𝑉2 𝑉3
=
𝑉1 𝑉4 12
𝑉3
𝑄𝐹 𝑇𝐹 ln 𝑇𝐹
=
𝑉4
=
𝑄𝐹 𝑇𝐹
𝑄𝑄 𝑇 ln 𝑉2 𝑇𝑄 =
𝑄 𝑉1
𝑄𝑄 𝑇𝑄

𝑄𝐹
Assim, temos, na equação do rendimento: 𝜀 =1−
𝑄𝑄
E o rendimento de Carnot é:
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝑇𝐹
𝜀𝐶 = 1 −
𝑇𝑄
Prof. Sergio Turano de Souza

Assim, o rendimento de Carnot é independente da substância de


trabalho, depende apenas das temperaturas dos dois
TERMODINÂMICA

reservatórios.

13
A MÁQUINA DE CARNOT
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
Prof. Sergio Turano de Souza

𝑄𝐹 𝑇𝐹 E o rendimento de Carnot é:
TERMODINÂMICA

= 𝑇𝐹
𝑄𝑄 𝑇𝑄 𝑇𝐹 𝐶𝑂𝑃𝐶𝑎𝑟𝑛𝑜𝑡 =
𝜀𝐶 = 1 − 𝑇𝑄 − 𝑇𝐹
𝑇𝑄
14
EXE.5
Uma maquina a vapor trabalha entre um reservatório quente a 100˚C e um
reservatório frio a 0,0˚C.
a) Qual é o maior rendimento possível para esta máquina?
b) Se a máquina funcionar ao contrário, como um refrigerador, qual será seu
maior coeficiente de performance?
𝑇𝐹
𝜀𝑚𝑎𝑥 = 𝜀𝐶 = 1 −
𝑇𝑄
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝑇𝐹 273 𝐾
𝜀𝐶 = 1 − =1− = 0,268
𝑇𝑄 373 𝐾
Prof. Sergio Turano de Souza
TERMODINÂMICA

𝜀𝐶 = 26,8%

15
EXE.5
Uma maquina a vapor trabalha entre um reservatório quente a 100˚C e um reservatório frio a
0,0˚C.
a) Qual é o maior rendimento possível para esta máquina?
b) Se a máquina funcionar ao contrário, como um refrigerador, qual será seu maior coeficiente
de performance?
𝑄𝐹
COP =
𝑊
𝑄𝐹 𝑄𝐹 1
COP = = = 𝑄𝐹 𝑇𝐹
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝑄𝑄 − 𝑄𝐹 𝑄𝑄 𝑄𝑄 =
𝑄𝐹 −1 −1 𝑄𝑄 𝑇𝑄
𝑄𝐹 𝑄𝐹

1 1 𝑇𝐹
COP = = = 𝑇𝐹
𝑇𝑄 𝑇𝑄 − 𝑇𝐹 𝑇𝑄 − 𝑇𝐹 𝐶𝑂𝑃𝐶𝑎𝑟𝑛𝑜𝑡 =
Prof. Sergio Turano de Souza

−1 𝑇𝑄 − 𝑇𝐹
𝑇𝐹 𝑇𝐹
TERMODINÂMICA

273
𝐶𝑂𝑃𝐶 = = 2,73
373 − 273

16
EXE.6
Um aluno afirma que construiu um motor que apresenta uma eficiência
de 88,8889% quando opera entre as temperaturas de 10˚C e 90˚C.
Isso é possível?
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
Prof. Sergio Turano de Souza
TERMODINÂMICA

𝑇𝐹 10 + 273
𝜀𝑚𝑎𝑥 = 𝜀𝐶 = 1 − =1− = 22,0%
𝑇𝑄 90 + 273
17
O rendimento de Carnot nos fornece um limite superior para os rendimentos
possíveis e é, portanto útil conhecê-lo.

Por exemplo, no exercício anterior o rendimento de Carnot foi de 22,0%. Isto


significa que, não importa quanto possamos reduzir o atrito e outras perdas
irreversíveis, o melhor rendimento obtido entre reservatórios a 363 K e 283 K é
22,0%.

Concluímos, então, que uma máquina trabalhando entre estas duas temperaturas
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

com um rendimento 20% é uma máquina muito boa!

Para uma máquina real, a perda de trabalho é o trabalho realizado por uma
máquina reversível operando entre as mesmas duas temperaturas menos o trabalho
Prof. Sergio Turano de Souza

realizado pela máquina real.


TERMODINÂMICA

A razão entre o trabalho realizado pela máquina real e o trabalho realizado por uma
máquina reversível operando entre as mesmas duas temperaturas é chamado de
rendimento da segunda lei.
18
EXE.1
ANALISANDO UMA MÁQUINA DE CARNOT
Suponha que 0,200 mol de um gás ideal diatômico passe por um ciclo de Carnot
com temperatura de 227 ˚C e 27 ˚C.
A pressão inicial é pa = 10,0 x 105 Pa e, durante a expansão isotérmica, na
temperatura mais elevada o volume dobra.
a) Determinaremos as pressões e os volumes nos pontos a, b, c, d;
b) Calcularemos Q, W e ΔEint em cada um dos trechos do ciclo;
c) Determinaremos a eficiência da máquina.
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
Prof. Sergio Turano de Souza
TERMODINÂMICA

19
EXE.1
ANALISANDO UMA MÁQUINA DE CARNOT
Suponha que 0,200 mol de um gás ideal diatômico passe por um ciclo de Carnot com temperatura de 227 ˚C e 27 ˚C.
A pressão inicial é pa = 10,0 x 105 Pa e, durante a expansão isotérmica, na temperatura mais elevada o volume dobra.
a) Determinaremos as pressões e os volumes nos pontos a, b, c, d;
b) Calcularemos Q, W e ΔEint em cada um dos trechos do ciclo;
c) Determinaremos a eficiência da máquina.

Iniciamos com a conversão das temperaturas:

𝑻𝑸 = 𝟐𝟐𝟕 + 𝟐𝟕𝟑 = 𝟓𝟎𝟎 𝑲


VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝑻𝑭 = 𝟐𝟕 + 𝟐𝟕𝟑 = 𝟑𝟎𝟎 𝑲

Usamos a Lei dos Gases Ideais para determinar o Volume em a:


Prof. Sergio Turano de Souza

𝑝𝑉 = 𝑛𝑅𝑇
𝑛𝑅𝑇𝑄 0,2 𝑚𝑜𝑙 8,31 𝐽/𝑚𝑜𝑙 ∙ 𝐾 500 𝐾
TERMODINÂMICA

𝑉𝑎 = = 5
=
𝑝𝑎 10 × 10 𝑃𝑎

𝑉𝑎 = 8,31 × 10−4 𝑚³ 20
EXE.1
ANALISANDO UMA MÁQUINA DE CARNOT
Suponha que 0,200 mol de um gás ideal diatômico passe por um ciclo de Carnot com temperatura de 227 ˚C e 27 ˚C.
A pressão inicial é pa = 10,0 x 105 Pa e, durante a expansão isotérmica, na temperatura mais elevada o volume dobra.
a) Determinaremos as pressões e os volumes nos pontos a, b, c, d;
b) Calcularemos Q, W e ΔEint em cada um dos trechos do ciclo;
c) Determinaremos a eficiência da máquina.

O volume dobra de a para b:

𝑉𝑏 = 2𝑉𝑎 = 2 × 8,31 × 10−4 = 16,6 × 10−4 𝑚³


VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

Na expansão isotérmica a → b temos que:


Ou usamos a Lei dos Gases Ideais
𝑝𝑎 𝑉𝑎 = 𝑝𝑏 𝑉𝑏 para determinar a pressão em b:
Prof. Sergio Turano de Souza

𝑝𝑉 = 𝑛𝑅𝑇
Assim, calculamos pb:

10 × 105 𝑃𝑎 8,31 × 10−4 𝑚³


TERMODINÂMICA

𝑝𝑎 𝑉𝑎
𝑝𝑏 = = −4
=
𝑉𝑏 16,6 × 10 𝑚³
𝑝𝑏 = 5,0 × 105 𝑃𝑎 21
EXE.1
ANALISANDO UMA MÁQUINA DE CARNOT
Suponha que 0,200 mol de um gás ideal diatômico passe por um ciclo de Carnot com temperatura de 227 ˚C e 27 ˚C.
A pressão inicial é pa = 10,0 x 105 Pa e, durante a expansão isotérmica, na temperatura mais elevada o volume dobra.
a) Determinaremos as pressões e os volumes nos pontos a, b, c, d;
b) Calcularemos Q, W e ΔEint em cada um dos trechos do ciclo;
c) Determinaremos a eficiência da máquina.

Na expansão adiabática b → c:
𝛾−1 𝛾−1
𝑇𝑏 𝑉𝑏 = 𝑇𝑐 𝑉𝑐
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝐶𝑝 𝐶𝑝 7ൗ2 𝑅 7
𝛾= 𝛾= = = = 1,4
𝐶𝑉 𝐶𝑉 5ൗ 𝑅 5
2
Prof. Sergio Turano de Souza

Graus de Liberdade Calor Específico Molar


Molécula Exemplo De Translação De Rotação Total (f) CV CP=CV+R
TERMODINÂMICA

Monoatômico He 3 0 3 3/2 R 5/2 R


Diatômico O2 3 2 5 5/2 R 7/2 R
Poliatômico CH4 3 3 6 6/2 R = 3 R 8/2 R = 4 R

22
EXE.1
ANALISANDO UMA MÁQUINA DE CARNOT
Suponha que 0,200 mol de um gás ideal diatômico passe por um ciclo de Carnot com temperatura de 227 ˚C e 27 ˚C.
A pressão inicial é pa = 10,0 x 105 Pa e, durante a expansão isotérmica, na temperatura mais elevada o volume dobra.
a) Determinaremos as pressões e os volumes nos pontos a, b, c, d;
b) Calcularemos Q, W e ΔEint em cada um dos trechos do ciclo;
c) Determinaremos a eficiência da máquina.

𝛾−1 𝛾−1 𝛾 = 1,4


𝑇𝑏 𝑉𝑏 = 𝑇𝑐 𝑉𝑐
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

1
𝛾−1 𝛾−1 𝛾−1
𝛾−1 𝑇𝑄 𝑉𝑏 𝑇𝑄 𝑉𝑏
𝑉𝑐 = → 𝑉𝑐 =
𝑇𝐹 𝑇𝐹
1 1
Prof. Sergio Turano de Souza

𝑇𝑄 𝛾−1 500 𝐾 1,4−1


𝑉𝑐 = 𝑉𝑏 . = 16,6 × 10−4 𝑚³ . =
𝑇𝐹 300 𝐾
TERMODINÂMICA

𝑉𝑐 = 59,6 × 10−4 𝑚3
23
EXE.1
ANALISANDO UMA MÁQUINA DE CARNOT
Suponha que 0,200 mol de um gás ideal diatômico passe por um ciclo de Carnot com temperatura de 227 ˚C e 27 ˚C.
A pressão inicial é pa = 10,0 x 105 Pa e, durante a expansão isotérmica, na temperatura mais elevada o volume dobra.
a) Determinaremos as pressões e os volumes nos pontos a, b, c, d;
b) Calcularemos Q, W e ΔEint em cada um dos trechos do ciclo;
c) Determinaremos a eficiência da máquina.

Pressão no ponto c: 𝑝𝑉 = 𝑛𝑅𝑇

𝑛𝑅𝑇𝐹 0,2 𝑚𝑜𝑙 8,31 𝐽/𝑚𝑜𝑙 ∙ 𝐾 300 𝐾


VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝑝𝑐 = =
𝑉𝑐 59,6 × 10−4 𝑚3
𝑝𝑐 = 0,837 × 105 𝑃𝑎
Prof. Sergio Turano de Souza

𝛾−1 𝛾−1
Na compressão adiabática d → a: 𝑇𝑑 𝑉𝑑 = 𝑇𝑎 𝑉𝑎
1 1
TERMODINÂMICA

𝑇𝑄 𝛾−1
−4
500 𝐾 1,4−1
𝑉𝑑 = 𝑉𝑎 = 8,31 × 10 𝑚³ =
𝑇𝐹 300 𝐾

𝑉𝑑 = 29,8 × 10−4 𝑚³ 24
EXE.1
ANALISANDO UMA MÁQUINA DE CARNOT
Suponha que 0,200 mol de um gás ideal diatômico passe por um ciclo de Carnot com temperatura de 227 ˚C e 27 ˚C.
A pressão inicial é pa = 10,0 x 105 Pa e, durante a expansão isotérmica, na temperatura mais elevada o volume dobra.
a) Determinaremos as pressões e os volumes nos pontos a, b, c, d;
b) Calcularemos Q, W e ΔEint em cada um dos trechos do ciclo;
c) Determinaremos a eficiência da máquina.

Pressão no ponto d: 𝑝𝑉 = 𝑛𝑅𝑇

𝑛𝑅𝑇𝐹 0,2 𝑚𝑜𝑙 8,31 𝐽/𝑚𝑜𝑙 ∙ 𝐾 300 𝐾


VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝑝𝑑 = =
𝑉𝑑 29,8 × 10−4 𝑚³

𝑝𝑑 = 1,67 × 105 𝑃𝑎
Prof. Sergio Turano de Souza
TERMODINÂMICA

25
EXE.1
ANALISANDO UMA MÁQUINA DE CARNOT
Suponha que 0,200 mol de um gás ideal diatômico passe por um ciclo de Carnot com temperatura de 227 ˚C e 27 ˚C.
A pressão inicial é pa = 10,0 x 105 Pa e, durante a expansão isotérmica, na temperatura mais elevada o volume dobra.
a) Determinaremos as pressões e os volumes nos pontos a, b, c, d;
b) Calcularemos Q, W e ΔEint em cada um dos trechos do ciclo;
c) Determinaremos a eficiência da máquina.

Plotaremos o gráfico: 𝑝(× 105 𝑃𝑎)


𝑉𝑎 = 8,31 × 10−4 𝑚³
a
𝑉𝑏 = 16,6 × 10−4 𝑚³ 10
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝑉𝑐 = 59,6 × 10−4 𝑚3
𝑉𝑑 = 29,8 × 10−4 𝑚³ b
5
𝑝𝑎 = 10,0 × 105 𝑃𝑎
Prof. Sergio Turano de Souza

𝑝𝑏 = 5,0 × 105 𝑃𝑎 c
d
𝑝𝑐 = 0,837 × 105 𝑃𝑎
TERMODINÂMICA

𝑝𝑑 = 1,67 × 105 𝑃𝑎 10 20 30 40 50 60 𝑉(× 10−4 𝑚3 )

26
EXE.1
ANALISANDO UMA MÁQUINA DE CARNOT
Suponha que 0,200 mol de um gás ideal diatômico passe por um ciclo de Carnot com temperatura de 227 ˚C e 27 ˚C.
A pressão inicial é pa = 10,0 x 105 Pa e, durante a expansão isotérmica, na temperatura mais elevada o volume dobra.
a) Determinaremos as pressões e os volumes nos pontos a, b, c, d;
b) Calcularemos Q, W e ΔEint em cada um dos trechos do ciclo;
c) Determinaremos a eficiência da máquina.

b) Analisaremos agora Q, W e ΔEint.

Na expansão isotérmica a → b: ∆𝐸𝑖𝑛𝑡𝑎𝑏 = 0


VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝑉𝑏
𝑊𝑎𝑏 = 𝑄𝑄 = 𝑛𝑅𝑇𝑄 ln
𝑉𝑎
16,6 × 10−4 𝑚³
𝑊𝑎𝑏 = 𝑄𝑄 = 0,2 𝑚𝑜𝑙 8,31 𝐽/𝑚𝑜𝑙 ∙ 𝐾 500 𝐾 ln
Prof. Sergio Turano de Souza

8,31 × 10−4 𝑚³
𝑊𝑎𝑏 = 𝑄𝑄 = 0,2 8,31 500 ln 2
TERMODINÂMICA

𝑊𝑎𝑏 = 576 𝐽
𝑄𝑄 = 576 𝐽
27
EXE.1
ANALISANDO UMA MÁQUINA DE CARNOT
Suponha que 0,200 mol de um gás ideal diatômico passe por um ciclo de Carnot com temperatura de 227 ˚C e 27 ˚C.
A pressão inicial é pa = 10,0 x 105 Pa e, durante a expansão isotérmica, na temperatura mais elevada o volume dobra.
a) Determinaremos as pressões e os volumes nos pontos a, b, c, d;
b) Calcularemos Q, W e ΔEint em cada um dos trechos do ciclo;
c) Determinaremos a eficiência da máquina.

Na expansão adiabática b → c:
𝑄𝑏𝑐 = 0
Primeira Lei da Termodinâmica:
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

∆𝐸𝑖𝑛𝑡𝑏𝑐 = 𝑄𝑏𝑐 − 𝑊𝑏𝑐

∆𝐸𝑖𝑛𝑡𝑏𝑐 = −𝑊𝑏𝑐
Prof. Sergio Turano de Souza

O trabalho realizado pelo gás nesse processo é igual à variação de energia interna
TERMODINÂMICA

com o sinal contrário.

28
EXE.1
ANALISANDO UMA MÁQUINA DE CARNOT
Suponha que 0,200 mol de um gás ideal diatômico passe por um ciclo de Carnot com temperatura de 227 ˚C e 27 ˚C.
A pressão inicial é pa = 10,0 x 105 Pa e, durante a expansão isotérmica, na temperatura mais elevada o volume dobra.
a) Determinaremos as pressões e os volumes nos pontos a, b, c, d;
b) Calcularemos Q, W e ΔEint em cada um dos trechos do ciclo;
c) Determinaremos a eficiência da máquina.

∆𝐸𝑖𝑛𝑡𝑏𝑐 = −𝑊𝑏𝑐 = 𝑛𝐶𝑉 ∆𝑇 = 𝑛𝐶𝑉 𝑇𝐹 − 𝑇𝑄


VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

5
gás ideal diatômico 𝐶𝑉 = 𝑅
2
5 𝐽
∆𝐸𝑖𝑛𝑡𝑏𝑐 = −𝑊𝑏𝑐 = 0,2 𝑚𝑜𝑙 8,31 ൗ𝑚𝑜𝑙 ∙ 𝐾 300𝐾 − 500𝐾
2
Prof. Sergio Turano de Souza

∆𝐸𝑖𝑛𝑡𝑏𝑐 = −832 𝐽
TERMODINÂMICA

𝑊𝑏𝑐 = 832 𝐽
29
EXE.1
ANALISANDO UMA MÁQUINA DE CARNOT
Suponha que 0,200 mol de um gás ideal diatômico passe por um ciclo de Carnot com temperatura de 227 ˚C e 27 ˚C.
A pressão inicial é pa = 10,0 x 105 Pa e, durante a expansão isotérmica, na temperatura mais elevada o volume dobra.
a) Determinaremos as pressões e os volumes nos pontos a, b, c, d;
b) Calcularemos Q, W e ΔEint em cada um dos trechos do ciclo;
c) Determinaremos a eficiência da máquina.

Na compressão isotérmica c → d: ∆𝐸𝑖𝑛𝑡𝑐𝑑 = 0


VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝑉𝑑 29,8 × 10−4 𝑚
𝑊𝑐𝑑 = 𝑄𝐹 = 𝑛𝑅𝑇𝐹 ln = 0,2 𝑚𝑜𝑙 8,31 𝐽/𝑚𝑜𝑙 ∙ 𝐾 300 𝐾 ln
𝑉𝑐 59,6 × 10−4 𝑚
Prof. Sergio Turano de Souza

𝑊𝑐𝑑 = −346 𝐽
TERMODINÂMICA

𝑄𝐹 = −346 𝐽

30
EXE.1
ANALISANDO UMA MÁQUINA DE CARNOT
Suponha que 0,200 mol de um gás ideal diatômico passe por um ciclo de Carnot com temperatura de 227 ˚C e 27 ˚C.
A pressão inicial é pa = 10,0 x 105 Pa e, durante a expansão isotérmica, na temperatura mais elevada o volume dobra.
a) Determinaremos as pressões e os volumes nos pontos a, b, c, d;
b) Calcularemos Q, W e ΔEint em cada um dos trechos do ciclo;
c) Determinaremos a eficiência da máquina.

Na compressão adiabática d → a:
𝑄𝑑𝑎 = 0
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

∆𝐸𝑖𝑛𝑡𝑑𝑎 = −𝑊𝑑𝑎
5 𝐽
∆𝐸𝑖𝑛𝑡𝑑𝑎 = −𝑊𝑑𝑎 = 𝑛𝐶𝑉 ∆𝑇 = 𝑛𝐶𝑉 𝑇𝑄 − 𝑇𝐹 = 0,2 𝑚𝑜𝑙 8,31 ൗ𝑚𝑜𝑙 ∙ 𝐾 500𝐾 − 300𝐾
2
Prof. Sergio Turano de Souza

∆𝐸𝑖𝑛𝑡𝑑𝑎 = +832 𝐽
TERMODINÂMICA

𝑊𝑑𝑎 = −832 𝐽

31
EXE.1
ANALISANDO UMA MÁQUINA DE CARNOT
Suponha que 0,200 mol de um gás ideal diatômico passe por um ciclo de Carnot com temperatura de 227 ˚C e 27 ˚C.
A pressão inicial é pa = 10,0 x 105 Pa e, durante a expansão isotérmica, na temperatura mais elevada o volume dobra.
a) Determinaremos as pressões e os volumes nos pontos a, b, c, d;
b) Calcularemos Q, W e ΔEint em cada um dos trechos do ciclo;
c) Determinaremos a eficiência da máquina.

Resultados encontrados:
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

Processo Q W ΔEint
a→b 576 J 576 J 0
b→c 0 832 J − 832 J
Prof. Sergio Turano de Souza

c→d − 346 J − 346 J 0


TERMODINÂMICA

d→a 0 − 832 J 832 J


Total 230 J 230 J 0
32
EXE.1
ANALISANDO UMA MÁQUINA DE CARNOT
Suponha que 0,200 mol de um gás ideal diatômico passe por um ciclo de Carnot com temperatura de 227 ˚C e 27 ˚C.
A pressão inicial é pa = 10,0 x 105 Pa e, durante a expansão isotérmica, na temperatura mais elevada o volume dobra.
a) Determinaremos as pressões e os volumes nos pontos a, b, c, d;
b) Calcularemos Q, W e ΔEint em cada um dos trechos do ciclo;
c) Determinaremos a eficiência da máquina.

Processo Q W ΔEint
a→b 576 J 576 J 0
b→c 0 832 J − 832 J
c→d − 346 J − 346 J 0
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

d→a 0 − 832 J 832 J


Total 230 J 230 J 0

𝑊 230 𝐽
Eficiência da máquina térmica: 𝜀= = = 0,40 = 40%
𝑄𝑄 576 𝐽
Prof. Sergio Turano de Souza

𝑇𝐹 300
𝜀𝐶 = 1 − =1− = 0,40 = 40%
TERMODINÂMICA

Ou:
𝑇𝑄 500
𝑄𝐹 346
Ou: 𝜀 =1− =1− = 0,40 = 40%
𝑄𝑄 576 Fim do Exercício 33
EXE.2
Uma máquina de Carnot tem uma eficiência de 22,0%. Ela opera entre duas
fontes de calor de temperatura constante cuja diferença é de 75,0 ˚C.
Qual a temperatura da fonte fria e da fonte quente?
∆𝑇 = 𝑇𝑄 − 𝑇𝐹

75 = 𝑇𝑄 − 𝑇𝐹
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝑇𝐹 = 𝑇𝑄 − 75

𝑇𝐹 𝑇𝑄 − 75
𝜀𝐶 = 1 − =1− =
𝑇𝑄 𝑇𝑄
Prof. Sergio Turano de Souza
TERMODINÂMICA

𝑇𝑄 = 341 𝐾
𝑇𝐹 = 266 𝐾
34
BOMBAS TÉRMICAS

Uma bomba térmica é um refrigerador com um objetivo diferente.


O objetivo de um refrigerador é resfriar um corpo ou uma região. O objetivo de uma
bomba térmica é de aquecer um corpo ou uma região.

Se você usa uma bomba térmica para aquecer sua casa, você transfere calor do ar frio
de fora da casa para o ar mais aquecido dentro dela. O objetivo é aquecer o interior da
casa. O trabalho W é realizado sobre uma bomba térmica para absorver calor QF de um
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

reservatório frio e liberar calor QQ para um reservatório quente.


O coeficiente de desempenho para uma bomba térmica é definido por:
𝑄𝑄
𝐶𝐷𝐵𝑇 =
Prof. Sergio Turano de Souza

𝑊
Este coeficiente de desempenho é diferente do de refrigeradores
TERMODINÂMICA

(QF / W).
𝑄𝑄 1
𝐶𝐷𝐵𝑇 = =
𝑄𝑄 − 𝑄𝐹 1 − 𝑄𝐹
Usando W = QQ – QF: 𝑄𝑄 35
O coeficiente de desempenho máximo para uma bomba térmica é obtido usando-se
uma bomba térmica de Carnot.
Então QF / QQ = TF / TQ.
O Coeficiente de desempenho máximo é:

1 𝑇𝑄 𝑇𝑄
𝐶𝐷𝐵𝑇 𝑚𝑎𝑥 = = 𝐶𝐷𝐵𝑇 𝑚𝑎𝑥 =
𝑇𝐹 𝑇𝑄 − 𝑇𝐹 𝑇𝑄 − 𝑇𝐹
1−
𝑇𝑄
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

Bombas térmicas reais apresentam coeficientes de desempenho menores do que


CDBT max devido ao atrito, perdas de calor e outros processos irreversíveis.
Prof. Sergio Turano de Souza

Podemos relacionar o CD (coeficiente térmico do refrigerador) com o CDBT


(coeficiente de desempenho de uma bomba térmica)
TERMODINÂMICA

𝑄𝑄 𝑄𝐹 + 𝑊 𝑄𝐹
𝐶𝐷𝐵𝑇 = = =1+ = 1 + 𝐶𝐷
𝑊 𝑊 𝑊
36
EXE.3
Uma bomba térmica ideal é usada para bombear calor do ar externo, a – 5 °C,
para o reservatório de ar quente do sistema de aquecimento em uma casa, que
está a 40 °C. Quanto trabalho é necessário para bombear 1,0 kJ de calor para
dentro da casa?
𝑇𝑄 = 40 + 273 = 313 𝐾
𝑇𝐹 = −5 + 273 = 268 𝐾
𝑇𝑄 313
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝐶𝐷𝐵𝑇 𝑚𝑎𝑥 = = = 6,956 ≅ 7,0


𝑇𝑄 − 𝑇𝐹 313 − 268
𝑄𝑄 𝑄𝑄 1 𝑘𝐽
𝐶𝐷𝐵𝑇 = → 𝑊= = = 0,143 𝑘𝐽
𝑊 𝐶𝐷𝐵𝑇 7
Prof. Sergio Turano de Souza
TERMODINÂMICA

Observação: Encontramos CD BT max = 7,0. Isto é, a quantidade de calor liberada no


interior da casa pela bomba térmica é 7 vezes maior do que o trabalho realizado sobre
a bomba térmica (apenas 0,14 kJ de trabalho são necessários para bombear 1,0 kJ de
calor para o reservatório de ar quente da casa).
37
EXE.4
Uma bomba térmica fornece 75 MJ/hora para uma casa. Se os
compressores necessitam de 4 kW de energia elétrica, calcule o
coeficiente de desempenho máximo da bomba.

𝑊 75 × 106 𝐽 𝐽
𝑃= 𝑃= = 20833 = 20833 𝑊𝑎𝑡𝑡
𝑡 60 × 60 𝑠 𝑠
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝑄𝑄 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑎 𝑐𝑎𝑠𝑎 20833


𝐶𝐷𝐵𝑇 = = = = 5,21
𝑊 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑑𝑎 4000
Prof. Sergio Turano de Souza

𝐶𝐷𝐵𝑇 = 5,21
TERMODINÂMICA

38
3. IRREVERSIBILIDADE, DESORDEM E ENTROPIA

Todos os processos irreversíveis tem algo em comum – o sistema e seu ambiente


vão para um estado menos ordenado.

Existe uma função termodinâmica chamada entropia (S) que é uma medida do
grau de desordem de um sistema.
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

A entropia S, assim como a pressão p, o volume V, a temperatura T e a energia


interna Eint são uma função do estado de um sistema.

Postulado da entropia:
Prof. Sergio Turano de Souza

Se um processo irreversível ocorre em um sistema fechado, a


TERMODINÂMICA

entropia S do sistema sempre aumenta.

39
A entropia não segue uma lei de conservação, como a energia.

A energia de um sistema fechado é conservada, permanece constante. Nos


processos irreversíveis a entropia de um sistema fechado aumenta.

Chamamos essa variação da entropia de “seta do tempo” (milho → pipoca aumento


da entropia).

Podemos definir a entropia de duas maneiras:


VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

• Em termos da temperatura do sistema T e da energia que o sistema ganha ou


perde em forma de calor Q;
• Contando as diferentes formas de distribuir os átomos ou moléculas que
Prof. Sergio Turano de Souza

compõem o sistema.
TERMODINÂMICA

40
2. VARIAÇÃO DA ENTROPIA

Lembremos da expansão livre de um gás ideal.

Gás no estado de equilíbrio inicial i, confinado por uma


válvula fechada no lado esquerdo de um recipiente
termicamente isolado.

Abrimos a válvula, o gás se expande e ocupa todo o volume


VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

e atinge um estado de equilíbrio final f.

Este é um processo irreversível (as moléculas não voltam


para o recipiente esquerdo).
Prof. Sergio Turano de Souza
TERMODINÂMICA

41
O diagrama p-V.
A pressão e o volume são propriedades de estado
(dependem do estado do gás e não da forma como
chegou a este estado).

Temperatura e energia também são propriedades de


estado.
A entropia também é uma propriedade do
estado.
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝑓
A variação de entropia Sf – Si é: 𝑑𝑄
∆𝑆 = න
𝑖 𝑇
Prof. Sergio Turano de Souza

Q = energia absorvida ou cedida como calor pelo sistema durante o processo.


TERMODINÂMICA

T = temperatura do sistema em kelvins


Como T é sempre positiva, o sinal de ∆S é igual ao sinal de Q.

A unidade de entropia e da variação de entropia é joule/kelvin (J/K) 42


Na expansão livre, quando o gás se expande pressão,
temperatura e volume se comportam de forma imprevisível,
sem situações de equilíbrio.

Não há trajetória no diagrama p-V e não podemos escrever uma


relação entre Q e T para resolver a integral.

E se substituirmos a expansão livre irreversível por um processo


VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

reversível que liga os pontos i e f?

Porque se é reversível podemos plotar uma trajetória no diagrama p-V e


encontrar a relação entre Q e T para calcularmos a entropia S.
Prof. Sergio Turano de Souza

Os pontos i e f de uma expansão livre tem a mesma temperatura, estão na


mesma isoterma.
TERMODINÂMICA

Colocamos então uma expansão isotérmica reversível (T constante).


43
Como é possível uma expansão isotérmica reversível?

Gás confinado em cilindro isolado em contato com uma fonte


de calor mantida à temperatura T.
Colocamos uma quantidade de esferas de chumbo para que a
pressão e o volume do gás fique no estado inicial i.
Removemos lentamente as esferas até um estado f de pressão
e volume.
A temperatura não varia porque o gás permanece em contato
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

com a fonte de calor.

Expansão livre irreversível X Expansão isotérmica


Prof. Sergio Turano de Souza

reversível.

Os dois processos possuem o mesmo estado inicial e o


TERMODINÂMICA

mesmo estado final e , portanto, a variação de entropia


é a mesma nos dois casos.
44
Como o chumbo é removido lentamente, os estados intermediários do gás são
estados de equilíbrio e podem ser representados em um diagrama p-V.
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

1 𝑓
∆𝑆 = 𝑆𝑓 − 𝑆𝑖 = න 𝑑𝑄
𝑇 𝑖

𝑄
Prof. Sergio Turano de Souza

∆𝑆 = (variação de entropia, processo isotérmico)


𝑇
TERMODINÂMICA

Q é a energia total transferida como calor durante o processo.

45
Para manter a temperatura constante T do gás durante a
expansão uma quantidade de calor Q deve ser transferida da
fonte de calor para o gás.

Q é positivo e a entropia aumenta durante o processo isotérmico


e durante a expansão livre.

Para determinar a variação de entropia em um processo


irreversível que ocorre em um sistema fechado substituímos esse
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

processo por qualquer outro processo reversível que ligue os


mesmos estados inicial e final e calculamos a variação de entropia
para esse processo reversível usando a equação:
Prof. Sergio Turano de Souza

𝑓
𝑑𝑄
∆𝑆 = න
𝑖 𝑇
TERMODINÂMICA

46
A ENTROPIA COMO UMA FUNÇÃO DE ESTADO

Verificaremos que a entropia é uma função de estado, ou seja, depende de


estado de um sistema e não do modo como é atingido.

Consideremos um gás ideal em um processo reversível (executado lentamente).


Para cada passo a energia absorvida ou cedida pelo gás na forma de calor é dQ ,
o trabalho realizado pelo gás é dW e a variação da energia interna é dEint.
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

Pela primeira lei da termodinâmica:

dEint = dQ − dW
Prof. Sergio Turano de Souza
TERMODINÂMICA

47
Como vimos: dW = pdV e dEint = nCVdT (calor específico molar à volume constante CV)

Assim dEint = dQ – dW → dQ = dW + dEint

dQ = pdV + nCVdT

Substituindo pV = nRT, isolando p = nRT/V e dividindo por T.

𝑑𝑄 𝑑𝑉 𝑑𝑇
= 𝑛𝑅 + 𝑛𝐶𝑉
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝑇 𝑉 𝑇
𝑓 𝑓 𝑓
Integrando de i até f 𝑑𝑄 𝑑𝑉 𝑑𝑇
න = න 𝑛𝑅 + න 𝑛𝐶𝑉
𝑖 𝑇 𝑖 𝑉 𝑖 𝑇
Prof. Sergio Turano de Souza

O lado esquerdo é a variação da entropia ∆S


𝑉𝑓 𝑇𝑓
TERMODINÂMICA

∆𝑆 = 𝑛𝑅𝑙𝑛 + 𝑛𝐶𝑉 𝑙𝑛
𝑉𝑖 𝑇𝑖
Entropia para qualquer processo reversível que leve o gás do estado i para o estado f
48
𝑉𝑓 𝑇𝑓
Variação da Entropia para um gás ideal ∆𝑆 = 𝑛𝑅𝑙𝑛 + 𝑛𝐶𝑉 𝑙𝑛
𝑉𝑖 𝑇𝑖

𝑉𝑓
ΔS para uma expansão isotérmica de um gás ideal ∆𝑆 = 𝑛𝑅𝑙𝑛 + 0
𝑉𝑖

𝑉𝑓
ΔS para uma expansão livre de um gás ideal ∆𝑆 = 𝑛𝑅𝑙𝑛 + 0
𝑉𝑖
𝑇𝑓
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

ΔS para processos à pressão constante ∆𝑆 = 𝑛𝐶𝑝 𝑙𝑛


𝑇𝑖

ΔS para transferência de calor Q de um reservatório para outro.


𝑄 𝑄
Prof. Sergio Turano de Souza

∆𝑆 = ∆𝑆𝐹 + ∆𝑆𝑄 = −
𝑇𝐹 𝑇𝑄
ΔS para o ciclo de Carnot
𝑄𝐹 𝑄𝑄
TERMODINÂMICA

∆𝑆 = ∆𝑆𝐹 − ∆𝑆𝑄 = − =0
𝑄𝐹 𝑄𝑄 𝑇𝐹 𝑇𝑄
∆𝑆𝐹 = ∆𝑆𝑄 =
𝑇𝐹 𝑇𝑄
∆𝑆𝐶 = 0
49
EXE.4
Suponha que 1,0 mol de nitrogênio esteja confinado no reservatório de
expansão livre. A válvula é aberta e o volume dobra.
Qual a variação da entropia do gás para esse processo irreversível?

Irreversível → Isoterma reversível → Temperatura constante → ΔEint = 0 →

1ª Lei da Termodinâmica → ΔEint = Q – W → Q = W →


VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝑉𝑓
Trabalho em uma Isoterma →𝑄 = 𝑊 = 𝑛𝑅𝑇 ln
𝑉𝑖
𝑉𝑓
Prof. Sergio Turano de Souza

𝑄 𝑛𝑅𝑇 ln 𝑉𝑖 𝑉𝑓 𝐽
Entropia → 𝑆= = = 𝑛𝑅 ln → 𝑆 = 1 𝑚𝑜𝑙 8,31 ln 2
𝑇 𝑇 𝑉𝑖 𝑚𝑜𝑙 ∙ 𝐾
TERMODINÂMICA

𝐽
𝑆 = 5,76
𝐾
50
EXE.5
Suponha que 4,00 mols de um gás ideal sofram uma expansão isotérmica reversível
do volume V1 = 4,00 m³ para uma volume V2 = 8,00 m³ a uma temperatura T = 400 K.
Determine:
a) O trabalho realizado pelo gás;
b) A variação de entropia do gás;
c) Se a expansão fosse reversível e adiabática em vez de isotérmica,, qual seria a
variação da entropia do gás?
𝑛𝑅𝑇
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

𝑊 = න 𝑝𝑑𝑉 → 𝑝𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 → 𝑝= →
𝑉

𝑛𝑅𝑇 𝑑𝑉 𝑉𝑓
𝑊=න 𝑑𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 න → 𝑊 = 𝑛𝑅𝑇 ln
Prof. Sergio Turano de Souza

𝑉 𝑉 𝑉𝑖

𝑉𝑓 𝐽 8
TERMODINÂMICA

𝑊 = 𝑛𝑅𝑇 ln = 4 𝑚𝑜𝑙 8,31 400 𝐾 ln =


𝑉𝑖 𝑚𝑜𝑙 ∙ 𝐾 4

𝑊 = 9,22 𝑘𝐽
51
EXE.5
Suponha que 4,00 mols de um gás ideal sofram uma expansão isotérmica reversível do volume V1 = 4,00 cm³
para uma volume V2 = 8,00 m³ a uma temperatura T = 400 K.
Determine:
a) O trabalho realizado pelo gás;
b) A variação de entropia do gás;
c) Se a expansão fosse reversível e adiabática em vez de isotérmica,, qual seria a variação da entropia do
gás?

𝑄 Isoterma reversível → ΔEint = 0 → Q=W→


VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

∆𝑆 =
𝑇
𝑄 𝑊 9,22 × 103 𝐽
∆𝑆 = = = =
𝑇 𝑇 400 𝐾
Prof. Sergio Turano de Souza

∆𝑆 = 23,1 𝐽/𝐾
TERMODINÂMICA

52
EXE.5
Suponha que 4,00 mols de um gás ideal sofram uma expansão isotérmica reversível do volume V1 = 4,00 cm³
para uma volume V2 = 8,00 m³ a uma temperatura T = 400 K.
Determine:
a) O trabalho realizado pelo gás;
b) A variação de entropia do gás;
c) Se a expansão fosse reversível e adiabática em vez de isotérmica,, qual seria a variação da entropia do
gás?

𝑄=0 → ΔS = 0
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
Prof. Sergio Turano de Souza
TERMODINÂMICA

53
A SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA - ENTROPIA

Quando o processo é reversível a variação da entropia é


positiva.
Mas se é reversível, podemos fazê-lo no sentido contrário
(acrescentando esferas de chumbo), extraindo energia do
gás na forma de calor para evitar que a temperatura
aumente.
Assim, Q é negativo e a entropia deve diminuir (ΔS = Q/T).
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

Mas no primeiro postulado da entropia não diz que a


entropia sempre aumenta?
Prof. Sergio Turano de Souza
TERMODINÂMICA

Não, pois este postulado é apenas para processos


irreversíveis em sistemas fechados.

54
Se considerarmos a fonte como parte do sistema, podemos
calcular separadamente as variações de entropia do gás (que
perde ІQІ) e da fonte (que ganha ІQІ).

ΔSgas = ІQІ / T

A variação da entropia do sistema fechado é a soma desses dois


valores, ou seja, zero.
VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

Reescrevemos então o postulado:

Se um processo ocorre em um sistema fechado, a entropia do


Prof. Sergio Turano de Souza

sistema aumenta para processos irreversíveis e permanece


constante para processos reversíveis. A entropia nunca diminui.
TERMODINÂMICA

55
A entropia pode diminuir em uma parte do sistema fechado, mas sempre existe um
aumento igual ou maior em outra parte do sistema.

Agora enunciamos a segunda lei da termodinâmica:

ΔS > 0 Segunda Lei da Termodinâmica


VI. Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica

O sinal de maior se aplica a processos irreversíveis


O sinal de igualdade a processos reversíveis. Sempre sistemas fechados.
Prof. Sergio Turano de Souza

No mundo real todos os processos são irreversíveis (atrito, turbulência, etc), assim,
em sistemas reais a entropia sempre aumenta.
TERMODINÂMICA

FIM
56
Prof. SERGIO TURANO DE SOUZA
TERMODINÂMICA

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:

HALLIDAY & RESNICK, Fundamentos de Física, v.2,


9ª ed., Livros Técnicos e Científicos Editora. 2012

TIPLER P.A., Física, v.1, 4ª ed.

SEARS & ZEMANSKY, Física II – Termodinâmica e Ondas.

57

Você também pode gostar