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Ano 40 • n• 382
Novembro 2018
T-CROSS
PRÁTICO, INTUITIVO,
SEGURO E DESCOLADO
Dado Guião
PRESIDENTE ASSOBRAV/GRUPO DISAL
S H OW R O O M
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SUMÁRIO
3 Recado
6 Quem Passou Por Aqui
8 Gente
14 Capa
22 Rally de Regularidade
26 A Passeio
32 Notícias do Grupo Disal
33 Sucessão
34 Se Não Me Falha a Memória
35 Marketing
36 Mestre Cervejeiro
37 Sabor Particular
38 Vinhos&Videiras
4 S H OW R O O M
Conselho de Ex-Presidentes
6 S H OW R O O M
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GENTE
Longevas e inovadoras
SILVIA BELLA
VW Santa Emilia
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GENTE
bem ao estilo da Ribeirão que Santa Emília, exemplo de con-
acolhe forasteiros e impulsio- duta para seus descendentes e
na o desenvolvimento dentro para toda a região de Ribeirão
da filosofia da Nova Economia, Preto.
mais transparente, inovadora e “Atraído pelo que lhe contou um
humana. viajante sobre a cidade e as con-
tratações que a empresa Diede-
Trabalho e união familiar, richsen, já àquela época uma
valores comuns organização bastante sólida,
Assim como a Região é uma das estava fazendo, o Sr. Penna, em
mais ricas de São Paulo, apre- 1910, deixou a casa materna no
sentando elevado padrão de Vale do Paraíba e mudou o rumo
Manoel Penna vida, com renda, consumo e lon- de sua vida”, recorda Rui Flávio
gevidade, os grupos familiares Guião, em seu livro, onde relata
Santa Emília e Stéfani seguem a episódios interessantes dos an-
mesma trilha de prosperidade. tepassados de sua mulher, Cecí-
O início de ambos teve percal- lia Penna de Barros Cruz, e dele.
ços, mas como regra entre os
empresários bem-sucedidos, os Um legado e conduta
ancestrais que deram origem A admiração pelo Sr. Penna é ge-
às empresas fortes de hoje lu- ral, não apenas como homem de
taram bravamente, aprendendo negócios, mas como ser huma-
mais com os erros do que com no, simpaticíssimo e carismático,
Manoel e Augusto Penna de Barros Cruz as vitórias. e atuante na comunidade, carac-
“Meu pai, Nilo de Stéfani, e seus terísticas que passou aos des-
irmãos começaram a trabalhar cendentes. O neto Augusto, titu-
muito cedo. Naquele tempo era lar da VW Santa Emília Ônibus
permitido que crianças reali- e Caminhões e ex-presidente
zassem tarefas simples e com 7, da Acav, entidade de classe que
8 anos já traziam dinheiro para representa os concessionários,
casa, que era cuidadosamente recorda o seu “controle com
guardado pelo pai deles, meu gastos, a rigidez na administra-
“nonno”. De tempos em tempos, ção, mas também o carinho e a
o nonno reunia a turma e dizia: dedicação extrema à família”.
“vocês já têm tanto”. O dinheiro
era dos quatro, não importando União e diligência são traços
com quanto cada um tinha con- marcantes às famílias dos gru-
tribuído. Um dia o dinheiro foi pos empresariais aqui retrata-
suficiente para dar início a um dos, com destaque muito re-
Sucessores de Augusto Cruz negócio. E assim nasceu levante para as mulheres. Na
a pequena indústria e vanguarda do seu tempo, ins-
comércio de artefatos de truídas e corajosas não poupa-
argila, em Jaboticabal, a ram esforços para amparar os
50 quilômetros de Ribei- negócios e cultivar a harmonia
rão Preto”, conta Ricardo das famílias.
Stéfani. “Foi minha bisavó quem subsi-
diou o pouquíssimo dinheiro que
Essa mesma disciplina e meu avô, Manoel Penna, trouxe
vontade de vencer moti- para Ribeirão para começar a
vou o jovem Manoel Pen- vida. Era praticamente a quan-
na, patriarca do Grupo tia da passagem e um mês de
hospedagem em uma pensão”,
revela Augusto, cuja filha, Janai-
na, surpreende a quem entra na
Cecília Cruz e Rui Flávio Guião com a família oficina e a vê, em meio aos ca-
de Dado Guião, presidente da Assobrav minhões, na lida com os mecâni-
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incomum nas empresas administrativa há cin- xugamento drástico em Já, Rui Flávio, como pre-
familiares e que depois co anos, não estaríamos nossas despesas e na sidente do Conselho da
foi incorporada ao nos- hoje aqui para contar a área administrativa que Divisão da Santa Emília
so Grupo”, conta Rui história”, diz. chegava a representar Autos e não mais presen-
Flávio. O Grupo Stéfani Ribei- 5%, 6% do faturamento. te na operação, tem uma
Para Ricardo Stéfani, rão Diesel reuniu 100% Hoje estamos numa faixa visão de médio e longo
que tinha apenas 34 da rotina financeira de de 3%, que ainda é caro, prazo: “Nosso negócio
anos quando a VW Ita- todas as empresas em mas já bem melhor”, re- passa por grandes mu-
cuã entrou para o Gru- um Centro Financei- vela. danças, onde os carros
po, a impressão não foi ro, em Ribeirão Preto e híbridos, elétricos, au-
diferente. “A chegada 100% da contabilidade O futuro tônomos, a venda pelas
da marca VW foi mais de todas as empresas Passado o pior momen- redes sociais, são apenas
uma conquista e uma em um Centro Contábil, to, é hora de olhar para o uma parte da reformula-
conquista muito deseja- em Jabuticabal, para re- futuro. Ambos os grupos ção que as concessioná-
da para nós, que come- duzir custos administra- empresariais apostam rias de veículos terão que
çamos nesse negócio tivos. A medida trouxe na retomada do setor au- fazer para adequar-se ao
com a comercialização um importante ganho tomotivo, ainda que em futuro. Na Santa Emília já
dos caminhões Merce- em escala. “Pense em níveis mais baixos do montamos uma Central
des, em 1957, e não pa- perder dinheiro. Mas que os verificados em Digital para gerenciar
ramos mais, agregando perder dinheiro com tempos de bonança. A os leads e estamos em
outras marcas, como os vontade, além de deixar marca Volkswagen, par- contato permanente com
automóveis Simca e os de ganhar!”, diz Ricar- ticularmente, alenta os novas tecnologias. Nos-
tratores Massey Fergu- do, em seu habitual bom empresários com a re- sos sucessores são bem
son, até as marcas que humor, hoje em que a viravolta que promoveu preparados e continuam
hoje representamos. crise foi superada. “Os em sua cultura. “Hoje, investindo em seu apri-
Nos anos 1980, a Volks- últimos seis anos foram com o T-Cross, que de- moramento cultural e
wagen dominava o mer- terríveis para o nosso veremos receber em profissional, participan-
cado, mas todo o setor negócio, porque, na ver- abril do ano que vem, do de cursos e eventos
vendia muito. Já, 30 anos dade, a crise começou ingressamos em um seg- ligados às novas tecnolo-
depois, tudo mudou, e antes em Ribeirão, por mento do qual não parti- gias. Meu filho Dado, hoje
acredito mesmo que conta do abalo no setor cipávamos e que repre- presidente da Assobrav,
tenha sido a pior crise sucroalcooleiro. Então, senta 30% do mercado”, é ele próprio um gran-
já enfrentada por nós. desde 2013 começamos comemora Ricardo Sté- de incentivador da Rede
Particularmente no nos- a cortar despesas vio- fani, mas adverte: “mes- Volkswagen nesse senti-
so Grupo, se não tivés- lentamente. Foi um pro- mo com a melhora que do. Portanto, acredito que
semos promovido uma cesso muito doloroso, certamente virá para o continuaremos vendendo
mudança radical em porque reduzimos pes- nosso negócio, é preciso motos, carros, caminhões
toda a nossa estrutura soal, inclusive gente da ter em mente que custos e ônibus, mas de uma
família, fechamos lojas, são como unhas, é ne- maneira diferente e cer-
enfim, fizemos um en- cessário cortar sempre.” tamente mais criativa.”
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T-Cross,
o novo SUV que
vai revolucionar
seu segmento
O novo modelo da
Volkswagen, que será
produzido no Brasil para
o mercado interno com
atributos exclusivos e para
toda a América Latina, a partir
de 2019, foi mundialmente
apresentado, via internet, dia
25 de outubro, com a presença
do vice-presidente mundial
de Vendas e Marketing da
Companhia, Jürgen Stackmann
e demais membros do Board.
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novos acessórios exclu- a avant premiere do Sa- neste Salão o protóti-
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nho off-road. O DNA da Ta- tado ao se abrir a tampa tal. Entre os elementos que cha-
rok adiciona uma dinâmica traseira ou utilizar o novo mam a atenção estão uma barra
empolgante ao segmento.” mecanismo que permite o colorida (Cypress Metallic) que
rebatimento do painel tra- se estende por todo o painel.
seiro da cabine. Dessa for- Essa barra contorna o sistema
VW Tarok, uma grata ma, o motorista pode ain- de infotainment, os controles de
surpresa da utilizar a parte de trás ar-condicionado e o cockpit di-
A Tarok atraiu grande públi- da cabine para transportar gital, que, combinados, formam
co para o espaço em que es- itens compridos. A capa- os principais elementos da cabi-
tava exposta e os principais cidade máxima de carga é ne com todos os mostradores e
comentários se referiam à elevada: uma tonelada. Já controles em um só eixo visual e
versatilidade do comparti- o interior indica o novo ca- operacional.
mento de carga. minho da Volkswagen no
No modelo, o espaço no segmento de picapes, com Eletrificação
assoalho pode ser aumen- seu desenho bastante digi- No “Salão dos Elétricos”, como
ficou designada esta mostra de
São Paulo, praticamente todas as
montadoras apresentaram seus
projetos de carros elétricos. E a
Volkswasgen, uma das primeiras
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S H OW R O O M
Amarok Spirit
de a velocidade e o tempo são
predefinidos.
Instruções detalhadas
“A planilha mostra as velocida-
des que devem ser respeitadas
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RALLY
Próximo rally já programa- mero 41. Enrico Donati Quijada e O segundo lugar ficou para o
do para 2019 Glaucio Peron, piloto e navegador, casal Maurício e Juliana Chiodi-
Gustavo Silveira Fávero, titular da clientes da VW Balila, de Indaiatu- ni, clientes da VW Ápia, de Rio
VW Laranjal, outro organizador do ba e VW Germânica, respectiva- Claro, e a terceira posição, para
evento, também destacou o estrei- mente, comemoraram merecida- Bruno Atoline e Maira Adorno, da
tamento do relacionamento com mente o primeiro lugar. A dupla cidade de Águas de São Pedro.
o cliente de Amarok, promovido já vinha participando de algumas Surpreendentemente, Rene Col-
pelo Rally: “Neste primeiro even- provas, mas nada tão “profissional leto não se classificou entre os 10
to, que foi também a nossa estreia, quanto este rally”, segundo Pe- primeiros. Ficou apenas com 30ª,
tivemos 80 carros, o que para nós, ron, o navegador, que utiliza a sua posição, atrás mesmo do tranqui-
superou a expectativa. Temos cer- Amarok “na lida, na roça”, e ago- lo motorista, Marcelo Cyrino da
teza de que a partir desta prova, ra também na diversão - “o que é Silva, da VW Ápia, que chegou
o rally de regularidade se tornará melhor ainda”. em 20º lugar. Aliás, nenhum dos
uma prática em nossa região, tan- Ambos já estão em sua segunda concessionários participantes
to é, que já estamos preparando o Amarok e a paixão pelo carro fica superou seus clientes, que com-
evento do ano que vem em quatro evidente. “A picape é extraordi- provaram ser melhores pilotos e
etapas. Será um rally muito mais nária. Forte, confortável, na posi- navegadores mais atentos. Como
bem elaborado, mais profissional ção de motorista parece que se “prêmio de consolação para a
ainda”, destacou. está dirigindo um carro de luxo, Rede VW”, mas com grande dis-
Já, para o especialista Cacá Clau- e vista como utilitário, a picape é tinção para Gustavo Fávero e sua
set, que considera a experimenta- a melhor do segmento, sem dú- mulher Laura Escomparim, da
ção de produtos importantíssima vida”, comentou o piloto, Enrico VW Laranjal, o 10º lugar foi mui-
nos dias de hoje, eventos como o Quijada. to festejado.
organizado pela Região II da Rede
VW demonstram não só a preocu-
pação dos empresários com o fu-
turo do seu negócio, mas em como
tornar a Amarok dia a dia mais
próxima do público. “O cliente de
Amarok é alguém que busca mais
do que o presumível em um carro.
Ele quer ter o carro como elo de
relacionamento, porque quando
ele adquire uma Amarok não está
apenas ganhando uma chave, mas
ganhando novos amigos, novos
conhecimentos e conhecendo no-
vos lugares, dando à sua vida uma
nova perspectiva.”
Os ganhadores
Os vencedores do primeiro Rally
de Regularidade Amarok Spirit
da Região II vieram de São João
da Boa Vista, com a picape de nú-
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MALDIVAS
A APENAS 2,3 METROS
ACIMA DO NÍVEL DO MAR!
CAROLINA GONÇALVES
A bandeira representa a República das Maldi- Seu ponto mais alto está a incríveis 2,3 metros
vas, um nome pomposo para 1.196 ilhas agru- acima do nível do mar! A altitude média é de
padas em 26 atóis. Destas, 203 são habitadas, 1,5m e a maioria do território habitado está a
fazendo das Maldivas o país menos populoso apenas 1 metro de altitude. Malé, a capital, está
da Ásia e também entre os países muçulmanos. a 90 centímetros e ali vivem 100 mil pessoas.
É também um dos países mais dispersos do A pesca de atum é um dos principais recursos,
mundo. Suas ilhas espalham-se no sentido nor- mas a vida marinha é riquíssima, com corais e
te/sul por cerca de 90 mil km2. Os atóis são mais de 2 mil espécies de peixe.
compostos de recifes de corais e barras de
areia, no topo de uma cordilheira submarina de Diferentes fisionomias
960 km de comprimento que se ergue no Ocea- A cultura é ainda mais rica. Influências mistu-
no Índico e corre do norte para o sul. A maior ram-se, combinando toques do Sri Lanka, do
ilha do arquipélago é a ilha de Gan, que perten- sul da Índia, do leste da África e do Oriente
ce ao Atol Laamu. As Maldivas têm o recorde de Médio. Também tem influências da Arábia, da
ser o país com a mais baixa altitude do mundo. Indonésia e de Kerala.
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Cultura viva
As artes refletem muito bem esta mistura cultu-
ral. A música tocada num grande tambor, chama-
do bodu-beru é parecida à extraída de tambores
africanos. O dhoni – um veleiro maldivianoúnico,
é por si só uma forma de arte, construído com
habilidade semelhante à usada para construir os
dhows, tradicionais veleiros inventados pelos ára-
bes.
Já a delicada e intrincada arte cheia de detalhes
esculpida sobre vigas de madeira nas mesquitas
antigas veio da contribuição do Sudeste Asiático.
Influências outras somam-se nos desenho geo-
métricos das esteiras, nos decotes bordados dos
vestidos tradicionais das mulheres e seus orna-
mentos, contando muitas histórias. O povo é aber-
to e aceita bem a inspiração que vem de fora. A
cultura está viva, em constante evolução. Eles ain-
da comem peixe e os pescadores ainda pescam o
dia todo, mas o turismo cresce e traz novas ideias.
O mundo moderno mistura-se com as tradições e
as crenças.
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A PASSEIO
alimentos para todos os
tipos de espécies, que
vêm para o local atraí-
das pela abundância de
alimentos.
Infraestrutura com-
pleta e treinamento
Nas Maldivas se vê de
tudo, desde camarões
pequenos a tubarões.
No meio dos dois, pei-
xes coloridos, formas
diferentes, beleza para
não esquecer pela muito procurados por gulho do mundo, com rece esportes aquáticos
vida toda. E você pode sua beleza, que permite cavernas e saliências para todos. Snorkels,
chegar lá munido ape- ver pequenas criaturas onde se veem atuns, bar- pranchas de todos os
nas da sua vontade de de perto. racudas e garoupas, en- tamanhos, windsurfe e
mergulhar e desfrutar. tre outros. Já o Atol North catamarãs. Alguns ofe-
Todos os resorts e bar- Vida em constante Male foi um dos primei- recem cursos para ini-
cos de safari oferecem movimento ros a ser descoberto, ciantes e marinheiros.
treinamento do básico O mergulho à deriva é onde está um dos pontos E ainda dá pra escolher
ao avançado, em insta- muito popular, deixan- mais famosos, o Gaathu- parasail, caiaques, kite-
lações modernas e de do-se levar pelas cor- giri, também conhecido -surf, esquis ou jet-ski.
alto padrão. Mesmo sem rentes. Tudo está em como BananaReef. A to- Mas para quem adora
nenhuma experiência, movimento, tanto os ali- pografia é deslumbrante, surfe, Maldivas é uma
você pode apreciar a mentos quanto as cria- com paredes rochosas meca, com as ondas
beleza da vida submari- turas em busca dele. A magníficas, numerosas grandes trazidas pela
na mergulhando à deri- água flui e as criaturas cavernas, declives íngre- monção sudoeste, es-
va com a orientação de vão junto através dos mi- mes e saliências. A vida pecialmente de junho a
um instrutor experiente. lhares de canais e passa- marinha é tão incrível setembro. Existem mui-
São tantas opções, que gens entre os atóis. quanto a paisagem, com tos pontos, com resorts
você pode mergulhar a Também se pode explo- tubarões, raias, moreias próximos, onde se pode
cada dia num lugar dife- rar as grutas, cavernas e e outros. viver uma experiência
rente, na costa, ou mais saliências onde prolife- de surfe inesquecível.
afastado, em pequenos ram corais moles e es- A meca do surf
percursos de barco para ponjas coloridas. O lugar é mais mar que A vida dos ilhéus
alcançar um dos incon- Três pontos destacam- terra. Além do mergulho, A melhor maneira de
táveis recifes entre os 26 -se. Atol Ari, onde estão há um sem fim de ativida- experimentar a vida de
atóis. peixes grandes, como des divertidas para fazer um maldiviano é viajar
Os mergulhos em geral tubarões-baleia, marte- na água. Os maldivianos para uma das muitas
acontecem ao longo de los e arraias. Atol Vaavu, divertem-se nadando, ilhas habitadas. Algu-
uma faru (recife), um ao sul, tem canais pro- jogando polo aquático mas são um pouco mais
thila (um aquário sub- fundos, com correntes em piqueniques nos fi- desenvolvidas, com ca-
merso), em um canal rápidas e tubarões em nais de semana e prin- sas pintadas e áreas de
onde o atol se encontra algumas épocas do ano. cipalmente surfando! O porto. Mas também exis-
com o oceano ou em um Ali está Fotteyo Kandu, visitante entra no clima. tem aldeias de pesca,
naufrágio. Os mergulhos considerado um dos me- Cada resort tem um cen- com árvores frondosas
noturnos também são lhores lugares de mer- tro desportivo que ofe- que dão muita sombra e
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A PASSEIO
Para casais e gente dan- Como a população é maciça- é imensa e os preços são bem
çante mente muçulmana, as bebidas acessíveis.
Passear, relaxar... Que tal alcoólicas são proibidas para Outros lugares interessantes são
passar a lua de mel nas ilhas? os locais. No entanto, quase to- o Magu Majeedhee e o mercado
Muitos casais elegem o des- dos os resorts e barcos têm li- local, que oferece barracas com
tino para a melhor celebra- cença para servir álcool, geral- muita variedade de produtos
ção do começo de uma vida mente a preços bem altos. como legumes, frutas bombons,
juntos. As ilhas são mágicas nozes, doces caseiros, picles e
e oferecem desde jantares à Compras bananas, vindos dos atóis.
luz de velas, sob as estrelas, Já os aficionados por compras As lojas abrem de sábado à quin-
até passeios a sós em ilhas podem aproveitar. O artesanato ta, das 8h30 às 20h. Às sextas, das
desertas, passando por ro- mais característico são as cai- 13h30 às 20h. Mas todos os dias
mânticos bangalôs isolados, xas de madeira laqueada e as as lojas fecham oficialmente cin-
com tratamentos de spa no mais famosas vêm de Thulhaa- co vezes, por 15 minutos, em res-
próprio quarto. dhoo em Atol Baa. O artesanato peito às orações muçulmanas.
Tanto relax e você já está envolve um processo de mode-
querendo um pouco de agi- lar e escavar pedaços de ma- Para turistas conscientes
tação. Não há muita vida deira de árvores nativas para Aliás, visitar as Maldivas é um
noturna e se você é louco formar caixas, recipientes e exercício de respeito às tradições
por balada este não é o seu objetos ornamentais primoro- e à religião. Recomenda-se ves-
destino... Mas a maioria dos samente trabalhadas. Belas es- tuário discreto fora dos resorts.
resorts tem discotecas in- teiras de junco são tecidas em O respeito estende-se também à
formais em torno das áreas todas as ilhas. As mais famosas natureza. É fundamental não dei-
de bar, muitos com bandas são as tecidas pelas mulheres xar rastros na bela paisagem qua-
ao vivo, tocando música lo- de Gadhdhoo no Atol Gaafu se intocada. Todo tipo de expor-
cal tradicional e música oci- Dhaalu. Em vários tamanhos, tação de coral é proibida, assim
dental. Os ritmos locais são têm decorações à mão com in- como a exportação de tartarugas
contagiantes! Festas e chur- trincados desenhos abstratos. e seu casco. As leis são muito se-
rascos na praia também são E não podemos esquecer das veras com relação ao porte de
populares. Alguns resorts dhoni em miniaturas de madei- drogas, álcool e material porno-
oferecem programação cul- ra, muito populares. gráfico.
tural e cinema à noite. Dança Em Malé, há muitas lojas em Brasileiros precisam de visto, que
e canto tradicional também Magu Chaandanee, o Paraíso pode ser obtido na chegada e
acontecem espontaneamen- do Souvenir, que já foi conhe- vale por 30 dias. Também é pre-
te nas ilhas e são um espetá- cido como Bazar de Cinga- ciso vacina contra a febre amare-
culo à parte. pura, por ter muitos produtos la internacional, tomada 10 dias
importados de lá. A variedade antes da viagem.
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App da Assobrav:
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Ao selecionar Demonstrativo
de Resultados o usuário visua-
lizará as informações do valor
ferramenta programa sobre o App (www.
assobrav.com.br), ainda dispo-
líquido total, lucro bruto, recei-
ta operacional, ROB, despesa
ideal para a nível.
Segundo o presidente da As-
operacional, lucro operacional,
rendimento e despesa adminis-
tomada de sobrav e do Grupo Disal, Dado
Guião, é muito importante, para
trativos, tanto no acumulado do
ano como por mês.
decisões a melhoria desta ferramenta,
receber sugestões e críticas,
No Ranking de Lucratividade
estarão disponíveis a posição
A Disal Tecnologia acaba de que podem ser feitas por meio do concessionário no ranking
do e-mail gmarcato@grupodi- nacional, analisando a posição
desenvolver o App da Assobrav. sal.com.br. em comparação com a região
O Aplicativo dos Concessionários Ao acessar a opção Área do em que atua e com a Rede VW.
Volkswagen, uma nova ferramenta Concessionário, usando o mes- Enquanto a Análise de Peças e
digital, veio para facilitar aos mo nome de usuário e senha do Serviços oferece os números de
titulares e sucessores da Rede, Portal Assobrav, estarão dispo- vendas do balcão e da oficina,
em um primeiro momento, e em níveis no dashboard os núme- o tíquete médio, as passagens
ros de emplacamentos da in- tanto da concessionária como
seguida, aos diretores, gerentes e dústria e da área demarcada de dela com relação à sua região.
gestores, a tomada de decisões. vendas da Volkswagen, a parti- Por fim é possível acessar o
cipação de mercado da VW, o Sistema de Atendimento e rea-
O sistema oferece informações lucro bruto por venda de veícu- lizar consulta sobre as solicita-
atualizadas sobre o comporta- los novos e as informações do ções registradas, tanto por área
mento do mercado automotivo, pós-venda da concessionária. como por período, tipo de soli-
o número de emplacamentos e Ao acessar o menu estarão dis- citação, status ou responsável,
estudos econômicos comparati- poníveis nove opções de filtros, além de permitir a abertura de
vos entre a concessionária pes- além do dashboard. A primeira um novo atendimento.
quisada e as de porte equivalen- é Segmento, na qual o usuário Todas estas facilidades colo-
te ou da mesma praça, além de consegue visualizar as informa- cam a Rede de Concessioná-
dar acesso às edições da revista ções de share de vendas por rios na era digital, em sintonia
Showroom e à Assobrav TV, que, segmento, comparando o mês com a Revolução 4.0, que pro-
a propósito, realizou e veiculou atual com o anterior, a variação mete dominar o nosso mercado.
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volkswagen-newsroom
mas queremos exclusividade
Fulano é tão cool... As palavras vão se misturando A gente quer se sentir traz o consumidor para
em línguas diferentes e a gente nem percebe. Acho parte da “aldeia”, mas dentro da loja. A marca
que vamos caminhar para uma língua internacional quer exclusividade. A é única, mas cada um se
naturalmente. Tem tantas palavras que são mais le- indústria em geral corre sente em casa quando
gais em outras línguas... As palavras francesas en- atrás dessa fórmula má- entra numa loja, seja em
traram na minha vida por causa da moda. As alemãs, gica. Como você vai se Delhi ou Viena...
por causa da cerveja. O inglês... Bem, o inglês está sentir exclusivo, vestin- Em comum, todas estas
em toda parte e já nem dá para explicar muito bem. do uma roupa feita em marcas têm o fato de
série na Ásia? Depende que quem as consome
MARIA REGINA CYRINO CORRÊA do modo. Depende do se sente parte do grupo.
acessório, do sapato. Do Sente-se “descolado”.
charme pessoal. É cool andar com um
Certas palavras inglesas novas práticas que ainda Eu sempre observo por copo de café na mão,
são meio intraduzíveis, não conhecemos. aí, nas minhas andan- mesmo que não esteja
como serendipity, minha Aliás, hoje tudo é muito ças, que é tudo muito em Nova York. Ou vestir
palavra favorita “ever”. O prático, intuitivo. A gente igual e ao mesmo tem- calças minuciosamente
dicionário diz que é “aca- compra um celular novo po muito diferente. As rasgadas para dar a im-
so”. Mas é tão mais do e já sai usando. Instala marcas que se firmam pressão de que foi sem
que isso. Serendipity vai um aplicativo e ele guia no cenário mundial querer. Ou dirigir um
muito além do acaso. É o você. Nem dá para ima- têm essa capacidade. carro que é tendência
acaso que leva a uma coi- ginar como era a vida Oferecem world class e você vê nas ruas de
sa feliz. Não é o máximo? antes de todas estas faci- quality, com tempero praticamente todas as
Aos poucos, vamos incor- lidades... O seu filho joga local, um pouquinho grandes cidades. Esse
porando palavras, con- vídeo game com alguém de pimenta. As marcas entendimento de que
ceitos, estilos de vida, até do outro lado do mundo. de alimentação são a cada lugar é único, cada
sermos um só planeta. E certamente, cada um maior prova disso. Tem consumidor é um, é que
Isso nunca vai significar tem um estilo diferente, produtos carros-chefes faz as grandes marcas
que perderemos caracte- uma maneira única de que estão em todos os se reinventarem todos
rísticas que nos são caras, marcar os mesmos pon- lugares, mas sempre os dias e manter legiões
mas vamos incorporar tos. tem uma coisa local que de seguidores.
volkswagen-newsroom
MARCELO ALLENDES
A cerveja no Brasil
e o hobby de fazer cerveja em
casa (mais conhecido pelo ter-
mo em inglês, homebrewing).
Criada em 2013, a Associação
Brasileira das Cervejarias Ar-
tesanais (Abracerva) é a en-
tidade representativa do seg-
mento no País. As cervejarias
associadas à Abracerva devem
respeitar diretrizes, como pro-
duzir no máximo 416.000 litros/
mês, não ter nenhum conglo-
merado nacional ou estrangei-
A história da cerveja no Brasil co- vejarias, que atendiam o merca- ro por trás das operações, não
meçou com a invasão holandesa na do local. Este padrão durou até exigir exclusividade em pon-
o final do século XX, quando as tos de venda e não incentivar
região nordeste. Junto com Maurício o consumo a qualquer custo,
grandes cervejarias e conglo-
de Nassau, chegou ao Brasil o mes- merados surgiram e ganharam ressaltando a máxima “beba
tre cervejeiro Dirck Dicx. Ambos força. menos, beba melhor”.
instalaram a primeira cervejaria da O mercado Brasileiro está entre Os cervejeiros brasileiros são
América, por volta do ano de 1640 os cinco maiores do mundo e é criativos e estão sempre ino-
e, ao que tudo indica, na residência amplamente dominado pelas vando e utilizando ingredien-
grandes cervejarias. As cerve- tes nacionais, alguns bastante
secundária do príncipe, chamada inusitados. Também é difícil
jas são, em geral, do estilo de-
de “La Fontaine”, em Pernambuco. nominado pilsen, uma cerveja indicar cervejas para degus-
feita com o mínimo possível de tação, mas deixarei dicas de
LEANDRO NOEL lúpulo e substituindo boa parte degustação com um misto de
do malte por insumos mais ba- indicações pessoais e de algu-
Nas regiões de domínio portu- ratos, como milho e arroz, que mas cervejas que têm grande
guês a cerveja sofreu resistên- reduzem o custo e prejudicam a destaque regionais ou nacio-
cia devido aos grandes lucros qualidade. Apesar de ainda não nais.
gerados pela venda dos vinhos ter volume significativo, há pou-
portugueses, assim, por muito cos anos a revolução da cerve- Dicas de degustação: Cerve-
tempo o comércio de cerveja ja artesanal começou a ganhar jaria Seasons – Tilt, session
foi exclusividade da Inglaterra. força. A cerveja artesanal e seus IPA; Holy Cow II – American
A ampliação do consumo e ven- entusiastas levaram ao grande IPA. Cervejaria Hocus Pocus –
da da cerveja começou com a público mais “educação” sobre Overdrive, Magic TrapBelgian
vinda da família real portugue- a bebida, dando informação Strong Golden Ale. Cerveja-
sa e com a abertura dos portos, sobre a vasta gama de estilos e ria Lohn – Carvoeira, Imperial
mas até meados do século XIX, variações de sabores e aromas. Stout. Cervejaria Bodebrown
o foco estava muito no comér- Hoje já é grande a variedade – Cacau IPA; Perigosa, Impe-
cio e pouco na produção de de rótulos artesanais oferecidos rial IPA. Cervejaria Bierland
cerveja. A primeira cervejaria em praticamente todos os esta- – Vienna. Cervejaria Bamberg
brasileira foi fundada em 1834 belecimentos e crescente o nú- – Rauchbier. Cervejaria Motim
- a Imperial Fábrica de Cerveja mero de bares, pubs, brewpubs – Hell de Janeiro, Golden Ale;
Nacional, que mais tarde veio a (bares que produzem cerveja in Salem, NE IPA.
se tornar a Companhia Cerveja- loco) e microcervejarias. É im-
ria Bohemia. portante também citar duas en-
A produção aumentava à me- tidades que representam muito
dida que surgiam, por diversas bem esta revolução cervejeira:
regiões do País, pequenas cer- a ACervA e a ABRACERVA.
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Leandro Noel é engenheiro, sucessor da VW Rodac de Volta Redonda e
cervejeiro por paixão.
COSTELA CAIPIRINHA
TEXTO E FOTOS DE EMERSON HAAS
A cachaça é uma das bebidas alcoólicas mais consumidas no Brasil e
somente este país tem o direito de usar tal nome.
Não é só para fazer caipirinha que a cachaça serve. A bebida pode ser
utilizada no preparo de inúmeros pratos, doces ou salgados, de bombons
a carnes assadas, tornando o preparo ainda mais saboroso.
Entre as várias utilidades desta bebida tupiniquim, a cachaça deixa as
suas massas mais crocantes, pois no preparo de pastéis e pizzas, na hora
de fritar, a bebida impede que a massa absorva muita gordura, ficando
crocante. Também vai muito bem no preparo de molhos reduzidos, dando
um toque adocicado, isso sem esquecer que a cachaça é ainda excelente
para flambar alimentos, acentuando o sabor dos ingredientes e no
preparo de carnes, usando-a para marinar e deixar a carne mais macia.
Pensando nestas possibilidades, a receita de hoje utiliza a costelinha de
porco, sempre deliciosa, limão e cachaça no preparo. Acompanhe:
Origem da cachaça
Ingredientes: (para 4 pessoas) No começo da colonização do Brasil, a
2kg de costelinha de porco • 25 ml de cachaça • Suco de 2 limões partir de 1530, a produção açucareira
4 colheres de sopa de açúcar mascavo • 3 colheres de sopa de óleo apareceu como primeiro grande
1 colher de sopa de manteiga • 3 ramos de alecrim empreendimento de exploração. Para
Sal e pimenta preta moída a gosto que todo esse trabalho fosse realizado,
os portugueses acabaram optando
Preparo: pelo uso da mão de obra escrava dos
Tempere a costela usando sal, pimenta, açúcar mascavo e suco de um africanos. No processo de fabricação do
limão. Aqueça o óleo e a manteiga em uma caçarola e leve a costelinha açúcar, os escravos realizavam a colheita
para fritar em fogo médio. Vá virando, para ir dourando. Depois, junte da cana e, após ser feito o esmagamento
a cachaça e flambe com cuidado. Mexa delicadamente para espalhar dos caules, cozinhavam o caldo em
o fogo proveniente da flambada e aguarde até este apagar. Acrescente enormes tachos até se transformarem em
o restante do açúcar, o suco do outro limão, o alecrim e cerca de duas melado. Nesse processo de cozimento,
xícaras de chá de água fervente. Tampe a panela e deixe cozinhar. era fabricado um caldo mais grosso,
Deixe cozinhar por cerca de 1 hora e, de tempos em tempos, vire as chamado de cagaça. Tal hábito fazia com
costelinhas e cheque o caldo, colocando água fervente aos poucos, se que a cagaça fermentasse com a ação do
necessário. Corrija o sal e a pimenta, desligue e sirva acompanhado de tempo e do clima, produzindo um liquido
batata doce cozida. fermentado de alto teor alcoólico.
CASA
REAL,
um ícone chileno
chega aos 30 anos
Para comemorar os 30 anos do
lançamento do Casa Real, cuja
primeira safra foi em 1989, a
diretoria da vinícola esteve no
Brasil para apresentar uma rara
e disputada degustação vertical, por argila e areias gros- dora da marca no Brasil.
organizada por Carlos Cabral, sas, a Santa Rita só pro- Hoje a Santa Rita tem um
onde foram mostradas safras duz o Casa Real em anos ótimo time de enólogos,
representativas do vinho. realmente excepcionais, o entre eles Andrés Illaba-
que o torna um objeto de ca e Sebastián Labbé, que
desejo dos apreciadores fez ótimo trabalho na Viña
ARTHUR PICCOLOMINI AZEVEDO de vinhos chilenos. Carmem e hoje é um dos
O processo de vinificação principais responsáveis
é bastante interessante, pelo Casa Real e outros
Fundada em 1880 por Domingos Fer- sendo a fermentação rea- vinhos da vinícola.
nández Concha, em Alto Jahuel, no lizada em tanques de aço Ficou patente a longevi-
mesmo local onde a vinícola se situa inoxidável (80%), concreto dade do Casa Real, pois a
hoje, a Santa Rita tem uma longa traje- e barrica de aço inox. O safra mais antiga degus-
tória de produção de excelentes vinhos, amadurecimento do vinho tada, a 1995, mostrou-se
se dá em barricas novas ainda com potencial de
e passou em 1970 para as mãos da fa-
de carvalho francês, por guarda, com fruta ínte-
mília García Huidobro. 12 a 18 meses, dependen- gra e boa complexidade
do do ano em questão. O aromática. Nessa linha, a
Em 1980 a vinícola foi adquirida pelo resultado é um vinho de surpresa maior veio com a
Grupo Claro, em associação com a excepcional caráter varie- safra 2001, um vinho que
Owens Illinois Company, sendo que em tal, com aromas e sabores se apresentou com ines-
1988 o Grupo Claro assumiu o total con- de rara tipicidade, que re- perada juventude, com
trole da companhia, introduzindo signi- presentam como poucos o saudável cor rubi, aro-
ficativas melhoras tecnológicas. personalíssimo Cabernet mas sabores deliciosos
O principal vinho da Santa Rita é o Casa Sauvignon do Maipo. de frutas frescas, muito
Real, um puríssimo Cabernet Sauvig- Na degustação vertical, ou equilibrado, macio e per-
non do Vale do Maipo, que é a região seja, várias safras de um sistente. Um triunfo da vi-
produtora mais próxima de Santiago mesmo vinho, foram mos- tivinicultura chilena.
do Chile, considerada a melhor área do tradas os Casa Real 1995, O conhecido Casa Real
Chile para o cultivo dessa varietal. 1998, 2001, 2009, 2011 2009 não negou as origens
No Vale do Maipo, a denominada Área e 2014. Os vinhos foram e foi, em nossa opinião o
Andes é onde estão os grandes vinhos elaborados por diferentes grande vinho da degus-
tintos do Chile, dos quais o Casa Real é enólogos, com destaque tação, aliando juventude,
um dos destaques. Com vinhas de Ca- para a excepcional Tere- complexidade e muita
bernet Sauvignon plantadas nos anos za Torres, que por muitos classe, com o inconfundí-
1940 em solos aluvionais, constituídos anos foi a grande divulga- vel DNA do Maipo.
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Arthur Piccolomini de Azevedo é Presidente da Associação
Brasileira de Sommeliers-SP, editor do website Artwine
(www.artwine.com.br), jornalista, palestrante e consultor.