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Histórico e
evolução da
assistência
farmacêutica
João Paulo Manfré dos Santos
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Sumário
Unidade 1
Histórico e evolução da assistência farmacêutica������������������������������������� 7
Seção 1
Contextualização da assistência farmacêutica�������������������������������� 8
Seção 2
Evolução da assistência farmacêutica no Brasil����������������������������19
Seção 3
Relações de medicamentos essenciais��������������������������������������������30
Palavras do autor
C
aríssimo leitor, é com muita satisfação que lhe apresentamos esta
obra cujo tema central será a Assistência Farmacêutica, importante
para a formação profissional e para que se garanta o desenvolvimento
de competências e habilidades necessárias para uma atuação de destaque e
alinhada com as necessidades da sociedade.
Para isso trabalharemos com a compreensão do desenvolvimento histó-
rico da assistência farmacêutica até os dias atuais; passaremos pelas carac-
terísticas do ciclo da assistência farmacêutica e discutiremos como se dá a
atenção farmacêutica nesse contexto; isso tudo para alcançarmos, ao final, a
compreensão da assistência farmacêutica no ambiente hospitalar.
Na primeira unidade da obra, teremos os conteúdos da história da assis-
tência farmacêutica, como ela está inserida no Sistema Único de Saúde e os
medicamentos essenciais para realização da mesma.
Na segunda unidade, trataremos dos aspectos gerais do ciclo da assis-
tência farmacêutica, discutiremos sobre o processo de seleção, programação
e aquisição de medicamentos, os aspectos do armazenamento, distribuição e
dispensação de medicamentos, conceitos fundamentais para a compreensão
do material como um todo.
Já na terceira unidade, discutiremos sobre a atenção farmacêutica,
perpassando por normatização, experiências bem-sucedidas, métodos para
acompanhamento farmacoterapêutico e estratégias para controle e prevenção
de complicações relacionadas aos medicamentos.
Por fim, na quarta unidade da obra, debateremos a assistência farmacêu-
tica no âmbito hospitalar com foco na evolução dessa área; quais são suas
diretrizes nas atividades e atribuições; e como se dá o uso racional de medica-
mentos, elementos de farmacoepidemiologia e de farmacoeconomia.
Pois bem, você pode observar que teremos um material bem complexo,
robusto e interessante para sua formação. Desejo a você muito sucesso nesta
jornada e espero que este conteúdo venha a contribuir para a transformação
de sua vida através da educação. Dedique-se, aprofunde seus conhecimentos
e faça a diferença! Bons estudos!
Unidade 1
João Paulo Manfré dos Santos
Convite ao estudo
O Sistema Único de Saúde (SUS) e a saúde pública brasileira são temas
recorrentes em todas as esferas de governo. Sobre isso convido-lhe a fazer
uma reflexão: quantas propagandas e materiais publicitários você já viu sobre
as ações envolvendo o SUS e a saúde pública? Creio que muitas, assim como
já deve ter ouvido, assistido ou lido críticas ao SUS e à saúde pública nos
últimos anos. Mas, para entendermos todo o processo evolutivo e sabermos
quais os próximos passos a serem seguidos, nada melhor do que olhar para
a história e refletir sobre as diferentes óticas e contextos do processo em que
estamos inseridos atualmente, principalmente no tocante ao Sistema Único
de Saúde e suas relações com a evolução da assistência farmacêutica.
Por isso, teremos como mote a compreensão sobre o desenvolvimento
histórico da assistência farmacêutica com seus principais marcos e caminhos,
os quais nos levaram até o modelo que temos atualmente. Esse tema
mostra-se relevante para que você seja capaz de atuar com uma visão ampla
sobre os princípios intrínsecos da assistência farmacêutica e de aplicar seus
conheciementos, de forma satisfatória e destacada, na promoção, proteção e
recuperação da saúde, não importando em qual contexto estará inserido, seja
ele público ou privado.
Para responder aos questionamentos que serão levantados, versaremos
sobre o histórico da assistência farmacêutica, das políticas públicas de saúde
no Brasil, e sobre as principais conquistas da assistência farmacêutica na
década 1990. Também teremos o modelo e a configuração da assistência
farmacêutica no SUS, a lei dos genéricos, a política nacional de medica-
mentos, os aspectos estratégicos e operacionais, bem como a análise e
discussão da relação de medicamentos essenciais.
Seção 1
Diálogo aberto
Estimado aluno, você talvez seja um dos milhares de brasileiros que
necessitam do SUS para ter atenção à saúde; mas, mesmo que não seja parte
desse contingente, certamente conhece alguém que necessite do SUS. E cito
isso para que você busque em suas memórias as dificuldades existentes e
reflita se este sistema está evoluindo adequadamente no contexto da assis-
tência farmacêutica.
Nesse sentido, apresentamos o caso de Alice, senhora viúva de 87 anos
de idade que é pensionista do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Seus proventos, como a maioria dos aposentados e pensionistas brasi-
leiros, não são suficientes para adquirir todos os medicamentos prescritos
por seu médico, considerando que ela apresenta uma série de comorbi-
dades que necessitam de tratamento farmacológico contínuo. Ao procurar
a Unidade Básica de Saúde (UBS) para verificar a possibilidade de obter os
medicamentos através do SUS, ela foi direcionada para o setor de triagem
do local, que identificou prontamente suas necessidades, realizou seu atendi-
mento e procedeu com os agendamentos necessários para, posteriormente,
encaminhá-la ao farmacêutico da Unidade. Durante a consulta, Alice ficou
pensando: desde quando havia aquele serviço no Sistema Único de Saúde?
Será que a Unidade de Saúde pode conceder qualquer tipo de medicamento?
E, por fim, ao conversar com o profissional responsável, Alice quis entender
melhor quais são os medicamentos obrigatoriamente cedidos pelo Estado e
quais são de responsabilidade da União.
Assim sendo, os questionamentos de Alice ao farmacêutico da Unidade Básica
de Saúde durante a consulta fizeram com que ele buscasse seus conhecimentos
relacionados à assistência farmacêutica para que pudesse proceder com as orienta-
ções necessárias, sanando, assim, as dúvidas da paciente. Mas, e você, futuro farma-
cêutico, saberia responder as perguntas de Alice? Aliás, você sabe sobre a evolução
histórica da assistência farmacêutica na saúde pública brasileira?
O que acha de usarmos os conteúdos relacionados ao histórico da assistência
farmacêutica e das políticas públicas de saúde no Brasil que levaram aos princípios
doutrinários do Sistema Único de Saúde? E que tal conhecermos a Política Nacional
de Medicamentos e entendermos a Política Nacional da Assistência Farmacêutica?
Com certeza, se alcançarmos esses objetivos, você notará uma clara compreensão
dos seus futuros desafios enquanto profissional da saúde e do seu papel social!
8
Não pode faltar
9
Essenciais (Rename), dependendo da natureza e da gravidade da doença, em
caráter excepcional, ainda sob responsabilidade do INAMPS.
Toda essa evolução na disponibilização de medicamentos à população
levou à realização de um evento, em 1988, que foi marcante na história da
assistência farmacêutica: o I Encontro Nacional de Assistência Farmacêutica
e Política de Medicamentos por meio do qual foram elaboradas propostas de
assistência farmacêutica que, mais tarde, embasariam o SUS (Sistema Único
de Saúde) com a presença de farmacêuticos em todas as fases.
Diante dos fatos, em 1990 surge a Lei nº 8.080, que rege o SUS e define
o compromisso público de garantia à assistência integral à saúde, inclusive
a farmacêutica, confirmando a garantia constitucional do direito à saúde.
A partir daí, a assistência farmacêutica torna-se elemento fundamental no
SUS e parte integrante da Política Nacional de Saúde (PNS), a qual garante o
acesso da população aos serviços farmacêuticos e a medicamentos e insumos.
Assimile
Portanto, podemos e devemos considerar que a assistência farmacêu-
tica traz a contextualização das concepções de estado, do mercado
farmacêutico e das políticas de saúde, perpassando historicamente a
assistência do farmacêutico à saúde das pessoas, o que acontecia nas
boticas até a fase da industrialização, da expansão do comércio e da
organização dos serviços de saúde. E mesmo com toda a evolução
vivenciada na área, inúmeros são os desafios, os quais vão desde dificul-
dades na infraestrutura e operação a dificuldades no atendimento da
demanda populacional por medicamentos. Todas essas considerações
apresentadas anteriormente visam a destacar o desenvolvimento da
assistência farmacêutica como parte estratégica da Política Nacional de
Saúde (PNS), fato que ficará cada vez mais claro no decorrer do material.
10
profissionais da saúde, de gestores e de consumidores. Além disso, a assis-
tência farmacêutica busca, dentro das suas ações, promover a equidade, ou
seja, fornecer medicamentos para aqueles que realmente necessitam pelo
prazo necessário para a solução do caso.
Outro marco histórico importante nesse mesmo ano é a promulgação
da Lei nº 8.142 que estabelece a participação da comunidade na gestão do
Sistema Único de Saúde e aborda aspectos da transferência de recursos finan-
ceiros intergovernamentais na área da saúde.
Já em 1993, houve a quebra do paradigma sobre o que se entendia por
medicamentos excepcionais e estabeleceu-se a primeira lista de medica-
mentos, que foi sendo ampliada ao longo do tempo. Em 1997, o Decreto
Presidencial n° 2.283 extingue a CEME, responsável pelo fornecimento
de medicamentos, até mesmo os excepcionais, para que, em 1998, fosse
promulgada a Política Nacional de Medicamentos através da Portaria
3.916, que estabelece a priorização do acesso universal aos medicamentos
essenciais e a promoção do uso racional destes. Assim, por ser consi-
derada um marco para a assistência farmacêutica devido a seu caráter
de instrumento balizador da política de medicamentos no Brasil, nela
destaca-se a Rename como um importante instrumento para elencar
os produtos necessários para tratamento e controle da maioria dos
problemas de saúde, promover o uso racional e orientar o financiamento
de medicamentos na assistência farmacêutica.
Aqui devemos aprofundar nossos conhecimentos sobre a Política
Nacional de Medicamentos e, consequentemente, sobre a Assistência
Farmacêutica, já que estão integradas aos princípios do SUS e já que esta
política objetiva garantir a segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos
com a promoção do uso racional destes e a regulação do acesso da população
aos medicamentos essenciais através da ampliação da disponibilidade de
produtos no Sistema Único de Saúde.
A Política Nacional de Medicamentos promoveu o diálogo entre duas
grandes diretrizes da Assistência Farmacêutica, a Regulamentação Sanitária
de Medicamentos e a Garantia da Segurança, Eficácia e Qualidade dos
Medicamentos, marcado pela criação da Agência de Vigilância Sanitária
(Anvisa), pela Lei n° 9.782, de 1999. Assim, a Política Nacional de
Medicamentos também contempla a diretriz da Promoção do Uso Racional
de Medicamentos com ações individuais e articuladas que envolvem diversos
atores desse processo: paciente, profissionais de saúde, gestores e instituições
relacionadas à saúde e ao sistema de saúde.
Em resumo, podemos inferir que a Política Nacional de Medicamentos
serve como um instrumento orientador e transversal aos diferentes governos
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cujos interesses são totalmente antagônicos aos do mercado farmacêutico e
aos do sistema público de saúde.
Seguindo nesse processo evolutivo, em 2000, foram elaborados os
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), que caminharam com
a assistência farmacêutica e estabeleceram as doenças que necessitavam de
medicamentos excepcionais.
Simultaneamente às evoluções relacionadas aos medicamentos excepcio-
nais, foi publicada, em 2002, a Portaria nº 1.318, que definiu os valores de
repasse do Ministério da Saúde aos estados para cada procedimento padro-
nizado, surgindo assim o termo “medicamentos de alto custo”. Porém, obser-
vou-se, na época, que os repasses não condiziam com o custo total desses
medicamentos, ficando aos estados a responsabilidade do restante do custeio
que, com o passar do tempo, foi tornando inviável a operação pelos elevados
custos operacionais (centros de referência, profissionais e medicamentos).
Em face da necessidade de inserir a assistência farmacêutica no contexto
das ações de saúde, em 2003, é criado o Departamento de Assistência
Farmacêutica (DAF). Nesse mesmo ano aconteceu a I Conferência Nacional
de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (CNMAF), a qual gerou a
Resolução nº 338 da Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF)
como parte integrante da Política Nacional de Saúde. Nesse contexto, a
PNAF foi definida como sendo o conjunto de ações para promoção, proteção
e recuperação da saúde individual e coletiva, visando ao acesso e ao uso
racional do medicamento.
Exemplificando
A partir da Política Nacional de Assistência Farmacêutica, diversos
programas foram originados, como o Programa Farmácia Popular do Brasil
(Decreto n° 5.090, de 2004) que garante o acesso a medicamentos e seu
uso racional, além do Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farma-
cêutica (Hórus), cujo objetivo é fornecer informações fidedignas sobre o
acesso, o perfil de utilização, a demanda e o estoque de medicamentos.
12
• CBAF (Componente Básico de Assistência Farmacêutica): respon-
sável pela aquisição de medicamentos e insumos para atenção básica.
• Componente Estratégia da Assistência Farmacêutica: responsável
pelo financiamento de medicamentos para doenças endêmicas.
• CMDE (Componente de Medicamento de Dispensação Excepcional):
responsável pelo fornecimento de medicamentos de elevado
valor unitário.
Ainda seguindo nessa evolução, em 2009, a Portaria nº 2.981 define o
CEAF (Componente Especializado de Assistência Farmacêutica) como
substituto do CMDE, seguindo protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas
(PCDT) do Ministério da Saúde.
Visando regular as formas de acesso aos medicamentos disponibilizados
pelo SUS, em 2011, é editado o Decreto nº 7.508 e é criada a Lei nº 12.401,
que aborda a assistência farmacêutica e a incorporação de tecnologias em
saúde no SUS, além do Decreto nº 7.508, que altera a organização desse
Sistema, o planejamento, a assistência à saúde e a articulação inter-federativa.
Nesse contexto, em 2013, a Portaria nº 1.554 estabelece um novo marco
regulatório do CEAF com a inclusão de novos medicamentos, transferência
de medicamentos para o CBAF e a atualização dos valores de ressarcimento.
Encerrando a nossa trajetória histórica, em 2017, a Portaria nº 3.992
estabelece o financiamento e a transferência dos recursos federais para ações
e serviços públicos de saúde, o que impacta diretamente na organização e
operação da assistência farmacêutica. Veja na Figura 1.1 essa linha do tempo
com os marcos do fortalecimento das políticas farmacêuticas ao longo das
últimas décadas.
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Figura 1.1 | Marcos das políticas voltadas ao contexto da assistência farmacêutica no Brasil
JUN-71 CEME
SET-73 PNI
JAN-75 RENAME
OUT-88 SUS
OUT-98 PNM
JAN-99 ANVISA
FEV-99 GENÉRICOS
JUN-06 PNAF
MAI-09 PNPMF
ABR-11 DECIIS
JUN-12 CONITEC
Reflita
Observamos então que, ao longo do tempo, a assistência farmacêutica
vem se consolidando como um dos principais pilares do SUS e está em
contínuo processo de normatização, controle e evolução. Essa visão
mais ampla é necessária para compreendermos como estamos na atual
conjuntura e quais serão as prováveis evoluções nessa área. E você, caro
aluno, é capaz de enxergar os próximos passos do processo evolutivo da
assistência farmacêutica?
No Brasil, um ponto que merece muito destaque é a forma como vem sendo
implementada a assistência farmacêutica pela União, estados e municípios por
meio das pactuações nas Comissões Bipartites e Tripartites que definem finan-
ciamentos, eleição dos medicamentos, e formas de acesso a estes.
14
Por se tratar dos aspectos históricos que envolvem uma evolução de
aproximadamente 30 anos em um país com dimensões continentais, desigual
e complexo, que passou por inúmeras mudanças políticas, sociais e econô-
micas, a escolha dos recortes históricos partiu do pressuposto dos atos
regulatórios que expressam um esforço nacional de implementação, mas que
não garantem o sucesso futuro das ações voltadas à assistência farmacêutica.
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Avançando na prática
Farmácia Popular
Joaquina, após realizar consulta médica, teve prescrito para seu caso uma série
de medicamentos. Ao verificar a quantidade destes, buscou a Farmácia Popular
para proceder com a compra e, assim, iniciar seu tratamento. Porém, ao chegar à
Farmácia Popular, foi atendida pelo farmacêutico responsável pela unidade e desco-
briu que nem todos os medicamentos dos quais precisava estavam disponíveis, o
que a deixou intrigada. Durante a conversa com o profissional, dona Joaquina quis
entender como funcionava esse programa e quais os critérios de elegibilidade dos
medicamentos. Vamos auxiliar o profissional farmacêutico a responder os questio-
namentos de Joaquina? Para isso, vamos iniciar explicando sobre as principais
características do Programa de Farmácia Popular?
Resolução da situação-problema
O programa Farmácia Popular foi criado em 13 de abril de 2004, através
da Lei n° 10.858, posteriormente regulamentada pelo Decreto n° 5.090,
de 20 de maio de 2004. O programa tem por objetivo ofertar à população
mais uma alternativa de acesso aos medicamentos considerados essenciais,
com o intuito de atender a uma diretriz importante da Política Nacional de
Assistência Farmacêutica por meio de estabelecimentos credenciados que
requerem uma série de documentos às pessoas que desejem fazer uso desse
programa. Portanto, caso algum dos medicamentos prescritos para Joaquina
não esteja na lista de medicamentos essenciais (Rename), ela não conseguirá
no programa Farmácia Popular.
16
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
a. As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não justifica a I.
b. As asserções I e II são verdadeiras e a II justifica a I.
c. A asserção I é verdadeira e a II, falsa.
d. A asserção I é falsa e a II, verdadeira.
e. As asserções I e II são falsas.
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3. Como a assistência farmacêutica está inserida no contexto do Sistema
Único de Saúde, suas ações estão totalmente alinhadas com as diretrizes que
norteiam o sistema público de saúde do Brasil. Com base nessas informa-
ções, relacione a coluna A dos princípios do SUS às características da assis-
tência farmacêutica na coluna B.
COLUNA A COLUNA B
I. Princípio da universilidade 1. A assistência farmacêutica fornece medica-
mentos essenciais à população, até mesmo
os considerados de alto custo.
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Seção 2
Diálogo aberto
Estimado aluno, seja muito bem-vindo à nossa seção de estudos. É com imenso
prazer que o convidamos para estudar os conceitos da assistência farmacêutica,
suas principais conquistas na década de 1990, as perspectivas trazidas pela lei dos
genéricos para a área e seus avanços no âmbito do Sistema Único de Saúde.
Esses são conteúdos importantíssimos para a formação profissional, pois
inúmeras vezes somos expostos tanto aos benefícios da assistência farmacêutica
quanto aos desafios, seja como usuários, seja como cidadãos ou até mesmo como
profissionais, já que o desenvolvimento da sociedade passa pela necessidade de
garantirmos a toda a população direitos básicos, como é o caso da saúde.
Para discutirmos esses temas, voltamos à UBS onde um farmacêutico
local fazia o atendimento à paciente Alice, senhora viúva com várias comor-
bidades e em uso crônico de alguns medicamentos. Ela tem 87 anos, é pensio-
nista do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e seus proventos não são
suficientes para adquirir todos os medicamentos prescritos pelo seu médico.
Durante o atendimento, o farmacêutico conversou bastante com a paciente
sobre a assistência farmacêutica. Particularmente naquele dia, o farmacêu-
tico da UBS estava recebendo a visita de um colega farmacêutico do Núcleo
de Apoio à Saúde da Família (NASF) e, antes de terminar o atendimento a
dona Alice nas dependências da farmácia da UBS, os dois colegas de profissão
conversaram brevemente sobre ela. No meio dessa discussão, o farmacêutico do
NASF levantou alguns pontos ao seu colega, pois tinha dúvidas como: quais seriam
as bases que fundamentam a assistência farmacêutica? Como se deu o processo
histórico e os avanços da assistência farmacêutica no contexto do Sistema Único de
Saúde? Qual a opinião do colega a respeito das perspectivas trazidas para a assis-
tência farmacêutica a partir da lei dos genéricos?
Como poderíamos ajudar o farmacêutico da UBS a esclarecer as dúvidas
do seu colega do NASF?
A compreensão e aprofundamento sobre os conteúdos desta seção
promoverão o desenvolvimento necessário das competências e habilidades
para destacada atuação na assistência farmacêutica, bem como permitirá a
tomada de decisão pautada nos desafios e necessidades sociais relacionadas
ao papel do farmacêutico dentro deste contexto.
Bons estudos!
19
Não pode faltar
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Assimile
Assistência farmacêutica é um conjunto de ações voltadas à promoção,
proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva,
tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e
uso racional.
Isso nos leva a refletir sobre as conquistas obtidas pela assistência farma-
cêutica na década de 1990, na qual foi possível observar enorme esforço do
Ministério da Saúde para o fortalecimento do ramo através de medidas como a
capacitação dos recursos humanos, principalmente da classe dos farmacêuticos.
Observamos também que, nessa década, o princípio da integralidade do
Sistema Único de Saúde foi identificado como a grande resposta às necessi-
dades de saúde da época, o que ponderou todas as ações e políticas implan-
tadas, inclusive as de assistência farmacêutica.
Assim sendo, durante a década de 1990 a Anvisa instituiu as Boas Práticas
de Dispensação, com impacto direto sobre o uso racional de medicamentos.
Já em 1998 foi criado o Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional
de Medicamentos, composto por representantes de várias instituições, redefi-
nido em 2013 e que desenvolveu ações de destaque, tais como o Congresso
Brasileiro de Uso Racional de Medicamentos, além de materiais educativos,
recomendações de órgãos regulatórios e campanhas.
A Anvisa também instituiu o Sistema Nacional de Farmacovigilância, que
contou com forte apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e
de grupos nacionais que defendiam o uso racional de medicamentos.
Ainda no final da década de 1990, podemos observar que algumas associa-
ções independentes surgiram no Brasil com o objetivo de promover o uso
apropriado dos medicamentos, além da realização de parcerias com organi-
zações internacionais de diferentes continentes. Nesse sentido, trazemos
como exemplos o Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF/ENSP/Fiocruz,
criado em 1998) e o Centro Colaborador da OPAS/OMS, que tem atuado em
temas relevantes relacionadas ao uso apropriado de medicamentos.
Dessa maneira, percebemos que a primeira década do Sistema Único de
Saúde foi marcada pelas perspectivas a longo prazo a partir da publicação da
Política Nacional de Medicamentos em 1998, com diretrizes específicas para
a promoção da produção de medicamentos e o desenvolvimento científico e
tecnológico da área.
21
Além disso, houve também outros grandes avanços como a aprovação
da política de genéricos (Lei n° 9.787/1999) e do projeto guarda-chuva, que
estabeleceu a produção de medicamentos antirretrovirais no contexto da
epidemia de HIV/AIDS.
Observe no quadro a seguir alguns eventos que marcaram a regulação da
assistência farmacêutico no Brasil na década de 1990.
Quadro 1.1 | Regulação Sanitária da Década de 1990 Relacionada à Assistência Farmacêutica
Regulação Características
Reflita
A criação do Sistema Único de Saúde, regulamentado pelas Leis
Orgânicas da Saúde – Lei nº 8080/1990 e Lei nº 8142/1990 –, teve como
objetivos audaciosos assegurar os princípios de universalidade, integra-
lidade e equidade. Com base no que estudamos e nas evidências atuais,
questiona-se: esses princípios foram atendidos pela assistência farma-
cêutica? Quais os desafios futuros para garantir que o Sistema Único de
Saúde tenha o sucesso esperado no âmbito da assistência farmacêutica?
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Essa lei determinou que os medicamentos e as prescrições médicas, no
âmbito do Sistema Único de Saúde, adotassem a denominação do princípio
ativo para que as compras do Sistema Único de Saúde dessem preferência ao
medicamento genérico, tendo em vista o menor custo relacionado ele. Veja
na Figura 1.2, como se deu a evolução da participação dos medicamentos
genéricos no mercado após a implantação da lei.
Figura 1.2 | Evolução dos medicamentos genéricos
900
800
700
600
MM US$
500
400
300
200
100
0
2001 2002 2003 2004 2005
genéricos 53 147 198 306 399
referência 833 517 385 403 406
similares 365 276 237 271 338
23
Exemplificando
O estudo de Vieira e Zucchi (2006) exemplifica bem a redução de
preços que os medicamentos genéricos proporcionaram em relação
aos medicamentos de referência, redução esta que fica maior quando
existem mais laboratórios ofertando os mesmos genéricos, em face da
concorrência acirrada desse setor.
24
Sem medo de errar
Avançando na prática
25
a palestra, as principais dúvidas dos técnicos foram sobre as atividades laborais,
tais como: a atribuição do farmacêutico clínico em farmácias privadas ou públicas
é exclusivamente dispensar medicamentos? O farmacêutico pode atuar em áreas
relacionadas à assistência farmacêutica, neste ou em outros segmentos?
Colocando-se no lugar do farmacêutico palestrante, como você respon-
deria a esses questionamentos?
Resolução da situação-problema
As transformações que a profissão do farmacêutico vem sofrendo ao
longo do tempo levaram-no do status que conhecemos hoje à farmácia
clínica, na qual a atuação do profissional aproxima o paciente/cliente da
equipe de saúde e possibilita o desenvolvimento das potencialidades relacio-
nadas à farmacoterapia, alinhado ao que é preconizado e estabelecido nos
conceitos da assistência farmacêutica, cujo objeto central passa pelas garan-
tias de fornecimento e uso seguro e racional de medicamentos, para que,
através da farmacoterapia, seja possível melhorar a qualidade de vida do
paciente/cliente.
Portanto, as atribuições do farmacêutico transcendem apenas a dispen-
sação de medicamentos e passa por inúmeras atividades de gestão e plane-
jamento, principalmente, quando o foco de trabalho é o Sistema Único de
Saúde e a assistência farmacêutica.
26
3,2 2,3 2,3
100
14,7 11,6
18,7
80,0
33,3
34,6
60,0
46,3
(%)
40,0
52,8
48,4
20,0
31,8
0
A/B C D/E
27
2. Os medicamentos genéricos vieram instituídos de uma missão:
ampliar a assistência farmacêutica e promover saúde à população. A imagem
a seguir apresenta os tipos de problemas de saúde, divididos em agudos ou
crônicos, tratados com medicamentos genéricos de acordo com a idade
dos usuários.
40,0
35,1 34,7
35,0
30,0 28,3
25,9
24,7 24,9 25,1
25,0 24,3
(%)
20,0
15,0
10,0
5,0
0
Agudo Crônico
Problema de saúde
28
e. Não é possível realizar inferência acerca do uso de medicamentos
genéricos baseados em casos agudos e crônicos.
29
Seção 3
Diálogo aberto
O noticiário está repleto de informações relacionadas às dificuldades
enfrentadas pelo Sistema Único de Saúde para ofertar aos seus usuários os
medicamentos necessários para tratamento. Muitos desses problemas estão
ligados aos limitados recursos financeiros que obrigam o estabelecimento a
critérios de elegibilidade que visam a garantir tratamento farmacoterapêutico
às doenças mais prevalentes.
Temos como exemplo o caso de Alice, senhora viúva de 87 anos de idade
que é pensionista do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e cujos
proventos não são suficientes para adquirir todos os medicamentos prescritos
por seu médico para tratar uma série de comorbidades que apresenta e que
necessitam de tratamento farmacológico contínuo. Ao procurar a Unidade
Básica de Saúde (UBS) para obter os medicamentos através do SUS, foi
direcionada para o setor de triagem, que identificou suas necessidades e a
encaminhou ao farmacêutico da unidade.
Alice fez vários questionamentos para entender como funcionava a assistência
farmacêutica da unidade. Em um deles, a paciente quis saber se a responsabilidade
de fornecer os medicamentos a ela seria do município, do estado, ou da União.
Novamente, proponho que você se coloque no lugar do profissional e responda:
quais são os medicamentos essenciais para a atenção primária à saúde? Será que
realmente existe uma relação de medicamentos essenciais?
30
Porém, cabe destacar que essa descentralização não exime os gestores federais
e estaduais das responsabilidades relativas à aquisição e distribuição de medica-
mentos essenciais, pois as decisões tomadas por todas as esferas de governo devem
ser pautadas estritamente em critérios técnicos e bem estabelecidos.
Assim, para que as políticas de medicamentos alcancem os resul-
tados almejados, as três esferas gestoras do Sistema Único de Saúde devem
promover o contínuo desenvolvimento e capacitação de recursos humanos,
configurando mecanismos privilegiados de articulação intersetorial.
Todavia, o cotidiano evidencia o quanto é difícil assegurar à população o
acesso aos medicamentos, mesmo que este acesso seja um direito garantido
constitucionalmente aos usuários do Sistema Único de Saúde, o que deixa
evidente o abismo existente entre o SUS legal e o SUS real.
Assimile
É responsabilidade do Estado, dentro das suas três esferas de governo,
a garantia do direito à saúde (Constituição Federal de 1988), enfatizada
pela Política Nacional de Medicamentos, que trabalha em linha com a
Constituição e a Lei Orgânica do Sistema Único de Saúde como uma
política universalista e igualitária.
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A Rename busca proporcionar racionalidade à utilização de medica-
mentos através da eficácia, da qualidade e do custo-efetividade, que apresenta
como vantagens:
• Retirada de substâncias ineficazes ou tóxicas.
• Opção por medicamentos de melhor custo-efetividade em relação a
medicamentos equivalentes.
• Gerência mais eficiente de um estoque limitado de fármacos.
• Aderência ao que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde
(OMS): eficácia, segurança, conveniência, qualidade e comparação
de custo.
Em face disso, a Rename é considerada como o eixo cíclico da assistência
farmacêutica, pois é a partir dela que as demais atividades de programação,
aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação são desenvolvidas.
Além do mais, é através da Rename que se abrangem medicamentos necessá-
rios para o tratamento e controle das doenças consideradas prioritárias, bem
como garante-se a melhoria no acesso, na equidade, na qualidade e na efici-
ência dos sistemas de saúde por meio da redução dos gastos desnecessários,
não sendo este um procedimento estático, mas para o qual se consideram as
novas evidências sobre os medicamentos e os tratamentos disponíveis.
Então, os medicamentos considerados na Rename são aqueles que:
• Apresentam menores riscos.
• Têm baixo custo.
• Têm prioridade aos medicamentos genéricos.
• Atendam quadro epidemiológico do país.
• Representam prioridades em saúde pública.
• Têm evidências de ensaios clínicos aleatórios, revisões sistemáticas
e metanálises.
• Apresentam aplicabilidade às condições nacionais.
Em face de tudo o que foi descrito, entendemos a seriedade de haver um
empenho multidisciplinar para que os prescritores possam notar a impor-
tância dessa lista e dar prioridade à Rename, pois é sabido que existem
problemas relacionados ao desabastecimento e à judicialização da assistência
farmacêutica, que, muitas vezes, indicam até medicamentos importados que
podem estar prescritos na farmacoterapia.
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Assim, observa-se um grande desafio para garantir que haja ampla disse-
minação da Rename a todos os níveis de gestão pública da saúde, abrangendo
prescritores, setores acadêmicos, serviços de saúde e organismos profissionais.
Reflita
Se a Rename serve como base ao desenvolvimento científico e tecno-
lógico para produção de medicamentos, como podemos garantir que
esse desenvolvimento esteja voltado para o controle das enfermidades
prioritárias em saúde pública nos diversos níveis de atenção?
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Figura 1.3 | Construção das relações de medicamentos
Situação Modelos
Seleção de Medicamentos
epidemiológica de atenção
Pedidos Pedidos
administrativos judiciais
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Figura 1.4 | Processo de revisão do elenco estadual de medicamentos
Exemplificando
É papel do gestor municipal a elaboração da Remume baseada nas
necessidades decorrentes do perfil nosológico da população do
município. Porém, em casos de prescrição não padronizada, falta de
conhecimento do prescritor dos medicamentos disponibilizados e
diminuição do acesso dos usuários aos medicamentos essenciais, pode
haver dificuldades na padronização dos medicamentos na Remume.
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Em resumo, as listas de medicamentos essenciais, sejam elas nacionais,
estaduais ou municipais, servem como importantes indicadores de qualidade
das prescrições, já que são concebidas a partir da epidemiologia e de critérios
de eficácia, segurança e qualidade de medicamentos. Por isso, suas atuali-
zações devem ser periódicas, realizadas por uma comissão multidisciplinar
que trabalhe conjuntamente à divulgação das listas aos prescritores e com o
abastecimento regular dos medicamentos.
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saúde pública, evidências de ensaios clínicos aleatórios, revisões sistemáticas
e metanálises e aplicabilidade às condições nacionais.
Os estados também devem elaborar suas próprias listas de medicamentos
essenciais e, rotineiramente, atualizá-las, com vistas a fortalecer o processo
de descentralização da gestão e de priorizar e direcionar a aplicação de
recursos financeiros das três esferas de governo. A seleção de medicamentos
essenciais para os estados compõe a Resme, que deve utilizar a Rename como
base, podendo incorporar medicações específicas e complementares desde
que sejam assumidos os financiadores responsáveis.
Além disso, a nível municipal, temos a Remume, que garante o acesso
dos municípios brasileiros aos medicamentos da atenção básica, com base na
Rename, considerando a prevalência e incidência de doenças e organização
dos serviços de saúde.
Avançando na prática
Resolução da situação-problema
É possível, sim, que haja a prescrição de medicamentos inexistentes na
lista da Remume, ato que pode ser justificado pela inadequação da lista à
realidade e à necessidade de saúde da população, o que gera lacunas terapêu-
ticas. Além disso, não parece ser impeditivo aos prescritores a indicação de medica-
mentos não essenciais, mesmo com todo o regulatório que preconiza a prescrição
de medicamentos listados na Remume, de preferência os genéricos.
Nesse sentido, podemos determinar que parte dos medicamentos
prescritos não estão na Remume e, por isso, há necessidade de divulgar essa
lista para os profissionais que prescrevem medicamentos. Assim, para que
haja o sucesso da Remume, é necessária uma atualização permanente do
37
elenco de medicamentos, feita por uma equipe multidisciplinar, que garanta
o abastecimento regular de medicamentos na farmácia.
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III. A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) deve ser
abrangente o suficiente para atender as demandas dos dois municípios.
IV. A Remume dos dois municípios pode e deve ser diferente.
39
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