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Atenção Farmacêutica
MÓDULO II
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MÓDULO II
DEFINIÇÕES
a) Farmácia: estabelecimento de prestação de serviços farmacêuticos de interesse
público e/ou privado, articulada ao Sistema Único de Saúde, destinada a prestar
assistência farmacêutica e orientação sanitária individual ou coletiva, onde se
processe a manipulação e/ou dispensação de produtos de produtos e correlatos com
finalidade profilática, curativa, paliativa, estética ou para fins de diagnóstico.
b) Remédio: é todo meio utilizado fim de restituir o organismo enfermo à normalidade;
Ex: ginástica, luz, calor, conversa, música, etc.
c) Medicamento: é toda substância química que tem ação profilática, terapêutica ou que
atua como auxiliar de diagnóstico. Por exemplo: vacinas, antibióticos, etc.
d) Responsabilidade Técnica: é o ato da aplicação dos conhecimentos técnicos e
profissionais, cuja responsabilidade objetiva, está sujeita á sanções de natureza cível,
penal e administrativa.
e) Assistência Farmacêutica: é o conjunto de ações e serviços que visam assegurar a
assistência integral, a promoção, a proteção e a recuperação da saúde nos
estabelecimentos públicos ou privados, desempenhados pelo farmacêutico ou sob sua
supervisão.
f) Assistência Técnica: é o conjunto de atividades profissionais que requer
obrigatoriamente a presença física do farmacêutico nos serviços inerentes ao âmbito
da profissão farmacêutica efetuando a assistência e atenção farmacêutica
g) Atenção Farmacêutica: é o conceito de prática profissional no qual o paciente é o
principal beneficiário das ações do farmacêutico. A atenção é o compêndio das
atitudes, dos comportamentos, dos compromissos, das inquietudes, dos valores
éticos, das funções, dos conhecimentos, das responsabilidades e das habilidades dos
farmacêuticos na prestação da farmacoterapia, com objetivo de alcançar resultados
terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente.
h) Ato Farmacêutico: ato privativo do farmacêutico por seus conhecimentos adquiridos
durante sua formação acadêmica como perito do medicamento
i) Automedicação Responsável: uso de medicamento não prescrito sob orientação e
acompanhamento do farmacêutico
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j) Medicamentos Não Prescritos: são aqueles cuja dispensação não requer prescrição
por profissional habilitado
k) Dipensação: ato farmacêutico de orientação e fornecimento aos usuários de
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não.
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Entre os problemas relacionados ao uso de medicamentos podem se citar os seguintes:
- Doenças ou indicações não tratadas: o paciente tem um problema de saúde que
requer farmacoterapia, mas não recebe o medicamento para essa indicação.
- Escolha inadequada do medicamento: o paciente tem uma indicação para o uso de um
medicamento, mas está tomando o medicamento incorreto.
- Falha ao receber o medicamento: O paciente tem um problema de saúde, mas termina
por não receber a quantidade necessária do medicamento certo por razões
farmacêuticas, psicológicas, sociais ou econômicas.
- Dose sub- terapêutica: O paciente é tratado com quantidade insuficiente do
medicamento certo
- Superdosagem: O paciente é tratado com excessiva quantidade do medicamento certo
(toxicidade)
- Efeitos adversos: O paciente tem um problema de saúde inesperado (reação adversa,
hipersenbilidade, etc.) que é produto do uso de medicamentos na quantidade e forma
corretas.
- Interações farmacológicas: O paciente tem um problema de saúde que é resultado de
interações droga - droga ou droga – alimento
- Automedicação irresponsável: O paciente está tomando um medicamento sem
indicação profissional válida
O paciente tem a responsabilidade de ajudar a alcançar os resultados desejados se
comprometendo a assumir condutas que contribuam e não interfiram neles. Por outro
lado, os farmacêuticos e demais profissionais da saúde têm a obrigação de educar os
pacientes sobre os hábitos necessários que contribuam para alcançar os resultados
desejados.
- Qualidade de vida: Uma completa análise sobre a qualidade de vida dos pacientes
deve incluir dados objetivos e subjetivos de cada paciente. O paciente deve se
comprometer, informalmente, com o estabelecimento de metas par sua terapia.
- Responsabilidade: A relação fundamental em todo tipo de atenção ao paciente é o
intercâmbio mútuo de benefícios, no qual paciente concede autoridade ao provedor e o
provedor entrega, a sua vez, conhecimento e assume o compromisso ante o paciente.
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Este compromisso significa confiança e responsabilidade. Como membro responsável da
equipe de saúde, o farmacêutico deve documentar a atenção prestada.
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- Sólido conhecimento em farmacologia
- Motivação pelo paciente
- Capacidade de integração com a equipe de saúde
- Responsabilidade quanto ao tratamento do paciente
g) Processo de Seleção do paciente:
- Pacientes crônicos que não cumprem o tratamento
- Com dois ou mais diagnósticos
- Com cinco ou mais medicamentos prescritos
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MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SANGUE/ SISTEMA HEMATOPOÉTICO
A) Antianêmicos: A anemia é causa da principalmente pela carência de ferro, vitamina
B12 e ácido fólico no organismo.
# Fármacos que repõem a falta de ferro: São bem absorvidas uma ou duas horas depois
das refeições, com água ou suco de frutas. Ex.: Ferromaltose (Noripurum), Sulfato ferroso
(Sulfato Ferroso).
Orientação ao paciente:
- Doses excessivas podem levar à morte
- A administração via intramolecular ou intravenosa deve ser lenta
- Esses fármacos formam complexos com cálcio, café, cereais, chás e ovos, diminuindo
a absorção.
# Fármacos que repõem a falta de vitaminas B12. Por via oral, deve-se evitar a
associação da vitamina B12 com a vitamina C, pois esta pode destruí-la. Ex.:
Cianocobalamina (Cianocobalamina), Cobamamida (Enzicoba), Hidroxicobalamina
(Rubranova).
# Fármacos que repõem a falta de ácido fólico e folatos: O ácido fólico e os folatos agem
na síntese de DNA e RNA. Estão presentes em quase todos os vegetais, porém o
cozimento prolongado leva à sua destruição. Um copo de suco fresco por dia é suficiente
para manter os níveis desses componentes adequados no organismo. Ex.: Ácido fólico (
Acfol, Enfolin, Noripurum Fólico), Ácido foliníco ( Leucovorin, Tecnovorin).
B) Antineutropênicos: Usados no tratamento da diminuição de neutrófilos, que pode ser
causada pelo uso indevido de medicamentos, como anticonvulsivante e antineoplásicos, e
por doenças heredetárias ou congênitas. Ex.: Filgrastim (Granulokine), Molgramostin
(Leucomax).
C) Anticoagulantes. Prolongam o tempo de coagulação do sangue. Usados nos casos de
infarto, embolia e doença vascular. Podem Ter ação direta ou indireta.
- Ação direta: Quebram o trombo; usados para ação rápida, são representados pela
heparina e seus derivados. Ex.: Heparina (Liquemine, Trombofob, Venalot, Hirudoid)
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- Ação indireta: Inibem a síntese de vitamina K; usados para profilaxia e ação
prolongada. Ex.: Fempocumona (Marcoumar), Fenindiona (Dindevan), Varfarina
(Marevan)
D) Coagulante ou hemostáticos: usados para estancar hemorragias, restabelecendo a
hemostasia. Ex.: Complexo protrombínico humano
(Prothormplex), Fator K (nove) de coagulação (Bebulin).
E) Antitrombótico: Previnem a formação de trombos, diminuindo a adesividade das
plaquetas. Ex.: Dipiridamo (Persatin), Ticlopidina (Ticlid), Ácido acetilsalicílico
(Aspirina)
F) Fibrinolíticos: Dissolvem trombos. Também são chamados trombolíticos.
Ex.: Estreptoquinase (Kabiquinase), Alteplase (Actilyse)
G) Antifibrinolíticos: Auxiliam a controlar hemorragia grave, associada a fibrinólise
excessiva. Ex.: Ácido aminocapróico (Ipsilon), Ácido tranexânico (Transamin)
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B) Antiácidos: neutralizam a acidez do estômago. Ex.: Bicarbonatos de sódio
(Bicarbonato de sódio) , Hidróxido de magnésio (Leite de Magnésia) , Sais de alumínio
(Aldrox, Maalox).
C) Antiemético. Impedem o refluxo do vômito. Ex.: Bromoprida (Digesan), Dimenidrinato
(Dramin), Metoclopramida (Plasil).
D) Laxativos ou estimulantes intestinais: drogas de ação suave sobre o intestino. Ex.:
Sene em pó + tamarindo (Tamarine), Mucilóide hidrófilo de psilio (Metamucil).
E) Purgativos: drogas de ação enérgica sobre o intestino. EX.: Óleo de rícino (Laxol).
F) Antidiarréicos: diminuem ou eliminam a diarréia.Ex.: Elixir Paregórico (Lomotil),
Loperamida (Imosec) . Muitos antidiarréicos foram proibidos ou houve a restrição à
sua venda devido ao perigo de intoxicação.
G) Antifiséticos: agentes antiespumas, os antifiséticos alteram a tensão superficial dos
gases intestinais. Ex.: Dimeticona (Luftal).
H) Bloqueadores da secreção gástrica: bloqueiam a formação de secreção gástrica,
diminuindo a gastrite e a úlcera. Ex.: Cimetidina (Tagamet), Ranitidina (Zylium) ,
Omeprazol (Losec)
MEDICAMENTOS ANTIALÉRGICOS
A) Anti-histaminicos: bloqueiam ação da histamina. EX.: Ciproheptadina (Periatin),
Dexclorfeniramina (Polaramine), Climastina (Agasten)
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B) Corticóides: hormônios da supra – renal, com propriedades antiinflamatórias,
antialérgica e anti-reumática potentes. Ex.: Predinisona (Meticorten), Triancinolona (
Oncilon), Dexametasona( Decadron), Metilprednisolona
(Solumedrol)
MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SITAEMA NERVOSO CENTRAL
A) Analgésico: medicamentos utilizados para diminuir ou eliminar a dor, provocando
também a queda da temperatura em pacientes febris.
Narcóticos
Ex.: Morfina (Dimorf), Petidina (Dolantina)
Não – narcóticos: suprimem a dor superficial (cefaléias, mialgias e artralgias).
Ex.: Ácido acetilsalicílico (AAS), Paracetamol (Tylenol, Dorico), Dipirona (Novalgina,
Magnopyrol)
B) ANTIINFLAMTÓRIOS: reduzem ou eliminam a inflamação. Ex.: Diclofenaco (Voltaren)
, Indometacina (Indocid), Benzidamina (Benflogin)
C) Sedativos: reduzem a atividade, moderam a excitação e acalmam o paciente.
Ex.: Levomepromazina (Neozine), Pimeticeno (Muricalm)
D) Hipnóticos: produzem torpor, facilitando a instalação e a manutenção do sono. Porém,
como se trata de um sono provocado artificialmente, o paciente apresenta dificuldade
de acordar. Ex.: Fenobarbital (Gardenal), Midazolam (Dormonid), Flurazepam
(Dalmadron).
E) Psicotrópicos: substâncias capazes de atuar seletivamente sobre as células nervosas
que regulam os processos psíquicos do homem. Interferem nos processos mentais,
por exemplo, secando, estimulando ou alternado o humor, o pensamento e o
comportamento.
- Neurolépticos ou tranqüilizantes maiores: exercem ação sobre a excitação e
agressividade, bem como sobre as atividades delirante e alucinatória. Ex.: Haloperidol
(Haldol), Clorpromazina (Amplictil), Levopromazina (Neozine)
- Ansiolíticos ou tranqüilizantes menores: atuam na ansiedade e na tensão em
pacientes com problemas neurológicos. Quando usados em pequenas doses, não
chegam a provocar sono, apenas facilitam sua instalação. Ex.: Bromazepam
(Lexotam), Clordiazepóxido (Psicosedin), Lorazepam (Lorax)
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- Antidepresssivos: diminuem a depressão, porém para Ter efeitos positivos, devem ser
usados por três semanas no mínimo. EX.: Imipramina (Tofranil), Amitriptilina
(Tryptanol)
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